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Instituto Butantan estuda vacina e soro contra Zika vírus

Maringá, quarta-feira 24 de fevereiro de 2016 Ano XVII - Edição 4249 Pág. 5

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TOMATE SOBE 84% NO ATACADO E CENOURA, 65% O aumento foi constatado no 2º Boletim Prohort de Comercialização de Hortigranjeiros nas Ceasas em 2016, divulgado ontem pela Conab. Preços impactaram a inflação Pág. 4

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INVESTIMENTOS

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TCCC

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Aldo Componentes Eletrônicos vai investir R$ 33,5 milhões Greve dos motoristas pode começar na segunda-feira


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OPINIÃO

HOJE NOTÍCIAS - MARINGÁ

QUARTA-FEIRA 24-02-2016

LUIZ FABRETTI

Fábio Campana CNMP mantém promotor que investiga Lula

luizfabretti@hot�ail.com

O Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) decidiu por unanimidade manter o promotor Cássio Conserino, do Ministério Público de São Paulo, à frente das investigações sobre os vínculos entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e um apartamento tríplex da empreiteira OAS, no condomínio Solaris, no Guarujá. Para o conselho, a decisão de Conserino de abrir uma investigação sobre ligação entre Lula e o imóvel está dentro das normas estabelecidas pelo Ministério Público de São Paulo e pelo próprio CNMP, mesmo que ele não seja o promotor natural do caso. Com a decisão, Lula deverá ser ouvido por Conserino. Todos os conselheiros presentes em plenário concordaram com o voto do relator, Valter Shuenquener, o mesmo que concedeu liminar suspendendo o depoimento de Lula e da mulher dele, Marisa Letícia. Shuenquener votou pelo arquivamento do pedido de instauração de processo disciplinar para aplicar sanção ao promotor que investiga o ex-presidente. Panelaço contra governo Grupos de WhatsApp e páginas de movimentos pró-impeachment nas redes sociais convocam panelaço para as 20h desta terça-feira, quando vai ao ar o programa do PT de 10 minutos no horário destinado à propaganda partidária. Dirigentes petistas lamentavam desde segunda o timing da exibição da propaganda — que o partido chegou a adiar no início do ano, à espera de um período mais favorável. A exibição, no entanto, coincidiu com a prisão do marqueteiro João Santana, até 2014 responsável pelas peças publicitárias do partido e dos candidatos petistas à Presidência. Patrimônio de João Santana O patrimônio do marqueteiro João Santana, consultor da presidente Dilma Rousseff e alvo principal da 23ª fase da Operação Lava Jato, cresceu 5.758% entre os anos de 2004 e 2014. Os dados foram levantados a partir da quebra do sigilo do publicitário, suspeito de ter recebido dinheiro do esquema do petrolão e depois lavado os recursos com a simulação de contratos. Informações da Receita Federal indicam que, em 2004, Santana tinha patrimônio de cerca de 1 milhão de reais, patamar que saltou para expressivos 59,12 milhões de reais em 2014, declarados como resultado de “lucros e dividendos recebidos pelas suas empresas de publicidade”.

GREVE Não houve muito progresso na reunião entre prefeitura, TCCC e sindicato dos motoristas de Maringá, e amanhã deve acontecer a paralisação do transporte urbano na cidade. BASE Como data base da categoria é em junho, a prefeitura não aceita o pedido dos motoristas, (R$ 300), já que segundo o prefeito Roberto Pupin, isso iria impactar no aumento do valor da passagem. PERERECO Quem depende de ônibus urbano diariamente vai ter que ficar atento e conseguir um meio de transporte para ir para o trabalho. INTERNACIONAL O diretor da GT Foods, Cilinho Tortola, e o filho Rafael, estão em Dubai, nos Emirados Árabes, onde participam da GulFood, a maior feira internacional do setor. EXPOSIÇÃO A GT Foods de Maringá é uma das maiores do país e está presente na feira, onde apresenta também, seus produtos de frios e enlatados. Hoje a gigante paranaense exporta para mais de 150 países, uma potência.

