BIRITIBA MIRIM
FERRAZ
GUARAREMA
ITAQUAQUECETUBA
BELEZA REGIONAL
MOGI DAS CRUZES
POÁ
SALESÓPOLIS
SÃO SEBASTIÃO SANTA ISABEL
SUZANO
BRUNO ARIB
ARUJÁ BERTIOGA
No ritmo do Carnaval, jornal traz ensaio com a madrinha e a rainha de bateria da Império de Casa Verde |PÁGINA 18| ANO 9 | NO 189 | 28 DE FEVEREIRO A 03 DE MARÇO DE 2017
DIRETOR: LAERTON SANTOS R$ 1,00
AOS 179 ANOS, SALESÓPOLIS VIVE O DESAFIO DE SER ESTÂNCIA TURÍSTICA Campos, no Vale do Paraíba, o município, que abriga a límpida nascente do Rio Tietê, é privilegiado pela natureza exuberante e seus quase 17 mil habitantes, povo pacífico e de tradições en-
raizadas no trabalho. Ficaram no passado os anos em que a mina de ouro dos salesopolenses brotava nas plantações de eucalipto. Hoje, o negócio já não é o maná dos
agricultores e a cidade enfrenta o desafio de se reinventar economicamente. Ao mesmo tempo, enfrenta, como todo o País, a crise financeira. Por conta disso, especialistas, comerciantes,
empresários e autoridades carregam na ponta da língua o que pode– e deveria – ser a grande saída para o município: o turismo. |PÁGINAS 3 A 11|
RENAN XAVIER
Salesópolis completa 179 anos de fundação em meio a desespero e esperança. Edificada a estratégicos 100 quilômetros da capital, 70 do litoral em Caraguatatuba e 50 de São José dos
TURISMO
Pescadores voltam a frequentar a represa do Paraitinga |PÁGINA 5|
BALANÇO BRUNO ARIB
Vanderlon fala dos desafios do município |PÁGINA 8|
OPINIÃO EDITORIAL
ENTRE EM CONTATO: Triste final para a novela da tarifa de ônibus em Itaquaquecetuba.
ARTIGO
ALINE IMERCIO Precisamos prestar mais atenção nos mandatos daqueles que escolhemos para nos representar
MOGI INVISÍVEL
Márcio Alexandre dos Santos tem 42 anos e nasceu no bairro do Ipiranga, na capital do estado...
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OPINIÃO
GAZETA REGIONAL 28 de fevereiro a 03 de março de 2017
Editorial Triste final para a novela da tarifa Não adiantaram a insatisfação com a qualidade do transporte público, ou os protestos de entidades estudantis, tampouco as manifestações de um grupo de vereadores que acusaram a empresa concessionária do serviço, a CS Brasil, de descumprir cláusulas do contrato: o aumento da passagem foi imposta goela abaixo pela Prefeitura de Itaquaquecetuba. Confirmando tradição iniciada no mandato passado, o reajuste foi feito na véspera
de um feriado. Agora, para andar de ônibus, o usuário terá que pagar R$ 4,10. O reajuste demonstra como as decisões referentes ao transporte público no município, a exemplo de outras cidades da região, são tomadas de forma pouco democrática. E pesa ainda contra Itaquá não oferecer Bilhete Único, Passe Livre, integrações ou outros benefícios, como ocorre em cidades vizinhas.
O aumento seria ainda maior, se dependesse apenas da Júlio Simões Logística, proprietária da CS Brasil. A gigante do setor pediu R$ 4,39 à gestão, valor rejeitado pelo Conselho Municipal de Transportes (Comutran). Mamoru, por meio da Secretaria Municipal de Transportes, mostrou-se solidário à pobre empresa, oferecendo R$ 4,10. Ressaltando ainda mais o caráter pouco transparente e entre-
guista da decisão, pessoas que não fazem parte do Comutran foram proibidos de participar da reunião. Com isso, ficaram de fora do debate estudantes da UPES (União Paulista dos Estudantes Secundaristas), moradores de diversos bairros como Jardim Pinheirinho, Jardim Itaquá, Manoel Feio, além de vereadores que, pela segunda vez, compareceram à reunião alegando contrariedade ao aumento dos preços da passagem – todos
CHARGE DA SEMANA
presentes ao evento. A medida foi aprovada antes do feriado. Coincidência ou não, o último aumento da tarifa ocorreu também em feriado, no dia 1º de maio do ano passado, quando passou de R$ 3,50 para R$ 3,80, pouco depois de Mamoru prometer em suas redes sociais não aumentar a passagem. Quem dera a palavra do prefeito valesse tanto quanto o privilégio de andar de ônibus na cidade que ele governa.
ARTIGOS
Agressões contra jornalistas cresce 60% no Brasil: o que isso significa? Por Aline Imercio
LÍNGUA DE TRAPO
PPS à deriva Não está nada fácil para o presidente do PPS em Itaquaquecetuba, Luciano Amaral, manter o partido na base aliada ao governo do prefeito Mamoru Nakashima (PSDB). Recentemente, a coluna testemunhou discussão do coordenador da sigla no Alto Tietê com membros do partido na cidade. Durante a conversa, o referido coordenador deixou transparecer que Mamoru não tem feito o básico da política: cumprir acordos.
PPS à deriva II Apesar da parceria com Mamoru desde o 1º mandato, Amaral admite, nos bastidores, que o risco do PPS sair da base aliada não está descartado. Por mais que ele tenha bom trânsito junto à equipe de governo, a orientação do partido se posicionar como oposição ao prefeito estaria partindo do Diretório Estadual do PPS. Dentre os motivos, a falta de respeito de Mamoru com o deputado federal Alex Manente teria sido a gota d’água.
Boigues deputado Eduardo Boigues deverá estar entre os candidatos a deputado estadual nas eleições de 2018. Interlocutores garantem que sua pré-candidatura vai de vento em popa, havendo, inclusive, apoios de peso para a futura eleição. Independente do que acontecer, o fato é que Boigues conta com massivo apoio popular. No ano passado, embora não tenha sido eleito, o delegado terminou as eleições para prefeito de Itaquaquecetuba a frente de outros 11 candidatos. Apesar de ser novato na política, ele recebeu mais de 19 mil votos, ficando em 2º lugar na disputa. Reflexão O aniversário de Salesópolis é uma boa oportunidade para se discutir o futuro da cidade. É chegada a hora de passar a limpo uma questão que tem travado o município nos últimos anos: quem são as pessoas que realmente gostam do município? E quem está lá para se dar bem às custas do povo e das riquezas da cidade? É certo ser vereador na Estância Turística e morar em outro município? É certo não fazer nada pela cidade e nem deixar fazer quem tem boa vontade para isso? Fica a dica aos leitores.
DIRETOR RESPONSÁVEL: Laerton Santos REDAÇÃO: Irânia Souza, Lailson Nascimento e Renan Xavier COMERCIAL: Djalma Raphael EDIÇÃO DE ARTE: André Jesus ASSESSORIA JURÍDICA: Gilson Pereira dos Santos - OAB/SP 266711 CNPJ: 20.059.324/0001-02 RAZÃO SOCIAL: Empresa Jornalística e Edit. Santos & Santos LTDA - ME. ANO 09 | NO 189 | 28 DE FEVEREIRO A 03 DE MARÇO DE 2017
Telefones: (11)4312-2497 | (11)93802-3316 | (11)96681-9300 E-MAIL: reportagem@leiaogazeta.com.br | reportagemgazetaregional@gmail.com
O vendedor de sonhos É preciso se tomar cuidado com empresários apresentados pelo marido de uma certa política da região. Um deles, por exemplo, adora vender sonhos. E ele gosta tanto do ofício que, na Grande São Paulo, é conhecido como o único construtor que vende imóveis, mas não os entrega. Tomara que a referida política e seu marido não sejam iguais a este parceiro. Quem será? Na mesma cidade do ‘vendedor de sonhos’, há também um leitor voraz do Gazeta Regional. E esse leitor gosta tanto do jornal que, nos dias em que os exemplares são distribuidos, ele manda recolher todos os que estiverem disponíveis. Há quem diga, inclusive, que o tal leitor é vereador daquela cidade. O jornal pede ajuda aos leitores para descobrir quem é este leitor voraz. Afinal, ele precisa dividir os exemplares. Tio Zé E o Ministério Público instaurou procedimento para investigar caso de nepotismo na Prefeitura de Mogi das Cruzes. Como o Gazeta Regional adiantou, trata-se de denúncia contra o atual chefe de gabinete e tio do prefeito Marcus Melo, José Luiz Freire de Almeida.
