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jornal regional de grande informação
28 OUT - 10 NOV 2005
Ano VI ¦ Nº 141 ¦ Quinzenal ¦ Director: Artur Bacelar ¦ Sai às Sextas ¦ 0.50 =C IVA incluído ¦ Porte
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Aeroporto século XXI
Já está em funcionamento a nova gare do aeroporto Francisco Sá Carneiro. A totalidade da remodelação só estará pronta em 2006 com a nova “plataforma logística” que unirá as estruturas portuárias e rodoviárias. Ainda este ano o “Sá Carneiro” será o único da região Norte e Galiza a ser servido pelo Metro, com a linha Violeta (Porto-Póvoa).
MUDANÇA DA HORA HORÁRIO DE INVERNO
SÁBADO para DOMINGO ÀS 2 HORAS ATRASE O SEU RELÓGIO 60 MINUTOS
Índice das freguesias Águas Santas . . . . . . . . . . . . . . . . .14 e 16 Barca . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .15 Folgosa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .15 Moreira . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .13 e 16 Silva Escura . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .16 Vermoim . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .15 Vila Nova da Telha . . . . . . . . . . . . .12 e 13
a opinião de... Gil Ramos . . . . . . . . . Joaquim Jorge . . . . . Luís Clemente Ribeiro Nelson Ferraz . . . . . . Orlando Leal . . . . . . .
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importa-se de repetir... «Talvez estejam envergonhados» Sousa Dias, Presidente da Junta de Freguesia de Silva Escura, referindo-se à ausência dos dois elementos socialistas na tomada de posse.
“Nova” Câmara toma posse amanhã Os autarcas eleitos nas listas concorrentes à Câmara Municipal da Maia, tomam posse amanhã. Com algumas novidades, no novo executivo os vereadores socialistas não tem pelouros. O MaiaHoje dá-lhe conta de tudo nesta edição.
«Quero acabar com a anarquia no Pedrouços» É este um dos grandes objectivos do novo presidente do Pedrouços A.C., José Barbosa, que toma posse de uma Comissão Administrativa. Em entrevista ao MH, deu a conhecer que pretende responsabilizar criminalmente as duas anteriores direcções DESPORTO
«Em termos autárquicos o meu abandono é definitivo» Quem o afirma é Jorge Catarino, o ex-candidato Socialista à Câmara da Maia que renunciará amanhã ao seu direito de assumir um lugar no novo executivo municipal. Não abandonando a política, antes pelo contrário, afirma já estar empenhado na eleição de Mário Soares. pag. 6 PUB
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e
escrito
“O PS a nível nacional também não ajudou nada. O Jorge Coelho veio a Valongo e Matosinhos e não veio à Maia” Joaquim Jorge, responsável do PS Maia, sobre o resultado obtido nas eleições autárquicas.
“Este é um dos problemas dos Partidos Políticos. Negoceiam-se os lugares e depois meia dúzia trabalham” Joaquim Jorge, responsável do PS Maia, sobre a composição das listas às Autárquicas.
“Fomos apanhados de surpresa. Para nós, isto é inaceitável porque o Tribunal não tem condições de funcionamento”
PÁG. DOIS
Já no fecho desta edição, tomei conhecimento que a pequena Maria João já conseguiu a sua cadeira de rodas e que o MaiaHoje terá tido papel importante na sua obtenção. Ficamos obviamente felizes, endereçamos aqui os nossos parabéns à pequena maiata e família que, à falta de cura, terão a sua vida mais facilitada. Parabéns de todos os que aqui trabalham. É do conhecimento de todos que nos últimos meses, fruto do término de um ciclo de gestão, muitas foram as obras e equipamentos inaugurados. Estas “obras” são também e em primeiro lugar fruto do trabalho de milhares de contribuintes. Acontece que, fruto da sua inocência, grupos de jovens têm sistematicamente vandalizado e destruído o património que é de todos, havendo já vestígios desta “moda” nos últimos equipamentos inaugurados que temos vindo a noticiar. Em situações como esta, com atitude pedagógica, até porque se trata de jovens, entendo que a Polícia Municipal poderá intensificar a sua vigilância nomeadamente à noite. Este é um assunto para o qual tenho a certeza o novo executivo da Câmara Municipal da Maia levará em atenção e em especial o futuro vereador do pelouro, Mário Nuno Neves, que a meu ver é a pessoa certa para colocar “ordem na casa”. Já que escrevo sobre o novo executivo, gostaria de felicitar o engenheiro Bragança Fernandes pelas escolhas que efectuou e das quais o MaiaHoje dá notícia nesta edição. Quanto à oposição, agora que Jorge Catarino “encostou as botas”, deve-lhe ser feita justiça interna e externamente, pelo trabalho de anos como principal líder oposicionista.
Paulo Ramalho, representante da Ordem dos Advogados na Maia, sobre a não inclusão do Palácio da Justiça no Piddac.
artur bacelar ¦¦ director
editorial Polícia Munícipal
WORLD PRESS PHOTO 05
6-27 NOVEMBRO
«O Pedrouços AC pagou 62 mil euros às finanças sem necessidade nenhuma. Essa multa aplicou-se porque se esqueceram de meter o “modelo 22”».
FÓRUM DA MAIA
José Barbosa Ramalho, Presidente da Comissão Administrativa do Pedrouços Atlético Clube, em entrevista ao MaiaHoje
objectiva Título: Cheira a metro...
por: raul silva raul@maiahoje.pt
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Um Aeroporto para a próxima década Nova aerogare do Aeroporto Francisco Sá Carneiro foi inaugurada, num investimento de quase 300 milhões de euros. Obra ainda não está finalizada, esperando-se que o término se dê em 2006. ANTÓNIO MANUEL MARQUES (TEXTO) RAUL SILVA (FOTO)
Seis anos depois do seu início, a nova aerogare do Aeroporto Francisco Sá Carneiro foi finalmente inaugurada com toda a “pompa e circunstância” contando com a presença do primeiro-ministro José Sócrates e do ministro das Obras Públicas, Mário Lino. Com um custo aproximado de 300 milhões de euros, a estrutura aumenta a capacidade do aeroporto para seis milhões de passageiros por ano, o dobro da actual. O movimento das pessoas faz-se agora por dois pisos, com as chegadas no piso inferior e as partidas no piso superior que possui um acesso rodoviário privilegiado. Tendo a aerogare entrado em funcionamento à cerca de duas semanas, as obras apenas devem terminar para o próximo ano, incidindo agora nos acabamentos da zona das chegadas. Esta intervenção teve por base um plano de pormenor projectado para 30 anos, como explicou o arquitecto da obra, João Leal, “o plano está dividido em três fases. A primeira eleva a capacidade para seis milhões de passageiros por ano, a segunda para 11 milhões e a terceira para 15 milhões”. Segundo os responsáveis, esta primeira fase antecipa a capacidade do aeroporto para um
período de dez anos. De acordo com o Director do Aeroporto, Fernando Vieira, o crescimento previsto para este ano ronda os sete por cento, sendo que o objectivo seria “chegar aos dois dígitos”. Acompanhando esta tendência de crescimento, os lugares de estacionamento automóvel do “Sá Carneiro” aumentaram de 500 para 2500, tal como o parqueamento de aviões, que passou para 35 espaços.
construção de uma plataforma logística, “uma das componentes essenciais é o investimento previsto para a plataforma logística de forma multimodal ligada ao porto marítimo e rodoviário para atrair iniciativa e dinamismo económico para esta região. O grande desafio será agora rentabilizar esta estrutura”, concluiu o primeiro-ministro.
“O grande desafio será agora rentabilizar esta estrutura”
O Aeroporto Francisco Sá Carneiro será igualmente o único a ter uma estação de Metro “à porta”. Fazendo ligação à linha da Póvoa, o Ramal do Aeroporto, ou linha Violeta, fará a junção entre o Aeroporto e a Estação dos Verdes. A via tem cerca de 1,2 km e foi avaliada em 42 milhões de euros. Quanto a prazos, entre o final deste ano e o início de 2007 deverá ter lugar o início do funcionamento. Aliás, esta foi uma vertente elogiada pelo Presidente da Câmara Municipal da Maia, Bragança Fernandes, que também acompanhou a inauguração da nova aerogare, «é o unico aeroporto da região que vai ser servido pelo Metro. É um privilégio e dignifica a Maia».
A presidir a esta inauguração esteve José Sócrates que classificou a nova aerogare como primordial para a competitividade da região, “é de uma grande importância estratégica. Era imperioso que se fizesse para manter os níveis de influência e ambição desta região. Nenhuma economia se desenvolve sem pensar a área dos Transportes. O Porto precisa deste investimento”. Para além da vertente mais ligada à mobilidade de pessoas, o transporte de carga assume grande importância na rentabilização da infra estrutura e como tal está prevista a
Metro até final do ano
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Uma longa comitiva acompanhou José Sócrates na inauguração da nova estrutura pub
A. CAMPELO DE SOUSA Especialista em Direito Administrativo
advadvogado ogado
Escritório: R. Dr. Augusto Martins, n.º 90 • 1º • sala 4 • Maia R. Fundo de Vila, n.º 333 • 3º • sala 2 • S. João da Madeira Telef. 256 832 588 • E-mail: campelodesousa@iol.pt
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GRANDE MAIA
“São necessárias grandes alterações nas linhas para a Maia” STCP implementa mais uma fase da nova rede no próxima terça-feira. Frequência de dez minutos em horas de ponta é um dos princípios a adoptar por 19 das linhas da empresa. ANTÓNIO MANUEL MARQUES
A Sociedade de Transportes Colectivos do Porto (STCP) prepara para a próxima terça feira a implementação de mais uma fase da sua nova rede, que se encontra em preparação há cerca de dois anos. Tendo como “tubo de ensaio” as mesmas 19 linhas que recentemente adoptaram a numeração tripla, este passo pretende pôr já em prática os princípios de funcionamento da nova rede STCP. Entre as modificações anunciadas estão a passagem de autocarros de dez em dez minutos em hora de ponta e a instalação da validação dupla, ou seja, dos títulos da STCP e do Andante. Isto apesar do número reduzido de corredores BUS, o que dificulta o objectivo de atingir uma frequência mínima de dez minutos. Ainda assim, o Presidente do Conselho de Administração da STCP, Juvenal Peneda, garante o procedimento, “se não há corredores BUS terá de haver mais autocarros. Temos de garantir a frequência de 10 em 10
minutos, haja o que houver. É uma questão de conceito de transportes. Tem que ser competitivo e prestar um serviço de qualidade”. No caso da Maia, para já vão adoptar este funcionamento o 600 (Av. Aliados - Barca) e o 601 (Cordoaria Aeroporto). Em termos globais, a frequência apontada terá algumas excepções em linhas de menor procura, como é o caso da 501 e 705, que terão um ritmo de passagem de 20 em 20 minutos. Para além destas alterações, o conceito da nova rede prevê ainda a menor extensão das linhas, a coordenação com outros meios de transporte, nomeadamente o Metro, e a normalização do horário de funcionamento. A partir de agora, o período diurno está definido das seis da manhã às nove da noite. Segundo Juvenal Peneda, a mensagem a transmitir aos utentes é que “não deve haver pânico porque não tem razão de ser. Temos a preocupação de implantação por fases, para as pessoas serem capazes de reconhecer de
forma suave as alterações”. Com a nova rede, os responsáveis da STCP pretendem recuperar 10% de novos clientes, sendo que a fase seguinte está agendada para o dia 1 de Janeiro de 2006. Aí serão implementadas novas linhas e suprimidas algumas das actuais, numa operação que vai ser de monta, no que diz respeito à Maia, “são necessárias grandes alterações nas linhas para a Maia”.
Números Para ilustrar a dimensão da empresa, Juvenal Peneda, revelou que a STCP tem neste momento cerca de 400 mil clientes diários, sendo que o percurso efectuado pelos seus autocarros em cada dia, seria suficiente para dar duas voltas e meia ao planeta Terra.
Juvenal Peneda anunciou frequências de dez minutos em horas de ponta.
Segunda fase do Metro garantida por Sócrates Apesar dos cortes orçamentais profundos, o primeiro-ministro, José Sócrates, garante a segunda fase do Metro do Porto, que inclui uma linha do Hospital de S. João até ao centro da Maia. ANTÓNIO MANUEL MARQUES (TEXTO) RAUL SILVA (FOTO)
O financiamento governamental para a obra do Metro reflecte o ambiente de “cortes” que se vive actualmente. De acordo com o Orçamento de Estado para 2006, a obra do Metro vai receber menos 480 milhões de euros dos cofres do Governo. Apesar disso, a empreitada é para continuar, garantiu o primeiro-ministro numa visita ao Metropolita-
no do Porto, numa viagem que partiu da Estação Fórum Maia tendo como destino a Estação Jardim do Morro. A garantia vem sossegar alguns ânimos, estando assim assegurado o avanço dos restantes projectos da Metro, nomeadamente a duplicação da Linha Maia Trofa e a realização de uma ligação entre o Hospital de S. João e o Centro da Maia. Recorde-se que o Orçamento para o próximo ano prevê uma verba de 170 milhões de euros para o Metro do Porto.
A visita do Primeiro-ministro teve como ponto de partida a Estação localizada no centro da Maia
Viaduto Maia Norte avança a bom ritmo
O viaduto Maia Norte é a principal obra de arte actualmente em construção na obra da Metro do Porto, tendo mais de meio quilómetro de extensão. Pertencendo à Linha Verde (Porto-Trofa), esta estrutura permite a ligação entre o centro da Maia e a Zona Industrial I, atravessando o IC 24. Com o início da construção em Junho deste ano, a
conclusão é prevista para o princípio de 2006. Neste momento, encontram-se concluídos os pilares e a estrutura metálica está em fase final de montagem. Embora semelhante ao viaduto Maia Sul, construído sobre a EN14, esta estrutura possui uma diferença substancial, a possibilidade de atravessamento de peões através de passeios laterais.
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GRANDE MAIA
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Executivo camarário toma posse amanhã
Pelouros António Gonçalves Bragança Fernandes Presidência Finanças Educação e Acção Social Trânsito Desenvolvimento Económico
O novo executivo da Câmara Municipal, saído das eleições autárquicas, toma posse amanhã de manhã. ANTÓNIO MANUEL MARQUES E JOSÉ MATOS
O MaiaHoje está já em condições de dar conhecimento da distribuição dos Pelouros por Vereador. A “instalação” da Câmara e Assembleia Municipal, tendo por base o resultado eleitoral das Eleições Autárquicas de 9 de Outubro, vai decorrer amanhã, em cerimónia agendada para o Salão Nobre dos Paços do Concelho, assim que baterem as 10 horas da manhã. Nessa altura, os cinco Vereadores da Coligação PSD-CDS/PP mais o presidente já saberão quais as pastas em que terão que se debruçar nos próximos quatro anos. Nogueira dos Santos e Paulo Ramalho serão Vereadores a meio tempo. O primeiro
ficará responsável pelas áreas da Saúde e do Desporto. O segundo terá a seu cargo o sector dos Recursos Humanos, o Gabinete Jurídico e as Hastas Públicas. O Vice-presidente, Silva Tiago, não conhecerá grandes novidades em relação aos pelouros que irá superintender: Habitação Social, Ambiente, Obras Particulares e Loteamentos. Por seu lado, Mário Nuno Neves terá como grande novidade a coordenação da Polícia Municipal, um departamento que há pouco tempo despertou algumas polémicas. O autarca que representa o CDS-PP teve uma postura activa na Comissão de Averiguação especialmente criada para o caso. Acumulará, ainda, a Cultura, a Informatização de todos os Serviços Camarários e as Candidaturas aos
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Quadros Comunitários de Apoio. Hernâni Ribeiro, presidente da JSD Maia, não estranhará o Pelouro da Juventude. Terá, ainda, que responder pelas Feiras e Mercados, Vistorias e Salubridade e Licenciamento Publicitário. Finalmente, e porque os últimos são sempre os primeiros, o número um da Câmara Municipal da Maia, Bragança Fernandes, assumirá as Finanças, o Trânsito, o Desenvolvimento Económico, a Educação e a Acção Social. Em relação as estes últimos Pelouros, que pertenciam à ex-Vereadora, Maria da Graça Barros, o edil explicou a opção por uma questão de coerência com o lema de campanha em que acredita fortemente: “Primeiro as Pessoas”.
António Domingos Silva Tiago Habitação Social Ambiente Obras Particulares e Loteamento
Mário Nuno Alves de Sousa Neves Cultura Turismo e Património Histórico e Cultural Informatização dos Serviços Polícia Municipal Candidaturas aos Quadros Comunitários
Paulo Fernando de Sousa Ramalho Recursos Humanos Gabinete Jurídico Hastas Públicas
Manuel Marques Nogueira dos Santos Saúde Desporto
Hernâni Avelino da Costa Ribeiro Juventude Feiras e Mercados Vistorias e Salubridade Licenciamento Publicitário
“Em 12 anos não tivemos uma queixa” Graça Barros Maria da Graça Barros deixa o Pelouro da Educação e Acção Social com sentimento de dever cumprido. Segundo a responsável, este mandato representou “um culminar dos objectivos. Fizemos aquilo a que nos tínhamos proposto”. A nível das estruturas pré primárias e do 1º Ciclo, o trabalho desenvolvido agrada à ex-vereadora “estou muito feliz porque em 12 anos não tivemos uma queixa. Deixamos um bom trabalho para os que vêm”. Para o futuro, o seu sucessor terá muitos desafios pela frente “o Inglês, o Desporto, as cantinas... há tanta coisa. É preciso é evoluir”. Graça Barros continuará ligada à intervenção social, nomeadamente, através das associações “Causa da Criança” e APPACDM.
“Vão ter que manter a qualidade” Costa Lima Liderando o Pelouro da Modernização Administrativa e os Transportes Urbanos da Maia (TUM), Costa Lima parte “com saudades disto”. Razões de Saúde estão na base desta saída, explica, salientando que “fizemos muita coisa. Sinto-me realizado pela maneira como desempenhei estas funções para as quais não tinha experiência”. Como herança para o futuro, fica entre outros, a certificação do Gabinete de Atendimento ao Munícipe, “há mais três departamentos nesse processo de certificação, a Biblioteca, o Ambiente e o Turismo. Como digo normalmente, a qualidade não se compra e se quiserem manter este certificado têm que trabalhar mais e melhor”.
“...consegui fazer tudo o que tinha em mente” Jorge Rebelo Jorge Rebelo entrou para o Executivo da Câmara Municipal já depois do início do mandato, devido à morte de Vieira de Carvalho. Tendo inicialmente assumido a pasta da Juventude, logo acumulou o dossier da Protecção Civil e do Desporto. Para o responsável, “o balanço é bom. As coisas correram bem e consegui fazer tudo o que tinha em mente. De uma maneira geral atingi os objectivos”. Quanto a desafios para o próximo mandato, o sector do emprego é a prioridade defende Jorge Rebelo. Em relação ao futuro, ainda nada está definido, apenas uma paragem para descansar. O retomar da profissão de engenheiro agrícola não está de parte. pub
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«Em termos autárquicos o meu abandono é definitivo» Jorge Catarino acabou com as dúvidas numa entrevista ao MaiaHoje em forma de adeus. JOSÉ MATOS
Jorge Catarino tem sido ao longo dos anos o rosto mais visível do Partido Socialista da Maia. Foi Presidente da Câmara Municipal na primeira Legislatura e a mais directa oposição aos mandatos do PSD. Após os resultados eleitorais de 9 de Outubro, entendeu ter chegado a hora de colocar um ponto final na sua vida autárquica. Foi no recanto de sua casa que o comunicou ao MaiaHoje. Segue-se a família e a profissão de médico. O PS não ficará na gaveta, mas noutras batalhas. Uma entrevista em forma de adeus, com recados para dentro do partido e um último olhar para a Maia política. MaiaHoje (MH) - Neste momento a pergunta que andará na cabeça de muitos maiatos é a de se Jorge Catarino continuará no Executivo da Câmara Municipal da Maia. Já se decidiu?
MH - E quanto à presidência da Concelhia PS. Também a vai deixar? JC - Será uma situação para equacionar apenas em Março. Tudo dependerá dos órgãos políticos. MH - Entende que os três vereadores do PS, neste caso com a entrada de Rogério Rocha em seu lugar, deverão aceitar qualquer cargo no Executivo? JC - Cada mandato tem os seus condicionalismos naturais. No mandato anterior fomos convidados por Vieira de Carvalho, numa perspectiva de que quem é eleito, é-o para trabalhar pela Maia, não para fazer oposição. Nos últimos quatro anos, em tudo aquilo que entendemos que era positivo e não colidia com o nosso ideário e prioridades, achamos importante estar
presentes. Aquilo não é a Assembleia da República, somos eleitos para um órgão executivo. A nossa posição é de colaboração construtiva. Fomos a oposição mais acesa e feroz que a maioria teve na Câmara neste mandato, mas sempre no plano político. Suponho, no entanto, que neste mandato, com as condições criadas, em que a Câmara está numa situação dramática a nível económico-financeiro, ter-se-á que equacionar algumas situações. Penso que para a maioria seria inteligente tentar criar um espírito de corpo idêntico àquele que o falecido presidente reuniu. Se esse convite for aceite iremos analisá-lo. MH - Acha que o presidente da Câmara Municipal, Bragança Fernandes, é um bom sucessor de Vieira de Carvalho? JC - O juízo não foi feito por mim. A
Jorge Catarino (JC) - Já. Não vou continuar. Não tenho condições, nem motivação para continuar no Executivo. Disse isso mesmo ontem [terça-feira] na reunião do secretariado da Comissão Política do PS. Efectivamente não há condições. Há 30 anos que aposto num projecto para a Maia. Continuo a achar que é um projecto excelente, que defende a qualidade de vida, os idosos, as crianças, os espaços verdes, a segurança e a transparência. Essa mensagem não terá passado.
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«É importante manter o PS com esta unidade, que foi arduamente conseguida» MH - Vê nos quadros do Partido Socialista da Maia alguma pessoa com capacidade para assumir o papel de liderança, uma batalha futura? JC - Temos muitos potenciais candidatos no partido. Entrou muita gente nova nesta campanha com grande qualidade e valor, não só para as juntas de freguesia como para a Assembleia Municipal e Executivo. Há todo um conjunto de gente que prefigura uma renovação que é essencial que se faça. A Maia não precisa de importar candidatos. Auguro aos futuros candidatos que possam disputar eleições numa conjuntura mais favorável que esta.
MH - Teve, contudo, oportunidade de dizer que os resultados eram reflexo da realidade nacional e não concelhia... JC - Nós subscrevemos as medidas do Primeiro-Ministro. Achámo-las necessárias para a situação em que o país se encontra. O tempo dirá como essas medidas eram urgentes. Contudo ainda não foram bem digeridas pelo povo português. Essa resposta eleitoral foi a nível nacional. Eventualmente na Maia também teremos cometido os nossos erros de campanha. Não conseguimos fazer passar a nossa mensagem. Passou, sim, a mensagem dos passeios às quintas e das trotinetes. Respeitamos o voto. Não me podem é exigir que volte ao Executivo Municipal, não estando interiormente motivado para travar mais um combate. O secretariado ainda me tentou demover, mas compreendeu a decisão. O PS precisa de uma equipa renovada. Neste momento precisa de se mobilizar para as Presidenciais. Já estou a trabalhar para essa batalha. É fundamental para o país que Mário Soares vença as eleições. Em termos autárquicos, repito, nada mais me motiva. O meu abandono é definitivo. Não sei se me sinto injustiçado, chocado, ou tão só triste. Os meus camaradas entenderam que não posso continuar a prejudicar a minha família, a minha vida profissional, os meus amigos. Foram muitos anos de sacrifício pela Maia.
minha opinião, agora, pouco interessa. A Câmara tem dificuldades tremendas à sua frente. Não há projecto estratégico, ou pelo menos não o conheço, não foi mostrado à população. Se existir, posso-lhe dizer se Bragança Fernandes tem ou não capacidades para o executar. Mas o que tem acontecido é navegar à vista. Há processos em tribunal, há situações de dívidas de credores, há um quadro extremamente difícil e eu não vi anunciada nenhuma reforma, nenhuma estratégia.
