Educação Cultura Ciência e Tecnologia Meio Ambiente Saúde Economia ANO XI - Nº 447 04 A 11 DE NOVEMBRO/2021 SERRA/ES
Distribuição Gratuita
GABRIELA MESSNER ARESI OLIVEIRA
Nova espécie de ancestrais humanos é anunciada
8 Uma deliciosa receita de
pão melancia perfeita para preparar para amigos e família Pág. 8
JORGE PACHECO
8 MPC aponta indícios de
fraude milionária no gabinete do delegado-geral da Polícia Civil do ES Pág. 5
ANA MARIA IENCARELLI
8 Não somos todos iguais porque a violência contra mulheres, Crianças e idosos, tem um “Quê” de inimputabilidade garantida Pág. 10
HAROLDO CORDEIRO FILHO
8 CPI da Sonegação quer
saber quanto operadoras de telefonia devem ao Estado Pág. 12
©ETTORE MAZZA
Professor de escola pública de SP ganha prêmio internacional de educação por metodologia que leva alunos para aprender nas ruas
Homo bodoensis viveu na África cerca de 500 mil anos atrás e Sintomas da doença mão-péfoi o ancestral boca, que está causando surto direto dos em cidades do humanos Brasil Você sabia que modernos Pág. 4
Pág. 9
Pág. 7
Robôs podem ajudar a recuperar florestas ©SEGEV KASPI
as Três Marias de Porto Velho "nasceram" nos EUA?
Mais de 300 tartarugas são encontradas mortas no México Você sabia Pág. 3
©FRANCISCO SIMERMAN/EFE
Com funções que incluem plantio de sementes e análise de dados, os 'druidas orestais' são projetados para apoiar esforços de reorestamento e manejo orestal sustentável. Os engenheiros orestais robóticos operam em sistemas que variam de acordo com as necessidades da oresta e podem trabalhar individualmente ou em grupos Pág. 6
Tartarugas mortas flutuam no mar em Porto Escondido, Oaxaca (México) Pág. 14
que os botos da Amazônia não dormem? Pág. 2
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2 MEIO AMBIENTE
04 A 11 DE NOVEMBRO/2021
Você sabia que os botos da Amazônia não dormem? Os botos de água doce possuem respiração voluntária, e por isso, não podem entrar em estado total de inconsciência, caso contrário, eles podem morrer afogados ©REPRDOUÇÃO/WWWF-BRASIL
Tamb ém conhecido como gol nhos uviais, os botos são encontrados apenas no norte da América do Sul e no continente da Ásia. Os botos são da ordem Cetacea, eles são parentes próximos dos gol nhos marinhos. Os pesquisadores conseguiram identi car apenas duas espécies de botos na região amazônica, chamadas de botocor-de-rosa (Inia geoffrensis) e a esp écie Inia geoff rensis humboldtiana, na Bacia do rio Orinoco. As espécies propostas são o Inia boliviensis (boto Boliviano) na Bacia do rio Madeira, e o Inia araguaiaensis (boto Araguaiano) na Bacia Araguaia-Tocantins. Existe também o boto-tucuxi ou boto-cinza, presente na bacia amazônica e o boto do
Araguaia, que vive na região do rio Araguaia. Embora haja diferenças no corpo das
espécies de boto, a grande diferença é molecular. Outra forma de distinguir as espécies
Maior que o Cristo Redentor: conheça o angelim-vermelho, a árvore mais alta da Amazônia Pesquisadores de diferentes países, identi caram a árvore mais a lt a d a Amazôni a: o angelim-vermelho (Dinizia excelsa). A árvore tem 88 metros de altura — algo equivalente a um prédio de 24 andares. Sua altura é um recorde para a Amazônia brasileira, que ainda não tinha registrado nenhuma árvore com mais de 70 metros de altura. Na mesma área do g i g a n t e , pesquisadores encontraram outros exemplares de angelim com mais de 80 metros. Durante 2016 e 2018, o Instituto Nacional de P e s q u i s a s Espaciais (Inpe) capturou imagens de vastas extensões da oresta amazônica com tecnologia radar laser que faz sensoriamento remoto. Foram rastreadas 850 áreas, cada uma com 12 quilômetros de comprimento e 300 metros de largura. Em sete,
Redentor, no Rio de Janeiro, mede 38 metros da base até o topo da cabeça. Isto é, a árvore encontrada na Amazônia é um ©REPRDOUÇÃO/MUSEU DA AMAZÔNIA pouco menor que o principal símbolo de NY e bem maior que a estátua mais famosa do Brasil. Os pesquisadores a c re d i t a m q u e a altura recorde está relacionada com a grande distância de áreas urbanas e zonas industriais — o local onde os angelins foram encontrados está a mais de 200km da ocupação humana — ou essas árvores podem ser uma "espécie pioneira", ou seja, a primeira a habitar uma região que sofreu algum tipo de devastação. Cada angelimvermelho é capaz de reter a mesma rio Jari, a uente do rio quantidade de carbono que um Amazonas, entre os estados do hectare de selva tropical. Isso Amapá e Pará, numa zona quer dizer que pode armazenar remota de difícil acesso. até 40 toneladas de carbono, o Em termos de comparação, a que equivale ao que absorveriam Estátua da Liberdade, em Nova York, tem 93 metros de altura, e n t r e 3 0 0 e 5 0 0 á r v o r e s incluindo a base. O Cristo pequenas. os cientistas identi caram árvores que superavam os 80 metros. Seis dessas coleções, estavam localizada na região do
dos mecanismos de ecolocalização de cada espécie. Por exemplo, alguns pesquisadores observaram que os gol nhos da Amazônia (Inia spp.) apresentaram propriedades acústicas de vocalização especí cas que são diferentes dos sons produzidos pelas espécies Camaleão Furcifer recém-descritas, c om o o c a s o d o b ot o d o labordi Araguaia e o boto boliviano. Entre as suas diversas curiosidades, você sabia que o boto nunca dorme? Isso se dá, pois, os botos, ao contrário dos seres humanos, respiram de forma voluntária, por conta disso, o animal não pode entrar em estados de inconsciência, caso contrário, ele pode morrer de boto é através das afogado. Ou seja, cada características acústicas da respiração do boto é vocalização dos mamíferos e previamente planejada, essa
característica está presente nos mamíferos aquáticos como os gol nhos e baleias. Eles renovam uma grande quantidade de ar a cada vez que sobem para respirar e isso lhes dá fôlego para passar um bom tempo submersos. Então na hora do 'sono da beleza', os botos diminuem sua atividade cerebral e entram em estado de letargia (estado profundo e prolongado de inconsciência, semelhante ao sono profundo), reduzindo o estado de alerta, ao longo do dia e da noite. Infelizmente, todos os botos de água doce do mundo estão classi cados na l i s t a v e r m e l h a d a Un i ã o Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN) como ameaçados de extinção.
Ave ameaçada de extinção não precisa do macho para ter filhotes ©WEILI LI/GETTY IMAGES
Por décadas, os cientistas vêm tentando tirar o condor da Califórnia da beira da extinção. A população inteira dessas aves caiu para apenas 22 animais em 1982. Em 2019, a reprodução em cativeiro e os esforços de soltura zeram com que a população total saltasse para 500. Fazer isso exigiu um manejo c uidados o dess as aves em cat iveiro, esp e cia lmente selecionando quais machos e fêmeas podem procriar para produzir descendentes saudáveis. Foi assim que os cientistas descobriram, ao analisar os dados genéticos, que dois pássaros machos não mostraram nenhuma cont r ibuiç ão genét ic a dos pássaros que deveriam ter sido seus pais. Isso signi ca que os pássaros vieram ao mundo por partenogênese facultativa — ou nas cimento virginal — de acordo com um artigo publicado no Journal of Heredity. Tal re pro du ç ã o a ss e x u a d a e m espécies de reprodução sexualmente normal ocorre
quando certas células produzidas com o óvulo de uma fêmea se comportam como espermatozoides e se fundem com o óvulo. Embora rara em vertebrados, essa partenogênese ocorre em tubarõ es, raias e lagar tos. Cientistas também registraram a autofecundação em algumas espécies de pássaros em cativeiro, como perus e galinhas. Apenas cerca de 300 dessas espécies criticamente ameaçadas de extinção voam pelos céus da Califórnia, Arizona e Utah. Com uma população tão baixa, é possível que os condores estejam usando a partenogênese como uma ferramenta de sobrevivência, a rmam especialistas.
Inclusive, existem evidências de que a partenogênese pode ser um salva-vidas para uma espécie em apuros. Por exemplo, o peixes er ra de dente p e queno, criticamente ameaçado, pode estar se transformando em partenogênese à medida que os parceiros se tornam cada vez mais difíceis de serem encontrados na natureza. "É muito cedo para realmente dizer o qu ão sig ni c at ivo [partenogênese] é para a evolução das espécies ou sua conservação", explica Jacqueline Robinson, geneticista evolucionista da Universidade da Califórnia, em San Francisco, à National Geographic. “Temos tão poucos exemplos desse fenômeno raro”.
Jornalista Responsável: LUZIMARA FERNANDES redacao@jornalfatosenoticias.com.br Produtor-Executivo: HAROLDO CORDEIRO FILHO jornalfatosenoticias.es@jornalfatosenoticias.com.br comercial@jornalfatosenoticias.com.br Diagramação: LUZIMARA FERNANDES (27) 3086-4830 / 99664-6644 jornalfatosenoticias.es@gmail.com Facebook Jornal Fatos e Notícias Serra - ES
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"Feliz é a nação cujo Deus é o Senhor"
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CULTURA 3
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Durante séculos, a
calça comprida era exclusividade masculina Peça, antes exclusividade masculina, foi assumida pelas mulheres na luta por igualdade ©JOEMAN EMPIRE/CREATIVE COMMONS/WIKIMEDIA COMMOS
FOTO: REPRODUÇÃO
R
oupas sempre foram s í m b o l o d e pertencimento de classe e status econômico. Até hoje, um olhar atento é capaz de adivinhar muito sobre uma pessoa de acordo com o modo como ela se veste. Mas o vestuário tem implicações mais profundas. Mostra disso é o que foi praticado por muitos séculos pelo sexismo masculino, que sempre tentou controlar as mu l heres, deter minando, inclusive, a maneira como elas deveriam se vestir. E, nesse contexto, a calça comprida é o melhor símbolo da opressão machista sobre as mulheres. Sob essa tentativa de controlar como a s mu l he re s s e ve st i am , o evidente desejo de esconder a sensualidade dos corpos femininos. Para se ter uma ideia, em 1881, eram tantas as peças que compunham um único traje feminino, que na Inglaterra a Liga das Reformistas pela Roupa Racional estipulou que as roupas
de baixo deveriam pesar no máximo três quilos. A despeito da pressão, a História sempre foi pontuada por mulheres dispostas a reclamar pela igualdade dos direitos. Ne s s a l u t a , t r o c a r s a i a s , anáguas, combinações, espartilhos e anquinhas pelas calças compridas foi, sim, uma conquista que transitou muito além da estética, carregando-se de significados sociais e políticos. Em 1836, a escritora francesa Aurore Dupin foi a primeira a e nt r ar n o s s a l õ e s d a a lt a sociedade de calças. Nessa época, as mulheres deformavam o corpo usando espartilhos para acentuar a cintura. Já Aurore — que havia abandonado o marido, o barão Casemiro Dudevant — usava smoking como traje de festa. Para completar a atitude transgressora, surgia com um charuto na mão e o amante a tiracolo. Quando Aurore descobriu a praticidade das calças
masculinas, levou a brincadeira para o campo das letras, passando a assinar suas obras com o pseudônimo de George Sand. Suas heroínas sofriam, como a autora, em aventuras amorosas e questionavam o direito de ser mulher. Aurore namorou homens famosos, como o compositor Frédéric Chopin. E m u ma at itu d e t amb é m isolada e irreverente, em 1850, a advogada Amelia Bloomer achou que as calças combinavam mais com o mundo que se urbanizava velozmente e aderiu a uma espécie de pantalona curta. O t raj e foi t ão explorado no figurino da advogada que ficou conhecido como calça Bloomer. A popularização da calça feminina aconteceu depois da Segunda Guerra pelas mãos da estilista francesa Coco Chanel. Ela desenvolveu roupas para mulheres que precisavam sair às ruas para trabalhar, mas sem nunca perder a elegância.