ARUJÁ - BERTIOGA - BIRITIBA MIRIM - FERRAZ DE VASCONCELOS - GUARAREMA - ITAQUAQUECETUBA - MOGI DAS CRUZES - POÁ SALESÓPOLIS - SANTA BRANCA - SANTA ISABEL - SUZANO O Gazeta Regional não se responsabiliza pela autenticidade dos anúncios publicados, nem pela credibilidade dos anunciantes e a qualidade dos produtos por eles oferecidos, sendo todos de única e exclusiva responsabilidade dos anunciantes Artigos assinados não refletem a opinião do jornal; a divulgação acontece visando ampliar o debate democrático
O que pode ser a falta de liberdade de expressão para quem trabalha na imprensa? Você pode pensar em restrições de pautas, notícias ou entrevistados que se negam a falar de determinados assuntos. Certo, isso realmente existe, mas um recente estudo da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (ABERT) mostrou que a falta de liberdade também inclui agressões contra os comunicadores. O anuário “Violações contra Liberdade de Expressão” divulgado pela ABERT essa semana traz um dado alarmante: 172 jornalistas sofreram agressões não-letais em 2016, em 2015 esse número era de 106 casos. Mas o que isso significa? Que em um ano nosso país enfrentou um número de agressões contra jornalistas 60% maior que no ano anterior, profissionais que sofreram agressões enquanto trabalhavam por motivos na maioria das vezes de censura – aquela mesma censura que a gente achou ter morrido com o início da democracia no nosso país. Em 2016, o número de atentados contra jornalistas também preocupou: pelo menos seis homens que trabalhavam em editorias de política ou polícia sofreram atentados que poderiam levar à morte. Já o número de mortes no país foi menor do que ano passado, mas não deixou de preocupar. Dois jornalistas foram assassinados: João Miranda do Carmo, dono de um site que denunciava casos de corrupção e crimes na cidade de Santo Antônio do Descoberto (GO) foi
atingido por 13 tiros na porta de sua casa, e Maurício Campos Rosa, dono de jornal em Minas Gerais, que também vinha denunciando casos de corrupção, foi morto com 5 tiros. E o que esses dados demonstram? Uma tristeza enorme para quem é jornalista e para quem não é. Todos os dias, quando você liga a televisão, ou senta para ler algo na Internet, no jornal, certamente está conferindo o trabalho de um profissional que passou horas a fio pesquisando tudo sobre o assunto para trazer o melhor da informação. Um profissional que muitas vezes se arrisca, pode sentir medo, mas que sabe que vai ser recompensado com um trabalho bem feito e que mostre a verdade. Hoje, o Brasil é o segundo país da América Latina mais perigoso para o exercício da profissão de jornalista. De acordo com a ONG Press EmblemCampaign, nosso país está também entre os dez mais perigosos do mundo para quem trabalha com jornalismo, uma posição ocupada ao lado de regiões como a Síria e Iraque. Aliás, quando analisamos o período de 2012 a 2016, o Brasil ultrapassa até mesmo o Afeganistão, que vive em constante guerra. E o que a gente ganha com tudo isso? Nada, a gente só perde. Perdemos jornalistas de qualidade, perdemos um jornalismo investigativo de verdade que aconteça sem medo das ameaças e, o pior, perdemos nossa liberdade de comunicar. Aline Imercio é Jornalista
MOGI INVISÍVEL PEDRO CHAVEDAR
Por Pedro Chavedar Márcio Alexandre dos Santos tem 42 anos e nasceu no bairro do Ipiranga, na capital do estado. Está na rua há 22 anos e tem família em São Miguel Paulista, mas diz que eles não o aceitam. Pelas ruas, já viu de tudo, até ET. E foi nas ruas de Mogi das Cruzes, mais precisamente na Rua Ipiranga, numa longa noite. “Mas eu acho que era só alucinação, coisa da mente”, me disse, já argumentando que bebeu e usou remédios. Marcinho leva tudo isso na esportiva e na brincadeira, rindo de suas histórias. Fã de Renato Russo e Raul Seixas, Marcinho acredita em Deus e que um dia o nosso corpo terá um descanso, mas ele quer saber para onde sua carne vai. ”Eu sei que se eu continuar do jeito que eu to, meu corpo vai para o quinto dos infernos”. Para se salvar, ele quer voltar para Cristo – e me disse isso nas escadas da Catedral de Sant’Anna, centro de Mogi. Mas isso só será possível, segundo ele, caso se arrependa de seus pecados. Toda essa religiosidade pode ser vista em duas tatuagens: uma Nossa Senhora no peito direito e um grande Cristo crucificado nas costas. Sobre amor, diz que nunca amou. Teve apenas uma paixão por Vera, uma moça que conheceu no centro de São Paulo e que carrega o nome tatuado em seu antebraço. Não amou nem mesmo sua mãe, falecida. Sobre seu pai, não o vê há mais de 20 anos. Para ele, a porta de entrada para o inferno já esteve na Terra e se chamou Casa de Detenção do Carandiru, local em que passou dois anos. “Vi tanta gente morrer lá dentro que não gosto nem de lembrar”, conta. Marcinho nunca deixou de sonhar. ”Eu queria sair dessa porcaria” fala, enquanto lembra que já arrumou um monte de mulher, mas que nenhuma conseguiu tirá-lo das ruas. Ele lembra que, quando criança, ficava olhando para a Lua e dizia que um dia chegaria lá. Em sua mente, naquela noite na Rua Ipiranga, Marcinho chegou e foi muito feliz.
Especial
GAZETA REGIONAL 28 de fevereiro a 03 de março de 2017
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Salesópolis 179 anos SICHA/STUDIO23FOTOGRAFIAS
UMA REINVENÇÃO NECESSÁRIA Turismo, enfim, pode firmar-se como principal fonte de retomada econômica no município após novo Plano Diretor; crise, no entanto, castiga comércio Por Renan Xavier renanxavier@leiaogazeta.com.br
Salesópolis completa 179 anos de fundação em meio a desespero e esperança. Edificada a estratégicos 100 quilômetros da capital, 70 do litoral em Caraguatatuba e 50 de São José dos Campos, no Vale do Paraíba, o município, que abriga a límpida nascente do Rio Tietê, é privilegiado pela natureza exuberante e seus quase 17 mil habitantes, povo pacífico e de tradições enraizadas no trabalho. Ficaram no passado os anos em que a mina de ouro dos salesopolenses brotava nas plantações de eucalipto. Hoje, o negócio já não é o maná dos agricultores e a cidade enfrenta o desafio de se reinventar economicamente. Ao mesmo tempo, enfrenta, como todo o País, a crise financeira. Por conta disso, especialistas, comerciantes, empresários e autoridades carregam na ponta da língua o que pode– e deveria – ser a grande saída para o município: o turismo. A cidade recebe cerca de 10 mil visitantes por ano, um número tímido diante de seu potencial, reconhecem representantes do setor e comerciantes. No entanto, uma série de mudanças na legislação do município tem animado empresários locais. Muitos
avaliam que, agora, o segmento tem tudo para esquentar. O município, por ser estância turística, recebe uma verba do Departamento de Apoio ao Desenvolvimento das Estâncias (DADE), do governo estadual. O dinheiro é repassado na forma de convênios às cidades. A partir deste ano, a aplicação desses recursos será feita de forma mais democrática, com a obrigatória aprovação do Conselho Municipal de Turismo de Salesópolis (Comtur) sobre quais áreas receberão os investimentos. A medida, que é um dos frutos do novo Plano Diretor de Turismo do município, representa uma grande conquista para a cidade na visão do presidente do Comtur, Gilberto Fujisawa. Ele avalia que o setor realmente pode reanimar o comércio local e relata que já há um grupo de 36 empresários engajados em fomentar o segmento. Trata-se do movimento Pró-Turismo Salesópolis (Protur), que está prestes a se tornar uma associação regularizada. “São proprietários de estabelecimentos que querem ver o turismo no município se desenvolver, para crescer com ele. São novos tempos, estou otimista e acho que esse será o momento da grande retomada de crescimento em Salesópolis”, comentou esperançoso.
O propretário do alambique Canabella, Willy Zirr, também demonstra otimismo quanto aos novos rumos do setor. “Felizmente está havendo um movimento no sentido de incrementar o turismo na região. E uma iniciativa louvável, pois demonstra a união dos empresários locais que, com o importante apoio das autoridades municipais, tem projetos bastante promissores e
que, desde já, estão produzindo bons resultados”, comemorou. Para Zirr, o turismo em Salesópolis precisa apenas ser melhor explorado, com maior divulgação. DIFICULDADES Mas nem tudo são rosas entre os comerciantes da estância. No outro extremo, desespero e pessimismo começam a tomar
conta de parte do empresariado. É o caso do comerciante Marcos Nepomuceno da Silva, conhecido como Dunga. Dono de um restaurante no Centro, ele calcula que, se as coisas não melhorarem em até quatro meses, será obrigado a fechar as portas e demitir seus funcionários. “Estamos em uma estância turística e o governo não faz o mínimo pelo segmento”, criticou Dunga.
EXPLORAÇÃO DO TURISMO
NOVAS REGRAS REACENDEM ÂNIMO E DEBATES NO SETOR Desde novembro do ano passado, com a aprovação do novo Plano Diretor de Turismo, o agendamento das visitas a Salesópolis pode ser realizado por agências sediadas fora do município. Antes, somente empresas da cidade, caso da Ecotur e Tietê Turismo, podiam oferecer este serviço. Com a abertura do mercado, o presidente do Conselho de turismo de Salesópolis (Comtur), Gilberto Fujisawa, acredita que novos tipos de público devem ser
atraídos para a cidade. “É sempre bom para o turismo e para a cidade ter agências praticando uma concorrência saudável de mercado”, disse o presidente do Comtur. A proprietária da Ecotur, Tania Wuo, disse ver com bons olhos a medida e rebateu críticas de que detinha algum monopólio sobre o serviço. “Minha empresa optou pelo setor pedagógico, basta aos demais entenderem que este não é o único público, a população pode e deve abrir
novas agências e segmentos, como já vem acontecendo”, disse. “Será ótimo para a cidade”, completou. Com relação à nova legislação, destacou ainda que há alguns pontos que necessitam ser melhorados. “Enfrentamos algumas dificuldades, temos algumas dúvidas sobre como atuar perante o novo funcionamento, mas esperamos resolver com os responsáveis, pois até o momento não temos secretário de turismo no município”, declarou. (R.X)
Análise Bianca Colepicolo, presidente da Agência de Desenvolvimento Regional do Alto Tietê (ADRAT)
ONDE ENXERGAM PROBLEMA, PODE ESTAR A SOLUÇÃO Quando ouço falar de Salesópolis, a primeira coisa que chama a atenção é que 98% de seu território é área de proteção, preservado ambientalmente por lei. Quase sempre as autoridades e empresários se referem a isso como um problema, quando, na verdade, pode ser justamente a solução. A cidade tem um imenso potencial turístico, especialmente por ser rica em recursos naturais. Hoje, é crescente a demanda por cursos de permacultura, sobrevivência na selva, trilhas radicais e tantos outros atrativos englobados pelo ecoturismo. Comércio, governo e população podem começar a vender melhor essa ideia de um local intocado pela sociedade, cujo território ainda está quase integralmente preservado.