MH - Sente que o PS Maia está unido, mesmo após a derrota nas Autárquicas? JC - Está unido e tudo farei para que assim continue. É fundamental, pois é nessa unidade que se cimenta toda a estratégia autárquica dos candidatos para daqui a quatro anos. Vamos ter eleições para a Concelhia em Março e para a Distrital em Abril. Qualquer militante com mais de seis meses de inscrição pode ser candidato aos referidos órgãos, mas acima de tudo, penso que é importante manter o PS com esta unidade, a qual foi arduamente conseguida. MH - Nesta hora do adeus, para os elementos da sua lista e para todos os maiatos que lhe confiaram o voto nas “Autárquicas”, que palavras deixa?
Jorge Catarino vai-se dedicar mais à família e à profissão de médico.
JC - Tenho que agradecer a confiança e o trabalho de quem comigo esteve na campanha. Não vou falar em nomes para não me esquecer de alguém. Continuamos a ter a confiança de cerca de 30 por cento dos maiatos. Compreenderão que eu não tenho condições para continuar no Executivo, mas terão da parte do PS uma boa equipa na autarquia.
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Das Autárquicas às Presidenciais... No rescaldo das Autárquicas, Joaquim Jorge, elemento da lista do Partido Socialista, considera que se fez “a campanha que era possível”. Depois da derrota, agora é necessária renovação na concelhia maiata, defende o responsável, que recentemente ocupou um papel na coordenação distrital da candidatura de Manuel Alegre à Presidência da República, como explicou ao MaiaHoje. ANTÓNIO MANUEL MARQUES
Maia Hoje - Como surgiu este lugar na candidatura de Manuel Alegre? Joaquim Jorge - Foi uma agradável surpresa para mim. Ele lia os meus artigos no “Público” e gostou das minhas ideias... do que penso sobre política, cidadania e o afunilamento dos partidos. Sou a favor de uma abertura total a novas ideias e novas pessoas. Estou cansado de existirem sempre os mesmos protagonistas. Escrevi um artigo sobre Manuel Alegre há alguns tempos que, perdoe-me a imodéstia, previa que ele iria ser candidato. Errei por pouco e passados uns dias ele anunciou a sua candidatura. Todos diziam que não ia ser, mas eu percebi isso. Então convidou-me para colaborar aqui no Distrito do Porto. Falou-me que não há hierarquias e acho muito bem, portanto, sou mais um que estou aqui para colaborar. MH - Quais são os pontos chave em que se identifica com Manuel Alegre?
Alegre está bem colocado nas sondagens e até consegue penetrar no eleitorado do Centro. MH - Em relação aos restantes candidatos, que leitura faz das restantes pessoas que se apresentaram até ao momento? JJ - Em relação ao Mário Soares, tenho grande estima e apreço por ele. Tenho pena que a Constituição não lhe tivesse permitido um terceiro mandato, mas penso que esta candidatura, nesta altura, é completamente deslocada. Os políticos têm de perceber os sinais andando na rua e falando com as pessoas. É uma candidatura que não passa. Quanto a Cavaco Silva, acho piada afirmar-se como um homem só e ter toda aquela encenação televisiva e organização. Não é possível sem ter uma bruta máquina por trás, para além de que aquilo parecia uma entronização. Esta campanha tem de ser “soft” e sóbria, sem canetas e t-shirts, mas principalmente falando com as pessoas. O Manuel Alegre deixou de sair à rua em Lisboa porque as pessoas vêm ter com ele para falar disto e daquilo. Quanto a Francisco Louçã, acho que os debates económicos com Cavaco vão ser interessantes e o Jerónimo de Sousa teve uma votação espectacular nas Autárquicas e tenho muito apreço por ele. Tenho pena que Paulo Portas não avance. Acho que a Direita não está representada.
JJ - Os principais pontos com que me identifico é a sua frontalidade, a interpretação que tem dos poderes de um Presidente da República e a forma de exercer o magistério de influência de cidadania, de anti-corrupção e a favor dos cidadãos. Isto é, ele vai falar sempre de Portugal. A “portugalidade” tem de existir e não vejo nenhum candidato a falar nisso. Um presidente tem de estar acima das instituições, no bom sentido. Por exemplo, está na Constituição que o Presidente da República pode presidir a um Conselho de Ministros e chamar a atenção para determinadas situações. Nunca vi isso e questiono porque não o fazem. Ouvi o Dr. Canotilho, especialista em constitucionalidade, afirmar que é preciso mudar as leis para que o desígnio nacional seja a luta contra a corrupção. Isso não existe e eu luto por isso. Outra questão que me parece importante é que um candidato para o ser precisa de 7500 assinaturas. Ora, para já não há nenhum candidato dentro da legalidade. Eu até divulgo o site do Manuel Alegre que é www.manuelalegre.com, em que as pessoas podem tirar a declaração de propositura, porque as pessoas pensam que isto é só assinar um papel como para um referendo. Mas não é. É preciso preencher essa declaração e um requerimento de certidão de eleitor, em que se tem de ir à Junta de Freguesia para autenticar o documento. Aliás, divulgo o meu email jota.jota@sapo.pt, para as pessoas que tiverem dúvidas me poderem contactar. Isto não é uma forma de apoio, é para permitir que uma pessoa seja candidato a Presidente a República. Pouca gente sabe que um Presidente da República é proposto por cidadãos e não por partidos políticos. Estive na reunião distrital que se realizou esta semana e correu muito bem, com bastante adesão por parte de pessoas filiadas e não filiadas. Outra coisa que queria deixar claro é que esta candidatura não é contra ninguém. A força do Manuel Alegre é esta espontaneidade, esta alegria e voluntariedade para avançar. É notável. A questão é conseguir ir à segunda volta e depois ser Presidente da República.
JJ - Baixou porque subiu o Bloco de Esquerda. Falo por mim, que fui colaborador directo de Jorge Catarino. Acho que se fez a campanha possível, tendo em conta a conjuntura política nacional. O PS está no poder e tem feito mudanças que diz necessárias. Não sei se serão ou não da maneira que estão a ser feitas, mas o futuro o dirá. Há uma tentativa de divisão na sociedade entre funcionalismo público e privado e há também uma clivagem entre reformados e não reformados e não pode ser assim. Isso teve influência. O PS a nível nacional também não ajudou nada. O Jorge Coelho veio a Valongo e Matosinhos e não veio à Maia.
MH - São essas as suas expectativas em termos de resultados?
MH - A candidatura maiata foi esquecida pelo Partido Socialista nacional?
JJ - As coisas têm que ir com calma. Como esta candidatura não tem apoios monetários, nem dos partidos, temos que ir por partes. Vamos tentar ter uma boa votação que permita ir à segunda volta e depois congregar as forças de Esquerda e outros. O Manuel
JJ - Completamente. Depois também é preciso dizer que a imagem de Jorge Catarino não passou. Portanto, tem que se tirar as devidas ilações, mas não se vai fazer com que “rolem cabeças”. Jorge Catarino pode ficar na Concelhia. Vão haver eleições em meados de
MH - Fazem falta mais candidatos desse espectro político? JJ - Sim, claro. Depois há outra coisa. Tenho acompanhado isto por dentro e por fora. Manuel Alegre anunciou a sua candidatura e uns dias depois fez-se uma sondagem em que 100 mil pessoas que não votariam, já iriam votar no Manuel Alegre.
“...acho que Jorge Catarino, e não só, não devem ser vereadores. Deve-se dar um ar de rejuvenescimento e de mudança”
MH - O PS saiu derrotado das eleições, apesar de ter conseguido um pequeno acréscimo de votos que não se reflectiu na percentagem final. O que fica deste rescaldo das eleições?
2006 e portanto, Jorge Catarino tem sempre uma palavra a dizer no futuro do partido, porque consegue congregar as várias sensibilidades e tem uma missão inquestionável, ficando na retaguarda e ajudando. Na minha opinião, não deve aceitar cargos. Não temos nada que aceitar cargos... o poder é poder e nós somos oposição. MH - Então não concorda que elementos do PS ocupe cargos no executivo? JJ - Eu acho que Jorge Catarino, e não só, não devem ser vereadores. Deve-se dar um ar de rejuvenescimento e de mudança. Uma pessoa por ficar na retaguarda, não deixa de ser importante, pelo contrário. Um partido não é só para eleger pessoas para cargos e precisa de ser revitalizado. Há um trabalho de bastidores e a Maia tem 17 freguesias. É duas vezes e meia Matosinhos e tem especificidades terríveis. Onde somos poder devemos mostrar o nosso valor e trabalho com seriedade, honestidade mas não sendo subservientes à Câmara e ao seu presidente, para mostrarmos que somos capazes. Onde perdemos, vamos para a oposição, onde eu acho que a pessoa que concorreu a presidente de Junta deve ser o líder de bancada e coordenar a oposição, porque em Democracia há poder e oposição. Queria chamar a atenção para o facto de alguns senhores da Maia que pensam que por ganharem eleições já têm toda a razão. O voto é soberano, mas não se pode estar contra as leis e há o estatuto da oposição que tem que ser respeitado. O dever da oposição é participar, colaborar, denunciar, fiscalizar e aprovar. Penso que 30% dos votos não é brincadeira, em função de tudo o que se passa a nível nacional. Há noção de quantas Câmaras é que mudaram a nível nacional? Há uma frase de Churchill que diz “ o Poder não se ganha, perde-se”. Quem está no Poder, se tiver uma conduta equilibrada é muito difícil perder eleições. MH - Referiu que Jorge Catarino ainda tem um papel a desempenhar no PS Maia, mas defende alguma renovação? JJ - Eu acho que Jorge Catarino deve continuar a ser presidente da Concelhia,
mesmo depois destas eleições. Teve um comportamento exemplar, deu tudo o que tinha e mais alguma coisa. As coisas nem sempre correm como queremos. Tem é que se aproveitar o melhor dele e o que as pessoas querem. As pessoas não o querem como candidato à Câmara, ponto final. Mas ele tem uma missão importantíssima na renovação do partido. Tem que se renovar quando houver eleições, com uma nova equipa de pessoas e ideias. Ele é uma pessoa com muito valor e com muita qualidade. Ele tinha a fama de ser teimoso, não é. É pessoa capaz de ouvir e teve uma atitude de diálogo e paz perante o acordo que se fez. Agora, houve muita gente que não colaborou. MH - Quer referir nomes? JJ - Não me compete a mim dizer isso. Este é um dos problemas dos Partidos Políticos. Negoceiam-se os lugares e depois meia dúzia trabalham. Primeiro, não se devem negociar lugares, mas às vezes é necessário fazer isso. Mas é preciso trabalhar e colaborar. A eleição para Presidente de Câmara tem uma conotação mais pessoal, enquanto que para a Assembleia é muito mais partidária. A Esquerda com o Bloco, CDU e PS ficou a mil e poucos votos da maioria PSD/CDS-PP. Isto mostra que é possível um dia as coisas mudarem. MH - Como deve ser o PS Maia para o futuro? JJ - Deve aproveitar a apoio da Juventude e ter outras pessoas. Quando digo isto não estou a falar de mim, queria deixar isso claro. Eu não ando à procura de nada. Estou aqui para ajudar, se quiserem. Tenho a minha vida organizada e gosto da política por paixão. Luto por ideais. Acho que um dia o PS vai passar na Maia e penso que as pessoas estão a aperceber-se disso. MH - Será para as próximas autárquicas? JJ - Não sei. Vamos ver a política da Maia no futuro. Agora, a oposição tem o direito de saber o que se passa. Têm um mandato para governar e seguir o programa. Vamos ver.
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sexta-feira 28 de Outubro, 2005
Câmara Municipal de Maia aposta na formação para activos Turismo da Maia promove ambicioso plano de formação para a área da hotelaria
GRANDE MAIA
Teatro Art’Imagem em terras brasileiras A companhia de teatro está no Brasil para apresentar os seus mais recentes espectáculos MARIANA MACIEL
Pelo terceiro ano consecutivo, o Teatro Art’Imagem desloca-se ao Brasil para apresentar dois dos seus mais recentes espectáculos: “Netzarim Palestina” e “Ratos e Homens”. A convite do Departamento de Formação da Secretaria de Estado e Cultura do Governo do Estado de S. Paulo e com o
apoio da Astarte Produções, a companhia portuguesa estará no Brasil entre 19 de Outubro e 15 de Novembro para realizar 13 espectáculos nos estados de S. Paulo, Rio de Janeiro e Bahia. Além das representações, o director da companhia e alguns actores deverão realizar diversas oficinas teatrais com jovens das cidades onde o Teatro Art’Imagem actuar. Esta digressão, que desloca 11 pessoas,
entre actores e técnicos, é possível graças ao apoio da Fundação Calouste Gulbenkian que confirma a importância do intercâmbio luso-brasileiro e da divulgação do teatro português além fronteiras. A Fundação contribuiu com um terço do orçamento previsto para a digressão, sendo o restante valor assegurado por receitas da venda dos espectáculos no Brasil.
MARIANA MACIEL
A Câmara Municipal da Maia, em conjunto com a Escola de Hotelaria e Turismo do Porto, preparou um ambicioso plano de formação gratuita, dirigido aos profissionais que exercem funções associadas a Hotelaria e Restauração. A acção de formação está subdividida em duas áreas, a Higiene e Segurança Alimentar e o Melhor Serviço de Cozinha e Mesa, visando essencialmente gestores hoteleiros, cozinheiros, pasteleiros, empregados de mesa e empregados de bar. Os cursos de Cozinha de 2ª e Mesa de 2ª decorrem de 5 de Setembro a 16 de Dezembro, na Escola EB1 D. Manuel II, em Vermoim, e na sala de conferências da Biblioteca Municipal. Por sua vez, o curso de Higiene e Segurança Alimentar já foi levado a efeito de 10 a 28 de Outubro, na sala de conferências da Biblioteca Municipal. As inscrições estão esgotadas até final no ano, no entanto, todos os interessados poderão inscrever-se junto do Turismo da Maia até ao dia 31 de Dezembro. As inscrições são limitadas.
Alunos maiatos melhoram médias
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Classificações dos alunos da generalidade das escolas secundárias do Concelho melhoraram este ano. António Manuel Marques Dos quatro estabelecimentos escolares cotados na listagem do Ministério da Educação, a Escola Secundária da Maia é a melhor do Concelho, como de resto, aconteceu em 2004. Na verdade, este estabelecimento subiu em cerca de um valor a sua média (12,16) em relação ao ano transacto. Ainda uma palavra para o terceiro lugar a nível nacional obtido na disciplina de Filosofia por esta escola. Ainda assim, o Presidente da Associação de Pais, Aureliano Bessa, tem uma posição crítica relativamente a esta classificação, “os responsáveis pelo “ranking” que tentem inverter as posições entre os
alunos e docentes do público e privado e depois, que acompanhem o percurso dos alunos do privado no Ensino Superior. Não se podem comparar porque não funcionam todos em igualdade de circunstâncias. É algo limitativo”. O MaiaHoje tentou igualmente contactar algum responsável da Comissão Instaladora que actualmente gere aquele estabelecimento escolar, mas até ao fecho desta edição tal não foi possível. A tendência de subida é também verificada na Escola Secundária do Castêlo da Maia e na Escola Secundária de Águas Santas. Enquanto na primeira, o valor da média dos seus alunos atinge este ano os 12,15 valores, face aos 11 de 2004, no
estabelecimento de Águas Santas a subida ultrapassa o valor e meio. Uma evolução significativa que permitiu uma ascensão no “ranking” de mais de 300 lugares. O Instituto de Educação e Desenvolvimento (INED) regista igualmente uma subida assinalável da média de cerca de sete valores para 9,28. Mais de dois valores que não chegam para atingir uma média positiva e para deixar os últimos 15 lugares da tabela que inclui 600 escolas públicas e privadas. Este “ranking” teve por base as classificações finais e dos exames nacionais dos alunos das diferentes escolas nas oito disciplinas mais participadas.
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GRANDE MAIA
Compreender a criança incompreendida O Índigo e toda a corrente de pensamento adjacente, estiveram em debate no Fórum Jovem. JOSÉ MATOS
O auditório foi pequeno para tanta procura. A passagem do Filme “Índigo” no Fórum Jovem da Maia, seguido de debate orientado por Teresa Guerra professora durante 22 anos, investigadora na área da educação e defensora da nova corrente de pensamento - foi uma oferta suficientemente apelativa, não só para psicólogos, professores, como para maiatos em geral. O ambiente convidava à temática, tornando-se de certa forma místico. O cheiro a incenso queimado e uma música apelativa aos sentidos transformaram o Fórum Jovem num espaço propício à reflexão. Compreender e conhecer a criança Índigo que marca uma nova geração, constituiu o principal objectivo. Teresa Guerra, após o filme que retracta a vida de uma criança com características Índigo, procurou responder a todas as perguntas e esclarecer todas as dúvidas. Falou em seres com uma «grande hipersensibilidade», «sobredotados», com um verdadeiro «sexto sentido», capazes de preverem acontecimentos. Apresentou ainda o Índigo como uma criança com problemas, vítima da incompreensão geral. «É, contudo, natural, pois o Índigo veio ao mundo com a missão de quebrar com algumas regras estabelecidas. Por isso é fundamental descobrir no Índigo a sua paixão, pois assim ter-se-á um ser brilhante», afirmou. Esclareceu também
os pais e professores para saberem lidar com esta criança; «É importante estar com ela sem stress e ansiedades. Um Índigo, para ter equilíbrio, precisa da relação, de ser amado, que lhe olhem nos olhos. Acaba por ser o reflexo do meio em que está inserido». Como exemplos de Índigos conhecidos, apontou os nomes de Einstein e Bill Gates. Apesar de ser uma criança diferente, Teresa Guerra frisou que «o Índigo não é nenhuma ave rara». Para esta estudiosa, o balanço do evento no Concelho foi muito positivo. «Ficaram bastantes pessoas de fora, por isso já estamos a pensar, lá para finais de Novembro, em trazer novamente o filme e o debate à Maia». É com satisfação que vê que os portugueses já não estão assim tão a zero quanto à temática, considerando que o seu livro - “Crianças Índigo” - que já vai na 3ª edição, deu uma preciosa ajuda. A 26 de Novembro, Teresa Guerra vai lançar mais um contributo para o tema, com o trabalho “Poder Índigo”, apresentado na Fnac do Centro Comercial Colombo. O livro incluirá experiências reais de relacionamento com esta nova geração. Entre o público presente e interessado do Fórum Jovem, estava Maria Manuela Lopes, comerciante da Maia, que falou ao MaiaHoje sobre o filho, Sérgio Miguel, descrevendo-o como um Índigo. Uma criança que «aos quatro anos fez um teste de inteligência e deu como sobredotada. Mais tarde começou a ter conversas
comigo de alto nível intelectual e suprasensorial. Quando a princesa Diana morreu, o meu filho tinha dito seis meses antes que uma figura muito amada a nível mundial nos iria deixar. É muito comunicativo, mas ao mesmo tempo muito distraído. A nível escolar lidou com grandes problemas». Foi, portanto, com um sorriso que deu o seu tempo por bem empregue nesta iniciativa.
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“A solidariedade social ainda existe” Causa da Criança organizou Jantar de Beneficência no sentido de angariar verbas para o novo Centro de Acolhimento Temporário. ANTÓNIO MANUEL MARQUES
Mais de duas centenas de pessoas “disseram sim” ao pedido de ajuda da Associação Causa da Criança. Esta instituição levou recentemente a cabo um jantar de beneficência, com o objectivo de conseguir verbas tendo em vista a construção e equipamento de um Centro de Acolhimentos Temporário para jovens e crianças em risco. A iniciativa acabou por ultrapassar as previsões, “a solidariedade social ainda existe. O Jantar está a ultrapassar as expectativas. Três dias antes estávamos pouco optimistas mas as pessoas, como bons portugueses, deixaram tudo para a última hora. Estamos a ultrapassar as nossas expectativas e temos aqui mais de duas centenas de pessoas”, referiu Álvaro Azevedo, o Presidente da Direcção.
Equipamento único no Concelho O Centro de Acolhimento Temporário de jovens e crianças em risco tem por função receber menores que, por vezes, são retirados aos pais, quer pelo Tribunal respectivo, quer pela Comissão de Protecção de Menores. Um processo que se torna longo, sendo necessária a existência de um local para acolher as crianças e jovens, algo que neste momento não existe no Concelho da Maia. Quanto à evolução do projecto deste novo centro da “Causa da Criança”, neste momento, decorre a adjudicação da obra, sendo que, se tudo correr como previsto, em princípios de 2007, o Centro já estará a funcionar em pleno. Teresa Guerra quis esclarecer todas as dúvidas
“Domingos de Fantasia” animam MaiaShopping Iniciativas dedicadas aos mais pequenos assinalam o “Dia das Bruxas” e a aproximação do Natal. A NTÓNIO M ANUEL M ARQUES
Este Domingo é dia de “fantasia” no MaiaShopping. Aquela estrutura comercial vai organizar, na sequência do que tem vindo a ser feito até aqui, mais dois “Domingos de Fantasia”. O primeiro, a ter lugar já este Domingo, vai retractar a tradição anglosaxónica que se torna cada vez mais global, o “Dia das Bruxas”. Através de um atelier pedagógico, que tem como objectivo estimular a apetência das crianças para as artes plásticas, os mais pequenos poderão construir máscaras e adereços, tal como realizar pinturas faciais típicas da celebração em causa. Daqui a cerca de um mês, volta a ter lugar outro “Domingo de Fantasia”, desta vez dedicado ao Natal. Aqui, os mais novos poderão elaborar postais coloridos em que expressem os seus desejos de Natal. Esta iniciativa terá lugar no dia 27 de Novembro.
Dezenas para ver estrelas do Canal Panda Várias dezenas de crianças, acompanhadas dos respectivos pais, participaram na iniciativa conjunta do MaiaShopping e do canal de televisão por cabo “Panda”. Durante um fim de semana, os mais pequenos puderam divertir-se com o sítio da Internet do canal, conhecendo as personagens dos seus programas preferidos, para além da diversão com os jogos de mesa e puzzles. O Canal Panda é um canal temático educativo com programação exclusivamente dedicada aos mais pequenos, com idades dos quatro aos oito anos. Com uma emissão diária de 16 horas, a programação passa pelos desenhos animados, séries, filmes infantis e programas especiais sobre desporto, musica e cultura.
Mais de duas centenas de pessoas aceitaram o convite da “Causa da Criança” pub
RESTAURANTE
CHURRASCARIA
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Especialidades: Todo o tipo de Churrasco • Bacalhau à Braga Posta à Mirandeza • Cozido à Portuguesa (SERVIMOS REFEIÇÕES PARA FORA) Casamentos • Baptizados • Comunhões Aniversários • Despedidas de Solteiro, etc.
