Jornal Fatos & Notícias 453

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Educação Cultura Ciência e Tecnologia Meio Ambiente Saúde Economia ANO XI - Nº 453 16 A 23 DE DEZEMBRO/2021 SERRA/ES

©WILTON JÚNIOR/ESTADÃO

Professor transforma praças em salas de aula

Distribuição Gratuita

GABRIELA MESSNER ARESI OLIVEIRA

8 Que tal um panetone salgado aí? Com a chegada das festas de m de ano, a vontade de saborear comidas típicas aumenta Pág. 8

ANA LUCIA

8 A loja ‘Mais Linda’, sorteará

uma deliciosa cesta natalina. Corra lá para participar Pág. 14

ANA MARIA IENCARELLI

8 Até quando teremos que lidar com a infame e inconstitucional Lei da Alienação Parental? Pág. 10

HAROLDO CORDEIRO FILHO

8 O Circuito Estadual de

Frescobol 2021, realizado em Vitória, foi um sucesso Pág. 12

A importância da saúde mental de crianças Pág. 11

Novo colírio promete aposentar os óculos de leitura Nasa entra na coroa solar pela primeira vez Pág. 14

O engenheiro eletricista aposentado Silvério Moron pendura um cartaz do seu projeto, Adote um Aluno, numa das mesinhas de concreto da praça Pág. 4

Periquito cara-suja será reintroduzido na Serra da Aratanha ©GIOVANNA RODRIGUES

Fóssil de tigre dente-desabre é, na verdade, uma nova espécie ©DOMÍNIO PÚBLICO/WIKIMEDIA COMMONS

Medalhas numeradas facilitarão identicar cada indivíduo após soltura, além de apresentar dados de sobrevivência e adaptação Pág. 2

A descoberta começou em 2017, durante uma reforma no Museu Nacional de História Natural Smithsonian, em Washington Pág. 7

Pág. 7

Projeto da Cultura leva cor e arte a bairros de Vitória Pág. 3

©LEONARDO SILVEIRA/PMV

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2 MEIO AMBIENTE

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Periquito cara-suja será reintroduzido na Serra da Aratanha ©FÁBIO NUNES

Mais um passo foi dado para a conservação do periquito carasuja (Pyrrhura griseipectus), espécie exclusivamente nordestina, cuja ocorrência atualmente se restringe a quatro p onto s d o C e ar á : S e r r a d e Baturité, Quixadá, Canindé e Ibaretama. A ave, que encontra-se classi cada como “Em perigo” pela Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN), reúne agora esforços de pesquisadores para ser reintroduzida nas matas da Serra da Aratanha, situada no município de Pacatuba, na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF). A ação é uma extensão do Projeto Periquito Cara-Suja, exe c ut ado há 15 anos p el a Ass o c i a ç ã o d e Pe s qu is a e Preservação de Ecossistemas Aquáticos (Aquasis), na Serra do Baturité, no Sertão Central do Ceará, onde existe uma Unidade de Conservação (UC) na categoria de Refúgio de Vida Silvestre. A realização culminou

no aumento signi cativo da população da espécie na região, com o auxílio de caixas-ninhos, estratégia muito e caz para a reprodução dos periquitos em orestas mais jovens que não dispõem de tantos ocos de árvores para abrigá-los. Relatos de moradores antigos da Serra da Aratanha apontam que, no passado, o periquito cara-suja foi registrado na região por pesquisadores e naturalistas. Por ter passado por diversos ciclos ag r í c ol a s , a s e r r a te ve su a cobertura orestal reduzida drasticamente, o que contribuiu para o desaparecimento da espécie. “Além disso, o naturalista Antônio Bezerra apontou ordens de matanças de psitacídeos expressas por leis, no ano de 1804, que obrigavam lavradores a abater essas aves 'de bico torto', por s e re m c ons i d e r a d as pr ag as agrícolas, sob pena de multa ou reclusão. Entre os anos de 1877 e 1879, o Ceará sofreu uma grande seca que esgotou seus demais produtos de exportação, restando

a fauna silvestre como fonte de renda”, explica Fábio Nunes, biólogo e coordenador do Projeto Periquito-Cara-Suja, desenvolvido pela Aquasis. O pesquisador também destaca que, em 1876, foi inaugurada a estação ferroviária do município de Pacatuba, onde ca localizada a S e r r a d a Ar at an ha . A d at a coincidente com o início do surgimento frequente de periquito cara-suja no mercado europeu de venda de animais exóticos. Catálogos de aves em países como França e Inglaterra

Ursos polares precisam se deslocar 64% mais para encontrar alimentos ©ALAN WILSON/WIKIMEDIA COMMONS

O derretimento do gelo no Alasca está forçando os ursos polares a se deslocarem mais em busca de comida, revela um estudo recente publicado no periódico Ecosphere. A pesquisa mostra que a área que os animais precisam ocupar para conseguir alimentos e outros recursos é cerca de 64% maior no período entre 1999 e 2016 em comparação ao intervalo de 1986 a 1998. Os dados foram obtidos a partir de rastreamento por satélite para acompanhar os padrões de movimentos de fêmeas na região do Mar de Beaufort, porção do Oceano Ártico ao norte do Alasca. A equipe do Serviço Geológico dos Estados Unidos constatou que, para permanecer em seus habitats de gelo marinho, os

ursos estão se deslocando mais para o norte. "Ter que viajar mais longe signi ca que esses ursos estão gastando mais energia que pode ameaçar sua sobrevivência", diz Anthony Pagano, p es quis ador da Universidade Estadual de Washington, em comunicado. Isso está acontecendo devido a o d e r r e t i m e nt o d o g e l o próximo à plataforma continental do Alasca e Canadá, onde os ursos costumavam caçar focas que se alimentam dos muitos peixes nas águas rasas da região. Agora, porém, os ursos brancos estão viajando para águas mais profundas e encontrando menos focas, o que alimenta o círculo vicioso de percorrer trajetos mais longos para encontrar comida. "O impacto combinado de ter

que, no verão, se mover mais e mais para o norte com o gelo e depois voltar no outono e inverno à medida que o gelo congela está se tornando um grande pedágio", alerta Pagano. Além disso, outro motivo de preocupação apresentado pela p e s q u i s a é q u e aproximadamente 20% da população dos ursos no Mar de Beaufort estão deixando seus tradicionais campos de caça no gelo marinho e partindo para o interior da costa. Eles vão em busca de carniça e frutos. "À medida que mais ursos se movem em terra, suspeito que haverá muito mais competição por esses recursos alimentares e provavelmente começaremos a ver mais reduções em abundância e sobrevivência", esclarece o principal autor do estudo. Como próximo passo, os p e s qu is a d ore s pre te nd e m estudar mais a fundo a interação entre os animais e seu novo habitat terrestre. Pagano chama atenção para como os humanos podem colaborar para preservar os 800 ursos polares remanescentes no Mar de Beaufort: contendo as emissões de carbono, principal causa por trás do derretimento do gelo nas águas do Ártico.

constavam gravuras de periquitos cara-suja disponíveis para venda, possivelmente capturados na Serra da Aratanha. Os primeiros periquitos carasujas que deverão repovoar a Serra da Aratanha serão exemplares selvagens oriundos da Serra de Baturité. Os espécimes s erão retirados dos ninhos arti ciais durante a noite e colocados em um viveiro de aclimatação construído na Serra da Aratanha. A soltura será feita de forma gradual, de modo que as portas do viveiro de ambientação

serão abertas após o período de adaptação, permitindo a saída espontânea das aves. Por se tratarem de aves de origem de ambiente similar, a expectativa é que o processo de adaptação em um novo ambiente seja rápido. “Os periquitos têm identi cação com a dieta local, sabem se defender de predadores, se reproduzirem, etc. Depois de estabelecida a população pioneira, poderão ser utilizados indivíduos provenientes de cativeiro, que receberão todo o Camaleão Furcifer conhecimento dos selvagens já labordi estabelecidos”, ressalta Nunes. De acordo com o coordenador do proj eto, a ut i lização de indivíduos selvagens vindos da Serra de Baturité só será possível de vido à b o a var iabi lidade genética dessa população e graças ao crescimento populacional experimentado nos últimos anos, por meio do programa de ninhos arti ciais. No último ano, o censo de população da espécie realizado no Maciço do Baturité apontou a presença de 890 indivíduos, distribuídos em 141 ninhos

arti ciais espalhados em 51 sítios da região. As caixas-ninhos também serão usadas na Serra da Aratanha, com o objetivo de solucionar di culdades para além da ausência de ocos naturais que auxiliam a reprodução da espécie, pois os ninhos arti ciais facilitam a escolha de locais seguros que di cultam a captura dessas aves para o trá co, já que na maioria das vezes elas são retiradas dos seus ninhos. A ideia é que essa seja a primeira de muitas reintroduções que precisam ser feitas para essa e outras espécies do Ceará, de acordo com Fábio Nunes. O repovoamento do periquito carasuja na Serra da Aratanha e em outras áreas históricas signi ca segurança contra sua extinção. “Atualmente, 80% da população dessa espécie encontra-se na Serra de Baturité. O risco de extinção por eventos de patógenos, fogo ou perda de variabilidade genética da população da Serra de Baturité pode ser atenuado com o repovoamento”, destaca.

Vaga-lumes em risco de extinção ©ISTOCK

Os vaga-lumes fazem parte do nosso patrimônio de biodiversidade. Conhecidos por serem pontinhos brilhantes durante a noite, eles são uma criatura icônica e desempenharam um papel em muitas culturas — zeram parte de músicas, contos de fadas e a or am a i m ag i n a ç ã o d a s crianças. Existem mais de duas mil variedades de vaga-lumes e os cientistas estão alertando que algumas delas estão à beira da extinção. Essa notícia não é novidade. Estudos anteriores já apontavam para um surto de extinção de insetos, com até 41% de espécies de insetos enfrentando sérios riscos de desaparecimento. Uma nova pesquisa publicada recentemente na revista BioScience indica que a perda de habitat, poluição luminosa e pesticidas estão ameaçando a sobrevivência dos vaga-lumes. Alguns fatores vêm contribuindo bastante para isso. Perda do habitat: é a principal culpada por modi car as condições ambientais necessárias ao desenvolvimento do vaga-lume para seu ciclo de vida. Um exemplo é a espécie de Pteroptyx tener, originária na Malásia que, para se reproduzir de forma adequada, precisa de manguezais e plantas especí cas que vêm sendo substituídas por fazendas de aquic u ltura e

plantações de óleo de palma. Poluição luminosa: o uso de luz arti cial à noite é a segunda maior ameaça para eles. Esse tipo de iluminação pode ocorrer de maneira direta, com luzes de rua e outdoors, e uma iluminação mais difusa que se espalha no céu. Essa “poluição luminosa” atrapalha os rituais de acasalamento da espécie. Os vaga-lumes machos exibem p a d rõ e s bi olu m i n e s c e nte s especí cos para atrair as fêmeas, que em troca devem emitir respostas. Infelizmente, as luzes arti ciais podem imitar e, portanto, confundir os sinais. Ou, pior ainda, a poluição luminosa pode ser muito forte para os vaga-lumes emitirem e reconhecerem adequadamente seus sinais rituais para que o acasalamento seja iniciado ou concluído. Pesticidas: têm sido um fator determinante signi cativo

no declínio das populações de vaga-lumes. A maioria delas passa por estágios larvais, em que cam enterradas ou debaixo da água por até dois anos enquanto se desenvolvem. É nesse período que os insetos estão mais vulneráveis a i n s e t i c i d a s c o m o neonicotinóides ou organofosfatos — que são usados para matar pestes, mas que podem acabar afetando também insetos bené cos, incluindo os vaga-lumes. Como resultado, as larvas morrem de fome ou ap r e s e nt a m a n o m a l i a s d e desenvolvimento que impedem o crescimento populacional. A pesquisa também identi cou algumas espécies que parecem estar especialmente ameaçadas. A Phausis reticulata, conhecidos como “fantasma azul” pelo forte brilho colorido que emite, está sob sério risco. As fêmeas da espécie não têm asas e di cilmente conseguem migrar de habitat caso ele seja destruído.

Jornalista Responsável: LUZIMARA FERNANDES redacao@jornalfatosenoticias.com.br Produtor-Executivo: HAROLDO CORDEIRO FILHO jornalfatosenoticias.es@jornalfatosenoticias.com.br comercial@jornalfatosenoticias.com.br Diagramação: LUZIMARA FERNANDES (27) 3086-4830 / 99664-6644 jornalfatosenoticias.es@gmail.com Facebook Jornal Fatos e Notícias Serra - ES

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CULTURA 3

16 A 23 DE DEZEMBRO/2021

A curiosa técnica Projeto da Cultura leva de bombear água na cor e arte para os bairros da Piedade e Roma do século I Moscoso No passado, o curioso método de mineração fazia seu papel, mas também deixava uma marca irreversível no meio ambiente

©RAFAEL IBÁÑEZ FERNÁNDEZ/CREATIVE COMMONS/WIKIMEDIA COMMONS

©LEONARDO SILVEIRA/PMV

FOTO: REPRODUÇÃO

Quão perigosa tornamos a Terra!” A frase podia ter sido postada no Facebook semana passada, por aquele amigo de todas as causas contemplando os perigos da tecnologia moderna. Quem sabe mencionando o “fracking”, a técnica de bombear água para dentro de um depósito de petróleo ou gás natural para forçar sua saída — o que pode causar de contaminação do solo até terremotos. Mas ela foi escrita quase dois mil anos atrás, em 74, por Plínio, O Velho — o mesmo que morreria cinco anos depois ao tentar investigar a explosão do Vesúvio, em Pompeia. Ele se referia a um método romano de mineração. O ruina montium, ou “destrói m o n t a n h a s”, u m a t é c n i c a hidráulica usada na Espanha do século 1. Ninguém ligava ainda para desastre ambiental, e a coisa funcionava: as minas de ouro espanholas eram as mais produtivas de todo o Império. O resultado é visível ainda hoje: em Las Médulas, as montanhas destruídas criam uma paisagem quase alienígena, que, dois milênios depois, tornou-se uma grande atração turística do local. Lembra o Grand Canyon, nos E s t a d o s Un i d o s — c o m a diferença que este foi feito pela

natureza. 1. Prospecção O alvo era definido após acabarem os veios de ouro superficiais e o veio principal ser descoberto. O método ruina montium era mais barato e menos perigoso que conduzir uma escavação tradicional de profundidade. 2. Mineiros livres As condições eram horríveis. Os túneis eram cavados por meses a fio, nos quais a única luz era a das lâmpadas a óleo. Muitos morriam. Mas havia um lado positivo: ninguém era escravo. A região tinha uma longa tradição de exploração mineral, que datava do tempo dos fenícios e c a r t a g i n e n s e s . O s n at i v o s estavam mais que dispostos a se arriscar em busca de fortuna. 3. Poder hidráulico Até sete aquedutos eram usados para carregar águas da fonte até uma represa acima da montanha. Essa água era acumulada por dias e provinha de rios da região, que tem chuvas particularmente torrenciais durante o verão. 4. Abrindo as comportas A comp or t a era ab er t a e inundava os túneis cavados de

forma a comprometer a integridade estrutural do morro. Quando chegava ao fundo, sua pressão e a do ar comprimido causavam uma explosão, levando ao imediato desabamento. 5. Tecnologia avançada Os romanos não conheciam a física da pressão — isso só foi esclarecido no século 17, por Rob er t B oyle. Mas tinham experiência prática graças a seu sistema de águas, que era baseado em gravidade, mas tinha partes pressurizadas para cruzar vales. Os túneis não tinham saída, de forma que a água batia com muita força contra as paredes, causando um golpe de aríete — quando uma coluna de água encontra um ob st á c u l o, c om re su lt a d o s destruidores. 6. Colhendo os resultados Com a montanha reduzida a lama, bastava procurar pelo ouro a céu aberto, cavar superficialmente ou filtrar o barro em peneiras. Plínio, o autor da frase, diz que 20 mil libras romanas (6,5 toneladas) de ouro eram cavadas anualmente na região. Em 250 anos de operação, 1.650 toneladas do ouro espanhol encheriam os cofres do Império.

