InRad News - Ed. 103

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Edição 103 - nov/fev 2019

Paciente pode acessar agendamento digital do seu exame de RM

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Informativo do Instituto de Radiologia - HCFMUSP

InRad inaugura o Museu de Medicina Nuclear

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caba de ser introduzido na rotina do InRad HCFMUSP o novo fluxo de agendamento para os exames de ressonância magnética. A iniciativa que contempla uma melhor experiência do paciente, que pode acompanhar o status da marcação do seu exame pela internet, no Portal do Paciente. Ele recebe em casa, um SMS, com a data e horário do exame de RM a ser realizado. O GEDI – Gerenciamento de Exames em Diagnóstico por Imagem do InRad controla toda a demanda desse exame através da plataforma InterRad, sempre priorizando o prazo estipulado pelo médico solicitante. Introduzido há pouco mais de três meses, esse novo fluxo – poderá se estender para outros segmentos – tem como objetivo oferecer maior conforto ao paciente, evitando deslocamentos desnecessários. Veja matéria na página 2

Cursos com simuladores de realidade virtual na EEP

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Escola de Educação Permanente do HCFMUSP acaba de celebrar a parceria com o Instituto Simutec, com o objetivo de promover cursos com a utilização de simuladores de realidade virtual. O termo de cooperação acadêmico-educacional prevê um modelo educacional inédito no país que possibilita aos médicos, residentes e estudantes treinarem em modelos humanos e sintéticos antes do contato direto com o paciente. Leia na página 9.

Cursos Avançados de Radiologia e Diagnóstico por Imagem no InRad

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calendário anual do Centro de Treinamento do InRad-HCFMUSP, com mais de 35 cursos programados para 2019, dá início às suas atividades no mês de março, com o Curso de Ultrassom com Doppler Vascular, ministrado pelo dr. Joseph Benabou. Com diversas modificações no conteúdo programático e formato, cada vez mais dinâmicos, o objetivo é que os cursos atendam às novas demandas da área da radiologia e do diagnóstico por imagem e as expectativas dos profissionais da área que buscam atualização e aprimoramento em conceituados centros de formação. Na página 10

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Museu de Medicina Nuclear já é uma realidade. Em ato no dia 8 de fevereiro, no Centro de Medicina Nuclear do InRad HCFMUSP, realizou-se a cerimônia de inauguração do museu, que leva o nome do Prof. Alipio Dias Neto, que retrata uma história de 70 anos do primeiro laboratório de radioisótopos da América Latina. Na ocasião também foi comemorado os 60 anos do Centro de Medicina Nuclear, com homenagem ao casal Eston de Eston e ao prof. Alípio em reconhecimento à grande contribuição para a medicina nuclear brasileira. O prof. Carlos Alberto Buchpiguel,

diretor do Centro de Medicina Nuclear, faz na pág. 3, uma análise dessa evolução da especialidade cuja história se iniciou no Complexo HCFMUSP. Com a entrega de flores a Verena Rapp de Eston, herdeira do casal Tede e Verônica Eston de Eston, pelo prof. Flavio Fava de Moraes, diretor geral da Fundação Faculdade de Medicina (FFM), e a Cristina Rolim Dias Zernik, pelo prof. Fausto Hironaka, responsável pela residência médica no Centro de Medicina Nuclear, e o descerramento da placa alusiva a data, os convidados puderam conhecer as instalações do Museu. Leia na página 3

Imagine’2019, focado na prática diária e inovações

Dra. Eloisa Santiago Gebrim

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Dra. Maria Cristina Chammas

Dra. Claudia Costa Leite

décima sétima edição do Congresso de Radiologia e Diagnóstico por Imagem do HCFMUSP – IMAGINE 2019, será realizada de 14 a 16 de março, no Centro de Treinamento do InRad. O evento, cuja programação já pode ser acessada pelo site: www.imagine.com.br, tem por objetivo congregar e organizar a prática clínica em radiologia, com o foco em temas da rotina do Hospital das Clínicas da FMUSP. Com ênfase em sessões práticas e hands on, o congresso enfatiza os temas da prática diária, com oportunidade para troca de informações e discussões. Seu formato diferenciado e conteúdo científico altamente qualificado, “é valorizado pelo compartilhamento de experiências e vivências do maior centro de imagem hospitalar da América Latina”, como enfatizam as dras. Maria Cristina Chammas, Eloisa Santiago Gebrim e Claudia Costa Leite, da Comissão Organizadora. Neste ano de 2019, o evento terá a presença do prof. Rodéric Pettigrew, da Emory University, que estará apresentando tema de muita relevância e atualidade, com foco em inovações e futuro da Radiologia. Saiba mais na página 11.


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NOVAÇÃO

Acesso ao agendamento de exames de RM agora pode ser monitorado pelo paciente

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Um novo fluxo de agendamento para os exames de ressonância magnética acaba de ser implantado no InRad, com o acesso via sistema, confirmado por SMS, monitorado na internet pelo próprio paciente. Esse programa tem como objetivo oferecer maior conforto ao paciente, evitando deslocamentos desnecessários.

GEDI – Gerenciamento de Exames em Diagnóstico por Imagem do InRad colocou em funcionamento esse novo formato de agendamento de exames de RM em outubro, com avaliações, superando dificuldades e buscando fazer com que o paciente não precise vir ao InRad, em nenhum momento, para fazer o agendamento desses exames. Segundo Kleber Garcia, gerente do Núcleo de Diagnóstico por Imagem e do GEDI, “toda a demanda desse exame está sendo controlada através da plataforma InterRad, desde o pedido inicial, onde o exame é solicitado. O GEDI faz a gestão correlacionando com a data de retorno do paciente. Na sequência, a equipe de agendamento do InRad, faz a alocação desse exame na agenda, sempre priorizando o prazo estipulado pelo médico solicitante”. “Uma vez que o Instituto assume o agendamento, o paciente em nenhum momento precisará vir pessoalmente até o InRad. Receberá em casa, um SMS, com a data e horário do exame de RM a ser realizado. Ele também pode acompanhar a sua solicitação de exame no Portal do Paciente, que é um site que ele acessa com o número do seu registro do hospital, e verifica qual é o status do agendamento. Basicamente, esse fluxo contempla uma melhor experiência do paciente, em que ele sai da consulta, vai para casa e não tem mais a obrigatoriedade de ficar tentando uma vaga dentro da nossa agenda. Ele só precisa aguardar o nosso contato em casa, confortavelmente”, explica Kleber Garcia. Ao completar pouco mais de três meses dessa mudança no fluxo do agendamento, a instituição já faz um balanço positivo, apoiada nos índices de satisfação, tanto de quem demanda esses exames, como o ICHC – Instituto Central do HC, por exemplo, quanto da equipe interna que faz o agendamento e, principalmente, dos pacientes. “É uma grande mudança de conceito, que passará por uma curva de aprendizado por parte do paciente, por ajustes internos, mas o resultado com toda a certeza trará aos nossos clientes uma melhor experiência em sua jornada”, comemora o gerente. Este ano, o cronograma contempla a inclusão

