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jornal regional de grande informação
12 AGO - 25 AGO 2005
Habitação Social de Folgosa e Ardegães inaugurada Autarquia inaugurou empreendimentos de Folgosa e Ardegães num conjunto de 116 fogos. Para já, apenas cerca de quatro dezenas de famílias receberam “casa nova” sendo que as restantes deverão ser entregues até ao fim do próximo mês de Setembro. pág. 12 e 13
Ano VI ¦ Nº 135 ¦ Quinzenal ¦ Director: Artur Bacelar ¦ Sai às Sextas ¦ 0.50 =C IVA incluído ¦ Porte
Pago
Na Maia, só em Julho...
Mário Martins é “Pela Afirmação de Vermoim”
pág. 15
O actual Presidente da Assembleia de Freguesia é o candidato do PS à Junta de Vermoim. Na sua lista conta com nomes como a Deputada da Assembleia da República, Paula Cristina Duarte (nº3), e ainda com apoios de peso à “Esquerda” e à “Direita”.
Nova sede de Junta de Milheirós ao pormenor Edifício é um exercício arquitectónico ambicioso onde predomina a polivalência. Há quem já lhe chame um verdadeiro “fórum” de freguesia. A manutenção da antiga pedreira é uma das mais valias. pág. 16
F. C. Maia apresenta-se pág. 22 com o Gil Vicente A equipa está praticamente definida, faltando três reforços no máximo. Ferreirinha tem apostado no 4-42. Amanhã, algumas ideias do jovem técnico já poderão ser vistas no jogo de apresentação, cuja entrada é gratuita.
índice das freguesias Águas Santas . . . . . . . . . . . . . . . . .12 e 13 Avioso Stª Maria . . . . . . . . . . . . . . . . . . .17 Barca . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .14 Folgosa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .13 e 14 Milheirós . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .16 Moreira . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .14 Pedrouços . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .17 Vermoim . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .15 Vila Nova da Telha . . . . . . . . . . . . . . . . .17
a opinião de... Nelson Ferraz . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .19 Luís Clemente Ribeiro . . . . . . . . . . . . . . .20 Odete Gonçalves . . . . . . . . . . . . . . . . . .19 Joaquim Jorge . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .20 Orlando Leal . . . . . . . . . . . . . . . . . .19 e 20
importa-se de repetir... «Vamos a eles, camaradas»!
Candidato do PS à Câmara Municipal da Maia, Jorge Catarino, durante a apresentação das listas na Quinta da Caverneira
pág. 4 e 5 PUB
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Foi com alguma perplexidade que assisti à “coragem” dos Administradores da Prensa Ibérica em fechar “O Comércio do Porto”. Digo coragem porque é preciso tê-la para encerrar um ícone de cultura que representa um povo (é o mais antigo do continente) e acrescento “lata”, porque para mostrarem a sua incapacidade de gestão, mais valia estarem do lado de lá da fronteira. Agora diga-me o leitor: acha que o Comércio fechou devido a um problema jornalístico, de distribuição, de falta de empenho dos seus funcionários, ou por má gestão e falta de investimento? Bom, se até à data, mal ou bem funcionou e conseguiu captar a atenção de tamanho grupo espanhol é porque o negócio não era mau, ou então os investidores são… incompetentes! Também me parece incrível como os falsos defensores portuenses, em actos que face a este episódio agora considero políticos, se juntaram à porta do Coliseu, ou do Bolhão e agora nem uma “velinha a S.João” em defesa do “nosso” Comércio! Onde estão os “gajos” que se acorrentam às portas? Onde estão aqueles que fazem parar o trânsito com manifestações? Onde estão os idealistas das chamadas convocações “espontâneas” por SMS para protestar? Lembro agora, com saudade, que há cerca de 25 anos, em casa de um vizinho, todas as madrugadas lá deixavam na sua caixa do correio “O Comércio” e que após uma “valente” noitada de estudantes a jogar à sueca, ainda havia fôlego para dar uma espreitadela ao jornal e assim acompanhar o que passava no pais e estrangeiro. Lembro também, uma vizinha dos meus pais que trabalhava no Comércio e volta e meia lá me arranjava uns bilhetes de cinema. Lembro mais recentemente, o espírito de camaradagem, personalizado pelo José Vinha que tendo se apercebido que cheguei atrasado a um serviço, passou-me a “história” do seu gravador e traçou-me pontos gerais.
e
dito
escrito
«é zona verde, só o relvado não é de facto, é relva sintética» Bragança Fernandes, Presidente da Câmara Municipal, sobre a polémica de construção do Estádio de Nogueira em zona agroflorestal.
«é incrível o que a perspectiva de tacho consegue fazer à liberdade e dignidade das pessoas» João Santos, ex líder do Núcleo PS Maia.
«Porque será que Catarino diz que os vereadores do PS aceitaram os poleiros da CMM para estar mais por dentro dos assuntos, na comunicação social, e internamente diz que os vereadores têm tacho porque trabalhar de borla já não se usa?» João Santos, ex líder do Núcleo PS Maia.
«avô, porque representa um passado que queremos banido do concelho e cantigas pois já vamos ficando fartos do que diz» Mandatário da candidatura pelo PS, António Barros Cardoso, referindo-se ao candidato da coligação e presidente da Câmara Municipal da Maia, Bragança Fernandes.
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PÁG. DOIS
artur bacelar ¦¦ director
editorial O Comércio do Porto São histórias como estas que fazem um jornal, que nos ligam a uma cidade, o meu Porto, onde nasci e onde vivi até aos 30 anos, antes de encontrar a “minha” Maia. Descobri e iniciei-me no jornalismo há mais de vinte anos, com as rádios piratas. Entretanto a vida levou-me a colocar em “stand by” esta paixão. Retomei há apenas cinco anos com o nascimento do MaiaHoje (que trato como um filho) e talvez por esse motivo hoje sinta a falta do “Comércio do Porto” e siga na esperança que este seja um até, muito breve! Para que ninguém se esqueça, todos os jornalistas, colaboradores e direcção do nosso jornal decidiram que nesta edição, na capa irá um “Blue ribbon” (fita azul) de solidariedade para com os colegas e de apelo a que não deixem desaparecer “O Comércio”. Enquanto pudermos aqui ficará! Pode ser que alguém a folhear o jornal, se lembre. Até breve!
objectiva Título: United Colors of ... beer por: Raul Silva raul@maiahoje.pt
GRANDE MAIA
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MAIAPRESS EdItoRES, LdA. REGISTADA NA CONS. REG. COM. DO PORTO COM O NÚMERO 1313 CONTRIBUINTE NÚMERO 504 786 954
DIRECTOR DA PUBLICAÇÃO: Artur Bacelar (C. P. n.º 9471) artur@maiahoje.pt CHEFE DE REDACÇÃO: António Manuel Marques (C. P. n.º 9478) antonio@maiahoje.pt REDACÇÃO: António Armindo Soares soares@maiahoje.pt Carlos Barrigana (AJD n.º 1277) carlos@maiahoje.pt José Matos (C. P. n.º 9293) jose@maiahoje.pt
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Maia adoptou valor máximo da TMDP Desde Junho que o município recebe, por lei, uma verba proveniente da operadora PT como pagamento de uma taxa de atravessamento de comunicações. Dos 308 concelhos, apenas metade solicitou a Taxa Municipal de Direitos de Passagem (TMDP) e só 100 aplica o máximo de 0,25%. JOSÉ MATOS
Na Maia, alguns clientes dos serviços PT Comunicações (Portugal Telecom) têm, nos últimos tempos, reparado num “Item” das facturas que descreve uma verba referente à Taxa Municipal de Direitos de Passagem (TMDP). Geralmente trata-se de uma quantia pequena por cliente, não deixando, mesmo assim, de suscitar dúvidas quanto ao significado da mesma e, até, da legalidade.
