Jornal Fatos & Notícias 461

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Educação Cultura Ciência e Tecnologia Meio Ambiente Saúde Economia ANO XII - Nº 461 17 A 24 DE FEVEREIRO/2022 SERRA/ES

Distribuição Gratuita

GABRIELA MESSNER ARESI OLIVEIRA

©FREEPIK

8 Para esta semana, a dica é uma receita de panqueca de carne moída simples é muito fácil de fazer Pág. 8 HAROLDO CORDEIRO FILHO

8 Em fórum sobre a Bacia

do Rio Doce, prefeitos reprovam atuação da Fundação Renova Pág. 12

ANA MARIA IENCARELLI

8 A cada barbaridade que surge, um parlamentar empunha uma nova lei se segue, muitas vezes duplicando o que já temos no ordenamento jurídico Pág. 10

'Armazém do Fim do Mundo' na Noruega abre portas para receber 22 mil novas amostras de sementes Pág. 14

Dois em cada três estudantes precisam de reforço escolar, diz pesquisa

Vitamina B9: ingestão de folato pelos brasileiros é insuficiente Pág. 9

Sobrinha-neta de Tarsila do Pais e professores armam que é preciso recuperar aprendizagem Amaral é coautora de Nasa anuncia livros infantis duas missões sobre obras para conhecer da artista Pág. 4

melhor o Sol

©UNDP CHINA

©NASA

A Nasa selecionou duas missões cientícas para estudar a dinâmica do Sol, a conexão da Terra com sua estrela e o ambiente espacial Pág. 7

Pântano ganha dia mundial para celebrar sua importância

Pág. 11

©DIVULGAÇÃO

Você sabia? Quase 90% dos pântanos ao redor do mundo foram degradados nos últimos três séculos Pág. 2

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2 MEIO AMBIENTE

17 A 24 DE FEVEREIRO/2022

Islândia vai proibir caça comercial de baleias Japão, Noruega e Islândia são os únicos países do mundo onde a atividade ainda é permitida ©ILSE ORSEL/UNSPLASH

A Islândia, o Japão e a Noruega são os únicos três países do mundo que ainda permitem a caça comercial de baleias, proibida pela Comissão Internacional Baleeira em 1986. A boa notícia é que este número vai cair em 2024: a Islândia anunciou que a atividade será encerrada em dois anos, quando expirarem as cotas atuais. De acordo com uma reportagem do e Guardian, a cota atual vai de 2019 até 2023 e permite que 426 baleias sejam mortas. Mas, até agora os caçadores mataram apenas uma baleia, em 2019. A razão para isso não é ambiental, mas econômica. O

Japão era o maior comprador de carne de baleia da Islândia e este

consumo tem caído ano a ano, especialmente porque o país

Pântano ganha dia mundial para celebrar sua importância Ecossistema que mais capta CO no mundo, pântano ganha dia mundial para celebrar sua importância ©UNPD/YUICHI ISHIDA

Você sabia? Quase 90% dos pântanos ao redor do mundo foram degradados nos últimos t rê s s é c u l o s . S e g u n d o a C onv e n ç ã o s o bre Z on a s Úmidas da ONU, essas áreas são perdidas três vezes mais rapidamente do que as orestas. E mais: as espécies que vivem em pantanais estão sendo extintas com mais rapidez do que os animais terrestres ou marinhos, devido à poluição e à perda de habitat natural. Para chamar a atenção do mundo sobre a importância das zonas úmidas, as Nações

Unidas comemoraram, pela primeira vez, o Dia Mundial dos Pântanos, 2 de fevereiro. A data já era celebrada por algumas entidades ambientais, mas foi apenas em agosto de 2021 que a Assembleia Geral da ONU aprovou a resolução que incluiu, o cialmente, o dia no calendário da organização. Entre outros benefícios, esses ecossistemas contribuem para a conservação da biodiversidade, a mitigação das mudanças climáticas e o fornecimento de água doce. Para ter uma ideia de seu impacto positivo no planeta,

os pântanos armazenam mais carbono do que qualquer outro ecossistema no mundo. As turfeiras, por exemplo, guardam o dobro de carbono do que as orestas. Esses ecossistemas úmidos ainda absorvem o excesso de água e ajudam a prevenir enchentes e secas, sendo essenciais para que as comunidades locais se adaptem às mudanças cl i m át i c a s . Ne ste an o, a campanha de comemoração do primeiro 'aniversário' dos pântanos pediu aos paísesmembros da ONU mais esforços e investimentos para sua conservação, manejo e restauração. Segundo o Pnuma, Programa Mundial da entidade para o Meio Ambiente, um dos grandes inimigos dos pântanos, atualmente, são os projetos de agricultura, que drenam essas áreas visando o aumento de s u a p r o d u t i v i d a d e . At é quando?

pescar baleia nos últimos ano cou mais caro graças ao estabelecimento de uma zona costeira maior que obrigava que os navios baleeiros se afastassem cada vez mais da costa. A pandemia, que afetou o Camaleão Furcifer funcionamento das fábricas de labordi processamento de carne de baleia, e requisitos de segurança cada vez mais rigorosos para a exportação do produto completaram o cenário desfavorável. Segundo a ministro de Pesca e Agricultura da Islândia, Svandís Svavarsdóttir, não existem motivos para seguir com uma asiático retomou a caça atividade que não traz comercial em 2019. Além disso,

benefícios econômicos e que tem uma demanda cada vez menor. Na temporada anterior, que se encerrou em 2018, 152 baleias haviam sido caçadas no país. Este número sobre para 852 se considerarmos todas as baleias mortas desde 2006, ano que a Islândia retomou a caça comercial. A prática levou a um b oi c ote d a re d e v are j i s t a americana Whole Foods que deixou de comercializar produtos islandeses, como forma de protesto. Com a decisão da Islândia, a Noruega e o Japão serão os únicos dois países no mundo a permitir a caça comercial de baleias.

Aquecimento global pode fazer desaparecer mais de 15% da flora mundial até o fim deste século ©GETTY IMAGES

O combate as mudanças climáticas nos próximos 80 anos será crucial para mantermos vivos os ecossistemas mundiais — neste caso especi camente, as espécies de plantas. É isso que aponta um novo relatório da organização não governamental ligada ao meio ambiente World Resources Institute (WRI), que une os dados do Painel Int e rgove r n am e nt a l s o bre Mudanças Climáticas (IPCC). Segundo a projeção, mais de 15% da ora mundial pode deixar de existir até o m do século, caso a temperatura média global aumente mais que 2°C, em comparação aos níveis préindustriais. Hoje, aprox i m a d a m e nt e 8 % d a s espécies vegetais do planeta já estão sob forte risco de extinção. Mas o cenário pode piorar: a pesquisa estima que a vegetação deve perder mais da metade da sua biodiversidade em breve.

O porta-voz do WRI, Kelly Levin, destacou a urgência de combatermos o aquecimento global. “Todos nós precisamos estar familiarizados com os esforços mundiais para manter a temperatura abaixo de 2°C. Cada fração de grau importa para a população. Apesar de todos os esforços, já estamos observando diversas mudanças climáticas. O aumento de 1,5°C já não traz segurança para o ecossistema”, disse em entrevista à CNN.

Em referência ao Brasil, Kelly mencionou o desmatamento das orestas causados pelos incêndios em razão das altas temperaturas. “Se você pensar na América do Norte, por exemplo, temos diversas áreas que sofreram incêndios involuntários. Tivemos um recorde na última década. Ve m o s a m e s m a c o i s a n a América do Sul, e no Brasil, temos todos os impactos dos incêndios e o que isso prejudica o ambiente”, disse a ambientalista à CNN. O relatório aponta a necessidade de medidas urgentes contra a emissão de gases do efeito estufa e destaca os compromissos de mitigação rmados na Conferência das Na ç õ e s Un i d a s s o bre a s Mudanças Climáticas (COP26).

Jornalista Responsável: LUZIMARA FERNANDES redacao@jornalfatosenoticias.com.br Produtor-Executivo: HAROLDO CORDEIRO FILHO jornalfatosenoticias.es@jornalfatosenoticias.com.br comercial@jornalfatosenoticias.com.br Diagramação: LUZIMARA FERNANDES (27) 3086-4830 / 99664-6644 jornalfatosenoticias.es@gmail.com Facebook Jornal Fatos e Notícias Serra - ES

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CULTURA 3

17 A 24 DE FEVEREIRO/2022

A Cuca não é nossa: Sobrinha-neta de Tarsila do Amaral é coautora de A verdadeira origem da bruxa com cabeça de jacaré livros infantis sobre obras da artista

Monteiro Lobato teria tomado um nome da boca de outro povo para batizar sua bruxa com aspecto reptiliano. Entenda! ©REDE GLOBO/REPRODUÇÃO

Voltado ao pú blico infantil, em ambos as crianças aprendem cores e formas da modernista ©DIVULGAÇÃO

FOTO: REPRODUÇÃO

O

escritor Monteiro L o b at o f o i o responsável pela popularidade da Cuca. Conquanto sua única aparição seja no livro 'O Saci' (1921), onde a bruxa é descrita superficialmente como uma “velha com aparência de jacaré” que transforma Narizinho em uma pedra, a Cuca, no final dos anos 1970, ganhou imensa popularidade através da série televisiva 'Sítio do Picapau Amarelo'. O que pouca gente sabe é que Lobato tomou um nome da boca do povo português para batizar sua bruxa com aspecto reptiliano. Venham comigo, pelos caminhos mais escuros da história, desvendar essa trama rocambolesca. A literatura genuinamente brasileira escrita por Monteiro Lobato já foi criticada de diversas formas. Há quem diga que ele tenha eternizado a imagem da mulher negra na cozinha, a empregada subserviente que ama servir e cuidar dos filhos dos outros, enquanto é insultada pela única criança que poderia ser seu filho, o Saci. Um menino negro, mutilado. Pior. Em 'Reinações de Narizinho' (1931), o narrador se refere à Tia Nastácia como negra de estimação. Outros ainda falam de machismo por algumas passagens das personagens Narizinho e Emília. Na matéria em questão, entretanto, não haverá juízo de valor quanto a esse ou aquele ismo do velho Lobato. Criador da 'Turma do Sítio do Picapau Amarelo', o paulista José Bento Monteiro Lobato foi advogado, fazendeiro, diplomata, editor de livros, escritor e tradutor. Escrevia para crianças como se estivesse batendo papo com o leitor. É por isso que os estudiosos dizem que sua obra é marcada pela

oralidade e por uma linguagem coloquial. Para o desenvolvimento da p e r s on a g e m Cu c a , L o b at o idealizou uma espécie de bichopapão, papa-gente com base na Coca, o dragão que São Jorge derrotou segundo a tradição do fol cl ore g a l e go - p or tu g u ê s . Trazido para o Brasil durante a colonização, o nome, na pronúncia original, significava crânio ou cabeça e servia para representar a personagem de diversas formas, entre estas, um fantasma, uma bruxa velha ou um dragão comedor de crianças desobedientes, sempre à espreita nos telhados das casas para raptar aqueles que fazem a lguma malcriação. A artista brasileira Tarsila do Amaral produziu, em 1924, uma obra baseada nessa mesma d e s c r i ç ã o d a p e r s on a g e m , atualmente exposta no Museu de Grenoble, na França. Muito antes, Goya desenhou, em 1799, a gravura “Que viene el Coco” representando o ser como um fantasma ou uma bruxa assustadora. Interessante notar que nesse contexto, Lobato, um sabido estudioso de outras culturas, tomou a palavra que serve de representação para várias coisas malignas do folclore português e batizou sua personagem. Ainda que essa não fosse a intenção do autor, com o advento da moderna dramaturg i a brasi leira e a adaptação de suas histórias para o cinema e televisão, a Cuca viria a se tornar um dos mitos modernos mais emblemáticos do folclore brasileiro. Um mito, entretanto, de longa data. A mais antiga referência ao personagem está no livro 3 de Doações de Dom Afonso III, no ano de 1274: “E se porventura alguma Balea ou Baleia ou serea ou Coca ou Roaz ou Musaranha ou outro pescado grande que

semelhe algun destes morrer em Sesimbra ou em Silves ou em outros lugares da Ordin de El Rey”. Mas é ao Norte de Portugal, nas circunvizinhanças da Vila de Monção, que a tradição secular se repete todo ano. Nessa freguesia, conhecida como Terra da Coca, na festa do dia de Corpus Christi, um imenso dragão montado sobre uma estrutura de madeira coberta com lona saí às ruas e é empurrada contra um cavaleiro que representa São Jorge em seu cavalo. Os dois antagonistas então simulam um combate mortal onde tanto um como o outro pode vencer. S egundo a tradição, se o cavaleiro ganha, o ano agrícola é fértil; quando a Coca vence, o ano é m a u . N e s s a o c a s i ã o, o s habitantes locais chamam o dragão de Sant a C o c a. Na Catalunha e em vários países de língua castelhana, o mesmo personagem é chamado de Cuca ou Cucafera e é representada por uma figura zoomórfica com o corpo de tartaruga, chifres ao longo da coluna e com garras e cabeça de dragão. Nesse sítio, a lenda conta que ela tinha que comer todas as noites ao jantar três gatos e três crianças. Na Galiza, também se celebra a Coca no dia de Corpus Christi e no dicionário da Real Academia Espanhola credita-se a origem do festival ao mito da Coca ou El Coco, assombração ou bruxa portuguesa que mete medo nos meninos travessos. À semelhança com a tradição nor te-amer icana do Jack O'Lantern — personagem do folclore europeu dos países de língua inglesa — a representação da Coca também se faz com uma abóbora iluminada internamente com velas e faz parte do património imaterial galegoportuguês. (AVENTURAS NA HISTÓRIA)

A editora Melhoramentos relançou dois livros para os pequenos se aproximarem dos trabalhos da artista plástica Tarsila do Amaral, Tarsilinha e as cores e Tarsilinha e as formas. Os dois apresentam obras famosas da artistac omo Abapuru, A Cuca, Antropofagia, Caipirinha e Manacá. Em Tarsilinha e as cores, é apresentada a beleza das cores que compõem as pinturas da artista, instigando o leitor a comparar com o seu dia a dia. Já o outro livro, além de ensinar as formas geométricas por meio dos elementos que compõem as pinturas, ensina a desenhar uma série de coisas, como o Sol, as casas e uma igreja. Com ilustração de Cris Alhadeff, as duas histórias foram escritas por Patrícia Engel Secco, autora premiada pelo International Board on Books for Young People (IBBY), e Tarsilinha do Amaral, sobrinhaneta da artista e palestrante especializada em sua vida e obra. Na opinião de Tarsilinha, um dos grandes sucessos das obras

de sua tia vem da conexão que ela tem com o público infantil. “Sua infância é marcante nas obras. Vemos muito do que ela viveu nas fazendas do pai, como as cores do interior, as paisagens rurais, a fauna e a ora. Na escola, as crianças aprendem sobre sua vida, que tinha 40 gatos, subia em árvore e catava maracujá. Então, achamos que seria maravilhoso trazer a própria Tarsilinha para ter esse contato com as crianças”, diz. A sobrinha-neta da artista conta ainda que se impressiona c om o c on h e c i m e nto d o s pequenos sobre as pinturas. “Até os menores sabem os nomes das obras e informações que nem os

pais conhecem.” A autora, que tem o mesmo nome da artista, agradece pela homenagem que seus pais zeram. “É muito legal quando encontro as crianças e elas me confundem com a pintora. Eu acabo materializando minha tia e aproximando as crianças deste mito que foi a Tarsila. É mágico”. “As pinturas de Tarsila do Amaral conversam muito com o público infantil porque são alegres, coloridas e trazem bastante da infância dela. É muito legal ver as crianças mergu l hando nas obras e aprendendo com elas não só na sala de aula, mas agora também com seus pais”, diz Patrícia. LUCIANO DANIEL

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Foto Antiga do ES ©GESSIMAR MACHADO/FOTOS ANTIGAS DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO/FACEBOOK

AVENIDA SATURNINO DE BRITO, PRAIA DO CANTO, VITÓRIA/ES —1962


4 EDUCAÇÃO

17 A 24 DE FEVEREIRO/2022

Dois em cada três estudantes Prêmio para quem enfrenta precisam de reforço escolar, a evasão escolar diz pesquisa Pais e professores armam que é preciso recuperar aprendizagem

Secretarias de Educação, escolas e organizações estudantis têm até 7 de março para se inscreverem em premiação do Instituto Unibanco com o Geledés ©ENVATO ELEMENTS