de outras modalidades, como por exemplo: tomografia computadorizada, ultrassom, densitometria óssea, mamografia, ecocardiograma, raios-x e medicina nuclear.

abdômen, e o perfil do paciente, seja idade, clínico ou prioridade. “É um conhecimento imprescindível para que esses dados possam ser usados institucionalmente para criar agendas inteligentes, que é o próximo passo”, enfatiza Kleber. “A possibilidade de agendar um exame dentro do prazo de retorno do paciente, não é um benefício apenas para o InRad, mas para todo o Complexo HC, e principalmente, para o paciente”, prossegue o gerente, esclarecendo “que era comum este paciente sair da consulta com uma data de retorno, para o qual precisava do laudo do exame, e, algumas vezes, ele comparecia ao médico sem ter realizado o exame, e precisava remarcar a consulta”.

Rumo à Inteligência Artificial O programa de agendamento passa por um processo contínuo de aprendizado, mas, numa primeira avaliação os resultados foram positivos.

Para Kleber Garcia, gerente o Núcleo de Diagnóstico por Imagem, a plataforma implantada vem “criando robustez e se aperfeiçoando”.

A digitalização do fluxo de agendamento dos exames de RM é um primeiro passo dentro de todo processo de inovação em fase de implantação dentro do Instituto de Radiologia. E, de acordo com o gerente, existe uma preocupação em agregar novos avanços, entre eles a inteligência artificial no processo de agendamento do InRad. “A gente quer que o nosso processo de agendamento tenha um algoritmo que veja naquele determinado período de exame qual é o perfil de paciente que melhor se adequa e dentro do que o Instituto tem disponível em agenda. Por exemplo, um paciente que o algoritmo leia que é um aposentado e não tem um trabalho adicional, ele possa enxergar que o horário da segunda feira de manhã seja o melhor para aquele paciente. Esse é o início para colocar a inteligência artificial dentro do processo de agendamento, que hoje é puramente manual, vai trazer grandes benefícios para o paciente e também para a instituição”, finaliza.

Busca por eficiência operacional

Melhoria contínua da plataforma

A implantação do gerenciamento do fluxo de exames de RM, que abre o cronograma, antes da implantação de outras modalidades, trará grandes benefícios para o InRad e para toda a instituição HC. Permitirá o conhecimento da demanda, números que até hoje eram apenas estimados, como quantos pedidos de exames de ressonância entram diariamente; qual é o perfil desse exame, se é ressonância de crânio, de joelho, de

A plataforma de gerenciamento do fluxo, desde a sua implantação em Julho/2017 – conclui Kleber Garcia – vem criando robustez e se aperfeiçoando, com o apoio da Dra. Marisa Madi, Diretora Executiva e Dr. Leandro Lucato, Diretor Clínico, “num processo contínuo, graças aos esforços de uma equipe multidisciplinar capacitada e empenhada em realizar o melhor, para que a experiência do paciente seja a melhor possível”.

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E P E D IENT E InRad News: Órgão informativo editado pelo Centro de Estudos Radiológicos Rafael de Barros para o Instituto de Radiologia - HCFMUSP Travessa da Rua Dr. Ovídio Pires de Campos, 75 (ligação entre a Rua Dr. Enéas de Carvalho Aguiar e a Rua Dr. Ovídio Pires de Campos) - Cerqueira César São Paulo - SP - CEP 05403-010 homepage: www.hcnet.usp.br/inrad Centro de Comunicação Institucional/INRAD - HCFMUSP E-mail: imprensa.inrad@hc.fm.usp.br Edição 102 Contato do leitor: (11) 2661-7675

Conselho Editorial: Giovanni Guido Cerri Claudia da Costa Leite Eloisa Maria Melo Santiago Gebrim Ilka Regina Souza de Oliveira Leandro Lucato Manoel de Souza Rocha Maria Cristina Chammas Nestor de Barros Olinda V. Costenaro Regina Lucia Elia Gomes

Diretor Responsável: dr. André Scatigno Neto Editor e Jornalista responsável: Luiz Carlos de Almeida (MTb 9313) Edição: ID Editorial Tel. (11) 3285-1444 - id@interacaodiagnostica.com.br Arte: Marca D´Água - mdaguabr@yahoo.com.br Colaboraram: Valéria de Souza André Santos (fotos) Angela Miguel Cleber de Paula (fotos) Agnaldo Dias (fotos) Igor Souza (fotos) Osmar Bustos/CREMESP (foto)


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InRad inaugura Museu de Medicina Nuclear “Hoje é um dia especial. Estamos inaugurando o museu do Centro de Medicina Nuclear, que retrata uma história de 70 anos do primeiro laboratório de radioisótopos da América Latina e os 60 anos do Centro de Medicina Nuclear. Esse prédio foi construído em 1959, através da iniciativa de um jovem casal de pesquisadores, o casal Eston de Eston, Tede e Verônica. Inaugurado pelo prof. Tede Eston de Eston, foi o terceiro instituto a ser construído dentro do Complexo do Hospital das Clínicas, como um centro de pesquisas em radioisótopos para aplicação na Medicina”.

