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Vila Operária terá centro esportivo equipado Pág. 3

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Maringá, domingo e segunda-feira 26 e 27 de junho de 2016 Ano XVII - Edição 4329

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SECA E GEADAS PREJUDICAM PRODUÇÃO PARANAENSE Pág. 5

Os primeiros levantamentos mostram que a produção de milho deve variar de 11,3 a 11,4 milhões de toneladas. A estimativa inicial apontava para colheita de 12,9 milhões SAÚDE

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Governo evita fechamento de hospitais de pequeno porte no PR Os valores podem ser aplicados no custeio dos serviços, melhorias da estrutura física e equipamentos, além de capacitações dos profissionais


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DOMINGO E SEGUNDA-FEIRA 26 E 27 06-2016

OPINIÃO

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LUIZ FABRETTI

Fábio Campana Tempos bicudos Pois, pois, vivemos tempos bicudos. No interior, na periferia e no centro das cidades, a violência multiplica-se em progressão geométrica. Os meios para combatê-la sequer crescem em progressão aritmética. Importa menos se as polícias estão desaparelhadas ou se o desemprego crescente aumentou o número de marginais. A verdade é que o cidadão comum asila-se cada vez mais na própria casa. Quando dispõe de uma casa, é claro. Dos 12 milhões de desempregados que as estatísticas indicam, mas na verdade atingem o dobro, quantos podem manter o sentimento de que vão mudar de vida? Esse é o principal obstáculo para o país recuperar-se. A esperança parece cada vez mais remota. Por conta disso a violência progride. Prevendo que permanecerá sem trabalho, pressionado pelas necessidades primárias da família, indignado em apelar para a caridade pública, quantos resistem em tomar pela força o que lhes é negado pela falta de trabalho? Trata-se de um estímulo, além de parecer mais cômodo, exigindo menos esforço apesar de maior risco. Distribuição de tarefas A senadora Simone Tebet (PMDB-MS) reclamou com aliados do governo. Enquanto os petistas acusam suposto golpe, os defensores do impeachment se calam. “Precisamos de distribuição de tarefas”, diz. Vice vai dar barulho Deve virar alvo o mais provável vice do deputado Cícero Almeida (PMDB-AL) na disputa pela prefeitura de Maceió. Trata-se de Omar Coelho, que foi acusado de integrar um esquema de compra de votos em eleição para a OAB-AL, entidade que presidiu. Tem até gravação. Meu pirão primeiro Médico e senador Ronaldo Caiado (DEM-GO) aproveitou a votação do Supersimples e emplacou uma emenda que reduz os impostos para serviços de medicina, enfermagem e exames laboratoriais. A coisa está feia mesmo Renan Calheiros resolveu imitar o falecido senador ACM, que, quando se desesperava diante da falta de respostas às malfeitorias atribuídas a ele, passava a difamar e tentar destruir quem as denunciava. E até quem as divulgava, os jornalistas, na tola tentativa de intimidá-los.

