ANO IX - Nº 315 Educação Cultura Ciência e Tecnologia Meio Ambiente Saúde Economia 08 A 15 DE SETEMBRO/2019 SERRA/ES
Distribuição Gratuita
Descoberta pode levar a novo tratamento contra a malária
ANA LUCIA
8 Os sintomas apresentados na fase de depressão são os mesmos de um episódio depressivo Pág. 11
JORGE PACHECO
8 Sérgio Moro se mantém como o ministro mais bem avaliado do governo e supera o próprio presidente em apoio popular Pág. 5 DAVI MOURRAHY
8 O sucesso e o fracasso estão na forma como enxergamos nossos adversários Pág. 8 HAROLDO CORDEIRO FILHO
DRAUZIOVARELLA.UOL.COM.BR
8 Entrevista com o deputado estadual capitão Assunção. Neste bate-papo, o deputado faz críticas ao projeto Escola Viva e fala sobre outros pontos do governo Pág. 12
LAÉRCIO FRAGA “LAU”
8 E então? Caminhou? Se empolgou? Correu? Da caminhada à corrida é um passo, ou melhor, centenas deles Pág. 14
Escritor capixaba realiza sonho de lançar livro impresso MARIANA RANGEL
Maxwell dos Santos, é um autor de pouco sorriso, mas expressa sua alegria ao lado de Tatiana Caus, leitora de suas obras literárias
FOTO: JOEL SARTORE/NATIONAL GEOGRAPHIC
Incrível
HAROLDO CORDEIRO FILHO
MAR SEM FIM
Pág. 11
Um d o s o b s t á c u l o s p a r a a erradicação da malária, atualmente, é o fato de o parasita ter adquirido resistência aos medicamentos existentes. Pág. 9
Geração eólica cresceu 27% no Nordeste
REPRODUÇÃO SWORDERS
Vaso comprado em brechó pertenceu a imperador chinês
caminho para o desenvolvimento de um novo fármaco contra a doença, que tem 200 mil novos casos e mata quase meio milhão de pessoas no mundo anualmente.
Capela de São João Batista
Posicionada entre o maciço rochoso do Mestre Álvaro, o rio Santa Maria da Vitória e a baía do Espírito Santo, a aldeia de São João se constitui, inicialmente, pelo agrupamento de parentes do índio Maracaiaguaçu, ou Gato Grande, índio da tribo temiminó, na capitania de Vasco Fernandes Coutinho
Pág. 14
Dos dez maiores produtores eólicos, oito estão na região nordestina. Mundaú, Ceará Pág. 2
Pág. 10
MARCELLO CASAL JR/AGÊNCIA BRASIL
essencial para o ciclo de vida do Plasmodium falciparum, uma das espécies causadoras da malária. O s r e s u l t a d o s d o e s t u d o, publicados na Science, abrem
Um grupo internacional de pesquisadores comprovou que u ma mol é c u l a d e nom i na d a TCMDC-135051 é capaz de inibir seletivamente uma proteína
A seca é um problema que persiste no Nordeste do Brasil A deserti cação é um dos processos mais graves de degradação da terra. Ela ocorre exclusivamente nas regiões áridas, semiáridas e subúmidas secas do planeta, conforme a de nição das Nações Unidas (ONU). O primeiro motivo que leva à deserti cação é o desmatamento. A retirada da cobertura vegetal deixa a terra exposta ao sol e agrava a situação. O solo ca rapidamente arenoso ou rochoso. Sem nutrientes e sem água, é quase impossível que novos seres vivos se estabeleçam Pág. 2
2 MEIO AMBIENTE
08 A 15 DE SETEMBRO DE 2019
Governo do Estado cria Desertificação pode inviabilizar agricultura Fórum Capixaba de em um terço das terras Mudanças Climáticas PAULO SENA/SEAMA
do mundo
ANDRÉ AFONSO/UFRPE
©
AFP PHOTOS/HIMANSHU SHARMA
Cachoeira da Fumaça, Alegre (ES) Com participação do poder público, da sociedade civil organizada, de universidades e instituições de pesquisa pública e sociedades cientí cas, o governo do Estado do Espírito Santo criou o Fórum Capixaba de Mudanças Climáticas, para promover a cooperação e o diálogo entre os diferentes setores da sociedade no enfrentamento dos problemas relacionados às mudanças climáticas e suas consequências socioambientais e econômicas. O Fórum será lançado nesta quinta-feira (05), quando se comemora o Dia da Amazônia, maior orest a t ropic a l do mundo, no Salão São Tiago, no Palácio Anchieta, em Vitória. O apoio administrativo e os
meios necessários à execução dos trabalhos do Fórum e da Comissão serão providos pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Seama), bem como o funcionamento do Fórum e as atribuições de seus membros. Em sua composição, o Fórum Capixaba de Mudanças Climáticas terá representantes da Associação Nacional de Órgãos Municipais de Meio Ambiente (Anamma), da Associação dos Municípios do Espírito Santo (Amunes) e dos conselhos estaduais relacionados ao meio ambiente, garantindo a participação do setor produtivo e da sociedade civil organizada. O decreto que institui o Fórum
também prevê a criação da Comissão Estadual de Mudanças Climáticas que será instituída por ato do governador Renato Casagrande. O objetivo da comissão é oferecer suporte e manter permanente integração com o Fórum. O secretário de estado de meio ambiente, Fabrício Machado, falou sobre o fator agregador do fórum. “As iniciativas resultantes do Fórum Capixaba de Mudanças Climáticas devem contribuir para a implementação da Política Estadual de Mudanças Climáticas e elaboração do Plano Estadual de Mu d an ç a s C l i m át i c a s , e m articulação com o Plano Nacional sobre Mudança do Clima”, ressaltou.
Geração eólica cresceu 27% no Nordeste Dos dez maiores produtores eólicos, oito estão na região nordestina REPRODUÇÃO/CICLO VIVO
No dia 26 de agosto, o Nordeste bateu mais um recorde de geração de energia eólica. A média diária chegou a 8.650 MW. O recorde anterior havia sido registrado no dia 15 do mesmo mês, quando foram produzidos 8.467 MW médios, segundo o Operador Nacional
do Sistema Elétrico (ONS). Já nesta segunda-feira (2), a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) a rmou que a geração eólica na região, no mês de agosto, chegou a 7.385 MW médios. A geração corresponde a um volume 27% maior, em comparação aos
5.812 MW médios registrados em julho. Para Ro drigo Azambuja, da gerência de Preços da CCEE, o aumento re ete a maior pressão no nível médio do mar. S eja qua l for a razão, o au m e nt o d a pro du ç ã o d e energia renovável, que temos visto nos últimos anos, tem contribuído muito para atender à demanda da região – que não pode ser garantida apenas pelas hidrelétricas. Em 2018, a geração eólica cresceu 17,8% no País e, dos dez maiores produtores, oito estão no Nordeste. Entre os estados, o destaque ca para o Rio Grande do Norte que, com seus ventos fortes, é o maior gerador de energia eólica no Brasil.
Um terço das terras do mundo está degradada e poderá em breve se tornar inútil para o cultivo. É com essa constatação alarmante que começou, na segunda-feira (2), na Índia, a 14ª Conferência das Partes (COP) da C onvenção das Nações Un i d a s s o b r e C o m b a t e à Deserti cação (UNCCD). O continente mais atingido é o africano, onde dois terços das te r r a s e st ã o s e c o s , m a s o problema já se tornou mundial. A deserti cação é um dos pro c e s s o s m ai s g r av e s d e degradação da terra. Ela ocorre exclusivamente nas regiões áridas, semiáridas e subúmidas secas do planeta, conforme a de nição das Nações Unidas (ONU). O primeiro motivo que leva à deserti cação é o desmatamento. A retirada da cobertura vegetal deixa a terra exp ost a ao s ol e ag rava a situação. O solo ca rapidamente arenoso ou rochoso. Sem nutrientes e sem água, é quase impossível que novos seres vivos se estabeleçam. A segunda causa é a exploração exagerada dos solos pela agricultura intensiva e a utilização abusiva de fertilizantes químicos, que deterioram a qualidade das terras e as tornam tóxicas. Sem esquecer dos efeitos da mudança climática e a diminuição de pre c ipit a ç õ e s , ou ai n d a a alteração das estações do ano que impede o cultivo de
plantações ancestrais. As consequências podem ser catastró cas. Em países como o Malaui ou a Tanzânia, o custo anual desta degradação dos s olos repres ent a, respectivamente, o equivalente a 10% e 15% do PIB. A África é o continente mais vulnerável por causa de seu clima árido, e dois terços de suas terras estão ameaçadas. Mas o problema hoje é mundial. O mesmo acontece em mais de um terço das terras dos Estados Unidos, em um quarto da América Latina e em um quinto da Espanha, um país onde a falta de água e a agricultura intensiva secaram as terras. Na Índia, um terço das terras está degradada e essa deserti cação está se expandindo: 145 mil hectares são atingidos a cada ano. Em todo o mundo agricultores que não podem mais viver do plantio são obrigados a deixar suas casas. A ONU acredita que a deserti cação poderia levar à migração de 50 a 700 milhões de pessoas até 2050. No Brasil, de acordo com estimativas do Laboratório de Análise e Processamento de Imagens e Satélites (Lapis), ligado à Universidade Federal de Alagoas (Ufal), 12,85% do semiárido brasileiro enfrenta o processo de deserti cação. O estudo mostra que o fenômeno da deserti cação se intensi cou no semiárido brasileiro nos
últimos 10 anos. Outra estimativa, usada pelo Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC) em relatório divulgado no início de agosto, é de que 50% da Caatinga passa por alguma forma de degradação, inclusive a deserti cação. O dado se refere a 2005. Cerca de 8% do território do Brasil enfrenta algum tipo de degradação, sendo a Caatinga o bioma menos preservado. Durante duas semanas, os representantes de 196 países e ONGs irão discutir e trocar informações sobre como estão lutando para conter o processo da deserti cação. Porque cada problema é único e as soluções dependem de características de cada local, do clima, da topogra a e do cultivo praticado. Um dia será dedicado ao tema da luta contra tempestades de areia. Outro, será utilizado para debater sobre as novas soluções proporcionadas pela ciência. Uma grande reunião irá reunir também prefeitos do mundo todo para conversas sobre como os municípios devem responder a essas questões. O objetivo nal da conferência é estabelecer metas para que líderes mundiais se comprometam a lutar contra o desmatamento e promovam novas ações para o re orestamento. A Índia, país organizador do evento deste ano, anunciou que irá reabilitar cinco milhões de hectares até 2030.
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"Feliz é a nação cujo Deus é o Senhor"
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08 A 15 DE SETEMBRO DE 2019
DE ONDE VEM A EXPRESSÃO" A COBRA VAI FUMAR"? Descubra qual foi o motivo da criação da frase que até hoje permanece no vocabulário dos brasileiros REPRODUÇÃO
CULTURA 3 Livro com termos utilizados por ribeirinhos amazônicos é indicado a prêmio de patrimônio cultural “Fala Beiradão” reúne mais de 60 palavras oriundas do vocabulário de comunidades no interior do Estado. A premiação é organizada pelo Iphan KEILA SERRUYA/FAS
FOTO: REPRODUÇÃO
Hoje, quando se usa essa expressão – ou sua variação no futuro, “a cobra vai fumar” –, a ideia que se quer passar é a de que alguém vai botar pra quebrar, que a coisa vai ficar feia. E foi isso que o Exército quis dizer quando adotou a frase como slogan da Força Expedicionária Brasileira (FEB), constituída em 1943,
para lutar na Europa, durante a Segunda Guerra. O slogan foi uma resposta à descrente opinião pública da época, que dizia que era mais fácil uma cobra fumar do que o Brasil entrar na guerra. A partida para a Itália só ocorreu em junho de 1944. Mas o ceticismo pairava no ar desde 1942, quando o
presidente Getúlio Vargas anunciou que o Brasil não se limitaria ao fornecimento de materiais nem à expedição de contingentes simbólicos. Além de adotar o irônico slogan, a FEB editou um periódico que se chamava ... E a Cobra Fumou! (AVENTURASNAHISTORIA.UOL.COM.BR)
Criança acusada de bruxaria é destaque de filme produzido na Zâmbia Obra dramática é um conto de fadas contemporâneo que envolve política e religião REPRODUÇÃO
Filmes produzidos na África raramente chegam ao Brasil. Os poucos que romperam o cerco nas últimas décadas vieram majoritariamente da região norte d o c ont i n e nt e ( Ma r ro c o s , Argélia) e da África do Sul. Pois atenção: é da Zâmbia, um ilustre desconhecido, país do centro-sul africano – vizinho de Angola e de Moçambique – com mais de 18 milhões de habitantes e cerca de 70 etnias, que nos chega uma das grandes surpresas deste ano, o drama Eu não sou uma bruxa, em cartaz nos cinemas e em breve disponível nos ser viços de streaming. Sua peculiaridade, para o público brasileiro, vai muito além da mera circunstância geográfica. Ao narrar com realismo social uma espécie de conto de fadas contemporâneo, essa abordagem insólita da infância proporciona ao espectador a enriquecedora
oportunidade de travar contato com uma cultura muito distante e, ao mesmo tempo, de reconhecer nela perturbadores elementos de aproximação com a nossa. Aliás, o foco, em matériaprima muito local, conduz a algo de interesse universal.
