Jornal Fatos & Notícias Ed. 326

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ANO IX - Nº 326 Educação Cultura Ciência e Tecnologia Meio Ambiente Saúde Economia 24 A 30 DE NOVEMBRO/2019 SERRA/ES

Educação sexual nas escolas diminui doenças e gravidez precoce

Distribuição Gratuita

ANA LUCIA

8 esta semana, li um texto de Luís Fernando Veríssimo e senti uma enorme vontade de compartilhar com vocês. Trata-se de “Depilação”. Texto hilário, espero que gostem Pág. 11

JORGE PACHECO 8 Pacote anticrime gera atrito entre Sérgio Moro e Rodrigo Maia. Deputado a rmou que Moro copiou e colou projeto do ministro do STF Alexandre de Moraes sobre combate ao crime organizado Pág. 5

ANA MARIA IENCARELLI 8 A alienação parental alegada que tanto se a rma prejudicar a criança, passa a ser a condenação em sequência Pág. 10

SENADO FEDERAL

HAROLDO CORDEIRO FILHO

8 Ufes sob o comando de uma mulher. Vice-reitora, Ethel Leonor Noia Maciel, foi eleita reitora e comandará a instituição no quadriênio 2020-2024 Pág. 12 LAÉRCIO FRAGA “LAU”

8 Os esportes praticados na praia são muito prazerosos, pois a prática das atividades não exigem muitos recursos e o vestuário é composto por roupas leves e descontraídas Pág. 14 DAVI MOURRAHY

8 Não há nada pior que o arrependimento e a culpa. Nos momentos raivosos, tente para e pensar em suas, atitudes a m de evitar que danos sejam irreversíveis. Pág. 8 DANIEL GUIMARÃES/A2IMG

Brasileiros criam exame inovador para a dengue

FOTO: JOEL SARTORE/NATIONAL GEOGRAPHIC

Os brasileiros têm lembrado, nos últimos meses, o clima dos estádios de futebol das antigas lotados em dias de grandes clássicos regionais. Não há sequer uma questão pública relevante que não os divida no antagonismo in amado de duas torcidas apaixonadas, uma diante da outra. No caso

da educação sexual e da orientação para prevenção de gravidez precoce e Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) nas escolas, a situação não é diferente. Na última pesquisa do instituto Datafolha sobre o tema, realizada com 2.077 pessoas em 130 municípios, no nal do ano passado,

os favoráveis à adoção dos conteúdos nas salas de aula 'venceram' os contrários. Mas, uma vez mais, o resultado exibiu uma face da nação partida: 54% foram a favor, 44% contra e 2% disseram não saber. Um dos representantes da parte derrotada por pouco é o presidente Jair Bolsonaro, que

gosta de repetir que quem deve ensinar sexo para criança e adolescente é “papai e mamãe”. Outro é seu guru, Olavo de Carvalho, que, em entrevista à Folha de S. Paulo, declarou, em seu estilo típico, que “quanto mais educação sexual, mais putaria nas escolas”. Pág. 4

REPRODUÇÃO

Muriqui-do-sul

O teste é capaz de detectar os quatro tipos de vírus responsáveis pela doença. E ainda diagnostica zika e chikungunya Pág. 9 REPRODUÇÃO/RENSSELAER POLYTECHNIC INSTITUTE

Cientistas imprimem em 3D pele viva com vasos sanguíneos Pág. 6

Estudo diz que dieta Existem menos de 1,2 com mais gordura e pouco carboidrato mil muriquis-do-sul pode prevenir gripe

remanescentes na Mata Atlântica

As expedições cientí cas do pesquisador brasileiro Maurício Talebi começam antes do sol nascer, quando o céu ainda está escuro. Ele se junta à uma equipe de especialistas e adentra a mata da reserva Legado das Águas, no estado de São Paulo, à procura de vestígios deixados por macacos muriquis-do-sul (Brachyteles arachnoides) Pág. 2

Um novo estudo da Universidade Yale, nos Estados Unidos, mostra que adotar uma dieta rica em gordura e pobre em carboidratos — conhecida como cetogênica ou Keto — pode ser vantajoso para quem quer se blindar contra o vírus da gripe. Mas calma: a pesquisa, publicada na revista Science Immunology, foi feita com ratos. O organismo de animais alimentados com uma dieta cetogênica — à base de peixe, carnes e vegetais com pouco carboidrato — se mostrou mais preparado para combater o vírus in uenza, causador da gripe. Pág. 8


2 MEIO AMBIENTE

24 A 30 DE NOVEMBRO DE 2019

Poluição da água por antidepressivos afeta o comportamento de peixes Pesquisa mostrou que a substância fluoxetina deixou os animais mais agressivos durante caça em grupo

Reserva nacional preserva espécie

de macaco ameaçada de extinção ANDRÉ AFONSO/UFRPE

Existem menos de 1,2 mil muriquis-do-sul remanescentes na Mata Atlântica MIGUEL FLORES

NOSO/WIKIMMEDIA COMMONS

Peixe-mosquito Os antidepressivos que são descartados incorretamente e acabam em lagos ou rios causam estragos nas interações e nas caças de peixes, conforme indica um novo estudo publicado no periódico cientí co Biology Letters (Letras de Biologia, em tradução livre). Cientistas da Universidade Monash, na Austrália, analisaram uma série de pesquisas sobre o impacto que resíduos psicoativos humanos têm na vida selvagem. "Os resultado sugerem que testes comportamentais de peixes isolados podem não prever com precisão o risco ambiental de poluentes químicos para espécies que vivem em grupos", disse o biólogo Jake Martin. Segundo o estudo, há evidências crescentes de que medicamentos usados para condições psicológicas humanas in uenciam no comportamento de animais aquáticos. A uoxetina, popularmente conhecida como Prozac, já foi encontrada em ecossistemas aquáticos em concentrações extremamente altas, o que a torna um grave poluente. A substância bloqueia canais de transporte nos neurônios que, de outra forma, absorveriam o neurotransmissor serotonina. Nos humanos, remédios que bloqueiam os canais da

serotonina podem ajudar a evitar a depressão. Seres vivos, como os todos os vertebrados, também possuem esse portal neurológico – deixando em xeque a questão de como drogas farmacêuticas, descartadas incorretamente no meio ambiente, afet am os cérebros dos animais. Quando cientistas estudam o comportamento de peixes, geralmente analisam apenas um indivíduo nadando em um tanque. "No entanto, poucas pesquisas consideraram como a resposta dos organismos sozinhos pode ser medida em um contexto social", apontou Martin. Para ver se a quantidade de p e i xe s f a z i a d i fe re n ç a , o s especialistas coletaram peixesmosquitos (Gambusia affinis) fêmeas de um local não contaminado na natureza. Os bichos foram separados em três grupos e colocados em grandes tanques, onde foi possível avaliar como eles caçavam larvas da família de mosquitos Chironomidae. Durante um mês, um grupo foi exposto a níveis baixos de uoxetina, o segundo grupo foi exposto a altos níveis de uoxetina, enquanto a terceira parte não teve contato algum. Os resultados mostraram que em peixes solitários, a exposição ao antidepressivo não fez diferença

no momento do caça. Mas quando eles caçavam juntos, a história foi outra. Dentro de um grupo, a caça gera uma competição, na qual os peixes de maior tamanho tentam comer o máximo possível. No estudo, os animais que não foram expostos a uoxetina praticaram uma "corrida": quanto maior o peso, mais agressivamente cada peixe caçava. Nos peixes expostos, houve muito mais interações agressivas enquanto eles buscavam as larvas. Para os cientistas, o estudo mostra que mudanças de comportamento podem in uenciar na capacidade de sobrevivência na natureza. "Nossos resultados sugerem que o contexto social é um fator importante, mas subestimado, e que é in uenciado pelos os impactos ecológicos dos poluentes químicos na vida selvagem", declarou Martin. Os pesquisadores apontam que mais estudos são necessários para entender como a mistura de medicamentos no meio ambiente pode mudar os animais individualmente e seus g r u p o s . E n q u a n t o i s s o, é importante que a sociedade repense melhores maneiras de descartar substâncias farmacêuticas.

As expedições cientí cas do pesquisador brasileiro Maurício Talebi começam antes do sol nascer, quando o céu ainda está escuro. Ele se junta à uma equipe de especialistas e adentra a mata da reserva Legado das Águas, no estado de São Paulo, à procura de vestígios deixados por macacos muriquis-do-sul (Brachyteles arachnoides). Pelo menos 100 dess es primatas vivem na vegetação local e são monitorados pelo especialista há sete anos. Agora, pesquisas como a de Talebi serão facilitadas, pois o terreno de 31 mil hectares do Legado das Águas foi reconhecido como Área Prioritária Global para o muriqui-do-sul pela União Internacional de Conservação d a Nat u r e z a ( I U C N ) . E l e acredita que tal reconhecimento pode facilitar o desenvolvimento sustentável da área e ainda incentivar setores como o de cosméticos e biofarmacêuticos a investirem em reser vas ecológicas no País. “Uma área prioritária chama a atenção do mundo”, diz Talebi. Nos últimos 60 anos, a população de muriqui-do-sul caiu mais de 80%, em grande parte devido à caça predatória. Frineia Rezende, porta-voz das reservas da Votorantim, empresa que administra o Legado das Águas, a rma que pesquisas cient í cas e o e cotur ismo ajudam na conser vação da espécie. “A reserva ocupa um território que seria de outra forma invadido por caçadores e extratores ilegais de espécies”, ela fala. Existem apenas 1,2 mil

muriquis-do-sul remanescentes na natureza, espalhados pelos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Paraná. Talebi estima que o Legado das Águas abrigue 10% de todos os muriquis-do-sul do planeta. Em março de 2019, esses primatas foram para a categoria “criticamente em perigo” – a pior de todas da lista de bichos ameaçados da IUCN. O relatório da entidade alerta que os principais perigos que a espécie enfrenta são o trá co ilegal de animais e o desmatamento. Outro problema, segundo Talebi, é a falta de informações disponíveis sobre o macaco no País. "As crianças conhecem o gorila, o chimpanzé e a girafa, mas não sabem que temos nas nossas matas um animal tão b onito e car ismát ico", ele comenta. O pesquisador relata que, nas primeiras expedições no Legado das Águas, foi necessário muita paciência para localizar os muriquis-do-sul. É comum demorar horas e até mesmo dias para encontrá-los. “Quase sempre nosso trabalho se inicia por indícios indiretos. Observamos espécies de árvores que nos dão pistas sobre a dieta e a presença dos animais”, conta Talebi. Os primatas adoram frutos de árvores de grande porte, como as mirtáceas – versões selvagens de árvores do grupo das goiabeiras e jabuticabeiras. Quando os pesquisadores veem os frutos dessas plantas caídos, assim como as fezes dos animais, eles sabem que os muriquis-do-sul estiveram em

uma determinada área. Então, eles tentam avistar os macacos, a olho nu ou usando binóculos, pois os indivíduos da espécie geralmente cam nas copas de árvores de até quarenta metros d e a l t u r a . “C o n s e g u i m o s observar um pouco menos do que cem, mas temos certeza que o tamanho mínimo de população é de cem indivíduos ou mais”, informa Talebi. Em breve, estudos de genética das fezes e amostras de sangue dos macacos podem con rmar até quantos bichos a população da espécie pode chegar. Os muriquis-do-sul têm um papel importante na Mata Atlântica. “Eles comem frutos e percorrem até cinco quilômetros dispersando sementes ao defecarem”, informa Talebi. Como essas sementes originam ár vores, os macacos são conhecidos como "jardineiros de orestas". As sementes que saem das fezes têm capacidade muito maior de brotarem, em comparação com as sementes que não passam pelo trato digestivo dos animais. Como resultado, os macacos ajudam a plantar orestas que protegem os mananciais de água potável que são responsáveis por abastecer cidades como Rio de Janeiro, São Paulo e Curitiba. “Precisamos manter os muriquis vivos para que eles plantem árvores e para que essas árvores protejam a água potável que nós bebemos”, a rma Talebi. “Um lema que nós temos usado é: plantar muriquis para colher água”.

Jornalista Responsável: LUZIMARA FERNANDES redacao@jornalfatosenoticias.com.br Produtor-Executivo: HAROLDO CORDEIRO FILHO jornalfatosenoticias.es@jornalfatosenoticias.com.br comercial@jornalfatosenoticias.com.br Diagramação: LUZIMARA FERNANDES (27) 3086-4830 / 99664-6644 jornalfatosenoticias.es@gmail.com Facebook Jornal Fatos e Notícias Serra - ES

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CULTURA 3

24 A 30 DE NOVEMBRO DE 2019

De onde vem Arquipélago fluvial a expressão é retratado em "quem cala consente"? websérie Produção aborda Parque Nacional de Anavilhanas, no coração amazônico

Aquele que não se manifesta contra uma atitude concorda com ela. Desde o século 13, esse é o significado da máxima popular 'quem cala consente'

MÁRCIO ISENSEE E SÁ

WIKIMEDIA COMMONS

FOTO: REPRODUÇÃO

Presente em várias línguas como o inglês (silence gives consent) e o espanhol (quien calla otorga), a expressão foi cunhada por Bonifácio VIII, Papa entre 1294 e 1303, em uma de suas decretais. As decretais eram as cartas oficiais dos papas medievais em resposta a consultas populares sobre questões jurídicas e morais. “O que o líder do clero decidia acabava virando lei”, af i r m a R i c ard o d a C o s t a , historiador e professor da Universidade Federal do Espírito Santo e da Universidade de Alicante, na Espanha. “Essa era uma das formas de o direito canônico combater as leis orais, baseadas em tradições e superstições”, explica ele. Por causa de suas bulas e

decretais, Bonifácio VIII foi sequestrado na Itália e morto a mando de Filipe IV, o Belo. O rei da França não concordava com as ideias de Bonifácio, que isentou a Igreja de impostos e declarou o poder dos papas superior ao dos reis. Bonifácio VIII, aliás, ficou conhecido como o Papa ateu que queria dominar o mundo. Além de declarar o poder absoluto do pontífice sobre todos os outros governantes, Bonifácio, com seu exército, saqueou e queimou a cidade italiana de Palestrina em 1298, matando seis mil pessoas. Foi deposto militarmente pelos franceses. E, curiosamente, para quem queria o Papa Bonifácio VIII como imperador do mundo, parece que ele não

acreditava em Deus. Segundo o historiador britânico John McCabe, ele teria afirmado diante de bispos, arcebispos e o rei: “Nunca existiu Jesus, e a hóstia é só água e farinha. Maria não era mais virgem que minha própria mãe, e não existe mais problema em adultério que em esfregar uma mão na outra”. Após sua morte na prisão, foi sucedido por Bento IX. E logo, logo, em 1305, assumia um novo papa, Clemente V, que transferiu a sede do papado de Roma para a cidade provençal de Avignon. Com a queda de Bonifácio VIII, a Igreja teve de se calar e consentir a retomada de poder da monarquia.

