ANO XI - Nº 443 Educação Cultura Ciência e Tecnologia Meio Ambiente Saúde Economia 07 A 14 DE OUTUBRO/2021 SERRA/ES Distribuição Gratuita
GABRIELA MESSNER ARESI OLIVEIRA
©ARQUIVO PESSOAL
Único brasileiro indicado ao 'Nobel da Educação' trabalha a matemática como ferramenta social
8 Para o Dia das Crianças
que tal fazer uma deliciosa sobremesa de doce de colher com suspiro e morango? Pág. 8
JORGE PACHECO
8 Agronegócio busca centro
para evitar volta do PT. Segmento já avalia alternativas de nomes Pág. 5
ANA MARIA IENCARELLI 8 A Ecolalia repetida por
pro ssionais que, por ignorância ou intencionalidade, violam os Direitos que deveriam garantir Pág. 10
HAROLDO CORDEIRO FILHO
8 Enare deste ano
oferecerá mais de três mil vagas em 81 instituições Pág. 12
Sem mentiras! Como auxiliar crianças que têm familiares com doença terminal Pág. 11
Professor Greiton Toledo (no centro) é o representante do País no Global Teacher Prize 2021. Nas aulas dele os alunos criam dispositivos que tendem a melhorar a vida de pacientes com Parkinson Pág. 4
Iniciativa recupera florestas de mangue degradadas
Carros voadores elétricos já têm data para chegarem aos céus do Brasil com modelos da Embraer, Azul e Gol
O projeto prevê recuperação de 12 hectares de manguezais já impactados, incluindo oferta de assistência técnica e engajamento social, beneficiando diretamente em torno de 1,6 mil pessoas Pág. 2
©EMBRAER/DIVULGAÇÃO
©JASON HEID/ISTOCKPHOTO
Os primeiros modelos de carros voadores já passaram dos testes e entraram na fase de demonstrações e aprimoramentos Pág. 6
Cientistas criam adesivo que pode substituir seringa na hora de aplicar vacina Dicas para amenizar os efeitos do ar seco Pág. 7
Pág. 14
Estudo arma que é possível que uma pessoa viva até os 130 anos Pág. 8
2 MEIO AMBIENTE
07 A 14 DE OUTUBRO/2021
Iniciativa recupera lorestas de mangue degradadas O projeto prevê recuperação de 12 hectares de manguezais já impactados, incluindo oferta de assistência técnica e engajamento social, beneciando diretamente em torno de 1,6 mil pessoas ©JASON HEID/ISTOCKPHOTO
Com cerca de oito mil qu i l ôm e t ro s qu a d r a d o s d e vegetação nativa na zona costeira do Pará, Maranhão e Amapá, os manguezais da Amazônia repres ent am a maior faixa contínua desse ecossistema em todo o mundo. E constituem campo fértil para o casamento entre a ciência e o conhecimento tradicional, com o desenvolvimento de pesquisas acadêmicas capazes de resultar no uso sustentável pelas populações que dependem desse ambiente nas atividades de renda, cultura e lazer. No Pará, orestas de mangue em locais já degradados começaram a ser recuperadas, com a contribuição da ciência, pelas ações do projeto “Mangues da Amazônia” — iniciativa realizada pelo Instituto Peabiru e pela Associação Sarambuí, em parceria com o Laboratório de Ecologia de Manguezal (Lama), da Universidade Federal do Pará
(UFPA), com patrocínio da Petrobras, através do Programa Petrobras Socioambiental. “Na Amazônia, os manguezais, berço da biodiversidade marinha e fonte de renda à pesca e extrativismo, estão em bom nível d e c o n s e r v a ç ã o comparativamente aos do Nordeste e Sudeste”, a rma o pesquisador Marcus Fernandes, co ordenador do L ama. No entanto, há riscos como a retirada de madeira sem critérios ambientais, além da captura predatória de caranguejo e pressões do desmatamento e queimadas em terra rme do entorno. O projeto prevê recuperação de 12 hectares de manguezais já impactados, incluindo oferta de assistência técnica e engajamento social, bene ciando diretamente em torno de 1,6 mil pessoas, entre os seis mil comunitários mobilizados em três reservas extrativistas dos municípios de
Augusto Corrêa, Bragança e Tracuateua, no Pará. Em dois anos, o plano é realizar o plantio de 60 mil mudas das três espécies de árvores de mangue dominantes na região, com construção de viveiro e monitoramento. Em paralelo, serão desenvolvidas pesquisas cientí cas em diferentes campos, com destaque para os estudos destinados a preencher lacunas no conhecimento sobre o papel dos manguezais nas mudanças
Terra está perdendo seu “brilho” graças ao aquecimento global O termo "aquecimento global" não faz jus ao fenômeno climático, porque ele não se resume à elevação da temperatura terrestre. O a qu e c i me nto g l ob a l c au s a mudanças na dinâmica do planeta, como alterações na circulação atmosférica e intensi cação de eventos climáticos extremos. E não para por aí. As mudanças climáticas t a m b é m e s t ã o diminuindo o “brilho” da Terra — ou a capacidade da superfície do planeta de re etir os raios solares, em vez de absorvê-los. É o que mostraram dados de quase duas décadas analisados em um novo estudo publicado no periódico Geophysical Research Letters. A radiação solar que chega ao planeta pode ser absorvida ou re etida pelos gases do efeito estufa e pela superfície terrestre. A Terra re ete cerca de 30% da luz solar que incide sobre ela. Essa re exão feita pelo solo e oceanos recebe nome de “albedo”. Funciona assim: diferentes sup er f ícies têm diferentes capacidades de absorção e re exão dos raios s olares. Camadas brancas de gelo nos polos do globo conseguem mandar bastante radiação de volta para o espaço, enquanto orestas e oceanos têm um albedo muito menor — e retêm mais calor. Um chão escuro de asfalto, por exemplo, ca bem quente porque absorve quantidade considerável dos raios solares.
menos de luz por metro quadrado em comparação a 20 anos atrás. A maior parte dessa redução aconteceu nos últimos três anos. Isso equivale a uma diminuição de 0,5% na nossa c ap acid ade de re exão d a radiação solar. Os cientistas a rmam ©ROBERTO MACHADO NOA/GETTY IMAGES qu e a s mu d an ç a s n o albedo da Terra não estão relacionadas com mudanças periódicas no brilho do Sol. Em outras palavras: elas são causadas pelo próprio planeta. “[O albedo do planeta] é um determinante essencial do clima da Terra. No sentido mais amplo, as mudanças no clima surgem da oceanos, por sua vez, não tem e v o l u ç ã o s i m u l t â n e a d a grande capacidade de mandar intensidade solar, do albedo da embora os raios solares. Essa é Te r r a e d o e f e it o e s t u f a " , uma das principais causas da a escrevem os pesquisadores. recente queda no albedo da O mais preocupante é que este Terra, segundo os autores do é um problema que intensi ca o estudo. Ela ocorre aquecimento global: com menos principalmente na parte oriental albedo, o planeta não consegue do Oceano Pací co. mandar a radiação solar de volta A equipe de pesquisadores para o espaço, o que contribui analisou medições do brilho da p a r a o a u m e n t o d a s Terra feitas por satélites entre temperaturas. Essa situação já é 1998 e 2017 como parte do veri cada também nos polos, já projeto Ceres (Clouds and the que o degelo causado pelo Earth's Radiant Energy System), aquecimento global leva à da Nasa. Segundo o estudo, a redução do albedo e à maior Terra está re etindo meio watt a absorção de radiação. Nuve ns br anc a s t amb é m re etem a radiação, mas elas são b ast ante imp ac t adas p elas mudanças climáticas. Conforme os oceanos aumentam de temperatura, a cobertura de nuvens acima deles diminui — e as profundezas escuras dos
climáticas. “Queremos entender como o re orestamento de áreas degradadas in uencia o balanço de carbono”, revela Fernandes, ao l e mbr ar qu e , e m ge r a l , o s manguezais da Amazônia retêm grande quantidade de matéria orgânica no solo e biomassa das árvores, de porte bem mais alto em comparação às demais regiões do País. “Queremos dar visibilidade a essas áreas amazônicas com base na c i ê nc i a , for t a l e c e nd o a organização social e a qualidade
de vida de comunidades locais, guardiãs dos mangues como fonte de segurança alimentar e renda”, a rma João Meirelles Fi l ho, diretor do Inst ituto Peabiru, em Belém. Os mangue zais for ne cem serviços ecossistêmicos essenciais à humanidade: além da regulação climática e da Camaleão d ive r s Furcifer i d a d e bi ol ó g i c a , s ã o espaços de lazer e fontes de labordi conhecimento tradicionais. “Nosso objetivo foi primeiro mapear esses ser viços com participação das comunidades, para depois propor estratégias de conser vação baseadas no conhecimento tradicional”, ressalta a pesquisadora Indira Eyzaguirre, coordenadora de estudos cientí cos transversais aos temas apoiados pelo projeto Mangues da Amazônia. Entre as pesquisas acadêmicas pre v ist as est ão as aná lis es destinadas a propor novas regras de uso sustentável dos
manguezais, tanto para o plano de manejo do mangue branco — espécie de árvore cortada para fazer currais de pesca e outros ns — como para a captura do caranguejo-uçá, explorado em níveis possivelmente acima dos limites de suporte para venda em diversas regiões do País. Ao reunir mais de 30 pesquisadores, com a produção de teses de mestrado e doutorado, o Lama-UFPA desenvolverá estudos de apoio do projeto Mangues da Amazônia também em temas sociais e culturais, a exemplo da transmissão dos saberes da pesca do caranguejouçá entre gerações nas comunidades tradicionais do Nordeste paraense. Na região, outra pesquisa analisará os mecanismos legais para a concessão do seguro defeso a esses pescadores, além de estudos para mapeamento das expressões artístico-culturais associadas aos manguezais.
Espécies populares de atum não estão mais ameaçadas de extinção ©NORBERT MINDEN PICTURES, NAT GEO IMAGE COLLECTION
Em meio a um mundo sofrendo simultaneamente incêndios e inundações devido às mudanças climáticas, os cientistas anunciaram boas novas: diversas espécies importantes de atum não estão mais à beira da extinção. Duas espécies de atum-azul, além da albacora e da albacora-branca, não estão mais criticamente ameaçadas de extinção ou foram retiradas completamente da lista internacional de espécies ameaçadas de extinção. A r e c u p e r a ç ã o inesperadamente rápida demonstra o êxito das iniciativas da última década para pôr m à pesca predatória. Mas o atum não é a única espécie que os cientistas estão analisando no Congresso Mundial de Conservação de 2021 em Marselha, na França, organizado p ela União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN). Pesquisadores alertam que muitas outras espécies marinhas permanecem ameaçadas. Por exemplo, mais de um terço dos tubarões e raias do mundo permanecem ameaçados de extinção devido à pesca predatória, à perda de habitat e às mudanças climáticas. “Acredito que a boa notícia seja que indústrias pesqueiras sustentáveis são viáveis”, a rma Beth Polidoro, bióloga marinha da Universidade Estadual do Arizona. “É possível consumir peixes de forma sustentável e sem esgotar sua população em níveis
p r óx i m o s a o c o l ap s o o u à extinção”. Ao mesmo tempo, ela adverte que as mudanças na classi cação não deverem servir de incentivo para aumentar as cot as p er mit idas de p es ca, tampouco para uma pesca sem limites. “É preciso prosseguir com o que está funcionando”, reitera Polidoro. A UICN, que classi ca as espécies mais ameaçadas do mundo em sua Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas com o apoio de 16 mil especialistas em todo o mundo, também anunciou na reunião que alguns animais estão seguindo a direção oposta e sendo incluídos na Lista Vermelha. Um exemplo notável é o dragão-dekomodo, um lagarto que vive em uma ilha, bastante suscetível às mudanças climáticas. Há quase duas décadas, Polidoro integra um grupo de especialistas encarregados de avaliar a classi cação de mais de 60 espécies de atuns e marlins para a UICN. Sua equipe anunciou suas primeiras
conclusões abrangentes em 2011, revelando que diversas espécies d e a t u m p e s c a d a s comercialmente estavam perigosamente perto de desaparecer. Passados dez anos, Polidoro revela ter cado surpresa com tamanha recuperação. Segundo os novos dados, o atum-azul (unnus thynnus), antes listado como ameaçado de extinção, agora é considerado uma espécie pouco preocupante. Assim como a albacora (unnus albacares) e a albacora-branca (unnus alalunga), consideradas quase ameaçadas de extinção na última avaliação. Além disso, a situação do atumazul-do-sul (unnus maccoyii) m e l h o r o u d e c r i t i c a m e nt e ameaçado de extinção para ameaçado de extinção, ao passo que a albacora-bandolim (unnus obesus) permanecerá como vulnerável, e o bonitolistrado (Katsuwonus pelamis) manterá a classi cação de pouco preocupante.
Jornalista Responsável: LUZIMARA FERNANDES redacao@jornalfatosenoticias.com.br Produtor-Executivo: HAROLDO CORDEIRO FILHO jornalfatosenoticias.es@jornalfatosenoticias.com.br comercial@jornalfatosenoticias.com.br Diagramação: LUZIMARA FERNANDES (27) 3086-4830 / 99664-6644 jornalfatosenoticias.es@gmail.com Facebook Jornal Fatos e Notícias Serra - ES
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CULTURA 3
07 A 14 DE OUTUBRO/2021
Dos deuses gregos aos Festival Folclórico de faraós, como surgiu o Parintins é destino de cabide? nova aventura da Turma da Mônica
Presente no cotidiano de grandes personagens do passado, o objeto tem mais de quatro mil anos, mas já foi até trocado por baús ©DIVULGAÇÃO/PIXABAY/PEXELS
No terceiro livro da coleção, a Turma da Mônica pelo Brasil continua a viagem de balão e conhece as curiosidades da maior festa popular amazonense ©DIVULGAÇÃO
FOTO: REPRODUÇÃO
A
p r i m e i r a representação de um cabide na história foi feita em uma ânfora de 250 a.C. Bastante semelhante com o que conhecemos hoje, ele foi grafado nas mãos d a deus a Atena. Curiosamente, quatro mil anos mais tarde, o objeto continua com a mesma carinha. Nesse sentido, até mesmo hieróglifos extraídos de um sarcófago datado do ano 2000 a.C., atualmente em exposição no Museu do Cairo, já faziam referência ao objeto que estava presente no cotidiano das rainhas e dos reis egípcios. Naquela época, contudo, o uso do cabide era diferente. A ideia não era manter a roupa pendurada, facilitando a escolha.