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ESPECIAL SALESÓPOLIS 179 ANOS
GAZETA REGIONAL 28 de fevereiro a 03 de março de 2017
POTENCIAL
TURISMO RELIGIOSO É APOSTA Igreja Católica está disposta a fomentar o turismo religioso no município; celebrações religiosas tradicionais prometem atrair fieis de todo o Estado
Não há um só final de semana em que a Estância Turística de Salesópolis deixa de festejar um santo padroeiro da cidade. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Estatística e Geografia (IBGE), mais de 80% dos salesopolenses são seguidores da religião Católica Apostólica Romana. Isso classifica o município como um dos mais católicos de todo o Estado de São Paulo. Por conta da influência da religião na cidade, a Paróquia São José Operário pretende aos poucos fomentar o turismo religioso, explorando as festas, celebrações religiosas e monumentos sacros.
TELEVISÃO Para que os eventos religiosos que acontecem em Salesópolis passem a atrair mais turistas, o vigário en-
BRUNO ARIB
Fique sabendo
80%
dos moradores de Salesópolis são católicos Fonte: IBGE
Interior da Paróquia São José Operário
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Por Irânia Souza reportagem@leiaogazeta.com.br
Ao reconhecer que o turismo religioso movimenta a economia de qualquer município, o vigário paroquial Roberto Ribeiro dos Santos assegurou que a igreja tem feito o possível para impulsionar as festividades locais. A Paróquia é composta por 23 comunidades espalhadas por Salesópolis. Já a Paróquia Nossa Senhora dos Remédios, localizada no distrito de mesmo nome, possui 10 comunidades. O objetivo, segundo ele, é continuar mobilizando as centenas de fieis que vêm para a cidade em busca das tradições que se confundem com a formação da cidade.
tende que é preciso se construir uma parceria com grandes mídias católicas, tais como as emissoras de televisão Canção Nova, TV Aparecida, Rede Vida e Rede Século 21. Um bom exemplo de
evento religioso midiático é a tradicional feira realizada às primeiras quintas-feiras de cada mês. Isso porque até mesmo os cidadãos salesopolenses não conhecem, em sua maioria, a origem do evento. Iniciado ainda no sé-
culo XX, o evento começou por conta de uma promessa dos fieis pelo fim da varíola, doença que ocasionou mortandade na região. Desde então, realiza-se a missa, procissão ao santíssimo e a feira, sendo considerado um dia santo no município. “Neste dia, a igreja chega a reunir mais de duas mil
pessoas da cidade e de municípios vizinhos. Nós recebemos também visitantes de São Paulo, São José dos Campos e Jacareí. A nossa expectativa é aumentar ainda mais a quantidade de fieis”, destacou o vigário. INTERESSE O Gazeta Regional entrou em contato com algumas emissoras de televisão para saber se elas conhecem os eventos religiosos de Salesópolis. A TV Canção Nova informou que não, mas que avaliará a demanda e encaminhará para o departamento de Jornalismo da emissora, para uma possível reportagem. A TV Aparecida também disse que enviará a proposta para sua equipe de reportagem. A Rede Vida e a Rede Século 21 não retornaram o contato.
ESPECIAL SALESÓPOLIS 179 ANOS
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ESPERANÇA
VIDA VOLTA A JORRAR NA REPRESA Com renascimento do Paraitinga após crise hídrica, local volta a receber turistas de todo o estado e dá fôlego aos comerciantes do entorno
RENAN XAVIER
Por Renan Xavier renanxavier@leiaogazeta.com.br
As cadeirinhas enfileiradas sustentam toda a paciência de quem vem de longe em busca de tranquilidade e uma boa pesca. De vez em quando, uma fisgada no anzol anuncia mais um lambari com destino à frigideira. “Só dá peixe pequeno, mas já serve pro almoço”, comemora um. “E com uma cervejinha fica ainda melhor”, acrescenta seu colega de pescaria. A prosa toda se dá às margens da Represa do Paraitinga, em Salesópolis, que vive um renascimento depois do longo castigo da estiagem. Nem parece, mas onde
agora a água avança, era só terra vermelha e vegetação há alguns meses. A seca de chuvas, que durou de 2014 até o ano passado, devastou a paisagem. E os turistas foram embora. É o caso de Wladimir Rodrigues, 57, aposentado. Ele não lançava a vara de pesca no local havia dois anos, mas retornou à represa, vindo de Guarulhos, na última quarta-feira – trazendo a namorada de companhia. Já Carlos Loreto e Edson Luiz, ambos aposentados e com 67 anos, são de Itaquera, na Zona Leste da capital paulista. De casa ao tranquilo refúgio são 77 quilômetros, uma viagem rápida quando madrugam às 5h e driblam o trânsito. A viagem é mais pela tranqui-
lidade que pelo fruto da pescaria, diziam eles. Até porque o sol da tarde já ardia e eles não tinham fisgado grande coisa, ao contrário do exibido Silvério Ferreira, 50. O auditor, que mora em Jacareí, ostentava uma tilápia de dar inveja. Foram as chuvas iniciadas no último novembro que elevaram o nível do manancial, que agora volta a atrair gente de todos os cantos do estado. No dia 23, o reservatório da Represa do Paraitinga, que integra o Sistema Produtor Alto Tietê, operava com 52,9% da capacidade, bem acima dos alarmantes 4,2% aos quais chegou um ano depois de começar a ser usado como reforço do Cantareira.
JOSÉ BOANI / DIVULGAÇÃO
Análise Kleber Rocha, meteorologista
NOVA ESTIAGEM É POSSÍVEL
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JOSÉ BOANI / DIVULGAÇÃO
Morador da cidade registrou o antes e depois da represa
Embora seja difícil prever quando, podemos esperar que um fenômeno meteorológico semelhante ao que levou à estiagem ocorra novamente. Os ciclos fazem parte da natureza, portanto é totalmente possível que, em algum tempo, padrões atmosféricos voltem a se desencadear, levando a uma nova seca. O importante é que nós estejamos preparados para esse novo fenômeno.
DEPOIS DA SECA
COMERCIANTES PLANEJAM RETOMADA
GAZETA NÃO ESQUECE
Durante a crise, quem vivia da represa teve que se virar como pôde - e não teve jeito para muita gente: assistiram ao negócio afundar. As vítimas foram moradores e donos de estabelecimentos no bairro Capela Nova. Teve até restaurante com vista privilegiada para a Represa Paraitinga que fechou as portas, quando a seca mudou o cenário. A comerciante Roseli Morimoto, 42, é exemplo da situação crítica. Ela contabilizou dois anos de prejuízos em sua loja de artigos de pesca, localizada às margens do reservatório. Chegou a pensar em desistir e fechar de vez o negócio. O Gazeta Regional registrou seu drama em reportagem de
agosto de 2014, quando a crise ainda era apenas uma ameaça para a maioria, mas já fazia as primeiras vítimas. “Antes da seca, eu vendia R$ 80 mil por ano. No segundo semestre de 2014 a coisa começou a desandar, a represa praticamente secou e os turistas sumiram. Ano passado não vendi sequer R$ 10 mil”, relembra. Para pagar contas, Roseli começou a encarar uma rotina dupla trabalhando como ajudante geral em uma empresa no bairro vizinho. Emendando horários, trabalhava das 5h30 às 22h para ajudar a manter a casa. “Até espero que as coisas melhorem, mas graças somente ao meu trabalho. Não espero
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BRUNO ARIB
Roseli conta à reportagem os desafios que viveu por conta da estiagem
nada da Prefeitura. Para as autoridades, parece que não existimos, fomos excluídos do circuito turístico da cidade”, critica a comerciante. Dona de uma lanchonete, Lavínia Weverton também
espera que, a partir de agora, as coisas melhorem. Segundo ela, foram anos difíceis os de estiagem, mas, agora, a tendência é de que a vida volte a brotar às margens do sistema Alto Tietê. (R.X.)
Em agosto de 2014, o Gazeta Regional publicou matéria a respeito da situação de Roseli. À época, ela já contabilizava cerca de 70% de queda nas vendas. Num dos momentos mais dramáticos de seca, o jornal também flagrou uma motocicleta atravessando por um local que, anos antes, estava coberto pelas águas da Represa do Paraitinga .