(AVENTURAS NA HISTÓRIA)
Foto Antiga do ES
As Três Marias de Porto Velho "nasceram" nos EUA As três caixas d'água são símbolos da cidade e estão estampadas na bandeira do município, por serem o memorial histórico do surgimento da cidade e uma homenagem à construção da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré ©DIVULGAÇÃO
Quem visit a Por to Velho, possivelmente já conhece ou ouviu falar nas famosas caixas d'águas da cidade, também conhecidas como Três Marias. Projetadas pela empresa americana Chicago Bridge & Iron Works de Chicago, a primeira "maria" foi erguida em 1910, três anos após a fundação da cidade de Porto Velho, no bairro do Caiary. O projeto foi concluído em 1912 com a construção dos outros dois reservatórios. Cada reser vatório possui capacidade para 200 mil litros e serviram para abastecer a cidade de Porto Velho por 47 anos, até 1957, funcionando por ação da gravidade. Foi tombada como patrimônio histórico em 1988. Mas você sabe qual contexto histórico e quais foram as influências desse formato de reservatório que virou símbolo da cidade, estampado inclusive no brasão e na bandeira de Porto Velho? Conheça curiosidades sobre o "berço" desse formato de caixas d'água. Reservas: (27) 99961-8422
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Até o desenvolvimento do setor industrial nos Estados Unidos, no século XIX, não
armazenamento de água nos últimos andares dos prédios, o que mudou o visual urbano
presente até então. Os tanques eram colocados nos telhados porque a pressão da água local era muito fraca para elevar a água aos níveis superiores. Quando as construções começaram a ficar mais altas, a cidade exigiu que os edifícios com seis ou mais andares fossem equipados com um tanque no telhado com uma bomba. Com a ajuda da gravidade, a água era enviada para todos os apartamentos do edifício. Esses tanques de água geralmente duravam aproximadamente 35 anos. Esse modelo foi popularizado e trazido para a América do Sul. Com o início da construção da Estrada de Ferro MadeiraMamoré, de 366 quilômetros ligando Porto Velho a GuajaráMirim e início da urbanização do atual estado de Rondônia, a companhia Chicago Bridge & Iron Works resolveu trazer o mo d el o e st a du n i d e ns e d e reser vatório, portanto, trouxeram as caixas d'água e a instalaram. LUCIANO DANIEL
Festival Nacional de Teatro Cidade de Vitória Mais de 30 espetáculos presenciais e virtuais na programação. As peças serão apresentadas, gratuitamente, entre os dias 5 e 12 de novembro. Montagens brasileiras e também de países como Chile e Cuba estarão em cena ©DIVULGAÇÃO
©VITRINECAPIXABA.BLOGSPOT.COM
Obras da Usina Hidrelétrica de Rio Bonito (1951) — Santa Maria de Jetibá-ES
havia um sistema de drenagem urbana e de esgotos nas cidades. Isso fez com que fossem comum em grandes cidades, como Nova Iorque, observar piscinas de sujeira e água poluída a céu aberto. Devido a esses fatores, um grupo de influentes novaiorquinos formasse uma associação que focou na melhora da qualidade da água e o acesso das pessoas a ela. Com isso, em meados de 1870, o então departamento de obras públicas começou a utilizar tanques de
Mais de 30 espetáculos de vários estados brasileiros e de países como Chile e Cuba vão integrar a programação do Festival Nacional de Teatro Cidade de Vitória — 17ª edição, que vai acontecer entre os dias 05 e 12 de novembro, em formato híbrido, com apresentações virtuais e presenciais, em vários pontos da Capital. O ator e produtor cultural Cezar Baptista, morto no dia 21 de julho do ano passado, será o grande
homenageado do evento, que contará ainda com oficinas, debates e lançamento de livros. A abertura do festival será no Palácio da Cultura Sônia Cabral, nesta sexta-feira (05), às 19h30, com a presença de personalidades da cena cultural capixaba. Às 20 horas, o Grupo Teatro Gota, Pó e Poeira, de Guaçuí, subirá ao palco para apresentar a peça “Os sacrilégios do amor”, montagem inspirada nos contos de Nelson Rodrigues,
que promete envolver o público com histórias que destacam trajetórias que se cruzam em adultério, paixão e morte, sob direção de Ribamar Ribeiro. Só s e r á p e r m it i d a a e nt r a d a mediante apresentação do passaporte de vacinação. O segundo dia do evento será marcado por uma programação intensa, com a apresentação de quatro espetáculos — Vida Seca (SC), 68 (MG), Via sacra (ES) e A peleja de Leandro na trilha de cordel (SE), além das oficinas “Iniciação ao teatro de bonecos”, com o professor Dudu Guimarães (ES) e “Oficina de direção”, com Luiz Paixão e Mariana Bizotto (MG). Também será apresentado, via YouTube, o programa “Encontro com a estrela”, onde a atriz Beth Caser entrevista o iluminador Waldir Casteglione.
4 EDUCAÇÃO
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Professor de escola pública de SP ganha prêmio internacional de educação
Novo ensino médio coloca formação técnica e profissional para dentro do currículo regular ©ENVATO ELEMENTS
©DIVULGAÇÃO
Saem as carteiras e salas de aula. Entram as ruas da cidade. Pelo menos é assim nas aulas do professor de Geogra a Paulo Magalhães, que atualmente leciona na Emef Duque de Caxias, no bairro Liberdade, no centro de São Paulo. Convicto de que experiências podem ensinar mais do que só palavras, o educador desenvolveu um projeto chamado 'Aula Pública', que basicamente consiste em levar seus alunos para as vias públicas da cidade para ver, na prática, os conceitos ensinados em sala de aula. Hidrologia, topogra a, clima… Tudo é ensinado — e experienciado — pelos alunos nos tours de cerca de 40 minutos que o professor faz com os estudantes pela comunidade local, logo depois de passar
conceitos teóricos em sala de aula. Nos passeios, outras disciplinas também acabam sendo abordadas, como História e Biologia, e de quebra melhorase a relação dos jovens alunos com o entorno onde estudam e moram, aumentando seu senso de pertencimento e cuidado. A metodologia já rendeu, inclusive, um prêmio
internacional ao professor Magalhães: o Global Teacher Aw a r d , p r o m o v i d o p e l a instituição indiana Ask E d u c a t i o n Aw a r d s , q u e reconhece iniciativas inspiradoras na área da Educação ao redor do mundo. O proj e t o ' Au l a P ú b l i c a ' foi selecionado entre mais de 200 mil iniciativas de 110 diferentes países.
©DIVULGAÇÃO MEC
MEC publica Portaria que regulamenta a certificação das Escolas Cívico-Militares
O Governo Federal, por meio do Ministério da Educação (MEC), publicou a Portaria nº 852, que regulamenta a certi cação das Escolas Cívico-Militares (Ecim) qu e a d ot a m o m o d e l o d o Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares (Pecim). A Portaria estabelece normas para a execução da certi cação das unidades escolares do Programa, que compreende a mensuração e a veri cação do modelo cívicomilitar. Entre os principais objetivos da
certi cação destacam-se: demonstrar que a gestão do Pecim é efetivamente aplicada na escola; possibilitar uma análise com equidade, identi cando cada escola conforme o seu grau de avanço na aplicação e nos resultados obtidos; e observar a melhoria dos processos na escola, proporcionando condições favoráveis para a melhoria dos indicadores de educação. A certi cação das escolas se dará por meio da aplicação do
modelo de gestão e compre enderá t rês níveis: básico, intermediário e av a n ç a d o. A m e t o d o l o g i a utilizada na certi cação considerará os estágios de evolução das escolas, a saber: Nível básico: baseado na aplicação do modelo da Ecim, em que será considerado se a escola conseguiu implementar os requisitos previstos nas diretrizes; Nível intermediário: além do que compreende o nível básico, serão observados os primeiros resultados obtidos p e l a E c i m n a s i n i c i at i v a s estratégicas do Programa; e Nível avançado: serão avaliados, além do que consta nos níveis anteriores, os resultados de impacto e de atingimento do objetivo do Programa. A certi cação abrangerá as escolas que implantaram o modelo em 2020 e atingiram o nível básico.
O novo ensino médio apresenta g randes des a os p ara sua implementação. O marco legal e normativo (Lei nº 13.415/2017, Resolução CNE/CEB nº 03/2018 e Resolução CNE/CP nº 04/2018) deixa diversas possibilidades de construção dos currículos e de organização da oferta, a m de atender às e x p e c t at i v a s d a s d i v e r s a s juventudes que compõem o universo de estudantes do ensino médio. Dá aos mesmos o protagonismo para de nir a trajetória formativa que melhor dialoga com seu projeto de vida. Cabe lembrar que o novo ensino médio propõe uma ruptura com o modelo único de currículo ofertado atualmente. Hoje, o processo de ensino e aprendizagem é realizado de forma fragmentada e super cial, independente das trajetórias que irão percorrer. E ao nal do ensino médio, os estudantes desenvolvem o mesmo conjunto de conhecimentos de todas as áreas, impedindo que haja um aprofundamento dos objetos de conhecimento mais relevantes para a trajetória pro ssional que pretendem seguir. Ao propor uma organização curricular com uma parte focada na formação para a vida, onde devem ser desenvolvidas as competências e habilidades essenciais previstas na Base Nacional Comum Curricular (BNCC), e uma outra parte focada na preparação para as carreiras pro ssionais, organizada a m de permitir ao
estudante escolher os temas que deseja aprofundar, o novo ensino médio busca permitir ao estudante construir um percurso formativo mais atraente e sintonizado com seus anseios e expectativas. Sendo assim, essa nova implantação nos últimos anos da educação básica tem como base quatro pilares fundamentais que orientam as novas formas de oferta curricular. O primeiro deles t rat a da exibilização/diversi cação do ensino médio por meio de currículos que permitam a diversi cação da oferta de unidades curriculares dentro da carga horária regular, uma vez que as escolas poderão se organizar com oferta de diferentes percursos formativos para o estudante do ensino médio. Outro pilar está relacionado com a possibilidade de oferta de formação técnica e pro ssional dentro do currículo regular viabilizando uma formação pro ssional para o jovem ainda dentro do ensino médio sem exigir sua matrícula em tempo integral. A formação integral do e stu d ante s e c onst itu i no terceiro pilar e consiste no desenvolvimento, além de aspectos cognitivos, das competências socioemocionais. Por meio das 10 competências gerais da BNCC e das habilidades previstas nos eixos estruturantes dos referenciais para elaboração dos itinerários,
a formação integral ganha relevância na parte da formação geral comum, mas também na parte dos itinerários. Finalmente, o conceito de educação em tempo integral presente no marco legal envolve a ampliação do número de escolas de tempo integral, mas também permitindo que o processo de ensino e aprendizagem se dê em ambientes diversos da escola de m at r í c u l a d o a l u n o, c o m diversas possibilidades de cômputo de atividades extra escola na carga horária do estudante, desde que haja intencionalidade pedagógica e acompanhamento de um docente da escola. Na parte da formação geral básica do currículo devem ser desenvolvidas, sobretudo, as competências e habilidades previstas na BNCC, enriquecidas pelo contexto histórico, econômico, social, ambiental, cultural local, do mundo do trabalho e da prática social, devendo ser organizada por áreas de conhecimento (linguagens e suas tecnologias, matemática e suas tecnologias, ciências da natureza e suas tecnologias, ciências humanas e sociais aplicadas) aprofundando e consolidando as aprendizagens essenciais do ensino fundamental, a compreensão de pro bl e m a s c ompl e xo s e a re exão sobre soluções para eles. O currículo p or área de conhecimento deve ser organizado e planejado dentro das áreas de forma a romper com o trabalho isolado apenas em disciplinas. Para tanto devem ser criados espaços de ensino e aprendizagem que garantam, s e n d o a s s i m , a interdisciplinaridade dentro da área com a integração e planejamento coletivo dos docentes das disciplinas que compõem cada área do conhecimento.
(27) 3259-3638 / (27) 99880-7048 SANTA TERESA — ES
POLÍTICA 5
04 A 11 DE NOVEMBRO/2021
Jorge
Analista Político Jorge Rodrigues Pacheco é Advogado, Jornalista e Radialista
Pacheco
jorgepachecoindio@hotmail.com
Interina Luzimara Fernandes
“A amizade é um meio de nos isolarmos da humanidade cultivando algumas pessoas//Como as plantas, a amizade não deve ser muito nem pouco regada”, Carlos Drummond de Andrade ©EFE/EPA/FEDERICO SCOPPA
com DAHUA A denúncia, enviada por fontes sigilosas, mostra que Vitor Murad criava links o ciais do governo e liberava acesso à empresa chinesa. Com isso, ela via documentos sigilosos da licitação, fazia download e depois inseria os arquivos modi cados por ela para direcionar o certame em seu favor. Murad é Coordenador de Inovação e Tecnologia da Secretaria de Governo, cargo criado para concentrar poderes sobre licitações milionárias na área de Ti. Ele é homem de con ança e operador do secretário Tyago Hoffmann e do governador do Estado Renato Casagrande. Na denúncia, há várias fotos de mensagens e arquivos da direção da empresa chinesa feitos por ela dentro do link o cial do governo do Espírito Santo. Eles baixavam e depois respondiam com as alterações que queriam. O governo us ava as vers õ es da DAHUA na construção da concorrência. As fontes pedem perícia nos drives o ciais, para descobrir quem do governo liberou o acesso, que computadores de fora tiveram acesso (IP) e con rmar os documentos em seu conteúdo (sigilosos do governo e refeitos pela DAHUA). As mesmas fontes a rmam que a comissão de licitação não produziu nenhuma documentação do certame, somente a DAHUA, desde a consulta pública. Por isso, desa am o governo a fazer perícias em seus computadores e
©FOLHA DO ES
registrando a inexistência de maiores intercorrências. Além da ausência de dados, também foram constatados equívocos na datação, sem quaisquer just i cat ivas, nos relatór ios das operações de saturação de diversas datas, gerando incertezas sobre a sua efetiva realização. Segundo informações prestadas ao MPC pelo delegado-geral da Polícia Civil, José Darcy Santos Arruda, após orientação de padronização feita pela Superintendência de Inteligência e Ações Estratégicas, as operações passaram a ser registradas em boletins uni cados com as seguintes informações: dados da operação de saturação, com boletim, data e horário; policiais participantes e viaturas utilizadas; histórico do fato resumido. Porém, nos dados de abril a outubro de 2020, ainda não há informações sobre os recursos empenhados na operação referentes à viatura e equipe, ao período t r ab a l h a d o e ne m s ã o d e s c r ito s quaisquer procedimentos e ocorrências durante a operação, exceto em duas operações. A maior parte delas foi destinada a rondas ocorridas em bairros das cidades de Vitória, Vila Velha e Serra, constando alguns bairros de Cariacica e Guarapari em duas operações. Dessa forma, enfatiza o MPC, “o que se veri ca é que toda ocorrência inscrita no B oletim Uni cado tem a mesma descrição vaga, genérica e sem qualquer detalhe concreto do que fora realizado nas operações, com idêntica narrativa, sem alteração quanto às abordagens, apreensões e prisões, servindo de forma precária e padronizada, somente, para validar e justi car a utilização da ISEO”. A representação também menciona inconsistências quanto à unidade e ao horário de registro, este resultando em impedimento para calcular o correto valor da indenização, e falta de detalhamento nos relatórios e boletins uni cados quanto às abordagens realizadas, armamento empregado, prisões efetuadas e demais aspectos concretos das operações realizadas.
