Jornal Fatos & Notícias 457

Page 1

ANO XII - Nº 457 20 A 27 DE JANEIRO/2022 SERRA/ES

Educação Cultura Ciência e Tecnologia Meio Ambiente Saúde Economia Distribuição Gratuita

©NATHALIA GOMES/USP

GABRIELA MESSNER ARESI OLIVEIRA

8 Que tal preparar uma

receita prática e deliciosa de yakisoba? Pág. 8

HAROLDO CORDEIRO FILHO

8 O que leva um político a não cumprir suas promessas eleitorais? Fidelidade parlamentar existe? Pág. 12

ANA MARIA IENCARELLI

8 Pela lei da alienação

parental mulher que faz denúncia de ex-marido, é louca Pág. 10

Homem que dedurou Anne Frank aos nazistas pode ter sido identificado Pág. 16

Cientistas da USP criam luva que detecta pesticidas em alimentos

Cientistas dã o inıćio à 1ª pesquisa arqueoló gica no espaço Pág. 14

Sedu institui o Programa Sucesso Escolar Pág. 4

Em homens, anos de solidão ou términos Com sensores nas pontas dos dedos, dispositivo permite vericar a presença de recorrentes substâncias tóxicas estão associados Doença do beijo a inamação pode causar esclerose múltipla, diz pesquisa Pág. 5

©ISTOCKPHOTO

Brasil está entre os países com melhor desempenho na redução de poluentes

Pág. 11

©DIVULGAÇÃO/PMV

©LULA SAMPAIO/AFP

Um estudo revelou que a mononucleose, também conhecida como doença do beijo, por ser causada pelo vírus Epstein-Barr (EBV), transmitido pela saliva, é capaz de causar esclerose múltipla doença degenerativa sem cura que afeta quase três milhões de pessoas ao redor do mundo Pág. 9

Brasil, Chile e Argentina foram os três países sul-americanos entre os 25 com melhor desempenho na corrida para o Net Zero, com base no progresso até o momento e nas iniciativas estabelecidas Pág. 2

História e cultura de Goiabeiras nos muros do Cmei Jacyntha Simões Pág. 3

Acesse o nosso portal: www.jornalfatosenoticias.com.br


2 MEIO AMBIENTE

20 A 27 DE JANEIRO/2022

Brasil está entre os países com melhor desempenho na redução de poluentes Saiba quais são os outros países sul-americanos revelados na pesquisa ©LULA SAMPAIO/AFP

Brasil, Chile e Argentina foram os três países sul-americanos entre os 25 com melhor desempenho na corrida para o Net Zero, com base no progresso até o momento e nas iniciativas estabelecidas. O Brasil (18º), quando comparado com o trio, cou em segundo lugar, atrás do Chile (16º) por duas posições e na frente da Argentina (22º) por quatro. O resultado é um recorte da América do Sul do estudo global realizado pela KPMG “Net Zero Readiness Index (NZRI) 2021” em que foram comparados os progressos de 32 países e territórios na redução de gases de efeito estufa (GEE). A sócia-diretora líder de ESG da KPMG na América do Sul e da KPMG IMPACT, Juanita López, comenta que em um contexto pós-COP26 (26ª Conferência das Na ç õ e s Un i d a s s o bre a s Mudanças Climáticas), tais análises são bastante relevantes.

“Os países se comprometeram a fortalecer compromissos nacionais com as diretrizes do Acordo de Paris até o nal de 2022 e, de divulgar antes da próxima edição da conferência, a atualização das metas climáticas e estratégias de longo prazo. Cumprir com esses objetivos exigirá o trabalho colaborativo entre governos e todos os setores da sociedade civil, principalmente do setor privado,

que tem um papel fundamental para que que os países alcancem a meta estabelecida”, discorre a líder. Durante a COP-26, o País anunciou novas metas para redução dos gases de efeito estufa, comprometendo-se com u m a re du ç ã o d e e m i s s õ e s líquidas de 50% até 2030 e neutralidade de carbono até 2050. O Brasil utiliza extensivamente a energia

hidrelétrica para gerar eletricidade e está desenvolvendo outras fontes de energia renováveis, como solar, eólica e biocombustíveis. Segundo o estudo, a principal estratégia chilena tem sido a descarbonização das fontes geradoras de eletricidade. As vantagens do País para a diminuição dos poluentes estão na abundância de recursos solares e nos investimentos em tecnologias verdes. De acordo com previsões do Ministério do Meio Ambiente, tais esforços para cumprir a meta de zero emissão líquida criam oportunidades de investimento entre 27 e 49 bilhões de dólares até 2050. C omo um dos principais exportadores de carne bovina, o relatório apontou que o governo argentino se comprometeu a zerar o desmatamento líquido até 2030. Além disso, se propôs a

reduzir as emissões de carbono até 2030 — esse é um limite 25% abaixo da meta anterior, que havia sido de nida em 2016. “O Brasil está trabalhando para diversi car suas fontes de energia verde, considerando a di culdade de expansão das soluções hidrelétricas de grande porte pela enorme necessidade Camaleão Furcifer de terras dos reservatórios de labordi hidrelétricas e a falta de con abilidade nas estações secas”, analisa o sócio-líder de energia e recursos naturais da KPMG na América do Sul, Manuel Fernandes. “Os três países têm vastos recursos naturais para a produção de energia a partir de fontes renováveis e sustentáveis. Ta m b é m n ã o l h e s f a l t a c on h e c i m e nt o e a c e s s o à s tecnologias que permitiriam colo c ar em prát ic a pl anos ambiciosos de transição energética. Porém, ainda que em

diferentes graus, ambos enfrentam a falta de mecanismos e cientes de controle”, conclui o líder. Na pesquisa principal, foram analisados 103 indicadores que os estudiosos consideram fundamentais para alcançar a meta de zero emissão líquida dos poluentes. Participaram do ranking os seguintes países e territórios: Noruega, Reino Unido, Suécia, Dinamarca, A l e m a n h a , Fr a n ç a , Jap ã o, Canadá, Nova Zelândia, Itália, Coreia do Sul, Espanha, Hungria, Estados Unidos, Singapura, Chile, Austrália, Brasil, Polônia, China, Malásia, Argentina, México, Turquia, Emirados Árabes Unidos. Além disso, pesquisadores avaliaram o que os países têm feito para reduzir as emissões, o que preparam para o futuro e aferiram as perspectivas para se alcançar a emissão zero de GEEs até 2050.

No Panamá, formigas Pássaro usa “filtro de imagem” para atrair fêmeas "curam" machucados de árvores em 24 horas ©VW PICS/GETTY IMAGES

Não são só os humanos que usam ltros de imagens para deixar as fotos mais atraentes nas redes sociais e, quem sabe, atrair "crushes". Cientistas d e s c obr i r am qu e p áss aro s machos do gênero tropical Ramphocelus possuem estruturas nas penas que fazem com que eles pareçam mais coloridos, vistosos e saudáveis aos olhos de parceiras potenciais. No mundo das aves, as cores fortes e chamativas das plumagens pesam positivamente a favor dos acasalamentos. Entre os espécimes do Ramphocelus, que podem ser encontrados em regiões tropicais como Pantanal e Mata Atlântica, a vivacidade das cores sempre foi associada à alimentação. Eles passam um bocado de tempo buscando comidas que forneçam altas doses de pigmentos carotenoides (como o b e t a c a r o t e n o p r e s e nt e n a

cenoura). Uma alimentação rica dessas substâncias pode conferir intensidade e brilho às aves, que geralmente ostentam penas em tons de vermelho escarlate, amarelo e laranja. E a síntese dos pigmentos também depende de processos metabólicos saudáveis. Por tabela, as penas de cores mais intensa são consideradas um “sinal honesto” da boa condição siológica do macho. “Segundo essa teoria, um pássaro de um vermelho vivo grita basicamente: 'Veja como estou saudável', 'Meu s i s t e m a i mu n o l ó g i c o e s t á funcionando' ou 'estou tão saudável que consigo pigmentar minhas penas”, explica Dakota McCoy, da Universidade de Ha r v a r d , q u e c o n d u z i u a pesquisa. O que o novo estudo mostra é que as penas masculinas têm microestruturas elaboradas que ampli cam a aparência da cor

sob a luz por um efeito óptico. E tais estruturas não estão ne c e ss ar i ame nte l i g a d as à qualidade metabólica, tampouco têm relação com as diferentes concentrações de carotenoides no organismo. Publicada na revista cientí ca Nature, a pesquisa levanta a hipótese de que as microestruturas nas penas, como farpas mais alongadas, surgiram como parte da corrida evolucionária para manutenção da espécie. É como se fosse uma forma mais fácil dos machos melhorarem sua aparência para atender a preferências da fêmeas pelas cores mais intensas. Isso signi ca que os pássaros machos trapaceiam para levar a m e l h o r n o “In s t a g r a m d a e v o l u ç ã o” ? N ã o necessariamente. Segundo os cientistas ainda são poucos os estudos sobre os sinais ópticos de plumagens e, por isso, os efeitos não podem ser classi cados como “puramente enganosos” ou puramente decorrentes de uma força seletiva. “Os indivíduos lutam para s at isfazer muit as press õ es seletivas concorrentes que variam ao longo do tempo e do espaço, desde encontrar uma parceria para acasalar quanto para evitar predadores. “A natureza é vermelha nos dentes, nas garras e nas penas” escrevem os pesquisadores no artigo.

©GETTY IMAGES

O entomologista William Wc islo, do Smit hs oni an Tropical Research Institute, fez uma descoberta no Panamá que o deixou de boca aberta. Ele constatou que formigas estavam "curando" árvores que haviam sofrido algum tipo de corte. No experimento, pequenos buracos foram perfurados nos troncos de árvores do tipo embaúba, e pouco depois formigas começaram a sair de suas tocas para consertar os danos, deixando a árvore completamente curada em 24 horas, a rma a BBC. De acordo com o pesquisador, as formigas usaram bras de plantas e seiva de árvores para

fechar os buracos. As formigas aztecas e as árvores da espécie Cecropia são nativas do Panamá e possuem um vínculo muito próximo, pois as formigas usam as árvores como suas casas. A árvore funciona então como um "condomínio"

para as formigas, e as passagens dentro da planta permitem que os insetos se movam facilmente de um lugar para o outro. Wcislo concluiu então que, em troca desta facilidade, as formigas "pagam aluguel" defendendo as folhas da árvore dos animais que as comeriam e fazendo um pouco de trabalho de reparo de vez em quando. Segundo o cientista, embora existam muitos exemplos de insetos e outros animais que consertam suas casas quando elas são dani cadas, apenas alguns deles usam outras espécies vivas como suas moradias.

Jornalista Responsável: LUZIMARA FERNANDES redacao@jornalfatosenoticias.com.br Produtor-Executivo: HAROLDO CORDEIRO FILHO jornalfatosenoticias.es@jornalfatosenoticias.com.br comercial@jornalfatosenoticias.com.br Diagramação: LUZIMARA FERNANDES (27) 3086-4830 / 99664-6644 jornalfatosenoticias.es@gmail.com Facebook Jornal Fatos e Notícias Serra - ES

Filiado ao Sindijores

CNPJ: 18.129.008/0001-18

"Feliz é a nação cujo Deus é o Senhor"

Circulação: Grande Vitória, interior e Brasília

Os artigos veiculados são de responsabilidade de seus autores


CULTURA 3

20 A 27 DE JANEIRO/2022

Como as pessoas da Idade

História e cultura de Média se viravam sem Goiabeiras nos sobrenomes? muros do Cmei Jacyntha Simões Entenda o que era feito para diferenciar uma Maria da outra ou dezenas de Josés ©DOMÍNIO PÚBLICO/CREATIVE COMMONS/WIKIMEDIA COMMONS

©DIVULGAÇÃO/PMV

FOTO: REPRODUÇÃO

C

omo seria a vida diária nas grandes cidades brasileiras se as pessoas não tivessem sobrenomes? E, pior ainda, se não existissem documentos de identidade, registros de impressões digitais, nada disso? Imaginemos, por exemplo, uma loja que vendesse a c r é d i t o. C o m o f a r i a p a r a distinguir entre centenas ou milhares de clientes que se identificassem todos como “João”? Hoje isso daria uma confusão danada. Mas era assim até por volta do século 12. Claro, não existiam metrópoles como as de hoje, mas Paris, por e xe mpl o, j á t i n ha 2 0 0 m i l habitantes. A Idade Média do século 12 era ainda um mundo de identidades pessoais difusas, mal definidas, muito diferente desse outro mundo que hoje conhecemos, no qual tudo o que se refere ao indivíduo, rico ou pobre, é minuciosamente registrado, do nascimento até a morte. No ano 1000, para tomarmos um marco de tempo bem preciso, sobrenomes simplesmente não existiam. A identificação de um indivíduo no meio social se fazia pelo prenome e por um complemento qualquer. Uma prática comum era designar as pessoas como “fulano filho de ciclano”. Por exemplo, Pedro Álvares equivalia a “Pedro filho de Álvaro”; David Davidovich seria “David filho de David”. Outra forma muito difundida era o acoplamento de apelidos variadíssimos ao nome. Os mais comuns faziam alusão à origem geográfica dos portadores (da Costa, do Monte), a aspectos físicos ou a traços morais que lhes eram atribuídos. Ou ainda à atividade ou ofício de que eles viviam. Entre o século 12 e o 15, tais apelidos vão paulatinamente se tornando permanentes, isto é, transformando-se em sobrenomes de família. Como o poder público não registrava os nascimentos, cabia aos padres (nem sempre letrados)

escrever o que ouviam do nome dos declarantes (ainda menos letrados), abrindo-se assim o campo para inúmeros erros e variações ortográficas. Na Antiguidade, houve casos esparsos de desenvolvimento do sobrenome. O mais conhecido é sem dúvida o Império Romano, no qual as pessoas da elite costumavam ter três nomes; por exemplo, Caio Júlio César. Com o colapso do império, o nome composto desaparece na esteira das invasões germânicas. Mais alguns séculos e o nome único — ou o nome seguido apenas de um apelido — reaparece por toda parte. Esse retrocesso, porém, não constituiu um problema muito sério, pois tudo tinha involuído. O comércio de longa distância praticamente desaparecera, a moeda mal circulava e, mais importante, não existiam mais cidades grandes. A maioria das pessoas vivia em lugarejos que reuniam apenas algumas centenas de habitantes. Nessas comunidades, a homonímia não representava um problema muito sério. Mas foi-se tornando grave à medida que a população crescia e muitos indivíduos migravam de uma comunidade a outra, ou passavam a residir em centros urbanos de maior porte. A multiplicação dos apelidos por si só evidenciava a insuficiência do nome único. O sobrenome começa a surgir em função de anseios de ident if ic aç ão p ess o a l, mas também por pressão da realidade política. Conforme a descentralização característica da era feudal vai sendo suplantada por estruturas mais amplas, governos, senhores feudais e autoridades eclesiásticas cada vez mais insistem em cadastrar seus súditos. A identificação individual se torna necessária tanto por razões militares (recrutamento de soldados) como fiscais (cobrança

de tributos). Essa etapa intermediária ganhou impulso durante o chamado “PréRenascimento” (os séculos 11 a 13), no meio de grandes mudanças econômicas e culturais e da crescente importância das cidades. Pouco a pouco, os apelidos foram se tornando sobrenomes. Em Paris, por exemplo, havia grande número de pessoas identificadas por apelidos que se referiam ao lugar de origem, como “Langlais” (o inglês), “L e s p a n i o l” ( o e s p a n h o l ) , “ L i t a l i e n” o u “ L o m b a r d ” (designando a procedência i t a l i a n a ) , “ L a l l e m a n d” o u “Lallement” (o alemão). Entre os alusivos a traços pessoais, eram muito comuns apelidos como Lejeune (o jovem, o filho mais novo), Leblond (o loiro), Legrand (pessoa volumosa ou alta), Lepetit ou Lecourt (pessoa de baixa estatura), Lelong (pessoa alta e magra), da mesma forma que Bajo, Gordo, Rubio, Calvo e outros em espanhol e analogamente em outros idiomas. Chama a atenção também os antigos apelidos derivados de ofícios. Um censo realizado em Paris em 1294 registra “allier” (vendedor de alho), “avenier” (vendedor de aveia), “falconnier” (pessoa que cria ou vende falcões), “fritier” (vendedor ambulante de peixe frito). Todo país europeu tem hoje entre os s eus cid ad ãos muitos com s o b r e n o m e s d e “p a d e i r o”, “a ç o u g u e i r o”, “ f e r r e i r o”, “moleiro”. Como tais ofícios eram deter minantes nas cidades europeias medievais, existiam centenas ou milhares de pessoas conhecidas por tais apelidos. Posteriormente, o apelido se “d e s g r u d a” d o o f í c i o e s e t r ans for ma e m s obre nome hereditário. Meunier e Mounier, por exemplo, derivados do ofício de moleiro, são muito comuns em francês, assim como Miller, em inglês, e Muller, em alemão.

