Jornal Gazeta Regional - Edição 133

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ARUJÁ - BERTIOGA

BIRITIBA MIRIM

FERRAZ

GUARAREMA

ITAQUAQUECETUBA

MOGI DAS CRUZES

POÁ

SALESÓPOLIS

SANTA BRANCA  SANTA ISABEL

SUZANO RENAN XAVIER

BELEZA REGIONAL Confira o ensaio fotográfico de Mayara Gomes, que representa a beleza mogiana no aniversário da | cidade | PÁGINA 15

UM OLHAR CRÍTICO SOBRE O ALTO TIETÊ

ANO 8 | NO 133 | 30 DE AGOSTO A 7 DE SETEMBRO DE 2015

DIRETOR: LAERTON SANTOS R$ 1,00

Mogi 455 anos: Cidade do presente e do futuro, na visão de seus moradores LAILSON SANTOS

No aniversário de Mogi, o experiente fotógrafo Lailson Santos, que começou sua carreira na cidade, há 30 anos, voltou ao berço profissional para registrar os últimos meses da passagem de nível (os trilhos por onde passam trens, automóveis e pedestres, e que corta toda a cidade). Fotografias foram realizadas no entorno da praça Sacadura Cabral, na região central. As obras de criação de dois túneis subterrâneos por onde passarão os automóveis já foram iniciadas. A mudança promete alterar rotina da cidade, influenciando no comércio e garantindo maior fluência ao trânsito local. A expectativa da prefeitura é de que a obra seja entregue em 24 meses. |PÁGINAS 8, 9, 10 E 11| RENAN XAVIER

Casarão da Mariquinha abriga grande diversidade de manifestações artísticas Desde sua inauguração, em dezembro do ano passado, o Casarão da Mariquinha assumiu o protagonismo do cenário cultural da cidade. Com um invejável portfólio com mais de 80 atrações entre

shows, saraus, apresentações, debates e oficinas, artísticas e musicais, o espaço já atraiu mais de 3 mil visitantes. Membros do grupo gestor avaliam que o sucesso se deve à diversidade. |PÁGINA 6| RENAN XAVIER

Às margens do rio Tietê, 25 famílias (sobre) vivem em precárias condições Em meio ao lixo, entulho, ratos e insetos peçonhentos, às margens do mais poluído rio do Brasil, o Tietê, mas, sobretudo, às margens de direitos sociais como moradia, saneamento básico,

saúde e assistência social vivem mais de 25 famílias, apenas em um dos vilarejos periféricos de Mogi das Cruzes, no Jardim Rodeio. Leia a íntegra da reportagem. |PÁGINA 4| LAILSON NASCIMENTO

Pico do Urubu se consolida como destino para a prática de voos de parapente Para narrar um pouco sobre como é a experiência de planar sob o céu mogiano, o repórter Renan Xavier foi ao ponto mais alto da região realizar o salto. A narração dos momentos de voo livre e os que o antecedem está presente na reportagem da página de esporte, além de informações para quem quer ingressar nesta prática. |PÁGINA 5|


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30 agosto a 7 de setembro de 2015 | GAZETA REGIONAL


ESPECIAL

Aniversário Mogi

GAZETA REGIONAL 30 de agosto a 7 de setembro de 2015

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HISTÓRIA

Mogi: história para ser celebrada LAILSON SANTOS

Por Lailson Nascimento De Mogi

DATAS E FATOS 1560 Ano que marca a

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este 1º de setembro, Mogi das Cruzes completa 455 anos. Considerada pela organização Delta Economics & Finance como a sétima melhor cidade para se viver em todo o País (em 2014), Mogi se destaca pela infraestrutura superior em relação aos outros municípios do Alto Tietê. Nesta edição, o Gazeta Regional traça um perfil do município a partir de diversos aspectos ligados ao cotidiano da população, que atingiu a marca de 424.633 habitantes, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

1601

Não há mais tribos indígenas. Fica pronta a primeira ligação entre São Paulo e Mogi das Cruzes, favorecendo o trânsito de paulistanos como Gaspar Vaz, fundador do município, que deixou suas atividades para dedicar-se à formação do povoado de Mogi Mirim (Boigy)

1611

Surge oficialmente a Vila de Sant’Anna de Mogy Mirim, em 17 de agosto (oficializada em 1º de setembro) como sítio de grande importância no projeto de povoamento do Brasil. Até a metade do século XVI, existiam 14 vilas, todas no litoral, com exceção de São Paulo de Piratininga

