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ANO XI - Nº 425 02 A 10 DE JUNHO/2021 SERRA/ES
Distribuição Gratuita
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GABRIELA MESSNER ARESI OLIVEIRA
8 Perfeita para os dias frios, a sopa cremosa de couve- or é a pedida certa para esquentar a sua cozinha Pág. 8 JORGE PACHECO
8 Guedes fala em 'uso político' da pandemia e diz que governo'tem que governar' Pág. 5
ANA MARIA IENCARELLI 8 É a Violência Processual
que rouba a infância. Processos que se alongam por seis, oito, 11, 15 anos, Infância é morta Pág. 10
HAROLDO CORDEIRO FILHO
8 Visitei o Morro Mochuara e posso garantir, é ótima opção para os amantes da natureza NÁGELA ISA CARNEIRO SIRQUEIRA Pág. 12
8 A quem você está buscando salvar ou por quem ainda quer ser visto? Pág. 11
Macacos copiam 'sotaque' para se misturar com vizinhos
Óleo de prímula virou aliado das mulheres contra a TPM Pág. 15
Brasil desperdiça quase 40% da água potável que produz Telhas solares geram energia Os saguis-de-mãos-amarelas têm mais flexibilidade vocal com grafeno FOTO: JOEL SARTORE/NATIONAL GEOGRAPHIC
Pág. 14
Pág. 7
©DIVULGAÇÃO/TELITE
Biografia inédita sobre Kika e Raul Seixas é lançada Longevidade: Flor nunca antes documentada estudo indica desabrocha em uma das árvores que humanos podem viver mais raras do até 150 anos mundo Nenhum antibiótico Pág. 16
©ISTOCK
Fabricante garante que quatro unidades de telhas de grafeno podem produzir até 30 KW mês e tornar uma residência autossu ciente Pág. 16
Fusão entre clubes dá origem ao GEL Shallon Pág. 14
©PIXABAY
Até hoje, a pessoa que viveu mais tempo foi a francesa Jeanne Calment, com o recorde mundial de 122 anos Pág. 11
Existem apenas cerca de 24 árvores da espécie Karomia gigas em seu habitat selvagem na Tanzânia Pág. 2
em desenvolvimento no mundo é capaz de conter avanço das superbactérias, diz OMS Pág. 9
2 MEIO AMBIENTE
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Flor nunca antes documentada desabrocha em uma das árvores mais raras do mundo Existem apenas cerca de 24 árvores da espécie Karomia gigas em seu habitat selvagem na Tanzânia. A nova flor é um sinal de esperança para a sobrevivência da espécie invés de atrair insetos, vão atrair as pessoas que estão trabalhando para impedir a extinção dessa esp écie. Ao cons eguir que múltiplas ores cresçam, as ár vores p o dem p ass ar p or polinização cruzada e ter uma chance maior de sobrevivência. Na selva da Tanzânia, são conhecidas apenas cerca de 24 ár vores dessa espécie. Roy Gereau, diretor do programa da Tanzânia no Jardim Botânico do Missouri, não se surpreendeu com o fato de a or nunca ter sido vista. A Karomia gigas é uma árvore alta e reta que pode atingir 24 metros, cujos galhos só aparecem a partir de 10 a 12 metros do solo, tornando as ores difíceis de avistar. A árvore é tão rara que não tem nenhum apelido conhecido em inglês, suaíli ou nos idiomas locais em torno das reservas orestais onde é encontrada. Das mais de 60 mil espécies de árvores conhecidas, a Karomia gigas está entre as mais próximas da extinção e é uma das mais ameaçadas da África. “Até onde sabemos, não há registro das ores na literatura cientí ca”, a rma Gereau. E agora que a árvore produziu uma or, os responsáveis por sua conservação estão con antes de que podem impedir que ela desapareça. “Do ponto de vista de uma extinção real, a situação
parece muito boa”, declara Andrew Wyatt, vice-presidente de hor t ic u ltura do Jardim
existam mais de duas dúzias de ár vores na natureza. As populações conhecidas no país
resquícios de praias de coral”, explica Lee. Embora a árvore tenha sido
©CASSIDY MOODY/JARDIM BOTÂNICO DO MISSOURI
Até onde os cientistas de plantas do Jardim Botânico do Missouri em St. Louis, nos EUA, sabem, a minúscula or roxa e branca que cresceu recentemente em sua estufa nunca foi vista antes, pelo menos não por especialistas como eles. No dia 3 de maio, Justin Lee, horticultor sênior do jardim, estava veri cando um grupo de mudas de árvores Karomia gigas em uma estufa quando avistou a or. A árvore, parente da hortelã e originária da África, é uma das espécies de ár vores mais ameaçadas de extinção do mundo. A or, de 2,5 centímetros de comprimento, possuía um halo de pétalas de cor roxo-claro que se inclinavam para baixo enquanto um grupo de quatro estames brancos com pólen despontavam. “É um pouco estranho para uma or de hortelã. Ela parece invertida”, comenta Lee. A família Lamiaceae, à qual pertence a hortelã, na maioria das vezes produz ores em forma de tubo. Os responsáveis pela árvore acreditam que as ores provavelmente atraiam abelhas, borboletas e mariposas polinizadoras, mas também é possível que a árvore seja capaz de se autopolinizar. Nas próximas semanas, esperase que mais ores de Karomia gigas cresçam na estufa onde, ao
Camaleão Furcifer labordi
Botânico do Missouri. “Podemos garantir que a espécie não seja extinta”. A árvore foi descoberta em 1977 no Quênia, mas quando os dois únicos espécimes quenianos foram cortados, ela foi considerada extinta. A espécie foi redescoberta na Tanzânia em 1993, e Gereau, juntamente com botânicos locais, foram lentamente encontrando mais indivíduos na natureza desde 2011. De acordo com Fandey Mashimba, gerente de biologia de sementes do Serviço Florestal da Tanzânia, é provável que
est ão to das lo calizadas na Reserva Florestal Mitundumbea e na Reserva Florestal Litipo. Essas orestas são o lar de um tipo de ecossistema lenhoso chamado bosque de miombo, que se estende pela África Central e Meridional. Mashimba explica que nessa região é c omu m ve r an i m ai s c om o babuínos, porcos selvagens, búfalos e um pequeno tipo de antílope chamado caxine. Essas orestas antigamente já foram cobertas pelo oceano e, portanto, possuem um substrato único. “O solo é essencialmente formado por fezes de cupins e
estudada em seu habitat nativo e também como espécime cultivado em St. Louis, suas ores permaneceram um mistério. “Temos um contato em uma aldeia próxima que está interessado na conservação da área orestal e ca de olho nelas”, conta Gereau sobre as árvores silvestres. “Ele nos alertou quando achou que estavam começando a orescer”. Mas ao fazerem a longa viagem até a reserva orestal, nenhuma or foi encontrada. “As árvores estão em reservas orestais protegidas pelo governo, mas as pessoas vão até lá
para a extração de madeira”, explica Mashimba. A madeira de Karomia gigas tem sido comparada à teca, uma madeira muito procurada, tornando-a uma valiosa fonte do material. “Quanto à sobrevivência, temos esta aqui”, declara Wyatt, referindo-se à espécie Karomia gigas. “Podemos realmente garantir que não seja extinta. A ideia de preservar a espécie é completamente possível. Ela é protegida na Tanzânia. Temos coleções no jardim botânico. Assim que tivermos sementes su cientes, esperamos poder armazená-las [em um freezer] e criar uma reserva para as perdas”. Gereau diz que está relutante em repatriar as ár vores, preocupado que elas sejam muito frágeis para fazer a viagem entre os continentes, mas a rma que o grupo irá compartilhar seus conhecimentos com o governo da Tanzânia e botânicos da Universidade de Dar es Salaam, onde pesquisas sobre a árvore são conduzidas. Por enquanto, a única or é um sinal de esperança do que está por vir. Para surpresa da equipe do jardim botânico, a or em St. Louis surgiu e se foi rapidamente, caindo da árvore em menos de 24 horas. “Ela simplesmente murchou”, conta Wyatt. “Eu a peguei do chão e usei para fazer compostagem”.
Quênia produz seu primeiro Censo Nacional de Vida Selvagem O objetivo é entender melhor o tamanho das populações e sua distribuição, para identificar ameaças aos animais e sugerir estratégias de conservação nacional sobre a vida silvestre. O censo englobará tanto os animais silvestres terrestres quanto os aquáticos. O lançamento ocorreu
importante para criação de políticas públicas de preservação dos animais selvagens, principalmente daqueles em
©WIKIPÉDIA
Famoso por suas áreas protegidas e por sediar o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), o Quênia, na
África Oriental, está realizando seu primeiro levantamento
no início de maio e terminará em julho. A coleta de dados é
risco de extinção. A contagem está sendo feita por
guardas-parques, pesquisadores e membros da comunidade. Financiado pelo Governo do Quênia e executado pelo Ministério de Turismo e Vida Selvagem, Ser viço de Vida Selvagem do Quênia (KWS) e Instituto de Pesquisa e Treinamento da Vida Selvagem, o censo é realizado dentro das áreas de conservação e nos principais condados ricos em animais selvagens. “É importante realizar esta Pesquisa Nacional para estabelecer uma base de dados e distribuição para uso futuro para entender as tendências da população de vida selvagem e mudanças em sua distribuição”, disse Najib Balala, secretário de gabinete de Turismo e Vida Selvagem, durante o lançamento o cial do censo, na Reserva Nacional Shimba Hills,
localizado no condado de Kwale. A coleta se concentrará na contagem de espécies ameaçadas, como o pangolim, e o antílope negro, dos quais menos de 100 permanecem no Quênia. A expansão dos assentamentos humanos, a mudança climática, que torna os recursos mais escassos e a caça ilegal contribuíram para o declínio das populações de vida selvagem. As populações de girafas no Quênia caíram cerca de 40% nos últimos trinta anos, de acordo com a Africa Wildlife Foundation.
Alguns dos animais mais vulneráveis do Quênia, incluindo rinocerontes e elefantes, são contados periodicamente. Mas será a primeira vez que os animais serão contados sistematicamente em todas as áreas do país. “Sabemos que há grandes lacunas. Provavelmente não sabemos muito sobre o que está acontecendo no norte do Quênia”, disse Winnie Kiiru, presidente interino do Instituto de Treinamento de Pesquisa da Vida Selvagem do Quênia.
Jornalista Responsável: LUZIMARA FERNANDES redacao@jornalfatosenoticias.com.br Produtor-Executivo: HAROLDO CORDEIRO FILHO jornalfatosenoticias.es@jornalfatosenoticias.com.br comercial@jornalfatosenoticias.com.br Diagramação: LUZIMARA FERNANDES (27) 3086-4830 / 99664-6644 jornalfatosenoticias.es@gmail.com Facebook Jornal Fatos e Notícias Serra - ES
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"Feliz é a nação cujo Deus é o Senhor"
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CULTURA 3
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Favorito das feiras Lançado há 20 anos,
livres,como surgiu o pastel? Shrek foi inspirado
em um livro infantil de 1990
Uma das mais amadas comidas dos brasileiros pode ter vindo de longe ©ISTOCK
O ogro criado pelo ilustrador William Steig soltava laser pelos olhos e tem uma história diferente do enredo do filme, que revolucionou as animações ©DREAMWORKS
FOTO: REPRODUÇÃO
farinha, recheio de vegetal e assado em uma frigideira untada. Por volta de 1890, imigrantes chineses já vendiam os rolinhos no Brasil, por vezes com os recheios adaptados ao paladar local, como a carne moída. E s i mpl i f i c an d o a m a s s a folhada para uma camada só, esse pré-pastel ainda não era popular. A ascensão veio com a perseguição aos japoneses na Segunda Guerra. Com vergonha e medo de serem escorraçados, já que o Brasil fez parte dos Aliados, os japoneses aproveitaram a ignorância ocidental em relação à diferença entre sua cultura e a dos chineses, e se camuflaram nos
hábitos dos outros. Eles, assim, assumiram a batuta do preparo e venda de pastéis. A comunidade japonesa no Brasil já então era muito maior que a chinesa. Isso permitiu ao pastel se popularizar. Começaram a surgir pastelarias por São Paulo, e também as barraquinhas na feira, já que muitos japoneses também eram feirantes, produzindo no cinturão verde da capital paulista. De São Paulo, chegaria ao Rio de Janeiro, Belo Horizonte, e, enfim, ao País inteiro. Com variações locais, o pastel deixou de ser uma especialidade exótica para ganhar o status de genuína criação brasileira. (AVENTURAS NA HISTÓRIA)
Escritora brasileira reflete sobre o papel das mulheres na sociedade em romance inédito “Há uma lápide com o seu nome”, de Camilla Canuto, apresenta um retrato social a partir da conturbada relação familiar dos personagens ctícios ©NINO CARÈ/PIXABAY
Recém-lançada pela editora Oficina Raquel, a obra “Há uma lápide com o seu nome”, da escritora sergipana Camilla Canuto, acompanha o cotidiano de uma família sem espaço para o contentamento. O romance de estreia da autora acompanha a saga de Adelaide, uma mulher incompreendida pela filha Alice e cercada pelas ações violentas do marido João. O livro apresenta histórias fictícias, mas que permeiam a realidade de muitas famílias. Diante dos conturbados laços familiares, a protagonista se vê pre s a e m u m ambi e nte d e resignação, apagamento,
renúncia e violências — realidade de muitas mulheres ao redor do mundo. L o go n o i n í c i o d o l iv ro, Adelaide, ainda adolescente, descobre que está esperando uma f i l h a d e Jo ã o. C ontu d o, o companheiro não quer ser pai e rejeita a criança. Diante deste cenário, Alice vem ao mundo, mas desde cedo precisa lidar com a ausência e exigências do pai, um homem violento. A jovem, por sua vez, não se sente apreciada pela mãe. Se sentindo cada vez mais sozinha, Alice encontra no companheiro, Júlio César, o afeto e a alegria que sempre desejou ter dentro do seu
l a r. J á A d e l a i d e v i v e n o automático, sempre mantendo a casa em ordem, à espera do marido, exercendo as mais diversas tarefas domésticas. “Camilla ressuscita, como na grande literatura, pequenas pessoas. E na pequeneza da personagem nos vemos, e nos redimimos. Como Emma Bovary e Anna Karenina, Adelaide viveu aquém dos romances. Não significa que não merecesse m a i s”, e s c r e v e u G r e g ó r i o Duvivier na quarta capa. Por meio de uma narrativa emocionante e regada de pequenos segredos, a autora conduz o leitor a refletir sobre as relações familiares, violência doméstica e o papel das mulheres perante a sociedade. Desta forma, o leitor não irá se deparar apenas com um romance, mas sim, com um retrato social. A obra “Há uma lápide com o seu nome”, em suma, é um reflexo da sociedade moderna e uma reflexão profunda sobre as relações sociais.
