JANEIRO,
2020
R$ 10,00
A ERA DAS TRANSIÇÕES:
Carreira, estilo e hair. Como viver bem cada uma delas?
Uma história de superação, de amor a si própria e a demais mulheres
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SUMÁRIO
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Expediente
Sumário
Polyana Martins JORNALISTA RESPONSÁVEL Polyana Loureiro COLABORAD0RES: Anderson Caum DIAGRAMAÇÃO Thais Oliveira ARTE EM LETERRING Polyana Martins DIREÇÃO DE ARTE Renisse Ordine REVISÃO Eduardo José FOTOGRAFIA Adrianny Santoni, Ana Lídia Lopes, Célia Leite, Denise Matias, Estela Baumhardt, Francine Correa, Gisihelle Rogana, Glaúcia Mafra, Jussara Nascimento, Kareemi, Mariana Barbosa, Paula Rodrigues, Talabi Mariana e Yasmin Afif. ENTREVISTADOS Ana Lídia Lopes, Ariany Lopes, Catarina Gonzaga, Célia Leite, Clin Oliveira, Francine Correa, Jussara Nascimento, Marcela Tais, Paula Rodrigues, Rafaela Camelo, Rafaela Monteiro e Yara Naíres. MODELOS Professora Mestre Ioná Marina Piva Rangel ORIENTAÇÃO Faculdade Canção Nova, Curso de Jornalismo, 2019 REALIZAÇÃO
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Kareemi: uma história de amor a si própria e a demais mulheres
A CAPA
Uma mulher doce forte, assim como Talabi
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SUMÁRIO
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LIFESTYLE
BELEZA
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Uma mochileira aos 30 Conhecer novos lugares, pessoas e destinos sem saber a data de voltar para casa e as surpresas que se pode encontrar? Você embarcaria numa aventura como essa?
SEMPRE AQUI #MulheresQueInspiram Mulher de (Lei)tura
A beleza dos fios enrolados com Ana Lídia Lopes Pele negra: os melhores cuidados para uma maravilhosa make up
MODA SOL VÊ SE ME ILUMINA
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A tendências dos anos 50 e 60 E quando o guarda-roupa não te satisfaz? Anatomia de um look atemporal Gisihelle Rogana Da depressão à realização profissional
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EDITORIAL
Uma
edição especial
O
ano de 2019 nos trouxe a inspiração como presente, para que fosse possível realizarmos a produção de uma revista, sob efeitos, de uma edição especial. A revista Modéle, representa um projeto de conclusão de curso, sendo bem recebida pelo público, logo que foi apresentado à essa proposta. É com imensa alegria e satisfação, com sentimento de dever cumprido, que a autora apresenta a primeira edição desta revista, que está disponível em dois formatos: impresso e digital. A escolha pelo título “Modèle” deu-se por ele retratar o objetivo da revista, que é caracterizar uma mulher romântica, elegante e fina: um modelo, sendo este o significado dessa palavra de origem francesa. Assim, temos como compromisso, fazer valer a representatividade da essência feminina e da importância do seu papel na sociedade. Deste modo, podemos afirmar com propriedade que: somos muito mais poderosas, somos incrivelmente, maravilhosas. Para isso, essa edição especial, foi elaborada e produzida especialmente pensando em você. Por entre as páginas, a leitora encontrará matérias que apresentam respostas a perguntas que você pode estar fazendo a si mesma, como: Quem eu sou no mundo de hoje? Qual é o meu lugar seja profissional ou pessoal? É possível e vale a pena realizar uma transição em minha carreira? O que fazer com tantas informações que chegam a to-
do o momento em nossas mãos? Enfrentamos muitos questionamentos, dúvidas e dificuldades próprias do nosso ser. Ás vezes, nós nos sentimos amedrontadas, por tantos embates, e pelos penosos processos de aceitação que enfrentamos, seja pela cor da pele ou o formato do nariz; e até mesmo considerar simples decisões como, por exemplo, voltar às origens de seu cabelo cacheado. É complicado se enquadrar nos padrões de belezas que são impostos pela sociedade, e libertar-se deles é algo que exige muito de nós. Seguindo essa proposta à moda antiga e de tornar belo aos olhos, revelando o que é a real essência de mulher, é que escrevi esta revista, inspirada pela missão e pelos desafios que me foram impostos, os quais exigiram o emprego das experiências adquiridas, nos meus 26 anos de idade. Vivências estas, que me fizeram ser o que sou mesmo passando por inúmeras dificuldades; aceitando os meus defeitos e qualidades, me amando cada vez mais, e me cuidando melhor. Todo esse processo possibilitou que eu fosse à luta todos os dias contra as minhas limitações interiores. Devido a isso, estando prestes a me tornar uma jornalista, decidi produzir uma revista que dialogue com outras mulheres. Assim, nasce Modéle.
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#mulheresqueinspiram
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Moda e beleza para mim são meios de expressarmos quem somos
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As pessoas ficam ainda mais belas quando começam a se descobrir e se vestem e se cuidam de acordo com a essência delas! Transparece para o mundo, é algo natural e fluido! Um meio de mostrar o melhor de si, e potencializar o que já temos de incrível dentro de nós.
Paula Rodrigues @paularodrigues_
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As mulheres mais inspiradoras realmente nos chama a atenção
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Célia Leite
@oficialcelialeite
Estas mulheres que nos chamam a atenção são mulheres que se conhecem e por se conhecerem se vestem de acordo com aquilo que são e que sabem exatamente e que querem passar.
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INSPIRAÇÃO EDITORIAL
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@glau_mafra Moda e beleza são sempre aliadas, andam juntas. Mas hoje penso que o importante é se sentir bem, independente de estar na moda ou ter uma aparência impecável. Com tanta informação que recebemos em nossas redes sociais ficamos perdidos com o que seguir ou fazer. Então o importante é ser essencialmente você mesmo.
Ser feminina é ser guerreira no sentido de buscar a sua essência
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Glaúcia Mafra
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hoje penso que o importante é se sentir bem, independente de estar na moda
“
Ser feminina não é ter vergonha de você. É vestir uma roupa que te faz sentir confortável, é buscar conhecer você na sua essência. A minha busca pela feminilidade me fez descobrir quem eu era para me expressar para o mundo.