Derrota de Evo Projeções feitas a partir do resultado parcial do referendo realizado no domingo mostravam, na noite de segunda , que os bolivianos recusaram a possibilidade de o presidente Evo Morales concorrer a um quarto mandato consecutivo em 2019. Com 46% dos votos apurados, o “não” ganhava com 57,4%, enquanto o “sim” tinha 42,6% de apoio, de acordo com o Tribunal Supremo Eleitoral. Na chamada contagem de transmissão rápida, que considerava 82% da apuração, o “não” aparecia com 54,1% contra 45,5% do “sim”. Se confirmada, será a primeira derrota de Evo nas urnas desde sua chegada ao poder, em 2006. Será também mais um elemento no movimento que enfraquece governos de esquerda na região, após Argentina e Venezuela. AMP é contra a CPMF A AMP é a única entre as 27 entidades municipalistas do País a se posicionar contrária ao retorno da CPMF proposto pelo governo federal. O presidente da AMP e prefeito de Assis Chateaubriand, Marcel Micheletto (PSDB), reforçou a posição durante a plenária da associações comerciais e empresariais do Oeste do Paraná realizada sábado, 20, em Cascavel. Micheletto informou que foi o único, entre os seus pares durante recente encontro com a presidente Dilma Rousseff, que rejeitou o retorno do imposto. “A AMP é única a rejeitar retorno da CPMF como voto vencido, porque todos os outros foram favoráveis à proposta, fiz questão de dizer que esse é mais um imposto que vem para penalizar o setor produtivo, para pesar nas costas de empresas e do trabalhador formal e que, ao contrário do que dizem, não será solução para os problemas nacionais”.

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CIDADES

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Aldo Componentes Eletrônicos:

Richa assina protocolo para expansão O governador Beto Richa assinou, nesta terça-feira, o protocolo de intenções para inclusão da Aldo Componentes Eletrônicos no programa de incentivos Paraná Competitivo. A empresa vai investir R$ 33,5 milhões na expansão das operações em Maringá. Fabricante e distribuidora de equipamentos de informática, a Aldo vai construir uma nova fábrica de computadores, investir em um projeto de reciclagem de lixo eletrônico e concentrar a importação de peças e equipamentos pelo Paraná. “Esse é mais um investimento que atesta o bom momento do Paraná, que vive o maior ciclo industrial da sua história. Conseguimos retomar a credibilidade com o setor produtivo e o Paraná Competitivo foi coroado com um sucesso além das nossas expectativas”, disse o governador. Richa ressaltou a importância do investimento privado e do programa de incentivos para geração de empregos e tributos. “São empresas que estão se instalando e ampliando operações, desenvolvendo novos produtos, com geração de novas vagas. Em um momento em que o Brasil vive uma recessão, com dois mi-

lhões de desempregados, esse projetos mostram que o Paraná caminha na contramão do restante do País”, disse ele ao lembrar que o Paraná foi eleito, no ano passado, pelo grupo The Economist, o segundo estado mais competitivo do País, atrás apenas de São Paulo.

PROJETO - A ampliação da Aldo deve gerar 20 novos empregos em 2016 e mais 60 em 2017. A empresa calcula que o número de empregos indiretos pode chegar ao dobro dos diretos. A nova fábrica terá o triplo do tamanho da atual, que opera a 100% da capacidade, de acordo com o diretor presidente da Aldo, Aldo Pereira Teixeira. A unidade industrial, com 18 mil metros quadrados de área construída, será erguida em um terreno de 23 mil metros quadrados, a 150 metros da atual. “O Paraná Competitivo foi fundamental para a realização do projeto. Em um momento em que a crise econômica coloca todos os empresários para baixo, estamos assumindo um compromisso de crescimento com o Estado e o País”, afirmou Teixeira. Para o secretário da Fazenda, Mauro Ricardo