O bairro Goiabeiras abriga o ofício da fabricação das panelas de barro, trabalho artesanal que é repassado entre gerações e se tornou o primeiro bem cultural registrado como Patrimônio Imaterial, no Livro de Registro dos Saberes, desenvolvido pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). O bairro é margeado pelo manguezal urbano de Vitória, o maior da América Latina. Goiabeiras ecoa a casaca, os tambores e toadas do Congo. Um pouco de todo o legado histórico e cultural do bairro está retratado nos muros do Centro Municipal de Educação Infantil Jacyntha Ferreira de Souza Simões, obra do artista Alexssandro Mello Furtado, contemplado por edital pelo projeto “A Arte é nossa”, da Secretaria de Cultura de Vitória (Semc). A inter venção ar t íst icourbana soma 189 m² e foi concebida após pesquisa realizada pelo artista. “Escolhi representar o mangue, as raízes, folhas, e também a gura do caranguejeiro, para aproximar mais a arte da realidade do bairro que é cercado pelo

manguezal, do qual muitas famí lias t iram sustento. Também z a representação da moqueca capixaba e a panela de b a r ro, p a r a re f orç a r e s s a identi cação com esses dois elementos que estão associados à cultura local e são uma referência externa do Estado, a panela e a moqueca”, destacou o artista. Além das cores vibrantes e da própria estética do desenho já serem pensadas para atrair e comunicar com as crianças, a temática, segundo Alexssandro, pode aguçar a curiosidade das crianças em saber o que signi cam aqueles personagens ali desenhados no muro. A unidade de ensino tem 226

crianças atualmente matriculadas, do grupo 2 ao 6. “A arte colabora pra que as crianças valorizarem o espaço da escola e também a cultura capixaba. Eu fui o criador dos desenhos e da composição do muro, além de pintar e coordenar o processo”, contou Alexssandro. Para o artista, as manifestações artísticas em ambientes públicos permitem contato com a arte de forma natural, acessível e sem nenhum ltro social. Proporcionar à população este diálogo cultural, sem a necessidade de se dirigir a um ambiente especí co, além de contribuir para a valorização do patrimônio cultural e o vínculo social. “Essa entrega nos enche de orgulho. Aliamos a Cultura à Educação, como tem que ser. Não são mais simples muros que limitam as dependências da escola, agora temos murais por meio dos quais sonhos podem ser projetados, arte que vira fruto de inspiração e um local v i s i v e l m e nt e m a i s f e l i z e acolhedor”, a rmou o secretário municipal de Cultura, Luciano Gagno. LUCIANO DANIEL

Reservas: (27) 99961-8422

Jacaraípe/Serra/ES/Brasil www.pousadasolemarjacaraipe.com.br

Foto Antiga do ES ©JOSÉ LUIZ PIZZOLFOTOS ANTIGAS DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO/FACEBOOK

(AVENTURAS NA HISTÓRIA)

Construção do Iate Clube de Colatina, em 1959


4 EDUCAÇÃO

20 A 27 DE JANEIRO/2022

Novo Modelo do Ensino MEC divulga datas para inscrições em processos Médio: entenda as mudanças que chegam seletivos de 2022 em 2022 Em fevereiro serão abertas as inscrições do Sisu e Prouni e, em março, do Fies

©ISTOCKPHOTO

Novo Modelo do Ensino Mé dio tem mudanças na carga horá ria e na organizaçã o curricular ©PIXABAY

Os estudantes de ensino médio de escolas públicas e particulares terão novidades com o novo modelo de ensino, que passa a valer este ano. Instituído por lei federal, o Novo Modelo do Ensino Médio tem mudanças na carga horária e na organização curricular. A nova organização curricular é de nida como Base Nacional Comum Curricular (BNCC). O tempo mínimo do estudante na escola passa de 800 horas para 1.000 horas anuais, aumento de 200 horas. O tempo de aula era de cerca de quatro horas por dia, agora, passa para cinco horas por dia. Antes, o ensino médio tinha como foco uma preparação para o ensino superior, agora, o novo modelo é voltado para o mercado de trabalho. As aulas serão integradas a cursos técnicos que terão diplomas no nal. A legislação permite que 30% do ensino médio noturno e 20% do diurno sejam cumpridos remotamente, segundo o portal G1. As disciplinas passam a ser áreas de conhecimento, que são: linguagens e suas tecnologias;

matemática e suas tecnologias; ciências da natureza e suas tecnologias; e ciências humanas e sociais aplicadas. Os conteúdos serão trabalhados de forma associada, ou seja, assuntos de artes poderão ser trabalhados junto aos conteúdos de história, integrando e relacionando as duas áreas. Outra novidade do ensino médio em 2022 é o Projeto de Vida, que orientará os jovens a entender seus gostos. A ideia é ajudar o aluno a compreender o que ele quer para o futuro e a escolha do curso superior. Os itinerários formativos também são novidades. De forma optativa, conforme o interesse e a oferta da instituição,

as aulas aprofundam as áreas do conhecimento e a formação técnica e pro ssional. Segundo o Ministério da Educação, as transformações na estrutura do Ensino Médio incentivam o papel protagonista dos estudantes, valorizando suas a p t i d õ e s e i n t e r e s s e s . “A mudança tem como objetivos garantir a oferta de educação de qualidade a todos os jovens brasileiros e de aproximar as escolas à realidade dos estudantes de hoje, considerando as novas demandas e complexidades do mundo do trabalho e da vida em sociedade”, diz, em nota, o Ministério da Educação.

Os estudantes que zeram o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) já podem se planejar para concorrer as milhares de vagas para ingresso no ensino superior, ofertadas pelo Ministério da Educação (MEC), nos primeiros processos seletivos de 2022 do Sistema de Seleção Uni cada (Sisu), do Programa Universidade para Todos (Prouni) e do Fundo de F i n an c i am e nto E stu d ant i l (Fies). Em fevereiro serão abertas as inscrições do Sisu e Prouni e, em março, do Fies. As inscrições para o Sisu começam no dia 15 de fevereiro e podem ser feitas até as 23h59 do dia 18 de fevereiro. Já o prazo de inscrição para o Prouni será de 22 a 25 de fevereiro. E no início de março, do dia 8 ao dia 11, é a vez de se inscrever no Fies, que este ano oferta 110.925 vagas.

Os quantitativos de vagas a serem ofertadas no Sisu e Prouni serão divulgados em breve, assim como os editais do Sisu, Prouni e Fies, contendo os cronogramas completos e todos os critérios dos primeiros processos seletivos de 2022. A previsão é a de que os editais sejam publicados no Diário O cial da União (DOU) ainda esta semana.

As inscrições para todos os três processos seletivos são gratuitas e devem ser feitas, exclusivamente, pela internet. Em todos os processos seletivos a classi cação é feita com base na nota obtida na edição mais recente do Enem, sendo que, para o Fies, quem fez uma das edições do Enem, a partir de 2010 até a mais recente, também pode se inscrever.

Estudantes de 14 a 18 anos podem se inscrever em curso sobre imunologia na USP ©REPRODUÇÃO

Sedu institui o Programa Sucesso Escolar O Programa é destinado aos estudantes em situação de distorção idade-série, dos 6º e 7º anos do ensino fundamental ©ASCOM SEDU

A Secretaria da Educação (Sedu) instituiu, por meio da Portaria nº 002-R/2022, o funcionamento do Programa Sucesso Escolar,

destinado aos estudantes em situação de distorção idadesérie, matriculados nos 6º e 7º anos do ensino fundamental das

unidades escolares da Rede Estadual. O Programa é uma proposta construída de forma coletiva, coordenada pela Gerência de Educação Infantil e Ensino Fundamental (GEIEF) da Sedu, e tem como objetivo geral, assegurar aos estudantes, a progressão da aprendizagem e a continuidade dos estudos com sucesso escolar, a m de garantir a equidade na Rede Estadual de Ensino. As ações do Programa entram em vigor a partir do início do ano letivo de 2022.

Entre os dias 24 e 28 de janeiro, o Hemocentro de Ribeirão Preto e a Casa da Ciência promovem a primeira edição da Semana da Imunoterapia para estudantes da rede pública e particular. Para a inscrição, que vai até 18 de janeiro, os interessados devem ter entre 14 e 18 anos, cursando e nt re o 9 º a n o d o e n s i n o fundamental e o 3º ano do ensino médio. Com aulas on-line e batepapos ao vivo com pesquisadores da instituição, os participantes vão aprender conceitos que envolvem as respostas imunológicas inata e adaptativa. As atividades vão car gravadas e os alunos deverão entregar, até o dia 4 de

fevereiro, uma atividade nal que será divulgada no último dia do curso. O evento integra ações que estão programadas para ocorrer anualmente no período de três anos e a participação nesta edição será fundamental para que os alunos participem das próximas com temáticas mais complexas, como a imunoterapia utilizando células

CAR e edição gênica. Mais informações: (16) 98829-2065 n o W h a t s A p p o u contato@casadaciencia.com.br A Casa da Ciência é um programa do Hemocentro de Ribeirão Preto, vinculado à Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP, que desenvolve atividades de e ns i no d e c i ê nc i a s c om o objetivo de aproximar a pesquisa cientí ca de alunos e professores da rede básica de ensino e apoiálos. A Casa da Ciência teve início em 2001 como parte do pro g r a m a e du c a c i on a l As Células, o Genoma e Você, do C entro de Terapia C elular (CTC), integrante dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (C epids), nanciados pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).


INOVAÇÃO 5

20 A 27 DE JANEIRO/2022

Projeto cria moradias ecológicas para famílias de baixa renda em Uganda A casa Kampala será construída em tijolo de terra local crua, terá captação e armazenamento de água da chuva e produção de energia solar ©PROJETO MARC THORPE DESIGN

O escritório de arquitetura Marc orpe Design desenvolveu um projeto sustentável e ecologicamente responsável para um conjunto de residências em Uganda, país localizado no Leste da África. O projeto da casa Kampala visa fornecer moradia para famílias de baixa e média renda, aliviando a pressão no mercado imobiliário e no povo de Uganda. D e a c ord o c om o Departamento de Estatísticas de Uganda, o país enfrenta um d é c it d e 2 , 1 m i l h õ e s d e unidades habitacionais. Infelizmente, esse número vem aumentando a uma taxa de 200.000 unidades por ano. A previsão é que, até 2030, o dé cit em Uganda deva chegar a três milhões de unidades habitacionais. Segundo o escritório, “a oferta de habitação é extremamente baixa e geralmente de má qualidade”. Para melhorar esse

cenário, os arquitetos se aliaram ao Stage Six, empresa que usa o modelo de franquia para escalar projetos sociais de forma rápida, ampla e sustentável, e também à Échale International, empresa social que oferece soluções habitacionais para o desenvolvimento integral de comunidades. A casa foi construída usando o EcoBlock, um tijolo de terra crua comprimida desenvolvido pela Echale International. O EcoBlock é produzido com 90% de solo local e 10% de uma mistura de cimento, cal, areia e água. É um isolante térmico e a c ú s t i c o, e c o l o g i c a m e nt e sustentável, mais resistente que o bloco de cimento e com 30% menos emissões de CO₂. A casa é a primeira de uma série de residências de vários tamanhos a serem construídas por meio de parcerias feitas no continente africano. A casa de Kampala é composta por três AJUFE

quartos, dois banheiros, sala de e s t a r, j a n t a r e c o z i n h a . Conectado à cozinha está um fogão a lenha externo para cozinhar ao ar livre, item comumente encontrado em Uganda. Um grande terraço envolve a frente e a lateral da casa, criando espaços sombreados para atividades ao ar livre. Sobre a casa há um grande telhado ondulado de aço e madeira projetado para suportar painéis solares, coletar água da chuva e armazenar em uma torre de água adjacente. O conceito de uma torre de água para cada casa é fornecer uma rede comunitária de abastecimento de água capaz de acessar e compartilhar em caso de seca. “Nó s a c re d it am o s nu m a a r q u i t e t u r a d e responsabilidade”, diz Marc orpe. “O objetivo da casa é criar uma residência ambientalmente responsável que responda ao contexto e ambiente circundante, proporcionando uma oportunidade socioeconômica para a propriedade da casa e para a administração da comunidade”, diz o arquiteto fundador do escritório que leva o seu nome, Marc orpe. As primeiras residências serão construídas pela Échale International em Uganda ainda em 2022, a rma o escritório.

Carro elé trico promete acabar com voos de curtas distâ ncias ©DIVULGAÇÃO

Embora sejam rápidos, voos de curta distância, como a ponte aérea entre São Paulo e Rio de Janeiro, emitem uma grande quantidade de CO₂, que chega a ser o dobro do que um carro médio produz em uma viagem. Buscando uma solução ecológica (e acessível), designers britânicos desenvolveram um carro elétrico que promete substituir esse segmento do transporte aéreo. Dotado de um visual que lembra um carro de brinquedo, o Budget Air Car é um conceito desenvolvido pela Car Design Research (CDR), agência britânica de design em mobilidade futura. Ele comporta até seis passageiros em três fileiras, tem direção autônoma e propulsão elétrica. A grande ideia por trás do seu desenvolvimento está no

baixíssimo nível de emissão de CO₂. Cada pessoa produziria cerca de 5 CO₂ g/km. Isto é, apenas 2% dos 250 CO₂ g/km que a mesma pessoa iria produzir caso realizasse o mesmo trajeto de avião. Dessa forma, um passageiro poderia fazer 50 viagens de carro com o mesmo impacto ambiental que uma viagem de avião da mesma distância. De acordo com a CDR, como o foco

do Budget Air Car é a eficiência, o trem de força elétrico seria desenvolvido para viagens de longa distância. Assim, o projeto priorizaria a autonomia ante a performance. Para comportar até seis pessoas alocadas em três fileiras, o carro — ainda tratado apenas como um conceito digital — deverá ter 5 metros de comprimento, 1,8 m de largura e 1,5 m de altura.

