Jornal Fatos & Notícias 438

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ANO XI - Nº 438 Educação Cultura Ciência e Tecnologia Meio Ambiente Saúde Economia 02 A 09 DE SETEMBRO/2021 SERRA/ES Distribuição Gratuita

GABRIELA MESSNER ARESI OLIVEIRA

Nova espécie de lagarto é descoberta no Peru ©PABLO J. VENEGAS

8 A receita dessa semana é uma sobremesa de creme de abacate com granola e mel, muito fácil de fazer Pág. 8

JORGE PACHECO

8 Magno Malta grava clipe

para o 7 de setembro vestindo camisa de Sérgio Reis Pág. 5

ANA MARIA IENCARELLI

8 O abuso sexual intrafamiliar está quase sempre acompanhado da violência doméstica e se a mãe pede ajuda para a criança é acusada de ser alienadora Pág. 10

HAROLDO CORDEIRO FILHO

8 Presidente do SindBares e Abrasel no ES defende o avanço das medidas de exibilização para a sobrevivência dos negócios

Pág. 12

NÁGELA ISA CARNEIRO SIRQUEIRA 8 Relacionamentos con itantes

desgastam não só o casal, mas, também, expõem os lhos Pág. 11 FERNANDO MOREIRA

8 Atleta mostra que é

possível começar na corrida aos 48 anos e chegar a um alto nível competitivo Pág. 16

Cultura divulga agenda para comemoração dos 470 anos de Vitória Pág. 3

O réptil "Enyalioides feiruzae" apresenta uma impressionante variedade de cores e vive na mata da bacia do rio Huallaga, região ameaçada pela agropecuária Pág. 7

Tratamento com tipo de luz embutida pode ser eficaz para casos de câncer ©SHUTTERSTOCK

©DIVULGAÇÃO/THOMAS DEFLER

Bebê tubarão 'milagroso' nascido de tanque só de fêmeas intriga cientistas Pág. 14

Plantar árvores Conheça o macaco incentiva a formação de que ronrona e pode nuvens e resfria o planeta de ser encontrado na maneira eficiente Amazônia Treino de força Pág. 2

Uma equipe de pesquisa chinesa desenvolveu uma nova forma de terapia fotodinâmica de tumor para o tratamento de tumores profundos que funciona sem irradiação externa Pág. 9

De acordo com o cientista Thomas Deer, os bebês apresentam essa característica curiosa, quando estão muito satisfeitos, eles ronronam um para o outro Pág. 2

é essencial à velhice, e não precisa ser só com musculação

Pág. 8


2 MEIO AMBIENTE

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Plantar árvores incentiva a formação de nuvens e resfria o planeta de maneira e iciente Os pesquisadores de Princeton descobriram que muitos modelos climáticos não levam em consideração as nuvens produzidas pelas áreas florestais ©BJÖRN FORENIUS/GETTY IMAGES/ISTOCK

Um novo estudo mostra que o re orestamento faz mais do que proteger a Terra com folhas verdes. Ele produz nuvens que também protegem o planeta dos raios solares. Parece óbvio, mas se plantarmos árvores, elas poderão resfriar o clima, ainda mais do que se pensava anteriormente. Os pesquisadores da Universidade de Princeton descobriram que muitos modelos climáticos não levam em consideração as nuvens produzidas pelas áreas orestais, o que resulta em temperaturas mais frias. A pesquisa mostra que ao considerar que as nuvens se formam com mais frequência s o bre áre a s ore s t a d a s , a plantação de árvores sobre grandes áreas é vantajosa e deve

ser feita para ns climáticos. Alguns cientistas questionaram o benefício do re orestamento em regiões de média altitude por causa do albedo — a capacidade

da superfície terrestre de re etir a luz solar — quando as árvores decíduas perdem folhas durante as estações frias. No entanto, o estudo mostra

que o albedo reduzido é mais do que compensado pelas nuvens criadas por estas orestas quando as árvores folhadas liberam umidade para a

atmosfera. À medida que as nuvens passam entre o Sol e a Terra, elas produzem um efeito de resfriamento na temperatura. De acordo com a pesquisa, as nuvens têm um albedo elevado, semelhante à neve e ao gelo. No entanto, as nuvens são normalmente descartadas em muitos estudos que examinam a Camaleão Furcifer mitigação natural das mudanças labordi climáticas. O estudo combinou dados de satélite de nuvens com modelos que estimam a interação entre as plant as e a atmosfera. Os pesquisadores concluíram que o resfriamento das nuvens e o aumento da absorção de dióxido de carbono eram mais bené cos do que a radiação solar absorvida pelas áreas orestadas.

No ent anto, os autores pediram cautela ao considerar a re orestação de uma determinada área. É necessária mais investigação para determinar como e o que tem de ser feito em uma região antes do início do plantio de árvores. Não se pode considerar apenas as mudanças climáticas. Outros fatores, tais como a biodiversidade e o fato de a terra ser também necessária para a produção de alimentos devem ser considerados. Segundo os autores, os próximos estudos devem continuar considerando o papel das nuvens. Mas devem concentrar-se em regiões mais especí cas e levar em consideração a economia do local.

Animais selvagens Conheça o macaco que ronrona e é encontrado começam a voltar na Amazônia a Brumadinho De acordo com o cientista Thomas Deer, os bebês apresentam essa característica curiosa, quando estão muito satisfeitos, eles ronronam um para o outro

©REPRODUÇÃO/DIVULGAÇÃO

No dia 25 de janeiro de 2019, uma barragem da Vale se rompeu na cidade de Br umadinho e matou 270 pessoas. Para além das vidas perdidas, a ora e a fauna da região foram profundamente prejudicadas pelo incidente. Agora, quase mil dias depois, alguns animais selvagens têm sido observados retornando à área. Jaguatiricas, onças-pardas e tamanduás-bandeira foram recentemente encontrados na região. Um dos principais motivos para a volta desses animais é o re orestamento da

área, que agora abrange 11,5 hectares (ou 11,5 campos de futebol). Poleiros e bebedouros arti ciais também foram instalados nas redondezas como forma de tentar atrair mais seres vivos. Além disso, foi colocado em prática um projeto, em parceria com a Universidade Federal de

Vi ç o s a , p a r a a c e l e r a r a recuperação da vida em Brumadinho e resgatar o DNA das plantas locais. Para que a revegetação seja bem-sucedida, é importante remover todos os rejeitos restantes. Por enquanto, 40% deles foram retirados da região.

©ISTOCK

O zogue-zogue Caqueta titi (Callicebus caquetensis) também conhecido como guigó ou sauá é uma das 20 espécies existentes de macacos que vivem na Amazônia. Um fato curioso desse macaquinho é sua capacidade de ronronar quando está feliz, como os gatos. Eles possuem os mais complexos sons para comunicação entre os animais. O macaquinho é pequeno, do tamanho de um gato. Suas maiores características são a barba vermelha ao redor das bochechas, o pelo marromacinzentado e a ausência da barra branca na testa característica de muitas espécies do mesmo gênero. De acordo com o cientista  o m a s D e e r, o s b e b ê s apresentam essa característica curiosa, quando estão muito satisfeitos, eles ronronam um para o outro. A espécie foi descoberta em 2010, durante uma pesquisa realizada pela Rede WWF. Além do macaco, outras 441 novas espécies de animais e plantas foram catalogadas entre 2010 e 2013, incluindo um lagarto com desenho de chamas no couro, uma piranha vegetariana e uma

rã do tamanho da unha de um polegar. A descoberta foi realizada pelos pesquisadores omas De er, Marta Bueno e pelo estudante Javier Garcia da Universid ade Naciona l d a Colômbia, que já consideram a espécie extremamente ameaçada devido ao seu habitat reduzido. Pesquisadores estimam uma população de menos de 250 zogues-zogues e os motivos da baixa população são devidos à diminuição dos habitats e à destruição das orestas para abertura de plantios agrícolas. Dessa forma, esses animais já encontram-se como espécie Criticamente em Perigo (CR), classi cação da União Mundial para a Conservação da Natureza

(IUCN). A Amazônia é a maior oresta t ropi c a l re m a n e s c e nt e n o planeta, abrigando pelo menos 10% das espécies conhecidas no mundo. A também maior bacia hidrográ ca conta com mais de 100 mil km de cursos d´água, incluindo nascentes e a uentes que formam o rio Amazonas, que atravessa quase sete mil quilômetros até chegar ao Oceano Atlântico. O bioma Amazônia estende-se por 6,7 milhões de km² em nove países: Bolívia, Brasil, Colômbia, E q u a d o r, G u i a n a , P e r u , Suriname, Venezuela e Guiana Francesa, abrigando 33 milhões de pessoas, entre elas 350 grupos indígenas, dos quais cerca de 60 vivem em isolamento voluntário.

Jornalista Responsável: LUZIMARA FERNANDES redacao@jornalfatosenoticias.com.br Produtor-Executivo: HAROLDO CORDEIRO FILHO jornalfatosenoticias.es@jornalfatosenoticias.com.br comercial@jornalfatosenoticias.com.br Diagramação: LUZIMARA FERNANDES (27) 3086-4830 / 99664-6644 jornalfatosenoticias.es@gmail.com Facebook Jornal Fatos e Notícias Serra - ES

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"Feliz é a nação cujo Deus é o Senhor"

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Os artigos veiculados são de responsabilidade de seus autores


CULTURA 3

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Moda e bons Cultura divulga costumes na agenda para areia: a história comemoração dos trajes de dos 470 anos banho de Vitória De peças elaboradas até o monoquíni, entenda como as roupas de banho evoluíram até chegar no que conhecemos hoje ©DIVULGAÇÃO/BIBLIOTECA ESTADUAL DE QUEENSLAND/FLICKR FOTO: REPRODUÇÃO

2. 1855 Os vestidos ficaram mais curtos. Até a altura dos joelhos, eram feitos em lã ou flanela, com mangas bufantes. Costumavam ser pretos e usados sobrepostos a calçolas decoradas com laços e fitas. Meias longas e sapatilhas e s p e c í f i c a s c o mp u n h a m o conjunto. A reg ra era que nenhuma parte do corpo fosse exposta. 3. 1890 Uma inovação foi o corte “princesa”, espécie de macacão com blusa de mangas curtas e b e r mu d a s l o n g a s . O t r aj e permitia às mulheres nadar com maior naturalidade, mas deixava o corpo mais à mostra. Para contornar o problema, saias

4. 1907 A nadadora australiana Annette Kellerman desenvolveu uma nova peça. O traje de tricô, justo e deixando braços e pernas livres, provocou tanto furor que ela foi presa em uma viagem aos Estados Unidos, por “exposição ©DOMÍNIO PÚBLICO

1. 1795 Para evitar a exposição, cabines ficavam nas praias. Com rodinhas, eram empurradas até a beira do mar. Os tecidos eram pesados para evitar transparências. As mulheres costuravam pesos nas bainhas dos vestidos, para impedir que a água os levantasse. Chapéus, lenços, meias e luvas eram acessórios comuns.

removíveis podiam ser amarradas em torno da cintura, como um avental.

por causa do atol de Bikini, no Oceano Pacífico, onde eram realizadas explosões atômicas experimentais. Inicialmente usado apenas por vedetes, o traje logo foi adotado pelas banhistas.

música e contação de histórias. “C om o sig nif icat ivo aumento de pessoas imunizadas na capital, que são mais de 484 mil, estamos finalizando uma programação que mesclará o virtual e o presencial sem perder de vista os cuidados que o momento de

p a n d e m i a a i n d a e x i g e”, af i r m ou Lu c i an o G ag n o, secretário municipal de Cultura. A primeira semana será de música, dança e muita comida. Abrindo a programação está a ação “Presente para a capital Vitória”, já nesta quinta-feira (2), às 15 horas. A atividade consiste na apresentação de dois números de dança com a participação dos alunos da Escola Técnica Municipal de Teatro, Dança e Música (Fafi). A inter venção artística acontece na Escadaria São Diogo, no Centro da Cidade. LUCIANO DANIEL

7. 1959 A empresa Du Pont desenvolve a Lycra, ou elastano, e as roupas de banho grossas são substituídas pelo novo tecido de secagem rápida. A maleabilidade e a resistência da fibra sintética permitiram diminuir o tamanho das peças, que se amoldam ao corpo.

Foto Antiga do ES ©ARQUIVO MUNICIPAL DE VITÓRIA/ESTÊVÃO ZIZZI/FOTOS ANTIGAS E FOTOS CONTEXTUALIZADAS DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO/FACEBOOK

indecente”. Liberada, lançou uma nova moda. Em 1918, o avental já estava em desuso. 5. 1920 Com o fim da Primeira Guerra, as atividades recreativas se intensificaram e a evolução dos trajes de banho também. A

8. 1964 O designer austríaco Rudi Gernreich dispensou a parte de cima dos trajes de banho, criando o monoquíni. Concebido como um ato de protesto político, o modelito acabou por contribuir para a popularização do topless. 9. 1974 A tanga é inventada no Rio de

©AVENTURAS NA HISTÓRIA

N

a A nt i g u i d a d e, o s banhos comunais faziam parte integral do cotidiano da sociedade grega. E, embora os frequentadores despissem suas roupas, trajes semelhantes aos biquínis modernos foram registrados em torno de 350 a.C. O hábito foi adotado pelos romanos, mas com a queda do império e a ascensão do cristianismo, a atividade recreativa caiu no esquecimento e só voltou a ser mencionada novamente em 1687.

