ANO IX - Nº 331 Educação Cultura Ciência e Tecnologia Meio Ambiente Saúde Economia 27 A 31 DE DEZEMBRO/2019 SERRA/ES
Guarás são vistos em Florianópolis dois séculos após o último registro
Distribuição Gratuita
ANA LUCIA
8 2020 está batendo à porta. Vamos fazer o que realmente temos que fazer, focar no que é realmente importante Pág. 11
JORGE PACHECO
8 Bolsonaro sanciona Pacote Anticrime com veto a vinte e cinco itens. A PEC contém partes das propostas apresentadas pelo ministro Sérgio Moro, por juristas sob coordenação do ministro do STF Alexandre de Moraes e das aprovadas pelo Congresso. Juiz de garantia foi mantido Pág. 5 LAÉRCIO FRAGA “LAU” 8 A hidratação adequada de uma pessoa comum é um dos quesitos que se deve ter maior atenção. Se você for um praticante regular de esportes, essa atenção tem que ser redobrada Pág. 12
DAVI MOURRAHY
8 A paciência é o diamante da personalidade. Para Plutarco, “a paciência tem mais poder do que a força” Pág. 8 DIVULGAÇÃO
WALDEMAR MANFRED SEEHAGEN/SHUTTERSTOCK
Engenheiros transformam carro de 'De Volta Para o Futuro' em um modelo elétrico e autônomo Mudanças climáticas estão alterando sabor do vinho francês Pág. 6
FOTO: JOEL SARTORE/NATIONAL GEOGRAPHIC
Pág. 13
PIXABAY/DIVULGAÇÃO
It acor ubi, na reg ião cent ra l de Flor i anóp olis, p ô de obs er var a presença de uma ave diferente do
HENRY SHARPE/REPRODUÇÃO
Em novembro, quem te ve a oportunidade de visitar o Parque Natural Municipal do Manguezal do
Fóssil de réptil indica que amor materno já existia há 300 milhões de anos
habitual da cidade. Isso porque um bando com cerca de mil guarás voltou a habitar os manguezais da Ilha. O último
registro o cial da espécie na região foi em 1763, publicado no livro Aves de Santa Catarina. Pág. 2
Pela primeira vez, negros são maioria em universidades públicas
REPRODUÇÃO/HUFFPOST
Pág. 14
Cláudio Bocca e André Lellis vão animar réveillon em Camburi Pág. 3
Pela primeira vez, negros são maioria (50,3%) em instituições de ensino superior públicas, aponta o estudo Desigualdades Sociais por Cor ou Raça no Brasil Pág. 4
Pesquisa mostra benefícios do contato com a natureza para crianças Pág. 8
Arqueólogos podem ter encontrado sepultura de líder inca durante conquista espanhola O antigo assentamento deVitcos, no Peru, pode ser o local onde Inca Manco se refugiou para escapar dos conquistadores Pág. 7
2 MEIO AMBIENTE
27 A 31 DE DEZEMBRO DE 2019
Guarás são vistos em Florianópolis dois macaco é identicada séculos após o último na Amazônia registro
Nova espécie de
ANDRÉ AFONSO/UFRPE
O primata Plecturocebus parecis vive em áreas de alta altitude, possui uma cauda muito longa e cientistas querem listá-lo como quase ameaçado de extinção
ALBERTO CALDEIRAS/MANOEL PINHEIRO/GUSMÃO ET. AL/PRIMATE CONSERVATION
O último registro oficial da espécie na região foi em 1763 FABRÍCIO BASÍLIO ALMEIDA
Biólogos con rmaram a existência de uma nova espécie de macaco que habita a oresta a m a z ô n i c a . Tr a t a - s e d a Plecturocebus parecis, vista pela primeira vez há mais de um s é c u l o. Por mu it o t e mp o, cientistas acreditavam que era o Plecturocebus cinerascens. Em 2011, a pesquisadora Mariluce Messias, da Un i v e r s i d a d e F e d e r a l d e Rondônia, suspeitou que pudesse haver uma espécie não descrita quando ela estudou o desmatamento na Amazônia. Ela e uma equipe de especialistas realizaram análises das características e do DNA do primata, concluindo que é, de fato, uma espécie nova. As descobertas foram publicadas no
periódico Primate Conservation. Plecturocebus é um gênero de macacos-titi. Eles são encontrados na América do Sul, são pequenos e possuem uma cauda muito longa, que os ajuda a se equilibrar nas árvores. O Plecturocebus parecis vive em áreas de alta altitude, como o Planalto Parecis – daí seu nome. Os pesquisadores observaram que a distribuição geográ ca desses macacos ainda está mal de nida. O que fez P. parecis se destacar é sua coloração distinta. Os mac acos-t it is s ão, em su a maioria, grisalhos, mas a nova espécie têm um castanho avermelhado nas costas, pelos claros e curtos nas mãos e nos
pés, barba esbranquiçada e costeletas. Eles também têm pelo cinza-claro nas extremidades de suas caudas. Os cientistas que descreveram o animal esperam que ele seja listado como quase ameaçado de extinção na lista da União Internacional para a C ons e r v a ç ã o d a Natu re z a (IUCN), pois seu habitat natural foi prejudicado com a destruição da Amazônia – o bicho vive no “Arco do Desmatamento”, onde vastas áreas de oresta foram dizimadas para dar lugar a plantações de soja e milho, bem como a fazendas de gado. A c on s t r u ç ã o d e ro d ov i a s e incêndios orestais também colocam a espécie em risco.
Alcatrazes oferece mergulho noturno e pernoite O Refúgio de Vida Silvestre do Arquipélago de Alcatrazes, em São Sebastião (SP), oferece, d e s d e o d i a 1 0 d e ACERVO/ICMBIO dezembro, novas atividades de visitação: o mergulho noturno e o pernoite embarcado (liveaboard). A ampliação é fruto do resultado do monitoramento realizado ao longo de 2019 que não constatou impactos ambientais nas atuais atividades de mergulho de utuação, livre e autônomo e passeios embarcados. Além das novas atividades, foram credenciadas quatro novas embarcações para operar em Alcatrazes que desenvolverão atividades de observação de aves e passeios náuticos. O e c otu r is mo e m A l c at r a z e s
movimentou em 2019 cerca de R$ 4 milhões na economia regional, gerando emprego e
renda para a população. Além disso, vem implementando a visitação pública alinhada com os melhores padrões internacionais de segurança e cuidado com o ambiente marinho. A unidade, criada 2 de agosto de 2016, exibe rochas e paredões graníticos com até 316 metros de
Em novembro, quem teve a oportunidade de visitar o Parque Natural Municipal do Manguezal do Itacorubi, na região central de Florianópolis, pôde observar a presença de uma ave diferente do habitual da cidade. Isso porque um bando com cerca de mil guarás voltou a habitar os manguezais da Ilha. O último registro o cial da espécie na região foi em 1763, publicado no livro Aves de Santa Catarina. A novidade reforça a importância para a proteção e preservação da biodiversidade nas Unidades de Conservação do Município, principalmente em áreas de mangues, pois estas aves costumam se alimentar de
caranguejos presentes nos manguezais. A Fundação Municipal do Meio Ambiente de Florianópolis (Floram), que gere a Unidade, ressalta que estas áreas servem de proteção para os bairros da região costeira, pois amenizam a força da maré em eventos climáticos extremos, evitando enchentes. Fabrício Basílio Almeida, pesquisador do Observatório de Áreas Protegidas e do Laboratório de Gestão Costeira Integrada da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), colaborou com as informações sobre o animal. Para ele, uma hipótese plausível é que as aves tenham vindo da
região norte do Estado: “Nestes locais existem grandes bandos e um deles pode ter vindo para cá. Foi uma surpresa para nós este retorno e estamos muito felizes. É propício que ocorra a procriação e estamos torcendo por isso”. Os guarás vivem em grandes colônias e costumam se alimentar no período de maré baixa e em manguezais. Em seguida, realizam revoadas em grandes grupos no m da tarde para dormirem em meio a vegetação. Infelizmente, sua plumagem chamativa e colorida chamava a atenção de caçadores, que utilizavam suas penas para exportações e adereços festivos.
altura, emergem do mar e encantam por sua beleza que é ressaltada pela revoada sincronizada das 10 mil aves marinhas que ali vivem e se reproduzem. Nas águas de Alcatrazes está a maior quantidade de peixes do Sudeste do Brasil, das mais variadas formas e cores, que lá encontram o ambiente ideal para reprodução e c re s c i m e nto. A l g a s , esponjas, corais, tartarugas marinhas, raias, tubarões, baleias e gol nhos, completam o cenário. A visitação pública ao Refúgio de Alcatrazes pode ser realizada somente com empresas e condutores autorizados pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade.
Jornalista Responsável: LUZIMARA FERNANDES redacao@jornalfatosenoticias.com.br Produtor-Executivo: HAROLDO CORDEIRO FILHO jornalfatosenoticias.es@jornalfatosenoticias.com.br comercial@jornalfatosenoticias.com.br Diagramação: LUZIMARA FERNANDES (27) 3086-4830 / 99664-6644 jornalfatosenoticias.es@gmail.com Facebook Jornal Fatos e Notícias Serra - ES
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CULTURA 3
27 A 31 DE DEZEMBRO DE 2019
Quem foi Henrique V, um dos reis mais populares da Inglaterra O monarca inspirou uma série de peças de William Shakespeare na qual o filme "The King" é baseado rebelde galês — e usou as m e s m a s t át i c a s c o nt r a o s franceses quando se tornou rei. Após a morte do pai, em 1413, Henrique finalmente virou rei e começou a se dedicar à política externa. Sua maior pretensão era conquistar a coroa da França e pôr um fim à Guerra dos Cem NATIONAL PORTRAIT GALLERY/WIKIMEDIA COMMONS Anos, que começou em 1337. A primeira vitória veio na batalha de Agincourt, em 1415. Mesmo com uma tropa muito menor e em um terreno com péssimas condições, ele conseguiu derrotar os franceses em uma conquista que o tornou respeitado na Europa. Uma série de campanhas bem-sucedidas nos anos seguintes levou ao Tratado de Troyes, em 1420, com o qual Henrique foi reconhecido como herdeiro do trono francês e regente do país, acordo selado com seu casamento com Catarina de Valois, filha do rei Carlos VI da funções que levou bastante a França. sério. Aos 16 anos lutou, junto Dois anos depois, porém, com o pai, contra um lorde H e n r i q u e m o r r e u rebelde na batalha de inesperadamente na França, Shrewsbur y, na qual quase provavelmente de disenteria. Seu morreu: ele levou uma flechada corpo foi levado de volta à no rosto, que por sorte não Inglaterra e enterrado na Abadia atingiu o cérebro nem a medula de Westminster. espinhal. Anos depois, O f i l h o d e He n r i q u e V, novamente liderou o combate Henrique VI, era apenas um bem-sucedido contra um bebê, incapaz de garantir o Tratado de Troyes. O filho de Carlos VI, Carlos VII, ignorou os acordos e reivindicou a coroa francesa, dando continuidade à guerra, que durou até 1453. Mesmo com o fim dela, os ingleses só desistiram oficialmente de controlar a França em 1801. +55 27 99871-5755
Nascido em plena Guerra dos Cem Anos, o Rei Henrique V governou a Inglaterra de 1413 até sua morte, em 1422. Ele é lembrado, principalmente, por suas habilidades militares: no segundo ano de seu reinado, em 1415, venceu a batalha de Azincourt, na qual uma tropa reduzida de britânicos derrotou o exército francês e seus aliados. Séculos depois, sua história inspirou uma série de peças de William Shakespeare, conhecida atualmente como “Henriad”, na qual o filme da Netflix, The King, que tem Timothée Chalamet como o rei, foi baseado. Henrique nasceu em Monmouth, um castelo no País de Gales, em 1386 ou 1387 — até hoje não se sabe ao certo. Ele nunca esteve na linha de sucessão ao trono: este pertencia a Ricardo II, que herdou o reinado após a morte de Eduardo III. Em 1398, Henrique se tornou “refém” de Ricardo II quando seu pai, Henrique Bolingbroke (que se tornaria Henrique IV), foi banido do reino por causa de um d e s e nte nd i me nto c om u m duque. Em vez de maltratar Henrique, Ricardo II cuidou do garoto como se fosse um filho e, inclusive, o levou em uma expedição à Irlanda, em 1399.