O senador italiano Matteo Salvini, um dos principais representantes da direita na Eu rop a , d e s c u lp ou - s e c om o presidente Jair Bolsonaro e com o povo brasileiro, nesta terça-feira (2), pelos protestos contra a presença do líder brasileiro na Itália. Os dois políticos se encontraram nesta manhã, em Pistoia, na região da Toscana, onde há um monumento em homenagem aos soldados brasileiros que morreram na Itália durante a Segunda Guerra Mundial. "Trata-se de uma polêmica incrível, feita até na comemoração dos mortos que perderam a vida para defender nosso país e liberá-lo do nazi-fascismo. É um presidente que foi eleito, de uma
AJUFE
Nova denúncia conecta governo de Casagrande
©MAX VELEZ/PINTEREST
Ap ós veri car indícios de irregularidades nos pagamentos de Indenizações Suplementares de Escala Operacional (ISEO) a servidores do Gabinete do Delegado-geral da Polícia Civil do Espírito Santo, o Ministério Público de Contas (MPC) propôs representação na qual aponta que esses pagamentos estariam sendo feitos sem cumprir as exigências da legislação, que condiciona o recebimento à efetiva prestação de serviços em atividades nalísticas da Polícia Civil, e desvio de nalidade dessas indenizações com a intenção de aumentar o subsídio de determinados servidores policiais, sem qualquer re exo na melhoria da segurança pública. De acordo com os dados e relatórios ana lis ados p elo MPC, não cou devidamente comprovado o interesse público no pagamento dessas indenizações no âmbito do Gabinete do Delegado-geral, que geraram vultosos dispêndios de recursos públicos, em razão da ausência e de ciência de informações comprobatórias das operações e dos resultados alcançados, sendo que as indenizações não estão atreladas à redução do índice de criminalidade e nem à efetividade da resolução das infrações praticadas. A representação também aponta usurpação de competência da Polícia Militar nessas operações, já que muitas delas tinham como objetivo “prevenção e repressão de ilícitos penais” e a realização de “atividades de ronda”. Além disso, aponta desvio da nalidade da ISEO, prevista na Lei Complementar 662/2012, criada para os militares, policiais civis e inspetores penitenciários do Estado do Espírito Santo para suprir despesas presumivelmente suportadas em virtude de convocações extraordinárias fora de suas escalas ordinárias ou especiais de serviço, com ou sem deslocamento para outro município, incluindo gastos com viagens, alimentação e aquisição emergencial de material de pequeno valor para uso pro ssional. Padronização Inicialmente, o MPC aponta que nos relatórios referentes ao período de janeiro a março de 2020 foi observado que o objetivo da operação se
Senador italiano afirmou que manifestações eram de uma minoria
apresentar arquivos eletrônicos de autoria da comissão de licitação com as datas do período em que deveriam ser feitos. Além disso, os denunciantes de dentro da própria empresa informam que há registro de entrada e saída de agentes públicos do Governo do Espírito Santo na sede da DAHUA em São Paulo, como Vitor Murad. Segundo eles, isso pode ser comprovado pelo registro de entrada e saída e câmeras de videomonitoramento. O documento mostra que em vários Estados a empresa chinesa tem atuado de forma criminosa para fraudar licitações milionárias e direcioná-las em seu favor. Mato Grosso, Rio Grande do Sul, Ceará e agora Espírito Santo. Isso torna os crimes de repercussão estadual e atraem a atribuição da polícia federal brasileira, em concorrência com os Ministérios Públicos Estaduais.
Matteo Salvini pede desculpas a Bolsonaro por protestos
República amiga, que veio recordar os soldados. Me desculpo em nome das instituições italianas. A polêmica deve estar fora dos cemitérios", a rmou Salvini antes do evento, que também contou com uma pequena manifestação contra Bolsonaro. Salvini também agradeceu ao governo brasileiro pela agilidade na extradição do terrorista Cesare Battisti, que foi preso e extraditado da Bolívia em 2019. A prisão de Battisti e sua extradição havia sido autorizada pelo Judiciário brasileiro. "Se tivesse que esperar os presidentes de esquerda, os terroristas italianos ainda estariam livres no Brasil". ©REPRODUÇÃO/INSTAGRAM
MPC aponta indícios de fraude milionária no gabinete do delegadogeral da Polícia Civil do ES
m ante ve o me s mo – pre ve nç ã o, repressão e redução do número de possíveis ilícitos penais com a realização de atividades de ronda –, sem externar os resultados das operações, mas
O evento em homenagem aos soldados brasileiros marcou o encerramento das atividades o ciais do presidente Jair Bolsonaro no G20.
"O Kassab deve me lançar candidato ao Senado", diz Datena Apresentador deve trocar o PSL pelo PSD; plano inclui Alckmin, de saída do PSDB para ser candidato ao Governo de SP O apresentador de TV José Luiz Datena decidiu se liar ao PSD, partido de Gilberto Kassab, com a intenção de construir uma candidatura ao Senado. Quatro meses após ter entrado no PSL do deputado Luciano Bivar (PE) com a intenção de concorrer à sucessão do presidente Jair Bolsonaro, Datena saiu do partido e está migrando para o PSD. O apresentador con rmou a informação nesta terça-feira (2) em seu programa na TV Bandeirantes: "Vou deixar o PSL e vou para o PSD, que é o partido do Kassab. Isso já está de nido", disse Datena. "O Kassab deve me lançar candidato ao Senado", acrescentou. Na prática, o apresentador resolveu trocar de legenda por estar insatisfeito com os rumos tomados pelo PSL na fusão com o DEM. As siglas aguardam aval da Justiça para formar o União Brasil e Datena não "engoliu" recentes declarações de Bivar, presidente do PSL, de que consideraria outros nomes para o Palácio do Planalto, como o ex-juiz da Lava Jato Sérgio Moro. Pelo desenho do PSD para o Estado de São Paulo, Datena será lançado ao Senado e o ex-governador Geraldo Alckmin, de saída do PSDB, ao Palácio dos Bandeirantes. Já o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (MG), recémliado ao PSD, deve concorrer à Presidência. Todas as articulações políticas do partido em São Paulo, maior colégio eleitoral do País, estão sendo feitas para vitaminar a candidatura de Pacheco ao Planalto. A cúpula do partido comandado por Kassab considera, no entanto, a possibilidade de Datena desistir mais uma vez de disputar a eleição, como fez em 2016, 2018 e 2020. De qualquer forma, agrada à legenda ter um nome popular entre seus quadros, como o apresentador.
'SERESTA DE TODOS OS TEMPOS' — COM JORGE PACHECO E SEUS CONVIDADOS ESPECIAIS SEXTAS-FEIRAS, ÀS 20 HORAS — WEBRADIOCENTENARIOFC – SERRA–ES
6 TECNOLOGIA
04 A 11 DE NOVEMBRO/2021
Estudante cria fusca movido à base de energia solar e eólica com sucata ©REPRDOUÇÃO/REDES SOCIAIS
O estudante de engenharia da Universid ade O b agemi Awolowo, na Nigéria, passou um ano adaptando os materiais doados por amigos e familiares no veículo sustentável. Ele teve esta ideia após se conscientizar mais sobre as emissões de dióxido de c arb ono, que prejudicam gradualmente o clima, os ecossistemas e a agricultura. Sendo assim, seu projeto pessoal visa mudar o mundo e, quem sabe, salvá-lo a longo prazo. O carro ainda vem com um GPS que ajuda a monitorar seu funcionamento. O projeto é uma ótima solução para o mercado, pois se sustenta com base nos recursos naturais, sendo que a junção de ambas energias, solar e eólica, se complementam. O
painel solar ca no topo do Fusca, enquanto a turbina eólica ca sob o capô. Dr. John Preston, diretor do departamento de Engenharia Física da Universidade de McMaster e orientador acadêmico para a equipe de carro solar da escola, diz que nunca viu nada parecido com a engenhoca de Oyeyiola, que também vem com um aplicativo de GPS que monitora a saúde do carro. “Se você pudesse encontrar uma maneira de usar tanto a eólica e a solar no mesmo veículo, que seria uma coisa maravilhosa”, disse ele. “Usando a eólica e a solar signi ca que você não tem que dirigir apenas durante o dia. Se ele gurou uma maneira de fazê-lo, isso seria bastante notável”, acrescentou
Oyeyiola não só instalou um painel solar gigante no topo do Beetle; Ele também inseriu uma turbina eólica sob o capô. Como explica Preston, que permite que o ar ua para a grade, enquanto o carro está em movimento, posteriormente transformando rotores da turbina e carregar a bateria na parte de trás do carro. Oyeyiola também construiu um forte sistema de suspensão para lidar com o peso da própria bateria. Não é perfeito. A bateria leva de quatro a cinco horas para carregar, mas Oyeyiola diz que está trabalhando nisso. Os maiores desa os, segundo ele, foram encontrar os melhores materiais a utilizar, e as pessoas dizendo que ele estava perdendo tempo. Essa última parte não parece que vai parar Oyeyiola, que quer criar carros a energia solar e energia eólica que se aproveitam do clima quente e ensolarado da Nigéria. Quando lhe é perguntado o que vai acontecer com o carro depois que ele terminar seus ajustes nais, em 15 de maio, sua resposta é simples e direta: “Manter a melhorar nele, até que se torne o carro do futuro da Nigéria”.
Novo carregador promete 100 km de autonomia aos carros elétricos em menos de três minutos Fabricante quer igualar a duração do carregamento de modelos elétricos com o tempo necessário para encher o tanque de um carro a combustão ©DIVULGAÇÃO
Um dos pontos negativos dos veículos elétricos, além do preço elevado, é o longo tempo de recarga de suas baterias. Na corrida por carregadores que forneçam carga em tempo recorde, está a companhia suíça ABB. A empresa acaba de lançar o Terra 360, um supercarregador de 360 kW que promete entregar 100 km de autonomia para o carro em três minutos, que é tempo médio para encher o tanque de um carro a combustão. De acordo com a empresa, essa potência será capaz de carregar totalmente a bateria de qualquer carro elétrico em até 15 minutos. Além disso, um único dispositivo consegue fornecer energia para até quatro automóveis simultaneamente. Por isso, eles dizem que é o "carregador mais rápido do mundo". Em termos de comparação, o carregador mais rápido do Brasil — também desenvolvido pela ABB em parceria com a Electric Mobility Brasil e Siemens — tem potência de 350 kW e pode
carregar até dois veículos ao mesmo tempo. Vale pontuar, no entanto, que não são todos os elétricos que podem ser recarregados na maior potência. O Audi e-tron só consegue suportar recargas de até 150 kW e o Renault Zoe, de 50 kW, por e x e m p l o. D e s t a f o r m a , o processo ocorre de maneira mais lenta, uma vez que utilizará velocidades menores. O Terra 360 terá um sistema de iluminação para orientar e informar o motorista durante o carregamento, no qual ele poderá veri car o estado de carga e o tempo restante para atingir 80% de bateria. Por seu tamanho compacto, a marca
a rma que o equipamento poderá ser instalado até em pequenos estacionamentos ou depósitos. O equipamento estará disponível na Europa no nal deste ano e chegará aos Estados Unidos, América Latina, Ásia e na Oceania em 2022. A ABB não anunciou a faixa de preço do produto, que será destinado a estabelecimentos comerciais, como postos de combustível e shoppings, por exemplo. Conforme apurado pela Autoesporte, o carregador de 350 kW da marca instalado no Brasil custava R$ 880 mil. Portanto, é muito provável que o Terra 360 ultrapasse o R$ 1 milhão.
Robôs que podem O futuro das ajudar a recuperar videochamadas pode orestas ©SEGEV KASPI
O estudante de design industrial Segev Kaspi conceitualiza uma equipe de engenheiros orestais robóticos para seu projeto de graduação no Shenkar College em Israel. Com funções que incluem plantio de sementes e análise de dados, os 'druidas orestais' são projetados para apoiar esforços de re orestamento e manejo orestal sustentável. R e u n i n d o d o i s mu n d o s opostos — natureza e tecnologia — o Kaspi visa estimular o debate sobre o aumento do CO₂ atmosférico e a importância de reabilitar nossas orestas, ao mesmo tempo em que propõe uma possível solução para o problema. Os engenheiros
estar na holografia e tecnologia já existe ©DIVULGAÇÃO/CISCO
orestais robóticos operam em sistemas que variam de acordo com as necessidades da oresta e podem trabalhar individualmente ou em grupos. Cada robô recebe uma função de nida no manejo e preservação da oresta. Seus papéis e linguagem de
design re etem um longo processo de estudo do trabalho d o s g u ard as ore st ais na tentativa de obter uma compreensão profunda desse imp or tante trabalho. O pr imeiro rob ô é 'C hun k', responsável por serrar, podar e cortar. Depois tem 'Dixon' que cuida do plantio e re orestamento de mudas e mudas. Por último, mas não menos importante, é 'Rikko', que coleta, monitora e analisa dados da oresta. Kaspi deu vida aos três robôs conceituais por meio de desenhos, representações de computador e modelos físicos.
A videochamada como você conhece está prestes a ficar ultrapassada. A Cisco anunciou uma tecnologia de hologramas para um novo serviço chamado Webex Hologram, que permitirá reuniões virtuais em realidade aumentada — com os participantes representados como hologramas fotorrealistas em vez de avatares semelhantes a desenhos animados.
Segundo a empresa, o objetivo do Webex Hologram é evoluir a colaboração remota de videoconferências tradicionais: d e p a r t i c i p a n t e s e m 2 D, empilhados em uma tela; para reuniões onde parece que você está, de fato, reunido em torno de uma mesa, conversando com pessoas reais. “Desde o início dos tempos, as pessoas se sentavam em círculo e
conversavam de verdade, e nosso atual equipamento de videoconferência 2D, onde todos são apenas uma superfície plana, nos afastou muito disso”, diz o gerente-geral da segurança e colaboração da Cisco Jeetu Patel, a imprensa. E parece que vai ser coisa de filme, viu? A experiência do programa desenvolvido pela Cisco promete incluir a capacidade de andar ao redor de um objeto 3D. “Se fôssemos um escritório de arquitetura e estivéssemos fazendo a aprovação de estrutura, iríamos querer ver as pessoas ao mesmo tempo e entender as reações delas e como estão lidando com o que estão vendo”, diz Patel. Ele afirmou ainda que o primeiro software a receber a tecnologia será o da Microsoft. Prontos para testar essa novidade?