Cientistas da USP criam luva que detecta pesticidas em alimentos Com sensores nas pontas dos dedos, dispositivo permite verificar a presença de substâncias tóxicas ©NATHALIA GOMES/USP

Cientistas da Universidade de São Paulo (USP) criaram um dispositivo sensor vestível embutido em uma luva de borracha sintética capaz de detectar resíduos de pesticidas em alimentos. O trabalho, a p o i a d o p e l a F a p e s p, f o i idealizado e liderado pelo qu í m i c o Pau l o Au g u sto Raymundo-Pereira, pesquisador do Instituto de Física de São Carlos (IFSC-USP). O dispositivo tem três eletrodos, localizados nos dedos indicador, médio e anelar. Eles foram impressos na luva por meio de serigra a, com uma tinta condutora de carbono, e permitem a detecção das substâncias carbendazim (fungicida da classe dos carbamatos), diuron (herbicida da classe das fenilamidas), paraquate (herbicida incluído no rol dos compostos de bipiridínio) e fenitrotiona (inseticida do grupo dos organofosforados). No Br as i l, c ar b e nd a z i m , d iu ron e fe n it rot i on a s ã o empregados em cultivos de cereais (trigo, arroz, milho, soja e feijão), frutas cítricas, café, algodão, cacau, banana, abacaxi, maçã e cana-de-açúcar. Já o uso de paraquate foi banido no país p el a Agê nc i a Na c i ona l d e Vigilância Sanitária (Anvisa). A análise pode ser feita diretamente em líquidos, apenas mergulhando a ponta do dedo contendo o sensor na amostra, e também em frutas, verduras e legumes, bastando tocar na superfície da amostra. S érgio Antônio Spínola Machado, professor do Instituto de Química de São Carlos ( IQ S C - U SP ) e c o autor d a pesquisa, diz que não há nada semelhante no mercado e que os métodos mais utilizados atualmente para detecção de pesticidas se baseiam em técnicas como cromatogra a (técnica analítica de separação de misturas), espectrofotometria (método óptico de análise usado em biologia e físico-química), eletroforese (técnica que utiliza um campo elétrico para separação de moléculas) ou ensaios laboratoriais. “Essas metodologias têm custo alto, demandam mão de obra especializada e um tempo longo entre as análises e a obtenção dos resultados. Os sensores são uma alternativa às técnicas convencionais, pois, a partir de análises con áveis, simples e robustas, fornecem informação analítica rápida, in loco e com baixo custo”, explica o professor Sérgio Antônio Spínola Machado. Na luva criada pelo grupo, cada dedo é responsável pela detecção eletroquímica de uma classe de pesticida. A identi cação é feita

na superfície do alimento, mas em meio aquoso. “Precisamos da água, pois é necessário um eletrólito [substância capaz de formar íons positivos e negativos em solução aquosa]. Basta pingar uma gotinha no alimento e a solução estabelece o contato entre este e o sensor. A detecção é feita na interface entre o sensor e a solução”, detalha a química Nathalia Gomes, pesquisadora do IQSC-USP e integrante da equipe. O processo de veri cação de presença de pesticidas é simples. Coloca-se um dedo de cada vez na amostra: pr imeiro, o indicador; depois, o médio e, por último, o anelar. No caso de um suco de frutas, basta fazer a imersão dos dedos no líquido, um de cada vez. A detecção é feita em um minuto e, no caso do dedo anelar, em menos de um minuto. “O sensor no dedo anelar usa uma técnica mais rápida. Ele é composto por um eletrodo de carb ono f unciona lizado, enquanto os dos outros dois dedos, por eletrodos modi cados com nanoesferas de carbono [dedo indicador] e c ar b ono pr i nte x , u m t ip o especí co de nanopartícula de carbono [dedo médio]. Após a detecção, os dados são analisados por um soware instalado no celular”, a rma Paulo Augusto RaymundoPereira. O pesquisador ressalta que a incorporação de materiais de carbono conferiu seletividade aos sensores, uma das propriedades mais importantes e difíceis de alcançar em dispositivos semelhantes. “Uma escolha criteriosa de materiais à base de carbono permitiu a detecção sensível e seletiva de quatro classes de pesticidas dentre os mais empregados na agricultura: carbamatos, fenilamidas [subclasse das fenilureias], compostos de bipiridínio e organofosforados. Assim, um dos diferenciais da invenção está na capacidade de detecção seletiva em presença de outros grupos de pesticidas, como triazinas, glicina substituída, triazol, estrobilurina e dinitroanilina. Com os métodos tradicionais isso não é possível”. Outro destaque do dispositivo está na possibilidade de detecção direta, sem exigir preparo de

amostra, o que torna o processo rápido. Além disso, o método preserva o alimento, permitindo o consumo após a análise. A luva não tem prazo de validade e pode ser usada enquanto não houver danos nos sensores. Osvaldo Novais de Oliveira Júnior, professor do IFSC-USP e coautor da pesquisa, explica que os sensores podem ser d a n i c a d o s p or s o l v e nt e s org ân i c o s ( c om o á l c o o l e acetona) ou por algum contato mecânico impróprio na superfície do sensor (um objeto que o arranhe, por exemplo). Raymundo-Pereira salienta que o produto é inovador e que já está em andamento o processo de requisição de patente junto ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi). Ele a rma que não há um procedimento simples para a detecção de pesticidas, principal razão pela qual os testes para discriminação de diferentes classes de pesticidas e outros contaminantes ainda não estão disponíveis no mercado. Para ele, o uso de dispositivos como a luva, que permitem a análise química de materiais perigosos in loco, seria relevante em aplicações alimentares, ambi e nt ai s , fore ns e s e d e segurança, permitindo um rápido processo de tomada de decisão no campo. “Representantes das agências internacionais, que fazem o controle da entrada de alimentos, nos diversos países do mundo, já usam luvas para m a n ipu l á - l o s . Im a g i n e s e tivessem um sistema de sensoriamento de pesticidas embutido? Alimentos contendo pesticidas proibidos seriam descartados já na fronteira. O dispositivo pode ser usado durante a colheita também”, re ss a lt a Pau l o Au g usto Raymundo-Pereira. Segundo o pesquisador, o custo do dispositivo é basicamente o custo da luva, sem o sensor. “Os sensores custam menos de US$ 0,1. O custo principal é a luva. Usamos uma luva nitrílica porque é menos porosa que a de látex. Com a pandemia, o preço dela disparou. E o custo individual subiu. Mas, ainda assim, o dispositivo que criamos é um produto muito barato. Mais acessível que os testes feitos atualmente”.


6 TECNOLOGIA

20 A 27 DE JANEIRO/2022

Maior avião do mundo conclui primeiro voo de teste atingindo 330 KM/h de velocidade

Cientistas desenvolvem robô adaptável inspirado no crescimento dos ossos humanos

O gigantesco avião, que começou com o apoio do falecido bilionário de Seattle Paul Allen, decolou do Por to Aéreo e Espacial de Mojave, na Califórnia, às 11h47 da manhã do último domingo (16) para seu terceiro voo de teste. A aeronave Roc de seis motores da Stratolaunch, nomeada em homenagem a um mítico pássaro gigante, é o maior avião do mundo em envergadura de asa. O Roc tem 117 metros de ponta a ponta. A título de comparação, o m ai or av i ã o c ome rc i a l d o mundo, o Antonov An-225, tem 88 metros de envergadura, e o Airbus A380, o maior avião de transporte de passageiros, tem 79,7 metros! Os executivos da empresa prometem uma taxa mais alta de atividades de voo este ano, incluindo o primeiro voo de um veículo de teste hipersônico. O voo atendeu a todos os objetivos da empresa, incluindo testar a retração e extensão do trem de pouso na fuselagem esquerda. O voo bem-sucedido “signi cava que estávamos um passo mais perto do voo hipersônico”, disse Zachary Krevor, presidente e diretor de operações da Stratolaunch, em uma ligação com repórteres após o voo. O voo ocorreu quase nove meses após o voo de teste Roc anterior. Isso, por sua vez, ocorreu dois anos após o voo inaugural do avião, originalmente desenvolvido para servir como plataforma para um sistema de lançamento aéreo. Após esse primeiro voo, a empresa mudou de propriedade e mudou de direção para se

Us a n d o c om o f ont e d e inspiração o crescimento dos ossos no esqueleto humano, pesquisadores da Universidade de Linköping, na Suécia, e da Universidade de Okayama, no Japão, desenvolveram uma combinação de materiais que tomam variadas formas até o enrijecimento. Inicialmente macios, os elementos endurecem através de um processo que usa materiais s emelhantes aos encontrados nos nossos ossos. De acordo com os cientistas, quando nascemos, temos lacunas em nossos crânios que são cobertas por pedaços de tecido conjuntivo macio chamado fontanelas. É graças às fontanelas que nossos crânios podem ser praticamente

©REPRODUÇÃO

concentrar em testes de voo hipersônicos. O avião retornou ao aeroporto quatro horas e 23 minutos depois de um voo que levou o avião a um pico de altitude de mais de 7.160

disse Millman. No voo seguinte, a empresa instalará o pilão no segmento da asa central ao qual o s v e í c u l o s Ta l o n s e r ã o anexados. Krevor e Millman se recusaram ©AROC STRATOLAUNCH/DIVULGAÇÃO

metros e velocidade máxima de 330 quilômetros por hora. Sob essa nova direção, a Stratolaunch usará a Roc como plataforma para lançar uma série de veículos hipersônicos, chamados Talon. Um prot ót ip o d e v e í c u l o, chamado TA-0, será pilotado para um teste de queda sobre o Oceano Pací co. Isso será seguido pelo primeiro veículo motorizado, TA-1, logo no nal do ano. Esse cronograma exigirá que o Stratolaunch acelere o ritmo dos testes de aeronaves. “Você nos verá voando com mais f r e q u ê n c i a”, d i s s e D a n i e l Millman, diretor de tecnologia da Stratolaunch, na ligação. “A n t e s d o n a l d o a n o , planejamos e esperamos lançar nosso primeiro veículo de teste hipersônico”. O próximo voo testará a retração de todo o trem de pouso do avião. “É aí que podemos realmente começar a expansão do envelope a sério”,

a dar um cronograma para o próximo voo de teste, a rmando que dependerá da revisão dos dados deste voo. O número de voos de teste também dependerá do desempenho do veículo, pois eles aumentam gradualmente a altitude e a velocidade do Roc para aquele “comparável ao que você espera de um avião comercial”, disse Krevor. “Será n o s s o o bj e t i vo c on c lu i r a expansão do envelope até o nal deste ano, e o número de voos será ditado pelo desempenho da aeronave”. Tanto o TA-0 quanto o TA-1 estão quase concluídos, disse Millman, incluindo a ativação do TA-1 pela primeira vez no mês passado. Ele acrescentou que a empresa está trabalhando “de mãos dadas” com a Ursa Major Technologies, a empresa que está fornecendo o motor de foguete que impulsionará o TA-1 nos testes de quali cação desse motor.

esmagados durante a passagem pelo canal do nascimento em um parto natural. Após o nas c i me nto, as font anel as tornam-se gradualmente ossos duros. Agor a , o s p e s qu is a d ore s

combinaram materiais que juntos se assemelham a esse processo natural. “Queremos usar isso para aplicações onde os materiais precisam ter propriedades diferentes em diferentes pontos do tempo. Primeiro, o material é macio e exível, e depois é xado no lugar quando endurece”, explica Edwin Jager, professor associado do Departamento de Física, Química e Biologia (IFM) da Universidade de Linköping. Segundo Jager, esse material poderia ser usado, por exemplo, em fraturas ósseas complicadas. “Também poderia ser usado em microrrobôs — esses, macios, poderiam ser injetados no corpo através de uma seringa na, e então eles se desdobrariam e desenvolveriam seus próprios ossos rígidos”.

China impulsiona rede 6G para assumir liderança no desenvolvimento da Moonbike: conheça a curiosa tecnologia móvel avançada

mistura de um snowmobile com uma bicicleta elétrica

©DEPOSITPHOTOS/WRIGHTSTUDIO

©DIVULGAÇÃO MOONBIKES

Uma empresa norte-americana chamada Moonbikes apresentou durante a CES 2022, que aconteceu entre 5 e 7 de janeiro em Las Vegas, nos EUA, um v e í c u l o b a s t a nt e c u r i o s o. Segundo ela, a Moonbike (sim, mesmo nome) é a primeira “bicicleta elétrica para neve”. Basta uma olhadinha no vídeo abaixo para entender a “salada”: a metade de trás tem os componentes típicos de um snowmobile, como a esteira usada para locomoção. Já a metade da frente tem parte do quadro e garfo de uma bicicleta.

Mas no lugar da roda da frente, há um esqui. A suspensão frontal está no garfo, com um amortecedor secundário entre ele e o esqui para compensar a inclinação do terreno. O motor elétrico de 3kW (4 HP) p er mite uma velocidade máxima de 42Km/h, e a bateria de 2,5kWh garante autonomia de até 1h no modo Sport (cerca de 20km) ou 1h30m no modo Eco (35Km). Ou seja, é um veículo mais adequado para diversão perto de casa do que para seguir uma trilha pela floresta ou subir uma

montanha. Afinal, ninguém quer ficar preso “sem combustível” no meio da neve. A fabricante destaca o silêncio, dizendo que a única coisa que uma Moonbike deixa para trás são “os rastros na n e v e”. E m c o n t r a s t e , u m snowmobile convencional, com motor a combustão, soa como duas motosserras e um enxame furioso, juntos. A bateria leva cinco horas para ser recarregada em uma tomada comum, ou metade desse tempo com um carregador rápido. Quem quiser mais autonomia pode optar por uma bateria com o dobro de capacidade, 5 kWh, que adiciona mais 12kg de peso ao conjunto. Com a bateria padrão, a Moonbike pesa 82Kg. A f abr i c ant e d i z qu e e s t á produzindo 400 unidades para os mercados dos EUA e Europa, com preços a partir de US$ 8.500 (cerca de R$ 47 mil).