1822

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Exposição Neste ano, uma das boas opções para quem deseja se aprofundar na história de Mogi é a exposição “Mogi por Benedicto Alves”, que traz importantes registros fotográficos do município. A exposição segue até 13 de setembro, no Mogi Shopping. A curadoria é do jornalista Chico Ornellas, que traz pela primeira vez para o público o acervo fotográfico do comerciante Benedicto Alves dos Anjos, que tinha a fotografia como um hobby. As imagens foram

fundação de Mogi das Cruzes

A cidade, cuja população está chegando aos 425 mil habitantes, se destaca pela infraestrutura superior em todo o Alto Tietê

cedidas por um dos filhos de Benedicto, o Nabor Arouche Alves, e a produção desta exposição é do fotógrafo Marcos Vieira. Os registros vão de 1915 até meados dos anos 60 e mostram uma Mogi que poucos se recordam. História Antes da fundação do povoado de Mogi das Cruzes, o bandeirante Braz Cubas, no ano

de 1560, havia se embrenhado pelas matas do território mogiano, às margens do rio Anhembi, hoje Tietê, à procura de ouro. Gaspar Vaz abriu o primeiro caminho de acesso de São Paulo a Mogi, dando início ao povoado, que foi elevado à Vila em 17 de agosto de 1611, com o nome de Vila de Sant’Anna de Mogi Mirim. A oficialização ocorreu em 1º de setembro, dia em que se comemora o aniversário da

cidade. Mogi é uma alteração de Boigy que, por sua vez, vem de M’Boigy, o que significa ‘Rio das Cobras’, denominação que os índios davam a um trecho do Tietê. Quando a Vila foi criada em 1611, devido ao costume de adotar o nome do padroeiro, passou a ser denominada ‘Sant’Anna de Mogy Mirim’. Na língua indígena, Mirim quer dizer pequeno. Provavel-

mente, uma referência ao riacho Mogi Mirim. A linguagem popular tratou de acrescentar o termo ‘cruzes’ ao nome oficial da Vila. Era costume dos povoadores sinalizar com cruzes os marcos que indicavam os limites da Vila, de acordo com tese de Dom Duarte Leopoldo e Silva, confirmada pelo historiador e professor Jurandyr Ferraz de Campos (confira mais datas históricas no quadro).

Mogi recebe o Príncipe Regente D. Pedro, em 9 de setembro, após a Proclamação da Independência. Hospeda-se no Convento do Carmo, propriedade dos carmelitas instalados na cidade desde 1633, com a construção da Igreja de Ordem 1ª do Carmo. Depois, seguem viagem levando um documento dos mogianos, que reitera apoio à Independência do Brasil

1855

Elevação a cidade em 13 de março

1874

Elevação a comarca em 14 de abril

1º de setembro

Comemora-se o aniversário da cidade Fonte: Prefeitura de Mogi das Cruzes


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ESPECIAL - ANIVERSÁRIO MOGI

HABITAÇÃO

Às margens do Tietê - e dos direitos FOTOS RENAN XAVIER

Por Renan Xavier De Mogi

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m meio ao lixo, entulho, ratos e insetos peçonhentos, às margens do mais poluído rio do Brasil, o Tietê, mas, sobretudo, às margens de direitos sociais como moradia, saneamento básico, saúde e assistência social vivem mais de 25 famílias, apenas em um dos vilarejos periféricos de Mogi das Cruzes, no Jardim Rodeio. Residentes de construções a base de madeira compensada, ou blocos de concreto sem reboco, essas vidas aguardam. Aguardam que chova; mas não as chuvas comuns, de águas que se somam às do rio para inundar as casas, coisa corriqueira. Aguardam a chuva de visibilidade social. Mas sequer garoa. Celso Maria, auxiliar de serviços gerais, mora à beira do rio há seis anos. Não está entre os primeiros moradores do local, que ocuparam o entorno há mais de quatro décadas, mas sabe o que é dividir o espaço com “ratos que parecem gatos” e outros bichos, dos quais protege os netos. Há três anos na fila de espera de um programa de moradia popular do governo federal, Celso caminha no meio-fio entre a esperança e a descrença. “Disseram que em outubro agora entregam a casa nova, no Conjunto Bom Pastor, mas não dá pra acreditar muito em promessas, né?”. Acostumado em ser tratado apenas como eleitor, raramente como cidadão, deposita as esperanças nas eleições próximas.