Durante ela, Henrique IV atacou a coroa e depôs Ricardo II, tornando-se o novo rei da Inglaterra e colocando Henrique na linha direta de sucessão ao trono. Quando se tornou herdeiro da coroa, Henrique virou Duque da Cornualha e Príncipe de Gales,
DIVULGAÇÃO/CARLA GONÇALVES
FOTO: REPRODUÇÃO
Kleber Júnior
Alcance seus sonhos
Cláudio Bocca e André Lellis vão animar réveillon em Camburi
(GALILEU.COM)
ACERVO: E. BELCHIOR/GRUPO FOTOS ANTIGAS DO ES
Foto Antiga do ES
Bonde na Curva do Saldanha – Vitória (1910)
A virada do ano em Camburi já está com as atrações confirmadas. Os artistas Cláudio Bocca e André Lellis vão animar o público a partir das 20h30 do último dia do ano. O espetáculo de luzes e cores no céu de Vitór i a terá fogos silenciosos e vai durar 17 minutos. Cláudio Bocca assume o palco da virada do ano em Camburi a partir das 20h30. B occa é músico, intérprete e compositor há mais de 20 anos. No repertório, mistura diversos estilos, variando do rock ao pop, do reggae ao MPB, além de hits nacionais e internacionais. Em 1998, a música “Castelos de Areia”, composta por Bocca, alcançou o terceiro lugar no
“Fest Valda”, festival no Morro da Urca, no Rio de Janeiro. Em 2006, a música “O que eu não disse”, do projeto paralelo de B occa com a banda Z.D.S (Zerodoissete), integrou a trilha sonora da novela Malhação, da rede Globo. Às 23 horas, a energia contagiante de André Lellis vai animar o público com o axé raiz. Com 24 anos de carreira musical completados em 2019, Lellis lançou 14 CDs, sendo dois deles “Ao Vivo” e um DVD gravado na cidade de Guarapari (ES). O DVD contou com uma superprodução artística realizada na Pedreira Adventure Park com as participações especiais do mano Durval Lelys e do genial Carlinhos Brown.
André participou ainda, como convidado especial, dos DVDs em comemoração dos 20 e 25 anos da banda Asa de Águia nos anos de 2008 e 2012. Queima de fogos O espetáculo de luzes e cores no céu de Vitória terá, pela primeira vez, queima de fogos de artifício de menor estampido. A iniciativa contempla os quatro pontos oficiais da festa de Réveillon que contarão com show pirotécnico: praias de Camburi e Jardim Camburi, Ilha das Caieiras e Santo Antônio. O espetáculo pirotécnico no céu da capital vai durar 17 minutos nas praias de Camburi e Jardim Camburi e 10 minutos em Santo Antônio e Ilha das Caieiras. LUCIANO DANIEL
Prêmio literário de 200 anos da Independência seleciona 20 obras A Secretaria Especial da Cultura selecionou 20 obras literárias que se inscreveram no Prêmio de Incentivo à Publicação Literária, 200 anos de Independência – que será celebrada em 2022. Cada um dos vencedores receberá R$ 30 mil – totalizando R$ 600 mil em premiação. O resultado preliminar do concurso foi publicado no último dia 20, no Diário Oficial da União. No total, 132 livros inéditos de todo o País, com mais de 49 páginas, foram habilitados e participaram da seleção. Um a c om i s s ã o t é c n i c a formada por 12 especialistas da área e professores universitários renomados ficou com o dever de ler todas as obras e avaliá-las, de acordo com critérios como criatividade e originalidade, qualidade literária, clareza e objetividade e contribuição à cultura nacional. Além disso, u m a p o nt u a ç ã o e x t r a e r a concedida aos autores que apresentassem, no momento da ins crição, uma car ta de manifestação de interesse de Editora em publicar da obra. No final, cinco livros receberam nota máxima.
De acordo com o secretário Especial da Cultura, Roberto Alvim, o prêmio é uma demonstração do grande potencial dos autores brasileiros. “É importante e estratégico o Estado promover políticas que estimulem a produção literária de qualidade, valorizando autores nacionais, especialmente com uma temática tão relevante da nossa história. Mais livros de qualidade no mercado incentivam a formação de novos leitores”, ressaltou. Esta é a segunda edição do prêmio, que promove a literatura brasileira em todo o País. Já o secretário nacional da Economia Criativa, Reynaldo
Campanatti, reforçou que o governo federal está engajado em revelar novos talentos “Temos o compromisso de fazer ressurgir a alta cultura e revelar novos autores literár ios e contribuir para esse objetivo com um tema tão especial como a Independência do Brasil”, explicou. O resultado final será publicado na próxima semana, após o período de dois dias úteis para que os candidatos possam pedir a reconsideração da avaliação. Dúvidas e informações sobre o edital poderão ser esclarecidas pelo email: premioliterario200anos2edicao@cidadania.gov.br.
(27) 98142-5566 Rua Rio Itabapoana 18, loja 1 Hélio Ferraz
4 EDUCAÇÃO
Pela primeira vez, negros são maioria em universidades públicas A informação consta no estudo Desigualdades Sociais por Cor ou Raça no Brasil do IBGE SHUTTERSTOCK
Pela primeira vez, negros são maioria (50,3%) em instituições de ensino superior públicas, aponta o estudo Desigualdades Sociais por Cor ou Raça no Brasil, feito pelo IBGE e divulgado em novembro deste ano. O avanço, na opinião do instituto, ocorre principalmente por conta da política de cotas sancionada em 2012. Contudo, mesmo negros e pardos predominando na população brasileira (55,8%), eles ainda vivem em desvantagem em relação às pessoas que se
autodeclaram brancas. O estudo, por exemplo, apresenta que a taxa de analfabetismo de negros e pardos com 15 anos ou mais passou de 9,8% em 2016, para 9,1% em 2018. Já aqueles com 25 anos ou mais com pelo menos o ensino médio completo subiu de 37,3% para 40,3%. Considerando as mesmas faixas etárias acima, a desigualdade social frente à população branca é obser vada quando os dados mostram que o analfabetismo dessa parcela dos brasileiros em 2018 chegou a 3,9% e a taxa
aqueles com pelo menos o ensino médio completo foi de 55,8%. “O crescimento do acesso à educação da população preta ou parda materializa-se desde a infância. Nesse grupo populacional, a frequência das crianças de zero a 5 anos de idade à creche ou escola aumentou de 49,1% para 53,0%, entre 2016 e 2018. Por outro lado, no último ano, 55,8% das crianças brancas de zero a 5 anos de idade frequentavam creche ou escola”, apresenta o estudo.
Aberta seleção para professores efetivos atuarem nas escolas de tempo integral ASCOM SEDU
Foi publicado na segunda-feira (23), no Diário O cial, o edital nº 47/2019, que prevê processo de seleção de Professores MaPB e MaPP efetivos do magistério da Rede de Ensino Estadual, para atuação nas unidades escolares estaduais de ensino fundamental e médio com oferta de Educação em Tempo Integral, em regime de
dedicação exclusiva. Serão selecionados pro ssionais da educação para atuar em 65 escolas em diferentes municípios do Espírito Santo. Aos professores do Quadro do Magistério Público E st a du a l s el e c i ona d o s p ar a Educação em Tempo Integral, cam instituídas as cargas horárias de 35 e 40 horas semanais de
trabalho, de acordo com a ofe r t a d e E du c a ç ã o e m Tempo Integral que cada unidade escolar dispuser, totalmente cumpridas no interior das escolas. A carga horária do professor selecionado pelo grupo de professores da área de conhecimento para exercer a função de Professor Coordenador de Área (PCA) será diferenciada, redistribuindo suas atividades na jornada de 35 ou 40 horas semanais. Essas e outras informações a respeito da seleção e das vagas estão disponíveis no edital. As inscrições serão realizadas exclusivamente por meio eletrônico, por meio do site w w w. s e r v i d or. e s . g ov. br, n o período de 10h do dia 26/12/2019 até às 17h do dia 02/01/2020.
PEXELS
27 A 31 DE DEZEMBRO DE 2019
Escolas italianas terão aulas sobre mudanças climáticas e sustentabilidade A partir de 2020, instituições de ensino dedicarão 33 horas anuais a assuntos relacionados ao meio ambiente O ministro da Educação da Itália, Lorenzo Fioramonti, anu n c i ou qu e a s e s c ol a s públicas em breve exigirão que os alunos de todas as séries estudem mudanças climáticas e sustentabilidade. A medida, segundo o ministro, colocaria a It á l i a n a v ang u ard a d a educação ambiental em todo o mundo. Segundo o jornal norteamericano New York Times, a partir de setembro de 2020, as instituições dedicarão 33 horas anuais de seus programas curriculares a assuntos relacionados sobre mudança climática e sustentabilidade. Para crianças de seis a 11 anos, Fioramonti diz que o tema seria abordado com o modelo de c o nt o d e f a d a s , n o q u a l histórias de diferentes culturas enfatizariam uma conexão
com o meio ambiente. Já os estudantes, do que seria equivalente ao ensino fundamental II, aprenderiam informações técnicas sobre o meio ambiente. Os alunos do ensino médio, por sua vez, estudariam a Agenda 2030 das Na ç õ e s Un i d a s p ar a o Desenvolvimento Sustentável. As mudanças climáticas estão recebendo atenção das autoridades italianas após a formação de um novo governo comandado pelo Movimento 5 Estrelas (grupo do qual Fioramonti faz parte) e pelo Partido Democrático. Além disso, o ministro encorajou estudantes do país a faltarem às aulas para participar dos protestos da Greve Global pelo Clima — movimento liderado pela jovem Greta unberg. Até agosto deste ano, o
Movimento 5 Estrelas governava a Itália com o partido de ultradireita Liga, liderado por Matteo Salvini. No entanto, Salvini tem uma visão cética em relação às mudanças climáticas, chegando até a banalizar o assunto. “Apelamos para o aquecimento global porque não fazia um frio desses na Itália há anos”, disse o político durante um dia de frio na primavera. Fioramonti rebateu as posições de Salvini. "Esse é o tipo de absurdo que queremos evitar, ensinando as crianças que esse é o desa o mais importante que a humanidade já enfrentou. E quero garantir isso antes que haja alguma mudança no governo que possa colocar em risco esse tipo de processo".
Inscrições para o Prouni começam dia 28 de janeiro MEC
As inscrições para o Programa Universidade para To dos (Prouni) no primeiro semestre de 2020 já têm data marcada. Estudantes de todo o País poderão começar a se inscrever no dia 28 de janeiro. O prazo vai até as 23h59 do dia 31 do mesmo mês.
As informações sobre o calendário do programa foram publicadas no Diário O cial da União na segunda-feira (23), em edital do Mistério da Educação. Os interessados podem se inscrever no portal do Prouni. O ProUni oferta bolsas de
estudo integrais (100%) ou de 50% a estudantes de cursos de graduação e de cursos s e qu e nc i ai s d e for m a ç ã o especí ca, em instituições privadas de educação superior. O programa tem dois critérios de avaliação: desempenho no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e renda. Direcionado aos estudantes egressos do ensino médio da re d e p ú b l i c a o u d a re d e particular na condição de bolsistas integrais, a iniciativa tem sistema informatizado e impessoal para garantir transparência e segurança no processo.
