ANO XI - Nº 429 01 A 07 DE JULHO/2021 SERRA/ES
Educação Cultura Ciência e Tecnologia Meio Ambiente Saúde Economia Distribuição Gratuita
GABRIELA MESSNER ARESI OLIVEIRA
©ISTOCK
8 Com a chegada do inverno e dos dias frios, nada como uma sopinha deliciosa para nos aquecer Pág. 8 JORGE PACHECO
8 Bolsonaro assina decreto
que facilita posse de armas de fogo. Autorização cará a cargo da Polícia Federal Pág. 5
ANA MARIA IENCARELLI
8 Somos experts em
manobrar o óbvio para que se torne absurdo. Escrevemos leis belíssimas para transgredi-las no cotidiano Pág. 10
HAROLDO CORDEIRO FILHO 8 O Mestre Álvaro é
considerado uma das maiores elevações litorâneas da costa brasileira Pág. 12
NÁGELA ISA CARNEIRO SIRQUEIRA
8 Você não precisa de alguém
que te faça feliz, você precisa se fazer feliz! Pág. 11
FELIPE BRETAS
8 A dica dessa semana é
a estreia da segunda parte da série Lupin, na Net ix Pág. 3
FERNANDO MOREIRA
8 Desbravar o mar signi ca superação para o grupo Desbravadores do Mar Pág. 16
Em 2020, 76,5% dos casos de tuberculose foram em pessoas com HIV
Feminicídios e a lei da alienação parental Pág. 10
doença que atinge sobretudo os pulmões, e o HIV
'Latido' estranho leva à descoberta de nova espécie de mamífero
FOTO: JOEL SARTORE/NATIONAL GEOGRAPHIC
Mediação do professor impacta na leitura do O Brasil está entre os 30 países que apresentam alto nível de coinfecção entre tuberculose, aluno Pág. 4 Pág. 9
Atraso na linguagem pode estar ligado à falta de estímulo adequado
©JOSSKI/WIKIMEDIA COMMONS
Pág. 16
Piloto capixaba acelera no maior parque automobilístico da América Latina ©CÍNTIA AZEVEDO
Em risco de extinção, filhotes de urso-de-óculos são encontrados na Venezuela Escritor brasileiro
Novo hiracoide das árvores africano levou 12 anos para ser descoberto após a primeira pista coletada pelos pesquisadores Pág. 7
©MEHGAN MURPHY/INSTITUTO SMITHSONIAN
Hugo Cibien participa da terceira etapa da Império Endurance Brasil, que acontece neste sábado, dia 03 de julho, no Velopark, no Rio Grande do Sul Pág. 14
Utilizando "armadilhas fotográcas", um grupo de cientistas conseguiu visualizar novos lhotes da espécie na região andina do país sulamericano Pág. 2
lança obra baseada em lendas reais Pesquisadores do CE descobrem nanocristais que inativam bactérias na água Pág. 3
Pág. 6
2 MEIO AMBIENTE
01 A 07 DE JULHO/2021
Em risco de extinção, ilhotes de urso-deóculos são encontrados na Venezuela Utilizando "armadilhas fotográficas", um grupo de cientistas conseguiu visualizar novos filhotes da espécie na região andina do país sul-americano ©AP PHOTO/WALTER BIERI
Um grupo de pesquisadores venezuelanos que se dedica ao estudo e conservação do único urso nativo da América do Sul, o urso-de-óculos, descobriu dois lhotes dessa espécie na região andina da Venezuela. O achado encheu os cientistas de esperança, uma vez que o animal está em perigo de extinção. A descoberta foi feita há algumas semanas, quando a equipe capturou imagens "inéditas" com "armadilhas fotográ cas" de um urso acompanhado por dois lhotes de quatro a cinco meses, na trilha do Ramal de Calderas, uma área montanhosa com 2.346 metros de altitude, que faz fronteira com os estados de Barinas, Trujillo e Mérida. Os pesquisadores, que integram a Rede do Urso Andino da União Internacional para a C o n s e r v a ç ã o d a Nat u r e z a (IUCN, na sigla em inglês), pertencem ao Projeto Urso Andino Guaramacal, fundado
em 2016, em Trujillo. "Este é um fato que traz muita esperança, representa a vida e a convicção de que ainda há muito por fazer para salvaguardar a espécie e o seu habitat. Além disso, nos enche de compromisso para proteger estes territórios junto às comunidades, para o urso-andino e as espécies associadas à sua presença", a rma Marcos Hidalgo, f und ador do Proj eto Urs o Andino Guaramacal, em entrevista ao portal RT. Hidalgo explica que quando as fêmeas decidem ter lhotes em um local é porque as condições de vida são mais do que recomendadas. "Pelas nossas veri cações de campo é assim, não há pressões antrópicas [impacto causado no meio ambiente pela atividade humana] nas proximidades. Além disso, a presença de outras espécies na mesma estação indica que o ecossistema é e ciente". A espécie, também conhecida como jukumari e urso-andino,
tem o nome cientí co Tremarc tos or natus e est á presente na cordilheira dos Andes, nas montanhas frias da Venezuela, Colômbia, Equador, Peru e Bolívia, com aparições no norte da Argentina e na região de Darién, Panamá. O urso-andino é uma espécie solitária que não representa perigo para o homem. Sua alimentação é variável, podendo ser vegetariana, carnívora ou onívora. "Chamam-no de oportunista, porque come o que tem à disposição. Plantas, frutas, verduras, […], gueiras,
palmeiras, ovos, p equenos vertebrados, peixes e mel", explica Hidalgo. O tamanho de um jukumari ca na média de outros ursos. O macho é sempre maior que a fêmea e pode ter entre 1,30 e 1,90 metro de altura e pesar entre 80 e 125 quilos. Possui cab elos ásperos e uma cor uniforme, entre o preto e o marrom-escuro. O focinho é curto, castanhoclaro ou branco, com manchas esbranquiçadas ao redor dos olhos e do nariz. Essas marcas vão do pescoço ao peito e sua forma varia entre cada animal.
A maior ameaça ao urso-deóculos são os humanos e a caça, atividade que ainda persiste e representa um retrocesso para a conservação desse animal mítico. A espécie também é afetada pela expansão da fronteira agrícola e as atividades produtivas desreguladas, que geram fragmentação de territórios e perda de habitat. "Uma das principais preocupações, uma vez que se Camaleão Furcifer deu a notícia dos lhotes, é como labordi protegê-los. Estamos trabalhando com as comunidades para que as pessoas entendam o que estamos fazendo [e] para que não matem o urso, para que saibam que [os ursos] não são uma ameaça", explica Hidalgo. Garantir que o Jakumari deixe de estar em perigo de extinção na Ve n e z u e l a e p a s s e a s e r considerado, em princípio, "vulnerável" é o primeiro objetivo d o P ro j e t o Ur s o A n d i n o Gu aramac a l. Para iss o, é
imprescindível avaliar todas as regiões habitáveis do urso e assim conhecer sua real situação. Além disso, indica o fundador do projeto, o Estado deve tentar decretar como Parque Nacional a maior quantidade de habitat disponível para o urso-deó c u l o s . " Va m o s c ont i nu a r promovendo a declaração do Ramal de Calderas como Parque Nacional, algo que vem [sendo] trabalhado com o atual ministro do Ecossocialismo da Venezuela, Josue Lorca. Será um grande passo para a perpetuidade da espécie e a conservação dos habitats". Hidalgo conclui reforçando que é pre cis o e ducar "nos aspectos culturais e socioprodutivos" para que o habitat do urso-andino seja respeitado, "que as pessoas saibam que os ursos não são maus, não representam perigo e, sobretudo, o mais importante: que não os matem".
Ratos 'extintos' há 150 Veado criticamente anos na Austrália são ameaçado de extinção redescobertos é visto no Camboja pela 1ª vez
©NETH PHEAKTRA/FACEBOOK/REPRODUÇÃO
O veado da espécie Muntiacus vuquangensis está criticamente ameaçado de extinção, segundo a Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da União Internacional para a C on s e r v a ç ã o d a Natu re z a (IUCN). Ainda assim, pela primeira vez, a espécie foi avistada no Camboja após esforços de preservação da vida selvagem no país. Em comunicado publicado no Facebook no último dia 24, Neth Pheaktra, porta-voz do Ministério do Meio Ambiente da nação asiática, informou que a criatura de longos chifres foi agrada em abril, por uma câmera escondida no Parque Nacional Virachey, na província
de Ratanakiri. A espécie de veado foi descoberta por cientistas em 1994 e é residente das Montanhas Anamitas, em Laos, que se estendem também ao nordeste do Camboja. A caça ilegal realizada principalmente com armadilhas de arame foi o principal fator que dizimou esse a n i m a l n o s ú lt i m o s a n o s , s egundo a organização de conservação World Wide Fund for Nature (WWF). Porém, a nova descoberta deu esperança às autoridades cambojanas, que analisaram meses de lmagens de oresta até identi car o M. vuquangensis. "Esta notícia de que uma espécie tão rara e ameaçada de extinção
foi descoberta no Camboja é emocionante para nosso país e para o mundo inteiro", a rma Pheaktra. Segundo a Agência FrancePress e (AFP), o ve ado foi avistado em uma área orestada ameaçada pela extração irregular de madeira, que é um grande risco ambiental na região desde o m da guerra civil no país, em 1998. Não por acaso, no início dos anos 2000, o Parque Nacional de Virachey sofreu um “desmatamento violento”, de a c o r d o c o m a A F P. P a r a Pheaktra, a situação tem melhorado conforme o local se torna um “abrigo para a vida s e l v a g e m ”. O v e a d o M . vuquangensis costuma pesar mais de 30 quilos e é o maior de seu gênero. De 2011 a 2017, guardas orestais da WWF, junto ao governo do Camboja, removeram mais de cem mil laços de arame em reservas naturais de ua ien Hue e Quang Nam Saola, no Vietnã, que haviam sido colocados por caçadores ilegais para capturar esses animais.
Um mamífero australiano que se pensava ter sido exterminado há mais de 150 anos pode agora ser riscado da lista de animais extintos, após um novo estudo. O trabalho foi publicado na revista P NA S . O s p e s qu i s a d ore s compararam amostras de DNA de oito roedores australianos extintos, bem como de 42 de seus parentes vivos, para observar o declínio das espécies nativas desde a chegada dos europeus à Austrália. O estudo mostrou que o supostamente extinto rato-degould (Pseudomys gouldii) era indistinguível do djoongari, ou rato-de-shark-bay (Pseudomys eldi), ainda encontrado em várias pequenas ilhas na costa da Austrália Ocidental. D e a c ord o c om a autor a principal, Drª Emily Roycro, da Universid ade Naciona l Australiana (ANU, na sigla em inglês), o resultado é
e mp o l g a nt e . Ma s t a m b é m preocupa. “A ressurreição dessa espécie traz boas notícias em face da taxa desproporcionalmente alta de extinção de roedores nativos, que representa 41% da extinção de mamíferos australianos desde a colonização europeia em 1788”, disse a Drª Roycro. “É empolgante que o rato-de-gould ainda esteja por aí. Mas seu desaparecimento do continente destaca a rapidez com que essa espécie deixou de ser distribuída na maior parte da Austrália, para sobreviver apenas ©WAYNE LAWLER
em ilhas ao largo da Austrália Ocidental. É um colapso populacional enorme”. Além do rato-de-gould, o estudo examinou sete outras espécies nativas extintas. Todas tinham diversidade genética relativamente alta imediatamente antes da extinção, o que sugere que que suas populações eram grandes e disseminadas antes da chegada dos europeus. “Isso mostra que a diversidade genética não oferece s eguro garant ido cont ra a extinção”, disse Roycro. “A extinção dessas espécies aconteceu muito rapidamente”. A cientista prosseguiu: “Elas eram provavelmente comuns, com grandes populações antes da chegada dos europeus. Mas a introdução de gatos selvagens, r ap o s a s e o u t r a s e s p é c i e s invasoras, desmatamento de terras agrícolas e novas doenças dizimaram absolutamente as espécies nativas. (…) Ainda temos muita biodiversidade a perder aqui na Austrália e não estamos fazendo o su ciente para protegê-la”.
Jornalista Responsável: LUZIMARA FERNANDES redacao@jornalfatosenoticias.com.br Produtor-Executivo: HAROLDO CORDEIRO FILHO jornalfatosenoticias.es@jornalfatosenoticias.com.br comercial@jornalfatosenoticias.com.br Diagramação: LUZIMARA FERNANDES (27) 3086-4830 / 99664-6644 jornalfatosenoticias.es@gmail.com Facebook Jornal Fatos e Notícias Serra - ES
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"Feliz é a nação cujo Deus é o Senhor"
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Os artigos veiculados são de responsabilidade de seus autores
CULTURA 3
01 A 07 DE JULHO/2021
Quais são os verdadeiros nomes Lupin, a série da Netflix de China, Japão e que surpreende a quem assiste das Coreias? FELIPE BRETAS Jornalista
DICA DA SEMANA
Segunda temporada já estreou deixando em suspense uma terceira parte ©DIVULGAÇÃO/NETFLIX
Zhonghua, Nippon, Hanguk e Choson: Em seus territórios, as nações têm nomes bastante diferentes dos que conhecemos ©FOTOMONTAGEM: FATOS & NOTÍCIAS
FOTO: REPRODUÇÃO
Bandeiras chinesa, japonesa, norte-coreana e sul-coreana, respectivamente
A
qui no Brasil a gente tem o privilégio de ser chamado pelo próprio nome. Na China, no Japão e nas Coreias a coisa é bem diferente. China é Zhonghua em chinês. Japão, Nippon ou Nihon (ambos são aceitos). Coreia é Hanguk na do Sul, ou Choson, na do Norte. Quando um país é referido por um nome muito diferente do próprio, temos um exônimo. Dois desses exônimos foram criados por Portugal, o primeiro país europeu a entrar em contato direto com o Extremo Oriente, na época das Grandes Navegações. Primeiro, o Japão. A palavra vem do malaio Jipon, que por sua vez vinha do mandarim (na leitura de Xangai) Zeppen. Isso era como os chineses liam os mesmíssimos caracteres que
formam o nome do Japão em japonês: Nippon, “sol nascente”. A confusão vem do fato de o alfabeto em comum entre China e Japão s er for mado p or ideogramas, não letras, podendo representar palavras inteiras — que são diferentes entre duas línguas distintas. Curiosamente, os portugueses registraram o nomes “Nifon” e “Iipon” quando entraram em contato com os japoneses — ambas transcrições exatas da pronúncia da época. Mas o que colou foi a importação malaia. Com a China foi a mesma coisa. Os romanos, que nunca visitaram o lugar, mas sabiam da seda que vinha de lá, chamavam-no de Sinae, que virou simplesmente Sina. Essa vem do sânscrito Cina, via contato com os indianos. Os persas a chamavam de Chini, e os
portugueses criaram a pronúncia moderna a partir daí. Em chinês, Zhonghua (jong-ruá) quer dizer “Império do Centro”. Quanto à Coreia, não é cem por cento um exônimo. O nome vem do reino de Koryo (ou Goryo), uma dinastia que dominou o país entre 918 e 1392. Esse foi o nome registrado por Marco Polo, que chegou ao Ocidente. Em 1392, a dinastia foi mudada para a Joseon, que, com o tempo, transformou-se em Choson. Quando o país foi liberado do domínio japonês, os nacionalistas adotaram o termo Daehan Minguk (“Grande Nação Han”), depois simplificado para Hanguk (“República Han”). No norte, os comunistas preferiram o velho nome, que estava na boca do povo. (AVENTURAS NA HISTÓRIA)
Escritor brasileiro lança obra baseada em lendas reais "Devaneios de uma mente perturbada", de Adam Mattos, mescla suspense e horror provocados pelos seres humanos ©STEFAN KELLER/PIXABAY
Recém-lançada pela editora Flyve, a obra "Devaneios de uma mente perturbada", do escritor londrinense Adam Mattos, é o segundo livro da "Trilogia da Maldade", sendo o primeiro livro de poesia intitulado de “Alma em pedaços”. Escrita em formato de contos, a obra foi baseada em lendas reais e mescla horrores que podem ser projetados pelos seres humanos. “Devaneios de uma mente perturbada é um livro de terror que escancara a maldade humana em toda a sua crueldade, inclusive se baseando em lendas reais. Mas deixando sempre uma
N
a Dica da Semana teremos sugestões de séries também! E que fique claro que, nesse espaço, coloco minha opinião sobre o conteúdo assistido. Vale a pena você conferir tudo! Afinal, o mundo cinematográfico, além do entretenimento, pode gerar uma conversa, uma troca de ideias e opiniões. A minha paixão pelo mundo cinematográfico começou desde muito cedo. Sempre gostei mu ito d e i r a o c i ne ma e, independente do filme que iria assistir, ficava encantado com aquele lugar quando era criança. Às vezes passava o dia inteiro no cinema, saía de um filme e já comprava ingresso para o próximo. Hoje, fiquei um pouco mais seletivo, mas ainda assisto de
tudo um pouco. Nos últimos anos, com a quantidade de séries de qualidade que surgiram e excelentes produções, fica até difícil ter tempo para conseguir assistir a todas como eu gostaria. R e centemente, a Net f lix lançou a segunda temporada de Lupin. Série francesa, criada por George Kay, cumpre todos os requisitos que uma boa produção deve ter. Um roteiro bem dinâmico, onde os fatos acontecem muito rápido e são montados em sequências que deixam a série leve, gostosa de assistir, não entedia em nenhum momento. Um suspense construído com muito bom humor, que agrada demais, graças ao carisma do protagonista Omar Sy, um craque, que consegue atrair toda a atenção da produção para ele.
