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Prefeitura de Mauá oferece vagas nas Oficinas Culturais para todas as idades

Cidades 3, 4 e 5 Política _________ 6, 7 e 8 Cultura 9 Esportes 10 e 11 São Caetano 12 Últimas 13 Economia 14 e 15 Tecno 16

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NESTA EDIÇÃO

Primeira adoção de animal promovida pela Prefeitura de Mauá completa um ano.

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Consórcio encerra missão em Turim e avança em projeto Pág. 06

ABC

Terça-feira, de 2018 Quarta-feira,22 21de demaio outubro de 2015 Edição 2787 2125 Ano XI IX

Ecovias é a 14ª empresa a aderir ao Turismo Industrial de São Bernardo

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Com Atila preso, quadros de Leonel já são cotados Pág. 07

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Responsável pelo sistema Anchieta-Imigrantes (SAI) – principal eixo de ligação entre a região metropolitana se São Paulo e a baixada santista –, a concessionária Ecovias é a mais nova parceira do programa de Turismo Industrial, desenvolvido pela Prefeitura de São Bernardo. A adesão da empresa foi confirmada na sexta-feira (18), por meio da assinatura de protocolo de intenções, durante visita monitorada com grupos de empresários e representantes do setor turístico, na montadora Scania Latin America, localizada na Vila Euro.

Mental Fashion Day em Sto.André

DESTAQUE SQN

ACONTECE Trabalhadores rejeitam proposta e greve continua na Mercedes-Benz. Pág. 14

DIADEMA Desentendimento político causa demissões na Secretaria de Educação. Pág. 08

Siga-nos POLÍTICA

TSE não pode tomar iniciativa de impedir candidatura de Lula, diz Cármen Lúcia.

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ESPORTES

Evento realizado na última quinta-feira (17) homenageou a psiquiatra Nise da Silveira. Pág. 09

Diadema tem 54 inscritos em projeto do Comitê Paralímpico Brasileiro. Pág. 10


terça-feira, 22 de maio de 2018

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2 EDITORIAL

A apatia do eleitor

PASSANDO A LIMPO Foto: Divulgação

SIMPLES BOATO  O que era um simples boato que corria há alguns meses entre as famí-

lias que tem filhos nas escolas municipais da cidade de São Caetano, sobre mudanças no Ensino Médio, foi confirmado pelo Vereador Professor Jander Lira. No início de seu pronunciamento na tribuna da Câmara Municipal ele já avisou que iria tratar de uma questão de extrema importância: o futuro dos alunos do Ensino Médio de São Caetano do Sul.

AUDIÊNCIA PÚBLICA  Na Audiência Pública sobre a Educação, do dia 23 de abril, o Vereador

fez um ofício questionando a Secretária da Educação sobre o assunto da transferência do Ensino Médio das escolas municipais para a Universidade de São Caetano do Sul (USCS), mas não recebeu nenhum retorno, afirmou em seu pronunciamento. Então o Vereador Jander entrou em contato com o Reitor da USCS que afirmou que a Universidade enviou uma proposta de assumir o Ensino Médio do Município, nos moldes dos Colégios de Aplicações que existem em diversas universidades do Brasil. Entretanto, o reitor afirmou que ainda não teve qualquer resposta da Prefeitura.

PROFESSOR  Jander Lira, que é profundo conhecedor dessa área, já que atualmente

ministra aulas para os alunos do Ensino Médio e Ensino Técnico no município, salientou que essa mudança afetará a vida de toda a cidade e essa decisão não pode ser resolvida nos gabinetes do Executivo. “Pode até ser uma boa mudança a USCS assumir o Ensino Médio do município, mas o assunto precisa ser discutido, pois os alunos poderiam utilizar toda a infraestrutura da universidade”, afirma Jander Lira, que comenta que há também problemas legais com a incorporação dos professores pela USCS, além do fato que existe a possibilidade de se cobrar uma mensalidade dos futuros alunos, complementa o Vereador Rua José Versolato 111, Torre B- Conjunto 802 - SBC CEP 09750-730 Tel: 23791915

Há na política nacional um clima de apatia e desencanto. Em menos de cinco meses haverá eleições e o cidadão mostra-se reticente com suas preferências. “Os eleitores estão sem perspectiva de melhora”, diz Márcia Cavallari, diretora executiva do Ibope Inteligência. “Não conseguem ver como sair desse lugar em que estamos, não conseguem enxergar uma luz no fim do túnel.” O fenômeno da apatia com a política tem traços paradoxais. Nos últimos dois anos, o brasileiro experimentou uma melhora da situação econômica e social do País, que foi em boa medida resultado da mudança do governo federal. O impeachment de Dilma Rousseff serviu de ocasião para retificar os rumos da política econômica, com efeitos diretos sobre a inflação, o emprego, os juros, o consumo. Ainda há muito a fazer, mas a situação do País hoje é incomparavelmente melhor do que há dois anos. Há evidências empíricas, portanto, de que o modo como o País é governado tem consequências práticas sobre a população. Em tese, tal constatação deveria ser mais que suficiente para que o eleitor reconhecesse a importância da política e, portanto, das próximas eleições, para o seu futuro imediato. Do resultado das urnas dependerá a continuidade da reconstrução do País. A percepção sobre a importância das eleições é, no entanto, ainda muito frágil. Na prática, a ideia de que as eleições periódicas são fundamentais para o País convive, sem maiores conflitos, com um profundo alheamento da

