Jornal Fatos & Notícias 427

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ANO XI - Nº 427 17 A 24 DE JUNHO/2021 SERRA/ES

Educação Cultura Ciência e Tecnologia Meio Ambiente Saúde Economia Distribuição Gratuita

©GETTY IMAGES

GABRIELA MESSNER ARESI OLIVEIRA

8 Aprenda a preparar um lé de frango com manteiga de ervas cheio de sabor! Uma receita deliciosa, prática e rápida Pág. 8 JORGE PACHECO

8 Na CPI, Witzel tenta

envolver nome de Bolsonaro com assassinato de Marielle Pág. 5

ANA MARIA IENCARELLI

8 Cada espancamento mata um pouco a mulher. E, como é na maioria dos casos, diante dos lhos, mata também as Crianças Pág. 10

HAROLDO CORDEIRO FILHO

8 Vereador Piquet entrega comenda Zygmunt Bauman a aluno mais idoso de Vitória

Pág. 12

NÁGELA ISA CARNEIRO SIRQUEIRA

8 A única coisa que está ao

nosso alcance, é cuidar e transformar o que está dentro da gente Pág. 11

Estudantes brasileiros entre os melhores do mundo na robótica

FELIPE BRETAS

8 A dica cultural dessa

semana é a comédia nacional ‘Os Salafrários’ Pág. 3

TÁXI aéreo pode ser o futuro do transporte público Pág. 6

FOTO: JOEL SARTORE/NATIONAL GEOGRAPHIC

Estudantes brasileiros estão entre os finalistas de importantes competições mundiais de robótica

Pág. 9

Pág. 4

Com 109 anos, indiana já plantou mais de oito mil árvores Pág. 15

Abelhas dormem abraçadas no centro de uma flor e o registro encanta o mundo ©JOE M. NEELY

A fotografia retrata duas simpáticas abelhas dormindo abraçadinhas no centro de uma flor. Dá pra resistir? A cena que atinge os mais altos níveis de fofura Pág. 15

Menor dinossauro já encontrado é, na verdade, outro animal ©STEPHANIE ABRAMOWICZ/FUNDAÇÃO MUSEU PERETTI, A. BOLET ET AL/CURRENT BIOLOGY

USP busca voluntários para estudo sobre tratamento da depressão via smartphone Filhote de rinocerontebranco nasce em zoológico

Fósseis de dois espécimes preservados em âmbar — Oculudentavis naga (ilustrado) e O. khaungraae — foram identicados como espécies de lagartos que viveram cerca de 99 milhões de anos atrás Pág. 14

©REPRODUÇÃO YOUTUBE/10 BAY TAMPA

Este é o oitavo lhote de rinoceronte-branco do sul a nascer no ZooTampa dentro do programa de recuperação da espécie Pág. 2

Congresso gratuito para educadores com participações de Leandro Karnal e Conceição Evaristo Pág. 4


2 MEIO AMBIENTE

17 A 24 DE JUNHO/2021

O que é mata ciliar e qual a sua importância? Mata ciliar é a formação vegetal que protege as margens dos rios, córregos, lagos, represas e nascentes ©LUCIANO KENZI SAKEMI/WIKIMEDIA/CC BY 4.0

Mata ciliar é um termo utilizado para fazer referência à formação vegetal que se desenvolve às margens de rios, córregos, lagos, r e p r e s a s e n a s c e n t e s . Ta l nomenclatura relaciona-se à analogia que se faz entre a função das matas para os rios e a função dos cílios para os nossos olhos: proteção. De maneira geral, ela protege os rios de assoreamento e os corpos hídricos de poluição. A mata ciliar ocorre em diversos biomas, como Cerrado e Mata At l â n t i c a . Po r i s s o, p o d e apresentar tamanhos e tipos de árvores diferentes, muitas vezes relacionadas ao ambiente em que estão situadas. Por iss o, a mat a ci li ar é considerada pelo Código Florestal como uma “Área de Preservação Permanente”. Área de Preservação Permanente (APP) é uma “área protegida, coberta ou não por vegetação

nativa, com a função ambiental de preser var os recursos hídricos, a paisagem, a est abi lid ade ge ológ ic a e a biodiversidade facilitar o uxo gênico de fauna e ora, proteger o solo e assegurar o bem-estar

das populações humanas”, de acordo com o Novo Código Florestal. Ela busca atender ao direito fundamental de todo brasileiro a um “meio ambiente ecologicamente equilibrado”, conforme previsto no artigo 225°

Novas espécies de plantas foram encontrados em unidade de conservação do Pará Espécies foram encontradas em uma expedição as vegetações dos cerrados rupestres do Parque Estadual da Serra das Andorinhas

da Constituição da República Federativa do Brasil. As Áreas de Preser vação Permanente foram instituídas por Lei para mitigar os impactos socioambientais causados pela aç ão humana. Assim, el as

Nascimento aconteceu no zoológico de Tampa, EUA, e faz parte de programa pela recuperação da espécie

nos ajudam a subsidiar decisões, implantar ações e executar projetos, que auxiliem na gestão da área de desenvolvimento orestal do Pará", a rmou. De acordo com a gerente da Reg ião Administ rat iva do Araguaia (GRA), do Ide or-Bio, Laís dos Santos Mercedes Costa, estes registros são importantes para o Pesam, pois além de enriquecer o acervo botânico, atrai mais turistas e pesquisadores, já que se trata de espécies que mesmo com o forte verão amazônico, produzem ores de uma beleza extraordinária, fazendo um grande diferencial na área de transição entre dois biomas Cerrado/Floresta.

O Zoológico americano de Tampa, na costa da Flórida, anunciou o nascimento de um lhote de rinoceronte-brancod o - s u l , e s p é c i e af r i c an a cobiçada pelos seus chifres e protegida por autoridades ambientais internacionais. A boa notícia é parte do programa como parte do programa para salvar a espécie da extinção e o lhote que nasceu no último domingo, dia 13 de junho, está bem. A mãe e o bebê estão bem e saudáveis e, segundo o zoológico, o lhote “parece ser forte”.

A mãe, a fême a Ala ke, acasalou-se com o macho Ongava através dos Planos de Sobrevivência de Espécies, supervisionados pela Associação de Zoológicos e Aquários que protege espécies ameaçadas. Os rinocerontes-brancos

©REPRODUÇÃO/ZOOTAMPA

"Essa descoberta reforça a necessidade de expedições cientí cas nas unidades de conservação do estado do Pará, a m de aumentarmos o conhecimento sobre a distribuição da biodiversidade, sem a qual será impossível traçar estratégias para sua conservação", reforça o pesquisador. A presidente do Ide or-Bio, Karla Bengtson, destaca que é uma satisfação enorme, identi car uma espécie de grande importância para o Estado. "Essas descobertas destacam o grande potencial cientí co que existe dentro das nossas Unidades de Conservação, além de construir um acervo de conhecimento que

comprimem e provocam abalos na estrutura super cial. Outra forma de atuação das matas ciliares é na “ ltragem” do ambiente ao redor dos rios, evitando ou diminuindo a presença de sedimentos trazidos com a água das chuvas e da poluição. Além disso, permitem que os animais silvestres desloquem-se de uma região a outra para buscar alimentos e acasalar. Pode-se dizer que a principal causa de remoção das matas ciliares é a atividade pecuária, já que as áreas úmidas ao redor dos cursos d'água favorecem a pastagem em tempos de seca. Além disso, a atividade agrícola convenciona l, b as e ad a em m o n o c u l t u r a s , f av o r e c e a destruição desse tipo de v e g e t a ç ã o, au m e nt a n d o o assoreamento dos rios.

Filhote de rinocerontebranco nasce em zoológico

©DIVULGAÇÃO/MONTAGEM F&N

Foram catalogadas pela primeira vez, no estado do Pará, uma planta herbácea da família Amaryllidaceae (Zephyranthes cearensis) e uma planta trepadeira da família Pa s s i o r a c e a e ( Pa s s i o r a mansoi) registradas pelo pesquisador do Museu Paraense Emílio Goeldi, Leandro Ferreira, em uma expedição às vegetações dos cerrados rupestres do Parque Estadual da Serra das Andorinhas (Pesam), unidade de conservação de proteção i nt e g r a l , g e r e n c i a d a p e l o Instituto de Desenvolvimento Florestal e de Biodiversidade do Pará (Ide or-Bio), localizada no município de São Geraldo do Araguaia, que faz divisa com o estado do Tocantins.

possuem o objetivo de proteger os recursos hídricos, conservar a biodiversidade de espécies de plantas e animais, controlar a e r o s ã o d o s o l o e , consequentemente, o assoreamento e a poluição dos cursos d'água. Camaleão Furcifer Outra função das Áreas de labordi Pres er vação Permanente é proporcionar a in ltração e a drenagem pluvial, contribuindo para a recarga dos aquíferos e diminuindo a ação das águas na dinâmica natural, evitando e n x u r r a d a s , i nu n d a ç õ e s e enchentes. Para isso, é necessário que essas áreas sejam monitoradas pelo poder público. Como dito anteriormente, as matas ciliares representam uma proteção natural dos cursos d'água. Isso porque suas raízes impedem a ocorrência de casos de erosão uvial, em que as águas desgastam as bordas que as

também são conhecidos como rinocerontes-de-lábiosquadrados, sendo que este é o seu diferencial e não a sua cor. São a maior espécie de rinocerontes e se dividem entre rinocerontes-brancos do norte e do sul. Os rinocerontes-brancos-do-sul são mais comuns e sua população está em cerca de 18 mil animais. Já o rinoceronte-branco-donorte é extremamente raro e, em 2018, o último macho da espécie morreu. Cientistas estão tentado reproduzir estes animais usando material genético coletado anteriormente.

Jornalista Responsável: LUZIMARA FERNANDES redacao@jornalfatosenoticias.com.br Produtor-Executivo: HAROLDO CORDEIRO FILHO jornalfatosenoticias.es@jornalfatosenoticias.com.br comercial@jornalfatosenoticias.com.br Diagramação: LUZIMARA FERNANDES (27) 3086-4830 / 99664-6644 jornalfatosenoticias.es@gmail.com Facebook Jornal Fatos e Notícias Serra - ES

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"Feliz é a nação cujo Deus é o Senhor"

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Os artigos veiculados são de responsabilidade de seus autores


CULTURA 3

17 A 24 DE JUNHO/2021

Como surgiram as FELIPE BRETAS expressões 'queimar o filme' e 'cair a OS SALAFRÁRIOS COMÉDIA NACIONAL ficha'? Jornalista

DICA DA SEMANA

©PIXABAY

FOTO: REPRODUÇÃO

Q

uando você prejudica a reputação de alguém, costumamos dizer que você “queimou o filme” dessa pessoa. Ou seja, manchou a imagem do desafor tunado. Assim como a expressão “cair a f i c h a” ( e x p l i c a d o ab ai xo ) , “queimar o filme” é uma gíria atual, mas que já não faz sentido algum, devido aos avanços da tecnologia. Até bem pouco tempo atrás, quando se ia tirar ou revelar uma fotografia, era preciso tomar cuidado para não expor o filme a um excesso de luz. Isso queimaria e destruiria a imagem da foto. Por isso nasceu “queimar o filme” de alguém — também não se sabe quando exatamente o termo começou a ser usado. Porém, quando, em 1990, a empresa Kodak lançou a primeira câmera digital comercialmente disponível, ela deu o pontapé inicial para acabar com a queimação de filme. Atualmente, poucas pessoas

ainda conseguem queimar um filme — afinal, a maioria agora “deleta o arquivo”. 'Cair a ficha'

Us a d o p a r a d e s c r e v e r o momento em que conseguimos entender alguma coisa, o termo pode soar natural para quem usou orelhão público até os anos 1990. Mas, para as gerações acostumadas com o celular, sua origem talvez não seja tão clara. Os primeiros telefones públicos, da década de 1930,

funcionavam com moedas de 400 réis. A instabilidade da moeda, porém, fez com que a Telebras, em 1970, criasse fichas exclusivas ©REPRODUÇÃO/YOUTUBE

para os orelhões. A tal ficha só caía após a ligação se completar e a conexão ser estabelecida. Está aí a origem da frase, embora não haja registro de qu and o el a foi us a d a p el a primeira vez. A criação dos cartões telefônicos, no final do século passado, aposentou as fichas.

©DIVULGAÇÃO/NETFLIX

O

filme nacional de c o m é d i a O s Salafrários, lançado pela Netflix, em abril deste ano, não tem encantado o público como deveria, quem assiste não o recomenda. Isso acontece porque, quando terminamos de assistir ao filme, sentimos falta de algumas informações que foram deixadas de lado, isto certamente deve-se a algumas falhas de roteiro. O roteirista do longa, FIL BRAZ, conhecido por escrever filmes de sucesso como Minha Mãe é uma Peça, protagonizado por Paulo Gustavo e Tô Ryca, estrelado por Samantha Schmütz, que também faz parte do filme Os Salafrários ao lado de Marcus Majella, não conseguiu repetir a dose dos filmes anteriores e entregou algo bem básico para a direção de Pedro Antônio. Eu, particularmente, senti muito a falta de uma construção narrativa mais sólida, uma linha do tempo bem montada, algo mais dramático na trama. Os

dois protagonistas se esforçam muito para tirar algumas risadas de canto de boca. Quando o filme começa a se desenvolver, ele acaba. Com um final um pouco sem sentido, com um corte sem mais nem menos. Mesmo com tantos lapsos ao longo da história, vale assistir ao filme pelo trabalho dos atores, que se saem muito bem em filmes e projetos desse gênero. Samantha e Marcus têm muita química em cena e se complementam durante o filme a todo momento. SINOPSE Em Os Salafrários, Clóvis

Livro homenageia célebres figuras do samba carioca LUCIANO DANIEL

“Três poetas do samba-enredo”, de Rachel Valença, Leonardo Bruno e Gustavo Gasparani, apresenta a trajetória de nomes que marcaram a história do Carnaval ©DIVULGAÇÃO/COBOGÓ

(AVENTURAS NA HISTÓRIA)

©IVAN ERLER/ESTADO DO ESPÍRITO SANTO (BR), ONTEM E HOJE/FACEBOOK

Foto Antiga do ES

Estaleiro de Bento Ferreira — 1947 — Ilha das Cobras — VITÓRIA-ES

(Marcus Majella) reencontra Lohane (Samantha Schmütz), sua irmã adotiva que não via há anos. Enquanto Clóvis está sendo procurado pela polícia após aplicar um golpe em japoneses, Lohane também está em maus bocados, já que sua fonte de renda foi apreendida por agentes da prefeitura. Juntos, eles buscam superar as diferenças, a falta de intimidade e dar a volta por cima. Pode juntar os amigos, a família, a namorada, o namorado, quem você quiser para assistir ao filme. A classificação é 12 anos. Tá na Netflix!