A empresa vai investir R$ 33,5 milhões na expansão das operações na cidade, afirma Aldo Pereira Teixeira

Diretor-presidente da empresa, Aldo Pereira Teixeira, e o governador Beto Richa

Costa, o programa Paraná Competitivo permite que o empresário invista, crie emprego, amplie o desenvolvimento e contribua com a geração de riquezas. “O investimento da Aldo mostra a solidez do Estado em atrair novos projetos de investimento. Mesmo com a crise econômica, o Estado aprova pelo programa Paraná Competitivo, em média, dois novos projetos de investimento por mês”, disse. CRESCIMENTO - De acordo com Teixeira, a Aldo

Saem em março resultados da UEM e UEL

investe porque está conseguindo crescer mesmo com a retração do mercado. Levantamento do IDC, consultoria especializada em dados do setor, mostra um recuo de 31% nas vendas de desktops em 2015 na comparação com 2014. A previsão da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee) é de uma queda de 18% nas vendas em todo o País em 2016. A Aldo, no entanto, registrou um crescimento de 49% nas vendas em 2015,

com 44,3 mil máquinas comercializadas. A previsão para 2016 é de um acréscimo de 65%, para 73,5 mil unidades, e de 75% em 2017, para 128 mil máquinas. De acordo com Teixeira, o crescimento da Aldo se ampara na entrada de categorias inovadoras, como desktops compactos e dispositivos compute stick, que tem tamanho de um pendrive, mas permite transformar qualquer monitor ou TV com HDMI em um computador.

Greve no transporte coletivo marcada para próxima segunda Da Redação

Os candidatos às 4064 vagas ofertadas nos vestibulares das universidades estaduais de Maringá (UEM) e de Londrina (UEL) devem ficar atentos às datas de divulgação dos aprovados e de matrículas. A lista do concurso da UEM sairá no dia 7 de março, a partir das 10h, pelo site www.vestibular.uem.br. A matrícula deverá ser feita entre os dias 21 e 23 de março. No dia 4 de abril, a diretoria de Assuntos Acadêmicos publicará o edital de vagas em segunda chamada no site www. daa.uem.br. As aulas terão início no dia 11 de abril. Já a UEL divulgará o resultado no dia 14 de março, às 12h, no site da Coordena-

doria de Processos Seletivos (www.cops. uel.br). A UEL oferece 2.550 vagas em 54 cursos de graduação, considerando turnos e habilitações, sendo que outras 540 vagas foram ofertadas pela primeira vez por meio do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), do MEC. Os aprovados deverão fazer a pré-matrícula no Portal do Estudante, na página www.uel.br; entre os dias 14 e 17 março. Os documentos acadêmicos e pessoais deverão ser postados até o dia 18 de março. Todo o procedimento está disponível no Manual do Candidato, na página da Cops. As aulas terão início em 11 de abril.

A greve dos motoristas de ônibus de Maringá deve ocorrer a partir da próxima segunda-feira. A informação é do sindicato da categoria. Eles reivindicam vale alimentação no valor de R$ 300. Uma reunião foi realizada na segunda-feira entre a empresa, prefeitura e sindicato, mas sem avanços. Diante do impasse, os representantes dos trabalhadores reforçaram a realização da greve a partir da próxima segunda. A empresa Transporte Coletivo Cidade Canção (TCCC), concessionária do serviço, defende a continuidade do diálogo até na data-base da categoria, em junho, quando ocorrerão as negociações salariais. “Nesse momento tem que imperar o bom senso. Poderíamos continuar negociando até a data-base para chegarmos a um bom termo. A greve é uma ferramenta desnecessária nesse momento, de máxima pressão e que vai prejudicar a população”, aponta o diretor da empresa, Roberto Jacomelli. Por enquanto não há nenhuma nova rodada de negociação agendada.