Singular “MEU AMOR É SALESÓPOLIS” ESPECIAL SALESÓPOLIS 179 ANOS
Por Lailson Nascimento lailsonnascimento@leiaogazeta.com.br
GAZETA REGIONAL
28 de fevereiro a 03 de março de 2017
No aniversário de Salesópolis, o Gazeta Regional traz espécie de perfil de Sandra Regina Assis. Natural da Estância Turística, a advogada é de origem humilde, tendo iniciado a vida na zona rural do município. Mãe de dois filhos, Dra. Sandra tem perfil familiar, creditando o sucesso pessoal e profissional aos
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seus pais. Com estilo de vida que foge à regra do município, a advogada tem se destacado por ‘desafiar’ os padrões costumeiros de vida em sociedade em Salesópolis. Por todos esses motivos, Dra. Sandra representa a população salesopolense nesta edição especial de aniversário.
ORIGEM Eu venho de uma família bastante humilde, morei no bairro Ribeirão do Pote, em uma casa de pau a pique, passamos um período de oito meses na cidade de Biritiba Mirim e, depois, voltamos para Salesópolis, de onde nunca mais sai. No começo da vida, trabalhei na roça com cor te de lenha, para ajudar os meus pais, que na época eram muito simples. Acabei engravidando do meu filho mais velho muito cedo, com apenas 16 anos. Na época, estava ingressando no ensino médio, por tanto, tive que ir estudar com o filho no colo. Mas as dificuldades nunca foram empecilhos para o meu crescimento como ser humano. Sempre tive comigo que só estudando é que iria crescer na vida. Quando terminei a escola, prestei concurso para a Prefeitura de Salesópolis, passei e, na ocasião, ainda existia o beneficio de 50% de bolsa para curso superior. Então, prestei o vestibular e realizei o meu sonho de ingressar no curso de Direito.
A IMPORTÂNCIA DO DIREITO EM SUA VIDA
Estou na área há nove anos. Vale ressaltar que, nesse período, meu escritório já aposentou em torno de 500 pessoas na cidade. Ou seja, só nosso escritório conseguiu fazer com que os aposentados movimentem mais de R$ 5 milhões por ano na cidade, afinal, a maioria gira o dinheiro do benefício no próprio município. Em fevereiro, tive 17 audiências, e vamos fechar o mês com 44. Sem contar que sou a primeira advogada da cidade a ter um filho formado em Direito que atua dentro do próprio escritório. Levando tudo isso em consideração, posso afirmar que o Direito é a minha vida.
PORQUE SER ADVOGADA? Eu falava para o meu pai que queria ser advogada desde criança. Não tinha acesso a jornal, muito menos a televisão naquela época. Vinha para o Centro da cidade a cada seis meses. Mas sempre tive comigo que seria advogada. Por ironia do destino, mais tarde, enquanto candidata a vereadora, soube que o meu pai falava muito bem de mim para as pessoas, dizendo que eu ia estudar, ser uma advogada e, com isso, ajudar a cidade. Devo muito ao meu pai e a minha mãe.
INFLUÊNCIA DA FAMÍLIA Sempre recebi o apoio dos meus pais. Minha mãe, apesar do pouco estudo, era uma mulher bem a frente do tempo que vivia. Ela foi uma das primeiras mulheres na cidade a fazer laqueadura e a utilizar o método anticoncepcional, que naquele tempo era um tabu. Talvez esse seja o motivo de eu também ser assim, e às vezes sou mal compreendida. Já a paixão pela política veio do meu pai. Mas, infelizmente eles não conseguiram me ver formada. Minha mãe faleceu em maio de 2005, com apenas 48 anos de idade. Em outubro do mesmo ano, foi a vez do meu pai falecer, com 51 anos. Para você ter uma ideia, minha mãe faleceu no dia em que eu ia apresentar a minha monografia na faculdade. Por conta da mor te dela, o meu pai sur tou, pois quem resolvia tudo em casa era ela. Foi uma fase complicada. Já em dezembro de 2005, com 30 anos, eu me formei em Direito. Chorei muito no dia da minha formatura, porque eles não estavam ali comigo para comemorar.
A ENTRADA NA POLÍTICA Antes mesmo de me tornar advogada, eu trabalhei por nove anos no Fórum [havia sido emprestada pela Prefeitura], e só sai de lá quando passei no exame da OAB. Além disso, fui conselheira tutelar por seis anos, o que acabou projetando ainda mais o meu nome. Quando sai para vereadora, fui a terceira candidata mais votada, com 399 votos. Como vereadora, consegui evitar o aumento da Cip (Contribuição de Iluminação Pública) em um movimento for te, numa sessão extraordinária no dia 23 de dezembro, 8h da manhã, ou seja, no apagar das luzes. Considero isso como minha principal vitória. Mas nessa trajetória eu descobri que vereador não manda em nada, quem manda mesmo é o prefeito. Muito difícil o inverso. Avaliando essa situação, na qual o prefeito decide tudo, foi que eu decidi sair candidata à prefeita, pois eu queria fazer o melhor para a cidade.
PRETENDE SE CANDIDATAR A ALGUM CARGO FUTURAMENTE? Confesso que senti o peso de ser uma figura pública. A política na cidade ainda é liderada por homens, então é um desafio ser uma das poucas mulheres a par ticipar disso. Mas estarei na política sempre, independente de cargos. Meu grupo está à frente do PMDB, do Solidariedade e do PTB. Se vou disputar uma nova eleição ou não, o futuro a Deus per tence. É dessa maneira que vejo hoje.
EXPERIÊNCIA COM A POLÍTICA Na política, existe o lado bom, mas também o lado ruim. Todo político paga um alto preço, pois a pessoa se expõe, inclusive às críticas. O meu foco sempre foi o trabalho como advogada, e obviamente que os políticos adversários usaram isso de má fé na última eleição, para denegrir a minha imagem na cidade. Houve também a questão com meu ex-marido. Nós já não vivíamos um relacionamento em comum há três anos, e dificilmente a população me via com ele. Foi quando me envolvi com outra pessoa um ano antes das eleições. Pelo fato dele ser um pouco mais novo, criou-se comentários maldosos e maliciosos na cidade. Houve preconceitos pelo fato da profissão dele, mas ninguém pensou que ele de fato iria me fazer feliz. E com cer teza os adversários usaram isso contra mim. Mas, tudo que vivenciei na política, tomo como uma disputa natural de um pleito eleitoral. O que realmente me chateou foram os demais candidatos entrarem na vida profissional e tentar tirar de mim o ganho pão dos meus filhos. Até onde vale a pena destruir a vida de uma profissional, de uma mãe de família, para brigar por uma cidade que eles diziam estar ‘falida’? Isso me deixou muito triste. Metade da minha vida foi dedicada ao Direito, por tanto, respiro o meu trabalho. Tirar isso de mim é tirar a minha vida.
DE QUE MODO GOSTARIA DE SER ENXERGADA PELA POPULAÇÃO DE SALESÓPOLIS? A gente sempre espera ser um exemplo do bem para as pessoas, e talvez seja por isso que não me dei tão bem na política. Queria tanto fazer o que era correto e fui mal compreendida. Não critico o eleitor, respeitei a decisão eleitoral e fui a primeira a aceitar a derrota, cheguei a parabenizar o prefeito eleito Vanderlon e agradecer os votos que recebi. Um voto é uma vida, e olha quantas acreditaram em mim, 910. Fui a primeira candidata a prefeita que fez um vereador na cidade pela coligação. Por tanto, espero ser um bom exemplo para os munícipes. Aproveito a opor tunidade, inclusive, para deixar uma mensagem, principalmente aos jovens: o estudo transforma vidas. Que eles estudem para formação deles, pois o conhecimento engrandece o ser humano. Assim que quero ser lembrada, uma pessoa que optou pelo estudo e venceu na vida. Espero que a cidade de Salesópolis saia algum dia dessa cultura fechada e que a população possa pensar diferente.
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ESPECIAL SALESÓPOLIS 179 ANOS
GAZETA REGIONAL 28 de fevereiro a 03 de março de 2017
CÂMARA MUNICIPAL
50 DIAS DE MANDATO
SALESÓPOLIS CRESCERÁ, ASSEGURA VANDERLON
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BRUNO ARIB
Em entrevista, prefeito destaca ações que tem dado norte aos primeiros 50 dias de governo
Por Lailson Nascimento lailsonnascimento@leiaogazeta.com.br
A crise econômica que assola o País reflete diretamente na capacidade de investimentos da Prefeitura de Salesópolis. Se não bastasse o descrédito que a classe política enfrenta, a arrecadação cada vez mais enxuta agrava o desafio de se governar o município. E é neste cenário que Vanderlon Oliveira Gomes (PR) ‘comemora’ o primeiro
aniversário da cidade como prefeito. Apesar das adversidades, Vanderlon está seguro do crescimento da cidade. Ao completar os primeiros 50 dias de gestão, Vanderlon faz um balanço positivo. “Apesar de todas as dificuldades, temos conseguido implantar o modelo de gestão defendido na campanha. Estamos priorizando a zeladoria do município, sempre contando com o apoio da população. Os moradores tem entendido a importância dessas ações e es-
tão ajudando a administração municipal com diversos mutirões. É com o apoio da população que vamos continuar com a retomada do crescimento do município”, prometeu. DIFICULDADES Com orçamento engessado, cuja previsão gira em torno de R$ 35 milhões, o republicano dependerá de recursos e convênios firmados junto aos governos federal e estadual para realizar obras e serviços de maior impacto. A parceria com
os deputados estadual André do Prado e federal Marcio Alvino seria a ‘ponte de acesso’, não fosse a situação irregular das Certidões Negativas de Débitos (CNDs) herdadas por Vanderlon. “Estamos resolvendo a situação. Já fizemos o parcelamento de algumas dívidas, mas existe uma suspensão de uma CND que é judicial. Já resolvemos administrativamente e vamos solicitar junto ao judiciário para que seja liberada”, explicou. A situação se agrava quando se trata das áreas de Saúde e Educação, já que alguns convênios ficam paralisados enquanto a CND não estiver regularizada. Por conta da situação complexa que envolve as CNDs, o município poderá contar, inicialmente, com recursos provenientes do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), além da arrecadação com impostos, tais como ICMS e IPVA. Com relação à dívida consolidada do município, o prefeito informou que os compromissos herdados de gestões anteriores ultrapassam os R$ 14 milhões.