Recém-lançada pela editora Cobogó, a obra “Três poetas do samba-enredo”, da pesquisadora Rachel Valença, do jornalista Leonardo Bruno e do dramaturgo Gustavo Gasparani, homenageia os mestres Aluísio Machado, David Corrêa e Hélio Turco. Este memorável livro apresenta a história de artistas que se dedicaram a combinar os versos e as melodias, marcando a história do Carnaval carioca. A partir de trajetórias pessoais, os autores mostram os bastidores desses três poetas do sambaenredo. Aluísio Machado marcou a vitória da Império Serrano em 1982, com o ines que cível s amb a - e n re d o “Bu m bu m paticumbum prugurundum”. Já David Corrêa, foi o responsável por compor “Das maravilhas do

mar fez-se o esplendor de uma noite”, do des le da Portela, em 1981. Por m, Hélio Turco escreveu “100 anos de liberdade — realidade ou ilusão”, que marcou a Mangueira em 1988. Por meio de uma linguagem emocionante, que faz uma verdadeira viagem no tempo, Rachel Valença narra a história de Aluísio. Leonardo Bruno, por sua vez, homenageia David. E Gustavo Gasparani apresenta a vida e obra de Hélio. “Descobrimos que um doou para a caridade a porta do

quarto da lha, o outro tinha uma mulher que falou mal do parceiro das composições no cabeleireiro, e o prosaico, o cotidiano vão nos apresentando, por trás das canções, os homens. Os três poetas aqui per lados representam a tenacidade das ge r a ç õ e s qu e s e s u c e d e m buscando a batida perfeita”, escreveu Milton Cunha no texto de orelha. Na primeira parte desta ilustre obra, os escritores revelam o contexto histórico e panorama d o gê ne ro s amb a - e n re d o, apresentando as transformações ao longo das décadas. Além disso, o texto é construído a partir da admiração dos autores pelos homenageados. “É uma espécie de farol para quem deseja navegar, a qualquer hora do dia ou da noite, pelo mundo do samba”, descreveu o jornalista e pesquisador Sérgio Cabral, no prefácio.


4 EDUCAÇÃO

10 A 17 DE JUNHO/2021

Estudantes brasileiros entre os melhores do mundo na robótica Torneios mundiais acontecem on-line com a participação de equipes do Brasil ©REPRODUÇÃO

Estudantes brasileiros estão entre os nalistas de importantes competições mundiais de robótica que acontecem em junho de maneira remota: a FIRST Robotics Competition (FRC), o Global Innovation Awards (GIA) e o F1 in schools. Conheça os torneios e as equipes que vão competir. A FIRST Robotics Competition é a categoria mais complexa entre as competições de robótica da F I R S T, o r g a n i z a ç ã o internacional sem ns lucrativos fundada em 1989 que promove diversos torneios. Nela, alunos de 14 a 18 anos do ensino médio constroem e programam robôs de grande porte, que chegam a 55 kg e 1,5 metro de altura, para realizar tarefas na arena.

O regional da América Latina, o cor reu em 11 de maio, e c on s a g rou qu at ro e qu ip e s brasileiras em diferentes premiações: a Megazord 7563, do Sesi/Senai de Jundiaí, SP; a Nióbio 7566, do Sesi/Senai de C ampinas, Hor tolândia e Valinhos, SP; a Under Control 1156, do Colégio Marista Pio XII de Novo Hamburgo, RS; e a Magic Island 5800, do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC). A Nióbio levou a Skills Competition, que, neste formato on-line, substituiu a partida em quadra. Participaram 1.302 equipes de diferentes países, divididas em 52 grupos, que enviaram os vídeos dos robôs completando as missões preestabelecidas pela

Alunos do ensino articulado Sesi e Senai na etapa regional América Latina da FIRST Robotics Competition organização. O grupo da Nióbio contava com competidores do

México, Singapura, Turquia, Israel e Estados Unidos, sendo ela a única representante da América Latina e do Caribe na lista dos 52 campeões. Uma de suas integrantes, Vanessa Mendes Vieira da Silva, foi premiada ainda na Dean's List, categoria individual que reconhece os competidores de

destaque. “Quando entrei no Sesi, no 1º ano, e tive meu primeiro contato com a robótica, foi um choque, porque não conhecia nada. Logo no início do ano, zeram um tour no fab lab, e eu falei 'quero ser parte disso'. Mesmo não podendo viajar neste ano, a gente teve contato com juízes de fora pela internet.

Mudou a minha percepção das coisas, amadureci”, diz Vanessa Mendes. Ela e o jovem Bruno Nunes Toso, mentor da Under Control 1 1 5 6 i n d i c a d o a o Wo o d i e Flowers — outra premiação individual — vão passar por mais uma rodada de apresentações, na primeira quinzena de junho, para disputar o título mundial, que será anunciado em 26 de junho. A equipe do Bruno Nunes, Under Control 1156, é ainda representante da América Latina no prêmio mais tradicional, o Chairman's, que consagra o trabalho da equipe nos últimos três anos. “Com o trabalho online, conseguimos aproveitar para desenvolver outras habilidades como equipe. Chegamos em um nível muito industrial, com a máquina mais complexa, tanto que vencemos uma categoria técnica, de design. Na hora de montar o robô, já tínhamos o projeto pronto, estruturado, e foi mais organizado”, destaca.

Estudantes da Serra Congresso gratuito para educadores produzem jornal e com participações podcast de Leandro Karnal ©ASCOM SEDU

A Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio (EEEFM) B elmiro Teixeira Pimenta, localizada na Serra, produz há algum tempo o próprio jornal: o BTPNews. Este ano, a escola conta com uma série de episódios de podcasts sobre an i m e s e a ns , i nt itu l a d a GeekCast. Essa ação é realizada por alunos, ex-alunos e pela professora de Matemática e idealizadora do projeto, Débora Araújo Torezani. “O tema Geek é bastante popular entre os jovens que curtem os famosos mangás e,

como os alunos vivem conectados, o podcast é bastante popular. A ideia principal da série Geekcast é dar oportunidade aos alunos de desenvolverem o protagonismo,

despertar a criatividade e até melhorar a autoestima, utilizando temas que eles se sintam envolvidos. Nada melhor do que os animes e a ns”, disse a profess ora D éb ora Araúj o Torezani. O projeto também busca a troca de experiências entre alunos de outras escolas, inclusive municipal, sendo eles o professor de química Pedro Henrique Gonçalves; os alunos Alexandre Feliz, Kauan Silva e Iasmim Rodrigues, da EEEFM Belmiro Teixeira Pimenta; o aluno Bernardo Araújo Souza, da Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) Valeriana Rosa Cezar; e Laura Cassiano, da Escola Estadual de Ensino Médio (EEEM) Professor Renato José da Costa Pacheco.

e Conceição Evaristo

José Pacheco e Dráuzio Varella são outros nomes confirmados em congresso da Árvore, que ocorre entre 29 de junho a 01 de julho ©REPRODUÇÃO/REVISTA EDUCAÇÃO

Entre os dias 29 de junho e 01 de julho acontece a 2ª edição do Conversas que transformam — congresso on-line e gratuito promovido pela Árvore para educadores e gestores. Convidados como Leandro Karnal, José Pacheco, Dráuzio Varella, Conceição Evaristo e Roberta Bento (SOS Educação) conversarão sobre temas atuais e relevantes da educação, como Novo Ensino Médio, leitura durante o ensino remoto e saúde mental. Serão três dias de trocas e conexões com foco no cuidado com o educador para resgatar sua disposição em fazer a diferença. Sempre numa faixa de horário pensada para você poder assistir e participar: a partir das 18h (Brasília). O objetivo nor teador do

evento é o acolhimento dos educadores, principalmente em um período tão desa ador. Esta edição contará com intérprete de libras, técnicas de relaxamento e atenção plena antes de cada mesa. Os participantes receberão certi cado ao nal do Congresso e poderão concorrer a kits com itens de autocuidado. A Árvore é a maior solução digital de leitura do Brasil, que tem o objetivo de

potencializar a educação e formar um país leitor. Con ra a programação completa do congresso gratuito para educadores e garanta sua v a g a : https://arvore.com.br/conversas q u e transformam?utm_source=revis ta_educacao&utm_medium=ref erral&utm_content=newsletter %20&utm_campaign=conversa squetransformam_2021.


POLÍTICA 5

17 A 24 DE JUNHO/2021

Jorge

Analista Político Jorge Rodrigues Pacheco é Advogado, Jornalista e Radialista

Pacheco

jorgepachecoindio@hotmail.com

“Cultivar estados mentais positivos como a generosidade e a compaixão decididamente conduz a melhor saúde mental e a felicidade//Por um lado, ter um inimigo é muito ruim. Perturba nossa paz mental e destrói algumas de nossas coisas boas. Mas, se vemos de outro ângulo, somente um inimigo nos dá a oportunidade de exercer a paciência. Ninguém mais do que ele nos concede a oportunidade para a tolerância”, Dalai Lama ©AP PHOTO/SÍLVIA IZQUIERDO/CÂMARA DO RIO DE JANEIRO

©PICTURE-ALLIANCE/AP IMAGES/A. BORGES

Bolsonaro pressiona Queiroga e mira discurso eleitoral ao falar sobre fim do uso de máscaras

candidato à Presidência da República em 2022. A negativa foi dada em entrevista ao programa Conversa com Bial, exibido pela TV Globo na madrugada desta quarta-feira (16). Em vez de disputar o

Estratégia política do presidente em declarações sobre a pandemia foi um dos temas do novo episódio do podcast Horário de Brasília. O presidente Jair Bolsonaro dobrou a aposta no discurso que nega a grave situação da pandemia no País ao defender o m do uso de máscaras e colocou sob pressão o seu quarto ministro da Saúde, Marcelo Queiroga. As falas do presidente ao longo desta semana mostram que a campanha eleitoral está em pleno curso, um ano antes do pleito. Queiroga, que chegou ao cargo defendendo uma "pátria de máscaras", teve de fazer uma ginástica retórica para justi car a fala do presidente, que pediu a el e u m p are c e r p ar a d e s obr i g ar vacinados e quem já teve a doença a usar máscara. O ministro saiu-se com a justi cativa de que se trata de medida ainda em estudo e que o presidente "está preocupado" com pesquisas relacionadas à doença. Mas, além de tentar elevar o descrédito a medidas de proteção ao vírus, a estratégia colocada em prática na última semana por Bolsonaro inclui duvidar do número crescente de vítimas da covid19. O País deve alcançar a marca de meio milhão de mortos pela doença nos próximos dias. Com isso, Bolsonaro dá a tônica que deve ser usada a partir de agora, já mirando o palanque eleitoral, quando seus rivais vão jogar luz sobre a trágica fatura da crise e os erros do governo no enfrentamento da pandemia. Diante da realidade que se impõe e do número crescente de mortos, Bolsonaro parece indicar que não basta mais dizer que se trata de "gripezinha" ou que sua oposição a medidas de restrição serve para que as pessoas não morram de fome. O presidente busca questionar a própria realidade, a rmando que os números são in ados, sem apresentar qualquer prova disso. O objetivo é claro: dizer que, como ele vaticinou lá atrás, não morreu tanta gente assim de covid.

Huck confirma novo programa na Globo e diz que não será candidato em 2022 O apresentador e empresário Luciano Huck a rmou que não vai se lançar como

Palácio do Planalto, ele con rmou que vai assumir os domingos da emissora, substituindo Fausto Silva. "Tenho certeza de que posso contribuir muito para o País estando nos domingos da Globo e fazendo um programa que se conecte com as pessoas, que ouça as pessoas, que traga a esperança de volta e resgate nossa autoestima", a rmou. "Mas isso não quer dizer que eu estou fora do debate público". Huck disse ter conhecido a realidade das diferentes regiões do País após viajar

Ao se colocar como possível terceira via em 2022, o projeto de Luciano Huck concorria com o do governador de São Paulo, João Doria (PSDB), que também tenta se lançar como alternativa à polarização por meio de aliança com partidos da centro-direita. No início do ano, especulou-se que o apresentador poderia integrar uma frente anti-Bolsonaro com participação d a e s qu e rd a . E m c onve r s a s n o s bastidores, ele elogiou a gestão do governador do Maranhão, Flávio Dino, do PCdoB. O deputado federal Orlando Silva (PCdoB-SP) chegou a indicar a possibilidade de fusão entre a legenda e o PSB para hospedar uma candidatura, e revelou que houve conversas entre os líderes dos dois partidos. As articulações de Huck para se lançar candidato ao Planalto não são recentes. O apresentador chegou a cogitar ingressar na corrida eleitoral em 2018, i n c e nt i v a d o p e l o e x - p r e s i d e nt e Fernando Henrique Cardoso, mas descartou a possibilidade após pressão da TV Globo. Perguntado sobre sua escolha na ocasião, ele a rmou que "disse não em 2018 porque o sistema estava derretido", e repetiu que "falta projeto de País" ao Brasil.

©DIVULGAÇÃO

AJUFE

por 21 anos gravando quadros de seu programa, o Caldeirão, o que o teria incentivado a pensar soluções para p r o b l e m a s s o c i a i s . No e nt a nt o, classi cou sua trajetória como "mais política do que partidária", e descartou a intenção de tentar chegar ao Planalto ano que vem. "Eu nunca me lancei o cialmente como candidato a nada, para deixar claro, então não estou retirando uma candidatura", acrescentou. O apresentador criticou a tentativa de politização das Forças Armadas pelo atual governo. "Acho arriscado colocar em risco essa relação por projetos pessoais e partidários que se sobrepõem à missão dos militares", disse, ressaltando que considera esse debate como "muito importante na defesa da democracia". "Tem um monte de gente hoje que você vê que está na vida pública, que o projeto é pessoal". Sinalizando uma candidatura que se opusesse à polarização entre Lula e Bolsonaro, o empresário e apresentador vinha mantendo conversas com ao menos seis partidos desde o ano passado. Em 2021, Huck se aproximou do PSB, após sua relação com o DEM esfriar devido à guinada governista da legenda. Seu nome também foi sondado pelo PSDB, Podemos, Cidadania e PSD, mas nenhum aceno resultou em liação partidária.