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Hortaliças têm alta de preço nos mercados atacadistas Da Agência Brasil

As principais hortaliças comercializadas nas centrais de abastecimento (Ceasas) no país tiveram alta nos preços em janeiro. O aumento foi constatado no 2º Boletim Prohort de Comercialização de Hortigranjeiros nas Ceasas em 2016, divulgado ontem pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O tomate chegou a registrar alta de 84% e a cenoura de 65%. Segundo a Conab, a elevação nos preços das hortaliças era esperada para o período em função da menor oferta de produtos provocada pelas condições climáticas desfavoráveis para a produção. O tomate registrou alta de 84,6% no Rio de Janeiro e de 70,5% no Espírito Santo. A menor alta da cenoura ocorreu no Rio de Janeiro

(14,5%), enquanto a maior foi em Campinas: 65%. Também acompanharam o movimento de alta a batata (20,5% em Campinas) e a alface (37,2% em São Paulo). No caso das frutas, o aumento dos custos de produção em 2015 tem preocupado o setor e a tendência é de alta para os próximos meses. Ainda segundo o boletim, as altas temperaturas e a restrição de irrigação provocam baixa produtividade ocasionando a tendência de reajuste de preços. Chuvas A banana teve boa produtividade em algumas regiões. No entanto, as chuvas em determinadas áreas produtoras afetaram a qualidade e produtividade. A fruta registrou alta de 33,8% no Rio de Janeiro e queda de 15% no Paraná. A laranja teve redução de preços de

9,6% em São Paulo e alta de 28,5% no Paraná. O boletim divulgado hoje pela Conab acusa também a comercialização dos hortigranjeiros em 2015. Foram ofertados 15,8 milhões de quilos de produtos hortigranjeiros nas centrais de abastecimento em todo o país, movimentando mais de R$ 30 bilhões. A quantidade vendida apresenta queda de 2,1% em relação a 2014, mas houve aumento de 4,6% no valor transacionado. A redução na quantidade é explicada por questões climáticas e aumento no custo dos insumos, por exemplo. O levantamento é feito nos mercados atacadistas por meio do Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro (Prohort), executado pela Conab, e considera a maioria dos entrepostos de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Paraná e Ceará.

Paraná triplica receita com exportação de carne bovina O fim do embargo do Irã à carne bovina do Estado, a abertura de novos mercados e o dólar favorável fizeram as exportações mais que triplicarem em janeiro. De acordo com a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC), a receita somou US$ 7,97 milhões, mais que o triplo que os US$ 2,34 milhões registrados no mesmo mês do ano passado (ou 239% mais). Somente para o Irã foram embarcados US$ 1,7 milhão. O Irã anunciou o fim da restrição à carne bovina do Paraná em agosto do ano passado. O embargo estava em vigor desde 2012, em virtude de um caso atípico da doença vaca louca no Estado. Com a liberação, o Irã retomou as importações e comprou US$ 13,85 milhões em carne bovina em 2015. O Irã já ocupa a terceira posição no ranking dos maiores compradores do Paraná. Em janeiro ficou atrás apenas do Chile e de Hong Kong. Para o diretor presidente do Ipardes, Julio Suzuki Jú-

nior, o bom desempenho de janeiro indica que 2016 será um ano positivo para as exportações do setor. “O dólar favorável impulsiona as exportações e segura a produção dos frigoríficos em um momento de retração do consumo no mercado interno. É um bom momento para buscar novos mercados e ampliar o painel de compradores da carne paranaense”, diz.