Jussara Nascimento @srta.tolkien
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FOTOS: ARQUIVO PESSOAL
DA DEPRESSÃO À
REALIZAÇÃO PROFISSIONAL
Por Polyana Martins
A
pós passar por um período entre crises de ansiedade e depressão, exercendo uma profissão que não mais a satisfazia, a advogada Yasmin Afif, tomou coragem necessária para transformar sua vida. Abandonou a carreira jurídica e investiu em uma nova profissão, a qual trabalha atualmente, cuidando da imagem e da autoestima de outras mulheres; ajudando-as a se redescobrirem, em um novo estilo e aparência. Dar um novo direcionamento a carreira profissional é algo que vem ocorrendo, com maior frequência, entre as mulheres. Pois, elas procuram sempre se inovar, investindo no empreendedorismo e na sua representatividade como mulher e profissional. Os profissionais, atualmente, não se contentam mais em trabalhar visando apenas o dinheiro. Eles querem exercer uma profissão, 10 | modèle
que lhes dê satisfação e faça sentido o empenho para exercê-la. E ainda por cima, pretendem conseguir através do seu trabalho, fazer a diferença no mundo e na vida das pessoas. Yasmin Afif, 29 anos, é a prova dessa nova realidade profissional, em que as pessoas almejam satisfação pessoal a um bom salário. Ela trocou a sua vida acadêmica e jurídica por um trabalho em que ajuda outras mulheres a descobrirem sua imagem e estilo pessoal. “Para mim, a vida jurídica foi a causadora dos meus transtornos de ansiedade e depressão. Eu não me sentia confortável em trabalhar nessa área, ainda que, tenha me dedicado anos de estudo para poder advogar. Sempre me identifiquei e me sentia muito mais realizada ao lidar com a autoestima das minhas amigas, e a observar o modo que elas
CARREIRA
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O mais difícil é tomar a decisão de desistir de algo em que dedicou tanto tempo e em que investiu financeiramente. A sensação de fracasso é enorme e o medo de não ser intelectualmente capaz pode ser incapacitante. Se eu não tivesse apoio da minha família, talvez não tivesse conseguido
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aproveitavam as suas roupas para se expressarem e atingirem as suas metas”. Foi então, que percebi que os meus interesses poderiam ser utilizados em uma nova profissão, conta Yasmin, hoje consultora de imagem. De acordo com dados divulgados pelo Instituto Locomotiva, que trabalha com pesquisa e estratégia, 56% das 33, 3 milhões de pessoas inseridas no mercado formal redirecionariam suas carreiras em buscam da felicidade no trabalho. De um total de 18,42 milhões de pessoas que buscam essa transição, 25% admitem já estarem tomando medidas para efetuar este processo. No caso de Yasmin, ela abandonou a advocacia somente no ano de 2018. O que acabou sendo uma tranquilidade para que ela pudesse se decidir sobre o que faria com sua vida profissional, como também, para procurar por outros cursos que se diferenciavam da sua área de atuação. Não precisando, deste modo, ter que conciliar duas profissões ao mesmo. “É muito difícil optar por abandonar uma profissão, a qual você se dedicou tanto tempo e investiu financeiramente. A sensação de fracasso é enorme, e a dúvida de não ser intelectualmente capaz pode ser constrangedora. Se eu não tivesse o apoio da minha família, talvez não tivesse conseguido”. Pah! Daí em diante Yasmin, viu a vida e o bussiness decolar. Ela conta que sentiu medo de não ser suficientemente boa, mas isso é normal, em qualquer área e profissão, não é? “Mas, na parte prática, tive todas as oportunidades para que eu pudesse definitivamente atuar no mercado” declarou. Para conseguir dar um passo a mais nes-
sa transição, faz-se necessário autoconhecer-se e pensar na carreira em longo prazo. Segundo a consultora de imagem, essas são dicas relevantes. Ela acrescenta ainda que, não é viável investir e empreender sem entender o seu público e a sua concorrência. “Cada experiência é muito particular e eu entendo que algumas pessoas terão muito mais desafios do que eu tive, e que alguns profissionais precisarão conciliar duas carreiras ao mesmo tempo”. Hoje, realizada na área que atua, ela assegura que: “Só posso dizer que é possível ser feliz, quando trabalhamos em algo que amamos. Porém, isso não significa que não haverá problemas ou desafios. Mas, é perfeitamente possível e existem milhões de pessoas que vivem assim”. Quem acredita sempre alcança né, Yasmim? modèle | 11
FOTO: Fabiano Santos
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ENTREVISTA
“Ser miss está muito além da beleza” Gisihelle Rogana
Por Polyana Martins
G
isihelle Rogana! Aos 22 anos, ela é a popular Gigi, a modelo da cidade de Campo Belo, em Minas Gerais. Desde adolescente já conquistava o carinho de admiradores da cidade com sua elegância e simpatia. Sempre um destaque para a região, é dona de vários títulos como Miss Campo Belo Teen, Miss Minas Gerais Teen, Miss Brasil Global Teen, dos quatro concursos de misses, ela conquistou três títulos e em um ficou como finalista, o qual representou o Brasil nas Américas, em El Salvador. Hoje, estudante de direito e agenciada pela LIVE agência, continua a realizar variados trabalhos como modelo no estado e no país. Mas quais devem ser os planos futuros desta jovem que tem uma vida registrada em cliques, daqui pra frente? Gigi, irá nos contar um pouco mais sobre isso, vamos lá! O que é moda e beleza para você? Eu acredito que hoje questões como moda e beleza são vistas de outra maneira. Estar na
moda é usar aquilo que te deixa feliz, ou seja, roupas, sapatos e acessórios que exprimem sua personalidade e te fazem se sentir bem. E beleza pra mim, seria um conjunto de características físicas e internas. A beleza vem de dentro, inclusive as pessoas que considero mais bonitas brilham de dentro pra fora. Além disso, acredito que o mais importante é que a beleza abrange todos os biotipos e não se encaixa em um único padrão. Quais são as modelos que te inspiram? Mencionaria Gisele Bündchen e Alessandra Ambrósio, não apenas pela beleza dessas brasileiras mas pelo comprometimento que as fizeram chegar onde estão. E no mundo miss, duas delas me inspiram Melissa Gurgel, Miss Brasil 2014 e Miss Ceará, e a atual Miss Brasil Júlia Horta, mineira que representa o que realmente é ser miss. Você está cursando direito na Universidade Federal de Lavras. Pretende se formar, atuar no ramo e não mais trabalhar como modelo? Quais os seus planos para o futuro? Eu já fui mais ansiosa sobre isso, mas hoje tento me manter no presente apesar de não
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públicos. A docência também me atrai, então pode ser que depois da faculdade eu continue estudando e me especializando. Acredito que tudo na hora certa se encaminha. Sobre dar sequência na sua carreira de miss, você pretende? Já tive algumas propostas, mas por enquanto tenho em mente que fechei um ciclo como miss de uma maneira muito gratificante. Representei minha cidade, estado e inclusive o país. Com certeza, continuarei modelando e conciliando meus estudos, e se surgir alguma oportunidade no
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mundo miss pode ser eu regresse, ainda mais porque hoje em dia o concurso busca meninas engajadas socialmente e empoderadas, e isso me encoraja bastante. O que você acha da profissão de modelo? Pra mim, é uma profissão que merece muito respeito e admiração. Ser modelo tem a ver com otimismo e resiliência, não desistir dos seus sonhos e se manter sempre comprometida. A vida de modelo é super glamorosa. Que glamour você deixou entrar na sua rotina? E o que não é nada glamoroso na vida de modelo? Um glamour que deixei entrar na minha rotina está ligado a forma automática de aprender a usar as peças que na minha opinião ficam melhores em mim, e fazer diferentes combinações. Por outro lado, a vida de modelo é bastante cansativa e nem sempre glamorosa, muitas vezes são dias cheios de trabalho, fotografando de salto, e mesmo cansada há uma tentativa de estar sempre bem diante das câmeras. E no mundo miss isso também acontece, com muitos ensaios antes dos concursos e uma preparação intensa. Qual é a sua concepção de fé? E de família? Para mim a fé é uma certeza absoluta de que tudo irá dar certo. É uma certeza de que sou guiada e protegida o tempo todo. E apesar de falha e humana, é a fé que me permite rezar todos os dias pedindo pelos meus sonhos, e agradecendo pelos livramentos e por tudo que conquistei até aqui. E família é parte de Deus na terra. Meus
FOTO: Janete Maroli
FOTO: Fabiano Santos
descartar algumas ambições futuras. Acredito que as oportunidades certas surgem no momento certo, por enquanto como modelo procuro me dedicar ao meu trabalho aproveitando cada oportunidade. Sempre me preparando e dando o meu melhor. E sobre a área jurídica, tenho algumas questões em mente, mas nenhuma certeza absoluta. Pretendo advogar por um período e depois prestar alguns concursos
ENTREVISTA
Fonte: Revista Atrevidinha
FOTO: Fabiano Santos
FOTO: Fabiano Santos
FOTO: Fabiano Santos Fonte: Revista Atrevidinha
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pais foram e são fundamentais em cada passo que dei, e por isso sempre tento retribuir tudo isso. E aproveito por fim, para fazer alguns agradecimentos. Aos meus pais Gisele e Heliomar pelo apoio incondicional, meu namorado Alessandro, amigos e demais
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familiares pelo incentivo, meu scouter e representante Athos Fernandes, e as coordenações dos concursos que participei: municipal, estadual e nacional. E a você Poly, pela oportunidade de falar um pouco sobre mim em um trabalho tão lindo. Gratidão!