©REPRODUÇÃO/YOUTUBE

Vitória, Vitorinha, Vitoríssima, Cidade Presépio, Ilha do Mel, Vix... São vários os apelidos carinhosos da capital capixaba que, no próximo dia 8, completa 470 anos de história. E, no que depender da Prefeitura Municipal da capital, a cidade irá transpirar cultura e arte durante todo o mês de setembro. Para celebrar a ocasião tão especial, a Secretaria Municipal de Cultura (Semc) preparou uma agenda eclética com atrações que incluem desde apresentações de números de dança em faixas de pedestres e ensaios de teatro a céu aberto, até apresentações on-line com

Speedo lançou a primeira roupa que não era feita de lã e se parecia com um maiô tal como conhecido atualmente. 6. 1946 O francês Louis Réard criou o biquíni. A peça recebeu o nome

Janeiro. Considerada a maior revolução desde o biquíni, foi criada por David Azulay. Seis anos depois, o Brasil lançou o asa-delta, um modelo bem cavado. Na década de 80, foi a vez do fio dental. Mais corpo, menos roupa. (AVENTURAS NA HISTÓRIA)

Praça Costa Pereira e Theatro Carlos Gomes — década de 20


4 EDUCAÇÃO

02 A 09 DE SETEMBRO/2021

Mais de 90% da escolas públicas enfrentaram falta de equipamentos durante a pandemia Mesmo em 2021, apenas 21% das escolas brasileiras tinham alguma estrutura para oferecer aulas remotas para seus estudantes durante a pesquisa ©FELIPE RAU/ESTADÃO

O ensino remoto, que acontece há mais de um ano em muitas instituições, revelou a di culdade das escolas em adaptar o conteúdo letivo para crianças e adolescentes em casa durante a pandemia. Segundo a pesquisa TIC Educação, do Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da S o c i e d a d e d a In f o r m a ç ã o (Cetic.br), ligado ao Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), cerca de 95% das escolas estaduais tiveram probl e m a s c om a f a lt a d e celu l ares e comput adores, enquanto 77% das es colas municipais encontraram

di culdades em atender alunos em situação de vulnerabilidade social. A p es quis a, re alizada de setembro de 2020 a julho de 2021, demonstrou ainda que apenas 21% das escolas brasileiras tinham alguma estrutura para oferecer aulas remotas para seus estudantes. Entre as particulares, esse número sobe para 37%, mas nas escolas públicas estaduais o percentual passa para 22% e nas municipais, apenas 14%. A tecnologia, porém, ainda foi a maior aliada das escolas durante o período de aulas em casa ou em regime híbrido. Cerca

de 87% delas utilizaram algum tipo de atividade tecnológica na hora de adaptar o ensino. As maiores 'pedras no caminho' dess a ade quação foram as plataformas de videochamada, como Zoom e Google Meet: apenas 58% das instituições se valeram dessas ferramentas. Na zona rural, o uso desses re c urs os foi aind a menor. Ap e n a s 5 9 % d a s e s c o l a s ofereceram gravação de aulas em vídeo e para os alunos. Em relação à plataformas e aplicativos, o número cai para 34%. Ainda assim, para Alexandre Barbosa, gerente do Cetic.br, a priorização das atividades superou, em partes, os percalços do ensino a distância em prol de m a nt e r a l u n o s e s t u d a n d o durante a pandemia. “Os dados desta edição da pesquisa mostram claramente que escolas, e duc adores , p ais e a lu no s buscaram formas de se adaptar ao novo cenário, enfrentando problemas de infraestrutura e conectividade para seguir com as atividades pedagógicas durante a pandemia”.

MEC lança plataforma Universidade360° — Observatório da Educação Superior O Governo Federal lançou, por meio do Ministério da Educação (MEC), a plataforma Un ive rs i d a d e 3 6 0 º Observatório da Educação Superior, uma ferramenta que fornece transparência de dados por meio de informações integradas das Instituições Federais de Educação Superior (Ifes), disponibilizando indicadores acadêmicos, orçamentários e de gestão de p ess o as das universidades federais. O evento foi transmitido pelo canal do MEC no YouTube, e

Wagner Vilas Boas. Milton Ribeiro ressaltou, durante a abertura do evento, que esse lançamento ©LUÍS FORTES/MEC reforça a atenção que o MEC tem dado às universidades federais. “Essa ação reforça o compromisso e a parceria do MEC com as instituições d e e n s i n o s u p e r i o r, fortalece ainda mais a gestão pro ssional das universidades, amplia a Estado da Controladoria-Geral capacidade de desenvolvimento da União (CGU), Wagner de de novos projetos, e reforça a Campos Rosário; do secretário- capacidade de atuação dos executivo, Victor Godoy; e do órgãos de controle (...)”, disse o secretário de educação superior, ministro. contou com a participação do ministro de Estado da Educação, Milton Ribeiro; do ministro de

Livros didáticos brasileiros para o ensino de inglês conquistam destaque mundial Temas como diversidade, equidade e inclusão, assim como desenvolvimento sustentável e meio ambiente têm recebido destaque no ELTons Award ©KAJAKIKI/ISTOCKPHOTO

Materiais didáticos desenvolvidos por editoras brasileiras têm se destacado e recebido premiações do ELTons Award, concurso mundial feito pelo British Council (organização internacional do Reino Unido para relações c u lturais e op or tunid ades educacionais) que, há 19 anos, reconhece a inovação em ensino de língua inglesa. No ano passado, o vencedor na categoria principal, Excellence in Course Innovation, foi a coleção New Magic Minds!, da Learning Factor. A Richmond Brazil tinha conquistado esse mesmo prêmio e m 2 0 1 7 , c om s e us l iv ro s Students for Peace!. O resultado de 2021 deve ser conhecido em outubro. O concurso é extremamente concorrido: em 2020, foram inscritos materiais didáticos de 35 países, de todos os seis continentes. A comissão ju lgadora inclui donos de escolas, autores renomados, acadêmicos, consultores e professores. Com o passar dos anos, os responsáveis pelo E LTo n s t ê m n o t a d o u m a crescente preocupação com

temáticas como diversidade, equidade e inclusão, assim como em desenvolvimento sustentável e meio ambiente. “O que permanece o mesmo é a ambição persistente dos nalistas e vencedores de serem pioneiros em soluções de ensino inovadoras, mas atendendo às necessidades em constante evolução de alunos e professores e aos tempos imprevisíveis que estamos vivendo”, a rmou Mark Robson, diretor de Inglês e Exames do British Council. “É encorajador ver tantos projetos abordando os desa os e tendências globais, incluindo o aumento do aprendizado remoto e as mudanças climáticas”, citou. Em 2020, pela primeira vez o ELTons fez menção honrosa a nalistas que melhor contemplaram a inclusão e igualdade. Ter editoras nacionais sempre em destaque demonstra a qualidade do que é produzido para a educação bilíngue do Brasil. “Temos um mercado bem aquecido na área de língua inglesa. Aquecido e forte. Claro que isso é muito bom para a educação: a competitividade coloca nós, editores, sempre na

ponta da cadeira, trabalhando o tempo todo para fazer algo ainda melhor”, a rma Raquel Carlos, gerente de desenvolvimento de conteúdos da Learning Factory. A proposta do New Magic Minds, o mais recente ganhador brasileiro, é trazer a abordagem de educação por projetos para as aulas de inglês. “A coleção faz o aluno colocar a mão na massa. Ela usa temas curriculares de áreas como matemática, ciências e artes para fazer projetos divertidos e com relevância para a realidade dele”, explica Raquel Carlos. “Através desse aprender fazendo, os estudantes vão usando o inglês de forma muito concreta”. Os livros são divididos em dois eixos: arts and expressions (artes e express õ es) e think and discover (pense e descubra). A coleção atende aos anos iniciais do fundamental, ou seja, tem seu foco no trabalho para crianças dos 6 aos 10 anos de idade. “O material estimula a curiosidade, a criatividade, o pensamento crítico e o raciocínio lógico. São grandes competências não linguísticas que a gente procura desenvolver”, a rma Raquel. A inovação de se trabalhar por projetos exige uma mudança de atitude por parte de professores e gestores escolares. “O professor precisa estar aberto ao fato de que o aluno vai conduzir o processo de aprendizagem. Para as escolas, exige mais recursos para além do livro e caderno. Os a l u n o s v ã o f a z e r experimentações, ocupar outros lugares da escola, como jardins e pátios”, explica a porta-voz da Learning Factory.


POLÍTICA 5

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Jorge

Analista Político Jorge Rodrigues Pacheco é Advogado, Jornalista e Radialista

Pacheco

jorgepachecoindio@hotmail.com

Interina Luzimara Fernandes

“Procuro semear otimismo e plantar sementes de paz e justiça. Digo o que penso, com esperança. Penso no que faço, com fé. Faço o que devo fazer, com amor. Eu me esforço para ser cada dia melhor, pois bondade também se aprende. Mesmo quando tudo parece desabar, cabe a mim decidir entre rir ou chorar, ir ou ficar, desistir ou lutar; porque descobri, no caminho incerto da vida, que o mais importante é o decidir”, Cora Coralina ©REUTERS/LEONARDO BENASSATTO

Magno Malta grava clipe para o 7 de setembro vestindo camisa de Sérgio Reis

©REPRODUÇÃO YOUTUBE

No clipe, o ex-senador aparece cantando o Hino da Independência em ritmo de pagode

de contratos na pandemia. A versão do texto, que já tinha sido aprovada na Câmara dos Deputados, tornava a política permanente em períodos de calamidade pública e ainda previa a criação de outras três políticas para incentivar a geração de empregos. Para vencer resistências entre os próprios senadores, Confúcio disse que

Senado derrota governo e rejeita pacotão trabalhista O Senado impôs uma derrota ao governo e rejeitou por 47 a 27 o pacotão de medidas trabalhistas que eram a aposta da equipe econômica para impulsionar a geração de empregos. A medida foi alvo de críticas contundentes dos senadores, não só pelo pouco tempo para discussão das ações, mas também pelo risco de fragilização das relações trabalhistas mediante a possibilidade de contratação sem carteira assinada. Lideranças do MDB e do PSD, os dois maiores partidos do Senado, defenderam a derrubada do texto. O senador Confúcio Moura (MDB-RO) apresentou parecer favorável à aprovação d a m e d i d a prov i s ór i a 1 . 0 4 5 , qu e reinstituiu o programa que permite redução de jornada e salário ou suspensão

©MARCOS OLIVEIRA/AGÊNCIA SENADO/ESTADÃO

excluiu todos os dispositivos inseridos pela Câmara e que buscavam fazer alterações na Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT). Os "jabutis" (matérias estranhas ao texto) incluíam mudanças em horas extras d e c at e g or i a s pro s s i on a i s c om o professores, advogados e jornalistas, ampliação da carga horária de mineiros e

mulher dele, a advogada Viviane de Moraes. A ação foi aberta porque Jefferson chamou Moraes de "Xandão do PCC" e disse que a mulher dele "era piloto de fogão e virou a maior jurista do Brasil". "Você entra no escritório, três milhões, dois milhões, mas garantia de sentença favorável, embargos auriculares, ela virou a longa manus do Careca, ele só disca e os relatores de lá dão o que ela quer, ela ganha tudo, virou uma vergonha", a rmou o petebista. Na terça, Moraes negou um pedido da defesa do ex-deputado para colocá-lo em prisão domiciliar em razão de seu estado de saúde. Aos 68 anos, ele tem diabetes, hipotireoidismo e diverticulite, segundo os advogados. No entanto, na avaliação de Moraes, o ex-deputado não demonstrou "qualquer debilidade f ísica que o impedisse da prática de seus afazeres diários".

Infraestrutura descarta paralisação de caminhoneiros no 7 de setembro

AJUFE

Hipótese geral ganhou força quando o caminhoneiro conhecido como Zé Trovão foi alvo de ação do Supremo Tribunal Federal

mudanças na assistência judiciária gratuita a trabalhadores. "As mudanças na CLT serão objeto de projeto de lei a ser apre s e nt a d o p e l a C â m a r a " , d i s s e Confúcio. Embora tenha afastado os jabutis, o relator acatou a criação dos novos programas de emprego e defendeu as medidas como iniciativa para ampliar a empregabilidade de jovens. Os senadores, no entanto, rejeitaram esses três novos programas.

Tribunal de SP condena Jefferson a indenizar Alexandre de Moraes em R$ 50 mil A 1ª Câmara de Direito Privado do ©PORTAL JURISBAHIA

O ex-senador do Espírito Santo, Magno Malta, gravou um clipe com o Hino da Independência para celebrar o dia 07 de setembro (Dia da Independência do Brasil). A canção foi interpretada em ritmo de pagode. No clipe, publicado no canal do YouTube de Malta, o aliado do presidente Jair Bolsonaro aparece vestindo uma camisa com o rosto do cantor e exdeputado federal Sérgio Reis. No último dia 15 de agosto, áudios atribuídos ao cantor ganharam força nas redes sociais. No áudio, o músico convocava uma greve nacional de caminhoneiros para protestar contra os ministros do Supremo Tribunal Federal e em apoio a Bolsonaro. De acordo com as mensagens, o ato ocorreria no dia 07 de setembro. Cinco dias depois, o ministro do STF, Alexandre de Moraes, determinou a restrição de nove pessoas de se aproximarem a um raio de um quilômetro da Praça dos Três Poderes, dos ministros do Supremo e dos senadores. Entre as pessoas com restrição, está Sérgio Reis e o deputado Otoni de Paula. De acordo com a decisão do ministro, o ato proposto nas mensagens incitava "à prática de atos violentos e ameaçadores contra a democracia".