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Limpar o nome do município e melhorar a qualidade de vida através de zeladoria são as prioridades
LAERTON SANTOS
Membros da mesa diretora, vereadores destacaram prioridades
LEGISLATIVO ENTRA NA BRIGA POR UNESP No que depender da Câmara Municipal de Salesópolis, a cidade abrigará um campus da Universidade Estadual Paulista (Unesp). A informação é do presidente do Legislativo, Rodolfo Marcondes (PDT), que destacou o projeto como um dos sonhos de Salesópolis neste aniversário. O vereador também anunciou sessão solene para as 10 horas do dia 28, em celebração aos 179 anos de fundação e 160 anos de emancipação política-administrativa da cidade. Apesar de reconhecer que a presidência lhe traz dificuldades, por conta das obrigações administrativas que o cargo lhe impõe, Rodolfo garante que as bandeiras defendidas na campanha continuam como prioridades. “Educação, Meio Ambiente, Agronegócio e Turismo são minhas bandeiras. Tanto é que já marquei reunião com
o reitor da Unesp, porque sei do interesse da universidade em implantar um campus no Alto Tietê e, se fosse em Salesópolis, seria uma conquista imensa para o município”, ressaltou. Os vereadores Edson Lopes Cerqueira (PTB), o Pastor Edson, e Cláudio do Prado Moraes (DEM), o Claudinho do Som – respectivamente 1º e 2º secretários -, apoiam o projeto de implantação de um campus da Unesp. Pastor Edson quer priorizar a saúde. “Minha prioridade é a do grupo como um todo: a saúde, que envolve a nossa Santa Casa”, disse o 1º secretário. Claudinho do Som ponderou que “saúde é primordial, mas o turismo também faz parte do meu sonho de cidade modelo. No meu entendimento, Salesópolis deve focar cada vez mais nesse setor”, concluiu. (L.N.)
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ESPECIAL SALESÓPOLIS 179 ANOS
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PARABÉNS, SALESÓPOLIS
Essa é uma homenagem do Gazeta Regional e parceiros para a cidade de Salesópolis e todos os moradores!
PELOS SEUS
160 ANOS DE EMANCIPAÇÃO
28
FEVEREIRO.
179 ANOS
DE HISTÓRIA!
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Cidades
GAZETA REGIONAL 28 de fevereiro a 03 de março de 2017
O prefeito de Suzano, Rodrigo Ashiuchi (PR), apresentou na noite de quintafeira (23), aos moradores da região sul da cidade, um cronograma de obras e de intervenções que o distrito de Palmeiras vai receber no decorrer de 2017.
CARNAVAL
Vai Quem Quer faz a alegria em Mogi
Comandada há 27 anos pelo médico e deputado estadual Luiz Carlos Gondim, em 2017 a banda trouxe como mote o tema “Não deixe o samba morrer” JONNY UEDA/DIVULGAÇÃO
Da Redação
Nem mesmo a chuva tirou o brilho da noite e a alegria dos foliões. O público foi chegando timidamente e aos poucos a avenida do samba ficou repleta de pessoas, contagiadas com a Vai Quem Quer, na noite de ontem (24).
A banda mais uma vez fez a diferença no carnaval de Mogi das Cruzes, sempre com muita descontração, abrindo espaço para todos, sem nenhuma distinção. Todos se divertiram ao som das marchinhas carnavalescas, samba e muito axé. Além do trio elétrico, a noite foi animada por escolas de samba da cidade.
Comandada há 27 anos pelo médico e deputado estadual Luiz Carlos Gondim (SD), em 2017 a banda trouxe como mote o tema “Não deixe o samba morrer”. O parlamentar disse que escolheu esse tema para cultivar essa tradição. O carnaval é um momento de descontração e faz parte da nossa cultura. “Oferecemos alegria e
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Ivan Rizzi marcou presença no “Vai Quem Quer” BRUNO ARIB
Foliões posam para foto durante o evento na Avenida Cívica
Assista a TV Câmara e faça a cidade acontecer!
Quando você assiste a TV Câmara de Mogi fica por dentro das leis que a câmara aprova para melhorar a qualidade de vida da nossa população, do que acontece em nossa cidade e fica ligado também no trabalho dos vereadores. Assim você pode participar das decisões mais importantes, exercendo sua cidadania e fazendo o futuro de Mogi acontecer. Dê um play na cidadania: sintonize a TV Câmara pelos canais 60.2 em UHF ou 7 na Net*. Ou veja também pelo site da câmara: www.cmmc.sp.gov.br .
Você ligado na cidadania.
*Consulte sua TV por assinatura.
Apesar da chuva, centenas de foliões fizeram questão de prestigiar a “Banda Vai Quem Quer”
diversão a todos os foliões que gostam de brincar o Carnaval, sem distinção e muita diversão”, destaca. Gondim disse ainda que a presença do público no desfile da Vai Quem Quer mais uma vez superou as expectativas. “Valeu a pena todo o esforço para oferecer esses momentos de alegria à população da cidade. Quando vejo a alegria de tanta gente, brincando e se divertindo, é muito gratificante. Estou certo de que a banda está cumprindo o seu papel. Nossa intenção é de levar diversão para as pessoas que gostam de brincar o carnaval”, ressalta. O parlamentar enfatiza ainda o papel filantrópico da Vai Quem Quer, que confecciona as tradicionais camisetas tematizadas, que serão trocadas por alimentos não perecíveis e serão distribuídos entre as entidades assistenciais da Cidade. Os produtos arrecadados no ano passado – mais de uma tonelada – foram distribuídos entre 15 entidades.
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JONNY UEDA/DIVULGAÇÃO
ARUJÁ
GAZETA REGIONAL 28 de fevereiro a 03 de março de 2017
ARUJÁ
ECONOMIA
ACE convida Prefeitura a fortalecer o comércio Estreitamento dos laços da associação com a Prefeitura de Arujá está entre as prioridades da diretoria
BRUNO ARIB
Presidente João Romão garante que a ACE está de portas abertas para o prefeito Zé Luiz Monteiro
Por Lailson Nascimento lailsonnascimento@leiaogazeta.com.br
A aproximação da Prefeitura de Arujá com a Associação Comercial e Empresarial (ACE) é uma das apostas do presidente da entidade, João Carlos Romão, para a retomada do crescimento do empreendedorismo local. Ao garantir otimismo por parte dos associados, o presidente sinalizou que só depende da Prefeitura
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estreitar os laços de cooperação para que a vocação comercial de Arujá não seja mais uma vez prejudicada. De acordo com João Romão, a ACE tem observado ligeira reação do comércio local. Lojistas já investem em diversidade de produtos e reposição de estoques, visando superar a queda nas vendas e a consequente escassez. De sua parte, a entidade continuará cumprindo o papel de incentivar o consumo, organizando campa-
nhas que aumentem o fluxo de vendas e criando maneiras de fortalecer os associados e do comércio em geral. Uma das apostas é o estreitamento dos laços da ACE com a Prefeitura. Ainda que o governo do prefeito José Luiz Monteiro (PMDB) atravesse momento conturbado - já que todo início de mandato vem acompanhado de uma série de problemas que envolvem os diversos setores de competência da municipalidade -,
a entidade reconhece que há preocupação da administração municipal com o comércio. “A Prefeitura nos convidou para algumas reuniões e eu pude notar, especialmente do próprio prefeito, uma preocupação conosco. O Zé Luiz nos tem questionado o que a Associação Comercial pode fazer, em conjunto com a Prefeitura, para ver se a gente alavanca o comércio na cidade”, explicou João Romão. Dentro da parceria que está sendo construída, a ACE garante que já tem feito o seu papel. Além de apresentar as reivindicações da classe para Zé Luiz, João Romão aproximou a Prefeitura do Sebrae e do Senai, visando a implantação de cursos de capacitação técnica para os munícipes. Agora, a associação espera ser colocada em seu devido lugar, como representante dos empresários, empreendedores, profissionais liberais e autônomos em geral. “No que depender da nossa Associação Comercial, da nossa diretoria, nós escancaramos as nossas portas, pois estamos sempre prontos para ajudar e assessorar a Prefeitura. Mas tudo é relativo, porque para tudo existe a lei da reciprocidade. A gente tem feito o nosso papel e estamos aqui na expectativa de que a reciprocidade seja verdadeira”, finalizou.