Na CPI, Witzel tenta envolver nome de Bolsonaro com assassinato de Marielle Durante depoimento na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid nesta quarta-feira (16), o exgovernador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, alegou que estados e cidades " caram totalmente desamparados do apoio do governo federal", o que di cultou o combate à pandemia do novo coronavírus Sars-CoV-2. O p olít ico explicou que a fa lt a de efetividade na luta contra a emergência sanitária também se deu pela demora da administração de Jair Bolsonaro para i n i c i a r o p a g a m e nt o d o au x í l i o emergencial, no ano passado. "São várias declarações minhas que estão nos órgãos de comunicação a m de que nós pudéssemos fazer com que o governo federal rapidamente aprovasse o auxí lio emergenci a l, p ara que a população se sentisse acolhida. Se você pede para car em casa porque é necessário, e a população não tem uma resposta do auxílio emergencial na mesma agilidade que as medidas de combate à pandemia eram acionadas, evidentemente que você tem di culdade de conduzir a pandemia. Então, demorou o auxílio emergencial", a rmou o ex-governador.

De acordo com o político, o envio das verbas federais aos estados para a gestão da pandemia não foi su ciente. "Desde o começo da pandemia, os governadores clamaram pela aprovação rápida do auxílio emergencial. Sabíamos que haveria redução de ICMS, de ISS e que somente o governo federal é que pode lançar mão de recursos para encaminhar aos estados", acrescentou. Witzel aproveitou seu depoimento para criticar o presidente Jair Bolsonaro e ressaltou que a situação da pandemia no Brasil seria melhor se tivesse ocorrido um "diálogo" entre os governos estaduais e federal. Ele a rmou que "suplicou" à presidência para encontrar soluções no controle do novo coronavírus. "Se o Brasil tivesse, através do governo federal, não sido negacionista, e desse determinação ao Itamaraty para que negociasse com o governo chinês, alemão e dos Estados Unidos para trazer insumos, respiradores e agora as vacinas, nós não teríamos cado à mercê dos preços dos mercados internacionais". Além disso, Witzel defendeu que a gestão Bolsonaro criou uma narrativa estrategicamente pensada - que os governadores destruiriam os empregos — para poder se livrar das consequências do que viria com a pandemia. "Ele sabia que o isolamento social traria consequências. Como tem um país onde o presidente da república não dialoga com governador do estado? O único responsável pelos 450 mil mortes tem nome e endereço", enfatizou. Witzel deixou o cargo de governador do Rio de Janeiro no nal de abril após o Tribunal Especial Misto aprovar por unanimidade seu impeachment. Ele foi considerado culpado por crime de responsabilidade na gestão de contratos de Saúde durante a pandemia e estava afastado desde agosto de 2020. Ao ser questionado sobre um possível sup er faturamento na compra de respiradores para o estado, o exgovernador pediu para se retirar, e a sessão foi encerrada. Uma decisão do ministro Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal (STF), garantiu a Wi t z e l a p o s s i b i l i d a d e d e n ã o comparecer ao depoimento. Caso comparecesse, ele poderia car em silêncio e não rmar compromisso de dizer a verdade. Quando Witzel pediu para sair da sessão, o depoimento dele já durava mais de quatro horas. "Agradeço a

oportunidade, agradeço as perguntas, e tenho certeza que muito temos a contribuir futuramente", nalizou. Além disso, Witzel disse que sua saída do cargo tem ligação com as investigações no caso Marielle. "Tudo isso começou por que eu mandei investigar sem parcialidade o caso Marielle", disse o ex-governador. "Por trás do meu impeachment estão aqueles que se aliaram a esse discurso de p e r s e g u i ç ã o a o s g ov e r n a d ore s " , prosseguiu.

Câmara de Vitória decidiu arquivar denúncia de machismo contra vereador Gilvan da Federal No nal de abril a vereadora, Camila Valadão (Psol), entrou com uma representação na Corregedoria-Geral da Câmara de Vitória contra o vereador Gilvan da Federal (Patriota). A parlamentar alegou prática de "atos incompatíveis com a ética e o decoro parlamentar". Relator do processo, Maurício Leite (Cidadania) já tinha emitido parecer contra representação por entender que "o representado não extrapolou as prerrogativas inerentes ao mandato. Apenas explicitou sua opinião política”. A Câmara de Vitória arquivou o processo aberto pela vereadora por quebra de decoro contra o colega Gilvan. Nesta quarta-feira (16), André Brandino (PSC), Armandinho Fontoura (Podemos), Duda Brasil (PSL) e Maurício Leite (Cidadania) votaram a favor do arquivamento. O presidente da Corregedoria, Anderson Goggi (PTB) não tem direito ao voto. Apesar de discordar, Camila disse que já esperava a decisão. “O relatório tem vários erros. Ele faz um juízo de mérito, o que extrapola sua competência. E, para além disso, sendo mais grave ainda, é a avaliação dos vereadores de que tudo que foi proferido contra mim não con gura quebra de decoro parlamentar. Então, dizer que 'não tenho moral', que sou 'canalha' e 'covarde' foi interpretado como normal. O que é lamentável, pois isso é uma violência", disse a vereadora. ©DIVULGAÇÃO

Eduardo Leite 'SERESTA DE TODOS OS TEMPOS' — COM JORGE PACHECO E SEUS CONVIDADOS ESPECIAIS SEXTAS-FEIRAS, ÀS 20 HORAS — WEBRADIOCENTENARIOFC – SERRA–ES


6 TECNOLOGIA

10 A 17 DE JUNHO/2021

Bicicleta híbrida tem Táxi aéreo para 40 pedais, bateria elétrica passageiros pode ser o futuro do e painel solar Modelo permite deslocamentos com pedaladas e eletricidade e pode ser recarregado com luz solar

transporte público

©FACEBOOK/ORGANIC TRANSPORT

Quando comparamos bicicletas e carros elétricos, a transição para as bikes podem fazer mais no combate às mudanças climáticas. Mas, muitas pessoas não têm energia para longas pedaladas ou têm receio de condições climáticas ruins na hora de se locomover pelas cidades. Nestes dois casos, a ELF pode ser o meio de transporte que faltava. A bicicleta elétrica lançada pela Organic Transport está fazendo sucesso nos Estados Unidos ao misturar pedais, motor elétrico e um painel solar. Tudo isso numa estrutura que protege quem está pedalando, ou simplesmente se deslocando com esta bike híbrida. O slogan “Queime calorias, não óleo” chama a atenção para outro benefício da ELF, desta vez para o meio ambiente, já que o deslocamento não gera emissões de CO2. Mas, nem sempre é preciso queimar calorias, já que é possível acionar o motor elétrico e parar de pedalar.

©KELEKONA/DIVULGAÇÃO

Sem o uso dos pedais, entra em ação um motor de 600 watts com b ater ias de 48V). Q uando funciona sozinho, o motor tem autonomia de quase 29 quilômetros e, combinado com os pedais, pode rodar cerca de 50 pedalando. Segundo os fabricantes, a ELF pode atingir até 48km/h. Outra novidade é a possibilidade de carregamento das baterias por meio de um painel solar de embutido no teto da estrutura que envolve a bicicleta. Para a recarga completa são necessárias oito horas de sol ou de duas a quatro horas na rede

elétrica. Considerada pelos seus idealizadores como o “veículo mais e ciente do planeta”, a ELF está sendo vendida nos Estados Unidos por cerca de US$ 8,9 mil e a fabricante a rma que tem recebido encomendas de outros países, como Austrália, Fiji, Alemanha e Holanda. A Organic Transport oferece três modelos diferentes: um individual, um com uma segunda leira de bancos e um modelo para uso pro ssional, que pode ser usado para serviços de vigilância, gestão de eventos ou manutenção.

No futuro, o transporte de passageiros e até mesmo de carga poderá ser feito com uso de um ônibus voador elétrico. Ao menos é isso o que promete a startup de Nova York Kelekona, que apresentou um projeto conceitual de um veículo do tipo com capacidade de ser um táxi aéreo para até 40 passageiros sentados. Com design futurista — uma espécie de mistura de dirigível com disco voador — o ônibus voador elétrico ainda está em e stu d o s , mas s e u c r i a d or, Braeden Kelekona, tem planos ousados para ele. O empreendedor acredita que a

aeronave terá papel importante no transporte público do futuro, oferecendo viagens longas e rápidas a preços mais baixos do que os oferecidos atualmente. Para isso, é preciso que a aeronave aguente bastante tempo no ar, e a Kelekona diz que planeja capacidade similar à bateria do Tesla Model 3 em um modelo que roda a 3,6 megawatt hora — nível de energia s u c i e nt e p a r a a l i m e nt a r centenas de casas. A Kelekona não é a única empresa trabalhando em veículos do tipo. A Uber também planeja um serviço de táxi aéreo chamado Uber Elevate, previsto

para ser lançado lá fora em 2023. Com capacidade de transportar quatro passageiros e um piloto, o projeto da Uber teria uma grande desvantagem em relação ao da Kelekona, que teria espaço para 10 vezes mais passageiros. Os planos ousados da Kelekona envolvem criar, no futuro, diversas rotas aéreas para seus veículos. O primeiro trajeto em estudo é entre Manhattan e os Hamptons — entre a cidade de Nova York e os subúrbios. Atualmente, empresas aéreas cobram US$ 85 para um voo de 30 minutos — a Kelekona faria o m e s m o t r aj e t o e m t e mp o semelhante, mas com preço equivalente ao de uma passagem de trem. Vale ressaltar, no entanto, que tudo isso não passa de promessa, ao menos por enquanto. A Kelekona ainda não conseguiu construir um modelo próprio para testes, realizando estudos com simulação em computadores. Mas, se tudo der certo, a empresa planeja fazer o primeiro voo para carga em 2022 e iniciar em 2024 o transporte de passageiros humanos.

Uma 'capa da invisibilidade' pode estar cada vez mais Este é um portal que próxima permite ver outra parte do mundo em tempo real ©REPRODUÇÃO

A camuflagem óptica é algo que permite que objetos fiquem ocultos ou se tornem invisíveis quando a luz é direcionada ao redor de qualquer coisa colocada dentro de uma “capa”. Esse conceito se popularizou bastante na ficção graças à “capa da invisibilidade”, que é uma das “relíquias da morte” da série de livros de “Harry Potter”, escritos pela britânica J.K Rowling. Porém, uma tecnologia que permita que objetos sejam protegidos da vista pode virar realidade mais cedo ou mais tarde. Uma nova pesquisa, liderada p or cient ist as do Instituto Toyota de Pesquisa da América do Norte, nos Estados Unidos, tem examinado o desenvolvimento de uma “capa da invisibilidade”, que funcione em luz incoerente natural e possa us ar comp onentes ópt icos padrão, em uma pesquisa que já está em andamento há cerca de 20 anos.

Os cientistas examinaram pontos cegos que ocorrem em veículos, como os pilares do para-brisa e as barras que enquadram o vidro da frente de um carro. Na vida real, uma capa de invisibilidade teria uma gama bastante ampla de aplicações, como a camuflagem de equipamentos de guerra, vigilância, remoção de pontos cegos em veículos e até mesmo espaçonaves e células solares, que podem se tornar mais eficientes. “Estamos sempre procurando maneiras de manter os motoristas e passageiros seguros enquanto dirigem”, declarou o autor principal do estudo, Debasish Banerjee, ao Phys.org. Para isso, os pesquisadores da Toyota começaram a explorar se poderiam fazer a luz contornar os pilares de uma forma que os fizesse parecer transparentes. Avanços em metamateriais e complexos de engenharia de

metais e dielétricos, para a manipulação de ondas eletromagnéticas, abriram uma possibilidade real de construir capas ópticas em torno de um objeto, fazendo com que a luz incidente o contornasse. Contudo, o encobrimento óptico perfeito requer o espalhamento total de ondas eletromagnéticas ao redor de um objeto em todos os ângulos e polarizações possíveis em uma faixa ampla de frequência, independente do meio, algo que ainda não é tecnologicamente possível. “Um dos verdadeiros d e s af i o s é qu e t e m o s qu e otimizar os elementos ópticos em torno de um objeto para que a s re l a ç õ e s d e f a s e s e j a m preservadas”, disse Banerjee. Para otimização do desenvolvimento das capas, os pesquisadores usaram inteligência artificial e machine learning para ajudar na resolução de certos desafios. Essas ferramentas podem ser extremamente poderosas para prever e analisar respostas ópticas desses dispositivos ou detectores sem a necessidade de simulações demoradas e caras. Com isso, é possível aumentar a gama de dispositivos de invisibilidade inteligentes, que se adaptem a diferentes movimentos, formas e ambientes.

Como num lme de cção cientíca, 'Portais' nas ruas de Vilnius e Lublin conectam transeuntes em tempo real ©PORTA/COLOSSAL/REPRODUÇÃO

Antes de embarcar no trem para suas viagens matinais, os residentes de Vilnius, na Lituânia, podem cumprimentar amigos que passam por uma praça principal em Lublin, na Polônia, apesar de estarem a mais de 600 km de distância. Graças ao “Portal”, um par de telas elegantes instalado nos centros das cidades, os transeuntes têm a oportunidade de acenar e socializar com seus colegas como se estivessem lado a lado na rua. Chamada de “ponte visual”, a instalação futurística

se assemelha a grandes orbes redondas embutidas com telas e

câmeras que transmitem visualizações dos dois locais em tempo real. “Portal” é o culminar de cinco anos de pesquisa e design, e o projeto de expansão para cidades ao redor do mundo, com mais dois dispositivos semelhantes chegando a Reyjavik (Islândia) e Londres (Inglaterra) em breve.