©FREEPIK

Após dois anos de pandemia, pais e responsáveis dizem que estudantes precisam de reforço escolar para recuperar a aprendizagem. S egundo as famílias, pelo menos dois em cada três estudantes precisarão de apoio em algum conteúdo. Para 28% dos responsáveis, a prioridade das escolas nos próximos dois anos deve ser justamente a promoção de programas de reforço e recuperação. Os dados são da pesquisa "Educação não presencial na perspectiva dos estudantes e suas famílias", realizada pelo Datafolha a pedido do Itaú Social, da Fundação Lemann e do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). As perguntas foram feitas por telefone a 1.306 pais e responsáveis de 1.850 estudantes, em todo o País, em dezembro de 2021. Para eles, os estudantes devem receber apoio em matemática (71%), língua portuguesa (70%), ciências (62%) e história (60%). Consideradas apenas crianças em fase de alfabetização, esse percentual sobe: 76% precisarão de mais atenção das escolas na retomada das aulas presenciais, segundo as famílias. "Foi difícil o fechamento das escolas para todas as etapas de ensino, mas especialmente difícil p ara as cr ianças menores, e s p e c i a l m e nt e n a f a s e d a alfabetização", diz a gerente de Pesquisa e Desenvolvimento do It aú S o ci a l, Pat r íci a Mot a Guedes. "Isso colocou um peso nas famílias, de uma expertise que não é delas. Alfabetizar é uma das tarefas mais difíceis". De acordo com levantamento divulgado recentemente pela o r g a n i z a ç ã o To d o s p e l a Educação, com base em dados do Instituto Brasileiro de Geogra a e Estatística (IBGE), mais de 40% das crianças com seis ou sete anos de idade não sabiam ler ou escrever em 2021, o que representa mais de 2,4 milhões de crianças no País. A pesquisa mostra ainda que

88% dos estudantes da rede pública de ensino tiveram as escolas reabertas em 2021. Segundo os pais e responsáveis, 83% dos estudantes que retornaram às atividades presenciais estão evoluindo no aprendizado. De acordo com as famílias, os alunos que voltaram às atividades presenciais estão mais animados (86%), mais otimistas com o futuro (80%), mais independentes para realizar as tarefas (84%) e mais interessados nos estudos (77%) do que aqueles que continuaram no ensino remoto, respectivamente 74%, 72%, 72% e 60%. "Um ponto muito importante é o apoio das famílias à retomada presencial, à vacinação e ao papel dos professores. A gente observa, mais uma vez, o apoio muito grande ao papel do professor e a necessidade de prioridade e valorização desse pro ssional. A nal, foram dois anos em que tiveram contato com professores de forma próxima como nunca ocorreu", diz Patrícia. O estudo mostra também a percepção das famílias de que a gestão educacional deve priorizar mais oportunidades de capacitação para os professores (23%), garantir o aumento salarial dos docentes (43%), melhorar a infraestrutura das escolas (30%) e ampliar o uso de tecnologia na educação (22%). Segundo Patrícia, a parceria com as famílias será essencial para que a aprendizagem seja retomada. "Que essa parceria entre escola e família só se fortaleça ainda mais, porque é n e s s a re t om a d a d a s au l a s

presenciais, com o diagnóstico [de aprendizagem dos alunos], que a gente vai ter a re a l dimensão e a real magnitude do desa o do ensino aprendizagem à nossa frente nos próximos dois, três anos, pelo menos". A pesquisa identi cou que, em dezembro de 2021, mais de 800 mil estudantes continuavam sem receber nenhum tipo de at i v i d a d e e s c o l a r, m e s m o estando matriculados. Um em cada quatro estudantes encerrou o ano sem nenhuma atividade presencial. Entre os estudantes de escolas de baixo nível socioeconômico, esse índice chegou a 34%. Em 2022, as redes de ensino no Brasil buscam estratégias para conduzir o ano letivo. De acordo com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e a Sociedade B r a s i l e i r a d e Pe d i at r i a , a segurança na volta às aulas presenciais, em meio à onda de transmissão de covid-19 provocada pela variante Ômicron, depende do engajamento de toda a comunidade escolar, incluindo os responsáveis. Além de estar atentos aos sintomas e aos protocolos, os pais devem se vacinar, vacinar seus lhos e participar da prevenção no dia a dia. A pesquisa revela que, em dezembro de 2021, 89% dos estudantes de 12 a 17 anos da rede pública estavam vacinados e que no caso de 76% das crianças de seis a 11 anos, os pais e responsáveis declararam que pretendiam vaciná-las imediatamente.

Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência Desde 2016, em 11 de fevereiro é celebrado o Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência. A data criada pelas Nações Unidas busca honrar

nomes como Marie Curie, Rosalind Franklin e Nettie Stevens, e inspirar e engajar outras meninas a seguirem na área. No Brasil, a Eleva

Educação, por meio do Patio, sua frente de inovação em soluções educacionais, e suas escolas espalhadas por todo o Brasil, tem atuado para a formação de

O 1º Prêmio estratégias de equidade no enfrentamento à evasão escolar: implicações da covid-19 para a permanência na educação básica busca mapear e d iv u l g ar b o a s pr át i c a s d e combate à evasão escolar para ampliar repertório e estratégias da gestão educacional, gestão e s c ol ar e d e org an i z a ç õ e s estudantis. Inscrições vão até 7 de março e são voltadas às secretarias de Educação, escolas e organizações estudantis que realizam ações estratégicas de retorno e reinserção de crianças e adolescentes nas escolas. A iniciativa é do Instituto Un i b a n c o e o G e l e d é s — Instituto da Mulher Negra, e para concorrer ao prêmio, a prática de equidade no enfrentamento à evasão escolar precisa contemplar recortes de r a ç a e g ê n e ro. Ta m b é m é necessário se encaixar numa das categorias abaixo: 1) Gestão educacional (para secretarias municipais e estaduais de Educação e diretorias regionais de ensino): monitoramento de indicadores educacionais; orientação e acompanhamento das escolas; metodologias de busca ativa; 2) Gestão escolar (para escolas): monitoramentos da evasão escolar; estratégia de busca ativa; comunicação com as famílias; acompanhamento de estudantes; 3 ) E s t u d a nt e s : a ç õ e s d e comunicação entre pares; ações de acolhimento de estudantes evadidos. Serão premiadas ao menos duas iniciativas de cada uma das

t rê s c at e gor i a s a c i m a . Na categoria Gestão Educacional, o prêmio será uma certi cação de Secretaria Promotora de Equidade Racial. No caso das escolas, um kit multimídia com projetor, computador, tela, caixa de som e microfone. Já os estudantes premiados receberão um kit rádio escolar. Além da premiação, todas as iniciativas que correspondem aos objetivos do edital serão incluídas em um Banco de Boas Práticas de Equidade no Enfrentamento à Evasão Escolar, que será publicado na área de Educação do Portal Geledés, dando crédito e reconhecimento às organizações que implementaram as propostas. A ideia do prêmio surgiu após os resultados do estudo A educação de meninas negras em contexto de pandemia: o aprofundamento das desigualdades, focada na rede pública do município de São Pau l o. O d o c u m e nto, qu e apresentou os impactos do isolamento social e do afastamento da escola na vida de estudantes do ensino infantil,

cientistas meninas desde a idade pré-escolar até o ensino médio. Juliana Novo, pesquisadora de biotecnologia, professora do Grupo Eleva Educação e conteudista em uma das soluções educacionais do Patio, a i n i c i a t i v a Te c n o l o g i a e Experiência Criativas (TEC), a rma que procura engajar suas alunas nas atividades de eletrônica e tecnologia para mostrar que elas são capazes. A professora explica q u e mu i t a s v e z e s a s meninas cam reticentes quando veem os materiais, componentes eletrônicos e placas de LED. O seu papel nesse cenário é desmisti car e mostrar que elas também podem ser inseridas nessas atividades. A metodologia TEC, permite que qualquer lugar vire um l a b or at ór i o t e c n o l ó g i c o e cientí co, onde as crianças podem colocar a mão na massa e fazer experimentos. Ju l i a n a c o nt a q u e v i r o u cientista por in uência do pai, que é pesquisador na área de

40% dos graduados em ciência da computação e informática. E menos de 30% dos pesquisadores no mundo são mulheres. No Brasil, a proporção é ainda menor: as mulheres ocupam apenas 14% das posições na Academia Brasileira de Ciências. M a r i a d o R o s á r i o , coordenadora do E n s i n o Fundamental II da Escola Eleva Brasília e e sp e c i a l ist a e m e d u c a ç ã o matemática, ©JOINT BASE CHARLESTON/DIVULGAÇÃO percebe que existe até hoje uma que cientista é uma carreira. E na crença de que os meninos têm realidade é uma carreira como outra qualquer em que você se “talento” para a matemática, e as especializa em estudar', pontua. meninas não, com expectativas Ela destaca que essa falta de diferentes. As meninas são perspectiva é ainda maior para as incentivadas a brincar de dona meninas que culturalmente não de casa, que cuida de bonecas, são incentivadas a seguirem casinha e cozinha, enquanto os carreira de ciências, tecnologia e meninos são incentivados a brincar com jogos de montar, exatas. Dados da Unesco apontam que quebra cabeças e videogame. É em todo o mundo as mulheres importante mostrarmos que a ainda representam apenas 28% matemática é interessante para dos graduados em engenharia e todos. física, por isso, desde pequena viu a carreira de cientista como uma opção. Mas, no dia a dia, essa não é a realidade que se vê. 'Eu vejo a diferença de ter cres cido em um ambiente cientí co, pois as pessoas não têm a noção até uma certa idade

fundamental e médio, com recorte de raça/cor e gênero, mo st rou a u rgê nc i a d e s e destacar iniciativas exitosas que combatam problemas de evasão e abandono escolar. Para Tiago Borba, gerente de planejamento e articulação i ns t itu c i on a l d o Ins t itut o Unibanco, é importantíssimo dar visibilidade a projetos que visam enfrentar um dos principais problemas da educação nacional e que foi agravado pela pandemia. “O prêmio é uma iniciativa que visa inspirar e valorizar experiências na educação em prol da equidade, considerando sobretudo as implicações da covid-19. O enfrentamento à evasão escolar é um importante caminho para garantir a permanência e a aprendizagem de todos os estudantes”, explica Tiago. Inscrições As inscrições devem ser realizadas até 7 de março de 2022 pelo link: https://pt.surveymonkey.com/r/ R66CNXY


INOVAÇÃO 5

17 A 24 DE FEVEREIRO/2022

Máquina extrai 10 litros Bateria à prova d'água, de água potável por dia elástica e ultrafina é criada por cientistas do ar Inovação pode garantir acesso à água de qualidade, mesmo em locais sem saneamento básico ©KARA PURE

Beber água é muito importante p ar a m ant e r n o s s o c or p o funcionando bem — são inúmeros os benefícios de se manter a hidratação em dia. In f e l i z m e nt e , a á g u a q u e bebemos pode estar contaminada por agrotóxicos ou até mesmo microplásticos, presentes em mais de 90% das águas engarrafadas do mundo. Mas, uma máquina criada pelo designer Cody Soodeen pode fornecer água de excelente qualidade com uma grande inovação. A Kara Pure não precisa de uma torneira — ela simplesmente extrai a água do ar! Soodeen conta que cresceu em uma cidade onde a água potável estava contaminada por uma

cepa de bactérias, afetando a saúde da sua família e comunidade. Fio então que ele decidiu encontrar uma solução para este grave problema. A solução projetada foi a Kara Pure, uma máquina que extrai água da umidade atmosférica e a conver te em água p otável alcalina rica em minerais que hidrata e limpa as toxinas do corpo. Em um dia a máquina pode oferecer até 10 litros de água potável de excelente qualidade, enriquecida com sete minerais naturais e seu pH de mais de 9,2. Além de fornecer água, a Kara Pure também ajuda a desumidi car e puri car o ar, servindo a vários propósitos ao mesmo tempo.

Soodeen explica que outros aparelhos que captam água do ar u s am re f r i ge r a d ore s p ar a condensar a umidade atmosférica e converter vapor em gotículas de água, um processo que consome muita energia, é barulhento e prejudicial ao meio ambiente. Kara Pure usa uma substância semelhante a uma rocha vulcânica ou gel de sílica. O ar passa por esta substância que extrai a água e depois a armazena em um tanque. A água passa então por um sistema de puri cação de várias etapas onde é esterilizada com luz ultravioleta e mineralizada. Depois passa por um ionizador que alcaliniza a água e por um ltro que remove quaisquer impurezas nais. Depois deste pro cess o a águ a p o de s er consumida. A máquina pode ser especialmente importante em locais sem acesso à água potável. Como o aparelho não depende de águas subterrâneas ele pode funcionar em quase qualquer lugar do mundo. A única manutenção necessária é a troca anual do ltro.

AJUFE

Designer cria bicicleta com madeira de barril usado Já tendo criado uma bicicleta de bambu, ele imaginou como seria usar as tábuas encurvadas para fazer um inusitado modelo de bike ©LANCE RAKE

Em uma viagem à Califórnia, nos E s t a d o s Un i d o s , c h a m o u atenção do design industrial Lance Rake um banco feito de aduelas de barris de vinho. Aduela é o nome que se dá para as tiras de madeira usadas na fabricação de barris e tonéis. Já tendo criado uma bicicleta de bambu, ele imaginou como seria usar as tábuas encurvadas para fazer um inusitado modelo de bike. Daí surgiu a ideia de criar a Cooper Bicycle. A Califórnia possui muitas vinícolas e, como gosta de trabalhar com materiais locais, o designer passou em uma loja para conseguir um barril de vinho usado e tirar seu projeto do papel. A Cooper Bicycle possui um quadro de bicicleta

feito com as aduelas e peças de metal. O modelo é equipado com f r e i o c o nt r a p e d a l , q u e é acionado quando se pedala para trás. Além disso, foi mantida a aparência do carbonizado do barril com suas manchas de vinho — o que garante ainda mais autenticidade para a peça. Outro ponto interessante é que

Lance Rake projetou a bicicleta em forma de kit. Desta forma, caso o modelo seja comercializado, a bike pode ser facilmente montada pelo cliente. O profissional, que ensina seu ofício na Universidade do Kansas, nos EUA, afirma que já foi abordado por vinícolas e destilarias. Ele prevê que sua

Tecnologia pode ser especialmente interessante para o setor de eletrônicos “vestíveis” ©UBC

Uma nova bateria promete sacudir o mercado das chamadas tecnologias vestíveis. Criada por pesquisadores da Universidade da Colúmbia Britânica (UBC), uma universidade pública no Canadá, a bateria pode ser torcida, esticada e até molhada: nada disso atrapalha seu funcionamento. Mesmo já existindo baterias elásticas, este novo produto é tão extensível que pode ser esticado em até duas vezes o seu comprimento normal. Além disso, acredita-se que esta possa ser a primeira do tipo no mundo que una também a característica de ser à prova d'água. “Eletrônicos vestíveis são um grande mercado e baterias extensíveis são essenciais para o seu desenvolvimento”, diz Ngoc Tan Nguyen, pós-doutorando na Faculdade de Ciências Aplicadas da UBC. “No entanto, até agora, as baterias extensíveis não eram 'laváveis'. Esta é uma adição crítica se eles quiserem suportar as demandas do uso diário”. Ngoc Tan Nguyen e sua equipe são responsáveis pelo desenvolvimento da bateria à prova d'água. Durante o experimento, a equipe optou por mudar o processo de criar um invólucro rígido de bateria — como é feito tradicionalmente. Ao invés disso, triturou os compostos — zinco e dióxido de manganês — em pequenos pedaços e incorporando-os em plástico de borracha. Tornando-o esticável. A bateria então é composta por várias camadas ultra nas desses

polímeros envoltas em um invólucro do mesmo polímero. Desta forma, foi criada uma vedação hermética e à prova d'água que garante a integridade da bateria. A estudante de doutorado Bahar Iranpour sugeriu jogar a bateria na máquina de lavar para testar sua vedação. Até agora, a bateria resistiu a 39 ciclos de lavagem e a equipe espera melhorar ainda mais sua durabilidade à medida que cont inua des envolvendo a tecnologia. “Colocamos nossos protótipos em um ciclo de lavanderia real em máquinas de lavar domésticas e comerciais. Eles saíram intactos e funcionais e é assim que sabemos que esta bateria é realmente resiliente”, a rma Bahar. A escolha por zinco e dióxido de manganês, segundo Nguyen, principal autor do estudo, também representa uma vantagem, pois são mais seguros para serem usados próximos à pele. Isso comparado às baterias de íons de lítio, que podem produzir compostos tóxicos quando quebram. Termo oriundo do inglês “wearable”, a tecnologia vestível abrange uma série de acessórios eletrônicos com múltiplas funções. É o caso de relógios e pu ls e i r as , qu e mon itor am batimentos cardíacos ou a quantidade de passos percorridos ao longo de um dia, por exemplo. Mais comum no setor e s p o r t i v o, a s t e c n o l o g i a s vestíveis ainda estão longe de

serem populares, o que não impede seu crescimento. A consultoria IDC Brasil apontou que já no primeiro trimestre de 2021 aumentaram as vendas dos dispositivos vestíveis em comparação ao mesmo período do ano anterior. A maior preocupação com a saúde e a boa forma, em meio à pandemia, são responsáveis por este aumento. Isso porque mais pessoas passaram a comprar eletrônicos para controlar a frequência cardíaca e medir a temperatura, segundo a análise da IDC. No caso da bateria à prova d'água, os pesquisadores acreditam que, quando a nova bateria estiver pronta para os consumidores, poderá custar o mesmo que uma bateria recarregável comum. “Os materiais usados são incrivelmente baratos, então se isso for feito em grande número, será barato”, diz o professor de engenharia elétrica e de computação Dr. John Madden, diretor do L ab oratório de Engenharia de Processos e Materiais Avançados da UBC, que supervisionou o trabalho. Além de relógios e adesivos para medir sinais vitais, a bateria também pode ser integrada a roup as que p o dem mud ar ativamente de cor ou temperatura. “Dispositivos vestíveis precisam de energia. Ao criar uma célula que é macia, elástica e lavável, estamos tornando a energia vestível confortável e conveniente”, conclui.

bicicleta possa ser usada durante p a s s e i o s e m t a i s estabelecimentos, por exemplo. Este modelo, recentemente, ainda foi atualizado e ganhou uma versão elétrica com bateria. “O resultado é um cavalo de

batalha, poderoso, mas confortável e fácil de pilotar. A ebike mudou o mundo do ciclismo. Materiais que nunca poderiam ser usados porque eram muito pesados — especialmente materiais naturais

como carvalho e couro — agora podem melhorar a experiência geral do usuário e tornar o andar de bicicleta tão divertido quanto quando você era criança”, afirma Rake.