O filme Uma menina de oito anos (Maggie Mulubwa) é acusada pela comunidade de ser bruxa e enviada a um retiro onde vivem
Foto Antiga do ES
outras mulheres que um dia também foram “diagnosticadas” da mesma forma. Cabe a uma duvidosa autoridade local (Henry B.J. Phiri), misto de burocrata governamental e líder religioso, ser o seu guardião – em outras palavras, dono. Religião, política e negócios convergem nesse longa de estreia da diretora e roteirista Rungano Nyoni, que nasceu na Zâmbia e vive na Inglaterra.
ACERVO UNIVERSO UFES
CONSTRUÇÃO E INSTALAÇÃO DA UFES
- Menino, já deu comida para as galinhas? - In já mãe! - Mas é bacabeiro heim! Você conseguiu entender o diálogo acima? E o significado das expressões “in já”* ou “bacabeiro”*? Não? Talvez só quem vive, convive ou frequenta os 'b eiradõ es' dos rios da Amazônia o dominem! São exemplos do vocabulário da população ribeirinha do interior do Amazonas e que agora estão reunidos num livro, o “Fala Beiradão”, desenvolvido pela ONG Fundação Amazonas S u s t e n t á v e l ( FA S ) e p e l o Instituto Altair Martins (Iamar) e que foi indicado a um prêmio nacional de patrimônio cultural, o Prêmio Rodrigo Melo Franco de Andrade, organizado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Puro exemplo do rico léxico dos “caboclos” do Amazonas, o conjunto de palavras organizado no livro foi coletado durante cerca de um ano, por meio de visitas feitas às comunidades ribeirinhas dentro das ações do Programa de Educação e Saúde ( PE S ) d a FA S . A i nd a n ã o publicado, o livro não é apenas um dicionário, mas, sim, um atlas. S ã o 1 8 0 p á g i n a s on d e é possível encontrar 60 termos e expressões faladas pelos ribeirinhos, significados e exemplos de uso, e também fotografias, mapas e informações socioambientais sobre as regiões e as
comunidades onde vivem essas populações, a fauna e a flora do lugar, além de ilustraçõ es produzidas por crianças e adolescentes atendidos pela ONG. O livro “Fala Beiradão” tem a assinatura de 150 pessoas, 150 crianças, adolescentes e adultos atendidos p elo Projeto de Incentivo à Leitura e Escrita, o “Incenturita”. A organização é do biólogo e arte-educador Emerson Pontes, técnico do Programa de Educação e Saúde. “Começamos a circular nas comunidades já com esse olhar, com direcionamento de fazer registro desses termos e expressões faladas por eles, muitas inéditas. Reunimos todas as pessoas numa roda e perguntamos 'o que você diz e fala que causa estranheza?' E eles fa l avam. A lguns r i am d as expressões ditas pelos outros quando não conheciam e era um m o m e nt o i nt e r e s s a nt e d e partilha de saberes”, explicou Pontes. Os 150 autores do livro vivem espalhados em 40 comunidades ribeirinhas situadas em quatro Unidades de Conservação (UC) onde a FAS atua: a Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) de Anamã; a RDS do Juma; a RDS Rio Negro, e a Área de Preser vação Ambiental (APA) Rio Negro. A imensidão do Amazonas e a distância geográfica entre as comunidades foram, inclusive, percebidas durante a coleta dos diferentes termos e expressões para o livro. Segundo Emerson Pontes, algumas palavras eram
de uso exclusivo de determinadas populações, ou seja, desconhecidas por outras c o mu n i d a d e s s i t u a d a s h á algumas horas de distância. “Há uma grande riqueza sociolinguística entre e dentro dessas comunidades, oriunda de toda a matriz linguística da Amazônia, de origem indígena, portuguesa, quilombola e até nordestina. Tem comunidade com uma hora de barco que não conhece os termos falados 'lá de cima'. E essas diferenças ficaram acentuadas no livro”. Outra característica de destaque é que o livro “Fala Beiradão” é a primeira obra com termos e expressões inteiramente escrita por jovens ribeirinhos. “Isso é inédito. Isso tudo já existe ali e o trabalho se propôs a olhar para essa riqueza e esse patrimônio cultural tão autêntico e espontâneo que é a linguagem, que revela a identidade desses lugares, que tem relação com a autoestima deles e que é do jeito que elas e eles falam, sem precisar a se adequar a qualquer espaço”, disse. “Para Manaus, as cidades ou qualquer outro espaço que não seja aquele, é importante aprender sobre como se fala lá, é um processo de conhecer o próprio povo e descolonizar certas práticas. Quando eu aprendo mais sobre o meu espaço, eu passo a também valorizar”. LUCIANO DANIEL
*“In já” é uma expressão usada para dizer que algo já foi feito. *“Bacabeiro” significa pessoa mentirosa.
4 EDUCAÇÃO
08 A 15 DE SETEMBRO DE 2019
Em busca de uma escolarização consciente Rede PEA-Unesco possui quase 600 escolas que se comprometem a elaborarem atividades pautadas nos pilares da entidade
A Rede Programa de Escolas Associadas (PEA) Unesco, em inglês ASPnet, teve início em 1953 e hoje atinge mais de 11 mil escolas de 181 países. O objetivo é difundir os princípios da Unesco, como a construção de uma cultura de paz e o desenvolvimento de cidadãos globais e comprometidos com um desenvolvimento sustentável. No Brasil, são quase 600 escolas públicas e particulares — a segunda maior Rede em âmbito global — comprometidas com o des envolvimento de novas abordagens de ensino e aprendizagem. Para Myriam Tricate, coordenadora nacional do Programa e diretora do Colégio Magno, há uma troca entre as escolas.
“A Rede quebrou a distância entre as escolas públicas e privadas e ocorre, de fato, uma colaboração ativa”, declara entusiasmada.
Aliás, Tricate comemora o aumento das escolas públicas na Rede. Enquanto em 2010 eram apenas 83, o que representava 26,7% em relação às particulares,
em 2018 chegou a 256, somando 43,9% de representatividade. As escolas associadas precisam desenvolver anualmente atividades pedagógicas com base
no calendário da Unesco que, em 2019, inclui, por exemplo, a comemoração — e alerta — ao Ano Internacional das Línguas Indígenas. Sendo assim, vale reforçar que só no Brasil são mais de 200, como a língua guarani, hatxã kuin e patxôhã. S endo um dos pilares da Un e s c o, o s O b j e t i v o s d e Desenvolvimento Sustentável (ODS) também são indicados a estarem no radar das instituições parceiras. Este ano o encontro anual da Rede PEA ocorre em Ouro Preto, Minas Gerais, em 11, 12 e 13 de setembro. O professor e escritor indígena Daniel Munduruku, as experiências do Colégio Estadual Indígena Coroa Ve r m e l h a , B a h i a ; E s c o l a D i fe re nc i a d a d e E du c a ç ã o
Infantil e Ensino Fundamental Abá Tapeba, Ceará; e Escola Indígena Ten. Antônio João, Amazonas; além da palestra 'Formação de professores na perspectiva da Agenda 2030', comandada p elo profess or Miguel ompson, compõem parte do segundo dia do encontro. Contudo, casos internacionais de representantes da Rede de Cabo Verde, Espanha, Guiné Equatorial, Japão, Moçambique, Paraguai e Portugal também serão ressaltados. O encerramento cará por conta da coordenadora do Programa Território do Brincar, Renata Meirelles.
“A educação transcende da Educação de Vitória escola e avança na cultura no maior festival de inovação educacional e por toda a cidade” da América Latina A afirmação é do coordenador do Dieese, Fausto Augusto, durante lançamento de movimento que busca uma educação que atinja todos os setores sociais
DIVULGAÇÃO/SEME
REPRODUÇÃO/BANCADA DA EDUCAÇÃO
Difundir a compreensão e o pertencimento de educação para além do âmbito escolar e p ol ít i c o é o obj e t ivo d a Bancada da Educação, que reúne professores, técnicos da área e políticos de diversos partidos — o grupo se intitula apartidário. “A educação transcende da escola e avança na cultura e por to da a cidade. Não é s ó escolarização”, a rmou Fausto Augusto Júnior, coordenador de educação do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), durante o lançamento municipal do grupo, na Câmara Municipal de São Paulo. Júnior entende que precisa ocorrer uma conscientização no que z respeito à territorialidade. Mais do que isso, a Bancada se mobiliza para que a
educação se torne um projeto de nação, quebrando barreiras sociais, culturais e econômicas. Em relação às maneiras de fazer a educação no País avançar com equidade, durante o lançamento, Francisco Soares, professor titular aposentado da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e expresidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), deixou claro que o aprendizado ocorre na escola, sendo assim, o MEC
precisa desenvolver e/ou fortalecer políticas públicas relacionadas ao acesso à educação, à trajetória (infantil, fundamental e médio) dos estudantes na instituição, uma vez que há resultados gravíssimos de evasão e do conhecimento adquirido. “ O Í n d i c e d e Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) trouxe a ideia de resultado, possibilitando detectar, por exemplo, um problema crônico na escola. Mas a pesquisa é insensível para os alunos que evadem, em sua maioria, pobres. Por isso a importância de notar a trajetória”, alertou Soares. A Bancada da Educação pretende apoiar vereadores ligados a pautas educacionais transformadoras, que apoiem a igualdade e pluralidade de ideias e que coloquem o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), que pode ser extinto ano que vem, como prioridade.
Reconhecida por oferecer a melhor educação pública do Brasil, a cidade de Vitória participa, esta semana, do maior festival de inovação educacional da América Latina, o “Let´s Go Festival”, em Curitiba (PR). A secretária de Educação de Vitória, Adriana Sperandio, fez, na terça-feira (3), uma apresentação sobre a experiência exitosa da capital no que diz respeito às inovações na educação pública. Ela participou de uma mesaredonda com secretários de Educação de todo o País e, em seguida, apresentou o Plano Mu n i c i p a l d e I n o v a ç ã o e Tecnologia na Educação de Vitória. Ferramentas e ações inovadoras, como o c a d a s t r a m e nt o e l e t r ô n i c o uni cado, o Boletim Online, o Sistema de Gestão Escolar e a
instalação de wi- em todas as unidades de ensino da rede municipal foram alguns dos pontos abordados. A plataforma de cursos e for m a ç õ e s Vi x E du c a , a i mpl ant a ç ã o d a E s c ol a d e Inovação e a utilização de tecnologias em todas as 103 unidades de ensino da rede mu n i c i p a l t a m b é m f o r a m expostas no evento. “O cadastramento eletrônico dos estudantes, por exemplo, p o d e s e r fe ito a qu a l qu e r momento, em qualquer escola, e gera dados que identi cam a real demanda por matrículas, idade e região, além de garantir maior conforto e comodidade para pais e famílias, constituindo-se na pr i n c ip a l e m ai s e c i e nte ferramenta de gestão da educação", explica a secretária, que também é especialista em Gestão Educacional.
Em sua segunda edição, o festival reúne em torno de 300 speakers, em mais de 12 formatos diferentes de explanação e compartilhamento de ideias. São especialistas e pro ssionais renomados mundialmente, como Todd Ensign, diretor do Centro de Recurso de Educadores da Nasa e que levanta a bandeira do ensino tecnológico em todas as etapas. A participação da educação de Vitória servirá também como inspiração para a realização do Festival de Inovação, que está em elaboração para o próximo ano. Inovação pedagógica e modernização dos processos e uxos de gestão são a tônica que coloca Vitória em destaque na educação e nas demais políticas sociais por uma cidade mais justa, humana e inteligente.