CIÊNCIA 7

17 A 24 DE JUNHO/2021

Astrônomos detectam no espaço mais de 500 misteriosas rajadas rápidas de rádio Graças a um telescópio canadense e uma equipe internacional de pesquisadores, centenas de misteriosas rajadas rápidas de rádio (FRB, na sigla em inglês) foram descobertas no espaço ©CC BY 4.0/ESO/M. KORNMESSER

As or i g e n s d e s t e s c l a rõ e s luminos os br i l hantes, que duram meros milissegundos, são desconhecidas porque as explosões são imprevisíveis e elas desvanecem rapidamente. Pela primeira vez as FRB foram observadas em 2007. Na década seguinte foram somente detectadas aproximadamente 140 explosões em todo o Universo. "O problema com as FRB é que elas são realmente difíceis de detectar", disse Kiyoshi Masui, professor assistente de física no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT). "Você

precisa ter seu radiotelescópio apontado para o lugar certo na hora certa e você não consegue prever onde e quando isso acontecerá", explicou. A maioria dos radiotelescópios apenas vê um pedaço do céu do tamanho da Lua em um determinado momento, o que signi ca que a grande maioria das FRB não é vista, detalha Masui, escreve a CNN. Tudo mudou quando o telescópio CHIME, localizado no Obser vatório Astrofísico Dominion na Columbia Britânica, no Canadá, começou a receber sinais de rádio em seu

primeiro ano de operação. O radiotelescópio estacionário detectou, entre 2018 e 2019, 535 novas rajadas rápidas de rádio. Isso permitiu que os cientistas criassem o catálogo CHIME destas rajadas, que foi apresentado na quarta-feira (9) no 238º Encontro da Sociedade Astronômica Americana. O catálogo não só expande o número conhecido das FRB, mas também aumenta a informação disponível sobre suas propriedades e localizações. Enquanto a maioria das rajadas foram eventos únicos, 61 delas foram rajadas repetidas de 18 fontes. Estas últimas aparecem de forma diferente — cada lampejo repetido dura um pouco mais de tempo do que as rajadas únicas. Quando uma explosão se repete, os cientistas têm muito mais chances de rastreá-la até seu ponto de origem. Além do mais, esses locais podem também ajudar a determinar o que causa as explosões.

Crescimento desigual do núcleo da Terra intriga cientistas ©FORPLAYDAY/ISTOCK/GETTY IMAGES

FERNANDO FRAZÃO/AGÊNCIA BRASIL

A milhares de quilômetros embaixo da terra, está ocorrendo um fenômeno cientí co que ninguém sabe explicar. É que o núcleo interno do nosso planeta, uma massa compacta de ferro e níquel, está crescendo mais rápido de um lado que do outro. Um e s t u d o r e a l i z a d o p o r sismólogos da Universidade da Califórnia, em Berkeley, nos Estados Unidos, e publicado na revista cientí ca Nature Geoscience, revelou que a área do núcleo, localizada numa zona abaixo do mar de Banda, na Indonésia, é maior que a parte qu e s e e nc ont r a no out ro extremo, debaixo do Brasil. Por meio de simulações de computador, os especialistas criaram uma espécie de mapa que mostra o crescimento do núcleo da Terra durante os últimos um bilhão de anos. E chegaram à conclusão que ele se comportou num "padrão desequilibrado", com novos "cristais de ferro" que se formam

mais rapidamente do seu lado asiático. "O lado oeste tem aparência diferente do lado leste até o centro, não só na parte superior do núcleo interno, como alguns BOB BEHNKEN sugeriram. A única maneira de explicar isso é que um lado esteja crescendo mais rápido que o outro", disse Daniel Frost, um dos cientistas que participaram da pesquisa, em um comunicado. De acordo com os especialistas, esse fenômeno tem implicações para o campo magnético da Terra (que nos protege das partículas perigosas do Sol). Isso

porque o campo magnético é formado pela convecção no núcleo externo, impulsionada pela liberação de calor do núcleo interno. Segundo o cientista, a melhor forma de visualizar o que está acontecendo a milhares de quilômetros de profundidade é imaginar um corte do tronco da árvore formado por anéis de crescimento que partem de um ponto central. O centro dos anéis, neste caso, seria deslocado do centro da árvore, de modo que os círculos quem mais espaçados no lado leste da árvore e mais próximos no lado oeste.

Descobertas duas novas espécies de esquilo-voador do tamanho de gatos no Himalaia ©OF QUAN LI

Não é fácil sobreviver nas encostas rochosas castigadas pelo vento no Himalaia, lar das montanhas mais altas do mundo. Além de grandes rochas e cavernas, há apenas algumas árvores irregulares que for ne cem prote ç ão cont ra predadores e rajadas de vento mais fortes. Um dos habitantes resistentes dessa região é o esquilo-voadorlanoso (Eupetaurus cinereus), um dos maiores esquilos do mundo, que mede cerca de 90 centímetros e pesa aproximadamente dois quilogramas. Também é um dos mamíferos menos conhecidos do planeta: identi cado pela primeira vez há 130 anos, o roedor do tamanho de um gato doméstico foi considerado extinto até sua “redescoberta”, na década de 1990. Kristofer Helgen, cientista líder e diretor do Instituto de Pesquisa do Museu da Austrália, interessou-se pelo estudo de animais que são considerados incertezas cientí cas. Intrigado c o m a l g u n s a v i s t a m e nt o s recentes de esquilos no Himalaia, Helgen — que é explorador da National Geographic — e seus colegas decidiram estudar a fundo essa espécie misteriosa, examinando espécimes de museus e coletando dados de avistamentos obtidos através de câmeras camu adas. Os resultados levaram a uma re v i r avolt a i n e s p e r a d a . O es qui lo-vo ador-lanos o, na verdade, são duas espécies distintas que vivem a milhares de quilômetros de distância, no teto do mundo: o esquilo-voadorlanoso-tibetano (Eupetaurus tibetensis) e o esquilo-voadorlanoso de Yunnan (Eupetaurus nivamons). De acordo com um estudo publicado na revista cientí ca Zoological Journal of the Linnean Society, o primeiro vive na fronteira entre Índia,

Butão e Tibete, e o último vive milhares de quilômetros ao leste, na província de Yunnan, no sudoeste da China. “Essa descoberta é animadora”, a rma John Koprowski, especialista em esquilos da Universidade de Wyoming, que não participou da pesquisa. “O desconhecimento da existência de dois animais relativamente grandes mostra como sabemos pouco sobre o mundo natural”. O habitat rochoso do esquilolanoso, em altitudes de quase cinco mil metros, é remoto e desabitado, motivo pelo qual poucos cientistas ocidentais conseguiram observar o animal na natureza. Os hábitos noturnos e o pelo marrom-acinzentado do animal, que se confunde com a cor das rochas, di cultam ainda mais sua localização. Quando o zoólogo Old eld omas o identi cou em 1888, ele observou que “nenhum zoólogo ousou descrevê-lo”. Em 1994, o animal foi “redescoberto” pelo zoólogo Peter Zahler em um local remoto do Paquistão, permitindo que os cientistas aprendessem mais sobre a discreta espécie — que ela se alimenta apenas de folhas de pinheiro e de zimbro, e que seus dentes grandes são sulcados, para triturar folhas cerosas e extrair seus poucos nutrientes. Além disso, a denominação “esquilos-voadores” é um pouco inadequada: os animais deslizam por rochas e penhascos usando a pele esticada entre as patas

PRECISÃO

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dianteiras e traseiras. Suas caudas longas e peludas, muitas vezes do mesmo comprimento do corpo, agem como um leme e podem funcionar como um guarda-chuva no caso de uma tempestade repentina. O corpo grande e o pelo denso do roedor também conservam calor em meio às montanhas gélidas. Quanto mais Helgen e o colega Stephen Jackson aprendiam sobre o esquilo, mais acreditavam que o Himalaia poderia abrigar mais esquilosvoadores-lanosos do que se pensava. Quando Helgen e Jackson visitaram oito museus do mundo inteiro para examinar 24 espécimes de esquilo-lanoso — o mais novo deles com quase 50 anos — descobriram que o formato dos crânios dos esquilos apresentava diferenças consideráveis e que o animal que receberia o nome E. tibetensis tinha uma mancha preta na cauda, inexistente nos outros animais. A análise de DNA con rmou que se tratava de duas espécies distintas. “Essas espécies caram na gaveta de um museu por 100 anos até seus segredos serem revelados”, comenta Melissa Roberts Hawkins, curadora de mamíferos e especialista em esquilos da Instituição Smithsoniana. Hawkins explica que a análise da estrutura corporal e genética é essencial para o estudo de esquilos-voadores porque “dois esquilos podem ter aparências muito diferentes e pertencerem à mesma espécie, ao passo que outros dois esquilos podem parecer idênticos, mas estarem separados por vários milhões de anos de evolução”. Como a informação foi obtida através de um número limitado de espécimes de museu, Helgen explica que o tamanho da população e as ameaças sofridas pela espécie de esquilo-lanoso são desconhecidos. “Este é apenas o começo”, conclui Helgen. “Agora que foram identi cados, os cientistas podem entender melhor como eles vivem”.


8 BEM-ESTAR

10 A 17 DE JUNHO/2021

GABRIELA MESSNER ARESI Obesidade infantil causa OLIVEIRA complicações emocionais e sociais Filé de frango com Nutricionista - CRN:14100665

Nutricionista mostra como a obesidade infantil também prejudica a interação e o aprendizado dos mais novos

manteiga de ervas

©SHUTTERSTOCK/SPORT LIFE

A obesidade infantil é um dos mais sérios desa os da saúde públic a do s é c u lo X XI. O problema é global e está afetando muitos países de baixa e média renda, particularmente em ambientes urbanos. As taxas de sobrepeso e obesidade em crianças e adolescentes em todo o mundo, aumentaram de menos de 1% (equivalente a cinco milhões de meninas e seis milhões de meninos) em 1975 para quase 6% em meninas (50 milhões) e quase 8% em meninos (74 milhões) em 2016. A quantidade de obesos cresceu mais de dez vezes, de 11 milhões em 1975 para 124 milhões em 2016. No Brasil a prevalência de sobre preso e obesidade em crianças e adolescentes foi de 14,1%, já em menores de dois anos a prevalência foi de 6,5%. O crescente número de obesidade i n f ant i l e st á ass o c i a d o a o surgimento de comorbidades, anteriormente consideradas doenças "adultas". Estas condições incluem, apneia do sono, diabetes mellitus tipo 2, asma, esteatose hepática (doença hepática gordurosa), doença cardiovascular, colesterol alto, colelitíase (cálculos biliares), intolerância à glicose, resistência à insulina, problemas de pele, anormalidades menstruais, equilíbrio prejudicado e problemas ortopédicos. Embora a maioria das condições físicas de saúde associadas à obesidade sejam evitáveis e possam desaparecer

©GUIA DA COZINHA

quando uma criança ou adolescente alcança um peso saudável, algumas continuam tendo consequências negativas ao longo da vida adulta. É importante saber que a obesidade infantil pode afetar profundamente a saúde física, o bem-estar social, emocional e a autoestima das crianças. Estudos mostram que crianças com sobrepeso ou obesas, tem quatro vezes mais probabilidade de ter problemas de aprendizado em relação seus pares com peso normal. Elas também são mais propensas a faltar na escola, especialmente aqueles com condições crônicas de saúde, como diabetes e asma. A obesidade infantil tem sido descrita como sendo uma das condições mais estigmatizante e menos socialmente aceita nessa época da vida. Estas crianças são frequentemente provocadas, intimidadas, estereotipadas, marginalizadas e discriminadas por seu estado. Discriminações foram relatadas em crianças a partir dos dois anos de idade.

Crianças obesas são excluídas de atividades competitivas na escola. Muitas vezes é difícil para elas participarem de atividades físicas, pois tendem a ser mais lentas que as de seus pares, além disso enfrentam falta de ar. Estas consequências sociais negativas contribuem para di culdades permanentes no controle do peso, baixa autoestima, baixa autocon ança e imagem corporal negativa de muitas crianças. As crianças e adolescentes te nd e m a s e prote ge r d o s comentários e atitudes negativas, re t i r a n d o - s e p a r a l u g a re s seguros, como suas casas, onde podem buscar comida como um c on for to. A l é m d iss o el as também têm menos amigos, o que resulta em menos interação social e brincadeiras ativas, gastando mais tempo em atividades sedentárias. Prevenção é a chave do sucesso n o c ont ro l e d a o b e s i d a d e infantil, pois muitas crianças obesas acabarão se tornando adultos obesos.

Para boas noites de sono, mantenha o metabolismo equilibrado Conheça os alimentos que são os aliados e inimigos do sono, ajuste o metabolismo e combata ao transtorno da insônia ©GETTY IMAGES

Irritabilidade, cansaço c o n s t a nt e , d i c u l d a d e d e concentração e de memorização. Estes são alguns sintomas decorrentes da ins ônia. O transtorno do sono prejudica a capacidade das pessoas adormecerem ou terem um sono de qualidade e que interfere diretamente no bem estar e na rotina de quem sofre desse mal. Há quem apresente esse quadro somente em momentos especí cos da vida, devido a diversas fontes de estresse, mas

U

ma receita deliciosa, prática e muito rápida para o dia a dia! Aprenda a preparar um lé de frango com manteiga de ervas cheio de sabor!

os lés dos dois lados até dourar. R e t i re e c o l o qu e e m u m a travessa. Volte a frigideira ao fogo médio, coloque o restante da manteiga, o orégano, o manjericão, o alecrim, o tomilho e refogue por dois minutos.