Deputados estaduais da região conhecem prioridades de Arujá Em encontro organizado pelo Consórcio de Desenvolvimento dos Municípios do Alto Tietê (Condemat) na última sexta-feira (24), em Mogi das Cruzes, o prefeito de Arujá, José Luiz Monteiro (PMDB), apresentou as prioridades de infraestrutura do município aos deputados estaduais que representam a região na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) e que atuam na busca de investimentos junto ao Governo do Estado. Composta pelos deputados André do Prado (PR), Estevam Galvão de Oliveira (DEM), Gileno Gomes (PSL), Luiz Carlos Gondim (SD) e Marcos Damásio (PR), a frente parlamentar se dispôs a trabalhar conjuntamente com os 11 prefeitos do Alto Tietê em favor de ações prioritárias dos municípios nas áreas de mobili-
dade, saúde, ações antienchente, meio ambiente e educação. “A união entre prefeitos e deputados da região fortalece muito as ações do Condemat. Hoje, por exemplo, discutimos alternativas importantes para resolver questões que envolvem saúde, recursos hídricos, receitas públicas, entre outros assuntos essenciais que interessam à nossa cidade”, disse Monteiro. Os prefeitos também assistiram a uma palestra ministrada pelo coordenador da Câmara Técnica de Finanças, Aurílio Sérgio Caiado, que apresentou ações estratégicas de arrecadação e ampliação das receitas municipais. Segundo Monteiro, a conversa “foi uma verdadeira aula” e esclareceu pontos fundamentais sobre como uma administração pode arrecadar mais sem que haja aumento de tributação.
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ENTREVISTA
GAZETA REGIONAL 28 de fevereiro a 03 de março de 2017
BIRITIBA-MIRIM
Vamos transformar Biritiba em cidade modelo, promete Jarbas Depois de concorrer em duas eleições seguidas, Jarbas Ezequiel de Aguiar (PV), o Prof. Jarbas, alcançou o cargo de prefeito de Biritiba Mirim. Ao fechar os primeiros 50 dias de governo, o pevista foi convidado pelo Gazeta Regional a destacar, em entrevista, as primeiras conquistas à frente do cargo que tanto almejou. Demonstrando ser exigente - já é chamado pelos auxiliares de “chinês”, por “arrancar o couro da equipe de governo” -, ele procura imprimir seu ritmo na Prefeitura, para que seu Plano de Governo seja cumprido nos próximos quatro anos. E as mudanças são visíveis: a qualquer horário, encontra-se uma fila de pessoas aguardando atendimento. Nesse ritmo de trabalho, Prof. Jarbas enumerou as dificuldades encontradas e apontou possíveis soluções para cada tema abordado. Confira a seguir: BRUNO ARIB
Gazeta Regional (GR): Prefeito, passados pouco mais de 40 dias de mandato, o que o senhor pode apontar como maior desafio para a sua gestão? Jarbas Ezequiel de Aguiar, o Prof. Jarbas: Os desafios são vários. Assumi a Prefeitura numa situação bem crítica, mas já está melhorando. Todos os dias, chego antes das 8 horas e trabalho até umas 22 horas. Quando não estou na cidade, estou em São Paulo, Brasília, atrás de emendas, projetos para a cidade. O meu secretariado está trabalhando e muito. A equipe está muito empenhada. GR: Ainda sobre os desafios, o senhor pode comentar as principais dificuldades das Pastas? Prof. Jarbas: A demanda na Educação é muito grande, pois, nos últimos anos, pouco se construiu para atender as crianças. Principalmente no bairro do Cruz das Almas, há necessidade de uma EMEF com dez salas de aula, pelo menos. Adequamos o máximo possível da nossa rede para receber os estudantes, mas eu sei que têm vários
JARBAS: “Sei como e o que tem que se fazer pela cidade, afinal, estou concorrendo há bastante tempo. Não vou decepcionar, eu garanto” locais ainda inadequados. De emergência, estou ampliando a escola Pedro Henrique Guimarães Melo Rodrigues com quatro salas. É um alívio, mas não resolve o problema. Diante disso, estou em busca de verba para a construção de escola de dez salas, inclusive contando com o apoio do deputado estadual Estevam Galvão (DEM), que já está se empenhando para nos ajudar nesse sentido. No Jardim dos Eucaliptos, há uma creche sendo finalizada, e que vai dar um alívio, mas não vai suprir a demanda de lá também. No Vista Alegre e Jardim Yoneda, também há falta de creche. Para se ter uma ideia, as crianças estão atravessando a pista [rodovia Mogi-Salesópolis] para utilizar a creche do Centro, que também já está superlotada. Portanto, a intenção é construir uma creche naquele bairro. A situação é bem grave. Há também a APAE, que está a cada hora em um lugar e,
para piorar, em casas alugadas e adaptadas. Para resolver esse
problema, minha intenção é fazer concessão da escola do bairro Jardim Castellano, que está parada. Se não houver nenhum impedimento jurídico da concessão, nós podemos dar essa melhor acomodação para as crianças atendidas pela APAE. Inclusive, recebi algumas mães aqui, que chamaram atenção para o fato de que, num local maior, como é o caso daquela escola, haverá
possibilidade de oferecer mais serviços. GR: E a área da Saúde, como o senhor encontrou? Prof. Jarbas: Hoje, estamos com uma falta muito grande de médicos em todos as unidades de saúde do município. Tanto nos ESFs, quando no Pronto Atendimento (PA). Consegui uma
verba de R$ 2 milhões com o deputado federal André Sanchez (PT) e, com a verba, pretendemos ampliar o PA. Não vai virar uma UPA, mas, com a nova estrutura, poderemos receber este serviço futuramente. Além da ampliação, vamos utilizar a verba para comprar equipamentos, pois o nosso raio-x, por exemplo, não presta. E não presta mesmo. Se você tirar um raio-x LAILSON SANTOS
Reconhecendo que a agricultura é a principal fonte de renda do município, Prof. Jarbas quer dar atenção especial ao setor
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Por Lailson Nascimento lailsonnascimento@leiaogazeta.com.br
ENTREVISTA
GAZETA REGIONAL 28 de fevereiro a 03 de março de 2017
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LAILSON SANTOS
GR: E como estão as condições das vias do município? Prof. Jarbas: A cidade está toda esburacada. Mas, inicialmente, a gente vai fazer uma operação para recapear os locais mais graves. Já estou buscando emenda para recapear a estrada do Rio-Acima e pavimentar os cerca de 1,4 mil metros restantes, até chegar à divisa com Mogi das Cruzes. No Cruz das Almas, têm algumas ruas em situação ainda mais grave. Inclusive, existem algumas ruas que constam como asfaltadas, o que não existe na prática. Estou procurando o processo dessas ruas para ver o que pode ser feito. Mas estamos conseguindo diversas emendas e vamos pavimentar outras vias, como é o caso da estrada que liga o Jardim Yoneda ao bairro do Nirvana. GR: Por falar em estradas, qual o plano para se melhorar a mobilidade urbana na cidade? Prof. Jarbas: Estamos fazendo um estudo para implantar transporte coletivo na cidade. As pessoas dos bairros têm dificuldades de vir até o Centro, por falta de transporte. Diante disso, estamos tratando desse assunto com urgência. Acredito que, no primeiro semestre, já teremos transporte. GR: O que o senhor pretende fazer de diferente para que o transporte não seja interrompido, como em outras administrações? Prof. Jarbas: Se preciso for, vamos subsidiar o serviço, pois é obrigação constitucional. Mas o que tem acontecido é que as estradas são muito
GR: Um assunto recorrente e que traz grande esperança é o polo industrial. Em que pé que está esse assunto? Prof. Jarbas: O polo industrial vai acontecer. Estou com uma equipe de 4 secretários empenhada nisso. Eles vão até na China para fazer as coisas acontecerem. Sou desse jeito calmo, mas cobro mesmo. Já colocaram um apelido em mim de “chinês”, porque eu fico arrancando o couro deles, mas não é nada disso. Antes do meio do ano a gente consegue iniciar o polo, pois já temos mais de dez empresas interessadas em se instalar aqui em Biritiba Mirim. GR: Como atrai-las? Prof. Jarbas: A cidade é um atrativo porque minha gestão impõe apenas duas condições para as empresas se instalarem aqui: dar emprego aos biritibanos e recolher os impostos para os cofres do município. A estrutura de energia a gente vai pôr, vamos trazer fibra óptica para a cidade, para rede de internet. Enfim, nossa ideia é transformar a cidade em modelo. As empresas que estão para se instalar no município, em sua maioria, devem gerar mais de cem empregos cada uma. Aumenta a arrecadação do município, possibilitando melhor prestação de serviço para o município. O nível de vida sobe e a qualidade de vida melhora para todo mundo. GR: Na área da agricultura, o que o senhor pretende fazer? Prof. Jarbas: Na agricultura, vamos priorizar a manutenção das estradas rurais, para facilitar o escoamento da produção. Outra coisa é que vamos priorizar a aquisição de produtos do pequeno agricultor da cidade. Com isso, vamos melhorar a qualidade da merenda escolar. No prazo de um mês, queremos que os estudantes tenham refeição de verdade todos os dias. Temos cooperativas e, quem ganhar, vai poder fornecer dentro do nosso município. O Zé do Brejo, que é meu secretário de agricultura, entende tudo da área, pois é agricultor, tem contato com todos da área e sabe das necessidades dos produtores. Em contrapartida, vou tentar fazer com que os impostos dos agricultores sejam recolhidos em Biritiba, e não mais na Ceagesp, como acontece hoje. Assim, podemos aplicar o dinheiro em melhorias para esse setor. GR: Como o senhor conseguiu resultados à frente da Prefeitura em
À frente do Paço Municipal, prefeito tem procurado imprimir seu ritmo de trabalho; resultados devem aparecer em breve
tão pouco tempo? Prof. Jarbas: É porque aqui não tem um secretário sequer que fique encostado, assim como todos os servidores. Todos trabalham e muito. GR: O senhor foi questionado por uma rádio de Mogi das Cruzes a respeito do seu secretariado. Porquê? Prof. Jarbas: É porque temos gente de Ferraz, de Mogi, de Itaquá, de Biritiba. Tem gente de mais de uma cidade, como a gestão passada também tinha e como a maioria dos municípios têm. Mas nenhuma Secretaria está servindo de cabide de emprego. E como você sabe que uma Secretaria é feita para não funcionar? Quando só existe o secretário, não tem nenhuma estrutura. Como que funciona um lugar que só tem uma pessoa para fazer tudo? Isso não existe, é para encostar alguém. Vamos fazer a reestruturação, até para organizar melhor as Secretarias. Mas não tem nenhuma Secretaria parada. Eu sei que ainda não apareceu nenhum resultado prático, mas estruturando desde já, daqui a pouco vai começar a aparecer. O município tem que ser planejado, e uma pessoa só não consegue isso. GR: Ter bom relacionamento com a Câmara também é fundamental para isso. Como está isso? Prof. Jarbas: Meu relacionamento com a Câmara está tranquilo. Mesmo não tendo feito o presidente, está tudo em paz. Até porque os projetos que eu vou encaminhar para a Câmara são de interesse da população. Eu acho que nenhum vereador está ali para votar contra o município. Não vou fazer votação forçada, para prejudicar ninguém. Fui vereador, sei como funciona, e projetos que são bons para a cidade, ninguém vai ser contra. Assim eu espero. De qualquer maneira, eu não quero sair daqui e ficar respondendo processo na Justiça depois. Por isso, vou fazer tudo corretamente. Tudo o que falei na campanha, eu pretendo fazer. As coisas já estão em andamento, o time inteiro está trabalhando. Os próprios servidores concursados estão se acostumando ao novo ritmo. Sei como e o que tem que se fazer, afinal, já estou concorrendo ao cargo há muito tempo. O plano de governo nem foi muito grande para não ser deixado nada para trás. Não vou decepcionar, eu garanto.