SANIDADE - No ano passado, além do Irã, os Estados Unidos e Arábia Saudita também anunciaram o fim do embargo à carne in natura brasileira, lembra o diretor-presidente da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), Inácio Afonso Kroetz. “Isso atesta a sanidade da carne paranaense e abre espaço para crescimento. Quanto mais diversificado o portfólio

de países de destino, melhor aproveitamento para a carne do boi paranaense. A Europa, por exemplo, prefere cortes mais nobres, os traseiros. Já o Oriente compra mais dianteiros. “Os iranianos compram animais com até 30 meses e os cortes têm que respeitar o Halal, que segue os preceitos da lei islâmica”, disse Kroetz. Dos 14 principais mer-

Paraná aumenta volume de carne exportada

cados da carne bovina paranaense em janeiro, dez não haviam comprado nenhuma carne do Paraná no mesmo mês do no ano passado. Além do Irã, estão nesse grupo Chile, Antilhas Holandesas, Armênia, Omã, Catar, Angola, Maldivas, Arábia Saudita e Barein. REVERSÃO - Com os resultados de janeiro, o Paraná inverteu a queda nas exportações de carne bovina registrada no ano passado. Em 2015, os embarques de carne in natura e industrializada somaram US$ 77,4 milhões, 15% menos do que em 2014. O resultado foi pressionado pela redução da demanda dos dois principais mercados da carne bovina do Paraná: a Rússia – em crise econômica - e de Hong Kong. “A Rússia é um parceiro de comércio exterior bastante instável, daí a importância de abrir novos mercados para a carne bovina do Estado”, diz Francisco Carlos Simioni, diretor geral do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria de Agricultura do Paraná (Seab).

REBANHO

O Paraná tem o décimo maior rebanho do país, com 9,2 milhões de cabeças, o que representa 4,3% do total do Brasil. O Estado abateu 902,2 mil cabeças de janeiro a setembro de 2015, de acordo com dados mais recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O volume representou 4% do total nacional.


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Instituto Butantan estuda vacina e soro contra Zika vírus Agência Brasil O Instituto Butantan, em São Paulo, está estudando uma vacina e um soro contra o Zika vírus, informou anteontem o secretário estadual de saúde de São Paulo, David Uip, após participar de evento com a presidenta da República, Dilma Rousseff, em que foi assinado um repasse de R$ 100 milhões do Ministério da Saúde para o instituto, para ajudar na fase de testes da vacina contra a dengue que eles estão desenvolvendo. O secretário disse que dois tipos de vacina contra o Zika vírus estão sendo estudados. O primeiro deles consistiria em transformar a vacina tetravalente contra a dengue (tetravalente porque combate os quatro tipos de vírus da dengue) em uma vacina pentavalente, incluindo o Zika vírus nessa sorologia. O segundo seria uma vacina específica ou isolada contra a doença. “Além disso, o instituto estuda a fase terapêutica do Zika vírus [um tipo de tratamento ou um soro] e também começa a estudar o protocolo de uma droga [ou remédio] que mata o vírus da Zika, semelhante ao que aconteceu ao vírus

da Aids”, disse o secretário. Segundo ele, o Butantan já recebeu 29 propostas de colaboração, principalmente de instituições norte-americanas, para estudar maneiras para combater o Zika vírus. “Existem muitas perguntas sobre como é o comportamento do vírus. Não sabemos se uma vacina de vírus atenuado, que é como fizemos para a dengue, vai funcionar da mesma forma para o Zika. Estamos fazendo vários tipos alternativos de vacina. O que sabemos é que com os estudos que temos com a dengue, e dengue sendo muito parecida com Zika, achamos que iremos mais rápido nos estudos”, disse Jorge Kalil, diretor do Instituto Butantan. Vacina contra a dengue A coletiva no Instituto Butantan foi para assinatura do contrato firmado pelo Ministério da Saúde com o Butantanm que prevê investimentos iniciais de R$ 100 milhões para financiar a terceira e última fase de testes clínicos da vacina contra a dengue em voluntários de todo o país. Esta última etapa da pesquisa, que teve início hoje em São Paulo, servirá para comprovar a eficácia da vacina. “A fase 2 envolveu 300