A China está impulsionando a tecnologia de comunicações 6G no marco do novo plano de desenvolvimento da economia digital, publicado recentemente pelo Conselho de Estado do país, informa o jornal South China Morning Post. O projeto de economia digital da China com base no 6G marca seu último movimento para assumir um papel de liderança no desenvolvimento da tecnologia móvel avançada, segundo o jornal. Desta forma, Pequim prevê impulsionar o apoio à pesquisa e ao desenvolvimento do 6G e "p ar t icip ar at ivamente no estabelecimento de normas

internacionais" para a tecnologia de comunicações móveis de sexta geração. O número de solicitações de patentes 6G superou os 38.000 em todo o mundo, e as apresentadas pela China correspondem a mais de 30%, ocupando o primeiro lugar entre todos os países, segundo um relatório de abril de 2021 da Administração Nacional da Propriedade Intelectual da China. Recentemente, o instituto respaldado pelo governo chinês denominado Purple Mountain Laboratories afirmou ter feito um grande avanço na tecnologia móvel 6G, observa o jornal

chinês. Uma equipe de pesquisa liderada pelo professor You Xiaohu realizou pela primeira vez uma transmissão sem fio de sexta geração a uma velocidade de 206,25 gigabits por segundo. Contudo, diversos especialistas consideram que o serviço 6G ainda está a uma década de distância, já que o mundo ainda tem que acordar as normas técnicas que suportarão as frequências, a modulação e as formas de onda da rede. Enquanto o 5G deve aumentar a velocidade de transmissão de dados até 1.100 Mb/s, espera-se que o 6G possa ser até 100 vezes mais rápido. Estima-se que o novo tipo de rede, que pode ser lançado até 2030, tenha a capacidade de se conectar com dispositivos muito mais complexos, entre eles carros automatizados. Além disso, poderia tornar realidade diversas ideias da ficção, como hologramas em tempo real ou veículos voadores.


CIÊNCIA 7

20 A 27 DE JANEIRO/2022

Cavalo de guerra Mesma música é cantada medieval tinha quase há um milhão de anos por pássaros-do-sol a altura dos pôneis modernos As espécies de ave conservam o canto há muito tempo, em uma descoberta descrita por pesquisadores americanos recentemente ©JEANVDMEULEN/WIKIMEDIA COMMONS

unidade antiga equivalente a 10,16 centímetros. O cavalo normando mais alto registrado

©REPRODUÇÃO

Quando se pensa em cavalos na era medieval, a ideia que vem à cabeça — estimulada pelo que se

tem visto no cinema e na TV — é de animais com o mesmo porte dos seus contemporâneos. Mas estudos arqueológicos indicam que, na realidade, eles eram bem menores. “Nem o tamanho, nem a robustez dos ossos dos membros por si só, são su cientes para i d e nt i c a r c o m c o n a n ç a cavalos de guerra no registro arqueológico”, disse a Drª Helene B e n ke r t , p e s qu i s a d or a d o Departamento de Arqueologia da Universidade de Exeter ( R e i no Un i d o ) . B e n ke r t é coautora de um estudo de pesquisadores britânicos liderado pela Universidade de Exeter e publicado na revista International Journal of Osteoarchaeology. “Os registros históricos não fornecem os critérios especí cos que de niram um cavalo de guerra”, prosseguiu ela. “É muito mais provável que ao longo do período medieval, em diferentes épocas, diferentes conformações de cavalos fossem desejáveis em resposta às mudanças nas táticas d e b at a l h a e p re f e rê n c i a s culturais”. O tamanho dos cavalos era medido em “palmos”, uma

foi encontrado no Castelo de Trow br i d ge, e m Wi lt sh i re (sudoeste da Inglaterra). Sua altura era estimada em cerca de 15 palmos — pouco mais de 1,52 metro. Isso o colocaria praticamente entre os pôneis modernos, cuja podem variar de

altura média dos cavalos se tor nou c ons i d e r avel me nte maior, aproximando-s e da o b s e r v a d a n o s c av a l o s d e trabalho atuais. “Os destriers (cavalos de guerra mais conhecidos da Idade Média) podem ter sido relativamente grandes para o período de tempo, mas claramente ainda eram muito menores do que poderíamos esperar para funções equivalentes hoje”, disse o coautor Alan Outram, professor do Departamento de Arqueologia da Universidade de Exeter. “As práticas de seleção e reprodução nos garanhões reais podem ter se concentrado tanto no temperamento e nas características físicas corretas para a guerra quanto no tamanho bruto”. “O cavalo de guerra é central para nossa compreensão da sociedade e da cultura medieval inglesa como um símbolo de status intimamente associado ao desenvolvimento da identidade

O canto dos pássaros é passado de geração em geração, enquanto os mais novos aprendem com os mais velhos. Embora os cientistas já soubessem disso, o que eles não tinham ideia é que era possível que as aves conservassem a exata música por muito tempo. Pesquisadores das universidades da Califórnia e do Missouri, ambas nos Estados Unidos, descobriram que as esp écies conhecidas como “pássaros-do-sol” mantêm o mesmo canto há provavelmente um milhão de anos, sem nenhuma variação. A melodia vem dos ancestrais

desses animais, que vivem na África Oriental e, também, diferente do que se pensava, dividem-se em cerca de cinco ou seis espécies, contrariando teses anteriores de que ela sofreria alterações com o tempo, assim como a linguagem humana. Segundo o biólogo Rauri Bowie, professor na Universidade da Califórnia e principal autor da pesquisa, a principal teoria é a de que as espécies estão sujeitas a mudanças, — tanto em questão de aparência quanto comportamental, incluindo o canto — quando vivem em

©CÉSAR MANSO/AFP

PRECISÃO

Contabilidade (27) 3228-4068 cerca de 14 palmos a quase 14,3 palmos de altura. Só na Alta Idade Média, entre 1200 e 1350 d.C., apareceram de cavalos de cerca de 16 palmos (pouco mais de 1,6 metro) de altura. E foi apenas no período pós-medieval (1500-1650) que a

aristocrática e como uma arma de guer ra famos a p or su a mobilidade e valor de choque, mudando a face da batalha”, disse o coautor Oliver Creighton, também professor do Departamento de Arqueologia da Universidade de Exeter.

Por que o céu ca escuro à noite?

até o Universo, o céu caria constantemente no escuro. Ou melhor, iria aparentar para você assim. Mesmo o Univers o abrigando cerca de 10 trilhões de estrelas, calculam os astrônomos baseados na medição do telescópio Hubble, nem todas

Americana (Nasa), as primeiras estrelas surgiram cerca de 400 milhões de anos depois do Big Bang, explosão que deu origem ao cosmos há mais de 13,7 bilhões de anos. E como a luz desses corpos leva um tempo para viajar através do

FERNANDO FRAZÃO/AGÊNCIA BRASIL

BOB BEHNKEN

O céu começa a car sombrio assim que o Sol desaparece no horizonte, no m da tarde. Mas essa observação só é válida para quem está na Terra. Quando os astronautas deixam a órbita do

ambientes que sofrem mais alterações climáticas ou geológicas. A partir de uma viagem de Bowie em regiões africanas e gravações de 123 cantos de pássaros-do-sol das áreas, foi possível perceber que as canções não mudaram. No local, as aves têm pouco contato com outras espécies e sempre observam a mesma paisagem. “A música é considerada uma das barreiras de isolamento pré-acasalamento mais importantes, uma das principais maneiras pelas quais os pássaros se diferenciam”, explicou o pesquisador em nota, como rep erc utiu a re vista Galileu. " Q u e u m a c ar a c t e r í s t i c a aprendida possa permanecer estática por centenas a milhares de anos é simplesmente notável, uma descoberta que re ete o quanto o estudo de campo de sistemas tropicais tem a oferecer à comunidade cientí ca e ao observador curioso”, ressaltou.

nosso planeta, por exemplo, uma escuridão sem tamanho cerca os tripulantes a bordo do foguete espacial, mesmo de dia. É que a atmosfera terrestre espalha os raios s ol ares que to c am a

superfície do globo direcionada para o astro. Se o nosso mundo não tivesse essa "camada de proteção", assim como ocorre com a nave espacial, a Lua, outros planetas e

(27) 3259-3638 / (27) 99880-7048 SANTA TERESA — ES estão "brilhando" para todas as direções. Muitas não estão lá mais, tampouco. Segundo medições do telescópio espacial Fermi, da Agência Espacial Nor te-

espaço, quando os cientistas apontam seus telescópios, eles correm o risco de não enxergar as estrelas, simplesmente porque elas ainda não evoluíram. Ou seja, eles podem ter vasculhado

um pedaço do céu muito longe, sem formação estelar. Além disso, essas estrelas mais distantes se afastam de nós devido à expansão do Universo, como postula o efeito doppler —o mesmo fenômeno que explica o porquê de o som da sirene car mais fraco à medida que a ambulância se afasta do observador. Isto signi ca que, quanto mais longe elas estão de nós, mais rápido elas se afastam, deixando a radiação cada vez mais "vermelha". Ao ponto de deslocar a luz dessas pioneiras, assim como ocorre com a radiação cósmica que tomou o espaço com o Big Bang, para o infravermelho, espectro que não é visível aos olhos humanos —mas é para as lentes dos telescópios espaciais. Por isso, apesar de o Universo não ser feito de trevas, ele mostra-se como uma escuridão sem m para as pessoas.


8 BEM-ESTAR

20 A 27 DE JANEIRO/2022

GABRIELA MESSNER ARESI Ansiedade controlada: OLIVEIRA exercícios podem aliviar até distúrbios crônicos, Yakisoba rápido e saboroso diz estudo Nutricionista - CRN:14100665

©ISTOCKPHOTO

Pesquisadores indicam que correr e realizar atividades de força podem tratar problemas de saúde mental ©SHUTTERSTOCK/SPORT LIFE

Deixe a ansiedade controlada praticando atividades físicas. Se você é uma das inúmeras pessoas que sofrem desse distúrbio mental, provavelmente, alguém já te deu essa dica. A nal, durante e após a realização de exercícios, é fato que uma sensação de bem-estar e dever cumprindo tomam conta do nosso organismo por alguns momentos. Mas, o que talvez algumas pessoas não saibam, é que re a l i z ar e xe rc í c i o s f í s i c o s moderados e extenuante podem tratar até mesmo os casos crônicos de ansiedade. É o que indica um estudo realizado pela Universidade de Gotemburgo, na Suécia, e publicado na edição de janeiro do Journal of Affective Disorders. De acordo com os

pesquisadores, metade dos pacientes que participaram do e s t u d o, c o nv i v i a m c o m a ansiedade por, pelo menos, 10 anos. E, através de sorteio, eles foram conduzidos para sessões de exercícios em gr up o, moderados (atingindo até 60% de frequência cardíaca máxima) ou extenuantes (com 75% dessa frequência), durante 12 semanas. O resultado foi uma queda considerável de intensidade nos sintomas de ansiedade que os pacientes apresentavam. "Houve uma tendência signi cativa de intensidade de melhora — isto é — quanto mais intensamente eles se exercitavam, mais seus sintomas de ansiedade melhoravam", explica a médica nutróloga Dra. Marcella Garcez, diretora e p r o f e s s o r a d a As s o c i a ç ã o

Br a s i l e i r a d e Nut rol o g i a (Abran). "Exercitar o corpo regularmente também ajuda o cérebro. O exercício melhora o uxo sanguíneo e estimula mudanças químicas que apuram o humor e o pensamento. A liberação de endor na gera reações de euforia e bem-estar, que também ajudam a manter o humor", completa o Dr. Gabriel Novaes de Rezende Batistella, médico neurologista e neurooncologista, membro da Society for Neuro-Oncolog y L atin America (SNOLA). Por m, o estudo ainda ressalta que os tratamentos para a ansiedade são diversos e, entre outras coisas, podem incluir o uso de medicamentos com e fe ito s c ol ate r ai s . A n ov a descoberta trás, portanto, uma nova ferramenta — livre de consequências ruins — para controlar a ansiedade crônica e, possivelmente, outros distúrbios mentais. "A atividade física regular diminui o risco de vários distúrbios comuns, inclusive condições neurológicas, ajudando a tratá-la", naliza o geneticista Dr. Marcelo Sady, Pós-Doutor em Genética.

Skincare para pele negra: saiba tratar oleosidade e manchas

O

yakisoba é um prato de origem japonesa e a palavra signi ca "macarrão frito". Essa refeição é normalmente preparada com o macarrão tipo lámen, legumes, verduras e algum tipo de carne. O yakisoba também já ganhou o gosto popular ao redor do mundo. Então, que tal você preparar uma versão muito prática dele com a deliciosa receita de yakisoba rápido? Ela é muito fácil, pois ca pronta em apenas 20 minutos! Além disso, o prato serve uma boa porção, ou seja, é ideal para servir para a família ou amigos. Prepare já uma saborosa receita de yakisoba e impressione a todos!

picada 1 pacote de macarrão instantâneo tipo lámen (500g) Molho ½ xícara (chá) de molho de soja (shoyu) 1 colher (chá) de maisena 1 colher (sopa) de óleo de gergelim 2 colheres (sopa) de ketchup Modo de preparo

Ingredientes 1 cebola roxa em pétalas 1 cenoura fatiada na diagonal 4 colheres (sopa) de óleo 1 xícara (chá) de couve- or em buquês 1 xícara (chá) de brócolis em buquês 300g de alcatra ou coxão mole em tiras ½ xícara (chá) de repolho fatiado Sal a gosto ⅓ de xícara (chá) de champignon em conserva fatiado 4 colheres (sopa) de cebolinha

Aqueça uma frigideira grande e larga tipo wok com o óleo, em fogo alto. Doure a carne em fogo alto por três minutos. Acrescente a cebola, a cenoura, a couve- or

despeje na panela. Polvilhe com cebolinha, misture e sirva em seguida. Rendimento: 5 porções

maiores, sabia? Mas, apesar de

Limpeza de pele e peeling

Apesar dessa alta quantidade de melanina, você ainda precisa usar protetor solar todos os dias, uma vez que só esses níveis são capazes de protegê-la. Manchas podem ser tratadas (e evitadas) Os cuidados preventivos para manchas já são uma realidade e muitos deles são feitos apenas com o uso de dermocosméticos (oi, protetor solar!). No entanto, existem aquelas manchas já instaladas em nossa pele, né? Nesses casos, alguns tratamentos podem ser necessários — e muitos são especí cos para a pele negra. Entre os mais feitos, o uso de LEDs se destaca por promover homogeneidade da coloração, h i d r at a ç ã o e m e l h or a n a produção de melanina. Mas lembre-se de consultar um pro ssional quali cado, ok?!

(27) 3241-5997/3241-6081/99238-2020

©SHUTTERSTOCK/ALTO ASTRAL

Os cuidados com a pele negra costumam ser focados principalmente na produção excessiva de sebo. Aprenda dicas de skincare para tratá-la corretamente! Alto nível de melanina e colágeno — importantes para e vitar o envelhecimento precoce e aumentar a resistência ao sol — são algumas das características exclusivas da pele negra. No entanto, esses benefícios naturais não excluem a necessidade de manter uma rotina diária de cuidados com a pele. Inclusive, as principais queixas das mulheres negras, como excesso de oleosidade e

manchas, só podem ser tratadas com um bom skincare! "Apesar de sofrer pouco com os efeitos do amadurecimento e aparentar menos celulite e acidez de pele por ser mais rme, há mais propensão às manchas escuras (hipercromias pós in amatórias e melasmas), e também se faz necessário redobrar o cuidado com queloides", destaca a s i o t e r ap e u t a e

dermatofuncional Aline Caniçais. Que tal ouvir alguns conselhos da especialista para turbinar a sua rotina de beleza? Con ra essas três dicas de skincare para a pele negra e aprenda a tratá-la corretamente! Oleosidade? Não mais! Sofrer mais com o brilho e óleo na pele é resultado direto das glândulas sebáceas serem

e cozinhe por três minutos. Junte o brócolis e cozinhe por dois minutos. Despeje o repolho, o champignon e cozinhe por dois minutos. Enquanto isso, cozinhe o macarrão em uma panela com água fervente e sal conforme o tempo indicado na embalagem ou até car al dente. Misture todos os ingredientes do molho até dissolver por completo e despeje na panela do refogado. Misture. Escorra o macarrão e

i nc ômo d o, a l g u ns p ass o s podem ser seguidos para evitar o entupimento dos poros e a formação de cravos e espinhas indesejados, como a limpeza duas vezes ao dia (sempre com um sabonete ou gel de limpeza especí co) e também alguns tratamentos mais profundos.

podem ser bons caminhos! Faça chuva ou faça sol, você precisa de proteção solar Si m , a p el e ne g r a p o d e apresentar uma maior resistência ao sol, mas isso não signi ca que ela não precisa de proteção, viu? Pelo contrário!