Tribunal de Justiça de São Paulo decidiu manter a condenação do ex-deputado federal e presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson, por danos morais ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Além de con rmarem a decisão de primeira instância, os desembargadores aumentaram o valor da indenização para R$ 50 mil. A decisão unânime foi tomada em julgamento na última terça-feira (31) mesmo dia em que Moraes manteve a prisão preventiva do ex-deputado no inquérito das milícias digitais. O colegiado analisou um recursos apresentados pelo ministro, para aumentar a indenização xada inicialmente em R$ 10 mil, e pelo político para reverter a condenação imposta pela 2ª Vara Cível Central. O processo foi aberto a partir de declarações dadas pelo ex-deputado à impressa no ano passado. Roberto Jefferson a rmou que Moraes advogou para a facção criminosa paulista Primeiro Comando da Capital (PCC). "Primeiro Comando da Capital, o maior grupo de narcotra cantes do Brasil, assassinos de policiais, de policiais militares, de policiais penitenciários, de policiais civis. E o advogado deles era o Alexandre de Moraes. E hoje, desgraçadamente, veste uma toga de ministro do Supremo Tribunal Federal", disse o presidente do PTB. Em sua decisão, o desembargador Rui

Cascaldi, relator do caso, disse que Roberto Jefferson tentou atribuir ao ministro "o rótulo de criminoso". Ele também afastou a argumentação da defesa de que a fala do ex-deputado foi descontextualizada. "O réu ao dizer que o autor advogou para o PCC deixou claro seu intuito de atribuir a este o 'rótulo' de criminoso, defensor de bandidos, de forma a retirar-lhe o respeito como ministro da Suprema Corte. E não há nenhuma prova de que tenha advogado para o PCC", diz um trecho do voto. "Não foi por outra razão que o réu apontou o autor como advogado do PCC, porque há na sociedade a disseminação desse "preconceito" ou "crença", equivocada, de que o advogado que defende criminoso, ou organizações criminosas, com estes acaba muitas vezes se confundindo", acrescenta o desembargador. O entendimento foi seguido pelos colegas Francisco Loureiro e Claudio Godoy. Em julho, a 2ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo já havia mantido uma condenação imposta ao ex-deputado em outro processo movido pelo ministro e pela

A suposta mobilização nacional de caminheiros para participar de atos autoritários em 7 de setembro não foi captada pelo Ministério da Infraestrutura. Dentro da pasta comandada por Tarcísio

dentro do ministério. Desde o início de 2019, o Ministério da Infraestrutura chegou a gerenciar 15 tentativas de paralisações de caminhoneiros em todo o País. O nome de Zé Trovão nunca apareceu entre os líderes dessas pretensas paralisações. Os caminhoneiros, que têm atuação marcada pelo trabalho autônomo, possuem hoje diversas lideranças e, segundo fontes da Infraestrutura, não houve nenhuma manifestação desses nomes mais conhecidos sobre paralisações nacionais.

Vereadores de Vitória aprovam benefícios aos pais de pessoas com deficiência Projeto garante aos servidores públicos municipais que são pais ou responsáveis por pessoas com deficiência redução da jornada de trabalho de até duas horas A Câmara de Vitória aprovou projeto de lei que garante aos servidores públicos municipais que são pais ou responsáveis por pessoas com de ciência, a redução da jornada de trabalho de até duas horas para acompanharem seus lhos em tratamentos e outras atividades necessárias. A votação foi realizada nessa terça-feira (31). A lei deve ganhar o nome de “Laura Rocha”, uma homenagem à menina Laura, que tem Síndrome de Down, lha da ©ARQUIVO

de Freitas, a avaliação é a de que as principais lideranças dos pro ssionais de transporte não estão envolvidas com nenhum tipo de paralisação ou plano da categoria para o feriado. A hipótese de uma paralisação geral ganhou força quando o caminhoneiro Marcos Antônio Pereira Gomes, mais conhecido como Zé Trovão, foi alvo da ação do ministro Alexandre de Moraes, do S u p r e m o Tr i b u n a l F e d e r a l , q u e determinou seu afastamento e um raio de pelo menos um quilômetro da Praça dos Três Poderes. A representatividade de Zé Trovão, no entanto, é vista como nula

servidora Rita Rocha, guarda municipal da cidade. Ela acompanhou de perto e cobrou dos vereadores a aprovação da proposta. “É um reconhecimento da sensibilidade que devemos ter com as famílias que precisam apoiar pessoas com algum tipo de de ciência, porque precisam adaptar a sua rotina e prioridades às necessidades daquele indivíduo", comentou o vereador Davi Esmael, presidente da Câmara de Vitória. A expectativa é que o projeto seja sancionado pelo prefeito Lorenzo Pazolini nesta quinta-feira (02).

'SERESTA DE TODOS OS TEMPOS' — COM JORGE PACHECO E SEUS CONVIDADOS ESPECIAIS SEXTAS-FEIRAS, ÀS 20 HORAS — WEBRADIOCENTENARIOFC – SERRA–ES


6 TECNOLOGIA

02 A 09 DE SETEMBRO/2021

Alexa ganha ajuste de volume automático para locais barulhentos ©DIVULGAÇÃO AMAZON

Automatizada Casa é quase uma central de energia renovável Por dia, esta casa gera energia suficiente para suprir as necessidades energéticas de quase um mês inteiro

A Amazon lançou uma nova opção para a assistente pessoal Alexa que adapta o volume de respostas do soware de acordo com ruídos externos. Segundo a empresa, o "Adaptive Volume" — Volume Adaptável em tradução livre — busca permitir interações em ambientes barulhentos, como em faxinas com aspiradores ou em quartos pequenos com ventiladores. O recurso poderá ser ativado através do comando de voz: " A l e x a , a t i v a r o Vo l u m e Adaptável". Por enquanto, a

novidade é exclusiva dos clientes n o s E s t a d o s Un i d o s e a companhia não deu detalhes sobre o lançamento global. A Amazon não informou se a iniciativa poderá diminuir a intensidade dos sons caso a sala esteja quieta. Porém, a inteligência arti cial já possui o "Modo Sussuro" para se comunicar com um volume menor. O usuário pode ativar o r e c u r s o at r av é s d a j a n e l a "Preferências da Alexa", no menu de con gurações ou através da fala: "Alexa, ativar o Modo

Sussur ro". Infelizmente, a interação nesse modo ocorre apenas se o cliente fornecer o comando em voz baixa. Além disso, é p ossível con gurar intensidades diferentes de respostas dependendo do horário através da ferramenta de "Rotinas". O Volume Adaptável segue o mesmo princípio de análises de ruídos do Ambient IQ no Google Nest, que aumenta o volume de podcasts, audiobooks e outras mídias com vozes.

Táxi-robô da Hyundai previsto para 2023 tem visual revelado ©DIVULGAÇÃO/RDC AQUALINES

A empresa de carros autônomos Motional revelou na última terça-feira (31) o visual do carro fabricado pela sul-coreana Hyundai que será utilizado em breve como táxi-robô. Trata-se de uma versão modificada do elétrico Hyundai Ioniq 5, lançado em fevereiro de 2021, com a adição de mais de 30 sensores — câmeras 360º, radares, detectores de objetos e um LiDAR no topo do veículo — para fazer uma varredura do ambiente e permitir o c o nt ro l e au t o m át i c o d o automóvel. A garantia é que o veículo tenha auton om i a Níve l 4 , o qu e

significa operação completa sem a necessidade de um condutor humano que esteja prestando atenção ao volante em condições normais de trânsito. Atualmente, a legislação em países com os Estados Unidos ainda exige a presença de uma pessoa no assento do motorista com as mãos livres para assumir o controle se necessário. Construído a partir da plataforma E-GMP de automóveis, que quase foi a base para o futuro carro da Apple, o Ioniq 5 roda até 482 km sem precisar de recarga de bateria. Além de ser bastante espaçoso

por dentro, ele ainda tem uma série de sistemas de navegação para os passageiros, incluindo opções para fazer mais paradas ao longo do trajeto. Segundo a Motional, a meta é colocar os carros nas ruas em parceria com a plataforma de transporte Lyft, uma das maiores rivais da Uber, já em 2023. Desse modo, consumidores de algumas cidades selecionadas poderão chamar os veículos autônomos para levá-los de um lugar ao outro usando apenas o aplicativo de celular.

©DEREK SWALWELL

Por fora, uma casinha branca simples, por dentro, uma residência que é quase uma central de energia renovável. Ass i m é a “C as a Jard i m” (Garden House) que gera diariamente 100kwh. A residência foi construída em Melbourne, na Austrália, para um casal com três lhos. O escritório Austin Maynard Architects, que desenvolveu o projeto, a rma que as casas australianas utilizam em média 19kwh de energia por dia. Para se ter uma ideia, os brasileiros consomem em média 152,2kwh de energia elétrica por mês, de acordo com um estudo da Universidade Federal de Santa Catarina. Logicamente, em ambos países, a média pode variar muito. Ainda assim, é possível ter dimensão do que é ter tecnologias sustentáveis su cientes p ara pro duzir 100kwh por dia dentro de casa: no Brasil, seria su ciente para suprir as necessidades energéticas de quase um mês inteiro. Isso é possível graças ao sistema totalmente elétrico. O telhado é coberto por 17kW de painéis solares. Água quente, aquecimento e resfriamento, aquecimento do sistema hidráulico e da piscina são feitos por bombas de calor de alta e ciência. Projetada para funcionar “fora da rede”, a residência possui baterias Tesla que armazenam 26kwh de energia gerada. Também o carro elétrico da família é

alimentado inteiramente pela casa. Para manter a temperatura interna agradável, isolamento de parede de dupla espessura, isolamento de piso e janelas com vidros duplos foram incorporados. Além disso, todas as áreas de estar têm j a n e l a s d o c h ã o a o t e t o, permitindo que o sol aqueça a laje do piso de concreto nos meses de inverno, irradiando calor ao longo do dia e da noite. Já no verão, toldos são usados como proteção passiva. Outros recursos sustentáveis i nclu e m o us o d e t ij ol o s re c i cl a d o s , ve nt i l a ç ã o d e recuperação de calor e depósito de água de 15 mil litros, armazenado sob a laje na garagem. A água coletada da chuva é usada para dar descarga nos vasos sanitários e também para irrigação do jardim. A casa ainda é totalmente automatizada. Persianas, luzes e ventiladores podem ser controlados de qualquer lugar. “Esta casa, um oásis urbano de alto desempenho e alta tecnologia, ilustra o futuro da energia sustentável: casas eletri cadas, alimentadas pelo sol, alimentando nossa rede de e n e r g i a c o m p a r t i l h a d a”, a rmam os arquitetos da Austin Maynard. Para além da performance energética, chama atenção que a propriedade é muito maior do que parece quando vista de fora. Isso acontece porque a única parte da casa visível da rua é

uma garagem com telhado inclinado revestida de telhas brancas. A surpresa é que a casa principal está ao fundo e seu acesso se dá por uma passagem lateral de tijolos e espécies verdes. O projeto da casa se dividiu basicamente em quatro partes unidas por corredores de vidro espelhado. Internamente, há portas ocultas que permitem a abertura ou o fechamento de espaços. Tais peculiaridades atende aos clientes que queriam uma residência aconchegante em que não tivessem a sensação de uma casa grande. Conectada com tudo ao seu redor, a casa possui uma garagem e uma o cina com vista para a rua. A sala de estar e cozinha dá vista para o jardim. Também o dormitório do casal possui uma área de estar com varanda e vista para o jardim. Além disso, possui grandes p o r t a s e nv i d r a ç a d a s q u e ajudam nesta conexão com o espaço verde e ao mesmo tempo trazem iluminação natural para o interior dos cômodos. A exigência dos moradores, quando solicitaram o projeto arquitetônico, era construir uma casa sustentável e multifuncional, que pudesse mudar e se adaptar ao longo do tempo. O jardim que já existia no fundo do terreno e as árvores também deveriam ser preser vados ao máximo possível. Por isso, o projeto teve orientação de um arborista e levantamentos detalhados das zonas das raízes das árvores e dimensões do tronco. “A C a s a J a r d i m n ã o é simplesmente construída em torno das árvores, mas, em alguns lugares, suspensa — pairando acima do solo para proteger as zonas das raízes das á r v o r e s ”, e x p l i c a m o s arquitetos. Em uma área de 535 m² nasceu este lar em que o jardim é a referência e o ponto de orientação.