Mas o que representa esta taxa? De acordo com descrição da lei, estabelece “que os direitos e os encargos relativos à implantação, à passagem e ao atravessamento de sistemas, equipamentos e demais recursos das empresas que oferecem redes e serviços de comunicações electrónicas acessíveis ao público, em local fixo, dos domínios públicos e privados municipais possam dar origem ao estabelecimento de uma taxa municipal de direitos de passagem (TMDP)”. Na prática, trata-se de um
A Maia optou pela percentagem máxima, ou seja 0,25%, encontrando-se a beneficiar da taxa desde Junho último. Segundo apurou o MaiaHoje, num universo de 308 concelhos, cerca de 150 solicitaram à operadora a aplicação da taxa. Destes, 30 acabaram por prescindir e 6 assumem taxa zero. Na prática, neste momento estão, aproximadamente, 114 municípios a aplicá-la. Referência, ainda, para o facto de cerca de 100 concelhos estarem a solicitar a taxa máxima (0,25%), entre eles o da Maia. Alguns municípios, como já foi referido, optaram por prescindir, em Assembleia Municipal, em virtude dos valores que recebiam serem irrisórios. Foi o caso da Batalha. O pequeno número
género de compensação às edilidades pelo atravessamento de sistemas dos serviços de comunicação electrónica. O regime legal estabelece que as receitas provenientes da TMDP têm como beneficiários os municípios, pelo que as empresas que oferecem redes e serviços de comunicações electrónicas em local fixo se comportam como meros intermediários entre os clientes finais e os municípios. Todavia, a lei deixa à decisão de cada município a sua aplicação. Ou seja, cada câmara municipal decide se adopta essa taxa ou não e as percentagens, não podendo ultrapassar os 0,25%. O valor final que é atribuído a cada câmara municipal pela operadora resulta da multiplicação da referida percentagem com o valor do consumo.
de consumidores, quase que não justificava os gastos da edilidade em abrir o processo. O Presidente da Câmara Municipal da Maia, Bragança Fernandes, num curto comentário, referiu que a opção partiu de uma normativa da Assembleia Nacional de Municípios, tendo sido consensual na Área Metropolitana do Porto a aplicação máxima da taxa. O edil frisou, no entanto, que as verbas obtidas são «peanuts», «sem qualquer representatividade em termos de quantia». Bragança Fernandes realçou, colocando a tónica noutra questão, que o que deveria ser lamentado é o facto de se ter que pagar o aluguer do telefone, mesmo sem se realizar qualquer chamada. «Deixei de ter telefone fixo exactamente por esse motivo».
Na Maia aplica-se os 0,25 por cento
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Em relação a este último ponto, caso arrumado. É legal. A taxa consta da Lei 5/2004, de 10 de Fevereiro, uma lei referente às comunicações electrónicas. A Coordenadora do Departamento Jurídico da Deco (Associação Portuguesa para a Defesa dos Consumidores), Ana Tapadinhas, confirmou isso mesmo, referindo que nos últimos tempos tem esclarecido muitos consumidores que a contactam nesse sentido. Segundo esta jurista, o único problema que poderá ser levantado é a cobrança dupla num único sistema de passagem; «A única situação que poderá suscitar algumas dúvidas é se é justo cobrar duas verbas da taxa a um consumidor quando há partilha de sistema, isto é quando o atravessamento é feito pelo mesmo canal, por exemplo do telefone fixo e da Internet. Estamos a analisar este caso específico, mas ainda não chegamos a conclusões».
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A. CAMPELO DE SOUSA Especialista em Direito Administrativo
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Escritório: R. Dr. Augusto Martins, n.º 90 • 1º • sala 4 • Maia R. Fundo de Vila, n.º 333 • 3º • sala 2 • S. João da Madeira Telef. 256 832 588 • E-mail: campelodesousa@iol.pt
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Bragança Fernandes fala em «complô» Inauguração do novo Complexo Desportivo Municipal de Nogueira ficou ensombrada por uma eventual ilegalidade na obra. Edil maiato fala em «oportunismo político» enquanto PS refere que o dever da oposição é «fiscalizar e denunciar». António Manuel Marques O novo Complexo Desportivo Municipal de Nogueira está construído em área agro floresta de acordo com o Plano Director Municipal. Foi esta a notícia difundida por um jornal diário que lançou a polémica sobre a inauguração na nova estrutura desportiva edificada pela autarquia maiata. De acordo com o Presidente da Câmara Municipal, Bragança Fernandes, esta é «mais uma notícia falaciosa e mais um oportunismo político. Acho muito estranho aparecer estas notícias agora, dado que este processo vem de 1998. Há pessoas que não queriam este estádio. Isto é um “complô”», sendo que o autarca garante que a zona em que se encontra edificado o novo Estádio está classificada no PDM como para equipamentos estruturantes, «um estádio pode ser construído como podia ser uma escola ou uma creche. Além disso, é zona verde, só o relvado não é de facto, é relva sintética». Desta forma, Bragança Fernandes garante a legalidade de todo o processo, «este projecto de loteamento está devidamente legalizado. Foi a várias reuniões de Câmara votado por unanimidade. Cumpre a Lei. Além disso, a construção do Estádio foi visada pelo Tribunal de Contas». Uma opinião secundada pelo Presidente da Assembleia Municipal, Luciano Gomes, «o processo de loteamento foi feito sendo que a Lei para esse preço permite fazer um ajuste directo. Depois o projecto foi alvo de um concurso público. Há uma grande confusão entre as duas coisas e “inverdades” principalmente quando se fala do Plano Director Municipal». Pelo lado da oposição socialista, é referido em comunicado que esta situação “mostra os
resquícios de prepotência e nepotismo instalado na CMM que está no poder há 25 anos”. No mesmo documento, estes responsáveis defendem ainda que “o dever da oposição é fiscalizar e denunciar... com dados concretos e uma investigação credível”, acrescentando que nada têm contra o Nogueirense, mas que “tudo o que está subjacente a este complexo desportivo deve cumprir a lei de uma forma transparente e com lisura de processos. Não foi o que se verificou”. Quanto à acusação de “oportunismo político”, o PS Maia interroga se o “rol de inaugurações próximo das autárquicas não é aproveitamento eleitoral?”.
«Uma nova oportunidade» Polémicas à parte, o União Nogueirense Futebol Clube a militar na Divisão de Honra Distrital tem agora uma nova casa. Num investimento de mais de dois milhões de euros, o Complexo Desportivo Municipal de Nogueira tem capacidade para 2500 lugares sentados, além de ser abastecido por gás natural, ter posto médico e três balneários. De salientar o relvado sintético homologado pela FIFA. Este é o «culminar de uma página dourada do Nogueirense» que proporciona uma nova oportunidade ao clube, «temos agora uma
casa digna onde podemos aplicar todas as vertentes do clube. Dá a oportunidade aos nossos atletas de usarem umas instalações mais dignas, podendo ter outro desempenho no futuro que dê oportunidade a que o Nogueirense possa crescer como os sócios querem», referiu o Presidente da colectividade, Nogueira dos Santos. Presente na ocasião, o Presidente da Junta de Freguesia de Nogueira, Ilídio Carneiro deixou igualmente uma palavra de regozijo pela obra, ele que também já passou pela Direcção do clube, «há 24 anos fui Presidente desde clube e já havia esta luta por melhores condições. Uma longa luta que valeu a pena».
Tribunal Judicial da Maia 5º Juízo Praça Dr. José Vieira de Carvalho 4470-202 Maia Telef: 229438930 Fax: 229444473 correio@maia.tc.mj.pt
Anúncio Processo: 1049/2002 Execução Ordinária N/Referência: 1951017 Data: 08-07-2005 Exequente: Pedro Alexandre Martins Alves Executado: Maribela da Silva Duarte e outro(s)... Correu éditos de 20 dias para citação dos credores desconhecidos que gozem de garantia real sobre os bens penhorados ao(s) executado(s) abaixo indicados, para reclamarem o pagamento dos respectivos créditos pelo produto de tais bens, no prazo de 15 dias, findo o dos éditos, que se começará a contar da segunda e última publicação do presente anúncio. Bens penhorados: TIPO DE BEM: Outro direito DESCRIÇÃO: Direito e da acção à herança ilíquida e indivisa. PENHORADO EM: 14-01-2003 00:00:00 PENHORADO A: EXECUTADO: Maribela da Silva Duarte. Documentos de identificação: B.I. 12284142, NIF 210960922, Endereço: R. das Escolas, Nº 154, S. Pedro, 4425-518 S. Pedro de Fins. O Juizo de Direito, Dr. António Paulo D. Seguro O Oficial de Justiça, Beatriz Macedo
A nova casa do Nogueirense surge envolta em polémica.