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om estas palavras o Prof. Carlos Alberto Buchpiguel abriu a solenidade de comemoração, sintetizando a história e homenageando pesquisadores, professores e servidores que passaram pela instituição, nestas sete décadas. O ato marcou, também, a inauguração do Museu Prof. Alipio Dias Neto, cuja história se confunde com a do Centro de Medicina Nuclear, onde trabalhou desde a fundação e, ao lado de Tede Eston e da dra. Constância Pagano, estabeleceram os pilares da especialidade em nosso País. “De forma incansável, até os últimos dias, o prof. Alipio desenvolveu projetos para o ensino e promoção da especialidade dentro do Complexo do HCFMUSP”, destacou o prof. Buchpiguel, acrescentando que “na sua trajetória não se limitou a ser um professor e pesquisador, mas também, um ser humano especial e caridoso Prof. Carlos Alberto Buchpiguel abriu os trabalhos enfatizando o papel do Centro de Medicina Nuclear na com os colaboradores”. formação da especialidade. Sua intensa atuação, desde que trabalhou como morações pelas quais agradecemos todas as lideranças da USP, da Faculdade expert da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) trouxe grande Medicina e, principalmente, todos os colaboradores que atuaram para des benefícios para o País e para a Universidade de São Paulo (USP), com que chegássemos nesse estágio de desenvolvimento”. um “cuidado muito especial para com todas as peças e equipamentos que inicialmente foram importadas através do auxílio econômico da Fundação Homenagens marcam o reconhecimento Rockefeller e, posteriormente foram incorporadas ao acervo através da habilidade e vocação de projetista que era uma das virtudes do Prof. Alipio. Na sequência, o prof. Flavio Fava de Moraes, diretor geral da Fundação Um dos seus maiores sonhos vira realidade na data de hoje. Preservar a Faculdade de Medicina (FFM), e também com uma grande atuação no ammemória é fundamental para escrevermos a história da nossa instituição biente universitário, inclusive como Reitor da USP, resgatou todo este esforço, e da nossa especialidade”, enfatizou Carlos Buchpiguel. lembrando os primórdios da instituição. Em seguida, fez a entrega de flores Lembrou também que a Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear a Verena Rapp de Eston, herdeira do casal Tede e Verônica Eston de Eston. (SBMN) foi criada dentro do Centro de Medicina Nuclear do Hospital das O prof. Fausto Hironaka, responsável pela residência médica no Centro de Medicina Nuclear, prestou homenagem a herdeira do prof. Alipio Dias Neto, Cristina Rolim Dias Zernik, com a entrega de um ramalhete de flores. Logo após, o prof. Giovanni Guido Cerri, presidente do Conselho Diretor do InRad HCFMUSP, destacou a importância dessa inauguração na preservação da memória da Medicina Nuclear, dentro da instituição. Enfatizou o caráter inovador dos profs. Tede Verena Rapp de Eston e prof. Flavio Fava de Moraes Cristina Rolim Dias Zernik e prof. Fausto Hironaka Eston e Alipio Dias Neto, Clínicas e, esse foco no ensino e na pesquisa, data desde os primeiros personalidades que fizeram a diferença. momentos da instituição. Na implementação do Museu Alipio Dias Neto, destacou o trabalho do Em 1943 o Centro promoveu o primeiro curso de Aplicação de Radioprof. Marcelo Tatit Sapienza, que culminou com este espaço de cultura e -isótopos em Medicina, trazendo o físico químico, Prof. Georgy de Hevezy, de convivência. que ajudou a desenvolver os “traçadores radioativos”, premiado com o Ao final, falou o dr.Marcelo Tatit Sapienza, como um dos impulsionaNobel da Química”. dores do projeto do Museu Alipio Dias Neto, destacando o apoio da direção Para chegar até aqui – concluiu o prof. Buchpiguel – “um dos serviços do Hospital das Clínicas, ali representada pelo Superintendente Antonio mais modernos e estruturados para pesquisa em imagem molecular no País, José Pereira, da diretora executiva do InRad, dra. Marisa Madi e de todos foi necessário muito suor e lágrimas, mas, também muitas alegrias e comeos colaboradores da instituição.


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InRad inaugura Museu de Medicina Nuclear

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CONTINUAÇÃO

O descerramento de placa alusiva a data, com as filhas dos homenageados, marcou o encerramento da sessão.

Projeto Museu Marcelo Tatit (foto) coordenou uma comissão formada por funcionários do Centro de Medicina Nuclear do InRad, que trabalhou no projeto de reorganização e de um novo formato para o museu, com o apoio do Museu Histórico e da Comissão de Cultura e Extensão da Faculdade de Medicina da USP, na supervisão e recuperação desses materiais, principalmente na parte fotográfica e de documentos, que receberam uma atenção especial dos especialistas. Segundo ele quando a proposta da reativação do museu foi demandada, foi muito bem recebida pelos outros setores que integram o Departamento de Radiologia da FMUSP, e também, pelo InRad e HC, que ofereceram grande apoio para a execução desse projeto. “Todo o acervo foi recuperado. Apesar de conservado, estava desorganizado e com as identificações, muitas vezes insuficientes nas peças. São equipamentos de todo esse período, documentos, livros e fotos, que registram a história da medicina nuclear”, explica Sapienza, lembrando que a reinauguração do museu também é uma homenagem ao casal Eston de Eston, responsáveis pelo pioneirismo na efetiva prática da medicina nuclear no país e na América Latina.

De acordo com Sapienza “em toda essa trajetória, e até hoje, a Medicina Nuclear continua tendo uma posição pioneira no país e na América Latina, pois é um serviço moderno e atualizado, contando em sua estrutura com um Cíclotron, um PET/CT, um PET/RM, com um laboratório de investigação pré-clínico, mantendo uma posição de pioneirismo”. Ao se aproximar do Instituto de Radiologia, há cerca de 20 anos, o Serviço de Medicina Nuclear atua como uma parte do atendimento da área do diagnóstico por imagem, dentro do Complexo HCFMUSP.