voluntários aqui de São Paulo e mostrou uma efetividade superior a 80%, ou seja, ela conferiu proteção, através de anticorpos, contra os quatro sorotipos [da dengue] acima de 80%, o que se mostrou segura. A fase 3 é a mesma coisa que a fase 2, só que estendida, com 17 mil voluntários de 14 centros do país”, explicou Uip. Segundo o secretário, ainda não é possível estimar quando a vacina contra a dengue já estará disponível para toda a população do país. Mas, de acordo com o diretor do Instituto Butantan, Jorge Kalil, a vacina poderá estar disponível a partir de 2018: “Não sabemos o resultado. Mas é possível que daqui a seis meses ou um ano já tenhamos, tendo em vista o grande número de casos de dengue que se tem atualmente no Brasil e se tivermos um grande número de voluntários, que se prove [a eficácia da vacina]. Se isso acontecer, podemos registrar a vacina e produzi-la”. Kalil disse que o instituto já deu início à construção de uma unidade de vacina onde será “possível produzir doses suficientes para começar o programa de vacinação no país”.

Dirigir pode ajudar a prevenir declínio cognitivo em idosos

Dirigir um carro é uma das tarefas cognitivas mais complexas que podemos fazer diariamente. O processo de direção requer uma variedade de habilidades cognitivas, desde as utilizadas para executar os movimentos de controle do veículo, até o processamento de informação visual e memória. Conforme envelhecemos, estas funções cognitivas tendem a declinar, fazendo com que dirigir se torne uma atividade mais difícil e perigosa com o passar do tempo. Entretanto, uma série de pesquisas recentes - publicadas no jornal da Associação para a Ciência Psicológica - sugere que as demandas cognitivas de

dirigir podem, na verdade, ajudar a reduzir o declínio cognitivo causado pelo envelhecimento. Além disso, dirigir ou ter facilidade de mobilidade pode ter um papel em manter idosos saudáveis, ativos e social-

mente engajados. Efeito contrário Pessoas que não são capazes de dirigir de forma segura não devem pegar as chaves de um veículo, mas diversos estudos têm demonstrado que parar de

O secretário de Saúde de São Paulo afirmou que Instituto pesquisa qual seria a forma mais efetiva de prevenir o vírus

Aedes aegypt, vetor da dengue e zika vírus

Diversos estudos também indicam que parar de dirigir teria o efeito oposto dirigir é associado com diminuição da saúde emocional e física dos idosos. Um estudo epidemiológico recente conduzido por pesquisadores da Universidade de Kentucky concluiu que dirigir pode ser positivamente ligado à manutenção das atividades cognitivas. Segundo eles, parar de dirigir pode ser também um fator de risco para acelerar a perda cognitiva que acontece com o tempo. Com isso, o estudo sugere que a relação entre parar de dirigir e funcionamento cognitivo deve ser bidirecional. Como foi realizado Os estudiosos analisaram cerca de 9 mil idosos durante o período de dez

anos (de 1998 até 2008). Em cada parte do estudo os participantes completaram uma bateria de testes cognitivos pelo telefone, que incluía a mensuração da memória, velocidade de processamento mental, conhecimentos e linguagem. Eles também eram questionados se eram motoristas ativos, se pararam de dirigir ou se nunca haviam conduzido um carro. Com isso eles descobriram que os participantes que pararam de dirigir mostraram uma aceleração do declínio cognitivo nos dez anos subsequentes comparados aos motoristas ativos - depois de ter uma base de controle do funcionamento cognitivo e condição de saúde de cada um.


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Homem branco ainda é o perfil dominante em Hollywood Em plena polêmica em Hollywood sobre a falta de diversidade nos indicados ao Oscar, um estudo divulgado nesta segunda-feira (22) sustenta que o homem branco continua sendo predominante no cinema e na televisão enquanto as minorias raciais e as mulheres são condenadas às sombras Essa é a premissa do estudo “Inclusão ou Invisibilidade”, realizado por pesquisadores da Escola Annenberg de Jornalismo e Comunicação pertencente à Universidade do Sul da Califórnia (USC), cuja conclusão é inequívoca e contundente: “Hollywood tem um problema com a diversidade”. Além disso, e concretamente para o caso dos filmes, afirma que “a indústria do cinema ainda funciona como um clube de meninos brancos e heterossexuais”. O exaustivo relatório se baseia na análise de 414 produções audiovisuais (109 filmes e 305 séries de TV) de 2014 e 2015, e centra seu foco nos profissionais que se