Despeje sobre os lés e sirva acompanhado da salada e do arroz. Rende 4 porções Fonte: Terra

Ingredientes 4 lés de peito de frango Sal e pimenta-do-reino a gosto 5 colheres (sopa) de manteiga 1 colher (chá) de orégano 1 colher (chá) de manjericão fresco picado 1 colher (chá) de alecrim fresco 1 colher (chá) de tomilho fresco Salada de alface, cebola em rodelas, cenoura ralada e arroz branco para acompanhar Modo de preparo Tempere os lés com sal e pimenta. Aqueça uma frigideira com grelha com metade da manteiga, em fogo alto, e grelhe há aqueles em que a insônia se torna crônica, prejudicando o m e t a b o l i s m o, o s o n o e a qualidade de vida por meses ou até anos, mesmo depois que o estresse inicial tenha passado. Segundo a nutróloga Nívea Bordin Chacur, da Clínica Leger, para se ter uma boa qualidade de sono e um corpo saudável é preciso ter uma liberação de hormônios adequada. "Uma pessoa com alimentação tóxica, rica em aç úcar, re nados, embutidos ou álcool, não possui um metabolismo equilibrado. Como consequência, não conseguirá ter um sono tranquilo, ou seja, uma má alimentação leva a uma alteração no metabolismo. Para que os hormônios sejam liberados de forma correta no organismo é preciso ter uma alimentação saudável", ressalta a médica. Falando em hormônios adequados ao sono, Nívea

(27) 3241-5997/3241-6081/99238-2020

r e f o r ç a a i mp o r t â n c i a d a melatonina, considerada um excelente oxidante. "Os alimentos que contém melatonina são o ovo, peixe, l e it e , f r ut a s c om o c e re j a , morango e kiwi, que quando consumidos com moderação, em pequenas porções, podem ajudar a manter uma rotina de sono equilibrada. Cereja, com aveia e um ozinho de mel pode ser uma ótima receita para a noite", diz. Para a especialista, a ingestão noturna de alimentos com gordura hidrogenada, presentes na margarina, no macarrão instantâneo ou ainda os famosos "snacks" como sorvete, pipoca e biscoito, possuem uma digestão difícil, causando um desconforto abdominal, piora no metabolismo, prejudicando assim a iniciação do sono e, consequentemente, a insônia. "A cafeína também é um grande

vilão, pois pode acelerar a frequência cardíaca, aumentar o uxo urinário, causando a inquietação noturna de precisar levantar para urinar ao longo da noite", lembra a médica. S egundo a nutróloga, o segredo para uma dieta e qu i l i br a d a j á c om e ç a n o momento que despertamos pela manhã. "Precisamos ter um café da manhã bem rico em nutrientes, cereal, proteínas e carboidratos, pois quando não nos alimentamos ao longo do dia de forma correta e balanceada, a noite acontecerá o desequilíbrio, a fome exagerada, que pode aparecer para compensar um almoço não realizado, por exemplo". O resultado do acúmulo de refeições realizadas de forma incorreta ao longo do dia pode fazer com que a pessoa durma por tempos curtos noturnos e desperte ao longo da madrugada s e m u m s on o prof u n d o e reparador. "Quem não dorme bem tem di culdade para sair da cama, se sente cansado ao longo do dia, com olheiras, dores musculares, gera aumento de peso, ansiedade e irritabilidade. Dormir bem ajuda o metabolismo a funcionar bem", garante a médica Nívea Bordin Chacur.


SAÚDE 9

17 A 24 DE JUNHO/2021

USP busca voluntários para estudo sobre tratamento da depressão via smartphone ©NIK SHULIAHIN/UNSPLASH

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o Brasil é o segundo país das Américas com m a i or nú m e ro d e p e s s o a s deprimidas. No País, o número de diagnósticos é equivalente a 5 , 8 % d a p opu l a ç ã o. Ne ss e cenário, pesquisas para novos tratamentos desse transtorno são fundamentais, como aqueles que envolvem neuromodulação. Este é o caso de estudo da Universidade de São Paulo (USP) que busca voluntários com idades entre 18 e 59 anos e com diagnóstico con rmado da doença. A terapia, em fase de testes, combina estimulação transcraniana por corrente contínua (ETCC) e atividades psicoeducacionais on-line. O diferencial é que será aplicada diretamente na casa dos participantes, através de um aparelho para a neuromodulação conectado a um smartphone. Este equipamento é uma espécie de tiara que deve ser xada na testa do usuário, de onde é possível enviar sinais elétricos, e foi desenvolvido pela empresa

Flow Neuroscience. Desenvolvida pelo Instituto de Psiquiatria (IPq) do Hospital das Clínicas (HC) da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP), o estudo avaliará a e cácia de um aparelho portátil de ETCC, que deve ser conectado, via Bluetooth, a um aplicativo de smartphone. “As sessões de ETCC são realizadas durante 30 minutos por dia, em ambiente domiciliar, sob sup er visão remota de nossa equipe de

pesquisadores”, comentam os psiquiatras André Brunoni e Lucas Borrioni, que coordenam o projeto, para o Jornal da USP. No total, o objetivo do estudo é avaliar 210 participantes durante seis semanas. “Neste período, uma parte será randomizada para receber placebo, e a outra parte, diferentes combinações dos tratamentos ativos”, explicam os pesquisadores. “Após as seis semanas iniciais, os participantes poderão escolher se desejam

receber os tratamentos ativos, de forma aberta, por até seis meses, se houver indicação médica para c o n t i n u a r e m n o e s t u d o”, detalham sobre a possibilidade de todos os voluntários se aproveitaram do novo tratamento. A nal, o que é ETCC e o que isso tem a ver com o tratamento d e d e p r e s s ã o ? “A E T C C [estimulação transcraniana por corrente contínua] é um método aprovado, recentemente, pela

Agência Nacional de Vigilância Sanitária [Anvisa], e que ainda é pouco usada nos serviços de s a ú d e ”, c o m e n t a m o s pesquisadores. “Trata-se de uma mo d a lid ade indolor e não invasiva de neuromodulação, na qual o participante ca sentado enquanto recebe a estimulação” de baixa intensidade, explicam. Além de ser considerada uma técnica segura e indolor, os coordenadores do estudo ressaltam que a terapia pode ser combinada ou não com medicações antidepressivas, dependendo da orientação médica. “O princípio básico de ação da ETCC é a aplicação de uma corrente elétrica de intensidade muito baixa, equivalente à corrente de uma pilha comum, através de áreas do cérebro que estão disfuncionais durante os episódios depressivos”, descrevem. É como se a corrente elétrica modulasse positivamente o funcionamento de regiões cerebrais afetadas, o que deve acarretar o alívio dos sintomas depressivos. Além de ter entre 18 e 59 anos,

os voluntários do estudo da USP precisam ter um diagnóstico de depressão unipolar, sem outros d i ag nó st i c o s p s i qu i át r i c o s con itantes, e sem doenças clínicas graves. Outra questão é que os participantes poderão, caso queiram, continuar com doses estáveis de antidepressivos que já estejam em uso antes de ingressar no estudo. “As respostas [da pré-seleção] serão avaliadas e, se houver critérios clínicos e de segurança, os participantes serão convidados a participar de uma videoconferência com nossa equipe de pesquisadores, onde serão con rmados os critérios de inclusão e de segurança, para ingresso no estudo”, comentam os pesquisadores. Para participar da pré-seleção de voluntários sobre o novo método para o tratamento da depressão, é necessário que o interessado responda a um f o r m u l á r i o, q u e p o d e s e r acessado pelo endereço e l e t r ô n i c o : https://redcap.hc.fm.usp.br/surv eys/?s=PDEXTCYKEL.

Vacina contra Alzheimer câncer de ovário é aprovada em 2ª fase de testes em humanos ©ISTOCK

©FREEPIK

Segundo artigo publicado no periódico Nature Aging, uma vacina experimental contra o Alzheimer, desenvolvida pela Axon Neuroscience, foi aprovada em sua segunda fase de testes em humanos, conduzida ao longo de 24 meses. A substância se mostrou segura e produziu resposta imunológica a determinados fatores da doença. De um total de 193 participantes, 117 receberam 11 doses da chamada AADvac1, baseada em peptídeo, enquanto o restante, em estudo duplocego e randomizado, tomou placeb o. Os imunizados manifestaram altos níveis de atuação de anticorpos IgG contra aglomerações anormais

de proteínas tau, prejudiciais ao cérebro. O último ensaio sugeriu uma neurodegeneração mais l e nt a n o pr i m e i ro g r up o, reduzida em cerca de 30% quando comparada à da outra parcela. Nesta etapa, não se sabe, ainda, se a vacina possibilita a reversão da condição. Petr Novak, líder da pesquisa, declarou em entrevista ao MedPage Today: "Até onde sei, esta é a primeira vez que uma imunoterapia com alvo tau mostrou evidências claras de impacto no processo neurodegenerativo e uma forte indicação de efeito clínico em pacientes com per l con rmado de biomarcador da doença de Alzheimer". Apesar dos sinais promissores,

destaca o time, ainda é cedo para comemorar. Isso porque, em toda a amostra, efeito signi cativo algum foi encontrado em testes cognitivos funcionais, assim como os resultados, além de atestarem exclusivamente a ausência de efeitos adversos, estão relacionados a uma pequena quantidade de indivíduos, especialmente os afetados pelo Alzheimer ligado à tau. Mais pesquisas, então, são necessárias. D e to do mo do, em um subconjunto especí co, 109 pacientes tinham maior probabilidade de positividade para os biomarcadores avaliados, e o fato é importante. Além disso, dúvidas são comuns na procura por algo que auxilie cerca de 35,6 milhões de pessoas n o mu n d o at i n g i d a s p e l a doença, segundo estimativas da Organização Mundial da Saúde. Por m, ajustes serão necessários aos testes de multiplicidade, já que algumas limitações não foram préespeci cadas no protocolo do estudo. "Esses resultados devem, portanto, ser interpretados com cautela e exigirão con rmação no desenvolvimento clínico futuro", ponderam os cientistas.

Discreto, silencioso, de difícil detecção precoce e com sintomas que podem ser confundidos com os de outras doenças. Assim é o câncer de ovário, a segunda neoplasia que mais acomete o sistema reprodutor feminino, atrás apenas do câncer de colo do útero. O câncer, ou neoplasia, é caracterizado pelo crescimento desordenado de células que invadem tecidos ou órgãos próximos ou mesmo distantes, formando tumores. No caso do ovário, 95% dos casos têm origem nas células epiteliais, que são as que revestem o órgão. Os outros 5% podem ocorrer nas células germinativas, aquelas que formam os óvulos, ou nas células estromais, as que produzem os hormônios femininos. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), a estimativa é que em 2020 foram registrados 6.650 novos casos de câncer de ovário no país, o que representa 3% das neoplasias detectadas em mulheres. Os dados de 2019 indicam 4.123 mortes decorrentes da doença naquele ano. Os fatores de risco para o câncer de ovário incluem o avanço da idade, a infertilidade, a primeira menstruação precoce, antes dos 12 anos, e a menopausa tardia, após os 52 anos. Também devem ser considerados o histórico familiar de neoplasias

de ovário, colorretal e de mama, excesso de peso corporal e os fatores genéticos de mutações em genes como BRCA1 e BRCA2. Por outro lado, o risco de câncer de ovário é reduzido nas mulheres que tomam contraceptivos orais e nas que tiveram vários lhos. Não há prevenção para a doença, mas é recomendado às mulheres que tenham fatores de risco manter o p e s o c o r p o r a l s au d á v e l e consultar o médico com regularidade, sendo ainda mais importante a partir dos 50 anos. O exame preventivo g ine cológ ico, chamado de Papanicolau, não detecta o câncer de ovário, pois ele é especí co para o câncer do colo do útero. A detecção precoce do câncer de ovário é feita por meio de investigação com exames c l í n i c o s , l a b o r at o r i a i s o u radiológicos, que devem ser feitos nas mulheres com sinais e

sintomas sugestivos ou nas que integram os grupos com maior chance de desenvolver a doença. Geralmente não ocorre o diagnóstico precoce do câncer d e ov ár i o, j á qu e e l e n ã o apresenta sintomas iniciais especí cos. Quando o tumor cresce, ele pode causar pressão e provocar dor ou inchaço abdominal, na pelve, nas costas ou nas pernas. Nas fases mais avançadas da doença, também pode causar náusea, indigestão, perda de apetite e de peso, gases, prisão de ventre ou diarreia e cansaço constante. O tratamento é feito com cirurgia ou quimioterapia, de acordo com o tipo histológico do tumor, ou seja, qual tipo de célula foi afetada. Também in uenciam no tratamento adotado a extensão da doença, a idade e as condições clínicas da paciente, bem como se o tumor é inicial ou recorrente.


10 Criança hoje, Criança amanhã

10 A 17 DE JUNHO/2021

ANA MARIA IENCARELLI Psicanalista Psicanalista Clínica, especializada no atendimento a Crianças e Adolescentes Presidente da ONG Vozes de Anjos http://www.anamariaiencarelli.blogspot.com

A Violê ncia contra a Mulher e a Criança. Suas diversas formas, cada vez mais naturalizadas — Parte XII Cada espancamento mata um pouco a mulher. E, como é na maioria dos casos, diante dos lhos, mata também as Crianças ©ILUSTRAÇÃO: ANTÔNIO JUNIÃO/PONTE JORNALISMO

O

espaço que há entre a letra da Lei, o e nte nd i me nto e a execução da lei, é enorme. A tal ponto que, por vezes, não é possível reconhecer que se trata d a m e s m a l e i , t am an h a a diferença. A escrita não altera a Cultura de determinado comportamento. O machismo est r utura l, p or exemplo, patrocina a violência doméstica q u e a c o nt e c e a c a d a o i t o minutos, apesar da existência da L e i Mar i a d a Pe n ha . F i c a evidente que uma lei não muda um comportamento. E mais, a divulgação de uma modalidade de violência parece se tornar o marketing para um aumento acentuado daquele tipo de violência. Tivemos a Juíza Viviane assassinada com 16 facadas, em frente a suas três lhas pequenas, no nal da tarde da véspera do Natal. Desde então, assistimos a uma enorme in ação de casos de assassinatos de mulheres com chuvas de facadas.