No ano de seu lançamento, a obra de Steig levou dois prêmios: Melhor Livro Infantil, pela Publishers Weekly, e Melhor Livro, pela School Librar y Journal. Steig é conhecido ainda por outras obras notáveis, como Silvester e a Pedrinha Mágica e D r. D e S o t o. O s e g u n d o, inclusive, ganhou uma adaptação para o cinema e chegou a ser indicado ao Oscar de Melhor Curta de Animação em 1985. Steig só entrou no ramo dos livros infantis depois dos 60 anos. Antes, trabalhava como ilustrador em revistas como a T he Ne w Yorke r, na qu a l produziu mais de 117 capas. O cartunista morreu em 2003, aos 95 anos, e o filme Shrek 2, lançado em 2004, traz uma homenagem a ele em seus créditos. Os direitos do livro foram adquiridos em 1991 pelo diretor Steven Spielberg, que pretendia adaptá-lo para o cinema. Três anos depois, ele fundou a DreamWorks Animation junto de David Geffen e Jeffrey Katzenberg, o que levou o próprio estúdio a negociar a cessão de Shrek. O acordo foi fechado em US$ 500 mil (US$ 900 mil hoje). O filme começou a ser desenvolvido em 1995, seis anos antes da estreia. Contribuíram para o sucesso
d o l ong a o s atore s E d d i e Murphy, Cameron Diaz e Mike Myers, que dublaram, respectivamente, Burro, Fiona e Shrek. Myers, vale dizer, não foi a primeira escolha para o protagonista. Chris Farley, comediante do Saturday Night Live, chegou a gravar várias falas do ogro, mas morreu em 1997, aos 33 anos. Antes de estrear nos cinemas mundo afora, o filme competiu no prestigiado Festival de Cannes, na França. Foi um sucesso de bilheteria, arrecadando mais de US$ 500 milhões, e catapultou outros hits, como as músicas “All Star” e “I'm a Believer”, da banda Smash Mouth, até hoje associadas à animação. No Oscar de 2002, bateu grandes adversários, como Monstros S.A, da Disney/Pixar. A ironia: Jeffrey Katzenberg havia acabado de deixar seu trabalho como presidente da Disney, e seu primeiro filme produzido na DreamWorks era, justamente, uma sátira dos contos de fada (e, consequentemente, das animações clássicas da empresa do Mickey). Shrek quebrou o m on o p ó l i o d a D i s n e y n o mundo dos desenhos com piadas mais “sujas” e bem menos magia. Um novo (e lucrativo) modelo de animação. LUCIANO DANIEL
Foto Antiga do ES ©IVAN ERLER/ESTADO DO ESPÍRITO SANTO (BR), ONTEM E HOJE/FACEBOOK
E
mbora tenha ganhado f or m a , t e x t u r a e o s ingredientes locais (muçarela, frango e carne moída, p or exemplo), o pastel foi inserido na nossa cultura por imigrantes do Extremo Oriente. Ou essa é a hipótese mais aceita. A origem exata da receita não foi re g i s t r a d a , n e m foi mu ito pesquisada, como relatou o coordenador do C entro de Pesquisas em Gastronomia Brasileira da Universidade Anhembi Morumbi, Ricardo Maranhão. A ideia é que o pastel teria se originado do chun juan, o rolinho primavera. O prato chinês é feito com massa de
No dia 18 de maio de 2001, 20 anos atrás, chegava aos cinemas dos EUA o filme que iria revolucionar a indústria da animação. Shrek, uma sátira aos contos de fadas, tornou-se o primeiro vencedor do Oscar de Melhor Filme de Animação, em 2002. O sucesso garantiu ainda três sequências, especiais de natal, spin-off e até musical da Broadway. Isso você já sabe. O fato menos conhecido é que, na mesma noite em que o filme levou a estatueta de Melhor Animação, ele concorria também ao Oscar de Melhor Roteiro Adaptado. Pois é: a ideia do ogro rabugento e seu amigo burro não veio da cabeça dos diretores Andrew Adamson e Vicky Jenson. Na verdade, isso saiu da mente do escritor e ilustrador americano William Steig, em 1990, aos 83 anos de idade. O livro Shrek! é apenas uma das mais de 30 obras que Steig escreveu durante sua vida. A palavra “Shrek” é derivada do alemão “Schreck”, que significa “m e d o” o u “s u s t o” — possivelmente escolhida devido a aparência do ogro, cuja aparência da criatura monstro de Steig é parecida com a dos filmes, com a diferença que, nos livros, ele é capaz de soltar laser pelos olhos. Há outras diferenças também entre o enredo do livro e do filme de 2001. O Shrek original vive no pântano com seus pais. Ao atingir a maioridade, os pais decidem que é hora do ogro tomar um rumo na vida e o expulsam de casa. Em sua caminhada, ele encontra uma bruxa que prediz seu futuro: Shrek irá encontrar um burro e, juntos, irão até um castelo salvar uma princesa tão feia quanto ele. No final, o ogro e a terrível donzela viverão “horríveis para sempre”.
BONDE EM JUCUTUQUARA, VITÓRIA — ANOS 50
4 EDUCAÇÃO
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Rede pública promove trabalho coletivo entre educadores para planejar atividades remotas Em Almirante Tamandaré (PR), escolas com perfil semelhante são agrupadas e seus professores debatem em conjunto temas de aula e componentes curriculares, além de compartilhar estudos, práticas e experiências Os professores das quase 50 escolas de educação infantil e ensino fundamental da rede municipal de Almirante Tamandaré (PR) encontraram um caminho para enfrentar o desa o de reinventar o trabalho pedagógico de forma que ele continuasse a fazer sentido para os estudantes no formato remoto. Ao invés de encarar a tarefa individualmente, se uniram para pensar juntos. “Os estudantes aprendem em todos os lugares. Mas como fazer isso de forma intencional, atentando aos objetivos de aprendizagem? Como articular nosso currículo às novas demandas e rotinas de trabalho dos professores? Como pensar uma escola que faça sentido nesse contexto de tragédia, sem ignorar que as crianças estão inseridas nessa realidade?”, diz Jucie Parreira, secretário de educação do município, ao narrar os principais pontos debatidos pelas escolas no começo da pandemia, que serviram para nortear seus trabalhos. Nessa inquietação de pensar como continuar a caminhar, os professores de uma das escolas do município se organizaram para planejar as atividades do ensino remoto emergencial coletivamente. Jucie percebeu, ali, a oportunidade de expandir a estratégia e promover a troca não só entre os professores de uma
mesma escola, mas entre todas as unidades escolares. “Já que é a primeira vez que
próximas geogra camente e possuem semelhanças sociais e culturais, são agrupadas. Dentro
A cada bimestre, a Secretaria de Educação envia para todos os grupos de trabalho algumas ©FG TRADE/ISTOCKPHOTO
todos nós estamos enfrentando esse desa o, por que não fazer isso de forma coletiva, articulando as diferentes escolas? Juntos, os professores podem trocar práticas, conhecimentos e se ajudar com di culdades pontuais”, a rma o secretário. No nal do primeiro semestre de 2020, teve início na rede de Almirante Tamandaré esse novo f o r m a t o d e t r a b a l h o, q u e funciona da seguinte forma: as escolas de um mesmo território, ou seja, aquelas que estão
desse grupo, todos os professores que lecionam para um mesmo ano for mam u m g r up o d e trabalho, que se reúne virtualmente, a cada quinze dias, para planejar o trabalho p e d a g ó g i c o r e m o t o. C a d a agrupamento também conta com uma coordenadora pedagógica e uma professora da sala de recursos multifuncionais. To d a s a s a t i v i d a d e s pedagógicas que vão ser elaboradas naquele bimestre têm um tema norteador em comum.
sugestões de temas que tenham conexão com a realidade dos estudantes, como direito à Saúde ou direitos socioambientais, e cada grupo escolhe o que faz mais sentido para seu território. A professora Eliza Larsen Bonifácio, que leciona para uma turma de 5º ano do ensino fundamental, por exemplo, se reúne com outras seis professoras de outras escolas do território que também lecionam para o 5º ano. Elas debatem em conjunto o tema da quinzena, os
componentes curriculares e compartilham estudos, documentos norteadores, práticas, cursos, suas experiências e tudo que pode auxiliar no planejamento das atividades. Em seguida, elas se dividem em duplas e cada uma ca responsável por uma disciplina. Nesse caso, como são sete professoras, uma dupla ca responsáveis por língua portuguesa, outra dupla por matemática e as demais cam responsáveis por uma disciplina cada. Enquanto isso, a professora da sala de recursos e a coordenadora pedagógica do grupo de trabalho oferecem qualquer apoio necessário. Com as propostas de atividades prontas, o grupo todo se reúne novamente e socializa as práticas entre os colegas e com a coordenadora. Depois, o grupo se separa e cada professora se volta para a sua unidade onde, em conjunto com a coordenadora pedagógica da escola, adequam as atividades de acordo com o Projeto Político Pedagógico (PPP) e as características especí cas da escola e da turma. As propostas são, então, enviadas para os
estudantes por meio do W h at s Ap p o u n o f o r m at o impresso, pelas Casas S ementeiras, um coletivo formado pela comunidade que apoia a distribuição dos materiais nos territórios. No próximo encontro, dali quinze dias, as professoras compartilham a avaliação das atividades feitas pelos estudantes e indicam as potencialidades e desa os que as turmas encont raram. Em s eguid a, trocam de duplas e de disciplinas e iniciam o processo novamente. “Estamos construindo uma parceria legal com isso, apre n d e n d o b a s t a nt e , n o s aprimorando. O mais interessante é conhecer outras pro ssionais e ter a oportunidade de trabalhar junto”, diz Eliza. A professora Elenize Maria Maffei, da educação infantil, compartilha da mesma percepção: “Conseguimos ver como outros professores trabalham e aprender a partir disso, um fortalecendo o outro, em uma troca de experiências muito rica. Nesse desa o da pandemia, atuando juntos, nos sentimos um pouco menos sozinhos”.
Programa Educação Conectada busca atender 100% dos alunos da educação básica com acesso à internet até 2024 Iniciativa visa apoiar a universalização do acesso à internet de alta velocidade e fomentar o uso pedagógico de tecnologias digitais na educação básica ©MEC/DIVULGAÇÃO
Apoiar a universalização do acesso à internet de alta velocidade e fomentar o uso pedagógico de tecnologias digitais na educação básica. Estes são os principais objetivos do Programa de Inovação Educação C on e c t a d a , i ns t itu í d o e m novembro de 2017 devido à necessidade de um programa nacional de inovação e
tecnologia na educação básica. O Programa, que foi desenvolvido pelo Ministério da
Educação (MEC), conta ainda com a participação do Ministério da Ciência, Te c n o l o g i a , I n o v a ç õ e s e Comunicações (MCTIC), e com parceiros, como o Centro de Inovação para a Educação Brasileira (CIEB), a Fundação Lemann, o Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), e a União Nacional
dos Dirigentes de Educação ( Und i me ) . O E du c a ç ã o Conectada pretende garantir
melhores oportunidades para os estudantes por meio de uma educação inovadora e conectada com as novas tecnologias. O Programa fornece auxílio para que o ambiente escolar esteja preparado para receber a conexão de internet, destina aos professores a possibilidade de conhecerem novos conteúdos educacionais e proporciona aos alunos o contato com as novas tecnologias educacionais. Todas as ações do Programa são realizadas em conformidade c om o Pl ano Na c i ona l d e Educação e da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que cita a tecnologia como ferramenta para o desenvolvimento das competências previstas no documento. O Educação Conectada teve sua implementação dividida em três etapas: a primeira, que
aconteceu entre 2017 e 2018, com a construção e a implementação do Programa com metas estabelecidas para alcançar o atendimento de 44,6% dos alunos da educação básica; a
segunda e atual fase, que teve início em 2019 e percorre até este ano, que visa ampliar a meta para 85% dos alunos da educação básica e iniciar a avaliação dos resultados; e a terceira e última
fase, prevista para 2022 a 2024, com o alcance de 100% dos alunos da educação básica, transformando o Programa em Política Pública de Inovação e Educação Conectada.
POLÍTICA 5
02 A 10 DE JUNHO/2021
Jorge
Analista Político Jorge Rodrigues Pacheco é Advogado, Jornalista e Radialista
Pacheco
jorgepachecoindio@hotmail.com
de transferência de tecnologia da AstraZeneca
Nise Yamaguchi diz que não sugeriu mudanças na bula da cloroquina
O presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga,
©EDILSON RODRIGUES/AGÊNCIA SENADO
A médica oncologista e imunologista Nise Yamagushi negou nesta terça-feira
participaram, na tarde desta terça-feira (1º), da cerimônia de assinatura do termo de colaboração e transferência de tecnologia do laboratório AstraZeneca c om a Fu n d a ç ã o O s w a l d o C r u z (Fiocruz). Com o acordo, a Fiocruz terá acesso ao método de produção da vacina ©REUTERS/SERGIO PEREZ/DIREITOS RESERVADOS/CAROLINA ANTUNES/PR
O ministro da Economia, Paulo Guedes, fez nesta terça-feira (1º), durante audiência pública na Comissão de Educação da Câmara, uma defesa do governo do presidente da República, Jair Bolsonaro. Em diferentes momentos, ele a rmou que o momento é de “união” para enfrentar a pandemia e que é preciso deixar o governo eleito governar. Os comentários de Guedes surgem em um momento em que as políticas na área de saúde do governo Bolsonaro durante a pandemia são alvo da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid no Senado. “Entendo os militantes de um lado e de outro que defendem suas convicções”, a rmou Guedes aos parlamentares, para em seguida citar um suposto “uso político” da pandemia. “Vamos usar (a pandemia) com moderação”, disse. “Este governo foi eleito. Tem que deixar governar”. Guedes participou nesta terça (1º), por meio virtual, de audiência pública na Comissão de Educação da Câmara dos Deputados, para tratar dos cortes orçamentários em universidades públicas e do orçamento do Ministério
continental de seleções. "Temos em São Paulo, autorizado pelo governo, os campeonatos estaduais, sul-americano e torneios para os mais jovens. Temos a Copa do Brasil e o Brasileirão. Se tivermos discurso coerente, temos que parar o futebol em São Paulo, então. Todos os torneios têm que parar", disse. "Discriminar especi camente a Copa América porque é fruto de um entendimento do negacionista de Brasília (em referência a Jair Bolsonaro), nós perdemos o bom senso e análise. Obedecendo todos os protocolos rigorosamente, não há razão para não ter um torneio aqui em São Paulo", acrescentou. O discurso de Doria é semelhante ao de B o l s o n a r o. Ne s t a t e r ç a - f e i r a , o presidente disse que se depender dele e dos ministros "está acertada" a realização do evento no País. "O protocolo é o mesmo da Libertadores, o mesmo da Sul-Americana (campeonatos internacionais de futebol), a mesma coisa", declarou. A Conmebol anunciou, na segundafeira (31), o Brasil como sede da Copa
AJUFE
Guedes fala em 'uso político' da pandemia e
América 2021 até o início do torneio, dia 13. As seleções do Chile, Bolívia, Equador, Paraguai, Uruguai e Venezuela já receberam a primeira dose do imunizante da Sinovac. Argentina, Brasil, Colômbia e Peru ainda não. As datas dos jogos serão con rmadas.