(AVENTURAS NA HISTÓRIA)

Foto Antiga do ES ©GESSIMAR MACHADO/FOTOS ANTIGAS DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO/FACEBOOK

FESTA NA IGREJA LUTERANA DE RAPADURA (SAPUCAIA), DOMINGOS MARTINS/ES. ANO DE 1979

Os muros que separavam, agora unem, as paredes que limitavam, agora projetam cores e sonhos. Essa é a nova realidade dos moradores dos bairros nas regiões da Piedade e Moscoso. A Prefeitura de Vitória, por meio da Secretaria Municipal de Cultura (Semc), realizou, na manhã de quartafeira (15), a entrega da pintura do projeto “A Arte é nossa”. A iniciativa, desenvolvida por meio de trabalhos em artes visuais, tem p or obj et ivo distribuir uma série de artes pelos bairros de Vitória a fim de enaltecer a diversidade das regiões, suas culturas e vivências por meio das expressões do grafite e pintura mural. Nesta primeira etapa foram entregues 511,31m² de área trabalhada, nos bairros Moscoso e Piedade, nas ruas Filomeno Ribeiro, José Correia Fi l ho, Frei Antônio dos Mártires e na Escadaria 25 de Abril, abrangendo os muros do Te l e c e n t r o , d o C e n t r o Municipal de Educação Infantil (Cmei) Carlita Corrêa Pereira, na “Pracinha da Minhoca” e também de residências da região. Estiveram presentes ao evento a vice-prefeita de Vitória, Capitã Estéfane, acompanhada do secretário municipal de Cultura, Luciano Gagno e várias outras autoridades. “Não é apenas uma pintura, é uma ação da Prefeitura de Vitória para

trazer dignidade para a comunidade. Nós temos acompanhado essa região de perto e conseguimos chegar com formação, com educação e arte. Me alegra muito estar aqui nesse momento realizando mais essa entrega”, afirmou a viceprefeita. Para o secretário Luciano ações como a de hoje difundem, fomentam e valorizam expressões culturais produzidas por artistas locais. “Estar hoje aqui na Piedade realizando uma entrega tão significativa é motivo de orgulho para nós da Cultura. Sabemos que fazer arte não é algo simples ou fácil no Brasil. Hoje temos em Vitória uma gestão que olha e que investe na Cultura. Mesmo em um período difícil de pandemia, conseguimos realizar grandes feitos, conseguimos estar junto de artistas locais e apresentar à comunidade verdadeiras obras de arte como as que hoje molduram as ruas desta região”, afirmou Luciano. “Para além da arte, que por si só já expressa muito, trazemos com esse trabalho o necessário estímulo do sentimento de pertencimento da população em relação à ocupação dos espaços públicos”, completou o secretário. Quem assina a intervenção artístico-urbana é Alexssandro Mello Furtado que contou também com a participação de jovens das comunidades e convidados. “O objetivo do

nosso trabalho foi abordar diferentes conceitos de representatividade junto aos moradores da região. R e pre s e nt am o s a s m at a s , passamos pelo samba e fechamos com mensagens de paz, projetando muita coisa boa p a r a o f u t u r o ”, d i s s e Alexssandro. “Visitamos, junto com o secretário de cultura, vários moradores para conhecer as suas histórias e as histórias do bairro. Esta é uma região de muita tradição, que tem muita coisa boa para contar, mas que também passou por sérias situações de violência. Queremos com a arte trazer mais esperança, trazer de volta a capacidade de sonhar das pessoas, trazer motivação, valorização e sentimento de pertencimento às comunidades. Estou feliz e honrado em desenvolver esse trabalho”, completou. O valor destinado para o projeto que abrange 700m² de área contemplada é de R$ 50 mil, provenientes do Fundo Municipal de Cultura (FunCultura). Uma segunda etapa do projeto já está em andamento no bairro Goiabeiras, com trabalho em uma área total de 189m², mais precisamente nos muros do Centro Municipal de Educação In f a nt i l ( C m e i ) Ja c y nt h a Ferreira de Souza Simões e deve ser entregue até o final deste mês. LUCIANO DANIEL


4 EDUCAÇÃO

16 A 23 DE DEZEMBRO/2021

Maior programa de Professor transforma bolsas do Brasil praças em salas de abre inscrições aula para 2022 ©WILTON JÚNIOR/ESTADÃO

©PEXELS/TIM GOUW

A Fundação Estudar acaba de abrir as inscrições para a 31ª edição do Líderes Estudar 2022. Maior programa de bolsas de estudo do País, o objetivo da iniciativa é apoiar, reunir e desenvolver jovens de todo o Brasil que desejam gerar transformações positivas nos m ai s d i ve r s o s s e t ore s . O s benefícios do programa incluem mentoria, networking, acesso a uma rede de líderes e bolsas de estudo para universidades brasileiras e internacionais que cobrem até 95% dos custos com a formação. No s ú l t i m o s 3 0 a n o s , o programa já formou mais de 760 líderes no Brasil que hoje são referências em áreas, como Empreendedorismo, Negócios, Tecnologia, Gestão Pública, Ciência e Medicina. “Damos todo o suporte necessário para alavancar a trajetória desses g r an d e s t a l e nt o s”, e x p l i c a Anamaíra Spaggiari, diretoraexecutiva da Fundação Estudar. Além das bolsas de estudo, os selecionados entram para uma rede de líderes transformadores que auxiliam para que “outros jovens também sigam seus sonhos e trabalhem para melhorar o mundo ao seu redor”.

Entre os principais benefícios do prog rama, est ão: b ols a de estudos; acesso à Comunidade de Líderes Estudar; mentorias; eventos exclusivos de conexão, networking, desenvolvimento e inspiração. Para se inscrever na edição de 2022, é necessário: ser natural do Brasil; ter entre 16 e 34 anos; comprovar excelência acadêmica; estar participando de processo de aceitação, matriculado ou cursando o ensino superior no Brasil ou no exterior, em uma das quatro categorias de bolsas: Graduação completa no Brasil; Intercâmbio acadêmico de graduação ou duplo diploma (intercâmbio); Graduação completa no exterior ou pós-graduação no exterior. O pro c e ss o d e s el e ç ã o é

formado por: inscrições, testes de per l, de lógica e análise de trajetória, avaliação de vídeo (veja 10 dicas para fazer seu vídeo de apresentação), entrevista de competências e participação em painéis com exbolsistas e de seleção nal. Na edição de 2022, serão levadas em consideração questões, como diversidade, trajetórias de vida e potenciais diferentes entre os novos líderes. A taxa de inscrição para os programas de graduação e intercâmbio é de R$ 75,00, e para os programas de pós-graduação é de R$ 150,00. Jovens que não tiverem condições nanceiras de arcar com o valor da taxa podem solicitar a isenção, comprovando a necessidade.

Aulas na Rede Estadual começam dia 03 de fevereiro ©ASCOM SEDU

A Secretaria da Educação (Sedu) divulgou, no Diário O cial do Estado de quarta-feira (15), o C alendário Es colar 2022. O ano letivo, que vai contar com 202 dias, começa em 03 de fevereiro para cerca de 450 escolas da Rede Estadual de Ensino, nos turnos matutino, vespertino, noturno e

integral, nas modalidades de ensino regular, Educação de Jovens e Adultos (EJA) e E d u c a ç ã o Pro ssional. As férias escolares vão ocorrer de 18 a 23 de julho e o encerramento das atividades letivas no dia 14 de dezembro. Antes das atividades pedagógicas, as equipes escolares vão participar

Quando a reportagem chegou à Praça Mauro Duarte, em Botafogo, zona sul do Rio, o engenheiro eletricista aposentado Silvério Moron pendurava um cartaz do seu projeto, Adote um Aluno, numa das mesinhas de concreto do lugar. Uma mulher que passava acenou e avisou: "Meu pivete não vem hoje, tá doente". Minutos depois, chegaram Hugo — que, aos nove anos, precisa aprender a divisão por dois algarismos — e Pedro Carlos — que, aos 63, quer saber calcular logaritmos. Criado por Moron, o Adote um Aluno está renascendo após quase dois anos de recolhimento com a pandemia. O projeto completará quatro anos em março. O Estadão contou sua história em setembro de 2019, época em que a ação reunia 50 voluntários e 300 pessoas de todas as idades para "desenvolver a educação!", como gosta de dizer o engenheiro e professor. Esse número foi para 90 voluntários e 450 alunos espalhados por nove praças da capital, duas de Niterói e uma de Cabo Frio em março de 2020. Aí veio a covid-19. "Dei aula a distância por WhatsApp durante a pandemia. Acho (o app) mais objetivo, eles tiram foto das dúvidas, dos exercícios, me enviam, e eu retorno explicando a dúvida", conta Silvério. "Ajudei em torno de 20 alunos dessa forma, por um ano e sete meses". Silvério voltou à praça em outubro. Aos poucos retoma seus alunos e voluntários. Em menos de dois meses, já reuniu 16 pessoas dispostas a ensinar e

da Jornada de Planejamento Pedagógico (JPP), entre os dias 31 de janeiro e 02 de fevereiro, com o objetivo de orientar os professores, organizar as atividades pedagógicas durante o ano letivo e buscar métodos para melhorar a aprendizagem dos alunos.

20 querendo aprender. Gente em busca de todo tipo de aprendizado. Alunos Aluno da 4ª série de uma escola que ca próxima à praça, Hugo Barbosa passou a frequentar as aulas de Silvério e de Mônica Coelho, uma voluntária, atrás de respostas para as dúvidas sobre divisão. Quem o levou foi a avó, Elizabeth. Ela também aproveitou para aprender algo. "Como eu já estava aqui, em vez de car à toa, decidi aprender coisas básicas de inglês", contou Elizabeth, que tem 61 anos. "O Hugo vem de segunda a quinta. O custo para contratar aulas particulares é muito caro, nem todo mundo pode pagar, ainda mais depois de uma pandemia, pois muita gente perdeu trabalho". Quem também elogiou a iniciativa foi o escritor Pedro Carlos Csou. De ciente visual, ele buscou ajuda de Silvério às vésperas das provas do Enem. "Matemática, para quem não e n x e r g a , é mu it o d i f í c i l " , explicou. "Eu não sabia logaritmo e recorri a ele para tentar entender", explicou. "Você não vê nada e vai acumulando, espelhando tudo no cérebro. Tive duas aulas com o Silvério e percebi que o cara é bom, ele c on h e c e . S e t i ve s s e c aí d o logaritmo no Enem, eu saberia tudo". Não há nenhuma exigência ou pré-requisito para ter aulas com algum voluntário do Adote um Aluno. "O projeto é muito simples: a sala de aula é uma praça a céu aberto. É só chegar,

não precisa marcar nada. Acho fundamental que os espaços públicos sejam ocupados com educação", diz Silvério. Sonho "São 181 bairros na cidade do Rio. Nosso objetivo é que em cada um desses bairros tenha uma praça desenvolvendo a educação, mas para isso é muito importante a adesão de um morador de cada bairro para c o mp a r t i l h a r s e u conhecimento", pontuou o engen heiro, que de cidiu promover aulas na praça pela situ aç ão dif íci l do ensino público. "Dou aula particular desde 2003, e é muito triste uma pessoa que trabalha no mundo da educação ver a educação da sua cidade regredir em vez de progredir", lamentou. "Fui aluno de escola municipal em 1970 e tive ensino de excelência. É mu i t o t r i s t e v e r q u e i s s o regrediu, então optei por vir à praça pública, perto de dois colégios municipais, justamente para atender a esses alunos". Mônica Coelho, engenheira eletrônica aposentada, decidiu ser voluntária por razão semelhante. "Minha irmã é professora em escola pública, e sabemos que a escola não dá condições de acompanhar cada aluno". Sempre sorrindo e disposto, Silvério cou com a voz embargada ao responder ao E st adão s e acre dit a que a educação no Brasil ainda pode dar certo. "Se não acreditasse nisso, eu não estaria na rua", a rmou.