Entrou em moda o Feminicídio a facadas. Ele contempla vários pontos

favoráveis ao agressor criminoso: a catarse do ódio irracional, em seus

desdobramentos. Este tipo de Feminicídio traz a crueza, a concretude do sangue nas mãos, do Poder Absoluto da Posse vivenciado a cores, e aos gritos. Barbarismo. Não tem a instantaneidade do tiro que cala e alardeia o estampido. Gritos que ecoam, mas não são escutados porque são a repetição dos espancamentos anteriores, dos pedidos de socorro que foram ouvidos e não atendidos por vizinhos e familiares. E se juntam à constatação do “ele está batendo nela de novo”. E, na verdade, ele está matando a mulher ou ex-mulher. De novo. Cada espancamento mata um pouco a mulher. E, como é na maioria dos casos, diante dos lhos, mata também as Crianças. Não há possibilidade de haver, como brada a justiça, uma mesma pessoa que seja um mau marido e um bom pai, ao mesmo tempo. A nal, espancar a mãe da Criança é, no mínimo, desorganizar os processos de identi cações que fazem parte f u n d a m e n t a l d o des envolvimento. As duas principais guras desses processos são a mãe e o pai. A Criança irá se identi car com a mãe, sofrendo as dores e a revolta pela opressão vivida nos e s p an c am e nt o s , ou i r á s e identi car com o pai opressor daquela mulher, na maioria das vezes por medo daquela fúria v ist a. E st as ident i c açõ es sofrerão replicações ao longo da vida, e oprimida ou opressora,

esta Criança rep etirá este mo d el o n a s su a s rel a ç õ e s afetivas e sociais, vida afora. Modelo nada saudável para uma sociedade. A Violência da Omissão de Familiares, Amigos e Vizinhos, tor na-s e um p ac to com o a g r e s s o r, r e f e r e n d a n d o e autorizando as agressões. Temos recentes exemplos disso que acabaram em tragédias. Mais uma Criança de quatro anos, morta a pontapés com o conhecimento e testemunho de várias pessoas, familiares e pro ssionais. Talvez tenham pensado que alguém iria resolver. A própria Criança? Cúmplices. O Infanticídio foi aceito até o Século XVII. Os pais, homens, podiam matar os lhos, ou jogá-

los nas masmorras para sempre. Até hoje, no entanto, é cometido no nosso País, por motivo torpe, principalmente como ato de Violência Vicária: “Não vou tocar um dedo em você, vou atingir o que você mais ama”. A sentença de morte está dada. Pode ser uma morte em vida

como a que retira a Criança dos braços da mãe pelo uso da fraude que virou lei da alienação parental, essa locução inventada pelo médico pedó lo, sem nenhuma comprovação cientí ca. Ou pode ser uma morte total, contribuindo para os números subnoti cados de Infanticídios, dissimulados pela Sociedade e pelas Instituições que deveriam proteger. A Violência Social contra Mulheres e Adolescentes pega uma carona no veículo virtual. To d o s s e a r v o r a m j u í z e s implacáveis escondidos atrás de uma telinha de computador ou de celular. A começar pelas palavras usadas, as mais duras, ofensivas, e, por vezes, de baixo calão, são facadas que derrubam a dignidade daquele que está em julgamento sumário. Defesa? Contraditório? Não. É sumário. E, ao contrário do nosso sistema judiciário que é, in nitamente, Recursal, no tribunal virtual, não há nenhuma apelação. Insultos de grosso calibre têm levado ao desespero. Há algumas semanas, uma adolescente de Recife não suportou a pressão e se suicidou. Já foram alguns adolescentes, vítimas do linchamento virtual. O Cyberbullying, bem estudado por Aloma Felizardo, tem cometido condenações a vulneráveis, chegando a levá-los à morte. A violência letal da terminologia usada é chocante. Os adjetivos desquali cativos brotam para esmagar a vítima, carregados de um caminhão de ódio, com mentiras travestidas de verdades, essas muito menos numerosas, meias-verdades, verdades distorcidas, e agora, o

mais novo, as Pós-verdades, executam a aniquilação da pessoa que está sendo alvo. É o descompromisso total com o outro. A ausência absoluta de solidariedade e de empatia. E, a ânsia, a volúpia por um Poder Predador para satisfazer justiceiros arbitrários.


COMPORTAMENTO 11

17 A 24 DE JUNHO/2021

Hipnoterapeuta / Mentora Gestacional Cel.: (27) 99947-8786 Instagram: @nagelaisa.oficial

As mentiras que a mente conta ©WAYHOMESTUDIO/FREEPIK

A

maioria de nós acredita piamente nas justi cativas que nosso cérebro dá. Quando recebo um cliente em meu consultório trazendo queixas como depressão ou ansiedade, logo ele faz um discurso atrelando esses sentimentos a seus pais, relacionamentos ou situações vividas. Mas, em seu discurso, o que verdadeiramente é real é sua impressão sobre aquilo que aconteceu. Ou seja, suas emoções, como ele se sentiu diante das situações vividas. As emoções são as sensações físicas que experimentamos. O aperto no peito, o nó na garganta, as mãos geladas, o coração acelerado, um calor interno... a maneira de explicarmos isso é através de palavras, o que chamamos de sentimentos. Amor, raiva, culpa, ansiedade, tristeza... Por isso, os sentimentos são coisas diferentes para cada pessoa. Primeiro porque o corpo de cada um reage de maneiras diferentes aos estímulos, depois porque nosso vocabulário é

restrito demais para signi car tantas sensações! De uma forma ou de outra, tentamos justi car conscientemente o que sentimos em nosso corpo, muitas vezes nos rotulando erroneamente ou, ainda, criando determinismos. A história de vida e tudo que nela acontece, é totalmente diferente de uma pessoa para outra. E dizer que alguém sente isso porque aconteceu aquilo na sua vida é um ato falho. Evidência disso, é que muitos tratamentos não resultam em transformação signi cativa. Levando muitas pessoas a passarem anos e anos procurando culpas ou culpados,

remoendo dores ou justi cando as angústias, sem eliminar o sofrimento de suas vidas. Ou ainda se medicando, na tentativa de fazer a mudança física reverter um quadro emocional. O que acontece é que, na maioria das vezes, as pessoas não estão buscando uma solução e, sim, um salvador ou alguém que valide suas dores. Sim. Porque a solução precisa de ação, mudança, reconhecer e modi car atitudes. O que as outras pessoas fazem não tem o poder de determinar nossa vida, a não ser quando nós concedemos esse poder a elas.

Entenda, carregar a dor ou sofrimento só faz mal a nossa vida. O outro vai continuar sendo o outro, agindo e pensando da forma que aprendeu. A única coisa que está ao nosso alcance, é cuidar e transformar o que está dentro da gente. E não adianta saber fatos ou situações que nos zeram mal. Isso, em si, não tem tanta relevância como muitos insistem em observar. O problema surge a partir da percepção individual que cada um tem sobre as circunstâncias, ou seja, a emoção que está relacionada a isso. Se bastasse apenas saber os motivos

do sofrimento, as pessoas não teriam doenças e transtornos mentais e emocionais, pois seriam facilmente eliminados. Por trás de tudo isso existe o aprendizado, o padrão emocional que foi criado. E modi car isso exige um trabalho de reforma profundo. Nosso cérebro, ao longo da vida, cria as memórias e sinapses que correlacionam emoções e s itu a ç õ e s . R a c i on a l m e nt e , muitas vezes sabemos que não precisamos sentir determinadas emoções ou agir de determinadas maneiras. Porém, iss o é automático, porque é mais fácil e ©FREEPIK

economiza mais energia para nosso corpo, quando o cérebro cria esses caminhos fáceis de serem acessados. Isso é o aprendizado, o padrão emocional, o script! E por isso é tão difícil mudar essas sensações apenas percebendo que elas existem ou o s mome nto s e m qu e el as aparecem. A Hipnoterapia faz esse trabalho profundo, de reeducação mental e reintegração do sistema emocional. E é por isso que me encanta tanto! O cérebro é um universo a ser desvendado e quanto mais o vejo, mais me admiro. Ele é capaz de reaprender e se adaptar ao novo, sempre que o estimulamos a isso, ao que chamamos de neuroplasticidade. Só é preciso a abordagem e a ferramenta corretas, para que essa transformação possa ser feita de forma e caz e breve, sem que se precise passar anos olhando para a dor sem saber o que fazer com ela. E através dessa transformação que as verdades surgem, trazendo a liberdade e o prazer de volta!

'Tratamento do silêncio' causa insegurança e afeta autoestima nas relações ©ISTOCK

Recusar-se a ouvir e conversar com o lho ou o parceiro após uma briga — e até mesmo sumir e não retornar mensagens ou ligações telefônicas — são as principais formas do "tratamento do silêncio", uma espécie de abuso emocional que afeta a autoestima e provoca muito sofrimento em quem o recebe. O "tratamento", na verdade, é o silêncio do abusador, que passa dias (e até meses) sem falar com a vítima, geralmente após ter sido confrontado ou contrariado de alguma maneira. "O agressor, quando está frustrado, se recusa a dialogar e decide não falar como forma de punir e inferiorizar o outro", explica Ricardo Milito, psicólogo membro do conselho de administração do Instituto Bem do Estar, em São Paulo. Segundo ele, quem recorre a esse tipo de resolução de con itos costuma ser autoritário e buscar a submissão do outro. "É um comportamento que reforça essa

postura de 'impor respeito' e de dependência", a rma. O resultado é que a vítima se sente vulnerável, culpada e pode car ansiosa tentando entender o que fez de tão errado para ser ignorada. "É como se o outro falasse que a opinião da pessoa não importa, que a vontade do abusador é a que vale", a rma Ana Cleyde Carneiro Lima, psicóloga do Ho s pit a l Un i v e r s it á r i o d a Un i v e r s i d a d e F e d e r a l d o Maranhão (UFMA), que faz parte da Rede Empresa Brasileira de S er viços Hospitalares (Ebserh). O tratamento do silêncio costuma partir de pessoas que não possuem capacidade de dialogar, ou seja, de ouvir o outro e respeitar outros pontos de vista que não o seu. "A pessoa não sabe o que é assertividade, não consegue resolver con itos e acaba achando que tem que impor seus pontos de vista sendo

agressivo, usando a força", acredita Lima. Essa postura pode ser tanto um re exo de imaturidade e falta de inteligência emocional da pessoa como uma "herança" de uma educação autoritária e também silenciadora, sem o incentivo à conversa e ao respeito. Uma das formas mais comuns de aplicação do tratamento do si lêncio é na e duc aç ão de crianças e adolescentes. O compor tamento é bastante frequente em famílias que optam por educar os lhos de forma autoritária — sem dar espaço para que eles expressem descontentamento ou contrariedade diante das regras e valores da casa. O silêncio, então, viria como forma de punir o enfrentamento ou o questionamento, obrigando o lho a mudar seu comportamento "na marra" para voltar a ser considerado parte da família. O problema é que, especialmente em crianças pequenas, esse tipo de comportamento abusivo pode ser extremamente doloroso. "A criança não sabe interpretar o silêncio e não sabe se aquilo vai ser para sempre", avalia Milito. Resultado: a vítima passa a se sentir menos merecedora de amor, tem dúvidas sobre a própria importância na vida familiar, começa a duvidar da própr i a c ap a c i d a d e e m s e

comunicar e pode até começar a a c re d it a r q u e o s própr i o s sentimentos não têm relevância. "Isolar alguém é uma forma de castigo. Nós somos seres sociais, precisamos dessa interação", a rma Gi Bauxita, escritora e educadora parental. "O silêncio diante de uma criança chorando, fazendo birra, é uma violência e traz consequências, como toda agressão". Se você recebeu o tratamento do si lêncio na infânci a, o primeiro passo é reconhecer que isso é uma forma de violência — mesmo que não tenha chegado às vias de fato. "A ausência de tapa não signi ca que não houve

abuso", reforça Bauxita. Nesse caso, é importante admitir que passou pelo problema e aceitar as emoções que virão a seguir. "É importante permitir sentir tudo para conseguir lidar com os sentimentos e começar o processo de cura", avalia. Agora, se a indiferença está vindo de um parceiro ou até mesmo um amigo ou colega de trabalho, vale reforçar que você está aberto ao diálogo e que gostaria de conversar para resolver a questão. "Se a pessoa se recusar, não insista, não peça d e s c u lp a s ou i mp l ore p or atenção, pois isso só fortalece o abusador", avalia Milito.

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Se após alguns dias, ele ou ela voltar a falar com você como se nada tivesse acontecido (o que é bastante comum), é preciso retomar o assunto. "Tem que questionar, perguntar o que houve, por que o sumiço, o que aconteceu para o outro s e comportar assim e que não gostou de ter sido tratado dessa maneira", diz o especialista. Em último caso, vale reavaliar a importância da relação na sua vida e até buscar a ajuda de um psicólogo para navegar melhor por esse processo. "O importante é sempre pontuar e deixar claro que essa forma de abuso não será tolerada", acredita Cleyde.


12 OLHAR DE UMA LENTE

10 A 17 DE JUNHO/2021

HAROLDO CORDEIRO FILHO Haroldo Cordeiro Filho - Jornalista DRT: 0003818/ES Coordenador-geral da ONG Educar para Crescer

Vereador Piquet entrega comenda Zygmunt Bauman a aluno mais idoso de Vitória O senhor Pedro Francisco de Souza é aluno da Educação de Jovens e Adultos (EJA), da EMEF Suzete Cuendet, em Maruípe ©ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO

O

vereador de Vitória, Leandro P i q u e t (Republicanos), homenageou o aluno mais idoso da rede municipal de Vitória: Pedro Francisco de Souza, de 102 anos, com a comenda Zygmunt Bauman — sociólogo polonês que utilizou o c o n c e i t o d e “Modernidade Líquida” ou “PósModernidade”.

"Ao entregar a comenda Zygmunt Bauman ao senhor Pedro Francisco de Souza, fazemos uma referência a esta modernidade líquida à qual Bauman se r e f e r e . Paradoxalmente, o aluno mais idoso da nossa cidade representa a cara da modernidade! Pedro está em constante atualização", disse o vereador Leandro Piquet.

O aposentado é aluno da Educação de Jov e n s e Ad u l t o s ( E JA ) , d a E M E F Suzete Cuendet, em Maruípe. Na imagem, o idoso está ao lado do lho, André, e de sua nora Cláudia. Depois de receber a comenda Zygmunt Bauman, durante a reunião da Comissão de E duc aç ão, na Câmara de Vitória, na quarta-feira (16), seu Pedro Francisco foi levado, junto do seu

lho André e da sua nora Cláudia, para um almoço. E, para a grata surpresa do Seu Pedro, que é fã do prefeito Lorenzo Pazolini, o chefe do Executivo Municipal foi até o local para saudar o aposentado, que é exemplo de d e d i c a ç ã o e modernidade, ao re tor n ar à e s c ol a mesmo depois do seu centenário!