Construção e Manutenção de Jardins
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Rua de Almorode, 191 (junto ao Ecocentro de Nogueira da Maia) Telef. 229 483 663 • Telem. 965 006 143
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Por uma cultura de segurança, higiene e saúde no trabalho X Simpósio do ISMAI registou boa assistência. O terrorismo e a segurança industrial foi dos temas que mais cativou as atenções. JOSÉ MATOS
O auditório do ISMAI encheu para o X Simpósio Nacional de Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho. Diferentes oradores, de acordo com as especialidades do debate, desenvolveram as suas ideias, procurando esclarecer e sensibilizar os presentes. Um local onde se falou do ruído como factor prejudicial da saúde, podendo causar a surdez, meios e medidas preventivas para o evitar nos locais de trabalho; todo o enquadramento legal a que se vê obrigado o empregador; as atmosferas consideradas de explosivas (potencialmente inflamáveis); a reacção ao fogo dos produtos da construção; os desafios para a segurança industrial face ao terrorismo internacional, entre outros subtemas. Ângela Malcata, coordenadora da Licenciatura em Segurança no Trabalho no ISMAI e elemento da organização do Simpósio, considera ser bastante oportuno falar-se deste tema; «É actual. Todos os dias somos invadidos com estatísticas de acidentes de trabalho». Segundo esta responsável, embora em Portugal já se comece a falar do assunto, ainda se notam atrasos; «Na minha opinião não há uma cultura de segurança. Dever-se-ia apostar em três vertentes: falar na segurança de trabalho logo no ensino básico - não vemos nas nossas escolas treinos em caso de incêndio ou de terramoto, por exemplo - sensibilizar os donos das empresas - pois têm uma grande responsabilidade e não se encontram motivados - e, por último, garantir formação aos trabalhadores». Uma das intervenções do simpósio que
O Terrorismo do Séc. XXI “prendeu” a atenção do auditório
Uma semana com Gestão do Desporto Está a decorrer no Ismai, até Domingo, o evento designado por “7 Dias 7 Noites em Gestão do Desporto no Ismai”. Entre as iniciativas apresentadas, existe a “Feira de Emprego no Desporto” (espaço de encontro de potenciais empregadores e técnicos qualificados no sector); “NetSport Managers” (que visa potenciar a capacidade de
pesquisa de informação na Internet relativa à área em questão), o “Ponha-se a Mexer” (bom enquadramento de gestão para as actividades desportivas, promovendo a saúde das populações) e “Tertúlia em Gestão do Desporto” (iniciativa do Núcleo de Antigos Alunos, com o intuito de incentivar um espaço informal de reflexão).
mais cativou o público esteve a cargo do Tenente-Coronel José Pimentel Furtado, que antes de expor o tema que o levou ao ISMAI “Terrorismo no Séc. XXI: Que Desafios para a Segurança Industrial” - falou ao MaiaHoje. Fêlo na condição de especialista no tema e não na de Tenente-Coronel. Como expôs este participante, «o terrorismo na segurança industrial, é um grande problema para as democracias actuais. O terrorismo transnacional pretende acabar com as democracias e os países têm que se proteger». Pimentel Furtado alertou as pessoas para a cada vez mais real possibilidade dos terroristas utilizarem produtos químicos, substâncias nucleares, autocarros e aviões como armas para levar a cabo ataques de impacto, conforme assistimos em Londres e Madrid». Estabeleceu, ainda, diferenças entre o terrorismo de outrora e o dos dias de hoje, notando que o do Séc. XXI tem muito mais “know how”, dinheiro e meios, como a nova tecnologia; «Permite que uma só pessoa tenha acesso a uma capacidade letal que antigamente não era possível», exemplificou. Pimentel Furtado salientou não ter «uma visão catastrófica do terrorismo... ainda», até porque «o excesso de prevenção pode ser pernicioso». Pela actualidade mediática do tema, foi dos que mereceu mais aplausos do público, maioritariamente constituído por representantes de empresas e alunos do ISMAI. Em minoria estiveram grupos de escolas de formação. De tarde compareceu a Governadora Civil do Distrito do Porto, Isabel Oneto.
Moradores da Urbanização dos Altos contestam obras do IC24 Manuel Rocha defende que as obras de alargamento do traçado estão a prejudicar as construções habitacionais e a segurança dos moradores MARIANA MACIEL
Manuel Rocha mostra-se insatisfeito com as obras de alargamento do IC24 que estão a ser feitas junto à Urbanização do Altos. De acordo com este morador, durante o período em que as máquinas operaram nas proximidades do prédio onde reside, as habitações da zona sofreram vários danos e a segurança dos moradores foi posta em causa. «Fiquei assustado», confessa. Há cerca de duas semanas, Manuel Rocha sentiu toda a sua habitação a vibrar e viu prateleiras e cadeiras deslocarem-se devido a uma forte trepidação. Chamou a Protecção Civil e a Polícia Municipal, a quem deu participação do ocorrido, que apuraram como causa do sucedido a utilização de uma máquina de compactar terreno a jusante das habitações. Manuel Rocha sente-se indignado por não ter sido alertado previamente para a situação e pelo facto de a empresa responsável pelas obras não ter procedido à vistoria do seu prédio, assim como fez em alguns edifícios da área.
Somado a este “incómodo”, o morador contesta a falta de segurança agora sentida. «Se houver um desastre, os carros vêm parar ao jardim dos nossos prédios», comenta. A distância que separa as obras dos prédios é curta e os muros que foram construídos para protecção encontram-se encostados aos próprios muros da urbanização, feitos para delimitar as zonas de lazer de cada prédio. A administração do condomínio, por indicações da Protecção Civil, endereçou uma carta ao empreiteiro responsável pelas obras, pedindo a vistoria daquelas habitações e consequente responsabilização pelas fissuras que entretanto surgiram nos edifícios. Até ao momento a Mota-Engil Engenharia não se prestou a responder aos condóminos, mas Manuel Rocha promete levar o caso a Tribunal se ninguém se responsabilizar pelo sucedido. Contactada pelo Maia Hoje, a empresa responsável afirma não ter conhecimento da situação ou da carta enviada pelos moradores dos “Altos”. Contudo, «se há queixas a apresentar, a carta deve ser enviada ao dono
da obra (Lusoscut)», refere Amadeu Moreira.
Tráfego diário excessivo obriga ao alargamento do IC24 De acordo com as normas, a “passagem de duas para três vias ocorre no intervalo dos 35 mil a 40 mil veículos de tráfego médio diário anual”, como recorda o relatório da avaliação de impacto ambiental da empreitada de alargamento do IC24, efectuado entre Março e Agosto de 2004. Hoje em dia, a média diária já excedeu as 50 mil viaturas, o que causa as intermináveis filas de trânsito que desesperam os condutores e que obriga ao alargamento da circular. Face a esta situação, a Mota-Engil Engenharia já está a proceder a obras de beneficiação e alargamento na empreitada IC24 Freixieiro/Alfena, inseridas no âmbito da concessão de auto-estradas em regime de portagem sem cobrança aos utilizadores, denominada de Scut do Grande Porto. pub
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Galo de Barcelos na Gala da Gastronomia Espanhola A cerimónia dos “Pratos de Ouro” decorreu no Hotel Egatur da Maia num autentico convívio ibérico. Foram premiados 35 restaurantes espanhóis. JOSÉ MATOS
Esta semana, no Hotel Egatur (Maia), a língua de Cervantes conviveu com a de Camões, através da “ponte” gastronómica. Explique-se melhor. A (já) tradicional Gala dos Pratos de Ouro da Gastronomia Espanhola, promovida pela Rádio Turismo Madrid (o evento vai na 22ª edição), este ano realizou-se na Maia, mais concretamente na referida unidade hoteleira. José Manuel Barbosa, responsável pelo Egatur, inspirado nas suas raízes galegas, lançou o desafio, o qual foi imediatamente aceite pela organização. A ligação da Gala com Portugal até nem é de agora, uma vez que há 12 anos os “pratos de ouro” premiaram exclusivamente restaurantes lusos, com a cerimónia a ter lugar no Estoril. Este ano, de forma a que a ponte ibérica entre as gastronomias ficasse bem marcada, em vez do tradicional objecto de arte, atribuiuse uma peça representando o simbólico Galo de Barcelos. Após o jantar de gala, prendaramse, com o referido prémio, 35 restaurantes. Para Manuel Maito, Director da Rádio Turismo - Madrid, esta aproximação é bem vinda; «entendemos que a gastronomia em Portugal tem muito valor e importância». Faustino Lopez, embaixador da gastrono-
Da esquerda para a direita, José Manuel Barbosa, Palmiro Martin, Faustino Lopez, Miguel Ferrer e Manuel Maito.
mia madrilena, também destacou o ultrapassar de fronteiras; «A Rádio Turismo já nos levou a várias partes do mundo. Mas é com muito orgulho que, este ano, os hoteleiros espanhóis vêm a Portugal receber este prémio». Por sua vez, o cicerone José Manuel Barbosa deixava o desejo para que no próximo ano a iniciativa se possa repetir em terras lusas, mas de preferência com restaurantes dos dois países, num «autentico convívio ibérico». Entre os muitos convidados, além dos já referidos, estava o grande embaixador da
gastronomia Espanhola, Palmiro Martin; o representante da gastronomia de Barcelona, Miguel Ferrer; o Presidente da Câmara Municipal de Téo, Armando Blanco; o Vereador da Câmara Municipal de Pajora, Pedro Castillo; a Consul Geral de Portugal em Vigo, Maria Regina Flor e Almeida; o Presidente da Região de Turismo do AltoMinho, Francisco José Torres Sampaio; o Presidente das Adegas Quinta Solar de Serrade, Adriano Pereira Afonso; e o Presidente da Confederação Luso-Galaica da Pequena e Média Empresa, António Reguera.
Emília Romano regressa com um novo trabalho. A fadista apresentou “Castiço é meu Fado”, quando se prepara para uma digressão pelo Luxemburgo.
“Castiço é meu Fado” é o oitavo trabalho na carreira de Emília Romano.
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NOVA MORADA
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“Sobreiro” foi alvo da Operação Policial “Despertar Outubro” A mais recente operação da PSP Porto abrangeu praticamente todo o distrito do Porto MARIANA MACIEL
“Castiço é meu Fado” ANTÓNIO MANUEL MARQUES
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Intitulando-se como bairrista, a fadista oriunda do típico Bairro da Sé dedica-se ao Fado há 12 anos. “Comecei como toda gente e neste momento faço
digressões pelo país inteiro e no estrangeiro”, conta ao MaiaHoje, Emília Romano, na apresentação do seu novo trabalho, levada a cabo no restaurante Manancial. Com letra de Carlos Alberto Santos, este novo álbum marca uma pequena viragem na sonoridade da fadista, agora um pouco mais dedicada ao “Fado Castiço”, “tenho feito muitos trabalhos que seguem uma sequência. Este é um dos trabalhos que tenho mais castiços. Virei um pouco para o Fado Castiço”. A julgar pela adesão de todos os que se deslocaram ao “Manancial” para escutar Emília Romano, acompanhada de Manuel Rêgo na guitarra portuguesa e Américo César à viola, as perspectivas para este novo trabalho são boas, “está um trabalho muito engraçado e quem me conhece sabe que sou uma pessoa alegre. Sou uma pessoa positiva e penso à partida que as pessoas vão gostar”. Depois desta apresentação, a fadista portuense prepara-se agora para rumar ao Luxemburgo para uma digressão tem lugar daqui a cerca de um mês.
O Comando Metropolitano da Polícia de Segurança Pública do Porto realizou, no dia 22 de Outubro, uma operação policial designada por “Despertar Outubro” e que visou o combate à criminalidade e a fiscalização rodoviária. Esta operação, que contou com a actuação de 400 agentes policiais, fardados e à civil, abrangeu a generalidade da área deste Comando Metropolitano, nomeadamente os concelhos de Maia, Matosinhos, Porto, Vila Nova de Gaia, Vila do Conde, Póvoa do Varzim, Gondomar, Valongo e Santo Tirso. “Despertar Outubro” teve várias áreas de intervenção, designadamente a prevenção e controlo de criminalidade nos bairros e nas zonas de grande movimento, fiscalização rodoviária, fiscalização de estabelecimentos de restauração e bebidas, e identificação de suspeitos e detecção de situações de tráfico de drogas ou de outra criminalidade. Na sequência das acções desenvolvidas pelos agentes de todas as Divisões deste Comando, resultaram 1743 fiscalizações, 406 identificações, 50 detenções e diversas apreensões de estupefacientes, veículos e material electrónico.
Vaga de assaltos atinge a Maia Calculistas, armados e com um particular interesse pelos Audi. São assim os assaltantes que, nos últimos meses, levaram a cabo uma invulgar vaga de roubos de viaturas, ameaçando os respectivos proprietários com armas de fogo. Os assaltos, que têm ocorrido no distrito do Porto, chegaram recentemente à Maia. No passado fim de semana, o gangue actuou em Moreira da Maia, onde assaltou a condutora de um Audi A4. Cinco homens, armados com caçadeiras, obrigaram a proprietária a sair da viatura e fugiram na mesma. As autoridades estão a investigar os casos, tendo já procedido à detenção de um indivíduo suspeito de pertencer ao gangue.
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Rivalidade paroquial em VN Telha Duas igrejas dividem a realidade religiosa da freguesia. Algumas pessoas da “zona antiga” recusam-se a realizar a comunhão solene na nova capela. Um mal estar que já está a cansar o padre. TEXTO: JOSÉ MATOS FOTOS: CARLOS BARRIGANA
Tudo terá começado com a construção, há uns bons anos atrás, na freguesia de Vila Nova da Telha, da Capela situada na Urbanização do Lidador, em honra de Nossa Senhora da Paz. O crescimento que se começou a sentir na nova área da freguesia, com o aparecimento das Urbanizações do Lidador, Bouça Grande e Quires, criou um novo género de centralidade e um deslocar da população. Esta nova realidade “despertou” a necessidade de um espaço de culto. Nem toda a gente viu a obra com “bons olhos”, mas o que é certo é que nasceu, de maiores dimensões e mais moderna que a “antiguinha” Igreja Matriz da parte baixa da freguesia. As missas passaram a ser celebradas nos dois lugares de culto, não se sobrepondo. Na Igreja Matriz exerce o “ofício” o Padre Alcindo Barbosa, pároco “emprestado” da freguesia de Moreira, essencialmente após o falecimento do padre de Vila Nova da Telha; ao passo que na capela celebra a missa um padre auxiliar. O Presidente da Junta de Freguesia de Vila Nova da Telha, Pinho Gonçalves (na autarquia há mais de 30 anos), recorda que desde que foi erguida a capela passaram a existir algumas diferenças de opiniões, embora não entenda o facto como rivalidade; «As pessoas falam, mas penso que não são desentendimentos. Em Vila
Nova da Telha apenas existe uma paróquia que, neste momento, por falta de padre próprio está a ser conduzida pelo Padre Alcindo, da vizinha freguesia de Moreira. Presta serviços religiosos às duas freguesias. Ele queixa-se de ter bastante trabalho, o que é compreensível. Vai procurando repartir o seu tempo. Eu vou à Igreja Matriz ao Domingo por hábito, não por qualquer rivalidade».
Comunhões solenes “abrem ferida” De acordo com o que o MaiaHoje teve conhecimento, a separação entre alguns fiéis ter-se-á acentuado com a recente decisão de transferir determinadas cerimónias de baptismos para a Capela da Urbanização do Lidador. Estipulou-se que sempre que fossem mais de 20 crianças para a cerimónia da comunhão solene, a mesma teria impreterivelmente lugar na Capela de Nª Srª da Paz, por ser mais espaçosa; «É que aparecem sempre os pais, os padrinhos, os avós e a Igreja Paroquial não comporta tanta gente. Houve, desde logo, divisões», refere o Presidente de Junta. E é aqui que reside o verdadeiro problema, a razão de ser da rivalidade. Uma das residentes na parte baixa de Vila Nova da Telha - que preferiu não se identificar por receio de “represálias”, segundo palavras suas - afirmou por
A Igreja Matriz nem sempre tem convivido bem com...
carta que “a Freguesia está dividida”. Vai mais longe notando que “no meio de tudo isto está o ódio sem sentido nem razão de ser que os habitantes da parte velha têm pela parte nova”. Acrescenta que os da parte alta «vão à Igreja velha para fazer catequese, mas o contrário é impensável e tema de grandes debates, discussões e insultos... Os pais da parte velha recusam terminantemente que os seus filhos participem em qualquer actividade na igreja nova”. Para esta munícipe, a rivalidade é algo de lamentável, já que “somos todos da mesma freguesia». No entender do autarca, embora frise não estar muito por dentro do assunto, o que terá corrido menos bem foi a condução do processo; «Talvez tenha falhado a comunicação dos catequistas com os pais envolvidos. Penso que o problema terá estado aí, no facto de não se ter dado o devido conhecimento à população. Sei que falaram com o padre e que ele ficou um pouco melindrado com a situação. A reacção de alguns pais motivou um certo mal estar». Uma realidade que Pinho Gonçalves gostaria de ver resolvida; «Não sei se terei alguma autoridade para fazer algo neste campo. O que posso dizer é o que o Padre Alcindo tem feito um bom trabalho em Vila Nova da Telha. Um padre é uma personalidade muito importante para qualquer freguesia. O ideal até seria que tivéssemos um padre só nosso, mas sei que é difícil».
«São apenas duas ou três pessoas discordantes» O Padre Alcindo Barbosa preferiu não tecer grandes comentários sobre o assunto, desvalorizando-o. Referiu ser algo de muito circunstancial, sem relevância; «São apenas duas ou três pessoas que não concordam que as comunhões solenes se realizem na capela». Notou, no entanto, que quando são mais de 20 as crianças a serem baptizadas não pode ser de outra forma, visto que na Igreja Matriz fica sempre muita gente de fora; «e aí sim, é que as pessoas se tornam mal dispostas». Acentuando a ideia dos descontentes serem uma pequena minoria, deu o exemplo da procissão de Maio, com a população a forçar para que saia da Capela de Nª Srª da Paz. Informou, ainda, que a Confraria de S. Vicente Paulo, da parte antiga da freguesia, pretende realizar a sua festa de 9 de Dezembro no espaço de culto sito na Urbanização do Lidador. Todavia, o Padre Alcindo Barbosa reconheceu que chegou a tentar falar com o Bispo para voltar a ficar apenas com Moreira, mas que voltou atrás na decisão. Numa das missas comunicou mesmo que já teria falado com o Bispo no sentido de voltar a ficar apenas com a paróquia de Moreira, que já lhe dava trabalho que chegasse. Com 81 anos de idade, celebra a missa na Freguesia de Moreira há já 38 anos. Em Vila Nova da Telha está há quatro anos e, apesar de alguns desentendimentos, será para continuar.
a nova Capela
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Pais chamados à escola para levantar... dez cêntimos A carta de aviso fica mais custosa. José Mesquita, Presidente do Agrupamento Vertical de Escolas Dr. Vieira de Carvalho, refere que o sistema do cartão magnético a isso obriga. JOSÉ MATOS
Nos últimos tempos, encarregados de educação de alunos da Escola EB 2,3 Dr. Vieira de Carvalho (o MaiaHoje teve conhecimento desta, mas o mesmo deverá acontecer noutros estabelecimentos) têm recebido correspondência para levantarem verbas na ordem dos 10 cêntimos. A situação aplica-se aos alunos que deixaram o ensino Básico para o Secundário e que, por conseguinte, mudaram de estabelecimento escolar. O cartão magnético, meio introduzido nas escolas maiatas, que permite criar correntes de consumo internas sem ser preciso dinheiro (por exemplo nas cantinas ou quiosques), não pode ter qualquer saldo. A escola vê-se obrigada a devolver o remanescente, conforme explica José Mesquita, Presidente do Agrupamento Vertical de Escolas Dr. Vieira de Carvalho; «Por mais baixa que a verba seja, não podemos ficar com ela. O dinheiro não é da escola. O sistema funciona como uma conta corrente à ordem, o cartão precisa de carregamentos. Ora, em termos administrativos esse dinheiro não é nosso. Para passar a ser da escola o aluno tem que consumir. Ao fim do ano não o podemos ter justificado. O cartão fica desactivado, mas o dinheiro mantém-se do aluno». A devolução não reclamada dentro do prazo é transferida por documento interno para a Conta Geral da Escola. A questão é que, em grande parte dos
casos, o envio da carta informativa, a conceder um prazo para a devolução, sai mais cara que a própria verba remanescente do cartão magnético, já sem contar com o tempo gasto. «Claro que acaba por ser uma situação absurda para a escola, pois há casos de pessoas para levantar 10 cêntimos, dois e até um. Mas mesmo assim tivemos que enviar as cartas.
Toda a gente tem direito a levantar o dinheiro, seja a verba que for», afirma José Mesquita. Para que se evitem estas situações de futuro, está previsto o aviso atempado dos alunos e encarregados de educação que se encontrem num quadro de mudança do estabelecimento, para colocarem o cartão com saldo a zero até 30 de Junho, dia em
que encerra a contabilidade da acção social escolar. Caso não o façam terão, a partir daí, mais uma semana para se dirigirem à secretaria e levantarem o dinheiro de sobra. Só para se ter uma ideia, de acordo com José Mesquita, no ano passado saíram da EB 2,3 Dr. Vieira de Carvalho para o 10º ano cerca de 150 alunos.
Os alunos da EB 2,3 de Moreira terão que deixar o cartão com saldo zero até 30 de Junho
Escola Profissional Novos Horizontes comemora quarto aniversário
maiahoje numa banca perto de si...
A instituição irá comemorar hoje o Dia da Escola, com quatro anos de funcionamento MARIANA MACIEL
A Escola Profissional Novos Horizontes, sediada em Moreira da Maia, comemora mais uma vez o Dia da Escola, com quatro anos de funcionamento e a segunda “rodada” de diplomados dos Cursos de Técnico de Serviços Jurídicos e de Técnico de Hotelaria/Recepção e Atendimento. O dia será celebrado com um jantar formal, que contará com a presença de entidades representantes da Câmara Municipal da Maia, Junta de pub
Freguesia local, Direcção Regional de Educação do Norte, PRODEP III e entidades parceiras de estágio. O evento terá lugar na Quinta do Geraldino, em Gemunde, pelas 20:30 horas. A Escola Profissional Novos Horizontes ministra cursos profissionais em áreas de formação como a Contabilidade, o Direito e a Hotelaria. Considerando o sucesso até aqui conseguido, a instituição abriu este ano dois cursos profissionais de nível III, com a duração de três anos e
que dão equivalência ao 12º ano de escolaridade Técnico de Contabilidade e Técnico de Hotelaria/Recepção e Atendimento. No próximo ano lectivo a escola irá promover, pela segunda vez, o Curso de Especialização Tecnológica de Gestão de Animação Turística, póssecundário, que confere um certificado de qualificação profissional de nível IV reconhecido pelo Ministério da Educação.
DIRECÇÃO REGIONAL DA ECONOMIA DO NORTE AVISO DE CONSULTA PÚBLICA Tendo sido apresentado a esta Direcção Regional um pedido de autorização de instalação de um conjunto comercial, com a área bruta locável de 29.000 metros quadrados, na Rua Agostinho da Silva Rocha, na freguesia de Nogueira, concelho da Maia, comunico que a consulta pública, prevista no artigo 16.º da Lei n.º 12/2004, de 30 de Março, terá início no nono dia posterior à publicação do presente aviso pelo período de 45 dias. Todos os interessados em apresentar observações poderão dirigi-las por escrito à DRENorte, Rua Direita do Viso, 120, 4269-002 Porto ou por correio electrónico para o endereço dre-norte@drn.min-economia.pt. A DIRECTORA REGIONAL DA ECONOMIA DO NORTE, Maria Cândida Guedes de Oliveira jornal Maia Hoje • edição 141 • 28/10/05
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Alerta para a desertificação em Sangemil Mocidade de Sangemil celebrou o 31º Aniversário, chamando mais uma vez a atenção para o problema da desertificação que afecta este lugar de Águas Santas. ANTÓNIO MANUEL MARQUES
O aniversário do Mocidade de Sangemil foi comemorado durante mais de um mês através da organização de diferentes iniciativas, desde um torneio de futebol passando por um passeio de cicloturismo até a uma competição de bilhar. O ponto alto das comemorações teve lugar na sede social da colectividade através de uma sessão solene que juntou responsáveis desportivos e políticos. Por entre desejos de parabéns e congratulações pelo trabalho levado a cabo, ressaltou a principal preocupação que assola população e responsáveis, a desertificação do lugar. O Presidente da colectividade aniversariante, Mário Vinhas, apelou à autarquia para se debruçar sobre o problema, “o que nos preocupa é que Sangemil, um lugar outrora muito populoso, está a ficar desertificado. Apelamos à Câmara, indicando locais onde um projecto PER
poderá ser implantado”. As hipóteses avançadas passam por um terreno na Rua de Timor e outro na Rua de S. Dinis. No lugar de Sangemil existem três colectividades numa área de cerca de cem metros quadrados, o que com a diminuição no número de população faz temer pela manutenção do número de associados das instituições. Pelo lado da Câmara Municipal, o Presidente Bragança Fernandes garantiu a construção de “um pequeno PER” no lugar, referindo que a localização exacta ainda será estudada. Recorde-se que uma das causas para a desertificação do lugar terá sido precisamente o realojamento de algumas dezenas de famílias num empreendimento de habitação social da autarquia, que assim deixaram aquele local de Águas Santas. Para além desta questão, Mário Vinhas solicitou ainda ao edil maiato a construção de zonas ajardinadas naquele lugar, de forma a “dar mais alegria a este
local, que precisa porque está um pouco envelhecido em termos de estruturas”.