Os pés de mais de 20 crianças correm pelo quintal sujo das margens do rio. Do alto de seus centímetros esticam-se para espiar um futuro melhor

“Quem sabe no ano que vem, que tem eleição, eles apressam a coisa”, especula. Crianças Os pés de mais de 20 crianças correm pelo quintal sujo das margens do rio. Acostumados a abrir caminhos sobre o mato, que cresce à revelia, e sobre a desesperança, que ainda ignoram com graciosidade, do alto de seus centímetros esticam-se para espiar um futuro melhor: “Nós vamos morar no ‘minha casa’”, anunciava um deles, em meio às barulhentas reuniões. E seus olhos denunciavam uma sinceridade difícil aos próprios homens públicos, autores da promessa.


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ESPORTE

Radical: uma reportagem nas alturas LAILSON NASCIMENTO

Por Renan Xavier De Mogi

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epoimento do repórter - Dez horas da manhã, céu sem nuvens, sol, vento batendo no sentido noroeste - tudo isso do Pico do Urubu, em Mogi das Cruzes, a uma altura de 1.140 metros de altitude. Foram nestas condições que eu topei o desafio de saltar de parapente (paraglider, em inglês) para narrar os detalhes da aventura ao leitor. Primeiramente, talvez mais importante: segurança. Os saltos para iniciantes (como no meu caso, que voei pela primeira vez) devem necessariamente ser acompanhados por um instrutor homologado e com experiência de, no mínimo, quatro anos em voos duplos. Capacetes, travas e cintas de perna devidamente afiveladas. Uma minuciosa checagem das linhas e da vela do parapente também realizada: pronto. Ao menos aparentemente, estava tudo preparado para o salto. Menos eu. Mais algumas instruções sobre como deveria ser a breve corrida rumo à queda livre, com direito a ensaios, e as coisas pareceram mais tranquilas. Quando as cordas são puxadas e as velas ganham a forma de uma grande asa com a força do vento você se dá conta de que é o momento de saltar. Neste momento, alguns passos e segundos são as únicas coisas que te distanciam da incrível sensação de planar como um pássaro. Uma vez no alto, uma coisa é certa: a vontade será de não descer tão cedo.

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RENAN XAVIER

RENAN XAVIER

Odair Silva é proprietário da Escola de Voo Livre Santos Dumont, que oferece cursos com duração de até 3 meses, além de ser vice-presidente da Associação Brasileira de Pilotos e Instrutores (ABPI) de voo livre

RENAN XAVIER

Voar é uma prática simplesmente apaixonante. Instrução O voo sobre a Serra do Itapeti foi realizado sob a instrução de Odair Silva. Com experiência de 14 anos na área, o especialista em voos com parapente mantém o Pico do Urubu como seu sítio de voo (ou pista de pouso e decolagem), embora conheça rampas em todo o País. “Eu frequento o Pico do Urubu há dez anos e posso afirmar que aqui é diferente. As pessoas se ajudam, as famílias frequentam o espaço e, consequentemente, o esporte cresce ainda mais. Por tudo isso, tenho vindo para cá, inclusive, para formar meus alunos”, disse o instrutor. Odair Silva é proprietário da Escola de Voo Livre Santos Dumont, que oferece cursos com duração de até 3 meses, além de ser vice-presidente da Associação Brasileira de Pilotos e Instrutores (ABPI) de voo livre. Em Mogi das Cruzes, ele ocupa uma cadeira no Conselho Fiscal do Clube Mogi de Voo Livre. Todos os títulos, no entanto, são menos importantes do que a habilitação para o voo duplo, em sua visão. “Você que está iniciando no esporte, não caia em ciladas. Procure instrutores habilitados, que comprovem a experiência. Não se pode confiar em quem não possui a técnica necessária para o parapente”, adverte. Questionado sobre como começou a praticar o esporte, Odair Silva explica que, em uma viagem para o Rio de Janeiro, ele viu um amigo voar de parapente e, desde então, não tem feito outra coisa na vida. “A sensação de liberdade não é comparável a qualquer outra coisa. Pratico esse esporte há 14 anos e nunca sofri um acidente. Para isso, é necessário disciplina, obediência, respeito à natureza e, acima de tudo, amor pelo esporte”, concluiu. Serviço Quem se interessar pelo voo livre, o instrutor Odair Silva pode ser contatado pelos telefones (11) 96062-7784 ou 970541574. O e-mail do especialista é o odair.parapente@hotmail. com e o site da escola de voo é o www.stodumont.com.br. LAILSON SANTOS