Rosa Weber pede manifestação da CPI sobre convocação de governadores A ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Rosa Weber concedeu nesta terça-feira (1º) prazo de cinco dias para que o presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia, senador Omar Aziz (PSDAM), se manifeste sobre as convocações de governadores para prestar depoimento na comissão. Após receber a manifestação legal do senador, da Advocacia-Geral da União (AGU) e da Procuradoria-Geral da República, que também terão o mesmo
da Educação, entre outros temas.
Doria defende Copa América no Brasil e fala em coerência
©CARLOS MOURA/SCO/STF
AstraZeneca e do ingrediente farmacêutico ativo (IFA) — componente fundamental das vacinas e que trará autonomia na produção do imunizantes para o Brasil. Com previsão de encerrar a segunda fase no próximo dia 8, a Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe já aplicou 20,2 milhões de doses de vacinas. O número corresponde a 25,3% da meta pretendida, de 79,7 milhões de doses, até o nal da terceira fase, em 9 de julho.
©EDU ANDRADE/ASCOM ME
(1º) ter sido uma das responsáveis por tentar alterar a bula da cloroquina para que o uso do medicamento fosse recomendado para infectados pelo novo coronavírus. Em depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia do Senado, os parlamentares lembraram a fala do presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antônio Barra Torres, à comissão de que em uma reunião na Casa Civil uma minuta com esse m teria sido apresentada. Perguntada se foi ela quem preparou o documento, a imunologista respondeu não. “De forma alguma, não. Eu devo dizer para o senhor o seguinte: eu não z nenhuma minuta, inclusive, não conhecia esse papel”, declarou. Nise con rmou que houve a reunião com Barra Torres e o então ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, e disse que, ao nal do encontro, foi chamada para falar sobre a mudança da bula. “Essa minuta não falava de bula, falava da possibilidade de haver uma disponibilização de medicamentos”, disse a médica. A reunião com esse objetivo também foi citada à comissão por Mandetta. A médica também negou fazer parte de uma espécie de “gabinete paralelo” de aconselhamento sobre medidas de combate à pandemia. A imunologista foi convidada para falar à CPI por sua defesa ao tratamento precoce de pacientes da covid-19 com uso de cloroquina, medicamento sem comprovação de e c á c i a c ont r a c oron av í r u s . No depoimento, ela a rmou que “é uma colaboradora eventual de qualquer governo”. Segundo Nise Yamagushi, atualmente, sua participação se dá de forma “técnica” e especí ca, quando convidada. Sobre as consequências da “demora” na compra de vacinas contra a covid-19, Nise avaliou que é o “atraso que existe no i n í c i o d o t r a t a m e n t o” q u e t e m “determinado tantos mortos”. “Não só isso, mas neste momento temos também problema de diagnóstico”, a rmou.
diz que governo 'tem que governar’
©DIVULGAÇÃO/GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO/ESTADÃO CONTEÚDO
“Eu achava que a política era a segunda profissão mais antiga. Hoje vejo que ela se parece muito com a primeira//Estamos caminhando para o socialismo, um sistema que, como se diz, só funciona no Céu, onde não precisam dele, e no Inferno, onde ele já existe”, Ronald Reagan, ex-presidente dos Estados Unidos
Governador de São Paulo repete discurso do presidente Bolsonaro e diz ser possível realizar a competição continental em meio à pandemia O governador João Doria (PSDB) voltou a defender nesta terça-feira (1º) a realização da Copa América no Estado de São Paulo. O tucano justi cou que seria "incoerente" permitir jogos de torneios nacionais e vetar a competição
América após Colômbia e Argentina recusarem a competição por causa da pandemia. A decisão gerou críticas e também dividiu o País. Nas redes sociais, o evento ganhou apelidos como "Corona Cup" e "Cepa América", além de memes críticos à competição. Doria, no entanto, ignorou as críticas. "Saúde é saúde e eu trabalho com a coerência. Se os jogos do Brasileiro e Copa do Brasil são realizados aqui, porque impedir a realização de um torneio, simplesmente a Copa América. O que difere um chileno, um equatoriano, do jogador brasileiro? São todos seres humanos. Todos têm que estar protegidos", encerrou. A Conmebol pretende vacinar as dez delegações participantes da Copa
prazo para enviarem suas informações, a ministra vai dar prosseguimento à análise da ação na qual 19 governadores questionam a legalidade de depoimento à comissão. Na ação, os governadores sustentam que só podem ser investigados pelo legislativo estadual e não podem ser chamados a prestar depoimento na CPI do Senado. As convocações foram aprovadas na quarta-feira (26). Deverão comparecer à comissão os seguintes governadores: Wilson Lima (Amazonas), Helder Barbalho (Pará), Ibaneis Rocha (Distrito Federal), Mauro Carlesse (Tocantins), Carlos Moisés (Santa Catarina), Antônio Denarium (Roraima), Waldez Góes (Amapá), Marcos Rocha (Rondônia) e Wellington Dias (Piauí).
Eduardo Leite 'SERESTA DE TODOS OS TEMPOS' — COM JORGE PACHECO E SEUS CONVIDADOS ESPECIAIS SEXTAS-FEIRAS, ÀS 20 HORAS — WEBRADIOCENTENARIOFC – SERRA–ES
Bolsonaro assina termo
6 TECNOLOGIA
02 A 10 DE JUNHO/2021
Candela P-12: táxi Pesquisadoras criam aquático e elétrico bioconcreto usando é 90% mais barato ervas daninhas que modelos a diesel Dupla em Londres desenvolveu concreto ecológico que dá novo valor econômico e ecológico às espécies "invasoras" ©DEZEEN.COM
©CANDELA/DIVULGAÇÃO
A fabricante sueca Candela apresentou os detalhes do último trabalho: o P-12. Um hidrofólio aquático 100% elétrico com alta e ciência, que, aliada à ausência de emiss õ es, o tor na uma excelente alternativa para o transporte aquaviário — sim, um serviço de táxi no rio. O veículo pode navegar a 30 nós (55 km/h) e tem uma autonomia de mais de duas horas a 20 nós (37 km/h) de velocidade. O barco também possui carregamento rápido, capaz de recarregar a bateria em apenas uma hora. Assim, teoricamente, o P- 1 2 p o d e r i a f u n c i on ar repetidamente por mais de duas horas ligado e uma hora desligado, ou “uma frota que poderia funcionar sem parar”, de acordo com a empresa. Projetado para substituir as tradicionais balsas movidas a diesel, o Candela P-12 utiliza um sistema de propulsão elétrica a bateria com um casco de bra de carbono e hidrofólios, visando ser um veículo leve, porém robusto. O táxi aquático tem carroceria de 8,5 metros e pode acomodar até 12 passageiros na tripulação. O P-12 também usa o mesmo sistema de hidrofólio já utilizado
no Candela C-7, outro barco elétrico de luxo da empresa, mas voltado ao lazer. A tecnologia permite, entre outras coisas, reduzir o consumo de energia, o r u í d o e at é o f e r e c e r u m a experiência mais confortável aos ocupantes durante o passeio. Inclusive, tendo menos superfície em contato com a água, o veículo produz menos rastros, o que abre as portas para uma viagem mais rápida, segura e discreta em áreas restritas — ou seja, em locais onde o barco pode ser dani cado ou a embarcação pode prejudicar a vida selvagem marinha. A empresa ainda garante que o taxi aquático tem um custo o p e r a c i o n a l m a i s b a r a t o. Segundo a fabricante, o P12 consome 80% menos energia do que um modelo com características semelhantes
movido a diesel. Ou seja, a Candela estima que, com o menor custo de manutenção, a redução em relação a um veículo convencional poderia chegar a 90%. “Mesmo em mercados onde os combustíveis fósseis são s u b s i d i a d o s , o P- 1 2 s e r á consideravelmente mais barato de operar do que os navios com motor de combustão comparáveis. Com um preço da gasolina de €$ 0,6 por litro, o P12 será de fato cerca de 85% mais barato, em média, para dirigir”, explica a companhia no site o cial. O P-12 deverá estar disponível para entrega no nal de 2022. Se você não pode esperar tanto tempo, ainda pode adquirir o C7 da Candela, por apenas US$ 200 mil (aproximadamente R$ 1 milhão).
Scooter elétrica ultrafuturista da BMW faz testes ao público ©BMW GROUP/DIVULGAÇÃO
A moto conceito “ultrafuturista” da BMW, batizada de CE 04, é a grande aposta da empresa para motocicletas elétricas e todos os sinais apontam que a produção começará em breve. No entanto, parece que o veículo já está “dando as caras” em Madrid, na Espanha, visto que fotos tiradas pelo público mostram a aparência da versão nal da scooter. Revelado pela primeira vez como um conceito em novembro
de 2020, a BMW CE 04 chamou logo a atenção pela aparência marcante, que atualizou o design “u m t a nt o c a n s a d o” d a C Evolution. Em abril, novos registros de design para a versão de produção foram divulgados, e foi possível notar que a marca eliminou alguns dos elementos “mais loucos” do estilo por conta de praticidade, desempenho na estrada e, claro, visando baratear o preço. Nas imagens (não tão boas)
publicadas no Instagram, a scooter é testada por um motoqueiro. O veículo, provavelmente um protótipo de produção, segue praticamente igual às últimas atualizações de design vazadas e não revelam muitos detalhes novos, a não ser que é, de fato, a moto “superfuturista” da BMW. Entre algumas alterações vistas, sujeitas a maus comentários ou não, está a do para-choque traseiro. No design de produção, a peça era do tipo “barbatana de tubarão”, mas parece que foi substituída por um para-choque de scooter mais realista. Também podemos ver que novas luzes e piscas foram adicionados, além de um novo par de espelhos. Ainda não há informações o ciais da BMW sobre os preços, data de lançamento e/ou especi cações técnicas da BMW CE 04.
A indústria da construção civil emite grandes quantidades de CO2 na atmosfera e o uso do concreto é uma das razões. De olho nessa questão, diversas alternativas têm surgido para substituir o material comum por opções ecológicas. Uma ideia inovadora surgiu em Londres, na Inglaterra, por uma dupla de estudantes: elas criaram um bioconcreto a partir de cascas de lagostins e de uma espécie invasora comum no Reino Unido. A espécie em questão é chamada de knotweed asiático/japonês. Trata-se de uma planta nativa do leste asiático. Na América do Norte e na Europa, a espécie se espalhou e é classi cada como “praga” e espécie invasora. Logo, a ideia resolve dois problemas. A criação de um material menos
poluente e o aproveitamento de uma planta que causa prejuízos ecológicos e nanceiros ao país. “A remoção e o controle de espécies invasivas custam ao Reino Unido cerca de £ 1,8 bilhão anualmente”, a rmou a arquiteta Irene Roca Moracia, em entrevista ao site Dezeen, uma das criadoras do material. O desenvolvimento do material surgiu no âmbito da pós-graduação da Central Saint Martins, faculdade da Universidade das Artes de Londres. Além de Irene, o projeto é também da designer Brigitte Kock. A dupla espera incentivar a remoção da espécie e ajudar a restaurar a biodiversidade local ao mesmo tempo em que oferece uma solução bené ca e vantajosa. Já o crustáceo escolhido para a empreitada é o lagostim-sinal,
originário da América do Norte. Segundo as pesquisadoras, os lagostins estrangeiros dizimaram a população nativa de lagostins do Reino Unido. Para fabricar o concreto ecológico, a dupla incinerou o knotweed criando um aglutinante de cinzas. Já as cascas de lagostins pulverizadas atuam como agregado, cumprindo o papel das rochas ou areia usadas comumente. C ombinados com água e gelatina, tais ingredientes se transformam em um material forte e homogêneo que endurece sem a necessidade de aquecimento ou corante sintético. A receita é baseada no concreto de cinza vulcânica desenvolvido pelos antigos romanos. A dupla obteve as duas principais matérias-primas de empresas especializadas em remoção. Outros acabamentos podem ser ainda adicionados, alterando a cor e aparência do produto nal. Entretanto, já no processo natural surgem diferentes colorações. É o caso da cor bordô escura que aparece instantaneamente à medida que os ingredientes são misturados e não é o resultado de qualquer corante adicionado.
Volocopter revela novo carro voador com maior capacidade e autonomia ©VOLOCOPTER/DIVULGAÇÃO
A Volocopter completou 10 anos de mercado neste mês e aproveitou para lançar mais um modelo de carro voador elétrico com decolagem vertical (eVTOL). Para completar a linha que já conta com o VoloCity e o VoloDrone, a empresa revelou o VoloConnect, que será focado em passageiros e terá autonomia e capacidade maiores do que a variante City. De acordo como a fabricante alemã, o VoloConnect será capaz de voar por até 100 quilômetros, atingindo uma velocidade de 180 km/h, que será possível graças aos seis rotores verticais e dois horizontais. Mesmo sem revelar outros recursos do veículo, ele deve vir equipado com sistemas anticolisão e carregamento
rápido de bateria, já que será pensado para atuar em grandes cidades no transporte de passageiros. E por falar neles, a empresa promete que o VoloConnect será capaz de carregar até quatro pessoas, sendo uma a responsável por pilotar o veículo.
A Volocopter já está testando v e r s õ e s e m m i n i at u r a d o modelo, com a chance de revelar um protótipo em tamanho real ainda este ano, tal qual já fez com o VoloCity e o VoloDrone. “A VoloConnect incorpora a próxima dimensão de nossa missão de oferecer soluções de mobilidade de voo acessíveis, e cientes e sustentáveis para cidades ao redor do mundo”, disse o CEO da Volocopter, Florian Reuter, em comunicado enviado à imprensa. A Volo copter de ve ter a concorrência de outras fabricantes no futuro mercado de carros voadores, como a Airbus, Boeing e Embraer.