encontram diante e atrás das câmeras para saber qual é a participação das mulheres, das minorias raciais e do coletivo LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros). Quanto às mulheres, apenas 33,5% dos personagens com diálogo foram femininos, porcentagem que caiu até 28,7% no caso de papéis em filmes. Estabelecendo um patamar de entre 45% e 54,9% de mulheres com falas no roteiro para falar de uma “distribuição equilibrada”, o estudo concluiu que apenas 18% das produções apresentaram um elenco diverso quanto ao gênero. “Está claro que as mulheres seguem estando ainda pouco representadas na tela ao longo do ecossistema da ficção popular”, destacou o relatório. A discriminação na representação de papéis femininos piora quando se aumenta a idade, dado que três de cada quatro dos papéis para maiores de 40 anos foram para homens.


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Nível do mar subiu mais nos últimos cem anos que nos três milênios anteriores

Atualmente, a temperatura mundial média está um grau acima do que a do final do século 19 PUBLICIDADE LEGAL

O nível dos oceanos subiu mais rapidamente ao longo do século XX do que nos três últimos milênios, devido às alterações climáticas, indica um estudo publicado na segunda-feira. Entre 1900 e 2000, os oceanos e os mares do planeta subiram cerca de 14

centímetros, por causa do degelo, principalmente no Ártico, revelaram os autores de estudos publicados na revista científica norte-americana Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS). Os climatólogos estimaram que, sem a elevação

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da temperatura do planeta observada desde o início da era industrial, a subida do nível dos oceanos teria correspondido a menos da metade observada nos últimos cem anos. O século passado “foi excepcional em comparação com os últimos três milênios e a elevação no nível dos oceanos acelerou nos últimos 20 anos”, disse Robert Kopp, professor do departamento de Ciências da Terra da Universidade Rutgers, em Nova Jersey, Estados Unidos. Segundo este estudo, feito a partir de uma nova abordagem estatística concebida pela Universidade de Harvard, em Massachusetts, nos Estados Unidos, o nível dos oceanos baixou cerca de oito centímetros entre o ano 1000 e 1400, período marcado por um arrefecimento planetário de 0,2 graus Celsius (°C). Atualmente, a temperatura mundial média está um grau acima do que a do final do século 19. Para determinar a evolução do nível dos oceanos durante os últimos três mil anos, os cientistas compilaram novos dados geológicos que indicam a elevação do nível das águas, como os pântanos e os recifes de corais, os sítios arqueológicos, além de dados referentes a marés em 60 pontos do globo nos últimos 300 anos. Estas estimativas detalham a variação do nível dos oceanos durante os últimos 30 séculos, permitindo fazer projeções mais exatas, explicou Andrew Kemp, professor de Ciências Oceânicas e da Terra da Universidade Tufts, em Massachusetts. Os investigadores também calculam que o nível dos oceanos pode aumentar “muito provavelmente” de 51 centímetros para 1,3 metro durante este século “caso o mundo continue a ser tão dependente de energias fósseis”. Em 12 de dezembro, 195 países aprovaram o acordo de Paris, que prevê conter a elevação das temperaturas em dois graus acima da era pré-industrial. Se os compromissos conduzirem a uma eliminação gradual do uso carvão e dos hidrocarbonetos, o aumento do nível dos oceanos talvez não vá além de 24 a 60 centímetros, segundo o estudo. “Estes novos dados sobre o nível dos oceanos confirmam uma vez mais como este período moderno de aquecimento não é habitual, porque se deve às nossas emissões de gases de efeito de estufa”, sublinhou Stefan Rahmstorf, professor de Oceanografia no Instituto Potsdam de investigação sobre o impacto do clima, na Alemanha.


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