Sangemil sem futebol infantil A recente exigência da Associação de Futebol do Porto que todos os clubes, mesmo nas camadas jovens, apresentem um treinador credenciado, obriga o “Mocidade” a ficar de fora das competições infantis este ano. “Já tínhamos a equipa inscrita. Tentamos procurar um treinador, mas não conseguimos comportar o pagamento. Portanto para não pagarmos todas as semanas multas, optamos por não participar”, lamenta Mário Vinhas. Apesar da disponibilidade demonstrada pela Câmara Municipal para ajudar na resolução do problema, a colectividade não vai mesmo poder participar em competições oficiais da AFP, já que os prazos legais já terminaram.
Mário Vinhas espera que o trajecto rumo à desertificação de Sangemil se inverta
“Doze Arte Livre” e o humor como cartão de visita A sede dos “Restauradores de Brás-Oleiro” foi o primeiro palco da peça “Humor com Humor se Paga”. JOSÉ MATOS
Por coincidência ou não, os elementos do grupo têm-se reunido à dúzia, daí o nome. Fundado em 1998, numa junção de pessoas do Ismai e da Escola Superior de Música e Artes do Espectáculo, congregou-se diferentes saberes e aptidões do mundo da arte, desde o teatro à música, passando pela luz, som vídeo e multimédia. «Parecemos os 12 apóstolos», brinca a
directora geral do grupo, Cristina Briona. «Começámos com o teatro de rua. O grupo servia mais para preencher vazios de trabalho. Normalmente juntávamo-nos em Agosto e Janeiro», conta. Em 2004 tomou-se a opção por se realizar um trabalho contínuo. O acordo com a Associação dos Restauradores de Brás Oleiro veio a seguir. «Cada peça que produzirmos estreia-se sempre, antes de qualquer outra actuação ou de uma digressão, na sede dos Restauradores»,
informa Cristina Briona. O primeiro trabalho, estreado há duas semanas, tem como título apelativo “Humor com Humor se Paga”. Um espectáculo para diferentes idades, em que o riso é o elemento mais comum. Trata-se de uma bem disposta sátira a algumas realidades, sobretudo, nortenhas, apimentadas com referências a conhecidas personalidades do mundo da televisão. Cristina Briona, que além de directora, também participou nos textos, figurinos e
adereços, pretende agora levar a peça em digressão a outros pontos do país. Em preparação está já outro espectáculo que deverá estrear em Abril do próximo ano. “Compartimento de Risco” deixa totalmente de fora o humor, num exercício mais dramático, direccionado para um público mais específico. A peça conta a história de quatro adolescentes, cada um com um comportamento próprio de risco, onde se fala de HIV e alcoolismo.
“Humor com Humor se Paga” em cartaz Direcção Geral: Cristina Briona Textos: Cristina Briona e Fernando Ary Figurinos e adereços: Marta Silva e Cristina Briona Vídeo e multimédia: Manuel Albino, Filipe X, Fátima Rangel e João Paulo Luz e Som: Luís K Assessora de Imagem: Anabela Machado Elenco: Cristina Briona, Anabela Machado, Isabel Pinto e Joana Carvalho. Mais Informações: 91 237 32 54 A boa disposição dos Doze Arte Livre”
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A cargo de Lic. Edgar Maia Santos
SERVIÇOS RÁPIDOS, EFICIENTES E DE QUALIDADE, TANTO NO ATENDIMENTO COMO NA REALIZAÇÃO DE ESCRITURAS, PROCURAÇÕES, RECONHECIMENTOS, TESTAMENTOS E DEMAIS ACTOS NOTARIAIS Sito na Praceta Artur Marques, n.º 37 • 4470-0 079 Maia • Tel. 22 943 16 70 • Fax 22 943 16 79
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Este suplemento faz parte integrante da edição n.º 141 do Jornal Maia Hoje e não pode ser vendido separadamente
Biblioteca Municipal Dr. Vieira de Carvalho
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terra de cultura
Para além de simples leitura de um livro
António Manuel Marques
Maia Terra de Cultura - Como tem sido a evolução da Biblioteca Municipal desde o seu início, há cerca de uma década, até aos dias de hoje? Susana Silva - Estou na Biblioteca há cerca de sete anos. Posso falar porque estagiei e fiz a minha formação aqui. Quando entrei para a coordenação da Biblioteca, há quatro anos, apresentavam-se vários problemas e pontos fracos em termos de acessibilidade à informação. Reunia-se neste mesmo edifício o espólio da Biblioteca Municipal e uma sala, onde está hoje o espaço infanto-juvenil, que tinha a informação da Fundação Calouste Gulbenkian, já que era a Biblioteca fixa n.º 109. O leitor ficava um pouco baralhado porque tinha por vezes a mesma informação nas duas bibliotecas que eram autónomas. Isto com a agravante que a Biblioteca Calouste Gulbenkian tinha livre acesso, enquanto a municipal, mesmo na sala de leitura geral, não tinha essa facilidade, o que condicionava muito o funcionamento. Tanto que o número de leitores
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terra de cultura II série • n.º 10
Quinzenal• Outubro 2005
maiahoje jornal regional de grande informação
Maia
Uma Biblioteca serve para muito mais do que apenas ler um livro. É esta a lógica subjacente ao funcionamento da Biblioteca Municipal da Maia, recentemente apelidada como Biblioteca Dr. Vieira de Carvalho. Na verdade, são várias as actividades paralelas levadas a cabo, como contou ao Maia Terra de Cultura, a Chefe da Divisão das Bibliotecas e dos Arquivos Municipais, Susana Silva. Para o próximo ano espera-se a conclusão da nova Biblioteca que funcionará em complemento com a actual. aumentou exponencialmente nos anos mais recentes. Na altura tínhamos cerca de dois mil e nesta altura vamos quase com dez mil. Apresentamos um projecto à Gulbenkian para a fusão dos respectivos acervos e rentabilização dos espaços, ou seja, a sala que era da Gulbenkian é agora um espaço infantojuvenil que comporta duas pequenas salas para esses públicos especiais. De facto, um jovem não gosta de estar ao lado de um bebé de três anos e é muito complicado reunir esses dois públicos, portanto, estão separados e tem resultado muito bem. A sala geral passou a ser de livre acesso e este ano cresceu com mais uma sala porque já não comportávamos os leitores. Chegamos a ter dias em que já não tínhamos lugares para eles se sentarem e então fizemos um trabalho de reestruturação, transformando um depósito em sala de leitura geral. O acesso à Internet foi também uma parte privilegiada, tendo agora acessos separados para adultos e jovens. Antes acediam todos juntos e isso não é bom porque os jovens têm uma dinâmica própria e fazem ruído. No piso de entrada ficou a Literatura como o Romance e o Conto que a pessoa normalmente não vem ler para a Biblioteca, mas sim, buscar para levar para casa. É o piso de maior frenesim da Biblioteca. Para isso também contribui a consulta dos periódicos, principalmente por um público sénior que vem cá e que é assíduo. Uma situação interessante é que esse público sénior já começa a consultar a Internet, enquanto no início haviam alguns constrangimentos. Já começam a dominar e a perceber essa informação. No piso de cima está uma parte mais técnica com a Física, a Química ou a História, onde o leitor precisa de mais silêncio. Aliás, temos muitos estudantes que vêm aqui prescindindo da biblioteca universitária porque dizem que aqui encontram o silêncio e a paz que precisam para estudar. Arrancou-se também com a informatização e o livre acesso com as pessoas a tirarem os livros das estantes, o que não acontecia. Na Internet toda a gente tem direito a uma hora por dia gratuita. Aqui na biblioteca não se paga nenhum serviço a não ser impressões e fotocópias que tirem. Além disso, a Biblioteca alargou o horário, porque tínhamos um horário em que não servíamos a população, estando abertos de segunda a sexta, no expediente de função pública. Neste momento, não abrimos à segunda, mas estamos abertos de terça a sexta das
9h15 às 18h15 ininterruptamente e ao Sábado das 9h30 às 16h30, também sem paragem.
“Neste momento, já temos o nosso catálogo online, pela menos a parte que está informatizada já pode ser pesquisada a partir de casa pela Internet. Apesar disso, ainda estamos muito aquém de completar o processo, já que temos cerca de 110 mil títulos para colocar na base e temos cerca de 15 mil já inseridos”
MTC - Depreendo pelas suas palavras que esta evolução tem sido positiva? SS - Muito, até principalmente pela informatização do acervo. Neste momento, já temos o nosso catálogo online, pela menos a parte que está informatizada já pode ser pesquisada a partir de casa pela Internet. A própria base de dados está também disponível na Biblioteca. Apesar disso, ainda
ficha técnica
estamos muito aquém de completar o processo, já que temos cerca de 110 mil títulos para colocar na base e temos cerca de 15 mil já inseridos. Podem ser pesquisados por título e autor mas também por assunto. Há muitas bibliotecas públicas que não indexam por assunto porque é um trabalho moroso, mas todos os livros informatizados estão com o processo técnico completo.
“A ideia da Biblioteca é um pouco esta. Não é só ler e vir buscar o livro ou o DVD, mas podem-se realizar um sem número de actividades lúdicas que também podem ser pedagógicas. Os miúdos saem daqui com informação que é vital para eles”
MTC - A Biblioteca não serve apenas para ler livros. Há mais para além disso e uma série de actividades que são organizadas... SS - Neste momento, temos como principal preocupação dois públicos: o
Propriedade Câmara Municipal da Maia
Editor MaiaPress • Jornal MaiaHoje
Design gráfico e Paginação Bruno Ferreira da Silva • MillenniumPress
Direcção Pelouro da Cultura
Impressão Diário do Minho
Tiragem 6.000 exemplares
Director Executivo Mário Nuno Neves
Redacção Pelouro da Cultura da C. M. Maia Jornal MaiaHoje
Fotografia Arquivo Jornal MaiaHoje
infanto-juvenil e o dos lares e centros de dia. O primeiro porque queremos transformá-los em verdadeiros leitores porque é de pequenino que se começa. As nossas Horas de Conto começaram de uma forma embrionária porque não tínhamos experiência. Neste momento, acho que estamos a fazer um trabalho com muita qualidade. Já há uma estrutura que atravessa o ano inteiro e há uma temática, que este ano é a Bruxa no Universo Infantil. A sala foi decorada e de facto, entra-se num mundo diferente e os miúdos estão seduzidos com isso. Ficam motivados e saem com vontade de voltar. A par da Hora do Conto temos também o Ciclo de Cinema. É um momento muito informal e pode ser só com os meninos ou com os pais. É uma partilha muito positiva e está a ser uma experiência muito interessante. Também temos uma Hora de Conto para os mais velhos, mas eles gostam muito do Ciclo de Cinema, especialmente filmes que recordem a sua mocidade como o “Pátio das Cantigas”, e que não tenham legendas porque muitos não sabem ler e temo-nos deparado com esse problema. Por exemplo, quando vamos aos lares com o Bibliobus a maior parte tem
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dificuldade ou não lê e assim, o Ciclo de Cinema é muito mais motivante para eles. Sobretudo, quando saem dos lares e vêm para um espaço novo e acaba por ser o “fim-de-semana” deles. Estamos agora a arrancar com umas oficinas de leitura, que é um projecto que envolve as Bibliotecas públicas da Área Metropolitana do Porto. É uma iniciativa dirigida aos meninos do 3º e 4º anos que não têm grandes ferramentas de leitura e escrita, funcionando com dois animadores. Vai ser avaliado pelo Departamento de Sociologia da Universidade do Porto para ver a sua progressão e de facto, vai ser muito interessante porque posteriormente poderá ser multiplicado. Para já, vai ser um projecto-piloto que envolve 40 meninos. Depois sempre que um escritor quer lançar cá um livro pode fazê-lo. Normalmente escolhemos uma sextafeira ao fim do dia. Estamos também a dinamizar o pólo da Quinta da Caverneira. Tem um objectivo e um perfil diferente desta Biblioteca porque o que estamos a fazer é levar lá a Hora do Conto porque têm um auditório óptimo e as escolas de Águas Santas e Pedrouços têm muito mais facilidade em aceder àquele espaço do que em vir aqui. Estamos a fazer também ateliers. Neste momento, arrancamos com uma iniciativa que está a ser muito interessante que é decorar caixinhas com sementes. Eles comem mas não sabem muito bem o que é e como são aqueles alimentos secos... o arroz, o milho das pipocas e a aveia também foi uma surpresa. É um contacto com essas coisas porque a Maia ainda tem uma vertente muito rural. Em Novembro vai acontecer o mês da Ciência porque ocorre a semana da Ciência e Tecnologia. Promovemos exposições temáticas e estamos a preparar uma intitulada “Génios da Física” ainda dentro das comemorações de Einstein. Vamos ainda fazer oficinas onde as crianças vão fazer experiências relacionadas com a Física, também para motivá-los para outras leituras. Se soubermos ler vamos
potenciar bons alunos a Matemática ou a Física, porque são ferramentas essenciais. Eles ficam maravilhados com esses ateliers porque são eles que fazem as coisas ainda que com a nossa ajuda... são eles os cientistas. Também vamos fazer quatro oficinas pedagógicas no sentido da Higiene Oral, em que vamos contar com a presença de um estomatologista. Vamos fazer uma viagem com o “Prof. Dentolas” na defesa dos dentes. Vão receber um diploma em como sabem escovar os dentes e os mais novos acabam por ir muito motivados para casa. A ideia da Biblioteca é um pouco esta. Não é só ler e vir buscar o livro ou o DVD, mas podem-se realizar um sem número de actividades lúdicas que também podem ser pedagógicas. Os miúdos saem daqui com informação que é vital para eles como é este exemplo da Higiene Oral. Também há momentos de festa como no dia 11 de Novembro em que vai decorrer um magusto na Quinta da Caverneira. Estamos neste momento a preparar os convites para as escolas. MTC - A Biblioteca está neste momento num processo de certificação de qualidade. Como está a evoluir esse processo? SS - Começou agora em Outubro. Estamos na fase de levantamento de processos e de encontrar os pontos fracos e pontos fortes para depois tratarmos disso. Penso que daqui a oito meses estará concluído e será muito bom. MTC - Vai implicar grandes mudanças no funcionamento? SS - Tem obrigatoriamente de se mudar algumas coisas. Uma delas é a automatização do empréstimo que ainda é feito à mão. Depois em termos de espaços, este edifício está optimizado ao máximo e não há grande espaço para melhorar. A nível de informação há algumas lacunas porque a nossa Biblioteca ainda está muito assente no “impresso” e
as bibliotecas têm de ter, hoje em dia, um número mínimo de CD´s, DVD´s e materiais electrónicos que estão ainda em falha. Mas de facto, foi um arrancar e a autarquia não consegue fazer face a tudo porque vai ter que despender uma quota parte financeira grande para resolver essas lacunas. Mas com o que temos a rentabilização está ao máximo, sendo sempre possível melhorar. MTC - Num mesmo edifício temos dois equipamentos culturais, o Fórum da Maia e a Biblioteca Municipal. Como se complementam? SS - Há sempre aspectos positivos e negativos. Da articulação resultam sempre ganhos e a proximidade ajuda por exemplo, quando temos um encontro com um escritor e temos cinco ou seis turmas, usamos o auditório do Fórum. É óbvio que temos condicionantes porque o Fórum tem actividades próprias e temos de nos reajustar em termos de calendário e temos de saber gerir isso. É óbvio que se a Biblioteca tivesse uma autonomia maior com um auditório próprio não seria mau, mas por outro lado, vêm ali eventos culturais que nos obrigam a fazer uma articulação. O Sr. Vereador e o Chefe de Departamento são “mestres” nisso. Por exemplo, temos um colóquio sobre romance histórico. Isso vai motivar a Biblioteca a fazer uma exposição sobre o romance histórico e isso resulta numa articulação que é enriquecedora para os dois lados porque as pessoas que vêm, acabam por vir à Biblioteca e assim, a Biblioteca dá a conhecer o seu acervo às pessoas que vêm ao Fórum. As parcerias podem resultar de uma forma muito positiva, não sendo constrangedoras. Temos é de ter imaginação e criatividade para contornar uma ou outra dificuldade que surja, mas é fácil porque os colegas são pessoas com quem se trabalha muito bem.
sexta-feira, 28 de outubro de 2005 “Eu gosto muito desta Biblioteca porque a acho muito intimista. Nesta Biblioteca os nichos que existem proporcionam momentos de liberdade e de individualidade, havendo um respeito pela faixa etária”.
MTC - Em relação à nova Biblioteca, como está a avançar e que valências trará? SS - A nova Biblioteca é um espaço muito diferente deste. Esta é uma Biblioteca vertical e a outra será completamente horizontal. Só aí há uma mudança drástica em termos de funcionamento. Eu gosto muito desta Biblioteca porque a acho muito intimista. O “horizontal” é muito bom com a abolição das barreiras, mas vejo algumas bibliotecas novas que têm problemas por causa dessa abolição. Por exemplo, o facto dos jovens e as crianças não se poderem exteriorizar como queriam, porque ao lado está a sala de leitura geral onde os adultos estão a trabalhar. Nesta Biblioteca os nichos que existem proporcionam momentos de liberdade e de individualidade, havendo um respeito pela faixa etária. Abolem-se as barreiras por um lado, mas criam-se por outro, porque surgem constrangimentos. Esta Biblioteca tem particularidades que se forem bem geridas transformam alguns pontos que são apontados como fracos em bons. Em Portugal pecamos muito, e esta é uma opinião muito minha, a nível de bibliotecas porque temos uma forma e passa a ser tudo igual. Mas a nova Biblioteca está muito bem estruturada pelo arquitecto Loureiro. Gosto muito da planta e está muito bem pensada. A questão do público infanto-juvenil não vai existir porque tem um espaço algo autónomo. A parte do empréstimo também está muito bem situada. Terá um bar que nós aqui não temos e que tentamos
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colmatar com uma máquina de café e de alimentos, mas não é a mesma coisa. Vamos ficar a ganhar com certeza. Neste momento, estamos a estudar a articulação entre este edifício e o outro. Isso ainda não está completamente definido. Por exemplo, onde ficaria um acervo mais especializado e mais antigo? A nossa Biblioteca tem publicações do séc. XVIII e XIX e estas não poderiam ficar num livre acesso, mas poderiam ser consultadas por um público de investigadores. Foi falada e ventilada essa articulação mas ainda não está definida. MTC - E quanto a prazos? SS - Desconheço prazos. O Sr. Presidente falou na inauguração do novo piso que poderia ser daqui a um ano, mas não tenho ideia.
“Continua a ser um projecto válido, apesar das bibliotecas escolares começarem a proliferar e terem boa qualidade, mas ainda há trabalho a fazer. Temos boas bibliotecas principalmente ao nível das EB 2,3”
MTC - A Biblioteca tem ainda um projecto paralelo intitulado Bibliobus, que leva livros às escolas e lares. Como tem decorrido esse projecto? SS - Arrancamos em Outubro de 2002. Continua a ser um projecto válido, apesar das bibliotecas escolares começarem a proliferar e terem boa qualidade, mas ainda há trabalho a fazer. Temos boas bibliotecas principalmente ao nível das EB 2,3 e algumas EB 1 e aí o Bibliobus não vai porque não tem lógica. O Biliobus vai a todas as outras escolas que não estejam no centro da Maia, porque aí é melhor que venham à Biblioteca pública porque tem muito mais informação e um maior acervo. Fora da cidade da Maia, deslocamo-nos a escolas e a lares e centros de dia.
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sexta-feira, 28 de outubro de 2005
Maia
terra de cultura
Continua a ser um trabalho válido e muitas vezes é um cartão de visita da Biblioteca, porque o menino requisita um livro, consegue lê-lo mais rapidamente do que a próxima visita e pede ao pai para ir devolver à Biblioteca Pública. Nesse aspecto, acaba por fazer a articulação entre a comunidade e Biblioteca. O projecto está a arrancar muito bem este ano. MTC - Os objectivos que presidiram à criação do projecto continuam válidos? SS - Continuam. Vamos agora talvez renovar algum acervo e nota-se que a nível dos Jardins-de-infância começam a haver os pedidos, não através dos meninos que são novos, mas pela educadora que pede um conjunto de livros para trabalhar determinado tema. Os Jardins-de-infância estão a aderir muito bem à Biblioteca Itinerante. Nos Idosos vamos ter de reformular um pouco a Biblioteca Itinerante. Vamos ter de renovar a informação que terá de ser mais ao nível de DVD´s com filmes que não sejam legendados, porque de facto, não lêem muito. Depois, teremos de pensar num projecto com um animador que vá lá e que faça uma leitura de uma poesia ou uma Hora do Conto. É capaz de resultar mais. Não são eles que lêem mas nós que lemos para eles. Isso valida na mesma o projecto da Biblioteca Itinerante. Teremos de ver essas duas situações.
Dados referentes ao 1.º semestre de 2005 Número de novos utilizadores inscritos: 709 Número de documentos em empréstimo domiciliário: 2965 Consulta presencial: 29145 Utilizadores da Biblioteca Itinerante (Bibliobus): 7237 Empréstimo na Biblioteca Itinerante (Bibliobus): 7143 Número de crianças que assistiram à Hora do Conto: 2886 Número de utilizadores que assistiram ao Ciclo de Cinema: 622 Número de utilizadores que efectuaram visita guiada à biblioteca: 184
FREGUESIAS
mh
A ingrata busca de um pouco de felicidade Família de criança maiata doente com Leucemia pede ajuda no sentido de proporcionar melhores condições ao jovem. Médicos não perspectivam cura para o pequeno Fábio. ANTÓNIO MANUEL MARQUES
Fábio Moisés vivia com o pai, a trabalhar em Espanha, quando lhe foi diagnosticada Leucemia. Logo foi submetido a uma série de tratamentos que se estendem até aos dias de hoje, sem resultados positivos. Depois de dois anos de tentativas, os médicos não atribuem grandes esperanças a Fábio Moisés, que com seis anos de idade, vive com os seus pais e restante família, na freguesia de Barca. Sem grandes meios económicos, subsistindo à custa do Rendimento Mínimo e numa casa onde vivem dez pessoas, seis delas menores, a família de Fábio Moisés espera auxílio no sentido de proporcionar as melhores condições possíveis à criança. Através da Segurança Social, a mãe de Fábio, Alice Pereira, tem tido alguma ajuda, nomeadamente para medicação, mas devido à falta de verbas esse auxílio deve terminar em breve, sendo apenas possível a retoma no próximo ano, altura em que Alice Pereira teme ser já tarde de mais. Através do “Coração da Cidade”, a avó da criança conta também receber algum auxílio a nível de alimentação, mas as dificuldades permanecem para a compra de fraldas, pomadas, medicação e até roupa. Para além disto, nesta altura difícil, Fábio tem feito pedidos normais de uma criança, que os pais lamentam profundamente
não poder realizar, “tem muitos desejos de criança, desde pizza a hamburger’s entre outros. Apesar de já não conseguir comer muito”. São assim os dias de Fábio, numa existência que apesar de curta tem o
sofrimento de uma vida inteira. Qualquer interessado em ajudar esta família poderá fazê-lo através do número 936777256 ou através do NIB: 003504290004520020061.