Eles eram usados apenas como u m re c u r s o p a r a aj u d a r a preservar as túnicas, cerzidas em tecidos muito delicados, como a seda. Dispostos na vertical e em l o c a l v e n t i l a d o, o s t r a j e s acabavam durando mais. Durante a Idade Média, porém, os cabides desapareceram. Como a moda era usar uma roupa que mais parecia um camisolão de lã, linho ou algodão, que não precisava de cuidados especiais, tudo era mantido em arcas. Segundo o historiador Philippe Ariès em 'A História da Vida Privada', a situação só começaria a mudar a partir do século 14, quando os móveis ganham um caráter mais permanente. Aos poucos, os baús passaram a ser tidos como objetos de arte até o
momento em que, finalmente, cederiam lugar ao guarda-roupa, com suas prateleiras e suportes para pendurar. D aí à p opu l ar i z a ç ã o d o s cabides, porém, foi uma longa jornada. Em 1903, o canadense Albert Parkhouse inventou o modelo mais popular já produzido até então. Segundo o Museu do Cabide (acervo on-line montado pela Auburn University, no Alabama), o d e p ar t am e nt o d e p at e nt e s americano registrou cerca de 200 versões de penduradores na primeira década do século 20 para camisas, saias, casacos, modelos dobráveis e mais toda a sorte de variações que as necessidades puderam sugerir. (AVENTURAS NA HISTÓRIA)
Prêmio Jabuti
Uma brincadeira cheia de passos de dança que todos os amigos faziam juntos no bairro do Limoeiro despertou a curiosidade do protagonista inserido na história e de Marina, a dona do lápis mágico que, mais uma vez, leva os amigos para um passeio de balão passando por todas as regiões do Brasil. Agora, eles irão conhecer grandes festas populares no novo título da plataforma de livros infantis personalizáveis. Durante essa incrível viagem, eles conhecem o Festival de Pa r i n t i n s , n o A m a z o n a s . Enquanto o leitor aprende sobre as curiosidades de cada uma das festas e suas origens, o livro ainda traz novamente a brincadeira de encontrar os personagens da Turma da Mônica em meio à multidão, fazendo com que a criança interaja com a narrativa. Pensado para as crianças de seis a oito anos, o livro estimula o aprendizado sobre as celebrações populares como um aspecto cultural das cinco regiões do País, colocando a criança em contato com os principais costumes e
características de cada uma dessas festas típicas. Além disso, a ilustração, rica em detalhes, estimula brincadeiras visuais que tornam a leitura lúdica e divertida. Já para os maiorzinhos de nove a 12 anos, o livro aborda as c e l e br a ç õ e s p opu l a re s d e cidades das cinco regiões do Brasil. Por meio da narrativa, a criança conhece as características de cada uma delas e reflete sobre como as fe st as s ã o u m asp e c to d a diversidade cultural do País. Ao mesmo tempo, o leitor se diverte com as brincadeiras visuais na ilustração rica em detalhes. Com títulos que estimulam a
leitura infantil em crianças de zero a 12 anos, a Dentro da História atua com um clube de assinatura que possui três opções para quem quer participar: mensal, semestral e anual. No clube, além do livro, o assinante recebe atividades lúdicas surpresas, figurinhas do protagonista e um guia de atividades e de leitura. Nos planos semestral e anual, no primeiro mês, o assinante recebe também uma mochila grátis. Entre o Clube de Assinatura e as vendas avulsas, a marca já passa de 600 mil livros vendidos e tem como diferencial possibilitar que os pais personalizem todos os títulos disponíveis na plataforma online da marca e criem um avatar com características físicas das crianças, como tom de pele, cor de cabelo e olhos, estilo de roupa e acessórios. Permitindo, assim, que os pequenos participem de h istór i as a o l a d o d e s e us personagens preferidos. LUCIANO DANIEL
©PRÊMIO JABUTI
Foto Antiga do ES ©RICARDO FREITAS/FOTOS ANTIGAS DE CIDADE CAPIXABAS ESPÍRITO SANTO/FACEBOOK
O Prêmio Jabuti 2021 chega à sua 63ª edição. A premiação é uma referência quando o assunto é a literatura e a cultura brasileira, sendo conhecida como um patrimônio cultural do País. Criado em 1958, foi apenas no nal de 1959 que aconteceu a cerimônia de premiação do 1º
Prêmio Jabuti. De lá para cá, foram 62 anos de vida e 63 edições do evento. As categorias de premiação estão divididas em quatro eixos principais: Literatura, Não Ficção, Produção Editorial e Inovação. Os livros vencedores da premiação são sempre uma
garantia de coisas boas para ler, carregando o selo do evento. Em cada uma das diferentes categorias, é possível encontrar livros para ler até amanhecer. Os vencedores do Prêmio Jabuti 2021 serão anunciados em uma cerimônia virtual, no dia 25 de novembro.
Reservas: (27) 99961-8422
Jacaraípe/Serra/ES/Brasil www.pousadasolemarjacaraipe.com.br
Centro de Guarapari, década de 50 com vista a partir do bairro Olaria para o Centro. Na parte superior esquerda da foto, a recéminaugurada ponte Jones dos Santos Neves
4 EDUCAÇÃO
07 A 14 DE OUTUBRO/2021
Pró-Memória homenageia Único brasileiro indicado ao 'Nobel da Educação' trabalha professores em a matemática como exposição virtual ©ACERVO/FPMSCS
Sem dúvida alguma, lecionar é uma das pro ssões mais importantes de nossa sociedade com re exos na vida de todos. No próximo dia 15 de outubro é comemorado o Dia do Professor e a Fundação Pró-Memória de São Caetano do Sul homenageia ess es pro ssionais em sua exposição virtual de outubro e novembro. Disponível no site da instituição (www.fpm.org.br), a mostra conta com mais de 20 fotos homenageando o professorado das escolas públicas e privadas do ensino infantil ao universitário de São Caetano nas mais diferentes épocas. O município, aliás, é excelência no quesito educação, onde os professores se aperfeiçoam continuamente a partir de atividades coordenadas pelo Centro de Capacitação dos Pro ss i onais d a E du c a ç ã o (Cecape) e conta com 16 Escolas Municipais Integradas (EMIs); 2 4 E s c o l a s Mu n i c ip ai s d e
Professor Greiton Toledo é o representante do país no Global Teacher Prize 2021. Suas aulas de matemáticas colocam os alunos como agentes transformadores ©ARQUIVO PESSOAL
Educação Infantil (EMEIs); 20 Escolas Municipais de Ensino Fundamental (EMEFs); uma escola municipal de idiomas e uma escola municipal de informática. No ensino superior, tem como referência a Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS) e o Instituto Mauá de Tecnologia (IMT). Dia do Professor A data 15 de outubro foi
escolhida para comemorar o Dia do Professor e sua origem remonta ao ano de 1827, quando Dom Pedro I, Imperador do Brasil, decretou, no referido dia, uma lei que instituíra o ensino elementar no País (Escola de Primeiras Letras). Posteriormente no governo João Goulart essa data foi o cializada nacionalmente como feriado escolar por meio do Decreto Federal nº 52.682, de 14 de outubro de 1963.
Escola de Cariacica desenvolve projeto sobre educação scal em parceria com Sefaz A Escola Estadual de Ensino Fundamental (EEEF) Pautila Rodrigues Xavier, de Cariacica, desenvolveu um Projeto Integrador de Educação Fiscal, em parceria com a Secretaria da Fazenda (Sefaz), intitulado “Alfabetização, Letramento e Mat e m át i c a : C i d a d a n i a e Educação Fiscal”. As professoras Mirian Evangelista de Oliveira e Glória das Graças Schmitel estiveram à frente da ação, que teve como objetivo incorporar a educação fiscal à vivência curricular dos estudantes, de forma transversal, tematizando a função social do tributo, com vista à formação da consciência tributária. As atividades iniciais proporcionaram aos alunos o conhecimento da importância da educação fiscal, a aplicação desse saber e a conscientização com a comunidade escolar. Como material de apoio, foram utilizados vídeos, histórias em quadrinhos e jogos relacionados à cidadania. Em articulação à temática do tributo e da educação fiscal, visando a um maior
ferramenta social
aprofundamento pelos estudantes, foram desenvolvidos conteúdos das disciplinas de História, Geografia e Matemática, além da implementação do projeto ©ASCOM SEDU
“ S e x t a s L i t e r á r i a s ”, c o m desenvolvimento de ações de leitura e atividades de produção de texto e exibição de filmes. O projeto “Vendinha Capixaba do PET” foi realizado na Escola, marcando o fim das atividades e consolidando as aprendizagens, como noções de cidadania, ética, orçamento familiar e público, preparando os estudantes para o exercício da cidadania ativa e solidária. “A prática da cidadania ocorre no cotidiano, demonstrada na
relação entre os alunos, professores, família e comunidade, nas trocas e nos laços de cada cidadão com seu ambiente, seja ele o ambiente natural ou artificial. Por isso, é papel da educação proporcionar a reflexão sobre essas relações, bem como estimular atitudes em que o próprio cidadão se coloque na posição de responsável por seu destino e como ser capaz de influenciar positivamente o destino de sua comunidade”, disse a professora Mirian Evangelista de Oliveira. Para o diretor Wellington Alves dos Santos, a pareceria entre a Escola e a Sefaz foi fundamental para o projeto. “Foi lindo ver os estudantes se apropriando da história dos tributos, conhecendo e entendendo a importância da Nota Fiscal, compreendendo que o patrimônio público é de todos e, por isso, há a necessidade de cuidarmos coletivamente dele. Foi um trabalho realmente importante de educação fiscal, fundamentalmente estruturado em conhecimento histórico e científico”, destacou.
Greiton Toledo de Azevedo é oriundo de escola e universidade públicas e foi o único brasileiro entre os 50 professores nalistas — de oito mil inscritos de 121 países — do Global Teacher Prize 2021, considerado o 'Nobel da Educação' e cujo vencedor receberá nada menos que um milhão de dólares. Professor há 11 anos, Greiton leciona matemática no Instituto Federal Goiano (IF Goiano) em Ipameri, no sudeste de Goiás, e faz de suas aulas uma grande experiência ao mesclar diferentes áreas do conhecimento em prol de uma caus a s o cia l. E le ensina a matemática não a partir do c ont e ú d o, m a s d o desenvolvimento de habilidades
e competências da matemática. No intitulado projeto Mattics, que o fez chegar aos 50 nalistas, o professor une matemática e robótica para a construção de jogos de baixo custo que au x i l i am no s s i ntomas d e pessoas com Parkinson, estimulando a coordenação motora, o equilíbrio e a concentração. Com isso, os alunos são instigados a se colocarem como cientistas. Além disso, os dispositivos construídos são levados pelos próprios estudantes a hospitais parceiros para a interação com os pacientes. A saber, entre as primeiras etapas do projeto está a de ouvir médicos e enfermeiros para os
alunos compreenderem o tipo de jogo que precisa ser criado. “Temos mais de 50 pro ssionais parceiros, dentre engenheiros, s i o t e r ap e u t a s e fonoaudiólogos”. Greiton reforça que o professor é um mediador e faz com que os conteúdos conversem entre si, ou seja, é compreender que lecionar não é ter controle de tudo e ter que saber de tudo. “Claro que o professor tem mais experiência e precisa mediar, mas eu aprendo todo dia e, às vezes, há invenções mais incríveis que a minha que faço doutorado”. “Comecei a buscar mudar não s ó o est ig ma colo c ado na matemática de incapacidade como manter a relevância dela para o impacto social. Os alunos, como cientistas da matemática, d i s c ut e m t r i gon om e t r i a e álgebra junto com a linguagem de programação e com recursos de baixo custo e até recicláveis”, conta Toledo. O professor critica que não dá mais para ensinar a matemática do século 19 pautada, sobretudo, na repetição e memorização. “Precisamos valorizar, encorajar e nutrir o potencial criativo dos alunos e testar vários caminhos”, acredita.
Paebes será aplicado nos dias 26 e 27 de outubro A prova do Programa de Avaliação da Educação Básica do Espírito Santo (Paebes) será aplicada nos dias 26 e 27 de outubro deste ano. O Programa tem o objetivo de avaliar o nível de apropriação e consolidação das habilidades desenvolvidas pelos estudantes em diferentes componentes, ao final das etapas dos ensinos Fund ament a l e Mé dio, s u b s i d i a n d o a implementação, a (re)formulação e o monitoramento de políticas educacionais, além de contribuir ativamente para a melhoria da qualidade da educação no Estado e a promoção da equidade. O público-alvo são todos os estudantes do 1º, 2º, 3º, 5º e 9º ano do Ensino Fundamental e da
áreas de Ciências da Natureza (CN) serão avaliados no 9º ano do Ensino Fundamental e na 3ª série do Ensino Médio. Os resultados do Paeb es compõem a base para cálculo da Bonificação por Desempenho para os profissionais da Secretaria da Educação (Sedu) e do Índice de Qualidade E duc aciona l (IQE), um co ef iciente aplic ado ao montante do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), no cálculo do repasse pelo Estado aos municípios. A avaliação é organizada ©ASCOM SEDU pelo Centro de Políticas Públicas e Avaliação da curriculares de Língua Educação (CAEd), da Portuguesa (LP) e Matemática Universidade Federal de Juiz de (MAT), em todos os anos nos Fora (UFJF) e pela Sedu. an o s / s é r i e s p ar t i c ip ant e s , enquanto os componentes das 3ª série do Ensino Médio da Rede Pública Estadual e municipal. Também incluem o Movimento de Educação Promocional do Espírito Santo (Mepes) e amostral nas escolas privadas adesas. Os testes são impressos e avaliam os componentes
POLÍTICA 5
07 A 14 DE OUTUBRO/2021
Jorge
Analista Político Jorge Rodrigues Pacheco é Advogado, Jornalista e Radialista
Pacheco
jorgepachecoindio@hotmail.com
Interina Luzimara Fernandes
“Nenhum poder na Terra é capaz de deter um povo oprimido, determinado a conquistar sua liberdade//Os tolos se multiplicam quando os sábios ficam em silêncio”, Nelson Mandela ©AGÊNCIA BRASIL
Segmento que se notabilizou pelo apoio ao atual governo já avalia, a um ano da eleição, alternativas entre nomes da chamada terceira via ©EDUARDO MONTEIRO/DIVULGAÇÃO/ESTADÃO CONTEÚDO
inteiro busca encontrar uma alternativa para o PT não ganhar e vai fazer o que for necessário".
novo marco legal das ferrovias ©REUTERS/UESLEI MARCELINO
Câmara aprova texto principal que abranda Lei de Improbidade Quinze anos depois de o STF vedar a prática do nepotismo, o texto abre brecha para políticos contratarem seus próprios parentes
A um ano das eleições, o agronegócio começa a mostrar divisões internas e a procurar alternativas ao presidente Jair Bolsonaro entre os candidatos de centro, a chamada terceira via. In uenciadores e grandes empresários do setor dizem, contudo, que se um nome fora da polarização não se viabilizar o grupo tende a apoiar em peso a reeleição do atual presidente num esforço para derrotar o PT. "Entre os agricultores, vejo uma tendência pró-Bolsonaro. Agora, nas instituições está todo mundo olhando o horizonte, ninguém tem posição tomada ainda", disse o ex-ministro Roberto Rodrigues, coordenador do Centro de Agronegócio na Escola de Economia de São Paulo, da Fundação Getúlio Vargas. Um dos que mantêm canal direto com o agro é o governador de São Paulo, João Doria (PSDB). Interlocutores do expresidente Luiz Inácio Lula da Silva também buscam refazer pontes e telefonaram a Rodrigues. Assim como o PSB. "Todos que me procurarem vou ajudar, com o mesmo plano de governo para todos. Eu defendo a agricultura em qualquer ambiente", destacou o exministro de Lula, que não teve ainda contato com o presidente Bolsonaro. A debandada de parte do setor cou e videnciada com a iniciativa de entidades do agro de encabeçar uma c ar t a em defes a d a demo craci a, antecipando-se ao recuo dos industriais. Embora não citasse Bolsonaro, o texto foi articulado como contraponto ao discurso autoritário do presidente no 7 de Setembro. O manifesto cita a "moderna agroindústria brasileira". "Somos força do progresso, do avanço, da estabilidade indispensável e não de crises evitáveis", diz o texto, que fala em "tensionamento e riscos de retrocesso e rupturas". Assinaram o documento, entre outras, a Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), a Associação Brasileira dos Industriais de Óleos Vegetais (Abiove) e o Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para a Defesa Vegetal. Para Christian Lohbauer, presidente da CropLife Brasil e ex-candidato a vicepresidente pelo Partido Novo, apesar de ser heterogêneo, o setor se unirá na oposição a Lula. Segundo Lohbauer, há três grupos no agro: um contra o retorno do PT; um que apoia elmente a gestão da ministra da Agricultura, Tereza Cristina; e outro que é pró-Bolsonaro, o que ele chama de "radicalismo agrário". "Se tem uma pauta que integra e une é a agenda anti-PT, por isso ocorre essa associação binária", a rmou. "O agro
A Câmara avançou nesta terça-feira (5) com a aprovação do projeto que afrouxa a Lei de Improbidade Administrativa e di culta a punição a políticos. O principal ponto é o que prevê condenação por improbidade apenas nos casos em que seja comprovado o "dolo especí co", ou seja, a intenção de cometer irregularidade. Assim, mesmo que a conduta de um prefeito ou de qualquer agente público resulte em prejuízo à administração pública, ele só será condenado se for provada a sua intenção. ©REUTERS/ADRIANO MACHADO
A proposta já havia sido votada pela Câmara em junho, mas foi alterada por senadores na semana passada. Na sessão, os deputados rejeitaram, por 253 votos contra 162, uma emenda aprovada pelo Senado que tratava sobre a necessidade de "dolo especí co" para casos de nome a ç ã o p ol ít i c a p or p ar te d e governantes e legisladores, recuperando a redação original. Segundo o relator, Carlos Zarattini (PT-SP), a mudança trazia "imprecisão" e que o texto da Câmara "melhor resguarda o interesse público, atenua p o s s i bi l i d a d e d e i nt e r pre t a ç õ e s ambíguas da norma". "Não há que se falar que essa emenda tratasse do nepotismo. Na verdade ela tratava da exigência de dolo para o nepotismo. Ocorre que o nepotismo, evidentemente, quando se nomeia um parente, se sabe que ela é parente, portanto não é preciso comprovar o dolo, porque todo mundo sabe quem é seu parente", a rmou o petista. Para o diretor-executivo da Transparência Brasil, Manoel Galdino, porém, o projeto aprovado deixa brecha para interpretações. "A redação dada pelos deputados procura isentar nomeações de primeiro escalão no Executivo de punição por nepotismo. Por exemplo, um prefeito pode nomear como secretário o irmão ou a mulher. Agora vamos ter que aguardar como o Judiciário vai interpretar as situações", disse Galdino. A legislação atual foi criada em 1992 para combater a sensação de impunidade, em meio ao impeachment do ex-presidente Fernando Collor de Mello. AJUFE
Senado aprova projeto do
O Senado aprovou nesta terça-feira (5) o novo marco legal das ferrovias, que visa aumentar os investimentos privados no setor ao reduzir a burocracia para construção de novas vias férreas no país e permitir aproveitamento de trechos ociosos para outros ns, como transporte de passageiros. Aprovado por votação simbólica, após acordo entre os senadores, o projeto segue agora para análise da Câmara dos Deputados. De autoria do senador José Serra (PSDB-SP), e relatado Jean Paul Prates (PT-RN), líder da Minoria na Casa, o projeto permite a construção de ferrovias por autorização, de forma semelhante à que ocorre com setores como o das telecomunicações. A proposta também autoriza Estados e municípios a outorgarem serviços de transporte ferroviário que não integrem o sistema ferroviário federal. Atualmente, apenas o governo federal pode fazer investimentos em malha ferroviária. Com o novo marco, o setor privado poderá construir e operar ferrovias. O marco legal permite ainda a gura do operador ferroviário independente em trechos concessionados por meio de apresentação simpli cada de documentação à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).