A imensidão verde da Amazônia traz ao turismo diversas rotas e opções de passeio para conhecer paisagens exuberantes, a biodiversidade, a cultura ribeirinha e a história local. Às margens do Rio Negro e próximo de Manaus (AM), o Parque Nacional de Anavilhanas é considerado o segundo maior arquipélago fluvial do mundo e reserva ao visitante toda essa riqueza. É para lá que nos leva a 5ª temporada de Pé no Parque, movimento que busca estimular o turismo em áreas de proteção ambiental a partir de produtos audiovisuais. O primeiro dos quatro episódios foi lançado nacionalmente na última quartafeira (20), e os outros três vídeos que completam a série estarão disponíveis ao público até 11 de dezembro, veiculados sempre às q u a r t a s - f e i r a s . To d o s o s episódios poderão ser vistos no site do Pé no Parque e no canal do WikiParques no YouTube. A nova temporada de Pé no Parque retrata a beleza singular de Anavilhanas e seu arquipélago formado por cerca de 400 ilhas. A c a d a e pi s ó d i o, e m m e i o a paisagens de tirar o fôlego, é possível descobrir aspectos diferentes do parque, como a força do turismo de base comunitária como chave para conscientizar as pessoas sobre o valor da floresta em pé. A série

(AVENTURASNAHISTORIA.UOL.COM.BR)

Maes realiza série de oficinas para atrair moradores do Centro de Vitória O Museu de Arte do Espírito Santo Dionísio Del Santo (Maes) se prepara para reabrir suas portas. Enquanto isso, um trabalho de conscientização é realizado com os moradores do entorno com a ideia de alcançar um novo público. Uma série de oficinas e atividades estão previstas. A primeira delas é uma parceria com o Centro de Convivência da Terceira Idade (CCTI), no Centro de Vitória. O objetivo é atrair visitantes da terceira idade que frequentam o Centro de Convivência para compreender de que forma o Museu pode se tornar um espaço de interesse para este grupo. As oficinas buscam entender este público e aproximá-lo da realidade e do universo de um museu. O Centro de Convivência e

o Maes irão trabalhar colaborativamente des envolvendo açõ es p ara sensibilizar o público na reabertura do museu, estabelecendo uma relação de troca e de conhecimento das

necessidades específicas do público que irá visitar o espaço. A primeira ação começou em outubro e segue até o final de novembro, com a “Oficina do O l h a r ”, m i n i s t r a d a p e l o funcionário da Secretaria da Cultura (Secult), Marcelo Siqueira. O objetivo da of icina é est imu lar os participantes a ver o espaço onde habitam por um novo enquadramento. Além de estimular a abertura de um "novo olhar”, a oficina visa ampliar a capacidade criativa, estimular o fazer e o prazer fotográf ico e expandir o repertório visual dos participantes. O aluno será estimulado a usar o seu smartphone e captar o belo e o simbólico do local, algo que o caracteriza como singular.

REPRODUÇÃO FACEBOOK

A ação é uma parceria entre o Maes e o Centro de Convivência da Terceira Idade do Centro de Vitória

traz histórias de personagens que tiveram suas vidas transformadas pelo parque nacional. É o caso de Roberto Brito de Mendonça que, no passado, derrubava árvores e abandonou a atividade para ser guia local. “Hoje eu não vejo valor apenas em uma árvore, eu olho a floresta inteira”, afirma. A importância do Rio Negro para a biodiversidade e para o desenvolvimento da região e a cultura do caboclo ribeirinho também fazem parte da série, que explora ainda outros atrativos turísticos de Anavilhanas. “O mundo todo fala sobre a Amazônia, mas para muitos brasileiros o bioma é apenas uma vasta e desconhecida imensidão de floresta. Nesta temporada, a gente espera tornar a Amazônia mais real para o público e também mais humana, mostrando que o turismo é uma ferramenta poderosa para unir conservação e desenvolvimento lo c a l sustent ável”, cont a a roteirista da websérie, Duda Menegassi. “O Parque Nacional de Anavilhanas tem uma localização privilegiada, próxima a Man au s , qu e é u m a d a s principais portas de entrada para o t u r i s m o n a A m a z ô n i a”, acrescenta. A websérie é dirigida pelo fotógrafo Marcio Isensee e Sá, diretor do documentário Sob a Pata do Boi (2018), e produzida por WikiParques e ((o)) eco, com

patrocínio da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza. “C om o movimento Pé no Parque, queremos despertar o interesse dos brasileiros pelas áreas naturais e estimular a visitação em parques nacionais. Além de fortalecer a economia da região, o turismo sensibiliza o visitante sobre a importância da conser vação da natureza e também desperta a sensação de pertencimento na comunidade local, que passa a valorizar e a cuidar ainda mais do ambiente natural em que vive”, comenta a diretora-executiva da Fundação LUCIANO DANIEL Grupo Boticário de Proteção à Natureza, Malu Nunes. Localizado a 200 quilômetros de Manaus (AM), o Parque Nacional de Anavilhanas é acessado por Novo Airão e pode ser visitado o ano todo. Estão entre os atrativos do parque pass eios aquáticos; trilhas terrestres; observação de flora e fauna; escalada em árvore, voo panorâmico e interação com botos-vermelhos. De setembro a fevereiro, no período de seca, o parque oferece ao turista belas praias de areia branca. Nos meses de cheia, o turista é levado a trilhas aquáticas para conhecer florestas alagadas de igapó. Não há cobrança de ingresso para acessar o parque e as atividades são oferecidas por agentes de turismo.

Foto Antiga do ES

Av. Jerônimo Monteiro (provavelmente nos anos 40)


4 EDUCAÇÃO

24 A 30 DE NOVEMBRO DE 2019

Governo prevê internet Educação sexual nas em 100% das escolas escolas diminui urbanas em 2020 doenças e gravidez FÁBIO RODRIGUES POZZEBOM/AGÊNCIA BRASIL

Alunos de escolas públicas urbanas em mais de 5,2 mil municípios do País poderão ser bene ciados com acesso à internet. Em cerimônia no Pa l á c i o d o P l a n a l t o, c o m participação do presidente Jair Bolsonaro, o governo anunciou, na terça-feira (19), a ampliação do programa Educação Conectada, do Ministério da Educação (MEC). A medida prevê investimentos de R$ 224 milhões até o nal de 2020. Ao todo, cerca de 70 mil escolas serão atendidas, alcançando um total de 27,7 milhões de alunos. No início do mês, o MEC já havia anunciado a expansão do programa para 24,5 mil escolas urbanas, além de garantir que outras 9,9 mil escolas contempladas em 2018 continuassem com a cesso à internet a partir do repasse do dinheiro para a manutenção do serviço. "Das escolas urbanas, a gente vai p ara mais de 80% [de cobertura de internet]. Das

escolas rurais, que é via satélite, [a cobertura] era zero, esse ano a gente já vai para 40%, e aí a gente começa a acelerar esse processo", a rmou o ministro da Educação, A b r a h a m We i n t r a u b , e m entrevista a jornalistas. No caso das escolas rurais, o Educação C onectada é realizado em parceria com o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), que recebeu do MEC, em 2019, um total de R$ 60 milhões para implantar internet por meio de tecnologia via satélite. Até o m deste ano, o governo prevê conexão de oito mil escolas rurais à internet. A velocidade da internet, segundo a pasta, depende da velocidade ofertada na região, mas o MEC disse que garante a melhor oferta disponível. O Educação Conectada tem o objetivo de apoiar a universalização do acesso à internet em alta velocidade e fomentar o uso pedagógico de tecnologias digitais na educação

básica. Para receber a conexão de internet, as instituições públicas precisam ter número de matrículas maior que 14 alunos; te r, no m í n i mo, t rê s computadores para uso pelos alunos; e, ter, no mínimo, um computador para uso administrativo e pelo menos uma sala de aula em funcionamento. Na mesma ocasião, o governo também lançou um concurso nacional de desenho da bandeira nacional para estudantes de escolas públicas. As ilustrações mais bem avaliadas vão estampar a quarta capa dos livros didáticos, que fazem parte do Programa Nacional do Livro e Material Didático (PNLD). Batizado de 1º Concurso Sua Arte no Livro Didático", a iniciativa é do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), órgão vinculado ao MEC, e principal nanciador da educação básica no Brasil. Atualmente, cerca de sete milhões de alunos do ensino médio em mais de 20 mil escolas são atendidos pelo PNLD. Segundo as regras do concurso, os cinco primeiros colocados vão ganhar computador, uma viagem para a cidade de São Paulo, para receberem a premiação, além de terem o desenho impresso nos livros. Os diretores de escolas públicas devem indicar a participação dos alunos pelo portal do FNDE na internet.

Instituições de ensino têm até dia 25 para aderirem ao ProUni Instituições de ensino superior privadas têm até a próxima segunda-feira (25) para manifestar interesse em participar do Programa Universidade Para Todos (ProUni) do primeiro semestre de 2020. Todos os procedimentos operacionais serão efetuados exclusivamente por meio do Sistema Informatizado do Prouni (Sisprouni). O edital que torna público o cronograma e os procedimentos para emissões de termos de adesão e aditivo ao processo seletivo do primeiro semestre de 2020 está disponível na página do

programa. O ProUni oferece bolsas de estudos integrais e parciais (50%) em instituições particulares de REPRODUÇÃO/RBS TV

ensino superior, com base no desempenho no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e em critérios de renda. Cerca de 1,1 mil

instituições em todo País oferecem vagas p elo programa e, em contrapartida, são isentas de tributos pelo governo federal. No primeiro semestre deste ano foram ofertadas cerca de 244 mil bolsas de estudo em 1,2 mil instituições particulares de ensino. No segundo semestre, o total de bolsas foi 169 mil, em 1,1 mil instituições em todo o País. O prazo para a adesão das instituições começou em 7 de novembro. Para as universidades que ainda não participaram do programa o prazo foi mais curto e terminou no dia 14.

precoce

SHUTTERSTOCK

Os brasileiros têm lembrado, nos últimos meses, o clima dos estádios de futebol das antigas lotados em dias de grandes clássicos regionais. Não há sequer uma questão pública relevante que não os divida no antagonismo in amado de duas torcidas apaixonadas, uma diante da outra. No caso da educação sexual e da orientação para prevenção de gravidez precoce e Infecções Sexualmente Tr ans m i s s íve i s ( I STs ) n a s escolas, a situação não é diferente. Na última pesquisa do instituto Datafolha sobre o tema, realizada com 2.077 pessoas em 130 municípios, no nal do ano passado, os favoráveis à adoção dos conteúdos nas salas de aula 'venceram' os contrários. Mas, uma vez mais, o resultado exibiu uma face da nação partida: 54% foram a favor, 44% contra e 2% disseram não saber. Um dos representantes da parte derrotada por pouco é o presidente Jair Bolsonaro, que gosta de repetir que quem deve ensinar sexo para criança e adolescente é “papai e mamãe”. Outro é seu guru, Olavo de Carvalho, que, em entrevista à Folha de S. Paulo, declarou, em seu estilo típico, que “quanto mais educação sexual, mais putaria nas escolas”. E não economizou detalhes, digamos assim, explícitos, para descrever o que imagina ser o cenário médio da situação. Não reproduzimos parte dos termos por conter muitas palavras impróprias, apesar de vir do reconhecido “ideólogo” do governo: “Acham que educação

sexual está fazendo bem, mas só está fazendo mal”. Diante da divisão do 'estádio' e do Estado, a reportagem da Revista Educação procurou educadores dedicados ao tema para dimensionar o papel da educação sexual escolar na formação de crianças, jovens e adolescentes. A revista tentou ouvir representantes do Ministério da Educação (MEC) sobre o a s s u n t o, m a s o m i n i s t r o, Abraham Weintraub, e sua equipe não quiseram se posicionar sob o argumento de que as decisões relativas ao tema cabem às redes estaduais e municipais e às escolas privadas que administram os ensinos infantil, fundamental e médio no País. “O MEC não tem marcos legais ou orientações especí cas s obre e du c a ç ã o s e x u a l. O assunto consta como tema transversal na Base Nacional Comum Curricular (BNCC)”, limitaram-se a declarar, em email, por meio da assessoria de imprensa. “Nos últimos anos, houve uma evolução no aprendizado e na consciência de pais, professores, gestores e alunos a respeito da importância da educação sexual nas escolas, no trabalho de diminuição das ISTs e das gravidezes precoces”, constata a psicóloga e educadora Mary Neide Damico Figueiró, doutora na área de educação sexual pela Universidade Estadual Paulista (Unesp) e uma das especialistas mais procuradas para projetos e palestras sobre o tema. “Mas o recuo produzido pelos conceitos ultraconservadores do novo governo pode colocar por terra o

p o u c o q u e c a m i n h a m o s”, acrescenta. Apesar dos avanços veri cados nos últimos anos, Mary Neide e outra pesquisadora dedicada ao assunto, a pedagoga e escritora Caroline Arcari, mestre em educação sexual pela Unesp, estimam que o percentual de escolas brasileiras públicas e privadas, do infantil ao médio, que tratam do tema de alguma maneira, de debates raros a programas consistentes, ainda não chega a 20% do total. “Particularmente, acho 20% até muito, uma parcela otimista demais, infelizmente”, lamenta C arol i n e, i d e a l i z a d or a d o projeto Pipo e Fi , de boas práticas de enfrentamento à violência sexual contra crianças e adolescentes, que rendeu um l i v ro e c on qu i s t ou v á r i o s prêmios. Para além do direito inalienável de cada pai ou mãe ser a favor ou contra a inclusão da educação sexual nas escolas, o fato é que o saldo dos motivos alegados dos dois lados parece apontar para uma situação clara: por falta de domínio técnico do a ssu nto e d e i n for m a ç õ e s preciosas sobre a prática dos lhos, muitas vezes são sonegadas pelos próprios para evitar con itos, ou pelas duas coisas juntas, pais e familiares quase nunca conseguem reunir condições plenas e ideais para formar os lhos nessa questão tão determinante para a vida dos estudantes e de toda a família. O ideal parece ser a combinação de esforços de alunos, professores, escolas, pais e familiares. Tudo indica ser o melhor para todos.