6 TECNOLOGIA

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carro elétrico feito no Brasil deve custar R$ 93 mil e ser o mais barato do País ©DIVULGAÇÃO

Compacto, nacional e com três rodas, o Wee pretende se tornar o mais barato carro elétrico à venda no Brasil. O cargo que hoje está com o JAC E-JS1, a R$ 165 mil. Com cara de carro mas formato de triciclo invertido, o plano é vendê-lo a R$ 93 mil (ainda que o valor inicial previsto atualmente é entre R$ 95 mil e R$ 100 mil). É um ultracompacto capaz de levar até dois passageiros. A ideia é que seja exclusivo para aplicativos ou

para locação, servindo como uma das soluções para o caos urbano dos grandes centros. “Não temos mais como fugir disso. Nosso planeta está nos cobrando atitudes ambientais sadias. Precisamos fazer alguma coisa e o Wee é uma ferramenta essencial para que essa evolução d e p e n s am e nt o ambi e nt a l correto ocorra”, explicou Carlos Motta, CEO da Kers. A Kers é uma startup paranaense e o wee será seu

©CC BY-SA 3.0/SOYLENTGREEN

ARCHER , que é capaz de simular as extremas condições do magma em temperaturas de até 1.600ºC e pressão 250 mil vezes maior que a da Terra. "Nós qu e r í a m o s d e t e r m i n a r a s propriedades dos magmas hidratados para recriar seu comportamento, como eles fluem e para onde vão depois de se formarem no manto profundo, para fornecer uma visão mais precisa do ciclo da água nas profundezas da Terra, que está intimamente ligado à

©DIVULGAÇÃO/UNESP

primeiro veículo. Segundo ele, a empresa foi criada para encontrar soluções ambientais sustentáveis e o carro elétrico é um produto que “está deixando de ser um sonho para se tornar uma realidade em breve”. “O Wee é um projeto que nasceu há pelo menos 15 anos, já na busca por uma solução ambiental sustentável para o planeta”, diz Motta.

Nova tecnologia revela intrigantes detalhes sobre misterioso magma terrestre

A pesquisa publicada na revista científica Earth and Planetary Science Letters descobriu que o misterioso magma que está no manto terrestre, camada logo abaixo da crosta, é mais f lutuante e f luido do que apontavam outros estudos até então. "Embora o conhecimento anterior seja limitado, acreditava-se que essas rochas fundidas ricas em água, chamadas de magma hidratado, seriam mais densas do que a rocha sólida acima delas, e assim formariam vastas piscinas de magma em profundidades próximas a 400 km", explicou o pesquisador da Universidade de Bristol, no Reino Unido, e um dos autores do projeto, James Drewitt. Para realizar os testes, os cientistas utilizaram o supercomputador britânico

Pesquisadores brasileiros criam lâmpada inteligente que esteriliza ambientes automaticamente

h a bit a bi l i d a d e d a Te r r a " , explicou Drewitt. C o m a a j u d a d o s up e rc omput a d or, o s pesquisadores conseguiram f a z e r mo d el o s d o m ag m a hidratado em escalas atômicas e entender que, por ser mais fluido e flutuante, ele é capaz de subir pelo manto em direção à s u p e r f í c i e d a Te r r a . " Ao incorporar essas descobertas em modelos de circulação do manto global, descobrimos que, em escalas de tempo geológicas, a água presente em magmas hidratados foi transportada do manto inferior e médio para o manto superior, resultando em uma massa de água semelhante a encontrada em todos os oceanos da Terra combinados e distribuídos uniformemente por todo o manto da Terra nos d i a s d e h oj e " , c omp l e t ou Drewitt.

Pesquisadores da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp) criaram uma inovadora lâmpada que esteriliza ambientes de forma automática! Em tempos de covid, a tecnologia poderá ser uma mão na roda para higienizar objetos e ambientes inteiros. A nossa saúde agradece. A equipe de pesquisa, com base em Ilha Solteira (SP), batizou o invento de Lâmpada Esterilizadora Automát ica. E la us a raios ultravioleta tipo C (UV-C) para matar qualquer tipo de microrganismo, inclusive o i n d e s e j á v e l S a r s - C o V- 2 , causador da covid-19. De acordo com os pesquisadores, a radiação UV-C causa “danos irreparáveis ao material genético existente em todas as formas de vida”. Os raios emitidos pela lâmpada são capazes de romper ligações timina-timina contidas no DNA e RNA de fungos, bactérias e vírus. Esses mesmos raios são emitidos pelo Sol, mas felizmente nossa camada de ozônio os lt ra antes que cheguem à superfície. Há décadas, somos capazes de produzir arti cialmente a UV-C com o objetivo de esterilizar objetos e ambientes, desde as salas de cirurgia a ambientes sensíveis à contaminação. Essa e ciência antisséptica motivou os engenheiros eletricistas da Unesp a desenvolverem um sistema baseado em UV-C seguro e prático para utilização em lugares diversos. “A re exão que zemos foi: como nós, da universidade, p o d e m o s c o nt r i b u i r p a r a mitigar não s ó ess a como também as próximas pandemias?”, explicou Edvaldo Assunção, professor adjunto do

Departamento de Engenharia Elétrica da Unesp em Ilha Solteira e orientador do projeto. “Por isso, desenvolvemos uma lâmpada de funcionamento automático que pode diminuir a circulação e, portanto, disseminação de vírus e outros microrganismos. É um equipamento que não deixa rastros de contaminação”. A Lâmpada Esterilizadora Automática foi patenteada pelos pesquisadores e já pode ser comercializada por empresas terceiras. Logo, é apenas questão de tempo até que o produto esteja disponível para o público! Como os seres humanos, os animais e as plantas também são sensíveis à radiação UV-C, os pesquisadores pensaram em um sistema com s ens ores que captam quando há algo ou alguém no recinto — desde animais de estimação à pessoas. Assim, o sistema elétrico só entra em funcionamento quando todos estão fora do ambiente. “Ut i l i z am o s s i s t e m a s d e inteligência arti cial envolvendo machine learning e deep learning para detectar esses elementos e garantir a segurança

de todos”, a rmou Ricardo Taoni Xavier, doutor em engenharia elétrica pela Unesp e idealizador do projeto. R i c a rd o re s s a l t o u q u e a esterilização leva apenas alguns segundos para ser feita, ou seja, a lâmpada só é ativada ocasionalmente. Nesse meio tempo, caso o ambiente seja acessado por alguém, as lâmpadas são automaticamente apagadas. “Nossa linguagem de programação garante que essa interrupção seja tão rápida que a pessoa não passe nem milésimos de segundo exposta à luz quando a p o r t a a b r e ”, d i s s e o pesquisador. Por m, ele observou que apesar do contato direto com a lu z U V- C s e r pre ju d i c i a l, observá-la através de vidros não é perigoso. “Se você passar perto de uma janela onde algo está sendo esterilizado por UV-C, não há risco algum”. “Nós esperamos que, com o amplo uso dessa tecnologia, possamos assegurar que eventos como uma pandemia possam ser p re v e n i d o s c o m r ap i d e z”, concluiu.


CIÊNCIA 7

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Astrônomos descobrem Cientistas teorizam novo modelo de estrela que existem dois formado por um tipo raro estados de água líquida de fusão A forma da água: pode haver dois tipos de H O líquida, mais e menos densa

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Água não é tudo igual. De acordo com cientistas, não há apenas uma, mas sim duas formas de água líquida. É uma teoria que vem sendo estudada há décadas, mas que acaba de ganhar mais evidências. Novos experimentos, p e l a pr i m e i r a ve z , te r i am obser vado diretamente a transformação de um estado p a r a o u t r o, e v i c e - v e r s a , acontecer. Não foi utilizada água pura, mas sim soluções viscosas com o açúcar trealose, a baixíssimas temperaturas. Há 30 anos, uma equipe de pesquisadores da Universidade de Boston (EUA) foi quem primeiro sugeriu a existência de duas formas de água líquida, com densidades diferentes. Elas podem existir simultaneamente e também se converter uma na outra, desde que sob in uência de mudanças de pressão e bem abaixo do ponto de congelamento normal da água. Uma suposição chocante para a época. Desde então, cientistas procuram por esta suposta transição entre líquido e líquido. Aos poucos, foram se acumulando evidências que comprovavam a teoria. Líquidos são substâncias desordenadas — então não é óbvio que consigam suportar estruturas com diferentes densidades. Transições de fase já foram relatadas em materiais como silicone, gálio, fósforo e silicatos. Mas encontrar isso em água, uida, é notadamente desa ador. Um probl e ma - chave é conseguir analisar estados superfrios sem deixar as amostras congelarem. Uma das

maneiras é transformar o líquido em uma emulsão, dispersando-o em pequenas gotículas, nas quais a chance de formar cristais de gelo é menor. A trealose é um crioprotetor natural, produzido por alguns animais, como insetos, para evitar que seu sangue congele no f r i o e x t r e m o. No e s t u d o, soluções de água com baixa concentração de trealose foram emulsi cadas e pressurizadas, a temperaturas abaixo de 159K (1 1 5 ° C ) , e d e p o i s descompactadas novamente. Neste processo, o cientista j ap onê s Yo sh i har u Su z u k i o b s e r v ou u m au m e nt o d a densidade, enquanto a pressão era aumentada; e uma diminuição de densidade na descompressão. Estas mudanças aconteceram com a solução ainda viscosa, e não vitri cada. Para Suzuki, foi uma mudança de forma do líquido. Para outros cientistas, porém, a trealose, mesmo em concentrações relativamente baixas, pode ter alterado a

estrutura das ligações de hidrogênio da água. Entender como soluções superfrias se comportam pode ter implicações para a biologia, explicando por que os animais usam a trealose como anticongelante, e até para a criopreservação humana — para manter corpos "congelados", é preciso evitar cristais de gelo, que podem causar danos aos danos aos tecidos biológicos. Uma melhor compreensão do comportamento da água em d i fe re nt e s t e mp e r atu r a s e pressões também pode ser útil e m u ma apl i c a ç ã o pr át i c a bastante necessária: no desenvolvimento de novas técnicas para puri car e dessalinizar a água do mar. Também pode contribuir para a astrofísica, pois estados ricos em água de diferentes densidades podem existir nas atmosferas de outros planetas, principalmente os gigantes gasosos, como Júpiter e Saturno. Na Terra, água super-resfriada é encontrada naturalmente na maioria das nuvens, e pode se converter em gelo quase imediatamente. As descobertas do estudo, publicado na última semana na revista Proceedings (PNAS), ainda não são prova de nitiva de uma transição líquido-líquido em água, mas aumentam signi cativamente o crescente corpo de evidências para a hipótese.

PRECISÃO

Contabilidade (27) 3228-4068

Nasa anuncia duas missões para conhecer melhor o Sol FERNANDO FRAZÃO/AGÊNCIA BRASIL

BOB BEHNKEN

A Nasa, agência espacial norte-

americana, selecionou duas

missões cientí cas para estudar

Uma equipe de astrônomos alemães descobriu um novo modelo de estrela coberto pelo subproduto da queima de hélio, que teria sido formado por um raro tipo de fusão. Os resultados do estudo, que foi liderado pelo professor Klaus Werner, da Universidade de Tübingen, foram publicados no periódico Monthly Notices of the Royal Astronomical Society. Enquanto estrelas conhecidas têm superfícies compostas de hidrogênio e hélio, as descobertas por Werner e sua equipe têm suas superfícies cobertas de carbono e oxigênio, provenientes das cinzas da queima de hélio — uma composição bem exótica para uma estrela. A situação se torna mais intrigante à medida que as novas estrelas têm temperaturas e raios que indicam que ainda estão qu e i m and o hél i o e m s e u s núcleos — uma propriedade tipicamente vista em tipos mais evoluídos do que os observados p elos p es quis adores dess e

a dinâmica do Sol, a conexão da Terra com sua estrela e o ambiente espacial em constante mudança. As m i s s õ e s Mu l t i - s l i t S o l a r Explorer (Muse) e HelioSwarm vão fornecer visão mais profunda do universo e dar informações cruciais para ajudar a proteger astronautas, satélites e sinais de comunicação como o GPS. S e g u n d o  om a s Z u r b u c h e n , d a Na s a , a s missões fornecerão “perspectiva única” sobre os “mistérios” do Sol. O anúncio é feito um dia depois de a empresa SpaceX ter revelado que 40 satélites da sua rede Starlink, que iam se juntar a uma "constelação" de dois mil satélites de internet de banda larga, sofreram impacto devido a tempestade geomagnética, que ocorre quando os ventos solares penetram no ambiente espacial ao redor da Terra. A missão Muse ajudará os cientistas a entenderem as forças que impulsionam o aquecimento da superfície solar e as erupções que são a

estudo. Um outro artigo, publicado por um grupo de astrônomos da Universidade de La Plata e do Instituto Max Planck de Astrofísica, apresenta uma possível explicação para sua formação. “Acreditamos que as estrelas descobertas por nossos colegas alemães podem ter se formado em um tipo muito raro de evento de fusão estelar entre duas anãs brancas”, diz Miller B ertolami, do Instituto de Astrofísica de La Plata, principal autor do segundo estudo. Anãs brancas são os remanescentes de estrelas maiores que esgotaram seu combustível nuclear, sendo tipicamente muito pequenas e densas. Fusões estelares normalmente acontecem entre anãs brancas em sistemas binários próximos devido ao encolhimento da órbita causado pela emissão de ondas gravitacionais. “Geralmente, as fusões de anãs brancas não levam à formação de estrelas enriquecidas em carbono e oxigênio”, explica

Miller B ertolami. “Mas acreditamos que, para sistemas binários formados com massas muito especí cas, uma anã branca rica em carb ono e oxigênio pode ser interrompida e acabar em cima de uma rica em hélio, levando à formação desses astros”. No entanto, nenhum modelo evolutivo estelar atual é capaz de explicar completamente as estrelas recém-descobertas. A equipe precisa de modelos re nados para avaliar se essas fusões podem realmente acontecer. Tais modelos poderiam não ap e n a s aj u d a r a e q u i p e a entender melhor esses corpos estelares, mas também fornecer uma visão mais profunda sobre a evolução tardia dos sistemas binários e como suas estrelas trocam massa à medida que evoluem. At é q u e o s a s t r ô n o m o s desenvolvam modelos mais re nados para a evolução das estrelas binárias, a origem dos tipos cobertos de hélio continuará em debate. “Normalmente, esperamos que ©CÉSAR MANSO/AFP estrelas com essas composições super ciais já tenham terminado a queima de hélio em seus núcleos e estejam a caminho de se tornarem anãs brancas. Essas novas estrelas são um d e s a o s e ve ro p ar a n o ss a c ompre e ns ã o d a e volu ç ã o estelar”, explica Werner.