Estudo pioneiro avalia a introdução das imagens cardíacas com 82Rb-PET/CT no país

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prof. José Soares Jr., do Serviço de Medicina Nuclear do InCor, submeteu-se a concurso e é o mais novo Livre-docente do Departamento de Radiologia e Oncologia da FMUSP, com o “Estudo da Perfusão Miocárdica”, tema de grande interesse na cardiologia para o qual a medicina nuclear oferece importante contribuição, e teve como objetivo principal introduzir as imagens cardíacas com 82Rb-PET/CT no país, avaliando o comportamento das variáveis obtidas em pacientes com e sem Prof. José Soares Jr. ladeado pelos membros da banca examinadora alterações perfusionais. incluiu a avaliação de parâmetros quantitativos Paralelamente, como parte da introdução de como a quantificação absoluta do fluxo sanguínova tecnologia no país, avaliou se as imagens neo miocárdico e da reserva coronariana. Os cardíacas obtidas com este método são factíveis, resultados obtidos foram bastante favoráveis, visando sua futura incorporação na prática clínisendo que o estudo gerou parâmetros funcionais ca. Até agora, nenhum estudo com rubídio-82 ou e quantitativos confiáveis. com qualquer outro traçador PET para perfusão “Acreditamos que este estudo contribui para miocárdica foi realizado no Brasil. A partir deste aproximar essas novas ferramentas do uso clínico, fato foi elaborado esse estudo financiado pela favorecendo que medidas até então inexploradas FAPESP e gerenciado pelo Serviço de Medicina no meio médico brasileiro possam ser cogitadas Nuclear e Imagem Molecular do InCor-HCFMUSP. para futura incorporação nas estratégias clíniNesta pesquisa foram incluídos 493 paciencas de avaliação de pacientes com suspeita ou tes, que realizaram imagem cardíaca com 82Rbportadores de DAC conhecida, além de motivar a -PET/CT, no equipamento PET/CT do Serviço de realização de novas pesquisas nesta área”, analisa Medicina Nuclear do InCor-HCFMUSP. O exame

o autor, considerando ainda que “para a cardiologia, a incorporação desta nova tecnologia agrega valor, uma vez que melhora e refina o diagnóstico da isquemia miocárdica, propiciando desta forma melhor estratificação de risco em pacientes coronariopatas, o que auxilia na tomada de decisão clínica mais adequada”. Como conclusão, o estudo mostrou comportamento diferente, e dentro do esperado, das variáveis FSM Total REP, FSM Total EST, RC Total e Delta FEVE em pacientes com perfusão normal em relação a pacientes com defeitos perfusionais, sendo que houve diferença estatisticamente significativa entre os grupos de Perfusão Normal e Perfusão com Isquemia. Esta experiência inicial mostrou que foi possível realizar imagens cardíacas com 82Rb-PET/CT com rapidez e qualidade, gerando parâmetros funcionais e quantitativos confiáveis, que se correlacionaram com os achados da perfusão miocárdica, o que abre espaço para a inserção futura desta modalidade na prática clínica. Participaram da Comissão Julgadora os professores: Carlos Alberto Buchpiguel, presidente; Claudo Campi de Castro; Sergio Aron Ajzen; Marcelo Henrique Mamede Lewer e Angelo Amato Vincenzo de Paola.


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ELATO DE CASO

Torção de apêndice testicular História Clínica Paciente do sexo masculino, 31 anos, com dor lombar súbita à esquerda iniciada há 10 horas, com posterior localização em testículo esquerdo. Negava antecedente de litíase renal ou sintomas urinários. Sem outros antecedentes médicos.

Discussão A suspeita diagnóstica inicial foi de ureterolitíase, sendo solicitada uma tomografia computadorizada do abdome e pelve que não evidenciou cálculos. Foi solicitada ultrassonografia dos testículos, para pesquisa de escroto agudo. A análise inicial evidenciou testículos tópicos e simétricos, com ecotextura homogênea e habitual, sem alterações ao estudo Doppler que sugerissem torção testicular ou orquite.

A avaliação dos epidídimos evidenciou epidídimos tópicos, com textura homogênea e vascularização normal ao estudo Doppler e presença de cisto simples no epidídimo esquerdo, sugestivo de espermatocele.

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ELATO DE CASO

Adjacente ao epidídimo esquerdo (melhor delimitado pela espermatocele), observou-se formação nodular heterogênea, de bordas bem definidas, medindo 1,0 x 1,0 x 1,2 cm, com vascularização periférica ao estudo com Doppler colorido.


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ELATO DE CASO

Apesar do aumento do ganho do Doppler não foi observada vascularização central na imagem nodular, observando somente o halo hiperêmico delimitando o nódulo

Diagnóstico A história clínica (jovem, sexo masculino com dor testicular súbita e persistente) e o aspecto ultrassonográfico (imagem nodular bem definida, com vascularização central ausente e periférica exacerbada, adjacente ao epidídimo) favoreciam a hipótese diagnóstica de torção do apêndice testicular. Os apêndices intraescrotais são estruturas compostas por tecido conjuntivo vascularizado, costumam ser sésseis e medir entre 1-7mm

Existem 5 tipos de apêndices intraescrotais, sendo somente 3 visualizados ecograficamente: 1) (TA) Apêndice testicular (Hidátide de Morgagni): é um remanescente do ducto paramesonéfrico (ducto de Müller), e geralmente é localizado no pólo superior do testículo, adjacente ao epidídimo. É o tipo de apêndice mais comum, presente em até 83-100% das crianças. 2) (EA) Apêndice epididimário: remanescente do ducto mesonéfrico (ducto de Wolf), é localizado na cabeça do epidídimo. Está presente em até 20% das crianças. 3) (*) Apêndice da cauda do epidídimo: Localizado na cauda do epidídimo, podendo ser superior ou inferior. É o tipo menos comum.

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ELATO DE CASO

A torção da Hidátide de Morgagni contribui para 91% a 95% de todas as torções de apêndices e ocorre principalmente em idade pré-púbere, entre os 7 e 14 anos. Esta entidade clínica é mais frequente à esquerda. A torção de apêndice testicular é considerada a principal causa de escroto agudo em crianças, mas devido ao quadro de dor insidiosa e autolimitada, costuma ser subdiagnosticada, na maioria das vezes sendo avaliado somente o produto da torção cronicamente, os escrotolitos. Na fase aguda, o quadro clínico se assemelha à torção do cordão espermático, porém, cursa com dor e alterações locais de menor intensidade. A palpação e transiluminação poderão identificar o apêndice testicular ou epididimário aumentado e de coloração escura (“blue-dot-sign”). O diagnóstico é confirmado por ultrassonografia, que evidencia massa extra-testicular, avascular, de ecogenicidade variável, dependendo do tempo de evolução. Nas primeiras 24 horas do início dos sintomas, é visto um nódulo hipoecogênico, de dimensões aumentadas, com um padrão de “salt and pepper”. Após 24 horas de evolução, o apêndice apresenta ecogenicidade aumentada e heterogênea. Outros achados podem sugerir torção do apêndice testicular, nomeadamente aumento das suas dimensões (≥ 5,6mm); alteração da sua morfologia, adquirindo uma forma esférica e aumento do fluxo peri-apendicular. Estas alterações podem associar-se ao aumento da dimensão e ecogenicidade do epidídimo, hiperemia do epidídimo e testículo ipsilateral, hidrocele reativa e espessamento da parede escrotal. Como importante diagnóstico diferencial há os abscessos de epidídimo, que tem o mesmo aspecto ecográfico, porém tem história clínica de epididimite em tratamento, configurando complicação desta entidade. O tratamento da torção de apêndice testicular é conservador, com antiinflamatórios e medidas de repouso. Não há necessidade de antibioticoterapia. A abordagem cirúrgica é indicada somente em caso de persistência da dor ou se houver dúvida de torção testicular. O papel fundamental da ultrassonografia na torção do apêndice testicular é a exclusão de torção testicular, principal e mais importante emergência urológica.