CIÊNCIA 7
02 A 10 DE JUNHO/2021
Cérebro de tribo indígena da Bolívia tem envelhecimento mais lento ©UNIVERSIDADE CHAPMAN
Pesquisadores da Universidade do Sul da Califórnia, nos Estados Unidos, descobriram que o povo indígena Tsimane, que vive na parte boliviana da oresta amazônica, tem um nível de envelhecimento do cérebro até 70% mais lento em comparação com populações da Europa e da América do Norte. O estudo foi publicado na última quarta-feira (26) no jornal cientí co Journal of Gerontology. Para chegar aos resultados, os pesquisadores avaliaram tomogra as de 746 pessoas adultas do povo Tsimane, com idades entre 40 e 94 anos. A partir daí, a equipe percebeu que a atro a cerebral acelerada, que é considerada um sina l de demênci a, é uma
condição atrelada ao envelhecimento. De acordo com a pesquisa, c o n f o r m e e nv e l h e c e m , o s habitantes da tribo enfrentam mais lentamente a questão da atro a acelerada do cérebro, que pode estar ligada a doenças como o mal de Alzheimer. Para chegar a esses resultados, os cientistas calcularam os volumes dos c é r e b r o s d o s Ts i m a n e s e relacionaram esses dados com suas idades, em seguida compararam os resultados com três diferentes populações urbanas de Estados Unidos e Europa. Com isso, eles concluíram que a diferença de volume cerebral entre os mais jovens e os idosos era 70% mais lenta nos indígenas
em comparação com as populações urbanas. O estudo é importante por ajudar a entender o funcionamento da atro a cerebral, que está ligada ao risco de declínio cognitivo e funcional. A explicação para isso pode est ar no fato de os p ovos tradicionais serem mais ativos sicamente e terem dietas ricas em bras, vegetais, peixes e carnes magras. Enquanto isso, a alimentação dos estadunidenses e europeus é mais pobre em nutrientes e rica em gordura e açúcares, além do fato de suas vidas, em geral, serem mais sedentárias. “Nosso estilo de vida sedentário e dieta rica em açúcares e gorduras podem estar acelerando a perda de tecido cerebral com a idade e nos tornando mais vulneráveis a doenças como Alzheimer”, declarou o professor de economia da saúde da Universidade Chapman, Hillard Kaplan, ao Eurekaalert. “O Tsimane pode servir de base para o envelhecimento saudável do c é r e b r o ”, c o m p l e t o u o especialista.
Sol artificial chinês atinge novo recorde mundial de temperatura
Rover Curiosity captura imagens de nuvens brilhantes no céu de Marte ©DIVULGAÇÃO/NASA
O Rover Curiosity, da Nasa, capturou imagens de nuvens brilhantes no céu de Marte, algo considerado raro durante este período do ano marciano. Os dias nublados são relativamente raros no planeta vermelho, que tem uma atmosfera na e seca. S e n d o a s s i m , a s nu v e n s costumam aparecer na época mais fria do ano marciano, que t e m u m a d u r a ç ã o correspondente a dois anos terrestres. Por isso, as imagens capturadas pelo rover mais antigo em atividade em Marte são especiais. Os cientistas começaram a se preparar para documentar essas nuvens desde o primeiro aparecimento delas, que ocorreu no nal de janeiro. O resultado foram algumas imagens de pequenas nuvens cheias de cristais de gelo que re etem a luz conforme o Sol se põe, algumas delas com um brilho colorido. Essas imagens podem ajudar os cientistas a entender a formação das nuvens em Marte e o porquê
de essas mais recentes terem se formado antes. O que se sabe até o momento é que as nuvens que chegam mais cedo estão em altitudes mais altas do que o normal, que é de em torno de 60 quilômetros no céu, e são compostas por gelo de água. As nuvens capturadas pelo Curiosity estão em um local mais elevado, onde a temperatura é muito fria, indicando que elas podem ser feitas de dióxido de carbono ou gelo seco. Agor a , o s c i e nt i st a s v ã o procurar por pistas para estabelecer a altitude de uma nuvem. Além diss o, s erão
Macacos copiam 'sotaque' para se misturar com vizinhos ©SHUTTERSTOCK
©SHUTTERSTOCK
Os chineses conquistaram mais uma façanha: eles bateram o recorde mundial ao manter o re ator de f us ão “ Tokamak S u p e r c o n d u t o r Av a n ç a d o E x p e r i m e nt a l” ( E A ST, e m tradução livre) a uma temperatura de 120 milhões de
graus C elsius durante 101 segundos em um experimento com núcleos atômicos que foi batizado de “sol arti cial”. Para você ter uma ideia da imensidão da marca, o núcleo do sol atinge 15 milhões de graus Celsius. A experiência é um
BOB BEHNKEN
FERNANDO FRAZÃO/AGÊNCIA BRASIL
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passo importantíssimo para colocar em operação um reator de fusão, tecnologia que promete oferecer energia limpa quase ilimitada, de forma con ável e sustentável. O experimento foi realizado no último dia 29 e anunciado pelo pesquisador do Instituto de Física Plasmática da Academia Chinesa de Ciências (ASIPP), Gong Xianzu. De acordo com a agência estatal Global Times, o reator também foi capaz de sustentar uma temperatura ainda maior, de 160 milhões de graus Celsius, por 20 segundos. Segundo o diretor do Departamento de Física da Southern University of Science and Technology com sede em Shenzhen, na China, Li Miao, o avanço é um progresso signi cativo.
necessárias mais análises das imagens mais re centes do Curiosity para que seja possível de nir quais nuvens são de gelo de água e quais são de gelo seco. Por suas estruturas nas e onduladas, essas nuvens são mais facilmente visíveis com as imagens das câmeras de navegação em preto e branco do Curiosity. Porém, são as imagens coloridas da Mast Camera (Mastcam) que brilham de fato. Quando vistos após o pôr do sol, os cristais de gelo nas nuvens captam uma luz fraca, o que faz com que pareçam brilhar contra o céu que está escurecendo.
Seu sotaque é sua identidade, mas alguns macacos parecem não saber disso. Um estudo descobriu que na Amazônia brasileira esses animais são capazes de adquirir novos “sotaques” para serem mais amigáveis com os vizinhos da mesma espécie. Os pesquisadores observaram quinze grupos de duas espécies diferentes, o sauim-de-coleira e o sagui-de-mãos-amarelas, dois tipos de saguis. Os dois macaquinhos têm desde o nascimento um repertório de vocalizações limitado, que varia entre avisos contra predadores e chamados para acasalamento. Mesmo falando “idiomas”
parecidos, as espécies se comunicam de maneira ligeiramente diferente. Algo como o português brasileiro e o português europeu. Mas, quando os macacos passam a compartilhar o mesmo ambiente, os saguis-de-mãosamarelas, com maior exibilidade vocal, mudam frequência e a duração dos chamados para soar como seus primos. O professor Jacob Dunn, da Universidade de Cambridge, é o principal autor do estudo, que contou com a participação de pesquisadores da Universidade Federal do Amazonas (Ufam). Segundo ele, essa mudança de
“sotaque” ajuda as espécies a se entenderem e regular disputas territoriais. “Os cantos dos saguis-demãos-amarelas se tornam muito mais parecidos com os do sauimde-coleira. Achamos que a razão deles fazerem isso é porque quando se está nesta área compartilhada com uma espécie intimamente relacionada, é muito provável que haja competição por recursos, por terem uma dieta semelhante e requisitos de habitat”, disse Dunn. Apesar de alterarem o modo de vocalizar os sons, esses macacos não conseguem aprender novas maneiras de se comunicar, acrescentou o professor. Eles conseguiram identi car as adaptações nas falas dos animais comparando gravações do per l acústico, ou cantos, das espécies em três locais. “Eles podem tornar a chamada mais longa ou um pouco mais alta ou mais baixa, ou um pouco mais dura ou um pouco mais tonal. Eles podem mudar um pouco o ruído, mas essencialmente ainda estão dizendo as mesmas 'palavras'”, explicou Dunn.
8 BEM-ESTAR
02 A 10 DE JUNHO/2021
GABRIELA MESSNER ARESI Ser ativo faz bem para OLIVEIRA a saúde física e mental do idoso, aponta estudo Sopa cremosa de Nutricionista - CRN:14100665
couve-flor
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cerca de 78 mil pessoas com idade média de 78 anos e incluíram sobreviventes de câncer após 10 anos do diagnóstico e adultos sem h istór i c o d a d o e nç a . E l e s chegaram à conclusão de que, independentemente do câncer, as diferenças na saúde física e mental entre os sedentários e os que eram ativos sicamente foram signi cativas. De acordo com Erika ReesPunia, pesquisadora do estudo, "as descobertas reforçam a importância de se mexer mais e car menos tempo sentado para a saúde física e mental, não importando a sua idade ou
histórico de câncer". Para ela, uma simples caminhada ou outra atividade física de que a pessoa goste pode ser bené ca para a mente e o corpo. Os estudiosos reforçam que essa descoberta é importante para melhorar a qualidade de vida de homens e mulheres idosos, com ou sem um d i a g n ó s t i c o d e c â n c e r. A recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS) para adultos é realizar pelo menos 150 minutos de atividade física de intensidade moderada ou 75 minutos de intensidade elevada semanalmente.
Fritura aumenta risco de doenças cardiovasculares e AVCs Estudo mostrou que, mesmo sozinha, a ingestão de frituras já aumenta o risco de infartos e de derrames A alimentação desequilibrada, quando se priorizam produtos processados e ricos em açúcar, gordura e sódio, por exemplo, é capaz de aumentar as chances de doenças no coração. Mas o que um estudo demonstrou agora é que, mesmo sozinha, a ingestão de frituras já aumenta o risco de
infartos e de derrames. Pesquisadores da Fundação de Pesquisa Natural e Médica da China revisaram os dados de 17 artigos envolvendo 754.873 participantes e 85.906 mortes por doença cardiovasculares e constataram que, em comparação com os
participantes que estavam na categoria de consumo semanal mais baixo de alimentos fritos, os que mais consumiam frituras estavam associados a um risco elevado de 28% para infarto e derrame; de 22% de doença c oronar i ana ; e d e 3 7 % d e insu ciência cardíaca. O cirurgião cardiovascular Élcio Pires Júnior, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular, explica que a ingestão de frituras favorece a aterosclerose, que é caracterizada pelo enrijecimento das artérias. "As artérias perdem a exibilidade natural devido à formação de placas de gorduras
P
erfeita para os dias frios, a sopa cremosa de couve- or é a pedida certa para esquentar a sua c oz i n ha . O mel hor : a su a deliciosa sopa cará pronta em apenas 30 minutos, ideal para quem busca praticidade sem abrir mão do sabor. Ingredientes ¼ xícara (54g) de azeite de oliva 1 cebola branca média (110g), cortada em cubos 3 dentes de alho (9 g), descascados e picados 1 cenoura grande (72g), em fatias de 0,5cm 2 (80g) talos de aipo, em fatias de 0,5cm 600g de couve- or, cortados em oretes 4-5 xícaras de caldo de sua escolha 1 colher de chá (6g) de sal 1 colher de chá de pimenta ½ colher de chá de raspas de limão ⅛ colher de chá de noz-moscada ½ xícara (120 ml) de creme de leite ¼ xícara (15g) de salsinha fresca, compacta, picada Modo de preparo Aqueça sua panela de ferro em fogo médio-alto e coloque o azeite na panela quente.
Acrescente as cebolas, o alho, a cenoura e o aipo e, mexendo sempre, refogue até que as cebolas estejam transparentes, c e rc a d e q u at ro m i nu t o s . Adicione a couve- or e o caldo na panela. Misture todos os ingredientes, abaixe o fogo para médio e tampe a panela. Deixe cozinhar por 15-20 minutos, ou até a couve- or estar macia ao espetar com um garfo. Desligue o fogo e acrescente o creme de leite, o sal, a pimenta, a nozmoscada e as raspas de limão. Coloque o protetor de panelas no braço do mixer de mão KitchenAid e encaixe-o no corpo motor. Depois, ligue o aparelho e coloque o braço inteiramente dentro da sopa. Com o acessório
levemente inclinado dentro da sopa, pressione o botão de velocidade variável por dois segundos. Coloque o acessório em outra posição dentro da panela e, com o acessório levemente inclinado, pressione o botão por mais dois segundos. Continue processando porções da sopa em intervalos de dois segundos até que a sopa esteja cremosa e ainda haja alguns pedaços de couve- or para dar textura. Desligue o mixer. Misture a salsa picada e sirva quente. Dica: esta sopa pode ser processada até a consistência que você desejar, incluindo uma sopa totalmente cremosa. Fonte: Terra
(27) 3241-5997/3241-6081/99238-2020
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Não é fácil deixar o sedentarismo de lado e incluir a atividade física na rotina, principalmente para os idosos. Mas, de acordo com um estudo da American Cancer Society, pessoas na terceira idade que são mais ativas e passam menos tempo sentados possuem mais saúde, tanto física quanto mental. O estudo, que foi publicado no jornal CANCER, aponta que aqueles que realizam atividade física regular de intensidade moderada são mais saudáveis e ser ativo também contribui para prevenir e combater o câncer. Os pesquisadores avaliaram
q u e s e a c u mu l a m e m s e u interior, podendo até levar a uma obstr ução. Quando isso acontece, a gordura acumulada causa um estrangulamento nas artérias e atrapalham o uxo sanguíneo, podendo levar o paciente a graves complicações, como infarto e AVC", aponta. Abandone: Motivos não faltam
para você abandonar a fritura. Pois ela aumenta — e muito — as c a lor i as dos a limentos. O acúmulo de gordura abdominal e o au m e nt o d e p e s o s ã o consequências de seguir um cardápio que prioriza a ingestão de opções fritas. Além disso, ao mergulhar o alimento em óleo, há a desidratação e perda de
nutrientes, principalmente substâncias antioxidantes, como a vitaminas. Por m, ainda vale reforçar que o consumo em excesso de gordura saturada, presente nas frituras, é um fator que contribui para o aumento da produção de radicais livres em nosso organismo.