Empresário revela esquema de corrupção na prefeitura de Cachoeiro As imagens foram gravadas, segunda-
feira (4), no gabinete do vereador Ary Corrêa (Patriota) e vazaram para grupos de WhatsApp. Nos dois vídeos, um empresário do ramo de construção civil, relata ao vereador um esquema de superfaturamento de preços, direcionamento de licitações, desvio de material e pagamento de propina na contratação de obras pela prefeitura de Cachoeiro de Itapemirim. O denunciante narra fatos que aconteceram na Secretaria Municipal de Obras. O empresário também deixou no gabinete do vereador documentos que poderiam comprovar o que ele diz.
Procurado pela reportagem o vereador Ary Corrêa respondeu que: "O vídeo foi realmente gravado em meu gabinete, por ser uma denúncia, a minha assessoria grava para não perdemos nenhum detalhe do que está sendo denunciado. Esse depoimento corrobora para revelar um esquema maior do que pensávamos. Na semana passada agrei, junto com a Polícia Militar, o desvio de 150 sacos de cimento, que a Polícia Civil está investigando. Temos que abrir, com urgência, uma investigação o cial pela Câmara Municipal e de pronto estancar esse esquema criminoso”.
i n for m a ç ã o e re pre s e nt ante s d a sociedade civil para acompanhar a preparação para as eleições. "Como o sistema ui há muito tempo, e felizmente ui bem, muitas pessoas nunca se deram ao trabalho de parar para saber exatamente como é cada etapa, como é transparente e como nós temos preocupações com a auditoria das eleições", disse Barroso no evento.
Barroso promove abertura dos códigosfonte das urnas um ano antes das eleições
Ciro Gomes janta com Datena e discute alianças para 2022
Ministro disse que medida faz parte dos esforços para ampliar a transparência das etapas do processo eleitoral O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) abriu, na segunda-feira (4), os códigosfonte das urnas eletrônicas para inspeção da sociedade civil e de entidades scalizadoras. O evento, que tradicionalmente ocorre a seis meses das eleições, foi antecipado em meio aos ataques ao sistema de votação. O ministro Luís Roberto Barroso, presidente do tribunal, disse que a medida faz parte dos esforços para ampliar a transparência das etapas do processo eleitoral. "Nós temos uma obsessiva preocupação em tornar o sistema tão transparente quanto possível", a rmou. "Estamos muito empenhados em prover à sociedade brasileira, como temos feito ao longo dos anos, eleiçõ es limp as, s eguras e auditáveis", acrescentou. Partidos de diferentes inclinações p o l ít i c a s c om re pre s e nt a ç ã o n o Congresso enviaram integrantes para acompanhar a apresentação dos técnicos d o T SE . M i n i s t ro s d e t r i bu n ai s superiores, membros da Ordem dos Advo g a d o s d o Br a s i l ( OA B ) e representantes do Ministério Público Federal também estiveram no evento. O s e cret ár io de Te cnolog i a d a Informação do TSE, Júlio Valente, e o assessor da Secretaria de Modernização, Gestão e Estratégia da Corte, Célio Castro, zeram exposições sobre o funcionamento das urnas eletrônicas e as etapas de scalização. "As urnas eletrônicas brasileiras não possuem bluetooth, não possuem acesso Wi- , não possuem acesso para cabeamento físico de redes", frisou Valente. Além de ter antecipado a abertura dos códigos-fonte, o TSE também criou uma comissão formada por membros de instituições e órgãos públicos, especialistas em tecnologia da i n for m a ç ã o e re pre s e nt ante s d a sociedade civil para acompanhar a preparação para as eleições. Além de ter antecipado a abertura dos códigos-fonte, o TSE também criou uma comissão formada por representantes de instituições e órgãos públicos, especialistas em tecnologia da
Encontro ocorreu horas depois de o pedetista ser hostilizado na Avenida Paulista O apresentador José Luiz Datena e o pré-candidato à Presidência Ciro Gomes deram um segundo passo nas conversas sobre a possibilidade de o jornalista ser vice do pedetista na disputa presidencial de 2022. Na noite de anteontem, os dois jantaram na capital paulista. O encontro ocorreu horas depois de Ciro ser hostilizado na Avenida Paulista, durante manifestação pelo impeachment do presidente Jair Bolsonaro. Este foi o primeiro encontro presencial de Ciro e Datena após o apresentador ser convidado, no mês passado, para se liar ao PDT pelo presidente nacional da sigla, Carlos Lupi - que também participou do jantar, assim como a mulher de Ciro, Giselle Bezerra. Datena se solidarizou com Ciro pelo episódio da Paulista. De acordo com interlocutores, eles conversaram sobre o futuro do Brasil e possíveis alianças. Em julho, Datena se liou ao PSL, e foi lançado pela sigla que elegeu Jair Bolsonaro em 2018 como pré-candidato à Presidência em 2022. No entanto, após o avanço na negociação pela fusão entre DEM e PSL, o apresentador estaria se sentindo "desconfortável" na legenda, segundo disse Lupi ao Estadão. "Ele quer esperar essas de nições internas (para de nir a liação)", disse o presidente do PDT. Segundo Lupi, a expectativa é de que Datena tome uma decisão até o m de novembro. Em setembro, Lupi disse ao Estadão/Broadcast ter dado ao apresentador a opção de concorrer ao governo de São Paulo ou a uma cadeira no Senado pelo Estado. A proposta foi m ant i d a n o j ant ar. C on for m e o dirigente, Datena "topa o que for melhor para o projeto do Ciro". Procurado, Datena não se pronunciou a respeito. ©GABRIELA BILÓ/ESTADÃO CONTEÚDO
Agronegócio busca centro para evitar volta do PT
'SERESTA DE TODOS OS TEMPOS' — COM JORGE PACHECO E SEUS CONVIDADOS ESPECIAIS SEXTAS-FEIRAS, ÀS 20 HORAS — WEBRADIOCENTENARIOFC – SERRA–ES
6 TECNOLOGIA
07 A 14 DE OUTUBRO/2021
Cientistas afirmam ter criado “vidro inquebrável e prometem mais proteção a smartphones
Alemanha abre a 1ª fábrica de combustível limpo para aviões do mundo
©SHUTTERSTOCK
Inspirados nas conchas de moluscos, cientistas da Universidade McGill, nos EUA, a rmam ter criado um “vidro inquebrável” capaz de oferecer maior proteção a smartphones e outros dispositivos eletrônicos que façam uso de display. O artigo do novo material foi publicado no portal Science e, em algum lugar da história, o Nokia 3310 acordou e disse “me chamaram?”. De acordo com a equipe, o novo produto — que eles se limitaram a chamar apenas de “vidro inquebrável” — tira inspiração da camada interna de moluscos, que é ao mesmo tempo maleável e resistente. Por essa razão, diante de uma queda, a criação dos cientistas se comporta mais como um plástico, ao invés de se estilhaçar por completo como os pratos que todos nós já derrubamos. “Até agora, haviam 'trocas' entre força, resistência e transparência”, disse Allen Ehrlincher, professor adjunto do Departamento de Bioengenharia da Universidade McGill. Ele se refere a técnicas que ampliam a resistência do vidro — como laminação ou temperação — sacri cavam outras qualidades, como a cor e transparência. “O nosso novo material não só é três vezes mais forte que o vidro
comum, mas também é cinco vezes mais resistente a fraturas”, continuou o especialista. Uma forma simples de se explicar é a de que esse vidro “inquebrável” consegue imitar a madrepérola, que traz ao mesmo rigidez e maciez em seus materiais. “Desta forma, ela tem o melhor de dois mundos”, disse Ehrlincher. “A madrepérola é feita de pedaços rígidos de matéria similar ao giz, mas que trazem camadas de proteínas maleáveis altamente elásticas. Essa estrutura produz força excepcional, fazendo dela até três mil vezes mais poderosa que os materiais que a compõem”. Par a re pro du z i r i s s o, o s cientistas usaram a arquitetura da madrepérola como base, adicionando a ela ocos de vidro e acrílico, gerando um composto excepcionalmente forte, porém opaco de cor. Decidindo seguir seu experimento, eles então zeram o material car totalmente transparente, tal qual vidro: “ao ajustar o índice de refração do acrílico, nós zemos com que ele se misturasse ao vidro de forma homogênea, tornando tudo um composto verdadeiramente transparente”, disse Ali Amini, também da universidade. O chamado “vidro i n qu e br áv e l” é u m o bj e t o
historicamente reconhecido, com relatos vindos desde o Império Romano: no reinado de Tibério Cláudio Nero César, um inventor trouxe à corte imperial uma tigela de vidro que, quando arremessada ao chão, apenas entortou sua borda, mas não quebrou (não confunda esse imperador com Nero Cláudio César Augusto Germânico: o primeiro viu o vidro quebrado, o segundo ateou fogo em Roma — uma diferença tímida). De acordo com historiadores da época, como Petrônio, a exibição terminou de forma…problemática: o inventor assegurou ser o único capaz de produzir o tal “vidro inquebrável”. Temendo que o novo material reduzisse o valor do ouro e da prata — dois pilares que ap oiavam a e conomia romana — Tibério ordenou a sua morte. Não é essa a intenção dos pesquisadores da Universidade McGill (esperamos!). Ao invés de execuções, eles pretendem aplicar o novo vidro em smartphones, tablets e outros aparelhos. Para isso, porém, ainda falta um tempinho: testes futuros vão avaliar a condutividade, mecânica e resolução de cores e imagem antes de incorporar o material a produtos inteligentes.
©ATMOSFAIR GMBH
Instalações devem começar a produzir querosene sintético para a aviação em 2022. Combustíveis sustentáveis são vistos como chave para neutralidade climática no setor, responsável por 2% a 3% das emissões globais de CO₂. No dia em que a Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata, na sigla em inglês), que engloba 290 companhias aéreas, anunciou o compromisso de neutralizar todas as emissões de CO₂ do setor até 2050, a organização sem ns lucrativos Atmosfair abriu a primeira fábrica do mundo a produzir combustível limpo para aviões. O grupo, que oferece
compensações para as emissões de voos, anunciou na segundafeira (04) que sua unidade em Emsland, no norte da Alemanha, deverá começar a produzir oito barris (cerca de uma tonelada) de querosene sintético por dia no início de 2022. A Atmosfair não
PRECISÃO
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revelou quanto o projeto custou ou como foi nanciado. O querosene sintético, também chamado de e-kerosene ou power-to-liquid (PtL), é visto como tendo um enorme potencial para reduzir a pegada de carbono da indústria da aviação. Mas há algumas razões p elas quais o combustível sintético, ou eletrocombustível, ainda não decolou. Voar é uma das maneiras mais poluentes de viajar, porque os aviões são alimentados por querosene fóssil. O setor de aviação é, e sua descarbonização será um enorme desa o. A f á b r i c a d a At m o s f a i r e m Emsland tem como objetivo produzir querosene sintético neutro em carbono combinando hidrogênio gerado por eletricidade renovável (de turbinas eólicas próximas) e dióxido de carbono sustentável — capturado do ar e de biomassa.
Carros voadores elétricos já têm data Startup cria robô para chegarem aos céus inteligente capaz do Brasil com modelos de fazer massagem da Embraer, Azul e Gol milenar ©DIVULGAÇÃO
A startup AiTreat, de Singapura, desenvolveu o EMMA, um robô projetado especificamente para realizar a Tui Na, uma massagem terapêutica tradicional chinesa.
O equipamento utiliza sensores e visão 3D para analisar a rigidez muscular do paciente e identificar pontos de pressão, que são estimulados por um
massageador — aquecido a uma temperatura entre 38°C e 40°C de — de maneira a oferecer relaxamento e um efeito analgésico. De acordo com a companhia, dificilmente o paciente irá sentir a diferença entre o robô e um humano. Mas a intenção da AiTreat não é substituir o terapeuta real. O EMMA é desenhado para atuar como um assistente, realizando as massagens mais fáceis, enquanto o massagista humano se concentra em áreas mais específicas e que exigem mais habilidade anos de treinamento.
Os primeiros modelos de carros voadores já passaram dos testes e entraram na fase de d e m o n s t r a ç õ e s e aprimoramentos: não é mais, p or t anto, mera pre vis ão futurista afirmar que em breve tais veículos estarão disponíveis no mercado e nos céus das cidades. E tal cenário inclui as cidades brasileiras, já que a fabricante Embraer, bem como as companhias aéreas Gol e a Azul anunciaram acordos e planos relacionados aos “veículos elétricos de pouso e decolagem vertical” (eVTOL, em inglês), que sugerem a chegada dos carros entre nos próximos anos ao País. Segundo a Embraer, a projeção d e e nt re g a d o s pr i m e i ro s eVTOLs fabricados pela
empresa estão para 2026, através de parceria com a Eve, uma subsidiária lançada oficialmente em outubro de 2020, com acordos de entrega de centenas de veículos para empresas como a brasileira Helisul, bem como a inglesa Bristow e a estadunidense Halo, todas do ramo de táxis aéreos. A subsidiária da Embraer também tem acordos fechados com empresas e companhias aéreas de Singapura, EUA, França e Brasil para oferecer os “carros voadores” por horas de voo — até a entrega, testes serão realizados com helicópteros de porte semelhante aos eVOLTs. Já a Gol assinou intenção de compra 250 veículos com a empresa irlandesa Avolon, pela VA-X4, da Vertical Aerospace,
com operações previstas para s e re m i n i c i a d a s e m 2 0 2 5 . Segundo o fabricante, a aeronave elétrica atinge velocidades de até 325 km/h, com autonomia de 160 km de distância percorrida com somente uma carga de bateria, e capacidade de transporte de até quatro passageiros, além do piloto. A parceria da Azul foi estabelecida com a empresa alemã Lilium, e compreende a entrega de 220 veículos com velocidade máxima de 280 km/h, autonomia de 250 km e capacidade para seis passageiros e um piloto a partir de 2025 — segundo informações, a negociação alcançou o valor de um bilhão de dólares.