PS pede intervenção do Ministério Público no caso do “funcionário fantasma” PS Maia denunciou a existência de um alegado “funcionário fantasma” na autarquia maiata a auferir um vencimento de 2500 euros mensais. Por seu lado, a maioria defende que esta questão não passa de aproveitamento eleitoral, já que o funcionário desempenha efectivamente funções de assessor. Mário de Sousa Pereira é o alegado “funcionário fantasma” da autarquia maiata, situação levantada pelo PS, na voz do seu candidato à Câmara Municipal, Jorge Catarino. Segundo o líder socialista, a autarquia contratou um funcionário responsável por um gabinete que não existe, neste caso o “Gabinete de Iniciativas Extraordinárias”, auferindo um vencimento de 2500 euros mensais, para além de regalias ao nível do uso de telemóvel e combustível. Em comunicado, Jorge Catarino refere que esta é uma “situação insustentável... mostrando despotismo e abuso de poder mais parecendo o M de Maia o M de Madeira”. Assim sendo, o PS Maia já elaborou uma denúncia por escrito à Inspecção Geral da Administração do Território, para além de ter enviado um dossier informativo ao Ministério Público
pedindo a sua intervenção. Do lado da maioria PSD/CDS-PP, o vereador Mário Nuno Neves confirmou a contratação de Mário de Sousa Pereira, assegurando que o referido funcionário desempenha funções desde 2002, mais especificamente no Gabinete da Juventude, do Desporto e no TecMaia. Quando às funções de chefia de um departamento que não existe no organigrama da autarquia, a razão apontada para esta situação é um erro administrativo, facto desvalorizado pelo vereador dado que o vencimento é justificado pela prestação efectiva de serviços à autarquia em outros sectores. Em suma, para Mário Nuno Neves este é um caso de aproveitamento eleitoral. Esta situação envolve igualmente a CDU, já que Mário de Sousa Pereira
desempenhou funções de vereador, eleito por aquela força partidária nas eleições de 1993. No entanto, a CDU desmarca-se desta situação e do alegado funcionário fantasma, dado que lhe retirou “toda a confiança política que foi depositada pela CDU e pelo PCP, no qual militava na altura, poucos meses após a eleição”. Tendo recusado a abdicação do lugar, em 1994, Mário de Sousa Pereira foi mesmo expulso do PCP, “quebrando-se assim, há 11 anos, a última ligação ao PCP e à CDU”. Esta força partidária refere ainda em comunicado que o momento escolhido pelo PS para denunciar este caso “serve apenas para tentar envolver a CDU em processos menos claros que são da inteira responsabilidade do Executivo da Câmara Municipal, onde, o Dr. Jorge Catarino é vereador eleito”.
mh
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PS Maia com nova esperança numa lista “renovada e jovem” Na Quinta da Caverneira Jorge Catarino lançou o repto «vamos a eles», repetindo críticas à coligação PSD/PP. JOSÉ MATOS
O intuito da reunião da “família” PS Maia na Quinta da Caverneira (Águas Santas) era o de apresentar o mandatário da candidatura (António Barros Cardoso, independente, professor na Faculdade de Letras), os candidatos a Presidente e Vice-presidente da Assembleia Municipal (respectivamente Andrade Ferreira, militante na Maia, médico; e Luís Rothes, independente, professor na Escola Superior de Educação) e os 17 cabeças de lista às freguesias maiatas (ver mapa). Todavia, o encontro acabou por ser algo mais, conhecendo uma orientação género comício, com palavras de ordem e críticas com destinatários bem definidos. Ainda antes da entrada no auditório da Quinta da Caverneira o candidato socialista à Câmara Municipal da Maia, Jorge Catarino, destacava a importância da primeira apresentação formal à comunicação social das caras socialistas; «Pensamos que é uma jornada importante, mostrar os rostos desta candidatura, uma candidatura aberta à sociedade civil, com muitos independentes». No tocante ao mandatário da candidatura, Jorge Catarino identificou-o como «uma figura dos meios intelectuais do norte e um independente. Uma escolha consensual, que partiu de um convite meu. Teve oportunidade de colaborar connosco na elaboração do programa cultural que apresentaremos a sufrágio». Numa abordagem geral das listas, Jorge Catarino mostrou confiança numa equipa que classifica de jovem e renovada; «Temos listas renovadas a 70 por cento. O PS faz uma grande aposta nos independentes, com muita gente jovem, que aparece pela primeira vez nas lides partidárias... é uma aposta macro», acrescentando uma frase que já lhe vai sendo
comum; «Temos as melhores listas de todos os tempos». Uma confiança que alicerça numa vontade que diz existir de mudança; «Começa-se a notar um certo desanuviamento na sociedade civil maiata. Esta Câmara está estagnada. Desde a morte de Vieira de Carvalho que isto tem sido um “desfazer de feira”. A Maia precisa de um novo projecto político, de uma nova dinâmica, de uma nova liderança, de uma alternativa, é para isso que estamos a trabalhar».
Cartazes, amêndoas e “Avô Cantigas” Repetindo algumas críticas, o número um do PS Maia lamentou a quantidade de cartazes da coligação PSD/PP «O país não vive momentos de euforia financeira. Esta profusão de cartazes para nós é uma ostentação que, com certeza, não iremos seguir». Jorge Catarino afirmou que a estratégia passará pelo projecto e não por aquilo que entende como a «compra fácil de votos, como as viagens dos idosos à Quinta da Malafaia, o cabaz de Natal para ricos e pobres e as amêndoas da Páscoa mesmo para os velhinhos diabéticos». No auditório, os nomes dos candidatos foram chamados um a um ao palco, debaixo de música e aplausos. O mandatário, António Barros Cardoso, num breve discurso, diria que colocaria de lado durante a campanha a sua condição de independente, assumindo-se como socialista. A Bragança Fernandes, candidato da coligação e actual presidente da edilidade, deixou algumas críticas, procurando fazer humor com a alegada parecença do visado
Jorge Catarino confiante na “equipa” PS
Os 12 candidatos à Câmara Municipal Apesar da apresentação na Quinta da Caverneira não ter contemplado os nomes para a Câmara Municipal da Maia, deixando-os para uma cerimónia futura, o MaiaHoje está em condições de os divulgar. Os dois primeiros são já bem do conhecimento público, uma dupla antiga nas batalhas políticas maiatas: Jorge Catarino, o candidato (médico); e Miguel Ângelo Rodrigues (consultor financeiro). Em terceiro lugar, a novidade: Sandra Lameiras, cujo nome resultou de um acordo interno. Segue-se com a personagem Avô Cantigas, a qual refere ir mais além da estética; «avô, porque representa um passado que queremos banido do concelho e cantigas pois já vamos ficando fartos do que diz». Referiu ainda desejar afastar «o epíteto da Maia ser a Madeira do continente». Andrade Ferreira conseguiu despoletar aplausos ao frisar que não se estava simplesmente a candidatar a líder do grupo parlamentar do PS; «estou absolutamente
Rogério Rocha (técnico de contabilidade), um nome que também se tem destacado na “task force” socialista no âmbito da Câmara Municipal. Os restantes oito nomes, são, por ordem decrescente, os seguintes: Maria Inês Rodrigues (prof. Ensino Secundário), José Teixeira Azevedo (empresário), Filipe Mota Maia (lic. gestão de empresas), Clarinda Silva (advogada), Joaquim Jorge (prof. Ensino Secundário), Fernando Pinheiro Martins (engenheiro), Jorge Mota e Paulo Duque (lic. informática de gestão). convencido que serei o próximo presidente da Assembleia Municipal da Maia». Luís Rothes terminou a apresentação, salientando que não será «uma campanha qualquer, será uma campanha para o PS ganhar». No fim, a comitiva partiu para a Av. Afonso Henriques (Águas Santas), onde foi inaugurada formalmente a sede de campanha. Não sem antes um novo incentivo de Jorge Catarino; «Vamos a eles, camaradas»!