@lecanovo
ENTREVISTA
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DEIXE A SUA BELEZA REFLETIR
quem você é e esqueça os padrões
Por Polyana Martins
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Quem me dera que a vida fosse feita de ilusão…”, confesso que esta foi a primeira frase que veio a mente para dar o “start” desta matéria. Mas, refletindo um pouco sobre a mensagem que existe neste verso, da música “É preciso saber viver”, dos Titãs, a vida real é recheada de dores, marcas, desafios e dificuldades, situações as quais se deve
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VIDA REAL FOTO: Diego Rodrigues
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dar leveza diante dos ocorridos corriqueiros dos dias, dando menos importância a acontecimentos e sentimentos que não se levará a lugar algum e dando mais atenção para as pequenas coisas ou até mesmo a sua morada interior. Veja só: “Viver é complicado, às vezes é muito raro”, quantas vezes você se pega diante da suas limitações e fica se questionando sobre a vida, tentando entender o para que de tudo, não é mesmo? Mas será que vale a pena? Com certeza é necessário uma reflexão sobre a vida e os comportamentos que se tem diante de fatos dela. Você tem olhado para o seu interior e cuidado dele, para viver com leveza?
Uma mulher forte e otimista que é um exemplo do viver com leveza
Kareemi, 38, sofreu um acidente de carro no ano de 2011, pela gravidade perdeu o braço no mesmo momento do ocorrido, única sobrevivente, ficou em coma por alguns dias e ao acordar se sentiu em paz e confortada por estar viva, diante de viver a aceitação da perda do braço foi mais aceitável. “Eu sou a mesma pessoa antes e depois do acidente, o que mudou foi o braço, e o que aconteceu depois do acidente foi a oportunidade de ter um propósito no meu trabalho, então antes do acidente eu já tinha toda essa visão, essa ideia, a vida me preparou para um acidente que muitas pessoas veriam como fim da linha, não foi o acidente que me transformou dessa maneira, foi a minha vida que me transformou para o acidente vir ou lidar com ele e a aceitação” revelou. Kareemi, conta que não foi criada pelos 20 | modèle
pais, e que esteve em contato com a morte ´do namorado aos 15 anos, “eu não tive em quem me apoiar, me ajudar financeiramente, uma família próxima, agregada com quem eu pudesse contar, acho que todos estes processos fazem parte da minha vida, fazem parte da vida de outras pessoas, cada um tem o seu caminho, mas tudo isso foram pontos que me fizeram passar por coisas desagradáveis por momentos de sofrimento e dor, mas que tam-
VIDA REAL
FOTO: Olímpia Geaboc
te da vida que a gente tem força, tenha como regra passar por momentos difíceis, mas tem uma frase que eu acho que explica muito isso, o que não mata fortalece, então tudo o que eu passei de dif desde a minha infância e passo até hoje e vou passar muito mais, me ajudaram a ser resiliente e a ter e ver tudo de uma perspectiva sempre mais positiva”.
Na real bém me fizeram valorizar a vida, os momentos felizes de alegria e entender que a vida é cheio de altos e baixos mesmo e a gente tem que lidar com isso, né”? Depois de amputada, a jornalista por formação e autora do livro “Viva com Leveza”, é hoje palestrante motivacional e contribuiu com a beleza, autoconfiança e autoestima de mulheres. A profissão e o trabalho da Kareemi foi o que mudou, hoje sua vida, sua história se misturou com os meus propósitos, e são ele que ela ofereço em suas palestras. “Eu trabalho especialmente com mulheres, porque uma mulher sem um dos braços, está fora de um padrão estético que é muito cobrado hoje na sociedade, eu trabalho o amor próprio, a partir dessa forma física”. O ser forte é a característica que há de mais predominante em Kareemi, o que a torna ainda mais bonita. De forma a enfrentar desafios ainda criança a fez se tornar uma mulher muito mais resistente. Ela afirma que, “os processos foram justamente os momentos difíceis, não que seja uma regra que para nós, sermos fortes, mas, entendemos que recomeçar do zero faz par-
“A minha vida é uma vida como qualquer outra pessoa, eu sou mãe, cuido da casa, trabalho, e tenho obrigações como todo mundo, viver com leveza começa primeiro em nós, porque o que acontece na vida a gente não tem muito controle, o que vai acontecer de bom ou de ruim, não somos nós quem ditamos, a gente só tem o controle de lidar com essas coisas de uma maneira mais tranquila, e viver com leveza começa justamente neste pensamento”, disse Kareemi.
E quando se trata de beleza?
“Não é a ausência de uma parte do corpo que nos faz ser menos inteiro, o corpo é só uma representação nossa nessa vida, o que nos faz inteiro é a nossa mente, estando bem e sã, a nossa consciência de que não nós somos o corpo e a nossa inteireza em saber lidar com isso, o corpo não sou eu, então tanto faz se me falta uma perna ou um braço, se eu precisei doar um rim para uma pessoa, não é isso que não me faz ser inteira”, declarou Kareemi. E você está preparado para ser pego de surpresa na vida? Como você tem olhado para ela? É preciso saber viver e viver de verdade, com leveza. modèle | 21
Nós MODA
As modelos vestem Closet Paula Guimarães. Fotos por Eduardo José
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TENDÊNCIAS
TONS PASTÉIS quem não ama tons pastéis, com certeza vai começar amar, eles dão um toque luxuoso ao look e para o verão 2020 são a grande aposta dos estilistas. modèle | 23
Antix R$365
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TENDÊNCIAS
Dentre as tendências da estação, estão o xadrez, o poá, as listras e as flores que sempre têm um espacinho nas coleções de moda verão.
Antix R$520
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TENDÊNCIAS
Neon em TUDO!
E claro que com brilho pode! Calça Seiki R$200 Blusa Top Inocence R$ 200
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Foto: Arquivo Pessoal
Camisa branca com saia pregueada, look completo é brechó. 28 | modèle
À MODA ANTIGA TENDÊNCIAS
a tendência
dos anos 50 e 60 Por Polyana Martins
A
s tendências de modas das décadas de 50 e 60 estão mais vivas do que nunca! Super em alta em pleno século XXI. As peças coloridas, com brilho ou mais discretas e românticas, ombreiras, saias e vestidos midi rodados, com cinturas marcadas, estampas como poá, listras e xadrez, são tendências para o verão 2020. Seja para eventos e ocasiões especiais ou no dia a dia, têm sido os queridinhos das fashionistas deste estilo romântico e à moda antiga. Na opinião de Francine Corrêa, proprietária da loja online, @lasophia, no instagram (Psiu! É tudo feito por ela, confere lá depois), ela acredita que esse movimento de “volta ao passado” está cada vez mais ganhando força e que com o passar dos anos tem visto um crescimento, principalmente, no mundo da moda. Fran procura viver assim, voltando ao passado, não somente nas suas vestes elegantes, mas em sua singularidade, resgatando valores e tradições nos quais podem tornar a vida mais agradável, mesmo estando em um mundo onde a ciência só avança. Segundo ela, retroceder em alguns pontos só poderia fazer bem a nós e ao próximo. “A vida moderna nos faz perceber a beleza que havia em muitas coisas de outrora e que hoje não damos mais a devida atenção. E isso é natural, com tanta superficialidade, buscamos referências de aconchego e sensibilidade do passado. Antes podíamos usufruir de boas músicas, de gentilezas e bons li-
vros”, ressalta a nossa entrevistada vintage.