CIÊNCIA 7

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Espécie de lagarto descoberta no Peru levou sete anos para ser descrita

Barco mencionado por Heródoto é encontrado no Nilo 2.500 anos depois

O réptil "Enyalioides feiruzae" apresenta uma impressionante variedade de cores e vive na mata da bacia do rio Huallaga, região ameaçada pela agropecuária

O historiador grego estava certo — e estudiosos só chegaram a essa conclusão em 2019

©PABLO J. VENEGAS

Foram sete anos de pesquisa, incluindo expedições noturnas, na oresta da bacia do rio Huallaga, no Peru, até que cientistas conseguissem descrever uma nova espécie de lagarto. Batizado de Enyalioides feiruzae, o réptil é apresentado em um artigo publicado no último dia 25 de agosto no periódico cientí co Evolutionary Systematics. Os animais apresentam uma variedade impressionante de cores: machos têm dorso turquesa-acastanhado, cinza ou marrom-esverdeado com linhas claras; e as fêmeas podem ter

manchas laterais, com tons marrom-esverdeado ou marromclaro. Conduzido por cientistas de instituições do Peru, dos Estados Unidos e do Equador, o trabalho identi cou que esses lagartos surgiram após uma separação geográ ca de répteis da espécie E. rudolfarndti. O grupo mudou de reg i ão de v ido a at iv id ades tectônicas e oscilações climáticas ocorridas do Oligoceno Superior ao Mioceno Inferior. A pesquisa indica ainda que, atualmente, o habitat do E. feiruzae está muito devastado por áreas de cultivo e pecuária. A

©DIVULGAÇÃO/SAUDI PRESS AGENCY

única exceção dessa devastação é uma população da espécie que vive protegida no Parque Nacional Tingo Maria, na região peruana de Huánuco. O rio Huallaga, onde os animais foram descobertos, se estende por 1,1 mil quilômetros. A região já foi palco de guerras civis e de con itos de trá co de drogas na década de 1980, que atrapalharam os estudos biológicos. Porém, em 1990, o governo peruano liberou a área e biólogos começaram a investigá-la. A oresta, entretanto, passou a ser devastada por plantações de coca e pela construção de uma usina hidrelétrica. Com tantas ameaças, a necessidade de avaliar a situação da biodiversidade da região só aumentou. Um passo importante é justamente a descoberta da nova espécie, que pertence ao gênero Enyalioides, composto por outras 16 espécies. Metades delas foi descrita nas últimas duas décadas, a partir de levantamentos em áreas remotas nos Andes Tropicais do Equador e do Peru.

Busto de Alexandre, o Grande, é achado em escavação em Alexandria

FERNANDO FRAZÃO/AGÊNCIA BRASIL

Após uma expedição arqueológica de nove meses, pesquisadores descobriram restos do que pode ter sido uma cidade comercial em Alexandria, no Egito, durante os séculos 2 a.C. e 4 d.C., períodos grego e romano. Com escavadeiras e técnicas modernas de elevação topográ ca, a equipe liderada pelo arqueólogo Ibrahim Mustafa documentou o local onde foram encontrados diversos objetos, como artefatos de cerâmica, redes de pesca, moedas e amuletos. Entre os achados ainda estão estátuas de grandes ídolos da época, incluindo Alexandre, o Grande, rei da Macedônia que dominou a Pérsia, avançou pelo Egito e também fundou

Alexandria. O local do túmulo do líder permanece um mistério para os especialistas, que nunca encontraram seus restos. Fonte de riqueza histórica para os arqueólogos, Alexandria guarda muitos segredos por ter sido em partes destruída por um tsunami e sofrido com o aumento do mar, que facilitou a sobreposição de camadas de terra sobre o assentamento original. S egundo comunic ado do M i n i s t é r i o d o Tu r i s m o e Antiguidades do Egito, a região descoberta tinha função residencial e comercial e era constituída por “uma avenida principal com ruas subjacentes associadas a uma rede de esgoto”. O chefe do Conselho Supremo BOB BEHNKEN

d e A nt i g u i d a d e s d o p a í s , Mostafa Waziri, informou que os estudos detectaram cisternas de água conectadas para ns de armazenamento. "A expedição encontrou uma grande rede de tanques pintados em rosa para armazenar chuva, inundação e águas subterrâneas para serem usados durante o período de seca", a rma Waziri. Os objetos encontrados indicam que a principal troca comercial ligada àquela área do subúrbio era a pesca. Para Mustafa, outro indicativo de que pescadores transitavam por ali são as demais estátuas encontradas, que retratavam ídolos associados à atividade pesqueira.

Um estranho barco egípcio é descrito pelo historiador grego Heródoto em 23 versos de sua grande coletânea de obras nomeada “Histórias”. O longo texto narra a construção de um “baris”, um navio a vela que o estudioso nunca tinha visto antes, mesmo que tenha feito uma série de viagens ao redor do mundo. A descrição data do século 5 a.C., mas, desde então, pesquisadores vêm q u e s t i o n a n d o o r e l at o d e Heródoto porque nada parecido com o navio que tanto o intrigou foi encontrado no Egito. Como ressalta o jornal e Guardian, não existiam evidências arqueológicas de embarcações daquele tip o, colo cando a descrição do historiador em xeque. As dúvidas permaneceram por 2.469 anos. Mas, em março de 2019, o mundo se surpreendeu com a descoberta do primeiro baris identi cado na história. O naufrágio do barco descrito pelo grego estava no fundo do Nilo, revelado durante escavações na cidade submersa de onisHeracleion, a cerca de 30 km de Alexandria, no Egito. “Não foi at é q u e d e s c o br i m o s e s t e naufrágio que percebemos que

H e r ó d o t o e s t a v a c e r t o”, confessou Damian Robinson, da Universidade de Oxford. “O que Heródoto descreveu era o que estávamos olhando”. Os arqueólogos encontraram o navio com 70% do casco conservado. O mais impressionante, porém, é que a embarcação era ainda maior do que a descrita pelo historiador grego nos 23 versos. O naufrágio sugere que o original tinha mais ou menos 28 metros de comprimento. O casco tinha formato de meia-lua e pranchas grossas desenvolvidas por meio de “espigas”, que serviam para encaixar as peças para formar o grande navio. Esses detalhes foram importantes para que os pesquisadores pudessem comparar o texto de “Histórias” com as novas evidências arqueológicas encontradas. “Heródoto descreve os barcos como tendo grandes 'costelas' internas. Ninguém sabia de fato o que aquilo signi cava”, disse Robinson. “Essa estrutura nunca havia sido vista em algum achado arqueológico antes. Então descobrimos essa forma de construção no tal barco, e era exatamente como Heródoto disse que era”.

PRECISÃO

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Ele destaca ainda a formação do Navio 17, como foi nomeado: “Onde as pranchas são unidas p ar a for mar o c as c o, el as geralmente são unidas por encaixes e encaixes que prendem uma prancha à outra. Aqui temos uma forma de construção totalmente única, que não se encontra em mais lado nenhum”. Ta l v e z s e j a p o r i s s o q u e Heródoto tenha cado tão impressionado com o estranho navio a velas, que teve sua construção minuciosamente narrada pelo historiador grego. Os trabalhadores egípcios, segundo a sua descrição, “cortam tábuas de dois côvados [equivalente a cerca de 100 centímetros] e as organizam como tijolos. Depois, inserem as tábuas em dois pedaços de madeira longos e resistentes, e colocam vigas sobre eles”. Depois disso, como seguiu o estudioso em seu relato, “eles remendam o interior com papiros. Há um leme passando por um buraco na quilha [peça de madeira que se estende da popa à proa]. O mastro é de acácia, e as velas, de papiro”. A descrição de Heródoto é tão detalhada que os arqueólogos conseguiram apontar que a arquitetura náutica do barco descrito por ele é extremamente parecida com a do naufrágio descoberto em 2019. Alexander Belov, autor do livro 'Navio 17: um Baris de onis-Heracleion' (2019), fez uma análise que o surpreendeu. Para o especialista, é possível que os navios tenham sido feitos no mesmo estaleiro porque o estudo realizado palavra a palavra no texto do grego indica que os detalhes descritos em “Histór i as” c or re sp ond e m “exatamente à evidência” no Navio 17.


8 BEM-ESTAR

02 A 09 DE SETEMBRO/2021

Treino de força é essencial à velhice, Creme de abacate e não precisa ser só com granola e com musculação mel

GABRIELA MESSNER ARESI OLIVEIRA Nutricionista - CRN:14100665

©ISTOCK ©GUIA DA COZINHA

A ideia de que, para treinar e de nir os músculos, você precisa passar horas dentro de uma academia puxando ferro é um tanto ultrapassada. Sim, a musculação tradicional, com halteres, anilhas e aparelhos, é ainda uma das formas mais comuns e indicadas de exercitar a musculatura, mas não é a única. Além da musculação, diversos métodos, dentro ou fora da academia, com ou sem pesos, são capazes de proporcionar ganho muscular, de nição, resistência e força. Muitas dessas práticas, além de trabalhar a força e a de nição muscular, exercem um trabalho integrado de mobilidade e exibilidade. "Músculos não identi cam meios, mas respondem aos estímulos. Dessa forma, se conseguirmos estimular os músculos através dos meios disponíveis, as adaptações ocorrerão", explica Cauê La Scala, pro ssional de educação física, mestre e doutor em

ciências e idealizador do FuncionaLink. "A musculação tradicional é um meio, mas não o único. Os exercícios calistênicos e funcionais, com acessórios como kettlebell, medball, TRX, entre outros, podem fazer a vez da musculação com e ciência já comprovada em diversas pesquisas cientí cas". "A exibilidade e a mobilidade são peças-chave na capacidade física em todas as idades. Nos idosos, é ainda mais importante, por que, com o avançar da idade, o envelhecimento muscular, de tendões e articulações, torna o corpo mais rígido, travado, podendo favorecer quedas, dores e problemas articulares. Então, manter a exibilidade e o alongamento é fundamental", destaca Fabrício Buzatto, médico do esporte e siatra. Buzatto recomenda que, em todas as idades, sejam feitos atividades regulares de alongamento ou exercícios como o pilates. Cauê complementa:

"De forma aguda, exercícios de alongamento dinâmico (alongamento com movimento) estão entre as melhores opções. Já durante os exercícios de força da calistenia ou do treinamento funcional, executar os movimentos na máxima amplitude possível gera est ímu los su cientes p ara melhora da exibilidade de forma crônica". Um envelhecimento saudável e autônomo depende de como se trabalha ao longo da vida as capacidades f ísicas gerais, incluindo agachar sem dores, se locomover, ter exibilidade e fôlego. Quem leva uma vida sedentária pode sofrer na velhice com a sarcopenia, uma condição que leva a um processo de perda de massa muscular. "O treinamento de força para o combate à sarcopenia é f u n d a m e n t a l . Mu i t a s d a s incapacidades e dores crônicas em idosos se dão pela perda da m a s s a mu s c u l a r " , n a l i z a Fabrício.

Sistema imunológico infantil é prejudicado com novos hábitos Na pandemia, crianças passaram a consumir mais alimentos com excesso de sódio e açúcar, prejudicando o sistema de defesa do organismo A pandemia mudou a rotina das famílias brasileiras, impondo

limitações de deslocamentos e impulsionando cada vez mais

atividades on-line. Quando olhamos para o público infantil,

O

creme de abacate com granola e mel é muito fácil de fazer e rende 10 porções. Experimente servilo de s obremes a ou como acompanhamento em um café da tarde saboroso e nutritivo. Veja o passo a passo da receita agora mesmo!

homogêneo e liso. Trans ra para taças individuais, polvilhe com granola, regue com mel e sirva

em seguida. Rendimento: 10 porções Fonte: Terra

Ingredientes Polpa de 1 abacate maduro 500ml de leite desnatado Suco de 1 limão ½ xícara (chá) de frutose Granola a gosto para polvilhar Mel a gosto para regar Modo de preparo No liquidi cador, bata a polpa do abacate, o leite, o suco de limão e a frutose até car

a permanência mais longa nos lares somada a falta de atividades esportivas tem implicado em um desequilíbrio nas refeições e um consumo excessivo de alimentos industrializados, com excesso de sódio, açúcar e gordura saturada. E isso prejudica o sistema de defesa. "Este desequilíbrio nutricional prejudica o sistema imunológico. Devemos estimular uma alimentação mais próxima do saudável, com o consumo de três a cinco porções diárias de produtos do reino vegetal como frutas, legumes e verduras para suprir a

(27) 3241-5997/3241-6081/99238-2020

necessidade de vitaminas, principalmente as do complexo B, C, D e E, além de minerais como zinco e selênio, que são fundamentais para a boa saúde e fortalecimento da imunidade das crianças", orienta o c a r d i o l o g i s t a D r. D a n i e l Magnoni, chefe de nutrologia do Instituto Dante Pazzanese, em São Paulo. Uma alimentação saudável pode fornecer os nutrientes diários necessários. No entanto, nem sempre é possível manter uma rotina equilibrada para proteger o sistema imune, principalmente em tempos de pandemia em que as atividades ©ISTOCK

em casa favorecem o consumo em excesso de doces e snacks nos intervalos das refeições principais. "No grupo das crianças temos observado em nossa rotina clínica uma de ciência crescente de vitaminas decorrente da má alimentação. Ne s t e s c a s o s , i n d i c a m o s mudanças na alimentação e, quando necessário, a suplementação de vitaminas e minerais sob orientação médica. Houve uma enorme evolução nutricional neste s e tor, a l é m d o s for mato s tradicionais em líquido e comprimidos já contamos com uma nova geração de suplementos vitamínicos em gomas, que acaba favorecendo a adesão das crianças. Dessa maneira conseguimos manter o equilíbrio diário de vitaminas e minerais que favorecem o sistema imune, atuando preventivamente em muitas d o e n ç a s " , c o m e n t a D r. Magnoni, responsável pela área de nutrologia de 13 hospitais de São Paulo.