Fonte: Terra


SAÚDE 9

20 A 27 DE JANEIRO/2022

Drogas antipsicóticas podem Não identificar cheiros aumentar o risco de câncer pode ser um indício de de mama Alzheimer ©DIVULGAÇÃO/PIXABAY/JARMOLUK

R ast re ando me dic amentos fornecidos a mais de meio milhão de mulheres nos Estados Unidos, pesquisadores da Escola de Medicina da Universidade de Washington, em St. Louis, descobriram que muitos medicamentos antipsicóticos m a i s a nt i g o s , c o mu m e nt e prescritos, e alguns mais novos, estão associados a um aumento signi cativo no risco de câncer de mama. Os antipsicóticos são prescritos para uma ampla gama de condições, incluindo depressão, transtorno bipolar, es quizof renia, demência e transtornos do espectro do autismo. Embora estudos anteriores tenham descoberto ligações entre o uso de drogas antipsicóticas e o risco de câncer de mama, este é o primeiro estudo a comparar os antipsicóticos mais recentes com as drogas mais antigas e a observar como as drogas afetam os níveis de um hormônio chamado prolactina. Níveis elevados de prolactina foram associados ao câncer de mama. A prolactina é um hormônio imp or tante envolvido na puberdade, gravidez e amamentação. No entanto, muitos antipsicóticos elevam os níveis de prolactina e podem produzir efeitos colaterais, como irregularidades do ciclo menstrual, produção anormal de leite materno e crescimento anormal do tecido mamário. Os resultados serão publicados na edição de fevereiro do Jornal of Clinical Psychopharmacology, mas já estão disponíveis on-line. “Muitas mulheres com doenças psiquiátricas, como esquizofrenia e transtorno bipolar, tomam antipsicóticos por décadas, e eles são essenciais para manter os sintomas sob controle”, disse o primeiro autor d o ar t i go, Ta h i r R a h m an , professor associado de psiquiatria. “Mas tanto os medicamentos antipsicóticos mais antigos quanto alguns medicamentos mais novos aumentam os níveis de prolactina e aumentam o risco de c ân c e r d e m am a , o qu e é preocupante. Nós concordamos com esse conselho e acreditamos qu e o s p s i qu i at r a s d e ve m começar a monitorar os níveis de prolactina em seus pacientes que tomam antipsicóticos”. Os pesquisadores classi caram os medicamentos antipsicóticos em três categorias, com base em seus efeitos estabelecidos sobre a prolactina. A categoria 1 incluiu medicamentos associados a níveis elevados de prolactina, como haloperidol, paliperidona e risperidona. Os medicamentos

da categoria 2, que tiveram efeitos de médio alcance sobre a prolactina, incluíram os medicamentos iloperidona, lurasidona e olanzapina. A categoria 3 incluiu medicamentos com menor efeito sobre os níveis de prolactina, como aripiprazol, asenapina, brexpiprazole, cariprazina, clozapina, quetiapina e ziprasidona. Os pesquisadores compararam os efeitos de todas as três categorias de medicamentos antipsicóticos aos anticonvulsivantes e ao lítio, que também costumam ser prescritos para tratar distúrbios psiquiátricos. Quando comparado com esses medicamentos, o risco relativo de câncer de mama foi 62% m a i o r p a r a mu l h e r e s q u e tomaram medicamentos de categoria 1 e 54% maior para aquelas que tomaram medicamentos de categoria 2, enquanto os antipsicóticos de categoria 3 não foram associados a nenhum aumento no risco de câncer de mama. “Certas drogas são conhecidas por elevar a prolactina e as mulheres que tomaram essas drogas eram mais propensas a ter câncer de mama”, disse Rahman. “Mas não detectamos nenhum risco aumentado em mulheres que tomam antipsicóticos que não aumentam os níveis de prolactina”. Em modelos de camundongos, a prolactina pode contribuir para o enfraquecimento dos sistemas celulares que impedem que as lesões pré-cancerosas se tornem câncer de mama. Nas pessoas, os níveis de prolactina tendem a ser mais baixos em mulheres que tiveram mais lhos em uma idade mais jovem do que em mulheres que têm menos lhos ou esperam até serem mais velhas para fazê-lo. Neste estudo, usando dados coletados de 2012 a 2016, a equipe de pesquisa realizou um estudo retrospectivo e observacional do risco de câncer de mama em mulheres de 18 a 64 anos que tomaram antipsicóticos. Os dados vieram dos bancos de dados IBM Mar ke t S c an e Mu lt i - St at e

Medicaid, que contêm informações médicas anônimas sobre mais de 170 milhões de pessoas. Rahman e seus colegas usaram bancos de dados para saber quais pacientes foram tratadas de câncer de mama durante um período de 12 meses. Em seguida, eles compararam essa informação com pacientes que tomavam remédios antipsicóticos. Das 540.737 mulheres no banco de dados em uso de antipsicóticos, apenas 914 foram identi cadas como tendo c âncer de mama. Mas um número signi cativo dessas mu l h e re s e s t av a t om a n d o medicamentos conhecidos por aumentar a prolactina. “Medicamentos antipsicóticos podem salvar a vida de pacientes que têm episódios psicóticos em que experimentam sintomas como alucinações e delírios”, disse Rahman. “Nos últimos anos, os medicamentos foram aprovados para tratar outras condições também, incluindo depressão e transtorno bipolar”. Em outro estudo recente, a equipe analisou amostras de sangue de mulheres que tomaram a droga antipsicótica aripiprazol (Abilify) como um tratamento complementar para a depressão. Eles descobriram que seus níveis de prolactina não aumentaram e que algumas mulheres que iniciaram o estudo com altos níveis de prolactina experimentaram diminuições nos níveis de prolactina após 12 semanas de tratamento. Essas descobertas — combinadas com evidências préclínicas dos efeitos anticancerígenos de alguns antipsicóticos — inspiraram Rahman e seus colegas a propor o reaproveitamento de algumas drogas antipsicóticas na luta contra o câncer de mama. “Não queremos alarmar os pacientes que tomam medicamentos antipsicóticos para problemas de saúde mental com risco de vida, mas também achamos que é hora de os médicos rastrearem os níveis de prol a c t i n a e mon itor are m vigilantemente seus pacientes que estão sendo tratados com antipsicóticos”, disse Rahman.

Entre os cheiros que não foram detectados, estavam menta, morango e limão Pesquisadores têm encontrado um número cada vez maior de evidências que demonstram que um olfato ruim pode ter forte ligação com doenças degenerativas, como o A l z h e i m e r. A p e s q u i s a é resultado de um estudo que vem sendo realizado desde 2016 nos Estados Unidos. Atualmente, estima-se que mais de 55 milhões de pessoas vivem com Alzheimer ou algum tipo de demência no mundo, porém, apenas 25% foi

olfato ruim, que leve as pessoas a apresentarem di culdade em sentir alguns cheiros especí cos, como menta, morango e limão, pode estar ligado a um maior risco de desenvolver Alzheimer durante a velhice. Segundo o diretor da Clínica de Prevenção de Alzheimer do Centro Médico Presbiteriano Weill Cornell de Nova York, Richard Isaacson, quando o olfato de uma pessoa não cons egue dist inguir ent re cheiros diferentes, pode ser um

©SHUTTERSTOCK

Segundo estudiosos da Escola de Medicina da Universidade de Washington, os remédios são prescritos para diversas condições

diagnosticada formalmente. A nova pesquisa, que foi publicada na revista Anals of Neurology, demonstrou que não sentir alguns cheiros pode ser um sinal precoce de demência. De acordo com o estudo, um

sinal precoce da formação da doença. Uma pesquisa semelhante, que foi publicada na revista da Sociedade Americana de Geriatria, acompanhou 3.000 idosos sem diagnóstico de

problemas de cognição. Todos eles foram submetidos a um teste de cheiro para identi car os que estão mais ligados à demência na velhice. Os pesquisadores descobriram que os participantes que não conseguiram identi car quatro dos cinco cheiros testados eram duas vezes mais propensos a ter demência em um período de cinco anos. Além disso, o dé cit olfativo estava correlacionado com a gravidade da demência dos pacientes. Os resultados demonstraram que 4,1% dos participantes da pesquisa desenvolveram demência dentro de cinco anos. Desse total, 47% havia apresentado disfunção olfativa durante a avaliação inicial. Além de Alzheimer, a perda de olfato foi um indicativo de outros tipos de demência, como Parkinson. Segundo os pesquisadores, ainda são necessários mais testes para responder uma série de questões. A principal delas é estabelecer o que causa a relação entre a perda do olfato e os sintomas iniciais de demência. Porém, os exames de cheiro podem ser colocados como parte do diagnóstico de Alzheimer no futuro.

Doença do beijo pode causar esclerose múltipla, diz pesquisa ©SHUTTERSTOCK

Um e s tu d o re v e l ou qu e a mononucleose, também conhecida como doença do beijo, por ser causada pelo vírus Epstein-Barr (EBV), transmitido pela saliva, é capaz de causar esclerose múltipla, doença degenerativa sem cura que afeta quase 3 milhões de pessoas ao redor do mundo. A relação entre as duas condições já era investigada há algum tempo, mas não haviam conclusões sobre o tema. A pesquisa publicada na revista Science foi conduzida por cientistas da Escola de Saúde Pública TH Chan, de Harvard, nos Estados Unidos. “A hipótese de que o EBV causa EM tem sido investigada por nosso grupo e por outros há vários anos, mas esse é o primeiro estudo que

fornece evidências convincentes de causalidade”, disse Alberto Ascherio, principal autor do artigo. “Esse é um grande passo, porque sugere que a maioria dos casos de esclerose múltipla pode ser evitada interrompendo a i n f e c ç ã o p e l o E BV, e q u e direcionar (as pesquisas) ao vírus pode levar à descoberta de uma cura”, completou. Os pesquisadores dizem que é difícil encontrar uma relação entre as duas condições já que a doença do beijo é considerada extremamente comum, afetando cerca de 95% dos adultos. Já a esclerose múltipla é rara. No entanto, a pesquisa analisou dados de mais de 10 milhões de jovens adultos membros do

exército dos EUA, entre os quais 955 tiveram EM durante o período. Os pesquisadores então analisaram amostras coletadas dos pacientes a cada dois anos e perceberam que a infecção pela doença do beijo aumenta em 32 vezes as chances de contrair EM. Além disso, a esclerose múltipla começa cerca de 10 anos após a EBV. Esse período pode se dar ao combate do sistema imunológico contra o hospedeiro. “Atualmente, não há como prevenir ou tratar efetivamente a infecção pelo EBV, mas uma vacina contra o vírus ou medicamentos antivirais especí cos para ele poderiam prevenir ou curar a esclerose múltipla”, naliza o autor.


10 Criança hoje, Criança amanhã

20 A 27 DE JANEIRO/2022

ANA MARIA IENCARELLI Psicanalista Psicanalista Clínica, especializada no atendimento a Crianças e Adolescentes Presidente da ONG Vozes de Anjos http://www.anamariaiencarelli.blogspot.com

Açã o de Inconstitucionalidade, Revogaçã o da Lei de Alienaçã o Parental — Tributo a Joanna Marcenal — Parte V À Joanna, a primeira vítima letal dessa lei, a nossa Maior Homenagem e Respeito ©THIAGO LONTRA/AGÊNCIA O GLOBO

P

o lho. Basta falar. Essa fala de timbre grave, masculino, é de imediato crédito. Enquanto a

fala anterior, de timbre agudo, feminino, que denunciou o dono da voz grossa por abuso sexual incestuoso, é determinada como “voz de louca”. Mulher que faz denúncia de ex-marido, é louca. Mesmo quando tem vários atendimentos em Urgência em consequência de socos, pontapés que causam hematomas e fraturas, ou tem as provas materiais da prática de abusos sexuais contra o lho ou lha. Mas, se ousar recorrer à devida Instituição, ela é louca. O PL de Revogação da lei de alienação parental foi excluído, carregando a assinatura de 42 Deputadas Federais, de todos os matizes ideológicos e partidários. Um Substitutivo ocupou esse espaço que buscava a Proteção dessas Crianças vítimas da perversidade dessa lei, que tem foco no genitor faltoso e/ou criminoso. Esse Substitutivo tenta, pi amente, dar voz à Criança e diminuir as alegações de alienação parental quando houver denúncia de abuso sexual e/ou violência doméstica na Vara Criminal. Parece promissor. Mas já nasce com vício. Já vigora uma outra crença infundada, a implantação de falsas memórias. E, as denúncias nas Va r a s C r i m i n a i s s ã o preco cemente arquivadas, seguindo a crença de que se trata, apenas, de uma disputa de guarda, caso para a Vara de Fam í l i a . Por t anto, ne m a Criança terá Voz, nem haverá menos alegação de alienação atribuída à mãe, porque os processos criminais são rapidamente arquivados, independente de provas. E, mais grave ainda. Fica tipi cada a

síndrome de alienação parental, erro que já tinha sido banido pela inexistência dos requisitos necessários para essa quali cação, não aceita pelas Sociedades de Psiquiatria e de Psicologia por todo o mundo, o que deixou de fora essa pretensa síndrome da CID11, a classi cação internacional das doenças, que rege a nominação de todos os quadros de doenças. O substitutivo determina que em havendo a síndrome, a mãe deverá ser encaminhada para tratamento psiquiátrico e psicológico, com Relatórios periódicos para o juízo. Ou seja, código de Ética rasgado. O Princípio da Con dencialidade, fundamental para esse trabalho psicoterapêutico, violado pela exposição e publicidade das dores emocionais da mãe e da C r i a n ç a . P ro s s i on a i s d a Psicologia e da Psiquiatria des gurados em seu compromisso com um paciente compulsório, ponto também inadequado para um trabalho de qualidade. Sem fundamentação teórica, esse termo se tornou um dogma jur ídico. Hoj e mães s ão condenadas à violação de seu direito de exercer a maternidade com a alegação falaciosa de que ela está praticando alienação parental. E, como não tem comprovação cientí ca, nem pesquisas longitudinais, é feita uma E st imat iva de d anos causados ao desenvolvimento da Criança. Esta Estimativa toma como indícios de consequência a lista de consequências, resultante de Estudos e Pesquisas realizados com Crianças que sofreram ou sofrem abusos sexuais. Copiar, colar, foi o método utilizado.

em Bach seu representante m a i o r, s e m e n x e r g a r o transbordamento para a vida cultural. É esse transbordamento, esse exagero, esse aumentativo que caracterizam, tipicamente, o Barroquismo. A hipérbole forma a Cultura do Barroquismo em sua essência. E, pensei: talvez a escassez concreta em todas as suas d i m e n s õ e s , i mpu l s i on e o aumentativo linguístico, o Barroquismo Jurídico que penaliza a necessária vivência dos afetos de Crianças e Mulheres/Mães. Visto pelo olhar do Barroquismo Cultural, uma pista para entender por que o acordo judicial s e tornou prevalente sobre o julgamento de uma dada questão? A Justiça implantou o instituto do acordo usando a intimidação. Gardner

©TÁSSIA THUM/G1

Te m o s u m a b r a s i l e i r a , r e c o n h e c i d a , i nt e r n a c i o n a l m e nt e , p e l a Ciência, que se dedica, há anos, ao E studo dos Efeitos d a Privação Materna a curto, médio e longo prazo. Pâmela Billig Mello Carpes. Vários autores já se debruçaram sobre os estragos permanentes promovidos pelo abandono materno. A saúde mental é afetada por esse afastamento. Enquanto isto, promovemos a Privação Materna Judicial, executada pelo Estado. Não são mães que abandonam seus lhos. É compulsório, são obrigadas pelo Estado a abandoná-los sob a alegação que cometem uma violência psicológica contra a Criança, porque acredita-se que o genitor alega que essa mãe fala mal dele e di culta sua convivência com

Pâmela Billig Mello Carpes Crianças e as Mulheres/Mães, parece, não importam. Há uma função sendo cumprida.