LAILSON NASCIMENTO


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CULTURA

Casarão abriga diversidade cultural FOTOS RENAN XAVIER

Por Renan Xavier De Mogi

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ersos, prosas e cantos ecoavam do interior do Casarão da Mariquinha, no Centro de Mogi, durante o sarau realizado no último sábado de agosto. Por ao menos quatro horas, um público entorpecido por música e poesia alternava aplausos a cada apresentação, tudo testemunhado por uma lua tão cheia quanto a casa, naquela noite. Com desenhos de Lígia de Marco, poemas de José Carlos Martins; apresentações musicais de Marcos Favela, Banda Visões de Severino, Karen Dias e Sarah Key - As Lavadeiras (acompanhadas por um coral infantil que roubou sorrisos do público), além de diversas apresentações poéticas e literárias de outros presentes, o sarau cumpriu a missão de ceder palco à diversidade. E terminou com uma roda de samba, coisa que não é rara. As portas do histórico casarão do Largo do Bom Jesus reabriram no dezembro passado para abrigar um espaço cultural. Literalmente “de portas abertas”, o imóvel do século 19 recebeu a visita de mais de 3 mil pessoas e tem ganhado cores e vida por muitas mãos. No portfólio, já foram mais de 80 apresentações, shows, saraus, oficinas e palestras. Hoje, com um grupo gestor composto por 26 pessoas, o Mariquinha deu espaço a outros coletivos artísticos e passou a oferecer oficinas de maracatu, além das tradicionais rodas de samba e choro. Com a prevista chegada do Jabuticaqui, grupo que exalta a cultura brasileira por meio de música, dança e festas tradicionais, serão três coletivos abrigados pelo espaço. O artista José Luiz da Silva, o Rabicho, um dos responsáveis pela programação cultural do Casarão, reafirma sua missão a frente do coletivo pela preservação do patrimônio imaterial da cidade, rico em sua visão. “Mogi tem diversos grupos folclóricos. São oito congadas e dez escolas de samba - e a tendência é de que naturalmente surjam mais grupos assim”, pondera. No entanto, critica a falta de diálogo da prefeitura com os movimentos culturais, citando o episódio da polêmica proibição do toque de instrumentos pelos grupos de congadas durante a Festa do Divino de Mogi, neste ano. Segundo o gestor, é necessário ampliar o debate cultural e “tornar mais claras as regras”.

Fotos: no topo, Banda Visões de Severino; As Lavadeiras, com coral infantil; José Luiz ‘Rabicho’; estante da biblioteca comunitária e pátio do Casarão

Patrimônio material Atual proprietário do secular imóvel, o funcionário público João Benedito de Souza trava há anos uma batalha inglória pelo tombamento da casa como patrimônio material de Mogi das Cruzes. Após frustradas tentativas de transformar o espaço num museu, sem qualquer apoio da prefeitura, decidiu junto a seu amigo, Rabicho, fundar o espaço de cultura, atendendo a uma demanda do município. Documento Vivo é o nome de outra iniciativa do Casarão da Mariquinha. O projeto visa preservar a memória do município por meio da gravação de depoimentos de pessoas que vivenciaram a história da cidade. O nome do projeto, como confessa seu próprio idealizador, Rabicho, tem o objetivo de conquistar o patrocínio da empresa de telefonia Vivo.


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ESPAÇO PÚBLICO

Cidade ganha mais um espaço cultural

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a próxima sextafeira, dia 4, às 19 horas, a cidade de Mogi das Cruzes vai ganhar um espaço que atende a uma demanda de muitos anos da classe artística e da população de uma forma geral. Situado em região nobre da cidade, ao lado da Catedral de Santana e da praça Coronel Bendito de Almeida, o Centro Cultural de Mogi das Cruzes abre oficialmente as portas ao público, para se tornar uma nova referência de espaço cultural do município. A solenidade de inauguração será na praça Monsenhor Roque Pinto de Barros, espaço público que será restaurado e devolvido aos mogianos, após décadas em que foi utilizado como via pública, com a circulação e permissão para estacionamento de veículos. O espaço cultural será inaugurado com uma ampla agenda de apresentações e intervenções artísticas e culturais. A começar pela 1ª Mostra de Artes Plásticas, que estará montada no piso térreo do prédio, intitulado Galeria de Artes “Wanda Coelho Barbieri”. A mostra é resultado direto de um processo seletivo, que foi realizado no ano de 2014 e culminou com a escolha de 20 artistas plásticos da cidade. Para contemplar o máximo possível de artistas, contudo, ela terá, adicionalmente, a participação de mais 20 artistas.