POLÍTICA 5

24 A 30 DE NOVEMBRO DE 2019

Jorge Pacheco

Analista Político Jorge Rodrigues Pacheco é Advogado, Jornalista e Radialista jorgepachecoindio@hotmail.com

“O meu ideal político é a democracia, para que todo o homem seja respeitado como indivíduo e nenhum venerado”, Albert Einstein TWITTER

determinou a criação de um Grupo de Trabalho para analisar os projetos em um prazo de 90 dias. Mais cedo, na quarta-feira (20), Sérgio Moro disse que o pacote anticrime pode

ANTÔNIO CRUZ/AGÊNCIA BRASIL

Pacote anticrime gera atrito entre Sérgio Moro e Rodrigo Maia

relação ao andamento do pacote que enviou à Câmara com propostas de combate à corrupção, ao crime o r g a n i z a d o, e a c r i m e s violentos. A proposta de Mo r o, q u e c o n t é m t r ê s

Moro, pode ter certeza que eu vou me debruçar sobre esse pacote que eu quero apresentar em três semanas esse relatório, e não em 90 dias", explicou.

Anteriormente, Maia garantiu que o pacote anticrime tramitaria Maia critica paralelamente à destruição de Reforma da Previdência placa sobre genocídio negro Entretanto, no início de fevereiro, na mesma semana em que o projeto de Moro foi apresentado ao Congresso, Rodrigo Maia a rmou que o pacote anticrime tramitaria paralelamente à Reforma da Previdência. "Vai tramitar

Deputado afirmou que Moro copiou e colou projeto do ministro do STF Alexandre de Moraes sobre combate ao crime organizado. Moro diz esperar que o projeto seja tratado com a 'urgência que o caso requer' O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), fez críticas ao ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, nesta quarta-feira (20). O parlamentar a rmou que Moro "con he ce p ouco a política" e está "passando" daquilo que é sua responsabilidade como ministro. Sobre as declarações do presidente da Câmara, Moro a rmou que apresentou, em n o m e d o g o v e r n o, " u m projeto de lei inovador e amplo contra crime organizado, contra crimes violentos e corrupção, agelos contra o povo brasileiro. "A única expectativa que tenho, atendendo aos anseios da sociedade contra o crime, é que o projeto tramite regularmente e seja debatido e aprimorado pelo Congresso Nacional com a urgência que o caso requer. Talvez alguns entendam que o combate ao crime pode ser adiado inde nidamente, mas o povo brasileiro não aguenta mais", a rmou Moro. Maia deu as declarações ao ser questionado sobre a postura de Sérgio Moro em

projetos, foi encaminhada ao Congresso em fevereiro. “Eu acho que ele conhece pouco a política. Eu sou presidente da Câmara, ele é ministro, funcionário do presidente B olsonaro. O presidente Bolsonaro é que tem que dialogar comigo. Ele está confundindo as bolas. Ele não é presidente da República. Ele não foi eleito para isso. Está cando uma situação ruim para ele, porque ele tá passando daquilo que é a responsabilidade dele”, disse Rodrigo Maia. Em outro momento da entrevista, Maia a rmou que o pacote de Sérgio Moro é uma cópia da proposta encaminhada à Câmara, no ano passado, pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. O magistrado liderou uma comissão de juristas, que elaborou projeto para combater crime organizado e trá co de armas e drogas. Mai a acres centou que a Câmara vai analisar o pacote de Moro e a proposta da c om iss ã o d e ju r ist as d e maneira conjunta. Mas que i s s o v a i a c o n t e c e r, “n o momento adequado”, depois de os deputados votarem a Reforma da Previdência. “O projeto é importante. Aliás ele tá copiando o projeto do ministro Alexandre de Moraes. Copia e cola. Então, não tem nenhuma novidade. Poucas novidades no projeto dele. Nós vamos apensar um ao outro. O projeto prioritário é o do ministro Alexandre de M o r a e s ”, d e c l a r o u o presidente da Câmara. Na sexta-feira da semana passada (15), Rodrigo Maia AJUFE

"tramitar em conjunto" com a prop ost a da refor ma da Previdência e a rmou que m a nt é m c o nv e r s a s c o m Rodrigo Maia. "Nós estamos conversando muito respeitosamente com o presidente, deputado Rodrigo Maia, expondo as nossas razões. E, na minha avaliação, isso pode tramitar em conjunto [sobre Reforma da Previdência]. Não haveria maiores problemas, mas nós vamos conversar. Estamos abertos ao diálogo evidentemente e as decisões relativas ao C ongresso pertencem ao Congresso", disse. Questionado sobre se a criação do grupo de trabalho atrapalha o projeto, Moro disse "que o desejo do governo é que isso [projeto] fosse desde logo encaminhado às comissões". "Olha, o desejo do governo é que isso fosse desde logo encaminhado às comissões para debate, mas i s s o v ai s e r c onve r s a d o respeitosamente com o deputado Rodrigo Maia", a rmou Moro. Em outra entrevista concedida nest a quar t a, Rodrigo Maia disse que Sérgio Moro "não é deputado" ao ser questionado sobre as declarações do ministro da Justiça. "O Moro está desrespeitando um acordo meu com o governo. O nosso acordo é priorizar a Previdência, né? Eu espero que ele entenda que hoje ele é ministro de Estado, ele está abaixo do presidente. Eu já disse a ele que esse projeto vai ser posterior à previdência, é só isso", disse o deputado do Rio de Janeiro.

[projeto anticrime] em paralelo para ele não ficar parado. Tem que tramitar, Não pode tramitar junto, são temas distintos. Mas ele vai tramitar na velocidade que atende aos interesses da sociedade em ter uma lei que endureça a pena contra o crime organizado no Brasil. É um projeto que vem em um bom momento, é importante o governo federal avance e modernize a legislação e contra a corrupção e o crime organizado. Nós vamos

tramitar sem nenhum obstáculo", disse. De acordo com o deputado Capitão Augusto (PR-SP), coordenador da Frente Parlamentar da Segurança Pública, a intenção é terminar o relatório do Grupo de Trabalho em até três semanas, em vez dos 90 dias previstos. "Durante a solenidade aqui eu recebi uma mensagem do presidente da Casa, Rodrigo Maia, ele acab ou de me nomear relator dessa comissão especial de estudo, então é algo que depende agora de mim, para estar apresentando de uma forma muito célere e não utilizar os 90 dias. Minha intenção, até falei para o ministro Sérgio

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), criticou a atitude do Coronel Tadeu (PSL-SP) de quebrar uma das placas da exposição que falava sobre o genocídio da população negra no Congresso. Para Maia, a atitude do deputado do PSL não se encaixa com o papel da Câmara de representar a sociedade brasileira e não combina com uma sociedade democrática que pode resolver desentendimentos como esse através do diálogo. "O que aconteceu foi muito grave. Em uma democracia, em um país livre, não é porque nós divergimos da posição da outra pessoa que nós devemos agredi-la verbalmente, sicamente ou retirar de forma violenta uma peça de uma exposição que foi autorizada pela presidência da

Câmara", lamentou Maia durante a sessão de terça-feira ( 1 9 ) , qu e a c ab ou s e nd o tomada por manifestações contrárias e favoráveis à atitude do Coronel Tadeu. Enquanto deputados da oposição criticavam a destruição da placa e reclamavam de r a c i s m o , representantes do PSL e da bancada da bala tentavam justi car o ato dizendo que a placa atacava os policiais. Maia tomou, então, a palavra para dizer que tudo p o d e r i a te r s i d o resolvido de forma

pací ca através do diálogo: "Nós vivemos em um país democrático e com diálogo tu d o s e re s olve, principalmente no plenário da Câmara. Espero que um ato como esse, certamente num momento impensado, não se repita porque isso não é bom para uma casa que quer representar toda a sociedade", reclamou o presidente da Câmara. Ainda de acordo com Maia, a direção da Câmara vai analisar a atitude do Coronel Tadeu. O caso também foi levado à polícia legislativa pela oposição, que ainda promete apresentar uma representação contra o deputado do PSL no Conselho de Ética da Câmara. "Não é um dia que marca de forma positiva a nossa Casa. Esse é um dia em que deveríamos estar defendendo a inclusão dos negros na política e a igualdade de oportunidades e não agredindo um cartas que pode ser injusto com parte da política. Deveríamos ter resolvido isso com diálogo e não com agressão", lamentou. Ap ó s e s s e " s e r m ã o " , o Coronel Tadeu chegou a t e nt a r m i n i m i z a r a s u a atitude. Antes disso, porém,

ele já havia dito que estava feliz por ter quebrado a placa, que no seu entendimento, desrespeitava a classe policial.

Boletim de ocorrência


6 TECNOLOGIA

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Astronautas vão reciclar plástico no espaço usando ciência brasileira Máquina recicladora desenvolvida pela Braskem foi enviada à Estação Espacial Internacional no início deste mês DIVULGAÇÃO

Não saber para onde vai o lixo que produzimos é um luxo de terráqueos. No espaço, onde cada grama e cada centímetro quadrado precisam ser bem utilizados, os astronautas cortam um dobrado para lidar com seus resíduos. Agora, com o auxílio de uma tecnologia brasileira de reciclagem, os astronautas da Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) vão ganhar uma mãozinha para lidar ao menos com os det r itos plásticos, já que receberam um "pacote" contendo uma máquina recicladora de plásticos, desenvolvida pela brasileira Braskem em parceria com a norte-americana Made in Space. Com a recicladora a bordo, os astronautas poderão reaproveitar e mb a l age ns e fe r r am e nt a s plásticas que já tenham cumprido sua função na Estação, moendo e fundindo esses resíduos para a produção de novos lamentos plásticos, tudo de forma automática e com mínima inter venção da tripulação. Mais tarde, esses

lamentos poderão ser reutilizados na impressora 3D que eles já têm por lá desde 2016, produzindo novos objetos com novas utilidades. A recicladora foi despachada dos EUA no dia 2 deste mês, como par te da 12ª miss ão comercial de reabastecimento da Northrop Grumman (NG12). A promessa é que a recicladora possa aumentar a autonomia das missões e otimizar o peso que a

estação precisa transportar. "A recicladora fecha o ciclo do plástico na Estação Espacial, permitindo que os astronautas possam repor ferramentas ou peças com menor dependência do envio de matéria-prima vinda da Terra", explica Fabiana Quiroga, diretora de economia circular da Braskem. Do tamanho de um microondas grande (com 50 cm de largura, 43 cm de profundidade e

22 cm de altura) e capaz de transformar restos de plástico em lamentos em menos de dez horas, a recicladora é parte de uma nova fase da cooperação entre a Made in Space e a Braskem, que já trabalham juntas desde 2015. A parceria começou por conta do interesse da norteamericana, que é contratada da Nasa para o desenvolvimento de tecnologias que operem em gravidade zero, no "plástico

verde" da Braskem. "Eles buscavam um material que tivesse exibilidade, resistência química e re c i c l abi l i d a d e , e o n o s s o polietileno verde tem essa característica", explica Everton Simões Van-Dal, responsável pelos negócios de químicos renováveis da Braskem. De quebra, por ser produzido a partir da cana-de-açúcar em vez do petróleo, o plástico verde é renovável e tem uma pegada de carbono muito menor do que outros plásticos advindos de fontes fósseis. "Cada tonelada de polietileno verde captura três toneladas de gás carbônico da atmosfera", frisa Van-Dal. Apesar da origem em fonte renovável, o plástico verde não é biodegradável e, por isso, existe a preocupação com o desenvolvimento de melhores técnicas de reaproveitamento de resíduos. Como a tecnologia de reciclagem do polietileno ainda é nova, exigindo maiores testes para garantir a qualidade dos produtos confeccionados com o

mater i a l re cicl ado, a ISS infelizmente ainda não poderá se t o r n a r au t o s s u c i e nt e e m plástico. Isso porque, segundo Van-Dal, as técnicas de reciclagem atuais ai n d a e x i ge m a a d i ç ã o d e materiais virgens para garantir a resistência dos produtos confeccionados com o plástico reciclado. Ou seja, os astronautas ainda precisarão receber matéria-prima plástica para a impressora que têm por lá, mas agora em menores quantidades. Com o avanço das experiências de re cicl agem esp aci ais, a expectativa é que possam ser obtidos novos aprendizados que melhorem a tecnologia, trazendo um maior interesse do mercado pelo processo de reciclagem do pl á st i c o. " Hoj e j á e x i ste m recicladoras pequenas no mercado, capazes de alimentar uma impressora 3D, mas não são muitas, e elas ainda estão restritas a lojas mais técnicas", pondera Van-Dal.

Cientistas imprimem iFood anuncia delivery em 3D pele viva com com robôs autônomos vasos sanguíneos a partir de 2020 Nova técnica pode acelerar processo de cicatrização de pacientes que sofreram queimaduras

Empresa também está lançando patinetes para serem usados pelos entregadores

REPRODUÇÃO/RENSSELAER POLYTECHNIC INSTITUTE

DIVULGAÇÃO

Em um artigo publicado na revista Engenharia de tecidos — Parte A, pesquisadores do Instituto Politécnico Rensselaer, em Nova York (EUA), explicam como criaram uma pele impressa em 3D — e ainda com vasos sanguíneos. Apesar de ter sido testada apenas em ratos, a nova técnica tem potencial para acelerar o processo de cicatrização de pacientes que necessitam de enxertos de pele, como vítimas de queimaduras. Segundo o pesquisador Pankaj Karande, o tratamento que temos hoje é como se fosse um “curativo chique” que não se integra totalmente ao nosso

corpo por causa da ausência de um sistema vascular funcional nos enxertos de pele. “Ele f o r n e c e u m a c i c at r i z a ç ã o acelerada, mas acaba caindo; nunca se integra realmente às células hospedeiras”, a rma Karande em comunicado. O novo processo foi feito usando células endoteliais (que recobrem o interior dos vasos sanguíneos) e células pericíticas (que revestem as células endoteliais) de camundongos. Os pesquisadores inseriram essas estruturas em uma rede de tecidos impressos em 3D e, dentro de poucas semanas, elas se tornaram sistemas

vascularizados. "C omo engenheiros que trabalham para recriar a biologia, sempre apreciamos e estamos cientes do fato de que a biologia é muito mais complexa do que os sistemas simples que fabricamos no laboratório", diz Karande. "Ficamos agradavelmente surpresos ao descobrir que, uma vez que começamos a abordar essa complexidade, a biologia assume o c ont ro l e e c om e ç a a s e aproximar cada vez mais do que existe na natureza". Por enquanto, a conexão dos vasos sanguíneos foi feita apenas em ratos. Para ser utilizável em humanos, novos testes são necessários. O pesquisador a rma que os enxertos criados por sua equipe podem ajudar pessoas com problemas como diabetes ou úlcera. "Para esses pacientes, eles seriam perfeitos, porque as úlceras geralmente aparecem em locais distintos do corpo e podem ser tratadas com pedaços menores de p ele", explic a Karande. "A cicatrização de feridas normalmente leva mais tempo em pacientes diabéticos, e isso também pode ajudar a acelerar esse processo".