Moda Vintage versus Retrô
A moda vintage tem como referência décadas com mais de vinte anos atrás. Pode ser algo com cara de 50 anos ou com jeito de 90. Bem diferente do retrô, embora sejam roupas super parecidas. Sabe por quê? Elas são roupas produzidas nos dias de hoje, porém inspiradas em modas antigas. Por isso, o brechó é uma ótima alternativa para encontrar as peças vintages, enquanto nas lojas de departamentos, encontramos a versão atualizada de uma roupa vintage. A moda retrô apresenta duas principais características, que são as responsáveis por conquistar o público e se tornar tendência no mercado, são elas: a versatilidade e a elegância. A versatilidade porque se trata de um estilo que agrada jovens e adultos, os quais podem usar peças que marcaram no decorrer de suas vidas, e ainda por integrar diferentes décadas. Já a elegância fica para tecidos e os cortes de peças que valorizam o corpo. Algumas estampas também podem favorecer isso, tais como, as florais, monocromáticas e o xadrez. Quer aderir as trends? Para te inspirar e dar aquela ajudinha básica, reunimos algumas dicas de peças chaves bem características para você compor um look e quem sabe até um guarda-roupa retrô ou vintage com estilo, vamos juntas?! modèle | 29
Vestido midi rodado
Queridíssimo dos anos 40 e 50, com mangas volumosas e bem marcadas e estruturadas, as famosas bufantes (claro nada exagerado, igual àquela época, né?). Elas foram trend nos anos 80 e agora voltaram ao topo da moda! Os vestidos midi rodados traz aquele ar de romantismo que a gente adora, sabe? Pode se jogar.
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Saia midi rodada
Quando se fala em moda estilo vintage e retrô, a saia midi rodada é a que mais rapidamente vêm a nossa cabeça, porque o look com certeza fica muuito elegante com uma peça maravilhosa como ela. Pode apostar, vai pela gente, tenho certeza que você vai amar e se sentir uma mulher incrível.
TENDÊNCIAS À MODA ANTIGA
Até o nome é uma fofura, não é? São blusas com um tipo de colarinho mais comportado e romântico. Uma graça que só!
A vida moderna nos faz perceber a beleza que havia em muitas coisas de outrora que hoje não damos a devida atenção, e é natural com tanta superficialidade, buscarmos referências de aconchego e sensibilidade do passado. Podemos usufruir de boas músicas, de gentileza, de bons livros
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golas Peterpan
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poá ou floral miúdo
Super em alta nesta estação, o floral e o poá, não deveriam mesmo ficar de fora do vintage e retrô. Aposte nestas estampas, elas deixam qualquer pessoa no estilo anos 50, principalmente, se for um poá. Eu adorei essa!
Sobre cores e estampas
Para compor um look básico e de maneira fácil, aquele que podemos sair usando sem medo de errar, vale cair de cara em tons terrosos ou em tons pastel. Aposte em cores como rosa bebê, azul clarinho, marrom e caramelo.
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@naldo.photo
E QUANDO SEU GUARDA ROUPA
NÃO MAIS TE SATISFAZ, O QUE FAZER? Por Polyana Martins
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ocê já se sentiu incomodada por ir ao trabalho usando uma roupa em que havia algo que não estava combinando? Ou pior, já ficou de cara com o seu armário, por perceber que nem as peças de roupa e muito menos as cores não mais lhe agradavam? Provavelmente, você deve estar se questionando: Como assim, isso pode acontecer? E até mesmo, pode estar se identificando com essa situação: Nossa, eu tenho vivido isso! Pois bem, podemos afirmar que você está descobrindo o seu verdadeiro estilo, e por isso, essas dúvidas estão começando a nortear os seus pensamentos. UAU! Você está em uma fase da transição, etapa em que ocorrem mudanças no íntimo da pessoa, o que vem, posteriormente, a refletir em seu exterior. Certamente, essa 32 | modèle
transformação pode ocorrer de forma intensa ou rápida, sendo, na maioria das vezes, um processo doloroso. Mas, vamos compreender mais sobre assunto, nas linhas que seguem essa reportagem. O inicio dessa transformação, não se baseia em uma transição de estilos, mas envolve também a questão do amadurecimento pessoal, uma vez que, a nossa individualidade tende a não se modificar durante a vida. . As transformações de estilo acontecem, normalmente, porque outra característica passa a predominar, ou seja, a ter mais importância do que a já existente, explica Célia Leite, consultora de imagem humanizada. Inclusive, também pode significar uma busca por algo mais profundo, que precisa ser simbolizado através de formas, cores e textura,
ESTILO TENDÊNCIAS
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Tento comprar em brechós, para incentivar o empreendedorismo das mulheres, e principalmente, o capital de giro para quem valoriza a sustentabilidade. Não deixo de comprar roupas novas mas não gosto de gastar muito para poder repaginar meu guardaroupa com mais frequência”, destacou Mariana
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revelando aquilo que não se possa ser expresso verbalmente. No caso da universitária, Mariana Arndt (22), não foi diferente. Ela afirma que, participar de sessões de terapias, aos 18 anos, a fez despertar para a descoberta de sua verdadeira identidade e estilo, o que veio influenciar diretamente no modo de se vestir. Ela saiu de um estilo básico, quase inexistente, e optou por um estilo romântico, o qual se caracteriza pelo uso habitual de saias e saltos. “Eu não tinha um estilo fixo, usava o que tinha no armário, eram peças que eu ganhava ou que julgava ser bonito, mesmo estando extremamente equivocada”, sorri Mariana ao seu declarar. Segundo a consultora de imagem, o primeiro pilar para o processo de descoberta, é o amadurecimento. Inicialmente esta transição ocorre entre os 18 e 20 anos. Antes disso, a personalidade não está totalmente desenvolvida, e consequentemente, o estilo também não. A partir dos 20 anos é que a personalidade tende a ser tornar definitiva, afirma. Para os especialistas de moda, não se trata apenas de uma peça de roupa, mas sim, de uma definição da identidade, ou seja, na representação visível da personalidade. Há um momento em que essa identidade vai se modificando, e uma peça que você acostumava a usar há cinco anos, pode vir a não mais ser usada, pela falta de significação. Saber reconhecer as suas prioridades e definir o que gosta de usar, contribui para que você consiga investir corretamente no momento de adquirir outra peça de roupa; o contrário também pode ocorrer, quando você não sabe qual é o seu estilo. Neste caso, os gastos tendem a ser exagerados e equivocados. Não há possibilidade de se vestir de forma coerente com o seu estilo, sem antes definir