EXCLUSIVO
Biritiba Mirim deve ser tema de samba-enredo ano que vem Tradicional cinturão verde do Alto Tietê, Biritiba Mirim deve começar a colher os frutos por abrigar uma das maiores comunidades de agricultores da Grande São Paulo. Além de já ser reconhecida como a ‘Capital do Agrião’, a cidade deverá ser tema de samba-enredo da G. R. C. S. Escola de Samba Império de Casa Verde em 2018. Ainda que o assunto esteja em fase de tratativas, a escola se apresentaria em Biritiba no dia 27 - só não desfilou por conta de decisão judicial que proibiu a realização do evento carnavalesco na cidade -, dando indícios de que o grêmio recreativo tem o interesse de contar a história da cidade do Alto Tietê num dos maiores eventos populares do planeta.
Campeã do carnaval de São Paulo no ano passado, a Império de Casa Verde iria trazer 180 integrantes para a apresentação em Biritiba Mirim. A informação é do prefeito Jarbas Ezequiel de Aguiar (PV), o Prof. Jarbas, que confirmou o interesse da escola de samba pelo município quando o carnaval na cidade ainda não havia sido cancelado. “A apresentação da Império de Casa Verde no ‘Carnafamília Biritiba Mirim 2017’ só corrobora a iniciativa da escola em contar a nossa história. Isso é maravilhoso, porque o carnaval é um dos maiores eventos do planeta, ou seja, uma vitrine. Qual é a cidade que não quer ser tema de samba-enredo de um carnaval transmitido em todo o País e o mundo?”, comemora o
prefeito. De acordo com informações preliminares, a ideia é utilizar a agricultura de Biritiba Mirim como tema de samba-enredo. MOMENTO BOM A cidade vive um momento tão bom em relação ao carnaval que, na última semana, o prefeito recebeu em seu gabinete o troféu da Liga Paulistana de Carnaval. “Além de São Paulo, fomos os únicos a receber este troféu. É por isso que estamos valorizando o carnaval. Para nós, não se trata de apenas uma festa, mas uma manifestação cultural do Brasil, que tem seu valor e deve ser respeitada. Governar também é oferecer cultura”, arrematou Jarbas. (L.N.) BRUNO ARIB
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GR: Em relação a falta de médicos, isso demonstra que há falta de servidores em geral. Prof. Jarbas: Realmente estamos com menos servidores do que deveríamos ter. Inclusive, houve um concurso público em 2014, mas já fui notificado que não posso chamá-los, pois o concurso está sob judice. Por conta disso, no mês de maio, pretendemos abrir um novo concurso público.
ruins, causando o desequilíbrio econômico da empresa que assume o serviço. Para resolver isso, o município vai fazer a sua parte, adquirindo novas máquinas que nos dê condições de fazer manutenção periódica nas estradas. E não vamos exigir que seja ônibus grande, pode ser van, micro-ônibus, o importante é atender a população. A única exigência é que a empresa vai ter que se enquadrar na realidade do município, cujo poder aquisitivo não é igual às outras cidades do Alto Tietê, ou seja, não dá para cobrar muito. Têm empresas na cidade fazendo estudos de demanda. Isso vai ser resolvido logo.
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hoje, o médico não vai conseguir identificar se você está com pneumonia, com fratura, enfim. Há também o chamamento público para que o laboratório funcione com maior oferta de exames na própria cidade, evitando que a população tenha que ir para outros locais. Em mais um mês, a gente consegue resolver a situação da quantidade de médicos. A mesma coisa é a situação dos medicamentos. Hoje, nós estamos fazendo compras emergenciais, mas paralelamente estou cobrando controle de estoque, para amenizar compras. Estamos organizando para não faltar mais. Enfim, vamos fazer um contrato completo para que uma OS assuma o sistema municipal de saúde como um todo. Com isso, vamos organizar, dando condições, inclusive, de abrir o ESF do Jardim Castellano para a população. Hoje, aquela unidade não está funcionando porque não tem médico, muito menos infraestrutura, como rede de energia, água.
Além de São Paulo, Biritiba Mirim foi a única cidade do Estado a receber o troféu da Liga SP
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REGIÃO
GAZETA REGIONAL 28 de fevereiro a 03 de março de 2017
TRANSPORTE ESCOLAR
ITAQUÁ
de ônibus Empresários se queixam Passagem aumenta para R$ 4,10 de concorrência desleal Próprio setor tem sucateado o serviço de transporte escolar, asseguram empresários BRUNO ARIB
Por Lailson Nascimento lailsonnascimento@leiaogazeta.com.br
Para que a nova tarifa entre em vigor, o prefeito Mamoru Nakashima (PSDB) precisa ter acesso à “ata da reunião” de hoje, o que deve ocorrer somente na próxima quarta-feira (1 de março). Por conta dos trâmites burocráticos, a expectativa é que o tucano defina a data da cobrança de R$ 4,10 somente na quinta-feira (2).
SANTA ISABEL
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Empresários do setor de transporte escolar se declaram “envergonhados” com a forma com que outras empresas têm participado das licitações para a prestação do serviço. No entendimento deles, os recentes problemas que deixaram 52 mil estudantes da Grande São Paulo a pé não são culpa do Governo do Estado, mas sim, de empresários que querer “sucatear o sistema”. Com a experiência de quem atua no segmento há 30 anos, os proprietários da Condor Tur, de Salesópolis, receberam a equipe do Gazeta Regional para dar opinião especializada a respeito dos processos licitatórios promovidos pelo Estado no início desse ano e que acabaram mal sucedidos. Para Aderaldo Teixeira Pires, “o governo está fazendo a parte dele”. “O problema, na verdade, são as empresas que agem de má-fé para conquistar o serviço. Muitas vezes, elas maqueiam as planilhas de custo para levar vantagem no preço, o que configura concorrência desleal. É possível executar
O Conselho de Transportes (Comutran) de Itaquaquecetuba aprovou o aumento da passagem de ônibus para R$ 4,10. Em reunião realizada no início da noite desta seta-feira (24), apenas o membro representante da Associação Comercial e Industrial (Acidi) declarou voto contrário ao acréscimo de R$ 0,30.
Aderaldo e sua esposa Luci dizem que problemas no setor não são por culpa do Estado
o serviço mais ‘barato’. Entretanto, na maioria das vezes, o ‘barato’ representa má qualidade e falta de responsabilidade”, denuncia. Para que as transportadoras que não têm competência no ramo deixem de “melar o sistema”, Aderaldo não enxerga outra saída senão severas punições. “Em São Luiz do Paraitin-
ga, o pregoeiro avisou que a empresa que ganhasse a licitação deveria cumprir o contrato. Se não cumprisse, ela seria declarada inidônea por 5 anos. O resultado é que diversas empresas desistiram de participar antes mesmo do início do pregão. É dessa forma que as licitações deveriam ocorrer”, exemplificou o empresário. Apesar de ser da opinião
de que os editais lançados pelo Estado não possuem falhas graves, Aderaldo entende que é preciso endurecer na exigência de documentação. “A empresa só terá condições de executar o serviço se sua planilha contemplar tudo o que é exigido no edital. Caso contrário, o objetivo é transportar estudante sem qualquer responsabilidade”, concluiu.