João Santos abandona vida política com fortes críticas a Jorge Catarino Antigo líder do núcleo PS Maia acusa Jorge Catarino de perseguição e de lhe ter pedido para eliminar um contador de forma a evitar uma dívida de electricidade. Por seu lado, o candidato socialista à autarquia garante que é tudo falso e pondera mover um processo crime por difamação. ANTÓNIO MANUEL MARQUES
Pela auto-estrada da informação chegam as acusações de João Santos, antigo líder do núcleo PS Maia, que se demitiu recentemente do cargo, continuando na condição de militante socialista. No seu “blog”, o ex dirigente confessa que “não aguento mais a militância activa neste PS da Maia”, acusando a actual liderança do partido de “perseguição”. Mas as grandes críticas têm como destinatário o candidato socialista à autarquia maiata, “Jorge Catarino diz que se o PS ganhar, serão trocados os actuais avençados da Câmara por militantes socialistas. Será que esta promessa várias vezes reiterada por Catarino internamente constará do programa eleitoral do PS? Porque será que Catarino diz que os vereadores do PS aceitaram os poleiros da CMM para estar mais por dentro dos assuntos, na comunicação social, e internamente diz que os vereadores têm
tacho porque trabalhar de borla já não se usa?”. Mas o ex líder do núcleo socialista maiato vai mais longe, «que seriedade para gerir a autarquia terá um homem que a propósito de uma dívida de 1500 euros de electricidade na antiga sede do PS no Sobreiro, me telefona a perguntar se não será possível, e passo a citar «dar um sumiço ao contador e fazer com que pareça vandalismo ou assalto?»”. João Santos acrescenta que estas situações são conhecidas de uma parte considerável dos militantes do PS Maia, o que “não bastou para impedir que 90% da concelhia o escolhesse como candidato. Estive por dentro do processo que levou a esta votação que faria Estaline corar. E deixem-me que partilhe convosco um desabafo: é incrível o que a perspectiva de tacho consegue fazer à liberdade e dignidade das pessoas”. Depois de se demitir da liderança do núcleo e ter sido convidado pelo candidato socialista à Junta de Freguesia maiata para número dois
da lista e alegadamente “desconvidado” pela Comissão Política Concelhia, João Santos referiu ao MaiaHoje que vai fazer “uma travessia no deserto” não sabendo se continuará a ser militante socialista. Questionado sobre se poderia integrar outro partido, João Santos assegura que ainda vai reflectir mas que o seu espaço é a Esquerda, «ainda sou jovem, tenho muito por descobrir e não tenho necessidade de me dedicar inteiramente à política. Ideologicamente sou de Esquerda e como tal, é na Esquerda que intervirei sempre. No PCP nunca, mas ainda não tenho nada definido». Na resposta, Joaquim Jorge, membro do “staff” de candidatura do PS desmente categoricamente todas as acusações feitas, «é tudo completamente falso. Sendo o João Santos do PS, vem este senhor fazer um ataque ao próprio partido, nesta altura que estamos em alta. Penso que os militantes não ficarão contentes. Devido ao clima
político que se vive, esperávamos as acusações dos nossos adversários e não de pessoas do Partido Socialista». O responsável assegura ainda que não existe nenhuma dívida à EDP, «não existe e mesmo que existisse não era uma dívida de Jorge Catarino, mas do PS e esse senhor também estava incluído como o resto dos militantes». De acordo com Joaquim Jorge, estas críticas demonstram um défice democrático de João Santos, «as listas da Comissão Política foram aprovadas com mais de 90% dos votos a favor. O João Santos não foi incluído nas listas e demonstra aqui uma das facetas do seu carácter, recorrendo à difamação e ao boato». De férias no país vizinho, Jorge Catarino pondera, ao que o MaiaHoje apurou, mover um processo crime por difamação contra João Santos, para além de colocar o comportamento do militante à apreciação da Comissão de Jurisdição do Partido Socialista. pub
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GRANDE MAIA
Candidatos estão praticamente todos conhecidos Joaquim Gonçalves
Ilídio Rafael
Nestes últimos dias, o PS apresentou os restantes candidatos às Juntas de Freguesia e a CDU avançou com dois dos três nomes em falta. De todas as forças políticas, falta mesmo só conhecer o candidato CDU a Gemunde.
Casimiro Lopes
AMM
Joaquim Guilherme Maia Manuel Serra
Hugo Campos
Joaquim Oliveira
Hamilton Prata
Luís Cândido
?
Carla Ribeiro
Carlos Martins
?
Manuela Nunes
Fernando Ferreira
António José Peixoto Armindo Silva Moutinho Bruno Cunha
Armando Dias
Fátima Garcia
Sousa Dias
Virgílio Vale inde
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Adélio Grazina
Pinho Gonçalves Anótonio Santos Costa
Filipe Mota Maia Joaquim Gonçalves Nuno Lourenço José Fontes
Conceição Machado
Ilídio Carneiro
Albino Maia
Joaquim Sousa
Manuel silva Cardoso Adão Bastos
Mário Gouveia
Carlos Teixeira
Alfredo Teixeira
Acácio Carvalho
Filipe Pereira Alberto Monteiro
Mário Martins
Mário Araújo
Aloísio Nogueira
Carlos Tedim
Manuel Correia Mário Carmo Pinto
Luís Pinto
José Silva
Rui Afonso Abílio Sousa
Os nomes dos candidatos às 17 Juntas de Freguesia maiatas já estão praticamente todos conhecidos. Há alguns dias, o Partido Socialista apresentou os sete cabeças de lista em falta, nomeadamente o gerente bancário Adão Bastos à freguesia da Maia, José Fontes, engenheiro de profissão, para Nogueira, o empresário Joaquim Gonçalves a Avioso S. Pedro e Rui Afonso, Director de Serviços, para a Junta de Pedrouços. Já em S. Pedro Fins, Filipe Mota Maia foi o nome escolhido, com Conceição Machado como candidata rosa a Moreira e Armando Dias a concorrer a Silva Escura. A CDU também já encontrou os candidatos para duas das três freguesias onde ainda não tinha cabeça de lista. Assim, em Vila Nova da Telha, o candidato escolhido foi António Santos Costa, enquanto em Moreira, o nome CDU é António Silva Cardoso. A faltar fica apenas o cabeça de lista para a freguesia de Gemunde. «Uma dificuldade interna facilmente resolvida», referiu ao MaiaHoje, o candidato à Câmara Municipal pela CDU, Pedro Ferreira, que acrescentou que hoje toda a documentação eleitoral deve ser entregue. Existe ainda a possibilidade de o Bloco de Esquerda apresentar candidatos a Juntas de Freguesia, pelo menos em localidades de cariz mais urbano.
Augusto Teixeira pub
FESTAS EM HONRA DE N.ª SENHORA DA CARIDADE 12 - 13 - 14 - 15 DE AGOSTO DE 2005
VERMOIM MAIA
Candidato do Bloco é Silvestre Pereira Já no que diz respeito à Câmara Municipal, todos os candidatos, pelo menos dos principais partidos já são conhecidos. O último nome a completar a lista é o candidato pelo Bloco de
Esquerda, Silvestre Pereira. Este profissional de seguros vai ter ao seu lado como mandatário de campanha, Serafim Nunes, elemento que já esteve ligado ao PCP.
PROGRAMA Dia 12 - Sexta-Feira 21.30 horas - Procissão das Velas da Capela Nª Sª da Alegria (Cidade Jardim) em direcção à Igreja Matriz Dia 13 - Sábado Durante todo o dia música radiofónica 19.00 horas - Eucarístia 21.30 horas - Actuação do Rancho Folclorico de S. Gens - Foz do Sousa e do Rancho Folclórico da Trofa Dia 14 - Domingo Durante todo o dia música radiofónica 9.00 horas - Eucaristia 19.00 horas - Eucaristia 22.00 horas - Tertúlia de fados de Coimbra - Vitor Costa Dia 15 - Segunda-Feira Durante todo o dia música radiofónica 9.00 horas - Salva de Morteiros 9.00 horas - Eucaristia 11.00 horas - Eucaristia Solene 14.30 horas - Entrada da Bamda de Moreira na Av. P.e. Rêgo 17.00 horas - Saída da Procissão que fará o percurso até ao Largo do Outeiro e regresso à Igreja. até ás 20.00 horas - No final da procissão actuação da Banda de Música de Moreira 22.00 horas - Actuação do agrupamento musical “Via Satélite”
As eucaristias terão a participação dos Grupos Corais da Paróquia
CDU continua campanha pelo Concelho Força política realizou mais uma acção de campanha eleitoral, desta vez na Praça do Município. Inquérito está a ser levado a cabo para servir como guia para o programa eleitoral. AMM
Saúde, Transportes, Habitação, Desemprego, entre outras, são algumas das áreas que fazem parte do inquérito que está a ser levado a cabo pela CDU junto da população maiata. Desta feita, a aproximação aos munícipes teve lugar na Praça Dr. Vieira de Carvalho, através da distribuição de propaganda e realização de um pequeno questionário que servirá de guia à elaboração do programa eleitoral, que deverá estar pronto ainda este mês, adiantou ao MaiaHoje, o candidato pela CDU à Câmara Municipal, Pedro Ferreira, «estamos a pedir às pessoas que respondam a um inquérito no sentido de as trazer à discussão. Vamos passar estes documentos nas iniciativas que vamos organizar e isto servirá para nos guiar na elaboração do nosso programa eleitoral».
«... ficar no executivo seria óptimo» Apesar de não ter estabelecido objectivos eleitorais, Pedro Ferreira confessa que uma eleição como vereador para o executivo camarário seria «óptimo». A verificar-se esse cenário, o candidato CDU afirma que teria
uma atitude diferente da oposição levada a cabo pelo Partido Socialista neste mandato, «não creio que o Partido Socialista tenha feito oposição nestes quatro anos. O PS sempre que chega as eleições faz o seu trabalho, demonstrando o que entende que está errado e apresenta um conjunto de propostas como fazem os outros. A diferença é que o PS está no executivo e tem responsabilidades no que é feito». Para já, Pedro Ferreira espera pelo menos aumentar a votação da CDU em relação às últimas eleições autárquicas.