POLÍTICA 5
27 A 31 DE DEZEMBRO DE 2019
Jorge Pacheco
Analista Político Jorge Rodrigues Pacheco é Advogado, Jornalista e Radialista jorgepachecoindio@hotmail.com
“Brasil mostra a tua cara quero ver quem paga pra gente ficar assim.////Grande pátria desimportante/// Em nenhum instante eu vou te trair/////Brasil, qual é teu negócio/////O nome do teu sócio///Confia em mim//////O meu Brasil! ”, Agenor de Miranda Araújo - Cazuza PEDRO LADEIRA/FOLHAPRESS
Congresso aprova orçamento de 2020 Texto destina R$ 2 bilhões para o fundo eleitoral; prevê R$ 1.031 para o salário mínimo; e estima em até R$ 124 bilhões o déficit das contas públicas
inicialmente havia proposto R$ 3,8 bilhões, decidiu manter a proposta do governo, prevendo R$ 2 bilhões para o fundo. Este fundo, chamado Fundo Especial para o Financiamento de Campanhas (FEFC) foi criado e m u m a re for m a p o l ít i c a , realizada em 2017. Os parlamentares rejeitaram um destaque do partido Novo, que visava reduzir o valor do
fundo para R$ 700 milhões. Foram 242 votos pela derrubada do destaque, e 167 contrários. Fundo partidário? O relator também manteve o valor previsto pelo governo para o fundo partidário. Diferente do fundo eleitoral, o fundo partidário é usado para despesas de partidos políticos. Recentemente, o Congresso aprovou uma proposta que amplia as possibilidades de utilização deste fundo. O fundo partidário contará com R$ 959 bilhões. Salário mínimo: conforme o texto-base, o valor estimado é de R$ 1.031. De acordo com o relator, o valor ainda precisará ser estabelecido por uma nova legislação, já que a política nacional de valorização em vigor desde 2015 não terá efeitos em 2020. O relator espera que o governo xe o valor do mínimo por uma medida provisória no começo de 2020.
O Congresso Nacional aprovou o Orçamento da União para 2020. Com a aprovação, o texto seguiu para sanção do presidente Jair Bolsonaro. Num primeiro momento da s ess ão, os p arl ament ares aprovaram o texto-base. Depois, passaram à análise dos destaques. O texto-base foi aprovado logo após a C omissão Mista de Orçamento ter aprovado a proposta. O orçamento pre vê R$ 2 bilhões para o fundo eleitoral no ano que vem; o salário mínimo em R$ 1.031; e o dé cit nas contas públicas podendo chegar a R$ 124 bilhões. Também apresenta a estimativa de quanto a União vai arrecadar. Nenhum gasto público pode ser realizado sem previsão no Orçamento. A execução do Orçamento terá o impacto de duas mudanças aprovadas pelo Congresso: a emenda constitucional que tornou as emendas p arl ame nt are s d e b anc a d a impositivas, ou seja, de execução obrigatória. Em 2020, as emendas somarão 0,8% da receita corrente líquida (RCL). A emenda constitucional que permite a transferência direta dos recursos de emendas p arl ame nt are s a e st a d o s e municípios independentemente de celebração de convênios, parcerias e outros instrumentos formais.
A PEC contém partes das propostas apresentadas pelo ministro Sérgio Moro, por juristas sob coordenação do
Análise: governo vence batalha e fundo eleitoral ca em R$ 2 bi fundo eleitoral O relator do Orçamento, deputado Domingos Neto (PSD-CE), que
ministro do STF Alexandre de Moraes e das aprovadas pelo Congresso. Juiz de garantia foi mantido. Apresento aos prezados leitores
AJUFE
CLÁUDIO ARAÚJO
Bolsonaro sanciona Pacote Anticrime com veto a vinte e cinco itens/texto
os principais pontos do “Pacote Anticrime”. O texto contém parte do pacote apresentado pelo ministro da Justiça, Sérgio Moro, e parte do projeto elaborado pela comissão de juristas coordenada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A proposta também conta com alterações promovidas por parlamentares. O texto sancionado, que altera o Código Penal e outras leis de segurança pública, manteve o chamado juiz de garantias, mas vetou um dos trechos que trata desta gura jurídica. Também foram vetados, por exemplo, o trecho que trata de homicídio com arma de uso restrito, o que aumentava a pena de crimes cometidos pela internet e o que mudava a regra da progressão de pena. A nova lei entra em vigor no dia 23 de janeiro de 2020. Neste dia, começam a valer os pontos sancionados. Os pontos vetados, se derrubados pelo Congresso, entram em vigor posteriormente. De acordo com o Palácio do Planalto, os vetos do presidente foram aplicados "por razões de interesse público e inconstitucionalidade". O ministro S érgio Moro s e pronunciou sobre a sanção do projeto e, em nota, disse que foi contra a criação do juiz de garantias, mantida por Bolsonaro, mas que o texto nal "contem avanços". Bolsonaro manteve a criação da gura do juiz de garantias, mas vetou um dos pontos desse trecho. Esse juiz passará a ser o responsável por acompanhar e autorizar etapas dentro do pro c e s s o, m a s n ã o d a r á a sentença. O juiz de garantias não constava da proposta encaminhada por Sérgio Moro – o ministro foi contra – nem havia sido incluído no texto de juristas coordenados por Alexandre de Moraes. Esta nova categoria de juiz foi proposta por parlamentares durante a discussão do projeto na Câmara. O ponto vetado pelo presidente previa que presos em agrante ou por força de mandado de prisão provisória seriam encaminhados à pre s e n ç a d e u m ju i z d e garantias no prazo de 24 horas, para realização da audiência de custódia. O texto também vedava o uso de videoconferência nesses casos. Caberá ao Juiz de Garantias atuar na fase da investigação e decidir, por exemplo, sobre a autorização de quebra dos dados resguardados por sigilo constitucional. Atualmente, o juiz que participa da fase de inquérito é o mesmo que determina a sentença posteriormente. Homicídio com arma de uso restrito: Foi vetado o dispositivo previsto. Texto aprovado pelo Congresso que aumentava a pena do crime de homicídio quando o criminoso usa, na ação, arma de fogo de uso restrito ou proibido.
É claro que ainda há muito o que se melhorar nessas duas áreas, assim como em educação, esporte e lazer, turismo e no social (nunca é demais lembrar que tem eleições ano que vem). Mas, não há dúvidas de que o município merece, pelo peso histórico, cultural, turístico e econômico, ser a capital do Estado.
A pena atual é de seis a 20 anos. Pela proposta, passaria para 12 a 30 anos. Crimes contra a honra: Foi vetado o dispositivo previsto no texto aprovado pelo Congresso que aumentava as penas dos crimes contra a honra (calúnia, difamação, injúria) cometidos na internet. O texto previa que a pena poderia ser aplicada até o triplo “se o crime é cometido ou divulgado em quaisquer modalidades das redes sociais da rede mundial de computadores”. Defesa de agentes de segurança: Bolsonaro vetou três pontos do trecho do projeto aprovado pelo Congresso que estabelecia que o Estado deveria disponibilizar defensores aos agentes de segurança investigados por fatos relacionados à atuação em ser viço. Os pontos vetados determinavam, por exemplo, que a defesa desses agentes deveria ser feita por defensor público e que, na ausência deste, um defensor deveria ser contratado e pago pela instituição à qual o agente está vinculado. Itens sem alteração: Entre os itens do projeto aprovado pelo Congresso e sancionados por Bolsonaro sem qualquer tipo de alteração estão: Legítima Defesa: Altera o C ódigo Penal e passa a considerar a legítima defesa de agentes de segurança pública quando se "repele agressão ou risco de agressão a vítima mantida refém durante a prática de crimes". O código entende como legítima defesa, inclusive para civis, se uma pessoa usa com moderação meios necessários para se defender ou proteger uma v ít i m a , re p e l i n d o " i nju s t a agressão, atual ou iminente". Te m p o m á x i m o d e cumprimento da pena: Amplia o limite de tempo de cumprimento das penas privativas de liberdade (prisão, impedimento do direito de ir e vir) de 30 para 40 anos. As penas privativas de liberdade são reclusão (crimes graves), detenção (crimes menos graves) e prisão simples (contravenções penais). Comércio ilegal de arma de fogo: O projeto também endurece a pena nos casos de venda ilegal de arma. A punição atual é reclusão de quatro a oito an o s e mu lt a . A prop o s t a aumenta para seis a 12 anos e multa. De acordo com o texto, esta pena valerá também para quem entregar arma, acessório ou munição, sem autorização, para policial disfarçado.
Serra foi a capital do Estado nesta quintafeira
Deputados pedem devolução de MP que muda eleição de reitores
26 de dezembro, o dia do cidadão serrano e do padroeiro São Benedito. Historicamente, as comemorações incluem atração nacional, Missa do Serrano, puxada do mastro com as bandas de congo e a transferência da capital do Estado para o município. Este ano não foi diferente. Sem dúvida, um dos dias mais importantes do calendário municipal, com direito a feriado, e por que não à re exão sobre o quanto o morador do município tem a comemorar. Ou melhor, os mais de 500 mil moradores. O município da Serra conta
O presidente Jair Bolsonaro enfrentará resistência no Congresso para aprovar a medida provisória (MP), publicada em 24 de dezembro e que de ne novos critérios para a eleição de reitores de universidades e outras instituições federais. Tradicionalmente, o reitor é escolhido pelo corpo de professores das universidades, por meio de uma votação de uma lista tríplice. O mais votado dessa lista costuma ter seu nome sancionado pelo presidente, para um mandato de quatro anos. A MP 914, no entanto, xa a regra de que o presidente poderá, a seu critério, escolher qualquer um dos três
com 517.510 moradores, de acordo com a última estimativa divulgada pelo IBGE, em agosto deste ano. A nível Brasil, a região é a 21ª cidade mais populosa (excluindo as capitais). De janeiro a setembro deste ano, foram registrados 702 homicídios em todo o Estado. Serra foi a cidade da Grande Vitória com maior redução (30%), seguido por Vila Velha (21%), Cariacica (14%) e Vitória (10%). Dados divulgados neste ano apontam que quase metade da população do Espírito Santo ainda vive sem saneamento básico. Porém, em um ano, houve um aumento na cobertura de rede de esgoto. Na grande Vitória, a capital tem a maior cobertura com 81% e Serra vem em segundo lugar, com 69%.
nomes que compuserem a lista tríplice indicada pela universidade. A regra também será aplicada a institutos federais de ensino. Em nota divulgada na tarde desta quinta-feira (26), a Frente Parlamentar pela Valorização das Universidades Federais faz um apelo para que o presidente do Congresso, Davi Alcolumbre (DEM-AP), devolva a MP, por considerar que ela não atende aos princípios de urgência e relevância exigidos pela Constituição para esse tipo de medida. "A iniciativa é imprópria, inadequada, autoritária e, especialmente, inconstitucional", diz o comunicado da frente. "É uma medida grave, adotada de forma antidemocrática, sem qualquer debate ou consulta com o setor", protesta. Entre os retrocessos apontados pela frente, está a eliminação da possibilidade de que as instituições escolham o processo pelo qual farão a eleição dos seus dirigentes universitários. O texto acaba também com a possibilidade do voto paritário, elemento que garante participação mais equilibrada da comunidade universitária na escolha de seus dirigentes.