CIÊNCIA 7
04 A 11 DE NOVEMBRO/2021
Nova espécie de ancestrais humanos é anunciada
Fósseis da Patagônia mostram que dinossauros do jurássico tinham mentalidade de rebanho
Homo bodoensis viveu na África cerca de 500 mil anos atrás e foi o ancestral direto dos humanos modernos
©ERIK LARSON/UNSPLASH
©ETTORE MAZZA
Uma equipe internacional de pesquisadores liderada pela Drª Mirjana Roksandic, paleoantropologista da Universidade de Winnipeg (Canadá), anunciou o nome de uma nova espécie de ancestral humano, o Homo bodoensis. Essa espécie viveu na África durante o Pleistoceno Médio, cerca de meio milhão de anos atrás, e foi o ancestral direto dos humanos modernos. O estudo foi publicado na revista Evolutionary Anthropology Issues Ne ws and Re vie ws (Notícias e Comentários sobre Questões de Antropologia Evolucionária, em tradução livre). O Pleistoceno Médio (agora renomeado como Chibaniano e datado de 774.000-129.000 anos atrás) é importante porque viu o surgimento de nossa própria espécie (Homo sapiens) na África, nossos parentes mais próximos e os neandertais (Homo neanderthalensis) na Europa. No entanto, a evolução humana durante essa época é mal compreendida, um p r o b l e m a q u e o s paleoantropólogos chamam de “a confusão no meio” (the muddle in the middle). O anúncio do Homo bodoensis espera esclarecer esse intrigante, mas importante
capítulo da evolução humana. O novo nome é baseado em uma reavaliação dos fósseis existentes da África e da Eurásia d e s s e p e r í o d o . Tradicionalmente, esses fósseis têm sido atribuídos de forma variável ao Homo heidelbergensis ou ao Homo rho d e s i e ns is , amb o s c om de nições múltiplas e frequentemente contraditórias. “Falar sobre a evolução humana durante esse período de tempo tornou-se impossível devido à falta de terminologia adequada que reconheça a variação geográ ca humana”, de acordo com Roksandic, principal autora do estudo. Recentemente, evidências de DNA mostraram que alguns fósseis na Europa chamados H. heidelbergensis eram na verdade os primeiros neandertais, tornando o nome redundante. Pela mesma razão, o nome precisa ser abandonado ao descrever humanos fósseis do leste da Ásia, de acordo com a coautora Xiu-Jie Wu (Instituto de Paleontologia e Paleoantropologia de Vertebrados, Pequim, China). Para confundir ainda mais a narrativa, os fósseis africanos datados desse período foram chamados às ve zes de H. heidelbergensis e H.
PRECISÃO FERNANDO FRAZÃO/AGÊNCIA BRASIL
BOB BEHNKEN
Contabilidade (27) 3228-4068
rhodesiensis. H. rhodesiensis é mal de nido e o nome nunca foi amplamente aceito. Isso se deve em parte à sua associação com Cecil Rhodes e aos horrendos crimes cometidos durante o domínio colonial na África — uma homenagem inaceitável à luz do importante trabalho que está sendo feito para descolonizar a ciência. O nome “bodoensis” deriva de um crânio encontrado em Bodo D'ar, na Etiópia. A nova espécie é considerada um ancestral humano direto. Sob a nova classi cação, H. bodoensis irá descrever a maioria dos humanos do Pleistoceno Médio da África e alguns do sudeste da Europa. Enquanto isso, muitos da Europa serão reclassi cados como neandertais. O coprimeiro autor Predrag Radović (Faculdade de Filoso a da Universidade de Belgrado, S ér via) disse: “Os termos precisam ser claros na ciência, para facilitar a comunicação. Eles não devem ser tratados como absolutos quando contradizem o registro fóssil”. A introdução do H. bodoensis visa “cortar o nó górdio e nos permitir comunicar claramente sobre esse importante período da evolução humana”, a rmou um dos coautores, Christopher Bae (Departamento de Antropologia, Universidade do Havaí em Manoa, EUA). Roksandic concordou: “Nomear uma nova espécie é um grande negócio, já que a Comissão Internacional de No m e n c l at u r a Z o o l ó g i c a permite mudanças de nome ap e n a s s o b r e g r a s mu i t o estritamente de nidas. Estamos con antes de que este permanecerá por um longo tempo, um novo nome de táxon v iverá s omente s e out ros pesquisadores o usarem”.
Fósseis encontrados na região da Patagônia, no sul da Argentina, está oferecendo aos especialistas a evidência mais antiga conhecida de que alguns dinossauros tinham uma complexa e bem organizada estrutura de rebanho, com adultos cuidando dos jovens e compartilhando um local de nidi cação comunal. A pesquisa, publicada na re v ist a S cient i c R ep or ts, explica que os fósseis incluem mais de 100 ovos de dinossauros e os ossos de cerca de 80 jovens e adultos de uma espécie herbívora do período jurássico chamada Mussaurus pat agonic us, incluindo 20 esqueletos completos. Cientistas disseram que os animais experimentaram um evento de morte em massa, provavelmente causado por uma seca, e seus cor p os foram posteriormente enterrados pela poeira levada pelo vento. “É uma cena bastante dramática de 193 milhões de anos atrás, congelada no tempo”, disse o paleontólogo Diego Pol, do Museu
Paleontológico Egidio Feruglio, em Trelew, Argentina, que liderou a pesquisa. Os dinossauros tinham cerca de seis metros de altura e pesando cerca de 1,5 toneladas, possuía um pescoço e cauda longos, com uma cabeça pequena. Quando adultos, eram bípedes, mas os recém-nascidos eram quadrúpedes. Mussaurus viveu no início do Jurássico, o segundo dos três períodos que compreendem a era dos dinossauros. Foi um animal relativamente grande para a época, muito maior do que os dinossauros carnívoros contemporâneos. Os dinossauros se tornaram verdadeiros gigantes mais tarde no Jurássico. “O sítio é único”, acrescentou Pol. “Ele preserva um local de nidi cação de dinossauros, incluindo delicados e m i nú s c u l o s e s qu e l e t o s d e dinossauros, bem como ovos c om e mbr i õ e s d e nt ro. O s espécimes que encontramos m o s t r a r a m q u e o comportamento de rebanho
estava presente em dinossauros de pescoço comprido desde o início de sua história. Esses eram animais sociais, e achamos este pode ser um fator importante para explicar seu sucesso”. Os animais foram agrupados por idade no momento de suas mortes, com lhotes e ovos em uma área, enquanto esqueletos de juvenis foram agrupados nas proximidades. Os ovos foram dispostos em camadas dentro de trincheiras. Os adultos foram encontrados sozinhos ou aos pares. Esse fenômeno, chamado de “segregação por idade”, sinaliza uma estrutura social complexa, disseram os pesquisadores, incluindo informações que os adultos buscavam comida e cuidavam dos jovens. Os pesquisadores suspeitam que membros do rebanho voltaram ao mesmo local durante temporadas sucessivas para formar colônias de reprodução. “Os jovens caram com os adultos pelo menos até atingirem a idade adulta. Pode ser que eles tenham cado no mesmo rebanho depois de atingirem a idade adulta, mas não temos informações que corroborem essa hipótese”, explicou Vincent Fernandez, paleontólogo e coautor do estudo, do Museu de História Natural de Londres. O comportamento do rebanho também pode proteger indivíduos jovens e vulneráveis do ataque de predadores. “É uma estratégia para a sobrevivência de uma espécie”, acrescentou Fernandez.
Arqueólogos encontram cidade pré-inca no Peru Uma equipe de arqueólogos desenterrou no norte do Peru e s qu el e to s d e 2 9 p e ss o a s , incluindo três crianças. O achado pode ajudar os especialistas a reescrever a história da civilização pré-inca Wari. A cultura wari era uma civilização andina que oresceu no centro dos Andes aproximadamente des de o século VII d.C. até o século XIII d.C. Segundo informou Edgar Bracamonte, o pesquisador principal citado pela agência AFP, os corpos enterrados há mais de mil anos foram encontrados na região costeira de Lambayeque, cerca de 750 quilômetros ao norte de Lima.
" E n c ont r a m o s u m t e mp l o cerimonial com 29 fragmentos humanos, 25 pertencentes à era mochica e quatro à cultura wari", disse Bracamonte. A cultura moche, ou ©FUNDO DA ARQUEOLOGIA
civilização mochica, se desenvolveu na costa norte do Peru entre 100 a.C. e 800 d.C. "Estas descobertas nos permitem repensar a história da região de Lambayeque, especialmente os laços com as
civilizações wari e mochica na área", explicou especialista. Os restos de 25 corpos da cultura mochica foram encontrados em túmulos de argila e câmeras funerárias em um templo. Foram achados também peças de cerâmica e restos de lhamas, alpacas e porquinhos-da-índia. De acordo com o cientista, o enterramento de três crianças e um adolescente na frente do templo sugerem que eram sacrifícios humanos da c u ltura war i. Bracamonte indicou ainda que é a primeira vez que ocorre uma descoberta associada a esta civilização tão longe de sua zona de in uência.
8 BEM-ESTAR
04 A 11 DE NOVEMBRO/2021
Tangerina pode ser combustível para a Pão melancia prática de esportes
GABRIELA MESSNER ARESI OLIVEIRA Nutricionista - CRN:14100665
Uma receita surpreendente e deliciosa ©GUIA DA COZINHA
Nutricionista indica como usar o alimento cítrico para potencializar os treinos e a saúde do corpo ©SHUTTERSTOCK/SPORT LIFE
ânimo ao organismo e, por consequência, disposição ao corpo para exercer as atividades diárias", conta a nutricionista Cyntia Maureen. Para a especialista, outros nutrientes presentes na composição das tangerinas também podem ajudar a impulsionar a realização de exercícios. "Para as pessoas que praticam musculação, a tangerina pode ser uma ótima opção a ser incluída no cardápio, exatamente para ajudar no for t a le cimento mus c u l ar", revela. Mas os benefícios da mexerica não param por aí. Como ela é muito rica em vitamina C, o c onsu mo re g u l ar d a f r ut a tamb ém p o de for talecer o sistema imunológico e evitar o ap a r e c i m e nt o d e d o e n ç a s contagiosas. "Essa vitamina ainda ajuda a elevar a absorção do ferro no processo digestivo, o que auxilia na prevenção de anemia", a rma Maureen. Já a nutricionista Stavro, ressalta que apresentar níveis baixos do nutriente pode ser
Manjericão pode ser uma proteção contra Alzheimer, afirma estudo O manjericão é um erva aromática incrível. Além dos benefícios já conhecidos para a saúde, agora surgiu mais um: o manjericão pode proteger contra o Alzheimer! Este estudo feito por pesquisadores da Universidade do Sul da Flórida (EUA), revelou que um mecanismo de detecção associado ao microbioma do
intestino mostra como o fenchol diminui a neurotoxicidade no cérebro de portadores de Alzheimer. A substância é um composto natural abundante em plantas como o manjericão. Algumas evidências recentes já mostravam que os SCFAs (ácidos graxos de cadeia curta), metabólitos
E
perigoso para o bem-estar geral do organismo. "A de ciência de vitamina C resulta em imunidade prejudicada e maior suscetibilidade a infecções", conta. Por isso é importante i n g e r i r a l i m e nt o s c om o a mexerica, que conta com uma alta concentração da substância. Por m, mas não menos importante, vale lembrar que as tangerinas também possuem aç ão ant ioxid ante, f unç ão essencial para o bom funcionamento do corpo. "A vitamina C suporta a função de barreira epitelial contra patógenos e promove a atividade de eliminação de oxidantes da pele, protegendo potencialmente o estresse oxidativo ambiental", revela Stavro. Diminuir ou evitar a oxidação d a s c é lu l a s d o or g an i s m o contribui para diminuir os níveis de colesterol e prevenir doenças cardiovasculares. Segundo a nutricionista, propriedades antioxidantes também retardam o aparecimento de rugas e deixam a pele com um aspecto mais jovem e saudável.
produzidos por bactérias intestinais bené cas contribuem para a saúde do cérebro. Os estudo resultou nos seguintes dados: os SCFAs do intestino, que viajam do sangue ao cérebro, podem se ligar e ativar o receptor 2 de ácido graxo livre (FFAR2), uma molécula de sinalização celular expressa em neurônios cerebrais.