a sua personalidade. Para que isso ocorra, é necessário olhar para dentro de si, e procurar se conhecer, antes de sair às compras com o intuito de renovar o seu guarda-roupa e investir em peças que você não consiga se identificar. Neste caso, algumas reflexões se fazem necessárias, tais como: Quem eu sou? Qual a mensagem que devo e pretendo passar? Faz sentido? Isso sou eu? “Hoje em dia, é muito mais prático escolher uma roupa quando eu vou sair. Lembro-me que, quando eu não sabia qual era a minha identidade visual, costumava a gastar horas experimentando roupas, até colocar algo que eu não gostava tanto assim, e nem me sentia 100% bem”, reconhece Mariana. Além disso, ela diz se sentir mais livre e confiante na forma atual. “Sinto que as minhas roupas modèle | 33
acabam passando a mensagem de quem eu realmente sou sem precisar que eu fale nada”, continua. A consultora Célia afirma que, “a produção consumista de moda está mudando”. Segundo o site Garotas Estúpidas, criado em 2006, pela blogueira, Camila Coutinho, o hábito de consumo das mulheres entre 26 e 30 anos, vem se modificando, elas estão deixando de comprar em “fastfashion”, e voltando a comprar em brechós. “As pessoas estão se conscientizando de que dá para usar mais roupas, por mais vezes”. Fazer compras em brechós pode proporcionar um consumo sustentável e individual, já no “fastfashion” há uma arara com várias peças iguais, onde é possível escolher apenas o tamanho, diferente do que ocorre no bazar, em que você pode encontrar roupas que ninguém mais está usando, e, além disso, pode combinar várias peças, de acordo com seu estilo. Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), pesquisas comprovam que, as compras realizadas em brechós 34 | modèle
possibilita realizar uma economia que chega a 80%, em relação às lojas tradicionais. “Tento comprar em brechós, para incentivar o empreendedorismo das mulheres, e principalmente, impulsionar o capital de giro para quem valoriza a sustentabilidade. Não deixo de comprar roupas novas, mas não gosto de gastar muito para conseguir repaginar meu guarda-roupa com mais frequência”, destaca Mariana. A consultora também afirma que, é bem comum ter apego. O que ela indica para se iniciar na temida prática do desapego é reunir as amigas e fazer um brechó. Muitas vezes, é possível realizar uma troca de roupas entre pessoas que tem esse mesmo intuito, não sendo preciso, deste modo, gastar dinheiro. Ter estilo é muito mais do que usar uma peça de roupa ou combiná-la, é algo que vem de dentro, é interior, é se descobrir e conhecer. Pode passar o tempo que for necessário, as suas principais características predominarão em sua identidade.
TENDÊNCIAS ESTILO
UM CLOSET ATEMPORAL Por Polyana Loureiro
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s estações mudam, mas geralmente, o nosso guarda-roupa não acompanha essas alterações com tanta intensidade. É interessante – diria até prazeroso- investir em algumas peças novas que estejam dentro das tendências de cada época. Todavia, aconselho que a base do nosso armário, seja composta por peças atemporais, e que essas aquisições por temporada, sejam apenas para acrescentar um ar fashion às composições já existentes.
Em tempos de crise, aumenta a importância de uma conversa sobre o consumo consciente. Para alguém que está sempre falando sobre trends e novidades, posso parecer um pouco suspeita, mas faz parte do meu papel de consultora, demonstrar que a moda nos oferece opções e que também pode nos tornar escravos dela, se nos deixarmos sujeitar a isso. O que pretendemos aqui, não é criticar a aquisição de roupas e novas tendências, mas modèle | 35
| Blazer
essa se tornou uma peça possível para todas as estações, mas sem dúvidas continua sendo uma grande aliada nos tempos de frio. Opte por peças lisas de cores mais sóbrias se quiser garantir uma peça atemporal. GATABAKANA R$ 299
| Camisa branca
Super versátil, a peça vai do trabalho ao lazer sem dificuldades. Vale muito a pena investir nesse item. GATABAKANA R$260
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Look TENDÊNCIAS Atemporal
| Peça em couro da cor preta
Uma boa calça ou uma jaqueta com zíper são sempre bem vindos quando as temperaturas caem, porque essas peças representam duas alterações certas da estação mais fria: tecidos mais pesados e cores mais fechadas. investir nesse item. GATABAKANA, R$ 386
| Jaqueta jeans
eUma forma simples de deixar o look descolado. Pode ser usado como parceiro tênis ou salto. Jeans é fácil de combinar e fica bem em todo mundo. Pode tirar o casaco do armário pra já! ! lança perfume, R$ 637
| Calça jeans
eo item mais incontestável do universo atemporal. Ninguém duvida que um bom jeans pode te acompanhar por anos a fio. Escolha uma modelagem mais reta e lavagem mais escura para aumentar a neutralidade dessa peça. GATABAKANA, R$ 260
apenas relembrar que a moda é uma indústria que está diretamente relacionada ao consumo, quanto mais novidades forem lançadas, maior a probabilidade de venda. Para isso, precisamos desenvolver uma desenvolver uma análise criteriosa de tendências que nos são apresentadas antes de nos submetermos ao consumo imediato. Outro aspecto importante é a possibilidade de montarmos looks incríveis, dispondo apenas de peças clássicas. Investir em peças que podemos usar várias vezes, faz muito bem à nossa conta bancária. Mas, os benefícios, não se apresentam apenas no campo material. A própria tarefa cotidiana de montar novas composições se torna menos difícil. As tendências que são apresentadas, a cada nova estação, são reformuladas, gerando assim, uma série de dúvidas, sobre como podem ser usadas. Caso você tenha peças chaves, que está acostumada a usar e percebe que elas combinam com tudo, as utilize para se aprontar com mais habilidade e rapidez. Vamos mostrar que é possível se vestir bem, mesmo que você não possa sair às compras, pontuando as peças legais que você (sendo homem ou mulher) provavelmente, já tem no seu armário. modèle | 37
Clin Oliveira
veste: @meninapreciosaphb Foto: @messiassamuel
Paula Rodrigues
veste: Zara Foto: Ribamar Rodrigues
Clin Oliveira
veste @amelieloja_ Foto: @messiassamuel
Célia Leite
Foto: @babinakata
Ana Lídia Lopes
Foto: ARQUIVO PESSOAL 38 | modèle
MoodBoard
Francine Corrêa veste: LaSophie
Foto: Arquivo Pessoal
Jussara Nascimento
veste: Sonho das Marias (@sonhodasmariasoficial) Foto: Filipe Lima
Rafaela Camelo Foto: @ronielobato
Foto de calça: Arquivo Pessoal
M O O D B OA R D
Marcela Tais
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BELEZA
Uma mulher doce e forte,
assim como Talabi Por Polyana Martins
Q
uantas vezes em nossa vida enfrentamos situações difíceis e passamos por processos que são dolorosos a nossa alma, mas necessários para que nos tornemos fortes?