Tia e mãe de Fábio Moisés apelam à ajuda de todos.
sexta-feira 28 de Outubro, 2005
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Independentes apresentam queixa A alegada colocação de um cartaz eleitoral à saída de uma mesa de voto está na base de uma queixa do movimento independente “Folgosa Mais Forte”. AMM
A alegada presença de um “outdoor” eleitoral da coligação PSD/CDS-PP à saída da Junta de Freguesia de Folgosa, mesa de voto nas últimas Autárquicas, motivou uma queixa do movimento “Folgosa Mais Forte”. De acordo com o líder António Moreira, a sua candidatura ficou prejudicada por aquela situação, “é um cartaz que está à porta e é um indicativo que provavelmente acabou por influenciar a minha lista porque não fui eleito por 15 votos”. Melindrado pela situação, este responsável vai mais longe e refere mesmo que, os elementos da mesa de voto não registaram a sua queixa. Segundo o que refere a Lei eleitoral, 50 metros é a distância mínima entre uma mesa de voto e um outdoor de propaganda eleitoral, algo que segundo António Moreira, não foi cumprido. De acordo com o que o MaiaHoje apurou, o processo está em averiguações, sendo que o queixoso pondera recorrer ao Ministério Público, se não tiver uma resposta em breve, “se não obtiver resultados vou até ao fim, porque a Lei é para se cumprir”, refere o anterior membro da Assembleia de Freguesia de Folgosa. Até ao fecho desta edição, o MaiaHoje tentou contactar o Director de Campanha do PSD/CDS-PP nas última Autárquicas, Hernâni Ribeiro, mas tal não foi possível.
“Colors of Beauty” Um novo olhar maiato para a beleza dos cabelos A casa, sita na Rotunda dos Maninhos, garante um diversificado serviço a pensar tanto “nela” como “nele”. «Os maiatos são vaidosos... e ainda bem», quem o diz é a proprietária da “Colors of Beauty”, Paula Silva, mostrando confiança na implementação do seu novo espaço, que abriu há cerca de uma semana, na Rua de S. Romão (plena rotunda), em Vermoim. A casa, com cerca de 90 metros quadrados, funciona como cabeleireiro unisexo, centro de bronzeamento e estética. Na componente de cabeleireiro presta os normais serviços, que vai da coloração ao “brushing”, passando pela ondulação e desfrisagem. Ao nível da estética, destaca-se a depilação a lazer, a maquilhagem, “manicure”, “pedicure” e tratamento de corpo e rosto. A massagem é garantida por uma profissional tailandesa. No solário é utilizada a melhor linha do mercado. De acordo com a vermoense Paula Silva gerente da loja, em conjunto com a irmã, Elisabete Silva, que se encontra em Paris - a diferença do estabelecimento em relação à concorrência vê-se em alguns factores. Um deles é o profissionalismo; «Temos profissionais a trabalhar connosco. Nenhuma das
funcionárias é ajudante. São duas cabeleireiras, uma esteticista e uma recepcionista. Além disso vou procurar que estejam sempre actualizadas, incentivando-as a participarem em acções de formação».
O ambiente e a decoração também foram factores levados em linha da conta; «Trouxe de Paris várias ideias, como as cores vivas que dão um outro bem estar ao cliente, num ambiente moderno».
As cores do profissionalismo
Paula Silva entende que também está a preencher uma lacuna no universo dos cabeleireiros da Maia no que toca ao atendimento e ao acolhimento. Relativamente aos preços, defende um equilíbrio entre a economia e a qualidade; «Estamos dentro do que se pratica noutros lados, com preços acessíveis. A diferença é que uso sempre os melhores produtos, das melhores marcas e não cobro mais por causa disso». Outro aspecto importante neste género de negócio é o horário praticado. A “Colors of Beauty” pretende chegar aos ritmos e necessidades dos maiatos. De terça-feira ao Sábado, abre-se às 9h00 e encerra-se à 19h00. Todavia existem algumas “nuances”. No Sábado abre portas meia hora antes, portanto às 8h30. As sextas e sábados, desde que haja marcação, a casa encerra às 21h00. O estabelecimento está assim desejoso de contribuir para a beleza dos seus clientes, com novas cores e ideais. A longo prazo, o objectivo passará por abrir uma casa no Porto e, posteriormente, na Cidade da Luz, onde as cores brilham mais alto: Paris. pub
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sexta-feira 28 de Outubro, 2005
FREGUESIAS
Assembleia de Silva Escura “instalada” perante sala cheia O Presidente, Sousa Dias, garantiu que para a Junta não existem Silvaescurenses de primeira e de segunda. Os dois elementos do PS estiveram ausentes.
Assembleia de Freguesia de Silva Escura EXECUTIVO Presidente: José Torres Sousa Dias Secretário: António Armindo Soares Tesoureiro: Fernandino F. Teixeira ASSEMBLEIA Presidente: José Adelino Sousa Gomes 1º Secretário: Paulino G. Oliveira Prata 2º Secretário: Américo ferreira da Silva
Executivo e Assembleia tomaram posse
JOSÉ MATOS
«Têm aqui um Presidente de Junta ao vosso dispor», foi assim que Sousa Dias encerrou o acto de tomada de posse da Assembleia de Freguesia de Silva Escura, no passado Domingo. Na hora que antecedeu estas palavras finais, deu a conhecer as caras que o acompanharão num novo mandato, tanto no Executivo como na mesa da Assembleia (as propostas foram aceites por unanimidade). O Presidente de Junta dirigiu vários agradecimentos e palavras de satisfação e confiança; «Nunca houve uma vitória tão expressiva em Silva Escura como a de 9 de Outubro. Mas a partir de hoje deixa de haver Silvaescurenses de primeira e de segunda». À comunicação social referiu que as responsabilidades são acrescidas; «Este Executivo, até por causa de um resultado mais expressivo, terá que dar uma resposta adequada ao eleitorado, fazer ainda mais e melhor. No primeiro mandato criámos os
alicerces da freguesia, porque sem eles não se podia fazer obra. Agora, com mais experiência, com a ajuda da população e da Câmara Municipal, vamos trabalhar para destacarmos a freguesia e dotarmos Silva Escura com mais valências». Notada foi a ausência dos dois elementos do Partido Socialista, apesar de, segundo referiu Adelino Sousa Gomes, terem sido executados todos os procedimentos nos termos da lei para informar as pessoas em questão do acto de tomada de posse. Para Sousa Dias a ausência terá sido propositada, em virtude de alguns acontecimentos de campanha; «A população disse não ao insulto que se fez por escrito num “livreco” que andou a ser espalhado pela freguesia. Talvez estejam envergonhados. A ausência constitui também um desrespeito ao eleitorado que votou no PS». Atitudes que não pretende perdoar; «Na política perdoa-se tudo, menos as ofensas pessoais». O novo Presidente da Assembleia de Freguesia (foi no mandato anterior 1º
Vogais Armando Silva Dias (PS) Ângelo Fernandes Gomes Américo Dias Mandim (PS) Fernando Sousa Ferreira Fernandino das Dores Martins Soares José Pereira Dias secretário da mesa), falou, a propósito dos alegados insultos, em astúcia política, «estratégia que normalmente leva à derrota». Referindo-se à lista que representou, afirmou ter sido composta por «pessoas competentes e humildes, sem tratar ninguém mal». Dirigindo-se à população, deixou o desejo para que apareça o maior número de pessoas nas Assembleias de Freguesia; «É o local apropriado para colocarem os problemas e serem esclarecidas. Não discutam só à porta da Igreja e dos cafés». Os eleitos foram investidos numa sede de Junta que foi pequena para tanta afluência. Além do cidadão anónimo, fizeram questão de marcar presença muitos políticos do contexto local: futuros vereadores, presidentes das concelhias do PSD e CDS-PP, presidentes de junta, Presidente da Assembleia Municipal, Luciano Gomes, e, em representação do Presidente da edilidade, o futuro número dois, Silva Tiago.
Encontro com a Arte entra na recta final Termina este Domingo a segunda parte do Encontro com a Arte da Vila de Moreira, dedicada ao Artesanato e Arte Sacra. A décima nona edição do Encontro com a Arte da Vila de Moreira aproxima-se do fim. Depois da parte do certame dedicada à Pintura e Escultura, foi agora a vez da Arte Sacra e Artesanato, que teve a inauguração no passado dia 21. Até este Domingo, o Salão Nobre dos Bombeiros Voluntários de Moreira acolhe os trabalhos de oito escultores de Arte Sacra e de 35 artesãos, oito dos quais colectivos. Segundo os responsáveis, o número de participantes, a quantidade, a diversidade e a qualidade dos trabalhos expostos justificam uma visita.
Espectáculo de Tunas na Granja MM
A Associação de Moradores da Granja leva a efeito amanhã, 29 de Outubro,
pelas 21:30 horas, um evento cultural que conta com a actuação da Tuna Feminina da Faculdade de Letras da Universidade do Porto e da Tuna
Académica do Instituto Superior de Engenharia do Porto. O espectáculo terá lugar no Salão de Festas da Associação, em Águas Santas.
Noites Magazine Social da Maia
hoje
Canecas erguidas no Porto Palácio Hotel TEXTO: MARIANA MACIEL FOTO: CARLOS BARRIGANA Pelo 20º ano consecutivo, Festa da Cerveja animou o Porto Palácio Hotel com um festival gastronómico de inspiração germânica. A tradicional festa de Outono, patrocinada pela Companhia Aérea Lufthansa entre outros, recriou no Salão Douro o efusivo ambiente característico do maior festival público do mundo - o Oktoberfest de Munique. A Festa da Cerveja deste ano ofereceu o melhor da cozinha alemã. O chefe Hélio Loureiro foi o responsável pela confecção de delícias como leberkase, choucroute, salsichas de porco, tarte de maçã e creme bávaro. E claro, como num bom ambiente bárbaro, não faltaram litros e litros de cerveja a acompanhar. A “Unterbrunner Blasmusik Orchester” foi responsável pela animação musical do evento, brindando por várias vezes o público presente com «Ein Prosit, ein Prosit!» - “Uma saúde, uma saúde!”.
A Oktoberfest de Munique A famosa Festa da Cerveja de Munique, que dá pelo nome de Oktoberfest e que este ano decorreu entre 17 de Setembro e 3 de Outubro, é a maior festa de Munique e a que atrai maior número de visitantes estrangeiros. A Oktoberfest teve origem em 1810 para comemorar o casamento do Príncipe Herdeiro Luís com a Princesa Teresa de SaxóniaHildburghausen. Quase dois séculos depois, tornou-se no maior festival público do mundo.
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sexta-feira 28 de Outubro, 2005
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Factos
OPINIÃO
Há dias assim! joaquim jorge
Arrumar a casa. O PS tem de
começar a pensar desde já no futuro e com outros protagonistas. Jorge Catarino deve abandonar o seu lugar de vereador na CMM. Aliás não devia ser só ele. Em política é preciso perceber os sinais. A imagem deste ilustre amigo não passa. Os vereadores do PS eleitos devem pura e simplesmente ficar na oposição sem qualquer ligação ao poder. Exercendo uma oposição interventiva, em constante articulação com a concelhia e protagonistas empenhados nesta campanha finda. Uma palavra de apreço para Jorge Catarino, o socialista Maiato com mais notoriedade e relevância pela sua luta encetada, difícil, armadilhada e sinuosa com inimigos mais acutilantes dentro do PS do que no seu exterior. É um exemplo para todos nós pelo que fez do seu PS e pela Maia. Um Obrigado. O futuro deste partido passará sempre por ele. Terá sempre uma palavra a dizer no arrumar da casa e no seu futuro.Dever-se-á colocar num lugar de retaguarda mantendo-se na Concelhia procurando congregar e unir os socialistas.Rodeando-se de novas caras e ideias, o seu contributo é decisivo. Orientando as oposições nas freguesias e na CMM. Onde vencemos deveremos mostrar o nosso valor. Onde perdemos deveremos fazer oposição leal, digna, colaborante mas não subserviente. Não aceitando participar em nenhum executivo de freguesia muito menos com independentes ex-socialistas.
Ao
comparar as eleições para a câmara municipal (mais personalizada) com as para a assembleia municipal (mais centradas na opção partidária do eleitorado). O resultado não deixa de ser curioso e espelha melhor a realidade. Os votos conjuntos do PS, BE, PCP ficam a uns escassos 1000 e tal votos da maioria PSD/PP.
Tachos nas empresas públicas na Maia. Li na Visão do passado dia 6 de Outubro que todos os 15 lugares das cinco EM (empresas municipais) são ocupados por elementos do executivo camarário com o vereador da cultura, Mário Nuno no topo do ranking: acumula a presidência da Academia das Artes com a administração em mais três EM. António Silva Tiago, vice-presidente, tem assento na Lipor e ainda gere duas empresas municipais. Bragança Fernandes, está na administração de três das cinco EM do município. Na Maia decidiu-se que administradoresvereadores não são remunerados. Mas élhes atribuído um cartão de crédito com um plafond máximo mensal de 300 euros por empresa. Façam as contas e tirem as conclusões. Vencer eleições, só por si, não implica ter sempre razão e procurar de uma maneira autoritária e prepotente procurar anular a oposição. A arrogância, altivez , sobranceria menosprezadora, presunção e ostentação, mostram aquilo que sempre disse e penso ao longo destes longos meses sobre o entendimento que a maioria tem de democracia. Nós e mais ninguém. Oposição e seu estatuto que estão consagrados na Constituição da República Portuguesa. Os partidos políticos e direito da oposição art.114º. O reconhecimento às minorias, de oposição democrática nos termos da lei. O direito de serem informados regular e
directamente pelo executivo camarário sobre o andamento dos principais assuntos de interesse público. Tem competência de fiscalização. Vigiar pelo cumprimento das leis e apreciar os actos do executivo CMM e da sua administração.
Na Maia o quero posso e mando está na berlinda. Nada me espanta. O que seria se o governo fosse PSD/PP? Eu penso que o governo da República é do PS mas não parece! Penso que a forma de se conquistar o poder na Maia ganhando eleições no futuro é ter um discurso e política de centro-esquerda procurando roubar eleitorado ao centro ou constituir um bloco com os partidos de esquerda. Procurando ser uma alternativa credível aos olhos dos maiatos. Afinal há uma maioria de direita porque não pode haver uma maioria de esquerda? A vida democrática não se faz só de vitórias mas também de se saber estar na Política. Futuro: os socialistas estão empenhados nas eleições presidenciais, uns com Mário Soares, outros com Manuel Alegre, outros com ninguém. As eleições internas para as secções, concelhia e distrital só vão realizar-se em meados de 2006. Até lá a reflexão e contenção deve ser a palavra de ordem. O concelho da Maia é o oitavo entre os melhores. É pena o desemprego ser de 6,7%, muito mais elevado do que em comparação com alguns dos piores concelhos. Não falando do número de policias p/1000 habitantes que é de 0,9. Muito baixo em relação a outros, assim como os ecopontos p/1000 habitantes de 19,7%. Apesar de se ter a ideia de um concelho modelo em defesa do ambiente está longe dos melhores. Vale a pena lutar. A comissão nacional de eleições (CNE) deu provimento a uma queixa apresentada contra os presidentes da Câmara e da Junta da Póvoa de Varzim, pelo facto de terem feito declarações de teor político num almoço organizado pela junta para 1500 idosos. Violando o principio da neutralidade e imparcialidade das entidades públicas e dos seus titulares. Constitui uma clara violação da equidistância que esses titulares devem manter sendo candidatos e autarcas. Ainda para mais uma iniciativa totalmente custeada pelo erário público. Estas “condutas” dos autarcas foram praticadas com culpa na forma de dolo, pelo que deve o presente processo ser remetido ao Ministério Público. Próximo das eleições não há almoços para crianças? Pois é, elas não tem a capacidade de votar. Candidatos obrigados a renunciar às empresas. O Tribunal de Famalicão decidiu a impossibilidade de concorrer a uma Assembleia de Freguesia, porque era sócio-gerente de uma sociedade que tinha celebrado contratos com a Câmara de Famalicão. Outro candidato à junta de freguesia de Joane ficou impossibilitado de concorrer porque era sócio-gerente de outra sociedade que possuia contratos de empreitada para a execução do edifício para a sede de uma Junta no concelho assim como a construção de um jardimde-infância. Assim vai o nosso querido país.
gil ramos
Tem dias que não apetece mesmo fazer nada! Nem mesmo, ficar sem fazer nada. Nada, mesmo! E hoje é um desses. Apetecia-me dormir a sesta, debaixo duma figueira, depois de comer este queijo fresco, que comprei no super. Tem piada que eu não sabia que havia queijo fresco produzido na Maia! A menina foi que me convenceu e realmente é muito bom. Regado com este Bucelas, tinto, à temperatura recomendada como mandam as regras, cai que nem ginjas. Mas, o que me apetecia mesmo era queijo da Serra com doce de chila, só que não havia e então a menina do super convenceu-me a trazer o queijo fresco. Bem! Se fosse Serra com doce de chila, isso então é que era um petisco! Mas, adiante! Não posso pensar nestas coisas que me dá mais moleza. Há dias assim, em que não apetece mesmo fazer nada! Tenho de escrever a minha crónica e ando aqui às voltas sem saber o que escrever. Já liguei o computador, pus papel na impressora, abri o “word”, e com o prato do queijo mais as tostas à minha frente e o copo do outro lado, vou tentar escrever qualquer coisa. Assuntos não faltam o apetite é que não é muito. Esta semana pensei escrever sobre a “gripe das aves”, mas só de pensar que vou deixar de comer o arroz de cabidela em casa da minha mãe, não preguei olho toda a noite. Ela faz um arroz como ninguém! E então aquele frango, gostoso, com uns nacos de presunto lá pelo meio! Bem! Então é que tinha mesmo de dormir a sesta! Nem pensar! Não vou escrever sobre isso. Vou comer mais uma tosta com queijo, a ver se animo. Ainda há algumas coisas muito boas na Maia! Também gosto muito do queijo fresco com salmão fumado, embora seja mais enjoativo. Mas, vamos ao que interessa, à minha crónica. Pensei escrever sobre as eleições autárquicas: sobre a Fátima Felgueiras, o Ferreira Torres, o Isaltino...Mas ia ser uma pandemia geral. Ninguém quer saber disso p’ra nada! E, pensando bem, não quero opinar sobre o que não me interessa. Gosto de assuntos mais simples, para pessoas simples, que gostem de ler aquilo que escrevo, e política não é decerto um bom assunto. Alem disso, não quero contribuir para a baixar o nível, dar notoriedade a quem manipula e se serve das pessoas para se auto-promover ou ilibar, consoante as necessidades ou caprichos pessoais. Interrogo-me, preocupado, como se consegue ludibriar tanta gente? Que país é este, que ninguém
se revolta, ninguém é responsável por nada, ninguém se indigna com o estado miserável de muitas escolas, com a falta de apoio aos idosos, ninguém quer saber dos jovens, ninguém quer saber de coisa nenhuma? Qualquer rotunda, num qualquer lugarejo, com um calhau ao alto, quanto mais alto melhor, é motivo de grande festa de inauguração com bombos e fanfarra e bifanas à mistura. Se a escola primária, ali mesmo ao lado, não tiver cantina, água canalizada, casas de banho decentes ou aquecimento, não importa. Ninguém quer saber! E, como as crianças não votam, o candidato ganha as eleições por causa do calhau da rotunda e das bifanas, ainda que mal passadas e a saber a fumo. Que país, meu Deus! É por isso que não gosto de escrever sobre política. Mais um bocadinho de queijo e uma pinga. Maravilha! Desconfio bem que hoje não vou conseguir escrever a crónica. Então com este vinho é que não me apetece mesmo escrever nada! É uma delícia. Deixa cá ver o rótulo: “deve beberse sem pressa e apresenta uma cor citrina com nuances esverdeadas, é insinuante no nariz onde a exuberância aromática dos frutos tropicais denunciam a sua juventude e vivacidade. Na boca revela o exotismo dos sabores dos trópicos”. Credo!! O “artista” que escreveu isto devia estar pior do que eu! Como é que ele conseguiu ver estas coisas todas, numa garrafa de vinho? Deve ter lido muitos discursos do Francisco Assis. Bastava dizer que é bom e pronto! Sinceramente, não sei o que escrever. É mesmo um daqueles dias sem inspiração. Tinha vontade de escrever sobre um tema actual, quente! Podia ser, talvez, sobre “sexo”, para fazer a vontade ao Márcio das bombas de gasolina! Anda-me sempre a dizer, com aquele olhar de rufia, enquanto passa os olhos pelas curvas das clientes, que é aquilo que a malta nova gosta. Não! Não são as curvas das clientes que malta nova gosta! É sexo! Isso é que a malta nova gosta! Mas também gostam das curvas. Faz bem à vista, diz ele. Ou então sobre “o custo de vida”, para satisfazer um pedido da D. Zulmira do minimercado. Não que eu escreva a pedido de ninguém, mas, coitada da senhora, passa a vida a dizer que viu o meu artigo e fiquei muito bem na fotografia. Será que ainda ninguém lhe disse que a foto é sempre a mesma? Mas não! Decididamente hoje não é dia para escrever. Há dias assim e não vale a pena insistir. Desconfio que a moleza é por causa das tostas. Na próxima, como só o queijo.
maiahoje a sua opinião conta...
mh Dois morrinhentos conhecidos na paisagem do costume OPINIÃO
sexta-feira 28 de Outubro, 2005
GERAÇÃO PORTUGAL, OU AS POLÍTICAS DO FUTURO
Um Presidente, e outras votações!... orlando leal
nelson ferraz
- Morrinhento 1
Poderia ser, perfeitamente, um candidato plausível e respeitável àquelas eleições que se realizam, de longe a longe, lá para os lados do Vaticano onde as vestimentas, os fumos e os cabelos têm, invariavelmente, uma cor, intemporalmente, branca e majestosa. A ser assim, poderia, sem dúvida, ser uma das opções de voto, cuja vitória o guindasse aos mais altos planaltos da escolha humana. Em vez de “ Bento XVI “ talvez fosse - talvez - “ Brisa LXXXI “. Título condizente com as suas, bem conceituadas e respeitosas, primaveras de eterno candidato. Repararam na apresentação da sua candidatura? Pois é, o homem - o nosso velho Mário - continua fixe. Lúcio, arguto, perspicaz, lutador, mas ... há tantas coisas a fazer para lá de ser - sempre - o senhor Presidente! O protagonismo, agora, era evitável. Definitivamente. Mas há razões que a razão desconhece. É que, este senhor, para lá da, permanente, mania de se achar o patriarca da democracia, o rei-sol da era moderna e o infalível analista de todas as crises, quenturas e catástrofes político-sociais, possui a pior das convicções: a de se considerar, narcisicamente, insubstituível aos olhos dos comuns avaliadores das situações e dos super-comuns e saudosistas eleitores da actualidade. Mas, convenhamos, tem um ar de ancião bolorento e de político ultrapassado que só ele não vê, arrastase com uma agilidade que, não tarda nada, se tornará reumatizada e clamará por substituição destempada. Se ganhar e for Presidente, não fará vida fácil - acredito - ao Governo que é da sua cor. Um conto cor de rosa, complicado, onde o rei está sempre presente mesmo com a fragilidade de um quase príncipe ou de um quase sapo. Pouco apropriado a quem cultivou uma imagem respeitada e admirada. Então porquê ser candidato? Porquê? Protagonismo, simples protagonismo de quem pauta a sua conduta por filosóficas discordâncias,
por sociológicos vetos ou por abrir presidências às turbulências mediáticas da época. O resto vai ser uma repetição ou uma piada. Daquelas que têm um, dois, três actos ou quatro presidências e que duram, duram...até que o senhor Presidente tenha dificuldade em mexer os pés e olhe para os orçamentos com olhos de português. E porque há tempos certos para cada coisa e para cada ocasião, esta não é, certamente, a melhor das opções. Não é disto que o país precisa. Seguramente.