SAÚDE 9

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Consumo de álcool pode causar distúrbio imediato no ritmo cardíaco ©ISTOCK

Um a p e s qu i s a d a U C S an Francisco revelou que o consumo de álcool aumenta signi cativamente a chance de ocorrer distúrbio do ritmo cardíaco em poucas horas após sua ingestão. Segundo os autores, a des cob er t a é a pr imeira evidência que vai contra a antiga — e dividida — percepção de que o á l c o o l p o d e s e r “cardioprotetor.” De acordo com o artigo, publicado na revista Annals of Internal Medicine, uma única taça de vinho pode rapidamente causar a chamada brilação atrial (FA), “ao contrário da crença comum de que a FA está associada ao consumo excessivo de álcool, parece que mesmo uma bebida alcoólica [em pouca quantidade] pode ser su ciente para aumentar o risco”, explicou Gregory Marcus, professor de medicina na Divisão de Cardiologia da UCSF. “Nossos resultados mostram

que a ocorrência de brilação atrial pode não ser aleatória nem imprevisível”, acrescentou ele. “Em vez disso, pode haver maneiras identi cáveis e modi cáveis de prevenir um episódio agudo de arritmia cardíaca.” Foram obser vados 100 pacientes com FA documentada que consumiram pelo menos uma dose de bebida alcoólica por mês. C om um monitor de eletrocardiograma (ECG) e um sensor de álcool de registro contínuo foi possível acompanhar cada ingestão de álcool dos participantes, que acionavam um botão toda vez que bebiam álcool. Os voluntários consumiram em média uma bebida por dia durante todo o período. Os resultados apontaram que um episódio de FA já estava associado a chances duas vezes maiores ao ingerir uma dose de bebida alcoólica, e três vezes

maiores com duas ou mais doses dentro de quarto horas. Episódios de FA também foram associados a um aumento na concentração de álcool no sangue. “O s e f e i t o s p a r e c e m s e r bastante lineares: quanto mais álcool consumido, maior o risco de um evento agudo de FA”, disse Marcus. “Essas observações re etem o que foi relatado por pacientes por décadas, mas esta é a primeira evidência objetiva e mensurável de que uma exposição modi cável pode in uenciar agudamente a chance de ocorrer um episódio de FA”. S egundo informaçõ es do Medical Xpress, a FA pode levar à perda de qualidade de vida, custos signi cativos de saúde, derrame e morte, no entanto, as pesquisas feitas até agora se concentravam apenas nos fatores de risco para o desenvolvimento da doença e nas terapias para tratá-la, em vez de fatores que determinassem quando e onde um episódio poderia ocorrer. Os autores admitiram algumas limitações do estudo, levando em consideração que os pacientes podem não ter registrado o consumo ao apertar o botão, seja p or e s q u e c i m e nt o o u p or constrangimento. Além disso o levantamento considerou apenas pacientes com FA registrada e não a população geral.

Tratamento com tipo de luz embutida pode ser eficaz para casos de câncer ©SHUTTERSTOCK

As terapias devem ser altamente e cazes e o mais isentas possível de efeitos colaterais, e isso é um grande desa o, especialmente no caso de câncer. Uma equipe de pesquisa chinesa desenvolveu uma nova forma de terapia fotodinâmica de tumor para o tratamento de tumores profundos que funciona sem irradiação externa. A terapia fotodinâmica clássica é um tratamento não invasivo do câncer por causa de sua seletividade espacial e temporal especí ca. É administrado por um fotossensibilizador e, em seguida, a região onde o tumor está localizado é irradiada com luz. Para o tratamento do câncer, o fotossensibilizador é excitado pela luz e transfere parte da energ ia abs or vida p ara as moléculas de oxigênio, resultando em espécies reativas de oxigênio que destroem as células tumorais. Devido à prof u nd i d a d e l i m it a d a d e penetração da luz visível ou ultravioleta necessária nos tecidos, este método só é útil para tumores super ciais. Uma equipe liderada por Xiaolian Sun e Guoqiang Shao desenvolveu agora uma nova terapia fotodinâmica de câncer que funciona para tumores

profundos. Portanto, não precisa de irradiação externa porque o fotossensibilizador traz sua própria “lâmpada” e a “acende” por conta própria assim que atinge o tumor. A droga consiste em quatro componentes ligados em uma única molécula: um fotossensibilizador, um sensor de pH, um polímero e a “lâmpada”. Nos valores de pH encontrados em tecidos saudáveis, as moléculas são f o r t e m e nt e a g r e g a d a s e m nanopartículas. At r avé s d e u m a for m a compacta, a “irradiação” é desligada e o medicamento não tem efeito. No entanto, o tecido tumoral tem um valor de pH um pouco mais ácido e assim, esse ambiente faz com que o sensor de pH mude de estrutura e as nanopartículas se desfaçam, ou seja, a irradiação é ligada e espécies reativas de oxigênio são formadas, matando as células

tumorais. À medida que decai, o isótopo iodo radioativo (I-131) libera radiação de elétrons. Sendo assim, conforme os elétrons se movem, as suas cargas polarizam os átomos, e assim, causam oscilações dipolares que enviam ondas eletromagnéticas, o que signi ca luz. Normalmente, as ondas se cancelam imediatamente e ainda assim, no ambiente aquoso das células, os elétrons enviados são mais rápidos que a luz. Neste caso, a extinção das ondas é incompleta, resultando em uma luz azulada conhecida como radiação Cherenkov. Is s o e s t i mu l a o s fotossensibilizadores o su ciente para destruir as células tumorais do câncer. Em culturas de células e modelos animais, a nova droga demonstrou inibição de tumor poderosa com baixa toxicidade e efeitos colaterais mínimos em tecido saudável.

Nova ferramenta pode prever risco de morte de pacientes que aguardam cirurgia cardíaca ©SHUTTERSTOCK

O tempo de espera por uma cirurgia cardíaca está associado ao aumento de hospitalizações e risco de morte, no entanto, pesquisadores desenvolveram uma nova ferramenta que pode ajudar a detectar esse risco e priorizar as pessoas que precisam com mais urgência da intervenção cirúrgica. “Desenvolvemos este modelo de lista de espera para priorizar os pacientes de alto risco que precisam de cirurgia de nitiva, melhorar os resultados dos pacientes e reduzir o uso de recursos de saúde”, escreveram os autores. “Nosso modelo pode ser usado para fornecer suporte de decisão para médicos que recomendam e para a equipe de

anestesiologia e cirurgia, bem como administradores de saúde, por meio de previsão de risco individualizada e dependente

do tempo”. Publicado no Canadian Medical Association Journal (CMAJ), a pesquisa testou o

modelo em 62.375 pacientes com 18 anos ou mais da lista de espera para cirurgia cardíaca. Segundo informações

divulgadas pelo Medical Xpress, o re su lt a d o ap ontou qu e, pacientes do sexo masculino, residentes em áreas urbanas, com sintomas cardíacos mais graves, atendidos em hospitais universitários e aguardando cirurgia para procedimentos especí cos, apresentaram o maior risco de morte ou hospitalização. No total, 3.033 pacientes (4,9%) morreram ou foram hospitalizados enquanto aguardavam a cirurgia. “A gestão da lista de espera é um desa o contínuo para os sistemas de saúde com nanciamento público porque os recursos disponíveis são nitos”, disse a Dra. Louise Sun, do Instituto do Coração da

Universidade de Ottawa e da Escola de Epidemiologia e Saúde Pública da Universidade de Ottawa. “Este desa o tornou-se mais difundido desde o início da pandemia da covid-19, pois muitos procedimentos não emergentes foram adiados para preser var a capacidade do sistema para pacientes com covid-19”. Para os cientistas, a ferramenta poderá ser usada por uma série de pro ssionais da área da saúde e poderá ajudar na formulação de novas políticas para esses pacientes, já que com o recurso será possível identi car e priorizar pessoas na la de espera.


10 Criança hoje, Criança amanhã

02 A 09 DE SETEMBRO/2021

ANA MARIA IENCARELLI Psicanalista Psicanalista Clínica, especializada no atendimento a Crianças e Adolescentes Presidente da ONG Vozes de Anjos http://www.anamariaiencarelli.blogspot.com

A Violê ncia das Instituiçõ es e dos Pro issionais — Parte IV O abuso sexual intrafamiliar está quase sempre acompanhado da violência doméstica e se a mãe pede ajuda para a criança, será mais uma vez acusada de ser alienadora. É tudo alienação parental da mãe ©MINISTÉRIO PÚBLICO DO PARANÁ

E

inventor de teses vazias de realidade, proliferam os espertos,

os pro ssionais que usam de máfé para disseminar perversidades para atingir o prazer de um Pequeno Poder. O Poder de um autoritarismo roubado de um vulnerável. Mas que tem um convencimento que seduz outros Operadores de Justiça, aqueles que escrevem as sentenças opressoras e arbitrárias, baseadas nas a rmações infundadas desses pro ssionais peritos. E, aqui, eu acrescento, ao que falou a Comissionada Esmeralda: a inconsistência, a inconsequência, a irresponsabilidade, a indignidade. Nenhuma dessas características inadequadas e plenas de violência é vista ou considerada. Encontramos decisões que torturam crianças, seja pela obrigatoriedade da Guarda Compartilhada em excasais onde o marido/pai pratica a violência doméstica, com processo criminal em curso, por conta de olho roxo, costela quebrada, hematomas diversos, seja pela obrigatoriedade da manutenção de visitas para convívio com o genitor agressor. Ninguém sabe quem foi que espalhou a inverdade de dizer

que os vínculos afetivos em relação ao genitor têm que ser

mantidos, a qualquer preço. A rmo que esse preço — que é p ago s ó p el a c r i anç a — é promotor de patologias irreversíveis. Encontramos decisões judiciais obrigando uma convivência que é uma tortura cruel, quando é determinado, mesmo com o indiciamento por abuso sexual, que a criança seja exposta ao seu

roupa na parte do corpo que aparece na tela, que dão sinais de que está repetindo o que fazia nos abusos, essa mãe será mais uma vez acusada de ser alienadora. É tudo alienação parental da mãe. O abuso sexual intrafamiliar está quase sempre acompanhado da Violência Doméstica. O kit se completa com a Pornogra a Infantil Intrafamiliar. O ECA, o

desresponsabiliza o autor da violência ao culpar um antepassado morto há décadas, que segue a também acientí ca des qu a li c aç ão d a Voz d a Criança pela acusação da impossível falsa memória. Tudo para acusar a mãe de ser uma alienadora, afastando-a assim de sua Criança. Só porque ela ousou denunciar um homem.

A i nt e n c i o n a l i d a d e e a s vantagens nanceiras, promocionais, a insensibilidade feita poder, o gosto pelo poder, misoginia, sucursal da síndrome do pequeno poder do abusador no regozijo da sentença condenatória à mãe. Há algum tempo, um genitor que havia abusado do lho por toda sua infância, entra com processo para exigir a guarda do lho, já aos 12 anos. A psicóloga nomeada pelo Juízo, famosa pela sua adesão à lei de alienação parental, fez a avaliação pedida em acareação. E escreveu em seu laudo que o menino tinha falado que queria voltar a conviver com o g e n i t o r, q u e i n t e r a g i u normalmente com ele, e que, p o r t a n t o, r e c o m e n d a v a a inversão de guarda. Ocorre que o menino portava um gravador, que ela não sabia. Aliás, procedimento já autorizado pelo STF. E a gravação, já registrada em Ata Notarial, traz a voz da dita psicóloga, que o Conselho Pro ssional remarca como “p essoa de notório sab er”, dizendo que o que o menino relatou ao descrever que esse g e n i t o r c o s t u m av a p a s s a r sabonete no dedo e introduzir em s eu ânus, obr igando-o também a masturbá-lo. Na

Marco da 1ª Infância, a Constituição Federal, a Convenção de Belém do Pará e da Convenção sobre a Eliminação de todas as Formas de Discriminação contra a Mulher (CEDAW, sigla em inglês), não são capazes de evitar o uso da cruel tortura do arcaico método da Acareação de Criança e seu abusador. E, agora, temos mais um dogmático método a c i e nt í c o, a C on s t e l a ç ã o F a m i l i a r, u m a s e i t a q u e

A violação do Direito a ter mãe, e xe rc e nd o a m ate r n i d a d e, Direito escrito pela Natureza. Ignorância e preguiça de ler, formam a impregnação por teorias pseudocientí cas que tentam se autoexplicar pelo pensamento mágico. Seitas e achismos têm lugar garantido. Ins e ns i bi l i d a d e e f r i e z a , incapacidade de empatia, e medo de entrar em contato com algo doloroso, a perversão de alguém contra sua própria cria.

gravação constata-se que a Psicóloga interrompe o menino com a seguinte frase: “isso são coisas entre homens, que os homens fazem entre eles, mas você não pode falar isso para sua mãe. Você fez errado, não pode falar para sua mãe.” A conclusão do laudo dessa pessoa é que a mãe faz alienação parental. Estupro Institucional: perícias fraudulentas, negligência judicial e corrupção.