A partir de janeiro de 2020, o iFood dará início ao projeto de usar robôs autônomos para agilizar seu sistema de entregas d e c o m i d a s . Desenvolvido em parceria com a Synkar, empresa especializada em inteligência arti cial (IA), os veículos elétricos têm capacidade para transportar até 30kg em até 12 horas diárias de trabalho. C ontudo, os rob ôs não entregarão as refeições diretamente para os consumidores, pelo menos em um primeiro momento. Os veículos autônomos farão a retirada do pedido no restaurante, localizado dentro de alguma praça de alimentação, e levará até o iFood Hub, estrutura física onde o entregador humano irá retirar os pedidos e seguirá com a entrega normalmente.

O iFood planeja uma segunda fase de testes, na qual os robôs poderão fazer entregas dentro de grandes condomínios re s i d e n c i a i s . " D e p o i s d o s primeiros três meses de teste, teremos uma ideia mais concreta de como poderemos escalar”, diz Fernando Martins, gerente de Inovação Logística do iFood. Além dos robôs, a empresa anunciou o uso de patinetes para as operações de delivery. O iFood realizou um mês de testes,

com a participação de entregadores e um engenheiro da S coo, companhia de compartilhamento de patinetes que está envolvida no projeto. Os entregadores poderão optar por pacotes de aluguel diário, semanal ou mensal dos patinetes – que estão sendo desenvolvidos especialmente para este trabalho e possuem freio à disco, pneu maciço de 8 polegadas, capacidade máxima de 150 kg e uma lanterna de LED. Os patinetes vão começar a ser usados nas regiões da Avenida Paulista e Itaim Bibi, em São Paulo. Nesta fase inicial, serão 20 equipamentos disponibilizados — até o nal de novembro deste ano, serão mais 130 em operação. A previsão é que o número seja expandido nos próximos meses em outras localidades.


CIÊNCIA 7

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Açúcares importantes Cientistas do Japão são encontrados em descobrem quais meteorito células garantem a Moléculas de açúcar foram encontradas a bordo de dois meteoritos caídos, sugerindo que trouxeram os primeiros sinais de vida para a Terra ©NASA/YOSHIHIRO FURUKAWA

longevidade Organismos de supercentenários — pessoas com mais de 110 anos — tinham uma quantidade maior de células imunológicas T, que podem destruir outras células PEXELS

Modelo da estrutura molecular da ribose ao lado de um pedaço do meteorito Murchison C i e nt ist as i d e nt i c ar am a presença de ribose e outros açúcares em meteoritos, o que pode indicar a origem extraterrestre dessas substâncias, segundo um estudo publicado na segunda-feira (18) pela revista "Anais da Academia Nacional de Ciências". "Os açúcares são moléculas essenciais para todos os organismos vivos terrestres e operam em muitos processos biológicos", escreveram os cientistas liderados por Yo s h i h i r o F u r u k a w a , d o Departamento de Ciências da Terra na Universidade Tohoku, de Sendai, no Japão. A ribose é particularmente essencial como bloqueio na construção do ácido ribonucleico (RNA), um dos dois ácidos no núcleo das células junto com o desoxirribonucleico (DNA).

"Esses açúcares poderiam ter sido armazenados tanto em informação como catalisando reações na vida primitiva da Terra. Os meteoros contêm numerosos compostos orgânicos, incluindo os principais blocos de construção da vida como aminoácidos, nucleobases e fosfato", acrescentaram os especialistas. Furukawa e sua equipe analisaram três meteoritos de condrito carbonáceo, incluindo o meteorito Murchison, que caiu em Victoria, na Austrália, em 1969, e é um dos mais estudados. A descoberta de ribose e outros açúcares biologicamente importantes indica que estes c omp o s t o s s ã o d e or i ge m extraterrestre, e não o resultado de contaminação terrestre. Os c i e nt i st a s re a l i z ar am simulações experimentais em laboratório para aproximar as

condições em que tais açúcares podem ter se formado no espaço e concluíram que a reação da formose, que produz açúcares a partir de aldeídos, pode ter gerado tais açúcares. A composição mineral destes meteoritos também indica que a f or m a ç ã o d e s t e s a ç ú c a re s ocorreu antes e depois da acumulação dos asteroides de onde provêm. Os meteoritos transportaram para a Terra moléculas orgânicas precursoras da vida. Assim, a detecção de açúcares extraterrestres em meteoritos estabelece a existência de rotas geológicas naturais para a sua formação e preservação, bem como a possibilidade de que os açúcares extraterrestres tenham contribuído para a formação de biopolímeros funcionais na Terra ou em outros mundos primitivos.

Cientistas calculam risco da humanidade ser extinta por desastres naturais A probabilidade é de uma em 14 mil, mas pode ser bem maior considerando a interferência humana no planeta PIXABAY

Pesquisadores do RIKEN Centro de Ciência Médica Integrativa (IMS, na sigla em inglês) e da Faculdade de Medicina da Universidade Keio, no Japão, indicam que os supercentenários – pessoas com mais de 110 anos – podem "esconder" o segredo de como chegar a uma idade tão avançada. A n a l i s a n d o o D NA d o s supercentenários, os cientistas descobriram que existia um excesso de células imunológicas chamadas T CD4 citotóxicas, que possuem a capacidade de destruir outras células liberando substâncias nocivas, no organismo dessas pessoas. Em 2015, havia cerca de 61 mil pessoas com mais de 100 anos no Japão, mas supercentenários eram apenas 146. Estudos já descobriram que esses indivíduos são relativamente imunes a doenças como infecções e câncer durante toda a vida, o que indica que eles poderiam ter um sistema imunológico particularmente forte. Os pesquisadores analisaram aproximadamente 41 mil células imunes de sete supercentenários

japoneses. Eles também avaliaram 20 mil células de cinco pessoas que tinham idade entre 50 e 80 anos. Os resultados revelam que, embora o número de células B (um tip o de linfó cito que constitui o sistema imunológico) f o s s e m e n o r n o s supercentenários, o número de células T (também do sistema i mu n o l ó g i c o ) e r a aproximadamente o mesmo. Porém, os supercentenários apresentaram um número maior de células T do subconjunto CD4. Normalmente, as células T com marcadores conhecidos como CD8 são citotóxicas (têm a capacidade de destruir outras células) e as CD4 não. Primeiramente, os cientistas pensaram que talvez as células CD8-positivas tivessem aumentado. Mas na verdade, parece que as células CD4positivas dos supercentenários se tornaram citotóxicas. Ou sejam, adquiriram a capacidade de destruir outras células. Os pesquisadores ainda examinaram o sangue de pessoas jovens e identi caram que havia

relativamente poucas células citotóxicas CD4-p ositivas, sugerindo que esse não é um indício de juventude, mas sim uma característica especial dos supercentenários. Para examinar como essas células especiais foram produzidas, os especialistas examinaram as células sanguíneas de dois supercentenários. Eles descobriram que as células surgiram de um processo de expansão clonal, o que signi ca que muitas células eram descendentes de uma única célula ancestral. Segundo Piero Carninci, esta pesquisa mostra como a análise de transcrição de células pode ajudar a entender como os indivíduos são mais ou menos suscetíveis a doenças. "As células C D 4 - p o s it iv as ge r a l me nte trabalham gerando citocinas, enqu anto as célu l as CD8positivas são citotóxicas, e pode ser que a combinação desses dois recursos permita que esses indivíduos sejam especialmente saudáveis", a rmou em comunicado.

Em um estudo publicado na revista Nature, pesquisadores da Universidade de Oxford, no Reino Unido, estimaram que a probabilidade da humanidade ser extinta devido a desastres naturais, em qualquer data, é de uma em 14 mil. Entre as ameaças que justi cam essa estimativa estão tsunamis, erupções vulcânicas e a colisão de um asteroide com a Terra. Mas, não se desespere: a probabilidade de um em 14 mil signi ca que, a cada ano, temos 99,993% de chance de não desaparecermos. Esse é o mesmo risco de sete aviões

caírem no mesmo dia entre os 100 mil voos comerciais feitos diariamente em todo o mundo. É bem improvável. Para estimar a possibilidade da espécie humana desaparecer por causas naturais, foram c ons i d e r a d o s f at ore s d o s últimos 200 anos e excluídos quaisquer problemas criados por nós mesmos, como as guerras nucleares e o aquecimento global acelerado. Mas, de acordo com os cientistas de Oxford, numa próxima etapa da pesquisa os dados poderiam ser comparados levando em conta a

intervenção humana. A estimativa é que mais de 99% das espécies da Terra já tenham sido extintas por causas naturais somadas às humanas. Segundo os pesquisadores, na natureza, as extinçõ es de animais foram causadas por mudanças ambientais e competição entre espécies. “Enquanto isso, outras [extinções] foram mais abr upt as , s e nd o p ar te d e desaparecimentos em massa originados por impactos de asteroides, vulcanismo e outras causas que ainda que serão identi cadas”.


8 BEM-ESTAR

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DAVI MOURRAHY Professor, palestrante, coach, escritor e hipnoterapeuta

Cuidado com as atitudes antes que seja tarde REPRODUÇÃO INTERNET

U

m belo dia de sol, sr. Mário, um velho caminhoneiro, chega em casa todo orgulhoso e chama a sua esposa para ver o lindo caminhão que comprara depois de longos e árduos vinte anos de trabalho. Era o primeiro que conseguia comprar, depois de tantos anos de sufoco e estrada. A partir daquele dia, nalmente seria seu próprio patrão. Ao chegar à porta de casa, encontra seu lhinho de seis anos martelando alegremente a lataria do reluzente caminhão. Irado e aos berros, pergunta o que o lho estava fazendo e, sem hesitar, complet amente fora de si, martela impiedosamente as mãos do garoto, que se põe a chorar desesperadamente sem entender o que estava acontecendo. A mulher do caminhoneiro corre em socorro do lho, mas

pouco pôde fazer. Chorando

junto ao lho, consegue trazer o

Dieta com mais gordura e pouco carboidrato pode prevenir gripe, diz estudo Em pesquisa com ratos, dieta cetogênica demonstrou aumentar a produção de muco nos pulmões para capturar vírus causador da doença PEXELS

Um novo estudo da Universidade Yale, nos Estados Unidos, mostra que adotar uma dieta rica em gordura e pobre em carboidratos — conhecida como cetogênica ou Keto — pode ser vantajoso para quem quer se blindar contra o vírus da gripe. Mas calma: a pesquisa, publicada na revista Science Immunology, foi feita com ratos. O organismo de animais alimentados com uma dieta cetogênica — à base de peixe, carnes e vegetais com pouco carboidrato — se mostrou mais preparado para combater o vírus in uenza, causador da gripe. Durante o estudo, uma parte dos ratinhos recebeu uma dieta cetogênica e a outra comeu ração rica em carboidratos. Os bichinhos comeram o menu durante sete dias e, depois, foram infectados com o agente causador da gripe. Ao nal do experimento, os cientistas concluíram que ratos alimentados com a dieta Keto tinham uma taxa de sobrevivência maior em relação àqueles que comeram ração. A dieta cetogênica desencadeou

a liberação de células T gamadelta, que fazem parte do sistema imunológico. No pulmão, elas têm a função de produzir o muco que reveste as células, e isso é essencial para que o vírus seja "capturado" pelo organismo. Quando os ratos foram criados sem o gene que codi ca as células

T gama-delta, a cetogênica não forneceu proteção contra o vírus in uenza. Segundo os autores do estudo, alimentos ricos em gordura e pobres em carboidrato estimulam o fígado a produzir os chamados corpos cetônicos — e, de acordo com os achados, isso estimula o sistema imunológico a entrar em ação. Não signi ca, porém, que você precisa excluir os carbos da dieta agora. Vale lembrar que o estudo foi feito em ratos e ainda precisa ser validado em humanos. Salvo se houver indicação de um nutricionista, a alimentação equilibrada — com todos os grupos alimentares — ainda é a melhor forma de garantir saúde no prato... e no corpo.

marido à realidade e, juntos,

levam o garoto ao hospital para cuidar dos ferimentos provocados. Passadas várias horas de cirurgia, o médico, desconsolado e bastante abatido, chama os pais e informa que as dilacerações foram tão graves que todos os dedos da criança tiveram que ser amputados. Porém, o menino era forte e resistia bem ao ato cirúrgico, devendo, os pais, aguardá-lo no quarto. Ao acordar, o menino, ainda sonolento, esboçou um sorriso e disse ao pai: “Papai, me desculpe. Eu só queria consertar seu caminhão, como você me ensinou outro dia. Não que bravo comigo. O pai, enternecido e profundamente arrependido, deu um forte abraço no lho e disse que aquilo não tinha mais importância. Não estava bravo e, sim, arrependido de ter sido tão duro com ele e que a lataria do

caminhão não tinha estragado. Então, o garoto, com os olhos radiantes perguntou: “Quer dizer que não está mais bravo comigo?”. “É claro que não! Respondeu o pai. Ao que o menino pergunta. “Se estou perdoado papai, quando meus dedinhos vão nascer de novo?”. Nos momentos de raiva cega, machucamos as pessoas que mais amamos e, muitas vezes, não podemos “sarar” a ferida que deixamos. Nesses momentos raivosos, tente para e pensar em suas atitudes, a m de evitar que danos sejam irreversíveis. Não há nada pior que o arrependimento e a culpa.