O ator conquista o público há muito tempo com sua atuação e é quase impossível não lembrar do sensível filme Intocáveis, baseado numa história verídica, contada de uma forma tão comovente e bem-humorada, onde o talento de Omar se sobressai em cena mais uma vez. A segunda temporada, lançada dia 11 de junho na plataforma Netflix, estreou no mesmo ano da primeira, e já deixou brecha para uma terceira parte, já confirmada, por conta do final cheio de suspense. Vale muito a pena assistir Lupin, uma série bem legal mesmo que, com certeza, vai prender você! LUCIANO DANIEL
SINOPSE Baseada nos romances policiais de Maurice Leblanc, Lupin acompanha Assane Diop (Omar Sy), um homem que, 25 anos atrás, viu sua vida virar de cabeça para baixo com a morte de seu pai, acusado injustamente de um crime. Agora, ele está em busca de vingança e, para isso, se inspira em Arsène Lupin, o famoso "ladrão de casaca" da literatura francesa.
Foto Antiga do ES ©ACERVO PÁGINA HISTÓRIA CAPIXABA/STREET VIEW
pergunta no ar: O ser humano nasce mau ou torna-se com o tempo?”, disse o promissor escritor. De acordo com o autor, o livro apresenta suspense, terror e horror, na mesma medida que erta com as perturbações humanas, sendo perfeito para fãs desse tipo de gênero literário. Além disso, Adam Mattos busca re etir sobre outra
questão que assola a humanidade desde a sua existência: o ser humano nasce ruim ou se torna assim? E por quê? “Impressionante! A forma como o autor disseca todo o mal do ser humano e transborda pelas páginas do livro me deixou sem fôlego desde o primeiro conto e só consegui respirar quando terminei. Com certeza você não vai sair ileso, assim como eu”, disse Maria Paula do IG.
Av. Fernando Ferrari em1976 e a antiga passarela da Ufes em construção
4 EDUCAÇÃO
01 A 07 DE JULHO/2021
Tecnologia educacional democrática precisa ser estratégia de Estado Professor da Universidade Columbia, Paulo Blikstein alerta para a necessidade de políticas públicas que garantam infraestrutura a todos, mas também formação docente e a criação de um fórum nacional sobre o tema ©ENVATO ELEMENTS
Ciente da urgência pelo debate da tecnologia educacional estar presente em políticas públicas, como internet para todos, o TLTL — Transformative Learning Te c h n o l o g i e s L a b d a Universidade Columbia, EUA, em parceria com o Todos pela Educação e o D3E (Dados para Debate Democrático da Educação), lançaram o Tecnologias para uma educação com equidade: novo horizonte para o Brasil. O relatório mostra como as práticas pedagógicas com suporte da tecnologia vão além do ensino remoto e abrangem todas as áreas do conhecimento. Para os pesquisadores do estudo, apesar do Brasil ter projetos como o Programa de Inovação Educação Conectada (Piec), que trouxe avanços para o debate, o País ainda trata a tecnologia educacional como um simples problema de conectividade e falta de
equipamento. “É muito mais que isso. Hoje temos um ecossistema de oportunidades para ensinar e ap r e n d e r q u e e x i g e n ov a s políticas de Estado, e sobretudo, uma visão radicalmente diferente de como abordar a questão”, a rma Paulo Blikstein, diretor do TLTL e profess or da Universidade Columbia. O País tem de estar preparado para lidar com as emergências e precis a ar tic ular açõ es em diversas frentes, defende o especialista. “Tem de desenvolver estratégia nacional que garanta recursos e infraestrutura para todos. O relatório que apres ent amos, b as e ado em pesquisas e exemplos nacionais e internacionais, identi ca a necessidade de investir de forma articulada na formação dos professores, na proteção dos dados de alunos educadores, na infraestrutura”, diz Blikstein. Pa r a e l e , e s t a e s t r a t é g i a pertence à coletividade e
representa a visão de futuro do País. “Para que tenhamos uma estratégia nacional discutida de forma contínua e democrática pela sociedade, é necessário criar u m f ó r u m c o m representatividade nacional que priorize os interesses da educação pública, uma escola nacional articulada com universidades e com o terceiro setor e um laboratório de práticas que prepare gestores para a compreensão das tecnologias atuais e certi que tecnologias baseadas em evidências”. Segundo Blikstein, o National Education Technology Plan dos Estados Unidos e o Realising the Potential of Technolog y in Education da Inglaterra, podem ser vir como exemplos de políticas de Estado, sistêmicas, abertas e autoevolutivas. Ambas contam com ampla participação da sociedade, têm revisões periódicas e vão além da oferta de conectividade e equipamentos.
Por exemplo, a estratégia inglesa explora desde habilidades digitais de estudantes até a formação de uma indústria edtech naquele país, passando por infraestrutura de segurança e pela oferta de serviços digitais do próprio departamento de educação. A estratégia estadunidense em tecnologia educacional está em atualização em 2021 e convida, por exemplo, qualquer pessoa interessada a contribuir com o seu desenvolvimento. A última
versão, de 2017, explora o potencial de aprendizado com tecnologias, rea rma a i mp o r t â n c i a d a e q u i d a d e , acessibilidade e de eliminar o fosso digital. Além disso, temas como liderança, avaliação e preparação docente são abordados estrategicamente. Há temas urgentes que devem ser tratados imediatamente. Para o professor, a conectividade, a oferta de conteúdo on-line e o erro de contar que a criança teria
um celular pessoal para seguir o conteúdo e atividades educacionais são um deles. Entretanto, o que é urgente fazer não exime o governo e a sociedade do verdadeiro desa o de trazer a educação brasileira para o século XXI. Para isso, segundo o diretor do TLTL, o Brasil precisa de uma verdadeira colaboração nacional para a melhoria da qualidade da oferta e emprego de tecnologias na educação.
Caminhos para evitar Mediação do professor impacta na leitura do aluno perda de aprendizagem Estudantes dos anos finais do fundamental preferem livros de aventura e do ensino médio leem mais romance
©ENVATO ELEMENTS
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Quando há a mediação do professor, o impacto da leitura é muito maior e gera mais engajamento dos alunos. Além disso, e, como já era esperado, os livros voltados ao público infantojuvenil são concluídos de maneira mais simples, uma vez que a linguagem tende a ser leve e o tamanho menor — em comparação às obras para os adolescentes. Essas informações fazem parte do estudo recémdivulgado, Leitores Digitais, feito pela Árvore, uma das maiores plataformas de leitura digital para educação básica do Brasil e que usou dados coletados em seu próprio streaming com base no comportamento digital de seus usuários. O recorte da pesquisa contou com 600 mil estudantes de
escolas particulares e aproximadamente 178 mil em escolas públicas da base total de usuários, distribuídos por todas as regiões do Brasil. No período analisado, na Árvore Atualidades, plataforma que disponibiliza conteúdo jornalístico adaptado ao público infantojuvenil, o tema mais lido pelos estudantes esteve relacionado à pandemia. “Vemos um cenário em que as matérias jornalísticas em meio digital estão sendo usadas para formar leitores mais críticos. E quando estamos falando de leitura, esse conceito se refere ao amplo movimento de ler o mundo, de ler diferentes textos, escritos ou audiovisuais. Essa leitura amplia o repertório do aluno, informa e forma para as habilidades das
diferentes linguagens. E esse a c e s s o v e i o p or m e i o d a s tecnologias digitais”, detalha Letícia Reina, gestora educacional da Árvore. O selo Atualidades disponibiliza mais de sete mil matérias exclusivas, entre jornais e revistas de veículos renomados do país e do mundo. Cada matéria jornalística publicada conta com uma sequência de atividades que fomentam e avaliam habilidades de interpretação de texto, produzidas pela equipe pedagógica da Árvore. O cenário pandêmico mundial r e e t e n o s a s s u nt o s m a i s procurados entre os estudantes: pandemia, coronavírus e medicina são os principais. Te m a s c o m o : t e c n o l o g i a , c o m p o r t a m e n t o e sustentabilidade também aparecem no ranking, em quarto, qu i nt o e s e x t o lu g ar, respectivamente. O tema aprendizado é o mais lido entre os alunos do 1º ao 5º ano do ensino fundamental. O assunto está relacionado tanto às fábulas e contos de fadas, como a guias e tutoriais. Os alunos dos anos nais do fundamental preferem os títulos de aventura e os alunos do ensino médio leem mais romance.
A educação pública básica no Brasil deve sair do isolamento da pandemia com uma perda de aprendizagem que pode afetar a vida dos jovens e, por consequência, a economia. Essa constatação surgiu de um estudo que o Instituto Unibanco e o Insper realizaram recentemente. Para chegar aos resultados, o grupo de pesquisadores usou como metodologia um modelo de simulação capaz de estimar a perda da aprendizagem durante os anos letivos de 2020 e 2021, a partir de parâmetros factuais (desse modo, número de dias letivos em 2020 com educação presencial e o grau de adesão dos estudantes ao ensino remoto) inferidos da experiência brasileira ou internacional em situações similares (e cácia do ensino remoto relativa ao ensino presencial e a perda de pro ciência dos alunos que
abandonam o ensino remoto); e referentes a situações que ainda nem sequer aconteceram (a porcentagem dos dias letivos em 2021 que será oferecida apenas de forma remota e o esforço dos sistemas educacionais para recuperar as perdas de aprendizado ao longo dos primeiros meses). Liderada pelo economista Ricardo Paes de Barros, do Insper, a pesquisa reforça a i mp or t ân c i a d a s p ol ít i c a s públicas para reduzir os danos para a educação em decorrência da pandemia, exigindo, por exemplo, e caz combate à evasão, melhoria da qualidade do ensino remoto, aumento do acess o e engaj amento dos estudantes, o retorno seguro ao ensino presencial ou híbrido com as devidas medidas sanitárias necessárias. A escola pública deve
promover maior engajamento dos estudantes ao ensino remoto. Sendo assim, o estudo acentua que para isso é necessário adotar alguma forma de ensino híbrido o mais rápido possível, além de ações voltadas para a recuperação e aceleração do aprendizado e a otimização do currículo. A s a b e r, a s p e r d a s d a aprendizagem em 2020 pelos estudantes da escola pública em língua portuguesa e matemática atingiram níveis preocupantes — nove a 10 pontos abaixo do que era esperado, utilizando a escala Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb). A base do estudo foi com jovens que vão concluir o ensino médio este ano. Nesse sentido, incluiu também o aprendizado no 2º e 3º anos do ensino médio após o início da pandemia, considerando o ensino remoto e o abandono escolar. Contudo, segundo o superintendente-executivo do Instituto Unibanco, o economista Ricardo Henriques, caso as escolas consigam uma transição ao ensino híbrido no segundo semestre, as perdas podem ser reduzidas em 10% a 20%, caso o engajamento dos estudantes seja o dobro de 2020. Para obter detalhes da pesquisa: encurtador.com.br/lCGIZ.
POLÍTICA 5
01 A 07 DE JULHO/2021
Jorge
Analista Político Jorge Rodrigues Pacheco é Advogado, Jornalista e Radialista
Pacheco
jorgepachecoindio@hotmail.com
“Após anunciar a aposentadoria//A minha concepção da vida pública é pautada pelo princípio republicano//Acho que os cargos devem ser ocupados por um determinado prazo e depois deve-se dar oportunidade a outras pessoas. E eu já estou há 11 anos ”, Joaquim Barbosa, após decisão do STF de absolver condenados do mensalão de formação de quadrilha ©EVERTON NUNES/SECOM-PMS
meu depoimento na quarta-feira. Agradeço à manifestação de apoio e carinho dos amigos. Estou com a consciência em paz", escreveu. Wizard é apontado por oposicionistas como um dos principais integrantes do chamado "ministério paralelo", como são chamadas as suspeitas em torno de um aconselhamento extrao cial ao presidente Jair Bolsonaro centrado, sobretudo, na aposta em tratamentos comprovadamente ine cazes contra a covid-19. "Logo, logo você vai ver que o Brasil vai ser forrado de medicamentos da fase inicial do tratamento, cloroquina, hidroxicloroquina", disse Carlos Wizard em uma live da revista IstoÉ Dinheiro realizada em maio, pouco depois de Pazuello assumir como ministro interino da Saúde. Tanto o "gabinete paralelo" quanto os contratos de fornecimento de medicamentos e vacinas estão na mira da C P I , p r i n c i p a l m e nt e d e p o i s d o depoimento, na última sexta-feira (25), do servidor do Ministério da Saúde Luís Ricardo Miranda e de seu irmão, o deputado federal Luís Claudio Miranda (DEM-DF). Os dois relataram ter encontrado indícios de supostas irregularidades no contrato bilionário para a compra da vacina indiana Covaxin — e disseram ter levado essas suspeitas diretamente a Jair
País. Antes de assumir a Presidência, Bolsonaro escreveu em uma rede social que pretendia garantir, por meio de
©REPRODUÇÃO/NBR
Bolsonaro assina decreto que facilita posse de armas
decreto, a posse de armas de fogo a cidadãos sem antecedentes criminais. O presidente é crítico do Estatuto do Desarmamento que, segundo ele, impõe regras muito rígidas para a posse de arma. Durante sua carreira política, Bolsonaro defendeu reformular a legislação a m de facilitar o uso de armas pelos cidadãos.
CPI da Covid: por que empresário Carlos Wizard foi convocado ©REPRODUÇÃO
AJUFE
Presidente Bolsonaro: 'Tem gente chorando pelo Lázaro aí. Ele não morreu de covid, não?'
As suspeitas em torno de um "gabinete paralelo" e de possíveis irregularidades em contratos de vacinas e medicamentos do governo federal foram abordadas nesta quarta-feira (30) no depoimento do empresário Carlos Wizard à CPI da Covid no Senado. Próximo ao ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, Wizard havia sido convocado inicialmente para depor em 17 de junho, mas faltou à sessão, o que fez a CPI requisitar à Justiça Federal a apreensão de seu passaporte — medida t om a d a p e l a Pol í c i a Fe d e r a l d o Aeroporto de Viracopos (Campinas, SP). O Supremo Tribunal Federal chegou a autorizar a condução coercitiva de Wizard, e senadores cogitaram pedir ajuda à Interpol (polícia internacional) para localizar o empresário, até que a defesa dele con rmasse sua presença na CPI nesta quarta. Pelo Instagram, Wizard a rmou ter desembarcado no Brasil na segunda (28), vindo dos EUA, onde estava desde março. Ele disse que estava visitando seus pais e sua lha, por ela estar prestes a dar à luz. "Logo mais sigo a Brasília, onde farei
B o l s o n a r o. S e g u n d o o s i r m ã o s , Bolsonaro disse que "isso (o esquema) é coisa do" deputado federal Ricardo Barros (PP-PR). Bolsonaro a rmou que a Polícia Federal iria abrir um inquérito sobre o caso, e Ricardo Barros negou envolvimento com irregularidades. Além da Covaxin, a CPI também
O presidente da República, Jair Bolsonaro, comentou sobre a morte de Lázaro Barbosa, ocorrida na última segunda-feira (28). "Tem gente chorando pelo Lázaro aí. Ele não morreu de covid, n ã o ? Nã o e s t ou d e b o c h an d o d e ninguém, não", disse a apoiadores, na frente do Palácio da Alvorada, no m da t arde. Mais ce do, ele já havia comemorado a ação policial nas redes
sociais. "CPF cancelado!", publicou. Na ocasião, o presidente aproveitou a oportunidade para parabenizar os policiais envolvidos na ação. "Parabéns aos heróis da PM-GO por darem m ao terror praticado pelo marginal Lázaro". E acrescentou que "o Brasil agradece". Para Bolsonaro, a morte de Lázaro representa "menos um para amedrontar as famílias do bem". "Suas vítimas, sim, não tiveram uma segunda chance", a rmou o presidente. Pela manhã, a expressão "CPF cancelado" apareceu entre os cinco assuntos mais comentados no Tw itte r no Br a s i l. Par te d o s i nt e r n aut a s c on d e n ou a f a l a d e Bolsonaro e também as imagens de agentes de segurança celebrando a captura do foragido.