©CLARA FAGUNDES

m Bogotá, pela segunda vez em Audiência da C o m i s s ã o Interamericana de Direitos Humanos, CIDH-OEA, escutei a Comissionada Esmeralda Arosemena da CIDH, logo nos primeiros 10 minutos, diagnosticar o problema dos casos de violação de Direitos de Crianças ali denunciados: “o problema no Brasil está nas p erícias psicológicas. Elas i n du z e m a o e r ro”. A D r a . Esmeralda acrescenta que havia t r ê s “ i s”. A i g n o r â n c i a , a insensibilidade a e intenciona lidade, s egundo Esmeralda, estão presentes nos laudos periciais. Por desconhecimento da dinâmica dos abusos intrafamiliares ou do modus operandi dos abusadores, muitos pro ssionais que respondem pelas perícias cam de frente para os indicadores desses comportamentos abusivos, mas não os re c on h e c e m . O e fe it o d a s de ciências no item empatia leva à n e g a ç ã o d e s s e s comportamentos, uma espécie de cegueira e surdez promovida por uma frieza emocional. Mas é na intencionalidade que reside a mais danosa das atitudes que, partindo de um pro ssional, p ass am a s e r u ma at itu d e institucional, é a violência e x p a n d i d a . A In s t i t u i ç ã o, qualquer que seja ela, guarda a ideia de instância maior. Uma Instituição designada para promover a proteção tem o prop ó s it o d e e xe rc e r e s s a proteção. Mas, para operar o desvio de propósito, lança-se mão de So smas em Silogismos enganosos. Vale manipular conceitos, teorias, distorcendo s e u s c o nt e ú d o s . Ma s v a l e também mentir. Nas cercanias do despreparo e do desconhecimento de pro ssionais que se imaginam já dominando o campo dos abusos, com, apenas, rasas informações empíricas tiradas de algum

abusador que, aproveitando a oportunidade, passa todo o tempo a trazer “lembranças” que parecem ingênuas, mas que empurram a criança para a cena do abuso. Por que será que esses Operadores de Justiça não conseguem imaginar que a tara do abusador não evaporou? E, se a mãe pede ajuda porque aquela criança vomita por dois dias antes e dois dias depois da visita virtual, onde é possível ver movimentos do genitor, sem


COMPORTAMENTO 11

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NÁGELA ISA CARNEIRO SIRQUEIRA Hipnoterapeuta / Mentora Gestacional Cel.: (27) 99947-8786 Instagram: @nagelaisa.oficial

Filhos querem pais felizes... E não casados ©FREEPIK

O

pais estão casados ou não, essa é u m a i d e i a qu e v ai s e nd o construída junto com o viés

por eles, vão formando, pouco a pouco, sua ideia de relacionamento, além de lhes

familiar. Quantos casais você conhece que têm uma relação desgastada, sofrem e ainda fazem os lhos sofrerem? Talvez até mesmo o casamento que você vive seja exatamente esse exemplo. O problema de s e viver desejando que as coisas mudem, que o tempo ajude, empurrar com a barriga é submeter os lhos a um convívio falido. Na verdade, pouco importa para eles se os

social. O que eles realmente querem e precisam é de pais felizes, que possam lhes ensinar como a vida pode ser leve e alegre! Relacionamentos con itantes desgastam não só o casal, mas, também, expõem os lhos a um ambiente desestabilizado e impede que os pais estejam emocionalmente disponíveis para eles, com afeto, incentivo, brincadeiras, tranquilidade... As desavenças presenciadas

deixar em crise emocional junto com os pais. C omo ess es

mesmos pais não conseguem ser felizes, não conseguem passar isso para seus lhos de forma genuína e nem ter mais momentos felizes com eles, além dos momentos tristes e distantes. Por se comportarem assim com os lhos, eles sentem que, de alguma forma, têm culpa no que acontece, se sentem inúteis por não conseguirem ajudar a resolver, se sentem oprimidos por viverem em meio a murmurinhos de discussão, sofrem! Por isso, eles não precisam que os pais estejam juntos. Essa é uma ideia que, infelizmente, ainda mantém casais unidos pela obrigação, pelo medo, pela culpa. Tentando fazer dar certo durante anos, ou simplesmente se resignando e vivendo 'como dá'. E quem mais sofre com isso são eles, a quem tanto os pais

querem proteger de um divórcio: os lhos. Mas e, s e colo c ando na balança, eles realmente tiverem que carregar esse peso, de ver seus pais se sacri cando e sofrendo apenas para manter um casamento por aparência,

da sua vida você está disposto a pagar para ngir que está tudo bem, reprimir a dor e viver às lágrimas pelos cantos? Nem você, nem o outro, nem os lhos merecem esse sofrimento. Seres humanos foram feitos pela natureza para

©FREEPIK

casamento não é necessariamente regra para felicidade

por convenção da sociedade, por obrigação religiosa? Se sentindo responsáveis por a liviar os con itos ou s e calando, suprimindo tanta dor... Acredito que a conta não fecha desse jeito. E, pior, todos os lados estão no negativo aqui. Entender quando a dor é superior ao prazer e a felicidade, é muito importante para re etir o quanto vale a pena manter um casamento falido. Quantos anos

serem felizes, perpetuar a espécie com qualidade e deixar bons frutos na terra. E o que os lhos precisam é de um lar em harmonia, de pais que estejam disponíveis emocionalmente p ara eles, que br inquem, sorriam, incentivem, estejam em paz e alegres. Juntos ou não. Sua vida vale muito mais que anos de tentativas. Observe, acolha e tenha força para mudar aquilo que te faz sofrer. Você e seus lhos, merecem!

Ter com quem conversar faz bem à saúde do cérebro, indica pesquisa Estudo com mais de duas mil pessoas em Nova York mostra que contar com uma rede de apoio conável pode aumentar volume cerebral e melhorar função cognitiva ©DARIO VALENZUELA/UNSPLASH

Manter interações sociais que demonstrem apoio pode ajudar a evitar os efeitos do envelhecimento cerebral, como o declínio cognitivo. Essa é a principal conclusão de um novo e s t u d o f e it o n a E s c o l a d e Medicina Grossman da Universidade de Nova York (NYU), nos Estados Unidos, que avaliou a in uência de uma rede de suporte na chamada resiliência cognitiva. O conceito mede a capacidade do cérebro de funcionar melhor d o qu e s e r i a e sp e r a d o e m determinada altura do envelhecimento físico ou em mudanças relacionadas a doenças cerebrais. "Pensamos na resiliência cognitiva como um tampão para os efeitos do envelhecimento cerebral e da doença", diz Joel Salinas, autor principal do estudo, em comunicado. "Este estudo se

soma a evidências crescentes de que as pessoas podem tomar medidas, seja para si mesmas ou para as pessoas com quem mais s e i m p o r t a m”, c o m e n t a o professor de neurologia da NYU. Publicados no periódico JAMA Network Open, os resultados da pesquisa também abordam o A l z he i me r, c ond i ç ã o neurodegenerativa que compromete a memór ia, a linguagem e a capacidade de viver de maneira independente. De acordo com o estudo, praticar interações sociais de con ança pode ter bons resultados na prevenção da doença. Embora o Alzheimer geralmente afete uma população mais velha, a investigação mostra que indivíduos entre 40 e 50 anos que não tenham pessoas com quem conversar apresentam uma idade cognitiva quatro anos mais velha do que aquelas que têm alta

disponibilidade de ouvintes. Para Salinas, é importante olhar para essa diferença com atenção. “Muitas vezes pensamos em como proteger nossa saúde cerebral quando somos muito mais velhos, depois de já termos

perdido muito tempo décadas antes para construir e sustentar hábitos saudáveis para o cérebro", a rma ele. Mas já é possível agir agora, perguntando a si mesmo e a seus entes queridos se realmente existe alguém

disponível para conversar. Com informações sobre contato com pessoas próximas, apoio emocional e interações que demonstrem escuta, bons conselhos, amor e afeto, o estudo ouviu 2.171 participantes com

idade média de 63 anos. Os cientistas avaliaram a resiliência cognitiva dos participantes a p ar t i r d o volu me c e rebr a l medido por ressonância magnética. Junto a avaliações neuropsicológicas, a equipe constatou que os indivíduos com maior disponibilidade de apoio social demonstraram melhor função cognitiva relacionada ao volume cerebral total. "Embora ainda exista muito que não entendemos sobre os caminhos biológicos especí cos entre fatores psicossociais, este estudo dá pistas sobre razões concretas e biológicas pelas quais todos devemos buscar bons ouvintes e nos tornarmos melhores ouvintes", defende Salinas, que também recomenda que os médicos adicionem essa questão em suas consultas.


12 OLHAR DE UMA LENTE

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HAROLDO CORDEIRO FILHO Haroldo Cordeiro Filho - Jornalista DRT: 0003818/ES Coordenador-geral da ONG Educar para Crescer

Bares e restaurantes: situação melhora, mas endividamento preocupa ©HAROLDO CORDEIRO FILHO/F&N

Rodrigo Vervloet, presidente do SindBares e Abrasel no ES, defende o avanço das medidas de exibilização para a sobrevivência dos negócios

A

retomada segue rme no setor de b a r e s e r e s t a u r a n t e s . Pe s q u i s a realizada pela Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), em agosto, com 1.272 estabelecimentos de todo o Brasil mostra que o faturamento está voltando aos poucos. O índice de empresas trabalhando no

77% em abril. R o d r i g o Ve r v l o e t — presidente do SindBares e Abrasel no Espírito Santo — comenta que o Estado segue a tendência de retomada apontada na pesquisa, mas que ainda há um longo caminho a ser percorrido. “A exibilização é essencial para a sobrevivência dos bares e restaurantes e, junto deles, a manutenção de empregos.

©DIVULGAÇÃO

prejuízo caiu para 37% em julho, contra 54% em junho e

Nosso setor emprega cerca de 10 mil pessoas de forma

direta, sem contar os empregos indiretos. É preciso manter o que já foi melhorado e avançar nas medidas para permitir o funcionamento seguro dos estabelecimentos”, destaca. O ut r a b o a n ot í c i a d a pesquisa é que diminuiu o número de empresas que dizem não ter conseguido honrar integralmente os salários de seus funcionários. For a m ap e n a s 1 6 % e m agosto, contra 27% em julho — número que alcançou 91% em abril. Também caiu o número de empresas que apontaram estar com dívidas em atraso: foram 54% no último levantamento, contra 64% em julho e 77% em maio. Ap esar da melhora, o índice ainda preocupa, pois representa que mais da metade das empresas não consegue ainda cumprir, de modo integral, os compromissos com impostos, aluguel, água/luz/gás e fornecedores. “É preciso reiterar que nossos compromissos scais e tributários não cessaram

enquanto estávamos de portas fechadas. É preciso ter um olhar especial para os setores que mais sofreram com as medidas restritivas com desoneração de tributos e disponibilização de linhas de crédito para os empreendedores”, cobra Vervloet. Outro ponto de preocupação, apontado na pesquisa, é a alta no custo dos insumos. O estudo apontou que 83% dos empresários têm a percepção de que alimentos e bebidas subiram mais de 10% no primeiro semestre, embora o Índice Na c i on a l d e Pre ç o s a o Consumidor Amplo (IPCA) tenha fechado em 3,77% no período. Além disso, 84% disseram acreditar em novas altas até o m do ano. Os reajustes estão sendo repassados aos cardápios, mas não de maneira integral — 64% disseram ter aumentado os valores dos pratos no primeiro semestre. Mas, destes, quase metade (44%) disseram ter aumentado os preços entre 5% e 10%. ©DIVULGAÇÃO

TATI BELING


BRASIL 13

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A semana em Brasília S e no E

Haroldo Cordeiro Filho Luzimara Fernandes

jornalfatosenoticias.es@gmail.com

Tereza Cristina é eleita a nova Avança programa que cria presidente da Junta recompensa financeira a Interamericana de Agricultura produtores por conservação ambiental A ministra da

Nova Almeida pode ganhar Base Integrada de segurança, salvamento e resgate ©ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO

©BRASIL DE FATO

Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, foi eleita, na quarta-feira (1º), para presidir a Junta Interamericana de Agricultura (JIA), durante a Conferência de Ministros da Agricultura das Américas 2021, que acontece em San José da Costa Rica. A JIA é o principal órgão de governo do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA). A presidência da JIA é eleita a cada dois anos. Para a ministra, a escolha de seu nome é um reconhecimento ao papel da mulher no setor e à liderança do Brasil na produção sustentável de alimentos. “Contar com o apoio de todos os países de nosso hemisfério mostra-nos que nossos esforços para implementar uma agricultura sustentável estão no caminho certo. Estou segura de que o Brasil, junto a todos os 34 países-membros do IICA, exercerá sua vocação de alimentar o mundo e preservar o planeta”, destacou. Durante a Conferência, que segue até esta quinta-feira (2), os ministros da agricultura dos países do IICA vão debater o posicionamento comum do Hemisfério na Cúpula sobre Sistemas Alimentares da ONU e o papel dos sistemas agroalimentares sustentáveis como eixo estratégico para a recuperação econômica dos nossos países no pós-covid-19. O evento terá a participação da Secretária-Geral Adjunta da ONU, Amina J. Mohammed, e da Enviada Especial à Cúpula sobre Sistemas Alimentares da ONU, Agnes Kalibata. Na abertura da Conferência, a ministra destacou que o papel da agricultura para a sustentabilidade estará em evidência tanto na Cúpula dos Sistemas Alimentares como na COP-26, prevista para novembro, em Glasgow. “Em ambas as ocasiões, a atuação de nossa região será determinante para que a agricultura seja reconhecida não apenas por sua contribuição para a segurança alimentar, mas também por seu papel positivo na mitigação de emissões e adaptação às mudanças climáticas. Assim como temos feito no contexto da Cúpula dos Sistemas Alimentares, nossa estreita coordenação será essencial para garantirmos o atendimento dos interesses de nosso hemisfério”, disse.