Livro: As 7 Virtudes de um Profissional Campeão Profº Davi Mourrahy

Novo aparelho auditivo oferece tradução simultânea e alerta de quedas ILUSTRAÇÃO: OTÁVIO SILVEIRA/SAÚDE É VITAL

Acaba de chegar ao mercado br as i l e i ro o L iv i o A I , u m aparelho auditivo moderno que, conectado a um celular, traduz conversas em até 27 idiomas, alertas sobre quedas e até monitora a prática de atividades físicas. Ele se vale da inteligência arti cial para isso. “A ideia é devolver a qualidade de vida à pessoa com perda auditiva, que s of re com o isolamento social e tem sua cognição prejudicada por causa da privação sensorial”, comenta Natacha Fregnani, fon o au d i ól o g a d a St ar ke y H e a r i n g Te c h n o l o g i e s , desenvolvedora do aparelho. “É uma tecnologia semelhante a de certas pulseiras e aplicativos de exercício no celular. Mas é mais precisa, porque sofre menos interferências externas”, explica a porta-voz. As informações são transmitidas, por bluetooth, do aparelho auditivo para o celular e exibidas no aplicativo rive, que dá pontuações em três categorias: corpo, cérebro e bemestar. É no smartphone também que a fala do usuário é convertida para outro idioma a um interlocutor estrangeiro. Em paralelo, o dispositivo traduz o

qu e e l e e s t á re s p on d e n d o diretamente na sua orelha. Já o alerta sobre quedas é ativado quando o dispositivo capta o movimento brusco de um tombo e, na sequência, a pessoa não se mexe por um minuto. O app manda mensagem para três contatos selecionados e informa onde aconteceu o acidente em um mapinha. O pedido de socorro pode ser cancelado caso o indivíduo levante. Há duas versões da novidade: uma a pilha e outra recarregável. O Livio inaugura uma nova fase do uso da inteligência arti cial em aparelhos auditivos, em que esses acessórios ajudam a minimizar obstáculos da vida cotidiana provocados pela surdez. Mas outros dispositivos

do tipo já empregam recursos como esse para moldar a nitidez e o volume dos sons de acordo com o ambiente. Se o lugar está b ar u l h e nt o, e l e s automaticamente ltram as vozes mais próximas p ara distingui-las de outros ruídos, por exemplo. “Em alguns dispositivos de ponta, é possível conectar o st re am i ng d a T V, ate nd e r chamadas no celular e controlar outros aparelhos da casa”, comenta Jeanne Oiticica, chefe do Gr up o de Pesquisa em Zu mbi d o d o Ho spit a l d as Clínicas, em São Paulo. Eles ai n d a s ã o c aro s , p oré m a tendência é que, com a popularização da inteligência arti cial, tornem-se um pouco mais acessíveis. Recentemente, a Micro Som lançou o Via AI, com funções semelhantes ao Livio. “Mas vale destacar que aparelhos do tipo são intracanal. Ou seja, vedam o canal auditivo, o que só fazemos em casos de perda moderada e severa”, destaca a otorrino. Antes de escolher qualquer dispositivo médico, vale a pena conversar com o doutor.


SAÚDE 9

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Combinação de drogas pode 'matar de fome' as células do câncer Uma equipe de cientistas acaba de demonstrar a eficácia de um tratamento contra uma das doenças mais letais que afetam os seres humanos: o câncer de pâncreas DESIGN CELLS/GETTY IMAGES

A enfermidade representa apenas 3% de todos os diagnósticos, mas os médicos classi cam esse tipo de câncer como o mais agressivo, com uma taxa de mortalidade de 99%. E a porcentagem de pessoas afetadas aumentou na última década. Mas a combinação de dois medicamentos p o de vir a oferecer uma nova esperança a quem sofre com a doença. Pesquisadores do Sanford Burnham Prebys Instituto de Descoberta Médica, localizado na Califórnia, nos Estados Unidos, descobriram que uma combinação de dois fármacos usados atualmente para tratar leucemia e tumores como melanoma pode ser a chave para

tratar o câncer de pâncreas. De acordo com seus resultados, tais medicamentos combinados "podem reduzir tumores". Os estudiosos comprovaram que o tratamento reduziu com êxito os tumores pancreáticos em ratos e pretendem respaldar esse achado com testes clínicos, segundo artigo publicado na revista cientí ca Nature Cell Biology. Os fármacos em questão são L-asparaginasa — uma enzima com potencial terapêutico usada para combater a leucemia — e um inibidor de MEK (um tipo de proteína). Eles deixam os tumores sem os nutrientes necessários para que cresçam, além de impedir que se adaptem para sobreviver.

"É evidente que não encontraremos uma varinha mágica que cure o câncer",

a rmou Rosalie C. Sears, da Universidade de Ciências e Saúde do Oregon.

"Precisaremos de vários medicamentos que ataquem múltiplas vulnerabilidades."

"Esse estudo identi ca um tratamento duplo promissor para o câncer de pâncreas, um dos mais mortíferos. Espero ver esses medicamentos testados em pacientes", explicou Sears, especializada em genética molecular e codiretora do centro Brenden-Colson para Saúde Pancreática. Os cientistas esperam abrir caminho para que o teste clínico em humanos ocorra em breve. O experimento demonstrou que a terapia não só reduziria os tumores pancreáticos, mas também os melanomas. Entretanto, os responsáveis pela pesquisa focaram no câncer de pâncreas, devido à falta de medicações e cazes existentes.

Brasileiros criam Primeiro anticoncepcional injetável masculino pode exame inovador ser comercializado na Índia para a dengue CDC/DEBORA CARTAGENA

DANIEL GUIMARÃES/A2IMG

É o que se pode chamar de um três em um. O novo exame desenvolvido por pesquisadores do Instituto de Biologia Molecular do Paraná (IBMP), associação civil sem ns lucrativos instituída mediante parceria entre a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e o governo paranaense, detecta os quatro tipos de vírus que causam a dengue, além dos da zika e chikungunya. “É o único que faz isso no Brasil”, diz Fabrício Marchini, gerente de desenvolvimento tecnológico do IBMP e pesquisador da Fiocruz Paraná. No caso especí co da dengue, outros métodos não são capazes de diferenciar os tipos virais. O novo exame será importante para o controle da epidemia em vários aspectos. Primeiro porque auxiliará na obtenção de diagnósticos precisos. Hoje, os

testes usados na maioria dos serviços da rede pública captam os anticorpos produzidos em resposta à presença dos vírus. Mas isso pode levar a resultados falso-positivos, uma vez que esses anticorpos permanecem no corpo mesmo após a eliminação do agente infeccioso. “O resultado pode ser confuso”, resume o patologista João Renato Rebello Pinho, coordenador do laboratório de técnicas especiais do Hospital Israelita Albert Einstein e

professor da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Além disso, os s i ntomas i n i c i ais d as t rê s doenças são parecidos (febre, erupção cutânea e coloração amarela na pele ou nos olhos). Portanto, identi car corretamente se é dengue, zika ou chikungunya — e ainda apontar, no caso da dengue, qual o tipo de vírus — é a grande vantagem do método criado pelos brasileiros. Esse conhecimento pode modi car o tratamento e ajudar a como e v e nt u a i s s u r t o s e s t ã o s e disseminando pelo país. O exame, chamado de ZDC Biomol, acaba de obter o registro da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e poderá ser ofertado via Biomanguinhos/Fiocruz ao Ministério da Saúde.

Pe s q u i s a d o r e s i n d i a n o s concluíram seus testes clínicos do primeiro anticoncepcional masculino injetável do mundo e agora estão aguardando aprovação do ControladorGeral de Drogas da Índia, órgão nacional que regula a venda de substâncias farmacêuticas no país, para poder comercializá-lo. O anticoncepcional é chamado de RISUG, sigla em inglês para “inibição reversível do esperma sob orientação”. O produto é injetado em uma região próxima aos testículos usando anestesia e seus efeitos inibidores da gravidez duram até 13 anos. De acordo com os cientistas, os testes do anticoncepcional envolveram cerca de 300 homens e tiveram uma taxa de

sucesso de mais de 97%. “O produto está pronto, com apenas aprovações regulatórias pendentes”, disse um dos autores da pesquisa, o Dr. R. S. Sharma do Conselho Indiano de Pesquisa Médica, ao Hindustan Times. Funcionários do governo indiano já adiantaram que a aprovação levará pelo menos seis a sete meses, no entanto. O RISUG é um método de controle de natalidade basicamente permanente, por sua grande duração, mas bem melhor que a vasectomia, por exemplo, que não é reversível.

A nova injeção indiana implanta um polímero no ducto deferente masculino, o canal muscular que conduz os espermatozoides do local onde são armazenados, efetivamente bloqueando o esperma de sair desse canal. Caso um homem não queira mais bloquear seu esperma, uma segunda injeção pode quebrar esse polímero. Por outro lado, a vasectomia envolve uma cirurgia complicada com a cauterização do ducto deferente, sendo que sua reversão nem sempre é e caz.


10 Criança hoje, Criança amanhã

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ANA MARIA IENCARELLI Psicanalista http://www.anamariaiencarelli.blogspot.com Psicanalista Clínica, especializada no atendimento a Crianças e Adolescentes Associada ao Instituto de Direito de Família (IBDFAM) Agente de Cidadania pelo Instituto de Cultura e Cidadania A Voz do Cidadão

Alienação parental P

da justiça, dito comportamento muito prejudicial para a formação da criança, é, rapidamente, usado para punir a mã e. O u s e j a , a a l i e na ç ã o parental alegada que tanto se a rma prejudicar a criança, passa a ser a condenação em sequência.

atribuição tão banal da loucura à mulher, da histeria. O descrédito e a desquali cação da voz da mulher recrudescem. E cumprem uma função de reativar a já adormecida mordaça social. O termo, alienação parental, é c i r c u l a r. C a d a v e z q u e a

anula o Princípio do Contraditório, que desaparece por completo nestes processos nas Varas do Mito da Família Feliz. Outro Princípio Jurídico, aliás, a Cláusula Pétrea da Presunção de Inocência, não e x i s t e p a r a a mu l h e r / m ã e

d e nu n c i a nt e d o a b u s o o u violência tenta mostrar alguma coisa em que se baseia, isto se torna, automaticamente, uma “prov a” d e s u a at itu d e d e alienadora, de modo que logo está classi cada na prática de alienação de grau severo. Este efeito circular, enlouquecedor,

denunciante. Ela é considerada alienadora antes até da Audiência de Instrução e Julgamento. É um Dogma Jurídico. E esta acusação, alienação parental da mãe, prescinde de provas materiais. Mãe e lho/a são julgados e c on d e n a d o s à P R I VAÇ ÃO M AT E R NA S U M Á R IA . O

REPRODUÇÃO INTERNET

aulo César Farias e sua namorada foram vítimas de um duplo homicídio recíproco. Seria Possível? Mas foi esta a versão que foi dada: um atirou no outro que atirou de volta. Cada um foi morto por um tiro só, vindo da arma do outro. Quem matou PC Farias e a sua namorada? Seguindo a lógica usada nos casos de denúncia de abuso sexual intrafamiliar, montaríamos um S o sma similar: Premissa Maior, ele e a namorada foram mortos com um tiro cada. Premissa Menor, não se logrou o autor dos dois tiros. Conclusão, logo, não houve crime, eles não morreram. Quando se trata de denúncia de abuso sexual contra o genitor, o So sma contido no Silogismo é: a mãe fez uma denúncia de abuso sexual, não se descobriu prova de mater i a lid ade deste abus o denunciado, LOGO, não houve abuso, é alienação parental da mãe. Troca-se, assim, o foco da denúncia trazendo, já neste momento, o preconceito de que a mãe é pessoa não con ável e malévola para a família, posto que empreender uma mentira deste porte para, unicamente, prejudicar a relação do pai com seu lho/a, é algo bem ruim. O curioso é que o alegado comportamento de alienação parental que passou a ser o objeto

Sendo que, então, o cializada, p o r q u a nt o u m a a l i e n a ç ã o institucional. Muito lembra o olho por olho e dente por dente. Como foi engendrada para defesa de pedó los denunciados, este conceito veio contemplar a negação do horror, o incesto, trazendo em seu bojo a

Artigo 227 da nossa Constituição Federal é relegado ao desrespeito. São muitas as desobediências aos vários artigos do ECA que rezam a PROTEÇÃO da Criança e do Adolescente. A Lei 13.431/2017, Lei da Escuta Especial, e a Resolução do CNJ de 2019, que restringe a oitiva da criança vítima de abuso sexual a esta modalidade de escuta, e só a ela, são ultrajadas pela insistência de Operadores de Justiça e Psicólogos ditos Forenses, em determinar a ACAREAÇÃO da criança com aquele que ela revelou como seu abusador. Sim, acareação. Laudos, totalmente, interpretativos que, quando comparados com a transcrição da gravação destas acareações, exibem a intencionalidade da proteção ao adulto abusador. São aberrações que são ditas para as crianças, como por exemplo, repreender um menino que está revelando que o pai manda que ele segure seu órgão genital, mexendo até sair uma gosma branca, ao que a psicóloga diz ser isto um comportamento entre homens, e que ele não pode contar para a mãe o que se passa na casa do pai. Mas em seu laudo, ela escreve que a relação entre eles é ótima, e que o menino até acalmou quando o pai entrou na sala de acareação. Lamentável constatar que

ainda existem pessoas que passaram por uma faculdade de Psicologia e não aprenderam o básico. As emoções não são v i s í v e i s a o l h o nu . Nã o é colocando abusador e abusado dentro de uma sala, diante de uma pessoa estranha, a psicóloga, que vai se ver se a criança foi abusada ou não. To d o s no s su r pre e nd e mo s quando na vida adulta alguém de nossa família, ou amigo próximo re vel a que foi abus ado na i n f â n c i a p or u m f a m i l i a r. Existem mecanismos de defesa qu e obr i g am a c r i anç a ou adolescente abusado a rmar o pacto do segredo com seu abusador. É preciso sobreviver. E, quando o agressor é sentido como muito poderoso, manda a mente que a criança/pessoa se junte a ele em aliança. A criança passa para o processo de adaptação ao abuso, que irá levála à Retratação. Dizer que uma verdade não aconteceu, momento enlouquecedor. Enquanto não nos dermos conta que há outro tipo de interesse nesta questão, denúncia de abuso sexual intrafamiliar, e que passa ao largo da criança, que contempla hoje uma cadeia alimentar muito bem articulada, estaremos produzindo mutilados sociais do amanhã.