Aqui nos deparamos com um fenômeno atual: a estratégia de embaralhamento das palavras. O que venho chamando de Ecolalia da Terminologia, fornece um discurso que traz pitadas de cienti cidade usurpada, rebuscada técnica sem nenhum compromisso com a verdade. As mentiras pseudoteóricas proliferam, usufruindo de enxertos de pensamento mágico. Sempre pronta a ceifar a angústia, a magia cumpre seu papel, dando respostas rasas, mas de raro encantamento. Parece que há uma fome continuada de ilusão. Se considerarmos os últimos tempos, medo, frustração, ameaça de morte em diversos níveis e cenários, temos a impressão de que seria um desespero frente às restrições e incertezas. É bem mais antigo, vem sendo tecido cuidadosa e

Manifestação do caso Joanna Marcenal na praia de Copacabana na foto Ricardo Ferraz padrasto e Cristiane Marcenal mãe da Joanna

©PRÊMIO ESPÍRITO PÚBLICO

recisamos tentar e nte nd e r o qu e foi orqu e st r a d o c om o duplo golpe com a exclusão do pedido de Ação de Inconstitucionalidade da lei de alienação parental, e o Projeto de Lei pela sua Revogação. Não por coincidência, seria um “alinhamento de planetas” perfeito demais, nunca dantes ocorrido. Tanto a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI), 6273/2019, quanto o PL 6371/2019, estavam completando 2 anos de hibernação. Nenhuma movimentação. Aliás, o PL da Revogação da Lei 12.318/2010, tinha passado por algumas Comissões da Câmara, e tinha ganho a assinatura em subscrição de 42 Deputadas Federais. A ADI, essa estava parada. Nem os pedidos de “Amicus Curiae” haviam sido apreciados, nenhuma resposta. E eis que de repente, juntas, foram rejeitadas para a p e r manê nc i a d a Pr iv a ç ã o Materna Judicial de milhares de Crianças. E três Representantes da mesma parte foram os escolhidos amicus curiae. O contraditório? O Mérito não foi apreciado, mas o pedido foi excluído por contornos formais. O Mérito, a violação do Direito a ter Mãe, que a Natureza garante a todos os animais mamíferos, não foi considerado. As

Parentes pedem justiça e explicação para a morte de Joanna e cazmente há muito. Mas, também aqui, não é por acaso, como não foi por acaso que os dois golpes contra o abolicionismo das violações de Direitos, zeram um dueto no último dia antes do recesso de nal de ano. O Poder Judiciário e o Poder Legislativo, juntinhos, na mesma direção. Encontrei no vídeo/aula de Jorge Maranhão, estudioso e autor, especializado em Cultura e Cidadania, alguns pontos de luz ness e emaran hado de palavras descompromissado com a razoabilidade. Cultura do Barroquismo, que tão bem tem sido objeto de estudo e pesquisa do Jorge, aponta a farsa e a sequente resiliência dessa Cultura. Para os anglo-saxões, o Barroquismo se resume às expressões de Arte, as pictóricas, as musicais, que têm

montou o que alcunhou de “terapia da ameaça”, neste caso para calar as mães denunciantes. Acordo sobre um imóvel pode acontecer, mas quando o objeto do Mérito é a vida saudável de uma criança, isso não é possível. Hoje, sob a égide da lei de alienação parental, o compromisso moral é excluído por um contorcionismo. A inversão se faz por projeção sobre o outro. O verdadeiro autor joga a bola no outro, e tem sua responsabilização i n o c e nt a d a . E a m ã e qu e denunciou ainda responde por denunciação caluniosa, mais uma projeção de autoria. Mas, vamos continuar buscando a Abolição dessa Escravatura Sexual de Crianças. À Joanna, a primeira vítima letal dessa lei, a nossa Maior Homenagem e Respeito.


COMPORTAMENTO 11

20 A 27 DE JANEIRO/2022

Em homens, anos de solidão ou términos recorrentes estão associados a inflamação Um estudo com mais de quatro mil pessoas indicou que homens que romperam vários relacionamentos ou que ficaram mais de sete anos sozinhos são os mais suscetíveis. O mesmo não foi observado em mulheres ©PXFUEL

Coração partido não mata, mas pode causar in amações — pelo menos em homens. É isso que sugere um estudo publicado no Journal of Epidemiology & Community Health. O levantamento, que ouviu e cruzou informações de 4,8 mil pessoas, permite a rmar que, para os homens, existe uma relação entre términos recorrentes e o surgimento de in amações. Muitos anos de s olid ão ap ós um tér mino também podem causar efeito semelhante.

Essa não é a primeira pesquisa que investiga a relação entre

términos e saúde, mas foi pioneira ao considerar rompimentos de namoros e também os anos de solteiro que se seguem a eles, e não apenas os divórcios como contabilizavam as pesquisas anteriores. Neste caso, também houve um recorte etário mais especí co: os efeitos foram investigados apenas em pessoas de meia idade, entre 48 e 62 anos. Ao todo, o estudo ouviu 4.835 pessoas, sendo 3.336 homens e 1.499 mulheres. Todos eles responderam a respeito dos

anos vividos sozinhos e a maioria também forneceu

informações sobre términos cons e c ut ivos. Os anos de solidão foram agrupados em três grupos: até um ano, de dois a seis anos e mais de sete anos. Peso, nível de escolaridade, períodos de luto recentes, preocupações nanceiras e informações sobre medicamentos ingeridos t amb é m for am c ol e t a d as . Segundo os cientistas, estes são dados que também poderiam in uenciar no resultado da pesquisa, já que estão relacionados ao surgimento de in amações. Cerca de metade dos participantes, homens e mulheres, relataram que haviam se separado de parceiros e que passaram ao menos um ano sozinhos. O aparecimento de in amações, no entanto, foi maior entre os homens. O artigo relata que os que haviam passado por rompimentos apresentavam n íve i s 1 7 % m ai s a lto s d e marcadores in amatórios do que o grupo de referência. Já

entre os que passaram por longos períodos de solidão (de sete ou mais anos) esses níveis chegaram a 12%. A me s ma rel a ç ã o, e nt re términos e in amações, não foi constatada entre as mulheres. Por se tratar de um estudo observacional, ele não aponta precisamente a causa dessas in amações, mas os autores

levantaram algumas hipóteses. Eles a rmam, por exemplo, que homens costumam externalizar os términos de relacionamentos, muitas vezes ingerindo bebidas alcoólicas. Já as mulheres fazem o caminho oposto: elas internalizam. O resultado, muitas vezes, é o desenvolvimento de outras doenças como depressão.

Embora as in amações encontradas no estudo não sejam graves, os pesquisadores alertam que elas podem oferecer risco no longo prazo. “Os níveis de in amação em nosso estudo são baixos, mas também são signi cativos, clinicamente relevantes e provavelmente um fator de risco para aumento da mortalidade”, indica o texto.

Esquecimento: como e por que esquecemos? Esquecimento pode ser uma forma de aprendizado para a adaptação de condições atuais de um ambiente O esquecimento é a perda de uma informação que era armazenada na memória de longo ou curto prazo. O processo de esquecer, normalmente, é natural e ocorre com o tempo, porém também pode ser o sinal de uma condição mais séria. Acredita-se que cerca de 56% das informações são esquecidas após uma hora, 66% depois de um dia e 75% depois de seis dias. O maior fator que resulta no esquecimento é a falha na recuperação de memórias. Isso signi ca que, mesmo que a informação esteja armazenada na memória de longo prazo, o indivíduo não consegue acessá-la e acaba esquecendo-a. O ato do esquecimento é comum, tanto que a maioria das pessoas usa fatores externos para lembrar de acontecimentos e memórias. Anotar datas em um pedaço de papel, ou marcar lembretes no celular são hábitos comuns que todas as pessoas fazem em algum momento da vida. Cienti camente falando, as

memórias são armazenadas em

A cur va de esquecimento

nível de esquecimento só é

Ebbinghaus indica que, inicialmente, as informações são perdidas rapidamente depois de serem aprendidas. Como elas são aprendidas e armazenadas no c é re bro t a m b é m a f e t a m o esquecimento. Informações armazenadas na memória de longo prazo são comumente mais estáveis e difíceis de esquecer. Além disso, a curva mostra que o

reduzido quando toda a informação é perdida. Um a t e o r i a e x p l i c a q u e esquecemos as coisas por causa da inter ferência de out ras memórias. Informações menos relevantes, como uma janta especí ca em um dia da semana, começam a se embaralhar com outras refeições em outras semanas.

©GLEN CARRIE/UNSPLASH

neurônios chamados de células de engrama. A lembrança ocorre quando essas células são ativadas e consequentemente, o esquecimento decorre da sua não ativação. Uma pesquisa feita pelo psicólogo Hermann Ebbinghaus indica que esquecer envolve o tempo. O seu estudo resultou na formação do conceito “curva de esquecimento Ebbinghaus”.

É difícil combater fatores como a interferência. Para lembrar de informações menos importantes, por exemplo, podemos estudálas para que quem armazenadas na memória de longo prazo. Outro fator importante para a lembrança é o sono. Especialistas acreditam que dormir logo após aprender alguma coisa é a melhor maneira de fazer com que memórias novas se tornem duradouras. Um estudo publicado no jornal Nature Reviews Neuroscience indica que esquecer é um modo de aprendizado. De acordo com os cientistas, a teoria é de que o esquecimento acontece por conta

de uma remodelação de circuito do cérebro que faz com que as células de engrama quem inacessíveis. Os cientistas acreditam que o esquecimento acontece por conta de fatores externos, como o ambiente. Desse modo, esquecer nos permite interagir dinamicamente com o ambiente. Se as memórias que formamos n ã o s ã o rel e v ante s p ar a o ambi e nte atu a l, e nt ã o s u a lembrança não é necessária. Esquecer, portanto, resulta em uma exibilidade maior no entendimento e aprendizado de outros padrões de pensamento e comportamento.


12 OLHAR DE UMA LENTE

20 A 27 DE JANEIRO/2022

HAROLDO CORDEIRO FILHO Haroldo Cordeiro Filho - Jornalista DRT: 0003818/ES Coordenador-geral da ONG Educar para Crescer

Fidelidade parlamentar, deve existir ou não? Por que os políticos, pelo menos a maioria, não cumprem suas promessas de campanha?

A

té onde vai o c omprom iss o d e u m parlamentar para com seus eleitores? Deve haver reciprocidade ou não? O eleito deve delidade ou não às suas promessas ante-eleitorais? Estes são questionamentos que fazem todo sentido, uma vez que o voto é a prova de con ança que o eleitor ouviu e/ou aprovou o que foi apresentado em campanha por aquela ou aquele candidato. Nos últimos três anos o c a p i x a b a v e m conhecendo o sabor amargo da traição eleitoral. Me re ro ao senador Fabiano C ontarato, que, no próximo dia 28, terá a visita do condenado pela justiça Luiz Inácio Lula da Silva para sua cerimônia de liação ao Partido dos Trabalhadores, partido que, durante quatorze anos, esteve nos noticiários dos principais jornais e revistas do País e do mundo por práticas ilícitas e corruptas na administração pública brasileira. O escândalo petista foi um dos casos mais emblemáticos e simbólicos de corrupção que o Brasil já vivenciou. Será que Contarato teria sido eleito com os mais de 1,1 milhão de votos se o discurso de campanha tivesse sido diferente, se tivesse falado a verdade

que depois de eleito se liaria ao PT ou outra legenda de esquerda? Com absoluta certeza, a rmo que não, mesmo porque o cidadão de bem do nosso Estado, mais

pela moralidade da política e que atacaria incessantemente a corrupção e a injustiça social, mas é aí que gostaria de entender essa trança. Como fazer isso se

Em abril de 2014, o entrevistei quando estava à frente da Delegacia de Delitos de Trânsito. Na época, se via indignado com a política e a justiça. Se dizia sempre criticado

contra a universalidade de crianças que não terão acesso a um direito constitucional que é a educação. Que realidade é essa? Que País é esse?”, discursou à época. ©PODER360

participa das decisões, de audiências públicas... Enquanto isso, o Estado dorme em berço esplêndido”. Penso que tal decisão deveria ter sido consultada aos seus eleitores com uma enquete, ou coisa parecida. Mas isso não foi feito. Então, como equalizar tudo isso, onde um delegado com princípios éticos e morais se lia ao partido mais c or r upto d a h i stór i a brasileira que ainda tem um condenado pela justiça concorrendo à presidência da República? O verdadeiro cego é o que não quer enxergar... Fato é, que, o senador precisa se retratar e se desculpar com o eleitor capixaba pelo exemplo negativo que está dando aos nossos futuros gestores públicos. Mas, p or resp eito e admiraç ão, que nós capixabas apreendemos a ter pelo delegado, lamentamos pelo estado de coma profundo no qual se encontra e torcemos pelo seu despertar enquanto há tempo. É importante frisar que, por quatorze anos, o PT, com apoio de partidos como PSDB, MDB, PDT, Psol, surrupiou o País com corrupção ativa, formação de quadrilha, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro, recebimento de vantagem indevida. TATI BELING

amadurecido, mais informado e muito mais exigente, buscou nomes como o dele, com princípios éticos e morais e comprometidos em combater o maior câncer do Estado: a corrupção. Na sua campanha, C o nt a r at o p r o m e t e u defender a família, apresentou propostas para melhorar a segurança pública, manifestou apoio aos direitos humanos e se p o s i c i o n o u c o nt r a o aborto. Prometeu que lutaria incansavelmente

liando ao partido que quase deixou o País na miséria. Não seria um t a n t o q u a n t o contraditório? O fato é, que Lula é um condenado pela justiça e, como pro ssional da justiça, advogado e professor de Direito, esse 'detalhe' é de seu conhecimento. Não vimos fundamento para essa desastrosa decisão, o bem e o mal andam lado a lado, mas não se misturam. Em qual baú foi guardada a ética, princípio que norteia a ação humana?