Vitória do Espírito Santo e da população capixaba. A duplicação da BR-262 vai sair do papel ©ARAPUÃNEWS

O senador Fabiano Contarato (Rede-ES) participou, nesta quartafeira (01), no Congresso Nacional, da cerimônia de lançamento do edital de concessão e duplicação da BR-262 entre o Espírito Santo e Minas Gerais, juntamente com o trecho mineiro da BR-381. "É uma reivindicação histórica do Espírito Santo. Nosso corredor de infraestrutura portuária conecta as commodities do centro do Brasil com mercados do mundo todo. A duplicação da BR-262 tem imenso valor para a preservação da vida humana, porque o índice de acidentes naquela estrada sinuosa e perigosa é uma realidade alarmante. Esta obra é fruto de engajamento suprapartidário de lideranças políticas do nosso Estado, e de toda a bancada federal capixaba. A BR-262 duplicada trará segurança, desenvolvimento e o retorno federativo devido em razão da contribuição que Espírito Santo e Minas Gerais dão à União em forma de impostos e atividade econômica", pontuou Contarato. A concessionária que vencer o leilão, marcado para novembro, será responsável pela manutenção das vias e por obras de ampliação e melhoria da estrutura, sobretudo as de duplicação de 400 quilômetros, incluindo todo o trecho capixaba da 262. Há previsão de investimentos de R$ 7,3 bilhões.

©RURAL PECUÁRIA

“A Floresta em pé vale muito mais do que derrubada”. A a rmação do senador Álvaro Dias (Podemos-PR) resume o objetivo de projeto aprovado nesta quarta-feira (1º) pela Comissão de Meio Ambiente (CMA), que prevê recompensas nanceiras para a conservação do meio ambiente. Apresentado por Álvaro Dias a partir de sugestão de especialistas em Meio Ambiente, o PL 5.173/2019 prevê a criação de um mecanismo nanceiro para incentivar produtores brasileiros a preservarem as orestas. O projeto, que segue para votação nal na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), institui o Programa de Operação e Registro de Instrumentos Representativos dos Ativos de Natureza Intangível, chamado Tesouro Verde. Segundo Álvaro, a proposta é uma resposta ao avanço da degradação da Amazônia e outros biomas brasileiros. “A proposta é importante em qualquer momento, mas especialmente importante em um momento trágico na preservação ambiental. Temos que dar uma reposta a apelos que vem de toda parte do mundo. A oresta em pé vale mais do que no chão”, apontou Álvaro. O Programa Tesouro Verde vai funcionar como um ambiente eletrônico de negociação de ativos ambientais de conservação de orestas nativas, os chamados CAF. A ideia é unir produtores rurais, sociedade civil e entes públicos em torno da promoção de ações voltadas ao desenvolvimento sustentável. Por meio dessa plataforma, cidadãos e empresas poderão comprar esses ativos (os CAF), remunerando os produtores engajados na conservação da oresta em pé. O modelo jurídico do Tesouro Verde deverá ser similar ao que regula o crédito de carbono e prevê a criação de um Certi cado de Ativo de Floresta (CAF), correspondente a uma tonelada de dióxido de carbono (CO2) retirada do meio ambiente. Esse título deverá ser negociado via oferta de recompensas nanceiras pelo esforço de conservação orestal. A proposta recebeu parecer favorável do relator, o senador Confúcio Moura (MDB-RO), com uma emenda de redação. "Com o programa proposto, oferece-se a oportunidade para que o capital privado, nacional e internacional, seja alocado no investimento da conservação das terras nativas brasileiras, em sintonia com as mais avançadas práticas internacionais de conservação da natureza, bem como com os principais acordos multilaterais ambientais assinados pelo Brasil", observou Confúcio no parecer. Conforme o projeto, um crédito de carbono equivale a uma tonelada de CO2 que deixou de ser lançada na atmosfera. Com a aquisição desses créditos, os investidores contribuiriam, indiretamente, para que se diminuíssem as emissões de gás carbono no ar e, desse modo, concorreriam para o desenvolvimento sustentável da comunidade local. Ainda pelo PL 5.173/2019, os proprietários de terras terão a obrigação de emitir uma Cédula de Produto Rural (CPR), título a ser negociado com investidores interessados nesse negócio ambiental. Além de empreendedores rurais, os governos federal, estaduais e municipais terão legitimidade para participar da emissão desses papéis, já que também dispõem de unidades de conservação. As CPR deverão ser registradas nos cartórios de títulos de documentos das cidades onde se localizam as propriedades objeto das ações conservacionistas.

Câmara instala grupo de trabalho para reforma dos cartórios ©ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO

Distante dos maiores centros urbanos da Serra, a população da Grande Nova Almeida sempre encontra di culdades quando necessita de determinados serviços públicos itinerantes, especialmente os de urgência e emergência, como saúde e salvamento. Pensando nessa realidade, que afeta mais de 50 mil moradores, a Câmara Municipal aprovou nesta quarta-feira (01) o projeto indicativo nº 189/2021, do vereador Professor Alex Bulhões (PMN). A proposta indica ao Executivo que implante em Nova Almeida a Base Integrada de Segurança, Saúde, Resgate e Salvamento, que irá atender aos onze bairros que formam o distrito serrano. Será um complexo que reunirá todas as unidades itinerantes, além de viaturas que atuarão no patrulhamento, resgate, transporte e remoção de pacientes, transporte de animais da Guarda Civil Municipal, entre outros serviços. Mas o texto do projeto esclarece que as viaturas ou veículos disponíveis devem estar à disposição de outras regiões do município quando não existirem ocorrências ou solicitações na área de abrangência original da Base. Autor da proposta, Alex Bulhões explica que a população reclama de que muitos atendimentos de caráter itinerante demoram a chegar ao balneário, tendo em vista a distância em relação à localização desses serviços. “Com a construção da Base Integrada, vamos encurtar essa distância que separa os moradores dos serviços públicos de qualidade de que tanto necessitam. A população não pode car à mercê de uma longa espera por um atendimento que é urgente e pode lhe custar a vida”, justi ca o parlamentar. Aprovado por unanimidade pelos vereadores, o projeto indicativo agora segue para o Executivo municipal.

Foi instalado, na terça-feira (31), o grupo de trabalho capitaneado pelo deputado federal José Nelto (Podemos-GO), com o objetivo de discutir entre a reforma dos cartórios. A transmissão aconteceu de forma virtual. A proposta do grupo é debater mudanças no atual sistema das serventias notariais e de registro e as custas dos serviços forenses. “É oportuna a criação deste grupo de trabalho destinado a avaliar, discutir e propor estratégias normativas com objetivo de aperfeiçoar a legislação que versa sobre o relevante serviço público ofertado pelos cartórios”, comentou o deputado. Durante a reunião, José Nelto apresentou o roteiro de trabalho do grupo. Já nesta quinta-feira (2), acontecerá mais um encontro no qual serão apresentados os relatores de temas. Foram elencados 144 projetos de leis que versam sobre o tema. Sendo assim, as proposições foram divididas por tema. São elas: normas gerais sobre custas e emolumentos; organização dos serviços e regime jurídico de o ciais de registro e tabeliães; simpli cação e modernização de atos; e registro civil das pessoas naturais. O GT funcionará por 90 dias, prorrogáveis pelo mesmo prazo. Acontecerão reuniões deliberativas, públicas, convites para especialistas que colaboração com nosso esforço, e eventuais iniciativas que sirvam de objeto do GT, bem como serão de nidos o conteúdo que constará no relatório nal. Haverá também reuniões internas, de caráter administrativo e organizativo, com participação exclusiva de parlamentares, respectivas assessorias e consultores; ainda serão realizadas audiências Públicas, onde realizaremos oitivas e debates. E encontros com organizações nacionais, representantes de entidades, de Cartórios, de Tribunais e governos, onde pretendemos colher as melhores experiências em curso e sobre os temas objeto do GT. “Com essa metodologia de trabalho, vamos aprofundar as discussões de mérito. O Grupo de Trabalho deverá mapear os temas mais sensíveis e que possam ser agrupados. Isso nos permitirá aproveitamento e ciente do tempo disponível”, disse o parlamentar.


14 GERAL

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Empresa transforma Bebê tubarão antiga mina de ‘milagroso' carvão em plantação nascido de de lavanda ©UNIVERSIDADE BETHESDA/DIVULGAÇÃO

A e mpre s a App a l a ch i an Botanical Co. deu um novo destino a área onde funcionava uma antiga mina de carvão, na cidade de Ashford, no estado n o r t e - a m e r i c a n o d e We s t Virginia. Hoje, o local é dedicado ao cultivo sustentável de lavanda. A ideia é desenvolver negócios lucrativos que gerem renda aos habitantes da região, enquanto dá novo uso a terras recuperadas de minas de carvão através da ag r ic u ltura sustent ável. A empresa adotou o modelo de negócio de impacto positivo onde pessoas, lucro e planeta são avaliados igualmente. A lavanda, ou alfazema, tem uma ampla variedade de usos e seu cultivo orgânico é especialmente valorizado pelos consumidores conscientes. Entre os itens que eles desenvolvem e comercializam estão produtos de cuidados com o corpo, aromaterapia, culinária e itens para o bem-estar. A lavanda prospera em solo rochoso normalmente encontrado em uma mina de carvão recuperada. É resistente à seca e a pragas, requer apenas uma pequena quantidade de fertilizante orgânico durante o plantio, como o esterco de

galinha. A espécie pode ser cultivada com sucesso sem o uso

de pesticidas. “Quando observamos nossas abelhas forrageando em nossos campos de lavanda, sabemos que estamos ajudando a proteger espécies cujo número caiu drasticamente nos últimos anos”, diz a empresa Appalachian Botanical Co. O trabalho de transformar lavanda em produtos de valor a g re g a d o t a mb é m of e re c e b e ne f í c i o s nanc e i ro s a o s operadores de minas de carvão, já que eles são legalmente obrigados a restaurar as terras que mineraram. É uma situação ganha-ganha-ganha. Um dos maiores focos da empresa é dar oportunidade de emprego exível para pessoas em situação de vulnerabilidade, como ex-usuários de drogas, ex-

detentos, pessoas com baixo nível de escolaridade ou com

pouco acesso a empregos para que tenham oportunidades com remuneração decente. “ E s t a m o s c o nt r at a n d o e treinando trabalhadores que antes estavam desempregados ou subempregados, alguns dos quais perderam seus empregos durante a retração da indústria do carvão nos últimos anos. Nossos únicos requisitos formais de trabalho são que os trabalhadores tenham pelo menos 18 anos de idade e sejam aprovados em um teste de drogas. Pagamos acima do salário mínimo”, diz a empresa em seu site. A empresa se associou a organizações externas e fornece os serviços de suporte necessários para ajudar seus trabalhadores a se manterem em seus empregos — 85 vagas já foram geradas ao longo do processo. Eles ainda fornecem alguns ser viços de apoio próprios, como transporte, refeições e roupas. Atualmente a Appalachian Botanical Co. ocupa 40 hectares de uma antiga mina (cerca de 40 campos de futebol) mas pretende expandir a plantação de lavanda por mais 100 hectares replicando o modelo.

tanque só de fêmeas intriga cientistas O animal traz 100% de material genético de sua mãe ©REPRODUÇÃO

reprodução sem a “ p a r t i c i p a ç ã o” d e u m espermatozoide, no caso dos tubarões os lhotes nascidos de partenogênese são sempre fêmeas, já que as mães não são capazes de transmitir um cromossomo Y. Carregando, portanto, 100% do DNA da mãe, Ispera é uma espécie de clone de sua genitora — a equipe do Aquário de Cala G onone ai nd a e sp e r a o A primeira conclusão a que O nascimento de um lhote de tubarão da espécie cação- os cientistas chegam é que o resultado das análises de DNA para rmar tenha se quarta-feira lisoA na região da Sardenha, na danascimento transmissão será no canal Sedu Digitalde noIspera YouTube, nesta (07),con às 14 horastais sugestões, e en m identi car Itália, poderia passar como dado por partenogênese, tipo fato desimportante, não fosse de reprodução na qual o o que houve. Uma vez con rmada a um detalhe intrigante e óvulo se desenvolve sem extraordinário: batizada de ocorrência de fecundação — r e p r o d u ç ã o p o r “Ispera”, a pequena lhote ao invés de combinar o óvulo partenogênese, essa não terá n a s c e u e m u m a q u á r i o com um espermatozoide, se s i d o a ú n i c a v e z q u e controlado e sem a presença combina com outra célula, recentemente tal tipo de de qualquer tubarão macho produzida ao mesmo tempo e reprodução foi identi cada — somente habitado por com DNA complementar. entre tubarões: há cerca de f ê m e a s . A r e p r o d u ç ã o A p e s a r d e r a r o , é u m cinco anos, no Aquário Reef, assexuada se deu há pouco fenômeno que ocorre em na Austrália, três lhotes mais de duas semanas no cerca de 15 espécies de nasceram de uma mãe que Aquário de Cala Gonone, em tubarões e arraias, e é também n ã o t i n h a c ont at o c om um tanque onde a mãe há identi cado entre abelhas e tubarões machos há mais de mais de dez anos convive outros animais, como um quatro anos. As pesquisas na somente entre outras fêmeas, ú l t i m o r e c u r s o p e l a época con rmaram somente s e m q u e a f e c u n d a ç ã o sobrevivência de uma espécie a presença do gene da mãe no t r a d i c i o n a l t e n h a s i d o d i a n t e d a a u s ê n c i a d e animal, e o mecanismo como forma da fêmea de contornar p o s s í v e l s o b q u a l q u e r machos. Po r s e t r a t a r d e u m a a ausência de machos para hipótese. acasalar.