6 TECNOLOGIA
27 A 31 DE DEZEMBRO DE 2019
Startup quer transformar para-brisa de carro em tela gigante A Futurus trabalha em um sistema que faz com que o para-brisa de um veículo mostre alertas sobre o que acontece ao redor do carro FUTURUS
Hoje em dia, alguns veículos vêm equipados com uma tecnologia que projeta informações úteis no para-brisa, como a velocidade do carro ou a direção que o motorista deve manter. Até agora, esse tipo de informação usava apenas uma parte do parabrisa, mas a Futurus, uma startup de Pequim, quer mudar isso. A companhia trabalha em um produto que transforma todo o vidro frontal em uma grande tela. E isso pode ser o prenúncio de um futuro em que a experiência de dirigir será muito diferente
para motoristas e passageiros. Além da velocidade e dos indicadores de direção, o sistema promete mostrar grá cos em realidade aumentada que chamam a atenção para o que acontece fora do veículo, como um pedestre atravessando a rua, por exemplo. A tela também pode incluir um pequeno avatar que representa a inteligência arti cial do aparelho. A Futurus informa que o parabrisa também pode exibir vídeos e imagens para distrair os ocupantes do carro - e anuncia
que as projeções podem ser vistas apenas pelos passageiros, não pelos motoristas. Ainda não está claro como o sistema funciona. A empresa responsável pela invenção, que deve ser anunciada
Como a ida à Lua gerou o maior caso de inovação tecnológica da história Tecnologia espacial é cara, mas todos no planeta se beneficiam dela, mesmo sem se darem conta: um exemplo interessante é o do GPS NASA/WIKIMEDIA COMMONS
O maior caso de inovação tecnológica da história completou 50 anos em julho: o pouso na Lua. Foram décadas de prep aro até cons eguir mos vencer a gravidade terrestre e deixar o nosso planeta. Tivemos que inventar tudo, desde o foguete até a roupa dos astronautas. Apesar da invenção do foguete em 1926 pelo físico americano Robert Goddard, demoramos mais de quatro décadas para transformá-lo em um veículo capaz de levar humanos até a Lua. Não foi nada f á c i l . Tr ê s a s t r o n a u t a s americanos perderam a vida na primeira missão Apollo, quando o foguete pegou fogo durante um teste em 1967. Até que, em 1969, deu tudo certo e dois humanos caminharam pelo solo lunar mudando o rumo da história da humanidade. A Nasa enviou outras cinco missões à Lua, mas cancelou o programa Apollo em
1972 por falta de recursos. A tecnologia espacial é cara, mas todos no planeta se bene ciam dela sem mesmo se darem cont a. Um cas o interessante é o do GPS (Global Positioning System), que usa e fe it o s re l at i v í s t i c o s p ar a navegação dos seus 31 satélites. Eles estão posicionados de maneira que pelo menos quatro deles estejam visíveis de qualquer ponto da Terra a qualquer instante. S e g u n d o a Te o r i a d a Relatividade de Einstein, os relógios dos satélites em órbita da Terra se adiantam em 38 microssegundos por dia com relação aos relógios da Terra. E nt ã o, o s e nge n h e i ro s d o departamento de defesa americano precisaram adaptar microcomputadores dentro de cada satélite para compensar esses 38 microssegundos por dia. Esse número parece pequeno, mas, sem essa correção, com o
passar do tempo os satélites cariam defasados, causando erros graves nas medidas de posição. Ninguém chegaria ao local certo usando GPS, e várias tecnologias dependentes dele seriam muito diferentes do que conhecemos. E x i s t e m d i ve r s o s out ro s sistemas de geolocalização além do GPS americano. China e Rússia têm os seus, e o Brasil também está desenvolvendo um. Certamente Albert Einstein não poderia prever que a teoria dele seria usada para isso cem anos at r á s . Mu it o m e n o s Is a a c Newton que, em 1687, nos ensinou a teoria da gravitação. Tem muita gente criativa no Brasil e no mundo utilizando a ciência para inovar e desenvolver novas tecnologias. Todas as áreas do conhecimento se bene ciam desses avanços, desde a fabricação de simples travesseiros, passando por estudos avançados de arqueologia, invenção de novos smartphones e videogames, até máquinas de detecção e tratamento de câncer. Investir em ciência de base é o que p ossibilit a o desenvolvimento dessas tecnologias importantes para nossa sociedade, mesmo que em princípio pareça que aquele conhecimento possa ser “inútil”. Nunca é.
e demonstrada na Consumer Electronics Show (CES) 2020, deve explicar como essas informações extras podem realmente melhorar a segurança da experiência de dirigir e não
apenas distrair os motoristas. Por enquanto, a Futurus diz que "não pode divulgar" os nomes dos "fabricantes de automóveis" com os quais trabalha para "colocar o produto em
circulação". A empresa parece querer evitar que haja préjulgamentos da tecnologia antes q u e e l a s e j a d e v i d a m e nt e apresentada – o que pode ser uma decisão bastante acertada.
Engenheiros transformam carro de 'De Volta Para o Futuro' em um modelo elétrico e autônomo DeLorean ganhou tecnologias modernas de direção que, segundo os criadores do carro, são mais eficientes do que qualquer ser humano atrás do volante DIVULGAÇÃO
O icônico DeLorean – o carro esportivo dos anos 80 que marcou história, principalmente na trilogia “De Volta Para o Futuro” – ganhou tecnologias modernas e atuais. Engenheiros do Dynamic Design Lab, da Universidade de Stanford, n o s E s t a d o s Un i d o s , transformaram o modelo em um veículo elétrico e autônomo. O carro, carinhosamente apelidado de Marty em h om e n a g e m a o protagonista de “De Volta para o Futuro”, completou um circuito desa ador de um quilômetro sem qualquer falha em sua primeira tentativa. O modelo ganhou dois motores elétricos potentes instalados um em cada roda traseira, suspensão personalizada e um sistema inteligente de direção, frenagem e aceleração controlado eletronicamente.
A partir de algumas voltas, o potente computador de bordo embarcado no veículo é capaz de aprender como a dinâmica do DeLorean se comporta nas mais diversas condições. Segundo a equipe de engenheiros, este mesmo tipo de tecnologia aplicada no carro poderia ser a diferença entre um pedestre ser atropelado ou não por um veículo autônomo. "Estamos tentando desenvolver veículos
automatizados que possam lidar com manobras de emergência e superfícies escorregadias como gelo ou neve", disse o engenheiro chefe Chris Gerdes. "Gostaríamos de desenvolver veículos que possam usar todo o atrito entre o pneu e a estrada para tirar o carro do perigo. Queremos que o carro seja capaz de evitar qualquer acidente possível dentro das leis da física". O s c r i a d ore s d o ve í c u l o a rmam que o DeLorean pode mudar de direção mais rápido do que qualquer ser humano atrás do volante. "Os resultados até agora são excelentes", acrescentou Gerdes. "Os sistemas de controle de estabilidade dos carros modernos limitam o controle do motorista a uma faixa muito estreita do potencial do carro".
CIÊNCIA 7
27 A 31 DE DEZEMBRO DE 2019
Arqueólogos podem ter Astrônomos confirmam encontrado sepultura a existência de planetas de líder inca durante "algodão-doce" conquista espanhola Observações do telescópio Hubble permitiram calcular que uma classe de exoplanetas possui uma densidade tão baixa quanto o docinho de açúcar
NASA/ESA/L. HUSTAK/J. OLMSTED/STScI
O antigo assentamento de Vitcos, no Peru, pode ser o local onde Inca Manco se refugiou para escapar dos conquistadores ©CC0/LOGGA WIGGLER
Os restos do Império Inca continuam atraindo pesquisadores e fãs de história de todo o mundo, que querem conhecer o que resta do que era a civilização mais desenvolvida d a s A m é r i c a s . E mb or a o s turistas viajem principalmente para Machu Picchu no Peru, outros locais na região de Cusco também têm algo a oferecer. O sítio arqueológico de Vitcos, que era uma residência dos nobres incas e um refúgio para aqueles que recusavam a se submeter aos espanhóis, é hoje um tesouro arqueológico p e r u ano. C omo re vel ou o documentário Mundo Misterioso dos Incas (Mysterious World of the Inca) do Amazon Prime, Vitcos pode também ser o lugar de descanso nal de uma das guras-chave da resistência inca.
Inca Manco, que subiu ao trono após a morte de Huascar, residiu neste grande assentamento habitado por refugiados incas, "que não queriam se curvar à subjugação espanhola", relata o tabloide Express. Embora, inicialmente, tenha colaborado com os espanhóis, mais tarde lutou contra eles, liderando a resistência, e foi morto em 1544. Sua sepultura p er mane ceu des con he cid a durante séculos. "A sepultura de Inca Manco ca no lado sul, onde o rio se chama Pachamama. Nas margens do rio está uma pedra, no estilo inca e, na parte de trás, há uma espécie de porta de entrada. Este é provavelmente o túmulo de Inca Manco, porque foi aqui que ele foi morto", se explica no lme.
O documentário aponta que existem "numerosos lugares estranhos e misteriosos chamados Huaca", com ídolos que se acredita terem poderes s o b r e n at u r a i s . " A l é m d o s santuários criados arti cialmente, Huaca pode ser praticamente qualquer coisa, como uma pedra de forma estranha, montanhas, nascentes ou lagos", disse a série. Além de heróis e santuários, o tabloide britânico dá uma olhada em outra parte importante da vida neste império. "Uma parte inseparável do traje é uma bolsa de lã para coca, uma longa tradição nos Andes. Se não houvesse coca, não haveria Peru. Os índios gostavam tanto dela que a consideravam mais valiosa que o ouro, a prata e outras pedras preciosas".
Barreira de sete mil anos é descoberta submersa no Mar Mediterrâneo Arqueólogos descobriram a estrutura, que foi construída no período neolítico, em área litorânea de Israel No litoral de Israel, arqueólogos mergulharam a pouco mais de três metros de profundidade e descobriram o que restou de um "paredão" de pedras de sete mil anos. A barreira tem 330 metros de comprimento e costumava proteger um vilarejo do período Neolítico. A construção foi feita com pedregulhos que mediam cerca de um metro e que pesavam mais de mil quilos. O paredão está próximo à vila subaquática de Tel Hreiz, descoberta em 1960 por acidente, quando pesquisadores procuravam por navios naufragados. Para explicar a construção da barreira, os arqueólogos levantaram três hipóteses: a
primeira é que servia para conter o gado, e a segunda é que o muro protegia o povoado contra saqueadores. No entanto, a mais provável é que era uma muralha
Aná l is e s p or d at a ç ã o d e carbono feitas a partir de carvão, pedaços de madeira e ossos de an i mais mo st r ar am qu e o vilarejo local durou centenas de anos. Segundo os pesquisadores, cerca de 20 famílias levantaram o paredão para se pre v e n i r d e u m a possível inundação. Ainda de acordo com o estudo, o nível do mar aumentou como consequência do derretimento do Último Máximo Glacial, que congelou os oceanos há 20 mil anos. A Planície Costeira de Israel pode ter ficado alagada e os vilarejos eram suscetíveis à água, pois ficavam a menos de cem metros de distância do mar.
EHUD GALILI/UNIVERSIDADE DE HAIFA
contra o mar. “Nenhum inimigo era esperado vindo do mar”, afirmou Ehud Galili, da Universidade de Haifa, ao jornal The Washington Post. “Essas pessoas usavam galhos de madeira, e não pedras, para conter o gado".
Novas observações do Telescópio Espacial Hubble con rmaram que existem planetas que parecem "algodãodoce". Trata-se de exoplanetas jovens inchados que possuem o tamanho de Júpiter, mas com menos de um centésimo da massa. Esses objetos são uma classe rara e única de planetas jovens. Eles têm uma densidade muito baixa – daí o elo com o algodãodoce. Uma nova pesquisa, que analisou três desses planetas ao redor da estrela Kepler 51, sugere que a baixa densidade pode ser uma fase temporária de certos planetas. O estudo está disponível no periódico cientí co ArXiv, e também será publicado no Astronomical Journal. Ta i s p l a n e t a s f o r a m identi cados pela primeira vez em 2014, e observações mais recentes conseguiram determinar a massa e o tamanho deles. Jessica Libby-Roberts, da Universidade do Colorado, nos Estados Unidos, estima que os três planetas têm uma densidade menor que 0,1 g rama p or centímetro cúbico de volume – quantidade quase idêntica ao do docinho feito de açúcar. "Sabíamos que eles eram de baixa densidade", ela disse. "Mas
quando você imagina uma bola de algodão-doce do tamanho de Júpiter, é uma densidade muito baixa". Ela e sua equipe também observaram os planetas Kepler51b e Kepler-51d passando na frente da estrela Kepler 51, o que permitiu estudar suas atmosferas. Isso pode ajudar a distinguir componentes elementares ou moleculares especí cos de suas atmosferas, feitas predominantemente de hidrogênio e hélio. Mas não foi o caso desses dois planetas. "Isso foi completamente inesperado", disse Libby-Roberts em comunicado da Nasa. "Tínhamos planejado observar grandes recursos de absorção de água, mas eles simplesmente não estavam lá. Estavam nublados!". A presença de nuvens
impulsionou novas descobertas sobre os exoplanetas. Os astrônomos acreditam que os três se formaram mais longe de sua estrela e subsequentemente se moveram para dentro. Segundo os pesquisadores, o sistema ainda está engatinhando e continuará mudando nos próximos bilhões de anos. O Kepler-51 b encolherá à medida que mais de sua atmosfera for corroída para o espaço pela luz da estrela. Ele se tornará uma versão um pouco menor e mais quente do Netuno. O Kepler-51 d também encolherá, mas, como está mais longe de sua estrela, é provável que permaneça um pouco inchado. "Este sistema oferece um laboratório único para testar teorias da evolução do planeta", disse Zach Bertaompson, coautor do estudo.