Referências bibliográficas 1. Avery LL et al: Imaging of penile and scrotal emergencies. Radiographics. 33(3):721-40, 2013 2. Yusuf GT et al: A review of ultrasound imaging in scrotal emergencies. J Ultrasound. 16(4):171-8, 2013 3. Mosconi A, Claro JF de A, Andrade E, Vicentini F, Paranhos ML da S. Acute scrotum. Rev Med (São Paulo). 2008 jul.-set.;87(3):178-83 4. Serrado MA, Abreu N, Castanha G, Torção de apendice testicular a proposito de três casos clínicos. Revista Radiológica Portuguesa, vol XXVII, 2015, 5. Dénes FT, Souza NCLB, Souza AS; Diretrizes da sociedade brasileira de urologia em escroto agudo, 2006 6. Lev et al. Sonographic appearances of torsion of the appendix testis and appendix epididymis in children. Wiley Periodicals, Inc. J Clin Ultrasound, 2015. DOI: 10.1002/jcu.22265

Créditos Trabalho apresentado na Reunião Geral – dezembro 2018 Dra. Lívia Porto Teixeira R1 – Médica residente do Departamento de Radiologia e Diagnóstico por Imagem do Hospital das Clínicas da FMUSP Dr. Marcos Sawamura Médico Radiologista – Vice Coordenador de Residência Médica e Médico Assistente do Departamento de Radiologia Torácica do Instituto de Radiologia - HCFMUSP


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Cooperação acadêmica-educacional traz realidade virtual para EEP Com uma nova metodologia, onde os alunos assistem uma carga horária específica de vídeo aulas e em seguida realizam treinamentos individuais com simuladores, a Escola de Educação Permanente do HCMUSP, inicia uma nova etapa no seu programa de ensino. Neste mês de fevereiro, um primeiro evento para a área da imagem está programado, de 25 a 27, tendo a frente o prof. Francisco Cesar Carnevale e o dr. Airton Mota, sobre o tema: PAE Works – Embolização das Artérias prostáticas. O InRad News ouviu o Prof. Dr. Decio Mion Jr. , diretor da EEP, o Prof. Dr. Giovanni Guido Cerri, predidente do Conselho Diretor do InRad e o sr. Luiz Ramon Petrillo, diretor de Projetos do Instituto Simutec. Confira.

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Escola de Educação Permanente do HCFMUSP acaba de firmar convênio com o Instituto Simutec para a criação de cursos com simuladores de realidade virtual, modelos humanos e sintéticos. O termo de cooperação acadêmico-educacional foi assinado em outubro deste ano e prevê a oferta de um modelo educacional inédito no país, além da implementação de um Centro de Treinamento na Escola de Educação Permanente com equipamentos de última geração. Segundo o diretor da Escola de Educação Permanente, Prof. Dr. Decio Mion Jr, o convênio reforça a vocação da instituição como gestora do Prof. Dr. Decio Mion Jr. conhecimento do Hospital das Clínicas, credenciada pelo Conselho Estadual de Educação desde 2010. “Há uma tendência de que o ensino seja feito independentemente dos pacientes e essa parceria com o Instituto Simutec, que é uma empresa com grande experiência em simulação virtual, possibilita que nossos médicos, residentes e estudantes treinem antes do contato direto com o paciente”, explica. Para o Prof. Dr. Giovanni Guido Cerri, presidente do Conselho Diretor do InRad HCFMUSP

e ex-diretor da FMUSP, com grande atuação na área do ensino médico, e um dos incentivadores do projeto, “essa parceria será muito produtiva para toda a instituição. Se apoia numa estrutura experiente e de comprovada eficiência, com tecnologia e simuladores que projetam ambientes semelhantes ao real, durante o treinamento. No caso Prof. Dr. Giovanni Guido Cerri especif ico da imagem, como na ultrassonografia, o médico terá situações muito próximas do ato real, com a possibilidade de ter um feedback do seu trabalho ao final de cada atividade”. A metodologia propõe que os alunos assistam a uma carga horária específica de vídeo-aulas disponíveis na plataforma interativa de EAD da Escola de Educação Permanente. Em seguida, cada aluno realiza treinamentos individuais nos simuladores. Em um segundo momento, o professor organiza um hands-on em modelos humanos, sintéticos e de realidade virtual com toda a turma. Por fim, os estudantes fazem oficinas práticas com pacientes no Hospital das Clínicas. Para a área de diagnóstico por imagem, os alunos terão contato com a ultrassonografia e angiografia intervencionista.

“Os primeiros cursos a serem lançados são Point of Care em Sistema Músculo-Esquelético, em Emergência e UTI, em Ginecologia, em Obstetrícia, em Ecocardiografia Básica, Avançada e Transesofágica, Cirurgia Transoral e Embolização da Artéria Prostática. Esse formato educacional não existe no Brasil e a Escola de Educação Permanente será pioneira nesse sentido, em parceria com o Instituto Simutec que possui 5 anos de experiência em treinamento por realidade virtual em sua Unidade Porto Alegre, já tendo treinado mais de 1.500 alunos, realizado mais de 5.000 treinamentos”, completa o diretor de Projetos do Instituto Simutec, Luís Ramon Petrillo. Desde a sua criação, a Escola já ofereceu cursos de treinamento para mais de 15 mil funcionários do Complexo, somando 50 mil matrículas em Luiz Ramon Petrillo cursos à distância e ofertou cursos de especialização médica e não médica para 5.800 profissionais. Atualmente, a instituição possui cerca de 300 cursos médicos, multiprofissionais e técnicos. “Esse convênio é mais uma oportunidade para formamos profissionais de alto nível e para que possamos contribuir para a melhoria do ensino em medicina no país”, finaliza o Prof. Dr. Decio Mion.