©NASA

base do clima espacial, explicou a agência. Graças a essa missão, s e r á p o s s í v e l o b s e r v ar a radiação ultravioleta extrema do Sol e obter "imagens com a maior resolução já capturada na região de transição solar e da superfície”. O objetivo principal do estudo é investigar causas do aquecimento, instabilidade da superfície e obter informações sobre propriedades básicas do plasma que cobre to da a superfície do Sol. Ao mesmo tempo, a missão HelioSwarm registrará as primeiras me diçõ es mu lt ies c a l a no espaço, das utuações no campo magnético e

movimento do vento solar conhecido como turbulência. Estudar a turbulência do vento solar em grandes áreas requer medições feitas simultaneamente de diferentes pontos no espaço e, por isso, o HelioSwarm consistirá numa nave espacial central e oito pequenos satélites em órbita sincronizada. "A inovação técnica dos pequenos satélites do HelioSwarm, que vão operar juntos como uma constelação, oferece oportunidade única para investigar a turbulência e a evolução do vento solar", realçou Peg Luce, vice-diretor da Divisão de Heliofísica da Nasa.


8 BEM-ESTAR

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Comidas que aumentam a imunidade

GABRIELA MESSNER ARESI OLIVEIRA Nutricionista - CRN:14100665

©UNSPLASH/PERSONARE

O aumento da imunidade pode contar com variantes, porém existem alimentos que podem ajudar a fortalecê-la Como nos alimentamos é um fator essencial para a saúde, por i s s o e x i s te m c om i d a s qu e aumentam a imunidade. A ingestão de alimentos bené cos p o d e for t a l e c e r o s i ste m a imunológico e nos ajudar a manter a saúde e o corpo em dia. É possível que algumas dessas comidas consigam aumentar a resposta imunológica do organismo em casos de gripe, resfriado e até da covid-19. É importante lembrar que, embora possam funcionar, a ingestão desses alimentos não substituem nenhuma vacina. As vacinas são essenciais para a saúde geral e ajudam a proteger não só um indivíduo, como toda uma população, de doenças perigosas. Porém, de vacina tomada, nada nos impede de querer fortalecer a imunidade. Micronutrientes como a vitamina C e o zinco podem exercer essa função no organismo, mas o exagero na ingestão desses componentes não vai fazer grande diferença. Uma combinação de nutrientes em uma dieta balanceada é a resposta para o fortalecimento da imunidade do jeito correto. As comidas que aumentam a imunidade vão de vegetais a temp eros e até chás. Uma pesquisa realizada em 2017 comprovou que a ingestão de dez porções de frutas e vegetais por dia reduz os riscos de ataques cardíacos, AVCs e alguns casos de câncer. Frutas cítricas — A vitamina C é um agente ativo no fortalecimento da imunidade. Ela é muitas vezes usada como medicação em casos de resfriados e gripes. Seu consumo pode aumentar a produção de glóbulos brancos no organismo — agentes essenciais para a liberação de anticorpos. O corpo não produz nem armazena essa vitamina, portanto seu consumo

Panqueca de carne moída ©GUIA DA COZINHA

d i á r i o é r e c o m e n d a d o. É estimado que mulheres consumam por volta de 75 mg e homens 90 mg. Frutas ricas em vitamina C são laranjas, limões e mexericas. Brócolis — Além de ser rico em vitamina C, o brócolis também contém as vitaminas A e E, bras e antioxidantes. Os antioxidantes são responsáveis pela proteção das células sadias do organismo. Alho — O alho é rico em alicina, uma substância que consegue afastar agentes causadores de doenças como vírus e bactérias. Além disso, os seus efeitos estão relacionados a diminuição da pressão arterial, colesterol e do nível de açúcar no sangue. O alho também já foi ligado a prevenção de doenças cardíacas e alguns tipos de câncer. Gengibre — O gengibre é um alimento com propriedades antiin amatórias e que pode ajudar em casos de infecções. Pro s s i on ai s d a m e d i c i n a tradicional chinesa acreditam que a raiz possa ser usada no tratamento de gripes e resfriados, aquecendo o corpo de forma segura. Ele também pode tratar dores de garganta e tem agentes descongestionantes. Açafrão — O açafrão é uma especiaria muito usada por ter a ç õ e s ant i - i n amatór i as e também pode ajudar a regular e manter o sistema imunológico. Chá verde — Por ser rico em

epigalocatequina-galato, um antioxidante que impulsiona a resposta imunológica, o chá verde também pode ser usado para fortalecer a imunidade. Foi comprovado que ele também pode ajudar na prevenção de in amações e na produção do aminoácido L-teanina, que ajuda o organismo a produzir compostos que combatem os germes. Nozes — As nozes, castanhas e amendoins são ricos em zinco. A falta de zinco foi relacionada com a prevalência da pneumonia e suscetibilidade para contrair a condição. Pastilhas de zinco podem ser usadas nos sintomas iniciais de gripes e resfriados para impulsionar o sistema imunológico. As comidas que aumentam a imunidade podem auxiliar na prevenção de doenças, porém, é necessário levar em consideração a quantidade desses alimentos. Para que eles possam atuar no sistema imunológico, é necessário um aumento substancial no seu consumo. Também é importante levar em conta que apenas um nutriente não vai conseguir trabalhar sozinho na proteção do organismo. A combinação de nutrientes e vitaminas agem juntos para fortalecer a imunidade.

E

sta receita de panqueca de carne moída simples é muito fácil de fazer e ca pronta em apenas uma hora. Então, que tal preparar uma panqueca deliciosa para uma refeição prática e nutritiva? Além disso, estamos falando de um prato que é uma ótima fonte de proteína, uma vez que a panqueca é recheada com a carne moída. O melhor: você pode fazer essa delícia tanto para o almoço quanto para o jantar, já que a massa cai bem em qualquer hora. Con ra o modo de preparo, faça em casa hoje mesmo e prepare-se para os elogios que virão! Ingredientes 2 e ½ xícaras (chá) de leite 1 e ½ xícara (chá) de farinha de trigo 2 ovos Sal a gosto Manteiga para untar ½ xícara (chá) de creme de leite 2 xícaras (chá) de molho de tomate ½ xícara (chá) de queijo parmesão ralado Folhas de manjericão para decorar Recheio 3 colheres (sopa) de óleo 1 cebola picada

Cinco dicas infalíveis para acabar com a tristeza em dias frios Você pode até falar que é um verdadeiro amante do frio, mas uma coisa é certa: a chegada do inverno ou de dias mais gelados normalmente vem acompanhada de alguns sentimentos nem tão legais. Principalmente para quem lida com transtornos psicológicos, como a depressão, ter de enfrentar o clima frio pode ser complicado.

O sol se torna menos frequente, os dias são mais cinzentos e passar mais tempo dentro de casa vira algo corriqueiro. Por isso, separamos cinco dicas para você mandar a tristeza embora e conseguir desfrutar 2022 na maior paz possível. 1. Um passo de cada vez Uma estratégia importante

para manter a saúde mental em dia no inverno é não tentar dar saltos muito grandes na vida de uma vez só. Qualquer coisa muito brusca que acarrete uma mudança muito grande no estilo de vida pode acabar deixando um sentimento ruim — por isso resoluções de Ano-Novo quase nunca dão certo. Então, experimente ir devagar.

Saia para passear de vez em quando, ligue para um amigo próximo para conversar ou tente largar o pijama um dia ou outro. Aos poucos, isso o deixará mais bem-humorado. 2. Boas noites de sono Quando o assunto é mandar a tristeza embora, não há remédio mais e ciente do que ter uma boa noite de sono. Pessoas que não cons eguem dor mir direito tendem a car mais estressadas e ter menos energia para encarar os desa os do dia a dia. Inclusive, isso pode fazer que os sintomas de ansiedade e depressão se intensi quem. Se você deseja ter um cérebro funcionando a plena capacidade, é importante priorizar o descanso. Em média, recomenda-se que um indivíduo adulto tenha pelo menos 7 horas de descanso durante a noite. E nada de sono parcelado! O ideal é dormir ininterruptamente para se recuperar completamente.

2 dentes de alho picados 1 tomate picado 3 xícaras (chá) de carne moída 2 ovos cozidos picados 3 colheres (sopa) de azeitona verde picada Sal, pimenta-do-reino e salsa picada a gosto Modo de preparo Para o recheio, aqueça o óleo em uma panela, em fogo médio, e refogue a cebola e o alho por três minutos. Junte o tomate e refogue por dois minutos. Adicione a carne e refogue por cinco minutos ou até secar a água. Acrescente a azeitona, os ovos e tempere com sal, pimenta e s a l s a . D e i xe e s f r i ar. No liquidi cador, bata o leite, os

ovos, a farinha e sal até homogeneizar. Despeje uma concha pequena da massa em uma frigideira antiaderente untada, em fogo médio, gire para espalhar e frite até dourar dos dois lados. Repita o procedimento com a massa restante. Divida o recheio entre as massas e enrole como rocamboles. Arrume as panquecas em um refratário médio e cubra com o molho de tomate misturado com o creme de leite e sal. Polvilhe com o parmesão e leve ao forno médio, preaquecido, por 10 minutos ou até gratinar. Retire e sir va decorado com manjericão. Rendimento: 5 porções Fonte: Terra

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3. Interação com as pessoas ao redor O ser humano é um ser social. Por esse motivo, durante os momentos mais difíceis, manter contato com pessoas que importam é algo extremamente bené co para o humor. Além disso, participar de atividades que ajudem a comunidade e pessoas necessitadas podem fazer muito bem. Em tempos de crise, estarmos conectado com as pessoas ao redor faz que nos sintamos acolhidos pelo mundo, diminuindo a tristeza e compartilhando as alegrias. Se for para car triste, ao menos podemos car tristes juntos, não é mesmo? 4. Rotina de exercícios Se dormir bem faz parte de como nos sentimos, largar a vida sedentária é a melhor forma de recarregar as baterias da cabeça. E o que isso quer dizer? Pessoas que mantêm uma rotina de exercícios tendem a se sentir

menos ansiosas ou depressivas, uma vez que a atividade aumenta a produção de serotonina e outros químicos relacionados à felicidade. C onsidera-se uma rotina completa realizar exercícios aeróbicos por 40 minutos pelo menos quatro vezes por semana. Academia e outros exercícios de alta intensidade também são ótimos para o corpo e para a mente. 5. Tempo para se divertir Não se cobre tanto o tempo todo. Reservar uma parte da semana para realizar atividades divertidas e que tragam boas sensações também pode ser algo bastante proveitoso. A nal, todo mundo merece um descanso e uma brecha para aproveitar as coisas boas da vida. Encontrar momentos bons e com signi cado pode auxiliar a deixar a procrastinação de lado no futuro e a viver a vida de uma forma mais leve. Assim, a tristeza não terá mais chances.


SAÚDE 9

17 A 24 DE FEVEREIRO/2022

Uma em cada dez crianças Vitamina B9: ingestão de de até cinco anos está acima folato pelos brasileiros do peso no Brasil é insuficiente Mais da metade das mães biológicas também estão em sobrepeso, o que preocupa cientistas de pesquisa liderada pela UFRJ ©AVITALCHN/PIXABAY

Uma em cada dez crianças brasileiras de até cinco anos tem excesso de peso. A condição prejudica o crescimento e o desenvolvimento infantil e pode gerar doenças crônicas graves ao longo da vida, como problemas cardiovasculares, diabetes, hipertensão e até câncer. O excesso de peso também foi registrado em mais da metade das mães biológicas com lhos nessa faixa etária: 58,5%. Os dados inéditos são do Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil (Enani-2019). “Chamamos de excesso de peso a combinação de sobrepeso e obesidade. Entre as crianças brasileiras menores de cinco anos, 7% apresentam sobrepeso e 3%, obesidade. Entre as mães biológicas de lhos nessa faixa etária, o sobrepeso aparece em 32,2% dos casos e a obesidade em 26,3%”, explica o coordenador do Enani-2019, Gilber to Kac, professor titular do Instituto de Nut r i ç ã o Jo s u é d e C a s t ro

(INJC/UFRJ). Encomendada pelo Ministério da Saúde, a pesquisa avaliou 14.558 crianças e 12.155 mães biológicas em 12.524 domicílios brasileiros, em 123 municípios dos 26 estados e no Distrito Federal. O Enani-2019 mostra, também, que quase um quinto das crianças brasileiras de até cinco anos (18,6%) estão em uma faixa de risco de sobrepeso. “São crianças que precisam ser monitoradas de perto, porque a curva do ganho de peso para a idade já está superior ao recomendado pelo Ministério da Saúde e a Organização Mundial da Saúde (OMS). Nesse estágio, ainda é possível inter vir e melhorar o estado de saúde, evitando consequências de curto, médio e longo prazo”, complementa Kac. O coordenador do Enani-2019 ressalta que os resultados trazem evidências cientí cas atualizadas para a de nição de políticas públicas de saúde. “Até então, os

dados mais recentes sobre o estado nutricional antropométrico de mães e lhos de até cinco anos eram de 2006. De lá para cá, o cenário mudou bastante. A prevalência de excesso de peso em crianças nessa faixa etária aumentou de 6,6%, em 2006, para 10%, em 2019. Entre as mães, o aumento foi de 43% para 58,6% no mesmo período”, aponta Kac. Um dado surpreendeu os pesquisadores do Enani-2019: 7% das crianças brasileiras de até cinco anos apresentam baixa estatura para a idade. “A baixa altura para a idade mostra que essas crianças sofreram restrições que prejudicaram o seu crescimento e o seu desenvolvimento. Esse quadro pode ser decorrente de infecções recorrentes e está relacionado ao baixo consumo de nutrientes, p ossivelmente asso ciado à i n s e g u r a n ç a a l i m e nt a r. A prevalência do indicador diminui conforme a faixa etária das crianças aumenta, o que sugere que a situação vem se agravando nos últimos anos”, explica Kac. De acordo com o estudo, a prevalência de baixa altura para a idade é de 9% entre bebês de até 11 meses e de 10,2% entre os de 12 a 23 meses. A frequência do problema é menor em crianças que nasceram até 2016: 6,5% na faixa etária de dois a três anos, 5,8% entre três e quatro anos e 3,4% entre quatro e cinco anos.

Gordura corporal elevada em homens aumenta risco de osteoporose Uma pesquisa da Universidade de Me d i c i n a d e C h i c a go, n o s Estados Unidos, a rmou que homens com altos níveis de gordura possuem uma menor densidade óss e a e maiores chances de quebrar ossos, quadro conhecido como osteoporose. O estudo publicado no Journal of Clinical Endocrinology & Me t a b o l i s m d a E n d o c r i n e Society refuta a ideia disseminada por pro ssionais da saúde de que pessoas com maior índice de gordura cor p oral, consequentemente, possuem uma estrutura óssea mais forte. Durante a pesquisa foram analisados dados sobre a

densidade minera l óss e a e composição corporal de mais 10,8 mil pessoas com menos de 60 ©CREVIS/ SHUTTERSTOCK

anos. A partir da análise, foi possível constatar uma associação positiva entre a massa magra e a densidade óssea, enquanto a massa gorda fazia o papel contrário, principalmente em homens. “Descobrimos que a maior massa gorda estava relacionada à

menor densidade óssea, e essas tendências eram mais fortes nos homens do que nas mulheres”, explicou o pesquisador Rajesh K. Jain. “Nossa pesquisa sugere que o efeito do peso corporal depende da composição de massa magra e gorda de uma pessoa, e que o alto peso corporal por si só não é garantia contra a osteoporose”. “Os pro ssionais de saúde devem considerar a triagem de osteoporose para pacientes com alto peso corporal, especialmente se tiverem outros fatores de risco, como idade avançada, fratura anterior, histórico familiar ou uso de esteroides”, concluiu Jain.