luizfabretti@hot�ail.com VISITA O Ministro da Saúde, Ricardo Barros, se reuniu com empresários e lideranças na sede da Associação Comercial e Empresarial de Maringá (ACIM) na última sexta-feira, em Maringá. Também estiveram presentes a vice-governadora Cida Borghetti e o prefeito de Maringá, Roberto Pupin. NOVIDADES No encontro Barros falou sobre o ministério e ouviu as demandas locais e regionais. Participaram as empresas do setor da saúde associadas à ACIM, como hospitais, planos de saúde e clínicas médicas, além de membros da Câmara Técnica de Saúde do Conselho de Desenvolvimento Econômico de Maringá (Codem). POLÍTICA Claro que o ministro Ricardo Barros também despachou com alguns pré-candidatos de Maringá e região em seu escritório. GOL Depois que a Latam anunciou o interesse em atender Maringá novamente, a empresa Gol anunciou na semana passada que deverá retornar com vôos diretos entre Maringá e Curitiba. AZUL Hoje só a Azul Linhas Aéreas que faz este trecho e também anunciou que aumentará a oferta de aeronaves. PASSAGENS A Partir de 1º de julho vai ficar mais caro para viajar de ônibus entre estados e países vizinhos. O aumento será de 9,04% e já está publicado no Diário Oficial da União. TOCHA Os escolhidos de Maringá para caminhar com a Tocha Olímpica, não são necessariamente quem fez história no esporte. Os patrocinadores fizeram concursos e muitos desconhecidos irão carregar o Fogo Olímpico no dia 29. CONCURSO Dezoito pessoas estão concluindo o 2º curso de Facebook para a terceira idade oferecido pela Pastoral da Comunicação da Catedral de Maringá. A última aula será realizada na próxima terça-feira (28) às 14h em uma sala do centro catequético, na Avenida Duque de Caxias. OFINAS Durante as férias, atividades recreativas costumam ser as preferidas das crianças. Mas se for possível unir diversão e aprendizado, a brincadeira pode ser ainda mais proveitosa.

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O espaço “Brinco da Vila” será entregue no fim do ano

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Vila Operária terá centro esportivo equipado

O centro esportivo “Brinco da Vila” contará com espaços equipados para atividades esportivas

Amanda Gomes Após nove anos de reivindicação à Prefeitura de Maringá, a Vila Operária recebe a reforma do centro esportivo Brinco da Vila e, daqui a alguns meses, poderá usufruir de um espaço equipado, que tem como objetivo oferecer aulas e atividades esportivas aos moradores. O centro esportivo Brinco da Vila passa por reformas em sua estrutura há um mês e tem data prevista de finalização, no fim do ano. O espaço contará com um salão poliesportivo, banheiros equipados e campo de futebol. Tudo para oferecer às crianças e adolescentes atividades esportivas, aulas de educação física e trilhamento de jovens. Pensando na segurança dos moradores, o diretor social da Associação dos Moradores da Vila Operária, Antonio Fanhani, conta que o centro esportivo contará com vigilância durante 24 horas por dia. “Tanto para a Vila

Operária, quanto para toda a cidade de Maringá, esse centro é artigo de primeiro mundo. É um centro de lazer e isso ajuda a tirar as crianças da rua”, conta Fanhani. O diretor social ainda explica que a associação tem muitas reivindicações. “Aos poucos estamos sendo atendidos e colocando tudo em prática”, e ressalta: “O poder aquisitivo da Vila Operária, hoje, é grande e o bairro caminha bem. Tudo que as cidades de médio porte têm, nós temos no nosso bairro. A Operária cresceu e continua crescendo muito.” Alcides Ribeiro, 56, mora no bairro há 33 anos e concorda com o progresso do local. “Quando cheguei aqui não tinha nada, nem asfalto. Agora o bairro fica cada vez mais bonito e com mais conforto.” Assim como ele, Jacira Sampaio Soares, 73, elogia o local e diz que não abre mão de morar ali. “Moro aqui há mais de 20 anos, já me mudei três vezes, mas todas aqui na

Vila Operária”, e acrescenta: “Aqui estou perto de tudo que preciso, mercado, açougue, padaria. É um lugar gostoso para morar.” DOAÇÕES Além desse projeto, outra ação movimentada pela associação é a entrega de alimentos, roupas, calçados e artigos para casa, feita com a ajuda dos próprios moradores da Vila Operária. Toda terça-feira, às 14h, as famílias que moram no bairro e que são cadastradas, podem receber as doações. O projeto existe há 12 anos e, atualmente, atende em média 168 famílias. Para Fanhani, essa ação serve de exemplo. “O projeto é espelho para os outros bairros. Além de nós, só mais um bairro, de Maringá, faz isso. Recebemos muita gente de outros lugares querendo se cadastrar, mas infelizmente não é possível”, lamenta. O diretor conta que há pouco tempo, o projeto recebeu uma mobília completa, de um doador que não quis

ser identificado. Com esses artigos já foram atendidas mais de 15 famílias. O departamento social, da Associação de Moradores da Vila Operária, conta com oito pessoas que se dividem para trabalhar. Eles explicam que, por vezes, passam por dificuldades para receber artigos

para as doações, mas que aos poucos conseguem atender a demanda. AJUDE O PROJETO Para ajudar o projeto com doação de roupas, calçados, alimentos, móveis e artigos para uso doméstico, entre em contato com o diretor social pelo número: (44) 9902-4040.