Ingredientes Massa de beterraba 1 beterraba picada 15g ou 1 tablete de fermento biológico fresco 1 ovo ½ xícara (chá) de água morna 2 xícaras (chá) de farinha de trigo (aproximadamente) 1 colher (chá) de sal 3 colheres (sopa) de óleo 1 colher (chá) de açúcar ½ xícara (chá) de uva-passa preta sem sementes
¾ de xícara (chá) de água morna 1 colher (chá) de sal 3 colheres (sopa) de óleo 1 colher (chá) de açúcar 2 xícaras (chá) de farinha de trigo (aproximadamente) Margarina e farinha de trigo para untar e enfarinhar 1 gema para pincelar Modo de preparo Para a massa de beterraba, bata no liquidi cador a beterraba, o fermento, o ovo, a água, o óleo, o sal e o açúcar por três minutos. Trans ra para uma tigela, junte a uva-passa e adicione a farinha, aos poucos, até formar uma massa homogênea e que desgrude das mãos. Cubra e deixe descansar por 30 minutos. Para a massa de espinafre, bata no liquidi cador o espinafre, o fermento, o ovo, a água, o óleo, o sal e o açúcar. Trans ra para uma tigela e adicione a farinha, aos poucos, até formar uma massa homogênea e que desgrude das mãos. Cubra e deixe descansar
por 30 minutos. Para a massa branca, bata no liquidi cador o fermento, o ovo, a água, o óleo, o sal e o açúcar. Trans ra para uma tigela e adicione a farinha, aos poucos, até formar uma massa homogênea e que desgrude das mãos. Cubra e deixe descansar por 30 minutos. Sove a massa de beterraba por cinco minutos e modele um pão. Abra a massa branca com o auxílio de um rolo, coloque o pão de beterraba e enrole como rocambole. Faça o mesmo com a massa de espinafre, enrolando o pão de beterraba e a massa branca. Coloque em uma fôrma grande de bolo inglês untada e enfarinhada, pincele com a gema e leve ao forno médio, preaquecido, por 40 minutos ou at é a s s a r e d ou r a r. D e i x e amornar, desenforme e sirva em seguida. Rendimento: 12 porções Fonte: Terra
Massa de espinafre 1 e ½ xícara (chá) de espinafre picado 15g ou 1 tablete de fermento biológico fresco 1 ovo ½ xícara (chá) de água morna 3 colheres (sopa) de óleo 1 colher (chá) de sal 2 xícaras (chá) de farinha de trigo (aproximadamente) 1 colher (chá) de açúcar Massa branca 15g ou 1 tablete de fermento biológico fresco 1 ovo
(27) 3241-5997/3241-6081/99238-2020
©GETTY IMAGES/ISTOCK
Tangerinas — ou mexericas — são frutas cítricas deliciosas, práticas e muito populares no Brasil. Por terem uma casca que pode ser retirada com as mãos e gomos facilmente destacáveis, ela é uma opção rápida e simples para se consumir em, praticamente, qualquer lugar. Uma fruta que, acima de tudo, reforça a ideia de que para fazer dieta não é preciso sofrer nem abdicar de prazeres alimentares. S egundo Adriana Stavro, nutricionista funcional pelo C e nt r o Un i v e r s i t á r i o S ã o Camilo, as tangerinas "são fonte de minerais, bras, to químicos bioativos, como alcaloides e carotenoides e são excelente fonte de vitamina C, um nutriente que fortalece o sistema imunológico". Além das propriedades cítricas, elas também são uma ótima fonte de carboidratos saudáveis. Elemento fundamental para proporcionar energia durante a prática de atividades físicas. "Assim como a maioria dos alimentos com essas características, a fruta dá mais
ssa receita de pão m e l a n c i a é surpreendente! Perfeita para impressionar amigos e família, ela mistura três tipos de massas diferentes e resulta num pão saboroso. Além disso, o pão melancia é preparado com ingredientes muito nutritivos e saudáveis, como a beterraba e o espinafre. E o visual colorido tem tudo para agradar a criançada! Con ra já como preparar esse tipo de pão que, nós apostamos, fará o maior sucesso à sua mesa.
A estimulação do mecanismo de d e t e c ç ã o d o F FA R 2 p e l o s
metabólitos microbianos (SCFAs) pode ajudar na proteção das
células cerebrais contra o acúmulo tóxico da proteína beta-amiloide (Aβ) que causa a doença de Alzheimer. Na realidade, o fenchol afeta os dois mecanismos relacionados à senescência e proteólise e diminui a formação de células neuronais zumbis semimortas, além de aumentar a degradação das Aβ. Assim, a proteína amiloide é eliminada do cérebro. Porém, antes de abusar do manjericão para tentar evitar a demência, ainda serão necessários mais estudos em humanos.
SAÚDE 9
04 A 11 DE NOVEMBRO/2021
Primeira vacina contra o câncer de mama será testada em humanos nos EUA Vacina desenvolvida pela Clínica de Cleveland é "a primeira de seu tipo" e tem como objetivo prevenir o câncer ©LISA DEJONG/CLÍNICA CLEVELAND/DIVULGAÇÃO
Uma vacina contra o câncer de mama está se tornando realidade. Recentemente, a Clínica Cleveland anunciou que está lançando um primeiro teste em humanos da vacina projetada para prevenir o câncer de mama triplo-negativo, que atualmente não responde a terapias hormonais ou medicamentos direcionados, ou seja, só pode ser prevenido com mastectomia. Até este momento, o desenvolvimento de vacinas contra o câncer de mama é limitado ao trabalho de lab oratório e p es quisa em animais. Portanto, o teste em humanos pode começar agora que a Food and Drug A d m i n i s t r a t i o n d o s E UA aprovou um novo pedido de medicamento experimental. Por mais que o ensaio só inclua mulheres sobreviventes de câncer de mama triplo-negativo em estágio inicial, os pesquisadores esperam levar a vacina para pessoas saudáveis com alto risco para a doença. “Em longo prazo, esperamos que esta possa ser uma verdadeira vacina preventiva a ser administrada a mulheres s au d áve i s p ar a e v it ar qu e
desenvolvam câncer de mama triplo-negativo, a forma de câncer de mama para a qual temos os tratamentos menos e cazes”, explicou o Dr. omas Budd, em um comunicado para a imprensa. Infelizmente, o câncer de mama triplo-negativo é responsável por cerca de 12% a 15% de todos os cânceres de mama e mata quase um quarto das pacientes em cinco anos após o diagnóstico. A presença da proteína chamada αl a c t a l b u m i n a , g e r a l m e nt e acompanha a doença e a vacina terá como alvo justamente essa proteína, fazendo com que o sistema imunológico e vite tumores de mama emergentes. Com isso, a injeção terá uma droga que alerta o sistema
imunológico para alactabalbumina, de modo que ela possa interromper o crescimento do tumor. Para isso, a análise incluirá de 18 a 24 pacientes sem tumor após tratamento para câncer de mama triplo-negativo em estágio inicial nos últimos três anos. Elas receberão três injeções, cada uma com intervalo de duas semanas. Os pesquisadores começarão com doses baixas em apenas algumas pacientes e as monitorarão antes de aumentar a dose. O estudo está estimado para ser concluído em setembro de 2022 e é nanciado pelo Departamento de Defesa dos Estados Unidos. “Esta estratégia de vacina tem potencial para ser aplicada a outros tipos de tumor”, concluiu Budd.
Sintomas da doença mão-pé-boca, que está causando surto em cidades do Brasil ©SHUTTERSTOCK
Chapecó, em Santa Catarina, Ourinhos, em São Paulo, e outras cidades do Brasil estão enfrentando surtos da chamada doença mão-pé-boca, que atinge principalmente crianças. O vírus é comum nessa época do ano, mas é preciso car atento aos sintomas e evitar o contágio. Na cidade catarinense, 63 casos positivos foram registrados em crianças de pelo menos oito escolas diferentes desde o último dia 29 de setembro. No município paulista, 63 também foram atendidas na rede hospitalar com sintomas da infecção. S e g u nd o a pre fe itu r a d e Ourinhos, o vírus costuma registrar um aumento de casos em crianças nesta época do ano. No entanto, em 2021, o crescimento está sendo maior do que o previsto. As autoridades acreditam que a causa seja o retorno às aulas presenciais após um longo período de isolamento em casa. De acordo com o Ministério da Saúde, a doença mão-pé-boca é uma enfermidade contagiosa
causada pelo vírus Coxsackie da família dos enterovírus que habitam normalmente o sistema digestivo e também podem provocar estomatites, um tipo de aa que afeta a mucosa da boca. Ap e s a r d e t a m b é m p o d e r contaminar adultos, ela é mais comum em crianças com menos de cinco anos, p or iss o, geralmente aparece em escolas primárias e creches. Os sintomas, além da estomatite, incluem febre, manchas vermelhas na boca, mal-estar, falta de apetite, vômitos, diarreia, dores no corpo, bolhas e erupções na pele, entre outros do tipo. A transmissão acontece através do contato direto entre pessoas
contaminadas ou através de secreções ou alimentos com o vírus. Mesmo depois de recuperada, a pessoa pode transmitir o vírus pelas fezes durante aproximad amente quatro semanas. O período de incubação oscila entre um e sete dias. Não existe um tratamento especí co para a doença mãopé-boca. Segundo a Saúde, a doença regride de forma espontânea depois de alguns dias. No entanto, podem ser necessários medicamentos para controlar os sintomas. Como é uma do ença contagiosa, a recomendação é que o infectado evite sair de casa durante o período.
©LOTHAR DRECHSEL/ISTOCK
Infecção urinária pode atingir homens e mulheres de todas as idades Médico especialista indica as melhores maneiras de prevenir o incômodo e fugir de complicações mais sérias A i n fe c ç ã o u r i nár i a é u m problema muito frequente em pacientes do sexo feminino. De acordo com dados divulgados pela Sociedade Brasileira de Urologia de São Paulo, esse mal acomete mais da metade das
mulheres em algum momento da vida. Mas também pode se des envolver em homens e crianças, de qualquer idade. "Na primeira infância, os meninos têm mais propensão por conta das más-formações do
trato urinário. Posteriormente, a tendência empata até a adolescência. Já as meninas, quando iniciam a vida sexual, costumam apresentar mais estas infecções e isso vai até os 50 anos", conta o Dr. Danilo
queimações ao urinar pode ser o primeiro indício de que algo não está legal e, talvez, essa seja a hora de procurar ajuda médica. Ter a urina mais escura, com odor forte e febre baixa constante são outros alertas de uma possível infecção urinária.
Galante, médico especializado em urologia pela Universidade Estadual Paulista (Unesp). Segundo o especialista, a infecção urinária é mais comum entre as mulheres por conta de diferenças genéticas entre os sexos. "A uretra da mulher, além de ser mais curta do que a do homem, está mais próxima do ânus, o que favorece a passagem de microrganismos para a região. Além disso, a condição também é comum durante a menopausa, já que as taxas de e s t r ó g e n o, h o r m ô n i o q u e p r o t e g e o t r a t o u r i n á r i o, diminuem", explica.
Porém, com o passar do tempo é normal que homens também apresentem um alto índice de infecção urinária. "A partir de um dado momento, os homens começam a apresentar mais as infecções urinárias por conta dos problemas de próstata", comenta o médico. Sintomas de infecção urinária Os sintomas podem variar de acordo com as individualidades de cada pessoa. Mas, geralmente, eles afetam o sistema urinário e órgãos como bexiga, rins e uretra. Sentir dores e
Prevenção Para car longe de problemas com infecção urinária, o Dr. Galante listou as principais medidas de prevenção. Hábitos simples, que podem contribuir muito para a saúde. Con ra: Ingestão de líquidos saudáveis — para manter o trato urinário em constante atividade. Os líquidos ajudam a evitar a prisão de ventre, que pode causar infecções; Cardápio alimentar com bastante bra, como frutas, verduras e grãos integrais; Urinar com frequência, de preferência, a cada três horas; Evitar sabonetes muito fortes; Preferir calcinhas de algodão, fugir dos tecidos sintéticos; Postura higiênica em meninas e mulheres: limpar a área da frente para trás para não levar bactérias do bumbum para a vagina.
10 Criança hoje, Criança amanhã
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ANA MARIA IENCARELLI Psicanalista Psicanalista Clínica, especializada no atendimento a Crianças e Adolescentes Presidente da ONG Vozes de Anjos http://www.anamariaiencarelli.blogspot.com
Injustiça e Ecolalia, Jeferson, Lú cia, Regina... Pra nã o dizer que nã o falei de lores —Parte V Não somos todos iguais porque a violência contra vulneráveis, mulheres, Crianças e idosos, tem um “Quê” de inimputabilidade garantida ©MARIELLA FURRER
C
ocorre dentro de casa e na presença de lhos pequenos. A Juíza Viviane, é emblemática. Assassinada com 16 facadas pelo ex-
mãe, existe a Privação Materna Judicial imposta pelo Estado, existe a prisão por engano que pode ter a desculpa de semelhança
©SHUTTERSTOCK
aminhando e c a n t a n d o e seguindo a canção, somos todos iguais... Não. Não somos todos iguais. A música diz, mas não somos. E, não é apenas uma questão entre os que comem lé e os que comem osso retirado do lixo. Somos diferentes, mas a língua é a mesma, até quando se tem posições antagônicas. As palavras são usadas em vetores contrários de sentido, como se fossem um eco. É uma espécie de reedição da Torre de Babel, mas sem nenhuma diversidade linguística. Uma mesma palavra é usada para o seu cont raditór io. E ss a, me parece, é uma maneira de estilo cupim que “resolve”,
durante uma audiência. São muitos os papelões da cenogra a social. Mas, parece que há uma convergência n i s s o t u d o : a desresponsabilização. Entrou na moda uma estratégia para diminuir a pilha. Em algumas mesas ela está mais alta do que a pessoa sentada ali atrás dela. Fala-se em 150 milhões de processos. Já ouvi uma estimativa bem maior. Em nome de uma “humanização”, uma troca de crime por con ito ilude. Parece que diminuindo a g r av i d a d e e x i s t e nt e , a s
culpa, dos autoritarismos, dos exageros, das maldades praticadas. Porque só se humaniza o que é desumano. Só se restaura o que está em ruínas. “Justiça Restaurativa”? Regina foi condenada a passar 1 dia por semana trabalhando, com cadastramento de moradores de rua, das 8 às 17 horas. Lembrando, ela foi acusada de “facilitar” o sequestro do neto, que suplicou para não ser capturado por Ordem Judicial e entregue ao pai de quem queixava de comportamentos libidinosos. Alguém escutou o menino? Hoje, arrastando uma série de sequelas, com quadro de estresse pós-traumático. E, alguém olhou a condição de saúde de Regina? Alguém quis ver seu laudo? Não foi lido, nem considerado. O preconceito dogmático da alienação da mãe, a crença de que é mentira dela, a nal ela é u m a alienadora/sequestradora de criança associada à lha, uma atribuição, sem nenhum comprometimento com a
car em pé por 9 horas seguidas? Será que vai restaurar o seu cisto, já op erado, que voltou a crescer? Condenada sem ter cometido nenhum crime. Ou é c r i m e a gor a prote ge r Criança de um abusador? É isso a Justiça humanizada? Mu l h e r e s s ã o l o u c a s . Crianças são mentirosas. E, a perita agrada banalizando e ju st i c and o a s pr át i c a s masturbatórias e anais que aquele pai obrigava sob espancamento ao lho, é considerada pessoa de “notório saber”. Não há como responsabilizar essa gravíssima falta Ética. É a encenação do romance. “O Processo” de Kaa faz parte da sociedade cenográ ca. E o pensamento mágico, que traz os mortos como os verdadeiros autores dos crimes intrafamiliares, toma o lugar da razoabilidade e da Ciência. Não demora, vamos ter uma receita de um “Bolo Quântico”. Mas as partículas de dimensões nano dos ingredientes, não transformam uma receita de ©DIOGO SALLABERRY/AGÊNCIA RBS
autoritariamente, as diferenças. Aliás, nunca fomos tão intolerantes com as diferenças que escapam do cupinzeiro social. Numa sociedade cenográ ca, onde tudo é erguido de papelão, há muitas leis, lindas, mas não há obediência cidadã a essas lindas leis. O Feminicídio, por exemplo, nunca esteve tão em alta como agora, apesar da Lei Maria da Penha, avançada, vigorar desde 2006. “Não aguentou o m do r e l a c i o n a m e n t o” é a motivação mais apontada nos casos dessa violência familiar, que, em sua maioria de casos,
marido na frente das três lhas pequenas. Na noite de Natal. Também na festa de Réveillon de 2017, um pai, sobre quem pesava a acusação de abuso sexual, matou a ex-mulher e mais as mulheres da família dela que ele alcançou, matou o lho e se suicidou. Queria ter a guarda desse único lho. Não somos todos iguais porque a violência contra vulneráveis, mulheres, Crianças e idosos, tem um “Quê” de inimputabilidade garantida. Agora existe o “estupro culposo”, o abuso s e x u a l i nt r af am i l i ar d e Criança que vira alienação da
daquela fotinho 3x4 aos 14 anos ou por ter um pai que tem nome homônimo de um c r i m i n o s o . O u , simplesmente, porque é um jovem tipo PPP. A inimputabilidade também é garantida para Operadores de Justiça que cometem falhas Éticas, como aquela que justi cou as práticas de estupro do pai, dizendo para o lho que aqueles comportamentos eram naturais entre homens. Ou quando gritam e usam o clássico “cala a boca” porque uma mulher tenta se defender de uma distorção litigante e cruel que lhe é atribuída,
p e ss o as i nve ste m ne ss a mágica. Restaurativa. Não vi o reconhecimento, a mea
verdade, que a acusa de conivência. Restaura o que em alguém da terceira idade
bolo em evidência de Bolo Quântico.