política. Em geral, não se nega o valor do voto, mas ele é visto como incapaz de mudar o País. Segundo esse raciocínio, o melhor seria não criar expectativas com as eleições. Ou seja, o cidadão não parece disposto a utilizar o voto como um poderoso instrumento de mudança. Entre as causas da apatia, que conduz a graves distorções na representação, ressaltam o populismo praticado pelo PT ao longo das últimas décadas e a demagogia que se tornou método de quase todos os partidos. De certa forma, o eleitor tem razão para estar frustrado. Foi-lhe dito que não era preciso cuidar do equilíbrio fiscal, foi-lhe prometida a diminuição dos juros por simples ato de vontade da presidente da República, foi-lhe afirmado que o déficit da Previdência não era motivo para preocupação, assim como tantas outras barbaridades. O lulopetismo prometeu ao brasileiro um futuro espetacular sem necessidade de esforço. A única condição para que o paraíso fosse definitivamente instalado na terra era manter o PT no poder. Como bem se sabe, não foi isso o que ocorreu. As lideranças petistas trouxeram de volta a inflação, o desemprego, o aumento dos juros. Em suma, o PT deu motivo para que a população desconfiasse do governo – qualquer governo – e descresse do País. Para piorar, a crise econômica veio acompanhada de grandes escândalos de corrupção. Sob o discurso da preocupação social, tão repetido pelos petistas, havia uma enorme podridão moral, capaz de gerar casos como o do mensalão e o do petrolão. Os recursos públicos desviados ganharam proporções inéditas.

FRASES

www.jornalhojelivre.com.br PUBLISHER: Luciana Sereno DIAGRAMAÇÃO: Luciana Sereno comercial.hojelivre@gmail.com redacao.hojelivre@gmail.com ANUNCIE: 950600843

CIRCULAÇÃO: SCS, SBC, SANTO ANDRÉ, DIADEMA, MAUÁ, RIBEIRÃO PIRES E RGS TIRAGEM E VEICULAÇÃO: 30 MIL EXEMPLARES

Tolerância religiosa não significa abrir mão do que cremos ou não. Padre Fábio de Melo

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cidades

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mauá

Primeira adoção de animal promovida pela Prefeitura completa um ano Foto: Divulgação

Nina é uma cachorrinha animada e ciumenta. Sua dona, Ivone Bicudo não pode beijar o marido sem receber uma reclamação da cachorra. Parece mentira, mas Nina era medrosa e o contato humano a assustava. Ela foi o primeiro animal adotado desde que a administração Um Novo Tempo, em fevereiro de 2017, passou a promover feiras de adoção. Apesar de ser dócil, Nina tem um instinto de proteger a família. Quando um garoto subiu no telhado da sua casa, a cadela defendeu o território e latiu para o intruso, que desistiu de entrar na residência. Enfrentar estranhos que oferecem perigo é comum para qualquer raça canina, inclusive vira-latas, ou SRD (sem Raça Definida). Ivone tinha um pit bull que havia morrido em dezembro de 2016 e a tristeza de viver sem um bicho de estimação a fez procurar uma nova companheira três meses depois do acontecimento. “Eu sabia que o amor viria independentemente da raça que eu adotasse. Quando eu vi a Nina, ela parecia estar reservada para mim, uma vira-lata linda e brincalhona. Não tinha como escolher outro cachorro”, relata a dona de casa. Resgatada Nina tinha apenas oito meses quando foi resgatada após ter sido atropelada. Os especialistas do Centro de Zoonoses da cidade de Mauá trataram da fratura exposta na pata traseira, amputaram um dedo, o que não influenciou em nada o modo de ela andar e correr, e a castraram.

Histórias como esta são comuns em casos de adoção e, frequentemente, melhora mais a vida do dono que adotou do que do próprio animal, como já relatado. Atualmente o Centro de Zoonoses possui 160 animais, entre cachorros e gatos. A feira A feira de adoção acontece

todo primeiro sábado do mês, na Praça do Relógio, das 10h às 15h, no centro de Mauá. Defesa e Proteção Animal Além das feiras de adoção, a Prefeitura de Mauá também criou uma coordenadoria de Defesa e Proteção Animal que encabeça vários movimentos que visam o atendimento a pets.

Uma das iniciativas foi a instituição da lei municipal do bem-estar animal, que multa quem maltratar ou abandonar animais. Paralelamente foi criado o programa Poupatempo Animal, uma unidade móvel para atendimento veterinário de baixa-complexidade, que atende a demanda de animais de famílias carentes.

Outras ações Outras ações já realizadas pela atual administração de Mauá foram: arrecadação de rações e a instalação do primeiro comedouro municipal, que fica na Praça XXII de Novembro, feitos de maneira sustentável (com canos de PVC), que servem água e ração para os animais em circulação pelas ruas do entorno do bairro .


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CIDADES

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acontece

Prefeitura de Mauá oferece vagas nas Oficinas Culturais para todas as idades Aprender alguma forma de arte, ter um novo hobby ou se apresentar para familiares e amigos já é um hábito na vida de mais de 3 mil alunos do programa Oficinas Culturais da Prefeitura de Mauá. A partir dos seis anos e sem limite de idade máxima, os mauaenses têm à disposição mais de 20 tipos de cursos totalmente gratuitos. São aulas de balé, teatro, dança sertaneja, dança mix, danças urbanas e contemporâneas, dança do ventre, break, artes plásticas, fotografia, histórias em quadrinhos, violão, flauta doce, acordeon (sanfona), vídeo celular, robótica, artes visuais, crochê, bordado e pinturas em tecido. Modalidades Além de oferecer tantas modalidades artísticas à população, este investimento se reverte não apenas em cultura ou passatempo, mas também como uma profissão, por exemplo, músico, dançarino, artista plástico e outros. Como participar? Interessados em fazer as aulas podem entrar em contato na sede da Oficina Cultural Mauá, na Rua dos Bandeirantes, 611, Vila Bocaina ou nos outros espaços culturais como, CEU das Artes e do Esporte, Fiec (Fábrica Integrada Educacional e Cultural), Fábrica de Artes - Espaço Hip Hop e Biblioteca Cecília Meireles. Para fazer inscrição, leve um comprovante de residência, duas fotos e RG. Exposição Obras de arte de novos artistas mauaenses estão expostos no Museu Barão de Mauá. As pinturas foram realizadas durante as aulas de artes plásticas nas Oficinas Culturais. A exposição intitulada EducArte é gratuita e está aberta das 9h às 16h, de segunda a sexta e das 10h às 15h aos sábados. A mostra funcionará até o dia 22 de maio na av. Dr. Getúlio Vargas, 276, Vila Guarani.