INOVAÇÃO 5

16 A 23 DE DEZEMBRO/2021

Frota de ônibus de Barcelona será movida por biocombustível produzido a partir de esgoto Iniciativa é parte de projeto que busca estimular economia circular na cidade ©DIVULGAÇÃO

Nos últimos anos, Barcelona ganhou as manchetes com uma série de iniciativas de planejamento urbano de sucesso. Uma das mais famosas é a superquadra — uma zona sem carros que prioriza pedestres e ciclistas, desviando o tráfego para as principais vias fora do centro da cidade. O programa foi implementado com o objetivo retirar das ruas a poluição atmosférica e o ruído causados pelo trânsito. Agora, em uma tentativa de complementar esses esforços, a cidade elaborou planos para abastecer sua grande frota de ônibus com combustível

produzido a partir do lodo de esgoto. Barcelona tem uma frota de 1,1 mil ônibus e cerca de 900 circulam pelas ruas da cidade na hora do rush. A grande maioria desses veículos é movida a combustíveis fósseis, diminuindo assim a qualidade do ar da cidade e contribuindo para as mudanças climáticas, como mostra a e Optimist Daily. Com o objetivo de encontrar uma alternativa de combustível mais sustentável para seus ônibus, a cidade recentemente montou planos para iniciar um projeto-piloto de produção de AJUFE

biometano — um gás natural renovável — a partir de lodo de esgoto. A iniciativa faz parte do Projeto Nimbus, que pretende estimular a economia circular na cidade, a começar pelo transporte público verde. O processo, que deve começar em março de 2022, envolverá a coleta de lodo de esgoto em estações de tratamento para a produção de biogás — feito de metano e CO₂ — material que hoje costuma ser armazenado em silos e posteriormente queimado para abastecer parte da usina.

SpaceX vai começar a sugar CO₂ do ar para fazer combustıv́el de foguete Elon Musk, CEO da SpaceX, a rmou que a empresa está embarcando em uma nova ave ntu r a ou s a d a : f abr i c ar combustível de foguete usando… o ar! “A SpaceX está iniciando um programa para retirar CO₂ da atmosfera e transformá-lo em combustível de foguete”, revelou Musk no

Twitter. “Por favor, junte-se se estiver interessado”. De acordo com o bilionário, tal processo — usar recursos in situ p ara gerar combust ível — “poderia ter grandes implicações durante nossa transição para nos tornarmos interplanetários”. Em outro tweet da sequência, ele disse que isso “também será

importante para a exploração de Marte”. C onfor me dest ac a o site Futurism, esse é um tópico particularmente pertinente para as operações da SpaceX, haja vista a imensa quantidade de dióxido de carbono que seus foguetes Falcon 9 emitem ao serem lançados.

Tocas de papelão ajudam animais após incêndios florestais Projeto de cientista australiana pode garantir a sobrevivência de pequenas espécies ©WWF

A Austrália enfrentou incêndios orestais de grandes proporções nos últimos anos, ameaçando a s obre v ivênci a de divers as espécies pelo fogo e perda de habitat natural. Durantes os incêndios, os vombates, marsupiais que podem chegar a um metro, foram considerados heróis do reino animal porque abrigaram muitas outras espécies em suas tocas. Mas, com os bosques devastados, as espécies menores enfrentam seus predadores sem ter para onde fugir e o risco se torna muito maior. E para ajudar estes animais, a Dra. Alexandra C a r t h e y, d a M a c q u a r i e University, desenvolveu abrigos biodegradáveis de papelão. As tocas podem servir para ajudar na sobrevivência de gambás, ratos do mato, répteis e alguns marsupiais. Os abrigos de papelão são pirâmides de seis lados, com 60cm de largura em cada lado e 60cm de altura. Eles vêm em embalagens planas e são fáceis de montar. A estrutura interna do casulo é formada por três triângulos que se cruzam em um eixo central, criando espaço grande o su ciente para animais maiores e criando esconderijos p a r a c r i at u r a s m e n ore s e invertebrados, como besouros, baratas nativas e lagartos. Cada toca tem 150 buracos que existem para permitir a entrada de luz, para ajudar a regeneração da vegetação que podem ajudar no processo de decomposição do abrigo de papelão. Para xar a estrutura, é possível usar pedras, sacos de areia ou estacas de madeira usando uma “saia” de papelão ao redor da base. Alexandra Carthey conta que a maioria dos animais pequenos

Dra. Alexandra Carthey mostra o interior da toca desenvolvida por ela morre por predação, e não por idade, a rma ela. “Eles são programados para buscar a segurança da cobertura. E se v o c ê f or n e c e r, e l e s o encontrarão. Depois de um incêndio orestal, a grama espessa, os arbustos com folhas, a casca caída e a serapilheira sob os quais as pequenas criaturas normalmente se escondem foram queimados”, explica. E, algumas espécies de felinos e raposas são conhecidos por matar mais presas do que podem c o m e r, d i z e l a . “ P a r a 1 0 bandicoots mortos, por exemplo, eles podem comer apenas um”. Diferente de outras opções de abrigos arti ciais criados para ajudar os animais, o projeto de Alexandra é muito fácil de carregar e montar. A cientista acredita que será uma solução temporária, usada em situações de fuga ou pequenos descansos ao longo do dia, longe dos olhos dos predadores. O desenvolvimento do projeto c o nt o u c o m a Au s t r a l i a n Wildlife Conser vancy e os Parques Nacionais e Serviço de Vida Selvagem de NSW. Além da facilidade de transporte e montagem, o principal mérito das tocas de papelão é o fato de serem biodegradáveis — vão

c ar no lo c a l p elo temp o necessário e depois são absorvidos pelo solo. Os abrigos desenvolvidos por Alexandra Carthey serão testados no Santuário North Head em Manly, onde um incêndio em outubro do ano passado destruiu 62 hectares de mata nativa. O local também é o lo c a l de um prog rama de reintrodução de mamíferos administrado pela Australian Wildlife Conservancy. Três espécies de pequenos mamíferos, que foram extintas localmente e foram restauradas desde 2017, são prováveis candidatos a se bene ciarem dos 200 abrigos espalhados no local. Outros 100 abrigos serão usados em um teste de campo no Parque Nacional de Marramarra, liderado por um aluno de Carthey, comparando a e cácia das tocas em áreas recentemente queimadas com áreas próximas não queimadas. Câmeras de detecção da vida selvagem, acionadas por movimento e calor, irão capturar as idas e vindas dos animais e levantamentos que incluem a regeneração da vegetação serão realizados mensalmente durante 12 meses.

©SHUTTERSTOCK

abril. “E especialmente para descobrir qual é a melhor economia para a remoção de CO₂”. Na época, ele destacou a importância de se ter muita cautela nesse tipo de procedimento. “No momento, temos apenas um planeta”, disse Musk. “Mesmo com 0,1% de chance de desastre — por que correr esse risco? É insano!”. A iniciativa contaria com um tipo de tecnologia chamada captura direta de ar (DAC), ainda em seus estágios iniciais de desenvolvimento. A maior planta de DAC do mundo, uma instalação na Islândia, começou a operar em setembro e poderá tirar quatro mil toneladas anuais de CO₂ do ar, cerca do dobro da capacidade DAC anterior do mundo.

E m j a n e i ro, Mu s k h av i a anunciado que doaria US$100 milhões para um prêmio pela melhor tecnologia de captura de carbono. O objetivo é extrair mil toneladas de CO₂ da atmosfera anualmente — e, eventualmente, aumentar a escala da operação. “Acho que essa é uma daquelas coisas que vai demorar um pouco para descobrir qual é a solução certa”, explicou Musk em


6 TECNOLOGIA

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Empresa americana completa primeira viagem com cargueiro movido a biocombustível

Volvo anuncia rede de recarga rápida para carros elétricos no Brasil ©BLUE PLANET STUDIO/SHUTTERSTOCK

©EAGLE BULK

Empresas do setor de transporte marítimo vêm estudando formas de adaptar seu trabalho aos novos requisitos ambientais. A americana Eagle Bulk, uma das maiores empresas de cargueiros de médio porte no mundo, completou recentemente sua primeira viagem com biocombustível alinhando o Sydney Eagle, um navio construído em 2015 do tamanho Ultramax (tamanho médio para um navio, menor que PostPa n a m a x , o s m a i ore s q u e conseguem atravessar o Canal do Panamá, e Capesize, os maiores de todos, que são tão grandes que não podem atravessar o Panamá). De acordo com a empresa, o uso do biocombustível marinho “avançado” na alimentação do cargueiro, em comparação ao combustível convencional, proporcionou um corte de 90%

nas emissões de CO₂ ao longo do percurso. O suprimento de energia foi fornecido pela empresa holandesa GoodFuels, a primeira no mundo a lançar um biocombustível marinho — feito a partir de resíduos de madeira e oriundo das orestas da Finlândia. O Sydney Eagle partiu do porto de Terneuzen, sul da Holanda. “Esperamos que mais organizações sigam os passos da Eagle e abracem nossa con ável alternativa de carbono quase zero para os combustíveis fósseis”, relatou Isabel Welten, diretora comercial da GoodFuels. “À medida que a indústria aumenta seu empenho para cumprir as metas regulatórias ambientais em um futuro próximo”. Segundo a companhia neerlandesa, todos os biocombustíveis são produzidos

a p ar t ir de matér ia-pr ima certi cada (ou seja, um produto originado de boas práticas orestais ou de acordo com as normas do FSC — Conselho de Manejo Florestal). A ideia é garantir que não haja risco de desmatamento ou competição com a indústria alimentícia. O biocombustível que, por e x e mp l o, foi ut i l i z a d o n o cargueiro da Eagle Bulk também é certi cado. No m do ano passado, a Organização Marítima Internacional (IMO, na sigla em inglês) anunciou planos para diminuir em pelo menos 50% a emissão de gases-estufa até 2050 — tendo como base o ano de 2008. O transporte marítimo é responsável por um bilhão de toneladas de emissões de carbono por ano, de acordo com a organização ambiental Clean Air Task Force.

A Volvo anunciou, na manhã de qu ar t a-feira (15), que vai entregar uma rede com 13 postos de recarga rápida em rodovias localizadas na região Sudeste do Brasil. A meta é concluir a i nst a l a ç ã o d o s c or re d ore s elétricos até abril de 2022. De acordo com a marca sueca, esta é apenas a primeira de cinco fases que visam ampliar o abastecimento rodoviário no país. Tendo São Paulo como base, as fronteiras da rede vão atingir, como pode ser visto no mapa abaixo, ao norte, as cidades

Cada eletroposto terá um carregador rápido com 150 kWh de potência e dois plugs do tipo 2. De acordo com a Volvo, estes carregadores permitirão uma recarga de até 80% da bateria em 35 minutos. “Com estes 13 carregadores, pretendemos contribuir para 3.250 quilômetros [de eletri cação] no país”, disse Rafael Ugo, diretor de marketing do Latin America Hub para a Volvo. “Estamos construindo essa infraestrutura para que seja algo conveniente para as pessoas.

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de Uberlândia e Belo Horizonte, em Minas Gerais, ao leste, o Rio de Janeiro e a Baixada Santista, a oeste, Presidente Prudente (SP) e Londrina (PR), e, ao sul, Curitiba (PR).

Assim, elas podem programar de forma segura e razoavelmente rápida.” A marca sueca planeja começar a instalação dos carros em março do ano que vem. Vale

Laboratório italiano cria robô que pode voar

ainda ressaltar que os postos não serão exclusivos para veículos elétricos e híbridos da Volvo e, por enquanto, as recargas serão gratuitas. Eles também estarão localizados em ponto de fácil acesso e de conveniência, como redes de restaurantes. O for ne c e d or e st á ai nd a e m processo de concorrência e deve ser anunciado nos próximos dias. Além da rede de recarga, a Volvo também anunciou nesta quarta que vai deixar de oferecer o Volvo XC40 em sua versão híbrida e vender apenas o modelo 100% elétrico. “Já vendemos todo o estoque de XC40 a combustão e não vamos renovar os produtos híbridos”, explicou João Oliveira, diretor geral de operações e inovação da Volvo Car Brasil. “Eletri cação para a Volvo não é nicho, nem complemento de gama. Isso faz com que tenhamos a maior frente de eletri cação já realizada no Brasil até hoje”. Na mesma coletiva, a empresa sueca também anunciou uma parceria com a Ecorodovias para construir 52 pontos de apoio ao usuário (SAUs) da Volvo, que terão carregadores da marca do tipo comum de 11 kW.

©DIULGAÇÃO/INSTITUTO ITALIANO DE TECNOLOGIA

O robô humanoide é chamado iRonCub e ainda está em fase de testes, mas espera-se que ele voe como o Homem de Ferro .Um robô projetado para voar

como o Homem de Ferro está

sendo desenvolvido por pesquisadores do Instituto Italiano de Tecnologia (IIT). A máquina, equipada com motores a jato, é chamada de iRonCub, e ainda está em fase de testes. Os cientistas responsáveis pelo iRonCub terão um artigo publicado na edição de janeiro da revista IEEE Robotics and Automation Letters, e agora estão fazendo atualizações para

que o robô possa fazer voos controlados. As informações são do portal Olhar Digital. Daniele Pucci, chefe do laboratório de Inteligência Arti cial e Mecânica do Centro de Robótica e Sistemas Inteligentes do Instituto Italiano de Tecnologia, destacou as contribuições que podem ser trazidas pelo robô em entrevista. “Eu acredito que os benefícios

são muitos. Primeiro, existem benefícios tecnológicos. A robótica humanoide aérea estende a manipulação aérea a u m n í v e l m a i s ro bu s t o e e ciente em termos de energia”, explica. O cientista também traz uma análise dos benefícios do robô a partir de um olhar social, dizendo: “Eu realmente acredito que a robótica humanoide aérea pode ser

usada como uma base de teste para exoesqueletos voadores atuados para seres humanos”. Mas Pucci não deixa de destacar que ainda há muito chão para que o robô chegue lá: “No entanto, a jornada que temos pela frente ainda é longa, e podemos usar robôs humanoides voadores para impulsionar essa jornada e evitar muitos testes em humanos”, diz.