Dia de São Pedro, padroeiro da Serra, é comemorado com programação on-line O Dia de São Pedro, padroeiro dos pescadores e do município Serra, foi comemorado na terça-feira (29). Por conta da pandemia do novo coronavírus, a tradicional celebração, que normalmente é marcada por muita festa, aconteceu de uma forma diferente: por meio de transmissões ao vivo no Facebook da Paróquia São Pedro. A comemoração integrou o circuito folclórico, religioso e cultural da Serra, por meio da Secretaria de Turismo, Cultura, Esporte e Lazer (Setur).
©AFP/REPRODUÇÃO
O presidente Jair Bolsonaro assinou um decreto que facilita a posse de armas de fogo. O texto estabelece situações em que está presente a 'efetiva necessidade' de possuir arma em casa. O direito à posse é a autorização para manter uma arma de fogo em casa ou no local de trabalho (desde que o dono da arma seja o responsável legal pelo estabelecimento). Para andar com a arma na rua, é preciso ter direito ao porte, cujas regras são mais rigorosas e não foram tratadas no decreto. O texto do decreto permite aos cidadãos residentes em áreas, urbana ou rural, manter arma de fogo em casa, desde que cumpridos os requisitos de "efetiva necessidade", a serem examinados pela Polícia Federal. Cumpridos os requisitos, o cidadão poderá ter até quatro armas, limite que p o de s er u lt rap ass ado em c as os especí cos. O decreto também prevê que o prazo de validade do registro da arma, hoje de cinco anos, passará para dez anos. “Todo e qualquer cidadão e cidadã, em qualquer lugar do País, por conta desse dispositivo, tem o direito de ir até uma delegacia de Polícia Federal, levar os seus documentos, pedir autorização, adquirir a arma e poder ter a respectiva posse”, declarou o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni. A Polícia Federal decidirá se autoriza ou não a concessão da posse. Não terá direito à posse: quem tiver vínculo comprovado com organizações criminosas; mentir na declaração de efetiva necessidade; agir como 'pessoa interposta' de alguém que não preenche os requisitos para ter posse. Além disso, o decreto mantém a proibição de posse de armas de uso exclusivo das Forças Armadas e instituições de segurança pública. O novo decreto mantém inalteradas exigências que já vigoravam sobre posse de armas, como: obrigatoriedade de cursos para manejar a arma; ter ao menos 25 anos; ter ocupação lícita; não estar respondendo a inquérito policial ou processo criminal; não ter antecedentes criminais nas justiças Federal, Estadual (incluindo juizados), Militar e Eleitoral. O texto assinado por Bolsonaro modi ca um decreto de 2004, q u e r e g u l a m e nt a o E s t at u t o d o Desarmamento. O Estatuto dispõe sobre regras para posse e porte de arma no
pretende avançar sobre as negociações envolvendo a vacina chinesa Convidencia, intermediada por uma empresa de Maringá que teria proximidade com Ricardo Barros. Em relação a Carlos Wizard, a investigação da comissão deve centrar em torno de se ele ou Luciano Hang teriam participado da intermediação dessas negociações. Wi z ard t amb é m e nc amp ou u m a campanha em defesa da compra de vacinas por parte da iniciativa privada, e não apenas pelo Sistema Único de Saúde. E m març o, el e e o e mpre s ár i o bolsonarista Luciano Hang se reuniram com o ministro da Economia, Paulo Guedes, para pleitear esse tipo de aquisição. "A iniciativa privada tem mais velocidade de conseguir vacinas", disse Hang na ocasião. No momento, Carlos Wizard é uma das 14 pessoas tratadas pela CPI como investigadas, e não mais apenas como testemunhas.
'SERESTA DE TODOS OS TEMPOS' — COM JORGE PACHECO E SEUS CONVIDADOS ESPECIAIS SEXTAS-FEIRAS, ÀS 20 HORAS — WEBRADIOCENTENARIOFC – SERRA–ES
6 TECNOLOGIA
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Guarda-chuva capta e Pesquisadores purifica água pluvial, brasileiros criam que pode ser usada fogão solar para consumo humano Fogão é feito a partir de materiais de baixo custo
©DIVULGAÇÃO ©VOLKAN UGUREL
E se existisse um guarda-chuva capaz de colher, armazenar e puri car a água que cai do céu? Foi a par tir desta simples questão, que o russo Volkan Uğurel projetou um guardachuva ecológico, que oferece água própria para o consumo humano logo após o processo de ltragem. Dividido em três níveis, o sistema de ltragem é capaz de encher uma garrafa de 220 ml de água potável, já acoplada no cabo do guardachuva. O guarda-chuva é composto por uma malha de metal na parte
superior — é ela que barra as partículas mais grossas. Em seguida, um bloco removível for m a d o p or u m lt ro d e carbono e um ltro de membrana é capaz de remover todos os produtos químicos orgânicos, tornando a água pronta para consumo humano. Volkan é estudante de designer industrial na Universidade Técnica Estatal Bauman de Moscou e batizou seu guardachuva de Nonagon Umbrella, em referência ao álbum Nonagon I n n i t y, d e u m a b a n d a australiana de rock psicodélico.
Seu objetivo é patentear sua criação e democratizar o sistema de captação da água da chuva. Vale lembrar que a água da chuva pode ser usada em casa para diversos ns, como a rega de plantas, limpeza geral e descargas, mas nunca diretamente para o consumo humano. Não se esqueça que a chuva c ar rega subst ânci as contaminantes da atmosfera, isso sem contar que o líquido passa por telhados e calhas antes de serem captadas no recipiente de armazenamento.
Essa é uma daquelas ideias maravilhosas com as quais vale gastar aquele bordão: “como é que ninguém pensou nisso antes?!” Com o botijão de gás custando uma fortuna, pesquisadores brasileiros des envolveram um fogão movido à energia solar. Simples assim! O fogão solar foi criado a partir do uso de materiais descartados ou de baixo custo, como espelhos e sucatas. Para produzir o protótipo, os pesquisadores gastaram apenas R$ 150,00. Além de tudo, a invenção custa baratinho. Dá pra economizar no gás e na compra do fogão! Seu f u n c i o n a m e n t o é superdescomplicado: o aparelho capta a luz solar, transforma a radiação do sol em calor, cria uma espécie de efeito estufa e utiliza esse calor para aquecer água e assar alimentos. O diferencial do equipamento em relação a outros já criados é que este usa isolantes térmicos qu e a c e l e r am o te mp o d e preparo dos alimentos, podendo ser comparado com o tempo de um fogão convencional. O fogão sustentável chegou a atingir a temperatura de 650°C e assou nove bolos, simultaneamente, em uma hora e meia, apenas 20 minutos a mais do que um aparelho tradicional. Alimentos como arroz, macarrão e batata caram prontos em meia horinha. É e ciência
comprovada! O projeto é desenvolvido pelo L a b o r at ó r i o d e Má q u i n a s Hidráulicas do curso de Engenhar ia Mecânica da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). O professor Luiz Guilherme Meira de Souza, que estuda energia s ol ar há 4 0 ano s , é qu e m coordena a pesquisa. A ideia é perfeita para a região No r d e s t e , o n d e h á n í v e i s altíssimos de radiação solar e por períodos prolongados. Ou seja, é a garantia de que dá para usar o fogão todos os dias. O equipamento também pode ajudar a reduzir os níveis de gases poluentes jogados na atmosfera, como dióxido de carbono. Além disso, com a alta no preço do b ot ijão de gás, muitos nordestinos têm usado fontes alternativas como a lenha, o que é prejudicial ao meio ambiente. Segundo o estudo, 30% da madeira da vegetação de Caatinga é retirada para fazer
lenha. O fogão solar também resolveria este problema, já que us a uma fonte de energ i a renovável e sustentável. A previsão é reduzir em mais da metade o uso da lenha. “Este produto pode representar uma importante contribuição para o uso de fogões solares, especialmente no Nordeste, para o combate da deserti cação e da emissão de poluentes pelo uso massivo de lenha, que causa desequilíbrio ecológico nessa região”, disseram os pesquisadores. A grande questão agora é conseguir investimentos para tornar a produção viável e em larga escala. “O fogão solar pode representar uma alternativa extremamente viável nos campos técnico e econômico, podendo até transformar-se numa opção de geração de emprego e renda para a comunidade pobre da nossa região pela sua fabricação para comercialização”, disseram os pesquisadores.
Startup alemã promete “táxi voador” com cinco lugares até Novo motor pode reduzir emissões de 2025 aeronaves em mais de 20% ©DIVULGAÇÃO/LILIUM
Em seis anos, será possível usar o seu celular para pedir um drone elétrico para transporte. Essa é a meta da startup alemã, Lilium. O protótipo teve sucesso em seu primeiro teste real ao levantar voo no dia 4 de maio, sendo operado remotamente. Segundo o CEO da companhia, Remo Gerber, o táxi aéreo poderá comportar até cinco pessoas, um piloto e bagagens. Durante o teste, o protótipo apenas levantou voo de forma vertical, como um helicóptero, pairou no ar e depois aterrissou. Apesar disso, Gerber diz que a bateria do veículo é suficiente para percorrer 300 km e alcançar uma velocidade de 300 km/h. A razão é o design da aeronave que não tem cauda ou hélices. No lugar, um visual arredondado com asas fixas que exige menos de 10% de seu máximo de dois mil cavalos de potência durante o voo. O táxi aéreo da Lilium não pode ser considerado um jato. Ele usa 36 ventiladores com dutos elétricos. Dentro de cada um, um rotor que puxa o ar pela frente e empurra-o para fora com uma velocidade mais alta.
Protótipo com design inovador tem lâminas leves e descobertas que reduzem o uso de combustível ©CFM/DIVULGAÇÃO
Segundo a startup, a falta de lâminas giratórias traz mais eficiência a bateria e reduz o ruído. A Lilium não revelou quanto custará o serviço, mas afirma que será “comparável em preço” com os táxis regulares. Gerber disse à CNN Business que será voltado para pessoas comuns. Essa não é foi primeira vez que a Lilium testou o seu táxi aéreo elétrico. Fundada em 2015, há dois anos a startup realizou um teste com um protótipo de apenas dois lugares. “Em menos de dois anos, fomos capazes de projetar, construir e voar com sucesso uma aeronave que servirá como modelo para a produção em massa”, disse Daniel Wiegand, cofundador e CEO da Lilium, em comunicado.
A empresa ainda espera que seu novo protótipo eventualmente não precise mais de pilotos. De acordo com a startup, sua tecnologia para um táxi aéreo autônomo está quase pronta e está aguardando as regulações necessárias para ser colocada em prática. Outras empresas também têm investido em “carros voadores”. A Uber, em parceria com a Nasa, quer lançar até 2023 uma rede de táxis aéreos. A empresa ainda está desenvolvendo modelos similares da Lilium, elétricos e que levantam voo verticalmente, para ser lançado em Dallas e Los Angeles, nos Estados Unidos. A Boeing também realizou este ano o primeiro voo de sua aeronave autônoma. O teste aconteceu no estado da Virgínia.
A CFM International tem como meta encontrar soluções para que o futuro da indústria de aviação alcance um futuro neutro em carbono. Nesta busca, a empresa criou um protótipo de motor para aeronaves chamado Open Rotor. As pás da ventoinha são de bra de carbono e ajudam a reduzir o peso e o ruído. Outra inovação é que o motor ca
descoberto, com as pás expostas ao ar. Os testes iniciais mostram que a propulsão está quase no mesmo nível dos motores em uso, com um impacto ambiental b em menor. Os pr imeiros protótipos tinham um nível de ruído bem próximo aos motores tradicionais, mas com algumas inovações o novo motor já está
mais silencioso. Com potencial de redução de dois dígitos em emissões e consumo de combustível, os novos motores podem aproximar a indústria de um futuro mais sustentável. Apesar da empolgação com o novo d e s e nvolv i me nto, as equipes dizem que pelo menos uma década de pesquisa e desenvolvimento adicionais são necessários antes que o design esteja pronto para uso comercial. Outro método que o setor de aviação está explorando para aumentar a sustentabilidade é encontrar fontes alternativas de energia: plásticos e emissões de carbono sendo reciclados em novos tipos de combustível de aviação.
CIÊNCIA 7
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'Latido' estranho leva Novo estudo lança à descoberta de nova luz sobre vida préespécie de mamífero colombiana em área Novo hiracoide das árvores africano levou 12 anos para ser descoberto após a primeira pista coletada pelos pesquisadores ©JOSSKI/WIKIMEDIA COMMONS
O s g r i t o s e s t r i d e nt e s d o s hiracoides — pequenos mamíferos herbívoros — reverberam durante a noite nas orestas da África Ocidental e Central. Mas seu som, dependendo da localização, é diferente. Os hiracoides das árvores que vivem entre os rios Volta e Níger emitem um tipo de grito que é distinto das vocalizações estridentes dos hiracoides que habitam outras regiões da zona orestal africana. Em 2009, durante uma expedição na Nigéria, pesquisadores notaram um som semelhante a um latido durante a noite. A fonte do “latido” era uma criatura nova para a ciência. Demorou 12 anos para o r e s p o n s áv e l p e l o s o m s e r identi cado. O resultado, en m, foi apresentado na revista Z o ol o g i c a l Jou r n a l of t h e
Linnean Society. Uma equipe internacional de pesquisadores e stu d ou 4 1 8 g r av a ç õ e s d e chamadas de hiracoides das árvores feitas entre 1968 e 2020 em 42 locais em 12 países. Simon Bearder, professor emérito da Oxford Brookes University (Reino Unido) e coautor do e s t u d o, p r o d u z i u u lt r a s s on o g r am a s d e u m a amostra das 96 gravações mais claras e completas, incluindo 34 da população entre o Níger e o Volta e 62 de populações de hiracoides arborícolas na África Ocidental, Central e Oriental, medindo sua duração, faixa de frequência e taxas de repetição, entre outras características. A análise revelou que quase todas as chamadas gravadas entre os rios eram “latidos de chocalho” que diferiam dos gritos gravados no lado ocidental
do Volta e no lado oriental do Ní ge r. A nov a e sp é c i e foi d e nom i na d a D e nd rohy r a x inter uvialis. Um vídeo apresenta primeiramente o “grito” de outra espécie de hiracoide, e depois, em contraste, o “latido” da espécie recém-descrita. Esse som teve um papel importante na identi cação do novo mamífero. “Às vezes, um ouvido atento é tão importante quanto um olho ate nto”, d i s s e E r i c S arg i s , antropólogo da Universidade Yale (EUA) e coautor do estudo. “Há evidências crescentes de que os rios Níger e Volta são barreiras biogeográ cas signi cativas para uma v a r i e d a d e d e m a m í f e r o s”, a rmou John Oates, professor emérito de antropologia do Hunter College de Nova York (EUA) e autor correspondente do estudo. “Hiracoides, por exemplo, não atravessam a água facilmente. Então, faz sentido que, através de milhões de anos de mudança climática, conforme as orestas africanas se expandiram e se contraíram, novas espécies teriam se diferenciado em fragmentos de oresta isolados conhecidos como refúgios, e então foram limitados em sua dispersão subsequente por grandes rios”.