CIÊNCIA 7
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Novo pigmento azul encontrado no repolho pode substituir os corantes alimentares sintéticos Cientistas descobriram recentemente um pigmento azul, presente no repolho-roxo, que pode ser uma alternativa natural aos corantes articiais ©NELLY KOVALCHUK/STOCK
Pigmentos azuis são raramente encontrados em recursos naturais como plantas e rochas, o que signi ca que a maioria dos pro duto s c om e s s a c or — i n c lu i n d o d o c e s , b e bi d a s , comprimidos, cosméticos e roupas — necessitam de corantes sintéticos para sua produção. Estes corantes sintéticos são tipicamente feitos de p e t ro q u í m i c o s , l e v a n d o a preocupações sobre seus impactos ambientais e sobre sua segurança na ingestão humana no caso dos alimentos. O corante azul, por exemplo, p o d e c au s ar, e nt re out ro s problemas, hiperatividade em crianças. O azul indigotina, que é a tintura do anil, pode ser responsável por náuseas, vômito,
hipertensão e problemas respiratórios. Cientistas levaram décadas pesquisando por alternativas naturais. Agora, Pamela Denish, da Universidade da Califórnia, em Davis, e seus colegas descobriram um pigmento no repolho roxo, similar ao corante arti cial Azul Brilhante FCF ou E133. Esse pigmento azul natural — um tipo de molécula de antocianina — só pode ser encontrado em pequenas quantidades na couveroxa. No entanto, os pesquisadores descobriram que podiam produzir quantidades maiores tratando as antocianinas de cor vermelha dominantes presentes no repolho-roxo com uma enzima especialmente projetada que os tornava azuis.
A equipe usou o novo pigmento azul para fazer sorvete azul, cobertura de donut e lentilhas revestidas de açúcar. Esses produtos mantiveram a cor azul ao serem armazenados por 30 dias em temperatura ambiente. Alguns testes de segurança ainda precisam ser realizados, antes que o corante azul natural possa ser usado em alimentos, m a s K u m i Yo s h i d a , d a Universidade de Nagoya, no Japão, um dos autores do estudo, diz que é improvável que o pigmento ofereça efeitos a d v e r s o s à s a ú d e . “A s antocianinas do repolho roxo têm uma longa, longa história em nossas dietas”, diz ela. A razão pela qual a cor azul é tão incomum na natureza é porque estruturas moleculares complexas são necessárias para absorver os comprimentos de onda certos de luz para dar uma aparência de azul, diz Rebecca Robbins do Mars Wrigley Global Innovation Center nos EUA, que também esteve envolvida em o estudo. “São necessárias algumas [poucas] características moleculares especí cas”, diz ela.
FERNANDO FRAZÃO/AGÊNCIA BRASIL
anéis do GW Orionis, com base em observações de outros anéis de poeira em outros lugares do Universo. Os pesquisadores sugerem que as lacunas apareceram quando um planeta do tamanho de Júpiter (ou vários planetas) se formou dentro de um dos anéis do GW Orionis. Se as observações futuras do sistema con rmarem a teoria, o GW Orionis será "a primeira evidência de que um planeta de três sóis está esculpindo uma lacuna em tempo real", disse o autor principal do estudo, Jeremy BOB BEHNKEN
©PIXABAY/ULRIKE LEONE
A Cidade de Tiro era a antiga capital dos fenícios, a sua história remonta há cinco mil anos. Ela é mencionada várias vezes em muitas fontes escritas, incluindo a Bíblia, e é descrita em todos os registros como um dos mais importantes centros econômicos e políticos da Antiguidade, conforme anuncia o portal Nauka w Polsce. Durante a recém-concluída temporada de escavações, os arqueólogos encontraram ruínas de uma estrutura maciça construída durante o Império Romano. Cientistas acreditam que o majestoso edifício era um complexo de templos. O processo de datação determinou que o complexo foi construído durante um longo período e os especialistas destacam duas fases de construção.
A primeira e principal fase remonta ao início do período romano. Na segunda fase, já no período romano tardio, foi conduzida uma reconstrução em grande escala. As escavações revelaram que o templo tem uma estrutura retangular construída sobre uma plataforma feita de blocos maciços de pedra calcária e arenito, e tinha uma entrada ladeada por duas colunas e um
pódio ao lado. O templo e a área relacionada da cidade sofreram extensos danos e uma reconstrução no início do período bizantino. O templo foi demolido e coberto com uma plataforma onde foi construída uma basílica monumental, no entanto ela foi destruída mais tarde junto com grande parte da cidade por um tsunami no século VI d.C.
Cientistas criam adesivo que pode substituir seringa na hora de aplicar vacina ©REPRODUÇÃO/UNC-CHAPEL HILL
Cientistas encontram novas evidências de existência de raro planeta com três sóis O sistema estelar, chamado de GW Orionis, está localizado à distância de 1.300 anos-luz da Terra. O sistema consiste de duas estrelas, orbitando uma em torno da outra, com uma terceira estrela orbitando as outras duas. Em um novo estudo, publicado na Monthly Notices of the Royal A s t r o n o m i c a l S o c i e t y, o s cientistas apresentaram novas evidências da existência de um planeta no centro do sistema. O s c i e nt i s t a s re a l i z ar am simulações em 3D para modelar como se formaram as lacunas em
Pesquisadores desenterram no Líbano complexo de templos do período romano
Smallwood. As duas estrelas no centro do sistema se movem em uma órbita binária tão apertada que aparecem como uma grande estrela, e a terceira gira em torno delas, o que torna observações hipotéticas impossíveis. No entanto, se a teoria for con rmada, só por si a existência deste mundo comprovaria que os planetas podem se formar em uma variedade de condições mais ampla do que os cientistas anteriormente acreditavam.
Quem tem fobia de agulha pode ter uma ajuda na hora de tomar a vacina. Isso porque um grupo de cientistas está desenvolvendo um adesivo que pode ser usado no lugar da seringa. O dispositivo feito em impressora 3D conta com microagulhas que injetam o líquido na pele. Segundo os pesquisadores da Universidade de Stanford, os testes ainda mostram que a e cácia do adesivo na aplicação é até 10 vezes maior do que a de uma seringa comum. Outra vantagem é que o produto pode s e r apl i c a d o p el o própr i o paciente. “No desenvolvimento desta tecnologia, esperamos
estabelecer a base para um desenvolvimento global ainda mais rápido de vacinas, em doses mais baixas, de uma maneira liv re de dor e ansie d ade”, explicou Joseph M. DeSimone, principal autor da pesquisa. Ainda de acordo com o estudo, enquanto uma vacina
convencional subcutâneas é aplicada na camada de gordura corporal abaixo da pele, a técnica da microagulha dispara o líquido na derme, uma das camadas da própria pele. Apesar da praticidade, a vacina por adesivo pode não ser tão acessível devido aos custos. A produção desses dispositivos não é simples e apesar da e cácia maior na proteção concedida, a taxa de erro na hora da vacinação, devido a problemas com a ponta das microagulhas, é mais elevada do que a de uma s e r i n g a c onv e n c i on a l . No entanto, a técnica pode ser uma opção para quem sofre de medo de agulha e não consegue tomar a vacina.
8 BEM-ESTAR
07 A 14 DE OUTUBRO/2021
Primavera pode mexer com a saúde do seu filho A chegada da Estação pode favorecer as doenças alérgicas. Fique de olho para identificar situações que impactam a família! ©SHUTTERSTOCK
GABRIELA MESSNER ARESI OLIVEIRA Nutricionista - CRN:14100665
Doce de colher com suspiro e morango ©GUIA DA COZINHA
O cenário orido e o clima quente da primavera parecem trazer conforto aos pais após os meses gelados de inverno, quando as crianças estão sempre mais suscetíveis às gripes, tosses e resfriados. No entanto, a e st a ç ã o ai nd a p e d e mu ito c u i d a d o c om a s aú d e d o s pequenos, pois as polinizações das ores, aliadas às bruscas mudanças de temperatura, podem favorecer o aparecimento das temidas crises alérgicas. Segundo o pediatra e mestre em Ciências da Saúde Dr. Gilberto Hishinuma, a temperatura e a umidade dessa ép o ca cr iam um ambiente perfeito para as transferências dos polens em quase todas as plantas, ou seja, esse processo se intensi ca nessa época. Além disso, o vento e o tempo seco e quente são fatores agravantes para os sintomas de alergia. “Com os espaços externos mais oridos, os pequenos podem querer tocar nas ores e depois levar a mão ao nariz ou à boca, por exemplo. Evitar isso pode ser bastante desa ador para os pais, mas j á d i m i nu i o s e fe ito s
alérgicos”, orienta o especialista. O Dr. Gilberto conta que rinite, sinusite, faringite, laringite, bronquite e asma são as doenças alérgicas que mais aparecem nos consultórios, durante essa época do ano. Por isso, o pediatra reforça a importância de estar atento aos sinais: “Os pais devem, sempre, observar se as crianças estão espirrando muito ou com algum tipo de irritação na pele. Um diagnóstico precoce de uma possível crise respiratória pode colaborar muito para que o quadro seja revertido”, enfatiza o médico. Para que seus lhos possam aproveitar a primavera sem preocupações, o especialista elencou alguns cuidados preventivos. Con ra:
L avagem nasal com s oro siológico; Umidi cação do ambiente com uma toalha molhada ou umidi cador elétrico; Ingestão da dose diária recomendada de água; Higienização das mãos, logo após o contato com ores e plantas. “Adotar esses hábitos simples na rotina pode ser su ciente para amenizar ou até mesmo evitar os efeitos adversos dessa época”, diz o pediatra. A prevenção pode ser uma grande aliada no combate às alergias e, caso apareça algum sinal, o ideal é logo buscar ajuda médica. Não recorra à automedicação, nem adie à ida ao consultório pediátrico.
É possível que uma pessoa viva até os 130 anos, afirmam cientistas Um estudo comandado por pesquisadores da Suíça chegou a uma conclusão bastante surpreendente sobre qual pode ser o máximo da longevidade de um ser humano. De acordo com os cientistas, tecnicamente, uma
pessoa pode viver até impressionantes 130 anos. Segundo os pesquisadores, depois de um determinado ponto da vida pós-centenária, as chances de morrer se estabilizam em 50% por ano. A equipe de
cientistas defende que isso acontece graças ao desenvolvimento da medicina e de avanços no campo social. De acordo com o pesquisadorchefe e professor de estatística do Instituto Federal Suíço de
O
Dia das Crianças está chegando, então, que tal fazer essa deliciosa sobremesa de doce de colher com suspiro e morango? A receita é fácil de fazer e é uma ótima opção para depois do almoço ou para aqueles momentos em que s e tem vontade de comer algo doce. As crianças e sua família vão adorar! Ingredientes 1 lata de leite condensado 2 latas de creme de leite gelado sem soro 1 pacote de gelatina em pó sem sabor (12g) 1 colher (chá) de essência de baunilha Suspiros e morangos para decorar 1 x í c ar a ( c h á ) d e s u s pi ro grosseiramente quebrado 1 xícara (chá) de morango picado ¼ de xícara (chá) de castanhade-caju triturada
Coloque o leite condensado em uma panela de pressão e cubra com água. Tampe e leve ao fogo médio. Cozinhe por 30 minutos depois de iniciada a pressão. Desligue, deixe sair a pressão e abra a panela. Deixe a lata esfriar completamente antes de abrir. Bata o leite condensado cozido já frio no liquidi cador com o creme de leite, a gelatina dissolvida conforme instruções da embalagem e a baunilha até
homogeneizar. Despeje metade do creme em uma compoteira, faça uma camada de suspiro, uma de morango e cubra com creme restante. Decore com suspiro, morango e espalhe a castanha-de-caju nas laterais da compoteira. Leve à geladeira por duas horas antes de servir. Rendimento: 5 porções Fonte: Terra
(27) 3241-5997/3241-6081/99238-2020
Modo de preparo ©GETTY IMAGES/ISTOCK
Te c n o l o g i a e m L a u s a n n e (EPFL), Anthony Davison, se uma pessoa passa dos 110 anos, ela pode pensar na possibilidade de morrer ou seguir viva como o ato de jogar uma moeda para o alto. O professor brinca dizendo que se der cara, signi ca que a p ess o a vai fazer mais um aniversário, mas, se der coroa,
em algum momento daquele ano, essa pessoa vai morrer. Porém, apesar da ideia parecer a coisa mais aleatória do mundo, existe uma lógica nos resultados obtidos pela equipe de Davison. Os pesquisadores extrapolaram uma série de análises estatísticas já existentes para conseguirem chegar às conclusões. Segundo Davison,
isso foi inevitável, já que todos os estudos que envolvem questões relativas à velhice sempre terão algum grau de extrapolação. Porém, a equipe tem plena certeza de que é possível que uma pessoa chegue aos 130 anos. “Fomos capazes de mostrar que se existe um limite abaixo de 130 anos, já deveríamos ter sido capazes de detectá-lo usando os dados agora disponíveis”, disse o cientista à Agência FrancePresse (AFP). De acordo com a equipe, se uma pessoa atinge os 110 anos, as chances de ela chegar aos 130 são cerca de uma em um milhão. Além disso, o professor aposta que, caso sejam alcançados determinados avanços sociais e médicos, alguém deve chegar aos 130 anos dentro de um século.
SAÚDE 9
07 A 14 DE OUTUBRO/2021
Estudo aponta que redução de sódio nos alimentos pode prevenir 2,6 mil mortes
Vacinação reversa pode ser a chave para o tratamento de doenças autoimunes ©GETTY IMAGES/HEMERA
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Uma pesquisa produzida pela Universidade de São Paulo ( U SP ) e m p arc e r i a c om a Universidade de Liverpool, no Reino Unido, apontou que a redução de sódio voluntária nos alimentos industrializados do Brasil pode prevenir cerca de 2,6 mil mor tes relacionadas à hipertensão em um período de 20 anos. Além disso, o movimento pode evitar cerca de 180 mil casos de doenças cardiovasculares associadas à hipertensão. “O estudo teve por objetivo estimar o impacto das atuais metas voluntárias de redução do sódio no Brasil em um período de 20 anos e, a partir disso, trazer e v idênci as p ara a implementação de políticas mais efetivas para a prevenção de mortes e de doenças associadas ao consumo excessivo de sódio pelos brasileiros”, disse Eduardo Nilson, pesquisador do Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde (Nupens), da USP. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que o consumo máximo de sódio seja de dois gramas por dia. No entanto, a média de consumo do brasileiro é de 3,6g/dia. O
número sofreu uma baixa de 0,1 grama por dia entre 2011 e 2018, após o Ministério da Saúde e As s o c i a ç ã o B r a s i l e i r a d a s Indústrias de Alimentação (Abia) discutirem metas para o teor de sódio nos alimentos. “O consumo excessivo de sódio representa uma prioridade de saúde pública, tendo em vista que as doenças cardiovasculares são a principal causa de morte entre as doenças crônicas não transmissíveis no Brasil e no mundo e que a medida mais custo-efetiva para redução dessa carga é a redução do consumo de sódio”, disse Nilson. “Por exemplo, anualmente mais de 47 mil brasileiros morrem por doenças cardiovasculares atribuíveis ao
excesso de sódio na dieta, além da grande carga econômica ao País. Essas doenças são evitáveis e a redução do consumo de sódio é bené ca para todas as idades e p ar a p e ss o as c om ou s e m hipertensão arterial”, completou. O pesquisador ainda apontou que o excesso do consumo de sódio representa o gasto de mais de R$ 622,6 milhões por ano com hospitalizações, procedimentos ambulatoriais e medicamentos ao Sistema Único de Saúde (SUS). Enquanto as mortes causadas por doenças cardiovas c ulares ligadas à hipertensão representam R$ 2,64 bilhões ao ano em perdas à economia brasileira pela retirada dessas pessoas do mercado de trabalho.