Quantas vezes ouvimos de pessoas ou até mesmo de vozes dentro de nós, que você é isso e aquilo e, que não vamos conseguir? Na maioria dessas circunstâncias são palavras ditas com a pretensão de nos diminuir e, com isso, a vida vem e se oportuniza da situação. Reforçando esse sentimento de inferioridade, modèle | 41
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dessa descoberta, ela passou por dificuldades quando percebeu que era uma criança diferente. Uma descoberta que mudaria o rumo de sua vida e, principalmente, de sua história. Aceitar o vitiligo, aos cinco anos, quando apareceu a sua primeira manchinha, não foi um processo fácil. “Eu comecei a perceber que eu era diferente “demais” para as outras pessoas, quando ia brincar com as crianças, os pais as tiravam de perto de mim e, se eu encostasse, eles limpavam rapidamente, onde eu tinha colocou a mão”, declara. O vitiligo, segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SDB), é uma doença caracterizada pela perda da coloração da pele. As lesões formam-se devido à diminuição ou
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Eu comecei a perceber que eu era diferente “demais” para as outras pessoas, quando ia brincar com as crianças, os pais as tiravam de perto de mim e, se eu encostasse, eles limpavam rapidamente, onde eu tinha colocADO a mão
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fazendo-nos descrente de nossa capacidade. Diariamente, muitas mulheres são persuadidas por palavras desse tipo, que as inferiorizam. Quanta capacidade tem uma só palavra, ela pode instigar uma tragédia ou trazer uma fortaleza, não é mesmo? Diante desta realidade, contamos a história da Talabi, 25 anos, profissional de Rádio e TV, uma mulher negra, que em dose dupla, precisou enfrentar preconceitos, principalmente, por ter um charme para chamar de seu, o vitiligo. Uma mulher forte, que deu seu grito de liberdade e se aceitou exatamente como é. Existe um padrão de beleza imposto pela sociedade que afeta a vida muitas mulheres, segundo um estudo realizado pelo Núcleo de Doenças da Beleza da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), a Universidade Veiga de Almeida e a marca Dove, em 2016, mostrou que, no Brasil, 71% das mulheres se sentem pressionadas para serem perfeitas. Além disso, oito em cada dez das quatro mil mulheres entrevistadas, entre 18 e 64 anos, já evitaram um compromisso social por não se sentirem bem com o próprio corpo. A pesquisa também apontou que, 82% das mulheres revelaram que gostariam de ver outros perfis femininos explorados em campanhas publicitárias, representando etnias e faixas etárias. Por acreditarem que, essa mescla influencia a quebra de preconceitos e, seria um estímulo para que, cada vez mais pessoas se amem como são. O ambiente social também não é favorável para que a nossa autoestima seja fortalecida. O contexto social, no qual estamos inseridos, é extremamente rígido, em relação aos padrões estéticos. Há preconceito se você é magro (ou não), gordinho, alto, baixo, negro. A menina Talabi, cresceu, descobrindo-se, mais tarde, uma mulher forte. Porém, antes
à ausência de melanócitos (as células responsáveis pela formação da melanina, pigmento que dá cor à pele) nos locais afetados. Ele é caracterizado por manchas brancas na pele com uma distribuição bem própria e o tama-
BELEZA
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Não sei se me considero uma mulher forte, mas fraca, eu sei que não sou
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nho destas manchinhas é bastante variável. O Ministério da Saúde, afirma que, cerca de quatro (4) milhões de pessoas sofrem dessa doença dermatológica no país e no mundo, a incidência do vitiligo abrange de 1% a 2% da população. Talabi também conta que, durante a adolescência usava roupas apertadas do tipo sensuais (o que não tem nada a ver com ela hoje) para chamar atenção para o seu corpo, já que ela não era uma pessoa “bonita”, chegou até
a manipular uma base, para tentar esconder suas manchas, o que segundo ela, não teve muito sucesso, pois era trabalhoso cobrir tudo. Em busca pelo tratamento ideal, foi o de fototerapia, com PUVA (terapia usada na dermatologia no manejo da psoríase e vitiligo desde 1947), o que mais deu resultado, segundo ela. Fez uso de chás, banhos de sol, pomadas e usou tudo o que falaram que serviria para tratar o vitiligo. Foi nesta fase, inclusive, que ela começou modèle | 43
a perceber o preconceito – em dose dupla, já que Talabi Mariana é uma mulher negra que tem vitiligo. O preconceito por ser uma pessoa negra já existia, mas por ter ciência dos seus valores, isso não a incomodava, apesar de ser do sul do país, onde o estereótipo de pessoa de pele branca e olho azul é o que predomina: “Minha mãe sempre me ensinou a me amar, mesmo quando eu não acreditava, sabia que a semente era plantada no meu coração”, afirma a mulher forte. Talabi relata que fugia de fotos e não gostava do que via no espelho, “eu não era considerada bonita e o olhar das outras pessoas era assustador. Os meninos me achavam feia, colocavam apelido em mim, foi uma fase difícil. Minhas amigas de verdade sempre tentavam me animar, mas elas também estavam enfrentando suas próprias formas de se aceitarem”. O fato de ter que enfrentar olhares alheios, rejeições e até mesmo lidar com piadinhas e apelidos destrutivo, fez com que Talabi acabasse colocando o vitiligo como uma questão central de sua vida, como se suas atitudes e decisões girassem total em torno da condição de se ter um corpo “diferente”, trazendo consequências, como a insegurança e a dificuldade de ser aceita. Mais tarde, depois dos 18, o processo de se assumir, começou a ganhar um peso maior sobre a imagem que Talabi via no espelho. Ela começou a se dar conta da beleza que existia escondida, por trás dos padrões que insistiam em ditar o que é belo dentro dela. “Foi um processo longo para mudar, eu era muito fã da Demi Lovato, ela fez um livro com frases diárias, no primeiro dia, era para criar um mantra e colocar no espelho, o dela era um salmo em que dizia que de modo admirável Deus a tinha criado, no meu, fiz duas frases: “seja linda independente da 44 | modèle
circunstância” e “I have to believe in myself ”, todos os dias eu lia essas frases, até que eu acreditasse que era verdade” com muita leveza revelou ela. Depois deste exercício diário, de olhar para si mesma e se encarar em um espelho, Talabi tem colhido bons frutos todos os dias. “Cada dia estou a um passo mais perto de gostar cada vez mais de mim, aprendi a ressaltar o que tenho de belo e não dar tanta importância ao que eu não gosto tanto. Minha autoestima demorou a ser mais equilibrada, não acho que tenho 100%, sempre tem uma coisa ou outra que a gente quer mudar, mas me sinto bem com o que eu olho no espelho”. Antes de tudo, para que se tornasse uma mulher forte, ela precisou passar pela fraqueza. E com a gente isso também acontece, às vezes, precisamos ser fracos para nos tornamos fortes. “Não sei se me considero uma mulher forte, mas fraca, eu sei que não sou. Considero que cada dia é uma oportunidade para evoluir”. Ela declara que, a decisão por gostar de si mesma, faz parte de um processo de aceitação, o qual ela se esforça para dar o seu melhor, o que a faz ser mais forte. “Sendo assim, passei a entender que as pessoas iriam me admirar a partir daquilo que eu já amava e é aceito em mim”, afirmou. E a base para Talabi saber sempre quem ela era, veio do apoio familiar e, mesmo, sem que talvez entendesse, nunca a deixaram se sentir menos do que ela era. Veio da mãe, que sempre a ensinou a se valorizar e a se gostar do jeito que é, e de sua avó, que ela recorda com muito carinho, dizendo ter sido ela, a pessoa que a incentivou a crescer, a andar arrumada e a estuda. “A beleza é aquilo que, quando você olha, mexe com a mente e o coração, algo que dá prazer de olhar”, finaliza a doce Talabi Mariana.