Pesquisadores do CE descobrem nanocristais que inativam bactérias na água Pesquisadores da Universidade físico, a bactéria perde a capa Federal do C eará (UFC) lipídica, que ser ve como descobriram que nanocristais de protetora. A tecnologia dos celulose conseguem inativar até n a n o c r i s t a i s d e c e l u l o s e , 90% das células das bactérias portanto, não elimina as células Escherichia coli (E. Coli), muito bacterianas, mas realiza uma c o m u n s n a s m e m b r a n a s “quebra” de até 90% na estrutura utilizadas nos sistemas de f í s i c a d o m i c r o r g a n i s m o, dessalinização e ltração da ©PIXABAY água. A E. Coli é uma das principais causas de infecções intestinais, diarreia, dor ab d om i n a l e fe z e s c om sangue. Com a pesquisa sendo aplicada, teremos um problema antigo resolvido, tanto para a saúde da população quanto para as redes de tratamento da água. deixando-o praticamente inativo Os pesquisadores da UFC para infecções. notaram que os nanocristais têm Imagine que uma pessoa estruturas que se assemelham a reveste o topo do muro da casa agulhas e, por isso, acabam com uma cerca de arames perfurando a membrana celular a ados. Qualquer indivíduo das bactérias. Devido ao dano tentando passar pelo local terá FERNANDO FRAZÃO/AGÊNCIA BRASIL
BOB BEHNKEN
mais di culdades e poderá sofrer cortes. A pesquisa praticada com os nanocristais tem o mesmo princípio. “Enquanto a maioria das abordagens se baseia no uso de c omp o s t o s q u í m i c o s p a r a i nt e r r u p ç ã o d e p r o c e s s o s bioquímicos nos microrganismos, os nanocristais de celulose atuam pela promoção de um estresse físico nesses organismos”, explica Victor Te i x e i r a N o r o n h a , d o u t o r a n d o e m Biotecnologia de Recursos Naturais na UFC e um dos autores do estudo. O próximo passo da pesquisa, segundo Victor, será testar os CNCs com out ro s t ip o s d e b a c té r i as , principalmente aquelas mais comuns nos sistemas de ltração e dessalinização.
amazônica pouco estudada As pesquisas mostram que ao contrário do que se pensava, já havia povos pré-colombianos no sudoeste da Amazônia e nordeste da Bolívia antes da chegada dos europeus no nal do século XV ©KATHRYN KILLACKEY/UCF
Um novo estudo, realizado por pesquisadores da Universidade Central da Flórida (UCF) em parceria com especialistas da Universidade de Northumbria do Reino Unido, mostra que os povos pré-colombianos de uma área culturalmente diversa, mas não b em do c ument ada da Amazônia, alteraram signi cativamente sua paisagem milhares de anos antes do que se pensava. As descobertas, publicadas na revista Proceedings of National Academy of Sciences, mostram evidências de pessoas usando fogo e melhorando sua paisagem para agricultura e pesca há mais de 3.500 anos. Isso se opõe à noção frequentemente sustentada de uma Amazônia intocada durante os tempos précolombianos, antes da chegada dos europeus no nal do século XV. O estudo também fornece mais pistas sobre o passado das diversas culturas que vivem na área conhecida como Llanos de Mojos, no nordeste da Bolívia. "Esta região tem uma das mais diversi cadas línguas do mundo, o que re ete modos de vida e herança cultural distintos", diz o coautor do estudo John Walker, professor associado do Departamento de Antropologia da UCF. "Sabemos algo sobre os últimos três mil a quatro mil anos de, digamos, Europa ou Mediterrâneo, mas não temos algumas dessas mesmas informações para as pessoas aqui [América do Sul]. Isso torna esta história incrível esperando para ser escrita", revelou. Parte da maneira como os pesquisadores esperam escrever essas histórias é descobrir as práticas econômicas do passado distante. A paisagem plana e úmida dos Llanos de Mojos é usada para pecuária hoje, mas os
arqueólogos observaram há anos as evidências de vestígios de campos elevados précolombianos e açudes de peixes para aquicultura, indicando que a terra já foi usada para agricultura e pesca. Arqueólogos estimavam que tais atividades ocorreram cerca de 1.700 anos atrás. No entanto, o novo estudo combinou conhecimentos de várias disciplinas, como antropologia, paleoetnobotânica e paleoecologia, para indicar que o manejo intensivo da terra começou muito antes, por volta de 1.500 a.C., ou seja, cerca de 3.500 anos atrás. "Esta descoberta é importante porque fornece evidências de que a Amazônia não é uma selva intocada, mas foi moldada e projetada por indígenas milhares de anos antes da chegada dos espanhóis", diz Walker. Esta é uma informação nova, tanto para a história das culturas da Amazônia, que não foram tão estudadas quanto outras, como os maias ou incas, como para a área, que muitas vezes é pensada como um mundo intocado antes da chegada dos europeus. Neil Duncan, o principal autor da pesquisa e paleoetnobotânico do Departamento de Antropologia da UCF, é especialista em estudar restos arqueológicos e paleoambientais de plantas para aprender como humanos e plantas interagiam no passado.
PRECISÃO
Contabilidade (27) 3228-4068
Com a ajuda da equipe de p e s qu i s a , D u n c an e x t r aiu núcleos de terra de mais de um metro e meio de dois locais a cerca de 20 quilômetros de distância um do outro em Llanos de Mojos. Ao examinar esses núcleos, Duncan encontrou tólitos de milho e abóbora datando de 1380 a.C. e 650 a.C. Colegas da Universidade de Northumbria examinaram os núcleos de carvão, pólen e diatomáceas, que são algas unicelulares indicativas de ambientes aquáticos. Ambos os testemunhos mostraram tendências semelhantes de condições de seca inicial nas camadas mais antigas da terra, seguidas por aumento das condições úmidas e aumento do uso de queima de madeira, conforme evidenciado pela presença de altas concentrações de diatomáceas e de carvão, respectivamente. Os pesquisadores dizem que a queima de lenha pode ser usada para cozinhar, fazer cerâmica, aquecer e muito mais. "Esta é a primeira vez que pudemos mostrar no passado como as pessoas administravam suas terras e recursos hídricos em um sistema acoplado", disse Bronwen Whitney, professora associada de geogra a e ciências a m b i e nt a i s q u e l i d e r o u a p esquisa da Nor thumbria. Whitney é especialista em mudanças ambientais históricas, principalmente na América do Sul e Central. "A intensi cação do manejo de plantas, fogo e água ocorreu ao mesmo tempo, o que enfatiza como a agricultura ou a pesca eram igualmente importantes para as pessoas da região", explicou Whitney. Os pesquisadores dizem que os próximos passos são investigar a função, história e papel dos açudes de peixes da área e aplicar nov as té c n i c as p ar a d at ar diretamente a terraplenagem e reconstruir uma história agrícola mais detalhada para a região.
8 BEM-ESTAR
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GABRIELA MESSNER ARESI Quatro cuidados que OLIVEIRA precisamos ter com Sopa de feijão para nossa saúde no inverno se deliciar nos dias frios Nutricionista - CRN:14100665
Alguns cuidados são de extrema importância para evitar e combater os problemas de saúde que o inverno nos traz
©ISTOCK
1) Saúde respiratória O m é d i c o otorrinolaringologista do Hospital Anchieta de Brasília, Jefferson Pitelli aponta que devido às baixas temperaturas e à diminuição da umidade do ar, há u m au m e nt o d a s d o e n ç a s respiratórias, tendo em vista a maior concentração de p ar t í c u l a s e p o lu e nt e s n a atmosfera. "Tal evento ocorre devido ao fenômeno de inversão térmica, onde uma camada de ar frio permanece mais próxima à superfície, retendo, assim, partículas e poluentes", explica. De acordo com o médico, essas partículas, em contato com a mucosa respiratória, levam a uma resposta in amatória, provocando sintomas como tosse, obstrução nasal, falta de ar, espirros e coriza. "Muito comum nessa época é percebermos o aumento de doenças como asma, bronquite, rinite, sinusites e alergias", reforça. Ele ressalta que é de extrema importância cuidar do corpo no inverno, "de dentro para fora". "É preciso manter uma boa ingestão de líquidos, evitar o tabagismo, a exposição a ambientes pouco arejados ou com presença de fumaça ou poeira, alimentação balanceada e prática de atividade física, utilizar álcool em gel e correta higienização das mãos, não se expor ao sol em momentos de menor umidade relativa do ar que varia entre às 10h e 16h", pontua. 2) Alimentação
©GUIA DA COZINHA
Assim como Dr. Jefferson, a professora de nutrição do Centro Universitário de Brasília (Ceub), Paloma Popov, reforça que a a liment aç ão e qui librad a é primordial nesta época do ano, pois muitos acreditam que precisamos comer mais nos dias frios. Para ela, o lado positivo do inverno é tentar resgatar as memórias afetivas de alimentos, como aquele bolo que aromatizava a casa da família e um caldo para aquecer nas noites frias. Mas ela alerta que é importante manter o equilíbrio. "Com o frio e a pandemia tendemos a car mais tempo em casa e a sensação de fome pode aumentar e trazer problemas mais s ér ios, como a fome 'emocional'. Ela nos leva a consumir mais comida, mais do que o nosso corpo precisa, levando ao ganho de peso", pondera. Para evitar esse tipo de comportamento, a especialista aconselha: "Opções boas para o inverno são os caldos e as sopas. Eles devem ser feitos com bastante verduras e legumes, como espinafre, couve, abóbora, chuchu, couve- or e cenoura, alimentos ricos em nutrientes e baixos em calorias", acrescenta. 3) Atividade física Leidyson Figueiredo, pro ssional de educação física da Bodytech Brasília aponta que a prática de atividade física no inverno traz diversos benefícios, tais como: aumentar o gasto calórico, manter o corpo ativo deixando bem longe os riscos de lesões e a rigidez no sistema musculoesquelético, melhorando a circulação sanguínea não ocorrendo o
aumento da tensão das bras musculares. "Não deixe de praticar atividades físicas com a mudança das estações, elas são fundamentais para a manutenção da saúde, principalmente em tempos de pandemia, que a obesidade e o sedentarismo podem ser determinantes no quadro de contágio do novo coronavírus. Não existe a melhor atividade física ou o melhor exercício, o importante é se exercitar sempre buscando uma orientação de um pro ssional quali cado", destaca. 4) Saúde óssea Apesar de não termos dados comprovados, existem algumas teorias que tentam explicar por que sentimos mais dores no frio. Segundo o médico ortopedista Raul Carlos Barbosa, um dos pr i n c ip ai s c au s a d ore s é a contração muscular. "Frente ao frio nosso organismo leva a contraturas musculares, que podem ocorrer de forma espasmódica (intensa), sendo por si só um causa importante de dores", explica o especialista em pé e tornozelo. Outra alteração comum com a redução da temperatura no inverno é a vasoconstrição periférica, ou seja a contração dos músculos lisos das paredes dos vasos sanguíneos, que pode levar a uma piora do uxo sanguíneo e por conseguinte levar a alterações periféricas, principalmente se o paciente já tiver alguma doença de base ou alteração prévia da perfusão sanguínea dos membros inferiores.
Drible o passar do tempo atrasando o relógio biológico A ação do tempo em nosso corpo é algo natural e irreversível. As células se multiplicam, mas têm um determinado tempo de vida. A partir dos 20 anos, os ossos param de crescer e ganhar massa, partindo para a fase de declínio,
ou seja, de perda de densidade óssea. Logo em seguida, por volta dos 30 anos, o condicionamento físico começa a sofrer um pouco. Mas calma, que dá para manter o corpo com fôlego e resistência cardiorrespiratória e muscular.
Por isso, separamos quatro hábitos que vão ajudar a retardar esse processo. Dicas 1. Atividade física desde a infância
C
om a chegada do inverno e dos dias frios, nada como uma sopinha deliciosa para nos aquecer. Pensando nisso, que tal esta receita de sopa de feijão para você conhecer e preparar? Além de ser superfácil e rápida de fazer, a sopa de feijão traz um sabor único e especial através de seus ingredientes, como salsa, cebola, tomate, batata, parmesão e linguiça defumada. Está esperando o quê para experimentar? Ingredientes 3 xícaras (chá) de feijão cozido 1 tomate picado 1 cenoura cozida e picada 3 cubos de caldo de carne 1 litro de água 3 dentes de alho picados 1 cebola picada ½ xícara (chá) de azeite 1 talo de salsão picado 2 batatas picadas 1 xícara (chá) de linguiça defumada em cubos 1 litro de água fervente 1 xícara (chá) de macarrão próprio para sopa Uma em cada cinco mulheres maiores de 50 anos sofrem de osteoporose. A melhor maneira de prevenir essa condição no corpo é fazer atividade física desde a infância. "A criança precisa de atividade física, mesmo que não seja um esporte, mas brincadeiras são importantes. Passada esta fase e com o ingresso à puberdade, que começa a partir dos 11 anos, é possível escolher um esporte ©SHUTTERSTOCK/SPORT LIFE
O inverno chegou e com ele alguns problemas já conhecidos, as rinites, dores articulares, e x a g e r o s n a a l i m e nt a ç ã o, preguiça para se exercitar e entre outros. E embora seja um tempo frio e bom para dormir até mais tarde, esse costume pode ser ext remamente prejudicia l. Especialistas ressaltam que mesmo com o inverno e os dias mais preguiçosos é crucial mantermos alguns cuidados. Pensando nisso, separamos quatro dicas para manter os cuidados com o corpo durante a estação mais fria do ano.
50g de queijo parmesão ralado para polvilhar Modo de preparo No liquidi cador, bata o feijão, o tomate, a cenoura, os cubos de caldo de carne e a água. Peneire essa mistura e reserve. Em uma panela, frite o alho e a cebola no azeite por cinco minutos ou até dourar levemente. Adicione à mistura reservada. Acrescente o salsão, a batata, a linguiça e a água. Tampe parcialmente a
panela e cozinhe, mexendo de vez em quando, por 20 minutos. Acrescente o macarrão, mexa bem e cozinhe por mais cinco minutos, mexendo de vez em quando ou até o macarrão car "al dente". Desligue o fogo e deixe descansar por 10 minutos. Polvilhe com o parmesão e sirva. Rendimento: 6 porções Fonte: Terra
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para praticar pro ssionalmente", explica Maita Poli, ginecologista do esporte, em São Paulo.
máx.) ao menos três a quatro vezes, mantendo por cinco minutos a cada vez.
2. Leve a sua FC ao limite A nte s d e f a z e r qu a l qu e r atividade física, faça os exames para saber se está tudo certo com seu corpo! Feito isso, experimente em seus treinos de cardio (uma a duas vezes por semana) para alcançar seu limiar anaeróbico (cerca de 85% da FC
3. Força levada a sério A nossa força diminui 10% a cada década de vida depois dos 30 anos. No entanto, essa redução pode ser insigni cante para o corpo até passados os 55 anos se zer um treino de força b e m - e st r utu r a d o. Pro c u re sempre a orientação de um treinador quali cado para obter o treino ideal para você. 4. Alongue-se A cada 10 anos de vida depois dos 40, o corpo perde 1cm de estatura. Por isso, é importante incluir sessões de alongamento em sua rotina, para manter o tônus e a vitalidade da sua musculatura. A ioga e o pilates são modalidades excelentes neste aspecto, além de estimularem o trabalho de força e consciência corporal.