POLÍTICA 5
08 A 15 DE SETEMBRO DE 2019
Jorge Pacheco
Analista Político Jorge Rodrigues Pacheco é Advogado, Jornalista e Radialista jorgepachecoindio@hotmail.com
“É nos momentos mais sombrios que temos que focar para ver a luz”, Aristóteles, filósofo grego
Grupo da Lava Jato na PGR entrega cargos Até Raquel Branquinho, braço-direito de Dodge na
AGÊNCIA O DIA
Ministro da Justiça e Segurança Pública se mantém como o mais bem avaliado do governo
r uim ou p éssima (3% não responderam).
área criminal, deixou o posto AJUFE
A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, sofreu, nesta quarta-feira (04) a maior baixa na sua gestão na Procuradoria-Geral da República (PGR), com a entrega coletiva de cargos entre os procuradores que investigam os casos da Operação Lava Jato. Até o braço-direito de Dodge na área criminal, Raquel Branquinho, deixou o posto. A equipe da PGR responsável por cuidar dos casos da Operação Lava Jato decidiu pedir desligamento do cargo, sob a alegação de "incompatibilidade" com entendimento de Raquel Dodge. O mandato de Dodge, alvo de crescente insatisfação interna dentro do Ministério AGÊNCIA BRASIL
Sérgio Moro se mantém como o ministro mais bem avaliado do governo e supera o próprio presidente em apoio popular. A conclusão é da pesquisa nacional do Datafolha, feita na quinta (29) e na sexta-feira (30) da semana passada e publicada nesta quinta-feira (05) pelo jornal Folha de São Paulo. Moro é conhecido por 94% dos entrevistados, a taxa mais alta no Planalto. Dentre os que a rmam conhecê-lo, 54% avaliam sua gestão à frente do Ministério da Justiça e Segurança Pública como ótima ou boa. Outros 24% a consideram regular, e 20%, ruim ou péssima —2% não responderam. A pesquisa Datafolha mais recente que mediu o apoio a Bolsonaro aponta que 29% dos entrevistados pelo Datafolha o aprovam, 30% os que o consideram regular e 38% os que o avaliam como ruim ou péssimo (2% não responderam). O titular da Justiça mantém esse nível de aprovação em meio às constantes "frituras" por parte do presidente, a derrotas no Congresso e à divulgação de mensagens que expuseram a sua proximidade com procuradores da Lava Jato e colocaram em dúvida a sua imparcialidade como juiz federal. A a v a l i a ç ã o d e Mo r o s e manteve intacta desde o último D at afo l h a , e m ju l h o, c om variações dentro da margem de erro, que é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos. Naquele mês, eram 55% os que consideravam sua gestão boa ou ótima, 21% avaliavam como regular e outros 21% como
Público Federal, termina no próximo dia 17. O desligamento foi pedido por Raquel Branquinho e pelos pro c u r a d ore s Mar i a C l ar a Noleto, Luana Vargas, Hebert Mesquita, Victor Riccely e Alessandro Oliveira. Segundo o jornal O Estado de S. Paulo apurou, o desentendimento da equipe com Raquel Dodge está relacionado com a delação premiada do executivo Léo Pinheiro, ex-presidente da OAS. Ao encaminhar o acordo de colaboração premiada para h om o l o g a ç ã o d o Supre m o Tribunal Federal (STF), Raquel pediu o arquivamento de parte da delação que trazia implicações ao presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), e a um dos irmãos do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, segundo informaram à reportagem, sob a condição de anonimato, fontes que acompanham a investigação. Toffoli e Maia articularam nos bastidores uma possível recondução de Raquel Dodge ao cargo, mas o presidente Jair Bolsonaro já sinalizou que optará por um homem para che ar o órgão. Raquel Dodge é criticada pelo círculo interno do presidente por não ter, na avaliação deles, priorizado o combate à corrupção na sua gestão, nem destravado acordos de colaboração premiada, além de ter denunciado o próprio presidente e o seu lho, Eduardo Bolsonaro (PSL-RJ). "Devido a uma grave incompatibilidade de entendimento dos membros desta equipe com a manifestação enviada pela PGR ao STF na data de ontem (03.09.2019), decidimos solicitar o nosso desligamento do GT Lava Jato e, no caso de Raquel Branquinho, da SFPO. Enviamos o pedido de desligamento da data de hoje", disseram em nota seis integrantes do Ministério Público Federal que atuavam nos processos criminais. O grupo de integrantes do MPF
VALTER CAMPANATO/AGÊNCIA BRASIL
cumprido, desde 2013, um sexto da pena em regime fechado, equivalente a seis anos e seis meses de prisão, cumpridos em um presidio de Contagem (MG). "Diante do exposto, de ro ao condenado Marcos Valério Fernandes de Souza a progressão para o regime semiaberto, desde que observadas as condições a serem impostas pelo juízo delegatário desta execução penal", decidiu o ministro.
disse em mensagem disparada aos colegas que "foi um grande pr a z e r e o r g u l h o s e r v i r à Instituição ao longo desse período, desempenhando as atividades que desempenhamos". E a rma que o "compromisso será sempre com o Ministério Público e com a sociedade", em crítica à procuradora-geral. Não foram as primeiras baixas da equipe de Raquel Dodge na área criminal. Em julho, o excoordenador da Lava Jato, José Alfredo, havia abandonado o posto, também em desacordo com a atuação da procuradorageral. Em março, os procuradores Pablo Coutinho Barreto e Vitor Souza Cunha, que eram chefes da Secretaria de Perícia, Pesquisa e Análise ( SP P E A ) , h av i am t amb é m pedido desligamento da função. A saída dos dois procuradores da secretaria veio dias após a procuradora-geral da República entrar com uma ação no Supremo Tr ibuna l Fe dera l pedindo a suspensão do acordo entre a força-tarefa da Lava Jato, a Petrobras e os Estados Unidos prevendo a criação de um fundo privado de R$ 2,5 bilhões. Dentro da categoria, a medida foi vista como desproporcional e desnecessária, uma vez que a Lava Jato já havia anunciado que recuaria para recompor o acordo.
Caminhoneiros fazem manifestações no RJ e no Paraná a favor de tabela do frete Protestos foram convocados há cerca de três semanas por movimentos de caminhoneiro s autônomos de todo o País Caminhoneiros autônomos zeram uma paralisação, na manhã desta quarta-feira (04), em cidades do Rio de Janeiro e do Paraná. Eles pedem o cumprimento do tabelamento do frete, suspensa em julho pelo ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, após pressão dos pro ssionais insatisfeitos com a
STF: Condenado no Mensalão, Marcos Valério vai para o regime semiaberto Decisão foi tomada pelo ministro Luís Roberto Barroso O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso concedeu nesta quarta-feira (4) prisão em regime semiaberto ao ex-publicitário Marcos Valério, condenado a 37 anos de prisão no processo do me ns a l ã o p el o s c r i me s d e peculato, corrupção ativa e lavagem de dinheiro. Valér io gan hou direito à progressão de regime, benefício previsto na lei penal, por ter
AGÊNCIA BRASIL
Moro bem avaliado supera em 25 pontos aprovação de Bolsonaro no Datafolha
nova tabela, que reduziu os valores mínimos para transporte. Por meio de nota, a Associação Brasileira dos Caminhoneiros ( Ab c am ) a r mou qu e te m a c omp an h a d o d e p e r to a s discussões sobre o tabelamento e que não iria se posicionar com relação ao protesto, pois estaria "lidando com o ônus judicial gerado pela paralisação de 2012, em São Paulo, e a paralisação nacional de 2018. Não mediremos esforços para garantir melhores condições de trabalho para a categoria, seja com a criação de novas políticas ou renovação das já existentes”. Já a Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA) a rmou que "nenhuma entidade coligada manifestou a realização, em assembleias deliberativas, para votação sobre greve". A entidade inclui federações de Estados como Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. A CNTA alegou ainda que trabalha para continuar as negociações iniciadas em agosto com o governo. "A CNTA sempre apoiará a decisão da categoria", a rmou a ent idade. Na man hã dest a quarta, uma das primeiras cidades a registrar protestos foi Barra Mansa, no sul do Rio de Janeiro. A manifestação começou por volta das 6 horas na Via Dutra, que liga o Estado a São Paulo. AGÊNCIA BRASIL
Os manifestantes atearam fogo em pneus e ocuparam o acostamento da rodovia. Embora não tenha ocorrido bloqueio de pistas, o movimento provocou congestionamento no início da manhã. Na região metropolitana de Curitiba, na cidade de Quatro Barras, caminhoneiros zeram uma breve manifestação. Em Ponta Grossa, no noroeste do Paraná, caminhoneiros zeram uma carreata na terça-feira (3) pedindo o tabelamento. Os protestos foram convocados há cerca de três semanas por movimentos de caminhoneiros autônomos de todo o País. No ú lt imo di a 29, o Supremo Tribunal Federal (STF) adiou o julgamento de ações contra o tabelamento de frete, previsto para esta quarta. O presidente do STF Dias Toffoli retirou o assunto de pauta após pedido do ministro Luiz Fux, relator das ações. Ainda não há previsão de retomada do julgamento.
6 TECNOLOGIA
08 A 15 DE SETEMBRO DE 2019
Nasa mostra 1º 'Elevador espacial' poderia transportar helicóptero que astronautas entre viajará a Marte Terra e Lua Engenheiros da agência instalaram o Mars Helicopter no rover Mars 2020, que chegará a Marte em 2021 ©
NASA/JPL-CALTECH
Trata-se de um novo e curioso projeto chamado Spaceline dedicado à construção de um elevador espacial com o propósito de unir a Terra e a Lua e reduzir drasticamente o custo das viagens espaciais PIXABAY
O pequeno helicóptero pesa só 1,8 kg, não tem instrumentos científicos e é um modelo de demonstração, cujo objetivo é aprovar o funcionamento destas aeronaves na atmosfera do Planeta Vermelho, que é 100 vezes menos densa do que a terrestre. Se o voo for bem-sucedido, os cientistas da Nasa esperam a chegada do "dia em que os helicópteros marcianos venham a d e s e mp e n h a r u m p ap e l importante nas futuras explorações do planeta", diz a
gerente do projeto, MiMi Aung. "Todas as peças estão no seu lugar para uma missão histórica de exploração. […] Juntos, o Mars 2020 e o Mars Helicopter ajudarão a definir o futuro da ciência e a exploração do Planeta Ve r m e l h o n a s p r ó x i m a s décadas", disse Thomas Zurbuchen, especialista da Direção da Missão Científica da Nasa. O envio do aparelho a Marte foi anunciado pela agência em maio de 2018. Em junho deste ano, foi divulgado que o aparelho tinha
superado várias provas. O M a r s He l i c o p t e r s e r á lançado junto com a nova versão do rover em julho de 2020 a partir da base espacial de Cabo Canaveral, na Flórida, EUA. Sua aterrissagem em Marte, na Cratera Jezero, está prevista para 18 de fevereiro de 2021. Por sua vez, o novo rover realizará avaliações geológicas, buscará sinais de vida marciana, avaliará os recursos naturais e os perigos para possíveis exploradores humanos.
O ascensor que irá nos conectar com o nosso satélite natural foi descrito em uma investigação publicada no servidor de préimpressão ArXiv por investigadores da Universidade d e C o lu m bi a ( E UA ) e d a Universidade de Cambridge (Reino Unido). O Spaceline estaria conectado à superfície da Lua e caria pendurado em órbita geoestacionária em torno da Te r r a , e s p e r a n d o q u e o s astronautas se acoplem e viajem em direção ao espaço. O documento de prova que descreve o protótipo deste conceito aponta que poderia ser construído a partir de materiais que existem atualmente, o que aumenta as possibilidades de as viagens espaciais serem mais
fáceis e talvez até mesmo de haver assentamentos orbitais, escreve Ticbeat. Em vez de serem lançados para fora da órbita, os astronautas somente teriam que chegar ao p ont o n a l d o Sp a c e l i n e, reduzindo o custo e o desa o dos lançamentos de foguetes. Uma vez que o vácuo do espaço seja alcançado, livre da gravidade terrestre e pressão atmosférica, a nave espacial se encontraria com o cabo, se acoplando com o transportador alimentado por energia solar que subiria a nave ao longo do cabo. Zephyr Penoyre, um dos responsáveis do estudo, disse que este projeto se transformaria "em uma infraestrutura, muito parecida a uma via férrea antiga:
a circulação de pessoas e cargas ao longo dela é muito mais simples e fácil do que as viagens no espaço profundo". A maior força de atração e rotação gravitacional da Terra poderia fazer quebrar o cabo antes que a viagem pudesse ser completada se este estivesse atado ao nosso planeta. Mas o risco de um colapso catastró co, d e a c o r d o c o m o s investigadores, é menor quando o cabo está somente atado à Lua. A estudante graduada em astronomia da Universidade de Cambridge, Emily Sandford, destacou que os nanotubos de c arb ono s er i am o mel hor material para usar, embora seja n e c e s s ár i o an a l i s ar c om o construí-los em grande escala.