“Cotonete” e outros itens de higiene do Império Romano são achados em Londres Durante escavações na região de Ebbsf leet Garden City, em L on d re s , on d e e s t á s e n d o construída uma ponte, arqueólogos descobriram um “cotonete” de cerca de dois mil anos, junto a uma pinça e vários outros artefatos de higiene que eram usados durante o Império Romano. O "cotonete" é bem diferente dos utensílios que usamos hoje – ele é feito todo de metal e não tem algodão nas pontas. A pinça, por sua vez, foi provavelmente usada para mover pequenos itens pelo corpo. Os pesquisadores acreditam que esse é um sinal de que no
Império Romano as pessoas davam muito valor à beleza e à higiene. Acredita-se que ter um visual bem cuidado era considerado símbolo de status no maior império da Antiguidade Clássica. Em outras civilizações europeias, nem sempre isso acontecia – muitas vezes a falta de higiene ajudava a espalhar doenças fatais. Além da preocupação com a higiene, escavações na área, feitas dentro de um rio chamado Ebbsfleet, também revelaram informações sobre os romanos. Pesquisadores encontraram uma madeira de construção com
sinais de ter sido preservada com o uso de cera. Muito provavelmente, o objeto foi descartado por uma pessoa que viajava dentro de uma embarcação romana há milhares de anos. A hipótese é que o rio Ebbsfleet conectava a estrada Watling Street ao rio Tâmisa, que corta a capital inglesa. O trajeto era feito durante o século 14 e fazia parte de uma rota comercial importante na região. Na época, peregrinos que viajam para a cidade de Cantuária, na Inglaterra, usavam a área como local de parada.
8 BEM-ESTAR
27 A 31 DE DEZEMBRO DE 2019
DAVI MOURRAHY Professor, palestrante, coach, escritor e hipnoterapeuta
Paciência, preparação e entusiasmo formam campeões “E ainda hoje estou tão forte como no dia em que Moisés me enviou; qual era a minha força então, tal é agora a minha força, tanto para a guerra como para sair e entrar. E Josué o abençoou, e deu a Calebe, filho de Jefoné, a Hebrom em herança” (Josué 14:11-13) REPRODUÇÃO YOUTUBE
E
ssa é uma das minhas histórias favoritas de paciência para se alcançar vitória. Quando Deus disse que daria ao povo a Terra prome t i d a , u ma te r r a qu e manava leite e mel, ele mandou que Moisés enviasse doze espias para conhecer detalhadamente a terra e trazer informações. Ap e n a s Jo s u é e C a l e b e trouxeram uma informação otimista a Moisés. O restante dos espias disse que a terra realmente era boa, mas lá habitavam gigantes e não havia como tomálas. Calebe viu que a terra era boa, sabia que lá habitavam gigantes, mas acreditava na promessa. Deus nos prometeu essa terra por herança e Ele nos dará.
Calebe esperou quarenta e cinco anos pela promessa, foi o último de todos a receber sua
p ar te da herança, mas em momento algum esmoreceu. Ele teve muita paciência e acreditava
na palavra de Deus. Fiquei imaginando os duros anos de espera de Calebe, sua
paciência, sua fé em acreditar em algo que nunca viu. Ele precisava estar pronto para receber a terra porque havia uma grande luta contra os povos que habitavam ali. O sucesso só acontece quando entendemos que a vida é uma mescla de batalhas e diversão. Uma das grandes virtudes desse campeão foi esperar e estar preparado para a oportunidade. Muitas pessoas na vida lamentam seus fracassos, mas esquecem de lutar. A vida é como uma escada. Subimos todos os dias um degrau até o topo. Calebe recebeu uma terra maravilhosa. A terra de Hebrom. Lugar alto e seguro. Uma cidade que ca aproximadamente 900
metros do nível do mar. Terra que muitos almejaram. Acredite. Deus quer realizar seus sonhos. Deus quer te fazer muito feliz. Prepare-se para receber Hebrom. P a r a o l ó s o f o K a n t , “a paciência é amarga, mas seus frutos são doces”. A paciência é o diamante da personalidade. Para Plutarco, “a paciência tem mais poder do que a força”. Não meça um ser humano pelo seu poder político e nanceiro. Meça-o pela grandeza dos seus sonhos e pela paciência em executá-los.
Livro: As 7 Virtudes de um Profissional Campeão Profº Davi Mourrahy
Pesquisa mostra benefícios Estudo diz que excesso do contato com a natureza de TV e redes sociais pode causar ansiedade para crianças em jovens Organização britânica pede que o governo incorpore atividades em áreas verdes ao currículo escolar REPRODUÇÃO/PIXABAY
Cr ianças devem passar pelo menos uma hora por dia em contato com a natureza. É isso que defende a organização britânica Wildlife Trusts, que está em contato com o governo britânico para que eles i nc or p ore m at iv i d a d e s n a natureza no currículo escolar. O pedido tem como base um estudo publicado no início de novembro na Universidade de Londres. A pesquisa envolveu 451 crianças entre oito e nove anos que foram entrevistadas antes e depois de participarem de atividades na natureza conduzidas pela equipe da W i l d l i f e Tr u s t s , c o m o i d e nt i c a ç ã o d e pl ant as e estudos sobre a vida selvagem. Além de apresentaram um aumento signi cativo em seu
bem-estar e saúde, as crianças mostraram altos níveis de satisfação e sentimento de integração com o mundo à sua volta. O índice das crianças que declararam ter aprendido algo novo sobre a natureza chegou a 9 0 % ; 7 9 % d iss e r am qu e a experiência poderia ajudá-los em trabalhos escolares e 81% disseram que a relação com os professores melhorou. Mas, o mais importante, é que 79% disseram se sentir mais con antes depois das atividades e 84% declararam que se sentiam capazes de fazer as coisas que tentassem. “Em um mundo onde vemos tanta falta de autocon ança e resiliência, estes índices são muito importantes”, explica o diretor de estratégias da
Wildlife Trusts, Nigel Doar. “Este estudo mostrou que a experiência das crianças com a natureza traz benefícios profundos e diversos. A natureza melhora o bemest ar d as cr i anç as, su a motivação e autocon ança. Os dados ainda apontam para uma melhor relação com professores e colegas entre crianças em contato com a natureza”, naliza Nigel. Infelizmente, muitos pais não conseguem proporcionar aos lhos estes momentos de interação com a natureza, que t ê m d i m i n u í d o signi cativamente ao longo dos anos. Uma outra pesquisa, realizada em 2011, mostrou que menos de 1 em cada 10 crianças britânicas tinha acesso à áreas verdes – este percentual era de 40% entre os adultos, na sua infância. Segundo o jornal e Guardian, apenas metade das crianças declararam que suas escolas têm áreas externas verdes e a maioria disse nunca terem vistos girinos, por exemplo. Por isso, os pesquisadores pedem ao governo que inclua uma hora por dia na natureza para as crianças. “As escolas são pressionadas a oferecer diversas atividades, mas seria muito positivo que esta alteração fosse prioridade”, declarou Michael Reiss, do Instituto de Educação. Segundo ele, o contato com a natureza vem diminuendo a cada geração, e “temos um compromisso com as nossas crianças de reverter esta tendência”.
Por outro lado, a mesma pesquisa indica que maneirar no tempo gasto em frente às telas parece melhorar a saúde mental dos adolescentes HENRI CAMPEÃ/SAÚDE É VITAL
Passar horas nas redes sociais ou maratonando uma série virou qu as e u ma re g r a e nt re o s adolescentes de hoje — e entre os adultos também, vale dizer. Só que o exagero pode causar danos à saúde mental, como indicam vários estudos. Um dos mais recentes, publicado no Canadian Journal of Psychiatry, aponta que o ato de passar muito tempo em frente às telas está relacionado a um crescimento da ansiedade em jovens. A pesquisa acompanhou, por quatro anos, 3.826 voluntários entre 12 e 16 anos. Anualmente, eles reportavam quanto usavam c e lu l a r, t e l e v i s ã o, videogame e computador. A turma respondia ainda um questionário sobre os próprios sintomas de ansiedade (como se sentir tenso ou car subitamente apavorado sem motivo). Com todas essas informações em mãos, os cientistas descobriram que, quando os adolescentes
aumentavam em uma hora o tempo médio gasto mexendo nas redes sociais no celular, usando o computador ou vendo T V, também começavam a relatar mais quadros de ansiedade. Esse fenômeno não foi observado com os videogames e não parece ser duradouro. Como a análise levou em conta as mudanças de comportamento ano a ano, os pesquisadores conseguiram perceber que, na
contramão, reduções no uso de telas estavam associadas a menos tensão. Os especialistas por trás do artigo já tinham feito um experimento com resultados p a re c i d o s , m a s av a l i a n d o indícios de depressão. “Os estudos mostram como prevenir e reduzir sintomas de ansiedade regulando o tempo em frente às telas digitais”, disse à imprensa Patricia Conrod, psiquiatra da Universidade de Montreal e líder do trabalho. A pesquisa canadense considerou outros fatores de risco que deixariam o jovem vulnerável à ansiedade, como situação socioeconômica e gênero. Ainda assim, as telas se mostraram mais relevantes do que esses pontos. A ciência agora precisa se aprofundar nos motivos por trás desse elo. Por exemplo: não se sabe se celular, televisão e computador prejudicam a mente por si sós, ou se as pessoas que recorrem mais a eles têm algum quadro não diagnosticado. De qualquer maneira, há outras ameaças para o bemestar quando aparelhos eletrônicos como esses d o m i n a m a v i d a . Na s crianças, suspeita-se de p r e j u í z o n o desenvolvimento motor, cognitivo e emocional. Já nos adultos, a ansiedade e o estresse também dariam as caras com maior f r e q u ê n c i a . Us e c o m moderação.
SAÚDE 9
27 A 31 DE DEZEMBRO DE 2019
Médico explica como transplante de cabeça poderia ser feito De acordo com um neurocientista britânico, a cirurgia pode ser bem-sucedida se a medula óssea completa for transplantada junto com a cabeça DAVID BEBBER/REUTERS/VEJA
A ideia de transplantar uma cabeça humana no corpo de outra pessoa pode parecer coisa de cção cientí ca, mas já há alguns médicos tentando transformar isso em realidade, como o italiano Sergio Canavero. Agora, o neurocientista britânico Bruce Mathew explica como isso poderia ser feito de forma bemsucedida. Em entrevista a um jornal digital britânico, Mathew, que era chefe de neuro cir urgia do H o s p i t a l N H S Tr u s t d a Universidade Hull, na Inglaterra, conta que enquanto escrevia uma história ctícia sobre a primeira troca craniana do mundo, teve uma ideia que poderia se tornar um procedimento da vida real em breve. Segundo o neurocirurgião,
uma cabeça pode ser enxertada em outro corpo se toda a medula espinhal for transplantada junto com ela. “Se você transplantar o cérebro e manter o cérebro e a medula espinhal juntos, na verdade não é impossível. A ideia de cortar a medula espinhal é totalmente ridícula. Você precisa manter o cérebro conectado à medula espinhal. A medula espinhal é a coisa mais profunda que se pode imaginar”, disse. Obviamente, isso não é algo fácil de fazer. Embora avanços r e c e nt e s t e n h a m a b e r t o a possibilidade de reconectar individualmente ner vos cortados, a perspectiva de conectar uma coluna vertebral inteira ainda está fora de alcance. Mas, segundo Mathew, em dez anos isso pode ser possível,
conectar um ou dois nervos, mas, com robótica e inteligência arti cial, em breve conseguiremos produzir 200 nervos”, explicou o médico. Além disso, no dia que o p r o c e d i m e nt o f o r d e f at o possível, é provável que haja muitas complicações, como uma grande rejeição pelo corpo do destinatário, devido à grande quantidade de material doador. E Mat he w t amb ém tem uma sugestão para prevenir que isso aconteça: a transferência de bactérias intestinais, juntamente com a cabeça, medula espinhal e células-tronco, pode ajudar a garantir que o transplante seja aceito. Talvez isso aconteça um dia, mas ainda não chegamos lá. devido à rápida evolução das
tecnologias cirúrgicas.