- Morrinhento 2
Os verdadeiros problemas que nos afectam poderão vir a ter - ao que parece - um fim próximo à vista. Repararam na solenidade, no aprumo e na convicção com que o senhor dos tabus nos brindou a todos aquando do seu anúncio de candidatura? Pois é: se esse senhor ganhar as eleições, o défice já era, o desemprego diminuirá significativamente e não haverá lugar a aumentos nos preços do pão, da gasolina, dos transportes e dos medicamentos. Haverá independência na justiça. Palavra de querubim. É que, segundo as suas próprias declarações, ele não é pessoa de se resignar, não senhor. Provavelmente, até conseguirá evitar que os médicos, enfermeiros e polícias se reformem antes de perderem os dentes, a dignidade e a saúde. Mas como? Como é que ele fará isso? Cooperando com o Governo, como já futurou? Ou - em vez disso defendendo os mais necessitados e lutando por medidas políticas e sociais mais justas e coerentes? Optando pela segunda atitude, será que os poderes presidenciais - tão reduzidos como sempre gostou - lhe darão alguma hipótese de fazer alguma coisa? Não estará, este senhor, enganado nas eleições? Será que se vai sentir ou assumir como um Platão oportunista, fugido da tal caverna, correndo, direitinho, para a esfera existencial do seu “ colega “ Sócrates? Estamos, creio, em presença de um
genuíno e enigmático saltitão a quem o poder semeia apetites de czar. Um czar que não sabe - nunca soube - o que deve ou não fazer, o que deve ou não dizer e quando deve ou não fugir. Na verdade, depois de tanto tempo exilado nas suas memórias - e, tecnicamente, alheio às principais luzes da ribalta - este senhor aparece, agora, qual Sebastião das laranjas - envolto em naftalina e nevoeiro, com os mesmos tiques, as mesmas presunções e as mesmas tendências para os tabus em série. Do alto da sua vaidade está - creio que está - seguramente convencido que é o maior, que sempre foi o maior. Engano dele. Poderá, até, vir a ganhar as eleições, mas não é desta gente - nem do que ela é capaz de fazer ou não fazer - que o país precisa.
- A Paisagem do Costume
Um país no rabo da Europa. Provavelmente mais desacreditado que as poções gaulesas. Somos nós: sem papas na língua. E, um dia destes, daqui a dois meses, vamos ter um novo (?) presidente. Dois morrinhentos, habituados ao “ bem-bom “ , vão latejar ódios e floretes para chegarem ao nirvana falsificado e volátil da Presidência destas coutadas. Provavelmente - e só provavelmente - será uma luta “ caciquenta “ pela posse do ceptro mágico. Não haverá silêncio, nem inocência, nos apoios ao “ anibalesco “ desfile. Não haverá ingenuidade, nem desinteresse, nos aplausos às “ bochechas “ do ancião. À volta disto tudo, vão existir projectos menos grandes de pessoas que vão ter menos grandes possibilidades. É pena. Essa gente vai dizer verdades imprescindíveis campanha fora. Talvez baste, mesmo sendo pouco. Porque, normalmente, é assim: não há candidatos “ importantes “ se não forem repetidos, caciques, mafiosos ou, simplesmente, arguidos de uma qualquer trapaça. É assim ou não é? - pergunto eu. - Off-shore!, perdão, Off course! respondemos todos.
Contos duma vida ao acaso
- Um café, por favor.... A minha vizinha sociedade Saí do carro obcecado ainda pela conversa da manhã com a sociedade, que tem andado doente e não parece; que quer parecer cruel e não é; que acha que eu faço filmes com coisas que não acontecem, senão na minha mente e é verdade; que se fecham em si mesma porque tem medo, mas é corajosa e valente, etc., etc.... Mas estes contrastes que me põem “out”, quando os medito em “off”, porque em “on”, só para vocês lerem... mais alguns na lista e qualquer psicólogo diria logo: “Tratase de uma mulher”. De facto, uma verdadeira filha de Eva: É o que não é, não é o que é, nem coisa parecida... Distingue-se das outras mulheres porque elas não são o que são, são o que não são, enfim, são todas iguais, na aparência, nos encantos, nos defeitos, mas, como a
luis clemente ribeiro
sociedade, não há nenhuma. É talvez por isso que ela é “só”, de sociedade. Mas, se se repartisse por todos os que a admiram, não sobrava nem um osso para mim... Aquela conversa da manhã foi sobre café. Por isso eu ia automaticamente ao café. Estupidez pura, talvez: mas eu também não pedi a ninguém um certificado de inteligente. Ela, lá no fundo, também deve chamar-me estúpido, quando ler isto, mas “quem não vê não peca”. A fechar o carro, reparei que do jipe que tinha parado à frente, saía uma mulher apresentada que deixara cair da carteira um papel, ao qual não dera atenção. O condutor do jipe pô-lo rapidamente em marcha, talvez para aproveitar o “verde”, talvez porque estivesse morto por se libertar da companheira que,
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entretanto, tinha entrado no café em que eu entrei a seguir. Quando me sentei à mesa do fundo, dei uma espreitadela pelo estabelecimento, mas já não a vi. Chamei o empregado que passava e pedi: - Um café, por favor. Tirei do bolso o papel que lá guardara e li, com espanto e alguma apreensão: “Ás quatro, quatro e meia, no café do costume. Vais vê-lo. É um pateta, já com idade para ter juízo, que tem a mania de ser escritor e vai para lá escrever. Não me larga e aborrece-me. Vê se lhe dás um abanão. É bom, para ele perder a mania e bom para tu te divertires. Eu não vou; não gosto do género. Um beijo da... M. S.” (continua na próxima edição)
Agora que as eleições Autárquicas estão ultrapassadas, com os resultados que todos conhecemos as objectivas dos fotógrafos e os microfones dos repórteres especializados viramse agora para as eleições presidenciais de Janeiro próximo. Mas para além destes, também os Partidos se motivam no apoio aos seus candidatos oficiais ou simplesmente desejados. Ao todo vamos tendo pelo menos candidaturas, às quais se juntam mais algumas com menor visibilidade, como a de Garcia Pereira (do PCTP-MRPP); o vocalista dos “ENA PÁ 2000”, o denominado Candidato Vieira; José Maria Martins, mais conhecido por ser o advogado de Bibi, e por se ter voluntariado para a defesa da Sadam Hussein (ainda bem para o candidato que o antigo líder iraquiano recusou, pois o verdadeiro advogado de Sadam foi assassinado esta semana, e José Maria Martins ainda anda por aí!!!) e mais uma ou duas pessoas, que demonstraram essa vontade, mas, e como acima dito, com muito pouca visibilidade. Assim este grupo mais restrito de cinco homens pode ser dividido em dois tipos: Os que se candidatam à presidência da República e os que se candidatam contra o candidato. 1. - O Candidato à Presidência da República - Neste grupo podemos incluir a candidatura que se apresentara com o propósito único de eleger um chefe de estado, cuja vontade foi determinada por um desígnio nacional e uma intenção pessoal, não surgindo por antecipação ou reacção a mais nenhuma candidatura. É uma Candidatura, com uma ideia e um projecto, e dos cinco possíveis só podemos aqui incluir um candidato, que é Cavaco Silva. 2. - Os Candidatos Contra o Candidato - Aqui podemos incluir todos os candidatos que antes de explicarem as suas propostas, afirmaram ser candidatos para ajudar a derrotar a Direita, na pessoa do Prof. Cavaco Silva. Curioso é que todos se apresentaram antes do surgimento da candidatura do homem que eles não querem que seja presidente, se fosse medicina, não se tratava de uma injecção para as dores, mas sim uma vacina preventiva, pois foi ministrada antes do “aparecimento da doença”. Mas não fique preocupado o leitor, pois estas candidaturas, apesar de serem do mesmo tipo, podem ainda dividir-se em três grupos distintos: 2.1. - O Candidato contra o amigo - Todo o país conhece, ou pelo menos já ouviu falar na longa e profunda amizade existente entre Mário Soares e Manuel Alegre. Toda a gente se lembra que na festa do seu octogésimo aniversário (onde esteve o amigo Alegre esteve a cantar os parabéns e a comer uma fatia de bolo) Mário Soares disse “BASTA”, pondo um ponto final na sua carreira política, abrindo assim caminho à candidatura do amigo, que assim aproveitou para, como diz o povo “se por a jeito”, e quando tudo se encaminhava para que alegre fosse o candidato apoiado pelo PS, eis que, como que numa alusão aos Lusíadas, surge um “Velho do Restelo” que decide avançar para Belém, indo contra o seu amigo. Provavelmente esqueceu-se do “BASTA”. Ou então, como ainda esta semana, quando respondia a jornalistas ter dito que tinha sido Secretário Geral do PS durante onze anos, e na a mesma resposta afirmou ter sido Secretário Geral do PS treze anos... Se calhar também se esqueceu do seu amigo e candidatou-se contra ele!!! 2.2. - O Candidato contra o Partido - Que não é mais do que uma derivação resultante do surgimento do candidato contra o amigo, e que advém do facto do PS, ao ter apoiado Soares em detrimento de Alegre, que estava à espera do apoio dos seus “amigos”, o que não aconteceu, e o levou a candidatar-se para marcar uma posição contra o PS, que deveria ser a seu favor... Confuso? Talvez não, mas a ver pelas sondagens, que quase igualam os dois candidatos, vamos ver o que será melhor visto pelos portugueses: Ir contra o Partido ou Contra o amigo!!! 2.3. - Os candidatos por conta do Partido - Finalmente temos os candidatos que correm com um partido por trás, são eles Jerónimo de Sousa pela CDU (ou PCP para os mais românticos) e Francisco Louçã, pelo Bloco de Esquerda, que não são mais do que os próprio líderes partidários a tentarem manter-se à tona do debate político para assim tentarem conservar o eleitorado, enquanto discutem entre si, quem tem mais votos para se saber quem é a maior força de esquerda do País. Em súmula, temos três eleições numa só: a) O Candidato Vs. os Candidatos Contra o Candidato, cuja disputa será entre a Maioria Absoluta ou não de Cavaco Silva na primeira volta; b) O Candidato contra o amigo Vs. O candidato contra o Partido, para ver se será Mário Soares, ou Manuel Alegre a ir à segunda volta (se for caso disso); c) Os candidatos por conta do Partido, entre sí, para se saber quem é mais forte, se o PCP ou o BE. Como pode verificar as hipóteses são muitas, mas se pensarmos bem naquilo para que realmente vamos votar, a escolha é muito mais simples...
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CARTÓRIO NOTARIAL DA TROFA A CARGO DO NOTÁRIO JOSÉ CARLOS DE ABREU E CASTRO GOUVEIA ROCHA
Tribunal Judicial da Maia 4º Juízo Praça Dr. José Vieira de Carvalho 4470-202 Maia
ANÚNCIO
Correm éditos de 20 dias para citação dos credores desconhecidos que gozem de garantia real sobre os bens penhorados ao(s) executado(s) abaixo indicados, para reclamarem o pagamento dos respectivos créditos pelo produto de tais bens, no prazo de 15 dias, findo o dos éditos, que se começará a contar da segunda e última publicação do presente anúncio. Bens penhorados: TIPO DE BEM: Imóvel REGISTO: nº858-, Maia - 1ª Conservatória Registo Predial ART.MATRICIAL: 1051 DESCRIÇÃO: “Fracção Autónoma designada pela letra “D” do prédio urbano sito na Rua Dr. Carlos Silva Mouta, nº 202, freguesia de Santa Maria de Avioso, concelho da Maia, inscrito na matriz predial urbana daquela freguesia sob o artº 1051 e descrito na Conservatória do registo Predial da Maia sob o nº 858 - freguesia de Stª. Maria de Avioso” PENHORADO EM: 12-11-2003 09:30:00, AVALIADO EM: Euros 1.211,92 PENHORADO A: EXECUTADO: José Filipe Serôdio F. Bartolo. Documentos de identificação: BI - 10404370. Endereço: Travessa Dr. Carlos da Silva Mouta, 16, Ap 2, Santa Maria de Avioso, 4475-620 Maia CONSIGNA-SE de que se encontra inscrito o seguinte credor: Caixa Geral de Depósitos, SA O Juiz de Direito, Nuno Miguel Jesus L. Matos O Oficial de Justiça, Conceição Grandão jornal Maia Hoje • edição 141 • 28/10/05
CONVOCATÓRIA Pelo presente convocam-se os accionistas da empresa PROTESEGURANÇA - PROTECÇÃO E SEGURANÇA DE IMÓVEIS E BENS, S.A., sociedade anónima, pessoa colectiva nº 501.504.311, com o capital social integralmente realizado de 187.000,00 Euros, matriculada na Conservatória do Registo Comercial da Maia sob o n.º 56967, com sede na Rua Fernando Namora, 162 4425-651 Maia, transferida para a Avenida da República n.º 2208 3.º 4430-196 Vila Nova de Gaia, por deliberação da Assembleia Geral da empresa, datada de 28 de Dezembro de 2004, a reunirem em Assembleia Geral Extraordinária na Avenida da República, n.º 2208, 3.º, em Mafamude, Vila Nova de Gaia, no próximo dia 14 de Dezembro de 2005, pelas 10H, com a seguinte ordem de trabalhos: 1. Designação dos órgãos sociais da empresa para o biénio 2005/2006. Têm o direito de estar presente na Assembleia-Geral a aí discutir e votar os accionistas que sejam titulares legítimos de acções com direito a, pelo menos, um voto. Vila Nova de Gaia, 20 de Outubro de 2005 ISABEL FREITAS A Presidente da Mesa da Assembleia Geral
jornal Maia Hoje • edição 141 • 28/10/05
imobiliária
Contacto :. shapeworks5@sapo.pt
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Processo: 3330/03.6TBMAI Execução Ordinária N/Referência: 2014745 Data: 03-10-2005 Exequente: Condomínio Edif. Oasis Executado: Domingos Moreira da Silva e outro(s)...
EXPLICAÇÕES
——Certifico para efeitos de publicação que por escritura lavrada aos oito de Setembro de dois mil e cinco, exarada a folhas vinte e três, do livro de notas número Dezassete, deste Cartório, foi feita uma justificação notarial, na qual:————————————————————————————— ——Beatriz Santos Moutinho Silva, N.I.F. 154 203 092, viúva, natural da freguesia de Gondim, concelho da Maia, onde reside na rua 28 de Setembro nº 45,declarou: com exclusão de outrém, é dona e legítima possuidora de um prédio urbano, destinado a habitação, composto de résdo-chão e andar, com a área coberta de cento e seis metros quadrados e descoberta de trezentos e noventa metros quadrados, sito na Rua 28 de Setembro, número 45, freguesia de Gondim, concelho da Maia, não descrito na Conservatória do Registo Predial e inscrito na matriz em nome da justificante sob o artigo 595, com o valor patrimonial de 86.371,84 Euros, igual ao atribuído para efeitos deste acto.——————————————— ——Que este prédio lhe foi doado por Manuel Moutinho e mulher, Maria Rosa dos Santos, residentes que foram na dita Rua 28 de Setembro, nº 45, no ano de mil novecentos e setenta, em dia e mês que não pode precisar, não tendo porém, sido reduzido a escritura pública esse contrato de doação.————————————————————————————— ——Que a partir desse ano, em que se operou a tradição material do bem, vem exercendo sobre o dito prédio, em nome próprio, uma posse pacífica, contínua e pública, sem interrupção e com conhecimento de toda a gente, pagando as respectivas contribuições e impostos, durante um período de tempo superior a vinte anos, pelo que adquiriu o seu direito de propriedade por usucapião, o que invoca para efeitos de primeira inscrição no registo predial.—————————————————————————————— ——Está conforme o original.———————————————————
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——Cartório Notarial da Trofa, 8 de Setembro de dois mil e cinco. Rosa Dias (Maria Rosa Correia Martins Dias)
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jornal Maia Hoje • edição 141 • 28/10/05
CARTÓRIO NOTARIAL DA TROFA A CARGO DO NOTÁRIO JOSÉ CARLOS DE ABREU E CASTRO GOUVEIA ROCHA
CARTÓRIO NOTARIAL DA TROFA A CARGO DO NOTÁRIO JOSÉ CARLOS DE ABREU E CASTRO GOUVEIA ROCHA
——Certifico para efeitos de publicação que por escritura lavrada aos doze de Setembro de dois mil e cinco, exarada a folhas cinquenta e nove, do livro de notas número Dezassete, deste Cartório, foi feita uma justificação notarial, na qual:————————————————————————— ——António Augusto dos Santos Moutinho, N.I.F. 162 915 390, e mulher Maria do Carmo da Silva Pedrosa, N.I.F. 162 915 381, casados em comunhão de adquiridos, ambos naturais da freguesia de Gondim, concelho da Maia, onde residem na Rua da Liberdade, nº 840, declaram: que, com exclusão de outrém, são donos e legítimos possuidores do prédio urbano, destinado a habitação, composto de rés-do-chão, anexo destinado a garagem e terreno de logradouro, com a área coberta de oitenta e quatro metros quadrados, anexos vinte e quatro metros quadrados e descoberta de duzentos e setenta e cinco metros quadrados, sito na Rua da Igreja e Rua 28 de Setembro, nº 293, lugar de Gondim, concelho da Maia, a confrontar do norte com Rua 28 de Setembro, do sul com Adriano Moreira de Almeida, de nascente com Rua da Igreja e de poente com Manuel Moutinho, não descrito na Conservatória do Registo Predial e inscrito na matriz em nome do justificante sob o artigo 320, com o valor patrimonial de 41.946,90 Euros, igual ao atribuído para efeitos deste acto.——————— ——Que este prédio lhes foi vendido por Manuel Moutinho e mulher, Maria Rosa dos Santos, residentes que foram na dita Rua 28 de Setembro, no ano de mil novecentos e setenta e quatro, em dia e mês que não podem precisar, não tendo porém, sido reduzido a escritura pública esse contrato de compra e venda.———————————————————————— ——Que a partir desse ano, em que se operou a tradição material do bem, vêm exercendo sobre o dito prédio, em nome próprio, uma posse pacífica, contínua e pública, sem interrupção e com conhecimento de toda a gente, pagando as respectivas contribuições e impostos, durante um período de tempo superior a vinte anos, pelo que adquiriram o seu direito de propriedade por usucapião, o que invocam para efeitos de primeira inscrição no registo predial.————————————————————— ——Está conforme o original.———————————————————
——Certifico para efeitos de publicação que por escritura lavrada aos vinte e nove de Agosto de dois mil e cinco, exarada a folhas noventa, do livro de notas número Dezasseis, deste Cartório, foi feita uma justificação notarial, na qual:—— ——Laurinda dos Santos Moutinho, N.I.F. 178 370 363, e marido Ilídio Moreira de Sousa, N.I.F. 178 370 371, casados em comunhão geral, ambos naturais da freguesia de Gondim, concelho da Maia, onde residem na rua 28 de Setembro, declaram, que, com exclusão de outrém, são donos e legítimos possuidores dos seguintes prédios:——————-——————-————————Declaram os primeiros outorgantes, que, com exclusão de outrém, são donos e legítimos possuidores de um prédio urbano, destinado a habitação, composto de rés-do-chão e andar, sito na Rua 28 de Setembro, nº 61, da freguesia de Gondim, concelho da Maia, com área coberta de cento e três metros quadrados e cinquenta centímetros e descoberta de trezentos e cinquenta e dois metros quadrados e cinquenta centímetros, a confrontar do norte com caminho público, do sul com Adriano Moreira de Almeida, do nascente com Rua da Igreja e do poente com Manuel Moutinho, não descrito na Conservatória do Registo Predial da Maia e inscrito na matriz sob o artigo 254, com o valor patrimonial de 23.099,53 Euros, igual ao atribuído para efeitos deste acto.————————— ——Que este prédio lhes foi vendido por Manuel Moutinho e mulher Maria Rosa dos Santos, residentes que foram na dita Rua 28 de Setembro, no ano de mil novecentos e setenta e dois, em dia e mês que não podem precisar, não tendo porém, sido reduzido a escritura pública esse contrato de compra e venda.—— ——Que a partir desse ano, em que se operou a tradição material do bem, vêm exercendo sobre o dito prédio, em nome próprio, uma posse pacífica, contínua e pública, sem interrupção e com conhecimento de toda a gente, pagando as respectivas contribuições e impostos, durante um período de tempo superior a vinte anos, pelo que adquiriram o seu direito de propriedade por usucapião, o que invocam para efeitos de primeira inscrição no registo predial.————————
——Cartório Notarial da Trofa, 12 de Setembro de dois mil e cinco. Rosa Dias (Maria Rosa Correia Martins Dias) jornal Maia Hoje • edição 141 • 28/10/05
——Está conforme o original.——————————————————— ——Cartório Notarial da Trofa, 29 de Agosto de dois mil e cinco. O Notário (José Carlos de Abreu e Castro Gouveia Rocha) jornal Maia Hoje • edição 141 • 28/10/05
«No Pedrouços reinava uma autêntica anarquia» José Barbosa Ramalho toma hoje posse como Presidente da Comissão Administrativa do Pedrouços Atlético Clube, juntamente com a sua equipa directiva mais os doze elementos que transitam do passado. É com muita confiança que parte para este desafio, prometendo tirar o Pedrouços da precária situação financeira em que se encontra. Aponta o dedo às últimas duas direcções, as quais pretende responsabilizar em tribunal. naquela mesma noite. Decidi então assumir a colectividade mas na condição de ser através de Comissão Administrativa. Vamos tirar, brevemente, o Pedrouços da situação financeira em que se encontra. À Câmara Municipal não vou pedir nem mais um cêntimo em relação àquilo que tenho direito. Gostava apenas que me ajudasse a ter melhores condições para poder desenvolver outros projectos, nomeadamente a criação de um ATL e de uma escola de futebol.
JOSÉ MATOS
MaiaHoje (MH) - Como é que tem acompanhado estes últimos anos do Pedrouços? José Barbosa Ramalho (JBR) - Tenho estado sempre presente pois, como sócio, nunca deixei de ajudar, e muito, o clube. Arranjei patrocínios e verbas elevadas. Mas sinto que não valeu de nada, pois as duas últimas gerências foram algo que nunca vi na minha vida.
«Se o clube tiver que descer de divisão para pagar dívidas opto pela descida»
MH - Acha, então, que foram as grandes responsáveis pela situação em que o Pedrouços se encontra? JBR - Não foram as grandes, foram as únicas responsáveis. Só para dar um exemplo, digo-lhe o seguinte: o Pedrouços pagou 62 mil euros às finanças sem necessidade nenhuma. Essa multa aplicou-se porque se esqueceram de meter o “modelo 22”. Consequentemente, o clube ficou com tudo penhorado e hipotecado. Hoje em dia, felizmente, não deve um cêntimo às finanças. A dívida foi totalmente regularizada na semana passada. MH - Já com a sua mão... JBR - Sim. Já estou a trabalhar com o Pedrouços há mais de um mês; junto dos jogadores, finanças, segurança social e credores. MH - É esse, então, um dos grandes objectivos do passo que está agora a dar, sanear financeiramente o clube? JBR - Nesta altura o Pedrouços tem uma dívida que andará à volta dos 40 mil euros. E esta dívida não é para amanhã, é para ontem. Tratam-se de processos a entrar em julgado em Tribunal que o clube não contestou. Não temos hipóteses nem para negociar. Portanto, este é o ponto de partida, pagar a quem se deve e ser uma instituição credível. Também é importante definir quem manda. Neste momento, no Pedrouços ninguém manda, ninguém sabe quem é quem. Reinava uma autêntica anarquia. Convidei muitas pessoas, mas algumas tiveram medo de arriscar por conhecerem a situação do clube. Consegui, contudo, uma boa equipa, composta por um economista, contabilista, médicos, bancários e pessoas ligadas ao marketing, tudo gente
MH - Falando da vertente competitiva, quais são os objectivos?