Bugatti quebra o recorde de velocidade com um carro comercial Rival da Uber, Didi terá serviço
de robotáxi em Xangai
BUGATTI/DIVULGAÇÃO
A Didi recebeu a aprovação para o serviço, que ainda é um projeto-piloto DIDI/DIVULGAÇÃO
Bugatti Chiron "levemente modificada" chegou a quase 500 Km/h em pista de testes da Volkswagen, na Alemanha A Bugatti bateu, na semana passada, o recorde mundial de velocidade com um carro em produção. Dirigida pelo piloto Andy Wallace, vencedor do Grande Prêmio de Le Mans em 1988, uma Bugatti Chiron “levemente modi cada” chegou a impressionantes 490,484 Km/h. Entre as modi cações no carro estão um novo kit aerodinâmico, um motor ligeiramente turbinado com 1.578 HP (contra 1.500 do original de fábrica) e versões especiais dos pneus Michelin Pilot Cup 2, capazes de suportar mais de 4.100 rotações
por minuto. Para se ter uma ideia, uma Chiron “de fábrica” tem a velocidade máxima eletronicamente limitada a 420 Km/h, o que já a tornava o carro em produção mais rápido do mundo. O motivo da limitação são justamente os pneus, que podem explodir em velocidades mais altas. Por isso, antes das tentativas de quebra do recorde todos os pneus usados foram cuidadosamente analisados com um equipamento de Raios-X, para se certi car de que não havia falhas estruturais. Foram cinco dias de testes na
pista da Volkswagen em EhraLessien, na Alemanha, que tem uma reta de 8,5 Km de extensão. O recorde só veio no quinto dia, quando Wallace conseguiu “con ança” no carro para tentar superar a marca anterior. O feito, claro, foi documentado em vídeo. Se você quer ter o privilégio de dirigir o carro mais rápido do mundo, é melhor economizar. Uma Bugatti Chiron custa “a partir de” 2,4 milhões de Euros, o que dá aproximadamente R$ 11 milhões.
A empresa chinesa de aplicativo de transportes Didi Chuxing planeja lançar um serviço de robotáxi em Xangai, que p er mit irá aos p ass ageiros solicitar corridas em carros autônomos por meio de seus smartphones. O presidente da Didi, Cheng We i , f e z o a n ú n c i o n a C o n f e r ê n c i a Mu n d i a l d e Inte l i gê n c i a A r t i c i a l e m Xangai. O evento tem como objetivo destacar os avanços da
China em inteligência arti cial e conta com a presença de grandes empreendedores como Elon Musk, Jack Ma e Pony Ma. “Acreditamos que dar aos cidadãos comuns acesso a frotas autônomas compartilhadas em larga escala é a chave para alcançar nosso objetivo compartilhado de segurança, e ciência e sustentabilidade para cidades do futuro”, disse Cheng. A Didi recebeu a aprovação
para o serviço, que ainda é um projeto-piloto, na semana passada, informou a empresa, que pretende operar 30 modelos diferentes de veículos com direção autônoma de nível 4 no distrito de Jiading. Citando a complexidade do ambiente urbano, a empresa disse que pretende operar com uma combinação de táxis autônomos e motoristas durante o período de teste. Assim como o Uber Technologies, a Didi mostrou interesse desde o começo de suas operações pela direção autônoma, criando uma divisão para pesquisa no segmento em 2016. Agora, mais de 200 especialistas trabalham para aperfeiçoar a tecnologia, que está sendo testada nos EUA e na China. Tanto a Didi quanto o Uber enfrentam o desa o para controlar custos e obter lucro com o transporte de passageiros, seu principal negócio.
CIÊNCIA 7
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Capes não financiará novas pesquisas em 2019 Uma das principais entidades públicas de fomento à ciência do Brasil, Capes sofrerá corte de metade de seu orçamento de acordo com o planejamento enviado pelo governo federal para 2020 PIXABAY
Se produzir ciência no Brasil nunca foi uma missão fácil, a atual conjuntura deixa ainda mais dramática a situação de milhares de pesquisadores que desenvolvem seus trabalhos nas diferentes instituições do País: na última segunda-feira (02), o Ministério da Educação (MEC) anunciou o corte de 5.613 bolsas de mestrado e doutorado concedidas pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), uma das principais entidades públicas de fomento à pesquisa brasileira. Desde o início de 2019, quase 12 mil bolsas foram retiradas do orçamento da Capes, que é ligada ao MEC. Com isso, nenhum novo pesquisador será nanciado pela entidade neste an o — e m c omu n i c a d o, o governo federal a rmou que os
pagamentos não serão suspensos para os projetos de mestrado e doutorado em andamento. Responsável pelo planejamento de concessão de bolsas de estudo e o apoio às políticas de pós-graduação no Br a s i l , a C ap e s t amb é m é responsável por fazer uma avaliação periódica dos cursos de pós-graduação stricto sensu — nome dado aos programas de mestrado e doutorado dire cionados p ara aquel as pessoas que já possuem um diploma de graduação e realizam pesquisa acadêmica sobre um assunto especí co. Durante o primeiro ano de nova gestão do governo federal, R$ 819 milhões que seriam d e st i na d o s à C ap e s for am congelados (o equivalente a 19% do orçamento anual). Para 2020,
o dinheiro destinado à entidade será reduzido pela metade: R$ 2,2 bilhões para ano que vem contra os atuais R$ 4,25 bilhões. Não é apenas a Capes que enf renta graves problemas orçamentários: pesquisadores a rmam que as 80 mil bolsas de pesquisa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientí co e Tecnológico (CNPq) correm risco de serem suspensas para os próximos meses. Com o menor orçamento desde 2010, o órgão vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Comunicações e Inovações (MCTIC) a rma que só tem recursos para pagar os seus bolsistas até o quinto dia útil de setembro. Atualmente, o CNPq nancia pesquisadores que desenvolvem projetos de pesquisa em diferentes campos
Pesquisadores criam adesivo para a pele capaz de monitorar a saúde Dispositivo será utilizado para acompanhar em tempo real distúrbios do sono e problemas cardíacos DIVULGAÇÃO
Cientistas da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, criaram um adesivo eletrônico com sensores corporais para monitorar dados de saúde. Chamado de B o dyNet, o dispositivo tem sensores leves que são grudados na pele e c on s e g u e m c ap t u r a r c a d a movimento, batimento cardíaco ou respiração do paciente. As medições são transferidas do adesivo para um equipamento receptor exível próximo, preso na roupa que a pessoa está
vestindo, conforme indica o estudo, publicado na Nature Eletronics. Uma das expectativas é que esse instrumento seja usado para monitorar distúrbios do sono e problemas cardíacos em tempo real. "Acreditamos que um dia será possível criar um conjunto de sensores de pele de corpo inteiro para coletar dados siológicos sem interferir no comportamento normal de uma pessoa", disse Zhenan Bao engenheiro químico e um dos
criadores da ferramenta. A tinta metálica do adesivo funciona como uma antena, que pode dobrar e esticar com a pele humana. À medida que os movimentos são alterados, a corrente elétrica que passa por essa tinta metálica é alterada, fornecendo dados minuciosos sobre a saúde. O sistema usa a tecnologia Bluetooth para enviar as leituras do receptor para um smartphone ou um outro dispositivo, ou seja, não é necessária a utilização de os. Além disso, não é preciso recarregar o adesivo. O instrumento ainda segue em fase de pesquisas. No momento, os cientistas estão trabalhando para rastrear outros sinais biológicos, como suor e temperatura, além de diminuir o tamanho do receptor para que ele possa ser costurado em peças de roupas.
do conhecimento, como Ciências Exatas e da Terra (18,9% dos
bolsistas), Biológicas (17,29%), Engenharias (15,5%) e Ciências
Sociais Aplicadas (5,3%).
Mosaico romano de
1,7 mil anos é encontrado ao sul da Inglaterra A obra de arte que apresenta uma cena da mitologia greco-romana é apenas a terceira do tipo já descoberta em todo o planeta BOXFORD HISTORY PROJECT
Um mosaico romano de 1,7 mil anos foi encontrado no distrito de West Berkshire, ao sul da Inglaterra. De acordo com os responsáveis pela descoberta, esta é apenas a terceira obra de arte do tipo a ser descoberta em todo o mundo. O mosaico representa uma história da mitologia grecoromana, que conta sobre o romance do personagem Pélope com a princesa Hipodâmica. Além da cena, é possível notar a pre s e n ç a d o h e rói m ít i c o Belerofonte, acompanhado de
seu cavalo alado Pégaso. Segundo a tradição da cultura greco-romana, o rei Oenomaus, que era o pai de Hipodâmica, ouvira de um oráculo que o seu futuro genro seria responsável por sua morte. Sendo assim, res olveu obr igar to dos os pretendentes a competir contra ele em uma corrida de carruagens, mas com uma condição: Hipodâmica deveria estar no mesmo veículo que o pretendente ao casamento real. Pé l o p e , a p a i x o n a d o p o r Hipodâmica, convenceu uma
ex-namorada e o mestre de carruagens do rei a sabotar o governante. Assim, Oenomaus teve problemas na condução de seu veículo e acabou morrendo durante a corrida, o que tornou o rapaz o vencedor da competição. "Dizem que os jogos funerários do rei são a origem das Olimpíadas", disse Anthony Beeson, especialista em arquitetura greco-romana, à rede britânica BBC. A história, descrita no mosaico, é tão singular que fez os arqueólogos que participaram da descoberta a descrever a obra de arte como "inigualável" em termos de imagens e iconogra a.
8 BEM-ESTAR
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DAVI MOURRAHY Professor, palestrante, coach, escritor e hipnoterapeuta
Um campeão é apaixonado por desafios “A cada passo, um desafio. A cada desafio, uma vitória. A cada vitória um novo passo rumo ao sucesso”, Michele Bertoletti
S
ão Paulo, 21 de março de 1960. Nasce o maior ídolo do esporte brasileiro e o maior piloto de F-1 que a história já viu: Ayrton Senna da Silva. Nunca escondi de ninguém minha admiração por esse ser humano tão fantástico e completo. Senna foi o cara que fazia um país levantar pelas madrugadas de sábado e manhas de domingo p a r a v ê - l o. At é o s m e n o s fanáticos por corridas tinham admiração por ele. Seus adversários na pista o admiravam pela sua forma arrojada de conduzir um carro. Senna era diferente de todos os outros.
REPRODUÇÃO INTERNET
Conduzia com paixão, emoção, patriotismo, sedento pela vitória, persistente, dinâmico, motivado, etc. Gosto de falar de Senna nas palestras e mostrar que esse sentimento é o que devemos ter dentro das empresas. O trabalho precisa ser feito com amor, garra, perfeição e entusiasmo. S enna t in ha uma g rande virtude: amava desa os. Essa é uma das grandes virtudes de um pro ssional campeão. Quanto m a i or e r a o d e s a o, m a i s motivado Senna se encontrava. A motivação para nos tornar verdadeiros campeões no mundo corporativo surge quando nos apaixonamos pelos desa os e
buscamos sempre a melhoria constante e incessantemente. “Quanto mais eu me esforço, mais eu me encontro. Eu estou sempre olhando um passo à
Exercícios beneficiariam até a placenta durante a gestação Estudo aponta mais um motivo para as mulheres grávidas se manterem ativas. Conheça as atividades físicas indicadas e o que é melhor evitar
frente, um diferente mundo para entrar, lugares onde eu nunca estive antes. É muito solitário pilotar num GP, mas muito c a t i v a n t e . Eu s e n t i n o v a s
sensações e eu quero mais. Essa é a m i n ha e xc it a ç ã o, m i n ha motivação”, disse, certa vez, Senna. Gosto muito de usar os personagens bíblicos em minhas citações. Lembro dos desa os do rei Davi. Mas, antes de ser rei, ele enfrentou vários adversários. Havia um gigante, na época, muito temido por Israel. Ele afrontava o povo para a guerra, mas nenhum deles tinha coragem de enfrentar o gigante, p oi s o l h av am p ar a a qu e l e homem que, segundo a história, tinha aproximadamente três metros de estatura e pensavam “ele é um inimigo tão grande que
nunca vou vencê-lo”. Davi olhou para ele e certamente pensou consigo “ele é tão grande que nunca vou errar”. O sucesso e o fracasso estão na forma como enxergamos nossos adversários. Se você acha que ele é grande e nunca vai vencê-lo, realmente não vai. Agora olha e diga como Davi: “Ele é tão grande que nunca vou errar”. Davi con ava em seu Deus. Con e em Deus para vencer as adversidades, pois nada é maior que Ele.