SAÚDE 9
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Conheça os sintomas e o tratamento da doença falciforme ©SHUTTERSTOCK/SPORT LIFE
O D i a Mu n d i a l d e Conscientização sobre a Doença Falciforme foi criado em 2008 como forma de chamar a atenção para esta doença hereditária (genética) e que tem alta prevalência no Brasil. Exatamente por afetar tanto a nossa sociedade que o PhD, neurocientista e biólogo Fabiano de Abreu Rodrigues tenta ajudar a compreender melhor este problema genético. "A doença teve origem na África e sua prevalência no Brasil se deve aos traços afrodescendentes fazendo desta doença hereditária mais comum no Brasil que em muitos outros países", conta. "Em 1835 o mé dico Jos é Martins da Cruz Jobim relatou as primeiras observações cientí cas da doença falciforme com alto número de casos na classe pobre do Rio de Janeiro. Seu discurso sobre a doença foi lido na sessão pública da Sociedade de Medicina no dia 30 de Julho de 1835, indicando como a doença começou a ser estudada e seguida no nosso País". Mais tarde, e dep ois de muit a p es quis a, começam a desenhar-se as conclusões. "Em 1947 o médico e pesquisador brasileiro Jessé Accioly propôs a hipótese da hereditariedade da doença
falciforme e em 1949, James Van Gundia Neel a comprovou experimentalmente. No mesmo ano, Linus Pauling, Harvey Itano, Seymour Jonathan Singer e Ibert C. Wells utilizando a técnica de eletroforese separaram a hemoglobina anormal, que foi denominada Sickle Hemoglobin (hemoglobina falcizante), que causava a mudança no formato do eritrócito (falcização) e cuja sigla passou a ser Hb S (S de Sickle)", esclarece. De qualquer das formas é necessário compreender como se manifesta e como pode ser detectada. "Os glóbulos vermelhos ou eritrócitos (células qu e c ont ê m h e m o g l o bi n a , proteína que liga o oxigênio para que possa ser transportado no sangue e responsável pela cor vermelha), tornam-se rígidos, adquirem a forma de foice, por isso o nome falciforme, di cultando a passagem de oxigênio p ara o cérebro, pulmões, rins e outros órgãos. A doença tem formas que ocorrem com a associação da HbS com outras hemoglobinas variantes ou com a B talassemia. A forma mais grave da doença é denominada anemia falciforme (hemoglobinopatia SS)", emenda. Como tem componente
hereditária, dependendo se ambos os pais ou apenas um é portador, pode manifestar-se de maneira diferenciada. "A doença acontece quando o pai e a mãe são portadores do traço falciforme e, em cada gravidez, há uma chance de 25% de um lho nascer com a doença e um lho portador do traço semelhante aos pais de 50%", explica. O que acontece quando alguém sofre desta doença? "Há uma alteração do cromossomo 11, uma s e quênci a do DNA composto por genes que determinam as nossas características. O ser humano
Cientistas buscam tratamentos alternativos para infecções renais
possui 46 cromossomos em que, metade é herdado do pai e metade da mãe e nossas características são determinadas por esta combinação de cromossomos herdados. No cromossomo 11 está o gene que determina a característica de nossas hemácias e caso o pai e a mãe tenham e transmitam o gene defeituoso, acarreta na doença falciforme do lho(a). Quando o gene defeituoso é recebido apenas de um dos pais, a pessoa é portadora do traço falciforme e é assintomático. A presença de um alelo da globina beta A, combinado com o alelo da globina beta S, apresenta padrão
genético AS (heterozigose) não produzindo manifestações da doença falciforme", explica Fabiano. Esta condição pode acarretar em algumas complicações e são várias as milhões de pessoas afetadas por ela. "A pessoa com traço falciforme, neste caso 30 milhões de pessoas no mundo (estimativa), pode ter um risco mais elevado de morte súbita durante exercícios físicos, maior risco de infecção urinária, hematúria (sangramento na urina), risco de câncer renal e enxaqueca", aponta. A doença falciforme se apresenta nos primeiros anos de
vida e as manifestações para que possamos identi car são: anemia; crise de dor ou crise álgica; infecções e febre; icterícia; síndrome mão-pé; sequestro e s pl ê n i c o a g u d o ; a c i d e nte vascular encefálico (AVE); priapismo; síndrome torácica aguda; crise aplásica; ulcerações. "O diagnóstico é feito na triagem neonatal com amostra de sangue colhido entre o terceiro e o quinto dia de vida do bebê no teste do pezinho. Em adultos ou crianças o teste é feito em laboratório (eletroforese de hemoglobina)", destaca. Por m, Fabiano conta como é o tratamento da doença falciforme. "Com equipe multipro ssional e pode ser necessário o transplante de medula óssea em pessoas com menos de 16 anos de idade p orque os r is cos d a g rave toxicidade e morte são maiores para os pacientes com idade maior que esta. No caso de anemia grave, as transfusões sanguíneas são necessárias. Uso do medicamento hidroxiureia que age na diminuição do percentual de células em foice no sangue. Hidratação para reduzir episódios de crise vasoclusiva e é recomendado que o paciente esteja com as vacinas em dia", conclui.
Em 2020, 76,5% dos casos de tuberculose foram em pessoas com HIV
©YEZRY/SHUTTERSTOCK
De acordo com a pesquisa da Escola de Medicina da Un i v e r s i d a d e I n d i a n a , a s infecções do trato urinário são as causadoras de bactérias mais frequentes em pessoas de todas as idades e podem se tornar infecções renais graves quando as bactérias avançam para o rim. Os pesquisadores apontaram que as infecções do trato urinário estão se tornando cada vez mais resistentes aos antibióticos, o que p o de aumentar o ris co de infecções renais graves, aumentando também a necessidade da busca de tratamentos alternativos. O estudo demonstrou que o rim possui um tipo de célula chamada “intercalada” e podem consumir as bactérias e expelir ácido, processo conhecido como fagocitose, que normalmente é associado aos glóbulos brancos.
Um dos autores do estudo ap ont ou qu e i n c e nt i v a r o aumento da at ivid ade dos glóbulos brancos pode afetar todo o corpo e nova célula e n c ont r a d a p o d e s e r u m a alternativa, já que ela só está presente nos rins. Segundo o autor, a ideia é ativar
essas novas células para prevenir ou eliminar uma infecção do rim, substituindo ou complementando a terapia com antibióticos. Os pesquisadores buscaram sequenciar as células a m de entender como elas reagiam e qual sua capacidade de fagocitose. Para realizar esse processo eles previram o caminho feito pela célula usando o sequenciamento de RNA de uma única célula disponível no banco de dados da Escola de Medicina da Universidade Indiana. Um dos pesquisadores revelou ainda que o processo de estudo foi feito de maneira diferente, começando em tecido humano, dep ois avançando p ara os camundongos.
O Brasil está entre os 30 países que apresentam alto nível de coinfecção entre tuberculose, doença que atinge sobretudo os pulmões, e o HIV. A cada ano, são noti cados cerca de 70 mil casos de tuberculose, sendo que em 2020, 76,5% deles foram diagnosticados em pacientes que já carregavam o vírus causador da aids. O nosso País registrou mais de 66 mil casos de tuberculose n o a n o p a s s a d o, o q u e equivale a 31,6 por 100 mil habitantes. Isso signi ca uma queda de 16% em relação ao ano anterior, que somatizou 37,4 registros por 100 mil brasileiros. Com a presença do coronavírus, a população teria evitado ir a hospitais e clínicas médicas para realizar exames em geral, inclusive o que detecta a tuberculose. Tanto que em comparação com 2019, o ano de 2020 apresentou uma diminuição de 14% no consumo de cartuchos de teste rápido molecular para tuberculose. Os dados estão no Boletim Epidemiológico de Tuberculose, publicado em março de 2021 pelo Ministério da Saúde. Além disso, o informe indica que, em 2011, 65,3% dos
pacientes com tuberculose estavam infectados com o HIV. Já em 2019, a taxa subiu para 82,5%. Em 2020, ela caiu para 76,5%. Os estados que apresentaram as maiores parcelas de coinfecção foram Rio Grande do Sul e Santa Catarina, além do Distrito Federal. “O HIV é um vírus que debilita o sistema imunológico. Pessoas
que vivem com ele têm quase 30 vezes mais chance de sofrer com a tuberculose”, a rmou Denise Rossato Silva, integrante da Comissão Cientí ca de Tub erc u los e da S o cie dade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT). Segundo a especialista, uma a cada três mortes entre pacientes infectados com o HIV é provocada pela tuberculose. Isso a colocaria como a principal causa de óbito nessa população.
Por outro lado, o b oletim epidemiológico informa que, em 2020, apenas 45,1% dos indivíduos que apresentam essa coinfecção aderiram aos medicamentos contra o HIV durante o tratamento da tuberculose. Outro dado marcante do d o c u me nto d i z re sp e ito à questão de gênero. Entre 2011 e 2020, 69% das ocorrências ©ISTOCK de tub erculose foram registradas em pessoas do sexo masculino. “Essa doença sempre foi mais prevalente em homens, porque os fatores de risco são mais predominantes. Consumo de drogas, abuso de álcool e a própria infecção pelo HIV estão entre eles”, contou Silva. Portanto, a transmissão da tuberculose ocorre por meio da inalação de aerossóis expelidos pelas vias aéreas. Com isso, as p ar t í c u l a s l an ç a d a s n o ar enquanto o indivíduo infectado fala, espirra ou tosse. Vale lembrar que a doença é causada pelo Mycobacterium tuberculosis, ou bacilo de Koch. Além dos pulmões, essa bactéria pode provocar danos no coração, nos ossos, no sistema linfático e em outros órgãos.
10 Criança hoje, Criança amanhã
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ANA MARIA IENCARELLI Psicanalista Psicanalista Clínica, especializada no atendimento a Crianças e Adolescentes Presidente da ONG Vozes de Anjos http://www.anamariaiencarelli.blogspot.com
Direito à Mã e x Direito ao Romance — Parte I Somos experts em manobrar o óbvio para que se torne absurdo. Escrevemos leis belíssimas para transgredi-las no cotidiano
A
Natureza garante aos mamíferos o Direito à Mãe. Essa gura materna, cantada em verso e prosa, é reconhecida como indispensável à sobrevivência de seus lhotes. O leite materno é, na maioria das espécies, o único e o principal alimento que defende da morte esses pequenos. Mesmo após o período essencial de amamentação, é a mãe que permanece com sua cria até que e s te j a apt a a e n f re nt ar o s percalços do início da vida. Essa aprendizagem, que inclui busca de alimento e alerta de perigos, é passada pela mãe. A cadeia alimentar entre animais prevê que cada espécie
©PIXABAY
tem seus predadores e, ao mesmo tempo, é predadora de outras nessa escala — na busca de um e q u i l í br i o e d e e s p a ç o d e permanência da espécie — para todos. No caso dos humanos, fazse necessário pensar como isso se dá, porquanto não há necessidade de matar lhotes para buscar equilíbrio e espaço para todos. Pelo menos, em princípio. Mas, sabemos que isso já ocorreu ao longo da história humana por disputas de crenças ou de ideias. Além disso, é preciso acrescentar que existem outros tipos de morte entre humanos, além da biológica, é claro. Até mesmo a morte biológica tem
hoje uma variação denominada de zona cinzent a, onde s e abrigam a condição de morte cerebral, a condição de estados comatosos, e de estados de degeneração cerebral por doença, por exemplo. Somos experts em manobrar o óbvio para que se torne absurdo. Escrevemos leis belíssimas para transgredi-las no cotidiano. Vivemos num clima de “laissez f a i r e”, p e r m a n e n t e m e n t e , banalizado. Na Justiça, que deveria ser a sede da organização social com seus regramentos, uma Vara não se comunica com a outra. E mais, uma Vara faz e a outra desfaz. Não há um sentido comum que siga uma lógica de aplicabilidade jurídica. Como no social, não há sentimento de coletividade. A punibilidade é necessária aos humanos. Há uma cascata de pseudojusti cativas para inverter as posições de vítima e autor. Hora de abrir espaço para o romance, Justiça Restaurativa. A lei e sua operacionalidade têm gênero. Existe masculino e feminino, tanto nos que buscam,
qu anto no s qu e op e r am o corolário legal. O timbre da voz divide exigências, regalias, e rigores para dois lados distintos, para maior ou menor restauração. A Cultura vigente parece estar à mercê de uma lei instantânea e customizada. O peso da
relativização é o principal. E para que ela aconteça, é a interpretação que protagoniza, e não o que está escrito, a regra. Torna-se cada vez mais difícil educar Crianças nessa ambiência de relativização, onde verdade e mentira não têm distinção, onde a leitura jurídico-social está
sempre a dar cambalhotas para desresponsabilizar quem comete delitos e crimes. E, para escapar da árdua tarefa de julgar, lança-se o romancismo como uma espécie de humanização da justiça. Por que pensar que julgar é desumano ou desumaniza?
Feminicídios e a lei da alienação parental Artigo escrito por Ana Liési Thurler, Doutora em Sociologia, feminista
O
PL 6371/2019 está na pauta da Câmara Federal para ser votado nesta semana. Apresentado pela deputada Iracema Portella (PP-PI), pede a revogação da Lei da Alienação Parental (12.318/2010) aprovada com tramitação rápida, tentando
neutralizar a Lei Maria da Penha c o m o s i l e n c i a m e nt o d a s mulheres. No Brasil, as mulheres mantêm mobilização no enfrentamento ao feminicídio e a todas as formas de violências sexistas desde o assassinato de Ângela Diniz, em 1976, em Búzios (RJ) e
o julgamento de seu assassino, Doca Street, em 1979, quando a vítima, sob a lógica patriarcal, se tornou ré. São 45 anos de resistência feminist a p ara desnaturalizar a violência machista contra as mulheres. No Distrito Federal, essas mobilizações começaram em ©MAIA RUBIM/SUL21
Ato pede revogação na Lei de Alienação Parental, em setembro de 2017
1987, com o assassinato de ais Mendonça por Marcelo Bauer. O Fórum de Mulheres do Distrito Federal organizou, então, ato em memória de ais, já lembrando outras mulheres vítimas dessa violência extrema, na igreja Nossa Senhora de Guadalupe. Signi ca que, em mais da metade da existência na capital deste País, as mulheres também estão na resistência. Durante esse tempo, palavras de ordem se repetiram incansavelmente: 'Não se cale. O silêncio é cúmplice da violência'. Entretanto, a partir da vigência da Lei 12.318/2010, muitas mulheres preferiram se calar. Denunciando violências, não poucas mães passaram a ser acusadas de alienadoras e tiveram até reversão da guarda em favor de pais violentos e abusadores. Em Sobradinho (DF), em 20 de
junho último, ais Campos Silva, 27 anos, esperava a chegada da lha de dois anos. Seu ex-marido, Osmar Sousa Silva, 36 anos, com quem compartilhava a guarda, devolveria a criança. Quando ela abriu a porta da casa, entretanto, ele não entregou a criança deixada com o irmão, e desferiu contra ela cinco tiros certeiros. Sua morte alimentou dramaticamente os números de feminicídios. No Rio de Janeiro, Barra da Tijuca, véspera do último Natal, Viviane Vieira do Amaral desceu do carro para levar as meninas ao encontro do pai — as gêmeas com sete anos e a mais velha, com dez anos. A guarda compartilhada das crianças garantia ao ex-marido, Paulo José Arronenzi, acesso à Viviane. Avistando-as, ele não buscou as meninas. Ali, em via pública e
diante das lhas, feriu m o r t a l m e nt e a m ã e , c o m diversas facadas. Na denúncia do Ministério Público, consta motivo torpe: “Inconformismo do acusado com o término do relacionamento, especialmente pelas consequências nanceiras do m do casamento na vida do engenheiro”. Três meses antes do feminicídio, Viviane lavrou Boletim de Ocorrência, mas manteve o compartilhamento da guarda das meninas. Mães brasileiras temem serem acusadas de alienação parental e perder a guarda e todo contato com seus lhos, desumanidade que a Lei da Alienação Parental tem permitido. Assim, aceitam c omp ar t i l har a g u ard a d e crianças com homens violentos, custando-lhes a vida. Lei 12.318, Revogação Já.
COMPORTAMENTO 11
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Hipnoterapeuta / Mentora Gestacional Cel.: (27) 99947-8786 Instagram: @nagelaisa.oficial
A guerra não é lá fora! S
e você ainda vive em busca de respostas e soluções esperando a mudança ou a
©FREEPIK
atitude de alguém, sinto muito te dizer: essa espera vai ser em vão! O grande erro humano ainda é ©FREEPIK
buscar culpados. E enquanto você zer isso, vai viver uma vida sem sentido, de sofrimento e frustração. Tudo bem. Eu sei que muitas relações são difíceis, que você gostaria que fosse diferente, que esperava que os outros fossem diferentes. E desapegar é tão difícil! No emprego, por exemplo, talvez você não seja valorizado como gostaria e vive esperando ser reconhecido. Ou em casa, espera elogios e reconhecimento por sua dedicação. E a tal da expectativa se instala, te fazendo sofrer pela situação. Agora te pergunto: quem precisa estar satisfeito e se sentir valorizado? Entenda que as outras pessoas são só as outras pessoas. Elas agem e seguem suas vidas, pautadas em seus próprios aprendizados e personalidades. E você só se magoa e sofre por elas, porque se permite. Quem precisa se sentir feliz é você! Não é justo colocar a responsabilidade nisso em outras pessoas ou situações. E se você não se sente bem consigo mesmo, a culpa não é dos outros. Imagine que você tenha que fazer uma
palestra agora, na frente de centenas de pessoas, seu coração batendo acelerado, seu corpo em êxtase e o medo toma conta. Vergonha, insegurança... isso está em você ou nas outras pessoas? Quando você começa a imaginar se as pessoas vão rir de você ou achar que você não é bom o su ciente, isso está se passando aí dentro, não é verdade? Então, na realidade, seu medo é que as pessoas te peguem naquilo que você mesmo pensa sobre si. Que elas percebam a insegurança e a vergonha que estão em você. Não é sobre eles. Eles são só a desculpa que você dá para o que
está sentindo. Da mesma forma, quando você não se sente feliz nas relações em que está, quando espera reconhecimento dos outros, que se sente inferiorizado e desvalorizado, isso não é sobre os out ro s . É s obre vo c ê ! Su a autoestima e con ança não vêm de fora e, sim, de dentro. É aquilo que você sente e pensa sobre si mesmo. E isso não tem a ver com o que os outros falam, pensam ou agem. Quando seu amor-próprio está e m u m u xo n atu r a l , n ã o importa o que os outros vão dizer ou como vão agir, você tem plena consciência de si e se valoriza.