Fibromialgia: dores constantes podem ser síndrome crônica Problema reumático pode ser aliviado por atividades físicas de baixa intensidade A bromialgia, de acordo com a Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR) é uma síndrome clínica que atinge o corpo inteiro, principalmente nas regiões musculares. Estudos apontam que a doença acomete aproximadamente 4% de toda a
população mundial, com predominância entre as mulheres de 35 a 44 anos de idade. Entre os brasileiros, em torno de 4,8 milhões de indivíduos possuem a doença, mas só 2,5% desse público recebe o tratamento adequado.
Números preocupantes, já que a bromialgia, apesar de ser uma doença crônica, tem tratamento e ciente, que reduz os impactos d a s í n d rom e e m e l h or a a qualidade de vida dos pacientes. D e s s a m a n e i r a , a conscientização se torna tema
As doenças autoimunes se tratam de casos onde o próprio sistema imunológico se torna um dos principais obstáculos ao tratamento, este é o caso de muitos pacientes com hemo lia A e Pompe. No caso dessas doenças que inferem no recebimento de proteínas e enzimas essenciais, o organismo identi ca o tratamento como uma possível ameaça. Pesquisadores da Universidade de Buffalo, nos Estados Unidos, criaram um novo tratamento para estes pacientes. Denominado como vacinação reversa, o novo tratamento é capaz de pré-expor o corpo aos medicamentos, promovendo uma tolerância imunológica. De acordo com o Medical
fundamental no combate do problema. A nal, muitas vezes as pessoas sequer sabem da existência dessa doença que, teoricamente, é comum e pode acometer qualquer pessoa. As causas da bromialgia, no entanto, ainda colocam alguns pontos de interrogação na cabeça dos cientistas. Mas já se s a b e , p or e x e mp l o, qu e a síndrome pode aparecer na vida das pessoas após algum evento traumático físico, psicológico ou até mesmo uma infecção grave. De acordo com a SBR, esses acontecimentos podem "desregular" o cérebro, que passa a enviar estímulos intensos de dor sem necessidade aparente. O primeiro sinal, geralmente, é uma dor localizada que, com o passar do tempo, se espalha para o r e s t a n t e d o c o r p o. " O s sintomas são similares aos de outras doenças, como tendinite, ou à prática inadequada e intensa de exercícios. A bromialgia nem sempre é diagnosticada e tratada como o esperado, por ser c ons i d e r a d a t amb é m u m a doença emocional", explica o neurocirurgião, Dr. Marcelo
Xpress, o processo combina proteínas e enzimas essenciais com a lisofosfatidilserina, um ácido graxo que ajuda o sistema imunológico a tolerar substâncias estranhas, amenizando as reações adversas do organismo. Na v a c i n a ç ã o re ve r s a , o sistema imunológico é ensinado a ignorar as substâncias estranhas, um processo completamente contrário ao
original, onde o organismo precisa aprender a atacar as potenciais ameaças. A segurança e e cácia de vários medicamentos terapêuticos que s a l v a m v i d a s s ã o comprometidos por anticorpos antidrogas. Uma vez que os anticorpos se desenvolvem, as opções clínicas disponíveis para os pacientes tornam-se caras e, em vários casos, ine cazes”, disse a principal autora do estudo, Sathy Balu-Iyer. “Em vez de tentar reverter os anticorpos antidrogas, o que é a l t a m e n t e d e s a a d o r, o s tratamentos clínicos que previnem o desenvolvimento de anticorpos podem ser uma estratégia mais e caz”, relata outro pesquisador. Durante o estudo, foram testadas abordagens com Lyso-OS e foi e caz no caso da hemo lia A e Pompe, reduzindo signi cativamente os anticorpos criados para atacar os tratamentos das doenças.
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Valadares. Segundo o especialista, a síndrome também altera a condição cerebral dos pacientes e eleva a sensação de dor. E, por i s s o, m e s m o q u e e l a s e j a devidamente tratada com um reumatologista, tamb ém é i mp o r t a nt e c o n s u l t a r u m neurologista. Entre as medidas e cazes para aliviar as dores provocadas pela bromialgia, estão atividades simples como alongamentos, exercícios físicos de baixa intensidade, yoga e acupuntura.
Mas atenção, antes de testar alguma dessas opções, é fundamental procurar ajuda de um médico especialista, para que ele te avalie e escolha o tratamento mais e caz possível. At i v i d a d e s f í s i c a s m u i t o extenuantes, por exemplo, podem agravar o problema. Além disso, um método que pode ser bom para uma pessoa, não necessariamente funcionará para outra. Nesse caso, apenas um pro ssional especializado saberá a melhor maneira de encarar e resolver o problema.
10 Criança hoje, Criança amanhã
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ANA MARIA IENCARELLI Psicanalista Psicanalista Clínica, especializada no atendimento a Crianças e Adolescentes Presidente da ONG Vozes de Anjos http://www.anamariaiencarelli.blogspot.com
Injustiça e Ecolalia: Jeferson, mais Lú cia, mais Regina... Para nã o dizer que nã o falei de lores — Parte III A Ecolalia repetida por prossionais que, por ignorância ou intencionalidade, violam os Direitos mais Naturais, que deveriam garantir. Mas sonegam. Usurpam. A retórica de maquiagem pseudocientíca, engana bem
H
©ARAÚJO & AUGUSTO – ADVOGADOS E ASSOCIADOS
moradia própria, a cre dibi lid ade, o f uturo. Responde a vários processos, e foi condenada por denunciação caluniosa porque denunciou os abusos sexuais sofridos pela Criança. E, nesta condenação, foi “bene ciada” pela juíza que, lhe retirando toda a possibilidade de comunicação, também lhe cerceou o Direito de Ir e Vir, como se estivesse num regime de condicional por um homicídio. É obrigada a fazer uma la, com criminosos, esses sim, na condicional, para assinar um livro, a cada 15 dias. É proibida de sair da cidade. Vai pagar essa detenção transparente por dois anos. Seu crime foi ter feito uma denúncia, como obriga o Art.
quase seis anos, ele lhe foi arrancado do braço, tinha quatro anos, saiu no colo de um PM de arma em punho. Como faz a Polícia, a p or t a foi arrombada a pontapés às seis
13 do ECA, obrigação de todos, aliás. Ela só queria proteger seu menino. Como Lúcia, conheço — pelo nome, sei a história — mais de 100 mães. Não é tão difícil guardar as histórias das
propósito tomado pelos processos. E, é o mesmo modus operandi do genitor. E da justiça. E, quando penso em Regina, sinto uma dor diferente. É indigno uma avó ser condenada
abusos sexuais. E, agora, teria que ir morar com esse pai, que também era muito violento e cruel com ele. O desespero invadiu sua mente, a ideação de suicídio se instalou com força. Ansiedade e angústia em quantidades que preencheriam a necessidade de várias pessoas, e era apenas um menino. C a n s a d o d e re p e t i r p a r a inúmeras peritas que distorciam, perversamente, suas palavras, o menino não via saída. A mãe o levou para casa de parentes para evitar aquela c e n a g ro t e s c a d a p o l í c i a invadindo sua casa de dedos nos gatilhos, para entregá-lo ao seu abusador. Esse foi o crime
de uma possível justiça, fugiu. Essa mãe, não conseguiu mais voltar a ter seu funcionamento normal. E, a avó, com vários problemas de saúde, desrespeitados pelo Estado que fere o Estatuto do Idoso, agora condenada por ter protegido o neto. Quantas Reginas eu conheço! E quanto temp o elas vão aguentar? A Ecolalia repetida por pro ssionais que, por i g n o r â n c i a o u intencionalidade, violam os Direitos mais Naturais, que d e v e r i a m g a r a n t i r. M a s sonegam. Usurpam. A retórica d e m a q u i a g e m pseudocientí ca, engana bem.
de sequestro pelo qual ela e a avó foram condenadas. Ficou fora apenas o tempo de sustar a inversão de guarda concedida pelo juiz de família, porque o juiz criminal acatou a sugestão de indiciamento feita pela Delegacia Especializada em Violência Contra a Criança, quando o pai, sentindo o perigo
A nal, os termos técnicos, que foram forjados em anos de trabalho cientí co, em pesquisas seguindo os rigores das leis da Ciência, são encaixados em método de copiar/colar inescrupuloso. O romance de Franz Kaa, O Processo, ilustra bem o tema aqui tratado. A personagem do
livro, Josef K., é surpreendido por dois guardas pela manhã cedo, no dia em que estava completando 30 anos. Os guardas entram em seu quarto, tomam o café que ele havia preparado para si, e sugerem que teriam sido subornados, levando Josef K. preso. E sem saber o motivo daquela detenção, sem ter cometido nenhum ato que justi casse, começa sua trajetória de ilusão, acredita que vai explicar, esclarecer, e a verdade se imporá. A sequência vai se des enrol ando, e s empre con ando na justiça e na verdade, aquele homem correto, bem-sucedido no trabalho, competente para várias coisas da vida, não consegue voltar para sua vida. N e m I n s p e t o r, n e m s e u advogado, nem tribunal do júri, sem saber qual teria sido seu crime, é condenado. Desiste, como chegou e nunca saiu de perto o neto da Regina. “O Processo” de Kaa, é real e atual. Na próxima semana, pretendo continuar a pensar o contexto de Regimes Autoritários que propiciam o aparecimento desse tipo de situação. O
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á justos na justiça. Conheço alguns, em quem con o inteiramente. Mas, infelizmente, s ão a lguns. Quando penso em Jeferson, “reconhecido” por uma foto 3x4 quando tinha 14 anos, com rostinho de criança ainda, preso como assaltante. Como Jeferson, existem Raoni, João Carlos, José, Paulo, etc. Jeferson cou seis dias numa cadeia. Têm alguns que caram meses, ou até 370 dias. Esses são os casos midiáticos que pertencem a algum grupo mais estruturado que ligou o megafone. Quantos serão? Nunca saberemos. Não há nenhum controle disso. Quando penso em Lúcia, que não vê nem fala com seu lho há
horas da manhã. Lúcia perdeu tudo. O lho, a pro ssão, a
Lúcias. São todas quase iguais em seu começo e no desvio de
à multa e à prestação de Serviço Comunitário pela acusação de ter induzido (sic) a lha a “sequestrar” o neto, quase adolescente que implorava para que alguém o protegesse do pai, seu abusador contumaz. Como não atender, minimamente, um menino de 11 anos que, com toda a clareza e coerência expõe sua agonia e extrema revolta, frente à ameaça de ser entregue, judicialmente, ao seu abusador. Nenhuma escuta, nenhum crédito ao que relatava. Por seis anos foi abusado sem ter consciência do que era. Havia dois anos que tinha descoberto que o que o pai fazia nele e exigia que zesse no pai eram
momento é muito grave. Josef K., todos conhecemos muitos porque existe o Regime Autoritário Transparente, exercido por pequenos grupos, de rótulo intelectual, que se valem da Detur pação, da Semântica à Ideológica para experimentar o prazer do Pequeno Poder sobre o outro.
COMPORTAMENTO 11
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Sem mentiras! Como auxiliar crianças que têm familiares com doença terminal ©ISTOCK
"Tem gente que diz que o coração da Morte é seco e preto, como um pedaço de carvão, mas não é verdade. Embaixo daquela capa, o coração dela é bem vermelho, como o pôr do sol mais lindo do mundo. E o que faz ele bater é o amor imenso pela vida". A frase é do livro "Pode Chorar, Coração, Mas Fique Inteiro", do autor Glenn Ringtved, quando descreve a chegada da "Morte" na casa de quatro irmãos. A gura, até então sombria, precisa desempenhar seu papel de "levar" a avó das crianças, que tentam evitar a morte dela a todo custo. Ao longo do livro infantil, a Morte explica que o acontecimento faz parte da vida e, sem tristeza e dor, não teria como saber o que é a alegria. Com sutileza, a obra mostra como é possível abordar o tema com as crianças. É claro que não é fácil, há um tabu enorme sobre a nitude, porém, em alguns momentos, essa conversa se faz necessária. É o caso de crianças que têm pais ou outros familiares com uma do ença ter minal, p or exemplo. Diferente das mortes que acontecem de forma inesperada, nesta situação ocorre o que os especialistas chamam de luto antecipatório, ou seja, a pessoa vivencia o luto, a tristeza, a raiva antes de transcorrer a morte. Estabelecer essa comunicação com as crianças pode ser difícil, até pela delicadeza do assunto, mas ela deve, sim, ser elaborada. Dependendo da faixa etária, ela já é capaz de entender o acontecimento. A partir dos seis anos, p or exemplo, essa compreensão da nitude ca mais clara, que seria de que o ente querido não vai mais voltar. Mas antes dos dois, mais ou menos,
essa concepção não é tão evidente assim. A criança sente mais como uma ausência e é difícil que ela entenda essa falta de reversibilidade. O primeiro ponto é que os envolvidos nos cuidados dessa criança tenham essa compreensão da idade da criança e, também, da fase de desenvolvimento dela. Cada uma terá uma noção diferente da morte. Mas o mais importante é não esconder o que está acontecendo e, sim, manter uma comunicação clara e aberta. "A criança faz parte deste momento, o ideal é incluí-la. O ato de esconder di cilmente será a melhor forma de lidar com a morte neste momento", explica Yadja do Nascimento Gonçalves, psicóloga da enfermaria da pediatria do Hospital Universitário Walter Cantídio, da Universidade Federal do Ceará em Fortaleza(UFC). De acordo com a especialista, dependendo do caso da família e de quem está doente, é possível escolher uma pessoa com uma boa capacidade de comunicação com a criança. É alguém de con ança que saiba ser sensível
para essa conversa. Também é essencial evitar metáforas, já que os pequenos costumam entender as cois as de for ma literal, segundo Júlia Padilha, mestre em psicologia clínica e professora do curso de psicologia da Faculdade Pitágoras São Luís (MA). “Se você falar que aquela pessoa vai virar uma estrela ou que ela vai morar no céu, a criança pode car confusa e entender que ela irá, literalmente, morar no céu. Isso pode gerar um sentimento de revolta. A criança também pode achar legal e querer morar no céu e virar estrela. É preciso tomar muito cuidado”, explica Júlia. Ao s p o u c o s , e d e f o r m a gradativa, é possível ir introduzindo o tema, como citar a própria natureza, o que ajuda a naturalizar o tema: as plantas que nascem, crescem e, por m, morrem. Tudo isso mostra que a morte faz parte da vida. Todos nós iremos vivenciá-la um dia. Há também livros e lmes que tratam do assunto de forma lúdica e que, com certeza, tornam a sua compreensão muito mais leve. Um exemplo que fala exatamente sobre uma criança na
qual a mãe está com uma doença terminal é "Sete Minutos Depois da Meia-Noite" ("A Monster Calls"). No lme, o garoto luta para aceitar o diagnóstico e, na imaginação, ca amigo de uma ár vore qu e c ont a d ive rs a s histórias para ele. A fantasia ajuda o menino a enfrentar a realidade difícil em que se encontra. Por mais que a convers a comece a partir do adulto, é fundamental dar espaço para a criança falar ou fazer perguntas. Não existe certo ou errado, mas a ideia é sempre oferecer a escuta, como explica Maria Júlia Kovács, professora sênior do Instituto de Psicologia da USP e coordenadora do Laboratório de Estudos Sobre a Morte (LEM). "É entender o que a criança quer saber, do que ela tem medo. Isso, sempre, com uma linguagem adequada ao desenvolvimento dela", diz. " Mais d o qu e d ar g r and e s informações da situação, é ouvir o que ela tem a falar ou dos sentimentos que quer compartilhar. Muitas vezes, as pessoas acabam não ouvindo".