mh 07 Batalha ganha na guerra contra os fogos Em Julho Foram recentemente apresentadas as Brigadas Autárquicas Móveis de Vigilância Florestal, numa arderam na iniciativa que congrega diversas empresas e entidades, nomeadamente o Jornal MaiaHoje, na luta contra os incêndios. Maia o equivalente a 208 campos de futebol GRANDE MAIA
Depois de um minuto de silêncio perante o falecimento de um dos voluntários num acidente de moto, foram oficialmente apresentadas as Brigadas Móveis de Vigilância Florestal, no âmbito da campanha “Guerra aos Fogos Florestais” Maia Segura /Aposta na Prevenção. Estas Brigadas são constituídas por voluntários e resultam de protocolos celebrados com o Instituto Português da Juventude e com a Direcção Geral de Recursos Florestais, além de parcerias com seis colectividades da Maia, nomeadamente o Clube TT, os Patos Bravos - Associação BTT de
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Pedrouços, o Grupo Motard da Maia, Dadores de Sangue da Maia, MotoClube do Lidador e os Vespistas do Norte. Para além destas, uma série de empresas e instituições associou-se à iniciativa, quer em géneros quer em serviços. Estas Brigadas Móveis juntam-se a mais programas de combate a incêndios, nomeadamente “Ocupação dos Tempos Livres e Voluntariado Jovem” que contou com a participação de 40 jovens em postos de vigilância fixa, um programa de “Vigilância Aérea” que se encontra em fase final de preparação e que conta com a colaboração de
outros municípios da Área Metropolitana do Porto. O Presidente da autarquia, Bragança Fernandes, mostrou-se satisfeito com a campanha, «nesta altura em que o país é devorado por fogos é mais uma batalha que ganhamos. È uma mostra da nossa preocupação com esta matéria». Para além da panóplia de entidades referidas, é ainda de salientar a colaboração dos Bombeiros Voluntários do Concelho, da Cruz Vermelha Portuguesa da Maia e das forças de segurança, Polícia Municipal, GNR e PSP.
Juntos na luta contra os incêndios.
Segundo dados da DGRF(Direcção Geral dos Recursos Florestais), a Maia foi o nono concelho do Porto em área ardida. Foram 149 ha (hectares) ou 1.490.000 m2 que fizeram com que bombeiros e populares não tivessem descanso durante o mês de julho. Uma área ardida equivalente a 208 campos de futebol resultou em 60 alertas, 10 dos quais declarados como incêndios florestais e os restantes 50 como fogachos (incêndios com área inferior a 1ha). A freguesia de Folgosa foi de longe a mais afectada, com 132 hectares afectados resultantes de 4 incêndios e 10 fogachos, Gemunde com 5,15ha e S. Pedro de Fins com 4,35ha foram as outras freguesias com uma área ardida significativa. As áreas ardidas em mais dez freguesias da Maia não ultrapassaram 1,5ha por cada freguesia. Dos 60 alertas, 28 foram dados por particulares, 20 pelos serviços de Emergência Florestal, 10 pela Banda do Cidadão, 1 pela PSP e 1 pela GNR. De realçar que só em Gondomar, Amarante, Marco e Baião ardeu mais do dobro que nos restantes concelhos do Porto. Só em Gondomar a área ardida foi de 1.234ha.
“Violonseis” encantou
Sexteto de Violoncelos da Orquestra Gulbenkian actuou no Salão Nobre da Câmara Municipal para algumas dezenas de espectadores. AMM
Formado por um conjunto de violoncelistas da Orquestra Gulbenkian, o “Violonseis” é um sexteto de músicos formado com o objectivo de divulgar um repertório pouco conhecido das salas de concertos. Nesta deslocação à Maia, o programa passou por diversas áreas, desde tangos à música brasileira, passando por obras do repertório internacional. A cerca de meia centena de espectadores puderam escutar obras de Mariano Mores, Jacques Ibert tal como de Bastinho Calixto, entre outros autores. Clélia Vital, Maria José Falcão, Teresa Portugal Núcio, Levon Mouradian, Varoujan Bartikian e Jeremy Lake formam o “Violonseis”, dedicando-se para além da sua actividade a solo, a outros agrupamentos de musica de câmara tal como se dedicam ao ensino. Desde o seu início, o “Violonseis” já actuou no Festival Internacional do Algarve, no I Festival Internacional de Música Santa Maria da Feira e no Auditório II da Fundação Calouste Gulbenkian, entre outros. pub
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GRANDE MAIA
Escola Secundária transformada em Centro de Operações “Quartel Aberto” instalado na Secundária da Maia pretende aproximar bombeiros e comunidade. Iniciativa decorre até ao dia 21. ANTÓNIO MANUEL MARQUES
A Escola Secundária da Maia está transformada no centro de operações dos Bombeiros Voluntários de Moreira da Maia. Tudo no âmbito da iniciativa “Quartel Aberto”, um evento com o objectivo de aproximar a instituição da comunidade circundante e que este ano conta com a presença da Cruz Vermelha da Maia e da Protecção Civil. O Quartel Aberto consiste na transferência de meios humanos e materiais para um local acessível à comunidade, neste caso para a Escola Secundária da Maia, para que a população possa visitar o local e visualizar a maneira como decorrem as operações num Quartel de Bombeiros, como explicou o Comandante Manuel Carvalho, «as pessoas podem ver exactamente o que os bombeiros fazem num quartel. Se as pessoas quiserem podem vir cá 24 horas por dia. Todos os veículos operacionais como também a camarata vão ficar aqui. Mesmo os homens fazem os seus turnos a partir daqui». Uma situação que Manuel Carvalho garante não prejudicar as operações, «em princípio é a mesma coisa. Em termos de comunicações não há problemas, em termos de águas se forem necessárias eles vão ao quartel reabastecer e depois vêm para aqui. Portanto em termos operacionais não há nenhuma penalização». Ambulâncias, carros de combate a incêndio, material de primeira intervenção, entre outros, podem então ser observados até ao dia 21 deste mês na Escola Secundária da Maia.
maiato garantiu que apesar da redução de meios, a própria Câmara Municipal vai suportar as despesas para que o programa continue nos mesmos moldes.
meios que o Governo implementou no programa de voluntariado jovem que ajudou a Protecção Civil Municipal na vigilância aos fogos este ano. O edil
Quanto ao segundo, apontou o dedo ao Governo pela falta de responsabilidade perante as falhas na política de prevenção e combate aos incêndios.
São vários os veículos e materiais em exposição neste Quartel Aberto.
Críticas ao Governo Elogiando esta iniciativa, tanto o Presidente da Câmara Municipal como o Presidente da Assembleia Municipal, Bragança Fernandes e Luciano Gomes, respectivamente, deixaram críticas ao Governo pela actuação na questão dos incêndios. O primeiro queixou-se da diminuição de
Nova ambulância entra no “activo” O início do “Quartel Aberto” foi igualmente a ocasião escolhida para baptizar a nova ambulância da Cruz Vermelha da Maia, de nome Vitória,
apadrinhada por Bragança Fernandes. O novo veículo, que vem substituir a antiga “Bina”, custou cerca de 45 mil euros e foi suportada quase na totalidade pela
Câmara Municipal da Maia. Bragança Fernandes referiu que a seguir se vai dedicar à conclusão da sede da Cruz Vermelha.
Rampa no Parque Central provocou queimaduras em criança Vice-presidente Silva Tiago informou que o problema no terreno está ser resolvido. JOSÉ MATOS
O alerta foi dado por uma maiata. Conta que, a 7 de Julho, o filho de dois anos, enquanto brincava junto à esplanada do Parque Central da Maia, tropeçou na rampa de acesso para deficientes registando alguns ferimentos; “queimaduras na mão direita, no braço esquerdo e, com particular gravidade, na perna direita”, refere em “e-mail” enviado à redacção.
Acrescenta ainda que tal acidente se ficou a dever ao facto de “a superfície ser em aço inox, que, quando exposta directamente ao sol, atinge temperaturas consideradas perigosas, nomeadamente para a pele sensível das crianças”. Esta mãe procurou obter respostas junto dos responsáveis da Câmara Municipal, alertando para o perigo da situação em causa. Silva Tiago, Vice-presidente da Câmara Municipal da Maia, responsável pelo Pelouro
do Urbanismo, lamentou o sucedido, dando conhecimento que a deficiência foi constatada e que a rampa «está a ser objecto de obras de adaptação». Todavia, preferiu desvalorizar o acontecimento, chamando antes a atenção para a qualidade da infra-estrutura; «Não vamos empolar e exagerar essa situação. O empreendimento Parque Central é uma obra belíssima, valorizada por todos. Provavelmente é o melhor parque de estacionamento do país e
até de muitas cidades europeias. Isso é que é importante destacar. O problema da chapa na rampa é algo menor, que não devia ter acontecido, é certo, mas que só acontece a quem faz obra. Logo que detectámos o contratempo agimos. Além do mais pedimos imediatamente desculpas à mãe da criança». O autarca salientou que nos próximos dias o problema da rampa deverá ficar resolvido com a colocação de um material termoisolante.