NEY SARMENTO/PMMC

REFORMA E DETALHES TÉCNICOS No primeiro andar, intitulado Sala Multiuso “Wilma Ramos”, também haverá programação artística no ato da inauguração e já há, inclusive, uma agenda para o mês de setembro definida. O espaço, que tem como característica

As reformas para adequação do prédio onde será inaugurado o Centro Cultural de Mogi das Cruzes tiveram investimento de R$ 150 mil e contemplaram uma completa remodelação no prédio, desde revisões nas instalações elétricas e hidráulicas, até a recuperação e modernização de pisos, tetos, paredes, janelas, portas, mais pintura geral. Fonte: Prefeitura de Mogi das Cruzes

mais forte a versatilidade, já abre com duas intervenções, sendo uma esquete teatral e uma apresentação de dança, que serão realizadas a partir das 19 horas. Depois, a partir das 21 horas, terá início o primeiro

show musical no Centro Cultural, com o músico João Paulo Amaral. O violeiro e compositor mogiano se destaca como um dos importantes nomes da viola de dez cordas no Brasil e exterior e tem um histórico de apresentações em festivais na Espanha, Portugal, México e Inglaterra. Além de composições próprias, ele é conhecido por fazer arranjos inéditos de autores renomados, como Almir Sater, Nelson Ângelo, Zé Renato e Bambico. A música raiz, portanto, será a marca deste primeiro show no novo espaço de cultura. Quem comparecer à inauguração do Centro Cultural de Mogi das Cruzes poderá conferir também as novas instalações da Biblioteca Municipal Benedicto Sérvulo de Santana, que durante muitos anos atendeu ao público no mesmo prédio onde está atualmente a sede da Secretaria de Cultura. Situada no segundo e último andar do prédio, a Biblioteca passou por uma completa revisão para atender ainda melhor ao público. O acervo ganhou novos livros, os antigos passaram por um restauro e o local vai disponibilizar ainda acesso a computadores com Internet. Todo o mobiliário, como mesas, cadeiras e luminárias, foi renovado, proporcionando um ambiente agradável e adequado para leitura, consultas e pesquisas escolares.

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ESPECIAL - ANIVERSÁRIO MOGI

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TRANSFORMAÇÃO

Mogi 455 anos: a despedida da passagem de nível em fotografias FOTOS LAILSON SANTOS

O Gazeta Regional lança um olhar sobre os últimos meses em que trens, carros e pedestres dividem os mesmos trilhos

O fotógrafo Lailson Santos que, há trinta anos, iniciou a carreira em Mogi, assina o ensaio


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TRADIÇÃO

A linha de trem e suas peculiaridades LAILSON SANTOS

Por Lailson Nascimento De Mogi

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esde 1875, o centro de Mogi das Cruzes é dividido pela linha férrea. Construída pela Estrada de Ferro do Norte e inaugurada no dia 6 de novembro daquele ano, a estação central de trens é o coração da cidade. Tanto para quem chega de trem, quanto para quem vem de carro ou ônibus, o local é ponto obrigatório de passagem. Mas a estação está mudando. No entendimento de alguns, para melhor. Para outros, nem tanto. O fato é que, nos próximos 24 meses, a praça Sacadura Cabral nunca mais será a mesma. A Estação Mogi das Cruzes atende aos passageiros da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) desde 1994. Quando a composição se aproxima do terminal, seguranças do local fecham as cancelas, impossibilitando o trânsito de veículos e dificultando a circulação de pedestres, já que eles ainda contam com uma passarela. Devido às dificuldades de mobilidade urbana que o fato causa, a prefeitura decidiu construir túneis no local. As obras já foram iniciadas e, com elas, também se iniciou o desaparecimento de características antigas daquela região. No ensaio fotográfico assinado pelo fotógrafo Lailson Santos (páginas 8 e 9), o Gazeta Regional traz algumas das peculiari-

dades ameaçadas pelo processo de desenvolvimento da cidade. Intervenções O investimento para a obra deverá ser de R$ 128.851.445,30, contando com recursos municipais e federais. Um dos túneis terá 298 metros de comprimento e ligará as ruas Dr. Ricardo