Livro: As 7 Virtudes de um Profissional Campeão Profº Davi Mourrahy
Brasileiro não leva a sério suicídio e depressão: por quê?
NANCY NEY/GETTY IMAGES
A capacidade de os exercícios físicos melhorarem a função da placenta, órgão responsável por transferir nutrientes e oxigênio da mãe para o bebê, foi a grande descoberta de uma pesquisa com animais da Universidade Estadual de Washington, nos Estados Unidos. Nas cobaias grávidas induzidas a andar na esteira, houve redução na carga de gordura e glicose no sangue, o que não só teve repercussão positiva na placenta como também apresentou um efeito protetor aos lhotes. “A atividade física libera substâncias antiin amatórias que aprimoram o metabolismo da mãe e a formação da placenta, com consequências para a prole”, explica a obstetra Fernanda Surita, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Claro que, por ser um experimento com animais, devemos ter cautela com a interpretação dos dados. Mas, na verdade, essa investigação é mais uma entre inúmeras que reforçam a importância do exercício orientado durante a gravidez. As práticas mais seguras durante a gravidez Caminhada: exercício de baixo impacto, melhora a circulação sanguínea e fortalece membros inferiores e a pelve. Hidroginástica: movimenta todos os músculos do corpo, sobretudo o assoalho
pélvico, o que facilita o parto normal. Alongamento: como trabalha a oxigenação dos músculos, promove relaxamento e previne dores lombares. O que é melhor evitar Jogos em equipe: esportes de contato com bola, como futebol e basquete, elevam o risco de choques contra o abdômen. Ciclismo: o problema aqui são desequilíbrios e quedas, uma vez que o centro de gravidade se altera com o crescimento da barriga. Mergulho: sem contar o enjoo no trajeto, o feto pode ser prejudicado pela alta pressão do fundo das águas. A atividade física ajuda a afastar três problemas que ameaçam a gestação Diabetes: o exercício eleva a captação de glicose pelos músculos, evitando a concentração de açúcar no sangue caraterística dessa condição. Depressão: ao estimular a produção de endor na, o hormônio do prazer, as práticas garantem bem-estar mental e emocional às mamães. Pré-eclâmpsia: com a devida orientação, os treinos auxiliam a espantar essa complicação, marcada pelo aumento da pressão arterial durante a gravidez.
Além de saberem pouco sobre depressão, os jovens brasileiros sentem vergonha de falar do assunto e não acreditam na importância do tratamento, segundo pesquisa realizada pelo Ibope em diferentes regiões do Brasil. A doença pode levar ao suicídio e, de acordo com o psiquiatra Celso Lopes de Souza, do Programa Semente, o primeiro erro com relação ao tema é justamente não falar sobre ele. "Já está mais do que comprovado que falar sobre o assunto não agrava a situação, muito pelo contrário, pode ajudar a tratar as pessoas", a rma. O suicídio é a segunda causa de morte que mais atinge os jovens de 15 a 29 anos no mundo, dizem dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). E mais: só no Brasil, uma pessoa comete suicídio a cada 45 minutos. E as pesquisas mostram ainda que nove a cada 19 pessoas que se matam tinham algum transtorno psiquiátrico. Mas no levantamento do Ibope, mais de um a cada quatro entrevistados do grupo de 18 a 24 anos (26%) acredita que a depressão é uma "doença da alma". Além disso, apesar de saberem que há tratamento, esse mesmo grupo não acredita na sua e cácia. Ve r e ss a re a l i d a d e " é mu ito preocupante porque a doença representa um dos diagnósticos mais frequentes entre as pessoas que tiram a própria vida", disse a diretora médica da empresa farmacêutica P zer Brasil, Márjori Dulcine, parceira do estudo. C erca de 29% dess es j ovens também não veem a depressão como uma doença que pode ser tratada como as outras. Enquanto isso, entre os entrevistados com mais de 55 anos, a porcentagem tanto do
reconhecimento da doença como da e ciência do tratamento cai em 11%. Em São Paulo, os dados foram ainda mais gritantes: 26% dos internautas não acreditam ou duvidam da chance de tratar a depressão com sucesso. A situação é ainda mais preocupante entre os jovens de 13 a 17 anos. 23% dos jovens, com idades entre 18 e 24 anos (um a cada cinco), não acreditam que existam sintomas físicos na depressão, porque ela seria
apenas "um momento de tristeza". Além disso, 34% deles não tomariam antidepressivos se fossem prescritos por médicos. Essa resistência tem a ver com o desconhecimento sobre os antidepressivos mais modernos. Mas "vale lembrar que estamos falando de uma doença de elevado potencial incapacitante, que pode ser associada a um desfecho trágico, que é o suicídio, mas que pode e deve ser tratada", explica Márjori.
SAÚDE 9
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Descoberta científica pode levar a novo tratamento contra a malária Nova molécula interrompe o ciclo de vida do parasita da malária no organismo humano e impede a transmissão para o mosquito vetor CQMED/AGÊNCIA FAPESP/DIVULGAÇÃO
Um grupo internacional de pesquisadores comprovou que uma molécula denominada TCMDC-135051 é capaz de inibir seletivamente uma proteína essencial para o ciclo de vida do Plasmodium falciparum, uma das espécies causadoras da malária. Os resultados do estudo, publicados na Science, abrem c a m i n h o p a r a o desenvolvimento de um novo fármaco contra a doença, que tem 200 mil novos casos e mata quase meio milhão de pessoas no mundo anualmente. Um dos obstáculos para a erradicação da malária, atualmente, é o fato de o parasita ter adquirido resistência aos medicamentos existentes. Entre os autores estão i nt e g r a nt e s d o C e nt r o d e Química Medicinal (CQMED), s e d i a d o n a Un i v e r s i d a d e Estadual de Campinas (Unicamp), sob a coordenação do professor Paulo Arruda, e apoiado pela Fapesp por meio do Programa Parceria para Inovação Tecnológica (Pite). O grupo integra a rede do Structural Genomics Consortium (SGC) – consórcio internacional de universidades, governos e indústrias farmacêuticas para acelerar o desenvolvimento de novos
medicamentos. O CQMED também é uma Unidade de Inovação da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii). “A inibição da PfCLK3 afeta o parasita em diferentes estágios de desenvolvimento – tanto no que chamamos de fase assexuada, quando ele se prolifera dentro da célula humana e provoca os sintomas, quanto na fase s exuada, quando p o de s er transmitido de volta para o inseto vetor e completa seu ciclo, podendo infectar outros seres humanos”, disse Paulo Godoi, que realizou o trabalho durante pós-doutorado no CQMED. Também participou do estudo Dev Sriranganadane, que atualmente realiza estágio de p ó s - d out or a d o n o m e s m o centro. A pesquisa foi coordenada por Andrew Tobin, da Universidade de Glasgow, na Escócia. “O grupo da Unicamp teve um papel essencial nesse projeto. Eles foram capazes de responder se nossa droga poderia ter outros efeitos além de inibir a PfCLK3. S em ess a infor mação, não poderíamos ter prosseguido com o estudo”, disse Tobin à Agência Fapesp. Como os parasitas do gênero Plasmodium estão se tornando
cada vez mais resistentes às drogas antimaláricas existentes, há uma preocupação crescente em encontrar novos compostos com p otencia l p ara s erem transformados em fármacos. “Esse inibidor da PfCLK3 é bastante promissor, pois é capaz de eliminar o parasita em todas as fases do seu ciclo de vida”, disse Godoi. A PfCLK3 controla a atividade e a produção de outras proteínas importantes para a manutenção da vida do parasita. Ao bloquear sua atividade, a molécula mata o P. falciparum e não só previne a
transmissão como pode tratar a doença em humanos. A TCMDC-135051 foi selecionada entre 24.619 moléculas que poderiam ter efeito sobre a PfCLK3 e foi a que mostrou maior especi cidade sobre a proteína do parasita. O estudo sugere ainda que a molécula tem ação sobre outras espécies de Plasmodium. Segundo Godoi, o composto foi testado in vitro contra as enzimas CLK3 das espécies P. vivax e P. berghei e em cultura de células de P. knowlesi (similar a P. vivax) e P. berghei, mostando atividade
para as duas espécies. “Foi também feito um teste em camundongos infectados com P. berghei. O resultado in vivo mostrou eliminação do parasita na corrente sanguínea após cinco dias de infecção”, disse. Para ser considerada segura, uma molécula candidata a se tornar um fármaco não pode interferir com proteínas humanas. Tanto parasitas do gênero Plasmodium quanto seres humanos possuem enzimas do tipo quinase. A quinase humana mais semelhante à proteína PfCLK3 de
Plasmodium é a PRPF4B. Assim, para comprovar que a molécula TCMDC-135051 é segura, Tobin entrou em contato com o grupo do CQMED, um dos poucos que estudam a função da PRPF4B humana. “Colocamos a PRPF4B para interagir com concentrações diferentes da nova molécula. E até a mais alta delas não foi capaz de inibir a enzima humana”, disse Godoi. Para garantir que a molécula seria segura para um futuro medicamento, os pesquisadores precisavam provar que ela não afetaria a atividade de proteínas importantes para a funcionamento do organismo humano. “Nós decidimos apostar em uma proteína pouco estudada e agora colhemos o fruto: tornar possível esse estudo com grande potencial para um novo medicamento”, disse Rafael Couñago, coordenador cientí co do CQMED. Para se tornar um fármaco, porém, o inibidor ainda precisa passar por novos testes. “Precisamos melhorar ainda mais a segurança da molécula e, então, ela estará pronta para testes em humanos. Essa etapa deve levar de três a cinco anos”, disse Tobin.
Estudo indica que óleo de Tratamentos de menopausa fritura piora quadros de aumentam o risco de câncer de mama câncer de cólon PIXABAY
Embora testes tenham sido realizados inicialmente em roedores, pesquisadores afirmam que as consequências do consumo do óleo também afetam os humanos
Um estudo publicado pela Associação Americana para Pes quisas s obre C âncer relacionou a ingestão de óleo de fritura com a piora de quadros de c ânc e r d e c ól on , a l é m d o desenvolvimento de colite (a in amação do intestino grosso). Embora os testes tenham sido feitos em roedores, os pesquisadores acreditam que tal relação t amb ém exist a no organismo humano. A equipe mostrou que, quando os ratos comiam alimentos fritos, seus quadros pioravam, sendo eles de in amação do cólon, desenvolvimento de câncer (aumentando o crescimento do tumor) ou vazamento intestinal — que
resulta no escape de bactérias tóxicas para a corrente s a n g u í n e a . " Pe s s o a s c o m in amação do cólon ou câncer de cólon devem estar cientes desta pesquisa", disse Jianan Zhang, uma das cientistas, em comunicado. A especialista ressalta que a mensagem do trabalho cientí co não é a de que alimentos fritos causem câncer, mas sim que piorem quadros já existentes. "Nos Estados Unidos, muitas pessoas têm essas doenças, mas continuam a comer “fast-food” e frituras", disse Guodong Zhang,
outro pesquisador que participou do estudo. "Se alguém tem doença in amatória intestinal ou câncer de cólon e consome esse tipo de alimento, há uma chance de tornar as doenças mais agressivas". Como relataram os especialistas, o experimento foi realizado com base na dieta humana: uma combinação de óleo de fritura e de óleo fresco foi adicionada à dieta em pó de um grupo de camundongos, que posteriormente foram analisados. Houve um crescimento notável no v a z a m e nt o i nt e s t i n a l d o s animais que ingeriram a substância presente em alimentos fritos. "Os tumores dobraram de tamanho do grupo controle para o grupo de estudo", a rmou Guodong Zhang. Os pesquisadores esperam que uma melhor compreensão dos impactos do óleo de fritura na saúde leve a diretrizes alimentares e políticas de saúde pública mais e cazes. "Para indivíduos com propensão ou que já tenham doenças in amatórias intestinais, é uma boa ideia comer menos frituras", concluiu.