“No momento, você pode
Dois drinques ao dia Crianças com obesidade podem ter saúde física e já aumentam risco mental comprometidas de câncer em 54%, diz estudo REPRODUÇÃO
A equipe de pesquisa encontrou uma forte associação entre bebida alcoólica e os cânceres de boca, cólon, estômago e garganta
ISTOCK/GETTY IMAGES
Nos últimos anos, diversos estudos vêm mostrando evidências da relação entre o consumo de bebida alcoólica e câncer. Agora, nova pesquisa reforça: mesmo o consumo moderado de álcool pode aumentar o risco de câncer, especialmente de boca, garganta, estômago e cólon. O estudo, publicado na revista Cancer, indica que o consumo diário de uma taça e meia de vinho (177 ml), uma lata e meia de cerveja (500 ml) ou menos de um copo de uísque ( 3 5 m l ) du r ante 1 0 ano s aumenta o risco de câncer em 5%. Já quem consome duas bebidas de qualquer tipo por dia ao longo de 40 anos está 54% mais propenso a desenvolver câncer. “Um a b e bi d a p or d i a prov avel me nte nã o é u m grande problema. Mas beber demais por longos períodos de tempo pode ser perigoso. Por mais que gostemos de beber, precisamos pensar bem sobre i s s o”, c o m e n t o u Masayoshi Zaitsu, da Un i v e r s i d a d e d e Tóquio, no Japão, ao e N e w Yo r k Times. Para chegar a este resultado, os
p e s q u i s a d o r e s j ap o n e s e s analis aram os hábitos de consumo de 63.232 pacientes com câncer no Japão. Todos os participantes responderam questionários acerca do consumo de álcool e há quantos anos bebiam. Após descartar outros fatores de riscos para o c ân c e r, c om o t ab ag i s m o, hip er tens ão, diab etes e obesidade, a equipe encontrou uma forte associação entre bebida alcoólica e os cânceres de boca, cólon, estômago e
PRECISÃO
Contabilidade (27) 3228-4068
garganta. Apesar dos resultados, os pesquisadores ressaltam que o estudo teve fatores limitantes. Os dados de consumo de álcool, por exemplo, foram baseados em autorrelatos e, portanto, não são totalmente con áveis. Tamb ém não foi p ossível controlar outros fatores para o risco de câncer, como histórico familiar da doença, dieta ou prática de atividade física. Outra limitação importante está relacionada à população investigada. Os japoneses têm maior prevalência de variações genéticas que os tornam mais lentos na metabolização do álcool, então, os resultados podem não ser aplicáveis a outras populações.
Como resultado de hábitos não saudáveis, a obesidade tem sido assunto frequente nos consultórios médicos. Trata-se de uma doença crônica caracterizada pelo acúmulo de gordura corporal, que possui múltiplas causas e tem feito parte da vida dos brasileiros cada vez mais cedo. Uma importante correlação é o aumento da ob esidade em decorrência do consumo elevado de alimentos ultraprocessados e da redução de práticas de atividade física. Mas a preocupação não para por aí: o quadro ainda é fator de risco para diversas doenças, como hipertensão, diabetes, doenças cardiovasculares e câncer. Quando falamos de obesidade na infância, as consequências podem ser por toda a vida. Isso porque o peso elevado pode continuar durante a fase adulta. Segundo o Ministério da Saúde, crianças acima do peso possuem 75% mais chances de serem adolescentes obesos, e adolescentes obesos têm 89% de chances de serem adultos obesos. Além de consequências para a saúde, uma criança com obesidade ainda pode sofrer com as práticas de bullying. Esse comportamento é muito pres ente esp ecialmente na infância, principalmente quando
relacionado a alguma característica física, sendo muito pior no caso das crianças obesas. Segundo Monique Pimentel, psicóloga organizacional da Maternidade Escola Januário Cicco, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte e vinculada à Empresa Brasileira de S er viços Hospitalares (EBSERH), bullying é uma intimidação sistemática, que envolve agressões físicas e psicológicas com atos de humilhação ou discriminação. As consequências disso podem ser muito sérias durante a infância e também na fase adulta. A psicóloga explica que estudos já atestam que crianças vítimas de bullying apresentam maior risco de desenvolver problemas de saúde na vida adulta, como a l g u m t ip o d e t r a n s t or n o psiquiátrico, compulsão alimentar, vício do cigarro/álcool e diagnóstico de doenças graves, além dos efeitos nas relações sociais e pro ssionais. A pro ssional orienta que a melhor maneira para lidar com o problema é a conscientização e o diálogo. "É preciso que a rede de
apoio (pais, professores, colegas e demais atores sociais) esteja alinhada para prestar o cuidado adequado tanto à vítima do bullying como tamb ém ao agressor, pois essa agressividade pode estar camu ando outras necessidades", completa. A batalha contra a obesidade infantil não é difícil de ser vencida, mas existem obstáculos importantes aí nessa história que devem ser trabalhados: o consumo de alimentos ricos em sal, açúcar e gorduras, bem como o hábito das crianças e famílias, que cada vez mais são levadas a ter uma vida menos ativa e mais focada nos aparelhos eletrônicos. Pensando nisso, o Ministério da Saúde acaba de lançar a primeira campanha de prevenção da obesidade infantil. Para prevenir são três passos: mais alimentação saudável e menos ultraprocessados, mais atividade física e menos tempo de telas. Além de incentivar o aleitamento materno nos primeiros anos, vale destacar a importância da comida de verdade ao longo da vida. Ou seja: arroz, feijão, frutas e verduras no prato das crianças, excluindo os alimentos pobres nutricionalmente, como achocolatados, refrigerantes e biscoitos recheados. Já a atividade física pode estar presente nas brincadeiras, como pega-pega, amarelinha e pular corda. Vale deixar de lado um p o u c o o c o m p u t a d o r, o videogame e o celular para resgatar aquelas atividades físicas da infância e da adolescência.
10 GERAL
27 A 31 DE DEZEMBRO DE 2019
A conquista dos direitos das crianças é destaque em e-book do Unicef Em comemoração aos 30 anos da Convenção sobre os Direitos da Criança da ONU, relatório aponta os avanços e desafios no Brasil REPRODUÇÃO
no Brasil. A in uência no País é tamanha que é re etida no artigo 227 da Constituição Federal de 1988, que a rma: “é dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à pro ssionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de
A Convenção sobre os Direitos da Criança da ONU completou 30 anos. Em resumo, o acordo coloca 196 p aís e s a s e comprometerem a proteger os pequenos e a enxergar seus direitos. “Graças à Convenção, crianças e adolescentes deixaram de ser considerados objetos de caridade, propriedades dos pais, ou “menores” em situação irregular. Em vez disso, passaram a ser reconhecidos, o c i a l me nte, c omo sujeitos de direitos”, explica Florence Bauer, representante do Unicef
n e g l i g ê n c i a , discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão”, além de também re etir na construção do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) de 1990. Em comemoração ao 30º aniversário da Convenção, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef ) lançou um relatório com os principais avanços e desa os enfrentados por meninas e meninos brasileiros.
Mais um ano se finda e a equipe do Fatos & Notícias deseja a todos: clientes, amigos e colaboradores, um Ano Novo repleto de saúde, paz e realizações. Que a gente continue cultivando bons sentimentos e perseguindo os sonhos que ainda não foram alcançados com uma dose extra de motivação. Feliz 2020!
COMPORTAMENTO 11
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ANA LUCIA Ana Lucia Bernardo Cordeiro
Professora
Um brinde à vida REPRODUÇÃO INTERNET
Olá pessoal,
Q
ue o Natal de vocês tenha sido mágico. A nal, reencontrar amigos e parentes que não víamos a tempos é sempre especial. Reunir lhos, pais, avós... não há dinheiro no mundo que pague. Bem, agora estamos ouvindo o t o c - t o c d o A n o Nov o batendo à porta. Que 2020 chegue trazendo o que está muito em falta no mundo: Amor.
listar metas a serem cumpridas no ano que se iniciará. Particularmente, já vi de tudo: "vou entrar na academia", "vou caminhar", "vou perder peso", "vou fazer uma viagem", "vou fazer um fest ão no meu aniversário", e por aí vai. Talvez funcione para alguns, não sei. Metas são regras que criamos para serem cumpridas. Em 2020, devemos focar em ajudar ao próximo, sermos tolerantes e paciente, ouvir mais e falar menos. Não julgar, perdoar, respeitar as
Roupa Bonita Rua Italina Motta, 294 - Jd. Camburi Vitória - ES - Tel.: (27) 3026-8545/98837-8545 roupabonitajardimcamburi Há pessoas que costumam
religiosidade e a raça de cada ser, curtir ao máximo nossa família, agradecer mais do que pedir. En m, temos muitas metas a cumprir e que não nos custam nada. Não somos donos das nossas
vidas. Temos escolhas sim, mas só cabe a nós mesmos escolhermos o caminho. Vamos fazer o que realmente temos que fazer, focar no que é realmente importante. Acreditar que podemos fazer
um País melhor, esquecer o preconceito, repartir, doar, oferecer um ombro amigo, se desculpar quando estiver errado, ouvir e respeitar os idosos, credibilizar os nossos jovens e crianças. Sermos
cidadãos de bem, com caráter e fé. Que os próximos 365 dias s e j a m ap e n a s m a i s u m a oportunidade de fazermos coisas boas acontecerem. Um brinde à vida! Feliz 2020!
leis, aceitar a sexualidade,
Por que os médicos não Princípio ativo de cogumelos mágicos pode ajudar a tratar aconselham usar depressão bronzeadores MBATTY/PIXABAY
Por muito tempo utilizado como o único produto por pessoas que desejam ter a pele bronzeada pelo sol, especialmente na praia e durante o verão, o bronzeador não oferece proteção solar adequada e facilita as ocorrências de queimadura, gerando danos e a desidratação da pele. Essa é a opinião de especialistas da área dermatológica, que apontam como vilão o baixo Fator de Proteção Solar (FPS), índice ut i l i z a d o p e l a s i n dú st r i a s farmacêuticas e de cosméticos para designar a duração de tempo que uma pessoa pode permanecer expondo-se ao sol sem produzir eritema, ou seja, sem deixar a pele vermelha. A falta de proteção é o
principal problema do b r o n z e a d o r, s e g u n d o a dermatologista do Hospital Israelita Albert Einstein, Priscila Ishioka. “Quando olhamos as prateleiras de produtos desenvolvidos para exposição ao sol, os bronzeadores se destacam pelos números de FPS mais baixos, como 9, 6, e até 3. O uso desse tipo de produto e uma exposição longa no sol causa graves danos à pele, especialmente no verão”, adverte. Segundo a dermatologista, o mínimo de proteção que o protetor solar deve ter para uma exposição aos raios ultravioleta A (UVA) e ultravioleta B (UVB) do sol, de forma saudável, deve ser de 30 FPS, “sendo as opções d e 5 0 F P S as mais recomendadas”. A médica indica também que a porção do bloqueador solar utilizada em cada parte do corpo que será exposta, deve ser generosa e aplicada pelo menos 30 minutos antes da
exposição, para que o produto tenha efeito. “Quando pensamos em um protetor com Fator de Proteção Solar menor do que 30, praticamente não existe defesa. Isso quer dizer que, logo após aplicar a loção, a duração do produto em tempo de exposição é tão pequena, que para a pele é como não ter passado nada. Na sequência, a pele começa a fritar, literalmente, fazendo as células da pele perderem água”, descreve Priscila. O segredo para ganhar – e manter – a cor que todos desejam no verão está na utilização de bastante protetor solar, sem esquecer da regrinha de aplicação 30 minutos antes, e com protetor solar com FPS maior que 30. E se a desculpa para não utilizar o protetor no rosto, uma das mais sensíveis áreas do corpo, as opções faciais oil-free conseguem proteger essa área, sem estimular a oleosidade da pele. “Quando a exposição ao sol é realizada de maneira segura, usando apenas protetor solar, dentro do vencimento e com FPS maior que 30, aquele dourado vai ser mais duradouro, porque a pele manteve-se hidratada e proteg id a. Assim, não vai descascar, levando consigo a cor que demorou tantas horas para ser conquistada”, conclui a dermatologista do Hospital Israelita Albert Einstein.