por adotar um discurso mais ríspido ao condenar o próprio Estado pelas omissões e pela militância em prol de leis severas a infratores que, muitas vezes, matam no trânsito e, sequer, são punidos. “Quando alguém pratica um furto, você tem uma vítima determinada, agora, quando o Estado desvia verba da saúde ele está matando milhares de pessoas que têm direito à saúde. Quando o secretário de Educação desvia dinheiro, ele está praticando um crime

E foi além, “por isso, é um grande equívoco falar que o Congresso Nacional representa o povo... O Congresso representa bancadas. Bancada ruralista, bancada de igrejas, bancada de banqueiros, menos o povo”. Lembra dessas palavras, senador? Além do mais o então delegado de trânsito, atribuiu boa parte da culpa à sociedade. “A s o c i e d a d e te m a s u a p a r c e l a d e responsabilidade, pois ela não reivindica, não


BRASIL 13

20 A 27 DE JANEIRO/2022

A semana em Brasília S e no E

Haroldo Cordeiro Filho Luzimara Fernandes

jornalfatosenoticias.es@gmail.com

Prefeitura lança edital de obras e Curva da Jurema terá polo gastronônomico

Garantia-Safra autoriza pagamento para mais de 74 mil agricultores familiares em janeiro

Café misturado com milho é recolhido em ação ©ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO/DIVULGAÇÃO

©DIVULGAÇÃO PMV

Um espaço mais organizado, acessível e atrativo. Uma das regiões mais frequentadas e ponto turístico de Vitória, que concentra diversas opções de bares e restaurantes, a Curva da Jurema, passará por obras de reurbanização e terá um polo gastronômico. O edital de obras foi lançado na manhã desta quarta-feira (19), em cerimônia realizada na Prefeitura de Vitória, com a presença do prefeito Lorenzo Pazolini. As intervenções terão início ainda neste ano. A reurbanização da Curva da Jurema faz parte do grande pacote da PMV de R$ 1 bilhão de investimentos em várias áreas, até 2024. A proposta de reurbanização da Curva da Jurema, uma obra com investimento de cerca de R$ 5 milhões, engloba a melhoria da mobilidade urbana, por meio do reparo da ciclovia, implantação de paraciclos e remodelação das áreas de estacionamento, incluindo vagas para ponto de táxi, vagas destinadas a idosos e de cientes físicos, bem como de embarque/desembarque e carga/descarga, além de mudança no uxo de transito. As 240 vagas serão mantidas. A área total de intervenção é de aproximadamente 16 mil metros. As obras também vão incluir a criação de novas áreas verdes, a instalação de novo mobiliário urbano e a criação de novos acessos ao calçadão. Será realizado, ainda, o alargamento e novo piso do calçadão e da ciclovia, criando novas áreas de paisagismo e melhorando as existentes, e iluminação com cabeamento subterrâneo. O trecho de rua em frente aos quiosques terá seu piso trocado e nivelado, favorecendo a circulação segura e redução da velocidade dos veículos privilegiando a contemplação da Orla. Além da priorização no trajeto seguro de pedestres, do estacionamento ao calçadão, por meio de faixa elevada em todo percurso. “Nós vamos requali car a Curva da Jurema, um espaço frequentado por toda a cidade de Vitória e turistas, um local que recebe muitas famílias. As obras serão um grande legado para nossa cidade, que vão permitir geração de emprego e renda. É mais um cartão-postal de Vitória”, destacou o prefeito Lorenzo Pazolini.

Pratos a partir de R$ 10 em feira Sabores da Serra ©EDSON REIS/SECOM-PMS

Mo q u e c a , hambúrguer, pizza, acarajé. Hummm, cou com água na boca, né? Sabe o n d e v o c ê encontra isso tudo e um pouco mais? No Festival Gastronômico Sabores da Serra! A feira, que vai ter mais de diversos pratos a partir de R$ 10, acontecerá na praça Encontro das Águas, em Jacaraípe, a partir desta sexta-feira (21). A área tem 22 mil metros quadrados e a entrada é gratuita. O evento vai acontecer todas as quintas, sextas, sábados e domingos, durante três semanas. No local, além do cardápio variado, o público vai poder curtir atrações musicais e atrações infantis para a criançada. O Festival Gastronômico é realizado pela Prefeitura da Serra, por meio da Secretaria Municipal de Turismo, Cultura, Esporte e Lazer (Setur). O evento é para pessoas vacinadas. Os participantes devem apresentar o comprovante de vacinação na entrada. Vale ressaltar que os expositores e visitantes devem seguir os protocolos sanitários de prevenção à Covid-19 e In uenza. É obrigatório o uso de máscara durante toda a permanência no festival. Cerca de 40 artesãos também vão comercializar os trabalhos no Sabores da Serra. Haverá opções para casa, itens de decoração e acessórios.

Fiscalização Ambiental resgata sarué com oito filhotes na Serra Uma fêmea de sarué e oito lhotes foram resgatados na manhã desta terça-feira (18) pela Fiscalização Ambiental da Prefeitura da Serra. Os animais se esconderam na cozinha de uma casa localizada no bairro Porto Canoa. Os moradores acionaram a equipe da

©DIA RURAL

Foi publicada nesta terça-feira (18), no Diário O c i a l d a Un i ã o, a Por t ar i a n º 2 7 4 , qu e determina o pagamento do benefício GarantiaSafra para mais de 74 mil agricultores familiares, que aderiram na safra 2020/2021. Neste mês, receberão o pagamento agricultores dos seguintes estados: Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, Piauí e Sergipe. O montante autorizado para esses agricultores ultrapassa R$ 63,5 milhões. Em decorrência das medidas de enfrentamento da pandemia do Covid-19, o pagamento integral do benefício Garantia-Safra será realizado em parcela única de R$ 850, conforme publicado na Portaria nº 15, de 14 de abril de 2020. O Garantia-Safra visa garantir a segurança alimentar de agricultores familiares que residam em regiões sistematicamente sujeitas à perda de safra por razão da estiagem ou excesso de chuvas. Têm direito a receber o benefício os agricultores com renda mensal de até um salário mínimo e meio, quando tiverem perdas de produção em seus municípios igual ou superior a 50%. Para aderir ao Garantia-Safra, também é necessário ter a Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP) e plantar entre 0,6 a 5,0 hectares de feijão, milho, arroz, algodão e/ou mandioca. O benefício é disponibilizado obedecendo o calendário de pagamento dos benefícios sociais. Os agricultores aderidos ao Garantia-Safra que tiveram a concessão do benefício bloqueada nos municípios com autorização do pagamento no mês de janeiro/2022 devem cumprir as orientações dispostas na Portaria Nº 25, de 8 de julho de 2020, para regularizar a situação. Caso o benefício esteja bloqueado, o agricultor deve acessar o seu per l no Sistema de Gerenciamento do Garantia-Safra e veri car o motivo do bloqueio conferindo a noti cação que consta no seu per l. O agricultor terá até 30 dias, após a publicação da Portaria que autoriza o pagamento do benefício, para se manifestar quanto ao bloqueio, por meio do serviço “Solicitar Requerimento de Defesa após bloqueio do Benefício Garantia-Safra”, na plataforma Gov.br. Con ra aqui a relação dos agricultores que tiveram a concessão do benefício bloqueado, de forma cautelar, conforme Portaria Nº 25, de 8 de julho de 2020. A mesma lista também é encaminhada pelas Coordenações Estaduais aos gestores municipais. Outras informações sobre o Garantia-Safra podem ser solicitadas à Secretaria de Agricultura Familiar e Cooperativismo do Ministério da A g r i c u l t u r a , Pe c u á r i a e Ab a s t e c i m e nt o ( Map a ) p e l o e - m a i l garantiasafra.cgs@agro.gov.br ou pelo telefone (61) 3218-3319.

Alunos da Rede Municipal de Santa Leopoldina receberão Kit Escolar ©DIVULGAÇÃO/PMSL

O ano letivo se iniciará com novidades para os alunos da Rede Municipal de Ensino. É que a Prefeitura Municipal de Santa Leopoldina, por meio da Secretaria Municipal de Educação, entregará um kit escolar para cada criança e adolescente matriculados. De acordo com a secretária municipal de Educação, Ana Cláudia Endringer Monteiro, o município só aguarda a entrega dos kits pela empresa contratada, para repassar todo material aos alunos. Entre os itens estão caderno, mochila, lápis de cor e caneta. ©DIVULGAÇÃO/PMS

scalização, que retirou a fêmea de sarué e os lhotes da casa. Os nove animais foram soltos na área verde nas imediações da L agoa Jacuném, nas proximidades do bairro. M a m í f e r o comum nas áreas verdes da Serra o sarué não oferece riscos a seres humanos. Muito pelo contrário. Além de desempenhar as funções que garantem o equilíbrio ecológico, os animais são predadores de escorpiões e insetos que podem causar problemas em humanos. Caso algum sarué ou outro animal silvestre apareça em casa, a orientação é acionar a Fiscalização de Meio Ambiente, pelo telefone (27) 99951-2321.

Quase 12 mil pacotes de 250 e 500 gramas de café foram apreendidos nesta terça-feira (18) em operação conjunta da Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor da Polícia Civil e Comissão de Agricultura da Assembleia Legislativa (Ales). A ação realizada em Cachoeiro de Itapemirim retirou das gôndolas de um atacado uma marca mineira que, conforme análise do Laboratório Central (Lacen), contém milho em sua composição. A mesma marca também exibe selo de pureza da Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic). “É uma deslealdade com os produtores de nosso estado, desde os pequenos agricultores até os empresários, que produzem café de qualidade. O Espírito Santo tem se destacado nacionalmente, investindo nesse setor e conquistando prêmios pela qualidade do café. Não podemos deixar que cafés irregulares que, por não terem qualidade, apresentam um preço baixo, acabem enganando o consumidor capixaba e gerando prejuízo para o setor cafeeiro”, declarou a presidente da Comissão de Agricultura, deputada Janete de Sá (PMN). A operação é a segunda realizada este mês com objetivo de retirar do mercado produtos adulterados. Na semana passada, foram apreendidas 28 mil unidades de três marcas em supermercados da Grande Vitória após laudo atestar baixa qualidade dos produtos. A ação partiu de denúncia feita pela Comissão de Agricultura à Polícia Civil sobre a irregularidade. A deputada Janete de Sá frisou que o colegiado tem o objetivo de defender os produtores capixabas. “O Espírito Santo é um grande produtor de bons cafés. É este produtor, este empresário, que nós queremos preservar, e, principalmente, o consumidor do Espírito Santo que merece um produto bom e de qualidade porque ele paga por isso”, nalizou.

Divulgados gabaritos e Cadernos de Questões da reaplicação ©DIREÇÃO CONCURSOS

Os participantes que zeram as provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2021 nos dias 9 e 16 de janeiro podem conferir os gabaritos o ciais e os Cadernos de Questões. Os materiais estão disponíveis no portal do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). O Inep reaplicou o Enem 2021 durante os dois últimos domingos. Também realizaram as provas os isentos da taxa de inscrição que faltaram ao Enem 2020 e se inscreveram, em setembro, após nova oportunidade. O Instituto ainda aplicou o exame para Pessoas Privadas de Liberdade ou sob medida socioeducativa que inclua privação de liberdade (Enem PPL) 2021. O Inep divulgou os gabaritos e cadernos dos dois dias de exame, incluindo as provas acessíveis, aplicadas a quem contou com atendimento especializado. É importante que o participante esteja atento para conferir o gabarito relativo à cor, ao número e ao formato da prova realizada em cada domingo de aplicação. No primeiro dia, os participantes resolveram itens de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias, Ciências Humanas e suas Tecnologias, além de escreverem a redação, com o tema: "Reconhecimento da contribuição das mulheres nas ciências da saúde no Brasil". Já no segundo dia, as provas foram de Ciências da Natureza e suas Tecnologias e de Matemática e suas Tecnologias. Os resultados do Enem 2021 serão publicados no dia 11 de fevereiro. Para os “treineiros” — inscritos da 1ª ou da 2ª série do ensino médio que realizam a prova para testar conhecimentos — o boletim individual será publicado 60 dias após a divulgação dos resultados do exame. O Exame Nacional do Ensino Médio avalia o desempenho escolar dos estudantes ao término da educação básica. Ao longo de mais de duas décadas de existência, tornou-se uma das principais portas de entrada para a educação superior no Brasil, por meio do Sistema de Seleção Uni cada (Sisu) e de iniciativas como o Programa Universidade para Todos (ProUni). Instituições de ensino públicas e privadas utilizam o Enem para selecionar estudantes. Os resultados são usados como critério único ou complementar dos processos seletivos, além de servirem de parâmetros para acesso aos auxílios governamentais, como o proporcionado pelo Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). Os resultados individuais do Enem também podem ser usados nos processos seletivos de instituições portuguesas que possuem convênio com o Inep para aceitarem as notas do exame. Os acordos garantem acesso facilitado às notas dos estudantes brasileiros interessados em cursar a educação superior em Portugal.


14 GERAL

20 A 27 DE JANEIRO/2022

TADEU TOMAZ

Cientistas dão início à 1ª pesquisa arqueológica no espaço E AGORA SERRA? Turismólogo, mestre em Conscientização Turística e Ambiental Ex-secretário de Turismo, Cultura Esporte e Lazer ADJ da PMS

©INSTAGRAM/SERGEY KUD-SVERCHKOV

DESCUBRAOESPIRITOSANTO.ES.GOV.BR

E

stamos em 2022 e a movimentação política já está a todo vapor, com cada pré-candidato apresentando suas propostas. Devemos lembrar que a Serra jamais elegeu um senador ou mesmo um governador e sempre correu pelas beiradas com nossos candidatos! Lembrando

que nosso prefeito, S érgio Vidigal, foi candidato a vicegovernador na chapa do então ex-governador, Max Mauro, e o resultado todos já sabem: um fracasso. Bom, voltando a nossa realidade, hoje temos o exprefeito Audifax visitando municípios em busca de aliados

para tentar voar mais alto no cenário político estadual. Os tempos são outros e a população serrana aguarda com certa ansiedade o momento da resposta nas urnas para os candidatos das promessas que estão tentando se perpetuarem no poder. O melhor seríamos apresentar u m a s o lu ç ã o c a s e i r a p ar a sairmos vitoriosos em 2022 ou mais uma vez estaremos fadados a outra derrota? É momento de re exão e de buscarmos nossas alianças aqui mesmo, a Serra é capaz de eleger o próximo governador sim, vamos deixar de picuinhas e vaidades e apresentar uma solução política vitoriosa para o maior município do ES e também a maior receita. Em Provérbios podemos ver a sabedoria de Salomão quando cita "A humildade precede a honra" e, por m, todos nós s ab e m o s qu e o a l f ab e t o é composto de A a Z e não apenas A e V, entre eles existe o M de Manato que desponta com força. Acorda SERRA!