CIÊNCIA 7

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Fóssil de tigre Nasa entra na coroa solar pela primeira vez dente-de-sabre é, na verdade, uma nova espécie Experiência contribui para novas descobertas da ciência ©NASA

©DOMÍNIO PÚBLICO/WIKIMEDIA COMMONS

O Museu Nacional de História Na t u r a l S m i t h s o n i a n , e m Washington, tinha como atração uma criatura fossilizada que se acreditava ser um tigre dente-desabre. Porém, uma nova análise no material revelou uma curiosidade: trata-se de uma nova espécie. Chamada de Eusmilus adelos, a nova espécie tinha dentes mais a ados e era muito maior do que outros animais com dentes-desabre, embora tenham convivido lado a lado há cerca de 33 milhões de anos. O Eusmilus adelos pertencia ao grupo dos

viveram cerca de 40 a sete milhões de anos atrás. A descoberta começou em 2017, quando o animal fossilizado foi removido durante uma reforma

PRECISÃO

Contabilidade (27) 3228-4068 Nimravideos, também conhecidos como falsos dentesde-sabre — uma família extinta dos mamíferos carnívoros — que

no museu. Foi aí que Paul Barrett, estudante de pósgraduação da Universidade de Oregon, decidiu analisá-lo mais

de perto. Percebendo o tamanho geralmente maior, a forma de seus dentes e crânio, Barrett sabia que se tratava de uma espécie 'estranha' e escolheu seu nome porque 'adelos' signi ca 'invisível, desconhecido ou secreto' em grego. “Para a sua é p o c a , e r a a n o r m a l m e nt e grande”, diz Barrett no estudo publicado na Scienti c Reports. A nova descoberta também levou o pesquisador a repensar a evolução dos nimravídeos. “Historicamente, nossas ideias de como os nimravídeos evoluíram é que eles se tornaram cada vez mais dentados até se extinguirem”, explica. Essas a n á l i s e s s e c o n c e nt r a r a m principalmente no tamanho e formato distintos de seus dentes. Os nimravídeos estão “convergindo para o que vemos nos gatos hoje, mas dezenas de milhões de anos antes”, completa.

Arqueólogos fazem rica descoberta na China

A sonda espacial Parker Solar Prob e, da Nas a, a agência espacial norte-americana, voou na atmosfera superior do Sol e captou amostras de partículas e campos magnéticos. Ao tocar a matéria de que o Sol é feito, Parker contribui para novas descobertas da ciência solar. "A sonda solar Parker tocando o Sol é um momento monumental para a ciência solar e um feito ve rd a d e i r ame nte not ável " , a rmou omas Zurbuchen, administrador associado do Diretório de Missões Cientí cas na sede da Nasa, em Washington. "Esse marco, não só nos fornece percepções mais aprofundadas sobre a evolução do Sol e seus impactos no sistema solar, como também tudo o que aprendemos sobre a nossa própria estrela ensina-nos mais sobre outras estrelas no resto do universo", acrescentou. Foi durante a oitava aproximação da sonda, em 28 de abril, que Parker voou pela primeira vez pela coroa solar. Essa camada apresenta campos magnéticos muito fortes que dominam o movimento das partículas elétricas. De acordo com os cientistas, demorou alguns meses para se obter os dados registrados pela sonda e mais alguns meses para con rmá-los. Quanto mais perto a sonda solar viajar pela atmosfera da estrela, mais a ciência espacial f a r á d e s c o b e r t a s s o bre a s explosões solares. Uma das investigações passa por analisar o ve nto s ol ar. E ss e u xo d e partículas do Sol pode in uenciar a Terra e em 2019, a sonda Parker já tinha registrado que estruturas magnéticas em

zigue-zague no vento solar eram a b u n d a nt e s p e r t o d o S o l . Continua, porém, desconhecido como e onde esses uxos magnéticos se formavam. Como o Sol carece de uma superfície sólida, ao contrário da Terra, só mergulhando na área magneticamente intensa é que se pode encontrar respostas. A estrela tem uma atmosfera superaquecida, feita de material solar que se liga entre si pela gravidade e forças magnéticas. Ao reduzir à metade a distância ao Sol, pela primeira vez na história do estudo solar, a circulação da sonda Parker permitiu estar perto o su ciente para identi car onde se originam os ventos: a superfície solar. "Voando tão perto do Sol, a sonda solar Parker agora detecta detalhes na camada magnética da atmosfera solar — a coroa — que nunca podíamos antes", disse Nour Raoua , cientista do projeto Parker no Laboratório de Física Aplicada Johns Hopkins em Laurel, Maryland. " Por e s t ar m o s n a c oro a , conseguimos obter evidências em dados de campo magnético, dados do vento solar e visualmente em imagens. Na verdade, podemos ver a nave espacial a voar por meio de estruturas da coroa que podem ser observadas durante um eclipse solar total", explicou Raoua . A sonda estava a cerca de 13 quilômetros acima da superfície do Sol quando cruzou pela primeira vez o ponto conhecido por superfície crítica de Alfvén, que corresponde à transição entre a atmosfera solar e o vento s o l a r. Ne s s a á r e a , a n a v e atravessou para dentro e para

habitações, uma suposta trincheira e outras dezenas de objetos com referências culturais da época, confeccionadas com

realizado através da união de especialistas de oito instituições especializadas, entre elas a Universidade de Pequim e

©WREINDL/PIXABAY

FERNANDO FRAZÃO/AGÊNCIA BRASIL

BOB BEHNKEN

Um grupo de pesquisadores

chineses localizou uma série de

artefatos históricos relacionados à dinastia Zhou Ocidental (1046-771 a.C.) num sítio arqueológico em Pequim, na China, chamando atenção pela relação com o início da cidade, principalmente pelos vestígios e edifícios encontrados no local. No sítio arqueológico localizado ao sudoeste da capital, em Liulihe, os arqueólogos encontraram cinco túmulos antigos, três ruínas de

(27) 3259-3638 / (27) 99880-7048 SANTA TERESA — ES cobre, laca, cerâmica e seda. O trabalho de escavação foi

Academia Chinesa de Ciências Sociais (CASS), que já ocupava o

fora da coroa pelo menos três vezes. Durante a passagem pela coroa, a nave circulou por estruturas chamadas serpentinas da coroa. Essas estruturas podem ser vistas como correntes brilhantes. Essa perspectiva só foi possível porque a nave voou acima e abaixo das serpentinas, dentro da coroa. Até agora, as serpentinas só tinham sido vistas de longe. Normalmente, essas linhas ondulantes de luz são visíveis da Terra durante eclipses solares totais. O tamanho da coroa também depende da atividade solar. À medida que o ciclo de atividade do Sol de 11 anos — o ciclo solar — aumenta, a borda externa da coroa expande-se, dando à Par ke r S ol ar Pro b e m ai or possibilidade de permanecer dentro da corona por longos períodos de tempo, sustentaram os cientistas. "É uma região realmente importante para entrar, porque achamos que todos os tipos de física podem ser lá ativados", disse Justin Kasper, investigador e professor da Universidade de Michigan. "É muito empolgante que já tenhamos alcançado. E agora, que estamos entrando nessa região, com sor te começaremos a ver alguns desses fenômeno físicos". Obter pistas sobre os ziguezagues luminosos e outros mistérios solares permitirão aos cientistas "o vislumbre de uma região que é crítica para superaquecer a coroa e empurrar o vento solar a velocidades supersônicas". Essas medições da coroa serão importantes "para a compreensão e previsão de eventos climáticos espaciais extremos que podem i n t e r r o m p e r a s telecomunicações e dani car satélites ao redor da Terra" argumenta a comunidade cientí ca. Esta primeira passagem pela coroa solar, que durou apenas algumas horas, é uma das muitas missões planeadas para a sonda Parker, que já investiga a estrela desde 2018. Em janeiro de 2022, os cientistas esperam ver a sonda viajar cada vez mais perto do Sol.

local para pesquisas desde 2019, orientando os outros pesquisadores para as novas descobertas, como noticiou o portal Sputnik. Devido à riqueza de materiais na descoberta, os pesquisadores ap e l i d a r a m o l o c a l c o m o “origem de Pequim”, sendo a mais antiga fonte de civilização na metrópole. Wang Jing é o chefe das escavações e explicou para a imprensa local o valor da des cob er t a: "A lgumas d as relíquias fornecem materiais valiosos para o estudo do sistema funerário da dinastia", relatou.


8 BEM-ESTAR

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GABRIELA MESSNER ARESI O gengibre age contra OLIVEIRA a progressão de Panetone salgado de doenças autoimunes queijo Nutricionista - CRN:14100665

©ISTOCK

©GUIA DA COZINHA

O gengibre é tradicionalmente conhecido por ter efeitos antiin amatórios e antioxidantes, o que o tornou uma erva popular no tratamento de doenças in amatórias. Agora, um novo estudo da Michigan Medicine em ratos sugere que pode ajudar a combater certas doenças autoimunes. Os pesquisadores analisaram o lúpus, que ataca o próprio sistema imunológico do corpo, e a síndrome antifosfolipídica (frequentemente associada ao lúpus), que causa coágulos sanguíneos. Nos testes com camundongos, o 6-gingerol interrompeu a liberação da ar ma d i l ha e x t r a c elu l ar d e neutró los causada pela produção de autoanticorpos da doença. “As armadilhas extracelulares

de neutró los, ou TNEs, vêm de glóbulos brancos chamados neutró los”, explicou o autor principal Ramadan Ali, Ph.D. em um comunicado à imprensa. “Essas estruturas pegajosas em forma de teia de aranha são formadas quando os autoanticorpos interagem com os receptores na superfície do neutró lo”. As teias, segundo Ali, desempenham papel fundamental na patogênese do lúpus e da síndrome a nt i f o s f o l ipí d i c a , n a q u a l desencadeiam a formação de autoanticorpos e contribuem para a formação de coágulos nos vasos sanguíneos e outros danos. O medicamento natural também impediu os neutró los de criar armadilhas extracelulares de neutró los que

facilitam a progressão da doença. Além disso, o 6-gingerol foi capaz de quebrar o ciclo in amatório dos autoanticorpos estimulando os TNEs, que por sua vez estimulam mais autoanticorpos. Embora o 6-gingerol não possa ser a terapia primária para indivíduos com lúpus ou síndrome antifosfolipídica ativa, a equipe de pesquisa está ansiosa para ver se o suplemento natural oferece ajuda para aqueles com alto risco de desenvolver as doenças. “Aqueles que têm autoanticorpos, mas não têm do ença ativada, p o dem s e bene ciar com este tratamento se o 6-gingerol provar ser um agente protetor em humanos como em camundongos”, disse Ali.

Tecnologia demais pode prejudicar o cérebro das crianças A infância é uma das fases mais importantes da vida do ser humano — é nela que as primeiras bases de conhecimentos e interesses são fomentadas. É o momento no qual as estruturas cerebrais estão em desenvolvimento contínuo, tendo a neuroplasticidade como importante agente desses estímulos. Porém, nem todas as

informações são boas para a construção de uma personalidade. O celular pode ser um grande vilão nisso, por exemplo. Precisamos criar maneiras alternativas para formar uma personalidade que possa abrir portas para aquele indivíduo no futuro. É um comportamento comum dos pais da contemporaneidade utilizarem-se da tecnologia para

distrair e acalmar as crianças. Porém, ter esse hábito leva a criança a crer que sempre que ela tiver um comportamento parecido, mesmo que negativo, será recompensada com o uso de aparelhos eletrônicos. Essa conduta pode não só prejudicar a formação da personalidade da criança, como também o d e s e nv o l v i m e nt o d e áre a s importantes do cérebro como o

V

ai um panetone salgado aí? Com a aproximação das festas de m de ano, a vontade de saborear comidas típicas dessa época só aumenta. Que tal diversi car o repertório de delícias com a versão de panetone salgado? O melhor do panetone salgado é que ele cai bem no café da manhã e no lanche da tarde e pode ser pre p ar a d o c om d i fe re nte s recheios e cobertura. Ficou com água na boca? Veja o passo a passo desta receita deliciosa. Ingredientes 1 embalagem de fermento biológico seco instantâneo 1 colher (sopa) de açúcar 1 xícara (chá) de leite morno 4 xícaras (chá) de farinha de trigo (500g) 1 colher (chá) de sal 1 ovo ligeiramente batido ¼ de xícara (chá) de óleo (70 ml) 1 gema para pincelar 1 colher (sopa) de água para pincelar Recheio e cobertura 200g de queijo provolone 1 gomo de linguiça calabresa moída 4 colheres (sopa) de cheiro-verde 1 cebola pequena namente picada lobo frontal. Algumas áreas encefálicas especí cas estão mais relacionadas ao processo de aprendizagem e à formação do comportamento do indivíduo. Por isso, a neuroplasticidade dessas áreas é extremamente importante na infância. Nesta fase, há maior capacidade de aprendizagem e maior crescimento de neurônios, logo, a neuroplasticidade ocorre mais facilmente. O uso de aparelhos eletrônicos, como celular e TV, é responsável p elo desenvolvimento de problemas cognitivos. Estudos mostraram a relação entre o vício em internet e alterações encefálicas, chegando a afetar 38 áreas distintas. O excesso de exposição às telas está relacionado a problemas como a sonolência diurna, di culdade

Modo de preparo Em um recipiente, misture o fermento com o aç úcar, 4 colheres (sopa) do leite e 2 colheres (sopa) da farinha. Cubra a mistura e deixe d e s c ans ar p or 5 m i nut o s . Coloque o restante da farinha em um recipiente, abra um buraco no meio e junte a mistura de fermento, o restante do leite, o ovo e o óleo. Misture bem, incorporando aos poucos, a farinha, sove a massa até car lisa e homogênea. Cubra e deixe descansar até dobrar de volume, cerca de 40 minutos. Rale ¼ de xícara (chá) de provolone e corte o restante do

queijo em cubos e reserve. Montagem: sove delicadamente a massa e junte o provolone em cubos e os demais ingredientes do recheio. Misture delicadamente até a massa car homogênea. Forme uma bola, pincele com a gema misturada com a água e polvilhe com o provolone ralado. Coloque nas fôrmas de panetone, cubra e deixe descansar por 30 minutos. Leve ao forno médio, preaquecido, por cerca de 25 minutos ou até dourar. Rendimento: 12 porções

Fonte: Terra

(27) 3241-5997/3241-6081/99238-2020

©GETTY IMAGES/ISTOCK

de memorização e de aprendizagem. O estudo, publicado na Revista Multidisciplinar Ciência Latina, concluiu que os pais têm um papel fundamental como mediadores na vida das crianças para evitar o vício em telas. A nal, existem alternativas mais

saudáveis como papel e caneta, leitura de histórias, diversão com jogos não virtuais ou ainda, utilização de quebra-cabeças e esportes. Se atendermos a essas curiosidades, podemos fomentar uma personalidade curiosa sem prejudicar o desenvolvimento cerebral dos pequenos.,