Majeski indica ampliação de vagas de mestrado e doutorado para professores da Rede Estadual TATI BELING

Edital aberto oferta apenas 24 vagas para um total de 6,6 mil professores efetivos da Sedu ©ELLEN CAMPANHARO/ALES

publicado pela Sedu, as inscrições do Pró-Docência prosseguem até o dia 28 de junho e estão disponíveis 20 vagas para mestrado acadêmico ou pro ssional e quatro para doutorado acadêmico ou pro ssional. Ao participar, o professor, dentre os benefícios concedidos, não sofre prejuízos nos vencimentos e vantagens mensais. “Esse é um ponto que necessita

©GETTY IMAGES/ISTOCK

governo do Estado para a ampliação da oferta de vagas de capacitação de professores no programa Pró-Docência Stricto sensu. Ofertado pela Secretaria de Estado da Educação (Sedu), o programa de capacitação é exclusivo para os pro ssionais

d e put a d o e s t a du a l S é rg i o Majeski apresentou indicação ao

efetivos do magistério público estadual que ainda não possuem

pós-graduação Stricto sensu, mestrado ou doutorado, no nível pleiteado. “As metas dos planos Nacional e Estadual de Educação têm como objetivo elevar gradualmente o número de matrículas na pós-graduação Stricto sensu para os professores. Desde 2015, quando assumi o meu primeiro mandato, insisto

no compromisso de professor em promover uma educação pública de qualidade, p or acreditar que só por meio dela que alcançaremos o desenvolvimento da nossa sociedade. Um dos desa os que o Estado deve enfrentar está relacionado à atratividade e à permanência na carreira do cente, em que de vemos considerar como fatores essenciais as condições de trabalho, o salário, os planos de carreira e a formação inicial e continuada”, destaca Majeski. D e a c ord o c om o e d it a l

Sedu licenças remuneradas e, até mesmo, não remuneradas para dar continuidade à formação. Prejuízo para o pro ssional e, principalmente, para a educação capixaba”, completa Majeski. Uma das emendas apresentadas por Majeski ao projeto que vai de nir a próxima Lei de Diretrizes Orçamentárias do Estado estabelece prioridade no Orçamento 2022 de recursos para a formação de professores

©ISTOCK

P

rofessor com mais de 30 anos de experiência em sala de aula, mestre em Educação pela Ufes e presidente da Frente Parlamentar em Defesa do Cumprimento dos Planos Nacional (PNE 2 0 1 4 / 2 0 2 4 ) e E st a du a l d e Educação (PEE — 2015/2025), o

de melhor esclarecimento. Infelizmente temos recebido reclamações constantes de professores relatando a di culdade em conseguir junto à

em nível de pós-graduação. O objetivo é favorecer a ampliação da quali cação dos pro ssionais da educação no próximo ano.


BRASIL 13

17 A 24 DE JUNHO/2021

A semana em Brasília S e no Haroldo Cordeiro Filho Luzimara Fernandes

jornalfatosenoticias.es@gmail.com

PICTURES/GETTY IMAGES

Comissão debate situação de órfãos da covid-19 nesta sexta-feira

E

Ales — Comissão debate ações contra o trabalho infantil ALES

LIA DE PAULA/AGÊNCIA SENADO

A situação de crianças e adolescentes órfãos em razão da pandemia será tema de debate, nesta sexta-feira (18), da Comissão Temporária da Covid-19 (CTCOVID-19), que acompanha as ações de combate à doença. Requerida pela senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA), a audiência pública remota terá início às 10h e poderá ser acompanhada pelos canais da TV Senado no YouTube. Estão con rmadas as presenças do promotor de Justiça da Infância e da Juventude de São Luís, Márcio adeu Silva Marques e do jornalista Walberto Maciel que também é autor da ideia legislativa proposta no Portal e-Cidadania para criação de um fundo de amparo aos órfãos da covid-19. A audiência também debaterá projetos que já tramitam no Senado sobre o assunto. É o caso do PL 4.414/2020, do senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), que altera o Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei 8.069, de 1990) para agilizar o acolhimento de crianças e adolescentes órfãos ou abandonados devido à pandemia de coronavírus. Outra iniciativa que deve ser foco da audiência pública é o PLP 213/2020, da senadora Eliziane Gama, que estabelece uma renda mensal de R$ 800 para famílias vulneráveis com crianças de até seis anos de idade. No requerimento para a realização do debate, a senadora argumenta que a pandemia causou a morte de muitos idosos que sustentavam suas famílias, assim como pais e mães em idade laboral, “legando um grande contingente de crianças e adolescentes órfãos e cujas famílias não têm condições de prover o seu sustento".

Costurarte volta para mudar realidades na Serra

©EDSON REIS/SECOM-PMS

CMA debaterá poluição nos oceanos causada por plástico descartável Lixo acumulado nas praias ou na superfície representa apenas 1% do plástico total que é despejado nos oceanos. A Comissão de Meio Ambiente (CMA) do Senado tem reunião na segunda-feira (21), às 14h30, para debater a poluição por plástico descartável e seus impactos. A audiência pública faz parte das atividades da campanha Junho Verde 2021. Foram convidados para o debate Denise Hamú, representante do programa da Organização das Nações Unidas para o Meio Ambiente; Marcelo Montenegro, autor do Atlas do Plástico e coordenador da Fundação Heinrich Böll; Roberto Rocha, representante da direção do Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis; e André Barreto, coordenador do Programa de Monitoramento de Praias (PMP) da Petrobras, em Santa Catarina. Quem pediu a realização da audiência foi o senador Fabiano Contarato (Rede-ES). De acordo com o senador, o lixo acumulado nas praias ou na superfície representa apenas 1% do plástico total que é despejado nos oceanos, os 99% restantes acabam a centenas de metros de profundidade e “colocam em risco áreas de alto valor biológico, como montanhas, cânions e escarpas submersas. São verdadeiros aterros de lixo plástico nas profundezas do mar”. Contarato também a rma que o fundo do mar abriga grande biodiversidade e é região estratégica para alimentação e reprodução de corais, baleias e tubarões. Além disso, informa o senador, as medidas como limpeza de praias e coleta de resíduos na superfície marinha “são muito necessárias, mas totalmente insu cientes se quisermos enfrentar a raiz do problema dos plásticos nos oceanos”. “Para enfrentar o problema da poluição, somente a redução na produção de materiais plásticos poderá reduzir a pressão sobre os oceanos. Por isso, propomos essa audiência pública com a nalidade de debater o tema, na busca de soluções legislativas e ações alternativas que possam impedir que uma série de objetos desnecessários, especialmente os de uso único, continuem a ser produzidos”, acrescenta Contarato.

De acordo com dados do Ministério Público do Trabalho (MPTES), o Espírito Santo tem mais de 47 mil crianças e adolescentes entre cinco e 17 anos trabalhando. Esse número não engloba os aprendizes, apenas o trabalho infantil ilegal. O tema foi debatido em audiência pública virtual da Comissão de Proteção à Criança e ao Adolescente da Assembleia Legislativa (Ales), realizada nesta quarta-feira (16). O levantamento do MPT-ES, publicado em 2019, aponta que a maior parte dos casos está relacionada à agricultura e também ao trabalho nas feiras livres e nas ruas. A coordenadora da Infância e Juventude da Defensoria Pública do Espírito Santo (DPES), Adriana Peres, observou, porém, que outros casos ainda mais graves ocorrem no estado. “A Organização Internacional do Trabalho (OIT) considera como piores formas do trabalho infantil justamente o trá co de drogas e a prostituição, a exploração sexual. Formas que infelizmente ainda estão presentes no nosso estado e demandam uma atenção especial da nossa parte”, alertou. A convidada avaliou que, além das scalizações e punições, é necessário que as políticas públicas voltadas para proteção infantojuvenil sejam efetivas. “E, acima de tudo, o fortalecimento da rede de proteção, seja escola, os conselhos tutelares, os Centros de Referência da Assistência Social (Cras), os Centros de Referência Especializados da Assistência Social (Creas), a Defensoria, o Poder Judiciário, o Ministério Público, as polícias, todos nós, formando essa grande rede em prol da criança e do adolescente e em prol também da erradicação do trabalho infantil” a rmou Adriana. Uma das preocupações da presidente do Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente (Criad), Alessandra Zardo Azevedo Venturim, é com a desmisti cação do tema, que, segundo ela, muitas vezes é tratado de forma corriqueira. “Banalizam um pouco essa questão do trabalho infantil porque ela é cercada de mitos, infelizmente. A gente ouve muitas pessoas falarem que é melhor trabalhar do que roubar. A gente sabe que essa prática do trabalho infantil está muito cercada de mitos”, lamentou.

Desestatização da Companhia Docas do Espírito Santo — Codesa

A prefeitura da Serra relançou, nesta quarta-feira (16), uma iniciativa de grande importância para empreendedorismo feminino. O “Costurarte” voltou para mudar a realidade de muitas famílias. Lançado no primeiro governo do prefeito Sérgio Vidigal, em 1997, e capitaneado pela então secretária de Promoção Social, Sueli Vidigal, o Costurarte tem como objetivo capacitar e dar cursos de quali cação em áreas como Corte e Costura, Customização e Bordados, Vagonite e Decoupagem. Milhares de pessoas foram atendidas na primeira versão do programa e a expectativa é seguir crescendo. O programa vai funcionar no Pró-Cidadão, em Portal de Jacaraípe, e deve começar já na próxima semana. Para o prefeito Sérgio Vidigal, valorizar iniciativas de sucesso é fazer o melhor para a população. "Nosso objetivo é dar mais um salto de avanço na Serra. A melhor obra que podemos fazer é o investimento no cidadão. Assim se muda vidas. Hoje relançamos um grande programa social. A Serra é pioneira na Assistência Social e seguiremos contribuindo para ajudar a população na ascensão social", declarou o prefeito. Sueli Vidigal, ex-deputada federal, idealizadora e madrinha do projeto, acredita no potencial de transformar vidas com o programa. "Hoje é um dia muito especial. Os desa os da vida nos movem e foi assim que esse projeto aconteceu. O Costurarte nasceu da interação com as pessoas. Encontramos uma cidade com muita di culdade. E na época, visitando as creches da cidade, observamos que os funcionários tinham capacidade de ensinar essas técnicas para a população. Não tinha nem máquina de costura. Mas fomos estruturando, comprando equipamentos e ampliando o programa que mudou tantas vidas", recordou.

A promoção da desestatização dos portos de Vitória e Barra do Riacho, e da Codesa, tem como objetivo de modernizar a gestão portuária, atrair investimentos e melhorar a operação do setor, estando aderente à política setorial e às diretrizes do Governo Federal de busca por investimentos em infraestrutura por meio de parcerias com o setor privado. ©ASSEMBLEIA DO ES

D e fato, a gest ão e ciente de um at ivo p or tuár io dep ende fundamentalmente de agilidade nas tomadas de decisão e exibilidade de negociação e contratação, de modo a permitir que os gestores possam reagir prontamente aos constantes processos de modernização e avanços tecnológicos especí cos do setor e atender com agilidade as cadeias produtivas que buscam espaços e serviços portuários. Atualmente, em virtude da natureza das Companhias Docas, as regras de contratação de serviços e aquisição de bens não favorecem que os ativos portuários sejam gerenciados com esse dinamismo. Visando conceder maior transparência ao processo em curso, o BNDES, o MINFRA e a ME/SPPI acordaram acerca da divulgação dos resultados preliminares dos estudos. Neste site o BNDES disponibiliza uma série de informações de interesse social acerca do processo de desestatização incluindo o histórico do procedimento pelo qual foram contratados os estudos especializados, informações para participação social no processo de consulta pública da concessão dos Portos Organizados e informações preliminares relativas ao modelo de desestatização de outorga da concessão, associada à alienação da Codesa.

Violência contra o idoso

É CRIME

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14 GERAL

10 A 17 DE JUNHO/2021

Prática da natação na Medo: quando uma infância impulsiona reação natural se o desenvolvimento torna fobia Há uma linha tênue entre o medo que nos protege de eventuais ameaças e a fobia Crianças que praticam a natação desfrutam de benefícios como a manutenção do sono e melhora a resistência respiratória e muscular

©MELANIE WASSER/UNSPLASH

©ISTOCK

Disp osição e energia são características determinantes nas crianças. Alguns pais acabam não dando conta de conter tanta empolgação em casa e, acertadamente, apostam na prática de alguma atividade física para seu lho. Sem dúvidas, a natação precisa estar em destaque na lista de opções, pois oferece vantagens desde a coordenação motora até a melhora de doenças. A professora de natação, Mariângela Aquino Moura, conta mais sobre o tema. "A natação é uma das melhores atividades para as crianças. Ela promove a segurança aquática, a noção de espaço e tempo, entre outros fatores psicomotores", explica. Mariângela ainda acrescenta que a atividade contribui para as relações sociais e afetivas, se apresentando como um "investimento no desenvolvimento dos pequenos", a rma. E os pais obser vam os benefícios da atividade na prática. Daniella Cunha, 35 anos, é funcionária pública e mãe do Bernardo, de um ano e dois meses. Ela conta que sempre quis colocar o lho na natação, ainda mais depois do isolamento social. "Uma vez que ele não tem contato com outras crianças, a natação permite que isso ocorra de forma segura e contribui para a sua integração na sociedade", conta. Para ela, o esporte é necessário para que o lho consiga sair de situações de perigo na água, além de socializar com os colegas de aula. A sioterapeuta Mariana Nery Machado Costa, 38 anos, também matriculou seus dois lhos, André, três anos, e Matheus, 10 meses, nas aulas de

natação para que adquiram, desde pequenos, o hábito de praticar atividades físicas regularmente. "Espero d e s e nvolve r nas c r i anç as hábitos saudáveis desde bem cedo, poder aproveitar um tempo de qualidade junto, além de aprender e desenvolver as habilidades de sobrevivência na piscina", comenta. A sioterapeuta ainda aponta que vê como essencial na natação o fato de que a atividade sacia a curiosidade infantil e o medo em relação à água. Mariângela recomenda que os pais procurem o pediatra da criança para tirar dúvidas sobre a prática da natação. "Os médicos geralmente indicam o início da prática a partir dos seis meses de idade, se não houver contra indicações", acrescenta.

A metodologia aplicada e a segurança da escolinha de natação também deve ser observada pelos pais. "Todo o ensino da prática deve ser estruturado em uma metodologia de nida para cada f a s e d o d e s e nvolv i m e nto infantil, acompanhada por pro ssionais capacitados", frisa Mariângela. Ela explica que quando bem praticada, a natação traz como benefícios a manutenção do sono, estímulo do apetite, e melhora a resistência respiratória e muscular. "Não podemos esquecer do aumento do vínculo entre pais e lho, a prevenção e a ajuda no tratamento de doenças respiratórias, e principalmente a prevenção de acidentes por afogamento", naliza.