As doações podem ser retiradas no antigo módulo policial, da Avenida Riachuelo, após o cadastro da família

No Paraná, pinhão gera renda para pequenos produtores

A temporada de festas juninas já faz alegria dos produtores de pinhão no Estado. A safra desse ano, de acordo com estimativas do mercado, deve ser de 12 mil toneladas - 20% maior do que no ano passado. A produção ajuda na renda principalmente de pequenas propriedades. Em algumas delas, a venda do pinhão chega a responder por 30% do faturamento anual dos agricultores. A colheita, que começou em 1º de abril, deve se estender até julho e a produção se concentra na região Centro Sul do Estado, com destaque para Guarapuava e Irati e, também, em municípios da região metropolitana de Curitiba. De acordo com o secretário executivo do Conselho Estadual de Meio Ambiente, João Batista Campos, o Paraná vem incentivando a atividade, com distribuição de mudas e a regulamentação do período da colheita. O objetivo é garantir o consumo sustentável e assegurar a reprodução da arau-

cária. Símbolo do Paraná, esse tipo de pinheiro chegou a cobrir 40% do território do Estado. Hoje esse percentual é de menos de 3%. “Sabemos que o extrativismo para a retirada dos pinhões é uma importante fonte de renda nessa época, principalmente junto a pequenos produtores. Por isso estabelecemos um calendário de colheita, para que a atividade também gere um impacto menor sobre a fauna que se alimenta dos frutos da araucária no inverno ”, diz. COM FRUTAS - A colheita do pinhão já responde por um terço da renda do ano da produtora Elizabeth Guedes de Freitas Costa, em Campina Grande do Sul, na região de Curitiba. No sítio da família, as araucárias dividem espaço com pés de caqui, pera, kiwi, tangerina e morango. “A safra desse ano vai ser muito boa. Devemos colher cerca de 2 toneladas de pinhão”, diz Elizabeth. A produção é vendida para a Co-

operativa de Produtores de Campina Grande do Sul. “Quando meu pai comprou a área, já havia cinco alqueires de mata nativa de araucárias. A gente costumava vender o fruto para vizinhos. Eu morava em Santos na época e levava o pinhão para vender lá”. Aos poucos, a atividade virou um negócio para a família e há dez anos foi iniciado plantio de pinheiros novos, da variedade caiová, que já começam a dar frutos. NA RODOVIA - A venda de pinhão à beira das estradas também se intensifica nessa época. O apicultor Luiz Roberto Aleixo, de Tijucas do Sul, na região de Curitiba, vende pinhão às margens da BR 376. Além de tirar pinhão das árvores que estão na sua propriedade, ele compra o fruto de cerca de 60 produtores de municípios como Tijucas do Sul, Agudos do Sul e Quitandinha para revenda. A expectativa é que as vendas sejam boas nesse ano.


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Seca e geadas prejudicam produção de milho no Paraná

A Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento divulgou nesta sexta-feira (24) o relatório mensal do Departamento de Economia Rural (Deral). O departamento aponta prejuízos de 12% nas lavouras de milho da safra 2015/16 em relação à produção estimada no início da safra. O milho sofreu com estiagem de abril e maio, especialmente na região Norte do Estado, e em junho foi atingido por geadas severas. Os primeiros levantamentos mostram que a produção deve variar de 11,3 a 11,4 milhões de toneladas. A estimativa inicial apontava para uma colheita de 12,9 milhões de toneladas. Segundo o diretor do Deral, Francisco Carlos Simioni, o percentual de perdas pode ser ainda maior no decorrer da colheita, quando serão efetivamente avaliados os impactos da geada. “Até agora foram colhidos 10% da área plantada e este milho não foi aquele afetado pela geada. Em julho, quando a colheita se intensifica, o índice de perda em produtividade poderá aumentar e será o momento em que poderemos avaliar a qualidade do grão”, diz Simioni. As perdas nas lavouras de milho no Paraná, segundo maior produtor do País, ocorrem em um quadro de escassez do grão. Segundo a Companhia Nacional do Abastecimento (Conab), a produção brasileira de milho na safra de verão foi de 79 milhões de toneladas, 6% menor que na safra anterior. Este cenário, agravado a um volume de exportação maior e ao câmbio favorável às exportações, fez os preços do milho explodirem. O preço na semana de 24 junho foi de R$ 36,11 a saca de 60kg, o que representa um crescimento de 88% em relação a junho do ano passado quando as cotações estavam em torno de R$ 19,17 a saca de 60kg. “A produção estadual de milho poderá girar no mercado algo em torno de R$ 9 bilhões, com a comercialização do grão este ano”, informa o técnico do Deral Edmar Gervársio. Nesta segunda safra de milho foram plantados 2,19 milhões de hectares no Estado, com uma produção estimada de 11,4 milhões de toneladas. Na safra 14/15 a produção foi de 11,5 milhões de toneladas. Segundo Gervásio, a escassez do milho já acendeu a luz de alerta para a cadeia produtiva de carnes. “O consumo estimado pela indústria é maior do que o milho disponível, por isso deve haver importação de outros países e es-

tados para atender a demanda.” O Deral também divulgou os números das outras lavouras de inverno: segunda safra de soja, de feijão e trigo, além de mandioca e fumo. A produção estimada de grãos de inverno é de 3,9 milhões de toneladas. SOJA - Os números atualizados da safra 15/16 de soja confirmam redução de 9% na produção, com a colheita de 16,6 milhões de toneladas. A quebra foi causada pelo excesso de chuva. Segundo Marcelo Garrido, do Deral, havia uma expectativa de produção recorde que não se cumpriu, mas o produtor está satisfeito com a rentabilidade. “A comercialização está bem adiantada, com 75% da soja já vendida, com excelentes preços”. Em junho de 2015 a soja foi comercializada a R$57,00 a saca de 60kg e, na última semana de junho o produtor receberá em média R$ 81,77. Isso representa um acréscimo de aproximadamente 43,5% no período. “A alta está sendo sustentada pela demanda internacional, com um dólar valorizado e devido a quebras na produção do Brasil e Argentina”, analisa Garrido. A safra nos Estados Unidos, maior produtor mundial, evolui de forma satisfatória e mesmo que tenha uma boa safra, a demanda pelo grão deve continuar a remunerar bem o produtor. A safrinha de soja, também chamada de segunda safra, já foi encerrada. A área plantada foi 13% maior que no ano passado, mas a produção 4% menor, devido a problemas climáticos. Das 339 mil toneladas previstas, foram colhidas 318 mil toneladas. Garrido lembra que este foi o último ano em que se permitiu o plantio da segunda safra de soja. Conforme determinação da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), o período para semeadura da soja será entre 16 de setembro a 31 de dezembro, como forma de prevenção à ferrugem asiática. FEIJÃO - As lavouras da safra 2015/16 de feijão também registraram perdas devido ao clima. O potencial produtivo do feijão paranaense projetava uma produção de 750 mil toneladas, mas teve uma quebra de 19%, obtendo-se aproximadamente 607 mil toneladas. “Houve perdas de 14% na primeira safra, de 23% na segunda safra e no feijão de inverno, menor volume das três safras, já registram perdas em torno de 60%”, explica Carlos Alberto Salvador, do Deral.