O Terminal Rodoviário de Santa Isabel já conta com novo sistema de iluminação pública. Projetado para oferecer mais luminosidade sem desperdício de energia, o serviço contempla não só os usuários de ônibus, mas também quem trafega pelas imediações, como na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e no Parque Municipal. Executado pela empresa Gavi Locações e Empreiteira Ltda EPP, o serviço foi contratado pela Prefeitura de Santa Isabel e visa dar mais segurança e conforto à população.
Câmara em Foco
GAZETA REGIONAL
28 de fevereiro a 03 de março de 2017
CONDEMAT
PEDIDO DE INFORMAÇÕES
Vereador Denis questiona obra em escola de Suzano Procurado por pais de alunos, vereador fez visita ao local, nesta semana, e constatou a veracidade do problema denunciado
O vereador de Suzano Denis Claudio da Silva (DEM), o filho do Pedrinho do Mercado, solicitou ao prefeito Rodrigo Ashiuchi (PR) informações sobre a obra que está sendo realizada em período de aula na escola municipal Célia Pereira de Lima. Segundo o parlamentar, diversos pais o procuraram para relatar que está ocorrendo na instituição uma reforma em pleno período escolar. Dessa forma, os alunos estão estudando e se alimentando em meio
à construção e ao transtorno causado por uma obra. Em visita ao local nesta semana, Denis constatou a veracidade do problema. “Nós vamos solicitar ao secretário de Educação Nazih Franciss informações sobre o local e o que está acontecendo. Precisamos ter noção de quando a obra iniciou e a data prevista do término, além de outras informações como o valor gasto, por exemplo”, disse. Essa não é a única cobrança do vereador em relação à Educação. O democrata criticou a decisão do secretário de Educação de não entregar os uniformes e material escolar. Denis
explicou que muitos alunos da rede municipal de ensino são carentes e precisam realmente do uniforme e do material. “Não tem como a escola entregar para as mães uma lista do que precisa comprar, já que muitas famílias não têm renda suficiente para esse gasto que é de responsabilidade da prefeitura”, criticou. Em reunião realizada nesta semana na Casa de Leis, Nazih informou que pretende entregar os kits escolares apenas no segundo semestre deste ano. “Ou seja, nossos alunos ficarão até agosto sem o devido material escolar”, ressaltou o vereador. Além disso, Denis
RICARDO BITTNER - DIVULGAÇÃO
Da Redação
Vereador Denis exigiu melhorias para a área da Educação
aproveitou a reunião com o chefe da pasta para reivindicar transporte escolar para o Jardim Monte Cristo, Jardim
GASTO DESNECESSÁRIO?
Suzanópolis e Maria de Maggi. “Vamos aguardar o posicionamento do prefeito sobre isso”, comentou.
Câmara técnica se reúne A Câmara Técnica do Legislativo do Consórcio de Desenvolvimento dos Municípios do Alto Tietê (Condemat) se reuniu na última terça-feira (21) para o planejamento de ações que serão desenvolvidas neste ano. Na reunião, foi destacada a importância da parceria das Prefeituras com as Câmaras Municipais para o avanço das ações em diversas áreas. Os paralmentares presentes também apontaram alguns temas prioritários, que constantemente são alvos de questionamentos, e que vão demandar novas discussões e um consenso com os Executivos. Entre os temas estão a aplicabilidade da Lei Específica do Alto Tietê, a busca de compensação financeira para os municípios produtores de água e a revisão/elaboração dos Planos Diretores.
DESAFIOS
Mogi desembolsa R$ 2 milhões por ano com aluguéis de imóveis
Vereador Rodrigo Valverde é responsável pelo levantamento
reportagem@leiaogazeta.com.br
A Prefeitura de Mogi das Cruzes desembolsa, anualmente, mais de R$ 2 milhões para pagamento de alugueis de imóveis utilizados para serviços públicos na cidade. O valor corresponde à locação de 14 propriedades, que abrigam desde unidades de saúde até escolas e estacionamento. Os dados fazem parte de um levantamento feito pelo vereador Rodrigo Valverde (PT), que recomendou à administração municipal uma revisão
ou auditoria nos contratos de locação firmados com os proprietários dos imóveis. O objetivo é reduzir as despesas com aluguel. “Eu não sei o valor de mercado dos imóveis, mas o que sugeri é que o prefeito converse com os proprietários que têm contrato com a Prefeitura, a fim de renegociar os valores, pois estamos enfrentando uma crise. Mas, infelizmente, o prefeito ignorou o pedido e arquivou a nossa recomendação”, destacou o parlamentar. O caso que mais causou estranheza ao parlamentar foi o de um locador que fez doações para a campanha do prefeito
Marcus Melo (PSDB). “Apenas esse empresário recebe aproximadamente R$ 100 mil por mês, ou seja, mais de R$ 1 milhão por ano. Como o prefeito irá negociar com esse proprietário, se ele foi doador de sua campanha? Isso é ilegal, pessoa física que tem contrato com o poder público, não deve ser doador de campanha eleitoral. Porque tanto medo e desculpas para não reduzir os lucros dos empresários?”, questiona.
Fique sabendo
OUTRO LADO Questionada, a Secretaria Municipal de Governo informou que a Prefeitura de Mogi das Cruzes já possui uma estrutura que realiza a análise de todos os contratos celebrados pelo município, a Comissão de Análise e Revisão de Contratos Atuais (Comarca). Ela é formada pelos secretários municipais de Governo, Gestão Pública, Finanças e Procuradoria Geral do Município e analisa os contratos anualmente, chamando os contratados para uma repactuação, com o objetivo de trazer mais economia ao município.
doador da campanha
R$ 1 milhão é quanto recebe apenas um empresário, que foi de Marcus Melo
Proprietário: Forte Administração de Bens (Isaia e Vitório Di Bello) - Serviço: Pró–Mulher e Secretaria Municipal de Saúde - Aluguel: R$ 62.006,17 Proprietário: Forte Administração de Bens (Isaia e Vitório Di Bello)- Serviço: Pró–Criança - Aluguel: R$ 23.539,91 Proprietário: Forte Administração de Bens (Isaia e Vitório Di Bello) - Serviço: 1º Cia do 17º Batalhão da Policia Militar Aluguel: R$ 16.727,63
Vereadores de Itaquá debatem falhas na iluminação pública apresentou o plano de trabalho de manutenção e substituição de lâmpadas queimadas no município. Ao longo da reunião, Scarpa explicou que a rede de iluminação pública ainda utiliza, em sua maioria, lâmpadas de vapor de mercúrio, que é menos eficiente em qualidade e
economia. Além disso, o gerente solicitou o auxílio dos vereadores na identificação dos problemas locais, já que os parlamentares estão mais próximos da população e ouvem suas queixas. EXECUTIVO Kimura, por sua vez,
Marcelo da Imobiliária quer priorizar o produtor rural
Presidente da Câmara de Biritiba elenca prioridades Por Lailson Nascimento lailsonnascimento@leiaogazeta.com.br
REUNIÃO
Os vereadores de Itaquaquecetuba receberam, na manhã do último dia 20, o gestor da Bandeirante Energia S/A na região, Marcos Scarpa. Acompanhado pelo secretário municipal de Planejamento e Habitação, Roberto Kimura, o representante da concessionária
BRUNO ARIB
DIVULGAÇÃO
Por Irânia Souza
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anunciou que a Prefeitura está elaborando projeto mais amplo de manutenção e substituição da rede, já que o contrato vigente prevê apenas a substituição de lâmpadas queimadas. A ideia, segundo ele, é firmar uma Parceria Público-Privada (PPP) para o serviço.
Todos os compromissos financeiros deixados pela gestão do ex-presidente da Câmara de Biritiba Mirim, Valdivino Ferreira dos Santos (PRTB), foram sanados nos primeiros 30 dias desta Legislatura. A informação é de Marcelo Batista de Miranda Melo (PR), o Marcelo da Imobiliária, atual ocupante do cargo. Em entrevista ao Gazeta Regional, o atual presidente revelou que assumiu dívidas com INSS, rescisões trabalhistas, entre outros encargos. Por conta disso, Marcelo
da Imobiliária fez questão de convocar os demais vereadores e servidores da Casa de Leis para apresentar as condições. “Entendemos que a situação econômica do País acabou prejudicando a gestão anterior, mas a minha gestão será mais austera, até para colocar a casa em ordem. Estamos revendo contratos, pedindo descontos. Tudo isso com a participação da mesa diretiva e de todos os outros vereadores”, complementou o republicano. Sobre os desafios dos vereadores nesta Legislatura, Marcelo da Imobiliária destacou, entre outras coisas, a importância do incentivo ao produtor rural.
CONTRATA-SE
CONTATO COMERCIAL Currículos para: comercial@leiaogazeta.com.br
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SOCIAL
GAZETA REGIONAL 28 de fevereiro a 03 de março de 2017
Beleza regional
Por Bruno Arib
Lívia Andrade & Valeska Reis
Em homenagem ao Carnaval, o Gazeta Regional traz ensaio com duas personalidades que desfilaram neste ano pela escola Império de Casa Verde, da capital. Lívia Andrade, madrinha de bateria, e Valeska Reis, rainha de bateria, posaram para as lentes do fotógrafo Bruno Arib durante pleno ensaio na quadra da escola. Mas os leitores devem estar se questionando sobre o motivo do jornal ter feito um ensaio com pessoas que não são da região. A coluna explica: no ano que vem, a Império de Casa Verde deverá contar a história do município de Biritiba Mirim na avenida.