COMPORTAMENTO 11
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Esconder emoções pode fazer mal à saúde ©SIGMUND/UNSPLASH
Seja estando com amigos, colegas de t rab a l ho ou fami liares, algumas vezes passamos por situações que despertam sentimentos desagradáveis. Mas, por algum motivo, é comum guardarmos isso e não expressar o que realmente estamos sentindo. E, ao contrário do que muita gente pensa, esconder as emoções não é uma atitude exclusiva de pessoas tímidas, que s of re m p or nã o c ons e g u i r expressar o que sentem, e pode acontecer até com os mais extrovertidos. O problema é que a supressão emocional — quando disfarçamos ou evitamos expressar o que realmente estamos sentindo — cria problemas não apenas para o emocional como também para a saúde física. Dependendo da intensidade e da frequência com que deixamos de revelar o que sentimos, nosso
sempre juntos, qualquer situação que provoque um desequilíbrio emocional muito forte (envolvendo sentimentos como ansiedade, tristeza ou raiva) pode gerar alterações químicas e hormonais que desencadeiam quadros como dor de cabeça, dores musculares, dor nas costas, cansaço, fadiga e até problemas digestivos, como gastrite e diarreia. Um bom exemplo disso é o aumento de casos de doenças psicodermatológias (problemas de pele que tenham um forte componente psicológico), como psoríase e dermatite atópica, durante o período de isolamento na pandemia do novo coronavírus. Até mesmo insônia e sobrecarga mental podem ser sintomas de alguma emoção somatizada. "O cérebro gasta uma energia importante para a pessoa não mostrar o que está
corpo pode desenvolver as chamadas doenças psicossomáticas — aquelas provocadas ou agravadas por algum sofrimento psíquico ou emocional. Como os lados físico e mental do nosso corpo andam
sentindo e tentar se proteger. Isso ac ab a tendo uma resp ost a emocional mais intensa, que pode vir por meio do aumento de respiração, batimentos cardíacos e até de hormônios, como o cortisol, considerado o
hormônio do estresse", a rma a neurocientista ais Gameiro, da Nêmesis, empresa de educação corporativa em Neurociência Organizacional. S egundo Natalia Pavani, psicóloga do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, a supressão emocional pode afetar qualquer pessoa. No entanto, quem tem maior preocupação em corresponder às expectativas alheias é mais propenso a esse tipo de comportamento. "Essa 'fuga' pode representar, por exemplo, que a pessoa não está à vontade para expressar o que sente em um contexto especí co", explica. Isso nem sempre é um problema. Basta pensar, por exemplo, no contexto das relações de t r a b a l h o, q u a n d o c omp ar t i l h am o s d e for m a pontual nossa insatisfação ou problemas pessoais. O comportamento se torna preocupante quando passa a ser frequente ou quando a pessoa não consegue falar o que sente em nenhum cenário. "É necessário considerar o contexto em que uma emoção não está sendo expressa genuinamente e o porquê", diz Pavani. Professor de psicologia da Universidade Presbiteriana Mackenzie, o psicanalista e psicólogo Leonardo Luiz a rma que qualquer pessoa pode passar p or e ss e t ip o d e s itu a ç ã o, independente dos traços dominantes de personalidade. "Esconder emoções é um
me canismo natura l do s er humano para esconder coisas com as quais não se sente confortável e pode acontecer da mesma forma com introvertidos e extrovertidos", a rma. "Para se ter uma ideia, tem gente que não quer falar nem das coisas boas que estão acontecendo em sua vida. Cada um encontra um motivo para não falar ou demonstrar o que sente", acredita. E, pensando que o outro não tem como adivinhar o que está sendo propositalmente escondido, é possível que, em algumas situações, esse tipo de comportamento acabe criando uma b ar reira nas rel açõ es interpessoais. "A função de uma barragem em uma represa é utilizar a força da água represada para gerar energia, que vem com muito mais intensidade.
Emoções funcionam de forma análoga. Quando não lidamos com elas e as deixamos guardadas, elas cam contidas e a c a b a m s e i nt e n s i c a n d o, causando prejuízo para as nossas vidas", avalia Pavani. É b ast ante comum categorizarmos as emoções por "boas" ou "ruins" quando, na verdade, isso é um juízo de valor pessoal, já que as emoções simplesmente "são". Por isso, encarar os sentimentos que nos compõem é o primeiro passo para incentivar cada vez mais que as pessoas sejam mais abertas ao diálogo e consigam se expressar melhor. "Há pessoas que se orgulham de p ass ar a v id a deixando as emoções de lado, mas isso é um equívoco", acredita Pavani. "Ainda que uma emoção seja pareça negativa, ela tem uma
função de proteção, de nos dar a oportunidade de demonstrar que temos limites que não podem ser invadidos", a rma a especialista. A psicóloga lembra ainda que, embora muitas pessoas sintam medo de se expressarem, isso pode ser motivo até de orgulho. "Ao contrário do que se pensa, falar o que está sentindo de maneira equilibrada e assertiva pode até despertar admiração", diz. E, caso a di culdade em se expressar esteja provocando sofrimento psíquico, além de perdas sociais importantes, a ajuda de um especialista é bemvinda e necessária. "É importante para o indivíduo que deseja se conhecer melhor e alterar seus comportamentos a m de trazer benefícios para si e suas relações", a rma Pavani.
Natureza ajuda na cognição e saúde mental de adolescentes Estudo realizado na Inglaterra ressalta os benefícios de crianças e jovens viverem perto de orestas ©MICK HAUP/UNSPLASH
A adolescência é uma fase da vida de muitas incertezas e desa os. O relatório da Unicef “Situação Mundial da Infância 2021”, publicado em outubro, mostra que, em média, um em cada cinco (19%) adolescentes e jovens de 15 a 24 anos, muitas vezes, sente-se deprimido ou tem pouco interesse em fazer as coisas. Limitando a pesquisa entre brasileiros, a porcentagem sobe para 22%. As razões são diversas e os responsáveis devem car atentos para buscarem ajuda pro ssional quando necessário. Enquanto isso, um novo estudo, realizado na Inglaterra, sugere que aproximar os jovens das áreas verdes naturais é um grande investimento para a saúde mental. Pesquisadores ressaltam os benefícios da natureza para a mente de crianças e adolescentes. Não que seja exatamente uma n ov i d a d e , m a s a p e s qu i s a “Bene t of woodland and other n a t u r a l e nv i r o n m e n t s f o r adolescents' cognition and mental health” (Benefício da oresta e outros ambientes naturais para a cognição e saúde mental dos adolescentes, em tradução livre) foi intitulada a maior do gênero. Ao total, foram 3.568 participantes. Realizada
por pesquisadores da University College London (UCL) e Imperial College London, a pesquisa analisou crianças e jovens com idades entre nove e 15 anos, de 31 escolas em Londres. “Este período é um momento chave para o desenvolvimento do p e n s a m e n t o, r a c i o c í n i o e compreensão do mundo pelos adolescentes”, a rma a UCL. O estudo avaliou as ligações entre diferentes tipos de ambientes urbanos naturais e o
desenvolvimento cognitivo, saúde mental e bem-estar geral. Para tanto, os “ambientes” foram divididos no que os planejadores chamam de espaço verde (bosques, prados e parques) e espaço azul (rios, lagos e mar). Os pesquisadores usaram dados de satélite para ajudar a calcular a taxa de exposição diária de cada adolescente a cada um desses ambientes dentro de 50m, 100m, 250m e 500m de sua casa e escola. Os resultados mostraram que a maior exposição diária à oresta
(mas não a p ast agens) foi associada a pontuações mais altas para o desenvolvimento cognitivo e a um risco 16% menor de problemas emocionais e comportamentais dois anos depois. Efeito semelhante, porém m e n o r, f o i o b s e r v a d o n o chamado espaço verde, com pontuações mais altas para o desenvolvimento cognitivo, mas não foi observado no chamado espaço azul. De todo modo, os cientistas ressaltam que, na
média geral, o acesso a espaços azuis foi baixo entre os participantes. Para o autor principal, o estudante de doutorado Mikaël Maes, as descobertas sugerem que nem todo tipo de ambiente pode contribuir igualmente para e ss e s b e ne f í c i o s [desenvolvimento cognitivo e a saúde mental] à saúde. “O banho na oresta, por exemplo (estar imerso nas imagens, sons e cheiros de uma oresta), é uma terapia de relaxamento que tem sido associada a benefícios siológicos, apoiando a função imunológica humana, reduzindo a variabilidade da frequência cardíaca e do cortisol salivar, além de vários aspectos psicológicos benefícios. No entanto, as razões pelas quais experimentamos esses benefícios
psicológicos da oresta permanecem desconhecidas”. Já a autora sênior conjunta, professora Mireille Toledano, a rma que “é fundamental para nós descobrir por que os ambientes naturais são tão importantes para a nossa saúde mental ao longo da vida”. Ela levanta algumas hipóteses: “o benefício deriva do exercício f í s i c o qu e f a z e m o s n e ss e s ambientes, das interações sociais que muitas vezes temos neles, da fauna e a ora que podemos desfrutar nesses ambientes ou uma combinação de tudo isso?”. Os pesquisadores envolvidos no estudo a rmam que pesquisas adicionais são fundamentais para explicar as ligações entre natureza e saúde. O estudo, em inglês, foi publicado na Nature Sustainability.
12 OLHAR DE UMA LENTE
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HAROLDO CORDEIRO FILHO Haroldo Cordeiro Filho - Jornalista DRT: 0003818/ES Coordenador-geral da ONG Educar para Crescer
CPI da Sonegação quer saber quanto operadoras de telefonia devem ao Estado Marcelo Santos, que preside o colegiado, solicitou as informações ao secretário da Fazenda. Teles fazem parte de relação dos maiores devedores aos Fiscos estaduais ©REPRODUÇÃO INTERNET
trabalham para oferecer uma cobertura de qualidade em nosso Estado. Enquanto isso, diversas regiões cam incomunicáveis!”, cobrou o parlamentar. De acordo com a s ol i c it a ç ã o d a C PI , o secretário tem dez dias para informar o valor individualizado das dívidas das operadoras de telefonia móvel OI, VIVO, TIM e CLARO tem com o Estado. Relatório A Fena sco divulgou, no n a l d e o u t u b r o, u m estudo contendo as dívidas de empresas que, somadas, deviam mais de R$ 896 bilhões aos estados e ao Distrito Federal em 2019, o equivalente a 13,2% do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro. O relatório apontou ainda que entre 2015 e 2019, o montante da
dívida cresceu 31,4%. Os valores dizem respeito
ativa após o m do prazo legal para pagamento ou
©GUTO NETTO/ASSECOM
O
presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Sonegação na Assembleia Legislativa do Estado do Espírito Santo (Ales), o deputado estadual Marcelo Santos, solicitou ao secretário de estado da Fazenda, Marcelo Altoé, as informações relativas às dívidas das operadoras de telefonia móvel que atuam no Estado. Parlamentar exige maior cobertura para consumidores. “No nal do mês de outu bro, a Fe d e r a ç ã o Nacional do Fisco Estadual e Distrital (Fena sco) divulgou uma lista das maiores empresas devedoras aos scos estaduais e, dentre elas, estão as operadoras de telefonia móvel. As empresas estão com dívidas enormes e não
a impostos, contribuições e multas que deixaram de ser pagos pelo setor privado, registrados como dívida
Empresas devedoras:
Telefónica; - Tim Celular (R$ 3,5
Deputado estadual Marcelo Santos
após decisão nal em processo administrativo regular.
- Telefônica — Vivo (R$ 4,9 bilhões) — empresa de telecomunicações controlada pela espanhola
TATI BELING
bilhões) — empresa de telefonia brasileira subsidiária da Telecom Italia.