O folato é encontrado em alimentos como feijões, vegetais verdes-escuros, frutas cítricas como a laranja ©ISTOCK

Uma pesquisa da Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP analisou a ingestão de folato (vitamina B9) pela população brasileira e concluiu que há uma de ciência no consumo alimentar desse nutriente. Baixos níveis de folato no organismo materno podem resultar em complicações tanto para a gestante como para o feto, como parto prematuro, baixo peso ao nascer e defeitos de fechamento do tubo neural, que c o m p r o m e t e m o desenvolvimento da coluna vertebral/medula espinhal e do cérebro da criança. O folato é encontrado em alimentos como feijões, vegetais verdes-escuros, frutas cítricas como a laranja, ovos, fígado, carnes, frutos do mar, entre outros. No Brasil, é realizada a forti cação mandatória (obrigatória) das farinhas de trigo e milho com ácido fólico, que é a forma sintética do folato. Assim, alimentos à base destas farinhas como pães, massas, b olos, pizzas, s anduiches, salgados, bolachas, biscoitos também são fontes desta vitamina. A p es quis a foi re a lizad a durante o projeto de pósdoutoramento da nutricionista Cecília Zanin Palchetti, que comparou a ingestão alimentar de folato pela população brasileira em 2008/09 e 2017/18. Segundo o trabalho, aumentou a porcentagem de pessoas que não at ing iram as ne cessidades diárias deste nutriente, estabelecidas de acordo com sexo e idade. Entre as mulheres

em idade reprodutiva, que são o público-alvo da forti cação de alimentos com ácido fólico, aproximadamente 30% em 2008/09 e 40% em 2017/18 não atingiram a recomendação de ingestão desta vitamina. A região Norte do Brasil foi a que apresentou maior porcentagem de pessoas que não atingiram a ingestão necessária de folato, tanto para os homens quanto para as mulheres, nos dois períodos do estudo. A pesquisa resultou no artigo Prevalence of inadequate intake of folate in the post-forti cation era: data from the Brazilian National Dietary Surveys 20082009 and 2017-2018, publicado no British Journal of Nutrition, e que foi considerado como “O Artigo Cientí co do Mês” (Paper of the Month of January 2022) pela e Nutrition Society. De acordo com a pesquisa, os grupos alimentares que mais contribuíram para a ingestão de folato no Brasil foram feijões, pães, massas e pizza, bolos e biscoitos, e bebidas não alcoólicas nos dois períodos estudados. Em ambos os períodos, os alimentos forti cados r e p r e s e n t a r a m aprox i m a d am e nte 4 0 % d a ingestão total do nutriente pela população brasileira, enquanto as fontes naturais representaram aproximadamente 60%, destacando-se o grupo dos feijões. “Sem dúvida, a forti cação mandatória de alimentos com ácido fólico contribuiu para aumentar a ingestão alimentar

desta vitamina não apenas nas mulheres em idade reprodutiva, como também na população em geral. Entretanto, é importante destacar que alguns dos alimentos à base de farinhas forti cadas com ácido fólico também possuem alto teor de gorduras e/ou açúcares em sua composição e, portanto, devem ser consumidos com m o d e r a ç ã o ”, a r m a a nutricionista e pesquisadora. De acordo com a pesquisadora, é preciso estimular o consumo de alimentos naturalmente fontes de folato, como o feijão, tradicionalmente utilizado na culinária brasileira. “Apesar de ser um dos alimentos mais consumidos pela nossa população, houve redução do consumo de feijões em 12,8% comparando os dados da Pe s qu is a d e O rç ame nto s Familiares (POF) 2017-2018 com os da (POF) 2008-2009”, diz a nutricionista. Os órgãos de Saúde recomendam que mulheres em idade fértil e que desejam e ng r av i d ar f a ç am suplementação com ácido fólico. Entretanto, muitas gestações não são planejadas. Desta forma, a forti cação de alimentos com ácido fólico é uma estratégia global para diminuir a o c or rê nc i a d e d e fe ito s d e fechamento do tubo neural. A pesquisa foi realizada sob supervisão da professora Dirce Marchioni, do Departamento de Nutrição da FSP, dentro do Programa de Pós-Graduação em Nutrição em Saúde Pública da FSP.


10 Criança hoje, Criança amanhã

17 A 24 DE FEVEREIRO/2022

ANA MARIA IENCARELLI Psicanalista Psicanalista Clínica, especializada no atendimento a Crianças e Adolescentes Presidente da ONG Vozes de Anjos http://www.anamariaiencarelli.blogspot.com

Precisamos falar sobre Moıs̈e e Henry — Parte II A cada barbaridade que surge, um parlamentar empunha uma nova lei se segue, muitas vezes duplicando o que já temos no ordenamento jurídico ©FERNANDO FRAZÃO/AGÊNCIA BRASIL

J

e x p l í c it a s q u a n d o v e m o s assassinatos como o de Moïse e de Henry, a formas Vicárias, praticadas, surdamente, por procuração. A Cultura da Violência vem sendo alimentada pela banalização, pela naturalização fortuita, mas,

tortura, nos dois casos, precede o momento da morte por tortura. Ou seja, tortura antes, tortura para matar. Até que ponto estamos compactuando com a tortura e as violências para exercer aquele momento d e “e s c o a m e n t o d o m a i s

primitivo”, sem sujar as mãos. Paradoxos são misturados, em coexistência inimaginável. Se é evidente a Xenofobia, sustentada pelo racismo estrutural, nas pauladas subanimais, é também evidente a Xeno lia, também sustentada pelo racismo estrutural de uma supremacia de estrangeiros que exibem traços característicos de branquitude. Sei que piso em terreno minado, mas acrescento ainda a “femininofobia”, ou misoginia estrutural. Parece haver um protopensamento de comparação escalonada em superior e inferior, que se move para os dois lados, o da repulsa e o da idolatria. Mulher é inferior, certas etnias são inferiores, homem é superior, estrangeiro de outras etnias também gozam dessa ctícia superioridade. O termo alienação parental, que o Brasil, único país que ainda tem uma lei sobre esse termo criado por um médico pedó lo, é um exemplo disso. Tornou-se um d o g ma ju r í d i c o, s e m qu e houvesse nenhuma comprovação cientí ca. Mas era um americano que estava falando, mesmo que ele se atribuísse títulos que não possuía, e que escrevesse a defesa da pedo lia intrafamiliar, como sendo bené ca para as Crianças, ninguém se interessou para ler o que ele escreveu. Outro exemplo é o da tese, também sem nenhuma comprovação cientí ca, conhecida como “psicoterapia das constelações familiares”. Usurpando um t í t u l o d e “p s i c o t e r a p i a”,

absolutamente fraudado e iníquo, porquanto seu inventor também não tinha nenhuma formação na área da Psicologia ou Psiquiatria, e por não

abuso do pai com o lho ou lha. Alienação parental dessa m ã e h i s t é r i c a o u esquizofrênica, as tarjas mais frequentes. As vozes do além são aceitas pela justiça. A voz da Criança, é interpretada como mentira ou fantasia, como se a Criança tivesse equipamento cognitivo para formular a descrição detalhada de um abuso sexual. E, se é mentira que a mãe implantou, como essa Criança, espontaneamente, sem pedido do examinador, desenha a cena do abuso, brinca com os bonecos, repetindo o mesmo que está em seu relato? Mas o dogma segue. O Conselho Nacional de Saúde emitiu a Recomendação Nº 003, neste 11/02/2022, onde escreve o banimento do termo alienação parental, suas derivações, e todos os termos sem comprovação cientí ca, convocando os Conselhos de

que domina sua mente, como se colocasse em risco sua sobrevivência. E, justamente, os mais frágeis é que permitem que experimente a garantia do prazer de uma vitória absoluta, da supremacia sobre o outro. Isto acontece nas situações de bullying, entre Crianças, ou quando um taco de baseball golpeia, repetidas vezes, uma p e s s o a , ou p e l o s s o c o s e pontapés contra uma Criança de menos de um metro de altura, ou com arma de fogo. A repetição do ato é uma característica comum em todas as formas dessa violência subanimal. Barbárie com Joanna, com Bernardo, com Isabella, com o menino e mais nove mulheres da família materna, incluindo a mãe na sua frente, da chacina de C a m p i n a s , c o m H e n r y. Barbárie com Daniela Perez. Barbárie com a vereadora

Medicina, de Psicologia e de Serviço Social, Conselhos que regem os exercícios dos pro ssionais que emitem laudos sobre os processos de Varas de Família. Urge fazer cumprir essa Recomendação, para que Crianças sejam salvas da tortura sexual a que são condenadas. A b arb ár ie s e a liment a, vorazmente, de preconceito, esse fantasma que desperta comportamentos muito primitivos, dos verbais aos mais rudimentares de aniquilamento físico, diante do que é sentido como um perigo mortal. A pessoa, alvo do preconceito, não existe na realidade. O agressor que se utiliza de barbarismo, está travando um combate mortal contra alguém que ele imagina ser, insuperavelmente, ameaçador. É imaginária a ideia

fuzilada à deformação de seu rosto e corpo. Barbárie com a Juíza morta por 16 facadas em frente a suas lhas. Barbárie com Moïse. Barbárie desquali car, verbalmente, Moïse. É paradoxal ter um chiste de não julgamento, e passar todo o tempo julgando. É paradoxal exigir que se tolere, in nitamente, a rígida intolerância. É paradoxal praticar “alienação' contra a mãe porque ela “alienou” o pai, alegação para fazer sumir a denúncia de abuso sexual intrafamiliar. É paradoxal defender e pregar a positividade radical, perdão, perdão, perdão, proibindo sentir a saudável raiva, e praticar um discurso de intolerância e ódio.

©JUSTICANEGRALUIZGAMA.BLOGSPOT.COM

também, por uma espécie de encantamento indizível. Espinhoso ponto, mas temos que falar sobre essa escalada de Violência de todos os tipos. Por cima da barbárie do e s p a n c a m e nt o d e Mo ï s e , assistimos um representante institucional a rmar que a culpa da morte foi da vítima, e aproveitar para desquali car o mor to. O f uzi l amento d a vereadora também teve esse capítulo de culpar a pessoa, barbaramente, assassinada. Vemos o depoimento de alguém negando o óbvio que, no mínimo, aponta para uma condição culposa no a s s a s s i n a t o d e H e n r y. Dependendo do olhar, a ciência de agressões, essa autorização transparente, que, acrescida da vulnerabilidade da Criança, pode ser vista como dolo. A

©DARIO OLIVEIRA/NURPHOTO/PA IMAGES/DIREITOS RESERVADOS

USTIÇA! É o grito de mães e de pais que choram sobre os corpos de seus lhos vítimas da barbárie. Justiça, justiça, justiça, vem em fumaça de pneus queimados para obstruir vias públicas, na esperança que a sociedade, impedida de circular, pare, e tome uma providência. Outras mães e outros pais ganham voz nas matérias jornalísticas pelo período do tempo midiático. O horror das atrocidades, as mais cruéis, exposição de vísceras sociais podres ou anômalas, gan ham uma v isibi lid ade intensa. Mas, ver exaustivamente, como é preceito midiático, não ajuda na c o m p r e e n s ã o d e comportamentos subanimais, porque não há possibilidade de compreensão. No entanto, em nome da Civilidade, esses comportamentos têm que ser banidos. É pontual o grito. Precisa se tornar uma linha contínua, um conjunto internalizado, uma Cultura da Não Violência, uma Cultura do Respeito ao Outro. Escrevemos leis belíssimas. Mas não aprendemos a obedecer ao básico acordo social de cumprilas. A cada barbaridade que surge, um parlamentar empunha uma nova lei se segue, muitas vezes duplicando o que já temos no ordenamento jurídico. Mas isso é arrumado para parecer novo, costume legislativo. Em lugar da urgente necessidade de se inaugurar uma Cultura do Respeito, temos a Cultura da Violência em diversas formas, das mais

cumprir, também, o mínimo dos Princípios exigidos pelos Conselhos Pro ssionais, igual a o i nve ntor d a a l i e n a ç ã o parental. Vozes do além são mais audíveis e críveis que as vozes das Crianças, nesta prática autorizada para uso irrestrito pelo Conselho Nacional de Justiça, e pelo Ministério da Saúde no SUS. Tudo pago pelo dinheiro público. “Constelador”, e “Consteladora” dão a solução para os crimes i n c e stu o s o s qu e o c or re m dentro de casa. Descobrem quem foi o antepassado, o “real” estuprador, de várias gerações passadas, que faz contato com e s t e “c o n s t e l a d o r ” o u “consteladora”, e tudo ca “resolvido”. Era a mãe histérica que não aceitou a prática de


COMPORTAMENTO 11

17 A 24 DE FEVEREIRO/2022

Dá para criar novos hábitos ou mudar a personalidade quando quiser? ©ISTOCK

A virada do ano sempre inspira promessas de alterações na rotina e hábitos. Agora que já estamos em fevereiro, seus propósitos já foram colocados em prática ou a lista virou mais uma em sua vida? Quem já tentou inserir uma tarefa nova no dia a dia, praticar uma atividade física, deixar de adoçar o café ou, até mesmo, modi car um pouco características da personalidade, como ser mais extrovertido, pode ter se perdido no caminho. Certamente, há os que a partir de uma decisão atingem o êxito e deixam para trás hábitos que não desejavam mais. Mas a transformação depende de ações que vão além do apenas querer, como muitos pensam. Buscar o autoconhecimento e planejar a ruptura de um padrão são caminhos possíveis para tornar sua versão de você mesmo melhor amanhã. Pa r a c o m e ç a r, é p r e c i s o compreender que o ambiente no qual as pessoas estão inseridas impacta o comportamento. Muitas encontram, ou desenvolvem, as condições ideais de maneira mais favorável.

não tomar mais refrigerante, o fato de morar em um local no qual não tenha fácil acesso à bebida será bené co. É diferente se na casa a geladeira estiver cheia do item", contextualiza Amanda Barroso de Lima, neuropsicóloga e coordenadora do curso de pósgraduação em neuropsicologia clínica comportamental no Instituto Brasiliense de Análise do Comportamento (Ibac). Querer não é su ciente para desenvolver uma nova característica. Vai muito além da força de vontade. "É preciso ter u m b o m n í v e l d e autoconhecimento e saber mexer no ambiente no qual se vive para que se torne mais provável agir de determinadas formas", explica Lima. Outro aspecto que leva a ações e comportamentos distintos é como isso afeta o entorno e o impacto que gera às pessoas. A neuropsicóloga esclarece que é possível mudar quase tudo no jeito de cada um, mas vai depender da maneira como isso i n u e n c i a e c om o re a ge m aqueles com os quais convive. "Decidir fazer algo pode até

"Quando existem circunstâncias propícias, dará menos trabalho adotar uma nova atitude. Para exempli car, se alguém decide

ajudar a organizar o que precisa ser feito, mas o comportamento tem a ver com o que muda à volta quando se age de determinada

maneira e como impacta os indivíduos". Não é provável interromper um hábito ou alcançá-lo de um dia para o outro. No entanto, não é impossível. "Demanda tempo, paciência e perseverança, mas alguns são capazes de alcançar essa conquista quando desejam assumir com seriedade a mud anç a de costumes. Os h ábit o s e s t ã o d i re t am e nt e relacionados a transformações", a rma Marcella Pinto Maia, psicóloga clínica e hospitalar no Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo (HSPE). É uma somatória de fatores. Além do meio no qual se vive, existe o estímulo para começar, a necessidade, como um novo emprego e as características biológ icas do indivíduo. Modi car, por exemplo, traços da p e rs on a l i d a d e — e st áve i s , centrais e que fazem parte da essência de uma pessoa e a de nem — exigirá mais recursos e tempo comparado a uma atividade simples do dia a dia, como descer do ônibus um ponto antes e caminhar até o trabalho. "Não consiste em apenas falar que fará diferente para mudar.

A nal, é um pro cesso que envolve uma parcela biológica e outra de aprendizado, moldada ao longo dos anos por meio da i n t e r a ç ã o c o m o m e i o, e , certamente, um processo mais resistente a mudanças", assegura Natanael Antônio dos Santos, professor em neurociências e comportamento da Universidade Federal da Paraíba (UFPB). A p ers ona lidade eng lob a fatores físicos, biológicos e s o cio c ulturais, vinc ulando predisposições desde o nascimento, as quais se somam às experiências adquiridas no decorrer do tempo. Os traços de temperamento e de caráter dão forma à personalidade. "Os de temperamento, como a impulsividade, possuem maior carga genética e biológica e acarretam maior resistência às mudanças". Já os de caráter, resultantes da conexão entre o indivíduo e o meio, têm mais probabilidade de serem transformados", esclarece Maia. Muitas vezes, o processo parece ser mais fácil para alguns. Alguém que acorda e decide começar a correr, por exemplo, pode ter conseguido pelo fato de

ter as ferramentas necessárias: um local perto para correr, tênis e roupa apropriados. "É primordial um conjunto de fatores para adotar uma prática. Muitos falham repetidamente porque copiam a ideia de outro. É preciso autoconhecimento para entender o que funciona para cada um. Repetir o que um conhecido pratica pode não fazer sentido. Não é apenas executar a rotina que o in uenciador digital ou o autor do livro mandou. Quem dera fosse tão simples", analisa Lima. "Se uma pessoa está infeliz com seu comportamento e é capaz de identi car o prejuízo que ele acarreta em sua vida, ela precisa estar determinada a mudar", ilustra Maia. S egundo ela, existem fatores externos e internos que contribuem na mudança de comportamento, como a construção da personalidade, que tem associação direta com as condutas adotadas ao longo da existência, além dos valores culturais e sociais, os quais ajustam as experimentações e estimulam, também, a maneira como age.