SAÚDE 9
02 A 10 DE JUNHO/2021
Nenhum antibiótico em desenvolvimento no mundo é capaz de conter avanço das superbactérias, diz OMS ©SHUTTERSTOCK
Relatório anual emitido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) diz que os antibióticos que estão atualmente em desenvolvimento em todo o mundo não são capazes de tratar as b a c té r i as re s iste nte s — chamadas superbactérias. De acordo com o documento, que é uma revisão do relatório de 2020, foram analisadas as drogas antibacterianas em estágios de desenvolvimento clínico e préclínico ao redor do globo, e concluiu-se que nenhum país do mundo está desenvolvendo tratamentos antibacterianos adequados para conter o avanço das bac térias resistentes a medicamentos. At u a l m e n t e , e x i s t e m 4 3 antibióticos sendo criados que, todavia, são incapazes de frear as 13 superbactérias descritas na Lista de Patógenos Bacterianos Prioritários da OMS. Essa lista é usada desde 2017 para informar e orientar áreas prioritárias para pesquisa e desenvolvimento. Em entrevista ao Jornal da USP,
o médico infectologista e e pi d e m i ol o g i s t a Fe r n an d o Bellissimo Rodrigues, professor do Departamento de Medicina Social da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da Universidade de São Paulo, explicou que “as superbactérias exibem resistências a múltiplas classes de antimicrobianos, que são usados rotineiramente no tratamento dessas bactérias”. Rodrigues diz que a seleção das espécies de bactérias resistentes é arti cialmente induzida. “As mutações que conferem resistência aos antimicrobianos ocorrem naturalmente, em várias espécies, porém não acarretam nenhuma vantagem à bactéria, a menos que na presença de antibiótico. Então, quanto mais antibiótico a gente usa, maior a probabilidade de seleção de mutantes resistentes àquela droga, p or iss o que o us o indiscriminado de antibióticos aumenta a incidência dessas cepas”. Os antibióticos e antissépticos
são substâncias importantes, que deveriam ser utilizadas apenas e m mome nto s e sp e c í c o s , seguindo prescrições médicas ou de cirurgiões-dentistas. Ocorre que, na prática, o uso desses medicamentos é indiscriminado, o que pode prejudicar a saúde. “O uso indiscriminado não apenas não traz benefícios à saúde humana como p o de trazer malefícios, por alterar a microbiota normal do corpo e aumentar a chance do indivíduo ser colonizado por bactérias multirresistentes”, a rma o infectologista. Não é somente o mau uso em seres humanos que impacta o fortalecimento das superbactérias. Cerca de 80% dos antibióticos produzidos são usados na agropecuária. Segundo Rodrigues, “isso é uma coisa muito perigosa, porque está pressionando a resistência bacteriana em uma situação em que esses medicamentos muitas vezes não são necessários”. Quando medicamentos antibióticos são superdosados ao longo do tempo na criação de animais, em vez de ajudarem a neutralizar agentes de doenças, acabam por fortalecer gradualmente esses micróbios, o que os torna inúteis. A partir dessa resistência adquirida, as
doenças começam a se propagar entre os animais criados para o consumo humano, afetando as pessoas por meio do contato dos animais com os trabalhadores responsáveis pela sua produção, transporte e comércio — além, é claro, do consumo de sua carne e de produtos derivados. O estudo da OMS revela que a maioria dos antibióticos disponíveis no mercado é de variações de antibióticos descobertos nos anos 80, e as perspectivas de mudança dessa realidade ainda são distantes. Isso porque apenas alguns medicamentos foram aprovados por agências regulatórias nos últimos anos. Atualmente, existem alguns produtos promissores em estudo e desenvolvimento, mas somente uma parte pequena deles chegará ao mercado devido aos desa os econômicos e cientí cos. D e a c o r d o c o m o epidemiologista, o processo de des envolvimento de novos antibióticos é caro e trabalhoso, porque “para cada droga, de maneira genérica, que chega ao mercado como medicamento de sucesso, que passou por todas as fases de testes de aprovação de s e g u r anç a , mu it as ve z e s a indústria tem que fazer a triagem de até 10 mil compostos”.
Soma-se a isso o fato de que, em comparação a outras classes de medicamentos, desenvolver novos antibióticos, que serão u s a d o s s o m e nt e e m c a s o s excepcionais de infecções e por um curto período de tempo, não é economicamente viável. Rodrigues explica que, por essa razão, as empres as est ão deixando de investir na seleção e no desenvolvimento de novos antibióticos. “A menos quando recebem incentivos estatais”, ressalva. Ele também destaca que “a Fundação Gates, o National Institutes of Health (NIH), nos EUA, e a União Europeia têm tentado compensar isso com fundos públicos, nanciando o des envolvimento de novas drogas”. Globalmente, a escalada da resistência bacteriana também ameaça o exercício da medicina, tendo em vista que a área é dependente dos antibióticos. “Realmente, é preocupante e, nos dias de hoje, a gente já tem pacientes morrendo nas UTIs sem tratamento antimicrobiano”, a rma Rodrigues. O uso de medicamentos não prescritos e inadequados para t r at ar a c ov i d - 1 9 t amb é m intensi cou o problema dessa escalada global de resistência das
bactérias, juntamente à quantidade de infecções hospitalares que pacientes internados acabam contraindo. Segundo o médico entrevistado pela reportagem, muitos pacientes que contraem a doença e s t ã o “s e n d o t r at a d o s a b u s i v a m e n t e e desnecessariamente com antibióticos e sofrendo infecções hospitalares em decorrência disso”. Ele alerta que, ocasionalmente, pacientes que precisaram ser hospitalizados devido à covid-19 contraem infecções provocadas p or bactérias resistentes e morrem, “não pela doença, mas pelo Acinetobacter ou pela Klebsiella pneumoniae, que são os dois agentes mais resistentes de todos na atualidade”. E o médico a rma que “isso não é uma ameaça potencial: já está acontecendo nos nossos hospitais”. A pandemia também canalizou muitos investimentos em pesquisa para o seu e n f re nt am e nt o, “t or n an d o escassos os recursos de pesquisa para o desenvolvimento de novas drogas ou métodos de conter a resistência bacteriana”, naliza o professor.
Alzheimer: pesquisa descobre como reduzir os vasos sanguíneos em pacientes ©SHUTTERSTOCK
Os pesquisadores do Instituto de Biomedicina de Sevilha (IBiS) descobriram um novo mecanismo da doença de Alzheimer, o qual desorganiza os vasos sanguíneos ao redor das placas amiloides. O estudo foi publicado na revista internacional Nature Communications e conduzido pelo laboratório do Dr. Alberto Pascual, do Grupo de Mecanismos de Manutenção
Neuronal do IBiS, realizado principalmente por María Isabel Álvarez Vergara e Alicia E. Rosales-Nieves. O Alzheimer é a principal causa de demência entre as pessoas do mundo. Só na Espanha, sua incidência está aumentando com o envelhecimento da população. Com origem desconhecida, o mecanismo do estudo é mediado pela disfunção de um processo siológico, a angiogênese. Sendo
que isto é importante durante o desenvolvimento para formar os vasos do cérebro. Com isso, a pesquisa mostra que a doença de Alzheimer induz disfunção da angiogênese e provoca a perda de vasos em vez da formação de novos. Portanto, ao identi car as vias moleculares envolvidas, novas estratégias terapêuticas para aliviar os efeitos desta doença podem ser concebidas de forma racional. Além disso, os dados vinculam o Alzheimer a problemas na formação de novos vasos sanguíneos, destacando a importância do componente vascular da doença. Inclusive, uma característica dos pacientes é o acúmulo de substâncias a lt amente tóxicas em s eus cérebros, conhecidas como placas senis.
Isso porque o cérebro tem a capacidade de limpar as substâncias tóxicas por meio do transporte pelo sangue. Ou seja, ter menos vasos reduz a capacidade de limpar o cérebro, permitindo que mais substâncias se acumulem. A doença de Alzheimer é uma das principais causas de d e m ê n c i a e a s e s t r at é g i a s terapêuticas não previnem, retardam ou curam a patologia de fato. A doença é conhecida pela perda de memória, causada pela degeneração e morte de células neuronais em diversas partes do cérebro. Ap ó s a l g u n s e s t u d o s , o s pesquisadores do Instituto Holandês de Neurociência (NIN) des cobr iram uma p e quena molécula que pode ser usada para rejuvenescer o cérebro e assim,
neutralizar a perda de memória.
10 Criança hoje, Criança amanhã
02 A 10 DE JUNHO/2021
ANA MARIA IENCARELLI Psicanalista Psicanalista Clínica, especializada no atendimento a Crianças e Adolescentes Presidente da ONG Vozes de Anjos http://www.anamariaiencarelli.blogspot.com
A Violê ncia contra a Mulher e a Criança. Suas diversas formas, cada vez mais naturalizadas — Parte X É a Violência Processual que rouba a infância. Processos que se alongam por seis, oito, 11, 15 anos, Infância é morta
U
ma imagem que percorreu mídias e jornais audiovisuais impactou. A criança pequena é trancada no parapeito de uma janela de um prédio por um adulto que sai da transparência do vidro fechado. Ao longe, não se via que havia uma rede de proteção. Mas havia o vão da altura do 3º andar que terminava no chão. Era o que aquela Criança via, o vazio que lhe envolvia. Isolada pela janela trancada, tentava se alojar no exíguo espaço, sentando. Uma vizinha, mesmo um pouco d i s t a nt e , c ap t u r o u a q u e l a imagem inusitada. Filmou, chamou a Polícia. Os Agentes Policiais sobem até o apartamento, reabrem a janela resgatam a menina de dois anos, e fazem uma única coisa: dizem ao avô, autor da violência cruel, que da próxima vez que ele repetisse essa atrocidade, seria advertido. Não lavraram nenhum Boletim de Ocorrência. O avô não foi incomodado, só ameaçado pela próxima vez que zesse aquilo. Nada a fazer? Como não pensar na situação traumática vivida por aquela Criança? Um Agente Policial não foi treinado para identi car as outras formas de violência para além dos hematomas, cortes e fraturas, para os machucados concretos e visíveis? O que esse Representante do Estado entende por Violência contra a Criança? Não gostaria de levar estas re exões para o sexismo, para o fato de ser o agressor um avô e não uma avó. Mas gostaria de pensar sobre o mais grave, sobre o desprezo pela Criança, pela desvalorização da Criança, uma menina, não esquecendo. O que povoa a mente de adultos que tratam a vida de uma Criança como de possível descarte por “acidente”. Seria certo que esta seria a conclusão de uma perícia se a rede não tivesse contido o corpo daquela Criança. A culpa seria dela. “Criança faz bobagem”, “Criança cega a gente”.
©REPRODUÇÃO/REDES SOCIAIS
Criança é flagrada sentada em janela do terceiro andar de prédio no Rio de Janeiro
Pe n s o q u e n ã o é ap e n a s despreparo, esse existe sim, mas que temos uma intencionalidade dada pela permissão e autorização de práticas de
contra aquela Criança, é a expressão da segunda violência, esta, Violência do Estado. Assistimos desde 2010 às perversidades da lei de alienação
violência contra vulneráveis. “Da próxima vez, recebe uma advertência”, sem fazer nenhum Registro da crueldade praticada
parental que vitimam Mulheres e Cr ianças. Nas cida de uma invenção de um médico pedó lo que tinha como objetivo a defesa
de pais abusadores denunciados, este senhor dedicou-se a disseminar ilações de uma pseudociência que vêm imprimindo sequelas permanentes em vulneráveis. O termo alienadora, adesivo que não desgruda nunca mais, é o adjetivo quali cativo para a “mãe louca”, genérico de todas as mulheres/mães que ous am denunciar um homem/genitor. Pare c e qu e iss o s e tor nou
nome, tem como defesa de seus éis que a síndrome não existe, mas a alienação parental existe. É como se disséssemos que não existe síndrome gripal, só existe gripe. Advogados e escritórios se arvoram especialistas da tal pretensa alienação. Mesmo que não haja instrumento de aferição do alegado ato alienador. Mas é su ciente a palavra dita por um homem/genitor acusando a mãe d e a l i e n a d or a , e t o d o s o s
insuportável, e quem se atreve é punido na forma da lei. A de a l i e n a ç ã o p are nt a l, c om a sentença da Privação Materna Judicial. A defor mação de Crianças está estabelecida. “Cala a boca, só de olhar já sei que a senhora é uma alienadora!”, grita um Juiz de Família. As ditas “e s p e c i a l i z a ç õ e s” e “p ó s g r a du a ç õ e s” e m a l i e n a ç ã o Parental, proliferam como ervas d a n i n h a s . Um a pre t e n s a síndrome que nunca foi reconhecida, cienti camente, que deu lugar à lei de mesmo
processos criminais são arquivados, a guarda é invertida para este genitor suspeito e a Criança é condenada à Privação Materna Judicial, que perdura para s empre. Há um vício jurídico na lei que a torna acima do contraditório. Ele não é mais permitido sob essa legislação. As v i ol a ç õ e s a o s D i re ito s , o s Fundamentais, os Humanos, os Recomendados pelas Convenções Internacionais, a Constituição, o ECA, vêm em s e q u ê n c i a . É a Vi o l ê n c i a Processual que rouba a infância.
Processos que se alongam por seis, oito, 11, 15 anos, Infância é m or t a . C om n o ss a Ju st i ç a Recursal, é muito fácil acumular 10 mil páginas em um processo. Existem advogados especialistas que também acumulam riquezas, sem se importar com a vida de uma Criança. Também pro ssionais que fazem as “perícias sociopsicológicas”. A a rmação mais corrente é que a Criança mente, mente, mente. Em um Curso de Especialização recente, uma palestra ilustrou a Criança com o nariz do Pinóquio. O pro ssional de Psicologia que faz esse tipo de deboche com o indivíduo Criança, além de estar desrespeitando-a, está dando o atestado de que não passou pelos bancos da faculdade, e não estudou o desenvolvimento cognitivo. Uma característica do Ser Criança é, exatamente, a ausência de ltro social, o que tem como resultante o excesso de verdade. A Criança é inconveniente, fala a verdade até quando não é adequado. Essa violência da desquali cação de sua voz, por pro ssional que deveria ter compromisso com a verdade e a Ética, tem promovido estragos de grandes dimensões. E no Kit contra a Criança, surgem as falsas memórias, outra ilação sem comprovação cientí ca, que chega como outro dogma
psicojurídico. Inquestionável apesar de não apresentar nenhum fundamento cientí co, aceito como verdade absoluta. As a rmações de achismos rasos que se pretendem psicológicos, são lâminas que vem mutilando a integridade das Crianças. Continuaremos na próxima s emana, p ois este p onto, acrescido da cadeia alimentar e da comercialização de favores, são de grande importância e tem destruído a mente de muitas Crianças. A vida de Crianças, importa.