José Barbosa olha com confiança para o futuro do Pedrouços
Uma ligação antiga ao Pedrouços José Barbosa Ramalho tem 50 anos de idade e é empresário de construção civil. Nasceu em Gondomar (Lomba), mas vive na Freguesia de Águas Santas desde os 11 anos. Aos 16 começou a jogar no Pedrouços Atlético Clube. Era defesa central. Foi atleta durante alguns anos. Um dos momentos altos que viveu como jogador foi em juniores, com a passagem de confiança. O passo seguinte será responsabilizar criminalmente os directores que lá estiveram. Aquilo que fizeram ao Pedrouços é um crime. Houve ali desleixo mas também ma fé, sobretudo no que a este último ano diz respeito. MH - Como é que surgiu este convite, ou esta possibilidade de assumir os destinos do Pedrouços? JBR - Há vários anos que sou convidado pelo Presidente da Câmara Municipal da Maia para liderar o Pedrouços. Pus-me sempre de fora porque tenho uma vida muito ocupada. Contudo, este ano as coisas
à fase final do campeonato nacional. «Tínhamos uma equipa fabulosa», lembra. No início da década de 80 “pendurou as chuteiras”. Ainda jogou, por gosto, futebol amador. Durante 11 anos foi director da Mocidade de Sangemil. Nunca deixou de estar ligado ao futebol, sendo sócio do Pedrouços Atlético Clube há 27 anos. complicaram-se de tal forma que eu não podia ficar indiferente. O anterior presidente, eleito há dois meses, foi embora, alegando que a Câmara não dava subsídios. O clube, para se inscrever na Associação de Futebol do Porto, tinha que pagar uma dívida a um funcionário, que não aparecia. Aconselhei que fosse depositada a verba em questão à ordem do funcionário na Associação. Assim foi feito. Contudo, o Pedrouços teve que pedir um empréstimo de 12 mil e 500 euros. A juntar ao problema das finanças e de credores, o quadro era verdadeiramente negro. Há cerca de um mês e meio vieram ter comigo e disseram-me que se não deitasse as mãos ao Pedrouços o clube acabaria
JBR - Nesta altura apontamos para que o Pedrouços não desça da Divisão de Honra. O plantel é, contudo, muito desequilibrado. Vamos ter uma reunião com o treinador durante o dia de hoje [quarta-feira], Nelo Vieira, para tentar perceber quais são as situações mais precárias no plantel, no sentido de as remediar, sem diminuir o orçamento geral do clube. Se o Pedrouços tiver que descer para pagar as dívidas, então aí opto pela descida. Damos três passos atrás, para podermos dar quatro à frente. MH - A equipa está confiante? JBR - Os jogadores de Pedrouços não recebem salários, apenas prémios de jogo e ajudas de custo de deslocações. Portanto, trabalhamos por objectivos. Nas sete jornadas só ganhámos uma vez e empatámos duas. Esta semana recebemos o Nogueirense, um dérbi que vamos ganhar. MH - Que mensagem deseja passar aos sócios, adeptos e simpatizantes? JBR - Não lhes peço esforços, porque sei que são pessoas humildes. Apenas que comprem cativos no estádio. O Pedrouços dispõe de mais de 200 cativos. Adquiramnos e apareçam nos jogos a apoiar. Unam-se em torno deste projecto e acabem com as quezílias. O Pedrouços vai sair da situação em que está. Não queria finalizar sem dar um agradecimento especial ao doutor Mário Pinto, que sempre tem ajudado o clube e que fará parte da Comissão Administrativa. pub
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mh
sexta-feira 28 de Outubro, 2005
DESPORTO
Semanas conturbadas no FC Maia Treinador que sai, outro que entra, atleta que abandona em cima do jogo com o Vizela, derrota com o Covilhã, dúvidas nos sócios. O presidente garantiu que o mês de Agosto já foi pago, falando no regresso da paz. TEXTO: JOSÉ MATOS FOTO: ANTÓNIO MANUEL MARQUES
Depois da “tempestade” espera-se a “bonança”. O clima sabia-se que não era o ideal, essencialmente pela questão dos salários em atraso. Tudo se precipitou com a saída do defesa central Abadito, em cima do encontro com o Vizela, sabendo-se que o Maia estava com dois atletas para essa posição castigados. Abadito reclamava o pagamento de salários e falava na ausência de profissionalismo. Dias depois saiu o técnico Ferreirinha, pelos mesmos motivos. Em declarações aos diários desportivos, apelidou a situação dos salários como um caso de polícia, interrogando-se pela ausência da intervenção da Liga. Na última quarta-feira, em conversa com o MaiaHoje, José Ferreirinha afirmou que «o Maia já é passado». Quanto aos salários que diz não ter recebido, não colocou de parte a via judicial; «Não me pagaram um mês que fosse». Em jeito de despedida, dirigiu vários agradecimentos; «Estou muito agradecido aos jogadores, sócios e comunicação social da Maia, fui bem tratado por todos. Quanto ao resto, as pessoas passam e o clube fica».
«Não percebi a atitude de Ferreirinha» Visão diferente do sucedido tem o presidente do clube, Francisco Vieira de Carvalho; «É falso que o Ferreirinha não tenha recebido um salário». No que toca à rescisão, diz ter sido apanhado desprevenido; «Não percebi a atitude dele. Tinha falado com o Ferreirinha dois dias antes da saída e pareceume tudo bem. Aliás, só soube da rescisão pela comunicação social. Fiquei surpreendido».
Para o presidente, tanto o treinador como o jogador não têm razão, «se for preciso provaremos em tribunal. Os jogadores do Maia já receberam esta semana, apenas faltando o mês de Setembro, cuja data de pagamento expirou a 10 de Outubro». Relativamente à escolha de Regadas, nega que tenha sido secundária; «Já em Março tínhamos pensado neste técnico para substituir o Mário Reis. Mas ele ainda tinha contracto com o anterior clube por mais uma época. Naturalmente que temos sempre em carteira várias hipóteses, como o Bizarro, o Domingos Paciência, o William... mas não quer dizer que sejam escolhas». O novo técnico, Jorge Regadas, que regressa a um clube que bem conhece, desvalorizou a questão dos salários; «Em todos os clubes por onde tenho passado existem problemas. A experiência vai-nos dizendo como lidar com estas situações. Primeiro, temos que respeitar o clube onde trabalhamos. Depois temos que resolver as questões internamente. Não podemos estar a ultrajar uma instituição que já tem dado muito ao futebol português. Estou aqui para receber com os jogadores quando houver dinheiro e para não receber quando o mesmo faltar. Vim para o Maia de livre vontade. Não podia dizer que não a um clube que me ajudou a fazer carreira na II Liga». Quanto à posição assumida por Ferreirinha, dedicou poucas palavras; «A atitude é dele e a mim compete-me compreendê-la, mais nada. Apenas digo que o Maia tinha um excelente treinador». No próximo jogo, no reduto da sua anterior equipa - Marco - Jorge Regadas já deverá colocar o Maia mais à sua imagem, nomeadamente a nível táctico; «Não opto muito pelo sistema de 4-4-2 que era aquele em que a equipa vinha jogando. Mas terei que ter a lucidez para ver se o Maia se adapta».
Regadas “tomou o pulso” à equipa dois dias antes de receber o Covilhã
«Este campeonato vai ser uma guerra até ao fim» O técnico do Pedras Rubras, que conseguiu uma difícil vitória frente ao Lousada, considera que a Série B será muito equilibrada. JOSÉ MATOS
Pedras Rubras acabou por se superiorizar ao Lousada PUB
No último Domingo, a resposta do Futebol Clube de Pedras Rubras à “copiosa” derrota no reduto do Paredes (5-1) foi a melhor. Somou os três pontos em casa frente ao Lousada, apesar de ter sido uma vitória “arrancada a ferros”. O jogo não foi bonito, com as equipas a perderem muitas bolas no lançamento dos ataques, mas valeu por aqueles minutos finais, quentes, de muita alegria, mas também de muitos nervos à mistura. Aos sete minutos de jogo a primeira contrariedade. Everson, que se movimentava no ataque com o apoio de Muca, num desenho táctico de 4-4-2, sentiu uma dor muscular solicitando de imediato a substituição ao banco. O rápido Muca, com mais vocação para extremo, acabou por ficar, de certa forma, desamparado no ataque. As bolas ou não lhe chegavam, ou quando procurava jogo atrás era inconsequente. No final da primeira parte contabilizava-se uma oportunidade de verdadeiro perigo para cada lado. Na etapa complementar, o Pedras Rubras foi mais empreendedor, procurando o golo
através de lances de bola parada que não resultavam. O técnico da equipa da casa, José Paulo, mexeu, trocando o médio João Dias pelo ponta de lança Peixe aos 76 minutos. Era o tudo por tudo, pois só a vitória interessava. Vitória que acabou por aparecer já em período de descontos, com a nova contratação para o meio campo, Miguel Lima Pereira (33 anos, ex-Felgueiras, assinou até ao final da temporada) a justificar da melhor forma a opção do clube maiato. Um livre muito bem executado do lado esquerdo, a castigar falta do guarda-redes adversário, colocou a bola no canto superior direito, sem hipótese de defesa. Os minutos que se seguiram foram de muitos nervos. O Lousada lançou-se sem pruridos para a frente, beneficiando de muitos livres duvidosos à entrada da área do Pedras assinalados pelo árbitro José Carlos. Dez, foram os minutos de compensação com o público, que quase enchia a bancada do estádio, a perder as estribeiras. A juntar a isto ainda houve ordem de expulsão para um atleta da casa e para o médico local. O apito
final foi um grande suspiro. O treinador José Paulo não quis entrar pelo caminho da crítica ao árbitro; «Acredito que todas as pessoas têm um dia mau. Não quero agora estar aqui a crucificar o árbitro. De facto, na parte final aquilo esteve um pouco quente. Não foi uma arbitragem muito conseguida». Na próxima jornada, o adversário é o Fiães. José Paulo tem confiança na sua equipa, sendo que procurará anular o ponto forte do opositor que é o contra-ataque; «Eles jogam sempre assim, tanto fora como em casa. Quando se apanham a ganhar tudo fica muito mais complicado. No entanto, se jogarmos concentrados, a tentar neutralizar essa estratégia, poderemos ser felizes». Everson teve um ligeiro estiramento na coxa no jogo com o Lousada mas deverá ser recuperável para o jogo frente ao Fiães. Tudo dependerá da ressonância. O técnico acredita que o campeonato será muito equilibrado; «Até agora ainda não vi nenhuma equipa que se pudesse catalogar de muito superior. Este vai ser um campeonato à antiga, com tudo a ficar resolvido na última jornada. Vai ser uma guerra até ao fim».
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sexta-feira 28 de Outubro, 2005
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“A Maia é uma potência a nível nacional” Praticante de Karaté há quase três décadas, o maiato Jorge Monteiro é figura de destaque da modalidade a nível nacional e até internacional. O “sensei” de 44 anos e detentor do título de Shihan, “Mestre dos Mestres”, fala ao MaiaHoje do seu trajecto e da importância das artes marciais na formação dos jovens. A prática do Karaté na Maia foi também elogiada por Jorge Monteiro, dada a evolução registada e o grande número de praticantes que já ultrapassa o milhar. incentivaram como o meu pai, que foi Presidente da Associação durante muitos anos e que deu a vida ao Karaté, e ao meu mestre, que sei que é uma pessoa que se pode chamar mestre porque instrutores há muitos. Tive pontos altos e baixos na vida como é normal, mas creio que foram as artes marciais que me ajudaram a encontrar o caminho certo. Estas palavras são de quem criou o Goju-Ryo... “uma pessoa tem de traçar uma linha entre o bem e o mal e nas artes marciais há só o bem”. É este o caminho e a filosofia que temos de seguir. As artes marciais continuam a ser a minha vida. MH - Em termos de carreira quais foram os momentos mais marcantes? JM - Tenho 44 anos e tenho um certo orgulho por ter o título de Shihan, “Mestre dos Mestres”. Sinceramente, acho que sou muito novo para ter esse título, mas deram-mo e é uma honra para mim, para a associação e para o país. Acho que é um título que implica uma grande responsabilidade. Mas o ponto mais alto é saber que hoje em dia se podem dar aulas a crianças que quando crescem contribuem para uma melhor sociedade. Pessoalmente estou a dar aulas
MH - Ocupa o cargo de director técnico da APOGK. Como surgiu a associação e o que trata? JM - A Associação Portuguesa de Okinawa Goju-Ryu Karaté-Do (APOGK) foi formada em 1982, mas falo dela como falo da minha vida porque estão interligadas. Cada país tem um representante a nível nacional, e em Portugal sou eu. Posso dizer que antes de 1982 já existia a APOGK não formada, mas comigo e com os meus alunos. Em Janeiro de 1977 tomei contacto com o Goju-Ryo e conheci o meu mentor que é o expoente máximo a nível mundial. Em 1981 saí da Academia onde treinava, juntamente com dois amigos meus e alguns carolas, formando então em 1982 a APOGK. A partir daí tínhamos quatro ginásios, dois no Porto e dois em Lisboa, e começamos a ir a estágios internacionais divulgando o que hoje é uma das maiores associações do país. MH - Qual é a finalidade ou objectivo? JM - Quando formamos a associação foi para podermos estar numa Federação, estando perfeitamente legais. Temos uma Federação, a IOGKF, para todo o mundo e da
mas a APOGK engloba vários ginásios. De facto, a Maia tem vários ginásios. O primeiro foi o Maia Club, que foi realmente onde comecei a dar aulas aqui, à cerca de 22 anos, sendo que comecei verdadeiramente na Fábrica da Cerveja. Depois desde o Maia Club, o CKM, a Academia de Artes da Maia, Ardegães, Vencedores de Sangemil, entre outros, pertencem à associação. Aqui na Maia temos mais de um milhar de atletas. A Maia evoluiu bastante porque foram formados muitos professores maiatos e abrem ginásios no Concelho. A Maia, no que diz respeito à minha associação, é uma potência a nível nacional porque tem muitos clubes e todos, ou em competição ou dentro do clube, têm cada vez mais pessoas e alunos. Gostaria também de agradecer à Câmara e ao Eng. Bragança Fernandes pelo apoio prestado. Por exemplo, o ano passado fizemos uma festa onde contávamos com 70 crianças e apareceram 400. Para além disso, estamos a tentar trazer a sede da APOGK para a Maia, algo que já nos foi prometido pelo Presidente da Câmara. Gostava que, pelo trabalho que temos feito aqui na Maia e também como sou maiato desde há alguns anos, se instalasse aqui a sede da nossa associação.
ANTÓNIO MANUEL MARQUES (TEXTO) CARLOS BARRIGANA E RAUL SILVA (FOTOS)
MH - Qual é o panorama do Karaté em Portugal?
MaiaHoje - Como é que começou a praticar Karaté?
JM - Nós evoluímos bastante. Podemos falar na vertente desportiva e na mais tradicional, mais marcial. Em 1977 fiz competição, onde fui campeão no primeiro campeonato de Goju-Ryo a nível nacional, tanto em forma como em combate, e incentivo sempre as pessoas à competição. Há uns anos atrás, o Karaté era para um número limitado de pessoas, mas hoje em dia já se vê crianças a treinarem, aliás, já se vêm infantários a requisitarem instrutores credenciados para dar aulas a crianças. Houve um “boom” das artes marciais, em que já não é só aquela pessoa que pratica para aprender a defender-se, mas porque os pais gostam, porque vêm os filmes... uma coisa interessante é que hoje em dia aparecem muitas crianças e adultos recomendados por psicólogos e médicos, que já têm outro conhecimento das artes marciais. Está provado que as artes marciais são um desporto benéfico para a Saúde, quer a nível físico como psicológico.
Jorge Monteiro - Antes de fazer Karaté, fazia Natação no Fluvial. Fui para a Natação porque o meu pai achou que era o ideal para mim, e de facto, foi um passo importante a nível de Desporto. Mas andava sempre a pedir para ir para o Karaté, ainda que naquela altura, em plenos anos 70, existia o conceito que as artes marciais punham as pessoas mais agressivas, o que é completamente errado. Com 14 anos comecei então a treinar em Gaia por brincadeira, num clube de escuteiros e nem sequer era escuteiro. Via os indivíduos a dar uns pontapés num saco e comecei a treinar um estilo que se chamava Shotokai. Depois vim para Leça do Balio, continuando a treinar a mesma variante, e posteriormente aos 16 anos, comecei a treinar outro estilo, o Shotokan. Em 1977, a Academia toda, através do seu instrutor, mudou de estilo para o Goju-ryu que é o que fazemos hoje. Nessa altura, tive a oportunidade de conhecer o meu mestre actual, que é o sensei Morio Higaonna. Foi assim que comecei. MH - A nível mais pessoal, é capaz de me traçar os pontos altos da sua experiência no Karaté? JM - As artes marciais influenciaram-me bastante. Estudei num colégio porque andava sempre de escola para escola a portar-me mal e o Karaté fez-me apaixonar de tal maneira pelas artes marciais, que dizia ao meu pai que ia para o colégio e ia para o ginásio. Muitas vezes dormia lá para ir correr às cinco da manhã para a Av. da Boavista. Acabei por não conseguir tirar nenhum curso, porque o meu sonho era ir para o FCDEF e ser professor de Educação Física, mas no fundo, também não seria o que sou hoje. As artes marciais ajudaram-me bastante. Por outro lado, satisfaz-me bastante saber que sou responsável por pessoas que, quando vieram trabalhar comigo, eram crianças e hoje são pessoas bem sucedidas na vida a todos os níveis. Continuarei a contribuir para isso e a formar pessoas para fazerem esse trabalho, que é o trabalho que o meu mestre me transmitiu. Devo tudo a pessoas que me
MH - Para quem quiser praticar Karaté, há algum tipo de limitação a ter em conta?
numa Junta do Bonfim que é bastante problemática, com crianças agressivas e problemas de várias ordens, e somos elogiados pelos directores que notam que as artes marciais contribuem para as crianças serem mais calmas. Às vezes também se nota ali falta de carinho, e falamos com os pais para ver o que se passa. O Karaté é uma forma de estar na vida e lutarei sempre por transmitir isso aos instrutores mais novos. MH - Há várias terminologias e estilos dentro do Karaté. Na prática, há muitas diferenças? JM - Em primeiro lugar, temos a ilha de Okinawa. Resumidamente, o Karaté nasceu na Índia, depois veio para a China e passou para Okinawa, onde se desenvolveu antes de vir para o Ocidente. Na ilha de Okinawa todos os estilos são idênticos. O Goju-ryu é o estilo que exige mais da parte física, mas a parte da técnica é idêntica. Basicamente, são parecidas.
qual o sensei Morio Higaonna é presidente. A Associação começou com meia dúzia de ginásios e o propósito é a divulgação do estilo a todos os níveis. A associação tem de ser a união entre todos os ginásios, instrutores e alunos. Dou uma aula mensalmente aqui na Maia e outra em Lisboa a professores de Karaté. De dois em dois anos tenho uma viagem ao Japão para um encontro em que se reúnem os instrutores de todo o mundo. Depois dou estas aulas cá para que a técnica seja igual em todos os ginásios. MH - A Maia tem alguns membros na Associação? JM - Na Maia temos cerca de dez ginásios filiados. Mas na APOGK temos ginásios desde Beja, Évora, Lisboa até Bragança. Temos cerca de 150 ginásios actualmente e mais de três mil alunos. É uma associação muito grande. Há outras associações idênticas de outros estilos,
JM - Vou contar-lhe uma coisa que à primeira vista dá para rir, mas que mostra a coragem de uma pessoa. Em 1983, na primeira vez que fui aos Estados Unidos, vi lá um rapaz com cerca de 20 anos de cadeira de rodas e com cinto preto. Era incrível como uma pessoa com aquela deficiência conseguia fazer os movimentos. O Karaté dá para toda a gente, até com deficiências físicas. Qualquer pessoa pode fazer e treinar artes marciais. Antigamente dizia-se que era impossível para as crianças, mas com os jogos que temos, eles vão aprendendo os ataques e defesas, mas mais importante do que isso, é-lhes transmitida a filosofia oriental do respeito pelos mais velhos e para com os colegas e da arte da não violência. É um desporto em que não é preciso instrumentos e realmente, dá para toda a gente. Tenho outro exemplo de um aluno de Ardegães, um senhor com 76 anos que começou a treinar artes marciais com 74 por brincadeira. Em Okinawa, treinei com um mestre que tinha 99 anos e que era o expoente máximo, o 10º Dan. É a prova de que dá para todos os escalões etários e para toda a gente.
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sexta-feira 28 de Outubro, 2005
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«Já perdi a conta aos mandatos que fiz no SC Castêlo da Maia» O presidente José Freitas referiu que continuava por amor ao clube. A sede é o grande objectivo, mas a médio prazo também está a III Divisão Nacional. José Matos Foi num restaurante de Castêlo da Maia, perto do estádio, que decorreu o jantar de confraternização que marcava o acto simbólico de tomada de posse dos órgãos sociais, para mais um ano à frente dos destinos do clube. O presidente, José Maria Campos Freitas,
foi dos primeiros a chegar. Sabendo-se que esteve para não se candidatar a novo mandato, a pergunta da imprensa local que compareceu não podia ser outra: “O que o fez mudar de ideias”? A resposta saiu de imediato; «Muito amor ao clube. Já cá estou há anos a mais, perdi a conta aos mandatos que fiz, creio que serão 13. Existem muitas pessoas na Maia que deviam e podiam
José Freitas assumiu a presidência por mais um ano
assumir o cargo, mas não foi o que aconteceu. E cá estou eu, por amor ao clube, a assumir a presidência por mais um ano». Como principais objectivos, José Freitas prefere não “embandeirar em arco” a nível competitivo, antes chamando a atenção para a necessidade de uma sede; «Não estamos a pensar em subidas, mas em criar infraestruturas no clube que garantam fontes de receita. Há oito anos que não dispomos de sede para reunir os sócios e organizar algumas festas. De acordo com promessas que temos da Câmara Municipal, a curto prazo possuiremos uma sede digna, onde se poderá angariar algum dinheiro para o clube». Todavia, há a confiança de que com a melhoria das infra-estruturas se poderá aspirar a outros voos; «Acho que o Sport Clube Castêlo da Maia, mais ano menos ano terá que dar o passo até à III Divisão Nacional, onde já esteve». Actualmente, os sócios rondam os 380, número que entristece o presidente. «Já estivemos na casa dos 900 sócios pagantes. Estamos a tentar recuperar um bom número deles». No jantar marcaram presença os elementos que iam tomar posse dos diferentes órgãos directivos (ver caixa), representantes da Câmara Municipal, das Juntas que integram a Vila do Castêlo, um representante da Associação de Futebol do Porto, alguns associados e amigos. O edil Bragança Fernandes teve uma passagem rápida para desejar votos de boa sorte.