Estudos anteriores haviam determinado essa relação, mas o artigo da revista britânica "The Lancet" inovou ao quantificar o risco de cada tipo de tratamento CHOREOGRAPH/GETTY IMAGES
Mu l h e r e s q u e s e g u e m u m tratamento hormonal contra os efeitos da menopausa têm um risco ligeiramente maior de ter câncer de mama — con rmou um grande estudo publicado no dia 30 de agosto. Estudos anteriores já haviam determinado essa relação, mas o artigo da revista britânica “ e Lancet” inovou ao quanti car o risco de cada tipo de tratamento e, ao mesmo tempo, demonstrar que, embora diminua com o m do tratamento, o risco persiste por pelo menos dez anos. Os autores revisaram 58 estudos epidemiológicos sobre esses tratamentos, que envolveram mais de 100 mil mulheres. São principalmente estudos observacionais, ou seja, mostram um vínculo estatístico, mas não demonstram uma relação de causa-efeito entre o câncer que algumas mulheres desenvolvem e o tratamento em questão. De acordo com suas conclusões, todos os tratamentos hormonais d a m e n o p a u s a ( Te r a p i a Hormonal da Menopausa, ou THM) estão associados a um risco maior, com exceção dos géis com estrogênio de aplicação local. Dessa forma, uma mulher de 50 anos que segue por cinco anos um THM que associa estrogênio e progesterona continuamente tem
8,3% de chance de desenvolver câncer de mama nos 20 anos que se seguem ao início do tratamento, contra um risco 6,3% para mulheres que não são submetidas a nenhum cuidado nesse sentido. A proporção é de 7,7% para quem segue de forma intermitente (não todos os dias), e de 6,8% para aqueles tratados apenas com estrogênio, segundo os pesquisadores. Se, em vez de cinco, o tratamento durar dez anos, o risco será “duas vezes maior”, enquanto que, se durar menos de um ano, “haverá poucos riscos”, segundo Gillian Reeves, da Universidade de Oxford e coautora do estudo. Com a menopausa, os ovários param de funcionar progressivamente, fazendo com
que os níveis de estrogênio caiam, e a progesterona quase desapareça. Essas alterações hormonais podem causar sintomas desagradáveis (fogachos, ressecamento vaginal, problemas de sono, entre outros) que os tratamentos de reposição hormonal podem aliviar. Em 2002, porém, um estudo americano mostrou que a THM implicava um risco aumentado de câncer de mama e, nos anos seguintes à sua publicação, o número de tratamentos prescritos caiu amplamente. Desde então, eles são reservados para pacientes que sofrem sintomas especialmente desconfortáveis e são prescritos com doses menores e com a menor duração possível, com uma reavaliação anual.
10 GERAL
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Escritor capixaba realiza Renato Casagrande faz sonho de lançar livro a diferença no impresso desenvolvimento do Espírito Santo Poucos sabem que, além deste sonho, há propósitos de vida e um sonho contínuo de publicar suas demais obras literárias Por Mariana Rangel MARIANA RANGEL
Por Renato Paoliello ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO
Após lançamento da edição disponibilizada em 2013 e segunda edição relançada em 2018, na Biblioteca do Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes), “Melanie” a obra literár ia infanto-juvenil ganhou versão impressa pela Editora Giostri, de São Paulo, e foi lançada na última segunda-feira (2), na Livraria Leitura do Shopping Praia da Costa. A obra conta a história de Melanie, uma jovem da periferia de Vitória, que sonha em ser médica e luta por uma vaga nos cursos de Medicina e Engenharia, no Projeto Un i v e r s i d a d e p a r a To d o s (PUPT), à época, gerido pela Fundação Ceciliano Abel de Almeida. Tudo muda radicalmente quando um atropelamento envolvendo seu irmão Juninho, sua prima Bárbara e o frentista Carlinhos num posto de gasolina, provocado por dois rapazes que participavam de um racha, muda a sua vida para s empre. Ap es ar do infeliz acidente, onde os três perdem a vida, Melanie dá a volta por cima e ganha uma bolsa de estudos no cursinho mais caro da cidade: o Lamarck. Com a instituição das cotas para alunos de escolas públicas, em 2007, o autor mostra a repercussão da medida entre alunos de escolas públicas e privadas e os donos dos cursinhos, que entendem que as cotas são ameaças aos seus lucros. Então, num confronto ideológico entre os alunos das duas redes na Ufes, Melanie é vítima de discriminação pelos colegas do cursinho. É então que entra o clímax na história. Conseguirá, Melanie, alcançar sua meta? Com base em pesquisas, o autor trouxe alguns arquivos de opiniões sobre as cotas nas instituições educacionais. Em uma dessas matérias, o secretário-geral do Conselho R e g i o n a l d e Me d i c i n a d o Espírito Santo (CRMES), Celso Murad, em entrevista à A Tribuna, no dia 11 de agosto de 2 0 0 7 , s e d i z “c o nt r á r i o a
q u a l q u e r t i p o d e assistencialismo, e em sua opinião esse é o caráter das cotas, para quem não vão resolver o problema da falta de investimento em educação e pode contribuir para piorar a qualidade pro ssional”. O autor também destaca as di culdades enfrentadas na educação do País, desde o ensino fundamental, se estendendo até o nível superior. O livro ganhou uma nova revisão e ampliação com prefácio da doutora em Semiologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ); da escritora, professora titular do Ifes e pesquisadora, Andréia Delmaschio e apresentada por Nelson Martinelli Filho, professor do Ife s e d outor e m E s tu d o s Literários pela Ufes. Mas, o que poucos sabem, é que o escritor capixaba, mesmo diante de seu dé cit intelectual, “encara” suas obras com muita s er ie d ade e compromiss o, abordando temáticas que, de fato, devem ser exploradas pelas grandes mídias locais como obras intelectuais de interesse público. Mas, apesar de muitos dos seus releases serem rejeitados por algumas mídias, ele continua escrevendo, com o objetivo maior de continuar lutando pelo reconhecimento de sua literatura e publicá-las para vendê-las e poder realizar o seu maior sonho que é o de ingressar na pósgraduação da Academia de Letras Brasileira, cujo foco principal é conquistar sua cadeira para ser apto a lecionar Letras e ter condições de apoiar crianças com lesão da coluna vertebral. Em seu lançamento, Maxwell contou com a presença de amigos, além de colegas servidores públicos, e recebeu o pre st í g i o d e Jo s é R ob e r to Martins Aguiar (Secretário de Educação de Cariacica). Que, em entrevista, falou sobre a i mp or t ân c i a d a l it e r atu r a infanto-juvenil para cultura e educação no cenário do Espírito Santo.
“Extremamente importante, a educação carece de autores c apixab as, e p ens ando no Maxwell, especi camente, é grati cante tê-lo como servidor, mesmo com todas as di culdades, como a de ciência, e hoje é muito simbólico, pois iniciamos setembro, onde se comemora o mês da inclusão das pessoas com de ciência e isso é a prova máxima de que tudo é possível. Além de ser uma literatura voltada para o público adolescente, para os que estão envoltos nos dois objetivos de ingresso na universidade, é ainda mais simbólico para nós da S e cret ar i a de E duc aç ão, e esperamos que isso sirva de mola propulsora para que novos autores emerjam no mercado de literatura”, a rmou José Roberto. Pensando no leitor, Tatiana Caus, jornalista do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), enfatizou a importância da difusão da literatura no Espírito Santo. “Maxwell é um amante, de fato, da literatura e, nós, como leitores, temos que aproveitar as redes sociais, o acesso à comunicação que temos para valorizar jovens escritores que estão em busca de sonhos, assim como ele”, explicou. Maxwell é natural de Vitória/ES em 1986 e mora na referida cidade, é jornalista, design grá co e servidor público da Prefeitura de Cariacica desde 2017. É técnico em Multimídia pelo CEET Vasco Coutinho, licenciado em Letras/Português pelo Ifes e em história pela Uninter. É ainda autor dos livros 24 horas de Ana Beatriz, Ilha Noiada, Melanie, Amyltão Escancarado, Comensais do Caos, #cybervendetta e Empoderando-se. O livro está à venda na Livraria Leitura e no site da editora Giostri por R$ 39,00. Compre o seu! https://lojavirtual.gisotrieditora .com.br/index.php?route=produc t/product&product id=11030.
O Produto Interno Bruno (PIB) do Espírito Santo iniciou o ano com variação acumulada estável de R$ 29,1 bilhões. O desempenho positivo do Comércio Varejista Ampliado (+6,1%) contrabalançou o índice geral da economia, garantindo o equilíbrio no período. A receita nominal de serviços no Espírito Santo, no primeiro trimestre de 2019, registrou aumento de 3,5%. De acordo com os dados do Cadastro Geral de Empregados do Ministério da Economia, os empregos formais referentes ao primeiro trimestre de 2019, apresentaram saldo positivo de mais 6.185 postos de trabalho no Espírito Santo. O objetivo do texto é de manter v iv a a e sp e r anç a d o p ovo capixaba que trabalha e con a em Deus. Mas a gestão
humanizada do governador Renato Casagrande é um diferencial em relação aos outros Estados. Os números, mesmo positivos, são insigni cantes perto do potencial crescimento que vislumbra a vocação do Estado para o mercado exterior. O risco
de colapso é mundial, mas temos fôlego para boas braçadas em mar aberto. Con ar na atual gestão de Casagrande é importante.
*Renato Paoliello, é jornalista com extensão em comunicação empresarial
Clássico “As aventuras de Pinóquio” ganha nova versão A Paulus Editora traz novo projeto gráfico para instigar ainda mais seus pequenos leitores a mergulharem no universo do boneco que sonha em se tornar um menino de verdade Pinó quio, o garoto de madeira cujo nariz cresce e cresce a cada mentira acaba de ganhar nova versão pela Paulus Editora. A reedição de “As aventuras de Pinóquio” pretende resgatar valores e sentimentos deixados de canto, como a verdade, o amor, a honestidade e a amizade. Com ilustrações de Veruschka Guerra e tradução brasileira de Liliane e Michele Locacca, a obra inclui personagens marcantes como o grilo falante, a fada azul, a
dupla de malandros formada pela raposa e pelo gato esperto, dentre outros. Po r m e i o d e u m a história instigante de 256 páginas que aborda sonhos e aventuras, Pinóquio tende a cativar crianças e jovens e ainda auxiliá-los a re etirem sobre aspectos essenciais para o desenvolvimento humano, como pobreza, medo, coragem e família.
COMPORTAMENTO 11
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ANA LUCIA Ana Lucia Bernardo Cordeiro
Professora
Transtorno depressivo maior O
ILUSTRAÇÃO LUIZA NORMEY
Os sintomas apresentados na f as e d e d e pre ss ã o s ã o o s mesmos de um episódio depressivo. Nas fases de euforia, o paciente pode apresentar sintomas como: agitação, ocupação com diversas at ividades, obs ess ão com determinados assuntos, aumento de impulsividade, aumento de energia, desatenção e hiperatividade. Como vocês podem observar, o tema depressão é muito amplo e precisa ser debatido pela sociedade. Na próxima terça-feira (10) é o Dia Mundial de Prevenção do
lá pessoal,
Como já havia comentado semana passada, hoje falarei sobre "transtorno depressivo maior". Se a pessoa começa a ter quadros depressivos re c or re nte s e manté m o s sintomas de depressão por mais de seis meses, com agravamento do quadro, podese considerar que ela esteja passando por um transtorno depressivo maior. "Este quadro costuma se iniciar mais tardiamente na vida, após
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os 30 anos de idade, e responde melhor ao tratamento com medicamentos", pondera o Dr. Tavares. Normalmente, o transtorno depressivo maior é um quadro grave e também tem grande relação com a herança genética. "Nele há uma mudança química no funcionamento do cérebro
Suicídio, lançado em 2003 pela Organização Mundial da Saúde (OMS). De acordo com o organismo das Nações Unidas, nove em cada dez suicídios podem ser evitados. Dados da OMS indicam que 32 pessoas se matam por dia no Brasil. No mundo, há uma morte do tipo a cada 40 segundos. Muitas dessas mortes ocorrem porque as pessoas ignoram os sinais da depressão. Na próxima edição, falarei sobre um assunto fofo: Cuidadores de cães. Vocês irão amar! Até lá!
que pode ser desencadeada por uma causa física ou emocional. Por isso, é importante encontrar a causa central dela, para que o tratamento seja mais efetivo, como explicou o psiquiatra Pérsio Ribeiro Gomes de Deus, diretor técnico de saúde do Hospital Psiquiátrico de Água Funda, São Paulo.