Um grupo liderado por dois Para responder a todos esses se tratar de um projeto pesquisadores aqui na Terra q u e s t i o n a m e n t o s , o s inédito. "Como essa vai ser a v a i u s a r p r á t i c a s d e pesquisadores vão analisar primeira coleção de dados arqueologia tradicional para áreas de um metro quadrado, arqueológicos [...] em um entender o que se passou tal qual um arqueólogo faria habitat espacial, nós não durante os 22 anos da Estação em um sítio arqueológico. sabemos ao certo o que Espacial Internacional (EEI) Ma s , a o i nv é s d e f a z e r vamos encontrar. Na verdade, e s u a s i n u ê n c i a s n o e s c a v a ç õ e s n a E E I , o s é um experimento, mas comportamento social dos pesquisadores receberam a estamos con antes de que os astronautas. ajuda da astronauta norte- resultados vão jogar luz em "Ao levar perspectivas americana Kayla Barron, que aspectos da vida no espaço a r q u e o l ó g i c a s p a r a u m fez marcações de um metro que ninguém, nem mesmo a domínio espacial ativo, nós quadrado em diversos lugares Nasa, nunca antes conheceu", comentou o time de s eremos os pr imeiros a da estação. Além dos pedidos dos cientistas. mostrar como as pessoas O projeto teve início em a d a p t a m s e u s pesquisadores, os próprios c o m p o r t a m e n t o s a u m t r i p u l a n t e s t a m b é m 2015, com planejamento A transmissão será no canal dasugeriram Sedu Digitallocais no YouTube, nesta quarta-feira às 14em horas inicial de (07), começar 2020, que podem ambiente completamente novo", explicou Justin Walsh, ser de interesse para o projeto. mas depois foi adiado para pesquisador da Universidade A análise dos cientistas aqui 2022. O nanciamento do de Chapman, nos Estados na Terra será feita por meio de projeto está sendo feito por Unidos, e um dos líderes do fotos, vídeos e gravações de uma iniciativa do governo australiano, que oferece projeto, em entrevista ao e áudio. West Australian. "Ao invés de os escavar para verbas a projetos de pesquisa Utilizando essa abordagem, revelar novas camadas de solo v o l t a d o s p a r a n o v a s os pesquisadores explicam no representando diferentes descobertas. Essa iniciativa também vai site o cial do projeto que momentos da história do buscam responder a algumas l o c a l , n ó s o s t e r e m o s desenvolver novos métodos perguntas como quais são os f o t o g r a f a d o s [ p e l o s dentro da disciplina da efeitos da microgravidade no astronautas] diariamente arqueologia, o que vai ajudar d e s e n v o l v i m e n t o d a para identi car como eles são em futuros estudos de áreas sociedade e da cultura, como u s a d o s e c o m o e l e s s e remotas e até mesmo em os tripulantes interagem modi cam com o tempo", c ont e x t o s d e p e r i g o. A e nt re s i e m u m e s p a ç o explicou a pesquisadora Alice E s t a ç ã o E s p a c i a l originário de outras culturas, Gorman, da Universidade de Internacional foi inaugurada em novembro de 2000 e de lá como eles mudaram a EEI Flinders, na Austrália. A dupla de pesquisadores para cá participou de projetos para atender às próprias necessidades e desejos e aqui na Terra está animada com cinco agências espaciais, como a cultura material para o início da pesquisa, mas 25 países, diversas empresas re ete gênero, raça, classe e comenta que também existe particulares e já recebeu 240 determinada apreensão, por visitantes de 19 países. hierarquia na EEI.


COTIDIANO 15

20 A 27 DE JANEIRO/2022

Árvore morta “renasce” Robôs já como biblioteca retiraram quase comunitária Um toco de árvore de mais de 110 anos virou um espaço de leitura compartilhado ©PRICEYPADS/SHARALEE ARMITAGE HOWARD

duas mil toneladas de lixo da água

Máquinas usam energia solar e força da correnteza para limpar rios ©WATERFRONT PARTNERSHIP

Um toco de árvore de 110 anos viral. A biblioteca na toca é digna de virou um espaço de leitura compartilhado nas mãos de um conto de fadas. O leitor é Sharalee Armitage Howard, de conduzido por uma escadinha de Idaho, nos Estados Unidos. Mãe, pedras que leva à seção de livros artista e funcionária da biblioteca protegidos por uma porta de pública da cidade de Coeur vidro. Por dentro, a iluminação d'Alene, Sharalee deu nova vida à cria uma atmosfera aconchegante espécie morta. Em sua “árvore- assim como a l âmp ad a no biblioteca”, os vizinhos podem exterior. A livraria é “coberta” pegar um livro e deixar outro. Ou c o m t e l h a d o i n c l i n a d o e podem simplesmente pegar um emoldurada com livros em exemplar emprestado sem a miniatura, que dão o toque nal. Em 2020, Sharalee anunciou exigência de documentos ou data de devolução. As chamadas “Free Library” se propagaram na última década. Uma busca rápida traz modelos inspiradores de pequenas bibliotecas criadas em caixas de correio e caixinhas de madeira improvisadas. A solução da ©PRICEYPADS/SHARALEE ARMITAGE HOWARD bibliotecária Sharalee não ca em seu per l pessoal do atrás. Tanto que entre o nal de Facebook que estava colocando 2018 e início de 2019, imagens de sua casa à venda. Exatamente a sua livraria na árvore tomaram residência atrás da livraria. De conta da internet. Mídia local e todo modo, o projeto está listado internacional, compartilharam. na organização sem ns Agora, a história vem novamente lucrativos “Little Free Library”, à tona, como uma daquelas que registra experiências de notícias antigas de alto poder

bibliotecas comunitárias ao redor do mundo. Imagens do street view, de setembro de 2021, mostram que a inusitada biblioteca segue em funcionamento. Árvore morta Até as árvores mortas podem abrigar outras formas de vida, como é o caso das aves que fazem seus ninhos em pequenas cavidades. Entretanto, às vezes não tem jeito. É preciso cortá-la quando há risco de queda e consequente acidente. Nestas horas, há algo que pode ser aproveitado? Os resíduos de poda e/ou remoção das árvores, como galhos e folhas, podem ser triturados e aplicados no processo de compostagem — o que, aliás, muitas prefeituras já fazem. Agora, se no seu quintal restou apenas um toco de árvore, que tal se inspirar na atitude da b i b l i o t e c á r i a ? Vo c ê p o d e começar conhecendo o mapa das Bibliotecas do Brasil.

Para limpar os rios e cursos da água na cidade de Baltimore, Estados Unidos, a Waterfront Partnership desenvolveu uma “família” de qautro robôs que usam os recursos da natureza para retirar resíduos da água. As máquinas são alimentadas com energia solar, proveniente de painéis fotovoltaicos. Outra força natural usada para limpar os rios é a própria correnteza, já que as máquinas cam paradas, mas são instaladas em pontos de conversão onde as suas barreiras utuantes funcionam como grandes ltros para direcionar os resíduos para a coleta. Esteiras rolantes trazem o material para a máquina que coleta tanto resíduos que cam na superfície como os que estão abaixo da superfície. Outra vantagem é que as barreiras são

capazes de conter manchas de óleo. A velocidade em que a máquina opera foi determinada para que seja e ciente na coleta de lixo sem ameaçar espécies que vivem nos cursos da água. Segundo os fabricantes, as esteiras são fortes o su ciente para retirar da água até mesmo resíduos pesados como pneus, colchões ou mesmo árvores. O primeiro robô instalado para interceptar lixo das águas de Baltimore recebeu o nome de Mr. Trash Wheel e começou a trabalhar em 2014, no riacho Jones Falls. Os bons resultados levaram à produção e instalação de outros três membros desta família que trabalha no combate à poluição: o Professor Trash Wheel, o Captain Trash Wheel e o Gwynnda the Good Wheel of the West, que foi instalado em

junho de 2021. Com estas máquinas, a Waterfront Partnership já retirou mais de 1,760 toneladas de lixo e entulho da água. Foram contabilizadas quase 1,5 milhão de garrafas, mais de 830 mil sacos plásticos, quase 12,5 milhões de bitucas de cigarro e 5,9 mil bolas. Entre as coletas inusitadas estão uma guitarra e uma cobra píton-real. Depois que são retirados da água, os resíduos são depositados em um contentor à parte e, no momento, encaminhados para a incineração em termoelétricas que produzem eletricidade. A empresa, no entanto, a rma que o objetivo é que este material s e j a e nc am i n ha d o p ar a a reciclagem em uma nova fase do projeto.


16 GERAL

20 A 27 DE JANEIRO/2022

Descoberta molécula que pode auxiliar no tratamento do câncer Um novo estudo, realizado por pesquisadores brasileiros, poderá revolucionar os tratamentos contra o câncer ©COMUNICAÇÃO UFU

Uma equipe de pesquisadores da Un i v e r s i d a d e Fe d e r a l d e Uberlândia (UFU), no Triângulo Mineiro, foi capaz de identi car u ma mol é c u l a qu e p o d e r á auxiliar no tratamento contra o câncer. A molécula inédita é encontrada em um complexo de cobre, conforme a rma o estudo

publicado no periódico Scienti c Reports. Os cientistas perceberam, por meio de testes realizados com células tumorais de humanos e de camundongos, que o complexo de cobre poderia induzir a produção de espécies reativas de oxigênio.

Segundo os pro ssionais, essas moléculas são conhecidas por serem altamente reativas e por sua capacidade de transformar as demais moléculas. De acordo com informações da CNN, durante as análises, os pesquisadores observaram que as espécies reativas de oxigênio conseguiram atingir as células tumorais, de modo que dani caram seu DNA. Como resultado, as células cancerosas entraram em um processo de morte celular programada, conhecido como apoptose. A descoberta representa um grande passo para a medicina uma vez que o uso do complexo de cobre, por selecionar as células tumorais, poderá diminuir os efeitos colaterais dos atuais tratamentos e aumentar as chances de cura do câncer.

Nosso cérebro presta atenção em vozes desconhecidas durante o sono ©SHUTTERSTOCK

Escolas florestais ganham popularidade no Reino Unido Convivência entre os alunos em meio à natureza pode contribuir para o desenvolvimento e trazer mais saúde e bem-estar ©GETTY IMAGES

Uma pesquisa da Forest School Association (FSA), que engloba 200 escolas do Reino Unido, mostrou que dois terços destes colégios notaram um aumento na demanda por vagas nas "escolas orestais" desde o início da pandemia, em 2020. Esse aumento de popularidade vem sendo atribuído às medidas de segurança contra a covid-19 e à crescente conscientização sobre a saúde mental e os benefícios de estar ao ar livre para nosso bemestar geral. “Ter lhos em casa durante os p e r í o d o s d e b l o q u e i o f oi bastante exigente para muitos pais e lhos. [Os pais] podem ter pensado em formas alternativas de educar seus lhos e podem ter tido a oportunidade de levar seus lhos mais ao ar livre durante esse período, passar um tempo com eles ao ar livre e apreciar essa experiência", a rmou ao Optmist Daily o executivo chefe da FSA, Gareth Alexia Wyn Davies. Debacker Mas, a nal, como funcionam

Espinoso

na prática essas escolas? De acordo com a associação do setor, a experiência de uma "escola orestal" não pretende substituir completamente a aprendizagem tradicional, mas, sim, complementá-la. Normalmente, as atividades oferecidas aos alunos, como brincadeiras na lama, construção de tocas e jogos de esconde-esconde, ocorrem em orestas ou em outros ambientes naturais que são vistos como menos sujeitos ao covid do que a sala de aula típica, gera lmente em ambientes

fechados. Além disso, permitir às crianças socializar ao ar livre pode ajudá-las a melhorar suas habilidades sociais com brincadeiras cara a cara. “As escolas querem oferecer "escolas orestais" para todas as crianças, mas a falta de dinheiro, tempo e as pressões do currículo tradicional impedem que isso aconteça. Elas tendem a oferecer blocos menores dessa experiência ao ar livre para todas as crianças, o que é ótimo. Mas uma escola orestal é algo de muito mais longo prazo", explica Wyn Davies.

Homem que dedurou Anne Frank aos nazistas pode ter sido identificado Há 77 anos, a menina de origem judia foi morta após o esconderijo de sua família ter sido revelado aos nazistas ©DIVULGAÇÃO/DOMÍNIO PÚBLICO

Pode até parecer simples, mas uma boa noite de sono exige alguns requisitos. Durante o sono, nosso cérebro continua a monitorar o ambiente, equilibrando assim, a ne cessidade de proteger a qu a l i d a d e d o s on o c om a necessidade de acordar. De acordo com uma nova pesquisa publicada no JNeurosci, um exemplo de como o cérebro consegue isso é respondendo seletivamente a vozes desconhecidas em vez de vozes familiares. Os pesquisadores da Un i ve r s i d a d e d e S a l z bu rg

mediram a atividade cerebral de adultos em resposta a vozes familiares e desconhecidas enquanto dormiam. As vozes desconhecidas provocaram mais complexos K, que é um tipo de on d a n o c é re bro l i g a d a a perturbações sensoriais durante o sono, em comparação com vozes familiares. Por mais que as vozes familiares também possam desencadear complexos K, somente aquelas desencadeadas por vozes desconhecidas são acompanhadas por mudanças em grande escala na atividade cerebral ligadas ao

processamento sensorial. As respostas cerebrais à voz desconhecida aconteceram em menor frequência à medida que a noite avançava e a voz se tornava mais f am i l i ar, p ass and o a mensagem para o cérebro que ainda pode aprender durante o sono. Esses resultados sugerem que os complexos K permitem que o cérebro entre em um “m o d o d e p r o c e s s a m e n t o s e n t i n e l a”, o u s e j a , o n d e permanecemos adormecidos e com a capacidade de responder a estímulos relevantes.

Na segunda-feira (17), a mídia i nt e r n a c i o n a l d i v u l g o u a informação de que uma investigação pode ter levado ao nome da pessoa que traiu Anne Frank e sua família, entregando o local do esconderijo para os nazistas. A a d ol e s c e nte a l e m ã d e origem judaica foi vítima do Holo causto, durante a Segunda Guerra Mundial (1939 -1945). Anne se t or n ou mu n d i a l m e nt e famosa após sua morte, pela divulgação de seu diário, onde relatou experiências

durante o período em que viveu escondida dos nazistas. De acordo com informações da BBC, uma equipe formada por historiadores e ex-agentes do FBI concluiu que foi Arnold Va n d e n B e r g h q u e m provavelmente entregou os Frank, para salvar sua própria

família. Segundo revelado na reportagem, o homem em questão era uma gura judia de pre st í g i o. Van d e n B e rg h integrou o Conselho Judaico de Amsterdã, um órgão que foi forçado a implementar a política nazista em áreas judaicas. No ano de 1943, o órgão foi dissolvido e os membros foram enviados aos campos de concentração nazistas. Entretanto, os investigadores descobriram que na época, Arnold continuou morando em Amsterdã, acredita-se que ele tenha fornecido informações internas aos nazistas, para se proteger e proteger sua família. A conclusão se deu após seis anos de investigação. Através de tecnologia, os pesquisadores usaram de a l g o r i t m o s d e computador para buscar por conexões entre muitas pessoas diferentes, para desvendar o mistério.


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.