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acontece

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cidades

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Exposição “30 anos de arte” apresenta trajetória de Sidney Matias Obras que chocam e que tocam. Este é o resumo da exposição do artista Sidney Matias, que expôs sua arte pela primeira vez em Mauá, sua cidade natal. A exposição “30 anos de arte” possui obras inéditas que retratam Paul McCartney, Ray Charles e Chuck Berry, além de algumas pinturas de peso como “Perpétua Virgindade” e “Extinção”, que já viajaram para vários países.

Algumas obras são fotográficas, que exploram e denunciam a dificuldade do povo brasileiro, como a imagem de comunidades carentes ou colagens de manchetes comoventes, ou ainda, o sacarmos da Praça dos Três Poderes retratados por pedras de sabão, laranjas e ratoeira. Para Sidney, realizar a exposição de uma carreira internacional em Mauá tem um motivo pessoal “foi aqui que comecei e me descobri artista. Mostrar minha trajetória pode influenciar outros jovens a seguirem o mesmo caminho”, declara. Muitos alunos da escola E.E. Visconde de Mauá estiveram presentes no evento para prestigiar o mauaense. Esta é a mesma escola em que Sidney ganhou o seu primeiro prêmio estadual. Até mesmo a sua professora de educação artística, Maria Nice J. Ranck compareceu à exposição: “Eu lecionei quando ele estava na 5ª e 6ª séries e lá eu já percebi que ele tinha um dom especial. Eu avisei a mãe dele para investir no talento do garoto desde o início”. A exposição vai até 15 de junho e estará aberta ao público das 9h às 17h, gratuitamente na Pinacoteca Municipal, eu fica no Teatro Municipal de Mauá, na rua Gabriel Marques, 353, Vila Noemia.


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POLÍTICA

acontece

Consórcio encerra missão em Turim e avança em projeto

A segunda rodada da parceria entre o Consórcio Intermunicipal Grande ABC e a cidade de Turim, na Itália, terminou na última quinta-feira (17) com previsão de avanços na gestão, por meio de transferência de tecnologia e cooperação mútua para melhorar a mobilidade na região. O intercâmbio é realizado por meio do Programa Internacional de Cooperação Urbana (IUC), desenvolvido pela União Europeia (UE), possibilitando aos seis municípios consorciados desenvolver programas

de políticas públicas, de forma integrada à cidade italiana, até 2020. O grupo que visitou a cidade italiana foi liderado pelo vice-presidente do Consórcio e prefeito de Santo André, Paulo Serra. “A missão de cooperação técnica entre a região do ABC, via Consórcio Intermunicipal, e a cidade de Turim chega ao fim de maneira muito produtiva e inspiradora”, afirmou o prefeito. A agenda do último dia de visitas técnicas incluiu uma reunião com a presidente da

Agência Piemontesa de Mobilidade, Cristina Pronello. O órgão é considerado um modelo de governança unificada para a regulação, gestão e monitoramento da mobilidade na região metropolitana de Turim, de Piemonte e demais cidades do entorno. “O formato de centralização dos assuntos de interesse comum e políticas públicas para a discussão unificada parece o mais adequado para garantir a sustentabilidade do sistema de Mobilidade e a eficiência na prestação de serviços”, explicou

Paulo Serra. A partir deste encontro, foi feito um balanço para nortear o desenvolvimento do plano de trabalho que será apresentado aos prefeitos, durante a Assembleia Geral do Consórcio, com o objetivo de estabelecer o escopo do projeto a ser entregue em outubro ao bloco europeu para captação de recursos. Nas próximas semanas, serão realizadas reuniões de trabalho por meio de videoconferência entre as equipes técnicas do ABC e de Turim, com a participação do coordenador do IUC, Stefan

Unseld. Também integraram a delegação do Consórcio técnicos das prefeituras consorciadas e empresários da região envolvidos com projetos de mobilidade. Na primeira etapa da cooperação, uma delegação de Turim esteve no Grande ABC no final de fevereiro para iniciar o plano de parceria entre italianos e brasileiros. Por meio de uma ação do escritório de Brasília, o Consórcio venceu a concorrência entre mais de 200 projetos internacionais para participar da iniciativa.


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política

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contexto

Com Atila preso, quadros de Leonel Damo já são cotados

Com a manutenção, por ora, da prisão do prefeito afastado de Mauá, Atila Jacomussi (PSB), começaram as apostas internas sobre a possibilidade de a vice e atual prefeita interina Alaíde Damo (MDB), mulher do ex-prefeito Leonel Damo (sem partido), assumir definitivamente o Paço mauaense. Nesse contexto, figuras próximas do ex-prefeito já estão sendo cotadas na formação de um eventual novo governo. Curiosamente, são políticos que ocuparam postos estratégicos na última gestão de Leonel Damo (20052008). Pelo menos dois nomes da tropa de choque do ex-prefeito já são especulados para compor um novo secre-

tariado: o de Wilson Carlos de Campos, o Xoxa, e o de Antônio Carlos Lima (PRTB), sobrinho do ex-prefeito e da prefeita em exercício de Mauá. Esse último atuou, mais recentemente, na gestão de Saulo Benevides (MDB), na vizinha Ribeirão Pires, entre 2013 e 2016. O primeiro voltaria a ocupar a Chefia de Gabinete, enquanto, o outro, a Pasta de Governo. Especulações Ao menos por enquanto as movimentações, segundo apurou a reportagem, têm ocorrido de forma cautelosa e não estão sendo lideradas necessariamente pelo próprio patriarca da família