Copos Sociais 2005/2006 ASSEMBLEIA GERAL Presidente - Fernando J. P. Araújo Barros Vice-p presidente - Mário M. de Pinho 1º Secretário - Aldmiro S. Oliveira Paiva 2º Secretário - Sandra C. F. Paiva Santos CONSELHO FISCAL Presidente - Manuel Silva Serra Redactor - Francisco Silva Secretário: João Monteiro Peixoto DIRECÇÃO Presidente - José Maria Campos Freitas Vice-p presidente - Germano F. da Costa Vice-p presidente para Futebol Sénior António Francisco Silva Vice-p presidente e Relações Públicas Arménio Teixeira Lopes 1º Secretário - Angélica Susana Brito Torres 1º Tesoureiro - Agostinho Almeida Rodrigues 2º Tesoureiro - José Ferreira 1º Vogal - Joaquim Soares Ferreira Sá 2º Vogal - Abel Francisco Leite Azevedo
Época de transição para o Castêlo da Maia Ginásio Clube Na apresentação de todas as equipas, o reconhecimento de que há que solidificar o clube para repetir proezas passadas. JOSÉ MATOS
O Castêlo da Maia Ginásio Clube apresentou-se para 2005/2006 com muita animação, cor, música, movimento e juventude. Nem algumas dificuldades que se têm feito sentir nos últimos tempos inibiram os responsáveis de prepararem uma festa que atraiu ao pavilhão muitos castelenses. Jovens dos diferentes escalões, técnicos e responsáveis de secção foram sendo chamados um a um. Pelo meio, grupos de dança hip hop iam exemplificando, com muito ritmo e movimento, algumas tendências musicais importadas dos EUA. O ponto alto da noite, era de esperar, acabou por ser a equipa sénior, a qual, apesar de partir com objectivos competitivos “refreados”, tem um passado de êxitos para honrar. Paulo Cunha, técnico da casa que volta a assumir o desafio dos seniores masculinos, é o primeiro a colocar “água” numa eventual “fervura”, classificando a presente época como de transição; «Une-nos a esperança de sermos bem sucedidos. Espero que se possam dar passos suficientemente sólidos para construir uma nova equipa. O Castêlo da Maia teve uma época de ouro, com nove campeonatos femininos e quatro masculinos. A equipa mudou quase toda e agora há que criar condições para a estabilizar, dando-lhe solidez para enfrentar os próximos anos. Será uma época de transição, de forma a que a médio prazo se possa pensar em títulos
nacionais e em competições europeias». O treinador da equipa principal não coloca de parte uma conquista já este ano, mas «será uma consequência e não um objectivo assumido». Os atletas que compõem o escalão sénior do Ginásio têm várias proveniências: cinco são oriundos do estrangeiro, alguns de outros clubes nacionais e também há os que vêm dos juniores. A presidente do clube, Flora Bela Silva, parte confiante neste desafio que abraçou; «As expectativas são sempre as melhores». Uma função que diz ter assumido por amor à camisola; «Nunca pensei em me candidatar a presidente, não foi algo premeditado, simplesmente aconteceu. Estamos a fazer o nosso melhor para que tudo funcione bem. Esperemos que se reflicta no trabalho das equipas. Estou ligada ao clube há já alguns anos como mãe de uma atleta, Flora Bela das Juvenis. Fui ganhando amor à camisola e quando me apercebi de algum impasse directivo, avancei, juntamente com outras pessoas, para a Direcção». A estreia no campeonato nacional da equipa sénior aconteceu no passado fim-desemana, numa jornada dupla. E começou bem com duas vitórias, frente ao Leixões (3-1) e Marítimo (3-0). Hoje a equipa tem uma deslocação difícil ao pavilhão do SP Espinho (jogo com transmissão em directo na Sport Tv), naquela que será a quarta jornada (terceiro jogo para o clube maiato).
Apresentação individual de cada um dos atletas dos diferentes escalões
Castêlo da Maia Ginásio Clube - Equipa Sénior Masculina - 2005 / 2006 N. 2 3 4 5 7 9 10 11 12 13 14 16 17 18
Jogador Fábio Jardel Peter Turpin Alex. Rodrigues (Sandro) João Coelho Alexandre Castro Diogo Salgado Nelson Brízida Leonardo Santos (Leo) Rui Santos (Ruca) Nuno Soares Pedro Sousa Samuel Mota (Samu) Kevin Hansen Nuno Pereira
Altura Posição 2,02 Zona 3 2,09 Zona 3 1,98 Zona 4/2 1,85 Líbero 1,91 Zona 4/2 1,85 Zona 4 1,94 Zona 4 1,95 Zona 4/2 2,01 Zona 3 1,95 Zona 4/2 1,89 Passador 1,84 Passador 1,95 Passador 1,78 Libero
Direcção e Equipa Técnica Presidente - D. Flora Bela Silva Dirigente - Sr. Evaristo Duarte Dirigente - Dr. Maurício Soares Dirigente - Sr. Artur Ferreira Médico - Dr. Sílvio Dias Médico - Dr. Cruz de Melo Fisioterapeuta - Frederico Delgado Fisioterapeuta - Fernando Ribeiro Treinador - Paulo Cunha Treinador - Alexandre Afonso Treinador - Manuel Santos Treinador - Mário Marques
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sexta-feira 28 de Outubro, 2005
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Atleta da JuveMaia sagrou-sse Campeão Europeu e Africano de Pesca Submarina Rui Torres, ao serviço da Selecção Nacional, conseguiu 24 exemplares válidos. É o grande favorito para o Campeonato do Mundo, que se realiza em Sines, em 2006. JOSÉ MATOS
O 25º Campeonato Euro-África de Pesca Submarina, o qual ocorreu em Saint Jean Luz (França), no primeiro fim-de-semana de Outubro, teve como grande vencedor um atleta português, mais concretamente do Clube JuveMaia. Falamos de Rui Torres que aos 33 anos de idade juntou ao seu palmarés um título inédito em Portugal. Integrado na Selecção Nacional, juntamente com António Silva (4º lugar) e Carlos Osório (9º), ambos do Clube Megasub, Rui Torres saiu vencedor com 24 exemplares válidos, nos dois dias de prova. O atleta, ao MaiaHoje, manifestou a sua satisfação pelo feito; «Ganhar qualquer campeonato da Europa, seja em que modalidade for, não é fácil. Na pesca submarina as dificuldades são acrescidas pois é efectuada num meio que não é próprio do Homem, um meio por vezes hostil. É imperativo que o mar nos deixe praticar. Neste Campeonato, por exemplo, o segundo dia tornou-se bastante complicado. O mar esteve no limite do praticável de mergulho». O espanhol Pedro Carbonel, tido pelos analistas como o melhor do mundo em pesca submarina (três vezes campeão do mundo e três vezes campeão da Europa) esteve em prova e foi o grande opositor do português, facto que mais valoriza a vitória do atleta da Juvemaia. No próximo ano, o Campeonato do
Mundo de Pesca Submarina tem lugar em Portugal, na Cidade de Sines, entre 12 e 13 de Setembro. Rui Torres, após este feito, é tido como o principal favorito para a conquista do primeiro lugar; «Estou bastante motivado para enfrentar novos campeonatos. A responsabilidade também é grande, ainda
por cima com a prova a realizar-se em casa. Teremos mais tempo para estudar as zonas de prova, onde estão os peixes e para onde vão». O que ninguém lhe tira, pelo menos durante os próximo dois anos, é o título de Campeão Europeu e Africano.
Aptidão para a Pesca Submarina Rui Torres iniciou-se na actividade com 10 anos de idade. Em 1990 participou na sua primeira competição. Quatro anos depois sagrou-se o Campeão Nacional, o mais jovem de sempre. Em 2004 tornou-se o primeiro português a ganhar uma competição internacional além fronteiras. Actualmente contabiliza 17 participações internacionais ao serviço da Selecção. Alcançou dois sétimos lugares no Mundial, é Vice-campeão da Europa, Vicecampeão do Mundo e, agora, Campeão da Europa e de África.
pub
Convite Os Presidentes da Assembleia e da Câmara Municipal da Maia convidam a população a assistir à Sessão Solene de Instalação da Assembleia e da Câmara Municipal da Maia, que terá lugar amanha, Sábado, 29 de Outubro de 2005, às 10 horas, no Salão D. Manuel I, sito no Edifício dos Paços do Concelho.
MUNICÍPIO DA MAIA
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Atleta da JuveMaia sagrou-sse Campeão Europeu e Africano de Pesca Submarina Rui Torres, ao serviço da Selecção Nacional, conseguiu 24 exemplares válidos. É o grande favorito para o Campeonato do Mundo, que se realiza em Sines, em 2006. JOSÉ MATOS
O 25º Campeonato Euro-África de Pesca Submarina, o qual ocorreu em Saint Jean Luz (França), no primeiro fim-de-semana de Outubro, teve como grande vencedor um atleta português, mais concretamente do Clube JuveMaia. Falamos de Rui Torres que aos 33 anos de idade juntou ao seu palmarés um título inédito em Portugal. Integrado na Selecção Nacional, juntamente com António Silva (4º lugar) e Carlos Osório (9º), ambos do Clube Megasub, Rui Torres saiu vencedor com 24 exemplares válidos, nos dois dias de prova. O atleta, ao MaiaHoje, manifestou a sua satisfação pelo feito; «Ganhar qualquer campeonato da Europa, seja em que modalidade for, não é fácil. Na pesca submarina as dificuldades são acrescidas pois é efectuada num meio que não é próprio do Homem, um meio por vezes hostil. É imperativo que o mar nos deixe praticar. Neste Campeonato, por exemplo, o segundo dia tornou-se bastante complicado. O mar esteve no limite do praticável de mergulho». O espanhol Pedro Carbonel, tido pelos analistas como o melhor do mundo em pesca submarina (três vezes campeão do mundo e três vezes campeão da Europa) esteve em prova e foi o grande opositor do português, facto que mais valoriza a vitória do atleta da Juvemaia. No próximo ano, o Campeonato do
Mundo de Pesca Submarina tem lugar em Portugal, na Cidade de Sines, entre 12 e 13 de Setembro. Rui Torres, após este feito, é tido como o principal favorito para a conquista do primeiro lugar; «Estou bastante motivado para enfrentar novos campeonatos. A responsabilidade também é grande, ainda
por cima com a prova a realizar-se em casa. Teremos mais tempo para estudar as zonas de prova, onde estão os peixes e para onde vão». O que ninguém lhe tira, pelo menos durante os próximo dois anos, é o título de Campeão Europeu e Africano.
Aptidão para a Pesca Submarina Rui Torres iniciou-se na actividade com 10 anos de idade. Em 1990 participou na sua primeira competição. Quatro anos depois sagrou-se o Campeão Nacional, o mais jovem de sempre. Em 2004 tornou-se o primeiro português a ganhar uma competição internacional além fronteiras. Actualmente contabiliza 17 participações internacionais ao serviço da Selecção. Alcançou dois sétimos lugares no Mundial, é Vice-campeão da Europa, Vicecampeão do Mundo e, agora, Campeão da Europa e de África.
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Convite Os Presidentes da Assembleia e da Câmara Municipal da Maia convidam a população a assistir à Sessão Solene de Instalação da Assembleia e da Câmara Municipal da Maia, que terá lugar amanhã, Sábado, dia 29 de Outubro de 2005, às 10 horas, no Salão D. Manuel I, sito no Edifício dos Paços do Concelho.
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sexta-feira 28 de Outubro, 2005
Clube Amigos de Corim abre temporada de torneios O 2º Open de Sueca do CAC realiza-se a 1 de Dezembro
MARIANA MACIEL
O Clube Amigos de Corim vai realizar no próximo dia 1 de Dezembro, no Alaúde Café, em Águas Santas, o 2º Open de Sueca. Com esta segunda edição, o CAC pretende superar o sucesso do primeiro torneio, realizado em Abril de 2004, que reuniu 12 equipas e teve como grande vencedora a dupla Fernando Moutinho/Jorge Freitas. As inscrições para a edição deste ano estão abertas a todos os interessados até 27 de Novembro. Também organizado pelo Clube Amigos de Corim, teve início no passado dia 18 de Outubro a 9ª edição do Torneio de Bilhar “O Maior”, que irá prolongar-se até meados de Janeiro. A prova deste ano conta com a participação de 24 bilharistas que, divididos em dois grupos, vão jogar no sistema de “todos contra todos”, apurando-se os dois primeiros para as meias-finais. A primeira jornada já teve efeito, jogos onde se destacaram Francisco, Raúl e João Vítor, no Grupo A, juntamente com Daniel Branco, Leandro Ferreira e Nelson Moreira, que assumem os três primeiros lugares no Grupo B. A exemplo das edições anteriores, o torneio realiza-se no Salão de Jogos “O Maior”, em Águas Santas, e conta com o apoio da Câmara Municipal de Águas Santas e da respectiva Junta de Freguesia.
Acro Clube da Maia 5º e 8º nos Campeonatos da Europa Ginastas do ACM obtiveram destaque nas categorias de Pares Masculinos e Pares Mistos MARIANA MACIEL
Os ginastas do Acro Clube da Maia deslocaram-se à Grécia para disputar os Campeonatos Europeus de Ginástica Acrobática de onde regressaram com as melhores classificações na Selecção Nacional Júnior. O par João Maia/Tiago Figueiredo classificou-se em 5º lugar na categoria de Pares Masculinos, enquanto a dupla José Bastos/Susana Ferreira conseguiu a 8ª posição em Pares Mistos. Os ginastas do ACM venceram algumas das melhores selecções europeias, conseguindo, inclusive, ser os únicos portugueses a alcançar uma final neste Europeu de Juniores. Estas classificações têm uma satisfação e um mérito acrescidos para os atletas e responsáveis do clube, uma vez que os ginastas passaram um ano desportivamente difícil, treinando «sem o mínimo de condições ou apoios requeridos para o alto nível com que representaram o nosso país», como confirmam os responsáveis. Há um ano, os ginastas do ACM treinavam no Indoor Soccer da Maia, em relva sintética, sem colchões de queda ou segurança e só «após um enorme esforço do clube, conseguiram espaço para treinar na Escola Secundária da Maia que, de forma excepcional, os tem recebido e ajudado», relembra a direcção do Acro Clube.
Clube de Natação da Maia inicia época com bons resultados Juvenis do Maia/Real Seguros iniciam época com records pessoais MARIANA MACIEL
A primeira prova para a categoria de Juvenis no calendário de 2005/2006 teve lugar na Piscina de Fafe, nos dias 22 e 23 de Outubro. O Clube de Natação da Maia/Real Seguros participou nesta competição com 12 nadadores, que alcançaram um elevado número de records pessoais, surpreendendo todos os presentes e a própria direcção do clube. De destacar neste torneio é o desempenho de Luís Neto (1º nos 200m bruços, 3º nos
200m mariposa e 400m estilos - JUV A), Cláudio Ferreira (5º nos 200m costas - JUV A), João Pinto (3º nos 200m costas e 5º nos 200m bruços - JUV B), Tiago Campos (3º nos 200m bruços - JUV A), Filipa Sousa (3ª nos 200m costas) e Bárbara Cerqueira (5ª nos 200m costas). Estes jovens nadadores afirmam-se agora motivados para continuar o trabalho que têm vindo a realizar, de forma a continuarem a evoluir, no sentido de uma boa preparação para o futuro.
Raquel Costa na selecção de futsal sub-1 19 do Porto Raquel Costa, capitã da equipa feminina do Clube Amigos do Corim, foi convocada para os treinos da selecção de futsal da Associação de Futebol do Porto. A jogadora, que começou a sua actividade futebolística há quatro épocas no CAC, tem sido convocada desde 2003 para as selecções femininas do Porto de sub-16, conseguindo chegar agora à selecção de sub-19. Entretanto, a equipa feminina do CAC, militante na 2ª divisão distrital, disputou recentemente a jornada quatro, tendo vencido por 3-1 o AC Paróquia da Carvalhosa.
DESPORTO
Infantis iniciam a época com bons resultados em Gondomar Realizou-se nos passados dias 15 e 16 de Outubro, na Piscina de S. Cosme, em Gondomar, a primeira prova da época 2005/2006 para o escalão de Infantis. O Maia/Real Seguros levou à competição 16 nadadores, que corresponderam em pleno às expectativas dos treinadores. Todos os jovens conseguiram melhorar os tempos de inscrição na maioria das provas, contribuindo para uma elevada percentagem de recordes pessoais, um resultado que os responsáveis consideram como bastante positivo para uma primeira competição. A nível de prestação individual, destacaram-se os atletas Rafael Martins, com o 5º lugar nos 200m mariposa e o 4º lugar nos 200m estilos, e Luís Frutuoso, que conseguiu o 8º lugar nos 200m estilos e o 6º lugar nos 200m bruços. De evidenciar é também o 7º lugar de Sara Costa nos 200m bruços, o 9º lugar de João Queijo nos 200m estilos, o 4º lugar de Camilo Ferreira nos 200m bruços e o 8º lugar de Carolina Castro nos 400m livres.
Maiastars a brilhar Após vencer cinco títulos nacionais, Maiastars começa a nova época a ganhar MARIANA MACIEL
O Maiastars entrou vitorioso na nova época desportiva, derrotando as aveirenses do Saavedra Guedes e as gaienses do S. Félix da Marinha, em juvenis, e os vimaranenses do Fermentões em iniciados femininos.
As jogadoras da equipa maiata que há 4 anos se sagraram campeãs nacionais de infantis e há dois anos de iniciadas, reuniram-se novamente no início da nova temporada em que entraram com o pé direito. Nos primeiros jogos, ganharam em casa ao Saavedra Guedes por 48-9 e deslocaram-se a S. Félix da Marinha onde
venceram o clube local por 36-15. Por sua vez, a equipa das iniciadas femininas foi a Fermentões para defrontar a equipa masculina local. Ao intervalo, as “stars” perdiam por 9-7, mas após algumas alterações na atitude competitiva das jogadoras, a equipa maiata acabou por vencer os locais por 18-14.
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Clio avança para o “próximo nível” Iniciado em 1990, o Renault Clio apresentou recentemente a sua 3ª série. Conforto, espaço e diversidade são algumas das apostas. AMM
O novo Renault Clio já calcorreia as estradas portuguesas, naquela que é a sua terceira série. Com 15 anos de existência, o Clio percorre agora mais um nível na sua “viagem” apresentando-se renovado em vários pontos. Este habitual membro do top de vendas nacional, apresenta variadas apostas no sentido de continuar essa senda. Assim, o Clio III é maior e com mais espaço interior que o seu antecessor, fruto do seu design que, na verdade, não choca verdadeiramente com a versão anterior, apenas “limando algumas arestas”. A habitabilidade e conforto foram outros dos pontos prioritários da Renault, que apostou na luminosidade como forma de evidenciar o espaço interior, a par da disponibilização de vários equipamentos que pretendem facilitar a vida do condutor, tal como o cartão “mãos livres”, uma novidade neste segmento. Em termos de comportamento, o novo Clio foi concebido tendo em atenção a condução em estrada. A suspensão baseada no Mégane II, a grande distância entre eixos e centro de gravidade baixo contribuem para uma boa estabilidade que se traduz no prazer de condução. A segurança também não foi pub
descurada, como provam as cinco estrelas obtidas no teste Euro NCAP. Assim, são disponibilizados variados equipamentos como o repartidor electrónico de travagem ou a assistência à travagem de urgência, que contribuem para uma boa prestação deste veículo nesta vertente. Isto para além dos oito airbags e do
controlo dinâmico de estabilidade disponível como opção. O Clio III está actualmente disponível em sete versões e os preços começam nos 13 mil euros. Com este novo modelo, a Renault visa alcançar em 2005, na Europa, uma cota de mercado próxima dos 11%
mh
a fechar
Nº 141 | 28 de Outubro 2005
“O que interessa são as obras feitas” Piddac para 2006 prevê mais dinheiro para o Concelho, mas abrange menos obras, limitando-se aos sectores da Saúde e Educação. O presidente da autarquia, Bragança Fernandes, salienta “as obras feitas” e não o que está previsto. ANTÓNIO MANUEL MARQUES
São pouco mais de dois milhões de euros, as verbas previstas para o Concelho da Maia no Plano de Investimentos e Despesas de Desenvolvimento da Administração Central (Piddac) para 2006. Apesar do clima de crise que se vive no País, o Concelho até acaba por receber mais 220 mil euros que no ano anterior, o que não se traduz em mais projectos. Pelo contrário, este ano o Piddac abrange menos obras e limita-se aos sectores da Educação e Saúde. Na primeira vertente estão contempladas a EB 2,3 de Nogueira com verbas para um pavilhão desportivo, uma nova EB 2,3 para Vermoim e verbas genéricas para o Ensino Pré-escolar do Concelho. Na segunda, o Piddac para 2006 prevê fundos para a Extensão de Saúde de Gueifães e para a estrutura idêntica a instalar em Pedrouços. No total, são cinco projectos, enquanto em 2005 as obras subsidiadas rondavam a dezena.
Palácio da Justiça excluído Entre os grandes projectos ausentes estão o Palácio da Justiça e a nova esquadra GNR a instalar no Castêlo da Maia. Ambos foram apontados como grandes objectivos para o mandato autárquico que agora se inicia, mas estão fora dos planos governamentais de financiamento, pelo menos para 2006. O Presidente da autarquia, Bragança Fernandes, desvalorizou a questão assegurando que apesar de não estarem explicitamente referidos, existem verbas para essas obras no pub
“bolo global de verbas do Piddac. Mas o que interessa são as obras feitas. Há projectos que estão durante anos em Piddac e nunca são feitos. O que interessa é a obra feita como por exemplo a intervenção que está a ser feita no caminho de ferro da zona do Leandro e que não vem em Piddac. Ainda assim, está a ser realizada”. Quanto à Delegação maiata da Ordem dos Advogados, a palavra de ordem é “surpresa”. Como salientou ao MaiaHoje, Paulo Ramalho. Depois do protocolo assinado há cerca de dois anos entre o Ministério da Justiça e Câmara Municipal e da reunião realizada na autarquia há cerca de quatro meses, “fomos apanhados de surpresa. Para nós isto é inaceitável porque o Tribunal não tem condições de funcionamento”, refere. Ainda assim, o representante da Ordem dos Advogados salienta que depois de contactos com o Presidente da Câmara Municipal, “foi garantido que apesar de não estar em Piddac, isso não quereria dizer que o Palácio da Justiça não fosse construído. A sua edificação vai ser mais demorada do que esperávamos”.
Entretanto, esta semana a referida Delegação reuniu-se, tendo sido agendado para a próxima semana um segundo encontro abrangendo mais advogados da Comarca da Maia, para além de uma conferência de imprensa. Aqui, Paulo Ramalho refere que serão divulgadas as iniciativas que serão levadas a cabo junto do Governo, “para transmitir a nossa indignação”.
MM
Tudo na mesma Em relação às transferências dos cofres estatais para o município maiato e para as freguesias tudo se mantém igual em comparação com 2005. Assim, para o próximo ano, o Concelho maiato vai receber cerca de 11 milhões e meio de euros, enquanto as freguesias auferem
A pequena Maria João já tem cadeira de rodas
no seu total de pouco mais de 1,125 milhões de euros, num cenário em tudo idêntico a este ano. Águas Santas continua a ser a freguesia que recebe uma verba maior, rondando os 170 mil euros, enquanto Gondim está na cauda da tabela com 29 mil euros.
Conforme o Maia Hoje noticiou, Maria João, de sete anos de idade, sofre de miopatia nemalítica. Durante muitos anos, necessitou de uma cadeira de rodas especial, para a qual a família não tinha posses monetárias. Hoje toda a família tem motivos para sorrir com a promessa da tão desejada cadeira para o Natal. «Estou convencido que foi graças ao artigo publicado no vosso jornal», refere o pai da menina. A Direcão Regional de Educação do Norte é a responsável por este momento de felicidade, após ter encomendado no passado dia 25 uma cadeira para oferecer a Maria João.