O aprendizado, tanto na intervenção, como nos métodos de imagem, se inicia com simuladores ... sem acesso direto ao paciente.


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Movimentação Acadêmica A intensa movimentação acadêmica, no Departamento de Radiologia,com diversas defesas de tese de doutorado, realizadas no último semestre de 2018, registramos a seguir, com a publicação de uma pequena síntese.

Perfusão Pulmonar por TC de dupla energia

Sequência de RM em Neurocisticercose

Parâmetros quantitativos obtidos por tomografia computadorizada de dupla-energia na avaliação da perfusão pulmonar em modelo experimental de embolia e lesão pulmonar

Comparação entre diferentes sequências de ressonância magnética na detecção de calcificações em pacientes portadores de neurocisticercose

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dr. Fernando Uliana Kay (ao centro) defendeu em sua tese de doutorado, que teve como orientador o prof. Edson Amaro Junior, presidente da banca composta pelos membros: Claudia da Costa Leite; Rogério de Souza; Gilberto Szarf e Bruno Hochhegger, que o uso da TC de Dupla Energia pós-contraste (TCDE) é capaz de detectar diferenças regionais da perfusão pulmonar em um modelo animal na avaliação da perfusão pulmonar. O autor, em sua pesquisa, incluiu variações de decúbito, lesão alveolar e oclusão da artéria pulmonar com balão, comparando estes resultados com os obtidos pela perfusão de primeira passagem com a tomografia computadorizada dinâmica (TCD). Em conclusão, a TCDE pós-contraste é capaz de prover estimativas semiquantitativas que refletem a heterogeneidade regional da perfusão pulmonar causada por mudanças de decúbito, lesão alveolar e oclusão da artéria pulmonar com balão, apresentando moderada correlação com a perfusão de primeira passagem pela TCD.

Hiperplasia Prostática Benigna Estudo comparativo entre microesferas de 100-300 μm e 300-500μm utlizadas na embolização das artérias prostáticas para o tratamento dos sintomas urinários decorrentes da hiperplasia prostática benigna

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tese de doutorado apresentada pelo dr. Octavio Meneghelli Galvão Gonçalves à banca examinadora composta por: Ronaldo Hueb Baroni; José Guilherme Mendes Pereira Caldas; Airton Mota Moreira e Felipe Torres Pacheco, sob a presidência do prof. Francisco Cesar Carnevale, referiu-se ao desenvolvimento de novos procedimentos cirúrgicos minimamente invasivos para o tratamento dos sintomas do trato urinário inferior (LUTS), relacionados à hiperplasia prostática benigna (HPB), que está se tornando importante campo de pesquisa, na medida em que tenta minimizar os efeitos adversos e complicações decorrentes dos tratamentos convencionais. A embolização das artérias prostáticas (EAP) vem sendo utilizada no tratamento de pacientes com HPB, e o objetivo deste trabalho foi de avaliar e comparar a segurança e eficácia da EAP para o tratamento dos LUTS em pacientes com HPB, utilizando microesferas (Embospheres®) de 100-300 μm e 300-500 μm. Os pacientes foram avaliados de acordo com os sintomas clínicos (IPSS e QoL), toque retal, exames laboratoriais de rotina incluindo o antígeno prostático específico (PSA), urofluxometria livre (Qmax) e RM em diferentes períodos de acompanhamento. Os procedimentos foram realizados no Serviço de Radiologia Intervencionista do HCFMUSP. Em suas conclusões, o autor destaca que as microesferas de 100-300 μm e 300-500 μm demonstraram serem agentes embolizantes seguros e eficazes na EAP para o tratamento dos LUTS relacionados à HPB, e embora os resultados clínicos e por imagem não tenham diferido significativamente entre os grupos de estudo, os pacientes apresentaram mais eventos adversos do que aqueles tratados com 300-500 μm. O volume da próstata aumentou significativamente entre o terceiro e o décimo segundo mês após EAP no grupo tratado com microesferas 100-300 μm, embora se mantivesse significativamente menor que antes da EAP, concluiu o estudo.

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dra. Gislaine Cristina Lopes Machado Porto, sob a orientação do prof. Leandro Tavares Lucato, defendeu a tese de doutoramento no Departamento de Radiologia da FMUSP, com o objetivo de comparar a performance das sequências de ressonância magnética (RM) ponderadas em suscetibilidade magnética na identificação de calcificações intracranianas em pacientes com Neurocisticercose (NCC), que é a principal causa evitável de epilepsia adquirida no mundo. A NCC, além de ser, a doença parasitária mais comum do SNC, representa um importante problema de saúde pública, especialmente em países em desenvolvimento, e os estudos de neuroimagem são cruciais no diagnóstico e planejamento terapêutico dessa patologia. O trabalho mostrou que apesar da ressonância magnética (RM) fornecer maior número e detalhe de informações sobre a doença, a tomografia computadorizada (TC) ainda é o método mais sensível na detecção de calcificação intracraniana, o achado radiológico mais comum da NCC. A aluna fez um estudo prospectivo, unicêntrico, no qual 57 indivíduos que foram submetidos a TC e RM de crânio. Todos os indivíduos foram provenientes do Ambulatório de Doenças Infecciosas do Departamento de Neurologia do Hospital das Clínicas - Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP), com diagnóstico confirmado de NCC. O protocolo de RM incluiu uma sequência convencional 2D gradiente eco (2D-GRE) e duas relativamente novas sequências de suscetibilidade magnética: susceptibilityweighted imaging (SWI) e principles of echo shifting with a train of observations (PRESTO). A TC foi considerada método padrão de referência. Dois neurorradiologistas, cegos para os dados clínicos e demais achados radiológicos, analisaram independentemente as sequências 2D-GRE, SWI e PRESTO quanto à presença, número e localizações de calcificações intracranianas atribuídas a NCC. Nos resultados foram identificadas, pela TC, 739 lesões calcificadas relacionadas a NCC em 50 dos 57 indivíduos incluídos no estudo. Essa pesquisa teve como conclusão que as sequências SWI, PRESTO e 2D-GRE apresentam boa sensibilidade na identificação de lesões calcificadas em pacientes com NCC, e as sequências SWI e PRESTO tiveram melhor performance do que 2D-GRE. Todas as sequências estudadas mostraram-se apropriadas para identificar indivíduos com NCC no estágio de calcificação. Sequências ponderadas em suscetibilidade magnética podem ajudar no entendimento da história natural, fisiopatologia e achados de imagem da NCC. A banca examinadora foi constituída pelos membros: Claudia da Costa Leite; Hélio Rodrigues Gomes; José Oswaldo de Oliveira Junior e Rubens Chojniak.