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Governo evita fechamento de hospitais de pequeno porte no PR Os valores podem ser aplicados no custeio dos serviços, melhorias da estrutura física e equipamentos, além de capacitações dos profissionais

O Governo do Paraná está ampliando o credenciamento de hospitais de pequeno porte ao programa estadual HospSUS, que apoia instituições públicas e filantrópicos com recursos para qualificar o atendimento hospitalar aos cidadãos paranaenses, com verbas para custeio, compra de equipamentos e pequenas obras. A nova etapa do programa está definida na Resolução 180/2016, que estende o incentivo estadual a instituições filantrópicas de até 100 leitos vinculados ao Sistema Único de Saúde (SUS). “O Governo do Paraná reconhece a importância dos hospitais de pequeno porte para a manutenção do atendimento à população e sabemos das dificuldades para o custeio desses serviços. Por isso, definimos mais um incentivo para garantir o funcionamento dessas instituições”, destaca o secretário de Estado da Saúde, Michele Caputo Neto. Os valores podem ser aplicados no custeio dos serviços, melhorias da estrutura física e equipamentos, além de capacitações dos profissionais. A intenção é garantir a subsistência de estabelecimentos de menor porte e que sofrem com a crise de financiamento do SUS. NA PRÁTICA - O Hospital dos Trabalhadores Rurais de Verê, na região Sudoeste do Estado, foi um dos primeiros estabelecimentos filantrópicos a aderir à nova fase do HospSUS. Com a adesão, a instituição passa a receber o valor anual de R$ 240 mil, pago mensalmente desde junho. O hospital, mantido por associação de moradores com o auxílio da prefeitura, é o único do município de 8 mil habitantes. “O benefício será investido principalmente na infraestrutura da instituição e, consequentemente, na qualidade do serviço prestado à população. Até então, não sobrava verba para aplicar nessas áreas. O auxílio veio em ótima hora”, comemora a secretária municipal de Saúde de Verê, Cassiana Missel. REPASSES – A nova fase do projeto garante o repasse para até 173 estabelecimentos de saúde no Estado. Até o mês de maio, 65 instituições - 57 delas municipais e oito filantrópicas - estavam

inscritas e recebendo o benefício do Governo do Paraná. As adesões já estão gerando um repasse mensal de R$ 1,3 milhão. De acordo com o superintendente de Gestão de Sistemas de Saúde, Paulo Almeida, após a publicação da nova resolução, as solicitações para adesão ao programa estão aumentando a cada mês. “Se todos os hospitais elegíveis passarem a receber o recurso, isso vai causar um impacto anual de R$ 48 milhões voltado ao apoio e qualificação de hospitais no Paraná”, comenta. Para receber recursos do HospSUS, os hospitais devem atender algumas metas, como ter um médico e enfermeiro durante todo o horário de funcionamento, garantir 12 horas de atendimento para unidades com até 15 leitos e 24 horas a partir de 16 leitos. O programa também deverá garantir a integração desses estabelecimentos a hospitais maiores da região onde estão localizados. O Hospital Municipal de Guaratuba, no Litoral do Estado, recebe o repasse anual de R$ 360 mil do HospSUS desde o início de 2014. “Antes não sobravam muitos recursos para aplicar em capacitações da equipe ou investimentos em infraestrutura. O aporte financeiro veio para aprimorar a qualidade do atendimento que oferecemos aqui”, conta a diretora administrativa, Patrícia Chaves. CUIDADOS CONTINUADOS – Outra proposta do Governo do Estado para manter o funcionamento de hospitais de pequeno porte, é transformá-los em locais para estabilização de pacientes que necessitam reabilitação. A unidade hospitalar deve acolher pessoas com doenças crônicas, dependência funcional ou que se recuperam de procedimentos cirúrgicos. O projeto Cuidados Continuados Integrados (CCI) diminui o tempo de permanência de pacientes com casos de menor gravidade em leitos de hospitais de maior complexidade. Além de desafogar as urgências e emergências, a ação também apresenta uma nova vocação para hospitais que têm perfil de atendimento de baixa resolutividade.


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