Para brasileiros, cuidados com saúde e meio ambiente andam juntos Segundo a pesquisa, a mudança no per l de consumo se re ete na busca por produtos e marcas que re itam um p o s i c i on am e nt o é t i c o e m relação ao meio ambiente e na preferência por embalagens suste nt áve is . Atu a l me nte, a l g u ns d o s asp e c to s mais valorizados pelos brasileiros

(importante para 40%) ou reutilizá-la (importante para 37%); presença de ingredientes de origem orgânica no produto (importante para 36%); ausência de aditivos (importante para 36%). O custo de produtos ambientalmente responsáveis é uma barreira para 40% das pessoas

questões ambientais, 2/3 dos c o n s u m i d o re s b r a s i l e i ro s declaram que se o modelo atual de consumo não mudar, o planeta caminha para um desequilíbrio ambiental. Os resultados do estudo foram divulgados durante um debate mediado pela jornalista especializada em Saúde, Cilene

são: presença de ingredientes naturais no alimento ou bebida (importante para 54%); possibilidade de direcionar a embalagem para reciclagem

entrevistadas. Quando o assunto são produtos mais saudáveis, este percentual sobe para 60%. Falando especi camente das

Pereira. Participaram do debate Gisele Gurgel, da Tetra Pak, Hélio Mattar, diretor-presidente do Instituto Akatu que trabalha para promover o consumo

UNLEASHED

A convergência entre saúde e meio ambiente foi tema de uma pesquisa envolvendo nove países, incluindo o Brasil. Para o estudo, elaborado pela Ipsos a pedido da Tetra Pak, foram realizadas mais de mil entrevistas on-line em cada um dos mercados pesquisados (Brasil, China, Índia, Indonésia, Arábia Saudita, Coreia do Sul, Espanha, Reino Unido e EUA). No Brasil, 67% das pessoas dizem ter consciência sobre problemas ambientais e de saúde e 39% declaram preocupação em buscar reduzir os impactos negativos nos dois aspectos. Para 61% dos consumidores brasileiros, sua saúde e seu bemestar são fortemente afetados por questões ambientais. “A indústria de alimentos e bebidas é, possivelmente, a primeira a notar a convergência entre saúde e meio ambiente, com os primeiros sinais sendo notados em novas dietas e em escolhas de consumo”, explica Gisele Gurgel, diretora global de Informação de Negócios da Tetra Pak.

consciente, e a nutricionista Márcia Daskal, criadora do conceito de nutrição amorosa. Para Márcia, o meio ambiente e a saúde sempre estiveram interligados e é importante que as pessoas estejam se conscientizando desta relação – o que comemos tem impacto no nosso corpo e no planeta e hoje as pessoas estão preocupadas com estes dois aspectos. Neste

sentido, é importante ressaltar que, a lém da es col ha dos alimentos, é preciso aproveitar melhor cada um deles, uma vez que 1/3 da produção da comida no mundo é desperdiçado. “O desperdício tem um impacto ambiental enorme e precisa ser combatido. Precisamos aproveitar melhor os alimentos”, explica a nutricionista.


COMPORTAMENTO 11

24 A 30 DE NOVEMBRO DE 2019

ANA LUCIA Ana Lucia Bernardo Cordeiro

Professora

“Depilação” – Luís Fernando Veríssimo REPRODUÇÃO INTERNET

Olá pessoal,

T

enho grande admiração por vários escritores. Mas esta semana, li um texto de Luís Fernando Veríssimo e senti uma enorme vontade de compartilhar com vocês. Espero que gostem é HILÁRIO! Vamos rir que faz muito bem para a saúde! “Estava eu assistindo TV numa t arde de domingo, naquele horário em que não se pode inventar nada o que fazer, pois no outro dia é segunda-feira, quando minha mulher deitou-se do meu lado e cou brincando com minhas 'partes'. Após alguns minutos ela veio com a 'brilhante' ideia: “Por que não depilamos seus ovinhos, assim eu poderia fazer 'outras coisas' com eles”. Aquela frase foi igual um sino na minha cabeça. Por alguns segundos quei imaginando o que seriam 'outras coisas'. Respondi que não, que doeria coisa e tal, mas ela veio com argumentos sobre as novas técnicas de depilação e eu, imaginando as 'outras coisas', não tive mais como negar. Concordei. Ela me pediu que casse pelado enquanto buscaria os

equipamentos necessários para tal feito. Fiquei olhando para TV, porém minha mente estava vagando pelas novas sensações que só despertei quando ouvi o bipe do micro-ondas. Ela voltou ao quarto com um pote de cera, uma espátula e alguns pedaços de plástico. Achei meio estranho aqueles equipamentos, mas ela estava com um ar de 'dona da situação' que deixaria qualquer médico urologista sentindo-se como residente. Fiquei tranquilo e autorizei o restante do processo. Pediu para que eu casse numa posição de quase frango-assado e liberasse o acesso à zona do agrião. Pegou meus ovinhos como quem pega duas bolinhas de porcelana e começou a passar cera morna. Achei aquela sensação maravilhosa! O Sr. Pinto já estava todo 'pimpão' como quem diz: 'sou o próximo da la'! Pelo início, quei imaginando quais seriam as 'outras coisas' que viriam. Após estarem completamente besuntados de cera, ela embrulhou ambos no plástico com tanto cuidado que eu achei que iria levá-los para viagem. Fiquei imaginando onde ela teria aprendido essa técnica de prazer:

na Tailândia, na China ou pela Internet mesmo? Porém, alguns segundos depois ela esticou o saquinho para um lado e deu um puxão repentino. Todas as novas sensações foram trocadas por um sonoro PUUUUTA QUEEEE ME PARIUUUUUUU quase falado letra por letra. Olhei para o plástico para ver se o couro do me u s a c o n ã o t i n h a c a d o grudado. Ela disse que ainda restavam alguns pelinhos, e que p r e c i s a v a p a s s a r d e n o v o. Resp ondi prontamente: “S e depender de mim eles vão car aí para a eternidade!!”. Segurei o Dr. Esquerdo e o Dr. Direito com as

duas mãos, como quem segura os últimos ovos da mais bela ave amazônica em extinção, e fui para o banheiro. Sentia o coração bater nos ovos. Abri o chuveiro e foi a primeira vez que eu molhei o saco antes de molhar a cabeça. Passei alguns minutos só deixando a água gelada escorrer pelo meu corpo. Saí do banho, mas nesses momentos de dor qualquer homem vira um bebezinho novo: faz merda atrás de merda. Peguei meu gel pós-barba com camomila 'que acalma a pele', enchi as mãos e passei nos ovos. Foi como se estivesse passado molho de pimenta. Sentei no bidê na posição de 'lava xereca' e deixei o chuveirinho acalmar os Drs. Peguei a toalha de rosto e quei abanando os ovos como quem abana um boxeador no 10° round. Olhei para meu pinto. Ele, coitado, tão alegrinho minutos atrás, estava tão pequeno que mais parecia irmão gêmeo de meu umbigo. Nesse momento minha mulher bate à porta do banheiro e pergunta se estava passando bem. Aquela voz antes tão aveludada e sedutora cou igual uma gralha. Saí do banheiro e voltei para o quarto. Ela estava argumentado

que os pentelhos tinham saído pelas raízes, que demorariam voltar a nascer. 'Pela espessura da pele do meu saco, aqui não nasce nem penugem, meus ovos vão car que nem os das codornas', respondi. Ela pediu para olhar como estavam. Eu falei para olhar a meio metro de distância e sem tocar em nada e se car rindo vai entrar na PORRADA!! Vesti a camiseta e fui dormir (somente de camiseta). Naquele momento

Tentei colocar a cueca, mas nada feito. Procurei alguma cueca de veludo e nada. Vesti a calça mais folgada que achei no armário e fui trabalhar sem cueca mesmo. Entrei na minha seção andando igual um cowboy cagado. Falei bom dia para todos, mas sem olhar nos olhos. E passei o dia inteiro trabalhando em pé com receio de encostar os tomates maduros em qualquer superfície. Resultado, certas coisas devem ser

Roupa Bonita Rua Italina Motta, 294 - Jd. Camburi Vitória - ES - Tel.: (27) 3026-8545/98837-8545 roupabonitajardimcamburi s e x o p a r a m i m , n e m p a r a feitas somente pelas mulheres. perpetuar a espécie humana. No Não adianta tentar misturar os outro dia pela manhã fui me universos masculino e feminino. arrumar para ir trabalhar. Os ovos Ainda dói”. estavam mais calmos, porém mais Luís Fernando Veríssimo é escritor, vermelhos que tomates maduros. humorista, cartunista, tradutor, Foi estranho sentir o vento bater roteirista de televisão, autor de teatro em lugares nunca antes visitados. e romancista brasileiro

Utensílios de plástico O trágico fim dos filhos na comida quente são da princesa Isabel tóxicos WIKIMEDIA COMMONS

Algumas substâncias como melamina e formaldeídos liberadas pelo plástico podem afetar a saúde respiratória e digestória DEPOSITPHOTOS

Os cuidados com a saúde para uma alimentação saudável na c o z i n h a n ã o t e r m i n am n a escolha dos alimentos. Sabe quando esquentamos a comida em vasilhas de resina ou utilizamos aquela espátula de plástico velha para mexer algo na panela? Isso pode estar fazendo mal à sua saúde sem você saber. Isso porque os utensílios que usamos – como aqueles feitos de plástico, podem conter resina de melamina e formaldeídos, e serem liberados quando aquecidos. Em determinada quantidade, essas substâncias são tóxicas, se ingeridas pelo corpo. E exatamente quando estão dentro do micro-ondas ou em panelas quentes, podem ultrapassar os limites recomendados pelo "Instituto Federal de Avaliação de

Riscos" da União Europeia.

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Em temperaturas até 70ºC, o plástico libera a melamina numa quantidade ainda considerada segura para o corpo. No entanto, acima diss o e durante um período de tempo longo, o valor pode ser mais alto e então prejudicar a saúde. Vale lembrar que o limite de melamina na comida é de 30 mg/kg, de acordo com R e g u l ame nt a ç ã o d a Un i ã o Europeia. E, para evitar essa quantidade, a temperatura da panela não é a única coisa a se manter atento.

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Após o jovem Brasil República banir a Família Imperial, em 1889, seus membros embarcaram para a Europa no navio Sergipe. Princesa Isabel e seu esposo Gastão viveram uma vida calma e quieta na comuna francesa de Bolonha, e os três lhos do casal entraram em escolas parisienses. Para os europeus, a família da única descendente viva de D. Pedro II pertencia à nobreza francesa, e era tratada como tal. Mas a estabilidade de seus membros teve seu m com o advento da Primeira Guerra Mundial. Quando chegaram à França, Dom Antônio Gastão e Dom Luís Maria tinham oito e onze anos, respectivamente. Crescendo naquele país, eles tinham o objetivo de defendê-lo quando completassem a idade do alistamento militar – ideia apoiada pelo pai, o Conde D'Eu, que já havia aberto mão do trono francês ao se casar com Isabel. Entretanto, a França se recusou a receber os dois príncipes em seu exército – provavelmente, pelo fato de o país ser uma república. Com isso, os dois se alistaram no Império Austro-Húngaro, então governado pelo tio deles, o imperador Francisco José I. Fazendo carreira militar junto aos austríacos, eles não imaginavam que os dois países entrariam em choque na Grande Guerra. Os dois saíram do exército austríaco pouco antes do assassinato do arquiduque Francisco Ferdinando, que daria

início à Guerra. Em 1914, rejeitados novamente pelo exército francês, ambos se alistaram nas leiras britânicas devido a parentescos com a família real de lá, relata a historiadora Teresa Malatian, autora do livro “D. Luís de Orleans e Bragança, peregrino de impérios”. Portanto, os dois lhos da Família Real Brasileira s e e nv o l v e r a m n a Gu e r r a considerando-se franceses, treinados no Império Austríaco e defendendo o exército Britânico.

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Luís entrou na guerra em agosto de 1914, lutando por quase um ano. Encarregado da comunicação entre as t r i n c h e i r a s , e l e atu ou e m pântanos no norte da França, contraindo uma espécie de reumatismo que o levaria à morte no ano de 1920, aos 42 anos. Nos últimos anos, ele se locomoveu em cadeira de rodas, e passava o tempo enaltecendo a imagem do Brasil e ensinando português para seus lhos. Seu irmão, D. Antônio, se tornou capitão do regimento Dragão Canadense Real, junto aos canadenses que d e fe nd i am a b and e i r a britânica. Lá, ele participou de muitas batalhas aéreas – o que também seria o prenúncio de sua morte. C om o m da guer ra, Antônio sofreu um acidente de avião nos arredores de Londres, falecendo em decorrência dos ferimentos em 29 de novembro de 1918, aos 37 anos.


12 OLHAR DE UMA LENTE

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HAROLDO CORDEIRO FILHO Haroldo Cordeiro Filho - Jornalista DRT: 0003818/ES Coordenador-geral da ONG Educar para Crescer

Professora é primeira mulher a assumir o cargo máximo da Ufes Vice-reitora, Ethel Leonor Noia Maciel, foi eleita reitora com mais de 67% dos votos válidos, no último dia 06

E

UC Berkeley School of Public Health. Começou, em 1995, como professora s u b s t it ut a d o D e p a r t a m e nt o d e Enfermagem da Ufes e, em 1998, como professora efetiva. Entre 1995 e 2013 foi coordenadora do Centro de Pesquisa Clínica no Hospital Universitário da

universidade nesse período tão crítico para a Ciência e Tecnologia e a Educação? Ethel Maciel – Estou na Ufes desde 1987, quando ingressei como estudante e, a partir de 1998, como professora efetiva do Departamento de

JOHANNA HONORATO

ste mês de novembro vai entrar para a história da Universidade Federal do Espírito Santo – Ufes, pois a vice-reitora Ethel Leonor Noia Maciel, foi eleita reitora com mais de 67% dos votos válidos, no último dia 06, comandará a instituição no quadriênio

gestão pública da universidade. Já atuei como coordenadora do Programa de Pós-graduação em Saúde Coletiva, fui coordenadora do Comitê de Ética da Ufes e do Centro de Pesquisa Clínica do Hucam. Essa experiência de estar vicereitora foi muito importante para entender a gestão de forma mais ampla, e me preparou para assumir o desa o de ser a primeira mulher a ocupar o cargo máximo da Universidade. Cabe ressaltar também que são nos períodos críticos que temos a oportunidade de repensar, reinventar e encontrar novos caminhos e alternativas que fortaleçam ainda mais a missão da nossa instituição. F&N – Quais projetos a senhora tem para tornar a Universidade autossustentável? A atual gestão da universidade, na qual sou vice-reitora, tem demonstrado ser e ciente na utilização dos recursos, sendo inclusive reconhecida pelo Ministério da Economia como a quarta instituição mais e ciente do País. Essa deve ser uma diretriz permanente na próxima gestão. Temos como projetos p ara tor nar a Universidade autossu ciente a criação do Laboratório de Inovação, um ambiente para o fomento de processos inovadores, e de editais internos que integrem

Quais projetos a senhora pretende desenvolver na área de pesquisa? É fundamental levarmos em conta o princípio da indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão. Vamos trabalhar na busca de mecanismos que garantam a democratização do ensino, a valorização dos professores e de técnicos administrativos na missão institucional, a inclusão social e a garantia do acesso e permanência para os estudantes. Outra ação é a divulgação das pesquisas e projetos de extensão que vêm sendo d e s e nv o l v i d o s n a Uf e s p a r a a comunidade externa, visando atender às demandas da sociedade. A nossa Universidade tem muitos pesquisadores e pesquisas diversas, praticamente em todas as áreas do conhecimento. Temos inúmeras pesquisas cadastradas e de relevância para o desenvolvimento do Estado. Nos últimos anos, a Universidade vem trabalhando de forma estreita com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Espírito Santo (Fapes) para fomentar pesquisas que visam melhorias para diversos setores da sociedade, como saúde, ciências humanas, agricultura, energia, ciências sociais aplicadas, etc. Quais impactos as medidas do governo TATI BELING

Ufes (Hucam), ligado ao Núcleo de Doenças Infecciosas, e foi coordenadora do Programa de Pós-graduação em Saúde Coletiva e do Comitê de Ética em Pesquisa do Centro de Ciências da Saúde da Ufes. Atualmente preside a Rede Brasileira de Pesquisa em Tuberculose (REDE-TB) e representa o Brasil na Rede Governamental de Pesquisa em Tuberculose no grupo formado por cinco grandes países emergentes – Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul (Brics).