BRASIL 13
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A semana em Brasília S e no E
Haroldo Cordeiro Filho Luzimara Fernandes
jornalfatosenoticias.es@gmail.com
Mudança do clima — Aprovado projeto que atualiza legislação ao Acordo de Paris
Idosos — Comissão aprova proposta que inclui turismo entre os direitos das pessoas idosas
©GILMAR FÉLIX/CÂMARA DOS DEPUTADOS
©WALDEMIR BARRETO/AGÊNCIA SENADO
Fora Alcolumbre — Senador Oriovisto pede que Alcolumbre se afaste do comando da CCJ Em pronunciamento, nesta quarta-feira (3), o senador Oriovisto Guimarães (Podemos-PR) considerou fundamental que a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) se reúna para votar a
©WALDEMIR BARRETO/AGÊNCIA SENADO
A Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa Id o s a d a C âmar a d o s Deputados aprovou proposta que estabelece o direito da pessoa idosa a turismo que respeite sua p e c u l i ar c on d i ç ã o d e idade. O Estatuto do Idoso, alterado pelo texto, já prevê como direitos a alimentação, a educação e a cultura, entre outros. Foi aprovado o substitutivo da relatora, deputada Dulce Miranda (MDBTO), ao Projeto de Lei 2798/19, do deputado Gustinho Ribeiro (Solidariedade-SE). “A potencial demanda por produtos e serviços turísticos pelas pessoas idosas poderá trazer impactos bastante positivos para a atividade no País”, analisou a relatora. Segundo o deputado Gustinho Ribeiro, pesquisas junto a consumidores indicaram que uma em cada quatro pessoas com mais de 60 anos tem intenção de viajar, e a maioria revelou a predileção por destinos dentro do Brasil. O projeto, que tramita em caráter conclusivo e já foi aprovado pela Comissão de Turismo, ainda será analisado pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania.
CBPC — Aprovado percentual de loterias para desporto paralímpico Em votação simbólica, o Plenário do Senado aprovou, nesta quarta-feira (3), o projeto que volta a destinar 0,04% da arrecadação das loterias de prognósticos numéricos, como a Mega-Sena, ao Comitê Brasileiro de Clubes Paralímpicos (CBPC). O texto do PL 1953/2021, do senador Carlos Viana (PSDMG), segue para análise da Câmara dos Deputados. Segundo as regras vigentes, o CBPC tem a atribuição de promover políticas públicas para o s e g m e n t o paralímpico, passando a receber diretamente da Caixa Econômica Federal 15% da verba destinada ao Comitê Brasileiro de Clubes (CBC). No entanto, esse dispositivo só passaria a ser observado com o início da arrecadação da Loteria Instantânea Exclusiva (Lotex), que ainda não foi implementada. "Não se sabe, contudo, se um dia a Lotex funcionará. Depois de duas tentativas fracassadas de leilão de concessão desta, houve êxito em outubro de 2019. Entretanto, segundo Ministério da Economia, o consórcio vencedor do leilão não cumpriu condições prévias dentro da data limite para a assinatura do contrato", diz Carlos Viana na justi cação do projeto. Em seu relatório, o senador Romário (PL-RJ) lembrou que, antes da entrada em vigor da Lei 14.073/2020, o CBC tinha a obrigação de aplicar, no mínimo, 15% de seus recursos em atividades desportivas; porém, na falta de funcionamento da Lotex, "o paradesporto não tem recebido qualquer verba de loteria". Romário ofereceu uma emenda de redação. Na discussão da matéria, Carlos Viana, cumprimentou Romário por seu parecer. Ele salientou que sua proposição faz justiça ao desporto paralímpico, que deve receber não “benesses”, mas direitos. “Temos que nos orgulhar muito de nossos clubes paralímpicos, das medalhas que trouxeram, e muitas vezes não reconhecidos pela sociedade”, de niu. O senador Izalci Lucas (PSDB-DF) também mencionou o reconhecimento aos atletas paralímpicos e o senador Nelsinho Trad (PSD-MS) saudou os paratletas de seu estado que conquistaram medalhas nos Jogos de Tóquio deste ano. A iniciativa do projeto também foi saudada pelos senadores Jayme Campos (DEM-MT), Nilda Gondim (MDB-PB), Luís Carlos Heinze (PP-RS) e Esperidião Amin (PP-SC).
©AGÊNCIA SENADO
O S e n a d o aprovou nesta quarta-feira (3) o projeto de lei que atualiza a Política Na c i ona l s obre Mudança do Clima (PNMC), instituída pela Lei 12.187, de 2009, adaptando essa política ao Acordo de Paris e aos novos desa os relativos à mudança do clima. Relatado pelo senador Jaques Wagner (PT-BA), esse projeto (PL 6.539/2019) segue para a Câmara dos Deputados. O texto estabelece que o Brasil irá neutralizar 100% das suas emissões de gases de efeito estufa (GEE) até o ano de 2050, no âmbito da Estratégia Nacional de Longo Prazo. E que as chamadas NDCs (sigla em inglês para Contribuições Nacionalmente Determinadas, que são compromissos voluntários criados por cada país signatário do Acordo de Paris) serão de nidas com base no mais recente Inventário Brasileiro de Emissões e Remoções Antrópicas de Gases de Efeito Estufa não Controlados pelo Protocolo de Montreal. Além disso, as NDCs deverão adotar metas progressivas e mais ambiciosas em relação às NDCs anteriores, indicando valores absolutos para as reduções de emissões, por meio de planos setoriais de mitigação e adaptação que detalhem as ações para atingimento das metas traçadas. O texto estabelece ainda que as NDCs serão elaboradas a partir da coordenação do governo federal e de ampla participação dos entes federados, da sociedade civil, dos setores econômicos e da academia, alinhando-se com as metas de desenvolvimento sustentável assumidas pelo Brasil perante a Organização das Nações Unidas (ONU), contendo metas quantitativas e qualitativas. O projeto estava na pauta de votações do Plenário do Senado do último dia 26, quando o relator do texto, senador Jaques Wagner (PT-BA), fez apenas a leitura de seu relatório — ele disse na ocasião que o ministro do Meio Ambiente havia pedido que não houvesse deliberação sobre a matéria naquela semana, porque estava para ser criada uma comissão interministerial para discutir o tema. Antes disso, o projeto já havia sido incluído na pauta do Plenário em abril, quando também teve sua votação adiada. Em linhas gerais, o projeto de ne a Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC); inclui nas diretrizes da Política Nacional sobre Mudança do Clima (PNMC) os compromissos assumidos pelo Brasil no Acordo de Paris; torna a Estratégia Nacional de Longo Prazo instrumento da PNMC; de ne o Comitê Interministerial sobre Mudança do Clima como instância máxima de coordenação para implementação da PNMC; dispõe sobre planos de ação para prevenção e controle do desmatamento e para mitigação e adaptação à mudança do clima; dispõe sobre a governança do PNMC; dispõe sobre as obrigações do poder público na implementação da política; e dispõe sobre os compromissos do Brasil. Jaques Wagner está participando da COP26 (Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima), na Escócia. Nas suas redes sociais, ele publicou o seguinte: “Daqui da COP 26, vejo que o recado para todo o mundo está dado: a defesa do meio ambiente é uma agenda obrigatória para todos, especialmente para gestores públicos, parlamentares, governos, iniciativa privada, imprensa e demais setores da sociedade”. Na segunda-feira (1º), o Brasil anunciou a meta de reduzir em 50% a emissão de gases poluentes até 2030. O anúncio ocorreu após a aprovação, no último dia 20, no Senado, do projeto de lei que determina que o governo federal detalhe as ações para alcançar o m do desmatamento ilegal no País até 2025 (PL 1.539/2021). Esse projeto, que agora segue para análise da Câmara dos Deputados, antecipa em cinco anos o compromisso assumido pelo governo junto à comunidade internacional em abril deste ano.
indicação de André Mendonça para o Supremo Tribunal Federal, após uma demora de quase cem dias. Ele sugeriu que o presidente da CCJ, senador Davi Alcolumbre (DEM-AP), entregue temporariamente o comando da Comissão ao vice-presidente, senador Antônio Anastasia (PSD-MG), que, na sua opinião, tem nesse momento as melhores condições para conduzi-la, pelas credenciais que possui. Oriovisto pediu ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, que instale, de nitivamente, o Conselho de Ética, para que julgue “as graves acusações que uma revista de circulação nacional” fez contra Alcolumbre, que — considera — devem ser esclarecidas, por mencionar testemunhas e documentos. “Se eu pudesse fazer um pedido a Davi Alcolumbre — para o bem de todos nós, inclusive para o bem dele — é que ele viesse aqui e pedisse para ir para o Conselho de Ética e lá comprovasse a sua inocência, demonstrasse que está sendo vítima de alguém que o traiu, como ele alega, mas que faça isso e que pare de impedir que a CCJ funcione”, a rmou.
PcD: passe livre para acompanhante pode mudar O deputado Carlos Vo n ( Av a n t e ) propõe mudança na legislação que prevê gratuidade no S i s t e m a d e Tr a n s p o r t e R o d ov i á r i o Intermunicipal de Passageiros do Estado do Espírito Santo (Sitrip/ES) para acompanhantes de pessoas com de ciência que precisam se deslocar para tratamento fora do respectivo domicílio. Para isso, propõe alteração na Lei Complementar Estadual 971/2021, que trata do assunto. O Projeto de Lei C omplementar 27/2021 autoriza o acompanhante a embarcar e desembarcar fora do ponto de parada utilizado pelo bene ciário, desde que o mesmo esteja em horário de atendimento. Atualmente, a lei permite a gratuidade somente se o acompanhante embarcar e desembarcar concomitantemente ao paciente. Von pontua a necessidade de estender ao responsável o direito ao passe livre durante o período de atendimento da pessoa com de ciência, desde que seja apresentado ao condutor do coletivo, no momento do embarque, documento comprobatório emitido pela instituição onde o atendimento é realizado. O texto ainda obriga a instituição onde ocorrer o atendimento a normatizar o documento, especi cando o horário de atendimento. Esse tópico garante ao acompanhante o direito de retorno ao local onde ocorre o tratamento. Segundo o deputado, a maioria dos acompanhantes são pessoas de baixa renda e que precisam aguardar o término do atendimento ao paciente para se deslocar. “Ora, não é justo ou razoável que o acompanhante tenha que esperar um longo atendimento, que pode durar um dia ou uma tarde inteira, de saúde, assistência e educação do Estado, para poder exercer outras atividades enquanto este acompanhamento é realizado. A presente proposição visa possibilitar às pessoas mais necessitadas de não terem que aguardar o término do atendimento da pessoa com de ciência para que aquela possa dar continuidade à sua vida, realizando outras atividades que assim classi quem como fundamentais no dia a dia daquele acompanhante”, declara o parlamentar. A proposição foi encaminhada para análise das comissões de Constituição e Justiça, Mobilidade Urbana e Finanças. Caso seja aprovada e vire lei, a medida entrará em vigor na data de sua publicação. ©MARCELO CAMARGO/AGÊNCIA BRASIL
Feminicídios, assassinato de crianças e latrocínio, pautaram discursos de deputados na manhã de quarta-feira (03) ©ANA SALLES/ALES
A violência no Espírito Santo voltou a pautar os pronunciamentos dos parlamentares, durante a sessão ordinária realizada na manhã desta quarta-feira (3), na Assembleia Legislativa (Ales). A deputada Janete de Sá (PMN) citou novos casos de violência contra a mulher, dando destaque a um caso ocorrido em Vila Velha, na última segunda-feira (1º), quando uma mulher foi esfaqueada pelo exnamorado. O caso ocorreu no momento em que a vítima saía do seu trabalho, no centro de Vila Velha. “Ela já tinha o interesse de sair do estado, com medo das ameaças, mas, saindo do local de trabalho, ela foi barbaramente esfaqueada, covardemente esfaqueada pelas costas pelo ex-namorado. A vítima contou que terminou esse relacionamento com o suspeito há pouco tempo e que ele vinha ameaçando ela de morte”, denunciou a deputada. Janete lamentou que a vítima não tenha sido amparada por uma medida protetiva por parte das instituições de segurança pública, já que o suspeito já tinha informado até mesmo ao patrão dela que atentaria contra a vida da ex-namorada. “Será que ela não procurou os órgãos de polícia para poder denunciar esse fato? A mulher não pode esperar. Se ela é vítima de uma situação como essa, ela precisa procurar os órgãos o ciais de polícia”, salientou.
14 GERAL
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Mais de 300 tartarugas Caminhar pode ajudar a são encontradas mortas reduzir os sintomas de no México depressão pós-parto ©GETTY IMAGES/ISTOCK
Animais da espécie Lepidochelys olivacea são listadas como vulneráveis ©DIVULGAÇÃO/PROJETO TAMAR
Segundo informações de um funcionário do Ministério do Meio Ambiente do México, ao menos 300 tartarugas foram encontradas mortas na costa do Pací co. Primeiros exames ap o nt a m q u e e l a s s e r i a m tartarugas-oliva (Lepidochelys olivacea). De acordo com um porta-voz do Ministério, os animais acabaram morrendo afogados. O funcionário diz acreditar que
eles, muito provavelmente, caram presos em redes de pescas ilegais que estão em altomar, ou nas chamadas “redes f a n t a s m a s ”, q u e f o r a m abandonadas no oceano. Conforme divulgado pela BBC do Reino Unido, as Lepidochelys olivacea são listadas como v u l n e r áve i s p e l a Un i ã o Internacional para a C ons e r v a ç ã o d a Natu re z a (IUCN) — que alerta que a
população da espécie está diminuindo. Os animais foram encontrados na praia de Morro Ayuta, na costa oeste do México. De acordo com a BBC, a região é um dos locais onde as tartarugasoliva visitam no período de desova. Segundo Ernesto Albavera Padilla, especialista na espécie, todas elas eram fêmeas.