Santos comenta que a habilidade de criar novos hábitos depende das características de cada um. "Alguns apresentam muita facilidade e outros, não, até mesmo com o acompanhamento ou ajuda de um pro ssional capacitado. Na prática, é muito difícil as pessoas terem sido condicionadas de uma forma e de uma hora para outra transformarem seu comportamento. A mudança comportamental requer treino e exercício mental. É preciso trabalhar as crenças, de preferência, com a ajuda de pro ssionais da área comportamental e da saúde". Em alguns momentos, descon a-se até que a própria pessoa atrapalhe o processo de transformação, apesar de existir, também, muita falta de organização e cobrança interna. De acordo com Lima, a autossabotagem ocorre quando o que foi planejado irá exigir mais d o q u e f o i i d e a l i z a d o. " É fundamental ter organização, ir pouco a pouco, comemorar os passos pelo caminho sem pensar somente na conclusão". Quando a meta nal ca muito longe, alerta a neuropsicóloga, a tendência é buscar um prazer imediato que pode dar espaço a algo oposto ao planejado. "Tomase o caminho mais curto, gerando satisfação instantânea ao invés de escolher o caminho de longo prazo". "A autossabotagem é um c omp or t am e nt o qu e f a z o indivíduo sentir prazer pelo desprazer", diz Maia. É importante que a pessoa seja capaz de se conscientizar da gravidade da situação e ter a percepção do próprio boicote, que pode acarretar prejuízos para o seu futuro.

Personalidade perfeccionista pode comprometer saúde mental e relacionamentos ©MIKUTOH/WIKIMEDIA COMMONS/CC 4.0

O perfeccionismo não está necessariamente atrelado ao ser perfeito, mas ao empenho para alcançar padrões de desempenho extremamente elevados. Esse esforço pode acabar gerando consequências negativas, que c o m p r o m e t e m o s relacionamentos e a saúde

mental. A psicóloga Marcela Mansur Alves, coordenadora do Laboratório de Avaliação e Intervenção na Saúde da UFMG (Lavis-UFMG), explica que o perfeccionismo é uma característica de personalidade extremamente complexa, que

comporta múltiplos traços, como padrões de comportamento extremamente elevados, exagerados e in exíveis — para si e, às vezes, para os outros — preocupação excessiva com erros e a avaliação negativa por parte de outras pessoas, comportamento de esquiva e

autocrítica severa. Tudo isso compromete os relacionamentos pessoais e a saúde mental. O perfeccionismo passa a ser um problema quando a pessoa nunca se sente realizada com suas conquistas, está sempre estressada e se dedica com exagero, a ponto de nunca dispor de tempo livre, pois sempre está em busca de alcançar os altos padrões autoimpostos. Caso a pessoa se identi que como perfeccionista, a psicóloga informa que é necessário descobrir a intensidade dessa condição. Para isso, Marcela Alves recomenda que se anotem pensamentos, comportamentos e sentimentos para entender quando o perfeccionismo aparece e quanto ele afeta a pessoa. É importante, também, reconhecer vitórias, fortalecer a autocompaixão e estar atento ao fato de que o perfeccionismo

pode aparecer em diferentes aspectos na vida: nos estudos, no trabalho, nos cuidados com a casa e até na aparência. A terapeuta holística Laís Gulin teve sua saúde mental, sua vida pro ssional e seus relacionamentos afetivos prejudicados pelo perfeccionismo. Por não se sentir capaz e merecedora de suas conquistas, Laís não conseguia nalizar projetos, o que resultou em um quadro depressivo e

ansioso. Ela sempre trocava de empregos e, por ser extremamente severa com a sua autoimagem, não chegou a const r uir rel acionamentos amorosos duradouros. Depois de procurar ajuda pro ssional, a terapeuta notou que o perfeccionismo a impedia de se enxergar e entender o que desejava para sua vida. Ela agora reconhece suas conquistas e percebe o quanto evoluiu em diferentes aspectos de sua vida.

(27) 3259-3638 / (27) 99880-7048 SANTA TERESA — ES


12 OLHAR DE UMA LENTE

17 A 24 DE FEVEREIRO/2022

HAROLDO CORDEIRO FILHO Haroldo Cordeiro Filho - Jornalista DRT: 0003818/ES Coordenador-geral da ONG Educar para Crescer

13º Fórum Permanente dos Prefeitos da Bacia do Rio Doce ©REPRODUÇÃO/FACEBOOK

Prefeitos reprovam gestão da Fundação Renova A ©HAROLDO FILHO/F&N

objetiva, que tanto tempo discutindo-se uma solução. A obrigação da Fundação Renova é objetiva e não se discute a culpa

qu a s e c i n qu e nt a pre f e it o s p a r t i c i p a nt e s e t o d o s n ó s esperamos que o modelo gestacional seja modi cado. Com a Repactuação, principal reivindicação desse Fórum, esperamos que os recursos sejam repassados diretamente aos municípios atingidos, direta ou indiretamente. O problema iniciou em Mariana, na barragem de Fundão, mas passou por várias cidades e por dois Estados, através do Rio Doce. Alguns municípios, que não faziam parte do grupo, agora fazem. A repactuação está avançando com a presença dos governos estaduais de Minas Gerais e do

©HAROLDO FILHO/F&N

rompimento, tem como nalidade buscar mecanismos e recursos para superar as di culdades enfrentadas pelos municípios atingidos. Até hoje, muitos deles sofrem com o despejo de mais de 50 milhões de tonelada de lama tóxica no Rio Doce, por isso, o evento tem como principal pauta a “Repactuação dos Recursos” que, segundo os prefeitos, o pacto inicial com a gestora — Fundação — Renova é muito burocrático e de difícil acesso. Para o prefeito de Fundão (ES), Gilmar Borges, o principal objetivo do Fórum é, sobretudo, para nós, do Espírito Santo, mostrar para a sociedade e para a Fundação Renova que a necessidade e a exigência feitas são para que os danos que foram causados pelo desastre provocado pela mineradora Samarco sejam reparados. “Ressalto sempre que o dano ambiental di cilmente recuperaremos na sua totalidade, mas podemos criar fatores novos que possam ter os danos mitigados e deixar a natureza se recriar. O Fórum tem como objetivo mostrar para a sociedade e para a Fundação Renova que a necessidade e a exigência que estão sendo feitas aqui são para os danos que foram c aus a d o s p el a m i ne r a d or a Samarco, sejam reparados. Nosso município foi afetado no

(Da esq. para a dir.) Murilo Coutinho, Guerino, Dr. Coutinho (AnFitrião) e Gilmar Borges

Joaquim Leite, ministro do Meio Ambiente ou não, basta a existência do dano para que se atribua a responsabilidade do agente causador. Por isso, a necessidade da repactuação dos recursos devidos”, defende Gilmar. Juliano Duarte, prefeito de Mariana, município onde ocorreu o rompimento, disse que o fórum cresceu muito desde o seu surgimento com o fundador Duarte Júnior, que conseguiu uma união com todos os prefeitos de Minas Gerais e do Espírito Santo, na época. “Hoje, o Fórum conta com

Espírito Santo e do Governo Federal. Esperamos que, até o mês de abril, essa repactuação seja nalizada e os recursos sejam repassados diretamente para as prefeituras, assim conseguiremos realizar políticas públicas, amenizando o sofrimento das pessoas que sofrem até hoje com o desastre”, destacou Juliano. O Fórum vem ganhando força para que, de fato, a gente possa poder — o mais breve possível — extinguir a Fundação Renova do processo e que o repasse seja feito diretamente direcionado às

pessoas que dependem e para os prefeitos municipais. Fica mais fácil. Outra coisa é o custo da Fundão Renova, ele é alto. “A Fundação Renova é auditado pelo Ministério Público das

de Fundão derivam de Praia Grande, oriundos dos impostos imobiliários, foi notório que depois do rompimento, tivemos perdas, com cancelamentos de hotéis e pousadas, os imóveis se

©HAROLDO FILHO/F&N

litoral, no distrito de Praia Grande, e tivemos problema com evasão de turistas, perdas de negócios, desvalorização imobiliária e o mais importante, o prejuízo marinho”, lamentou o prefeito fundãoense. Gilmar salientou ainda que é importante ressaltar que alguns danos ainda não foram identi cados, e o Rio Doce não é mais o mesmo, pois vários fatores [elementos químicos] vieram e provocaram reações químicas e que a sociedade terá que conviver com essa realidade, por isso ele destaca que é remodelar o pacto inicial. Para o prefeito, o meio ambiente precisa ser respeitado porque o dano ambiental precisaria ser melhor tratado pelo poder público, incluindo o Poder Judiciário. “Não se pode conceber que para um dano, cuja natureza jurídica é de obrigação

conteceu nos dias 13 e 14 (domingo e s e g u nd a - fe i r a ) , no Centro de Turismo Social e Lazer de Praia Formosa (Sesc), em Aracruz, o 13º Fórum Permanente dos Prefeitos da Bacia do Rio Doce, que contou com a presença do ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, do governador Casagrande, de deputados federais e autoridades e mais de 50 prefeitos capixabas e mineiros que tiveram seus municípios atingidos pelo maior crime socioambiental do País, ocorrido em 05 de novembro de 2015, que foi o rompimento da barragem de Fundão, distrito do município de Mariana/MG, pela mineradora Samarco S.A. O Fórum, que foi criado pelo prefeito Duarte Júnior, prefeito de Mariana à época do

D o c e e a re p a c tu a ç ã o, foi extremamente importante. “Foi importante trazermos esse fórum para o nosso Estado e quero parabenizar o Coutinho, prefeito desse magní co município que é Aracruz. O nosso município, Colatina, vem participando ativamente desse processo, sou o vice-presidente do fórum e ajudo na coordenação desse projeto fazendo com que esse debate tenha muito mais qualidade. Temos informações bastantes relevantes para buscar recursos que ajudarão a resolver os graves problemas que vieram com a tragédia de Mariana”, alega. O prefeito mineiro Raulison Morais, de Açucena, conhecido como Nem do Duta, disse ter cado bastante satisfeito com o fórum. “Estou feliz, porque muitos municípios atingidos, como o noss o, diret a ou indiretamente, agora fazem parte do grupo e isso fortalece bastante, ganharemos mais visibilidade. O município de Açucena é pequeno, a população é de aproximadamente 10 mil habitantes e a região é banhada pelos rios Doce, Santo Antônio e Corrente, por isso sofremos um impacto grande com o rompimento da barragem de Mariana”, lamentou o prefeito. Joaquim Leite, ministro do Meio Ambiente, sobrevoou a foz do Rio Doce, em Regência e, em seu pronunciamento, disse que, nas primeiras reuniões que teve com o presidente Jair Bolsonaro, expôs o caso a ele e algumas condições para amenizar o problema. “Expus o problema e algumas soluções para o presidente e ele me deu autonomia, pedindo uma atuação rígida e rápida para transformar a vida das pessoas que vivem nas regiões afetadas de maneira mais e ciente de tudo daquilo que já foi feito até hoje e rigor na aplicação da lei aos envolvidos nesse crime ambiental de tamanha p r o p o r ç ã o”, a s s e g u r o u o ministro. TATI BELING

Juliano Duarte e Raulisson Morais, prefeitos de Mariana e Açucena (MG), respectivamente fundações, você não consegue ter acesso, como disse antes, as consultorias são caras, com preços absurdos, as obras com preços muito mais caros, o poder público poderia realizar essas obras. Com isso, os recursos estão indo embora e os benefícios n ã o e s t ã o c h e g a n d o at é a população que realmente precisa”, adverte o prefeito mineiro. Vice-prefeito de Fundão, o empresário, Murilo Coutinho, parabenizou o município de Aracruz, an trião do evento, pela organização. Para Murilo, o fórum é muito importante para as c i d a d e s afe t a d as , c omo aconteceu com Fundão. “Nosso município é pequeno, com 23 mil habitantes e como 60% da renda

desvalorizaram e a construção civil estacionou, foi um dano silencioso, não tínhamos como mensurar o prejuízo. O fórum foi criado com a necessidade de quando foi criada a fundação, que seria responsável pelo repasse das indenizações e, na ocasião, havia um consenso de reparação onde a verba se destinasse aos estados, mas, hoje, os prefeitos acreditam que essas verbas seriam melhor utilizadas se fossem direcionadas diretamente aos municípios. Eles é que conhecem a real di c uldade dos que foram afetados”, explicou Murilo. Guerino Balestrassi, prefeito de Colatina, falou que trazer o 13º Fórum dos Municípios para debater a questão da Bacia do Rio


BRASIL 13

17 A 24 DE FEVEREIRO/2022

A semana em Brasília S e no E

Haroldo Cordeiro Filho Luzimara Fernandes

jornalfatosenoticias.es@gmail.com

Eleição chapa quente na Câmara Municipal de Fundão ©HAROLDO FILHO/F&N

©DIVULGAÇÃO

Leandro Ferraço, morador do Conjunto Carapina I há 36 anos, é candidato à presidência da comunidade na eleição que acontecerá esta semana, falou de suas prioridades caso a comunidade o eleja no próximo domingo (20). Abaixo, você vê os tópicos analisados pelo candidato. Acessibilidade No seu primeiro dia, caso eleito, Leandro dará prioridade a uma coisa que os gestores públicos não dão tanta importância que é a acessibilidade. “Uma das minhas prioridades é atuar na acessibilidade, as calçadas do Carapina I não são padronizadas. Em Nova Almeida, a prefeitura fez uma coisa bonita e em outro bairro, que não lembro o nome agora, ela colocou calçada cidadã em todas as calçadas. A padronização das calçadas é muito importante para as pessoas que têm alguma limitação visual. Aqui, no nosso bairro, o morador faz de acordo com o que ele pensa que é certo, uns colocam com 30cm e outros com 40cm, o que, no meu entender, com essas diferenças de medida, a calçada deixa de ter acessibilidade. Vamos procurar o órgão municipal competente e exigir que seja feito aqui também o que foi feito em Nova Almeida, a nal, somos do mesmo município”, lembrou. Leandro frisou que o Carapina I é um bairro bem estruturado. “Graças a Deus, nosso bairro é muito bem-estruturado. O que precisamos mesmo, é que as manutenções sejam regulares, elas não podem deixar de acontecer”, a rma. Mobilidade Na mobilidade, Leandro destacou a importância da execução do projeto existente da ciclovia. O município precisa ligar toda a malha cicloviária e, aqui, em Carapina 1, não pode ser diferente. “A utilização do veículo de duas rodas mudou, antes, somente para lazer, mas, hoje, ela é um veículo de transporte muito utilizado por trabalhadores e estudantes a todo instante e essa alternativa o poder público não pode deixar de atender, a demanda cresce a todo instante e as ciclovias vão dar aos usuários mais tranquilidade e segurança. O projeto da nossa ciclovia já está pronto, eu participei dele, basta a prefeitura executá-lo”, alertou. Saúde “Participei do Conselho da Saúde e conheço muito bem as atribuições do líder comunitário. Temos um posto de saúde que precisa ser melhor supervisionado pela comunidade. Saber se tem remédio, se está faltando médico, manutenções do prédio e equipamentos usados por médicos e técnicos que lá trabalham”, esclarece. Leandro a rmou que escuta muitas reclamações da população. “Não sei dizer se é por causa da pandemia, mas muitos moradores dizem que está faltando médico, remédios. Pelo bom andamento desse serviço, que é de extrema importância para a população, é que o líder precisa estar atento, car mais próximo do Conselho para ver a real situação e cobrar de quem é a responsabilidade”. Educação e Esporte “Na educação, vejo como prioridade a conclusão da creche, ela está em Bairro de Fátima, mas a verba da construção é oriunda da nossa comunidade, o Carapina I. Para aumentar o leque de oportunidade no esporte, vamos fazer do antigo posto de saúde um centro de treinamento. O morador que quiser fazer pilates, jiujitsu, muay thai, capoeira, duas ou três vezes na semana, terá, naquele espaço, um pro ssional para atendê-lo. Pretendemos criar uma estrutura de primeiro mundo”, frisou Leandro Ferraço. Leandro acredita que para conseguir essas coisas é necessário parceria com a iniciativa privada. “No início precisaremos contar com apoio de amigos e voluntários, pessoas que gostam de se doar. Os contratos com a iniciativa privada teremos alguma di culdade porque o CNPJ da associação está com impedimentos e as empresas exigem as Certidões Negativas. Essa é uma questão que precisa ser resolvida pelo futuro presidente do bairro, ela impede a associação de fechar convênios com a iniciativa privada”, lamenta. Leandro lembra que é morador antigo do bairro e pede o voto de con ança aos moradores do Conjunto Carapina I, por se considerar um líder preparado. “Nessa oportunidade, dada por vocês do Jornal Fatos & Notícias, aproveito para pedir o voto de con ança a cada morador do Carapina I, no próximo domingo (20). Garanto a todos vocês que eu e meus diretores faremos uma administração séria e muito aguerrida para enfrentar todos desa os que por ventura aparecerem”, nalizou.