Fibrose Miocárdica Avaliação da fibrose miocárdica pela ressonância magnética cardíaca na estratificação prognóstica na miocardiopatia chagásica

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trabalho de doutorado do aluno Tiago Senra Garcia dos Santos teve como objetivo estabelecer o valor prognóstico da fibrose miocárdica (FM) detectada pela Ressonância Magnética Cardíaca (RMC) na predição de uma combinação de desfechos duros ou do desfecho secundário de mortalidade por todas as causas. Na introdução mostrou que a miocardiopatia chagásica (MC) apresenta pior prognóstico que as etiologias isquêmica e não isquêmica de miocardiopatia, e acarreta alto custo, e que a FM pela RMC mostrou-se um fator preditor independente de risco aumentado em diversas etiologias de insuficiência cardíaca. Na MC, a FM foi associada com marcadores conhecidos de pior prognóstico, como a disfunção ventricular esquerda e arritmia ventricular. Assim, concluiu-se que a fibrose miocárdica é um preditor independente de pior prognóstico na miocardiopatia chagásica e os dados desse estudo apoiam o uso da RMC para estratificar melhor o risco nessa população e, possivelmente, guiar o tratamento. A tese para obtenção do título de doutor teve como orientador o prof. Carlos Eduardo Rochitte, que presidiu a banca examinadora formada por: Victor Sarli Issa; Ibraim Masciarelli Francisco Pinto; José Rodrigues Parga Filho e Marly Maria Uellendahl Lopes.


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IMAGINE’2019 acontece em março De 14 a 16 de março, o Instituto de Radiologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo – INRAD/HCFMUSP realiza no Centro de Convenções do Instituto, em São Paulo, o XVII Congresso de Radiologia e Diagnóstico por Imagem.

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m sua décima sétima edição, o tradicional congresso do InRad-HCFMUSP, que abre o calendário dos principais eventos da especialidade no país, tem o objetivo de congregar e organizar a prática clínica em radiologia. É um evento esperado pelos radiologistas devido ao formato diferenciado e conteúdo científico altamente qualificado, valorizado pelo compartilhamento de experiências e vivências do maior centro de imagem hospitalar da América Latina. A Comissão Organizadora, formada pelos professores Giovanni Guido Cerri, Claudia da Costa Leite, Maria Cristina Chammas e Eloisa Maria Mello Santiago Gebrim, reconhecidos no Brasil e exterior pela atuação e expertise na área, prepararam uma programação científica de alto nível, envolvendo questões, desafios atuais e futuros da radiologia e diagnóstico por imagem, na qual contam com a participação

trabalha com uma nova de renomados convidados realidade profissional, o nacionais e estrangeiros. médico-engenheiro. Tudo O médico-cientista e líder isso e muito mais poderá ser reconhecido internacionalvisto no Imagine´2019, com mente em imagens biomédium forte conteúdo prático cas e bioengenharia, Roderic em ultrassonografia e temas I. Pettigrew, MD PhD, é um da área da imagem diagdos destaques internacionóstica. As novidades não nais, já confirmado para o param e o formato se ajusta Imagine 2019. Pettigrew, que para atender o público, é CEO EnHealth | Health cada vez mais exigente. As Science Center and College dinâmicas das mesas de traof Engineering Robert A Welbalhos estão estruturadas ch Professor and Executive Prof. Roderic I. Pettigrew para oferecer as melhores Dean EnMed | Colleges of condições de aproveitamento dos participantes. Medicine, Engineering and Houston Methodist O Imagine 2019 também oferece aos congressisHospital Texas A&M University, traz para o tas diferenciais como: curso presencial; acesso evento a aula ministrada no RSNA sobre “A on line e mais de 100 horas de conteúdo. Radiologia do Amanhã”. Mais informações e inscrições no site do Na linha de frente dos principais movievento: https://imagine2019.com.br/ mentos inovadores, o prof. Roderic Pettigrew

Cursos Avançados de Radiologia e Diagnóstico por Imagem no InRad

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om mais de 35 cursos programados para 2019 o Centro de Treinamento do InRad abre seu calendário de eventos no próximo dia 22 de março, com o Curso de Ultrassom com Doppler Vascular com aprimoramento da Técnica Diagnóstica, ministrado pelo dr. Joseph Elias Benabou, do Serviço de Ultassonografia do InRad HCFMUSP. Outros três cursos, no dia 5 de abril, Curso de Física Médica em RM, coordenado pela dra. Maria Concepción Garcia Otaduy, e no dia 12 de abril, os cursos de Imagem Vascular e RM Angio TC – Hands on, coordenado pelo dr. Thiago Dieb Ristum Vieira, e o Curso de Ultrassonografia Avançada Sistema Músculo Esquelético, ministrado pelo dr. Felipe Car-

neiro, com aulas práticas darão sequência na programação. Em parceria com o Centro

Dr. Joseph Elias Benabou

de Estudos Radiológicos “Rafael de Barros”, com a Thomas Jefferson Ultrasound Research and Institute e o suporte da equipe médica do Instituto de Radiologia HCFMUSP, os cursos destinam-se a médicos, físicos, técnicos

e tecnólogos, e estão focados em temas de grande interesse para a prática diária, não só na área da imagem, como nos segmentos de Radioterapia e Medicina Nuclear. A programação final, que já está disponível, no site https:// www.sympla.com.br/urlAlias/re nder?alias=centrodetreinament oinrad traz grandes novidades, como temas em Radioterapia, com o Curso Teórico/Prático Aplicação das Técnicas de Arcoterapia Volumétrica (VMAT) e Radioterapia, sob a coordenação da Drª Herbeni Cardoso Gomes; da Física Ana Paula Volet; Prof. Renato Fernandes; Tnl. Kátia Brito de Araújo e Robson Luiz de Souza; e na área de Eco, com o Curso de Ecocardiografia e Ultrassonografia Point–of–Care em Emergência e UTI, coordenado pelos drs. Dalton Souza Barros, Pedro Vicente Mendes,