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BRILHA
MULHER Por Polyana Martins
Q
uem nunca ficou na dúvida se a sua base, pó e corretivo estaria de acordo ao seu tom de pele, correto? Quem tem pele negra, principalmente, passa por algumas dificuldades para descobrir quais são os produtos ideais. Para isso, estar por dentro das dicas de maquiagem para pele negra irá auxiliar e muito, no momento de adquirir o produto perfeito. Antes de continuar lendo a matéria, se liga, nesta dica certeira: se você encontrou sua base, vai encontrar o corretivo, o pó, iluminador, blush, tudo! Opa, aí sim! Encontrar a tonalidade perfeita para arrasar no visual exige certa dedicação e paciência, pois nem sempre há no mercado grande variações de cores e texturas. “Uma pele negra demanda muito cuidado, ela pode ter vários tons no mesmo rosto, por isso é preciso seguir exatamente o tom 46 | modèle
e o subtom da pele em cada parte do rosto”, afirma Glaucia Mafra, maquiadora profissional, que conversou com a Modéle para tirar nossas dúvidas na hora de maquiar e descobrir o tom adequado para a sua pele, facilitando, assim, o nosso dia a dia. Logo, fomos atrás de mulher maravilhosa, de pele negra, para produzirmos uma “make pah”, testando cores para demonstrar que é possível usar uma maquiagem incrível e leve, para ressaltar a essência da beleza que vem do interior. “Equilibrar e contrastar uma sombra com tons de pele e da roupa garante uma vibração muito mais viva na make. O segredo de uma maquiagem é o contraste, ele é muito importante”, salienta Adrianny Santoni, maquiadora.Então, se você quer dicas para descobrir os tons adequados para sua pele, realçar sua beleza e acertar definitivamente na maquiagem, vem com a gente!
BELEZA
A dicas de maquiagem mais importante é dispor dos produtos certos. Investir na preparação da pele é o primeiro passo para acertar de vez no visual e acrescentar cores, permitindo ousar nas combinações. A pele negra também precisa de hidratação, use produtos hidratantes e água termal. 1.Água Micelar, R$34, Hidramais. 2.Tônico, R$29, Nívea. 3.Pur-lisse hidratante, R$250.
Veja só as dicas e os produtinhos que usamos para preparar a pele e a sombra maravilhosa que usamos nos olhos.
Para escolher o tom ideal de sombra é necessário testar na parte de cima da mão. Se a sombra ficar em um tom frio, provavelmente não ficará interessante nos olhos. As sombras ideais são as que ficam com tons mais quentes. 5. Mark Gel Delineador, R$ 19, AVON 6. Pigmento, azul, R$13, Lotus.
3.Base True Match, W8 e W10, R$ 75, L’oreal Paris. 4.Pó, Medium Deep, R$165, Laura Mercier.
FOTOS: ARQUIVO PESSOAL
A mesma dica da base vale para descobrir o pó ideal, sobre tons e texturas, procure sempre subtons alaranjados, fuja dos fundos rosados e acinzentados. Dê preferência para pós com fundo amarelo, e sombras em tons quentes.
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A beleza dos
fios enrolados com Ana LĂdia Lopes
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BELEZA
Por Polyana Martins
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e você tem cabelos enrolados, com certeza (alguma vez na vida) já quis ter um cabelo liso, não é mesmo? Da mesma forma quem tem cabelo liso quer cachear. Mas porque não se aceitar como é? Em tempos de transições, de quebrar padrões e assumir quem você é, até transparecer no exterior, como o desejo de voltar as origens do cabelo por exemplo, tem se fortificado cada vez mais. A blogueira e cacheada Ana Lídia Lopes, (20) assume ter sido difícil sua transição capilar e revela ter tentado levar da forma mais leve possível, ela decidiu iniciar o processo porque o cabelo estava muito danificado de químicas e sua autoestima lá em baixo. “Minha mãe sempre me apoiava e me ajudava muito! Decidi compartilhar essa fase no meu blog, e foi aí que as meninas começaram a se inspirar na minha história, e saber que eu estava ajudando outras meninas era uma das coisas que mais me motivava na transição”. Com certeza você já deve acompanhar a Ana aí pelas redes sociais, não é? Ela é a “top” das influenciadoras neste ramo das madeixas enroladas, e claro que queremos dicas dela, não é? Então vamos lá!
O day after é uma grande dificuldade para você?!Acordar com o cabelo no outro dia bagunçadinho é normal! Mas a dica é dormir com uma fronha de cetim, e no dia seguinte usar um spray umidificador para ativar os cachos, ou se jogar nos penteados e acessórios! Uau, que truque! Nossa, estou perdida! Por onde começar a cuidar dos meu cachos? Quando se está no início normalmente o cabelo fica “carente” de cuidados, e para isso é importante uma máscara de tratamento, bem potente além de um produto que possa ajudá-lo a modelar mais o fio como: gelatina ou gel. Produto ideal para cada cacho tem? Cada cabelo é de um jeito, então para os ondulados a sugestão é produtos mais leves, os cacheados com produtos “meio termo” e os Crespos com produtos mais concentrados, com mais óleos. É importante lembrar que vale sempre testar, pois além do tipo de cabelo, cada pessoa tem um gosto, com mais ou menos volume, por exemplo. A Transição capilar Na fase da transição capilar o cabelo fica com duas texturas, “e eu sei o quanto é complicado” afirma a blogueira! A dica é usar e abusar de penteados e acessórios, eles disfarçam super as duas texturas. Outra dica é você se olhar por inteiro: se arrume, fique linda, faça uma maquiagem, coloque um colar/brinco, escolha uma roupa que você gosta... E claro, seja uma mulher de virtudes, assim a sua beleza brilhará! Sobre ter orgulho de ser cacheada “Não sou melhor nem pior por ter passado pela transição”, diz Ana. Que continuou, “hoje uso meu cabelo natural, mas, entendo que, se eu quiser usá-lo liso, fazer uma escova, não há problema algum nisso. O problema é quando fazemos algo e nos tornamos escravas daquilo: anos atrás quando eu alisava o meu cabelo era quase uma escravidão, eu não me sentia bem... hoje tudo é diferente, tudo mais leve! Pois eu realmente compreendi a essência da beleza. A beleza feminina é um dom de Deus, e ela tem que estar no nosso interior e nosso exterior”.