D e p e n d e n d o d a i d a d e, é importante que essa criança seja capaz de nomear o que está sentido. Até porque, neste processo de luto antecipatório, sentimentos como raiva e tristeza c o s t u m a m a p a r e c e r. Um a solução que pode auxiliar é incentivar essa expressão por meio dos desenhos ou pela escrita. "Uma coisa simples que está ao nosso alcance é o papel e o lápis. É pedir para a criança mostrar, pelo desenho, o que está sentindo e depois conversar com ela sobre isso. Se ela não quiser desenhar, ela pode escrever uma carta, por exemplo", explica a psicóloga da UFC. Segundo Gonçalves, às vezes, essa simplicidade em estar disponível para a criança é a melhor forma de ajudá-la, principalmente para evitar problemas na saúde mental dela. "É acolher e possibilitar que ela elabore a concepção sobre a nitude da melhor forma possível", diz. "Dar espaço para essa criança falar sobre sentimentos é, também, uma forma de promover a saúde mental dela". Quando esse diálogo não ocorre ou, então, nem os pais são capazes de fazer essa elaboração do luto antecipatório, as crianças p o d e m s e nt i r s e u s e fe it o s psicológica ou sicamente, como ansiedade, insônia, excesso de choro ou de medo. Se a situação f o r mu i t o t r au m át i c a , e l a também pode crescer com medo da morte. "Por isso, é importante que esse processo seja validado. Como elas estão em desenvolvimento, elas ainda estão entendendo os sentimentos, o que é o ciclo da vida e morte", explica Padilha. Caso as coisas quem difíceis, é possível procurar ajuda
especializada, com pro ssionais que tratam da saúde mental, com psicólogos ou psiquiatra. Até p orque, cada luto é muito individual, e esse especialista pode ajudar nesse manejo da situação que está acontecendo. A depender da situação e da forma que a criança foi comunicada, isso pode, sim, deixar marcas difíceis de serem apagadas. Mas também é possível que isso seja revertido, segundo Kovács. "Mesmo que ela tenha vivido uma situação muito traumática, que ela possa falar sobre isso e abrir espaço para que ess a imagem s eja, gradativamente, substituída por outra", a rma. E, aqui, de novo, u m a c o mp a n h a m e nt o p o r pro ssionais é fundamental. Ne s t e c a s o e s p e c í c o d e quando uma criança tem um familiar com uma doença grave, é importante também que ela possa aproveitar este período ao lado do ente, criando memórias positivas, como tomar sorvete junto, rir e conversar — se possível, claro. São memórias que auxiliam na elaboração do luto. "A morte tem sofrimento, dor e saudade, mas também tem amor e relações criadas em vida. Esse conceito da morte pode ser ampliado não só com esse 'evento traumático', mas também como um processo do ciclo da vida", explica Gonçalves. E se no livro "Pode Chorar, Coração, Mas Fique Inteiro", o começo da história é marcado de dor e sofrimento, no nal as crianças entendem que era o momento de a avó ir embora, não havia nada que pudesse ser feito. "A Morte estava parada ao pé da cama. Ela olhou para as crianças e disse: 'Pode chorar, coração, mas que inteiro'. Então, desceu a escada e desapareceu".
Por que irmãos com a mesma criação podem ser tão diferentes? criação e composição genética p o dem diferir tão signi cativamente em termos de comportamento: como alguns jovens, por exemplo, que crescem em famílias com comportamento
das universidades de Bath e Southampton descobriu que a resposta está na diferença das estruturas cerebrais dos membros da família, que i nt e r f e r e d i r e t a m e nt e n a s tomadas de decisões de cada um. Não é de agora que psicólogos e neurocientistas se perguntam por que irmãos com a mesma
antissocial ou criminoso e conseguem car longe de problemas. “Nosso estudo teve como objetivo compreender as causas do transtorno de conduta, especi camente o que faz os membros da mesma família d i f e r i r e m e m s e u comportamento antissocial e se
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Quem já disse ou ouviu a frase “com a mesma criação, mas tão diferentes” vai entender a partir de agora o motivo de muitos irmãos serem tão diferentes. Um estudo feito por pesquisadores
existem marcadores de risco genético para transtorno de conduta em o cérebro”, disse o Dr. Graeme Fairchild, do Departamento de Psicologia da Universidade de Bath. O estudo, publicado na revista Psychological Medicine, investigou diferentes membros da mesma família — alguns com t r a n s t or n o d e c on dut a d e condição de saúde mental e alguns sem problemas de comportamento. O transtorno de conduta é caracterizado por padrões repetitivos de comportamento agressivo e antissocial. A condição tem uma taxa de prevalência de cerca de 5% entre os jovens de cinco a 16 anos. Uma pesquisa de 2004 revelou que quase 40% das crianças que sofreram abusos ou estavam em registro de salvaguarda (tipo de medida de proteção à criança), teve transtorno de conduta. Contudo, o conhecimento geral da condição é baixo e não é reconhecido ou identi cado por
psicólogos ou psiquiatras. Segundo publicação do Medial Xpress, o resultado apontou que os irmãos com transtorno de conduta exibiam diferenças estruturais no cérebro — em uma parte do cérebro chamada córtex parietal inferior. As mudanças observadas no grupo afetado foram encontradas em regiões do c é re bro re s p on s áv e i s p e l a empatia, controle cognitivo e comportamento inibidor, ações alteradas que não foram encontradas nos irmãos não afetados. Contudo, nos irmãos não afe t a d o s o s p e s qu i s a d ore s notaram mudanças no córtex pré-frontal, uma área do cérebro envolvida no planejamento e na tomada de decisões que explica por que eles não desenvolvem o comportamento antissocial ou criminoso, apesar de crescerem com qualquer um dos ambientes ou com fatores de risco genéticos para o transtorno de conduta. No entanto, em pesquisas anteriores da mesma equipe, para
ambos os grupos — afetados ou não — uma di culdade em reconhecer expressões faciais emocionais foi observada. “Este é um dos pr imeiros estudos familiares de transtorno de conduta e con rma que o cérebro é importante para distinguir entre membros da mesma família que estão em maior risco de desenvolver comportamento ant i ss o c i a l ou c r i m i no s o”, explicou Fairchild. “Curiosamente, embora nosso trabalho anterior tenha mostrado de ciências comuns entre irmãos afetados e não afetados no reconhecimento de expressões faciais, este estudo
sugere que as principais diferenças comportamentais podem ser determinadas por pequenas mudanças na parte do cérebro responsável pelo funcionamento executivo ou pela tomada de decis õ es. Essas diferenças podem tornar alguns irmãos mais propensos a comportamentos de risco e agora deve ser um foco de estudo futuro”, a rmou o pesquisador. Para a equipe, o estudo poderá ajudar a identi car e orientar em d i ag nó st i c o s pre c o c e s no s irmãos com sinais de transtorno de conduta a m de indicar ao jovem um tratamento o mais cedo possível.
12 OLHAR DE UMA LENTE
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HAROLDO CORDEIRO FILHO Haroldo Cordeiro Filho - Jornalista DRT: 0003818/ES Coordenador-geral da ONG Educar para Crescer
Exame Nacional de Residência deste ano oferecerá mais de três mil vagas em 81 instituições A
©PORTAL AGÊNCIA ESTADUAL DE NOTÍCIAS
participantes da primeira edição tiveram menos vagas ociosas, eliminaram os custos e a carga burocrática da realização dos exames individuais e ampliaram a quali cação da seleção. Para os candidatos, o exame uni cado apresentou v ant age ns c omo c usto menor, data única para a re a lizaç ão d as provas, apl i c a ç ã o e m to d as as capitais, possibilidade de escolha de onde o residente queria atuar, dentre outras. Na próxima semana está prevista a publicação do edital normativo para os candidatos, com informações sobre o período e forma de inscrição. Enem da Residência O Enare foi criado em 2020 com o objetivo de otimizar a forma de selecionar os residentes, oferecendo benefícios para as instituições e para os próprios candidatos. A seleção deste ano trará
Uberlândia (MG), Caratinga (MG), Juiz de Fora (MG), Montes Claros (MG), Dourados (MS), Si n op ( M T ) , C ampi n a Grande (PB), Cascavel (PR), Guarapuava (PR), L ondrina (PR), Nova Iguaçu (RJ), Passo Fundo
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edição 2021 do Exame Nacional de Residência (Enare), realizado pela E mpre s a Br a s i l e i r a d e S e r v i ç o s Ho s p i t a l a r e s (Ebserh), estatal vinculada ao Ministério da Educação (MEC), oferecerá mais de três mil vagas de residências das áreas médica, multi e u n ipro s s i on a l e m 8 1 instituições distribuídas em todo o País. Isso representa um crescimento de aproximadamente 700% no número de vagas e de 900% no número de instituições participantes. “Fizemos um piloto bastante exitoso em 2020 e res olvemos estender a iniciativa para o âmbito maior, incluindo outras instituições públicas. Estamos caminhando para que o Enare se torne o grande exame de residência do País, nos mesmos moldes do Enem, em relação ao ensino médio. Isso bene ciará milhares de
residentes e diversas instituições brasileiras”, declarou o presidente da Rede Ebserh/MEC, Oswaldo Ferreira. As universidades federais
ainda como melhoria a realização das provas em todas as capitais e em mais 23 cidades do interior: Feria de Santana (BA), Ilhéus (BA), Imperatriz (MA),
(RS), Pelotas (RS) Bauru (SP), São Carlos (SP), São José do Rio Preto (SP), Campinas (SP), Araguaína (TO), Petrolina (PE) e Joinville (SC).
O sistema de classi cação é muito próximo ao Enem/Sisu, em que o candidato sai com a nota alcançada na especialidade escolhida após as provas e a utiliza para indicar onde pretende atuar. O sistema ca aberto por um tempo determinado para que cada candidato registre o local de sua preferência. As melhores notas se sobrepõem às menores, determinando, ao fechar, quem ocupará as vagas. Em seguida, ele é aberto novamente para preencher as vagas ociosas e para a formação de cadastro reserva, reduzindo muito a possibilidade de deixar vagas ociosas. Em 2020, houve a oferta de 405 vagas para oito hospitais da Rede Ebserh/MEC e um hospital militar. Foram 304 para 41 especialidades de Residência Médica, oito para a Residência
Un ipro s s i on a l ( e nt re Enfermagem e Física Médica) e 93 para a R e s i d ê n c i a Mu lt ipro s s i on a l , qu e incluiu enfermeiros, far macêut icos, sioterapeutas, fonoaudiólogos, psicólogos, assistentes sociais, terapeutas ocupacionais, odontólogos, nutricionistas e pro ssionais de Educação Física. Como o aumento de vagas deste ano, também é esperada uma maior diversi cação nas e s p e c i a l i d a d e s pro ssionais. Sobre a Rede Ebserh Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a E mpre s a Br a s i l e i r a d e S e r v i ç o s Ho s p i t a l a r e s (Ebserh) foi criada em 2011 e, atualmente, administra 40 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma
gestão de excelência. Essas unidades hospitalares, que pertencem a universidades federais, têm características especí cas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS), e, principalmente, apoiam a formação de pro ssionais d e s a ú d e e o desenvolvimento de pesquisas. Devido a essa natureza educacional, os hospitais universitários são campos de for maç ão de pro ssionais de saúde. Com isso, a Rede Ebserh atua de forma complementar ao SUS, não sendo responsável pela totalidade dos atendimentos de saúde das regiões em que os hospitais estão inseridos, mas se destacam pela excelência e vocação nos procedimentos de média e alta complexidades. TATI BELING
BRASIL 13
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A semana em Brasília S e no E
Haroldo Cordeiro Filho Luzimara Fernandes
jornalfatosenoticias.es@gmail.com
Senado aprova emenda de Rose assegurando eficiência logística no novo marco egulatório das ferrovias
Sedu e PGE têm que prestar esclarecimentos em ação de Majeski que cobra equiparação de salário do magistério
Reinauguração do Museu da Saudade de Guaçuí ©ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO
©MONTANHAS CAPIXABAS
©ANA SALLES/ALES
O Senado aprovou emenda da senadora Rose de Freitas (MDBES) que garante e ciência logística ao novo marco regulatório das ferrovias, o PLS 261/2018, votado nesta terça-feira (5). A sugestão acolhida no relatório do projeto de lei assegura a aplicação das receitas das concessões de ferrovias em investimentos capazes de melhorar a qualidade dos serviços prestados, como as ligações das ferrovias com os portos. Além disso, a iniciativa protege as regiões afetadas pela passagem das linhas férreas. “As receitas da outorga dos serviços públicos de transporte ferroviário devem ser aplicadas, prioritariamente, na melhoria da infraestrutura dos serviços de transportes, pois é nesse setor em que ocorrem os impactos das atividades econômicas desenvolvidas pelas operadoras ferroviárias”, argumentou Rose. Segundo ela, o projeto aprovado nesta terça-feira atrairá investimentos. “É um grande avanço”, comemorou. O projeto, que vai ao exame da Câmara dos Deputados, de ne que o transporte ferroviário em regime de direito público poderá ser executado diretamente pela União, estados e municípios; ou indiretamente, por meio de concessão ou permissão. A execução direta do transporte ferroviário pela União somente ocorrerá quando necessário garantir a segurança e a soberania nacionais, ou em casos de relevante interesse coletivo, diz a proposta. O texto, de autoria do senador José Serra (PSDB-SP), atualmente licenciado, também garante liberdade de preços ao transporte ferroviário em regime privado, cabendo aos órgãos de defesa da concorrência a repressão a infrações à ordem econômica. A propositura deixa claro que compete à União scalizar e penalizar as operadoras ferroviárias quanto a questões técnicas, operacionais, ambientais, econômicas e concorrenciais. Relator do projeto, o senador Jean Paul Prates (PT-RN), favorável à matéria, na forma de um substitutivo apresentado por ele, argumenta que há um grande espaço para que o modal opere com liberdade de empreender, "em que os investidores possam ter maior latitude para aplicar e gerir seus recursos, mas que, em contrapartida, os obriga a assumir todos os investimentos e riscos do negócio". "Infelizmente, o transporte ferroviário no Brasil está muito aquém das suas potencialidades. Concordo com o senador Serra, é preciso um grande avanço no marco regulatório, visando atrair investimentos para aumentar a oferta de infraestrutura ferroviária e reduzir os custos logísticos", defendeu o relator.