SAÚDE 9

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Estudo pode melhorar a recuperação de crianças que passam por cirurgias no coração ©SHUTTERSTOCK

Segundo o Ministério da Saúde, cerca de 30 mil crianças nascem com problemas no coração a cada ano no Brasil. Destas, cerca de 20% precisam de mais de uma cirurgia no órgão durante os primeiros anos de vida. Para ajudar na recuperação desses pacientes e evitar novos procedimentos, um estudo está analisando duas formas distintas de proteger o local após a operação. O ensaio clínico foi conduzido pela Universidade de Birmingham e nanciado pela British Heart Foundation. A pesquisa se baseia em formas de escolher o melhor tipo de cardioplegia, um uido usado p a r a p a r a r o s b at i m e nt o s cardíacos durante cirurgias e, embora seja seguro, o fato do órgão perder o uxo sanguíneo durante o período pode causar danos ao músculo do coração, atrasando a recuperação das crianças. A pesquisa vai comparar a cardioplegia del Nido com a cardioplegia de St. omas, dois tipos distintos do uido

comumente utilizados nos Estados Unidos e no Reino Unido. 220 crianças, que vão ser submetidas a operações no coração, participam da pesquisa. Metade vai receber um tipo de uído e metade vai receber o outro. Após isso, os pesquisadores vão avaliar qual composto causou menos danos ao coração e possibilitou uma recuperação mais rápida das crianças. “Ao mel horar a maneira como protegemos o coração durante a cirurgia, esperamos que as c r i an ç a s s e re c up e re m d a cirurgia mais rapidamente e com menos complicações”, disse Nigel Drury, chefe do estudo. “Esses benefícios iniciais também podem levar a melhores

resultados em longo prazo, com menos lesões e cicatrizes no músculo cardíaco. Como as crianças com defeitos cardíacos graves muitas vezes precisam de várias operações, elas terão muito a ganhar melhorando a forma como protegemos o coração durante cada cirurgia”, completou ainda. “Os defeitos cardíacos são a anomalia congênita mais comum em bebês nascidos no R e i n o Un i d o , p o r i s s o é importante que continuemos a re nar os tratamentos para essas condições para ajudar a melhorar a vida de pacientes jovens”, naliza a Dra. Shannon Amoils, Conselheira de Pesquisa Sênior da British Heart Foundation.

Vacina contra HIV reduz em até 79% risco de infecção ©ISTOCK

Uma vacina contra HIV testada em macacos mostrou ter resultados promissores, segundo um estudo publicado na última quinta-feira (9) na revista Nature. O imunizante, que usa tecnologia a base de RNA mensageiro, conseguiu reduzir o risco de infecção nos animais em até 79%. O número é considerado bastante satisfatório, no entanto,

o produto ainda deve demorar um pouco para começar a passar pela etapa principal de testes: em hu m a n o s . Is s o p o r q u e o s pesquisadores informaram que ainda são necessárias melhorias na fórmula. “Apesar de quase quatro décadas de esforços da comunidade cientí ca mundial, uma vacina e caz para prevenir o HIV continua sendo um objetivo

inatingível”, disse o imunologista Anthony Fauci, um dos autores da pesquisa. O médico também cou conhecido por ser uma das principais referências no combate à covid-19 pelo governo dos Estados Unidos. O estudo foi conduzido por pesquisadores do Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infecciosas dos Estados Unidos (NIAD) em parceria com a

Conheça o 'Ping', uma cirurgia cerebral que não abre a cabeça de ninguém Mais de um terço dos pacientes com epilepsia não respondem bem ao tratamento com medicamentos ©SHUTTERSTOCK

Um grupo de pesquisadores da Escola de Medicina da Un i v e r s i d a d e d a Vi r g í n i a (UVA), nos Estados Unidos, desenvolveu uma técnica que pode permitir aos médicos tratar doenças neurológicas sem a necessidade de cirurgias cerebrais. A nova tecnologia pode facilitar bastante a realização dessas operações. Chamada de 'Ping', a técnica torna possível a remoção de circuitos cerebrais defeituosos, o que pode permitir um tratamento não invasivo de doenças neurológicas debilitantes. Caso essa abordagem chegue às mesas de c i r u rg i a , o t r at ame nto d e algumas doenças sérias, como a epilepsia e distúrbios de movimento. A Pi ng ut i l i z a on d a s d e ultrassom de baixa intensidade, que são combinadas com microbolhas, que possibilitam penetrar super cialmente nas

defesas naturais do cérebro. Posteriormente, uma neurotoxina é liberada de forma direcionada, a m de matar células cerebrais defeituosas. Com isso, o tratamento de doenças neurológicas se torna bastante direcionado e deixa de afetar as células que estão saudáveis. Com isso, a arquitetura circundante do cérebro é preservada, o que reduz signi cativamente o risco de sequelas nas cirurgias. Segundo o pesquisador dos departamentos de neurociência e neurocirurgia da UVA, Kevin Lee, a Ping tem o potencial de substituir totalmente os procedimentos usados atualmente em cirurgias cerebrais para o tratamento de doenças neurológicas que não respondem à medicação. “Esta abordagem única elimina as células cerebrais doentes, poupa as células saudáveis adjacentes e atinge esses resultados sem nem

mesmo ter que cortar o couro cabeludo”, declarou Lee. Estima-se que cerca de um terço dos pacientes com epilepsia não respondem a tratamentos com medicamentos anticonvulsivantes. Para esses pacientes, a cirurgia é uma opção para reduzir ou eliminar as convulsões em uma parcela signi cativa deles. O Ping, por sua vez, pode fazer isso de uma maneira bem menos invasiva. Esse potencial pode fazer com que pacientes epiléticos que relutam a se submeter a cirurgias convencionais, possam mudar de ideia e ganhar qualidade de vida após a realização de um procedimento. “Nossa esperança é que a estratégia Ping se torne um elemento-chave na próxima geração de abordagens neurocirúrgicas muito precisas e não invasivas para tratar os principais distúrbios neurológicos”, completou Lee.

f ar m a c ê ut i c a Mo d e r n a . O produto utiliza RNA Mensageiro e foi testado em ratos e machados com várias aplicações durante um ano. A partir da semana 58, todos os macacos estavam com anticorpos contra a HIV depois de tomarem a vacina detectável. Após isso, semanalmente os animais foram expostos ao vírus. Apesar disso, os macacos não são vulneráveis ao HIV que

contamina humanos, por isso foi usada uma versão símia do vírus. “Esta vacina experimental de RNA mensageiro combina várias características que poderiam superar as falhas de outras vacinas experimentais contra o HIV e representa uma aproximação promissora”, disse o NIAD em nota. Dos sete macacos testados, apenas dois desenvolveram HIV. Já os não vacinados foram todos

contaminados e levaram cerca de três semanas para isso. No grupo imunizado, o tempo foi maior, de oito semanas. A vacina contra HIV funciona provocando no corpo a criação de proteínas presentes no vírus. Após isso, essas proteínas se agrupam em pseudovírus e estimulam a criação de respostas do sistema imunológico contra a aids. O imunizante ainda vai passar por mais testes.


10 Criança hoje, Criança amanhã

16 A 23 DE DEZEMBRO/2021

ANA MARIA IENCARELLI Psicanalista Psicanalista Clínica, especializada no atendimento a Crianças e Adolescentes Presidente da ONG Vozes de Anjos http://www.anamariaiencarelli.blogspot.com

Açã o de Inconstitucionalidade, Revogaçã o da Lei de Alienaçã o Parental — Tributo a Joanna Marcenal — Parte I S

©REPRODUÇÃO

Joanna Marcenal

Ou seja, a mãe que denuncia abuso sexual incestuoso ou violência doméstica, ao buscar proteção para a Criança, como reza o Artigo 13 do ECA, denúncia obrigatória para

Interesse da Criança? Uma lei que só se preocupa com a equivocada ideia de vínculo do pai. Mesmo quando ele é um violento ou um abusador sexual: é o pai, tem que conviver, não

qualquer pessoa que tenha conhecimento de crime contra a Criança, essa mãe torna-se uma criminosa que deve ser afastada da Criança. Sim, parece enlouquecido, mas é assim que se passa. A Justiça entende que a Criança não pode prescindir da c onv ivê n c i a c om o p ai, a alegação é que há “vínculos” com o pai, mesmo sendo ele um estuprador da Criança. No e nt a nt o, p o d e p e r d e r, completamente, a convivência com a mãe, como temos alguns milhares de casos detectados pela CPI dos Maus-Tratos de Criança, que em seu Relatório nal, pediu a REVOGAÇÃO da Lei de Alienação Parental. A A D I e o P L , e s t av a m encostados em algum canto. De repente, ao apagar das luzes, eles su rge m , ju nto s , c om u ma celeridade inacreditável. Será que podemos con ar que isto se deve ao Princípio do Melhor

pode perder o vínculo”. Fala repetida por muitos magistrados, sem ter o conhecimento de que vínculo

©CIDADANIA E JUSTIÇA/GOVERNO DO TOCANTINS

erá que foi coincidência? A A ç ã o d e Inconstitucionalidade, ADI 6273/2019, contra a Lei de Alienação Parental, 12.318/2010, foi protocolada no STF, em 12/12/2019. Seguindo o rito, os pedidos de Amicus Curiae de associações civis que defendiam a lei e das que apontavam pontos aberrantes da lei, nunca tinham recebido respostas, até a surpreendente marcação da data de votação da referida ADI. Depois, foram comunicados os aceites das entidades civis que haviam p edido este lugar de fala. Havíamos pedido no início de 2020, como ONG Vozes de Anjos, em parceria com um Escritório de Direito Internacional, cujo advogado

que faria a sustentação tem ampla experiência nessa área, porquanto foi Presidente do C O NA N DA , o c o m i t ê d e D i re it o s d a C r i a n ç a e d o Adolescente. Fomos excluídos. Cortados na nossa voz. Rumores sobre o critério usado t r a n s b ord a r a m . Ma s , n ã o seremos atrevidos em apontar nenhum deles. Concomitantemente, o PL 6371/2019, que pede a Revogação da Lei de Alienação Parental, que teve a subscrição de 41 Deputadas, 41, foi rebaixada e tornou-se apense de um conglomerado de substitutivos, vindos dos mais diferentes cantos, até de pessoas do agronegócio, todos tentando remendar a lei que para punir um afastamento do pai, a tal da alienação atribuída à mãe, executa o afastamento da mãe, como se ela fosse de altíssima periculosidade para a Criança.

não é convivência, de que se algum vínculo havia, foi destruído pelo agressor, e pior ainda, que afastando a mãe da Criança porque ela ousou fazer u m a d e nú n c i a c ont r a u m homem, é determinar a Privação Materna Judicial. Será que só importa o tal “vínculo” do pai? E o da mãe? S ó prejudica a formação da Criança a ausência do pai, a ausência da mãe, em nada prejudica uma Criança, quantas ainda na Primeira Infância? Não há lógica no So sma inventado de que a mãe dita “alienadora” é de altíssima periculosidade, enquanto o pai que viola o corpo da lha ou do l ho, de ve s er acol hido e reverenciado com honras e pompa. Faz mal ao desenvolvimento da Criança não ter a convivência do pai criminoso, porquanto violência doméstica e estupro de vulnerável são CRIMES. Ninguém se interessa para garantir às Crianças nascidas com microcefalia, por negligência do Estado, causada

pelo Zica vírus. 69% dos pais dessas Crianças abandonaram seus lhos nos braços das mães que caram desamparadas para sustentar e fazer o tratamento intensivo que eles necessitam. Mais de 2/3! Nenhum desses pais foi incomodado pela cobrança do dever de convivência ou mesmo sustento. Caíram no mundo sem deixar rastro. Ou mesmo, deixando. Nenhuma dessas mães foi acusada de prática de alienação parental para afastar o pai do lho. Nenhuma dessas Crianças tiveram a tal indispensável convivência do pai garantida. A lei deveria ser igual para todos. Deveria PROTEGER as Crianças. A lei de alienação parental mata. Já matou muitas Crianças, e mu i t a s Mu l h e r e s / Mã e s . Baseada nesse termo inventado por um médico americano pedó lo, que acreditava que a pedo lia era bené ca para a Criança, e escreveu sua posição a favor da pedo lia, só serve a alguns estratos sociais. Entre os menos favorecidos nanceiramente, ela não aparece, porque ela faz parte de uma engrenagem que é muito bem monetizada. Parece-me que aí reside um motivo para ela ter se tornado um dogma jurídico, sua importância na cadeia alimentar que ela movimenta. E v i d ê n c i a s d e INCONSTITUCIOPNALIDAD E não lhe faltam para que fosse retirada do corolário jurídico, posto que o ECA já tem todos os artigos que rezam a Proteção Int e g r a l d a C r i a n ç a e d o Adolescente. Para a ADI, a

extinção. Para a Revogação, um substitutivo que confere uma classi cação de doença psíquica para a mãe dada pelo judiciário, quando nem a Medicina nem a Psicologia reconhecem nenhuma síndrome. A v i ol a ç ã o d o Pr i nc ípi o Constitucional da Razoabilidade exibido pela execução da Lei de Talião, dente por dente, olho por olho, é inconteste quando, p ela acusação da mãe “alienar” o pai, o ESTADO pune “alienando” a mãe. E pior. Se houve uma suspeita ou até uma comprovação de abuso sexual incestuoso, sem a devida investigação, sempre a mãe é louca e a Criança mentirosa, o ESTADO entrega a Criança ao suspeito/con rmado de ser seu abusador. Está na Lei de Alienação Parental. Como vamos ter a ingenuidade de pensar que é uma coincidência a ADI 6273/2019, e PL 6371/2019, entrarem na pauta e na celeridade, nos últimos dias antes do Recesso. Convivemos com essa corriqueira estratégia usada para os mandados de Busca e Prisão de Crianças em véspera de recessos, de feriadões ou mesmo na sexta-feira às 18h10. Pelo que temos experimentado enquanto m ov i m e nt o d e m ã e s , 3 5 0 conhecidas de perto, mil, mais de cinco mil registradas pela CPI dos Maus-Tratos, não cremos mais em “melhor interesse da Criança”. Sabemos que a Criança é um produto muito, muito rentável para mentes perversas. E invisível para mentes omissas.