A substância psilocibina passou por testes de segurança e pesquisadores agora devem testá-la para fins psiquiátricos WIKIMEDIA COMMONS
Pesquisadores do King's College d e L ond re s z e r am te ste s clínicos e viram que a substância psilocibina – princípio ativo que dá p o der alucinógeno aos chamados cogumelos mágicos – é segura para ser usada no tratamento da depressão. Um t o t a l d e 9 0 p e s s o a s saudáveis tiveram que experimentar a psilocibina. Os participantes foram divididos em três grupos que receberam quantidades diferentes da droga. Duas turmas tomaram doses de 10 miligramas e de 25 miligramas, enquanto o último grupo consumiu apenas um placebo. Os resultados mostraram que todos em contato com o alucinógeno apres ent aram melhora no humor – e nenhuma das pessoas que tomaram a
psilocibina sofreram efeitos colaterais sérios. O achado corrobora o que outros estudos já mostraram: a substância dos cogumelos mágicos pode ser um potente antidepressivo. “Os resultados do estudo são c l i n i c a m e nt e re l e v a nt e s e suportam o desenvolvimento da
psilocibina para o tratamento de pacientes com problemas de saúde mental que não melhoram com terapia tradicional”, disse em comunicado o líder do estudo, James Rucker, psiquiatra do King's College de Londres. Ap e s ar d o s re su lt a d o s positivos, os pesquisadores f o c a m , p o r e n q u a n t o, n a segurança da psilocibina. Apesar das pistas que encontraram ao longo dessa pesquisa inicial, eles ainda não veri caram se o componente realmente pode ser utilizado para ns terapêuticos. Por isso, em breve novos experimentos devem ser realizados. A empresa farmacêutica Compass Pathway, voltada à saúde mental, planeja realizar uma segunda fase de pesquisas com 216 pessoas que são resistentes a tratamentos convencionais para a depressão.
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12 SER ESPORTE
27 A 31 DE DEZEMBRO DE 2019
LAÉRCIO FRAGA “LAU” Professor, formado em Arte e Educação Física e trabalha nas prefeituras de Serra e Cariacica fracaodesegundo@gmail.com
Água é essencial. Não passe perrengue A
hidratação adequada de uma pessoa comum é um dos quesitos que se deve ter maior atenção. O ideal é tomar dois litros de água por dia para que ela seja e ciente. Se você for um praticante regular de esportes, essa atenção tem que ser redobrada, já que a perda de líquidos é bem maior. Como funciona esse processo? É simples. Durante o esforço físico a perda de líquidos é muito grande, o que acarreta um desequilíbrio na regulação da temperatura, fator esse que pode ocasionar desconforto durante a prática e o que é mais importante se observar é o risco de se ter problemas imediatos ou futuros para a saúde. Ninguém quer ter o seu treino, sequência, apresentação ou competição interrompida por esse i n c ô m o d o, p o r i s s o s e f a z n e c e s s ár i a u m a h i d r at a ç ã o regu l ar. B eb er uma g rande quantidade de água de uma só vez não é adequado. Deve se ter em mente que cada indivíduo é único, mas em todos os níveis recomenda-se que a ingestão seja feita antes, durante e após o treinamento de forma intercalada,
DIVULGAÇÃO
Para nalizar, após o m do treino fazer a hidratação para que o restabelecimento do equilíbrio de água seja feito de forma adequada. Recomenda-se que o volume ingerido seja de até 50% a mais do foi gasto durante o esforço.
respeitando inclusive o ambiente em que é realizado. Local onde o calor é predominante a ingestão deve ser bem maior do que em locais frios; a necessidade também varia de indivíduo para indivíduo le vando-s e em cont a o s eu metabolismo, tipo de exercício,
grau de intensidade...basicamente o quanto gasta durante a prática. Não há uma receita pronta para que a ingestão de líquidos seja e ciente, mas, de modo geral, deve-se consumir cerca de 500 ml duas horas antes do treino, possibilitando ainda que durante esse tempo de espera possa,
inclusive, eliminar o excesso de líquido, o que poderia prejudicar e forçar uma parada durante a sua execução. Dada a largada, caberá a você observar durante o exercício a necessidade de se hidratar novamente, iss o é, rep or a quantidade de líquidos que está sendo perdida durante o esforço.
A partir dessas simples dicas e informações, cabe a você, de maneira responsável, desfrutar dos benefícios de se ter uma hidratação correta e melhorar consideravelmente a sua performance.
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Melancolia de fim de ano: o que é e como pode afetar nosso coração? Sentimentos de tristeza são cada vez mais comuns nessa época do ano. Veja como se livrar deles SJALE/THINKSTOCK/GETTY IMAGES
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f r ust raçõ es e s aud ades do passado. “Pacientes que vivem de lembranças tendem a retomá-las muito mais. Isso causa uma e n o r m e n o s t a l g i a”, d i z a especialista. Além disso, ainda temos que enfrentar as pressões – internas e externas – que geralmente acompanham a época do ano (estresse, tensão do cotidiano e cobranças por resultados). A nal, dezembro simboliza o encerramento de um ciclo, que pode levar a re exões negativas. “O e xc e ss o d e c obr anç a interna paralisa. Por isso,
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sentimentos antagônicos, que podem ser gerados por uma série de fatores. São eles: solidão, problemas familiares, experiências negativas,
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Com mais um ano passando, é normal que as pessoas tirem um tempo para re etir e pensar em tudo o que aconteceu durante ele. Muitas delas, inclusive, chegam a c a r u m p ou c o t r i s t e s e abatidas. O caso é tão comum que até já tem nome: melancolia de m de ano, ou então síndrome de m de ano. “Para muita gente, o período é motivo de festa, alegria e confraternização. Enquanto para outras é marcado por tristeza, apatia ou uma angústia que aperta o coração”, explica a psicóloga Marilene Kehdi. Ainda segundo ela, quem sofre com o problema geralmente experimenta
é preciso mudar alguns padrões de pensamentos e até de comportamentos”, complementa Marilene. Estresse, ner vosismo e depressão estão intimamente ligados às doenças cardíacas. “Esses sentimentos de maneira c rôn i c a ou ag u d a l i b e r am hormônios da glândula suprarrenal, principalmente a adrenalina e o cortisol. Essas substâncias levam ao aumento da frequência cardíaca e da pressão arterial, e podem interferir no metabolismo dos açúcares e gorduras”, diz o cardiologista Hél i o C astel l o, d i re tor d a AngioCardio. E esses efeitos, a longo prazo, obstruem as artérias e podem até causar problemas mais sérios, como um infarto ou acidente vas c u lar cerebra l (AVC). Por esse e outros motivos, cuidar da nossa saúde mental é importante, não importa a época do ano. “Além de manter a alimentação saudável – com pouco açúcar, sal e gorduras – e praticar atividades físicas. O controle do estresse, ansiedade e depressão deve fazer parte de nossos hábitos diários, pois afeta o corpo”, diz o cardiologista Marcelo Cantarelli, diretor da AngioCardio.
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GERAL 13
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Mudanças climáticas estão alterando sabor do vinho francês Registros que remontam a 700 anos mostram que as uvas do vinho Borgonha estão sendo afetadas pelo calor das últimas três décadas IAN SHAW/GETTY IMAGES
Labbé, historiador da Universidade de Leipzig. E essa reação está mudando o próprio vinho. Na Borgonha, o vinho faz parte da cultura. As uvas pinot noir e chardonnay que dão fama à região são cultivadas lá e se adaptam às precisas condições climáticas do local há séculos. Os vinicultores conhecem intimamente os estágios de crescimento: a aparência das videiras antes de surgirem os primeiros brotos; a aparência das videiras à medida que se desenvolvem por longas temporadas; e o aspecto polpudo, doce e perfumado das uvas quando estão prontas para serem transformadas em vinho. O momento da colheita é cr ucial. S e carem temp o demais na videira, as uvas cam c om mu ito a ç ú c ar, o qu e signi ca que o vinho será mais alcoólico — deixando de apresentar a sutil sensação que a maioria dos vinicultores da região gosta. Com a colheita tardia, os ácidos que dão ao vinho parte da sensação que ele provoca na boca podem se desintegrar. Se colhidas antes, as uvas podem não ter des envolvido o equilíbr io correto entre as substâncias que conferem aroma e dão ao vinho seu sabor característico. Os vinicultores monitoram cuidadosamente as datas da
— especialmente nos últimos 30 anos — que atualmente as uvas são colhidas com quase duas semanas de antecedência do padrão histórico. “Podemos ver claramente a reação das uvas ao aumento de te mp e r atu r a”, d i z omas
colheita, com alguns registros que remontam à Idade Média. Nos anos 1800, cientistas e historiadores perceberam que esses detalhados registros poderiam ser usados para monitorar as mudanças climáticas em diferentes partes
da Europa ao longo do tempo. “Os registros das datas de colheita das uvas são os registros fenológicos mais longos da E u r o p a ”, d i z E l i z a b e t h Wo l k o v i c h , b i ó l o g a d a Universidade da Colúmbia Britânica que estuda as relações entre vinho e clima. “Temos centenas de anos de registros sobre as temperaturas no verão e podemos usá-los como termômetro”.