COTIDIANO 15

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Casa pré-fabricada se Substituir o sal expande conforme a por produtos necessidade do morador Este casa estabelece uma conexão natural com o ambiente ao redor ©TÕNU TUNNEL & JORRIT'T HOEN

Imagine mudar a con guração estrutural da sua casa conforme a necessidade. Isto é possível com a cabana ANNA, que possui rodas e trilhos — permitindo ao morador abri-la ou fechá-la de acordo com o clima ou a, simplesmente, sua vontade. Premiada, a casinha préfabricada foi projetada pelo designer holandês Caspar Schols. S e u i nt u i t o f o i c r i a r u m a interação dinâmica entre o morador, a casa e a natureza. Ao fechá-la se cria uma atmosfera mais aconchegante e ao abri-la se estabelece uma conexão natural com o ambiente ao redor. Basicamente, há três con gurações principais: fechada, centro aberto e centro aberto com telhado de vidro. Em seu interior as áreas xas são compostas por cozinha/sala, banheiro e espaço de armazenamento. Tudo deve ser compacto, não há espaço para excessos, porém a cabine ainda possui um mezanino com espaço extra su ciente para abrigar

visitas. A versátil casinha é toda feita em madeira e vidro. A madeira é proveniente de lariço não tratado — uma árvore da família dos pinheiros. O interior é composto por madeira clara. Longas janelas horizontais garantem a entrada de luz solar indireta — permitindo a iluminação natural sem demasiado aquecimento. As amplas janelas também

proporcionam uma vista panorâmica nos dias de climas mais amenos em que o melhor é permanecer fechado no casulo. A cabana ANNA em breve estará disponível para venda em duas versões: ANNA Stay e A N NA Me e t . A mb a s s ã o projetadas e construídas com impacto mínimo na natureza e também estão disponíveis em versão autossu ciente “fora da rede”. Será possível adquiri-la com uma peça única ou, para locais mais remotos, em embalagem para montar onde o cliente quiser. As primeiras entregas estão previstas só para 2022 e o preço nal ainda não foi revelado. Em uma competição com mais de cinco mil inscrições, de mais de 100 países, esta casa recebeu o prêmio de Projeto do Ano na competição Architizer A+Awards 2021.

Obra apresenta as raízes intrínsecas do judaísmo e do cristianismo 'A Oliveira Natural', de Getúlio de Alvarenga Cidade, revela a ligação entre a cultura judaico-cristã ©DIVULGAÇÃO/POD EDITORA

Lançada pela PoD Editora, a obra 'A Oliveira Natural', do pesquisador brasileiro Getúlio de Alvarenga Cidade, apresenta estudos sobre as raízes intrínsecas do judaísmo e do cristianismo. Por m e i o d e p e s qu i s a s minuciosas — que duraram cerca de duas décadas — o autor resgata a ligação do cristianismo com o judaísmo. Para isso, conta as origens da igreja e sua formação no século 1. A partir de estudos sobre a cultura judaico-cristã, o

escritor apresenta o hebraico bíblico e o moderno da Rosen School of Hebrew, em I s r a e l . A l é m d i s s o, h á referências históricas, acadêmicas e da literatura rabínica. A obra mergulha, ainda, nas Escrituras Sagradas de Festas do Senhor, fazendo paralelos entre ambas religiões. Em suma, para Getúlio de Alvarenga Cidade é evidente a relação entre o cristianismo e o judaísmo, possuindo raízes intrínsecas.

equivalentes ajuda a controlar hipertensão ©VASILIY BUDARIN/ISTOCK

Já se é sabido que os substitutos do sal da cozinha costumam ser associados à redução da pressão arterial — a famosa hipertensão ou pressão alta. No entanto, é a primeira vez que um estudo consegue mostrar uma ligação clara entre os produtos e a redução dos problemas causados pelo sal original (100% cloreto de sódio), como ataques cardíacos e derrames. A pesquisa, que foi publicada no periódico c i e nt í c o Ne w E n g l a n d Journal of Medicine, analisou 21.000 voluntários da China com mais de 60 anos e que sofrem com hipertensão. O resultado mostrou que substituir o cloreto de sódio (sal) por cloreto de potássio (não indicado para quem tem problemas renais), reduziu o risco de derrame em até 14% em adultos com histórico da doença.

O levantamento acompanhou os participantes durante cinco anos. Divididos em dois grupos, um passou o período utilizando substitutos do sal — contendo 70% de cloreto de sódio e 30% de cloreto de potássio — o outro usou apenas o sal de cozinha normal — 100% cloreto de sódio. Além do menor risco de derrame, os que usaram o substituto também tiveram uma redução de 13% menos problemas cardiovasculares, incluindo ataques cardíacos e o risco de morte por qualquer causa foi reduzido em 12%, conforme divulgou o jornal britânico e Times. Vale ressaltar que o estudo avaliou apenas chineses, que possuem uma alimentação diferente da ocidental, com muito mais sódio nas refeições, além de produtos e carnes processadas. Contudo,

os especialistas ressaltam que com certeza substituir o sal por um produto com menos sódio pode causar um impacto signi cativo na saúde do sistema cardiovascular. O jornal britânico também informou que o consumo do cloreto de potássio no substituto do sal não foi associado a um risco aumentado de hipercalemia, excesso de potássio no sangue. Durante o estudo, dentre os 21.000 voluntários, 3.000 morreram por derrame. Acrescentamos que, para quem toma remédios devido a problemas cardíacos, renais ou é hipertenso, é recomendável procurar um médico especialista antes de inserir o ingrediente na dieta, já que o substituto não é vilão, mas também pode não fazer o papel de mocinho no caso de pessoas que tenham problemas de saúde.


16 GERAL

02 A 09 DE SETEMBRO/2021

FERNANDO MOREIRA Analista de Sistemas, Bacharel em Psicologia e Pós-graduado em Neuropsicologia

Atleta mostra que é possível começar na corrida aos 48 anos e chegar a um alto nível competitivo M

aria Dalva da Costa Lucas, 57 anos, nas c i d a e m Parazinho, Rio Grande do Norte, veio para o Espírito Santo há 20 anos para trabalhar em casa de

©ARQUIVO PESSOAL

Ao s 4 8 ano s , c ome ç ou a praticar corrida e não parou mais. Nestes últimos 10 anos foram vários títulos acumulados e os números não param de crescer, se orgulha Maria Dalva,

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Dalva, no 3º lugar do pódio família como cuidadora. Acabou se casando aqui e hoje mora em Jardim da Penha, Vitória.

ao mostrar todos os troféus e medalhas conquistados com muito suor e dedicação.

“Correr me dá um objetivo na vida, de buscar sempre melhorar no que faço, além disso, me faz estar com a saúde em dia, pois afeta a minha alimentação e a minha rotina diária. Tenho meu trabalho e minhas tarefas, mas, ao mesmo tempo, vivo num ritmo de vida de atleta, preciso ter alimentação saudável, treinar, fazer preparação paralela aos treinos, e dividir meu tempo da melhor forma para me dedicar ao máximo à corrida” conta. Nossa entrevistada relata que já fazia muita atividade física antes da corrida, jogava futebol de campo e de salão, handebol, vôlei e frescobol. “No início tinha medo de correr, mas achava bonito, me surpreendi, pois, logo nas primeiras corridas, comecei a pegar pódio e decidi me dedicar para focar mais no esporte”. São mais de 60 troféus de primeiro lugar em competições na categoria geral, sem contar as diversas premiações por faixa etária. As corridas que a atleta disputa variam de distância entre 5 a 20 km e um dos títulos que Dalva considera mais importantes é o de campeã na categoria geral da Corrida Capixaba das Montanhas — Etapa Matilde — 7 Km. “Foi uma prova muito difícil, competitiva e

desgastante, na categoria geral normalmente não se vê mulheres da minha idade no pódio, quei muito orgulhosa pela conquista, e senti que os treinos deram resultado”, a rma. Normalmente, ela disputa três corridas por mês e os treinos Alexia dividem-se em técnico e físico Debacker durante a semana, e no sábado Espinoso ainda faz um treinamento mais intenso, chamado de “longão”, que ser ve para pegar mais resistência em provas de maior distância. Toda esta agenda possui um custo, que acaba cando quase todo por conta de Dalva. “Sem um patrocínio é muito difícil continuar, eu trabalho em casa de família e ainda vendo bolos para fazer uma renda extra. Os custos cam 90% por minha conta, recebo ajuda de alguns conhecidos, mas tenho que complementar com meu próprio bolso, são despesas com tênis, a liment ação, t ransp or te,

academia e tudo o que um atleta precisa”, explica Dalva conta que tem um sonho de disputar uma corrida fora do B r a s i l . “A c h o q u e p o s s o conseguir isso ainda, só preciso mesmo é de incentivo nanceiro, posso divulgar a marca de uma grande empresa nas roupas que uso nas corridas e nas fotos que tiro no pódio nas minhas redes sociais, bem como citar o nome do patrocinador nas entrevistas publicadas, além disso, as empresas podem deduzir os valores de patrocínio em sua declaração de impostos, é uma relação onde to dos s aem ganhando”, conclui. Essa história re ete mais uma vez a falta de incentivo ao esporte, mais uma atleta que faz, por amor, todo esforço necessário para continuar competindo, evoluindo e se dedicando aos treinos diariamente para buscar estar entre as melhores. Os ganhos

com isso aparecem por c ons e qu ê nc i a , me s mo nã o obtendo o primeiro lugar, cada competição ensina e todo o tempo investido vale a pena, os re exos vêm na saúde e no bemestar e em tantos benefícios que mostram o verdadeiro valor do esporte na vida. No próximo domingo, 05 de setembro, já tem mais corrida, Dalva irá participar da MeiaMaratona de Anchieta, serão 21 Km de muito foco e vontade de ve n c e r. O s re s u lt a d o s d a s competições e contato com a atleta podem ser feitos através de seu per l na rede social Instagram: @dalvadacosta. ©ARQUIVO PESSOAL

Cientistas da Argentina e do Brasil descobrem ancestral de répteis de 230 milhões de anos Foram analisados os restos de um réptil da espécie Taytalura alcoberi, que viveu na época dos dinossauros, e que poderia ser o espécime mais antigo da ordem de lepidossauros ©JORGE BLANCO/UNIVERSIDADE NACIONAL DE SAN JUAN, ARGENTINA

Pesquisadores da Argentina e do Brasil encontraram no Parque Provincial de Ischigualasto, San Juan, Argentina, os restos de um réptil que viveu há 230 milhões de anos, na época dos dinossauros, escreveu na última quinta-feira (26) o jornal Clarín. O animal, chamado de Reservas: (27) 99961-8422

Jacaraípe/Serra/ES/Brasil www.pousadasolemarjacaraipe.com.br

Taytalura alcoberi, é um dos fósseis mais antigos já encontrados de lepidossauros, uma superordem de répteis escamosos que inclui lagartos, cobras, an sbênias e tuatara, para um total de mais de 11.000 espécies. Sabe-se pouco sobre a evolução

inicial desses répteis devido à escassez e baixa qualidade de seus fósseis. No entanto, durante o estudo, que foi publicado na revista Nature, foi revelado que o crânio e a mandíbula estavam muito bem preservados, e compar tilhavam características anatômicas com a tuatara moderna, répteis endêmicos da Nova Zelândia e suas ilhas vizinhas, indicando que estas características apareceram em uma fase muito inicial na história evolutiva dos lepidossauros. "Pelo tamanho de seu crânio, que tem cerca de dois centímetros de comprimento, podemos supor que seu

comprimento total do corpo estava entre 15 e 20 centímetros", explicou Ricardo Martínez, autor principal do estudo. As informações do crânio, descoberto originalmente em 2001, e que agora faz parte do Museu de Ciências Naturais da

Universidade Nacional de San Juan, Argentina, ajudaram a descobrir que o réptil viveu há cerca de 230 milhões de anos, durante o período Triássico, o início da era dos dinossauros. Trata-se assim também do espécime mais antigo

encontrado dos lepidossauros, segundo os pesquisadores, lhe dando o nome de "avô dos lagartos". Esta descoberta é também importante devido ao fato de ser o primeiro lepidossauro encontrado no Hemisfério Sul, apontando para uma distribuição geográ ca muito além do que se pensava anteriormente, ocupando então não só o norte, mas também o sul do supercontinente Pangeia.

(27) 3259-3638 / (27) 99880-7048 SANTA TERESA — ES


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