CIDADES em Contexto Qual é o reflexo do desemprego na saúde mental dos trabalhadores? Por Adriani de Lima Moreira
É
certo que a pandemia da covid-19 agravou a situação do desemprego no Brasil. De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) até setembro de 2020 o país contava com 13,5 milhões de desempregados, 3,4 milhões a mais do que o registrado no mês de maio deste mesmo ano. O trabalho ultrapassa a necessidade de sustento e sobrevivência, constituindo-se de valor pessoal e social. Além de ser um modo de inserção na sociedade e de realização pessoal, faz parte da nossa identidade e representa um verdadeiro sentido de vida. No entanto, a realidade do desemprego é cruel, não somente para os desempregados. As dinâmicas tecnológicas, econômicas e sociais transformam constantemente o significado do trabalho. Logo, até mesmo aqueles que estão empregados podem se sentir desprevenidos e inseguros, pois a possibilidade do desemprego ameaça e fragiliza o trabalhador que muitas vezes se submete a situações incabíveis. Para os que se encontram na condição de desempregados o cenário conta com outros agravantes: os sentimentos negativos não estão relacionados apenas às perdas materiais, mas também à impossibilidade de expressão, desenvolvimento e reconhecimento, e essas repercussões se ampliam e atingem o contexto familiar e social. As consequências para a saúde mental são inúmeras: os
trabalhadores em situação de desemprego frequentemente sofrem de baixa autoestima, estado de ânimo e humor reduzidos, sentimentos de culpa, inferioridade, vergonha e humilhação, estresse, ansiedade e distúrbios do sono. E mais: sentimentos de desespero, revolta, desesperança, impotência, frustração e angústia também são comuns. Da mesma forma, sintomas físicos como, por exemplo, dor de cabeça e fadiga podem se manifestar, bem como o abuso no consumo de álcool e drogas. É evidente que o desemprego pode desestruturar diversas áreas da vida, visto que o trabalho é um alicerce fundamental para todos nós. Então, como enfrentar esse momento? Se você está desempregado não se culpe, pois isso envolve fatores que vão além do seu controle. Lembre-se que essa situação não é definitiva, persista na busca por emprego, mantenha uma rotina e descanse diariamente. Não se isole, procure e aceite o apoio de sua rede familiar e social para sua reinserção no mercado de trabalho e também para suas necessidades afetivas e materiais. Tente não negar a situação, compartilhe suas experiências e sentimentos e não hesite em procurar auxílio profissional! Adriani de Lima Moreira é psicóloga (CRP 06/149659) Redes Sociais: adrianimoreira. psi
17
EXPANSÃO EM TODO ESTADO SERÃO MAIS DE 400 ESCOLAS
Alto Tietê terá 11 escolas do Programa de Ensino Integral a partir do ano que vem Escolas em Itaquaquecetuba, Mogi das Cruzes, Poá e Suzano serão beneficiadas com o programa
WILSON DIAS
Artigo
| GAZETA REGIONAL | 07 a 13 de novembro de 2020 |
Desde 2018, o governo estadual triplicou o número de unidades nesta modalidade de ensino: de 364 para 1064
Da Redação reportagem@leiaogazeta.com.br
A região do Alto Tietê terá 11 novas escolas do PEI (Programa de Ensino Integral). No estado, serão 400 novas unidades. A expansão foi anunciada na última quinta-feira (5) pelo governador João Doria (PSDB) e pelo secretário da Educação Rossieli Soares. Desde 2018, o governo estadual triplicou o número de unidades nesta modalidade de ensino: de 364 para 1064, a partir de 2021. “São 400 novas escolas que vão começar a funcionar a partir de fevereiro de 2021 em tempo integral. Com isso, serão 500 mil alunos alcançados”, projetou Doria. Ainda segundo o governador, São Paulo atende ao
maior número de alunos nesta modalidade em todo o País. “E vamos seguir dentro do objetivo de ampliar o atendimento”, enfatizou o chefe do Executivo. As novas escolas atendem a critérios da pasta, como ter mais de 12 salas de aula e atuar numa comunidade socialmente vulnerável. Juntas, ofertarão 542 mil novas vagas dos ensinos fundamental e médio. O programa contempla quase metade dos municípios paulistas. Com esta expansão, mais 82 cidades terão PEIs. Entre as novas escolas que vão aderir à iniciativa estão: Jardim América, Jardim Santa Rita II, Mario Martins Pereira em Itaquaquecetuba; Professor José Sanches Josende, Professora Sylvia Mafra Machado e Vereador Narciso Yague Guimaraes em Mogi das Cru-
zes; Professora Lacy Lenski Lopes, Professora Helena Loureiro Rossi e Professora Vera Lucia Torres Rodrigues Affonso em Poá; e Professor Raul Brasil e Sebastiao Pereira Vidal em Suzano. O PEI - Pelo novo programa, os estudantes passam a ter uma matriz curricular diferenciada que inclui projeto de vida, orientação de estudos e práticas experimentais. Há ainda clubes juvenis de acordo com temas de interesse como dança, xadrez e debates. Os alunos contam com o apoio do professor tutor para fortalecer sua excelência acadêmica e na orientação do projeto de vida. A carga horária é de até nove horas e meia – na rede regular, a jornada é de cinco horas e quinze minutos.