©MARCOS OLIVEIRA/AGÊNCIA SENADO


COMPORTAMENTO 11

16 A 23 DE DEZEMBRO/2021

É importante sentir medo, mas em excesso paralisa, saiba como equilibrar Medos irracionais são medos sem uma origem clara e que podem gerar pavor, pânico e paralisação ©ISTOCK

Ao longo da vida, todos nós sentimos medo. Ele aparece tanto em momentos especí cos, como ao andar em uma montanha-russa, ou permanece a vida toda, como um medo de altura, de falar em público ou de baratas. Cada pessoa tem medos próprios, que fazem parte de quem ela é e têm muitas origens e explicações possíveis. Além dos medos particulares, há também os medos "comuns", de que todos partilhamos: medo de morrer, de car doente, de tempestades ou furacões. Estes são medos ligados à natureza humana, que direcionam o ser humano rumo à sobrevivência. Esta, aliás, é a principal função do medo: fazer com que a pessoa aja e consiga escapar com vida de situações arriscadas. Mas nem sempre é possível dominar o medo. Para muitas pessoas, ele é paralisante e se sobrepõe a qualquer tentativa de racionalização da situação. E é justamente quando o medo começa a atrapalhar o cotidiano que ele vira um problema maior.

O medo é uma reação a algum estímulo ameaçador, que pode ser real ou imaginado. O cérebro reage colocando o organismo em estado de alerta, o que provoca alterações por todo o corpo: aceleração dos batimentos cardíacos, desconforto intestinal, insônia e sono agitado. Ele é algo natural e protetor e faz com que nos previnamos de situações arriscadas. Sem o medo, atravessaríamos sem olhar para os lados, andaríamos em ruas escuras sozinhos, passearíamos no parapeito dos prédios, não cuidaríamos da saúde. É claro que não é possível controlar tudo ou viver em um ambiente totalmente seguro. O que importa é identi car o tipo de medo e conseguir transformar o estado de medo em prudência e cautela. Ele pode se manifestar de diversas formas, como ansiedade ou algo mais sutil, como quando uma pessoa rejeita um interesse amoroso pelo medo de sofrer ou de a relação não dar certo. Veja alguns tipos:

A boa notícia é que até medos paralisantes podem ser ressigni cados.

O medo racional é pautado em algo possível e o irracional, em algo que não tem sentido, mas

mesmo assim se faz presente; O medo emocional é caracterizado por temores que podem causar prejuízos emocionais, como medo de fracassar ou de ser rejeitado; O medo instintivo faz parte da nossa "programação". Temos uma série de medos primitivos, como medo de ser comido por um bicho, medo do escuro, medo das tempestades, dos movimentos da natureza. Estes medos existem desde que o homo sapiens existe na Terra. São medos naturais, que nós também vemos nos animais. Eles estão associados à preservação da espécie e da sobrevivência; Com o desenvolvimento do homem, sua capacidade de pensar e re etir, ele passa a ter medos que nem sempre estão ali presentes, como o medo do futuro e a ansiedade. Eles nem sempre são reais, podem ser de coisas imaginadas ou subjetivas. Os medos podem ser genéticos, aprendidos na infância, pela educação ou copiando o modelo de comportamento dos pais. A origem depende de como cada um se relaciona consigo mesmo, por isso a ajuda de um psicólogo

na busca pelo autoconhecimento pode possibilitar reconhecer os medos e a forma como eles se manifestam nas nossas vidas. Isso é importante quando o medo vira algo prejudicial. Se ele é excessivo, pode virar uma fobia e atrapalhar o dia a dia da pessoa. Além de não conseguir reagir às situações que a assustam, ela passa a evitá-las, e pode perder oportunidades ou deixar de viver momentos prazerosos devido a um medo pontual. Pode acontecer também de o indivíduo nem saber a origem daquele medo — conhecido como medo irracional. São situações que nem a própria p e s s o a c ons e g u e e x pl i c ar. Racionalmente ela entende que está tendo uma reação exagerada, mas não consegue agir de maneira diferente. Casos assim podem gerar pavor, pânico e paralisação ou até reações físicas como mal-estar, vômitos e desmaios. Sentir medo não é uma doença, e car paralisado não é uma questão de escolha. É preciso descobrir estratégias para lidar com ele e não deixar de agir. O auxílio pode vir em vários formatos: atividade f ísica,

meditação, técnicas de re s p i r a ç ã o, t r at a m e nt o s e medicamentos. Buscando fortalecimento emocional e autoconhecimento, é possível entender as causas, fazer a regulação cognitiva das emoções e modi car comportamentos. Dentro da terapia cognitivocomportamental, por exemplo, são utilizadas diversas técnicas com o intuito de auxiliar quem sofre prejuízos na vida por conta dos medos. O pro ssional e o paciente, juntos, investigam as causas para ressigni car crenças e esquemas disfuncionais. A dessensibilização sistemática, uma das técnicas mais comuns em tratamento de fobias, consiste em expor o paciente ao fator do medo de maneira progressiva. Através da repetição, cria-se uma situação de hábito com aquilo, e o medo ca menor. Em muitos casos, o medo de determinadas coisas ou situações nunca desaparece por completo, mas a pessoa consegue encontrar jeitos de criar uma relação mais ajustada com aquilo. Existem pessoas que tendem a olhar para as coisas do lado mais difícil e perigoso. Elas vivem com a sensação de uma ameaça

permanente e são temerosas de tudo, até mesmo de hipóteses (como não querer ir ao médico por medo do que possa aparecer no diagnóstico). Pessoas medrosas se arriscam menos, e p or iss o acabam perdendo oportunidades importantes. Isso não quer dizer que ela é fraca, e sim que está reagindo à própria história de vida. Pessoas mais corajosas costumam ser mais seguras de si, com uma autoestima melhor e coragem de se arriscar. Na maioria das vezes, tiveram uma criação com apego seguro, desenvolvendo ligações afetivas importantes com os pais ou cuidadores e cresceram acreditando em si mesmas e se valorizando. A coragem depende da segurança que a pessoa tem nela mesma, na sua capacidade de resolução de problemas e de sua autocon ança. Uma pessoa pode não ter medo de pular de paraquedas, mas ter medo de barata. Os medos não são lineares. Ninguém é totalmente corajoso nem totalmente medroso.

A importância da saúde mental de crianças ©CHINH LE DUC/UNSPLASH

A saúde mental de crianças é e s s e n c i a l p ar a o desenvolvimento saudável do ser h u m a n o, a l é m d e s e r u m mecanismo capaz de auxiliar os pais no entendimento dos sentimentos de seus lhos. A manutenção do sistema emocional de crianças pode ajudar a criar hábitos bené cos no enfrentamento de problemas e manter rel acionamentos sociais saudáveis. A saúde mental afeta o comportamento, sentimentos e ações das crianças. Nos anos formativos, uma boa saúde mental melhora o aproveitamento no aprendizado e na socialização. É importante lembrar que a saúde mental se difere, mas não exclui a possibilidade de distúrbios mentais. A saúde mental de crianças é,

primeiramente, sobre o desenvolvimento emocional e mental saudável de indivíduos,

p o dendo evitar problemas futuros. Muitas vezes, os sentimentos

das crianças são desvalorizados e rotulados de “birra”, resultando em broncas e discussões. O

entendimento emocional e o diálogo entre pais e lhos pode auxiliar em um desenvolvimento saudável. Muitos transtornos mentais p o d e m s e d e s e nv o l v e r n a infância, por isso é necessário prestar atenção em possíveis sintomas. De acordo com a OMS, é estimado que 10% das crianças no mundo tenham a l g u m t r ans tor n o m e nt a l. Algumas doenças comuns em crianças são: ansiedade; transtorno do dé cit de atenção e hiperatividade; transtornos alimentares; depressão; transtorno do estresse póstraumático. Embora não exista cura para esses distúrbios, a prevenção e o tratamento precoce podem ser essenciais para a saúde mental de c r i anç a s . E l e b a s i c ame nte

consiste em acompanhamentos com psicólogos e psiquiatras, que ajudam os pacientes a entenderem melhor suas emoções, sem deixar com que elas atrapalhem o desenvolvimento cognitivo e emocional das crianças. É discutido que o acompanhamento psicológico também seja essencial para crianças independente do estado de sua saúde mental. Um estudo publicado em 2021 fez a conexão de uma alimentação saudável na infância com a saúde mental. Foi comprovado que crianças que comem ao menos cinco porções de frutas e vegetais apresentam pontuações mais altas do bemestar mental. Cerca de nove mil crianças de 50 escolas diferentes nos Estados Unidos foram entrevistadas para o estudo.


12 OLHAR DE UMA LENTE

16 A 23 DE DEZEMBRO/2021

HAROLDO CORDEIRO FILHO Haroldo Cordeiro Filho - Jornalista DRT: 0003818/ES Coordenador-geral da ONG Educar para Crescer

Circuito Estadual de Frescobol 2021 — Arena BB ©LAÉRCIO “LAU” FRAGA

O

Atletas e organizadores

Categoria Masculina A Simone Magna Bise, que fez dupla com Rhayani, 15 anos, moradora do Rio de Janeiro, e se sagrou campeã

no feminino, compartilha

frescobol”. A jogadora de Guarapari, Ana Valéria Santos Ramos, reclamou um pouco de

alguns contratempos

como o vento e outra competição paralela, que ocorreu no RJ e acabou d i v i d i n d o o s competidores. “O evento está maravilhoso, pena que o vento está atrapalhando um pouco e em função de estar acontecendo uma competição no Rio de Janeiro, o pessoal cou meio que dividido”. O atleta Ronaldo Alves Teixeira, participante do evento e organizador, entende que o frescobol signi ca integração. “É um esporte que além de unir as pessoas, promove saúde. Em particular, o point BB, que foi criado há uns quinze anos, vem construindo uma grande família, que não para de crescer. O evento, além de muito bonito, está com alto

nível. Temos o masculino

com atletas de ponta e a mulherada que está aí para abrilhantar ainda mais espetáculo”, destacou. Para Antônio Marcos, jogador do Rio Grande do Norte, a técnica usada na

todos atletas aqui presentes, a nal, eles são as peças mais importantes desse evento maravilhoso”.

©LAÉRCIO “LAU” FRAGA

com a ideia de Dudu sobre a necessidade de renovação. “O evento foi fabuloso, o nível também esteve muito bom e gostei muito de ver atletas mais novos participando, isso é importante para o

©LAÉRCIO “LAU” FRAGA

Circ uito Estadual de Frescobol 2021 — Etapa Vitória, aconteceu no último nal de semana (11 e 12) com atletas capixabas, do Rio Grande do Norte e do Rio de Janeiro, que zeram bonito p ar a u m pú bl i c o qu e marcou presença na Arena BB, na praia de Camburi. D u d u , u m d o s organizadores do evento, entusiasmado, falou que o frescobol vem numa ascendência muito boa no Estado, “temos alguns projetos aqui que incentivam a garotada, precisamos renovar para manter a mo d a lid ade sempre em alta”. A atleta

evento em terras capixabas procuro estar presente. A galera é massa demais e a energia é altamente positiva. Estou gostando muito do nível dos j o g a d o r e s ”, d i s s e destacando e elogiando a presença feminina “é a coisa mais linda de ver as meninas jogando, dá mais beleza ao espetáculo”, completou. TATI BELING

Categoria Feminina sua terra natal tem como característica principal a direita com direita, porém, com vários recursos nos ataques. “Estamos num nível técnico muito bom e que dá para competir em qualquer parte do País”, a rmou. Quanto à etapa de Vitória, o potiguar, rasgou elogios aos organizadores e atletas. “Tem muita gente boa no circuito e o nível está sensacional e aproveito para elogiar o Lau, presidente da Associação de Frescobol do Espírito Santo (Afres), grande parceiro, e que vem fazendo um belíssimo trabalho da instituição e a

Conhecido no frescobol como Tubarão-cachorro, Marcelo de Jesus, elogiou o evento e disse que sempre que acontece algum evento no Espírito Santo, quando pode, marca presença. “Sempre que tem algum

Duplas campeãs Dinossauro: Renato/Hélio Masculina: Felipe/Gustavo Feminina: Simone/Rhayani Mista: Duboly(RJ)/Rhayani Iniciante: Graciane/iaggo ©LAÉRCIO “LAU” FRAGA

Categoria Mista


BRASIL 13

16 A 23 DE DEZEMBRO/2021

A semana em Brasília S e no E

Haroldo Cordeiro Filho Luzimara Fernandes

jornalfatosenoticias.es@gmail.com

Aprovado projeto de Majeski que Presidente da Assembleia Legislativa na amplia transparência de informações corrida ao Palácio Anchieta ambientais do ES ©COMUNICAÇÃO/ALES

Em votação apertada (13 votos a 12), os deputados estaduais aprovaram o Projeto de Lei nº 676/2019, do deputado Sérgio Maj esk i (PSB), que tor na obr igatór ia a divulgação de dados ambientais no Portal da Transparência pelo Governo do Estado. O objetivo de Majeski é atualizar a legislação para garantir que os órgãos públicos estaduais ampliem o acesso às informações para favorecer o controle ambiental. “A transparência da Agência Estadual de Recursos Hídricos atualmente está no topo do ranking do Ministério Público Federal, mas anteriormente não divulgava nada. Já o Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, que é um órgão muito importante, precisa melhorar a divulgação. Passando a constar em lei o acesso facilitado aos dados, será um avanço substancial para assegurar o direito fundamental à sociedade e aos órgãos de controle”, destaca Majeski. Para formar o Ranking Transparência Ambiental, o Ministério Público Federal (MPF) avalia o desempenho de 104 órgãos federais e estaduais em todo o Brasil que atuam em cinco agendas: exploração orestal, hidrelétrica, pecuária, regularização ambiental e situação fundiária. Do Espírito Santo, além da Agência Estadual de Recursos Hídricos (Agerh) e do Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema), que na edição mais recente ocupam a primeira e a 12ª posições, respectivamente, também consta o Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo (Idaf), que com 0,18 no Índice de Transparência Ativa, gura na 25ª colocação do ranking. Aprovado na Assembleia Legislativa e encaminhado ao Governo do Estado para sanção ou veto, o projeto de Majeski torna obrigatório a divulgação permanente no Portal da Transparência dos 47 itens que são avaliados pelo MPF. Entre eles estão informações sobre autorizações de desmatamento/supressão de vegetação, Estudos de Impacto Ambiental (EIA) divulgados na íntegra, Licenças de Instalação (LI), de Operação (LP) e Prévias (LP), monitoramento de Termos de Ajuste de Conduta (TAC) e de Compromisso (TC), áreas embargadas, arrecadação de multas, assentamento de reforma agrária, con itos fundiários, degradação, terras devolutas, terras indígenas, quilombolas e unidades de conservação.