Cabeças de carneiro gigantes em pedra são descobertas em Luxor, no Egito O Ministério das Antiguidades e Turismo do Egito anunciou a descoberta de novas cabeças de pedra na área de escavação na antiga via de el-Kebash (ou Avenida das Es nges), em Luxor, que está atualmente em rest auração, segundo o portal AlMonitor. " A m i s s ã o arqueológica que trabalha na zona de el-Assasif, na parte ocidental da província de Luxor, encontrou três cabeças de carneiro. As escavações continuam na área como parte do projeto para restaurar el-
pertence ao rei Amenhotep III "uma vez que a cabeça possui um chifre, um olho e o buraco onde a cobra é colocada". A coroa ©REPRODUÇÃO FACEBOOK de Amenhotep III tinha orifícios para a cobra. "Espera-se que as cabeças de carneiro sejam colocadas nos corpos das estátuas ao longo da avenida", observou secretário-geral. A Avenida das Es nges, de três mil anos de idade e 2,5 km de comprimento, era o local de procissões c e r i m o n i a i s e originalmente conectava os templos de Luxor e Karnak. A avenida de arenito é ladeada de ambos os lados geral do Conselho Supremo de por estátuas em forma de es nge Antiguidades. com cabeças de carneiro. Segundo ele, uma das cabeças Kebash, que deve abrir nas próx i m a s s e m an a s " , d i s s e Mustafa al-Waziri, secretário-
depressão pós-parto e essas por semana para reduzir os A pandemia causada pela covidmelhorias permaneceram sintomas. 19 escancarou diversos mesmo três meses após as mães De acordo o professor Marc problemas sociais e um deles, foi interromperem seus programas Mitchell, “caminhar é bastante a forma das mulheres lidarem de caminhada. acessível e a grande coisa é que com a depressão pós-parto. Elas “Caminhar proporciona um você pode fazer isso com seu acabaram procurando novas tratamento que contorna muitas bebê”, além de poder sair várias formas de tratamento — além da dessas barreiras. Não poderia vezes por semana durante meia psiquiatria e medicamentos — e haver momento mais relevante hora ou até 15 minutos por dia. descobrindo que a atividade física pode ser um bom caminho. Um novo estudo indicou que uma caminhada rápida de pelo menos 15 minutos por dia pode ser a resposta para muitas mulheres que lutam contra a depressão após a gestação, embora alguns casos graves ainda possam exigir cuidados médicos tradicionais. A depressão pós-parto pode causar mudanças de humor severas, exaustão e até mesmo uma sensação de desesperança. Por exemplo, em torno de 23% das mulheres no Canadá experimentam alguns desses sintomas, enquanto estudos recentes na Europa na canal Ásia da Sedu Digital no YouTube, nesta quarta-feira (07), às 14 horas A transmissão seráe no mo st r ar am qu e o nú me ro aumentou para quase 30% durante a pandemia. “A depressão pós-parto pode ter efeitos importantes na saúde mental da mulher, mas também no desenvolvimento da criança”, disse Veronica Pentland da Faculdade de Ciências da Saúde. Para se aprofundar melhor no tema, o estudo analisou dados de cinco projetos de pesquisa envolvendo 242 participantes, para um caminho acessível para O time de pesquisadores recomendando que as mulheres o tratamento de saúde mental”, descobriu que andar resultou em caminhem em uma “intensidade concluiu Pentland. reduções clinicamente moderada” de 90 a 120 minutos signi cativas nos sintomas de
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Vaquinha virtual quer Litoral gaúcho vai entregar livros sobre contar com educação inovadora a travessias aéreas escolas públicas para passagem de anfíbios ©DIVULGAÇÃO
©DAER
Uma campanha de nanciamento coletivo tem como objetivo levar 200 exemplares do “Guia de S obre vivência da Educação I n o v a d o r a” p a r a e s c o l a s indígenas, quilombolas, comunitárias, rurais, ribeirinhas, inclusivas e de movimentos sociais. O autor do livro, Caio Dib, pretende enviar exemplares para fora do eixo Rio-São Paulo. Para colaborar, acesse a vaquinha virtual do guia. O texto é o resultado de um mapeamento sobre iniciativas educacionais transformadoras e os problemas que colocavam m às boas ideias. Dividido em 10 capítulos, o volume apresenta experiências de especialistas em educação e os desa os encontrados na área. Abaixo, leia um trecho. Os últimos cinco anos zeram muita diferença para a educação no Brasil. Até 2013, diversas iniciativas e soluções criativas para o setor aconteciam por todo o canto do país, mas eram pouco divulgadas e noticiadas. Sem falar que o contato entre os próprios educadores era bem acanhado, ao ponto de muitas práticas individuais ou até mesmo institucionais serem desconhecidas, inclusive nas suas próprias cidades. Foi nessa época que eu decidi pedir demissão do emprego para me dedicar a entender o que acontecia pelas regiões do país. Caí na estrada durante cinco meses, indo do Pará até São Paulo para conhecer as realidades de 58 cidades, buscando educadores e projetos de todos os tipos que e st av am t r ans for m and o ou podiam transformar suas
localidades. Lembro de andar pelas ruas, procurando por boas histórias, e ouvir tanta gente me responder: “Você quer boas histórias em educação? Precisa conhecer a minha!” ou “Vou te apresentar minha tia!” ou até mesmo “Vem comigo que vou te levar numa escola incrível!”. O resultado dessa viagem e das narrativas que conheci foi o livro Caindo no Brasil: uma viagem pela diversidade da educação e mais de 200 palestras pelo Brasil e EUA (sim, continuo na estrada). Além disso, divulgo essas boas práticas no por tal www.caindonobrasil.com.br. De lá para cá, uma porção de projetos como o Caindo no Brasil nasceram para localizar abordagens inovadoras e fortalecer as conexões dentro e fora da área da educação. Só para nomear alguns: Volta ao Mundo em 13 Escolas, Quando Sinto que Já Sei, Conane. Junto com eles, o e c o ss i ste m a d e e du c a ç ã o e i nov a ç ã o e volu iu b a st ante. Institutos e fundações ganharam força, startups encontraram um terreno mais fértil e educadores começaram a ser valorizados em suas comunidades e na mídia. Vivemos um novo momento da educação inovadora brasileira. Agora, o desa o é outro. Mais do que mapear e divulgar soluções criativas, precisamos ajudar a fortalecê-las. Depois dos últimos an o s e n c ont r an d o pr át i c a s inspiradoras, percebi que a vida de algumas iniciativas ainda é muito curta. Professores e educadores de ONGs têm di culdade de mantêlas rodando pelo tempo necessário para que tenham o impacto que deveriam. Nos
levantamentos que fazemos no Caindo no Brasil, muitos desses projetos não conseguem passar de um ano de existência. Este livro, porém, não falará sobre a realização de práticas inovadoras. Vou tratar aqui daquilo que estou chamando de “bastidores”. São 10 tópicos muito importantes que acontecem além da sala de aula e que considero fundamentais para a sustentabilidade do projeto educativo. O objetivo principal será falar sobre esses momentos a partir da experiência que tive entrevistando e convivendo com educadores inovadores e outros atores desse ecossistema de inovação e educação nos últimos anos. Além disso, resgato meus aprendizados como educador, num curso extracurricular com jovens entre 10 e 14 anos. Minha proposta era que criássemos projetos para transformar o bairro onde eles moravam e estudavam. Pensando e trabalhando juntos, desenvolvemos um mapa dos pontos positivos do bairro, instalamos bicicletários nos comércios locais e até mesmo refor mamos uma praç a em parceria com a prefeitura regional. Mesmo assim, senti que faltou um olhar mais atento para alguns dos bastidores que tornassem esse projeto realmente sustentável. A partir da investigação de projetos que estão acontecendo (ou aconteceram) no Brasil e da minha experiência pessoal em sala de aula que disso que os 10 “bastidores” para garantir a sobrevivência do seu projeto inovador em educação foram criado. É sobre eles que vamos falar nas próximas páginas.
Após a conclusão das passagens subterrâneas para a fauna na Rota do Sol (ERS-486), em Itati, no litoral norte gaúcho, estão sendo construídas cinco estruturas aéreas no local para passagem de anfíbios (sapos, rãs, p ererecas, car ras cos, salamandras, tritões e cobrascegas ou cecílias). Executadas pelo Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer) — vinculado à Secretaria de Logística e Transportes, as obras já começaram e devem ser concluídas em 20 dias, sem previsão de alteração de tráfego. “A s n o v a s t r a v e s s i a s complementam os equipamentos para proteção à fauna existentes no segmento da Reserva Biológica Mata Paludosa e compõe um complexo inédito no país
voltado à travessia de anfíbios, que conta, ainda, com cercasguias para a condução dos animais para essas estruturas”, ressalta a superintendente de Meio Ambiente do Daer, Josani Carbonera. De acordo com a engenheira, os equipamentos foram propostos pela empresa Biolaw Consultoria Ambiental, contratada em 2017 pelo Daer para um estudo de monitoramento de fauna na Rot a do S ol. A p es quis a, realizada durante seis meses, ap ontou o a lto índice de atropelamento de animais, inclusive de espécies que estão em risco de extinção (conforme Decreto Estadual de 2014): a perereca-castanhola (It ap ot i hy la langs dor ffii), perereca-risadinha (Ololygon
rizibilis) e perereca-macaca (Phyllomedusa distincta). Esta última é encontrada no país apenas na Mata Atlântica, nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e São Paulo. “Ao se deslocar de um lado para outro da rodovia para se reproduzir e buscar recursos, como alimentos, esses anfíbios acabam sofrendo acidentes”, explica o biólogo Luiz Carlos Leite. “Ao todo, cerca de R$ 2 milhões estão sendo investidos nas ações de proteção à fauna na rodovia. Essa etapa ocorrerá no período entre a Primavera e o Verão, quando os animais estão mais ativos”, a rma o diretorg e r a l d o D a e r, L u c i a n o Faustino.
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O que é consciência? Cientistas duelam para saber Experimento poderia nos deixar mais perto de compreender a consciência humana ou até aumentá-la ©DC STUDIO/FREEPIK
O que é a consciência? No mundo da ciência, há muito para se entusiasmar sobre esse tema. Especialmente após um conjunto de experimentos ter revelado que é possível aumentar a consciência humana. O mé to d o é chama d o d e colaboração adversária. Tanto na ciência como na vida, as pessoas geralmente têm muitas teorias sobre as coisas. No entanto, muitas teorias vivem inde nidamente na segurança de suas “verdades absolutas” intelectuais. A s o lu ç ã o é c onv i d ar o s proponentes de narrativas con itantes a identi car algum ponto de contradição que pode ser testado. Isso nos permitiria identi car as teorias erradas, o que é uma boa de nição de progresso. Essa ideia não é totalmente nova. Em 1919, Arthur Eddington, um astrônomo britânico, usou um eclipse solar para testar duas teorias con itantes — as noções de Is a a c Ne w t o n s o b r e a gravidade e as de Albert Einstein sobre a relatividade geral (Einstein ganhou). Mas não houve nenhuma pesquisa em grande escala desse tipo com a
quando a perdemos, como em um coma ou sono sem sonhos, durante convulsões ou anestesia geral? Por que a lesão no cerebelo, que tem 69 dos 86 bilhões de neurônios em nossos cérebros, não causa perda de consciência, enquanto a lesão em outras regiões, sim? Essas questões também
participação ativa de cientistas em duelo. A Te m p l e t o n Wo r l d Charity Foundation quer mudar isso. A organização sem ns lucrativos nancia pesquisas sobre algumas das maiores questões da humanidade, especialmente aquelas na interseção da ciência e espiritualidade. Isso inclui a consciência. Po r q u e o s hu m a n o s geralmente têm consciência? O que acontece
têm signi cado moral. Os bebês recém-nascidos têm consciência? E quanto aos prematuros? Fetos? Macacos e outros primatas quase certamente sim, mas e os polvos? Abelhas? Moscas da fruta? O mais perturbador é que nossas máquinas e algoritmos — que já derrotam os humanos no xadrez e podem em breve ser melhores em dirigir nossos carros — um dia se tornarão conscientes?
Alexia Debacker Espinoso Dawid Potgieter, um sulafricano que dirige o projeto Templeton, já a rmou que sua equipe identi cou cerca de uma dúzia de teorias plausíveis sobre a consciência. Em seguida, eles os emparelharam de forma que os experimentos pudessem refutar um em cada casal. Eventualmente, ele quer disputar cerca de cinco ou seis confrontos diretos. Esses experimentos contrapõem a chamada “te or i a d o e sp a ç o d e trabalho global” (GWT na sigla em inglês), defendida por Stanislas Dehaene no College de France em Paris, contra a “teoria da informação integrada” (IIT na sigla em inglês), defendida por Giulio
Tononi na Universidade de Wisconsin em Madison. Ambas as teorias são tão complexas que, ao tentar entendê-las, é possível perder a consciência. Mas a pesquisadora Lucia Melloni, do Instituto Max Planck, em Frankfurt, fornece alguns atalhos mentais. Ela é a organizadora (neutra e independente) desta colaboração adversária. Para entender o GWT de Dehaene, ela pede que se imagine o sistema nervoso como um enorme teatro. No início, todos os neurônios cam sentados no escuro, sussurrando e se cutucando — isto é, disparando e trocando informações — mas ainda sem consciência de nada. Mas então alguém, o “espaço de trabalho”, sobe
no palco. Todas as luzes agora brilham nesta entidade, e ela tem a atenção de todos os neurônios na audiência. Este espaço de trabalho transmite uma mensagem para a exclusão da outra tagarelice. O que chamamos de consciência é simplesmente a sensação de perceber essa transmissão. No IIT, em contraste, a consciência não é uma mensagem, mas uma estrutura causal, e muito complexa. Ela se baseia em uma grade de neurônios que, como um mapa bidimensional de Man hatt an , suste nt a a cidade tridimensional que se ergue a partir dela. Mas todos os neurônios na estrutura devem ser integrados para me dar a
experiência de perceber esta cidade — onde ela começa e termina e assim por diante — então, eles devem ser capazes de causar efeitos uns nos outros. Seis laboratórios em todo o mundo decidiram fazer os mesmos testes e coletar os resultados de forma paralela. Os dados serão então disponibilizados online, para que qualquer pessoa no mundo possa baixá-los e testar suas próprias hipóteses sobre a origem da consciência. Mas, para os pesquisadores, não importa quem vai ganhar ou vencer esse duelo. O que importa é poder usar os resultados para fazer progresso na ciência e testar outras teorias potenciais da mesma forma.