Relatório sobre proposta de reforma tributária unifica tributos e moderniza o sistema ©HONDATAR.COM.BR
O senador Roberto Rocha (PSDB-MA) apresentou, nesta terça-feira (5), relatório à Proposta de Emenda à Constituição do Senado que trata da reforma tributária (PEC 110/2019). A apresentação foi feita no gabinete do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e teve participação do ministro da Economia, Paulo Guedes, do presidente da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), Paulo Ziulkoski, do secretário da Receita Federal, José Barroso Tostes Neto, e do presidente do Comitê Nacional dos Secretários de Fazenda dos Estados e do Distrito Federal (Comsefaz), Rafael Fonteles. “Esta reforma está há 30 anos sendo aguardada. Nós estamos aqui em um dia histórico: governo federal, governos estaduais, governos municipais, setor produtivo, agricultura, indústria, comércio,
A Secretaria de Estado da Educação (Sedu) e a Pro curadoria-G eral do Estado (PGE) têm até o nal desta semana para prestarem esclarecimentos ao Tribunal de Contas do Espírito Santo (TCE-ES) sobre a representação do deputado Sérgio Majeski (PSB) que denuncia o não cumprimento da Meta 17 dos pl anos Naciona l e Estadual de Educação, a que estabelece que os pro ssionais do magistério tenham remuneração equivalente à dos demais pro ssionais com a mesma graduação. Majeski ingressou com a representação no TCE-ES no dia 24 de setembro, por conta da não equiparação dos salários dos professores, que deveria estar em vigor desde 2020, como estabelece a lei estadual do Plano de Educação. “O Tribunal de Contas noti cou PGE e Sedu na última sexta e o prazo está correndo. Em nossa ação, solicitamos que o Governo apresente planejamento para o cumprimento da Meta 17, adotando as medidas necessárias para que o próximo orçamento estadual conte com adequação nanceira su ciente para equiparar o salário dos professores. Não estamos falando de um reajuste aleatório, mas sim do que está previsto em lei”, destaca Majeski. Pela referência do Ministério da Educação, a remuneração paga aos pro ssionais do magistério da rede pública em 2020, por 40 horas semanais, foi de pouco mais de R$ 3,3 mil, mas pela legislação deveria ser de quase R$ 4,6 mil, valor equivalente à média paga aos demais pro ssionais com graduação de mesmo nível. Presidente da Frente Parlamentar em Defesa do Cumprimento dos Planos Nacional (PNE - 2014/2024) e Estadual de Educação (PEE - 2015/2025), ainda em 2019, o deputado Majeski apresentou a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 26/2019 para incluir na legislação estadual e tornando permanente um plano de carreira para o magistério, de acordo com o que detalha a Meta 17. Em tramitação na Assembleia Legislativa, a PEC 26/2019 está desde 16 de setembro de 2020 na Comissão de Justiça da Casa.
serviços e o Fisco apoiam nossa proposta”, a rmou Roberto Rocha antes de garantir que não haverá aumento da carga tributária. Roberto Rocha explicou que seu relatório prevê a “uni cação da base tributária do consumo”, com criação de um Imposto sobre Valor Agregado (IVA) Dual, ou seja, um IVA para a União (uni cação de IPI, PIS e Co ns), chamado de Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), e um IVA para estados e municípios (uni cação de ICMS e ISS), o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS). Segundo o senador, o mesmo sistema é adotado no Canadá e na Índia e vai aumentar a base de contribuintes e diminuir a carga tributária ao longo do tempo. O presidente do Senado a rmou que o sistema tributário brasileiro não é bom e que estados, Distrito Federal e a maior parte dos municípios apoiam o relatório de Roberto Rocha. Para Pacheco, o país precisa de um “remodelamento tributário”. “O Congresso tem compromisso com a reforma tributária. Precisamos entregar para a sociedade brasileira um novo modelo de sistema tributário. Todos entendem que o sistema tributário brasileiro não é bom e precisa ser modi cado porque é muito complexo, muito burocrático, difícil de compreender, afugenta investidores”, a rmou. De acordo com Pacheco, o Senado tem como prioridades, além da reforma tributária, a redução do preço dos combustíveis, a geração de empregos, o enfrentamento das crises energética e hídrica, o avanço da imunização anticovid, a retomada do crescimento econômico, o controle da in ação e a solução para os precatórios, além de um novo e mais robusto Bolsa Família. “O Senado tem absoluto compromisso com a solução dos problemas do país, inclusive em colaboração com as boas ideias do governo federal. Nós aguardamos uma política, do governo federal, que seja assertiva, de medidas concretas em relação à fome e à miséria, especialmente em relação ao programa Bolsa Família, ou qualquer nome que se queira dar a ele, mas um programa social robusto, que possa atender, em termos de valores e em termos de inclusão daqueles que estão fora, para poder socorrer essas pessoas em razão de fome e de miséria”, disse o presidente do Senado. Roberto Rocha acrescentou que haverá a criação do Fundo de Desenvolvimento Regional (FDR), a ser nanciado exclusivamente com recursos do IBS. Além disso, lei complementar terá que regulamentar a devolução do IBS para famílias de baixa renda. “O sistema tributário brasileiro é caótico, ine ciente e gerador de iniquidades. É necessário, portanto, transitarmos para um modelo mais simples, com poucas alíquotas, poucas distorções, que reduza o custo de compliance e o litígio”, a rma Roberto Rocha em seu relatório.
A Prefeitura Municipal de Guaçuí por meio da Secretaria de Cultura, Turismo e Esporte realizou na manhã desta terça-feira (28) a reinauguração do Museu da Saudade de Guaçuí. A reinauguração do Museu da Saudade foi o primeiro passo para o futuro Museu Municipal que estará resgatando a cultura local. O Museu que foi inaugurado no dia 15 de maio de 2013 pelo senhor João Bosco Figueiredo Côgo, com um grande acervo de peças antigas que ele começou a colecionar ainda garoto por in uência de sua avó. O nome do Museu surgiu através de pessoas que viam as peças e mencionavam que o acervo fazia lembrar algum familiar e sentiam saudades, daí o nome Museu da Saudade. Por motivos nanceiros o museu cou fechado por determinado tempo e a partir de hoje estará sendo abrigado pela Secretaria de Cultura, Turismo e Esporte. João Bosco disse, “Hoje é um dia muito feliz, eu não me sinto dono das peças, me sinto um guardião, as peças são de Guaçuí, é de cada um de nós. Espero que as pessoas valorizem a história que as peças carregam e que através delas possa desabrochar o amor pela cultura e o respeito e carinho pelos nossos antepassados”. O Museu estará aberto para visitação com agendamento, devido à pandemia, de segunda a sexta-feira das 08h às 11h e de 13h as 16h, pelo telefone (28) 3553-3344.
Lira quer votar na próxima semana alteração do ICMS dos combustíveis para baixar preços ©FRANKLIN DE FREITAS/ARQUIVO BEM PARANÁ
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), disse que deve votar na quarta-feira da próxima semana a proposta que altera a cobrança do ICMS dos combustíveis, com o objetivo de baixar os preços. Segundo ele, um texto será apresentado ainda esta semana para ser discutido e votado. De acordo com o presidente da Câmara, o valor do imposto seria calculado a partir da variação do preço dos combustíveis nos dois anos anteriores. O presidente avalia que haveria uma redução imediata de 8% no preço da gasolina, 7% no do álcool e 3,7% no do óleo diesel. Lira explicou que a proposta vai alterar a Lei Kandir e não vai mexer na autonomia dos estados. O ICMS sobre os combustíveis é cobrado considerando uma alíquota — que varia por estado — sobre o preço do produto. Para de nir esse preço, atualmente, os estados fazem uma pesquisa quinzenal nos postos. "É importante trazer esse tema com tranquilidade e com clareza. Vamos votar isso na próxima quarta-feira (13), só discutindo o mérito, sem pauta obstrutiva, sem destaques. Isso cou acertado. O texto estará sendo disponibilizado, só um parágrafo, de um voto em separado do Projeto de Lei Complementar (PLP) 16/21, que está sob relatoria do deputado Dr. Jaziel”, explicou Lira. O presidente a rmou que os estados podem, sim, perder um pouco da arrecadação, mas ele acredita que os entes podem suportar esse ajuste nas contas em razão do momento de alta constante do preço dos combustíveis. “Vai se arrecadar menos, mas não vejo que eles (estados) passem algum tipo de di culdade que não possam suportar um ajuste momentâneo, para que os brasileiros tenham um combustível mais barato para se locomoverem”, defendeu Lira. Em relação à criação de um fundo para garantir mais estabilidade na variação de preços dos combustíveis, Lira a rmou que ainda não há nenhuma proposta concreta. Segundo ele, o governo deve apresentar um texto em breve, pois ainda há dúvidas na equipe econômica sobre a confecção do fundo, suas fontes de abastecimento e sua regulação.
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“Parente perdido” do Doze dicas para amenizar tricerátops é encontrado os efeitos do ar seco na casa de fundador da CNN Cansaço, desconforto ao respirar e crises alérgicas são sintomas comuns quando a umidade cai abaixo dos 30% ©SHUTTERSTOCK
©UNIVERSIDADE DE BATH/DIVULGAÇÃO
Cientistas concluíram a análise de um fóssil de dinossauro — um parente perdido do tricerátops — encontrado há mais de 20 anos no rancho de Ted Tur ner, fundador da emissora americana CNN, no Novo México. A nova espécie foi chamada de “Sierraceratops turneri” e o animal era vivo há cerca de 72 milhões de anos. O nome le vou em consideração três fatores: o primeiro refere-se à região onde o fóssi l foi encont rado — condado de Sierra, no Novo México. O segundo faz menção ao su xo “ceratops”, faz menção ao grupo do qual essa espécie pertence. Finalmente, o “turneri” é uma homenagem a Turner, que criou a Cable News Network em 1º de junho de 1980, em Atlanta. O time de pesquisadores que recolheu os restos do animal f a z e m p ar te d o Mus e u d e Ciências e História Natural do Novo México, mas também incluiu o paleontólogo Nick Longrich, um doutor da Un ive rs i d a d e d e B a ch , na Inglaterra — ele é quem assina o artigo publicado no jornal Cretaceous Research. Durante muito tempo, pensava-se que o fóssil — basicamente, a maior parte do crânio e uma parte do esqueleto — tratava-se de um torossauro (muito parecido com o tricerátops, embora um pouquinho menor). Análises conduzidas ao longo das duas
últimas décadas, porém, apontaram para diferenças demais, o que levou à conclusão de que se tratava de uma nova espécie. A grosso modo, tais diferenças incluem: chifres menores, porém bem evidentes, bem como um osso que dava suporte ao pescoço do animal. Em comparação com seus dois primos distantes, o sierracerátops era consideravelmente menor, portando algo em torno de 4,5 metros de comprimento. Tal qual os parentes, porém, ele era um quadrúpede herbívoro que se alimentava de vegetação rasteira. No que tange à sua linha do t e m p o, e l e v e i o a n t e s d o tricerátops, antecipando-o em cerca de seis milhões de anos, o que o coloca no começo do m do período cretáceo. Como era o caso da maioria dos herbívoros
dotados de chifres, o
sierracerátops também andava em amplos rebanhos a m de não se ver sozinho contra predadores maiores. A nova descoberta vem de um aumento nas atividades de paleontólogos, que começaram a se afastar de parques e sítios mais conhecidos pela presença de fósseis, em direção a áreas mais pobres de pesquisa. Com isso, novas esp écies vêm s endo escavadas em diversos países: recentemente, nós falamos sobre dois novos espinossauros no R e i n o Un i d o e u m n ov o anquilossauro africano. “Esses eram animais imensos, e você poderia pensar que eles fossem mais espalhados”, disse o Dr. Nick Longrich. “Mas na verdade, não são as mesmas espécies vivendo em vários locais. Diferentes espécies provavelmente se adaptaram aos climas locais, plantas, predadores e doenças, o que lhes conferia uma vantagem em relação a invasores que viessem de fora”. O especialista também aponta para uma virada climática de grande porte que denuncia como a Terra era diferente naquela época. Ele explica que a região onde o “primo perdido do tricerátops” viveu e morreu (Texas e outras áreas do sudoeste americano), consiste, hoje, de um deserto com vegetação rígida, mas no m do cretáceo, a visão era de orestas densas e muita vegetação rasteira.
Longos períodos sem chuvas são uma realidade em várias regiões do Brasil, algumas ainda experimentando ondas de calor. A umidade do ar nestas condições cai e se torna um problema para a saúde e o beme s t a r. D e a c o r d o c o m a Organização Mundial de Saúde (OMS), a umidade do ar ideal compreende a faixa entre 50 e 80%, quando ela cai para índices abaixo dos 30% os efeitos já são sentidos. Segundo Sônia Mariza, coordenadora e professora do curso de Enfermagem da Anhanguera, a baixa umidade do ar pode levar o organismo a se s obre c ar re g ar, t r a z e nd o a inevitável sensação de cansaço. “Em condições climáticas como essas, os serviços de saúde registram aumento substancial de pessoas buscando atendimento, principalmente decorrente de alergias. Com o tempo seco, nossas mucosas podem ressecar e in amar. E como consequência do ressecamento, as barreiras físicas que elas representam acabam propi c i and o a e nt r a d a d e microrganismos que podem ser prejudiciais à saúde”, explica a professora.
Para melhorar a sensação de cansaço e desconforto, Sônia recomenda algumas medidas que podem ser utilizadas para melhorar nossa saúde e qualidade de vida nesse momento. São elas: 1. Ingerir bastante água — de dois a três litros por dia — é importantíssimo para se manter hidratado; 2. Espalhar panos ou baldes com água em ambientes da casa, principalmente no quarto, ao dormir, ou utilizar umidi cadores de ar; 3. Lavar nariz e olhos com soro siológico algumas vezes ao dia; 4. Evitar alimentos com muito s a l ou condimentos e dar preferência para frutas, legumes e saladas;
5. Usar creme hidratante na pele e creme sem enxágue em cabelos não oleosos; 6. Evitar exercícios físicos entre 10h e 17h; 7. Evitar aglomerações; 8. Evitar carpetes ou cortinas que acumulem poeira; 9. Evitar roupas e cobertores de lã ou com pelos; 10. Evitar exposição prolongada a ambientes com arcondicionado; 11. Manter a casa higienizada, arejada e ensolarada. 12. Outra dica é deixar o ambiente mais verde. As plantas contribuem para a qualidade do a r, a j u d a m a r e g u l a r a temperatura e tem um efeito bené co para nosso bem-estar, físico e mental.
Camapu A transmissãoda seráAmazônia, no canal da SeduoDigital no YouTube, nesta quarta-feira (07), às 14 horasde Originário camapu é utilizado em preparações doces nos, sorvetes, bolos, mousses, em saladas adoçadas com mel e picolés ©DIVULGAÇÃO
O Camapu (campal physalis) também conhecido como lais ou juá-de-capote é uma fruta originária da Amazônia presente em diversos locais do País. É de pequeno porte e consegue alcançar aproximadamente um metro de altura. Elas costumam crescer rápido e sobrevivem a qualquer solo e clima, o fruto dessa erva ca envolvido em uma espécie de casca amarela, quando se encontra maduro para o consumo. Essa fruta é conhecida por possuir ótimas propriedades medicinais, principalmente para o cérebro. Pesquisas desenvolvidas recentemente pela Universidade Federal do Pará (UFPA) descobriram que
ela é ótima aliada do cérebro, ajuda a regenerar os neurônios, previne doenças como mal de Alzheimer e Parkinson. Dessa forma, o camapu é um ótimo fruto para fortalecer as funções cerebrais, melhorar a nossa memória e atuar na prevenção de doenças degenerativas no cérebro. Além
de proteger o nosso cérebro e contribuir para o seu melhor f uncionamento, o camapu p ossui propr ie d ades ant iin amatórias, antiprotozoários, ajuda a puri car o sangue, fortalece o sistema imunológico, diminui o colesterol ruim e outros.