O medo é uma reação ao perigo físico e emocional, que tem tido uma função vital ao longo da evolução humana. Trata-se de uma emoção natural, poderosa e primitiva, que envolve uma resposta bioquímica, alertando o cérebro sobre a presença de um possível perigo ou ameaça, de ordem física ou psicológica. Em outras palavras, os medos existem para nos proteger e garantir nossa sobrevivência. Eles fazem parte do dia a dia e podem acontecer a qualquer momento. O problema ocorre quando os perigos estão somente na nossa cabeça, originando uma fobia. A sensação também pode

ser um sintoma de algumas condições de saúde mental, incluindo transtorno do pânico, transtorno de ansiedade social, fobias e transtorno de estresse pós-traumático. O medo é composto de duas reações primárias a algum tipo de ameaça percebida: bioquímica e emocional. O medo é uma emoção natural e um mecanismo de sobrevivência. Quando e n f r e nt a m o s u m a a m e a ç a percebida, nossos corpos respondem de maneiras especí cas. As reações físicas incluem suor, aumento da frequência cardíaca e altos níveis

de adrenalina, que nos tornam extremamente alertas. Essa resposta física também é conhecida como resposta de “lutar ou fugir”, com a qual seu corpo se prepara para entrar em combate ou escapar da ameaça iminente. Essa reação é provavelmente um desenvolvimento evolutivo, essencial à sobrevivência da nossa espécie. A resposta emocional ao medo, por outro lado, é altamente personalizada. Como ele envolve algumas das mesmas reações químicas em nossos cérebros que as emoções positivas como felicidade e excitação, sentir medo em certas circunstâncias pode ser até divertido, como quando você assiste a lmes de terror. Algumas pessoas buscam adrenalina, aproveitando os esp or tes radic ais e out ras situações emocionantes que induzem o medo. Outros têm uma reação negativa a esse sentimento, evitando a todo custo as situações que o provocam e o objeto de seu medo.

Menor dinossauro já encontrado é, na verdade, um outro animal A transmissão será no canal da Sedu Digital no YouTube, nesta quarta-feira (07), às 14 horas

©STEPHANIE ABRAMOWICZ/FUNDAÇÃO MUSEU PERETTI, A. BOLET ET AL/CURRENT BIOLOGY

Pesquisadores do Institut Català de Paleontologia Miquel Crusafont, em Barcelona, na Espanha, revelaram que o fóssil do menor dinossauro já encontrado no mundo, na verdade, se trata de um lagarto. O animal chamado de Oculudentavis khaungraae é do tamanho de um beija- or e foi encontrado em depósitos de âmbar no noroeste de Mianmar. Havia uma dúvida sobre a descoberta de 99 milhões de anos, pois o esqueleto encontrado era o crânio de um pequeno bicho que se assemelhava a um pássaro, com alguns detalhes de lagarto. Os primeiros paleontólogos a terem contato com a criatura pensavam se tratar então do menor dinossauro do mundo. No e nt ant o, out r a e qu ip e

especializada apontou que o fóssil era de uma estranha espécie de lagarto. A terceira equipe responsável pela reposta nal divulgada nesta segunda-feira (14) na Current Biology utilizou um segundo fóssil para esclarecer a dúvida. O paleontólogo Arnau Bolet e seus colegas a rmaram que o O. khaungraae é da mesma espécie do fóssil apelidado de

(27) 3259-3638 / (27) 99880-7048 SANTA TERESA — ES

Oculudentavis naga, um pequeno lagarto que foi encontrado com o resto do corpo. Os pesquisadores utilizaram tomogra as computadorizadas para comparar os dois fósseis. E foram reveladas diferenças importantes que separam os lagartos e os dinossauros, entre elas, escamas, dentes presos diretamente na mandíbula e um osso especí co no crânio que só está presente em répteis. Entretanto, apesar de não se tratar do menor dinossauro do planeta, o fóssil revela uma espécie de lagarto que ainda era desconhecida pelos cientistas. Essa nova espécie apresenta características incomuns, como crânios arredondados e focinhos longos e a lados.


asil,

COTIDIANO 15

17 A 24 DE JUNHO/2021

Abelhas dormem abraçadas no centro de uma flor e o registro encanta o mundo ©JOE M. NEELY

Cientistas encontram marcadores para microcefalia causada por zika Resultados podem contribuir para o diagnóstico precoce da doença ©TV BRASIL

A lente da câmera do fotógrafo de vida selvagem Joe Neely foi responsável por registrar uma cena que atinge os mais altos níveis de fofura. A fotogra a, que é capaz de fazer suspirar até o mais insensível dos seres humanos, retrata duas simpáticas abelhas dormindo abraçadinhas no centro de uma or. Dá pra resistir? A história por trás do registro teve início quando Joe e sua noiva Niccole foram procurar ores de papoula em um campo orido. No caminho de volta para casa eles passaram por um aglomerado de ores rosas, perto da rodovia. E, no meio de todas as ores rosas, havia uma orzinha laranja, que chamou atenção de Niccole. Ela ouviu o barulho de

abelhas voando por perto, e então notou que algumas ores tinham abelhas imóveis em seus centros. “Eu cheguei perto e observei por um tempo, e mais abelhas apareceram. Logo, todas as ores vazias estavam ocupadas, e uma abelha acabou sobrando. Ela se en ou em uma or aberta e cou com outra abelha. Enquanto eu olhava, ela cambaleava quase como se estivesse bêbada, e se aconchegou”, conta Joe. De acordo com o ser viço orestal do Departamento de Agricultura dos EUA, as abelhas da espécie Diadasia diminuta fazem ninhos em solo parcialmente compactado nas margens de estradas de terra na região noroeste dos Estados Unidos. Como as abelhas não têm

pálpebras, é difícil saber com certeza se elas estão dormindo, mas pesquisadores observaram que é possível saber que elas estão tirando uma soneca quando elas param de mover suas antenas. Em algumas situações elas também se deitam de lado. Bom, ao menos nesse aspecto, o sono das abelhas se parece com o nosso. Para fazer a fotogra a que vem derretendo corações ao redor do mundo, Joe Neely usou uma Nikon d750 e uma lente macro 150mm com um ash macro Nikon R1C1. Agora resta uma p e rg u nt a , vo c ê t amb é m s e surpreendeu ao constatar que nunca tinha parado para pensar que as abelhas dormem?

Cientistas do Instituto de Química da Universidade de São Paulo (USP) e da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), do Rio de Janeiro e da Bahia, identi caram um possível biomarcador da microcefalia no plasma de recém-nascidos, expostos ao vírus Zika, quando ainda estavam na barriga da mãe. Biomarcadores são substâncias ou componentes usados como indicador de alguma doença. A partir da identi cação de alterações lipídicas no plasma dos bebês, o estudo traz novas informações sobre a origem e formação da doença e a possibilidade do uso marcadores laboratoriais para acompanhamento e análise da gravidade dos casos. Os lipídios, também conhecidos como gorduras, são uma classe de moléculas biológicas formadas por ácidos graxos e álcool. De acordo com o estudo, durante o desenvolvimento inicial do cérebro, os lipídios desempenham um papel central no metabolismo, e alterações nessas estruturas podem afetar o

desenvolvimento embrionário, especialmente do cérebro e dos olhos. Os resultados podem contribuir para o diagnóstico precoce e monitoramento da zika congênita, tanto em bebês com microcefalia quanto nos assintomáticos. A zika congênita é caracterizada pela transmissão do vírus da mãe para o bebê durante a gestação e se apresenta com uma diversidade de quadros clínicos, que vão de casos assintomáticos à microcefalia e outras anormalidades no desenvolvimento neurológico, manifest adas na pr imeira infância.

Recém-nascidos expostos ao vírus Zika que não apresentam microcefalia também podem desenvolver anormalidades de um a três anos e meio após o nascimento, conforme revelado por imagens do cérebro e avaliações de desenvolvimento neurológico. Antes da covid 19, o zika foi a última emergência mundial em saúde pública. O Brasil foi o país com maior número de casos da doença, entre 2015 e 2016. A epidemia afetou principalmente o nordeste brasileiro, onde milhares de bebês nascidos de mães infectadas pelo vírus desenvolveram microcefalia associada à doença.

Com 109 anos, indiana já Nasa construirá telescópio plantou mais de espacial “caçador de oito mil árvores asteroides” ©INTERNATIONAL FOUNDATION

©NASA/JPL-CALTECH

A N a s a a p r o v o u o desenvolvimento e a produção de um telescópio espacial infravermelho que será uma e s p é c i e d e “c a ç a d o r d e asteroides”. De acordo com a agência espacial dos Estados Unidos, o equipamento deverá proteger a Terra de corpos celestes que possam ameaçar o

planeta de alguma forma. O equipamento será batizado de Near-Earth Object Surveyor (NEO Surveyor, em tradução livre), Pesquisador de Objetos Próximos da Ter ra, e s erá desenvolvido no Jet Propulsion Laboratory, em Pasadena, no estado da Califórnia. O novo telescópio faz parte dos esforços

de defesa planetária da Nasa para identi cação de asteroides potencialmente perigosos que se encontrem a pelo menos 50 milhões de quilômetros da órbita terrestre. “O NEO Sur ve yor terá a capacidade de aumentar rapidamente a velocidade com que a Nasa é capaz de descobrir asteroides e cometas que podem representar um perigo para a Terra”, disse o cientista chefe do programa, Mike Kelley, ao Futu r is m . “E l e e st á s e nd o projetado para descobrir 90 por cento dos asteroides de 140 metros de tamanho ou maiores d e nt ro d e u m a d é c a d a d e lançamento”, completou Kelley.

Frente à impossibilidade de ter lhos, Saalumarada immak ka e s eu mar ido dedicaram a vida ao cuidado de árvores. Mesmo após a morte d e l e , e l a s e g u iu c om s e u propósito sendo hoje apelidada de “mãe das árvores”. Tudo começou como o ritual de plantar uma muda de árvore para uma criança, após 25 anos de casados e nenhum lho. No primeiro ano foram apenas 10 mudas, porém o casal indiano chegou a plantar 385 gueiras ao longo de quatro quilômetros. A esp écie es colhida foi a gueira-de-bengala, endêmica

e considerada sagrada na Índia. No entor no, c ultivaram arbustos espin hos os p ara proteger as gueiras de animais selvagens. A partir de então é que o trabalho começou de fato. Com o clima local árido, o casal precis ou p ercorrer vários quilômetros para manter a rega das plantas. Toda essa dedicação deu vida a gueiras gigantes que cobriram toda uma estrada. O cultivo de árvores teve início em 1948 e, em 1991, Bikkala Chikkayya, marido de Saalumarada, faleceu. Ela não desanimou. Já se passaram sete décadas desde a primeira muda

e estima-se que ela tenha plantado mais de oito mil árvores. Natural de Karnataka, no sul d a Índi a, Saa lumarad a j á recebeu diversos prêmios por seus feitos. Entre os reconhecimentos, destaca-se que ela foi escolhida uma das 100 Mulheres do ano de 2016 pela BBC, recebeu o Prêmio Godfrey Phillips e foi eleita National Citizen's Award of India. Apesar dos títulos, sua vida sempre foi muito simples. Nascida em uma família de agricultores em uma aldeia, ela morou em uma cabana até que o governo de Karnataka, em 2014, construiu uma casa para ela. Outro fator que expõe sua condição é a imprecisão sobre a sua idade. Sem um registro con ável, estima-se que ela tenha 109 anos, mas não é possível garantir com certeza. O que não há dúvidas é que suas ações são inspiradoras e seu impacto positivo cará marcado para as futuras gerações.


16 GERAL

10 A 17 DE JUNHO/2021

Obra discute questões éticas e losócas a partir das emoções dos animais ©DIVULGAÇÃO/ZAHAR

Recém-lançada pela editora Zahar, a obra “O último abraço da matriarca: As emoções dos animais e o que elas revelam sobre nós”, do primatólogo Frans de Waal, apresenta uma re exão profunda sobre éticas e loso as da atualidade, a par tir do emocional de outras espécies. Partindo da emocionante história de Mama, a matriarca de 59 anos de uma colônia de chimpanzés, e do professor de biologia Jan van Hooff, o autor apresenta uma discussão m i nu c i o s a s o bre qu e s tõ e s emocionais da atualidade. Diante da saúde fragilizada da matriarca, o pesquisador decide visitá-la para uma despedida. D i fe re nte d o qu e s e p o d e imaginar, a chimpanzé reagiu de forma positiva à visita do humano. Durante o encontro,

Mama sorriu e tranquilizou o amigo que já conhecia de longa data. Segundo a obra, a fêmea parecia saber que o professor estava a ito com a sua saúde. No entanto, ela lhe deu tapinhas

sutis no pescoço, como se buscasse tranquilizá-lo sobre a sua partida dessa vida. A partir desta emocionante história, o primatólogo Frans de Waal re ete sobre as emoções dos animais e explica como tais gestos surgem efeitos sobre os seres humanos. Além disso, o autor apresenta outras histórias eletrizantes, que mostram a capacidade que todos possuem de amar, odiar, sentir medo e culpa. “Cativante, cheio de compaixão e insights sobre a vida dos animais, incluindo os humanos”, disse Yuval Noah Harari.

Óleo de cozinha abastece helicóptero na Alemanha ©HELICOPTERS AIRBUS

Seguindo as crescentes necessidades de atender as rígidas normas europeias de controle ambiental, a Airbus Helicopters realizou o primeiro voo do H145 utilizando c ombust ível re nov ável d e aviação (SAF, na sigla em inglês). Operado pela organização alemã sem ns lucrativos ADAC Lurettung, o helicóptero de resgate voou utilizando SAF a partir da estação de resgate aéreo da Clínica Harlaching, em Munique. Com o uso do biocombustível a expectativa é que o helicóptero H145 possa reduzir as emissões de CO₂ em até 90% em relação ao querosene de aviação, sendo produzido a partir de resíduos reutilizáveis como óleo de cozinha e gorduras. De acordo com a Airbus, o SAF utilizado neste voo não deverá gerar nenhum impacto na produção de alimentos, como outros tipos de combustíveis que exigem produção exclusiva de vegetais.

O combustível usado para o primeiro voo do helicóptero foi produzido pela francesa Total Energies, tendo como matériaprima óleo de cozinha usado. Com este SAF, a frota da ADAC Lurettung poderá alcançar u m a re du ç ã o d e 3 3 % n a s emissões de CO₂, impactando diretamente as mais de 50.000 missões de resgate e mais de 3,3

milhões de quilômetros voados por ano, o que equivale a uma redução de cerca de seis mil toneladas de gás carbônico na atmosfera. Principal parceira da ADAC Lurettung para o feito envolvendo o H145, a Safran Helicopter Engines, assinou um acordo com os diretores da empres a p ara aument ar a pro p orç ã o d e m i s t u r a d e biocombustível sustentável para até 100% nos próximos anos. A empresa promoverá também o uso de e-combustível sintético, conhecido como Power-toLiquid (PTL), sendo produzido a partir de energia elétrica de fontes renováveis, que, juntamente com o uso de biocombustíveis, permitirá que a aviação se aproxime da meta de emissão neutra.


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