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MAIA
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GRANDE MAIA
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A 7ª Arte no Parque Central da Maia Forma pouco usual de se ver cinema. Iniciativa da Câmara Municipal, com a colaboração da Cooperativa Cultural “80 Azul”. TEXTO: JOSÉ MATOS FOTO: RAUL SILVA
O tempo instável não deu grande contributo. Mesmo assim, apareceram alguns “cinéfilos” no Parque Central da Maia para assistirem a “cinema a céu aberto”, assim mesmo como o nome da iniciativa alude. A entrada era gratuita. A ideia partiu do pelouro da cultura e turismo da edilidade maiata, contando com a acção da recém criada Cooperativa Cultural “80 Azul”, de S. Pedro Fins (ver caixa), que se encarregou da produção, e apoio do Inatel na cedência do equipamento. A primeira sessão acabou por ficar adiada, em virtude do mau tempo. Com projecção em 35 mm, a aposta da “80 Azul” teve em linha de conta uma programação alternativa. Assistiu-se aos seguintes filmes: “Na Maior!/Purely Belter”, de Mark Herman; “Estranhos de Passagem/Dirty Pretty Things”, de Stephen Frears; “Lost in Translation/O Amor é um Lugar Estranho”, de Sofia Coppola e “Amor e Vacas/The Price of Milk”, de Harry Sinclair. Uma forma diferente de se ver cinema em Portugal, naturalmente que sujeita aos caprichos da meteorologia.
“80 Azul” no mundo da multimédia e audiovisual Recentemente criada, a Cooperativa Cultural “80 Azul”, Crl, com sede na Freguesia de S. Pedro Fins, pretende aproveitar as novas linguagens do audiovisual e multimédia na proposta e promoção de eventos. Consciente da importância das novas tecnologias, esta instituição visa, ainda, ampliar a sua acção noutros campos de formação, criando um público diverso em inovadoras formas de comunicação. Como pano de fundo, encontra-se a fotografia, o cinema, multimédia, entre outros veículos existentes ou a surgir. De fora do horizonte não estão incursões pelas vertentes musicais e de artes plásticas. Cinema alternativo, num palco alternativo
Parque de S. Pedro de Avioso aberto à comunidade Tendo por base a orientação estratégica de aposta nos espaços verdes e de lazer no Concelho, foi criado o Parque Urbano de S. Pedro de Avioso, espaço com 30 hectares e que se encontra em fase de conclusão. Ainda assim, a autarquia está a promover uma série de visitas guiadas com lugar aos
fins de semana durante o mês de Agosto. São mais de 5km de caminhos pedonais onde se pode observar a fauna e flora típica da região. Para além disso, o Parque de S. Pedro de Avioso possui um conjunto de infra estruturas de apoio como um restaurante e cafetaria, um edifício de
O defeito e o design
acolhimento, um espaço OTL, uma unidade de alojamento com capacidade para 40 pessoas e ainda diversos espaços desportivos. Existe ainda uma zona de merendas e dois parques de estacionamento com capacidade para 500 viaturas.
Abrindo o Parque à comunidade, o programa de visitas guiadas realiza-se aos fins de semana, às 10h00 e às 15h00. Os interessados podem inscrever-se através do numero verde 800202640 ou no Posto de Turismo Municipal, localizado no Parque Central da Maia.
«Parece incrível! Estão a fazer pouco da cultura dos portugueses! E pior ainda há quem deixe ou nem ligue, mas eu importome!» Exclamou o nosso leitor Francisco Assis ao receber na sua caixa do correio um folheto publicitário, onde era anunciado um modelo de relógio com numeração romana onde em vez do habitual “IV” para o numero quatro aparecia inexplicavelmente a simbologia “IIII”, obviamente inexistente. «Enganaram-se na estampagem “made in china” e para escoar a asneira nada melhor que um preço barato e enfiar no mercado dos “burros” portugueses. É triste e uma falta de respeito. Não há quem ponha cobro a isto», desabafou o leitor. Pois é caro leitor antigamente chamava-se a isso defeito de fabrico, agora se calhar chamamlhe… design, mas da mesma forma que se impede de vender gato-por-lebre noutros produtos, também a fiscalização das actividades económicas devia actuar, até porque o dito “folheto” é de distribuição gratuita e gaba-se de ter uma tiragem de 2.482.827 exemplares, olé! pub
nova morada:
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GRANDE MAIA
Aeródromo pronto para receber o INEM dentro de um mês Presidente da autarquia maiata garantiu que as instalações de Vilar de Luz estarão à disposição do INEM dentro de um mês. Repto lançado na comemoração do 10º aniversário da certificação do Aeródromo maiato. Rubras em caso de emergência. Uma empreitada que está fora do alcance dos cofres da autarquia segundo o autarca, já que são necessários cerca de 250 mil euros.
ANTÓNIO MANUEL MARQUES
São várias as estruturas instaladas no Aeródromo de Vilar de Luz, desde o Paraclube da Maia, até à Escola Segura, passando por uma empresa de cursos de pilotagem. Agora, o equipamento municipal apronta-se para receber o INEM, com a Aerogare destinada à instalação do Instituto Nacional de Emergência Médica a estar pronta dentro de um mês, garantiu Bragança Fernandes, Presidente da Câmara Municipal da Maia. Enquanto esta questão não parece causar discórdia, a transferência dos helicópteros do INEM parece ser mais complicada dado que este organismo exige a iluminação parcial da pista, algo que a autarquia não está disposta a fazer, «o INEM terá de aceitar a pista ou iluminar uma parte da pista, embora não compreenda isso porque um helicóptero quando há um acidente vai a qualquer lugar mesmo que não haja luz. Aqui onde não há obstáculos, é um espaço amplo, exigem um local iluminado...», referiu o edil maiato. Mas o grande anseio de Bragança Fernandes era obter a ajuda governamental para iluminar a pista inteira de forma a que o Aeródromo de Vilar de Luz constituísse uma alternativa ao Aeroporto de Pedras
Investimento já ascende aos cinco milhões de euros Nesta década de funcionamento, o Aeródromo de Vilar de Luz foi crescendo em área e funcionalidades, sendo que para isso foi preciso conquistar terreno. Com alargamentos da pista e construção de infra-estruturas, o investimento naquele equipamento já ascende a cerca de cinco milhões de euros. Agora, a autarquia mostra-se disponível para criar uma parceria de forma a tornar o Aeródromo mais rentável, «estou apto a fazer uma parceria com alguém que apareça com capital para rentabilizar o Aeródromo», sendo que ainda não apareceram interessados. Dez anos de funcionamento com balanço positivo, celebrados juntamente com a população, sendo que a autarquia facultou baptismos de voo, seguidos de largadas de pára-quedistas.
Maia acolheu acampamento distrital de escuteiros Mais de 2500 escuteiros animaram a área do Aeródromo de Vilar de Luz, na XXV edição do Acareg. António Manuel Marques Terminou com balanço positivo, a XXV edição do Acareg subordinado ao tema “80 anos - um Tempo Novo”. Com lugar no Aeródromo de Vilar de Luz, este Acampamento da Junta Regional do Porto do Corpo Nacional de Escutas (CNE), trouxe ao Concelho maiato cerca de dois milhares e meio de escuteiros que durante cinco dias animaram a zona leste maiata. Foram várias as actividades levadas a cabo, desde caminhadas, visitas e até apoio social em instituições maiatas, sendo que o saldo final é positivo, «todos cumpriram em pleno, o único senão foi o calor excessivo. Há sempre coisas a melhorar e vamos sempre aprendendo, mas foi muito positivo», referiu ao MaiaHoje, Carlos Filipe Nobre, Chefe Regional do Porto do CNE. Este tipo de eventos dentro do escutismo assume um carácter algo especial dado que é uma ocasião única para um escuteiro, como contou o responsável, «numa vida de escuteiro só se participa uma vez num evento deste tipo, quer seja nacional ou regional. Por um lado, são difíceis de montar pela sua envergadura e por tudo o que implicam, e por outro, só acontecem de cinco ou de seis em seis anos». Pelo lado da autarquia maiata, a palavra é de rejubilo pelo acontecimento, «temos pub
condições desportivas, culturais e ambientais para receber a Juventude e não só. É com gosto que estamos a receber o XXV ACAREG. Pusemos os nossos técnicos à disposição. Que eles levem a imagem do que é a Maia para os seus concelhos», referiu o Presidente da autarquia, Bragança Fernandes.
Aeródromo pretendido para Centro Escutista Regional Durante este evento, Carlos Filipe Nobre deixou o repto à autarquia para a instalação do Centro Escutista Regional no espaço do Aeródromo maiato, já que a Junta Regional do Porto carece de uma estrutura de forma a desenvolver em melhores condições a sua actividade, «a nossa região é a terceira do país em número de escuteiros. Somos cerca de 8500 e não temos um espaço de Natureza que possibilite a vivência do escutismo ao ar livre. O que estamos a pedir à Câmara é que depois desta experiência nos entregue aquele espaço para que possamos ter um Centro Escutista Regional aberto à comunidade». Perante o pedido, Bragança Fernandes mostrou-se reservado, «estamos a averiguar o pedido, mas primeiro temos que tratar dos nossos. Estamos em vias de adquirir um terreno para o
agrupamento da Maia e os escuteiros de Moreira precisam de obras na sua sede, por exemplo». Ao que o MaiaHoje apurou, o pedido da Junta Regional do Porto continua sem resposta até ao momento.