Enfermagem. Entre o nal da minha graduação em 1993 e minha entrada como professora, fui bolsista de pesquisa e depois servidora do Estado cedida para a Universidade, onde atuei no Núcleo de Doenças Infecciosas. Nunca quei um dia afastada da Ufes e todas as conquistas da minha vida devo à oportunidade de ter acesso à educação pública, gratuita e de qualidade. Aceitei esse desa o porque, agora, tenho a oportunidade de devolver à Universidade um pouco do que ela me proporcionou ao longo desses

HAROLDO CORDEIRO FILHO

2020-2024. Se tornando assim, a primeira mulher a exercer o cargo máximo da universidade no Estado. Natural de Baixo Guandu, 51 anos, casada e mãe de três lhos, elegantemente atendeu ao pedido do Fatos & Notícias para falar um pouco da sua trajetória pro ssional e dos projetos que pretende implantar na sua gestão junto com sua diretoria. Graduada em Enfermagem pela Ufes. Mestre em Enfermagem de Saúde Pública, pela Universidade Federal do

a

(27) 99233-3990

Rio de Janeiro (UFRJ), doutora em Saúde Coletiva/Epidemiologia, pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), e pós-doutorado nas instituições Johns Hopkins University e

Nessa entrevista, Ethel Maciel diz que sua gestão será baseada no diálogo e na participação da comunidade cientí ca. Fatos & Notícias – O que a fez aceitar o desafio de assumir a

30 anos. Como costumam dizer, tenho um relacionamento longo, duradouro e estável com a Ufes. Importante destacar que desde 2013, quando assumi a vicereitoria, pude aprender muito sobre a

estudantes, técnicos-administrativos e professores na solução de questões internas da Ufes. Nós temos pessoas altamente quali cadas em diversas áreas d o c on h e c i m e nto, e pre c i s am o s promover ações que visem possibilitar que a própria comunidade universitária ofereça respostas para os nossos desa os, de forma criativa e inovadora. Além disso, pretendemos ampliar e sistematizar a nossa captação de recursos, buscando novas modalidades de nanciamento, bem como parcerias governamentais e não governamentais e com outras instituições do Espírito Santo.

federal (MEC) trazem à Ufes? No âmbito orçamentário, as reduções vêm acontecendo desde 2014, fazendo com que a atual gestão realizasse avaliações econômicas para melhorar os processos licitatórios e de compra, além de se preocupar em quali car nossas equipes de planejamento. Nosso projeto para a universidade está comprometido em buscar soluções e alternativas para os desa os que se apresentam, e vamos trabalhar com responsabilidade e diálogo permanente com a comunidade universitária e com as forças políticas do nosso Estado.


BRASIL 13

24 A 30 DE NOVEMBRO DE 2019

A semana em Brasília S e no E

Haroldo Cordeiro Filho Luzimara Fernandes

jornalfatosenoticias.es@gmail.com

LEANDRO BRAGA/VICE-GOVERNADORIA

JEFFERSON RUDY/AGÊNCIA SENADO

ROQUE DE SÁ/AGÊNCIA SENADO

Fabiano Contarato (Rede-ES)

Jaqueline Moraes (PSBES)

Contra extinção do DPVAT Fórum Capixaba de Mulheres da Área Tecnológica A vice-governadora do Estado, Jaqueline Moraes, participou, na terça-feira (19), da 3ª reunião do Fór um C apixaba de Mulheres da Áre a Tecnológica, realizada no auditório do Conselho Regional de Engenharia Agrônoma (Crea-ES), em Vitória. Com foco no empreendedorismo, o Fórum discutiu a valorização das mulheres no mercado de trabalho, além da luta por equidade salarial e inserção nos mais variados setores da sociedade. Jaqueline Moraes foi uma das palestrantes do evento. Ela falou sobre sua trajetória de vida e sobre a necessidade de superar os obstáculos. “Nossa vontade de vencer deve ser maior que nossos desa os. As mulheres devem se posicionar, com coragem e disposição, para que tenhamos voz”, a rmou. GERALDO MAGELA/AGÊNCIA SENADO

Marcos Rogério (DEMRO) Estupro ou assassinato de menores de 18 anos poderão ter pena maior Apresentado como resultado da Comissão Parlamentar de Inquéritos (CPI) dos Maus-Tratos, o projeto altera o Código Penal (Decreto-Lei 2.848, de 1940) em dois artigos. Hoje o homicídio pode resultar numa pena de seis até 20 anos de cadeia para o assassino. O texto em análise prevê que, caso o crime seja cometido contra criança ou adolescente, a pena especí ca ao criminoso deverá ser aumentada entre um terço até a metade da sentença nal condenatória. Já no caso do estupro seguido do assassinato de pessoa menor de 14 anos de idade, o projeto aumenta a pena mínima de cadeia para 20 anos. Hoje essa pena mínima é de 12 anos, podendo chegar ao limite de 30 anos de reclusão, como estabelecido no Código Penal. No relatório, Marcos Rogério entende que o poder público precisa registrar, “de forma alta e clara, que a sociedade se sente ultrajada com a facilidade e a banalidade do cometimento de crimes contra a vida de crianças e adolescentes”. O senador naliza argumentando que crimes dessa natureza são “ameaçadoramente primitivos” e desa am as regras mais básicas do convívio social. TATI BELING/ALES

Luciano Machado (PV-ES)

Marcos do Val (PodemosES) PEC do MP

A Rede Sustentabilidade prop ôs Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI), com pedido de medida cautelar, em face da Medida Provisória nº 904, que dispõe sobre as extinções do Seguro Obrigatório de Danos Pessoais causados por Veículos Automotores de Vias Terrestres (DPVAT) e do S eguro Obrigatório de Danos Pessoais Causados por Embarcações ou por suas cargas (DPEM). Fund amentos d a ADI: Aus ênci a dos pressupostos de relevância e urgência; Não há demonstração de impacto orçamentário e nanceiro causado pela renúncia de receita.

Proposta de Emenda à Constituição (PEC 195/2019) apresentada na terçafeira (19) pelo senador Marcos do Val e assinada por outros 28 senadores libera o envio de dados sigilosos ao Ministério Público sem a necessidade de autorização judicial prévia. A iniciativa é uma reação à decisão do presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Dias Toffoli, de paralisar investigações que utilizaram informações do antigo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), da Receita Federal e do Banco Central sem aval da Justiça. Estima-se que, como resultado da decisão de Dias Toffoli, cerca de 935 mil procedimentos de investigação, inquéritos e ações penais foram paralisados em todo o País. Na justi cativa da PEC, o senador Marcos do Val e Felipe Rigoni demais signatários, a maioria integrantes do grupo Muda Senado, Muda Brasil, explicam que “a regra é o (PSB-ES) respeito às informações con denciais dos cidadãos, destacadamente aquelas que contenham re exos Combate à pobreza nanceiros, mas o referido sigilo não deve se estender ao ponto de obstaculizar a investigação e atos ilícitos pela Apoiado pelo presidente da Câmara dos autoridade competente”. Deputados, Rodrigo Maia, um grupo de O senador explica que, de acordo com a proposta, o parlamentares formado pelos deputados compartilhamento sigiloso de informações scais e federais Felipe Rigoni, Tabata Amaral (PDT- bancárias, para ns penais, deverá ser comunicado para SP), João Campos (PSB-PE), Pedro Cunha Lima ciência ao juiz competente. Ele acredita que sua iniciativa (PSDB-PB) e Raul Henry (MDB-PE), além do colocará um ingrediente novo no debate sobre o uso senador Alessandro (Cidadania-SE), adequado dados de sigilosos processos de Atenção aos motoristas Vieira que trafegam na Avenida das Nações! Ade Prefeitura Colatina,em através da Secretaria lançou, na terça-feira (19), a Agenda para o scalização e controle. “O elevada. trabalhoOde combate à Municipal de Trânsito está construindo o redutor de velocidade com faixa local já estava Desenvolvimento Social. corrupção à criminalidade não pode ser afetado por sinalizado e o redutor deve ficar pronto até o próximo sábado,e 23. “As reformas econômicas são fundamentais decisões equivocadas como a do Toffoli”, concluiu. para o equilíbrio scal e o futuro do País, mas não são su cientes para resolver os problemas dos brasileiros. Antes mesmo da aprovação da Sérgio Vidigal (PDT-ES) Reforma da Previdência, que apoiei desde o início, questionei o que seria pautado no dia seguinte à aprovação. O Brasil possui mais de 12 Subcomissão de doenças raras milhões de desempregados e 100 milhões de pessoas sem esgoto coletado, que dirá tratado. A Subcomissão Especial de Doenças Tratar a pauta social como prioridade é lutar Raras, presidida pelo deputado federal pela garantia mínima de dignidade para os Sérgio Vidigal, abriu, na terça-feira (19), consulta pública cidadãos”, argumenta Rigoni. ao relatório preliminar do colegiado. A intenção é obter

Prefeitos e Vereadores em Pauta Vera Costa (PDT- Guaçuí/ES) ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO

ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO

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as contribuições da população para a elaboração do texto nal, até o meio-dia do dia 25. Sérgio Vidigal, que é Sérgio Majeski (PSBmédico, comenta que a participação da sociedade é ES) importante para saber a opinião de pessoas que conhecem o dia a dia de quem tem doença rara. “A Subcomissão Especial de Doenças Raras está de Investimentos em escolas de portas abertas para receber as contribuições dos cidadãos Linhares, Jaguaré e São para aprimorar o texto elaborado pela comissão. Devido Gabriel da Palha à baixa frequência da ocorrência dessas doenças, o diagnóstico acaba sendo tardio e esta consulta pública Os deputados estaduais aprovaram duas servirá para obtermos mais conhecimento a cerca deste indicações do deputado Majeski, ao governo do tema”, disse Vidigal. Estado, orientando a realização de melhorias e investimentos nas escolas Manoel Salustiano de Souza (Linhares), Irmã Teresa Altoé (Jaguaré) e Fabrício Gandini (CidadaniaES) Vera Cruz (São Gabriel da Palha). “Percorremos as escolas da Rede Estadual para veri car como são as estruturas e, Frente parlamentar do Pó Preto conversando com professores e alunos, tomamos conhecimento das necessidades para melhorar cada unidade. Já fomos ver de perto a A F r e n t e P a r l a m e n t a r d e realidade de 271 escolas estaduais e um F i s c a l i z a ç ã o d o Te r m o d e investimento importante é comum para todas Compromisso Ambiental (TCA) do Pó Preto elas, que é a climatização das salas. A voltou a se reunir, nesta quinta-feira (21), para temperatura amena e a diminuição dos debater a poluição atmosférica que afeta as barulhos externos favorecem muito as cidades capixabas. A reunião teve como atividades de alunos e professores”, destaca o convidado o professor doutor Neyval Costa Reis Júnior, do Núcleo de Pesquisa em deputado Majeski. TATI BELING/ALES

Inauguração da Casa das Artes Diante do alerta de fortes chuvas para o Espírito Santo, incluindo, Guaçuí, a Prefeitura adiou para a manhã desta sexta-feira (22) a inauguração da Casa das Artes de Guaçuí, que irá abrigar o trabalho realizado pelos artesãos do município. De acordo com o projeto, iniciado na Secretaria Municipal de Cultura, Turismo e Esportes (Semcultes) e nalizado pela Secretaria Municipal de Obras, Infraestrutura e Serviços Públicos (Semoisp), o prédio é uma réplica, em menores dimensões, da antiga estação ferroviária do município que não existe mais. A obra foi licitada pelo valor de R$ 94.900,00, recursos municipais próprios, e foi concluída dentro do prazo solicitado pela prefeita Vera Costa. Ela pediu que a obra fosse concluída até a abertura do Natal de Luz, o que vai possibilitar aos artesãos comercializarem seus produtos na época das compras natalinas. Para a prefeita, a obra é a realização de um sonho, esperado há 18 anos. “Estamos muito felizes em poder cumprir esse compromisso que rmamos com os artesãos há muito tempo”, destaca a prefeita. ##

TATI BELING/ALES

Dia da Consciência Negra O deputado estadual Luciano Machado, realizou, nesta quarta-feira (20), sessão solene em homenagem ao Dia da Consciência Negra, na Assembleia Legislativa. A solenidade foi aberta ao público com apresentações culturais, presença de lideranças de movimentos sociais e comunidades quilombolas capixabas. A programação cultural, contou com a presença da bateria da escola de samba Mocidade Unida da Glória (MUG), que apresentou a história de luta e coragem de Zacimba Gaba, por meio do enredo: “Do Eldorado Africano ao Berço Selvagem e Fascinante da Vila São Matheus”. “Nossa intenção, com a homenagem, é abrir a Casa de Leis para a semana da Consciência Negra, trazendo personalidades ligadas aos movimentos sociais nesta solenidade de reconhecimento à cultura e história de um povo e nosso País”, explica o deputado proponente, Luciano Machado.

Qualidade do Ar da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), com o tema “Pesquisas sobre a Qualidade do Ar na Grande Vitória”. A Frente Parlamentar é presidida pelo deputado estadual Fabrício Gandini e tem como objetivo fortalecer os mecanismos de controle do pó preto e as ações de scalização, além de acompanhar o cumprimento da legislação e discutir possíveis atualizações para a sua melhoria.

Pousada São Lourenço - Santa Teresa/ES Reservas: (27) 3259-3006 ou 99696-3006

Sérgio Meneguelli (PSB-Colatina/ES) JUCURUNET

Trânsito Atenção motoristas que trafegam na Avenida das Nações! A Prefeitura de Colatina, através da Secretaria Municipal de Trânsito está construindo o redutor de velocidade com faixa elevada. O local já estava sinalizado e o redutor deve car pronto até o próximo sábado, 23.