(27) 3259-3638 / (27) 99880-7048 SANTA TERESA — ES
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Escassez de água pode Implante cerebral afetar cinco bilhões de promete detectar e pessoas até 2050, curar a depressão alerta ONU Estudo destaca a necessidade de ações urgentes para melhorar a gestão cooperativa da água, abraçando políticas integradas e aumentando o investimento na área ©CAROLA68/PIXABAY
Uma crise sem precedentes pode afetar mais de cinco bilhões de pessoas até 2050 com escassez de água, de acordo com um novo relatório da Organização Mu n d i a l d e Me t e o r o l o g i a (OMM). O órgão faz o alerta aos governantes às vésperas da Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática de 2021, marcada para o dia 31 de outubro. Intitulado “O Estado dos Serviços Climáticos 2021: Água”, o estudo destaca a necessidade de ações urgentes para melhorar a gestão cooperativa da água, abraçando políticas integradas e aumentando o investimento na área. “O aumento das temperaturas está resultando em mudanças globais e regionais de precipitação, levando a mu d an ç a s n o s p a d rõ e s d e precipitação e nas estações ag r í c ol as , c om u m g r and e impacto na segurança alimentar, na saúde e no bem-estar humanos”, disse o secretáriogeral da Organização Meteorológica Mundial, Petteri Ta a l a s , n o d o c u m e n t o . “Precisamos acordar para a iminente crise da água”. De acordo com os números citados, 3,6 bilhões de pessoas sofriam com a escassez de água pelo menos um mês por ano em 2018. Em 2050, espera-se que aumente para mais de cinco bilhões. Nos últimos 20 anos, o armazenamento de água terrestre — a soma de toda a água na
superfície da terra e no subsolo, incluindo umidade do solo, neve e gelo — caiu a uma taxa de 1cm por ano. As maiores perdas estão ocorrendo na Antártica e na Groenlândia, mas muitos locais de baixa latitude altamente povoados estão experimentando perdas de água signi cativas em áreas que tradicionalmente fornecem abastecimento de água, com rami cações importantes para a segurança da água. Essas p erdas têm
relacionados com enchentes aumentaram 134% em comparação com as duas décadas anteriores. A maioria das mortes e perdas econômicas relacionadas às enchentes foram registradas na Ásia, onde os sistemas de alerta de ponta a ponta para enchentes ribeirinhas precisam ser fortalecidos. O número e a duração das secas também foram elevadas a 29% no mesmo período. A maioria das mortes relacionadas com a seca ocorreu na África. Para reduzir possíveis desastres e a escassez de água, a OMN insiste que é essencial investir tanto em sistemas que permitam melhor gestão dos recursos quanto em sistemas de alerta precoce. Cerca de 60% dos s e r v i ç o s m e t e orol ó g i c o s e hidrológicos nacionais — agências públicas nacionais encarregadas de fornecer informações hidrológicas básicas e serviços de alerta ao governo, ao
©SHUTTERSTOCK
Pesquisadores da Universidade da Califórnia, em San Francisco, nos Estados Unidos, descobriram um novo método para o tratamento e detecção da depressão profunda: um implante cerebral eletrônico. O dispositivo do tamanho de uma caixa de fósforo emite impulsos elétricos quando detecta que o cérebro precisa de estímulos. O novo tratamento está em fase experimental e uma única paciente que recebeu a ferramenta diz que sua vida mudou. Sarah, de 36 anos, convive com a depressão há anos e já fez tratamentos com remédios a nt i d e pre s s i v o s e t e r api a eletroconvulsiva, mas todos os métodos falharam. “ Tinha esgotado todas as opções de tratamento possíveis”, relatou. Katherine Scangos, psiquiatra da Universidade da Califórnia, relatou que foram instalados detectores na área dos “circuitos da depressão” no cérebro da p a c i e nt e . B e m c o m o, u m
estimulador em uma área chamada corpo estriado ventral, onde foi possível eliminar de maneira consistente os sentimentos da doença. Scangos ressalta que é necessário observar os circuitos em outros pacientes e voluntários para entender se “o biomarcador de um indivíduo ou o circuito do cérebro muda com o tempo, à medida que o tratamento continua”. “Para ser claro, esta não é uma demonstração da e cácia desse tratamento. É realmente apenas a primeira demonstração de que
isso funciona em alguém e temos muito trabalho pela f r e nt e p a r a v a l i d a r e s s e s resultados. Precisamos saber se realmente é algo que será d u r a d o u r o ”, d i s s e o neurocirurgião responsável por instalar o dispositivo em Sarah. “O dispositivo manteve minha depressão sob controle, permitindo que voltasse ao meu melhor estado e reconstruísse uma vida que valesse a pena ser vivida”, relatou a paciente voluntária que está fazendo uso da ferramenta há um ano.
Por que você não deve se definir como vítima e o que fazer no lugar disso ©PINTEREST
“consequências importantes para a segurança hídrica”, destacou a organização, sobretudo porque “a água doce utilizável e disponível representa apenas 0,5% da água presente na Terra”. Ao mesmo tempo, os riscos relacionados à água subiram nas últimas duas décadas. Desde 2000, os desastres
público e ao setor privado — carecem de todas as capacidades necessárias para fornecer serviços climáticos para a água. Além disso, em cerca de 40% dos países-membros “não há coleta de dados sobre as variáveis hídricas básicas” e em “67% deles não há dados hídricos disponíveis”.
Cientistas indianos criam insulina que dispensa refrigeração Pesquisadores indianos a n u n c i a r a m o desenvolvimento da primeira variante de insulina que dispensa refrigeração. A criação desta variante termoestável foi possível graças à introdução de uma matriz de quatro moléculas de aminoácidos peptídeos, que
profunda
p e r m ite m à n ov a i ns u l i n a ©FREEPIK
suportar temperaturas de até
65°C. Atualmente, a insulina precisa ser armazenada a temperaturas entre 2°C e 8°C. A exposição a temperaturas mais altas por longos períodos torna o produto ine caz. A expectativa dos pesquisadores é que conseguir investidores interessados em produzir o novo tipo de insulina.
A vida nem sempre é justa e muitas vezes, de fato, somos vítimas de injustiças ou de pessoas mal-intencionadas. No entanto, por mais que tenham nos feito mal, quando você se vê como uma vítima, você se torna uma. Quando você se identi ca c om o u m a v ít i m a , automaticamente abre mão de seu poder e deixa que qualquer outra pessoa ou circunstância te de na. Provavelmente todos nós já fomos vítimas de algo ou alguém em algum momento de nossas vidas, mas a verdade é que podemos rejeitar o papel de vítima sem negar a realidade e é sobre isso que falaremos hoje. Pensa comigo: se aceitamos ser vítimas, estaremos então abrindo mão de nosso próprio poder e independência. E a saída é mais simples do que parece: ela está na sutileza da linguagem, uma pequena distinção que faz toda a diferença. Em vez de nos
de nirmos como vítimas, por que não apenas dizer que fomos vítimas? Existe uma diferença imensa entre descrever o ato e não a pessoa. Signi ca dizer que você foi abusado, maltratado, i n t i m i d a d o, e n g a n a d o o u qualquer outra coisa, mas ao mesmo tempo não arranca o seu poder e não de ne todo o seu futuro. Por ser um verbo, a palavra 'vitimar' descreve um momento no tempo, não uma pessoa. Essa simples mudança retrata uma realidade sem transformá-la em uma perpetuidade, de nindo alguém como uma vítima. Está vendo como tudo é uma questão de perspectiva? No entanto, não devemos simpli car demais e simplesmente passar um papel em branco em nosso passado, por mais dolorido que ele tenha sido. Devemos aprender com ele, e portanto embora não queiramos n o s d e n i r c om o v ít i m a s ,
também não queremos apagar uma parte importante da nossa história, uma parte que pode ter desempenhado um papel mais importante em nosso crescimento e desenvolvimento pessoal do que qualquer outra coisa. Diante de uma injustiça, as pessoas costumam achar que somente possuem duas opções: ignorar completamente o que aconteceu, ngindo estar tudo bem ou abraçar o papel de vítima da vida. É exatamente aí que mora o engano, uma vez que existe uma terceira via, que é a usar esse sofrimento como oportunidade para nos tornarmos uma pessoa mais sábia, gentil e empática. É abraçar nossa vitimização sem nos tornarmos vítimas, entende? O sofrimento é um grande professor e uni cador, tudo o que você precisa fazer é parar de i g n o r á - l o. Q u a n d o s o m o s vitimados, ganhamos alguns insights e poder. Podemos reconhecer aquelas pessoas, que provavelmente também foram vítimas de alguém, ou mesmo que estão apenas sofrendo, e ter empatia com suas experiências. Crescemos com as experiências dolorosas, mas para isso é preciso estar de coração aberto.
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Marsupiais da oresta Estudo propõe que gambás surgiram na Amazônia há cerca de 40 milhões de anos ©ALEXANDRE TODA FAITARONE/WIKIMEDIA COMMONS
A tese de que a região amazônica, atualmente rica em biodiversidade, também serviu, n o p a s s a d o r e m o t o, c o m o geradora de várias formas de vida para outras áreas geográ cas ganhou mais um capítulo. A partir da análise de fósseis e da distribuição geográ ca ao longo do tempo geológico de espécies vivas e extintas da família dos d i d e l f í d e o s , p opu l ar m e nte conhecidos como gambás, a bióloga Mariela Castro, da Universidade Federal de Catalão ( U F C AT ) , d e G o i á s , e colaboradores apresentaram indícios de que esse grupo de marsupiais teria surgido na Amazônia há aproximadamente 40 milhões de anos. Segundo estudo publicado em junho no Journal of Mammalian Evolution, os gambás teriam se originado no norte da América do Sul, onde foram se diversi cando durante três quartos de sua história evolutiva. Apenas mais tarde, conquistaram outras partes do continente, inclusive a América do Norte. Os gambás são o principal grupo de marsupiais, mamíferos que costumam ter um envoltório em forma de bolsa para carregar lhotes, surgidos fora da Austrália e da Nova Zelândia. Com exceção de uma espécie encontrada na América do Norte, todas as demais formas de didelfídeos, que estão classi cadas em 18 gêneros e cerca de 130 espécies, estão presentes hoje apenas na América do Sul e, em menor escala, na América Central. Cerca de 70% dos marsupiais são endêmicos da Oceania, continente associado a esse tipo de mamífero, e o restante está nas Américas.
Os gambás derivariam de formas hoje extintas de mamíferos que existiam nas Américas cerca de 70 milhões de anos atrás. Esses antecessores dos primeiros gambás desapareceram da América do Norte, mas se preservaram na América do Sul. “A e volu ç ã o d o g r up o d o s didelfídeos permaneceu restrita exclusivamente à região amazônica por quase 30 milhões de anos”, a rma Castro. “Nesse período, a oresta tropical úmida já estava presente”. No modelo apresentado no artigo cientí co, 36 dos 43 eventos evolutivos que culminaram no surgimento das atuais subfamílias e tribos de gambás ocorreram na Amazônia há mais de 10 milhões de anos. Não que o período mais recente, entre 10 milhões e 2,7 milhões de anos atrás, não tenha sido igualmente importante para os gambás. Na verdade, a diversi cação do grupo, de acordo com o trabalho do grupo brasileiro, deu-se em paralelo às modi cações geológicas e climáticas que também ocorreram na América do Sul.
A lista de eventos transformadores mais recentes no norte da América do Sul está longe de ser desprezível. Enquanto os gambás ainda evoluíam apenas dentro da Amazônia, já havia ocorrido as chamadas transgressões marinhas (elevações no nível dos oceanos) na própria região e na bacia do Paraná. Outro evento geológico capital se daria logo depois. “Entre aproximadamente 10 milhões e sete milhões de anos atrás, houve o aumento da elevação da porção norte dos Andes e a própria formação do rio Amazonas como se conhece h oj e”, c om e nt a C a s t ro. Os registros paleoclimáticos mostram que houve uma queda generalizada nas temperaturas médias globais e uma expansão das áreas de savana mais ao sul, onde hoje cam a Caatinga e o Cerrado, além das áreas secas entre o Paraguai e o norte da Argentina. Quase todos os g ê n e r o s at u a i s d e g a m b á s surgiram após a ocorrência dessas grandes transformações. O modelo proposto pelo estudo
considera nove zonas biogeográ cas na América do Sul para testar a hipótese de em quais delas os didelfídeos teriam se originado e por onde expandiram seus habitats. As últimas áreas conquistadas pelos gambás teriam sido os Pampas e a
milhões de anos, em razão do s o erguimento do istmo do Panamá, que conectou as três partes do continente, os gambás conseguiram passar para a América do Norte”, comenta Castro. Essa chegada tardia a terras mais setentrionais provavelmente explica por que hoje existe apenas uma espécie desse grupo nos Estados Unidos e no Canadá, o gambá-da-virgínia (Didelphis virginiana). “O artigo é uma contribuição interessante”, a rma a bióloga Ana Paula Carmignotto, da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), que não fez parte do grupo que assina o estudo. Segundo ela, trabalhos anteriores sobre a reconstrução biogeográ ca da história evolutiva dos didelfídeos apontavam como seu berço as orestas da América do Sul, mas sem discriminar exatamente em
Alexia Debacker Espinoso
América do Norte. “Há três
qual ou quais biomas sua gênese
teria ocorrido. “O ponto alto do t r ab a l ho, a l é m d a h istór i a evolutiva, é a identi cação, pela primeira vez, da Amazônia como local de origem desse grupo”, a rma Carmignotto. O trabalho que prop õ e a Amazônia como local de origem dos gambás está longe de esgotar as ideias para novos estudos. Para quem trabalha com esse tema, um dos grandes desa os é conseguir unir os resultados biogeográ cos aos registros paleontológicos. No artigo publicado agora, os autores zeram esse cruzamento. Na maioria dos casos, as informações coincidiram, ou seja, as idades dos fósseis se encaixaram nas idades apresentadas pela biogeogra a. Mesmo assim, existem lacunas a serem preenchidas. Há poucos fósseis preservados de gambás no norte da América do Sul, limitação que di culta ainda mais fazer a comparação dos dados paleontológicos com a história evolutiva impressa em partes do material genético. “É difícil ocorrer o processo de fossilização na Amazônia e na Mat a At l ânt i c a , qu e s ã o ambientes muito úmidos”, a rma a bióloga da UFCAT. No caso dos gambás, existe uma di culdade a mais. Os primeiros exemplares do grupo, muito provavelmente, não passavam dos 30 gramas. Se preservado, seu registro fóssil, de p equenas dimens õ es, p o de passar facilmente despercebido em uma coleta de campo. Para aumentar a chance de encontrar restos das primeiras linhagens de gambás, é preciso mais investimento em trabalhos paleontológicos na região norte da América do Sul — e de uma boa dose de sorte.
Como a teoria do Ponto Cego te faz tomar decisões erradas ©PIXABAY
Quem dirige sabe que o retrovisor de um carro sempre tem um ponto cego — aquele ponto que não podemos ver, e que sem devida atenção pode causar um acidente. O mesmo vale para a vida: quando pensamos em desenvolvimento pessoal, um ponto cego é algo que não temos conhecimento e que pode distorcer nossa percepção da realidade levando à tomada de decisões erradas. No entanto, enquanto o ponto cego de um automóvel é algo que não podemos mudar — já que ele
estará sempre lá, do ponto de vista da psicologia, ele é algo que você ignora de maneira sistemática, às vezes intencionalmente, e outras subconscientemente. Assim, um ponto cego também pode ser considerado como um maneira d e n o s a u t o s s a b o t a r. Po r exemplo: você sabe que precisa sair de casa cinco minutos mais cedo para não chegar atrasado no trabalho, mas continua ignorando essa simples mudança. A verdade é que nós temos
muita di culdade em compreender o quão tendenciosos nós somos, à medida que estamos o tempo todo tomando decisões, fazendo escolhas erradas e culpando o ambiente externo quando as coisas dão errado. Em muitos os casos, a teoria do ponto cego pode explicar isso. Todos nós possuímos nosso próprio sistema de crenças, e como elas costumam se cristalizar de maneira inconsciente, nós também temos di culdade em reconhece-las e, ainda mais, de transmuta-las. É por causa disso que temos a tendência de lembrar somente dos fatos que con rmam nossas crenças já mantidas. Em outras p a l av r a s , e s t a m o s s e mp r e procurando algo que con rme nossas crenças, por mais limitantes que elas sejam. Essa tendência é chamada de viés de con rmação. É por isso que é importante estarmos o tempo todo
t r a b a l h a n d o o autoconhecimento, conversando com pessoas que pensam diferente de nós e limpando nosso sistema de crenças de maneira consciente. Quando não fazemos isso criamos uma falsa sensação de segurança, algo que reforça nosso ponto cego e que
nos incita a continuar tomando decisões erradas. Para simpli car ainda mais: as p e ss o a s a c re d it am n o qu e querem acreditar, e subconscientemente ignoram aquilo que lhes causa dor. E como mudar dói, é mais fácil continuar vivendo com o Ponto Cego
atrapalhando nosso crescimento individual. Essa negação psicológica que evita a dor está relacionada à nossa tendência para o viés de con rmação, a nal, o ser humano são condicionados a agir através de um sistema de recompensa.