Damo. Muitas dessas conversas teriam sido realizadas, fora do horário comercial, na Lara, empresa que pertence a Wagner Damo, sobrinho de Leonel. Outras discussões acerca de possível retorno do clã Damo ao comando do Paço mauaense também ocorrem no próprio escritório do ex-prefeito, na região central da cidade. Oficial Oficialmente, Alaíde rechaça qualquer possibilidade de troca imediata no secretariado. Porém, na terça-feira, dia em que a emedebista assumiu o Paço, Leonel conversou com jornalistas em seu QG. Questionado sobre

a possibilidade de a mulher fazer as próprias escolhas no primeiro escalão, o ex-prefeito foi taxativo. “É lógico (que haverá trocas). Quando você assume a Prefeitura, você tem uma ideia. É difícil bater com a ideia do prefeito que saiu. A ideia da Alaíde (é uma). O Atila tinha a dele”, admitiu. Em entrevista concedida no portão de casa, na tarde da última quinta-feira, tanto Alaíde quanto a filha, Vanessa Damo (MDB), ex-deputada estadual e atual secretária de Relações Institucionais – foi prefeiturável em 2012 –, deixaram evidente que há interesse em mudar os quadros, mas não tão cedo. “É prematuro ainda”, disse Vanessa.

Legislativo No Legislativo também não é diferente. A reportagem apurou que, embora a maioria massacrante dos vereadores tenha passado recibo de lealdade a Atila ao, na sessão de terça-feira da semana passada, rejeitar a aceitação do impeachment do prefeito, parlamentares da própria base aliada do atual governo estão em compasso de espera para, se necessário, começar a dar sustentação a Alaíde Damo em eventual queda de braço pelo comando da Prefeitura, principalmente no períiodo em que o prefeito afastado continuar na carceragem da Polícia Federal (PF). A inda não há informações dos próximos passos da defesa de Atila..


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POLÍTICA

cenário

TSE não pode tomar iniciativa de impedir candidatura de Lula, diz Cármen Lúcia A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, refutou a possibilidade de que a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva seja bloqueada sem que haja contestação prévia - ou “de ofício”, como se diz no jargão jurídico. “O Judiciário não age de ofício, age mediante provocação”, disse a ministra, em entrevista ao programa Canal Livre, da Band, transmitido na madrugada desta segunda-feira, 21. Na semana passada, ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) passaram a discutir nos bastidores a possibilidade de tomar a iniciativa de impedir Lula de ser candidato, para supostamente evitar um impasse durante a campanha. O petista cumpre pena de prisão em Curitiba desde abril, mas será lançado e registrado como candidato ao Planalto. Para Cármen Lúcia, no entanto, candidatos como Lula são inelegíveis por causa da condenação em segunda instância, como previsto na Lei da Ficha Limpa. “Isso foi aplicado desde 2012. Eu não noto nenhuma mudança de jurisprudência no TSE. E o Supremo voltou a este assunto, este ano, e reiterou a jurisprudência e a aplicação da jurisprudência num caso de relatoria do ministro (Luiz) Fux, atual presidente do TSE.” Apesar do imbróglio envolvendo Lula, Cármen Lúcia crê que o caso do petista não chegará ao Supremo. “Nós temos uma Justiça Eleitoral muito presente, e isso é matéria eleitoral que irá pra lá. Acho que não chega ao Supremo.” Segunda instância Ainda durante a entrevista ao programa Canal Livre, Cármen Lúcia voltou a defender o atual entendimento da Corte sobre a prisão de condenados em segunda instância e reiterou que não

vai colocar o tema em pauta durante sua gestão, que termina em setembro. “A menos que sobrevenha alguma coisa, algo completamente diferente, que não é um caso ou outro”, ressalvou. A prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em abril, reabriu a discussão sobre o tema e colocou pressão sobre Cármen, que resistiu à ideia de recolocar o tema na pauta do STF. A ministra argumentou que, de 2009 a 2016 (período que marcou a mudança de entendimento do Supremo), houve uma mudança significativa na composição da Corte. “Hoje, não. De 2016 até agora, lamentavelmente morreu o ministro Teori Zavascki (morto em 2017 em acidente de avião). Entretanto, o ministro que entrou no

lugar, Alexandre de Moraes, votou no mesmo sentido de Teori”, defendeu. Em setembro, a ministra deixa a cadeira da presidência e será substituída por Dias Toffoli. Questionada sobre a possibilidade de o entendimento de que um condenado em segunda instância deve começar a cumprir pena estar com os dias contados, a ministra desconversou. “Eu não sei dizer como é a orientação de colegas”, afirmou. Defesa Carmén voltou a defender que o Supremo não deve reavaliar decisões após mudança de entendimento de algum membro, como uma forma de evitar uma insegurança jurídica.

Cármen Lúcia acredita que a divisão verificada na Corte nas últimas votações importantes é um reflexo do atual estado de ânimo da sociedade. “Há uma divisão no mundo, há uma divisão no Brasil, há uma divisão às vezes dentro de famílias sobre a compreensão de mundo”, afirmou durante a entrevista. A ministra disse que há diversos exemplos de casos que terminaram com placar de 6 a 5 na história do Supremo, e que a diferença agora é que a Corte está presente “em todas as discussões”. “Numa sociedade dessa, imagina se o Brasil todo dividido e o Supremo votasse sempre no mesmo sentido, sem ninguém ter dúvida sobre outra visão de mundo. Acho que aí seria algo um pouco desco-

nectado.” A presidente do STF disse ainda que vê com “muita preocupação” o atual nível de beligerância nas discussões políticas e jurídicas. “Violência é o contrário do direito. Quem tem razão não grita.” O prédio onde Cármen Lúcia mora em Belo Horizonte foi alvo de vandalismo às vésperas da prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em abril. “Fico um pouco entristecida de ver e fiquei preocupada com os vizinhos. Moro num prédio com pessoas idosas”, disse. A ministra disse que vai pagar pela limpeza da fachada do prédio, que foi manchada com tinta vermelha. “É uma reação de violência que não leva a lugar nenhum”, finalizou a ministra.