Sendo assim, você permanece nas relações que te agregam porque isso te satisfaz, você trabalha com alegria simplesmente porque faz o que gosta, você não vive à procura de culpados. O combate é interno. E ter consciência disso te torna mais forte e determinado, porque coloca sua alegria em primeiro lugar e, ao invés de buscar lá fora a razão para suas tristezas ou alegrias, começa a buscar isso por si só, entendendo que você é o responsável por sua felicidade e não os outros. A guerra tem que ser interna, para combater essas emoções ruins que existem aí dentro e te fazem sofrer. Não é sobre ser melhor que os outros, é sobre ser melhor que si mesmo, dia após dia. Você não precisa de alguém que te faça feliz, você precisa se fazer feliz! Isso vem a partir das suas própr i as at itu d e s , d e su as decisões, da forma em que escolhe ver e viver a vida. As out r a s p e s s o a s s ó complementam, e o que você recebe delas, é apenas aquilo que você mesmo está se dando.
Passar tempo longe demais de quem amamos pode diminuir nosso afeto? exp e c t at ivas e des ej os, do signi cado e da história que c a r re g a . Q u a n d o h á a m or g e nu í n o e t u d o o e l e q u e representa, não há o que altere o envolvimento", garante. Uma das principais causas de separação é a falta de disponibilidade para o relacionamento. Nesse sentido, o tempo, ou melhor, a ausência prolongada, pode ser a causa ou piorar o que já estava ruim. Mas não é regra, tanto que há milhares de casais que se relacionam virtualmente, às vezes por anos e sem nem mesmo conhecer seus parceiros pessoalmente, e há ainda outros que se encontram poucas vezes na semana, no mês, ou que trabalham em turnos opostos. Para o relacionamento terminar também não necessariamente precisa estar no começo ou não haver sexo, apesar de serem questões que contam bastante. "A perda do afeto pode ocorrer pela falta do parceiro em demonstrá-lo ou dividir seu dia a dia. Parece simples, mas não é. Muitas pessoas têm di culdade em se comunicar, expressar sentimentos e emoções e o outro acaba sofrendo com dúvidas, inseguranças e termina", explica Gabriela Luxo, psicóloga, mestre e doutora em distúrbios do desenvolvimento pela Universidade Presbiteriana
Mackenzie. A falta da presença priva do contato, da possibilidade de receber e dar amor, carinho, cuidado, imp or tantes para construção e fortalecimento do vínculo. Quando não é apenas emocional, mas também física e principalmente abrupta, essa falta é bastante sentida no início, mas com o tempo a tendência é que se normalize para depois ocorrer, ou não, o esvaziamento do afeto. Mas enquanto para alguns a relação pode se fragilizar, para outros a privação de estar próximo de quem gostamos aumenta a probabilidade de re exões e de nos empenharmos pelo outro. Para os casais pode ser mais complicado, mas muita gente pensa que o vínculo com a família e os amigos permanece inalterado, blindado à passagem do tempo, o que também não é bem assim. Qualquer relação, mesmo as de sangue e duradouras, precisa ser igualmente cultivada. O prejuízo da aus ência p o de s er até menor, mas não há garantia de que a a nidade entre pais, lhos, avós, amigos não se altere. Crianças, por exemplo, crescem e podem não se interessar como antes, já os idosos podem car
mais esquecidos, e até a intimidade entre irmãos estremece. "Pessoas que pertencem a famílias ou grupos numerosos podem ter uma di culdade maior em se fazer presentes na vida de todos. Apesar de hoje termos a tecnologia a nosso favor, quanto mais frequente a ausência de contato, maior o distanciamento afetivo", explica Larissa Menezes, psicóloga da Clínica Personal, da Central Nacional Unimed, em Salvador (BA).
correspondidos, poderiam se desencanar mais facilmente e buscar por quem lhes retribua na mesma intensidade. Já os mais reservados, habituados a não sair muito ou que preferem a própria companhia, estariam sujeitos a sofrer menos com a ausência humana. Embora o combo carreira, estudos, pandemia e redes sociais, para citar alguns exemplos, corrobore a di culdade que a nossa espécie tem enfrentado para se relacionar com qualidade, há
Os bastante efusivos, apegados, festeiros e que investem muito afeto e energia nas relações talvez se sairiam melhor em tomar a iniciativa para que as relações não se alterem, mas quando não
uma boa notícia nisso tudo. "A distância emocional tem solução e não necessariamente tem a ver com est ar p er to", infor ma Eduardo Perin, psiquiatra e especialista em terapia cognitivo-
©GETTY IMAGES
Relacionar-se a distância, ou mesmo perder o contato frequente se tornou algo normal. Por conta de uma rotina agitada ou de milhares de quilômetros, esse tipo de situação já era comum na vida de muita gente antes de 2020. Porém, com a pandemia do novo coronavírus e a necessidade de isolamento social, o cenário se intensi cou, provando para todos no planeta como pode ser ainda mais difícil c ar longe de quem t anto amamos. Mas depois de tanto tempo longe, o que esperar? É possível reestabelecer o mesmo nível de vínculo afetivo de antes? De acordo com os especialistas, não existe uma resposta especí ca e que sirva igualmente para todos. Como a rma a canção "Oração Ao Tempo", cantada por Caetano Ve l o s o , o t e m p o é u m "compositor de destinos", ou seja, para alguns pode levar a um grande esfriamento, enquanto p a r a o u t r o s i nt e n s i c a r a saudade. Entretanto, nem tudo cabe ao tempo. Há muitos outros fatores envolvidos, explica Blenda de Oliveira, psicóloga e psicanalista pela Sociedade Brasileira de Psicaná lis e de São Pau lo (SBPSP). "Depende do tipo de relação, de como ela foi construída, se é recente ou não, do grau de a nidade, se envolve
comportamental pelo Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (HC-USP). Para começar, estar presente de verdade envolve prestar atenção ao que as pessoas dizem e fazem, além de tratar como prioridade, mesmo que em poucos minutos e estando em outro continente, o tempo que você dedica a quem você ama. Isso implica em evitar distrações, discussões, ouvir, planejar sonhos juntos, fazer pequenas surpresas, ter lembretes para incluir esses momentos em sua agenda e b u s c a r ap o i o s e t i v e r di culdade em demonstrar afeto. Às vezes nem é preciso muito. Vale p erguntar como o outro está, o que fez, dizer um elogio ou um "eu te amo", acenar do portão ou entregar rapidinho compras do supermercado. Mas é preciso que isso se permaneça, que ativo, sem que as conversas ou atitudes se tornem automáticas. Dê ao outro o que você gostaria de receber. "Para dar certo é preciso que as partes estejam dispostas, se valorizem. Não é porque se gosta que não se precisa dar atenção e c uidar. Relação que não é investida perde a força e tende a ser esquecida", alerta Oliveira.
12 OLHAR DE UMA LENTE
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HAROLDO CORDEIRO FILHO Haroldo Cordeiro Filho - Jornalista DRT: 0003818/ES Coordenador-geral da ONG Educar para Crescer
Exuberante Mestre Álvaro O Mestre Álvaro é considerado uma das maiores elevações litorâneas (planalto) da costa brasileira e abriga uma das últimas áreas de Mata Atlântica de altitude do Espírito Santo
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©HAROLDO CORDEIRO FILHO
complicado, mas até que foi tranquilo. A vista é linda, a gente elimina o estresse da correria da semana, vale a pena”, garante. Outra que também que se
chegar ao topo. “A vista é muito bonita, só que para subir, precisa ter muita fé, caso contrário, não consegue”. Acompanhando a mãe na aventura, Rosemeri disse
encantou com a exuberância do local foi Sabrina Barbosa Lima, engenheira civil, que disse ter visitado o morro quando tinha apenas seis anos de idade e ter cado maravilhada com tamanha beleza. “Esse contato com a natureza em grupo, motiva mais ainda e é tudo de bom!”, a rmou. Para as amigas Ludmilla de Souza e Miriele Moura, moradoras de Serra, é uma aventura que ca marcada para a vida toda, “é tudo muito lindo”, simpli cou Miriele. As irmãs Gabriela Moreira Bonasorte e Andreia Moreira,
©HAROLDO CORDEIRO FILHO
admirar uma das paisagens mais belas do nosso Estado. Os guias Marcos Santana e Kamikase não zeram feio. S empre de prontidão, e com muita paciência, ajudavam o grupo a superar os obstáculos, que não foram poucos. A funcionária pública Priscila Fernandes, moradora do Centro de Vitória, disse que é um desa o encarar as difíceis quatro horas de subida. “São quatro horas de extremo esforço, mas compensa. Respirar esse ar puro e contemplar essa vista, não tem preço”, encanta-se. Acompanhando a amiga, Rosi
Bendineli, proprietária da Loja Cláudia Multi, em Jardim da Penha, que foi pega de surpresa pelo convite, achou que a subida seria muito penosa. “Pensei que fosse ser difícil, frequento academia, mas faço poucas atividades para as pernas e, por isso, achei que fosse ser bem
disseram ter se emocionado com tanta beleza natural perto dos grandes centros urbanos. “É muito bonito, e chegar ao topo é uma conquista”, disse Gabriela. Dona Dalva Galine Aires, uma senhora de 70 anos, disse ter gostado muito da trilha e que é preciso ter muita força e fé para
sentir a presença de Deus... “A paisagem é sublime!”, extasiouse. A paulista Rita Caroline de Castro, sioterapeuta — há seis meses em terras capixabas — falou que está conhecendo mais uma das belezas do Espírito Santo. “Hoje no topo do Mestre Álvaro e, mais uma vez, sendo surpreendida pela beleza da natureza. É desa ador chegar aqui, valeu cada metro caminhado, cada passo que a gente deu e, ao chegar, temos a s e n s a ç ã o d e i m e n s i d ã o”, enalteceu. Como nem tudo são ores, du r a nt e o t r aj e t o d á p a r a perceber que o poder público deixa a desejar ao não investir o mínimo que seja para proporcionar um conforto a quem curte um passeio na natureza. Para o guia Patrick Bicho Grilo, que há vinte anos trabalha como guia de montanhas, o poder público deveria ter um olhar especial para o local, que sofre impactos com uma ação desordenada que prejudica a natureza local. “As trilhas estão tendo uma demanda cada vez mais crescente, mas, infelizmente, com visitas d e s ord e n a d a s . Mu ito s v ã o abrindo novas trilhas, causando erosão em determinados pontos. Sabemos que qualquer visita causa impacto, sendo guiada ou não. As visitas desordenadas geram uma quantidade muito grande de lixo, estressam os animais silvestres e poluem de
alguma forma a área... As visitas deviam ser limitadas. Trouxe um grupo de quatro pessoas e, se tivermos sorte, veremos o pôr do sol e a lua que está cheia e o nascer do sol ao amanhecer”, frisou. Segundo Danielle Fátima de Aquino, chefe da Divisão de Administração de Unidades de Conservação da Secretaria de Meio Ambiente do município da Serra, o Mestre Álvaro é uma Área de Proteção Ambiental (APA), ou seja, é um tipo de Unidade de Conservação de uso sustentável e que não foi de nida ainda a capacidade de suporte, o ©HAROLDO CORDEIRO FILHO
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o último sábado (26), eu e um grupo de novos amigos subimos o colossal Mestre Álvaro, pela trilha de Jardim Tropical para
TATI BELING
esclareceu.
Mestre Álvaro O Mestre Álvaro é considerado uma das maiores elevações litorâneas (planalto) da costa brasileira e abriga uma das últimas áreas de Mata Atlântica de altitude do Espírito Santo. É um maciço costeiro que possui formato semicircular em planta, estruturado em um corpo de rocha plutônica granítica com cerca de 833 metros de altitude. Marcos Santana (27) 99643-9804 e Kamikase (27) 99835-1691 ©HAROLDO CORDEIRO FILHO
que geralmente ocorre com unidades de proteção integral. A capacidade de suporte é que de ne a quantidade de visitantes do lugar. Danielle disse ainda que o Mestre Álvaro é dividido em várias propriedades particulares, não sendo do município, então, é difícil controlar a visitação. “Temos tentado implantar uma guarda ambiental para orientar os visitantes e vamos promover a sinalização das trilhas, com orientações sobre a visita à APA”,
BRASIL 13
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A semana em Brasília S e no E
Haroldo Cordeiro Filho Luzimara Fernandes
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MEC lança Sistema On-line de Comissão aprova organização de Recursos para Alfabetização educação escolar indígena por meio de territórios O Ministério da Educação (MEC) etnoeducacionais REPRODUÇÃO
promoveu, na tarde desta quarta-feira (30), um evento de lançamento de dois importantes recursos para a alfabetização brasileira: o Sistema On-line de Recursos para Alfabetização (Sora) e a Formação para Gestores Educacionais da Alfabetização. Os dois lançamentos integram os eixos 1 e 2 do programa Tempo de Aprender, que preveem apoio pedagógico e gerencial para a alfabetização, e a formação continuada de pro ssionais da alfabetização, respectivamente. Participaram do evento o secretário de alfabetização, Carlos Nadalim; o diretor de políticas de alfabetização, Fábio Gomes; o coordenador-geral de articulação de redes educacionais, Maurício Prado; e a coordenadora-geral de programas de alfabetização, Talita Lemes. Carlos Nadalim explanou, durante a abertura do evento, que a alfabetização precisa e está sendo tratada como uma prioridade do país: "A Secretaria de Alfabetização sempre destacou que não há uma bala de prata para resolvermos o problema da alfabetização no país. Nós precisamos melhorar os recursos pedagógicos, a formação de nossos professores, o sistema de monitoramento da educação e a formação de nossos gestores". O Sora foi desenvolvido em parceria com a Universidade Federal de Goiás (UFG), a pedido da Secretaria de Alfabetização (Sealf) do MEC. O sistema foi pensado como uma ação que visa fornecer aos professores alfabetizadores uma ferramenta tecnológica para elaboração de planos de aula e para repositório de estratégias, atividades, avaliações e recursos pedagógicos. O ministro da Educação, Milton Ribeiro, a rmou, em um pronunciamento em vídeo que deu abertura ao evento, que o Sora representa a democratização de ganhos de qualidade, e cácia e agilidade para os professores da alfabetização. "O Sora consiste em um sistema on-line para gerir planos de aula articulados, reunindo dezenas de atividades educativas e recursos pedagógicos adicionais. Disponibiliza, também, um banco de itens de avaliação formativa, alinhados ao Saeb e ao Pirls, para potencializar a aprendizagem dos alunos", disse Ribeiro. A Formação Prática para Gestores Educacionais da Alfabetização foi elaborada em parceria com a Escola de Administração Pública (Enap) e é destinada a diretores, vice-diretores e coordenadores pedagógicos. Dividida em seis módulos, a formação explana desde a gestão organizacional, de pessoas, de recursos escolares, da informação, até a gestão pedagógica e alfabetização. “A gestão educacional tem impacto no desempenho acadêmico de alunos que estão no ciclo de alfabetização. E essa ação, fruto de uma parceria entre o MEC e a Enap, disponibiliza um curso muito prático voltado aos gestores educacionais”, a rmou o secretário de alfabetização do MEC.
