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Marquinhos da Indaiá tem projeto para proteção das mulheres
DESAFIO NO ANO PASSADO, CERCA DE 1.340 MULHERES MORRERAM SIMPLESMENTE POR SEREM MULHERES 3 mulheres morrem por dia no Brasil por feminicídio, revela Anuário de Segurança
Da Redação reportagem@leiaogazeta.com.br
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Dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública são claros: no Brasil, uma mulher é vítima de feminicídio a cada 7 horas. Isto significa dizer que ao menos três mulheres morrem por dia simplesmente por serem mulheres. Mesmo com a estatística em queda, os números ainda são altos e vêm acompanhados pelo crescimento de outros tipos de violência contra mulheres, como lesão corporal dolosa, ameaças, estupros e emissão de medidas protetivas.
Por se tratar de um ano eleitoral, a GAZETA quer saber o que os candidatos a deputado estadual da região pensam a respeito do tema. Isso por que o Anuário Brasileiro de Segurança Pública até demonstra que houve mudanças importantes na legislação brasileira em 2021, no que se refere à proteção das mulheres. Entretanto, as vítimas entendem que as medidas são insuficientes na prática.
DIREITO
Legislação à favor das mulheres necessita de melhorias
FOTOS: FERNANDO FRAZÃO / AGÊNCIA BRASIL
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NA PRÁTICA
Indaiá durante o caso ocorrido em Guaratinguetá
cia contra a mulher. O agressor alugou um carro, obrigou a ex-esposa a entrar nesse carro e já estava levando ela para um lugar afastado, provavelmente para mata-la. Graças a Deus estávamos presentes e evitamos mais um caso trágico.” A mulher a quem Marquinhos da Indaiá se refere é Paula de Oliveira Campos. Naquela tarde de terça-feira (20), a secretária foi surpreendida pelo ex-marido, que já lhe aguardava em frente ao escritório onde ela trabalha. Dali em diante, pelo O ex-vice-prefeito de Poá e candidato a menos 30 minutos de pânico, deputado estadual Marcos Ribeiro da Costa conforme ela descreve. (MDB), o Marquinhos da Indaiá, é um dos “Ele estava me aguardanmais enfáticos do Alto Tietê sobre a importân- do na porta do meu trabalho, cia do trabalho de defesa às mulheres vítimas aí eu entrei no carro e ele deu de violência. No entendimento um surto. dele, é obrigação do Estado ir Ele me levou além das medidas protetivas. para um luPara tanto, ele cita um caso gar deserto, e ocorrido nesta semana, quan- eu comecei a do precisou intervir contra um gritar no cahomem na cidade de Guaratinguetá, na região minho, porque achei que ele ia do Vale do Paraíba. me matar, fiquei desesperada. “Estávamos eu e a minha equipe fazendo Até que eu consegui pular do campanha na cidade de Guaratinguetá quan- carro, e ele veio atrás de mim. do nos deparamos com uma mulher pedindo Foi quando o carro do Marquisocorro dentro de um carro. Mais à frente, nhos e mais uma moto aparedescobrimos que era mais um caso de violên- ceram e eles me ajudaram.” Após quase dois anos de casamento, Paula decidiu ter‘Tem auxílio para tudo, menos para mulheres minar o relacionamento. Por já ser vítima de outras agresviolentadas’, adverte Marquinhos da Indaiá sões anteriores (inclusive, um dedo quebrado em uma das ocasiões), ela conseguiu uma
Para o candidato a deputado medida protetiva há cerca de estadual Marcos Ribeiro da Costa um mês. O documento, en(MDB), o Marquinhos da Indaiá, a tretanto, não tem sido sufiação mais urgente a ser tomada é ciente contra o ex-marido. a criação de um projeto de lei que, “A medida protetiva não nas palavras dele, “garanta que a resolveu nada. Tanto que o mulher os filhos saiam de dentro Marquinhos ligou para a Polída casa do agressor, pois o resul- cia e teve que insistir, porque tado é sempre o mesmo: o pai vai eles não iam mandar a viatupara a cadeia, a mãe vai para o ce- ra. Aí a viatura chegou lá e mitério e os filhos se tornam prati- os policiais disseram que iam camente órfãos.” atrás dele. Pegaram a placa
Segundo Marquinhos da Indaiá, do carro, o telefone, e só. Até uma das primeiras propostas levadas agora não tive nenhum tipo por ele à Alesp (Assembleia Legisla- de assistência. Sem contar tiva de São Paulo) em um eventual que, no dia, eu fui na Delegamandato como deputado estadual cia da Mulher, mas ela estava será a criação de um auxílio para as fechada. E, um dia depois de mulheres vítimas de violência. tudo isso, meu ex-marido já
“Tem auxílio para tudo, mas não estava na porta da minha casa tem auxílio para mulheres vítimas de novo.”
de violência doméstica. Eu vou sugerir a criação de uma lei que garanta auxílio para elas, tirando a mulher e os filhos de dentro da casa do agressor. Além disso, haverá uma cota no mercado de trabalho assegurada para essas mulheres, para que elas possam ter condições de sustentar a família”, explicou.
Marquinhos da Indaiá acrescentou que o caso envolvendo Paula de Oliveira Campos, de Guaratinguetá, lhe deu mais certeza da relevância do seu projeto de lei.
“A gente prega tanto a defesa para mulheres e acabamos nos deparando com a situação da Paula. E a gente tem uma possibilidade muito grande de mudar esse quadro de mulheres vítimas de agressão. As vezes o marido vê que a mulher não
BRUNO ARIB
EM DEFESA DA MULHER
Marquinhos da Indaiá tem projetos para o tema tem para onde ir, e por isso que ele abusa da mulher, porque sabe que ela não tem para onde ir com os filhos. E ela suporta toda essa dor por causa das crianças. Então, o nosso objetivo é criar uma forma pela qual ela possa ter para onde ir.
Ano eleitoral provoca reflexão sobre o tema
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