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cultura

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mental fashion day

Moda dos anos 30 e histórias de superação desfilam na passarela O Centro de Santo André voltou quase 90 anos na história na última quinta-feira (17) de manhã. O clima dos anos 30 tomou a concha acústica da Praça do Carmo, que recebeu o Mental Fashion Day 2018. O principal evento da rede de saúde mental da cidade homenageou nesta edição a psiquiatra Nise da Silveira, que naquela época desenvolvia trabalho revolucionário no tratamento terapêutico, indo na contramão do regime manicomial. A alagoana foi pioneira ao introduzir os animais como co-terapeutas e a implantar a arteterapia, visão que hoje norteia projetos como o das oficinas oferecidas nos CAPS (Centros de Atenção Psicossocial) da cidade. Pouco antes de subir ao palco, na Casa da Palavra Mário Quintana, moças e senhoras se maquiavam, vestidas com saias longas e chapéus, enquanto em outra sala, os rapazes e senhores, ajeitando os blazeres, conversavam para passar o tempo. Na preparação dos modelos, psicólogos e terapeutas ocupacionais fizeram a vez dos maquiadores e figurinistas, familiares davam apoio à organização e usuários se dividiam entre a apresentação do desfile, cobertura fotográfica e a função de modelo. Esse desempenho de multitarefas não aconteceu apenas na data do Mental Fashion Day, mas desde a sua preparação. O evento integra os profissionais e usuários de todos os CAPS da cidade, desde a confecção e customização das peças, realizada dentro das oficinas dos equipamentos, até os ensaios e produção do cenário. Foi por esse acolhimento que a dona de casa Luciene Pavani, de 42 anos, se tornou mais participativa nas atividades do serviço. Essa foi a primeira vez que a moradora do bairro Bangu desfilou no evento. Luciene é mãe da adolescente Maiara Pavani, de 15 anos, que faz tratamento e participa das oficinas

no CAPS Infantojuvenil. “Antes dela começar a utilizar o serviço eu não tinha essa visão. Você começa a ampliar seu pensamento quando você vê esse trabalho, tem contato com as famílias. Até para aqueles que tem um grau de comprometimento maior, desfilar é uma conquista. Eu sou apaixonada pelo CAPS, eu abracei essa causa”, comenta a mãe.

Na abertura do desfile, a coordenadora do CAPS III Jardim, Paula Taleikis, caracterizada de Nise da Silveira, declamou um texto representando a psiquiatra. Entre as palavras discursadas, a personagem fez um alerta: “Não se curem além da conta. Gente curada demais é gente chata”. Repercussão O usuário do CAPS Vila Vitória,

Rivaldo da Silva, de 41 anos, sabe bem disso e com toda simpatia, foge à chatice. Com descontração, o usuário conta teve que fazer uma escolha difícil para participar do Mental Fashion Day, isso porque toda quinta-feira ele participa da oficina de futebol, sua paixão. Corintiano roxo, segundo ele, escolheu o desfile “porque acontece uma vez por ano e eu gosto de me reunir com o pes-

soal aqui”. Cerimõnia Ao final da cerimônia, um grupo de usuários subiu ao palco para tocar e cantar. A vocalista, caracterizada de Dona Ivone Lara, sambista falecida neste ano, entoou a canção com o refrão que sintetiza o trabalho desenvolvido na rede: saúde não se vende e loucura não se prende.


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10 ESPORTES cenário

Diadema tem 54 inscritos em projeto do Comitê Paralímpico Brasileiro

Diadema já tem ao menos 54 pessoas inscritas no no Centro de Formação Esportiva, um projeto do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) que oferece iniciação de crianças e adolescentes, de 10 a 17 anos, com deficiência física, visual e intelectual em oito modalidades paralímpicas. Os alunos vão ao Centro de Treinamento (CT) Paralímpi-

co, em São Paulo, duas vezes por semana, para aulas de atletismo, natação, judô, goalball, bocha, voleibol sentado, futebol de 5 e tênis de mesa. Inclusão social “É uma forma de trabalharmos a inclusão social, de abrir espaço para oportunidades de trabalho futuramente, mas, também, de criar laços afetivos e relações

com outros municípios”, afirmou a secretária de Assistência Social e Cidadania de Diadema, Caroline Rocha.

Dá prazer em dizer que estou aqui. Parece que peguei o sonho na mão”, disse o jovem emocionado.

Para André Luiz Dias Mendonça, autista e aluno de Diadema, a iniciativa mudou o modo de ver o esporte.

O projeto O Centro conta com 330 inscritos com a possibilidade de chegar até 500, até o fim de 2018.

“Espero colocar os pés nas Olimpíadas de 2020. Aqui eu tenho o sonho de poder me tornar um atleta olímpico.

A Prefeitura de Diadema disponibiliza 90 vagas para o projeto.

Aulas As aulas acontecem no Centro Paralímpico Brasileiro localizado na rodovia dos Imigrantes km 11,5, s/n, Vila Guarani, São Paulo. Para participar Os interessados em participar do projeto podem realizar a inscrição diretamente na Secretaria de Assistência Social e Cidadania. Mais informaçõe so site da cidade.