Vilela e Hamilton da Silva e Costa. Para isso, serão desapropriados em um primeiro momento quatro imóveis localizados na margem esquerda da rua Hamilton da Silva e Costa, até o cruzamento com a rua Engenheiro Gualberto. Outro imóvel, localizado na esquina entre a Hamilton Silva e Costa e Engenheiro Gual-

berto, só que do lado direito, também será desapropriado futuramente, para permitir a saída do primeiro túnel. Já o segundo túnel, com extensão de 426 metros, ligará a rua Cabo Diogo Oliver à avenida Governador Adhemar de Barros e a previsão é de que esteja concluído em dezembro de 2017. A parte de cima da es-

trutura, a atual praça Sacadura Cabral, terá sua estrutura ampliada, oferecendo mais espaço para a circulação de pedestres. A obra permitirá o fechamento da passagem de nível ao lado da estação, eliminando, assim, o principal gargalo do trânsito da região central da cidade. A transposição da rua Doutor Deodato Wertheimer será

Uma das características que mais marcam a passagem de nível são os pedestres que, vez ou outra, têm que aguardar o trem passar

desativada. No projeto da nova região central, a Estação Mogi das Cruzes da CPTM será deslocada em cerca de 150 metros e ficará em frente ao Terminal Central, de onde partirá uma passarela para que os usuários acessem as plataformas ou atravessem a linha férrea. Estas intervenções ficarão a cargo da companhia estadual.


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TRILHOS

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LAILSON SANTOS

Atualmente, os usuários de trem em Mogi das Cruzes são atendidos pelo Expresso Leste em horários específicos (24 viagens diárias diretas), ficando à mercê das composições antigas

Expresso Leste terá mais viagens

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prefeito Marco Bertaiolli (PSD) participou, no último dia 26, da inauguração da estação Ferraz de Vasconcelos da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), que contou com a participação do governador Geraldo

Alckmin (PSDB). Durante o evento, o governador anunciou que, em breve, 15 novos trens entrarão em operação na região, permitindo a ampliação do atendimento do Expresso Leste até a estação Estudantes, em Mogi das Cruzes. “Fizemos a maior compra de trens da história de

São Paulo. São 65 trens, com oito carros cada um, ar-condicionado, motorização mais forte. Deste total, 15 trens novos virão para a região. Em um prazo de 12 meses, pretendemos levar o Expresso Leste até a última estação, que é Estudantes”, disse Alckmin. Atualmente, Mogi recebe

24 viagens diárias diretas, sendo 12 em cada sentido, do Expresso Leste. No restante dos horários, o passageiro precisa realizar baldeação na estação Guaianases. A ampliação do atendimento do Expresso Leste na cidade acontecerá concomitantemente com a construção da passagem subterrânea da praça Sacadura Cabral. Com

investimento de R$ 128,8 milhões, a obra resolverá um gargalo no trânsito da região central da cidade, causado pelo fechamento da passagem de nível para a circulação dos trens. “É uma obra bastante complexa, mas Mogi das Cruzes precisa se estruturar para continuar crescendo, e a passagem de nível resolve aquele

que hoje é o principal gargalo do município. Com esta obra, que é a maior já contratada pela administração municipal, aumentaremos a mobilidade urbana do município e contribuiremos com o processo de devolução do centro aos pedestres, pois teremos áreas de convivência recuperadas e integradas”, destacou Bertaiolli.


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TURISMO

Bertioga: a tradição do ‘bate-volta’ RENAN XAVIER

Por Lailson Nascimento De Mogi

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Uma saída para o mar. Era só o que faltava para os moradores de Mogi das Cruzes, que agora, com a abertura da estrada ligando o município às praias de Bertioga, prometem transformar cada fim de semana em uma autêntica invasão”. Em 17 de maio de 1982, o jornal A Tribuna, sediado em Santos, antecipou um fato que se consagraria como uma das principais opções de ‘turismo de 1 dia’ para os mogianos. A inauguração da rodovia Dom Paulo Rolim Loureiro (SP-98), a Mogi -Bertioga, permitiria o famoso ‘bate-volta’, que se tornou comum para os moradores da cidade e de toda a região. Até o início de 1980, os mogianos tinham que recorrer às rodovias do Tamoios ou ao sistema Anchieta/Imigrantes para ter acesso ao litoral paulista. Embora esteja distante a apenas 50 Km de Bertioga, Mogi, até então, não possuía acesso direto ao município litorâneo. O ‘problema’ foi solucionado com a inauguração, em 1982, da Mogi-Bertioga. O complexo viário corta a Serra do Mar, vencendo um desnível de quase mil metros de altura e do trecho de planície no litoral, construído sobre uma área de mangues. Isso influi no percurso da estrada: uma sucessão de retas,