Comissão aprova projeto que autoriza criação de delegacia eletrônica do meio ambiente Pelo texto, qualquer pessoa poderá acessar o portal, se quiser de forma sigilosa, para denunciar infrações ambientais ©REPRODUÇÃO
A Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara dos Deputados aprovou nessa terça-feira (29) projeto que autoriza a criação de delegacias virtuais para a apuração de infrações criminais e administrativas contra o meio ambiente (fauna, ora e animais domésticos). Pelo texto, qualquer pessoa poderá acessar o portal da Delegacia Eletrônica de Proteção ao Meio Ambiente para denunciar infrações
PABLO VALADARES/CÂMARA DOS DEPUTADOS
A Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados aprovou, na quarta-feira (30), proposta que determina que a educação escolar indígena seja organizada por meio de territórios etnoeducacionais, na forma de regulamento, ouvidos os povos indígenas. A medida é incluída na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB). O texto aprovado é o substitutivo da relatora, deputada Joenia Wapichana (Rede-RR), ao Projeto de Lei 9943/18, do Senado Federal. O projeto original diz que a educação escolar indígena poderá ser organizada por meio de territórios étnico-educacionais. O Decreto 6.861/09, que trata da educação indígena, já prevê que a organização territorial escolar indígena seja promovida a partir da de nição de territórios etnoeducacionais pelo Ministério da Educação, ouvidas as comunidades indígenas e a Fundação Nacional do Índio (Funai), entre outros órgãos. "Essa é a forma utilizada para escrever o termo, e não étnico-educacionais, como está na proposta original", ressalta a relatora. Segundo o decreto, cada território etnoeducacional compreende as terras indígenas, mesmo que descontínuas, ocupadas por índios que mantêm relações intersocietárias caracterizadas por raízes sociais e históricas, relações políticas e econômicas, liações linguísticas, valores e práticas culturais compartilhados. Outras mudanças Joenia Wapichana destacou ainda que "a proposta, da forma apresentada pelo autor, fragiliza a educação escolar indígena ao abrir a possibilidade dos sistemas de ensino optarem ou não pela organização dessa modalidade da educação básica em territórios etnoeducacionais". O substitutivo prevê que a organização por meio de territórios etnoeducacionais seja obrigatória. "No que concerne à participação dos povos indígenas visando o respeito às identidades e especi cidades socioculturais e linguísticas de cada comunidade envolvida, é de crucial importância a garantia da consulta livre, prévia e informada aos povos e comunidades indígenas, como previsto na Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), da qual o Brasil é signatário", acrescentou a deputada, justi cando as mudanças feitas na proposta. ambientais. O autor da denúncia poderá optar pelo sigilo de sua identidade. O Projeto de Lei 10814/18 é da deputada Mariana Carvalho (PSDB-RO) e foi relatado pela deputada Carla Zambelli (PSL-SP), que deu parecer favorável. Ela a rmou que a criação da delegacia eletrônica agilizará a investigação, prevenção e repressão de crimes ambientais. “A concentração dos atos persecutórios junto a um único órgão especializado tende a promover celeridade, e ciência e melhor apuração dos crimes praticados contra o meio ambiente”, disse Zambelli. Ela apresentou uma emenda de redação para ajustar o texto, sem interferir no teor.
Sancionada lei que facilita acesso a crédito durante pandemia O presidente Jair Bolsonaro sancionou a Lei 14.179, de 2021, que estabelece regras para facilitar o acesso ao crédito e minimizar os prejuízos econômicos gerados pela pandemia de covid-19. A norma tem origem na Medida Provisória (MP) 1.028/2021, aprovada pelo Senado no início de junho na forma do Projeto de Lei de Conversão (PLV) 11/2021. A nova lei está publicada na edição desta quintafeira (1º) do Diário O cial da União. A norma dispensa os bancos de exigirem documentos de regularidade scal na hora de o cliente contratar ou renegociar empréstimos, tais como a comprovação de quitação de tributos federais, a certidão negativa de inscrição na dívida ativa da União, a certidão de quitação eleitoral, e comprovação de regularidade com o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Entretanto, por se tratar de determinação constitucional, continua valendo a restrição que impede empresas com dívidas perante o INSS de contratarem junto ao serviço público. Encaminhada ao Congresso pela Presidência da República com objetivo de exibilizar as exigências legais nos processos de contratação e renegociação de empréstimos por bancos públicos e privados até 30 de junho de 2021, a proposta foi alterada por deputados e senadores, que estenderam o prazo até 31 de dezembro.
Felipe Rigoni articula inclusão de parlamentares, juízes e militares na Reforma Administrativa O deput ado fe dera l Felipe Rigoni se reuniu com o ministro da Economia, Paulo Guedes, para dialogar sobre a Reforma Administrativa. Em reunião realizada com integrantes da Frente Parlamentar pela Reforma Administrativa, Rigoni defendeu a inclusão de parlamentares, juízes e militares na proposta, que moderniza as carreiras do funcionalismo público brasileiro. O deputado federal capixaba é autor de emendas que propõem sete mudanças no texto da Reforma, buscando aperfeiçoar a proposta original e abarcar mais categorias nas novas regras, incluindo parlamentares, juízes e militares. No encontro realizado com a equipe econômica, Rigoni defendeu maior e ciência para o serviço público e o combate aos privilégios. “Se conseguíssemos extinguir os supersalários, fruto de penduricalhos e verbas indenizatórias que extrapolam o teto constitucional do serviço público, pagando mais de R$ 100 mil a desembargadores, teríamos uma economia anual de R$ 2,6 bilhões, quase 10% dos gastos com Bolsa Família em 2020 (R$ 29,4 bilhões)”, exempli cou Felipe Rigoni. “O Brasil é o País das desigualdades, mas estamos diante de uma oportunidade histórica de corrigir essas distorções”, completou. Conheça as mudanças propostas pelo deputado: 1) Pessoas técnicas em cargos técnicos O texto atual da Reforma Administrativa abre brechas para que as indicações políticas ganhem força no serviço público, permitindo pessoas não capacitadas nos chamados cargos de “liderança e assessoramento”. Pensando nisso, Rigoni apresentou uma emenda para rejeitar as mudanças no texto e preservar áreas técnicas de ingerência política. 2) Trabalho sob medida O serviço público brasileiro tem cargos e funções muito parecidos em órgãos totalmente diferentes. Pela lógica, havendo ociosidade em um setor e muita demanda em outro, bastaria remanejar os trabalhadores, não é mesmo? Infelizmente não é assim. O excesso de formalidade e a extensa burocracia do serviço público acabam desperdiçando talentos e reduzindo a e ciência do atendimento à população. A emenda do deputado permite que essa mobilidade aconteça. 3) Avaliação de desempenho Uma Reforma Administrativa bem feita deve garantir a modernização do serviço público no Brasil. Para isso, é fundamental incentivar o servidor a melhorar seu desempenho. Rigoni apresentou uma emenda com esse objetivo. O texto propõe diretrizes para avaliação do trabalho dos pro ssionais, além de estabelecer prazos para que isso comece a valer. 4) Fim dos supersalários De um lado, membros do alto escalão do serviço público chegam a receber R$ 100 mil, ultrapassando o teto constitucional do funcionalismo. Do outro, milhões sobrevivem apenas com um salário mínimo. A emenda acaba com essa disparidade e impede o recebimento de vencimentos acima do teto. 5) Mais transparência no serviço público A transparência é um dos pilares da e ciência na gestão pública. Rigoni propõe que todo o gasto com pessoal esteja disponível ao cidadão de forma consolidada, objetiva e atualizada. Sem códigos, siglas ou barreiras. Tudo simples e acessível. 6) Políticos e militares na reforma O Brasil não pode ser o país dos privilégios. Desde o início do mandato, o parlamentar tem combatido as distorções das altas esferas de poder. A Reforma Administrativa é fundamental para a modernização do nosso país. Por este motivo, deve valer para todos, incluindo políticos, juízes e militares. 7) Reformulação de carreiras Em muitas carreiras, especialmente aquelas com os maiores salários do funcionalismo, o topo da remuneração salarial é atingido com poucos anos de serviço. O custo da folha cresce rápido, o esforço para chegar lá, nem tanto. Rigoni apresentou emenda para estipular que o valor inicial da remuneração seja de, no máximo, 40% da remuneração nal da carreira. A medida vale apenas para os altos salários do funcionalismo, criando uma carreira com mais etapas, valorizando o esforço de quem faz mais com menos.
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Empresários reclamam Piloto capixaba dos problemas de acelera no maior Jardim Limoeiro parque Para empresários, região está esquecida por décadas ©HAROLDO CORDEIRO FILHO
automobilístico da América Latina Hugo Cibien participa da terceira etapa da Império Endurance Brasil, que acontece neste sábado, dia 03 de julho, no Velopark, no Rio Grande do Sul ©DIVULGAÇÃO
l o c o m o ç ã o . “ Te m o s u m a concentração muito grande de
trabalhadores durante o dia e à noite e muitos estão sendo estão
Empresários Orlando Marquetti e Sebastião Faria que se instalou na Av. Lourival Nunes, em 1999, com o Marquetti Hotel e Restaurante, disse que Jardim Limoeiro está esquecido por décadas. “Temos um comércio pujante, são vários bancos, autopeças, mecânicas, prestadores de ser viços, indústrias e supermercados na região e a administração do município precisa enxergar isso, principalmente no que diz respeito à mobilidade urbana. Só para se ter uma ideia do abandono, até há alguns meses, a região sofria com alagamentos, é descaso ou não? Meses atrás, estive com o prefeito e ele expôs que o problema do alagamento já estava sendo resolvido”, explica Marquetti. Outro agravante destacado pelos empresários, é o transporte público na região já que os ônibus passam a cada 40 minutos fazendo com que os usuários percam muito tempo à espera da
coletivos de destino”, disse Marquetti. ©HAROLDO CORDEIRO FILHO
©HAROLDO CORDEIRO FILHO
Os empres ár ios de Jardim Limoeiro — comunidade com uma das maiores arrecadações de impostos do município serrano — não estão nada satisfeitos com os últimos modelos de gestão que passaram pelo município. Tudo porque, segundo eles, Jardim Limoeiro concentra um grande número de empresas e indústrias e os governos que aqui estiveram só obser varam o crescimento econômico da região, esquecendo de pensar, planejar e executar as obras necessárias. O empresário do ramo hoteleiro, Orlando Marquetti,
Entre uma etapa e outra, além de contar com a ajuda do simulador, Hugo também tem ido a um kartódromo de Vitória para ter um contato maior com a pista. “Na última etapa, realizada em Curitiba, tivemos problemas com o nosso carro e aproveitamos para fazer algumas modi cações na central eletrônica, já que teremos três etapas seguidas com pouco intervalo: Velopark no sábado, Interlagos e Santa Cruz do Sul na s e quênci a. C om iss o, não pudemos realizar treinos com ele neste período na pista, e fazer essa associação entre a tecnologia e o kart, único recurso com pista disponível no E st a d o, j á no s p o ss ibi l it a desenvolver melhor re exos, e relembrar o traçado para a prova”, relata Hugo Cibien.
sendo assaltados porque, ao encerraram o expediente, depois das 22 horas, se arriscam ao irem para casa, já que a Lourival Nunes não tem ônibus a partir de determinado horário e eles precisam ir até a Norte Sul ou a BR-101 para embarcarem nos
O empresário ainda reclama de um canteiro em frente ao seu estabelecimento que não tem ut i l i d a d e ne n hu ma . “Os engenheiros de tráfego deram uma barbeirada. A falta de acesso da Norte Sul (antiga Escelsa) à Av. Lourival Nunes é o grande complicador. Bastaria fazer esse acesso com um semáforo para que os carros com destino à Lourival Nunes e trânsito livre para os que tiverem a BR-101 como destino. A Associação de Moradores, juntamente com os comerciantes da região, pretende protocolar uma solicitação ao órgão competente do município e ao Departamento de Estrada e Rodagem (DER), já que a ES-010 é de competência da esfera estadual, para a solução do problema.
reconhecimento de pista e A próxima etapa da Império classi catório. O atleta lembra Endurance Brasil, prova de que já correu neste autódromo, longa duração que reúne os porém, desta vez, enfrenta um carros mais rápidos do País, tem novo desa o: as baixíssimas data e local para acontecer. Será temperaturas registradas na neste sábado, dia 03 de julho, no região sul, cando abaixo de zero Velopark, no Rio Grande do Sul. e com geadas. “Se gear, a pista E tem capixaba pronto para com certeza ca mais a c el e r ar no mai or p arqu e escorregadia e o frio interfere no automobilístico da América 3ª etapa da Império acerto do carro, calibragem dos Latina. Após intensi car a rotina Endurance Brasil pneus que demoram mais a de preparação no simulador, Quando: 03 de julho (sábado) atingir temperatura ideal, isto além de treinos físicos e mentais, Horário: 11h30 complica um pouco para a volta o piloto Hugo Cibien está Onde: Velopark, Nova Santa Rita rápida de quali cação. Na preparado para a terceira prova (RS) corrida, esse frio, se associado à do campeonato. complica para o piloto JáAnesta quinta e sexta 02), dachuva, transmissão será (1º no ecanal Sedu Digital no YouTube, nesta quarta-feira (07), às 14 horas pois o carro é aberto”, explica. Cibien realiza os treinos de
Suécia vai construir pontes verdes sobre estradas e ferrovias ©TREND HUNTER/IMAGEM ILUSTRATIVA
Existem em todo o mundo inúmeras estradas que permitem circular de norte a sul dos países. Embora tenham facilitado as deslocações, estes caminhos destruíram grande parte dos espaços naturais e acabaram por perturbar a transição de animais de um lado ao outro. Atualmente vários países estão começando a construir novas passagens que facilitam o acesso dos animais e garantam a sua sobrevivência. A Suécia planeja construir, no decorrer de 2021, várias “pontes verdes” sob estradas e linhas de comb oio, que p er mit am a passagem segura das renas,
segundo o jornal e Guardian. Os renodukter, junção de ren (rena) e viadukter (viadutos) serão construídos no Norte do país. O jornal a rma ainda que os
pastores foram contatados e que con rmam a necessidade desta infraestrutura, não só pela segurança dos rebanhos, tal como pela crescente necessidade de pastar em diferentes localidades devido aos efeitos das alterações climáticas. “As temperaturas excecionalmente altas fazem com que a neve derreta e congele novamente quando o frio retorna, formando camadas mais espessas de gelo que impedem a rena de cavar na neve para chegar ao líquen”, explica o e Local Sweden.
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Técnicas musicais usadas Resfriamento da por ave canora são Terra pode ter similares às humanas O mockingbird norte-americano usa em seu canto regras musicais encontradas também em obras de compositores como Beethoven ou o rapper Kendrick Lamar ©MPI EMPIRICAL AESTHETICS
O mockingbird (pássaro-dascem-línguas) norte-americano é famoso por sua capacidade de imitar o canto de outras aves. Mas ele não apenas imita espécies semelhantes: na verdade, ele compõe suas próprias canções com base nas melodias de outros p á s s a r o s . Um a e q u i p e d e pesquisa interdisciplinar descobriu agora como, exatamente, o mockingbird constrói suas imitações. Os cientistas determinaram que os pássaros seguem regras musicais semelhantes às encontradas na música humana, de Beethoven ao rapper Kendrick Lamar. O canto do mockingbird é tão complexo que, para investigá-lo, foi n e c e s s ár i o u m e s forç o conjunto de especialistas de áreas muito diferentes. A neurocientista Tina Roeske, do Instituto Max Planck de Estética Empírica (Alemanha); o biólogo
de campo Dave Gammon, da Elon University, e o lósofo musical David Rothenberg, do Instituto de Tecnologia de Nova J e r s e y ( a m b o s n o s E UA ) , combinaram suas diferentes abordagens e áreas de especialização para conduzir este estudo altamente incomum. O trabalho foi publicado na revista de acesso aberto Frontiers in Psychology. A autor a pr i nc ip a l, Ti na Roeske, projetou os algoritmos usados para testar as hipóteses da equipe. “Quando você ouve um mockingbird por um tempo”, explicou ela, “pode ouvir que o pássaro não está apenas amarrando as melodias que imita aleatoriamente. Em vez disso, parece sequenciar fragmentos m e l ó d i c o s s e m e l h ante s d e acordo com regras consistentes. Para examinar esse palpite cienti camente, no entanto,
tivemos de usar análises quantitativas a m de testar se os dados realmente ap oiavam nossas hipóteses”. Os resultados foram inequívocos. Os autores identi caram quatro estratégias composicionais que os mockingbirds usam na transição de um som para o seguinte: mudar o timbre, mudar o tom, esticar a transição (alongá-la no tempo) e comprimi-la (encurtála no tempo). As melodias complexas que eles criam são música para os ouvidos não apenas de outros pássaros, mas também dos humanos. Portanto, não deve ser sur presa que compositores (humanos) de estilos musicais variados usem técnicas semelhantes em seu trabalho. Como o coautor David Rothenberg explica em um vídeo no YouTube, o grupo de cantores guturais de Tuvan Huun-HuurTu apre s e nt a e xe mpl o s d e mudança de timbre, e a mudança de tom pode ser ouvida na famosa abertura da Quinta Sinfonia de Beethoven. A própria música “Show Yourself ”, do lme da Disney Frozen 2, mostra o alongamento das transições sonoras. E se você ouvir com atenção a música “Duckworth”, de Kendrick Lamar, do álbum Damn, notará as transições sendo comprimidas ou encurtadas.