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esportes 11

escândalo

Ex-técnico da seleção de ginástica nega acusações e diz que sofre ‘vingança’

O ex-técnico da seleção brasileira de ginástica olímpica Fernando de Carvalho Lopes prestou depoimento na tarde da última quarta-feira (16) na Comissão Parlamentar de Inquérito dos Maus Tratos do Senado. Ele negou ter praticado abuso sexual de atletas durante 15 anos, até 2016, quando foi afastado da equipe olímpica dos Jogos Rio 2016. O afastamento ocorreu

após denúncias de um menor. Pedido Por solicitação do senador Magno Malta (PR-ES), que é presidente da comissão, o próprio ex-técnico autorizou a quebra de sigilo dos e-mails e mensagens trocadas por ele e os atletas. Depoimento Durante o depoimento, Lopes classificou de “vingança” a acusação dos ex-atletas e disse que foram

induzidos a falar mal dele. Alegação “Acredito numa indução de formação de opinião, principalmente de quem é mais novo. Com relação a muitos que me acusam, são os mesmos que bateram na minha porta pedindo para voltar a treinar comigo. Alegam que foram abusados quando mais novos, mas passam-se oito, nove anos e pedem para retornar”, afirmou o ex-técnico em um dos questionamentos;.

CPI As perguntas foram feitas pelo presidente da comissão, senador Magno Malta e pelo relator José Medeiros (PODE-MT). O ex-técnico afirmou que conhecia as pessoas que fizeram as acusações, mas negou ter praticado assédio. Segundo o ex-treinador, as denúncias podem ter sido motivadas pelo estilo rígido com que trabalhava. “Eu xingo, falo palavrão,

mas nunca tive intuito de assédio sexual”, disse, complementando que a carreira concorrida que ocupa poderia gerar tentativas de prejudicá-lo, por parte de outros técnicos. Repasse de dinheiro Sobre as acusações de que o dinheiro integral das bolsas não era repassado aos atletas convocados por ele, Fernando Lopes atribuiu a responsabilidade do problema a uma supervisora da seleção, mas seu nome não foi revelado.


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12 S.CAETANO esportes

De São Caetano à Copa pela Rússia

“Não vou estar lá, mas vou torcer para a Rússia, torcer para ele fazer bons jogos, boa Copa. Vai ser muito bom para ele”, diz a mãe. “(Torcida) Primeiro para a Rússia, depois para o Brasil”, posiciona-se Jô, que pensa, inclusive, em decorar o bairro Olímpico, onde ele e o irmão cresceram, com as cores da seleção russa – coincidentemente, o mesmo azul e vermelho do time da cidade, o São Caetano, cujo Estádio Anacleto Campanella fica a 200 metros da casa do tio da dupla, Rubens. “Quando a gente era menor, pintava (a bandeira do Brasil) na esquina. A cabeleireira dava dinheiro para a gente comprar as tintas e a gente

pintava. Agora é fazer uma da Rússia”, sugere. Ídolo do CSKA Moscou, pelo qual soma 201 jogos e dois gols desde 2012, Mário Fernandes se naturalizou russo em 2016, alcançando um feito e tanto: a oportunidade de vestir as camisas de duas seleções. Afinal, em 2014, chegou a ter uma chance de defender o Brasil em amistoso contra o Japão – vitória por 4 a 0. Por outro lado, ficou marcado por recusar convocação de Mano Menezes para a Copa Roca de 2011, contra a Argentina, quando ainda defendia o Grêmio. Hoje, o são-caetanense soma cinco partidas pela se-

leção da Rússia (quatro oficiais) e tem total confiança do treinador. “É um dos jogadores importantes da nossa seleção e estou feliz por contar com ele”, disse Cherchesov, em março. Assim, é considerado nome certo entre os 23 que disputarão a Copa do Mundo. “O Mário se naturalizou porque foi onde se encontrou, onde mudou a vida dele, ficou tranquilo. Ele gosta disso, de paz. Aqui no Brasil é muita brincadeira em vestiário e lá é mais o perfil dele. Deve muito à Rússia por ter mudado a vida dele”, explicou Jô, que, com sorriso no rosto, segurava uma figurinha com o rosto do irmão nas mãos.

Futsal Tanto Mário quanto Jô iniciaram no futsal do Serc Santa Maria. “Era a alegria deles”, relembra dona Marisa. “O Mário só queria saber de bola, não fazia outra coisa, vivia com ela debaixo do braço. Era atacante, pivô no futsal, sempre foi de fazer gols, depois que foi recuando”, completa o caçula, que enxerga o irmão no papel de pai. “Ele não mede esforços para ajudar, dá conselhos, opinião. Até mesmo às pessoas do bairro. O que precisam dele, seja alimento, hospital, vejo ele fazendo. Algo incrível.” Sumiço O dia 16 de março de 2009 ficou marcado na carreira de Mário Fernandes. Na

ocasião, recém-chegado ao Grêmio vindo dos juniores do São Caetano, ele sumiu. A história até hoje não tem explicação – fala-se em depressão ou saudades de casa. “Até hoje a gente não sabe, ele não é muito de falar”, afirma o irmão, Jô. “A gente que é mãe, saber que o filho de repente sumiu, não foi fácil”, completa dona Marisa. Mas aquele caso ficou no passado e atualmente, além de CSKA e Rússia, Mário tem projeto com o irmão: o Brothers MJ, time que por ora disputa competições de futebol society, mas tem planos ambiciosos para trabalhar com crianças e jovens, e até disputar campeonatos de várzea na cidade.


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últimas

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narcomilícia

Na Rocinha, moradores e comerciantes denunciam taxas do tráfico de drogas Não bastam as 54 mortes em confrontos com a polícia contabilizadas pelo estado desde setembro do ano passado, quando explodiu uma guerra entre facções pelo controle da Rocinha. O sofrimento da comunidade é ampliado por meio de constantes ameaças, que castigam o bolso de quem vive ali. Moradores e comerciantes denunciam que estão sendo obrigados a financiar uma corrida de bandidos por mais armas e munição: o tráfico passou a imitar a milícia, e, a cada semana, cobra taxas de segurança, além de faturar em cima do transporte alternativo e da venda de botijões de gás, água e outros produtos. Muitos reclamam que o “imposto do terror” vem aumentando, e a estimativa é que ele já renda pelo menos R$ 1,3 milhão por mês ao bando que hoje domina a favela. Com o anonimato preservado, pessoas que vivem e trabalham na Rocinha afirmam que, muitas vezes, a cobrança das taxas ilegais é feita por integrantes da principal associação de moradores do morro. A entidade, no entanto, nega a acusação e afirma que nada pode falar sobre algo que desconhece. Já os delegados Antônio Ricardo Lima Nunes, respectivamente ex-titular e atual responsável pela delegacia da área, a 11ª DP, dizem que a comunidade pode estar sob o jugo do que chamam de narcomilícia. Além de sofrerem com os tiroteios e as extorsões, moradores e comerciantes acompanham o crescimento da desordem. Sem freio do poder público,