LLEVENTE BODO/GETTY IMAGES
Vaso comprado em Convívio com homem mudou a estrutura do brechó pertenceu a cérebro dos cachorros imperador chinês RD WO ÇÃ OS RO DU RE P
Comprado por uma libra (o equivalente a R$ 5 na atual cotação) no início do ano, um vaso chinês será leiloado por, no mínimo, 50 mil libras (R$ 250 mil) em um evento que ocorrerá no nal de 2019. Isso porque o comprador descobriu que, na verdade, o artefato pertenceu ao Imperador Qianlong, que viveu no século 18. C omo re p or t a a casa de leilões britânica Sworders, o dono do vaso o encontrou em um brechó, mas, após um tempo, resolveu vendêlo na plataforma on-line eBay. Contudo, as ofertas de compra se mostraram abundantes, o que fez com que o homem suspeitasse do verdadeiro valor do item. "Ele decidiu tirar o vaso do eBay e nos trouxe para darmos uma olhada. Ele cou chocado e muito animado quando explicamos sua importância", disse um portavoz da loja, de acordo com o jornal britânico Daily Mail. O vaso tem o formato de uma pera e mede 19 centímetros de altura. Nele, estão inscritos um poema e duas marcas de selo vermelho de ferro em que se
ER S
Após descobrir a verdadeira do século 18 será vendido por, uma casa de leilões
origem do artefato, vaso pelo menos, R$ 250 mil em
pode ler "Qianlong chen han" ("a própria marca do imperador Qianlong") e "Weijing weiyi" ("s eja pre cis o, não que dividido"). "O esmalte no vaso é especial porque usa esmaltes em um fundo amarelo — cor especial tradicionalmente reservada ao imperador", explicou a casa de leilões. O imperador Qianlong foi o sexto imperador da dinastia Qing. Ele abdicou em favor de s e u l h o, o imperador Jiaqing, e morreu três anos depois, aos 87 anos, em 1799. A venda ocorrerá no início de novembro e, segundo a Sworders, já existem diversos interessados na compra.
Alterações no cérebro dos animais refletem habilidades de cada raça, como olfato mais apurado
Nos mil anos em que convivemos com os cachorros, conseguimos transformar lobos selvagens em nossos melhores amigos. E dos mais variados tamanhos: do pequeno pinscher ao gigantesco dogue alemão. Agora, um novo estudo revela que a mudança foi ainda mais profunda do que as aparências sugerem. Os homens alteraram também a estrutura cerebral dos cães. Dona de dois pastores australianos hiperativos, a neurocientista da Universidade Harvard, Erin Hecht, decidiu comparar os exames de ressonância magnética de 62 cachorros de 32 raças diferentes. “Assim que vi todas as imagens alinhadas, o resultado saltou aos olhos”, disse. Embora os animais apresentassem uma grande variedade de formatos e tamanhos de cabeça, nenhuma dessas diferenças seria capaz de
explicar as imagens cerebrais. Erin e os colegas identi caram s eis reg iõ es cerebrais que tendem a ser maiores ou menores, dependendo do cachorro, e atuam de forma sincronizada. O padrão levou a pesquisadora a se perguntar se as regiões funcionariam em c o nj u nt o, d e a c o r d o c o m diferentes comportamentos e se estes estariam relacionados às raças. Beagles, por exemplo, são capazes de identi car, pelo olfato, tumores cancerígenos. Já b ord e r c ol l i e s c ons e g u e m pastorear ovelhas com agilidade. O s c i e nt i s t a s d e c i d i r a m pesquisar como as seis regiões cerebrais diferiam de acordo com características de cada raça, segundo a de nição do American Kennel Club. A p es quisa foi publicada no Journal of Neuroscience. Boxers e dobermanns, por exemplo, que são muitas vezes
usados pela polícia, revelam diferenças no que diz respeito a olfato e visão. Raças criadas para esportes têm uma rede cerebral com destaque maior para regiões responsáveis por medo, estresse e ansiedade. Os cientistas conseguiram determinar padrões cerebrais diferentes entre cachorros que caçam com base no olfato e os que contam mais com a visão. Os animais pesquisados eram de estimação. “É impressionante que a gente tenha constatado todas essas diferenças mesmo em cães que não estão sendo usados para essas atividades”. Para a neurocientista, as descobertas podem ter implicações mais profundas. O fato de sermos capazes de alterar uma espécie a ponto de afetar sua estrutura cerebral é algo a ser levado em conta.
12 OLHAR DE UMA LENTE
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HAROLDO CORDEIRO FILHO Haroldo Cordeiro Filho - Jornalista DRT: 0003818/ES Estudante de Filosofia- Estácio de Sá de Vitória - Coordenador-geral da ONG Educar para Crescer
“Tiraram a responsabilidade dos pais e colocaram nas costas dos professores” “A educação nos Estados precisa ser redesenhada, adequada ao novo modelo educacional que está sendo preparada pelo MEC”
O
saúde como política de governo, cada um fazendo à sua maneira. Mas com todos os deslizes, a saúde, do governo de Victor Buaiz para cá, vem tendo u m a i mp or t ân c i a , m e s m o qu e timidamente, uma visão de política de
relevantes”. “A educação na esfera estadual deve ser repensada... criou-se um modelo que não foi de Estado, mas de governo chamado “Escola Viva”. Fizeram grande marketing, distorceram a
HAROLDO CORDEIRO FILHO
Jornal Fatos & Notícias (Coluna Olhar de uma Lente), esteve esta semana no gabinete nº 406 da Assembleia Legislativa – Ales, para um bate-papo com o deputado estadual capitão
Assunção do mesmo partido do p r e s i d e nt e d a R e p ú b l i c a , Ja i r Bolsonaro, o PSL. Nascido em Ecoporanga, ingressou na Polícia Militar/ES em 1983, chegando a o cial (capitão) em 1994. De maneira descontraída, disse que o que falta para o Estado é otimização, ou s e j a , u m a b o a g e s t ã o p a r a melhorarmos nossos ser viços públicos. Segundo ele, de todas as áreas do atual governo, a que está funcionando um pouco melhor é a saúde. “Recentemente teve uma reportagem sobre o Hospital Infantil relatando a precariedade nas estruturas do prédio. No planejamento e s t r at é g i c o q u e o g o v e r n a d o r apregoou no início do ano, o único setor que eu vejo que está tendo resultado positivo é o da saúde. Fiz uma indicação para que ele entrasse com um laudo do Corpo de Bombeiros não só no Hospital Infantil, mas em outras unidades hospitalares também, para que preservasse a integridade e a segurança dos cidadãos que vão lá buscar socorro médico. Costumo dizer que, se sofresse um acidente, eu pediria para ser levado para o São Lucas, porque eu sei que lá teria um atendimento referencial. Não podemos dizer que a saúde vai mal. Há muita coisa para melhorar, mas já tivemos avanços. Infelizmente, governos anteriores sempre viram
Estado. Falta muito a ser melhorado... de vez em quando eles voltam com a falar da Contribuição Provisória sobre a Movimentação Financeira (CPMF), o que eu acho um grande erro, gravíssimo. O cidadão já é majorado demais... dizer que seria para a saúde, é desculpa! A verdade é que precisamos de uma gestão aperfeiçoada dos recursos já existentes para o sistema de saúde. Alguns hospitais estão se adequando às normas internacionais, nosso secretário é capacitado para tocar a pasta, tem conhecimento de gestão, por isso coloco a saúde, no atual governo, como o setor que mais evoluiu. O deputado estadual cou encurralado entre a esfera federal e a esfera municipal, graças à Constituição de 1988..., Mas, na saúde, estamos sempre fazendo indicações
DIVULGAÇÃO/GOVERNO DO ES
função dos professores colocando-os como educadores, ou seja, tiraram a responsabilidade dos pais e colocaram nas costas dos professores... Educação é recebida no berço familiar e não na escola. A função do professor é passar conhecimento para a formação pro ssional dos nossos estudantes para um dia ingressarem no mercado de trabalho. Temos que levar em conta que estamos na quarta revolução industrial e, isso, requer formação técnica e cientí ca... os tempos são outros. O que zeram foi passar para a população que o projeto Escola Viva é o melhor modelo de ensino..., mas não é bem assim, ele simplesmente matou as outras instituições de ensino. Os alunos vão para escola e lá estão tendo aula de dança... não sou contra, mas os
futuros empregos exigirão dança ou tecnologia? Muitos dos nossos jovens carão perdidos como muitos hoje, carão fora das escolas e consequentemente fora do mercado produtivo. Não quero dizer que a Escola Viva deva ser deixada de lado, mas adequá-la para as atuais exigências do mundo que está “muito” competitivo. A educação precisa ser redesenhada, adequada ao novo modelo educacional que está sendo pre p a r a d o p e l o M i n i s t é r i o d a Educação – MEC, aos alunos do ensino fundamental, proporcionando-os o gosto pela leitura, a paixão pela matemática e o respeito pelo português. A linguagem não pode se sobrepor à gramática... isso é errado! A Língua Portuguesa, a Matemática e as Ciências são as matérias que nossos alunos precisam aprender porque são elas que farão deles mais preparados e com mais base para o ensino médio... Os Estados deverão se adequar ao novo modelo do MEC”. Na opinião do deput ado, a militarização seria interessante para retomarmos uma coisa que está extinta nas redes de ensino que é a disciplina comportamental.
ocorrência e depois ainda posso ganhar um processo da corregedoria, acusado de agredir a pessoa que era acusada e depois virou vítima? Estamos vivendo uma desordem social. O nosso presidente está colocando ordem na casa. Colocou uma pessoa que entende de segurança púbica, o ministro Sérgio Moro e as ações que estão sendo feitas para que o trabalho do policial, em qualquer tipo de esfera, seja robustecido... vai demorar um pouquinho, mas o cidadão vai entender que o policial representa sua única garantia de liberdade... Portanto, no futuro ele vai passar a colaborar com o policial. O Estado Presente nunca existiu. Efetivo de 2.500 homens faltando na Polícia Militar... a nossa Polícia Civil é de excelência, mas está atravancada dentro dos seus escritórios porque não tem efetivo necessário... quantas delegacias estão fechadas por aí a fora? A polícia investigativa virou cartorial, a nossa segurança pública depende, única e exclusivamente, do Estado. O deputado também falou sobre a visita do vice-presidente da República, General Mourão. “O levaram ao Pa l ácio d a Fonte Grande p ara TATI BELING
REPRODUÇÃO INTERNET
“Recupera-se a importância do professor e tira a de educador... Isso é uma forma de depreciar a pro ssão... marca do Marxismo cultural. Na escola militar, eu tenho orgulho de dizer que quando o professor entra, independente da disciplina, nós nos levantamos como sinal de respeito”. “O novo governo vem apostando muito na valorização dos pro ssionais da segurança pública, principalmente na retaguarda jurídica do policial. Hoje, o que vimos é um desregramento da ordem judicial... é quando a população interfere na ação policial em defesa do acusado. Hoje, o policial está desmotivado para trabalhar... ele pensa, porque eu vou prender aquele bandido se ele vai ser solto antes de eu terminar a
conhecer o projeto Estado Presente... estão enganando o vice-presidente... o Estado Presente nunca existiu. Para f u n c i on a r pre c i s a r i a d e a ç õ e s conjuntas de vários setores do Estado – saúde, educação, cultura e, por último, a segurança... aí sim, seria Estado Presente”. “Fui eleito para scalizar o governo, não que o governo seja corrupto, mas a minha obrigação é scalizar o que o governo está fazendo ou que pretende fazer. Hoje, sou um parlamentar independente... tenho compromisso com os capixabas, mas se o governo me entende como oposição, não tem problema... vou cumprir meus quatro anos de mandato com determinação, seriedade e compromisso com o povo capixaba”, nalizou.
BRASIL 13
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A semana em Brasília S e no Haroldo Cordeiro Filho Luzimara Fernandes
jornalfatosenoticias.es@gmail.com
ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO
HÉLIO FILHO/SECOM
MARCOS OLIVEIRA/AGÊNCIA SENADO
Governador Casagrande (PSB-ES) Governo do Estado liberará R$ 6.527.160,88 para áreas esportivas O governo do Estado vai investir R$ 6.527.160,88 na construção e reforma de áreas destinadas à prática esportiva e melhorias em diversas estruturas voltadas ao esporte, como a instalação de iluminação em campos e reparos de alambrados. Na terça-feira (3), foram assinadas as liberações dos recursos de 16 convênios para 13 municípios capixabas. Os convênios serão viabilizados por meio da Secretaria de Estado de Esportes e Lazer (Sesport). Serão atendidos os municípios de Afonso Cláudio, Aracruz, Castelo, Domingos Martins, Dores do Rio Preto, Governador Lindenberg, Jaguaré, Jerônimo Monteiro, Laranja da Terra, Marilândia, Mucurici, Pancas e São Roque do Canaã. O governador Renato Casagrande a rmou que os convênios estão sendo retomados após terem sido suspensos de forma preventiva no início deste ano. “Agora retomamos 100% dos convênios sem que tenhamos di culdade no uxo nanceiro do Estado. Estamos com uma política de incentivo à prática do esporte, dando apoio aos atletas de alto desempenho com programas como o Bolsa Atleta, que remunera mensalmente os medalhistas. Vamos retomar no ano que vem o Compete, que ajuda nas viagens para competições”, a rmou.