COMPORTAMENTO 11
02 A 10 DE JUNHO/2021
Hipnoterapeuta / Mentora Gestacional Cel.: (27) 99947-8786 Instagram: @nagelaisa.oficial
Liberdade ou Predeterminação? ©FREEPIK
V
ocê sabia que existe um s c r ipt q u e i nc ons c i e nte me nte guia sua vida? Aliás, não só um, mas vários! Durante seu crescimento, desde a barriga da mamãe, você está sendo in uenciado e absorvendo toda a história que sua família já vive e tomando para si aquelas verdades. Seres humanos têm necessidade de ser aceitos, e a aceitação mais importante é a do núcleo familiar primário, papai e mamãe. O cérebro é como uma esponja e, durante a infância, a criança não tem maturidade su ciente para distinguir certo ou errado. Os pais ou cuidadores são os que exercem maior in uência no desenvolvimento da sua personalidade e dos padrões emocionais que vão guiar sua vida por muito tempo. E em sua necessidade de sobrevivência, pertencer ao grupo é o mais importante. E como isso acontece, na prática? Vamos pegar o seguinte exemplo: imagine uma criança que é vítima de violência do pai, vê a mãe sofrer as mesmas mazelas e passa por muitas situações ruins na infância. Ouve
adaptar, ser aceito e sobreviver. Isso são os scripts! Aqueles roteiros que fomos construindo ao longo da vida e, mesmo sem querer, seguimos acreditando ser o melhor e mais correto. Anos mais tarde, quando a maturidade realmente chega, é que temos a percepção do quanto certos comportamentos e emoções trazem sofrimento. E vem a di culdade: como se livrar disso? P r i m e i r o, t e m o s q u e t e r consciência de que não é culpa nossa, nem dos nossos pais. A n a l, e l e s t amb é m e st ã o seguindo seus próprios scripts. Depois, fortalecer o poder pessoal, entendendo que aqueles comportamentos do grupo não precis am s er rep etidos. E, do seu pai que é feio, que não queria que ele nascesse, que só faz besteira. Enquanto a mãe sempre lhe diz para ser bonzinho, cuidar das pessoas, ser um bom rapaz. Na vida adulta, por amor ao papai e a mamãe, essa pessoa vai apresentar algumas demandas vindas de todo o histórico vivido. Pode ser uma pessoa que não q u e r v i v e r, t e m s e m p r e pensamentos suicidas e se sente inadequado e não amado. Tem relacionamentos ruins e nunca se
sente motivado. Apesar de ter um coração muito bom e ajudar as p ess o as, ele não cons egue sucesso pro ssional, porque, no fundo, está sempre querendo 'salvar' o mundo e, em casa, age de forma fria e agressiva com os próprios lhos. Perceba que, por amor aos iguais, as pessoas adaptam toda a vida para se sentirem aceitas. Elas se tornam exatamente o que o papai ou a mamãe queriam ou acabam repetindo o mesmo
trabalhando a nível emocional, poder construir um novo script. Livre de culpas, medos e obrigações com os afetos. A nal, você não pode ser o salvador dos seus pais, irmãos ou avós. E nem precisa ter lealdade ao sofrimento que eles carregam, para que seja aceito e acolhido por eles. Experimentar uma vida mais abundante e feliz, não faz de você um traidor ou traidora do seu núcleo. Você merece ser feliz e só você pode fazer isso por si. Te convido a re etir: você realmente faz escolhas conscientes ou sempre há por trás delas a necessidade de seguir um script? A quem você está buscando salvar ou por quem ainda quer ser visto? ©VICTO217/FREEPIK
comportamento deles. Existe aí um aprendizado. E essa é a função do seu cérebro: se adaptar e buscar a melhor forma de sobreviver. Há milênios ele aprendeu que a melhor forma de fazer isso, era sendo igual ao núcleo. E, por isso, o aprendizado é tão impactante. Mesmo que muitos comportamentos e falas dos pais possam ter gerado sofrimento, a mente simplesmente ignora isso e busca a melhor forma de se
Longevidade: estudo indica que humanos podem viver até 150 anos ©PIXABAY
Freddie Mercury e o Queen perguntavam "Who wants to live forever?" ("Quem quer viver para sempre?", em tradução livre) em um de seus sucessos. Querendo ou não, viver para sempre ainda não é possível, mas um novo estudo sugere que podemos chegar a cerca de 150 anos. Até hoje, a pessoa que viveu mais tempo foi a francesa Jeanne Calment, com o recorde mundial de 122 anos. Mas a nal, qual é o período máximo para vivermos e como ele foi encontrado? Os pesquisadores a rmaram em um estudo, publicado no dia 25 de maio na Nature Communications, que mesmo se não morrermos de câncer ou out r a d o e n ç a g r av e e n ã o sofrermos nenhum acidente fatal, a capacidade de nosso corpo de restaurar o equilíbrio de seus sistemas estruturais e metabólicos após interrupções diminui com o tempo. Então, mesmo sobrevivendo e enfrentando pouco stress, esse declínio natural de ne a expectativa de vida máxima para humanos em torno de 120 a 150 anos. No nal, se os perigos óbvios não tirarem nossas vidas, a perda de resiliência o fará, concluiu o time à f rente da pesquisa. Resiliência, nesse caso, é o conceito da Física: a capacidade
de acumular energia, quando e x i g i d o s o u s u bm e t i d o s a estress e, s em o correr uma ruptura. Os resultados apontam para um “ritmo de envelhecimento” subjacente que de ne os limites da expectativa de vida, segundo Heather Whitson em entrevista à escritora Emily Willingham para a Scienti c American. Whitson é diretora do Centro para o Estudo do Envelhecimento e Desenvolvimento Humano da Universidade Duke, na Carolina do Norte, Estados Unidos, e não participou do estudo. A pesquisa foi liderada por Timothy Pyrkov, pesquisador de uma empresa sediada em Cingapura chamada Gero. Ele e seus colegas analisaram esse “ritmo de envelhecimento” em
três grupos grandes de pessoas, separadas por idade, nos Estados Unidos, no Reino Unido e na Rússia. Para avaliar os desvios na saúde, os pesquisadores usaram as contagens de células sanguíneas e o número diário de passos dados pelos participantes. Eles encontraram um padrão, tanto para a contagem de células s a n g u í n e a s q u a nt o p a r a a contagem de passos e, conforme a idade aumentava, algum fator, além de doença, levou a um declínio previsível e incremental na capacidade do corpo de retornar as células sanguíneas ou a marcha a um nível estável após uma interrupção. Pyrkov e seus colegas em Moscou e Buffalo (NY) usaram esse ritmo previsível para determinar quando a resiliência
desapareceria por completo, levando à morte. Os pesquisadores também descobriram que, com a idade, a resposta do corpo às agressões pode variar cada vez mais para longe do normal estável, exig indo mais temp o p ara recuperar-se. Whitson aponta que pressão arterial e contagem de células sanguíneas têm uma faixa saudável conhecida, mas quantos passos alguém dá por dia é algo muito pessoal. O fato de Pyrkov e seus colegas escolherem uma variável tão diferente das contagens sanguíneas e ainda assim descobrirem o mesmo declínio na saúde ao longo do tempo pode sugerir um fator real
do ritmo de envelhecimento. Os pesquisadores encontraram uma cur va acentuada no envelhecimento entre 35 e 40 anos que os surpreendeu. Pyrkov a rmou que esse período é, muitas vezes, o momento em que a carreira esportiva de um atleta termina, o que seria “uma indicação de que algo na siologia pode realmente mudar nesta idade”, ele disse. “A morte não é a única coisa que importa”, lembrou Whitson. “Outros fatores, como qualidade de vida, começam a ter cada vez mais importância à medida que as pessoas vivenciam sua perda”, a rmou a especialista. A morte modelada nesse estudo, segundo
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ela, é a última morte prolongada. A pergunta que ca é: podemos prolongar a vida sem também estender a proporção do tempo em que as pessoas passam por um estado de fragilidade? Segundo o estudo, tratar de doenças a longo prazo não encerrará os processos biológicos fundamentais de envelhecimento — eles vão continuar. Então, a ideia de desacelerar o processo de envelhecimento tem chamado a atenção de pesquisadores que veem tais intervenções para "compr imir a morbid ade", diminuir a doença e a enfermidade no nal da vida, estendendo a expectativa de dias saudáveis.
12 OLHAR DE UMA LENTE
02 A 10 DE JUNHO/2021
HAROLDO CORDEIRO FILHO Haroldo Cordeiro Filho - Jornalista DRT: 0003818/ES Coordenador-geral da ONG Educar para Crescer
Monte Mochuara, lenda e aventura ©INSTITUTO JONES DOS SANTOS NEVES
As trilhas são bem variadas, leves, semileves e de di culdades extremas, pois exigem corda e cuidado r e d o b r a d o, p o r q u e s ã o pontos bem próximos de penhascos. Começamos a subida um pouco depois das oito horas da manhã e só chegamos ao cume quatro horas depois... tudo isso para contemplar o que há de mais d e b e l o, s e nt i r- s e m ai s próximo de Deus e agradecêlo por permitir que façamos parte dessa esplendorosa e fantástica natureza que, infelizmente, nas últimas décadas, vem pedindo socorro. Para Marcos Santana e Maycon, que trabalham como guias de trilhas nos
d a t r ib o Te m i m i nó, no Mestre Álvaro e a índia Jaciara, da tribo Botocudo, no monte Mochuara.
Parque Natural Municipal do Monte Mochuara
Bem, depois dessa comovente história amor, quero relatar uma aventura vivida por mim, no último domingo (30), e um grupo de amigos que incluiu uma
natureza, “é revigorante e estar com a família é mais
“é uma coisa que eu e minha esposa gostamos de fazer, é
Guia Marcos Santana e cadelinha
TATI BELING
Haroldo, Vovô e Ceciliano saudável para o corpo e a mente. É um momento de confraternizar com a família e com os amigos” disse. D ó r i o R o c h a J ú n i o r, administrador, que estava acompanhado da esposa e da
prazeroso ainda.
Fazemos
©HAROLDO CORDEIRO FILHO
Reza a lenda que dois jovens índios, pertencentes a duas tribos inimigas, foram impedidos de viver a sua história de amor. Comovido, o deus Tupã, grande criador dos céus, da terra e dos mares, os transformou em duas montanhas, o índio Guaraci,
não tem moleza... é você e você, os desa os físicos e psicológicos são somente s e us . As p e r nas p e d e m socorro, o cansaço é inevitável e a vontade de desistir só te deixa em paz quando chega ao topo.
dominical. “Gostei muito de ter subido o Mochuara e recomendo para os meninos e meninas da minha idade”, aconselhou. Para as amigas Dayane L op e s B on d e s , au x i l i ar jurídica, Cássia Rodrigues, assistente de farmácia e Aglay Silva, autônoma, percorrer trilhas nas montanhas é válvula de escape e serve para higienizar a mente. O Parque Natural Municipal do Monte Mochuara (PNMMM), é uma área de conservação, portanto, habitat de animais e vegetais de diversas espécies, forma um corredor ecológico com a Rebio de Duas Bocas e está entre os dez principais corredores ecológicos do Estado, formado por Mata Atlântica, recursos hídricos e animais silvestres nativos. Por isso, é muito importante que, ao visitá-lo, evite deixar o lixo que você produziu,
©HAROLDO CORDEIRO FILHO
morros Mochuara e Mestre Álvaro (Serra), a subida do Muchuara exige muitos cuidados e equipamentos como luvas, calçados com aderência — por ser uma subida por pedras — levar bastante água, porque na parte de cima não tem água e, o mais importante, seguir as orientações dos guias. O portuário Carlos Alberto Milanezi, morador da Serra, diz ser amante da natureza e
cadelinha inseparável, na subida desse maciço. Para quem acha que subir o Mochuara é tarefa fácil, posso dizer que de facilidade não tem nada. O fato é que, tanto pra subir como pra descer
©HAROLDO CORDEIRO FILHO
ameaçadas de extinção, é considerado o principal ponto turístico natural de Cariacica. A história do monte é cercada de lendas e mitos.
gostado muito da aventura
Trilheiros no topo
©HAROLDO CORDEIRO FILHO
©HAROLDO CORDEIRO FILHO
município de Cariacica, e pode ser visto de vários pontos da Região Metropolitana de Vitória, E spí r ito S anto. Habit at natural de diversas espécies
momento como um banho de
para vive-la na sua essência, ©HAROLDO CORDEIRO FILHO
O
Mochuara é um maciço de granito de 724 metros de altitude localizado no
Lixo encontrado e recolhido
aproveita esses momentos
lha Izadora, resumiu o
n ov o s a m i g o s e d e p oi s mantemos contato pelas re d e s s o c i ais”, a r mou. Izadora, de onze anos e estudante do sexto ano, que já subiu o Mestre Álvaro e o Morro do Moreno, disse ter
cortar árvores ou galhos, fazer fogueira e/ou barulho. L e mbre - s e qu e s om o s apenas visitantes... Você não gosta que façam bagunça ou barulho na sua casa, não é mesmo!?
BRASIL 13
02 A 10 DE JUNHO/2021
A semana em Brasília S e no E
Haroldo Cordeiro Filho Luzimara Fernandes
jornalfatosenoticias.es@gmail.com
ESTADÃO CONTEÚDO
Sérgio Majeski (PSB)
TJMG
ELLEN CAMPANHARO/ALES
Majeski busca detalhamento de obras contratadas sem licitação. De acordo com a base de dados da Transparência Estadual, somente em 2020, o DER-ES e a Sesa contrataram, sem licitação, mais de R$ 100 milhões O deputado Sérgio Majeski (PSB) enviou Requerimentos de Informações ao Governo do Estado solicitando detalhamentos se a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) e o Departamento de Edi cações e de Rodovias do Espírito Santo (DER-ES) contrataram obras por dispensa de licitação, com base no artigo 2º da Lei Complementar nº 946/2020, que autoriza a dispensa nas contratações voltadas para o enfrentamento da calamidade de saúde pública e estado de emergência decorrentes do novo coronavírus (covid-19). Em casos a rmativos, o deputado requer também cópias integrais de todos os processos de contratação, em formato digital. “É mais uma atuação de scalização que faz parte do trabalho parlamentar. Parte da sociedade sempre cobra esclarecimentos sobre as contratações, principalmente as que envolvem valores elevados de recursos. Além da Frente Parlamentar de Acompanhamento e Fiscalização na Execução de Despesas para o Combate à Pandemia da Covid-19, seguimos com a obrigação que a Constituição confere para acompanhar todas as despesas do Poder Executivo. O decreto de pandemia já dura mais de um ano”, destaca Majeski. De acordo com a base de dados da Transparência Estadual, somente em 2020, o DER-ES contratou obras e instalações de 33 empresas, sem licitação, empenhando R$ 78,1 milhões. Na Sesa, no mesmo período, as contratações de obras e instalações, também por dispensa de licitação, são de nove empresas, empenhando R$ 38,2 milhões com recursos do Fundo Estadual de Saúde e os hospitais Sílvio Avidos, Infantil Nossa Senhora da Glória e São José do Calçado, somados, empenharam R$ 688,1 mil em contratos por dispensa de licitação de seis empresas. De acordo com a Lei Complementar nº 946 de 2020, é dispensável a licitação exclusivamente em contratos para aquisição de bens, serviços, inclusive de engenharia, obras, alienações e locações necessários ao enfrentamento da pandemia, cando ainda os contratos dispensados de análises prévias da Secretaria de Estado de Controle e Transparência (Secont) e da ProcuradoriaGeral do Estado (PGE).