E m s e s s ã o tumultuada, a Câmara d e Ve r e a d o r e s d e Fundão teve mais um caso bem característico da sua história. É que a eleição da nova mesa diretora para o Biênio 2023-2024, que aconteceria nesta terça-feira (15), acabou não ocorrendo em decorrência da retirada da pauta, sem nenhuma justi cativa jurídica, minutos antes da votação, segundo vereadores da chapa concorrente. Segundo o vereador Romenique Borges (Cidadania), a eleição da nova diretoria estava prevista para acontecer nesta terça-feira (15), porém foi retirada de pauta aos 45 minutos do segundo tempo, logo após o registro da segunda chapa composta pelos vereadores Félix Tesch (Republicanos), Marcos Guilhermino (Republicanos) e Aélcio Peixoto (Pode). Para o vereador Romenique, o presidente recebeu informações de que a chapa concorrente teria a maioria e, por isso, agiu de forma autoritária, sem parecer jurídico e nenhum motivo que justi casse tal atitude. Antes de abandonar o plenário, Romenique solicitou que o ato do presidente, ao qual quali cou como abuso de poder, fosse registrado em ata, encaminhado à comissão de ética da Casa e o ciado o Ministério Público. O vereador Aelcio disse que a eleição foi convocada pelo presidente, Sandro Lima. “Já estava na pauta, mas foi retirada alguns minutos antes, sem nenhuma justi cativa. Protocolamos a nossa chapa faltando 20 minutos antes do prazo de encerramento, às 16h”. Os vereadores apoiadores da nova chapa: Paulinho Cole (Cidadania), Félix Tesch (Republicanos), Vilcimar Corrêa (PDT), Aelcio Peixoto (Pode), Romenique Borges (Cidadania) e Marcos Guilhermino (Republicanos) em ato de resistência e protesto, se retiraram da sessão. Em resposta, o presidente disse que estaria infringindo o art. 118 do Regimento Interno que diz que as matérias, para serem incluídas na Ordem do Dia e votadas, precisam de, pelo menos, 48 horas de antecedência.

Na Rússia, o Presidente Jair Bolsonaro tem reunião com Vladimir Putin e trata de temas de interesse dos dois países ©ALAN SANTOS/PR

Em visita o cial à Rússia, nesta quarta-feira (16), o Presidente da República, Jair Bolsonaro, se reuniu, com o presidente do país, Vladimir Putin. Em seguida, os dois chefes de Estado participaram de um almoço de trabalho e zeram declaração à imprensa detalhando os temas tratados no encontro. Ao ser recebido por Vladimir Putin no salão o cial do Palácio do Kremlin, sede do governo, em Moscou, o Presidente Jair Bolsonaro declarou estar honrado com o convite para a visita e a rmou que o Brasil e a Rússia têm muito a avançar nas Relações Bilaterais. “Estou muito feliz e honrado pelo seu convite, somos solidários à Rússia, muito a colaborar com várias áreas, defesa, petróleo e gás, agricultura, e reuniões estão acontecendo. Tenho certeza que até mesmo essa passagem por aqui dá um retrato para o mundo que nós podemos crescer muito nas nossas relações bilaterais”, disse o Presidente Jair Bolsonaro ao presidente russo. Na declaração à imprensa, o Presidente Jair Bolsonaro a rmou que os dois mandatários conversaram por quase duas horas e identi caram que Brasil e Rússia compartilham valores.

Projeto veda publicidade do governo e de partidos na internet das escolas ©CLEIA VIANA/CÂMARA DOS DEPUTADOS

Prefeito de Linhares, Guerino Zanon participa do 13º Fórum Permanente de Prefeitos da Bacia do Rio Doce ©HAROLDO FILHO/F&N

“O Fórum é um instrumento para reunirmos gestores, secretários e a sociedade civil para discutirmos qual é o melhor modelo de governança dos recursos, resultados de um desastre, que eu diria até que foi um crime, porque foi previsto que aconteceria o derramamento de minério na região de Mariana e que atingiria o Rio Doce e que afetaria, com grandes proporções social e ambiental as regiões próximas do Rio Doce. Nesses encontros, o que a gente busca, um modelo e ciente de governança dos recursos, de como ele vai chegar para as mais variadas nalidades. É importante olharmos para as pessoas afetadas diretamente, aquelas pessoas que perderam suas rendas, olhar para a sua saúde, fazendo um acompanhamento dessa população ribeirinha, um assunto que não está se falando, mas que é muito importante pra saber o que está acontecendo e o que vai acontecer com todas essas pessoas, que precisam continuar dentro da região afetada e claro também, buscar apoio para recuperação do rio”. “Como disse muito bem o ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, é uma grande oportunidade que temos de transformar esse crime ambienta, social e econômico numa grande recuperação de todo o Rio Doce, desde a sua nascente em Minas Gerais até a sua foz, aqui no município de Linhares, em Regência”. “Linhares tem uma região de 100km por 40km que ca totalmente coberta pelas água do Rio Doce quando ele sai da calha. Desde o período colonial, os colonizadores que chegaram na região de Minas Gerais, escavando minas, na busca de pedras preciosas, já contribuíam com a poluição do Rio Doce e tem até um relato de 1848 de um historiador francês, que veio preparar a viagem de Dom Pedro II nessa região, que ele falava que na foz do Rio Doce em Regência, nas secas, a água é limpa que se consegue ver o fundo e nas cheias, ela é avermelhada, porque traz os minérios das Minas Gerais. Só que, o que aconteceu em 2015, a quantidade foi absurda, o estrago ambiental que nós temos acumulado nesses seis anos, dependeremos de algumas décadas, por não dizer, séculos, pra fazer essa recuperação, e Linhares, está aqui na foz. Então, a gente tem que fazer o nosso grito de socorro pelo Rio Doce e pelas famílias afetadas para sermos ouvidos nas variadas partes desse mundo”.

O Projeto de Lei 3336/21 proíbe a inserção de propagandas sobre obras, serviços ou programas governamentais, bem como as de natureza partidária, nas etapas de acesso à internet ou aos pacotes dig it ais dest inados a a lunos e professores das escolas públicas. O texto está em análise na Câmara dos Deputados. “Essa condição para que alunos ou professores tenham acesso à internet pública con gura a utilização da escola para ns ideológicos, partidários e até eleitorais. Representa doutrinação e cerceamento da liberdade e do direito de aprender”, a rmou a autora da proposta, deputada Professora Dayane Pimentel (PSL-BA). O projeto tramita em caráter conclusivo e será analisado pelas comissões de Educação; de Trabalho, de Administração e Serviço Público; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Projeto permite divórcio após morte do cônjuge O Projeto de Lei 4288/21, do deputado Carlos Bezerra (MDB-MT), permite o divórcio após a morte de um dos cônjuges. A hipótese é admitida quando os herdeiros decidirem continuar com ação de divórcio iniciada antes do falecimento, e o processo não tiver sido julgado extinto. Carlos Bezerra a rmou que atualmente, nesses casos, a única alternativa juridicamente possível é a dissolução do casamento válido pela morte de um dos cônjuges. Para o deputado, isso contraria o interesse e a vontade daqueles que, antes de falecer, haviam pedido para nalizar o casamento pelo divórcio. "O divórcio é um direito incondicional de qualquer um dos cônjuges a prescindir de contraditório ou dilações indevidas, exceto no tocante a questões que envolvam o patrimônio ou interesses de lhos menores e incapazes", argumenta o deputado. O parlamentar lembra que, em agosto de 2021, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais concedeu o divórcio pós-morte ao apreciar um recurso movido pela lha do marido, que morreu no ano anterior por covid-19. Para ele, o projeto deve aprimorar o Código Civil estabelecendo expressamente a possibilidade de divórcio após a morte. A proposta será analisada em caráter conclusivo pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania. ©GUSTAVO LIMA/CÂMARA DOS DEPUTADOS

Eleição para presidente do Conjunto Carapina I


14 GERAL

17 A 24 DE FEVEREIRO/2022

Lentidão ao caminhar prediz risco de incapacidade funcional em idosos, aponta estudo

'Armazém do Fim do Mundo' na Noruega abre portas para receber 22 mil novas amostras de sementes ©AP PHOTO/DAVID KEYTON

Constatação foi feita por pesquisadores da UFSCar e do Reino Unido com base em dados de mais de três mil indivíduos acima de 60 anos ©USECHE70/PIXABAY

Pesquisadores da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e da University College London (Reino Unido) descobriram uma maneira e ciente, simples e barata de predizer o risco de perda da capacidade funcional em idosos. A partir da análise de um banco de dados com mais de três mil idosos britânicos, eles identi caram que a lentidão da marcha pode ser considerada, isoladamente, um indicador de risco aumentado para a perda da capacidade de realizar atividades cotidianas — desde as mais básicas, como levantar da cama, tomar banho e trocar de roupa, até as chamadas atividades instrumentais, que incluem fazer compras, administrar o próprio dinheiro, ir ao banco e usar transporte público, por exemplo. “Nosso estudo mostrou que medir apenas a velocidade da caminhada já é su ciente para ter um preditor e ciente de perda de capacidade funcional em idosos. Os dados da nossa pesquisa mostram que a lentidão da marcha precede em alguns anos essa perda. É uma constatação importante, pois ela facilita o monitoramento do problema. A l é m d i s s o, a d e s c o b e r t a possibilita que, além de s i ote r ap e ut as , mé d i c o s e gerontólogos, qualquer pro ssional de saúde possa detectar o risco”, diz Tiago da Silva Alexandre, professor do Departamento de Gerontologia da UFSCar e orientador da pesquisa. P ubl i c a d o no Jou r n a l of C a che x i a , S arc op e n i a and Muscle, o estudo analisou dados sobre as condições físicas e a velocidade da marcha de mais de três mil indivíduos com mais de 6 0 ano s . Os p ar t i c ip ante s integram o English Longitudinal Study of Aging (ELSA), estudo longitudinal que acompanha a saúde e o bem-estar de adultos mais velhos da comunidade inglesa. A pesquisa foi apoiada pela Fapesp. Geralmente, a perda da capacidade de executar atividades básicas e instrumentais pode ser simultânea ou anteceder a chamada síndrome da fragilidade — condição que acomete grande parte da população idosa e pode trazer incapacidade para a realização das atividades cotidianas, aumentando o risco de queda, hospitalização e morte. Para diag nost icar o problema, pro ssionais de saúde costumam realizar uma série de avaliações para medir diferentes parâmetros, como a velocidade da caminhada, a força da mão (preensão palmar), o nível de

atividade física, a exaustão e a perda de peso nos últimos seis meses. “A fragilidade é um fator de risco para incapacidade, mas não é sinônimo. Utilizamos cinco elementos para medir a síndrome. Se a pessoa tem um ou dois desses elementos, ela é préfrágil. Se tem três ou mais, é frágil. O problema dessa avaliação é que ela é mais complexa, precisa de um equipamento e de questionários. Não é em todo lugar que se cons egue fazer”, explica o pesquisador. No estudo, os pesquisadores compararam a fragilidade como um todo com cada um dos cinco componentes, a m de veri car qual deles discriminaria melhor o processo de incapacidade. E concluíram que a lentidão da marcha, sozinha, foi o melhor componente para indicar o risco de incapacidade em atividades do dia a dia em ambos os sexos, em vez de se avaliar a fragilidade como um todo. “É um indicador precoce. Vale ressaltar que, com essa descoberta, é possível detectar o problema com mais facilidade. O pro ssional de saúde pode investigar com mais antecedência o que está causando essa lentidão”, comenta Dayane Capra de Oliveira, autora do estudo. Alexandre ressalta que, quanto mais rápido for identi cado o problema, mais recursos e abordagens se tem para tratá-lo.

“Fica muito difícil agir quando o indivíduo já está com di culdade de fazer várias atividades diárias. Existem alternativas, mas o resultado não é o mesmo de

quando identi cado precocemente. Por isso é tão importante termos uma maneira mais simples, segura e barata de prever riscos de perda funcional”, a rma. De acordo com a pesquisa, as mulheres que se tornaram préf rágeis apres entaram mais incapacidade para as atividades diárias. Isso não aconteceu com os homens. Por outro lado, tanto homens como mulheres que se tornaram frágeis (condição mais grave) também se tornaram mais dependentes para as atividades do dia a dia com o passar dos anos. Isso pode ter acontecido porque, nos homens, problemas como acidente vascular cerebral, câncer e doença pulmonar, somados a hábitos comportamentais pouco saudáveis, como fumo, álcool e trabalho p esado, p o dem in uenciar na fragilização e incapacidade com uma evolução mais rápida para a morte. Diferentemente das mulheres, que convivem por mais tempo com doenças incapacitantes, como artrose, depressão e hipertensão. S e g u n d o o p e s q u i s a d o r, estudos anteriores já vinham demonstrando diferença nesse processo entre homens e mulheres com mais de 60 anos. “Ness a p ersp e c t iva, noss o trabalho também sugere que homens passam por um processo muito curto de incapacidade por conta da carga de doenças mais graves que podem evoluir mais rapidamente para o óbito. Enquanto as mulheres passam por um processo mais longo de fragilidade e incapacidade”, diz Alexandre. Par a C apr a , o estudo revela um importante atalho para a identi cação do risco de incapacidade para realização das atividades do dia a dia em idosos. “Com isso é possível implementar intervenções rápidas, antes que o problema se instale”, a rma.

O Banco Mundial de Sementes, na ilha norueguesa de Spitsbergen, recebeu na segunda-feira (14), 22 mil novas amostras, provenientes de vários países, informou o governo da Noruega. Atualmente, o número total das reservas é de aproximadamente 1.125.000 sementes diferentes, com quase 5.500 espécies e 89 bancos de genes, segundo dados o ciais da organização. O chamado "Armazém do Fim do Mundo", administrado pela organização internacional Crop Trust, junto com o Centro Nórdico de Recursos Genéticos e o governo da Noruega, foi aberto em 2008 com vista a preser var a biodiversidade agrícola do planeta. Os cientistas depositam lá sementes congeladas das plantas mais importantes do mundo, com o objetivo de proteger este material genético de possíveis desastres naturais, guerras e outras catástrofes. Além disso, as coleções servem aos agricultores e cientistas para melhorar geneticamente as plantas e desenvolver novas variedades de cultivos. Situado na ilha de Spitsbergen, a meio caminho entre a Noruega continental e o Polo Norte, o

depósito abre suas portas apenas algumas vezes por ano para reduzir ao mínimo a exposição de seus bancos de sementes ao mundo exterior. Está previsto que durante o ano de 2022 o banco reabra no início de junho e no m de outubro. Desta vez, os bancos de genes d o S u d ã o, Ug a n d a , No v a Zelândia, Austrália, Alemanha e o Líbano colocaram no armazém mais alguns tipos de sementes, entre elas painço, sorgo e trigo, para renovar suas próprias coleções, detalham as autoridades norueguesas. O Centro Internacional de Pesquisa Agrícola em Zonas Á r i d a s , q u e re a l i z o u t rê s retiradas de sementes - em 2015, 2017 e 2019, para recuperar as c o l e ç õ e s d an i c a d a s p e l o con ito na Síria, assim como os depósitos no Líbano e Marrocos, colocará no banco cerca de 8.000 novas amostras. " O f ato d e a c ol e ç ã o d e

sementes destruídas na Síria durante a guerra civil ter sido sistematicamente reconstruída demonstra que o armazém funciona como um seguro para o abastecimento atual e futuro de alimentos e para a segurança alimentar local", declarou a ministra de Desenvolvimento Internacional da Noruega, Anne Beathe Tvinnereim, citada pela Reuters. A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura recorda que, ao longo da história, de cerca de 30.000 espécies de plantas comestíveis, 6.000-7.000 foram cultivadas como alimento. Porém, agora cerca de 40% de nossas calorias provêm de apenas três culturas principais: milho, trigo e arroz, o que torna o fornecimento de alimentos muito vulnerável, caso os efeitos das mudanças climáticas dani quem as colheitas.