construções irregulares se multiplicam. No alto da localidade conhecida como Dionéia, pouco acima da sede da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da favela, novas casas são vistas em meio à mata. Na parte mais baixa do morro, a falta de controle urbano é percebida junto ao asfalto da Autoestrada Lagoa-Barra, da entrada da estação do metrô e sob a passarela próxima ao Túnel Zuzu Angel. Camelôs se espalham e oferecem todos os tipos de produtos; mesas e cadeiras são distribuídas para receberem consumidores de sanduíches, petiscos e bebidas. Na tarde da última quinta-feira, quem fez a festa foi o caminhão do Rei do Um Real, que estacionou perto da passarela. Uma fila logo se formou: era gente interessada em comprar bandejas de iogurte, paco-

tes de biscoito ou garrafas de refrigerante pelo preço que o dono do negócio que leva no nome. Porém há produtos mais “caros”: dois copos de requeijão custam R$ 5, e três dúzias de ovos saem por R$ 10. A fila é controlada, homens que trabalham com o caminhão dividem a clientela em grupos, que, em intervalos de alguns minutos, são autorizados a irem para um trecho da calçada onde os produtos ficam expostos em caixas de papelão. Havia alguns PMs por perto, mas eles se limitavam a observar o intenso vaivém; não abordavam os vendedores para checar a procedência das mercadorias. “ Cada canto da comunidade é uma mina de ouro. Os bandidos deixam os camelôs se instalarem, desde que paguem taxas.

As vendas do comércio regular caíram por causa dos tiroteios, mesmo assim, temos de aguentar a concorrência desleal e pagar uma taxa que chega a R$ 300 por mês. Passam recolhendo. No dia marcado, tenho que entregar o dinheiro. Estou adiando o pagamento de tributos para manter meu negócio, mas está difícil”, conta um lojista que trabalha há décadas na Rocinha. “Antes, cada um contribuía como podia. Geralmente, o pessoal dava cestas básicas; às vezes, tínhamos de colaborar com carne e cerveja para festas. Hoje, damos tudo isso e ainda pagamos o imposto do terror.” A situação piorou quando um bando invadiu a Rocinha a mando, segundo a polícia, de Antônio Francisco Bonfim Lopes,

o Nem. Mesmo preso em Rondônia, ele teria determinado a expulsão de seu antigo braço-direito, Rogério Avelino da Silva, o Rogério 157, que resistiu à investida e mudou de facção. Ele também foi capturado, em dezembro do ano passado, mas seus aliados estariam dominando a favela. O último levantamento das atividades econômicas na Rocinha, feito em 2007, apontou que a comunidade tinha cerca de 2.500 estabelecimentos comerciais. Isso significa que a taxa de R$ 300 imposta pelo tráfico pode corresponder a uma arrecadação mensal em torno de R$ 750 mil. Muitos não pagam o imposto do terror por mês. Antes de setembro de 2017, a cobrança dos mototaxistas era diária (R$ 4), mas passou a ser de R$ 75 semanais.


terça-feira, 22 de maio de 2018

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14 ECONOMIA empresas

Trabalhadores rejeitam proposta e greve continua na Mercedes-Benz

Na manhã da ultima sexta-feira (18), os trabalhadores na Mercedes-Benz, em São Bernardo, rejeitaram proposta de acordo coletivo apresentada em assembleia e decidiram continuar em greve. O movimento teve início na segunda-feira (14). A proposta negociada pelo Sindicato dos Metalúrgicos do ABC previa a reposição salarial pelo INPC na data-

-base (maio) mais abono de R$ 2,5 mil, PLR (Participação nos Lucros e Resultados) paga em duas parcelas (65% em junho e o restante em dezembro), renovação das cláusulas sociais – com a inclusão da cláusula de salvaguarda da reforma trabalhista – e estabilidade até maio de 2019. Em relação à proposta anterior apresentada pela mon-

tadora – que foi rejeitada ainda na mesa de negociação – foi retirado o teto salarial de R$ 10 mil para aplicação integral do INPC e a redução da jornada e salário dos mensalistas (administrativo). Houve aumento também no valor do abono, que a princípio era de R$ 500, e um ajuste na PLR, incluindo no cálculo a exportação de alguns

itens agregados. “Colocamos o acordo em votação, mas quem decide é o trabalhador. Eles tomaram a decisão acertada, de acordo com o que consideram necessário. Já apresentamos a decisão para a empresa e pedimos novas rodadas de negociações. A greve continua”, destacou o diretor administrativo do Sindicato, Moisés Selerges.

Na avaliação do dirigente, a rejeição se deve, em grande parte, ao longo período em que os metalúrgicos tiveram de abrir mão de reajustes por causa da crise. “Os companheiros passaram por muitas dificuldades os últimos anos. Há um desejo agora de recuperar as perdas, com reajuste incorporado aos salários. O Sindicato vai seguir o caminho que eles estão indicando”, reforçou Selerges.