Vinda de Bolsonaro ao ES é confirmada para o próximo dia 11 O presidente Jair Bolsonaro sairá de Brasília às 11 horas, pousará no aeroporto Eurico Salles e, de helicóptero, seguirá para São Mateus, onde fará entrega de 434 casas populares e depois sobrevoará o Complexo Portuário de Urussuquara, criado pela PetroCity. Voltará para Vitória e sobrevoará o Contorno do Mestre Álvaro, em seguida, pousará no 38ºBI, em Vila Velha, onde se encontrará com os motoqueiros. Passará pela Terceira Ponte com destino à Praça do Papa, onde será recebido por populares.
Felipe Rigoni (PSB-ES)
Rigoni destrava leilão de jazidas de sal-gema no Norte do Espírito Santo As jazidas de sal-gema do Norte do Espírito Santo, que concentram a maior reserva do país e uma das maiores da América Latina, estão mais perto de ser exploradas. Por solicitação do deputado federal Felipe Rigoni, a Agência Nacional de Mineração revelou que as 11 áreas capixabas, localizadas em Conceição da Barra, Ecoporanga e Vila Pavão, podem ser leiloadas ainda em junho e gerarem mais de 15 mil empregos ao longo de 50 anos. Descobertas há 40 anos, as áreas caram sob o poder da Petrobras por décadas, mas nunca foram aproveitadas. Com 12 bilhões de toneladas, as jazidas podem atrair novos investidores e desenvolver um polo sal-químico no Espírito Santo, gerando insumos para diferentes cadeias produtivas, como a produção de PVC, defensivos agrícolas, vidros e celulose. “Há um interesse grande pela exploração da área, mas esse processo esbarrou no lobby de outros Estados por anos, que temiam a entrada de novas empresas. Hoje, no entanto, o Brasil importa sal de outros países, ou seja, há demanda que torna o investimento viável. Além disso, o sal-gema pode ser usado como insumo em diferentes cadeias-produtivas que já estão no nosso estado. Um ganho de competitividade para a economia capixaba”, explica o deputado federal.
Senadores avaliam depoimento da médica Nise Yamaguchi à CPI Senadores governistas classi caram como constrangedora, desagradável e intimidatória a abordagem da oposição a Nise Yamaguchi durante a tomada de depoimento. Para Marcos Rogério (DEM-RO), o episódio revelou os “dois pesos e duas medidas” da comissão, e Nise "não merecia passar por um ambiente de destilação do ódio”. “Quando vem alguém que tem a opinião da divergência, que pensa diferente e, mesmo que tenha um currículo como tem a
JEFFERSON RUDY/AGÊNCIA SENADO
©ACRITICA.NET
doutora Nise Yamaguchi, eles maltratam, eles ofendem, eles ameaçam, eles desrespeitam. É algo que assusta”, lamentou. Marcos Rogério criticou a condução dos trabalhos da CPI e as demonstrações de arrogância e abuso de autoridade quando as evidências apresentadas pelos depoentes não se encaixam nas teses levantadas no início dos trabalhos da comissão. O senador Eduardo Girão (Podemos-CE) elogiou o comportamento de Nise, que respondeu às perguntas de "forma serena quando a deixaram responder”, e declarou-se extremamente constrangido com o que chamou de tentativa de humilhação. Ele a rmou que mesmo senadores da oposição criticaram a forma de abordagem à depoente. “Qualquer pessoa de bem, que tenha o mínimo de sensibilidade e humanidade, cou com repugnância com relação ao que aconteceu. Isso não se faz com ninguém, por mais que a gente divirja das ideias”, disse, a rmando que o evento mostra a tendência de “parcialidade” e “intimidação” da CPI. A convocação de governadores e prefeitos à comissão também dividiu a opinião dos senadores. Rogério Carvalho acredita que o Supremo Tribunal Federal deverá se manifestar sobre a negativa dos chefes de governos estaduais ao comparecimento por convocação, mas opinou que seria importante para a comissão ouvir “de forma espontânea” governadores sobre as di culdades para o enfrentamento da pandemia. Marcos Rogério criticou a proposta de transformar em convites as convocações de governadores e prefeitos, argumentando que as ações e omissões de governos estaduais e municipais estão dentro da abrangência da CPI e o instituto da convocação se baseia em apurações da Polícia Federal que apontam para suspeitas de crimes desses agentes políticos. “Ninguém está prejulgando. Da minha parte, não prejulgo. É preciso apurar os fatos, as condutas, para, ao nal, recomendar ou não o indiciamento em razão de eventuais práticas ilícitas”, a rmou. Eduardo Girão declarou esperar que governadores compareçam à CPI para justi car o destino das verbas federais que receberam, mas rejeitou qualquer tentativa de “blindagem” e disse esperar que os membros da comissão decidam essa questão no voto. Ele atacou as tentativas dos governadores de judicializar a questão de seu comparecimento. “É um tapa na cara da população brasileira, que quer ouvir o que foi feito do dinheiro”, de niu. No mesmo sentido, o senador Luís Carlos Heinze (PP-RS) disse esperar na CPI a presença de governadores, prefeitos e outros agentes políticos para acareações sobre as apurações da Polícia Federal e do Ministério Público.
Em Guaçuí, Creas encerra Campanha 18 de maio — Combate ao Abuso e exploração sexual infantil Uma roda de conversa sobre “Como identi car crianças e adolescentes abusados sexualmente; o que fazer e qual o impacto psicológico na vida dessas crianças e adolescentes”, com a psicóloga infantil, Cássia Nunes, marcou o encerramento da Campanha 18 de maio — Combate ao Abuso e exploração sexual infantil, na segunda-feira (31). Organizado pela equipe do Centro de Referência Especializado em Assistência Social (Creas), o evento aconteceu no plenário da Câmara Municipal e contou com a presença de pro ssionais da educação e representante do programa Estratégia Saúde da Família (ESF). O objetivo é que esses pro ssionais sejam multiplicadores nas escolas que atuam e nos serviços de saúde, a m de identi car e tomar as providências ao se deparar com casos de abusos, visando à garantia e defesa dos direitos dessas crianças e adolescentes. De acordo com a equipe organizadora, a roda de conversa foi um sucesso. “O Creas agradece a secretária municipal de Educação, Sayonara Gil, pelo empenho disponibilizando os educadores para participar desse importante evento, assim como ao secretário de Saúde, Werton Cardoso, e ao coordenador dos ESFs, José Roberto (Betinho), por ter enviado um representante da pasta”.
Guedes promete desbloquear recursos da Educação no Orçamento ©CLEIA VIANA/CÂMARA DOS DEPUTADOS
O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse aos deputados da Comissão de Educação da Câmara que estão sendo liberados R$ 900 milhões dos R$ 2,5 bilhões bloqueados do Ministério da Educação em razão do aumento da arrecadação de impostos. Questionado pela presidente da comissão, deputada Professora Dorinha Seabra Rezende (DEMTO), se haveria alguma recomposição de perdas passadas por meio de créditos extraordinários; Guedes disse apenas que o governo espera liberar tudo o que foi bloqueado do valor já previsto. O ministro da Economia disse que hoje apenas 5% do Orçamento da União pode ser remanejado, o que di culta o atendimento das demandas de várias áreas. O restante, segundo ele, é despesa cujo pagamento é obrigatório. Guedes isentou a "área econômica" e voltou a culpar a "área política" pela redução dos recursos. “A verdade é que a política aprovou o Fundeb; a política, em meio à pandemia, adiou o censo; e a política resultou em um aumento de gastos da Defesa. Eu não posso dizer que a economia fez isso. Quem é, se é majoritário, se é minoritário, é outra conversa”, a rmou. Segundo Guedes, a despesa obrigatória de pessoal do Ministério da Educação cresceu 58,5% entre 2015 e 2021. Ele acrescentou que hoje metade do serviço público federal é do MEC. O ministro disse que a situação pode piorar se não houver uma nova decisão política e citou o exemplo do Fundeb que deve aumentar de R$ 15,5 bilhões em 2020 para R$ 36,9 bilhões em 2024. A deputada Professora Dorinha disse ainda que o crescimento das despesas de pessoal do ministério se deve ao aumento de instituições de ensino superior, o que não poderia ser perdido agora. Paulo Guedes respondeu que o governo vem tentando implementar o projeto que venceu as eleições. “Eu represento um governo que tem suas prioridades. E vocês são parlamentares. Ué, votem diferente. E ganhem a próxima eleição, se for o caso. E aí vocês fazem o Orçamento que vocês querem fazer”.
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Nova técnica Fusão entre clubes dá origem ao GEL microscópica consegue observar Shallon a atividade cerebral sem cirurgia ©DIVULGAÇÃO/GEL SHALLON
©REPRODUÇÃO/DANIEL RAZANSKY/UNIVERSIDADE DE ZURICH
A equipe do Grêmio Esportivo Laranjeiras-GEL, já conhecida no Espírito Santo, está com uma nova gestão, por meio da fusão com o Shallon Esporte Clube, do e m p r e s á r i o Wa s h i n g t o n Antônio. A junção visa trazer uma melhor estrutura de trabalho para os atletas no clube, e a busca pelos seus ideais no cenário do futebol capixaba. Com a fusão, a equipe agora passa a ser chamada GEL Shallon. Com a união das equipes, os jogadores g a n h a r a m u m c e nt r o d e treinamento com campo de f uteb ol, c amp o d e are i a , Cientistas da Universidade de Zurique, na Suíça, acabam de divulgar a descoberta de uma nova técnica microscópica que foi capaz de examinar o cérebro de um rato vivo de forma quatro ve zes mais prof und a, s em precisar de qualquer intervenção cirúrgica. Nos exames atuais, os microscópios têm a passagem de luz bloqueada pelo crânio. Sendo assim, é preciso remover parte do couro cabeludo e perfurar o crânio até aparecer o cérebro, para então poder analisar mais de perto. Mas com a nova técnica, foi possível obter um mapa dinâmico e detalhado da vasculatura do cérebro. Daniel Razansky, engenheiro biomédico e líder do estudo, conta que essa visualização é crucial para entender a biologia complexa dos organismos vivos e da progressão das doenças. O cientista e sua equipe zeram o experimento injetando microgotículas uorescentes nos ratos, que percorreram por todo o sistema circulatório dos animais. Então, foi usado um
comprimento de onda especí co qu e p e n e t r a n o o s s o e o s iluminam. Esse conceito, segundo os pesquisadores, é parecido com uma varredura de imagem por ressonância magnética funcional (fMRI), pois permite que os médicos observem as regiões ativas dentro do cérebro. Essa, no entanto, foi a primeira vez que os cientistas conseguiram fazer a visualização usando a
microscopia uorescente. Agora, os pesquisadores estão trabalhando para aprimorar esse processo e conseguir imagens em resoluções melhores e em 3D, tor nando a fer rament a de diagnóstico bastante útil no futuro através da análise da at iv i d a d e ne u r a l, m i c r o c i r c u l a ç ã o, neurodegeneração e acoplamento neurovascular.
piscina, alojamento e área de lazer. A equipe já inicia a prétemporada nesta semana — visando ao Campeonato Capixaba Série B — em seu
centro de treinamento, recebendo alguns reforços da primeira divisão paranaense e também do futebol boliviano. A competição se inicia no dia 14 de julho. Até o nal do mês será apresentado o novo treinador e sua comissão técnica. A equipe terá uma mescla de jogadores experientes vindos do f ut e b o l p au l i s t a , c a r i o c a , boliviano e paranaense, sendo a maior parte composta por atletas capixabas — principalmente da base do clube. O GEL Shallon tem como meta o acesso à primeira divisão e também re ve l ar at l e t a s a o s clu b e s parceiros dentro e fora do Brasil.
Brasil desperdiça quase 40% da água potável que produz A transmissão será no canal da Sedu Digital no YouTube, nesta quarta-feira (07), às 14 horas
©EBC/AGÊNCIA BRASIL
Mesmo com milhões de brasileiros sem acesso à água potável, o desperdício de água est á aument ando no p aís. Segundo um estudo realizado pelo Instituto Trata Brasil, 39,2% da água potável captada no Brasil foi desperdiçada em 2019, um aumento de 2,5% em relação a 2015. O volume desperdiçado poderia encher cerca de 7,5 mil piscinas olímpicas com água tratada todos os dias, ou sete vezes o volume dos reservatórios da Cantareira, maior sistema de captação de água da região metropolitana de São Paulo. As maiores perdas se concentraram nas regiões Norte (55,2%) e Nordeste (45,7%). Elas são seguidas por Sul (37,5%), Sudeste (36,1%) e Centro-Oeste (34,4%). De acordo com a análise, 15 estados brasileiros
registraram taxa de desperdício de água potável superior à média nacional. O destaque ca para Amapá (74%), Amazonas (68%) e Roraima (65%). Nas capitais, a região Norte novamente d e s p ont a n a l i d e r an ç a d o desperdício de água, com Porto Velho/RO (84%), Macapá/AP (74%) e Manaus/AM (72%) na liderança do ranking. A maior parte da perda de água p ot áve l ( 6 0 % ) s e d e ve u a problemas de infraestrutura na
rede de distribuição hídrica, como canos estourados e tubulações corroídas. Essa q u a nt i d a d e d e á g u a s e r i a su ciente para abastecer as necessidades diárias de mais de 63 milhões de brasileiros — o que atenderia com folga os quase 35 milhões de pessoas que não possuem acesso à água no País atualmente. Furtos e erros de leitura dos hidrômetros correspondem ao restante da água desperdiçada.