Os números do XXV Acareg 50 000 pães 17 500 salsichas 5 000 ovos 1 875 kg de carne 1 000 litros de leite 1 500 kg de peixe 1 200 kg de massa Várias actividades animaram os dois milhares e meio de escuteiro do XXV Acareg
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GRANDE MAIA
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“Invicta” já não passa sem a Festa da Cerveja
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Continuam os “Domingos de Fantasia”...
Na 8º edição entraram no recinto cerca de 130 mil pessoas e consumiu-se, aproximadamente, 65 mil litros de bebidas.
Criar um diário de memórias de férias é o próximo desafio proposto pelo MaiaShopping na iniciativa “Domingos de Fantasia”. AMM
Continuam os “Domingos de Fantasia” no MaiaShopping, desta feita sob o formato de “Ateliers” de Férias. Depois de no dia 31 de Julho, as actividades consistirem na pintura de papagaios de papel e estrelas voadoras, no próximo dia 28, o desafio consiste em criar um diário das férias de Verão. O objectivo é elaborar um objecto que permita mais tarde recordar as aventuras vividas. Já no dia 25 de Setembro, realiza-se o Teatro Dom Roberto protagonizado pelo fantoche com o mesmo nome. No final do espectáculo, os mais novos poderão desenhar, colar e pintar o seu próprio fantoche numa iniciativa que reserva muitas surpresas aos participantes.
O calçado de outrora Rui Rio e Manuel Ferreira De Oliveira mostraram dotes na cerveja de pressão
TEXTO: JOSÉ MATOS FOTO: RAUL SILVA
Tornou-se num evento esperado pelos apreciadores e numa referência do roteiro de festas da “Invicta”. De 29 de Julho a 7 de Agosto decorreu, num recinto montado no Passeio Alegre (Foz do Douro), a 8ª edição da Festa de Cerveja que ultrapassou as expectativas inicias da Unicer, entidade organizadora, em colaboração com a Câmara Municipal do Porto e Junta de Freguesia da Foz do Douro. Segundo dados apresentados pela Unicer,
o número de visitantes rondou as 130 mil pessoas (o penúltimo dia, Sábado, foi o de maior afluência, com 28 mil visitantes, um recorde) e o consumo de bebidas foi de cerca de 65 mil litros. As acções de degustação do mais recente lançamento - Cerveja Weiss saciou a sede e a curiosidade a, aproximadamente, 1000 pessoas. No “merchandising” venderam-se cerca de 1900 produtos, com destaque para as T-shirts Super Bock. A cerveja rolou a rodos pelos copos e gargantas dos visitantes, com alguns dias de calor a convidar ao consumo. As quantidades variavam, assim como as marcas, a uniformi-
dade estava no virem “fresquinhas”. O apoio da restauração compunha os “estômagos” e equilibrava o consumo. À festa não faltou o complemento musical, destacando-se, entre os artistas, o som latino. Refira-se que a inauguração da 8ª edição contou com a presença de Rui Rio, Presidente da Câmara Municipal do Porto, e de Manuel Ferreira De Oliveira, Presidente do Conselho de Administração do Grupo Unicer. O edil foi um bom ouvinte do empresário, mas também mostrou algum à vontade no tema.
PARTIDO SOCIALISTA COMISSÃO POLÍTICA CONCELHIA DA MAIA
O Partido Socialista nega qualquer intervenção na noticia publicada na pág. 20 do J.N. de Sábado dia 6 de Agosto “Sobre irregularidades na construção do estádio do Nogueirense”, inaugurado nesse dia. Repudiamos o oportunismo do Presidente da Câmara ao querer virar contra o P.S., a denuncia pública de um conjunto de irregularidades de que só ele e a maioria P.S.D., que há 25 anos governa a Maia, são responsáveis. O que acontece é que os abusos do poder, as irregularidades e as situações viciosas são tantas que chegam à Comunicação Social pelas mais diversas origens e todos os dias a Maia é noticia pelos piores motivos. Como principal partido da oposição
COMUNICADO
cumpre-nos fazer essa denuncia e temo-lo feito, mas não foi agora o caso, sendo abusivas as acusações do Presidente da Câmara, e de evidente má fé, ao falar em aprovação por unanimidade de um processo que é de 1998 e ao querer colocar em conflito a União Nogueirense e o Partido Socialista quando não têm, ambos, qualquer responsabilidade neste assunto. Aliás, nesta peça jornalística a informação foi feita com tanta precisão e rigor técnico e com provas tão fundamentadas sobre a violação do PDM e outros factos graves, que a fonte só pode ter brotado do interior da própria Câmara. Provavelmente de alguém próximo do Executivo e com profundo conhecimento da matéria.
O Senhor Presidente da Câmara não pode vir com deduções, nem com desculpas esfarrapadas quando é confrontado com factos graves que reportam ao tempo em que era Vice-Presidente e responsável pelo Pelouro das Obras Públicas, sendo autor da respectiva proposta. E também não se pode virar contra os jornais nem contra os jornalistas que fazem bem o seu trabalho e são profissionais competentes. É o desfazer da feira e o salve-se quem puder........ O SECRETARIADO DA COMISSÃO POLITICA Miguel Angelo Rodrigues - Vereador Rogério Duarte da Rocha - Vereador
O ofício dos Tamanqueiros está presente numa exposição no Museu de História e Etnologia da Maia, até ao mês de Setembro. AMM Integrado num conjunto de exposições sobre profissões extintas ou em vias de extinção no Concelho, o Museu de História e Etnologia acolhe até ao mês de Setembro a iniciativa “Identidade da Maia nos Ofícios: O Tamanqueiro”. Este artesão com grande expressão no Concelho no início do século passado, tinha como função a manufactura de tamancos, um calçado com base em madeira e alça em couro, bastante usado principalmente no Norte do País, naquela altura. O Tamanqueiro é assim “para além de uma arte tradicional, uma marca da identidade cultural da Maia que, uma vez extinto, urge investigar, documentar, divulgar e preservar para memória futura das gerações vindouras”. Nesta sequência de exposições sobre ofícios em desuso, o “Barbeiro” deverá ser a próxima profissão a ser abordada.
www.maiahoje.pt ligue-se nesta informação
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Ardegães está com “nova cara” Beneficiação da rotunda que liga ao MaiaShopping e requalificação de algumas vias mudaram parte da imagem urbana deste lugar de Águas Santas. TEXTO: JOSÉ MATOS
No último dia do mês transacto estavam previstas algumas inaugurações de intervenção urbana no lugar de Ardegães, com destaque para a rotunda, a qual, desde que o Centro Comercial MaiaShopping foi edificado, há cerca de 7 anos, apenas era delimitada por blocos de cimento, um pouco descoordenados. Todavia, esta inauguração acabou por não acontecer, em virtude de pequenos detalhes inacabados. É exemplo o atraso da retirada de um poste da PT, que invade alguma da faixa de rodagem, e o facto de ainda não ter sido colocada sinalização horizontal. O Presidente da Câmara Municipal da Maia, Bragança Fernandes, optou por não inaugurar formalmente a beneficiação realizada, apesar de já estar praticamente completa. Os blocos de cimento, colocados na ocasião a título experimental, acabaram por dar lugar a uma rotunda que facilita o reordenamento do trânsito, que aí aflui vindo da Rua Simões Lopes, Estrada Nacional 107, Via de Ardegães e da Rua Central de Ardegães. Realizou-se repavimentação para se criar uma plataforma uniforme. O Presidente da Junta de Freguesia de Águas Santas, Manuel Correia, congratulou-se com a obra camarária, salientando ser um contributo «para a melhoria da qualidade de vida da população de Ardegães». Realçou, ainda, ser fruto de uma conjugação de esforços do poder local, com «uma preocupação constante da assembleia de freguesia e da junta para que a edilidade antecipasse a obra». No que se refere à Rua Prof. Augusto Resende, houve oportunidade de constatar, através de um passeio, as melhorias aí realizadas. A via, que não tinha saída, agora facilita a ligação ao pavilhão e à escola de Ardegães. Também foi inaugurada a requalificação do parque do Grupo Cultural e Recreativo de Ardegães, assim como o alargamento e melhorias da Rua Central de Ardegães, numa extensão de cerca de 200 metros, que incluiu colocação de muros, passeios, baías de estacionamento e áreas arborizadas.