Senador Fabiano Contarato no PT A ida do senador ©SENADO FEDERAL Fabiano Contarato para o PT já era prevista. No decorrer do ano, o senador já sinalizava seu ingresso no Partido dos Trabalhadores, em nota à imprensa disse: “após ter re c ebi d o e ana l is a d o convites de legendas do campo progressista, comunico minha decisão de liação ao Partido dos Trabalhadores (PT), que será efetivada em momento oportuno. Com a militância social e as lideranças do PT, pretendo somar esforços para que o País retome sua trilha de desenvolvimento, pleno emprego, defesa dos direitos humanos, proteção e oportunidade aos mais pobres, apoio do Estado às maiorias minorizadas, combate a todo tipo de desigualdade, investimento em saúde e educação”. E vai além “os governos liderados pelo PT devolveram ao País credibilidade internacional, permitiram aos pobres cursar universidade, expandiram a estrutura de ensino no País, abriram os porões da ditadura com a Comissão Nacional da Verdade, democratizaram a participação da sociedade nas decisões de governo, geraram crescimento econômico alinhado com políticas sociais exitosas, devolveram aos brasileiros o orgulho nacional”. Que discurso mais chulo hein. O que mais o capixaba pode esperar?

©ARQUIVO PESSOAL Em entrevista coletiva na tarde de segunda-feira (13), no auditório do Hotel Senac, em Vitória, o presidente do Republicanos, Marcos Pe r e i r a , l a n ç o u a p r é candidatura do presidente da Ass e mbl e i a L e g isl at iv a , deputado Erick Musso, ao governo do estado. Para o republicando de Fundão, vereador Negão do Bloco, o processo eleitoral de 2022 ca mais aberto “o lançamento da pré-candidatura de Erick Musso, hoje presidente da Assembleia Legislativa — Ales, cará mais enriquecido, os capixabas terão mais opções... é positivo para a democracia”.o do Bloco.

Aprovado projeto que isenta de IPI compra de carro por pessoa com deficiência e taxista ©WALDEMIR BARRETO/AGÊNCIA SENADO

O Senado aprovou, nesta quarta-feira (15), destaque do PSDB ao projeto que prorroga por cinco anos, até 31 de dezembro de 2026, a isenção de IPI na aquisição de automóveis de passageiros novos por taxistas, cooperativas de taxistas e pessoas com de ciência e de cientes auditivos (substitutivo da Câmara ao PL 5.149/2020). A matéria será encaminhada à sanção presidencial. O destaque aprovado pelos senadores exclui do texto dispositivo incluído pela Câmara, o qual revogava a isenção do PIS/Pasep e Co ns na compra de produtos químicos e farmacêuticos destinados à saúde, como forma de compensar a renúncia scal provocada pela isenção do IPI na compra dos automóveis. Com a aprovação do destaque do PSDB, restou prejudicado destaque do PT, de mesma nalidade. Na semana passada, os senadores discordaram da mudança introduzida pela Câmara e destacaram, para votação posterior, o dispositivo que revogava o benefício scal concedido à saúde. Na ocasião, foi aprovado apenas o texto base da matéria, de autoria da senadora Mara Gabrilli (PSDB-SP), que prevê a isenção do IPI na compra dos automóveis. O texto eleva de R$ 140 mil para R$ 200 mil o preço máximo do automóvel (incluídos os tributos incidentes) que poderá ser adquirido com isenção do IPI pela pessoa com de ciência. Durante a votação do destaque, o relator do projeto, senador Romário (PLRJ), a rmou que o governo deverá entrar em entendimento com o relator geral do Orçamento de 2022, deputado Hugo Leal (PSD-RJ), para encontrar uma fonte pagadora para a manutenção do benefício scal garantido à área da saúde. Autor do destaque, o senador Izalci Lucas (PSDB-DF), ressaltou que o projeto de Mara Gabrilli trata da prorrogação de um benefício já garantido aos taxistas. “O governo buscará uma alternativa. Não podemos aceitar tirar dinheiro da saúde. Tem a LOA [Lei Orçamentária Anual], que não está votada. Não há nenhum problema em relação à fonte no projeto, isso é prorrogação de um incentivo que existia desde 1995, quando ainda não existia a Lei de Responsabilidade Fiscal e, posteriormente, foi sendo identi cada a fonte de custeio”, a rmou. Autora do PL 5.149/2020), a senadora Mara Gabrilli disse que o texto de sua autoria não padece de qualquer vício de inconstitucionalidade. “A estimativa de impacto já foi atendida. Quanto à medida de compensação, temos tempo hábil para fazer ajustes no projeto da Lei Orçamentária Anual. Assim, o Senado vai proteger a saúde da população brasileira em momento delicado de crise sanitária e social”, concluiu. ©REPRODUÇÃO

para que uma audiência pública seja realizada para debater o teto. O deputado Fred Costa ( P a t r i o t a s ) , comemorou, nas redes sociais, a não votação. “ F o i c a n s a t i v o ! Na obstrução tive que me Pauta retirada exaltar, discutir, brigar, mas, pelos animais, vale Depois de embates na CMADS e muita pressão, a matéria a pena. Eles não tem voz, temos obrigação de falar por eles...”, a rmou foi retirada da pauta. Houve aprovação de requerimento o parlamentar.

Não à caça ©DIVULGAÇÃO/CÂMARA DOS DEPUTADOS

De um Estado onde só a capital tem mais de 60 bolsões de pobreza e legislando num País com tantas outras necessidades, nesta terçafeira (14), a representante do Estado de Santa Catarina, deputada Carla Zambelli (PSL), mesmo sabendo que a população é contrária, incluiu o projeto de lei nº 5544/2020, que pretende autorizar a prática da caça esportiva de animais silvestres, para ser debatido na Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (CMADS). O PL surgiu em meio às pautas de uma comissão da Câmara dos Deputados que buscava discutir o meio ambiente e alternativas de desenvolvimento sustentável. No texto, a justi cativa por trás da proposta seria a realização do “controle de javalis”. Ambientalistas alegam que essa chancela pode levar à caça de outros animais silvestre. Eles lembram que o País já possui mais de mil espécies em risco de extinção.

Desoneração da folha para 17 setores é prorrogada até 2023 ©ROQUE DE SÁ/AGÊNCIA SENADO

O Plenário do Senado aprovou no último dia 9, o projeto de lei que prorroga por dois anos a desoneração da folha de pagamento para 17 setores da economia (PL 2.541/2021). A medida, que se encerraria no m do ano, valerá até o m de 2023. O texto vai agora para sanção presidencial. O projeto foi aprovado no mesmo formato como veio da Câmara dos Deputados, sem nenhuma alteração. O relator, senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB), rejeitou pedidos dos senadores para incluir setores não contemplados, como a indústria naval e o turismo. Ele alegou a necessidade de garantir a renovação do instrumento antes do m do ano — se o Senado tivesse feito mudanças, o texto voltaria para a Câmara. “Estamos diante da iniquidade temporal. Estamos para ver exauridas as condições. O dia 31 de dezembro é o prazo fatal. Aqui poderíamos e haveríamos de fazer, no reconhecimento a essas demandas, as inserções de outros setores”, disse Veneziano, assumindo o compromisso de apresentar uma proposição futura incluindo mais ramos da economia. A desoneração da folha é um mecanismo que permite às empresas dos setores bene ciados pagarem alíquotas de 1% a 4,5% sobre a receita bruta, em vez de 20% sobre a folha de salários. Essa permissão foi introduzida há 10 anos e há pelo menos oito já alcança todos os setores hoje incluídos. Pela legislação atual (Lei 12.546, de 2011), ela se esgotaria em 31 de dezembro deste ano. Os setores alcançados pela medida são: calçados, call center, comunicação, confecção/vestuário, construção civil, empresas de construção e obras de infraestrutura, couro, fabricação de veículos e carroçarias, máquinas e equipamentos, proteína animal, têxtil, TI (tecnologia da informação), TIC (tecnologia de comunicação), projeto de circuitos integrados, transporte metroferroviário de passageiros, transporte rodoviário coletivo e transporte rodoviário de cargas. Como forma de compensação pela prorrogação da desoneração, o projeto também aumenta em 1% a alíquota da Co ns-Importação. Segundo Veneziano, essa providência vai garantir um saldo scal positivo de cerca de R$ 2,5 bilhões. Outra regra do projeto aprovado é que o Executivo deverá estabelecer mecanismos permanentes de avaliação da efetividade da política de desoneração da folha de pagamento. Durante a discussão da proposta, senadores criticaram as sucessivas prorrogações da desoneração da folha. Para eles, o ideal seria a promoção de uma reforma tributária que melhorasse as condições para as empresas de forma permanente.


14 GERAL

16 A 23 DE DEZEMBRO/2021

ANA LUCIA

Novo colírio promete aposentar os óculos Concorra a uma de leitura Ana Lucia Bernardo Cordeiro Professora

©IMAGEM MERAMENTE ILUSTRATIVA

cesta natalina na 'Mais Linda'

O

lá pessoal,

Com a chegada do Natal, fui às ruas pesquisar valores de roupas e descobri que as cores mais procuradas são azul,

amarela, vermelha e verde. Elas são as queridinhas, mas o tradicional branco da virada do ano não foi esquecido. Andando por lojas de Jardim Camburi, Jardim da Penha e d o C e nt ro d e Vit ór i a , encontrei peças bonitas e com

preços interessantes no Centro, porém, nos bairros da capital, achei os valores bem altos, tudo muito caro. Em Laranjeiras (Serra) e na Glória (Vi l a Vel ha) t amb ém há valores variados, mas também 'salgados'. A loja na qual encontrei produtos de qualidade e preços acessíveis foi a 'Mais Linda', localizada dentro do supermercado São José, em Carapina. Lá, encontrei, além de roupas de festa, um leque de opções de blusas, shorts, saias, macacões, tudo com cores da moda e que estarão em alta em 2022. Além de preços, na 'Mais Linda', você encontra atendimento e produtos de qualidade. Lá, você ainda concorre a uma cesta natalina. Bora lá participar? Você não vai querer car dessa, vai? Corra pra 'Mais Linda'!.

©SHUTTERSTOCK

Um novo colírio pode ser o substituto de nitivo dos óculos de leitura para milhões de pessoas ao redor do mundo. O produto, que foi aprovado pelo FDA, órgão dos Estados Unidos equivalente à nossa Anvisa, em outubro deste ano, chegou às farmácias estadunidenses nesta semana. O colírio foi chamado de pilocarpina e recebeu o nome c o m e r c i a l d e Vu i t y, f o i desenvolvido pela farmacêutica Allergan. De acordo com a fabricante, cada gota do produto pode aguçar a visão de pessoas com miopia por um período entre seis a 10 horas. O produto explora a capacidade restante dos olhos para reduzir o tamanho da pupila, o que expande a

profundidade de campo ou a profundidade de foco. Estima-se que o colírio possa ajudar nada menos do que 128 milhões de pessoas com miopia a deixar os óculos de leitura na gaveta, só nos Estados Unidos. D e a c o rd o c o m u m d o s principais pesquisadores envolvidos no desenvolvimento do colírio, George Waring, a redução do tamanho da pupila permite que a pessoa se concentre em diferentes pontos naturalmente. Em seu lançamento, o novo colírio está sendo vendido por US$ 80 (cerca de R$ 450, na cotação atual). Segundo a Allergan, o conteúdo de um frasco é o su ciente para 30 dias de uso, respeitando os intervalos de seis

a 10 horas entre uma aplicação e outra. Não é um valor baixo, porém, podemos dizer que não é uma quantia proibitiva ou muito mais alta do que o que é pago pelas incômodas lentes de contato. Porém, nem tudo são ores quando falamos do Vuity. O medicamento possui alguns efeitos colaterais que não são muito comuns de se encontrar em um colírio, como dores de cabeça e vermelhidão nos olhos. Além disso, não é recomendado que o pro duto seja usado durante o período noturno. Além disso, o medicamento só se mostrou e caz em pacientes com 40 a 60 anos, para os maiores de 65 anos, o efeito não foi tão impressionante assim.

Singular e futurista: 'avião-pássaro' é apresentado na África do Sul A transmissão será no canal da Sedu Digital no YouTube, nesta quarta-feira (07), às 14 horas

A empresa africana Phractyl apresentou um "avião-pássaro", dotado de "patas" com esteiras e uma cabine e asas inclinadas, prometendo um voo de pouso e decolagem quase vertical ©PHRACTYL

A companhia sul-africana de aeronaves elétricas resolveu investir em um conceito diferente de tudo já visto, e criou o Macrobat, uma aeronave de d e c ol a ge m e p ou s o qu a s e vertical ou NV TOL, como também é conhecida. O projeto inicial conta com apenas um lugar, podendo alcançar até 150 quilômetros transportando uma carga útil máxima de 150 quilos, com uma velocidade de até 180 quilômetros por hora. De acordo com o portal Robb Report, a aeronave poderá ser operada por um piloto a bordo, ou remotamente como um drone.

Durante a decolagem, tanto o c or p o qu a nt o a s a s a s s ã o inclinadas para trás, permitindo q u e o Ma c ro b at re a l i z e a decolagem quase vertical. Após a decolagem, as patas são recolhidas. Segundo a empresa,

o equipamento foi desenvolvido para enfrentar os desa os de transporte mais críticos da África, incluindo a mobilidade de pessoas e cargas para áreas de difícil acesso.