ILLUSTRATION BY J WILLIAMSON/LEBRECHT MUSIC &AMP ARTS/ALAMY
O verão de 1540 foi ext remamente quente nas colinas cobertas de videiras da Borgonha, França — tão quente que era “quase insuportável”, segundo um relato escrito da época. Na verdade, o verão foi intenso em toda a Europa naquele ano. Nos Alpes, as geleiras derreteram, avançando sobre vales escarpados. Foram ob s e r v a d as qu e i ma d as d a França à Polônia. E, na região vinícola do centro da França, as uvas murchavam até se transformarem em passas na videira, tão doces que o vinho produzido cava com aspecto m e l o s o e e x c e s s i v a m e nt e alcoólico. Normalmente, os produtores de vinho colhiam as uvas no nal de s etembro ou início de outubro. Mas, naquele ano, eles precisaram se apressar para colher uvas excessivamente maduras semanas antes do previsto. Agora, registros de quase 700 anos com datas das colheitas realizadas na cidade de Beaune, na Borgonha, mostram que as colheitas antecipadas, como a de 1540, já são algo normal devido às mudanças climáticas. Cientistas e histor i adores compi l aram registros das datas de colheitas de uvas que remontam a 1354. Eles descobriram que a temperatura do ar aqueceu tanto
As datas de colheita das uvas re etem a temperatura a que as uvas foram submetidas ao longo da época de desenvolvimento, por volta de abril até a colheita. Se a primavera e o verão forem quentes, as uvas amadurecem mais rapidamente e precisam ser colhidas antes. Se essas estações forem mais frias, ocorre o
oposto. Historiadores do clima começaram a reunir informações antigas de outras fontes também. Eles relacionaram os padrões observados nas colheitas de uva com os registros feitos a partir dos anéis das ár vores e o comprimento das geleiras nos Alpes. Foram esses tipos de registros que eles utilizaram para descobrir que grande parte da Europa Central cou mais quente durante o Período Quente Medieval, entre 900 e 1300. A região havia resfriado durante a Pequena Era do Gelo, entre os séculos 15 e 19. Os historiadores observaram que, nos últimos cem anos, as temperaturas oscilaram, atingindo temperaturas mais altas em curtos períodos e mais baixas em outros. Mas, em geral, o clima oscilava em torno de um valor médio bastante consistente — até recentemente. Um dos arquivos mais longos e mais completos que os historiadores conseguiram encontrar era de Dijon, próximo ao centro da distinta região produtora de vinho da Borgonha. Mas quase todos os vinhedos próximos à cidade desapareceram nos anos 1800, quando a cidade se expandiu — o que signi ca que os registros não alcançaram a era moderna. Mas em Beaune, uma cidade a 43,4 quilômetros ao sul de Dijon, a maioria dos vinhedos
que já cobriam as colinas locais há centenas de anos ainda produzia vinho ativamente. E a cidade tinha arquivos com inúmeros registros históricos, assim como Dijon. Conforme as temperaturas em todo o mundo aumentam, o teor alcoólico dos vinhos já subiu de 12% na década de 1970 para 14% hoje, embora esse número varie de região para região. Parte disso, porém, está relacionada à preferência do produtor, diz Greg Jones, especialista em viticultura e cientista da Lin eld College, mas a outra parte ocorre porque as uvas estão amadurecendo mais rapidamente no calor. Quanto mais açúcar elas acumulam,
terminam antes da festa de aniversário dele, duas a três semanas mais cedo do que na época em que o avô costumava fazer o vinho, explica ela. “Se as temperaturas estão muito altas, a quantidade de açúcar também aumenta e a acidez diminui”, diz Oudin. “Por aqui, não gostamos muito das uvas chardonnay muito pesadas, doces e maduras — queremos mantê-las frescas. E isso é mais difícil com os verões mais quentes”. As icônicas pinot noir e chardonnay da Borgonha ainda estão ilesas, por enquanto. Mas o futuro está muito mais incerto. “Estamos no campo lidando com o solo todos os dias,
mais é convertido em álcool durante o processo de produção. Nathalie Oudin produz chardonnay nos vinhedos que sua família possui há décadas. A colheita costumava cair no aniversário de seu pai — 28 de s etembro —, mas agora a agitação da colheita e toda a organização e limpeza
realizando um manejo adequado, cuidando de tudo, fazendo o que podemos para produzir o nosso vinho. Mas o clima, essa é uma parte do nosso vinho que não podemos controlar. Mesmo se zermos tu d o c e r to, n ã o p o d e mo s controlar esse aspecto”, diz Oudin.
14 GERAL
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BMW e Mercedes encerram Fóssil de réptil indica
que amor materno já existia há 300 milhões de anos Toco de árvore no Canadá continha fósseis entrelaçados de um réptil adulto e seu bebê, que ele tentava proteger de um desastre natural HENRY SHARPE/REPRODUÇÃO
Pouco mais de 300 milhões de an o s at r á s , du a s c r i atu r a s morreram de forma trágica. Elas estavam dentro de um buraco no toco de uma árvore, até que um evento drástico soterrou a c av i d a d e c om s e d i me nto s . Cientistas acham que a toca foi inundada em uma tempestade. Esses répteis, parecidos com lagartos, forneceram uma evidência sólida de que pais e mães já cuidavam de suas crias 40 milhões de anos antes do que se esperava. Havia dois fósseis de vertebrados quadrúpedes no interior do antigo toco — um maior, outro menor. O grande media cerca de 20 centímetros do focinho até a base da cauda e foi fossilizado em uma posição curiosa junto do réptil pequeno. O bichinho estava embaixo de uma das patas do bichão, e enrolado pela sua cauda. É um indício convincente de que a mamãe (ou o papai) tentou proteger o lhote do perigo iminente. Não conseguiu. Mas, para os cientistas, o sacrifício desses animais foi de grande valor. Pertencentes a uma espécie até então desconhecida da família Varanopidae, bem mais antiga que os dinossauros, os répteis sugerem que o cuidado parental é um comportamento que existe desde não muito
depois de os vertebrados dos ambientes aquáticos invadirem a terra rme, por volta de 400 milhões de anos atrás. A descoberta ocorreu na ilha de Cape Breton, que ca na província de Nova Escócia, ao leste do Canadá. Outro fato inusitado é que quem encontrou os restos mortais das criaturas foi Brian Hebert, um sujeito que não é paleontólogo pro ssional, mas sim um entusiasta de fósseis e dono de uma lojinha de souvenires. Hebert também organiza passeios nas falésias de Joggins, litoral riquíssimo em fósseis. Ele é parte da equipe de campo de Hillary Maddin. Maddin é pesquisadora da Universidade de Carleton em Ottawa e foi uma das autoras do artigo, publicado na última segunda-feira (23) na Nature Ecology and Evolution. “Esses fósseis muito frágeis, especialmente o bebê, estão preservados em uma posição muito natural e devem ter sido enterrados muito rapidamente”, ela disse ao jornal e Guardian. O estudo é importante, pois enriquece o debate em torno do s u r g i m e n t o d o t a l “a m o r materno”. O cuidado parental é uma estratégia que muitos animais desenvolveram para aumentar as chances de sobrevivência de sua
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prole. Pode assumir diversas formas, desde o ato das aves construírem ninhos, até os polvos, que guardam diligentemente seus ovos. Muitos param por aí, quando o lhote vem ao mundo, mas alguns bichos continuam cuidando de seus lhos por um período prolongado de tempo depois do parto ou que os ovos chocam. Essas criaturas que optam por prover comida e proteção aos seus pequenos descendentes proporcionam uma probabilidade ainda maior de que eles sobrevivam neste mundo c ã o, r e p l e t o d e p e r i g o s e predadores. Além dos répteis e das aves, nossa própria classe, os mamíferos, fornece o melhor exemplo de cuidado parental. A nal, nosso zelo é tamanho que as mamães produzem leite para alimentar seus lhos. Tudo tem um preço: os próprios pais acabam um pouco debilitados com tamanho esforço de tempo, recursos e energia. Os cientistas ainda não sabem se a família dos Varanopidae a que pertence a espécie, batizada de Dendromaia unamakiensis, é de um ramo evolutivo que deu origem aos mamíferos, como se pensava antes, ou se é ancestral só dos répteis. Ambos os cenários c on r m a m q u e o c u i d a d o parental surgiu cedo, e é possível que tenha evoluído paralelamente em grupos distintos de animais, de diferentes períodos de tempo. Steve Brusatte, um paleontólogo da Universidade de Edimburgo ouvido pelo Guardian, resume bem o fascínio que essa descoberta evoca. “É incrível pensar que algo que consideramos tão humano — pais tomando conta de seus lhos — foi desenvolvido há tanto t e m p o, e m a n c e s t r a i s t ã o distantes, quando o mundo era diferente demais”.
serviços de partilha de carros nos EUA No mercado que atende os consumidores que não querem carro próprio, a saída de duas gigantes do setor é um indicativo de quem pode estar levando o páreo Surge o primeiro sinal de quais serão os vencedores da corrida pelo modelo de transporte compartilhado: Daimler (que controla a Mercedes Benz) e a BMW vão encerrar as empresas de carsharing (partilha de carros) que mantinham nos EUA e no Canadá. As startups Share Now e Car2Go, que alugavam carros para pequenas distâncias, eram controladas por uma joint-venture criada pelas empresas e atuava e m m e rc a d o s c om o Montreal, Nova York, Seattle, Washington e Vancouver. A justi cativa seria “o estado volátil do cenário da m o bi l i d a d e g l o b a l”, c om o motivo principal para a decisão. De acordo com informações da agência de notícias Reuters, os custos operacionais na América do Norte também pesaram na escolha. A nalização dos serviços também ocorrem nas cidades de Florenç a (It á li a), L ondres (Inglaterra) e Bruxelas (Bélgica). A tentativa da Daimler de guiar o mercado pelo modelo de compartilhamento de carros ocorreu em 2018, quando a companhia adquiriu 25% das ações remanescentes da Car2Go,
que até então pertenciam à Europcar. No ano passado, BMW e Daimler estabeleceram a fusão entre Car2Go e DriveNow, incluindo aí a operação conjunta dos ser viços de transporte p ess oal, est acionamento e recarga de veículos elétrico.
relativamente tarde. Em 2016, no momento de maior expansão da popularidade de Uber e outros apps similares, a General Motors já dava sinais de que novos modelos de transporte deveriam receber investimentos. No primeiro trimestre daquele ano, a montadora injetou meio bilhão de dólares no Ly, o maior rival do aplicativo de transporte Uber nos Estados Unidos. A dona da marca Chevrolet no Brasil também criou uma startup chamada de Maven, p ara compartilhamento de carros com custo de aluguel por hora. Contudo, não deu certo. Em maio de 2019, o serviço deixou de existir nas 8 cidades americanas em que a iniciativa começou. O Maven chegou a ser prometido para o Brasil pelo presidente da GM América do Sul, Carlos Zarlenga, que previa lançar o serviço para o público ainda em 2018, primeiro em São Paulo. Mas ele ainda não está disponível no país, e se levado e m c ont a c omo and am as concorrentes, as chances de nunca chegar por aqui são grandes. REPRODUÇÃO
O aluguel de carro concorria diretamente com os aplicativos de transporte com motorista particular, iguais ao Uber e 99. A derrota do primeiro modelo mostra que os consumidores querem facilidades ao ponto de nem sequer terem de dirigir. Nesse caso, sobram mais clientes para os apps de corrida. Também entram na conta modais como serviços de aluguel de patinetes, bicicletas e scooters elétricos, que fatiam ainda mais o bolo de serviços de transporte para distâncias curtas. Se comparado ao movimento do mercado, as aquisições da Daimler e BMW chegaram
Dupla canadense cria alternativa ao uso de creme dental HYPESCIENCE
Milhões de tubos vazios de creme dental vão parar em aterros pelo mundo todos os anos. Na busca por combater essa produção de lixo, os empreendedores canadenses Mike Medicoff e Damien Vince criaram uma alternativa ao creme dental disponibilizada em tabletes. Essa é uma forma de eliminar os tubos feitos com camadas de plástico, polímeros e resinas que não podem ser recicladas. Além disso, as embalagens de creme dental levam mais de meio milênio para se decompor. A criação foi inspirada na lha de 16 anos de Medicoff. Ela estava determinada a
tornar a casa deles um lugar livre de resíduos de plástico. A partir disso, a dupla de empreendedores começou a pesquisar como fazer um creme dental que não precisasse de tubo. Eles precisaram de meses de trabalho e mais de cem fórmulas de teste. A dupla disse que sabia ser necessário que o novo produto tivesse um gosto bom e funcionasse como um creme dental comum. Caso contrário, as pessoas não mud ar i am de hábito. O resultado do trabalho foi um pequeno comprimido branco chamado Change Toothpaste. Criado para ser colocado
entre os dentes de trás e gentilmente mordido. Depois os dentes podem ser escovados com uma escova úmida. Após quebrado, o comprimido forma espuma e a escovação pode ser realizada como de costume. O p ro d u t o n ã o c o nt é m glúten, uoreto, laticínios, nozes, soja e pode ser usado por veganos. Medicoff e Vince consultaram dentistas e médicos para garantir que o produto fosse seguro para crianças e adultos. Os tabletes não contêm produtos q u í m i c o s a g re s s i v o s a o ambiente e são embalados em pacotes de papel totalmente compostáveis. Cada pacote contém 65 tabletes. Os consumidores podem adquirir uma escova de dentes de bambu, junto com os tabletes. Ainda que o produto não contenha uoreto, a dupla já trabalha na criação de nova fórmula que inclua o componente para auxiliar na manutenção da saúde bucal.