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Delegado Palumbo segue fi scalizando a Prefeitura de São Paulo
GRANA EMPRESA QUE TERIA LIGAÇÃO COM O CRIME TEM CONTRATO DE QUASE MEIO MILHÃO COM A PREFEITURA Vereador pede CPI para investigar empresas de ônibus em São Paulo
Da Redação reportagem@leiaogazeta.com.br
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O vereador Mario Palumbo Junior (MDB), o Delegado Palumbo, protocolou na sexta-feira (10) requerimento para criar uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito), na Câmara Municipal de São Paulo, com o objetivo de investigar empresas que atuam no transporte coletivo da capital.
Em seu requerimento, o vereador lista sete itens a serem averiguados: (1) identificar eventuais irregularidades; (2) apurar as medições e pagamento; (3) a qualidade dos serviços; (4) pessoas físicas e/ ou jurídicas envolvidas com empresas que agem ilicitamente; (5) o quadro societário das empresas e se há conflito de interesses com a administração pública; (6) o programa de compliance; (7) mecanismos destas empresas para combater a corrupção.
Também na sexta-feira (10), o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), pediu que representantes do governo se reunissem com o delegado Fábio Pinheiro, que conduz a investigação. “Para saber se tem algo que envolve a prefeitura”, afirmou Nunes. Até o momento, a reportagem não soube qual o desfecho deste encontro.
No dia 9, a Polícia Civil deflagrou uma operação que apura a participação do crime organizado no transporte urbano da capital. A direção da empresa Transunião, que atua na zona leste, e o vereador Senival Moura (PT) estão entre os investigados. Segundo a Polícia, integrantes do PCC (Primeiro Comando da Capital) detêm de 30% a 40% da frota da Transunião. A empresa recebe atualmente da Prefeitura de São Paulo cerca de R$ 100 milhões por ano — o total do contrato de concessão, válido por 20 anos, é de cerca de R$ 2 bilhões.
Em outra operação policial, o delegado do Denarc (Departamento Estadual de
LAERTON SANTOS
ATENTO
Delegado Palumbo segue fiscalizando a Prefeitura de São Paulo
Palumbo suspeita de envolvimento de ‘colega’ na máfia do ônibus
O vereador Mario Palumbo Junior (MDB), o Delegado Palumbo, suspeita que o vereador Senival Moura (PT) tenha envolvimento nas denúncias que apuram o transporte coletivo na capital. Isso com base nas investigações da polícia, que realizou mandados de busca e apreensão na casa do parlamentar petista.
De acordo com Palumbo, a suspeita sobre o envolvimento de Moura fere a imagem da classe política e da Câmara. “Tudo precisa ser provado, mas é muito ruim”, afirma.
O vereador Senival Moura é um dos fundadores da Transunião e, segundo a Polícia, é dono de pelo menos 13 ônibus da empresa. O nome do petista veio à tona na investigação do assassinato de Adauto Soares Jorge, então presidente da Transunião, morto em março de 2020, e que de acordo com a polícia, era testa de ferro do vereador.
DEFESA - Em nota à imprensa, Moura se disse surpreso com a ação da polícia em sua casa.
“Eu, vereador Senival Moura, venho me manifestar através desta nota pública sobre os acontecimentos noticiados em todos os meios de comunicação (...). Antes de comentar sobre os fatos ocorridos (...) quero reafirmar a minha história de atuação, liderança e organização do transporte alternativo na cidade de São Paulo, da qual tenho muito orgulho. Sobre o Adauto Jorge Soares, sinto até hoje essa perda, principalmente pela forma cruel e violenta que foi. Adauto junto comigo e vários outros companheiros lutamos pela regulamentação do transporte coletivo na cidade de São Paulo. Entre o início da operação clandestina e a transformação em empresas passaram-se 30 anos. Portanto, Adauto era um companheiro de luta, trabalhador e meu amigo. Vale ressaltar que no momento da morte do Adauto, nem eu e nem ele tínhamos mais qualquer vínculo com a empresa Transunião S/A. Essa manhã fui surpreendido por uma operação policial em minha casa, mas quero aqui reafirmar que eu não tenho nenhum envolvimento com as ações que estão sendo noticiadas. Entretanto eu estou à disposição da Justiça para quaisquer esclarecimentos, eu que sou formado em direito confio plenamente na Justiça e sou um defensor do Estado democrático de Direito. Por fim, passarei por esse momento com a mesma serenidade, tranquilidade e consciência tranquila que sempre nortearam a minha vida.” Prevenção e Repressão ao Narcotráfico) Fernando Santiago, responsável pela investigação, identificou que 18 criminosos do PCC têm participação na empresa UPBus Qualidade em Transporte.
SEQUESTRO - Com autorização da Justiça, o Denarc (Departamento Estadual de Prevenção e Repressão ao Narcotráfico) sequestrou, na quarta-feira (15), R$ 40 milhões em imóveis e veículos da UPBUS e de outros acionistas da empresa de ônibus acusados de envolvimento com o PCC.
Segundo o delegado Fernando Santiago, do Denarc, responsável pelo inquérito, todos os veículos da UPBUS, dentre eles aproximadamente 250 ônibus, foram objetos de sequestro, impedindo assim uma eventual alienação desses bens por parte da empresa.
A medida faz parte da segunda etapa da “Operação Ataraxia”, desencadeada pelo Denarc. A primeira fase foi deflagrada no último dia 2, contra a UPBUs e seus acionistas, acusados de usar “laranjas” na empresa de ônibus para fazer a lavagem de dinheiro do PCC.
Na ocasião, a UPBUS foi alvo de mandado de busca e apreensão judicial. A companhia é originária da Cooperativa de Ônibus Associação Paulista dos Condutores de Transporte Complementar.
A UPBUs opera 13 linhas de ônibus na zona leste de São Paulo e fechou contrato com a Prefeitura de São Paulo, através de licitação pública, no valor de R$ 574 milhões por ano.
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