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terça-feira, 22 de maio de 2018

economia 15

contexto

Ecovias é a 14ª empresa a aderir ao Turismo Industrial de São Bernardo

Foto: Divulgação

Responsável pelo sistema Anchieta-Imigrantes (SAI) – principal eixo de ligação entre a região metropolitana se São Paulo e a baixada santista –, a concessionária Ecovias é a mais nova parceira do programa de Turismo Industrial, desenvolvido pela Prefeitura de São Bernardo. A adesão da empresa foi confirmada na sexta-feira (18), por meio da assinatura de protocolo de intenções, durante visita monitorada com grupos de empresários e representantes do setor turístico, na montadora Scania Latin America, localizada na Vila Euro. Prevista para ser iniciada ainda em 2018, a parceria será baseada em visitas guiadas pelo Cen-

tro de Controle Operacional (CCO) da Ecovias, considerado o “coração” da concessionária. O local reúne todo o sistema de gestão e monitoramento das rodovias, por meio da captação de imagens em tempo real das 160 câmeras instaladas ao longo do trecho, que recebe cerca de 70 milhões de veículos a cada ano. É lá que estão concentradas as principais informações sobre o Sistema Anchieta-Imigrantes e de onde partem os atendimentos aos usuários, como envio de ambulância e guincho, orientações sobre as praças de pedágios e onde há interação constante com o Comando de Policiamento Rodoviário (CPRv). “Temos intenção de promover

visitas por meio do programa do Turismo Industrial, pelo menos uma vez por mês. Na Ecovias, os participantes poderão visitar nosso CCO, que é onde operamos a rodovia. Além disso, temos uma maquete de todo o sistema, que contém o trecho de planalto, serra e baixada e onde as pessoas podem ver, em tamanho reduzido, o que é o Sistema Anchieta-Imigrantes”, explicou o gerente de atendimento ao usuário da Ecovias, Ronald Marangon. O executivo assinou o termo de parceria junto ao secretário de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo, Hiroyuki Minami, e do diretor de Turismo e Eventos da Prefeitura, Fernando Bonisio. Também

participou do ato o diretor de Assuntos Governamentais para a América Latina da Scania, Gustavo Bonini. “O programa de Turismo Industrial é uma política pública pensada em dar uma identidade turística a São Bernardo. Nossa meta é colocar a cidade como ’top of mind’ quando o assunto for visitas monitoradas a empresas para promoção de conhecimento. Neste sentido, estamos batalhando e nos adequando junto ao governo do Estado para obter o título de Município de Interesse Turístico (MIT), cujo processo já se encontra em estágio avançado e no qual estamos muito confiantes”, destacou Minami.

Com o ingresso da Ecovias, o programa de Turismo Industrial da Prefeitura passa a contar com total de 14 empresas parceiras, que semanalmente abrem suas portas a interessados em conhecer as formas de produção e as tecnologias empregadas em cada segmento industrial. Cerca de 320 pessoas participam do programa todos os meses. Além da Ecovias e da Scania, também fazem parte da ação as empresas: Masipack, Zurich Termoplásticos, Basf - Tintas Suvinil, Omnisys, Wheaton Brasil Vidros, Mercedes-Benz do Brasil, Fundação Espaço Eco, Friozem Logística, Volkswagen do Brasil, Toyota do Brasil, Cervejaria Balmann e Empresa Metropolitana de Água e Energia (Emae).


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TECNO

lançamento

Galaxy S8 Lite é oficialmente anunciado e se chama Galaxy S Light Luxury

Todo ano é a mesma coisa: a Samsung lança um novo aparelho e surgem os rumores de que uma versão “mini” está a caminho. E, desta vez, os rumores estavam certos, pois a empresa apresentou ontem (21), na China, uma versão mais simples e mais em conta do Galaxy S9: Galaxy S Light Luxury, que os rumores tratavam como Galaxy S8 Lite (tecnicamente, então, ele é uma versão mini tanto do S8 quanto do S9).

pete o mesmo visual dos dois aparelhos com tecnologia Super AMOLED e tela com 5,8 polegadas muito bem aproveitadas graças à Infinity Display que se tornou onipresente nos aparelhos de ponta da marca Samsung. Em relação à hardware, o Galaxy S Light Luxury conta com um Snapdragon 660 octa-core, 4 GB de memória RAM e 64 GB para armazenamento interno.

Ele é um pouco menor do que o S9 e tem exatamente as mesmas dimensões do Galaxy S8, lançado em 2017.

A câmera traseira é única com sensor de 16 megapixels, enquanto a frontal tem 8 megapixels para capturar as selfies.

O Galaxy S Light Luxury re-

Assim como S8 e S9, a versão

intermediária também conta com uma bateria de 3.000 mAh. Veja aqui as especificações completas do mais novo lançamento:

Câmera traseira: 16 megapixels (f/1.7) Câmera frontal: 8 megapixels (f/1.7)

Tela: Super AMOLED de 5,8 polegadas com resolução 1080x2200 pixels

Conectividade: WiFi 802.11 a/b/g/n/ac, Bluetooth 5.0, GPS/A-GPS/GLONASS/BDS/ Galileo, NFC, rádio FM, USB-C 2.0

Processador: Snapdragon 660 octa-core (4x 2,2 GHz

Extras: leitor de íris, leitor de impressões digitais

Kryo 260 + 4x 1,8 GHz Kryo)

Bateria: 3.000 mAh

GPU: Adreno 512

Dimensões: 148,9x68,1x8 milimetros

Memória RAM: 4 GB Armazenamento interno: 64 GB (suporte para microSD de até 400 GB)

Peso: 150 gramas Sistema operacional: Android 8.0 Oreo

No mercado O aparelho será disponibilizado nas cores Burgundy Red e Black Night e, ao que tudo indica, ficará restrito à China, afinal, a empresa ainda não forneceu mais detalhes de como posicionará o modelo para o mercado internacional. Preço O preço por lá será o equivalente a US$ 625, algo em torno de R$ 2,3 mil. Pré-venda Em fase de pré-venda, que acontece no período entre este dia 21 de maio (ontem) e o próximo dia 1º de junho, ele sai um pouco mais em conta: US$ 578 (cerca de R$ 2,1 mil).


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