(27) 3259-3638 / (27) 99880-7048 SANTA TERESA — ES
COTIDIANO 15
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Óleo de prímula virou aliado das mulheres contra TPM ©GETTY IMAGES/ISTOCKPHOTO
Nomear sentimentos é importante para amadurecer e lidar com as emoções Dificuldade em falar dos próprios sentimentos pode provocar sofrimento emocional ©ISTOCK
O óleo de prímula é extraído de uma planta chamada Oenothera biennis e ganha destaque por ser rico em ácidos graxos, principalmente ômega 6. Ele é famos o p or s er aliado das mulheres principalmente na TPM e na menopausa. No entanto, não há comprovação cientí ca para nenhum dess es efeitos: "A maioria dos benefícios do óleo de prímula para a saúde ainda está sendo estudada, mas ainda não existem grandes estudos cientí cos que os comprovem", explica o nutrólogo Durval Ribas Filho, presidente da Associação Brasileira de Nutrologia (Abran). Quer saber mais sobre o que é conhecido ou não sobre as propriedades desse óleo? A tensão pré-menstrual ocorre devido às mudanças hormonais ao longo do ciclo menstrual. O óleo de prímula tem sido bastante associado ao alívio dos sintomas dessa fase. "Hoje ele é indicado como tratamento coadjuvante por ser grande fonte de um ácido que auxilia na redução das prostaglandinas in amatórias e no aumento das antiin amatórias que dão alívio nas cólicas menstruais, dores nas mamas e na retenção hídrica", explica a nutricionista Gisele Pontaroli Raymundo, professora d o c u rs o d e Nut r i ç ã o d a Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR). A nu t r i c i o n i s t a C l a r i s s a Fujiwara ressalta que alguns estudos sugerem que as mulheres com TPM apresentaram
de ciência de ácido gamalinolênico. "Mas cabe ressaltar que a literatura que explora esse tópico apresenta baixa qualidade e as limitações metodológicas dos estudos podem tornar difícil avaliar a e cácia do óleo de prímula", pondera. Qual a relação do óleo de prímula e a menopausa? Mais uma vez, o ácido gamalinolênico é apontado como responsável pelo benefício para mulheres que passaram pela menopausa. No entanto, uma revisão sistemática de 2005 mostrou que não havia evidências à época desse benefício. Óleo de prímula ajuda a emagrecer? Também não há evidências cientí cas de que o óleo de p r í m u l a a j u d a n o emagrecimento. Em sua composição não há muitos componentes normalmente relacionados à perda de peso também. Óleo de prímula pode ajudar no tratamento da artrite reumatoide? O óleo de prímula parece ser aliado de pacientes com artrite reumatoide, principalmente no combate à dor causada pela doença. "Em revisão sistemática Cochrane, o óleo de prímula provavelmente melhorou a dor na artrite reumatoide e provavelmente não aumentou os eventos adversos", comenta Fujiwara.
Além disso, acredita-se que o á c i d o g am a l i n ol ê n i c o s e j a i mp or t ante p ar a m ante r a estrutura e função celular das articulações e possa auxiliar a regular e promover respostas anti-in amatórias no organismo. No e n t a n t o, a i n d a f a l t a m evidências consistentes nesse sentido. Óleo de prímula pode ajudar em problemas de pele como acne? Um dos ácidos graxos mais abundantes no óleo de prímula é o linoleico (da família do ômega 6). "Tanto ele quanto o ácido gamalinolênico contribuem para o bom funcionamento de muitos tecidos do corpo humano, pois são precursores de compostos que levam à geração de eicosanoides anti-in amatórios", considera Fujiwara. Muitos dos problemas de pele, como acne, eczema, psoríase e dermatite são in amatórios. Um estudo randomizado e placebo cont rol ado most rou que o tratamento com óleo de prímula ( c o n t e n d o á c i d o gamalinolênico), por via oral, causou redução dos sintomas de dermatite atópica. Mas não há muito mais estudos nesse sentido que corroborem este resultado. O óleo de prímula ajuda a reduzir o colesterol? De acordo com Raymundo, os eicosanoides anti-in amatórios também podem estar associados a uma redução do colesterol. No entanto, não há evidências especí cas sobre o benefício.
Você sabe identi car quando está feliz? Sabe a diferença entre alegria e euforia? E como diferenciar tristeza de angústia ou ansiedade? Embora essas de nições ainda sejam um mistério para as crianças (que estão aprendendo a vivenciar essas emoções), para muitos adultos elas também podem permanecer desconhecidas. Isso porque ainda existe uma di culdade em falar sobre o que s e nt i m e nt o s e c o m o i s s o in uencia em nossas vidas. "Não temos o hábito de falar sobre nossas emoções nem de aprender a obser vá-las ou mesmo de validar isso", a rma Ricardo Milito, psicólogo membro do conselho de administração do Instituto Bem do Estar, em São Paulo (SP). Mas não entender o que se sente pode levar ao silenciamento dessas emoções — e a consequência disso é o sofrimento emocional. "Sem nomear o que sentimos, ca difícil lidar com aquilo, e daí podem surgir doenças como a ansiedade e a depressão", avalia Milito. Para entender um pouco sobre a di culdade em nomear os sentimentos, é importante voltarmos para a infância. É nesse período da vida que o indivíduo começa a entender o mundo que o ro deia e as sensações e sentimentos que isso desperta nele. Os adu ltos resp ons áveis deveriam, então, iniciar na criança uma espécie de "educação emocional", ou seja, auxiliar no entendimento do qu e el a e st á s e nt i nd o e m diferentes situações, validar aquele sentimento e ajudá-la a de nir aquilo de forma concreta. O problema é que, muitas vezes, essa validação não é feita. Quando uma criança faz birra
ou tem outro comportamento que os adultos julgam inadequado, é comum ver pais reprimindo aquele sentimento sem tentar explicar o que é ou como lidar com ele. Se, por outro lado, os pais buscarem ter empatia e entender de onde vem aquele comportamento, isso pode abrir uma possibilidade de aprendizado s obre aquela e m o ç ã o, e n r i q u e c e n d o o repertório da criança e fortalecendo sua autoestima e resiliência. Como nem sempre é isso o que acontece, é bastante comum encontrar adultos que buscam a terapia para tentar desatar diversos nós emocionais que começam, vejam só, na di culdade em nomear o que estão sentindo. "Colocar em palavras aquilo que se sente é uma forma de representação concreta daquela emoção", avalia Bárbara Santos, psicóloga e p s i c a n a l i s t a n a Ho l i s t e Psiquiatria, em Salvador (BA). "Dessa forma, ca mais fácil identi car o motivo de angústia e ajudar a trabalhar isso de forma saudável". Nesse processo, é esperado que algumas pessoas — especialmente as que cresceram em um ambiente sem espaço ou acolhimento para expressar o que sentiam — resistam e sintam-se desconfortáveis ao identi car sentimentos considerados "difíceis" como raiva, ódio, inveja ou tristeza. Mas é importante lembrar que essas emoções são parte constituinte do que nos faz humanos e vão chegar até nós independente do juízo de valor que fazemos delas. "Em tese, não existem emoções ruins", a rma André Israel Werneck Miranda, psicólogo do Subsistema Integrado de Atenção à Saúde d o S e r v i d or ( SIA S S ) d a
Un i v e r s i d a d e F e d e r a l d e Alagoas (Ufal). "Uma pessoa com raiva, por exemplo pode ter energia de sobra para uma competição", avalia. Segundo ele, uma pessoa madura, que esteja consciente das próprias emoções, vai encontrar mecanismos para gerenciar melhor esses sentimentos e transformá-los em ação. "Ela se afeta e sente as emoções da mesma maneira, mas toma uma decisão para que possa se sentir mais confortável e adaptada", a rma. Uma forma simples de buscar c on he c i me nto e e nte nd e r melhor as próprias emoções é elaborar uma lista com diversos sentimentos e tentar encontrar de nições e exemplos para cada item. Vale, inclusive, buscar as de nições na internet, com outras pessoas e até em livros que se dedicam ao tema. Ricardo Milito também recomenda outro exercício: "Quando estiver diante de uma situação em que há mudança de humor ou algum con ito, escreva em um papel a situação, quem estava presente e o que passou pela sua cabeça no momento", explica. Coloque tamb ém os s entimentos e emoções que surgiram no momento, se houve alguma alteração física (como tremores ou dor de cabeça, por exemplo), e qual foi sua reação na hora. "Depois, analise se havia outra maneira de enxergar aquela situação, e se esse outro ângulo faria você se sentir melhor", diz. Esse é um exercício de autoobservação que induz a diversos questionamentos sobre sentimentos, percepções e formas de lidar e reagir diante do outro. "Isso ajuda a entender melhor como a pessoa vê o mundo, ela mesma e como ela pode lidar de outras formas com aquela emoção", diz.
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Telhas solares geram energia com grafeno Fabricante garante que quatro unidades de telhas de grafeno podem produzir até 30 KW mês e tornar uma residência autossuficiente Um novo modelo de telha, criado pela Telite, usa o grafeno para gerar energia. A telha feita com grafeno é capaz de transformar a energia solar em eletricidade, tornando as construções autossu cientes em energia. De acordo com a fabricante, quatro unidades dessas telhas são su cientes para gerar até 30 KW mês, eletricidade necessária para abastecer uma residência média durante todo esse período. Acima deste número de telhas será possível vender o excesso para as concessionárias de energia. Outra vantagem apontada pela marca é a durabilidade do produto, que pode chegar a 80 a n o s . “No s s o o b j e t i v o f o i desenvolver uma tecnologia que atingisse todas as classes sociais. Isso garante a possibilidade de levar energia limpa e renovável a lugares que ainda carecem de eletricidade por todo o país”, a rma Leonardo Retto, CEO da Telite. Fundada em 2013, a Telite começou como uma fábrica de telhas de bra de vidro, que Leonardo fundou com o pai. Com o tempo, o CEO passou a pesquisar a produção de telhas com insumos descartáveis, que
entram em um processo de reciclagem, como garrafas, embalagens e diversas variedades de materiais plásticos. A marca passou então a fabricar
instalação. As placas pesam 7kg e têm pouco mais de dois metros de comprimento e o custo é 40% menor do que os painéis solares
Califórnia, Estados Unidos, tel ha d o s d e g r afe no s e r ã o instalados em um condomínio ecológico de luxo. “Estamos em fase de
©DIVULGAÇÃO/TELITE
a Telha Colonial Plástica, que utiliza 100% de resíduos plásticos retirados do meio ambiente, cerca de 150 toneladas por mês. O novo modelo de telha de grafeno é desenvolvida em PE A D, p ol i e t i l e no d e a lt a densidade que é um polímero da família das poliole nas. Devido às suas propriedades mecânicas e térmicas, esse material atende segmentos de infraestrutura com alta durabilidade e facilidade na
convencionais. De acordo com a Telite, a camada de grafeno pode ser aplicada em qualquer telha, possibilitando a instalação e a cobertura de grandes áreas. O material é capaz de absorver energia solar em dias nublados e chuvos os, mantendo a sua capacidade de gerar eletricidade. Os primeiros testes com a nova telha serão realizados em duas casas, uma na região Sudeste e outra na região Sul do Brasil. Na
certi cação no Inmetro e a ideia é ter regiões diferentes, com climas distintos, para comprovar nossos testes de mais de quatro anos. A partir dessa validação, começa o processo de vendas para o público e, depois de seis meses, devemos iniciar a produção em massa”, completa o CEO da empresa.
também desenvolveu uma telha solar que já está sendo testada em duas residências do interior de São Paulo. O modelo é feito de concreto e possui células fotovoltaicas acopladas. As telhas já estavam sendo produzidas, sob demanda, na fábrica Tégula Solar, em Atibaia, interior de São Paulo. A produção, por e n q u a n t o, é v o l t a d a p a r a projetos-pilotos, como o re a lizado na Universid ade Fe dera l de Sant a C at ar ina (UFSC) e agora este residencial. O modelo fotovoltaico em concreto já foi aprovado pelo Inmetro e ganhou o nome de Tégula Solar. Um outro modelo, e m b r o c i m e nt o, a g u a r d a homologação do Inmetro e vai se somar a nova linha fotovoltaica da marca — a Eternit Solar. “Por ser o tipo de telha de maior
utilização nos estabelecimentos do país e com o custo mais acessível, poderemos oferecer a possibilidade de adesão à energia solar a uma grande parcela da população brasileira, popularizando esse acesso”, explica Luís Augusto Barbosa, presidente do Grupo Eternit. Outra vantagem, segundo ele, é que a telha solar será intercambiável com a telha tradicional da marca, podendo ser substituída nos pontos necessários sem precisar mudar a estrutura inteira da cobertura. “Feito isso, a ligação elétrica e a conexão com a rede de transmissão seguem os mesmos padrões e exigências dos sistemas tradicionais de placas fotovoltaicas”, a rma.
Telhas solares no Brasil Além da Telite, a Eternit
Biografia inédita sobre Kika e Raul Seixas é lançada “Coisas do Coração”, de Kika Seixas e Toninho Buda, apresenta documentos inéditos sobre a relação do casal ©DIVULGAÇÃO/UBOOK
Recém-lançada na Ubook, a maior plataforma de audiotainment da América Latina, a biogra a inédita de Kika Seixas, chamada “Coisas do Coração”, conta a história completa da ex-mulher do astro Raul Seixas. Escrita pela própria Kika Seixas e Toninho Buda, amigo do casal, a obra resgata a trajetória da autora ao lado do cantor. O livro foi uma homenagem à Vivian Seixas, lha de Raul, e foi lançado no dia 28 de maio no aniversário da herdeira do ídolo do rock brasileiro. A partir de uma linguagem autêntica, a autora apresenta a relação familiar do músico. A obra revela manuscritos de Maria Eugênia, mãe do astro, que até hoje nunca tinham sido divulgados. Além disso, no decorrer da leitura, os fãs poderão se deparar, também, com cartas trocadas entre Kika e Raul Seixas, revelando uma intimidade profunda e apaixonante.
“Em Coisas do Coração, quero que os fãs conheçam o Raul que eu conheci e tive a felicidade de conviver: as conquistas, os desa os, os problemas, en m, tudo que traz vida à memória dele. Entre momentos bons e outros nem tanto, foi realmente muito emocionante revisitar todas essas lembranças que estão no livro”, disse Kika Seixas. Repleta de histórias divertidas, o livro também resgata as memórias da autora ao lado do bailarino e amigo Lennie Dale, durante suas animadas viagens pela Europa. Por outro lado, a escritora revela os momentos emblemáticos de Raul Seixas, ao lutar contra o alcoolismo. Já sobre a parceria entre o casal, o amigo e escritor Toninho Buda disse: “Foi um período glorioso na carreira dele, quando em cinco anos lançou quatro LPs que lhe renderam dois Discos de Ouro: o Abre-te Sésamo e o
sucesso Plunct-Plact-Zuuum”. Por m, a versão audiobook desta ilustre biogra a conta com a narração da atriz baiana Sônia Dias, que interpretou a
voz de Maria Eugênia. Já o ídolo do rock foi interpretado por Nelito Reis, o ator que encenou o músico na peça teatral “Raul Seixas, uma
Metamorfose Ambulante”. Em comemoração ao lançamento, a Ubook montou, uma playlist exclusiva com 15 músicas cocriadas por Raul
Seixas e sua amada. As faixas podem ser disfrutadas gratuitamente na plataforma, a partir da Seção Music.