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Foto: Arquivo pessoal
UMA MOCHILEIRA
aos 30
Conhecer novos lugares, pessoas e destinos sem saber a data de voltar para casa e as surpresas que se pode encontrar? Você embarcaria numa aventura como essa? Por Polyana Martins Sair para viajar sem destino certo e livre de datas e horários pode ser uma boa oportunidade para quem quer se surpreender com lugares inusitados e conhecer pessoas diferentes e interessantes. Porém, sair pelo mundo de forma independente, liberto de horários e roteiros definidos, não é algo comum a todas as pessoas. Mas, é você, estaria disposta a embarcar em uma aventura como essa? A goiana de 30 anos, Denise Mathias, a Brisa, como gosta de ser chamada, atualmente é uma mochileira que ama viajar por todo o Brasil, na companhia de amigos que encontra por onde passa. “Eu fiz muito mais amigos nesta viagem de um ano e meio do que consegui em toda a minha vida. E como eu sobrevivia? Levava uma vida normal, mas a minha rotina e os problemas do cotidiano acabaram por afetar a minha qualidade de vida”. A grande mudança em sua vida aconteceu quando estava prestes a completar 29 anos, e decidiu se presentear com uma viagem, saindo pela primeira vez sem a companhia de seus amigos habituais. “Eu nunca quis viajar sozinha” ressalta a mochileira, que para conseguir realizar um 50 | modèle
passeio, tinha que esperar que as suas datas coincidissem com as de seus amigos, o que infelizmente, não ocorria. “Foi uma fase em que muitas coisas aconteceram, e eu precisava de uma mudança significativa e aí optei por ir à praia sozinha, porque eu ainda não conhecia o mar”. Depois dessa experiência, não parou mais, e tornou-se uma mochileira. Assim como outras mulheres que curtem viajar neste estilo, ela se sente realizada vivendo dessa maneira “Eu achei que seria bom viajar sozinha, para me conhecer melhor e ter momentos de paz comigo mesma, e consegui”, conta Brisa, com um ar de leveza, como quem fez uma escolha por um estilo de vida perfeita. O Ministério do Turismo aponta que, umas em cada sete brasileiras que tem a intenção de viajar nos próximos meses, elas pretendem fazer isso sozinha. O que vem a representar 14% das mulheres que costumam fazer planos de viagem. Para mulheres mochileiras, assim como a Brisa, há hostels espalhados por vários
VIAJAR
da por cima, contribuem, para que os seus hospedes interajam com pessoas de diferentes lugares. Nas idas e vindas pelas estradas em que foi realizada esta reportagem, fizemos uma parada na bonita cidade de Porto Alegre, Capital do Rio Grande do Sul, região que está localizada no Sul do Brasil, onde conhecemos a Brisa, que atualmente trabalha e reside, no Solar 63, um hostel. A gerente, Estela Baumhart, comenta que vem passando por um período, em que algumas meninas, trocam trabalho por hospedagem, como é o caso da Brisa. “Elas ficam em torno de 2 a 6 meses e teve uma que, inclusive, ficou quase um ano”, declara. Para que casos assim se tornem mais frequentes, estão disponíveis na internet, diversas plataformas colaborativas que tem por finalidade, conectar anfitriões do mundo inteiro com os futuros viajantes, que pretendem oferecer os seus serviços em trocas de hospedagem. Além de proporcionar essa interação, elas também contribuem para
locais do mundo, que estão prontos para receber os viajantes e oferecer a eles alojamentos com diárias e temporadas a um preço bem acessível. Além disso, essa variedade proporciona ao viajante escolher um hostel que tenha um estilo que melhor combine com a sua personalidade, e ainmodèle | 51
VIAJAR
que as pessoas possam planejar uma viagem mais econômica e ter uma permanência mais longa, onde poderão ter uma relação mais estreita com as pessoas nativas, imergindo culturalmente nos modos, do local escolhido. Outro fator relevante, é que para conseguir essa permuta, o futuro viajante, terá a oportunidade de desenvolver novas habilidades, que sejam úteis para oferecer ao seu anfitrião. Porém, não são apenas os hostels que participam deste sistema colaborativo, mas também pousadas, ONGs, comunidades e projetos ecológicos, nos quais os viajantes podem oferecer seus serviços e receberem em troca, uma hospedagem gratuita, em que também estão incluídas alimentação e outros benefícios. Segundo o Ministério do Turismo, a rede HI (Hostelling Internacional) possui mais de 100 mil associados pelo Brasil, os quais usufruem das 92 unidades disponíveis, que oferecem 6,5 mil leitos de hospedagem, em todo o território nacional. Consta que, o faturamento direto dos hostels no país, chega a R$35 milhões ao ano, considerando que essa quantia, deve-se a cobrança de uma diária, que custa, R$30 reais, sendo esta, uma das mais baratas da categoria. Também estão disponíveis na internet, outras plataformas que podem ser consultadas, e que estão conquistando o mundo, por apresentarem uma proposta de viagem e trabalho, fundamentados na colaboração e na construção de relacionamentos honestos. Algumas dessas plataformas são: o wordpackers.com, um site desenvolvido por brasileiros, baseado em troca não monetária, buscando, deste modo, construir uma comunidade global sustentável; o wwoof.net , com52 | modèle
pletamente focado na hospedagem em troca de trabalho em fazendas orgânicas ao redor do mundo; e o workaway.info, indicado para quem busca experiências ecológicas e vivências em fazendas, conectando voluntários, viajantes agricultores e produtores orgânicos com o intuito de proporcionar experiências culturais e educacionais. Os viajantes, geralmente, prestam serviços aos hostels, prontificando-se a receber os outros hospedes, auxiliando nas atividades da casa, tais como: preparando e servindo refeições, ajudando na limpeza, dentre outras tarefas domésticas. Como também, podem exercer trabalhos, para os quais são exigidos conhecimentos prévios e específicos. Brisa, que já viajou por seis estados, diz que estará, novamente, na estrada daqui a alguns meses, pronta para permanecer por algum tempo, em outro hostel. Ela sairá de Porto Alegre e retornará a Bahia, o seu primeiro destino ao se iniciar na mochilagem, para matar a saudade da água do mar. Depois, seguirá para Goiás, onde a sua família lhe espera para festejarem o aniversário de sua irmã. Em seguida, partirá para a sua primeira viagem internacional pela Europa. Aos interessados, em adotar esse estilo de viagem, Brisa assegura que antes de sair por aí com o mochilão nas costas, primeiramente, deve fazer uma pesquisa para definir destinos que combine com o seu estilo, embora que, todos os destinos sejam válidos. “Mas, a pessoa precisa refletir sobre algumas questões, antes de planejar a sua rota, por exemplo: verificar os caminhos que pretende percorrer, calcular o tempo disponível que terá para viajar, e o dinheiro que possuem para realizar o passeio, pois alguns lugares são mais caros e de difícil acesso do que outros”, afirma.
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LEITURA
edição as dicas das nossas leitoras irá deixar Nesta você apaixonada pelos livros da autora Jane Austen Mulherzinhas
Talvez você não tenha ouvido falar de Louisa May Alcott, mas deve ter ouvido a respeito de Jane Austen. Pode ser que não tenha visto o filme “Adoráveis mulheres” de 1994, estrelando Winona Ryder, mas talvez tenha visto “Lady Bird” de 2017, dirigido por Greta Gerwig. Ao longo das páginas de “Mulherzinhas”, o leitor entenderá o que une essas obras: fortes personagens femininas que marcaram e continuam a marcar gerações. Acompanhe as aventuras, dores, desilusões amorosas, perdas e aprendizados das irmãs March e descubra o que torna esse livro um dos mais queridos e relevantes da literatura mundial. (Saraiva R$ 51,90)
Razão e sentimento de Jane Austen
”A permanência num local em que tudo lhe trazia à lembrança a felicidade passada era exatamente o que melhor lhe satisfazia o espírito. Nos momentos de alegria, nenhum temperamento podia ser mais alegre que o seu ou possuir, em mais elevado grau, aquela calorosa expectativa de felicidade que já é em si a própria felicidade. Contudo, na dor era igualmente arrebatada pela fantasia, e deixavase arrastar para além das possibilidades do consolo, do mesmo jeito como se deixava elevar pelo prazer nos momentos de júbilo.” (Saraiva R$ 51,90)
Orgulho e preconceito
Orgulho e preconceito é o livro mais famoso de Jane Austen e possui uma série de personagens inesquecíveis e um enredo memorável. Austen nos apresenta Elizabeth Bennet como heroína irresistível e seu pretendente aristocrático, o sr. Darcy. Nesse livro, aspectos diferentes são abordados: orgulho encontra preconceito, ascendência social confronta desprezo social, equívocos e julgamentos antecipados conduzem alguns personagens ao sofrimento e ao escândalo. O livro pode ser considerado a obra-prima da escritora, que equilibra comédia com seriedade, observação meticulosa das atitudes humanas e sua ironia refinada. A nova coleção possui capa dura e estilo inspirado nos bullet journals. (Saraiva R$ 35,90)
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LEITURA
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Closet Paula Guimarães
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