De acordo com as estatísticas do DER, somente no trecho de Mogi das Cruzes, a rodovia Mogi-Bertioga recebeu, em 2014, uma média de 16 mil veículos por dia

curvas, aclives e declives no planalto; uma longa descida com repetitivas curvas na serra; e longas retas na planície do litoral. Trânsito De acordo com as estatísticas do Departamento de Estradas de Rodagem (DER),

somente no trecho de Mogi, a rodovia recebeu, em 2014, uma média de 16 mil veículos por dia. A expressiva utilização da via pode ser notada, principalmente, durante o verão e os feriados prolongados. Nesta época, a viagem, que pode ser feita em 40 minutos, chega a até 4 horas, devido aos longos con-

gestionamentos. Importância A Prefeitura de Bertioga reconhece que Mogi das Cruzes (e o Alto Tietê, de maneira geral) é fundamental para a movimentação turística da cidade. Em entrevista ao Ga-

zeta Regional, o prefeito Mauro Orlandini (DEM) reforçou o conceito. “Bertioga é muito hospitaleira. Talvez por isso, os turistas de Mogi das Cruzes frequentem tanto a nossa cidade e, inclusive, escolham Bertioga para suas casas de veraneio”, completou.

A interação entre as duas cidades é tamanha que, no site da administração municipal, um dos fatos históricos que contribuíram para a emancipação político-administrativa de Bertioga foi, na visão da prefeitura, a abertura da Mogi-Bertioga.


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INFORME PUBLICITÁRIO

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clientes, o cartão de benefícios oferecido pela ‘Viva Bem’ oferece, entre outras coisas, até 50% de desconto em consultas médicas; clínicas especializadas; laboratórios; drogarias; farmácias de manipulação; estética; fisioterapia; odontologia e academia. Vale destacar que o ‘Viva Bem’ é um cartão de benefícios, cuja proposta é diferente de um plano de saúde. Todos os serviços são pagos pelos clientes diretamente aos prestadores de serviço. Dessa forma, nossos clientes são atendidos como particulares,

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E

m Mogi das Cruzes, a população conta com uma alternativa inteligente para encontrar profissionais de elevada qualidade técnica para atender suas necessidades na área da saúde. Trata-se da ‘Viva Bem’, empresa administradora de cartões de benefícios do setor. E bota benefícios nisso: são diversas opções para você e toda a família. Com o objetivo de ampliar a oferta ao sistema de saúde de qualidade aos seus

O cartão de benefícios ‘Viva Bem’ está preparado para atender todas as necessidades da sua família no setor de saúde

acelerando, assim, as consultas. Hoje em dia, os convênios tendem a ser cada vez

mais caros e a qualidade, só cai. A pessoa precisa de um especialista urgente e o médico conveniado só pode

atender dois ou até três meses depois. Quem nunca sofreu com convênio? Diante desses fatores, o cartão de benefí-

cios ‘Viva Bem’ criou força e cresce cada vez mais no Alto Tietê e demais regiões do Estado de São Paulo.


SOCIAL

Beleza regional

Umpresente a Mogi O Gazeta Regional, em homenagem ao aniversário de Mogi, preparou um ensaio com uma modelo à altura da data. Seu nome é Mayara Gomes, consultora de vendas e formada em gestão de Recursos Humanos. Durante as fotos, realizadas no Parque Centenário, em César de Souza, a jovem de 22 anos revelou seu belo sorriso e simpatia cativante. Um dos sonhos da modelo está pres-

tes a se realizar: o casamento já se anuncia próximo, para a alegria do noivo, Thiago. A mogiana ainda sonha com um futuro melhor, satisfação social e profissional, além de muitas viagens. Nas horas vagas, Mayara adora assistir a filmes e séries, especialmente sua favorita, Dr. House. Musicalmente a bela curte pop rock cristão e é fã do grupo New Boys.

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