14 SER ESPORTE

24 A 30 DE NOVEMBRO DE 2019

LAÉRCIO FRAGA “LAU” Professor, formado em Arte e Educação Física e trabalha nas prefeituras de Serra e Cariacica fracaodesegundo@gmail.com

Esportes ao ar livre Vem chegando o verão e as atividade ao ar livre vão ditar o ritmo FOTOS: DIVULGAÇÃO

T

odos já estão visando o retorno do sol, o início do verão e, consequentemente, o aumento da prática de esportes nas praias, nos parques, ao ar livre. Não é s egredo para ninguém que os esportes praticados na praia são muito mais prazerosos pelo ambiente onde é realizado: a visão e o contato com a natureza; a areia e o mar como palcos para a sua execução; grande parte das atividades não exigem muitos recursos e o

vestuário é composto por

r o u p a s l e v e s e descontraídas. Em suma, é um local totalmente convidativo e democrático. Alguns esportes merecem destaque, seja pela popularidade que eles já possuem ou pela curiosidade que eles despertam, pela moda do momento ou pela simples novidade. Dentre eles destacamos:

surf, bodyboard, futevôlei, frescobol, vôlei de praia, b e a ch tê n i s , st and up paddle (ou SUP, como também é conhecido), slackline, skimboard, altinha entre outros. Cada um deles tem a sua peculiaridade, mas, de forma geral, todos eles podem proporcionar aos seus praticantes os seguintes benefícios: causar

efeitos positivos tanto no aspecto físico e biológico; ap r i m o r a r a s f u n ç õ e s cognitivas, colaborando com o raciocínio rápido; aumentar a capacidade cardiorrespiratória; favorecer a sociabilidade; fortalecer os ossos; melhorar a qualidade do sono; forti car os

quando se está exposto, sendo assim, o protetor é i n d i s p e n s áv e l a nt e s e durante as sessões da sua atividade escolhida. Experimente essa sensação. Com certeza melhorará o seu astral e vai fazer com que você tire de letra o cansaço, e, sem estresse, mergulhe nesse

músculos; evitar riscos comuns como o diabetes e a hipertensão. Cuidados? Sim, a precaução é importante

novo e saudável ambiente. Então que tal deixar a academia um pouco de lado e adotar essa nova ideia? Gostou? Partiu praia!

Goleiro sub-20 do Fla denuncia racismo Goleiro do sub-20 do Flamengo, Hugo Souza acusou torcedores do Vasco de o chamarem de "macaco". Vasco pondera e questiona

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resolver com ele de homem para homem. Isso é uma acusação muito séria. Ele vai ter que ser homem para p r o v a r. Po d e p e d i r lmagem, leitura labial, o que seja", disse à reportagem. O vascaíno admitiu que, além de, supostamente, têlo chamado de "babaca", teria também dito que Hugo "merecia outro soco", como foi contra o Corinthians na semana

Negra no Brasil, e o Vasco, como o própr io Hugo Souza falou, foi um ícone n o c o m b a t e à discriminação racial e s o ci a l. O goleiro, no entanto, não soube identi car os supostos racistas. Durante à noite, o Vasco emitiu uma nota o cial onde fez ponderações: o clube alegou que o goleiro não soube identi car o au t o r, a s s i m c o m o o s seguranças presentes no estádio, que relataram também não terem ouvido a acusação nos termos em que o atleta rubro-negro c it ou . O C r u z m a lt i n o ressalta ainda que a arbitragem não paralisou a partida como exige a regra, num p ossível sinal de imprecisão por parte das autoridades. Mais uma triste nota em um País onde 52% d a população é de negros e onde a ignorância, o preconceito (de todas as formas) reinam em berço esplêndido. Inadmissível que histórias como essa ainda aconteçam.

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Nascimento foi às redes sociais e a rmou que partiu dele as ofensas contra o goleiro Hugo Souza nas sociais de São Januário. O UOL Esporte, então, entrou em contato com o torcedor e ele garantiu que o atleta do Flamengo está mentindo sobre o caso. Janilton alega que já mandou uma mensagem privada para Hugo no Instagram se identi cando e desa ou a todos que provem que ele

passada, na semi nal do Brasileiro sub-20, quando o at let a foi ag re dido. O motivo das ofensas seria a de que o goleiro teria mostrado o dedo do meio para os torce dores do Vasco. "Falei que ele era babaca e merecia tomar outro soco, igual tomou do zagueiro do Corinthians", frisou. O UOL Esporte, então, o questionou se outros torcedores gritaram contra o goleiro e se não seria o caso de outro vascaíno ter feito a ofensa racista, mas ele a rmou que não. "Não. Tenho certeza. A torcida do Vasco é contra isso. Ainda mais no dia de hoje (Consciência Negra). Ele usou isso para parar o jogo sem saber que isso é grave. Eu sou negro também". Janilton garante ter testemunhas que não o viram se referindo a Hugo Souza como "macaco". "Seguranças e policiais que estavam ali ouviram e me defenderam", ressaltou. A acusação ocorreu justamente no dia em que se celebrou a Consciência

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chamou o goleiro de "macaco" e não de "babaca", como o próprio diz ter o ofendido. " Po d e c o l o c a r ( m e u nome). Não tenho nada a esconder. Ele foi covarde. Sabe muito bem que ninguém o xingou. Já passei mensagem para ele. Quero

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história do próprio clube que eles torcem. Quando menor, joguei no Vasco e sei um pouco da história do clube. Foi o primeiro a abrir as portas para os negros no futebol", disse em vídeo divulgado pelo Twitter do Flamengo. O v a s c a í n o Ja n i l t o n GILVAN DE SOUZA/FLAMENGO

O Flamengo sagrou-se campeão carioca sub-20, nesta quarta-feira (20), ao empatar com o Vasco em 1 a 1, em São Januário, após vencer o jogo de ida por 2 a 0. Ao nal da partida, o goleiro rubro-negro Hugo Souza relatou ter sofrido ofensas racistas por parte de torcedores cruzmaltinos que estavam no setor social do estádio. Segundo o arqueiro, ele foi chamado de "macaco" mais de uma vez. "Um pouco triste pelo acontecido após o jogo. Foi uma semana um pouco dura. No jogo contra o Corinthians teve aquele fato no nal (sofreu agressão física) e hoje um fato que tem acontecido nos últimos dias. Saber perder faz parte do futebol. O Vasco veio de dentro da favela como o Flamengo. Torcedores que fazem o que zeram, com essa atitude inadmissível, me chamaram de macaco mais de uma vez. Não tenho motivo para inventar isso. Eu estava jogando. São torcedores que precisam conhecer um pouco mais da

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GERAL 15

24 A 30 DE NOVEMBRO DE 2019

Medicina tradicional chinesa Acupuntura, Tai chi chuan e o uso de ervas são algumas das técnicas usadas há mais de 2 mil anos na China PIXABAY/ZHUWEI/CREATIVE COMMONS

Mu i t o a n t e s d a m e d i c i n a ocidental ser introduzida na China, uma série de práticas e técnicas antigas eram usadas para tratar problemas de saúde. O pr i me i ro re g ist ro d e ss e c o stu m e e st á n o L iv ro d o Imperador Amarelo, de cerca de 200 a.C., que traz concepções sobre as doenças humanas, suas causas e tratamentos, e prescrições sobre a vida. Tais princípios regem a medicina tradicional chinesa. Enquanto a medicina tende a enxergar o corpo como uma máquina com diferentes sistemas que podem ser melhorados ou consertados, de uma forma bem concreta e lógica, a medicina tradicional chinesa foca em equilíbrio, energia e harmonia. Tudo se concentra no Qi, a energia vital que corre pelo

corpo, em constante mudança e movimento. O Qi é descrito por duas qualidades opostas: do Yin (noturno, escuro, frio, feminino, negativo) e Yang (diurno, claro, quente, positivo, masculino). O ideal é que ambos estejam em equilíbrio para um Qi balanceado, essencial para um corpo saudável. Além do equilíbrio do Qi, a medicina tradicional tem outros GREGORY MAXWUELL/WIKIMMEDIA COMMONS

princípios básicos, entre os quais: o corpo é um sistema integrado. A mente, as emoções, o espírito e a parte física estão interligadas, não adianta olhar apenas para uma parte; estamos conectados à natureza, então qualquer mudança nela vai re etir no c o r p o — c o m o mu d a n ç a s sazonais e geográ cas; todos têm capacidade natural de autocura; a prevenção é a melhor cura, e a medicina tradicional chinesa acredita no ensinamento da interpretação dos sinais do corpo sobre o estado geral de saúde. Para equilibrar o Qi, a medicina tradicional chinesa usa diferentes técnicas. Algumas delas são: acupuntura (uso de agulhas em pontos especí cos do corpo), ventosaterapia, moxabustão (uma espécie de acupuntura térmica com aplicação de calor

em determinadas regiões do cor p o), er vas (chás, p ós e cápsulas), meditação e Tai chi chuan (forma de exercício físico com movimentos lentos para focar na respiração). As pr át i c a s d a m e d i c i n a

tradicional chinesa não foram tão estudadas quanto às da medicina ocidental, e há controvérsias em relação à e cácia das práticas orientais. Há estudos que mostram que a acupuntura ajuda no tratamento

da dor e dos efeitos colaterais da quimioterapia, que as ervas podem ser úteis para tratar desde insônia à artrite e menopausa, e que o Tai chi chuan pode ajudar a melhorar o equilíbrio de pacientes de Parkinson. Também não há restrições quanto ao uso da medicina tradicional chinesa, embora a recomendação seja de não usá-la como substituta das práticas ocidentais tradicionais, especialmente em casos de câncer.

Municípios investem mais Lideranças de Fundão em energia solar clamam por renovação em 2020 Minas possui três no ranking das 10 cidades em potência instalada

ANDREAS GÜCKLHORN/UNPLASH

.O Brasil possui uma das melhores condições no mundo para produção de energia solar. Apesar disso, e da busca por energia renovável ser unânime e crescente por aqui, o País ocupa apenas a 10ª posição de países que mais produzem e consomem energia solar, representando hoje 1,2% da matriz energética brasileira. O Brasil instalou 1,2 GW de energia solar em 2018, totalizando 2,4GW de capacidade instalada acumulada. Alguns municípios, no entanto, se destacam no uso da tecnologia. A capital carioca lidera o ranking da cidade que possui maior potência instalada com 17,7MW. Mas, é o estado de Minas Gerais que lidera a geração distribuída da energia renovável. O estado mineiro possui três no ran k ing d as 10 cid ades em potência instalada por geração distribuída do País, conforme d a d o s d e 2 0 1 9 d a Ag ê n c i a Nacional de Energia Elétrica

(Aneel) e Associação Brasileira de Energia Fotovoltaica (Absolar). São 241,9MH instalados, muito acima dos 189,7MW do Rio Grande do Sul, o segundo do país em potência instalada. O segredo? Incentivo para a energia “limpa”. Além de ter altos índices de incidência solar em grande parte do ano, o governo de Minas Gerais foi pioneiro em conceder isenção do ICMS para projetos de energia fotovoltaica. Com essa combinação de irradiação e isenção atualmente o e s t a d o l i d e r a o nú m e ro d e instalações. Uberlândia é a cidade mineira com maior número de instalações de sistema com um total de 14,8MW instalados, seguida da capital Belo Horizonte que possui 10,3MW e Buritizeiro (uma cidade com menos de 30 mil habitantes) com 8,8MW. Cidades do Centro-Oeste e do Nordeste também aparecem no ranking, com destaques para as capitais

Brasília, For t aleza, Cuiabá, Teresina e Goiânia. Apesar de contar apenas com a pequena Santa Cruz do Sul, no centro do Estado, no ranking das 10 cidades com mais potência instalada no País, o Rio Grande do Sul destaca-se no quadro estadual. Com 189,7MW instalados é o segundo em geração distribuída do País. De acordo com a Absolar, o RS ocupa a posição por ter mais sistemas de energia solar c om e rc i a i s i n s t a l a d o s , q u e p ossuem maior p otência se comparados aos sistemas residenciais. De acordo com dados da Aneel, a cidade de Santa Cruz do Sul possui em operação mais de 500 usinas de geração de energia f o t ov o l t a i c a i n s t a l a d o s e m residências e comércio. São Paulo está no terceiro lugar estadual e possui um dos maiores registros de sistemas instalados em residências, de acordo com dados da Aneel. “Uma das nossas maiores riquezas é o nosso sol, temos o clima e território perfeito, e saber aproveitar este recurso que e st á d i sp on ível é m ai s qu e i ntel i ge nte, é suste nt ável e necessário. Eu vejo o nosso trabalho como um serviço de utilidade pública”, comenta Alcione Belache, CEO da Renovigi, líder brasileira na produção de sistemas fotovoltaicos.

FOTOS: HAROLDO CORDEIRO FILHO

Lideranças de vários setores do mu n i c ípi o d e Fu n d ã o s e reuniram para discutir o atual cenário político do município e a p a l a v r a R E N O VA Ç Ã O direcionou toda a conversa e com esta ótica o nome do presidente da Associação de Moradores de Timbuí (AMOTIMBUI), Romenique Borges Simões, vem sendo

próximo pleito eleitoral. Com 29 anos, Romenique é professor de Ciências Biológicas, pós-graduado em Educação Ambiental, advogado e presidente da AMOTIMBUÍ pelo segundo mandato consecutivo. Junto com a diretoria que compôs a associação de moradores no biênio

ventilado como pré-candidato ao Legislativo Municipal para o

2017/2019, Romenique revitalizou a associação que se

encontrava desativada desde 2012. Sob sua presidência, a AMOTIMBUI reconquistou a con ança dos moradores como responsável ou intermediária de muitas conquistas para o distrito de Timbuí, dentre as quais se destaca o atendimento do Transcol à comunidade. O jovem nasceu no Hospital de Fundão, estudou nas escolas públicas de Timbuí e concluiu o ensino médio na EEEM Nair Miranda, na sede do município. Apesar de não militar na área da educação, tem um carinho especial pelo ensino porque acredita ser um importante mecanismo de transformação social. Atualmente advoga para um escritório na capital. Nas ruas, o nome do jovem é sinônimo de credibilidade e esperança para os munícipes, possuindo boa aceitação entre jovens, adultos e idosos.

Reservas: (27) 99946-8682 - Carlos Arçari www.sitiobelavistatimbui.com.br


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