(27) 3259-3638 / (27) 99880-7048 SANTA TERESA — ES
Arquitetos projetam comunidade sustentável Com as mudanças climáticas e os desastres naturais acontecendo com cada vez mais frequência, engenheiros e arquitetos de hoje têm a missão de pensar em projetos adaptados ao meio ambiente. A nal, podemos e devemos combater o aquecimento global com residências sustentáveis e autossu cientes, como está propondo o escritório espanhol W-LAB com sua comunidade adaptada ao clima desértico. A proposta dos arquitetos é que as cabines ofereçam um ambiente de conforto e autossu ciência, mesmo em um
habitat desértico. As casas são organizadas em torno de uma fonte central de água e cercadas por plantas cuidadosamente
A l i m e nt a d a s p or p ai n é i s solares e energia eólica, as residências também produzem energia para a comunidade. Está também é uma maneira ©DIVULGAÇÃO d e c r i a r u m a c o m u n i d a d e completamente autossustentável, que não precisa ser conectada à rede de energia em geral. A alimentação caria por conta das hortas internas, que podem fornecer alimentos saudáveis e uma maneira escolhidas para sobreviver em dos residentes garantirem sua condições extremas. própria subsistência.
levado ao declínio dos dinossauros ©DANIEL ESKRIDGE/SHUTTERSTOCK
Uma nova pesquisa publicada na revista Nature Communications aponta que, apesar dos dinossauros terem sido extintos por um asteroide (ou possivelmente um cometa) há 66 milhões de anos, seu declínio começou, na verdade, até 10 milhões de anos antes. Os cientistas envolvidos utilizaram um método de modelagem estatística chamado Bayesian para preencher lacunas, como fósseis incompletos, incertezas a respeito da datação desses fósseis, entre outras. Os modelos foram executados milhões de vezes para considerar todas as possíveis fontes de erro e, em todos os casos, os pesquisadores e n c o nt r a r a m i n d í c i o s d o declínio dos dinossauros antes do impacto do asteroide. Além disso, eles observaram mais de 1.600 fósseis de seis famílias de dinossauros mais abundantes durante o período Cretáceo, três delas de herbívoros e as outras de três de carnívoros. Entre as famílias analisadas estavam as dos tiranossauros, triceratops e hadrossauros, famosos devido aos lmes Jurassic Park. Segundo Fabien Condamine, pesquisador do Centre National de la Recherche Scienti que (CNRS) do Institut des Sciences de l'Evolution de Montpellier e autor principal do estudo, todas as famílias analisadas estavam
evoluindo e se expandindo até que há 76 milhões de anos houve uma queda repentina. Enquanto as taxas de extinção começaram a aumentar, as relacionadas à or igem de novas esp écies passaram a cair. Em suas análises, os pesquisadores exploraram diferentes possíveis causas para entender o que levou ao início do declínio dos dinossauros. “Ficou claro que havia dois fatores principais. O primeiro é que o clima geral estava cando mais frio, e isso tornou a vida mais difícil para os dinossauros, que provavelmente dependiam de temperaturas altas. Então, a perda de herbívoros tornou os ecossistemas instáveis e prop e ns o s à e x t i n ç ã o e m cascata”, a rmou o coautor Mike Benton, da Escola de Ciências da Terra da Universidade de Bristol. “Também descobrimos que as espécies de dinossauros de vida mais longa eram mais sujeitas à extinção, talvez
re etindo que eles não poderiam se adaptar às novas condições na Terra”. Assim, durante um longo período de 10 milhões de anos (o Homo sapiens não chega nem há 500 mil anos de existência), a temperatura começou a cair, chegando a diminuir 7ºC. Isso tornou muito difícil a existência dos dinossauros, que não são capazes de produzir calor próprio. “Este foi um momento chave na evolução da vida. O mundo foi dominado pelos dinossauros por mais de 160 milhões de anos e, à medida que declinavam, outros grupos começaram sua ascensão ao domínio, incluindo os mamíferos”, acrescentou Condamine. “Os mamíferos começaram a aumentar em número de espécies antes que os dinossauros tivessem morrido e, depois do impacto, eles tiveram a chance de construir novos tipos de ecossistemas que vemos hoje”.
Festival MAIS Autoral reúne artistas independentes ©ASCOM SECULT
O Festival MAIS Autoral é uma forma de resistência do artista autoral independente que se propõe caminhar com sua música. Focado em seu trabalho autoral, Sandrera convidou para o evento, diferentes gerações da música capixaba. O encontro será transmitido on-line, nos dias 02 e 03 de julho, no canal do músico Sandrera no YouTube. Com mais de 50 anos de carreira, Carlos Papel é um dos nomes mais reconhecidos na cena local por suas composições. Outra atração será Anna Cíntia, jovem que também vem ganhando espaço no cenário. No meio tempo entre Papel e Anna Cíntia está Sandrera, que tocará com Ded
B o n m , Claudine Abreu e Marcos Vidigal e com o jovem o c a n t o r e compositor Manfredo. São artistas de quatro gerações diferentes, mas com a mesma necessidade de composição da música autoral e, com isso, mantendo a essência do novo a cada canção composta por eles. A formação de público para a música autoral é importante, pois no Espírito Reservas: (27) 99961-8422
Jacaraípe/Serra/ES/Brasil www.pousadasolemarjacaraipe.com.br
Santo são poucos os que abrem espaço ao autoral, já que muitos locais preferem artistas que toquem cover. O projeto foi contemplado pela da Secretaria da Cultura (Secult), com recursos da Lei de Incentivo à Cultura, a Aldir Blanc. A gravação acontecerá no Te at ro S ôni a C abra l, s em público e seguindo todos os protocolos de segurança para diminuição de contágio da covid-19, vigentes na cidade de Vitória. A realização e direçãogeral do evento é de Sandrera e Vagna Ganen.
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FERNANDO MOREIRA Atraso na linguagem pode estar ligado à falta Natação de águas abertas de estímulo adequado e superação no esporte, Analista de Sistemas, Bacharel em Psicologia e Pós-graduado em Neuropsicologia
©NEDOMACKI/ISTOCK
Preocupados com atrasos na linguagem após a quarentena, pais de crianças pequenas pro c u r am c onsu ltór i o s d e pediatras e psicólogos. Também pedem ajuda às escolas. A situação confunde as famílias e até os médicos, que ainda não sabem medir o impacto do isolamento no desenvolvimento dos pequenos. " Ve m o s n o c o n s u l t ó r i o crianças com atraso na linguagem. Os pais chegam apavorados achando que é autismo e não é. São consequências da pandemia", diz Magda Lahorgue, presidente do Departamento Cientí co de Ne u r o l o g i a d a S o c i e d a d e Brasileira de Pediatria. Uma a cada quatro crianças te ve re g re s s ã o d e comportamento na pandemia. Diante da demanda das famílias, os pediatras agora precisam entender se as questões relacionadas à linguagem ou outros comportamentos
pandemia. "Quando vamos avaliar, são crianças que apenas caram sem estímulo adequado. Mesmo que os pais tenham trabalhado em casa, nem sempre há interação e é comum o uso excessivo de equipamentos eletrônicos", diz Magda. Parte do trabalho dos pro ssionais é sugerir que as famílias tentem promover os estímulos para, depois, avaliar se ocorrem avanços. Johny Santos, psicólogo e supervisor da Clínica Accogliere, em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo, diz que houve um boom de procura
regressivos nas crianças são transitórios. Em muitos casos, eles têm origem na forma como pais e lhos se organizaram na
de atendimento para crianças, incluindo as mais novas, de até três anos, a partir de fevereiro. Nas escolas, crianças pequenas
retornam com questões que antes não surgiam. Diretora pedagógica do espaço ekoa de educação infantil na zona oeste de São Paulo, Ana Paula Yazbek percebe que as crianças chegam agora falando frases menos complexas. A situação não é encarada como algo preocupante, mas que demanda atenção e observação. Com as chupetas por baixo das máscaras, as crianças retornaram ao Colégio Rio Branco, em Cotia. "As que tinham tirado a fralda voltaram a usar. Tinham deixado a chupeta e voltaram muito apegadas a ela", c o n t a R o s e m a r y Ve r c e z i Sertório, orientadora educacional da educação infantil. Há também, segundo Rosemary, um grupo de alunos que desenvolveu menos a fala do que poderia. O retorno ao colégio é outra estratégia que ajuda a reconstruir a rotina. "É um sinal concreto de recuperação de uma vida interrompida por mais de um ano", diz Lino de Macedo, psicólogo e integrante do Comitê Cientí co do Núcleo Ciência Pela Infância. Mas, para fazer frente a questões como regressões ou atrasos no desenvolvimento, a volta não deve focar em tarefas a cumprir ou matérias. "Deve ser com acolhimento afetivo, social. O cognitivo aguenta esperar", diz o assessor cientí co do Instituto Pensi.
Nova série da TV Cultura fala sobre o valor do trabalho científico ©PIXABAY
do que nunca, os episódios da série produzida por Ricardo G i a r o l i retratam o que está por trás de g r a n d e s descobertas cientí cas. Em Neste nal de semana, a TV Cultura exibe o primeiro episódio da série inédita Periscópio. Composto por oito programas recheados de informações, o seriado exibe o valor e relevância das experiências cientí cas. Com participação de pesquisadores de diversas áreas e muito trabalho em campo, a edição vai ao ar neste sábado, dia 3 de julho, a partir das 20h30. Em um momento em que a ciência se provou mais necessária
Periscópio, um pesquisador cientí co prepara sua expedição em busca de respostas junto de um grupo de pesquisadores multidisciplinares. A atração exibe o desenvolvimento da sustentabilidade a partir dos cenários mais exuberantes da vida animal e vegetal.
conheça o grupo Desbravadores do Mar D esbravar o mar signi ca superação para este grupo desde o seu surgimento e a Coluna Ser Esporte, mais uma vez, demonstrando a capacidade do esporte em transformar vidas, traz hoje o grupo Desbravadores do Mar. Tudo começou com a h i stór i a d e s e u f u n d a d or, Weverton Lima, 44 anos, natural de Vitória e morador do bairro Jardim Camburi. Ele conta que começou a nadar na infância, aos 14 anos, na praia de Camburi com os amigos, depois de algum tempo teve problemas com o abuso de álcool e se afastou completamente do caminho da natação. Como o grupo nasceu e como a natação mudou sua vida? Cerca de 25 anos depois, em 2016 decidi retomar a natação, tive incentivo de amigos e de um primo que me deu um óculos, nadei sozinho no mar durante uns dois anos. Então, na busca de me aperfeiçoar mais tecnicamente, comecei a nadar na escola de natação do Acqua Club — Associação dos Cabos e Soldados da Polícia Militar e Bombeiros Militar do Estado do Espírito Santo (ASC-ES), em Jardim Camburi, na piscina do clube. Passei a não só praticar o esporte, mas a motivar também outras pessoas a fazerem o mesmo, criando o grupo para nadar em águas abertas por incentivo da professora do clube. Inicialmente o grupo levava o nome do clube e se chamava Acqua Mar, após uma votação interna o nome passou a ser D e s b r a v a d o r e s d o M a r, “Fizemos a logomarca e, aos poucos, fomos crescendo e nos estruturando, o grupo deixou de ser vinculado ao clube, fui me engajando cada dia mais nas atividades, contando sempre com novas amizades e integrantes fundamentais neste processo e, assim, tomei um novo horizonte na vida voltado para a saúde e o bem-estar, através do esporte. Homenagem do primeiro capixaba a completar o Canal da Mancha a nado Um fato marcante para os Desbravadores do Mar ocorreu em 30 de julho de 2020 quando o engenheiro mecânico Márcio Junqueira — primeiro nadador capixaba a desbravar o estreito de 36km que separa o sul da Inglaterra do norte da França — escolheu a touca do Desbravadores para fazer a travessia que durou 11h e 44min, num percurso de 47km nadados, Weverton relembra. Foi uma bela surpresa e motivo de muito orgulho, pois levou o nome do grupo longe, onde não esperávamos, podemos dizer que fazemos parte da história da
um calendário de atividades regulares, buscando cada vez m ai s p ar t i c ip ant e s c om o objetivo principal de promover a melhoria na saúde e na qualidade de vida, como é o caso da “Volta à Ilha do Socó” que já se tornou tradição às terças e quintas-feiras pela manhã, um percurso de pouco mais de 1km, podendo parar na ilha para descansar, justamente com o obj et ivo de angar i ar mais participantes iniciantes na natação. Outra atividade de costume é o “Café da manhã no parque”, onde os nadadores se reúnem no Atlântica Parque — Jardim Camburi para um café da m a n h ã c o m a ©ARQUIVO PESSOAL confraternização do grupo após uma volta ao Farol de Camburi, ocorrendo sempre no último domingo de cada mês. O grupo ainda conta com o “ D e s b r a v a m a s s a” e o “Desa o das Ilhas”, entre outros eventos de praxe. Durante a semana, o grupo marca diversas saídas em diferentes horários e locais, normalmente na parte da manhã. Nos ns de semana, organiza nadadas em lugares diferentes e promove interação com outros grupos de nadadores de águas abertas. Além disso, existe conta com a melhora da parte uma organização interna para s o c i a l d o i n d i v í d u o , participação de viagens, principalmente quando falamos competições e treinamentos do esporte amador. especí cos, sempre com o intuito de melhorar de acordo Nadar no mar com com as limitações individuais. segurança e consciência O g r u p o e s t á s e m p r e Qual é o público-alvo? incentivando o uso de Procuramos não restringir o equipamentos de segurança em tipo de público interessado em seus eventos e atividades. O uso participar do grupo, temos da boia, por exemplo, para quem participantes de todas as idades e nada no mar, é importante, pois com diferentes objetivos com a evita diversos problemas que natação. Tem quem já nada há p oss am o cor rer durante a bastante tempo e tem mais prática, alerta o fundador do experiência, mas também temos grupo. Além disso, as nadadas iniciantes que fazem percursos acontecem com, no mínimo, mais curtos com cerca de 1km. du as p ess o as, s empre que Temos até atletas de outros possível. E, em caso de nadar esportes que utilizam a natação sozinho, recomenda-se ao atleta como complemento aos seus nadar paralelo à praia, a uma treinamentos e participam do distância segura. g r u p o , d i z We v e r t o n , Outro ponto que o grupo faz e n f a t i z a n d o o c a r á t e r questão de estar sempre atento é socializador e abrangente do a causa ecológica, incluindo nas grupo. suas atividades eventos voltados para a preservação do meio Fale um pouco mais ambiente e conscientização dos sobre o grupo hoje. seus participantes. Sobre este Como fazer parte? São mais de mil seguidores no tema Weverton explica. A gente I n stagram. O grupo do faz parceria com diversas frentes de atuação ligadas ao meio WhatsApp está chegando aos ambiente e procuramos manter 150 integrantes, é nele que sempre contato com grupos que acontece o acesso às atividades e se preocupam com a questão participação no Desbravadores do Mar de fato. Para ser um ambiental. desbravador, basta nadar uma Quais são as atividades vez com qualquer participante e do grupo? solicitar a aprovação da diretoria Devido à pandemia diversas do grupo. Considerando sempre atividades foram suspensas e as normas básicas de respeito ao agora estão voltando aos poucos próximo e ao meio ambiente, com o avanço da vacinação e todos são bem-vindos. respeito às normas de Página do Instagram: distanciamento. O grupo possui desbravadores_do_mar natação capixaba. Promover a qualidade de vida e a saúde faz parte do lema do grupo A n at a ç ã o é u m e sp or te completo, pois envolve a parte motora, respiratória e mental trabalhando o corpo de maneira uniforme, mas nadar no mar torna o esporte ainda mais interessante, pois proporciona um cont ato ínt imo com a natureza aos adeptos da modalidade. Com as devidas medidas de segurança tomadas, e os limites de cada um respeitados, basta se jogar ao mar e usufruir de todos os benefícios que se pode ter, que vão do físico ao mental e ainda