A transmissão será no canal da Sedu Digital no YouTube, nesta quarta-feira (07), às 14 horas

Cientistas podem ter descoberto a origem da esquizofrenia no cérebro Um e s t u d o l i d e r a d o p o r pesquisadores da Faculdade de Letras, Artes e Ciências da USC Dornsife e publicado on-line na Nature C ommunications descobriu que as mutações que inibem a proteína 97 associada à sinapse, ou SAP97, podem dar origem à esquizofrenia. De acordo com o artigo, os cientistas estavam em um processo de resolver um mistério de décadas sobre uma determinada proteína e acabaram identi cando um local especí co no cérebro onde a esquizofrenia pode se originar. Os especialistas envolvidos no estudo a rmam que essas mutações identi cadas aumentam em 40 vezes o risco da pessoa desenvolver a esquizofrenia. Esse é o maior aumento no risco já encontrado até o momento. A demora para tal descoberta é culpa pela falta de conhecimento sobre a função normal da SAP97. Não saber como essa proteína funciona manteve coberta os motivos pelos quais as mutação levam à esquizofrenia. “A função reduzida do SAP97

pode muito bem dar origem ao maior aumento no risco de esquizofrenia em humanos que conhecemos, mas a função do SAP97 tem sido um mistério total por décadas. Nosso estudo revela onde o SAP97 funciona no cérebro e mostra exatamente o que as mutações associadas à esquizofrenia nessa proteína fazem com os neurônios”, disse

mutações ligadas à esquizofrenia em outras proteínas produzem o mesmo aumento na sinalização glutamatérgica no giro denteado. Dados robustos de um novo estudo ligaram o abuso de maconha à incidência de d o e n ç a s m e nt a i s , c o m o a e s q u i z of re n i a . Um d e s s e s estudos foi realizado na Dinamarca e os ©SHUTTERSTOCK pesquisadores analisaram os registros de saúde de mais de 7,2 milhões de pessoas e identi cou uma correlação entre o uso indiscriminado de m a c o n h a e o d e s e nv o l v i m e n t o d e esquizofrenia. Os pesquisadores, porém, ponderam que a B r u c e He r r i n g , p r o f e s s o r ligação entre o consumo da assistente de ciências biológicas droga e condições neurológicas, da USC Dornsife e principal como a esquizofrenia, se dá autor do estudo. quando existe o transtorno por Depois da descoberta, qual o uso de cannabis, que é de nido próximo passo? Segundo como uma forte dependência de Her r ing , ele e su a e quip e planejam, em estudos futuros, m a c o n h a . E s t e t i p o d e procurar atividade SAP97 em transtorno se dá quando a outras áreas do cérebro. O grupo dependência é tão grande que também busca determinar se afeta outros aspectos da vida da pessoa, como o trabalho.


COTIDIANO 15

17 A 24 DE FEVEREIRO/2022

Projeto leva arte, Startup levanta US$ 7,2 mi para água potável e construir 'barco energia solar para do futuro que voa' casas ribeirinhas sobre hidrofólio ©ADALBERTO ROSSETI

©NAVIER/DIVULGAÇÃO

O Street River Amazônia, projeto que leva arte e melhorias na qualidade de vida das populações ribeirinhas da região, chega a sua quinta edição. Dez artistas da StreetArt (Arte Urbana, em português) chegarão à Ilha do Combu, em Belém, no Pará, no m de fevereiro para pintar fachadas de quinze casas ribeirinhas, ampliando ainda mais a Galeria Fluvial que começou a ser construída em 2015. O proj eto come ça com a vivência entre artistas e comunitários para de nir a pintura e culmina com cinco o cinas para atender cerca de 200 crianças, jovens, alunos ribeirinhos e professores da rede pública de ensino. As casas que terão suas fachadas coloridas receberão também sistema de água potável. Além disso, uma escola da comunidade será equipada com energia fotovoltaica. “Um projeto da relevância sociocultural e ambiental como o Street River Amazônia é algo que converge totalmente com a missão que temos na BB Seguros, que é incentivar ações e projetos t r ans for m a d ore s n o s m ai s diversos níveis. Temos muito orgulho em poder participar de uma iniciativa que une tão bem arte e sustentabilidade a uma causa urgente, como a dos ribeirinhos”, comenta Fábio M o u r ã o, s u p e r i n t e n d e n t e e x e c u t i v o d e Ma r k e t i n g e Planejamento Comercial da Brasilseg, uma empresa BB Seguros — apoiadora da iniciativa. Os dez artistas convidados para a edição de 2022 possuem, além

de uma forte relação com a St r e e t A r t , c o n e x ã o c o m a natureza. “A curadoria levou em conta a diversidade de gênero, territorial e racial, buscando também artistas que tivessem em comum a pintura como ferramenta de transformação social e econômica”, diz o curador Willian Baglione. São eles: Amorinha, Anderson Ghasp, Auá, Kadois, Luiz Júnior, Mama Quila, Moka, Pati Rigon, Robson Sark e iago Nevs. As primeiras quatro edições do Street River Amazônia foram feitas de forma independente e colaborativa pelo idealizador do projeto, o artista Sebá Tapajós, que, em 2015, pintou as primeiras cinco casas na ilha. Ao transformar pala tas em obras de arte a céu aberto, o projeto chama a atenção para a vida do povo ribeirinho e traz visibilidade para a urgência de preservação da Amazônia, dos seus rios e da sua cultura. Aprovada pela Lei Federal de Incentivo à Cultura do Ministério do Tur ismo, ess a e dição é apresentada pela BB Seguros com realização da Sonique Produções e tem o apoio da Secretaria de Estado de Turismo (Setur). A Ilha do Combu, localizada a vinte minutos de barco do centro de B elém-PA, é um p onto turístico da cidade e recebe visitantes do mundo inteiro que buscam contato com as belezas naturais da Amazônia e com a gastronomia regional. Os moradores têm como principal fonte de renda o extrativismo vegetal (açaí e cacau) e a pesca. “O Street River Amazônia prevê como contrapartida à cessão da fachada das suas casas,

benfeitorias a estas famílias e seus vizinhos com a pintura base das casas com tinta antimofo e sistemas de tratamento da água das chuvas (muito frequente na região) para água potável”, contou o idealizador do Projeto, Sebá Tapajós. Entre 2015 e 2019 foram pintadas 37 casas e instalados 18 ltros de água, 12 cisternas de 240 litros e sistema fotovoltaico em duas escolas. Nesta edição, serão 15 casas pintadas, 12 ltros de água e sistema fotovoltaico em uma escola. A iniciação em artes plásticas, pi nt u r a e g r a t e , t a m b é m e s t i mu l a o s m or a d ore s d a comunidade a darem manutenção e continuidade à iniciativa, além de criarem suas próprias leituras, como é o caso do Xidó que hoje constrói maquetes de pala tas gra tadas, inspiradas da galeria Street River, e seu trabalho já foi exposto em São Paulo por meio do projeto. Para a entrega das obras e benfeitorias, o projeto terá um m de semana de visitação guiada e gratuita, nos dias 5 e 6 de março. Duas embarcações farão o circuito durante o dia inteiro, levando um público maior a conhecer as obras e visitar a galeria uvial, exposição f o t o g r á c a e u m a confraternização da comunidade com os artistas, técnicos e aberta para a população. Os horários e outros detalhes sobre a visitação serão divulgados em breve. A galeria a céu aberto, no entanto, pode ser visitada o ano inteiro por meio de passeios organizados pela própria comunidade.

A fabricante americana Navier levantou US$ 7,2 milhões (cerca de R$ 37 milhões) para produzir o que chama de “barco do futuro”: o Navier 27, um barco elétrico com hidrofólio de 8,2m de comprimento. Combinando tecnologias de eletri cação, compósitos avançados e sistemas de soware inteligente, o barco, garante a empresa, pode ser 90% mais e ciente do que uma embarcação com motor a combustão interna do mesmo comprimento. Hidrofólio é o nome dado a lâminas instaladas abaixo do casco que funcionam como asas de avião subaquáticas. Feitas geralmente de metal, elas aumentam a velocidade e o ângulo de ataque da embarcação e permitem maior resistência à água, erradicando oscilações na

de hidrofólio: a versão Cabin, para uso em todas as estações, e a Hardtop, para temperaturas mais quentes. Internamente, o “barco do futuro” conta com um motor elétrico que o permite voar acima de ondas de até 1,2 m a uma velocidade de 37 km/h. As lâminas podem ser retraídas para águas rasas ou varadouros e a bateria oferece alcance de 138 quilômetros. “A civilização humana foi historicamente construída em torno de hidrovias e hoje 46% do mundo vive em cidades costeiras fortemente congestionadas”, diz o CEO da empresa, Sampriti Bhattacharyya. “Se pudermos construir uma embarcação marítima zero-emissões que compita em custo, velocidade e

condução. No caso do Navier 27, o barco elétrico terá dois tipos

conveniênci a com op çõ es terrestres, abriremos um novo

modo de transporte limpo e escalável para cidades litorâneas que nunca foi possível antes e sem a necessidade de infraestruturas de custo proibitivo, como pontes e túneis”. Além dos hidrofólios, o Navier 27 conta também com outros re c u rs o s m o d e r n o s c om o autopiloto avançado e ancoragem automática. De acordo com o CEO da empresa, Sampriti Bhattachar yya, hidrofólios também diminuem o custo op e r a c i on a l d e u m b arc o convencional em 10 vezes e eliminam a sensação de enjoo comum nos passeios marítimos. Um b arc o e l é t r i c o c om hidrofólio também pode alcançar distâncias práticas em alta velocidade. “Barcos com hidrofólio não são novos, mas as limitações tecnológicas restringiam seu desempenho e aplicabilidade”, explica o diretor técnico da Navier, Reo Baird. “[Por conta disso] Nossa equipe está desenvolvendo um sistema de controle de lâminas de última geração que vai alcançar um desempenho sem precedentes em uma ampla gama de condições marítimas”. A Navier a rma ter esgotado a produção anual de 15 unidades apenas dois meses desde o anúncio do “barco do futuro”. A empresa também se juntou à construtora Lyman-Morse para fechar a remessa do ano passado e iniciar a produção de 2022, que j á c ont a c om d ois c as c o s fabricados. A meta é produzir mais de 400 unidades do Navier 27 até 2024.


16 GERAL

17 A 24 DE FEVEREIRO/2022

Resíduos da reforma do Museu do Ipiranga viram peças de design Diversos objetos foram criados a partir de restos de construçã o ©SIMBIOSE DESIGN

Conectar o passado e o futuro era o objetivo do Projeto ERA, fruto da parceria entre a Simbiose Design e a ONG CERVH. Juntas, as equipes criaram objetos surpreendentes a partir de restos de construção do Museu Paulista (Ipiranga), que está fechado para obras desde 2013 em São Paulo. “A o r e a l i z a r a r e f o r m a , restauração ou ampliação em edifícios de valor histórico, muitos materiais originais decorrentes de partes demolidas são desperdiçados. Tijolos de olaria, azulejos de época, telhas de barro entre outros materiais construtivos tradicionais, que caracterizam a arquitetura brasileira de uma determinada época, que só são reservados quando em peças inteiras, caso contrário, são destinados para aterros sanitários”, explicam. Dentre as peças construídas está o troféu ERA9879AC, feito

para homenagear os pro ssionais que participaram da CASACOR São Paulo 2021. Os três primeiros números de ERA (987) referemse a uma análise pela qual o material reciclado foi submetido, original do patrimônio histórico Museu do Ipiranga, que passou por ampliações recentes. O quarto número (9), signi ca a quantidade de tonalidades desta materialidade histórica preservadas visualmente no design. Já a letra A representa o processo de produção das peças que é artesanal realizado pelas mãos cuidadosas da ONG CEVH e, por m, a letra C representa esta edição especial para CASACOR. Por meio do Projeto ERA, pelas mãos de sua Coordenadora Técnica Raquel Bassani, foram confeccionadas 80 peças únicas com material original do Museu Paulista

(Ipiranga) de 1895, recicladas e ressigni cadas com design multifuncional de estatuetas. Cada uma destas peças possui numeração própria, e acompanham certi cado de

autenticidade de origem. Assim, é possível saber o valor histórico da matéria prima que originou a peça e também reconhecer o artesão que a confeccionou. Um d o s a sp e c to s m ai s

interessantes do Projeto ERA é a dualidade que os objetos confeccionados carregam consigo: de um lado as memórias e a ancestralidade daquilo que foram originalmente, do outro o

novo signi cado e função no universo contemporâneo. O p r o c e s s o d e reaproveitamento dos resíduos (que seriam descartados) também traz à tona o debate acerca da sustentabilidade. “Acreditamos que estas peças que unem sustentabilidade, design, memória histórica e c o nt e mp o r a n e i d a d e s ã o o verdadeiro espírito do novo Museu Paulista e que seus visitantes gostariam de levar uma parte dessa história para casa. Sendo assim, propomos ao Museu uma parceria no sentido de desenvolver o design da linha de objetos, utilitários e/ou decorativos, e a confecção artesanal das peças, sendo a nossa matéria-prima o descarte proveniente da aplicação”, a rma a Simbiose Design.

Cultura lança curso inédito Biografia resgata de "Qualificação em Teatro história de uma das de Musicais" na Fafi pioneiras no combate ao câncer infantil no Brasil Alexia Debacker Espinoso

©LEONARDO SILVEIRA

Rita Ribeiro conta a história de Silvia Brandalise, uma das mulheres mais importantes na medicina pediátrica Médica, professora, pesquisadora, mãe, mulher, valente, guerreira, obstinada... ess es são apenas alguns dos adjetivos pelos quais um dos maiores nomes da me d i c i na br as i l e i r a é conhecido: a doutora Sílvia Regina Brandalise, f u nd a d or a d o C e nt ro Infantil Boldrini. E foi pensando em compartilhar essa história de luta pela ciência, pelos direitos básicos e, sobretudo, pela vida e s aú d e d a s c r i a n ç a s e adolescentes que a autora Rita Ribeiro lança este mês a biogra a “Silvia Brandalise — E sua história no combate ao câncer da criança e do adolescente”. Algumas raras pessoas n a s c e r a m p a r a revolucionar, mudar a realidade e fazer a humanidade dar um salto, e Sílvia Brandalise é uma delas. Uma das pioneiras da oncopediatria no Brasil e do combate ao câncer

gratuita. Batendo de f re nt e c om governantes, com pares, e até mesmo com sua própria descrença em ser possível salvar vidas a beira de um colapso. Formada pela Escola Paulista de Me d i c i n a e fundadora do C entro Infantil Boldrini, referência no Brasil e no mundo ao combate ao câncer infantil — e s p e c i a l m e nte a leucemia — Sílvia Brandalise já recebeu mais de 120 prêmios nacionais e internacionais em reconhecimento a seu trabalhado como médica e pesquisadora. Mas em seu livro, Rita Ribeiro nos apresenta a mulher, a mãe, a esposa e a guerreira incansável, que dedicou a sua vida a salvar outras vidas.

©DIVULGAÇÃO/SÍLVIA BRANDALISE

infantil, Dra. Sílvia lutou com unhas e dentes para que houvesse um tratamento adequado aos pequenos, de forma justa, e caz e

Que o cenário artístico cultural do Brasil produz, já há algum tempo, grandes musicais com artistas nacionais e até mesmo exporta grandes talentos para os palcos do mundo, todo mundo já sabe. O que pouca gente sabe, no entanto, é que aqui em Vitória será possível entrar para esse universo dos musicais, pois, a partir do próximo dia 7 de m a r ç o , a E s c o l a Té c n i c a Municipal de Teatro, Dança e Música (Fa ) estará com vagas abertas para o inédito curso "Quali cação em Teatro de Musicais". O secretário de Cultura de Vitória falou que está feliz com essa nova oportunidade que se abre para os talentos artísticos capixabas. "Diante de uma nova realidade partimos para a oferta de um curso nunca antes visto na Fa : Quali cação em Teatro de Musicais. Isso prova o quanto a gestão municipal está comprometida com a

valorização e o incentivo à Cultura", disse. Vamos avançar cada vez mais na ofertas de oportunidades que educam e revelam nossos talentos para o Brasil e o Mundo", a rmou. O secretário lembra que re centemente foi p ossível renovar os contratos de instrutores e o cineiros, por meio de editais, pelo prazo de dois anos, o que ele considera uma Vitória por ser algo que antes não acontecia. "Os

instrutores tinham contratos curtos que muitas vezes deixavam a Cultura de mãos atadas na oferta de cursos", explica ele. As aulas, que têm início no nal de março, serão ministradas às segundas, quartas e sextas das 18h30 às 21h30. As inscrições poderão ser feitas entre os dias 7 a 11 de março, das 9 às 16 horas, na sede da instituição, que ca no Centro Histórico de Vitória.


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