Leandro U. Taniguchi e Ana Clara Rodrigues. Outro destaque é o Hands On – Estadiamento de Neoplasia de Reto, que tem como coordenadora a Dra.Cinthia Denise Ortega, do grupo de Imagem Gastrointestinal do HCFMUSP e o Curso Hands on de Radiologia Oncológica Hepática do ICESP/INRAD, coordenado pelo dr. Regis França, que discutirá casos de lesões císticas com ênfase no diagnóstico diferencial, critérios de malignidade e de como o radiologista pode ajudar na tomada de conduta clínica. Os cursos serão realizados no Centro de Treinamento do Instituto de Radiologia - Hospital das Clínicas (1º andar - entrada pela portaria 1), na Trav. da Rua Dr. Ovidio Pires de Campos, 75 - Portaria 1, Cerqueira César – SP. Mais informações no e-mail: centrodetreinamento.inrad@hc.fm.usp.br


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INFORMAÇÕES

Ministro da Saúde apresenta planos de gestão com ênfase no SUS

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Ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, logo após sua indicação pelo presidente Jair Bolsonaro, visitou a Faculdade de Medicina da USP e foi recepcionado pelo Prof. Dr. Tarcísio Eloy Pessoa de Barros Filho, Diretor da FMUSP e Presidente do Conselho Deliberativo do HCFMUSP. No encontro, realizado na Sala da Congregação da Faculdade de Medicina da USP, o Ministro Luiz H. Mandetta apresentou as propostas e alguns dos planos de sua gestão, com ênfase para o trabalho desenvolvido pelo SUS – Sistema Único de Saúde, que considera seu principal desafio. “Lutarei pelo SUS. Vou ser o Ministro da Atenção Básica” – disse. Por sua vez, o Prof. Dr. Tarcísio Eloy Pessoa de Barros Filho agradeceu a oportunidade, enfatizando a importância da colaboração de todos para a melhoria das condições de saúde. Em seguida, o Dr. Luiz Henrique Mandetta – que é médico ortopedista e foi deputado federal pelo partido DEM-MS - conversou, em tom informal com Professores Titulares da FMUSP; representantes de entidades e sociedades médicas e dirigentes do setor da indústria farmacêutica. Presentes ao ato, a Profa. Dra. Linamara Rizzo Baptislella, ex-Secretária dos Direitos da Pessoa com Deficiência, o Prof. Dr. Giovanni Guido Cerri, presidente do Conselho Deliberativo do InRad, vice presidente do Instituto Coalizão Saúde e ex-Diretor da FMUSP, o Dr. José Luis Gomes do Amaral, presidente da Associação Paulista de Medicina. Antes do encontro na FMUSP, ele visitou as instalações do InCor – Instituto do Coração.

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Empossada diretoria da FMUSP

m ato solene, o Prof. Dr. Tarcísio Eloy Pessoa de Barros Filho, foi empossado no Teatro da FMUSP, como novo diretor da Faculdade de Medicina da USP, tendo como Vice-Diretor, Prof. Dr. Roger Chammas. A cerimônia contou com a presença do Reitor da USP, Prof. Dr. Vahan Agopyan, do Secretário de Saúde do Estado de São Paulo, na oportunidade e ex-reitor da USP, Prof. Dr. Marco Antonio Zago, e representantes de entidades civis e área médica, dirigentes de outras universidades, diretores e ex-diretores de unidades da USP, professores, estudantes e funcionários. O Prof. Tarcisio Eloy Pessoa de Barros Filho foi Vice-Diretor da instituição de 2014 a 2018, é Professor Titular do Departamento de Ortopedia e Traumatologia desde 2003 e Chefe do Serviço

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de Coluna Vertebral do Instituto de Ortopedia e Traumatologia do HCFMUSP. O Vice-Diretor, Prof. Roger Chammas é docente da Faculdade de Medicina desde 2000, Professor Titular de Oncologia desde 2009 e coordena o Centro de Investigação Translacional em Oncologia do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo. Ao ser empossado, o novo diretor ressaltou a importância da educação integral dos alunos, da ética do profissional de saúde e do atendimento digno, destacando que a gestão 20182022 manterá o foco na humanização, integração, internacionalização, sustentabilidade e excelência do ensino da Instituição, incorporando novas tecnologias e integrando ainda mais os grupos de pesquisa. Também anunciou o encontro FMUSP 2030, a ser realizado em dois anos, para tratar dos rumos da Instituição para o decênio 2020-2030.

FFM: diretoria tem nova formação

Fundação Faculdade de Medicina (FFM) começa o ano de 2019 com novos membros em sua diretoria. O Prof. Dr. Flavio Fava de Moraes continua como diretor geral e assume como vice-diretor o Prof. Dr. José Otávio Costa Auler Jr., que deixa a diretoria da Faculdade de Medicina da USP, depois de encerrar seu mandato de 2014- 2018. Ele sucede o Prof. Dr. Yassuhiko Okay, que ocupava este cargo desde 2003, e agora responderá pela chefia de gabinete da nova Diretoria da FMUSP. A nova Diretoria Geral da FFM tomou posse em janeiro e assume pelo quadriênio 2019-2022. A Fundação Faculdade de Medicina administra os recursos da Faculdade de Medicina da USP e seu Hospital das Clínicas e tem seu trabalho reconhecido pelo Ministério Público e também pelos usuários do Sistema Único de Saúde. O Plano de Trabalho da FFM prevê a continuidade desse apoio e aperfeiçoamento da gestão institucional da FMUSP e Hospital das Clínicas, conferindo maior agilidade, eficácia e credibilidade às iniciativas acadêmicas e de assistência nas áreas de saúde, e sempre voltada, prioritariamente, à manutenção e ao aprimoramento do atendimento a pacientes do SUS, aos programas sociais da saúde e à qualidade de vida da população.


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