COTIDIANO 15

16 A 23 DE DEZEMBRO/2021

Fóssil de tartaruga Torre de bambu encontrado na resfria 6ºC sem Austrália muda gastar energia história de espécie ©JAIME BRAN/DIVULGAÇÃO

Simples, de baixo custo e eficiente. Saiba como funciona este protótipo! ©OLIVIER DAUCE

Ilustração de uma tartaruga nariz-de-porco nadando em um rio antigo Você já tinha ouvido falar na tartaruga nariz de porco? Essa simp át ica esp é cie com um focinho engraçado é natural de águas doces e ocupa o Território do Norte, na Austrália, e o sul da Nova Guiné. Além de sua beleza, um dos motivos de sua fama é ter uma vida quase completamente adaptada à água — ao contrário da maioria das tartarugas de água doce. Com isso, queremos dizer que ela tem nadadeiras semelhantes às tartarugas marinhas, um “nariz de porco” semelhante a um snorkel para ajudá-la a respirar enquanto ca submersa e ovos que só eclodirão quando expostos às águas da estação chuvosa. Recentemente, ela voltou aos holofotes após a descoberta de um fóssil de cinco milhões de anos nas coleções do Museu de Melbourne, na Austrália. Isso porque esse fóssil reescreve completamente a história do grupo de tartarugas tropicais chamadas Carettochelyids, que viveu em todo o hemisfério norte. Anteriormente, os cientistas pensavam que as tartarugas com nariz de porco só chegaram à Austrália nos últimos milênios.

Porém, este fóssil mostra o contrário: elas viveram na Austrália há milhões de anos, de acordo com um artigo publicado na revista 'Papers in Palaeontology'. Outro aspecto incrível da descoberta é que este pequeno fóssil permaneceu sem identi cação no Mus eu de Melborne até recentemente. Ele faz parte da carapaça de uma tartaruga nariz de porco e foi encontrado há quase cem anos em Beaumaris, a 20 km de Melbourne. Mas o que uma tartaruga nariz de porco de cinco milhões de anos estava fazendo em Beaumaris, a milhares de quilômetros de sua residência atual? Os pesquisadores explicam que no passado o clima de Melbourne era muito mais quente e úmido do que agora. Ou seja, era mais parecido com as condições tropicais nas quais essas tartarugas vivem hoje. Por essa característica, a costa leste da Austrália era um habitat importante para as tartarugas tropicais. É verdade que elas teriam que nadar milhares de quilômetros para chegar até lá.

Mas isso não é incomum, já que pequenos animais estão acostumados a cruzar o mar pegando carona em jangadas naturais de vegetação. Como hoje, os animais do passado também foram ameaçados pelas mudanças climáticas. Quando o clima da Australásia tornou-se mais frio e seco após as eras glaciais, todas as t ar t ar ugas t ropic ais foram extintas, exceto a tartaruga de nariz de porco no Território do Norte, na Austrália, e na Nova Guiné. Assim, a história mostra que as mudanças climáticas podem acelerar o processo de extinção pelo qual a tartaruga nariz-deporco moderna passa. Isso porque essas tartarugas são muito sensíveis ao ambiente e, sem chuva, seus ovos não podem eclodir. Outras espécies de répteis passam por di culdades s emelhantes imp ostas p ela mudança climática. Em algumas tartarugas e crocodilos, por exemplo, o sexo do lhote pode ser determinado pela temperatura na qual os ovos são incubados.

Em 20 de junho de 2020, a temperatura recorde de 38°C foi registrada no Ártico. Um estudo recém publicado aponta que crianças nascidas em 2020 passarão por uma média de sete vezes mais ondas de calor extremo em comparação com nascidos em 1960. No Vietnã, picos de energia são registrados todos os verões devido ao calor, o que exige o uso mais intenso das usinas a carvão e consequentemente a geração de mais poluição. Pensando em soluções locais para enfrentar este problema, o escritório de arquitetura AREP desenvolveu um protótipo simples, econômico e e ciente. O primeiro passo da equipe foi adotar o princípio adiabático. “Durante séculos, as civilizações antigas resfriaram seus edifícios usando o frescor natural da água. O resfriamento adiabático é uma técnica sustentável que não requer nenhum gás refrigerante. Baseia-se em um princípio simples e natural: para evaporar, a água precisa de energia, que será 'absorvida' do calor do ar ambiente, gerando um efeito de resfriamento. Os únicos elementos necessários são ar quente e água”, a rma o escritório. Para entender o sistema basta lembrar da sensação de estar perto de um lago dentro do parque em um dia de muito calor. Quanto mais próximo da água, mais sente um ar fresco. Se

era preciso apenas de calor e água, os pro ssionais tinham tudo em Hanói, capital do Vietnã, onde o projeto foi criado. Assim eles apostaram no resfriamento urbano adiabático. O trabalho envolveu famílias locais, ligadas à arte e artesanato, para construir uma torre de bambu em escala real na cidade. Os próprios artesãos foram os responsáveis por construir a estrutura hiperboloide de bambu. O formato hiperboloide, inventado em 1896 p elo engenheiro e cientista russo Vladimir Shukhov, permite criar estruturas mais resistentes usando menos materiais. O sistema é simples, mas fascinante: entre os polos principais está instalado um meio no qual a água corre por gravidade. Em seu centro está instalado um soprador que pega

dispositivo funcional, provando a viabilidade de um dispositivo sustentável, low-tech e conceito de baixo custo para refrescar os espaços exteriores da nossa cidade”, entusiasma-se a rma de arquitetura que conseguiu baixar a temperatura externa de 30°C para 24°C com a torre de bambu. A torre foi projetada no contexto da Bienal de Arquitetura e Urbanismo de Seul 2021 pensando no Vietnã, que gura em um ranking dos 20 países mais vulneráveis às mudanças climáticas. Além dos efeitos já sentidos, a previsão é que os fenômenos climáticos extremos aumentem em intensidade nos próximos anos. A ambição dos arquitetos agora é levar a solução para cidades ao redor da bacia do Mediterrâneo ou no Golfo. “Durante os verões quentes e

o ar quente de cima e o empurra para baixo à altura de um homem. Ao cruzar a água duas vezes, o ar é resfriado naturalmente pelo princípio adiabático. “Fomos capazes de criar um

secos, nosso conceito seria ideal para resfriar espaços ao ar livre, como praças públicas, ruas de pedestres ensolaradas ou até edifícios maiores como estações de trem”, garantem.


16 GERAL

16 A 23 DE DEZEMBRO/2021

Emily Brontë, a melancólica autora de 'O Morro dos Ventos Uivantes' Com dois de seus trabalhos publicados, a escritora inglesa teve uma vida curta e sequer acompanhou a dimensão de sua fama ©DOMÍNIO PÚBLICO/CREATIVE COMMONS/WIKIMEDIA COMMONS

Em meados de 1847, Emily Jane Brontë publicou uma o livro que se tornaria uma das maiores obras da história da literatura. Mal sabia ela que 'O Morro dos Ventos Uivantes' s eria tão a c l a m a d o, u m v e r d a d e i r o clássico para os amantes da leitura. Pouco se sabe, no entanto, sobre a vida da autora. Na obra 'Queens of Literature of the Victorian Era', escrita por Eva Hope em 1886, a autora é descrita como uma mulher peculiar, tímida e reclusa. Nascida no condado de York, no Reino Unido, a poetisa e romancista ainda assim é considerada uma d a s m ai ore s e s c r it or a s d a literatura mundial. Nascida em 1818, no vilarejo de ornton, na Inglaterra, Emily era lha de Maria Branwell e Patrick Brontë. Com apenas três anos de idade, a futura escritora perdeu a sua mãe, vítima de um c â n c e r. Ap ó s a m o r t e d a matriarca, a menina foi enviada para a Escola das Filhas do Clero em Cowan Bridge, ao lado de suas irmãs, Maria, Elizabeth e Charlotte.

No local, as crianças sofreram abusos e privações. Além disso, devido às más condições da escola, suas irmãs Maria e Elizabeth acabaram contraindo febre tifoide, vindo a óbito respectivamente. Mais tarde, as três irmãs que sobreviveram e seu irmão Branwell, foram educados em casa por seu pai e tia Elizabeth Branwell. Desde cedo, Emily já demonstrava interesse pela literatura e teve acesso a vários autores, comoLord Byrone Mary Shelley.

Quando tinha 13 anos, a aspirante a escritora e sua irmã Anne começaram a escrever suas próprias histórias. No entanto, seus escritos não foram preservados, restando apenas algumas páginas soltas, como uma espécie de "diário". Aos 17 anos, a jovem passou a frequentar a Roe Head Girls 'School, mas cou pouco tempo, pois logo a saudade de casa a fez retornar ao lar. Embora a sua vocação para a escrita, Emily vendeu apenas

dois exemplares ao longo de sua vida. Em 1845, começou a escrever o clássico O Morro dos Ve n t o s Ui v a n t e s , q u e f o i concluído no ano seguinte e publicado em 1847, em dois volumes — junto com Agnes Grey, de Anne. Já o livro de poemas Jane Eyre, foi escrito em conjunto com suas irmãs Charlotte e Anne e lançado em 1846. Na época, os críticos Alexia reconheceram a força dramática Debacker da história de amor e ruína que

Espinoso

permeia O Morro dos Ventos Uivantes. No entanto, algumas pessoas a acusaram de propagar “violência psicológica”, já outras alegaram que as imagens eram as mais chocantes e piores representações de humanidade. Emily Brontë, por sua vez, nunca soube a dimensão da fama que atingiu com seu único romance publicado. A renomada escritora veio a falecer um ano após o lançamento do clássico, que até hoje é referência na literatura mundial. Discreta e com poucos amigos, a romancista era conhecida por ser uma p ess oa extremamente tímida e reclusa. Ainda segundo alguns biógrafos, sua condição beirava à misantropia — aversão ao ser humano e à natureza humana como um to do. Em s eus últimos anos de vida, a autora enfrentava também problemas de saúde. Acredita-se que as condições insalubres do ar, atreladas a um forte resfriado que rapidamente evoluiu para uma tuberculose, tenham resultado na morte da romancista, no dia

24 de setembro de 1848. Segundo Mar y Robinson, uma das primeiras biógrafas de Emily, a poetisa morreu sentada em seu sofá. No entanto, em uma carta escrita pela sua irmã Charlotte, a mulher menciona que o cachorro da autora, Keeper, estaria deitado ao lado de sua cama no momento de sua morte. No m de sua vida, a escritora estava tão magra, que seu caixão media apenas 40 centímetros de largura. Posteriormente, seus restos mortais foram enterrados no cofre da família, localizado em St. Michael and All Angels 'Church, Haworth.

Cobertura de estação de ONU valida temperatura trem vira grande parque recorde de 38º em junho de 2020 no Ártico linear ©BAI YU/V2COM

A cidade de Shenzhen, na China, é conhecida pela sua produção de eletrônicos, que são exportados para todo o mundo. E também é o lar de cerca de 17 milhões de pessoas — que poderão contar com um novo espaço de lazer. Um grande terminal ferroviário divide espaço com um dep ósito de t rens que precisam de reparos. A construção ca perto da ponte para Hong Kong e separa áreas residenciais da orla marítima. Outra carac ter ística é sua enorme cobertura de cerca de 1,2 quilômetro de comprimento, com a largura variando entre e 48 a 60 e uma altura de 15 metros. “O principal objetivo do projeto era aproveitar a área da cobertura existente, mas antes

subutilizada, e integrar melhor o edifício à estrutura do seu entorno, repensando simultaneamente a função cívica do desenho urbano no século XXI”, diz o comunicado do Beijing Landscape Architects Crossboundaries “O desa o era acomodar as necessidades de diferentes grupos de usuários: primeiro, melhorar a qualidade da educação física nas escolas vizinhas, segundo, fornecer lugares para o público em geral praticar esportes de lazer e, terceiro, estabelecer instalações para eventos esportivos pro ssionais e competições com público”, explicam os arquitetos do Beijing Landscape Architects Crossboundaries, responsáveis pelo projeto.

O telhado é tão longo que pôde ser dividido entre duas escola, u m a á r e a d e t r e i n a m e nt o esportivo pro ssional e uma área para o público em geral. “Em um sentido funcional, a faixa atende às necessidades de múltiplos grupos de usuários para a facilitação do esporte e do lazer, tornando-se um centro de recreação linear ao serviço da v i z i n h a n ç a”, o b s e r v a m o s arquitetos. A sustentabilidade foi uma preocupação e critério para a escolha de materiais e inclusão de vastas áreas verdes no projeto, que usa muita madeira e estruturas arquitetônicas permeáveis, com vegetação plantada ao longo dos caminhos fornecendo sombra, ao mesmo tempo que contribui para uma drenagem e ciente e controle de temperatura. “Nosso parque linear é como um quebra-cabeça perdido que se conecta às comunidades v i z i n h a s ”, c o n c l u i B i n k e Lenhardt, cofundador da Crossboundaries. “O projeto cria a ligação física e visual necessária entre o tecido urbano e o litoral e, ao longo do percurso, visa satisfazer as necessidades cada vez maiores das escolas e do público por espaços de lazer”.

A Organização Meteorológica Mundial (OMM) validou, na terça-feira (14), a temperatura recorde de 38° Celsius no Ártico, registrada na cidade russa de Verkhoyansk em 20 de junho de 2020, um novo "sinal de aviso sobre as alterações climáticas". "Este novo registro ártico é uma das o b s e r v a ç õ e s transmitidas ao arquivo de climas extremos da OMM, agência da ONU que está ligando o alarme sobre as mudanças sofridas pelo clima", disse o secretário-geral da organização, Petteri Taalas,

continent al muito s eco, resultando em invernos muito frios e verões muito quentes. ©ARQUIVO/AGÊNCIA BRASIL Os pesquisadores da OMM tentam "veri car uma temperatura de 54,4°C registrada em 2020 e 2021 no local mais quente da terra, o Vale da Morte na Califórnia, e também validar um novo recorde europeu de calor de 48,8°C estabelecido na Sicília neste verão", Verkhoyansk situa-se cerca de disse Taalas. "Este inquérito 115 quilômetros ao norte do d e s t a c a o a umento das Círculo Ártico, e as temperaturas têm sido medidas temperaturas numa região que é desde 1885. Essa região da importante para o resto do Sibéria Oriental tem clima mundo em termos de clima". É importante monitorá-la continuamente, acrescentou o relator da OMM sobre clima e extremos climáticos, Randall Cerveny. Aprove it and o as consequências do fato de o Ártico ser uma das regiões com aumento rápido das temperaturas, a OMM criou uma nova categor ia, a da temperatura mais alta no ou ao norte do círculo. O grupo de peritos responsáveis pela certi cação desses registos examina a validade dos instrumentos utilizados para medição e a coerência com a meteorologia atual. observando que no mesmo ano a Antártica também registou recorde de 18,3°C.


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