Fabiano Contarato (ES) Queimadas na Amazônia Legal
SITE DO DEPUTADO
Para compartilhar com os capixabas o trabalho realizado em Brasília e no Espírito Santo, o deputado federal Sérgio Vidigal apresentou uma cartilha com as ações dos seus dois mandatos na Câmara dos Deputados. “O nosso compromisso é trabalhar em prol da população, defendendo projetos que atendam aos anseios do Espírito Santo e do Brasil. Também estamos atuando de Norte a Sul do Estado, dialogando com a população para ouvir as demandas e saná-las por meio das destinações de recursos, os quais possibilitam mais investimentos”, comentou Sérgio Vidigal.
Joênia Wapichana (Rede-RR) Impeachment de Ricardo Salles No último dia 28, o ministro do Supremo Tribunal Federal, Edson Fachin, intimou o Ministério Público Federal (MPF) a manifestar-se em pedido de impeachment do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles. Além da advogada e deputada federal indígena, Joênia Wapichana, a petição foi assinada também por outros parlamentares do Rede, senador Fabiano Contarato/ES e senador Randolfe Rodrigues/AP. REPRODUÇÃO GAZETA ONLINE
Ted Conti (PSB-ES) Seminário “Autismo e Educação”
SITE DA CÂMARA
Boca Aberta (Pros-PR) “Quero ver quem vai calar minha boca”
BRUNO FRITZ
Toda vez que vai à tribuna da Câmara, os seguranças cam de prontidão. “Sou terrorista verbal, sanguinário na fala e eloquente no discurso. É um golpe. Querem me calar porque falo o que não querem ouvir. Mas não vão. Nunca!”, a rmou Boca Aberta.
O deputado federal Ted Conti (PSB/ES), participará, nessa sexta-feira (06), de um seminário para discutir o Transtorno do Espectro Autista (TEA). O seminário trará como tema “Autismo e Educação”, visando traçar uma linha do tempo, do ensino infantil à universidade. “Vamos ouvir pais e especialistas para mapear o que já está sendo feito e o que ainda precisa ser buscado para garantir um melhor atendimento, principalmente de acesso e apoio”, justi cou o deputado.
Marcelo Santos (PDT-ES)
Reurbanização da Avenida Expedito Garcia De olho no conforto de quem frequenta o maior shopping a céu aberto do Espírito Santo, a Avenida Expedito Garcia, em Cariacica, Marcelo Santos conseguiu, junto ao governo do Estado, a liberação de recursos para que a avenida seja totalmente reurbanizada. Para não atrapalhar o movimento das compras natalinas, somente será realizada um trecho da avenida, com previsão de conclusão em até 120 dias, contemplando cerca de 500 metros de um total de 1,72 km de extensão da via. “Após uma conversa com o governador Renato Casagrande, conseguimos a liberação destes recursos para que tenhamos uma nova Expedito Garcia, melhorando a vida de quem faz compras no local, mora nas redondezas e melhora a autoestima de toda a população cariaciquense”, comemorou o deputado.
Vereadores em Pauta
Equipamentos para guardas municipais
O aumento do desmatamento e das queimadas na Amazônia Legal é resultado da p o l í t i c a ambientalista do País, a rmou o senador Fabiano Contarato, na terça-feira (3), em Plenário. O parlamentar ressaltou que, somente em julho, o território devastado da Amazônia é igual ao tamanho do município do Rio de Janeiro, segundo o Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon). “E que não venham colocar isso na conta de governos anteriores. Só na área do meio ambiente, Bolsonaro acabou com a Secretaria de Mudanças Climáticas; acabou com o Plano de Combate ao Desmatamento; acabou com o Departamento de Educação Ambiental; desconstruiu o ICMBio, esvaziou o Ibama, extinguiu o Comitê Orientador do Fundo Amazônia, paralisou o Fundo da Amazônia, entre outros”, analisou o senador.
Sérgio Vidigal (PDT-ES) Revista de prestação de contas
Lauriete (PLES)
E
Lauriete indicou recurso para as guardas municipais d e V i l a Ve l h a , Colatina e São Mateus. Em Vila Velha, a emenda é para a aquisição de viaturas e equipamentos de proteção. Em Colatina, para compra de viaturas e material bélico. Já em São Mateus, além de viaturas, o orçamento será para equipamento de informática. “Apoiamos a modernização das guardas municipais”, explicou a deputada. ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO
Felipe Rigoni (PSBES) Aplicativo “Nosso Mandato” O deputado federal Felipe Rigoni protocolou mais dois projetos de lei recebidos por meio do aplicativo “Nosso Mandato”. Até o momento, foram 153 sugestões feitas pelos mais de cinco mil eleitores cadastrados na ferramenta: sete já foram protocoladas na Câmara dos Deputados, 31 propostas estão em análise e outras 115 aguardam na la. “Temos analisado com calma as sugestões, veri cando critérios legais, atribuições e até mesmo a existência de iniciativas similares em tramitação na Câmara. O resultado tem sido satisfatório. A qualidade dos projetos mostra que a população capixaba deseja fazer parte da política, o que faltava era uma ferramenta de inclusão”, pontua Rigoni. ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO
Norma Ayub (DEMES)
Pâmela Gonçalves Maira (DEM-Linhares-ES) ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO
Audiência pública discute alternativas de trabalho, emprego e renda em Linhares/ES A Audiência Pública sobre o Tema: Trabalho, Emprego e Renda em Linhares, realizar-se-á na Câmara Municipal de Linhares ES, no dia 12 de setembro de 2019, com início previsto para 17h30 e término às 19h30. O Evento, proposto pela vereadora Pâmela Maia, busca respostas, alternativas, iniciativas públicas e empresariais que proporcionem oportunidades no mercado de trabalho e xação das pessoas em Linhares.
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Cleusa Paixão (PMN-Serra-ES)
ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO
O projeto de Lei nº 168/2019, de autoria da vereadora Cleusa Paixão, institui a Semana Municipal de Prevenção de Abuso da Exploração Sexual de Criança e Adolescente. A justi cativa é a importância de se levar informações aos jovens, crianças e responsáveis. Uma situação de violência sexual pode ser um marco impeditivo no saudável desenvolvimento de crianças e adolescentes.
## Veículos
SITE DA CÂMARA
O município de Muqui acaba de receber três veículos adquiridos com recursos que a deputada federal destinou no valor de R$ 511.500,00. São eles: duas pickups cabine dupla 4x4 e um Ônibus Rural Escolar - ORE 1 (4x4). Outros três automóveis para a atenção básica de saúde estão para serem entregues, o que totalizará um investimento de R$ 671.500,00. A parlamentar agradeceu ao vereador Camarão que sempre apresenta as necessidades de Muqui para que possa destinar verbas que sejam bem aproveitadas pela população, e também ao prefeito Carlos Renato Prúcoli, por aplicar o recurso público com seriedade. QUEIROZ NETTO
Sérgio Majeski (PSB-ES)
Menos burocracia no passe livre para pessoa com deficiência permanente
Renann Bragatto Gon (PHSColatina/ES) Com a justi cativa de atender à Lei 13.146, de julho de 2015, que institui a lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com De ciência, o vereador Renann Bragato Gon, apresentou o Projeto de Lei 051/2019, que dispões sobre padrões e critérios para sinalização semafórica com sinal sonoro para travessia de pedestres com de ciência visual. TATI BELING
Lorenzo Pazolini (sem partido)
Hospitais podem ser obrigados a afixarem cartazes sobre adoção para acabar Presidente da Frente Parlamentar de com o abandono de bebês no Apoio à Inclusão, à Acessibilidade e à Cidadania das Pessoas com ES De ciência, Sérgio Majeski ingressou com um Projeto de Lei Complementar (PLC) na Assembleia Legislativa para diminuir a A q u a n t i d a d e d e b e b ê s burocracia que a pessoa com de ciência permanente enfrenta para obter abandonados e o índice de gestantes que cometem o direito à gratuidade no Transporte Coletivo Intermunicipal da Região aborto como alternativa para uma gravidez “não planejada” vem aumentando cada vez mais no País. Metropolitana da Grande Vitória. “Nossa proposta é acabar com a exigência de prazo de emissão para os “Com a divulgação e a conscientização sobre adoção, laudos médicos da pessoa com de ciência de caráter permanente. Para no período da gestação, conseguiremos promover uma mudança desse triste cenário e resguardar o estes casos, a validade desse documento pode ser muito maior que 30 direito fundamental à vida. As pessoas precisam saber dias. Infelizmente, a situação de um grupo signi cativo de pessoas é que a entrega do lho para adoção, mesmo durante a irreversível, permanente. Quem tem essa necessidade precisa de menos gestação, não é crime, pelo contrário, é legal e burocracia e de um apoio maior”, destaca o deputado Majeski. constitucional”, explicou Pazolini.
14 SER ESPORTE
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LAÉRCIO FRAGA “LAU” Professor, formado em Arte e Educação Física e trabalha nas prefeituras de Serra e Cariacica fracaodesegundo@gmail.com
Correndo se vai ao longe E
aí você se “pega” caminhando.
O corpo pedia. Ele sempre pede. O importante é estar em movimento. E o movimento deve ser planejado de forma que não se transforme em dor, sofrimento... correndo o risco de decretar o seu retorno ao marasmo sedentário. E então? Caminhou? Se empolgou? Correu? Da caminhada à corrida é um passo, ou melhor, centenas deles. Falar de corrida é falar de história. Dentre uma das hipóteses do seu surgimento conta-se que, na antiguidade, há aproximadamente 490 a.C., um mensageiro foi enviado a Atenas para anunciar a vitória dos Gregos sobre os
Persas. Para cumprir a missão, ele correu cerca de 40 km e, após a conclusão, morreu pelo esforço feito. Nos dias de hoje a corrida é uma das atividades mais praticadas no mundo, e é considerada um esporte democrático que depende apenas de um par de tênis e disposição para a iniciação. Alguns cuidados devem s e r t om a d o s a nt e s d a primeira “esticada”: a) Procure um médico e faça a avaliação prévia, informando qual é o tipo de atividade que pretende iniciar; b) Feito isso, e com o aval positivo do médico, comece a sua nova atividade com um bom aquecimento, caminhadas e, depois de alguns dias, intercale entre caminhadas e corridas curtas; c) Com a prática regular é
Em ação: Luiz Corredor - Cariacica/ES
hora de aventurar-se e percorrer distâncias maiores. Parece fácil? E é! A corrida, em si, já é um dos esportes mais completos e saudáveis e, além disso, é complementar na prática de esportes de quem já pratica ou que pretenda praticar. “Botando pilha” para que você comece já, irei destacar dentre outros, alguns benefícios que a corrida lhe proporcionará: emagrecimento; melhora da qualidade do sono; fortalecimento de músculos e ossos; redução do colesterol; combate à depressão; fortalecimento do coração; melhoria do humor ; melhoria da respiração; e aumento da expectativa de vida. Vamos lá. Aventure-se! Te vejo no calçadão.
Capela de São João Batista FOTOS: HAROLDO CORDEIRO FILHO
Por Haroldo Cordeiro Filho
O sítio, onde hoje se encontra a capela de São João Batista, no distrito de Carapina, é parte de uma das primeiras aldeias fundadas pelos padres Pedro da Costa e Diogo Jácome, da Companhia de Jesus no Espírito Santo. Posicionada entre o maciço rochoso do Mestre Álvaro, o rio Santa Maria da Vitória e a baía do Espírito Santo, a aldeia de São João se constitui,
inicialmente, pelo agrupamento de parentes
t r ib o temiminó, na c a p i t a n i a d e Va s c o
em meia laranja. Internamente, está
dois corredores laterais, com acesso pela face
Fernandes Coutinho. Externamente, ela está dotada de torre sineira, justaposta e alinhada à fachada frontal, em sua lateral esquerda, arrematada com abóbada
constituída de nave única, espacialidade da obra jesuíta (1584), sacristia e coro, acréscimos introduzidos em obra executada em meados do século XVIII (1746), e
posterior e independente da igreja.
do índio Maracaiaguaçu, ou Gato Grande, índio da
Fonte: Catálogo de Patrimônio Cultural do ES/Arquitetura/Secult-ES