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sexta-feira 12 de Agosto, 2005
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28º Festival de Folclore dos Fontineiros O bonito cenário do Parque dos Moutidos acolheu o 28º Festival de Folclore, realizado no passado dia 6, recebeu um grupo oriundo de Paraíba, Brasil. Na cerimónia de boas vindas, o presidente da Câmara Municipal da Maia, Bragança Fernandes, deu as boas-vindas e felicitou a organização do certame. ANTÓNIO ARMINDO SOARES
Foram sete grupos que coloriram e animaram o 28ª festival internacional de folclore de Águas Santas, onde a principal novidade esteve no grupo brasileiro, o Grupo Folclórico Tropeiros da Borborema Campina Grande, que trouxe a originalidade e que captou a atenção das muitas centenas de pessoas presentes no Parque dos Moutidos. A cerimónia de boas vindas e de troca de lembranças é um acto que também dignifica o festival, e para colaborar com a festa, Bragança Fernandes, que durante a sua presença no palco enalteceu os dirigentes dos Fontineiros «pelo brilhantismo e pela coragem de mais uma vez realizar um bom evento e que conseguiu muita afluência de público». Outra presença sempre activa e indispensável foi a do presidente da Junta de Freguesia de Águas Santas, Manuel Correia, uma pessoa que denotava satisfação. A vida tem de estas coisas, este festival, a exemplo de anos anteriores fez sentar lado a lado os dois candidatos à presidência da Junta, Manuel Correia, pelo PS e o prestigiado médico, Mário Carmo Pinto, PSD/CDS-PP. Abriu o festival o anfitrião, Grupo Folclórico “Os Fontineiros da Maia” que entrara com o tema “Rusga”. Depois executou os temas: “Ramaldeira”, “Vira
Maiato”, “Festa N ´Aldeia”, “Vira de Cruz”. Terminou “Com Vamos Seguindo Avante”. Foi uma boa exibição e demonstrou estar bem organizado. Posteriormente estiveram outros bons grupos, os quais destacamos o Grupo Folclórico da Região do Vouga, Águeda, que
consideramos uma referência do folclore nacional. Ainda passaram pelo palco dos Moutidos os seguintes agrupamentos: Grupo Folclórico Os Camponeses de Vale de Mós, Ribatejo; Grupo Folclórico Camponeses do Mondego, Coimbra; e o Grupo Folclórico S. Torcato, Guimarães.
Espera chegou ao fim Empreendimento de Habitação Social de Ardegães foi finalmente inaugurado com a entrega de 19 habitações de um total de 54. Os restantes fogos deste empreendimento, que custou cerca de seis milhões de euros, serão entregues no início do próximo mês. ANTÓNIO MANUEL MARQUES
Quase duas dezenas de famílias tiveram um início de Agosto mais feliz depois de receberem da autarquia uma casa nova, mais precisamente no Empreendimento PER de Ardegães. A obra inaugurada na semana passada depois de algum tempo de espera devido à falta do visto do Tribunal de Contas, representa um investimento de seis milhões de euros, quase o dobro do previsto inicialmente, e possui 54 fogos, 27 T2, 18 T3 e 9 T4. Segundo o Presidente da autarquia, Bragança Fernandes, o acréscimo no custo deve-se à qualidade da estrutura e ao facto de estar bem equipada, «é um empreendimento muito bonito e está extremamente bem equipado. Tem garagens, tem uma boa área com arrumos que são quase mais um quarto e um bom parque para as pessoas estarem». Divididos em três edifícios, os 54 fogos deverão ser integralmente entregues no início do próximo mês, seguindo-se o PER de Stª Maria e S. Pedro de Avioso, nesse mês de Setembro. Outros empreendimentos só para o próximo mandato, «Vila Nova da Telha está pronto mas falta todo o processo burocrático e portanto, só para o ano é que entregaremos o empreendimento. Quanto a Barca já
adquirimos o terreno para que as habitações estejam prontas para o ano».
Rua Sobre os Moínhos vai passar a sentido único A promessa foi deixada pelo autarca maiato, no sentido de resolver a problemática relacionada com a recolha de lixo na Rua Sobre
os Moínhos, junto ao PER de Ardegães, como explicou Bragança Fernandes, «a zona de Ardegães é uma zona antiga, de lavradores. Os caminhos são estreitos e o camião do lixo não tem espaço para dar a volta e as pessoas chegam ao quintal mais próximo e despejam o lixo». No sentido de resolver a questão, o edil maiato vai colocar a Rua Sobre os Moínhos com sentido único de forma a que o camião de recolha de lixo possa circular.
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sexta-feira 12 de Agosto, 2005
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Festival Folclórico de Ardegães debaixo de luto Falecimento de um antigo elemento do Rancho Folclórico Infantil do GCR Ardegães “manchou” a 20ª edição. T EXTO : J OSÉ M ATOS F OTO : R AUL S ILVA
A tristeza estampada no rosto do grupo
A notícia caiu que nem uma bomba. Miguel Fonseca, ex-elemento do Rancho Folclórico Infantil do Grupo Cultural e Recreativo de Ardegães - entrou aos quatro anos de idade e saiu aos 16 tinha falecido. Ninguém conseguiu ficar indiferente, sobretudo os membros do rancho que o conheciam. Júlia Teixeira, responsável pela secção, lembra, com indisfarçável emoção, o bom dançarino que era Miguel Fonseca; «Quando estava no palco atiravam-lhe moedas pela forma extraordinária como se mexia». O Rancho Folclórico Infantil de Ardegães, que seria o primeiro a entrar no tablado no âmbito do programa do 20º Festival do Grupo, acabou por não actuar, cumprindo antes um minuto de silêncio com uma faixa negra no braço; «Cada um dos elementos, desde o mais pequenino, cumpriu o silêncio. Nem um “ai” disseram», acentua Júlia Teixeira. Adiada ficou também a inauguração da cobertura do tablado, por proposta do Presidente da Câmara Municipal da Maia, Bragança Fernandes (realizada no fim-de-semana posterior).
O Jornal MaiaHoje, à família enlutada, endereça sentidos pêsames.
Benção da Bandeira testemunhada pelos “Fontineiros” Apesar de tudo, o festival teve lugar, com as actuações dos grupos convidados, após o desfile. Ao tablado subiu o Centro Cultural e Recreativo “Malmequeres de Lourosa”; o Grupo Folclórico Infantil e Juvenil Nª Sr.ª da Lapa e a Associação Cultural e Recreativa “Os Fontineiros da Maia”. Em relação a este último convidado, em 20 anos foi a primeira participação de um grupo sénior. Contudo havia uma razão, como manifestou Júlia Teixeira; «Quando o nosso Grupo de iniciou inspirou-se nos usos e costumes da Associação “Os Fontineiros da Maia”. Queríamos que testemunhassem, também, a benção da nossa bandeira, realizada na Capelinha Senhor dos Aflitos». O festival, que mereceu o apoio do MaiaShopping, teve a presença de muito público.
Bragança entregou habitações sociais O presidente da Câmara Municipal da Maia entregou 22 fogos de habitação social do empreendimento municipal situado na Camposa, em Folgosa. Na ocasião foi também inaugurada a sede e celebrado o contrato de comodato com o Rancho Regional de S. Salvador. Presente na cerimónia esteve o presidente do Conselho Directivo do INH, que na ocasião salientou a «qualidade arquitetónica das habitações, que é bem visível». ANTÓNIO SOARES
São 22 famílias que receberam as chaves das respectivas habitações sociais, do empreendimento que tem um total de 62 fogos, e que foram construídos no âmbito do Programa Especial de Realojamento (PER). Foi um dia em grande para aqueles que tanto ansiavam por uma nova casa. Depois da entrega das chaves e descerradas as lápides alusivas ao acto, e foi celebrado o contrato de comodato entre Câmara Municipal da Maia, a Espaço Municipal de Habitação e a presidente do Rancho Regional S. Salvador de Folgosa. A líder do Rancho Regional na ocasião começou por dizer que «este é o dia da concretização de um sonho de muitos anos, que foi sempre a ambição de todos os que já estiveram na direcção deste rancho». Maria José Marques afirmou também que «a partir de agora, tenho a certeza, que começam a ser reunidas algumas condições que eram imprescindíveis, não só para exercermos a nossa actividade folclórica, mas também para abrirmos as nossas portas ao meio em que nos inserimos e assim todos podermos ganhar algo mais». O presidente da Junta de Freguesia, Altino
Marques disse que «sempre valeu a pena esperar e saborear o desejo», uma vez que as negociações dos terrenos foram difíceis e que só foi possível a sua negociação, graças ao empenho do saudoso presidente Prof. Vieira de Carvalho. O responsável do Instituto Nacional de Habitação, José Teixeira Monteiro, falou que este acto «traduz a realização concreta das pessoas». O presidente do Conselho Directivo do INH realçou a boa parceria existente com a Câmara Municipal da Maia, e enalteceu o empenho do município maiato na resolução das carências habitacionais do concelho, dando as respostas às famílias que vivem em situações mais precárias». Sublinhou, ainda, a concluir a qualidade arquitectónica dos fogos, como também dos espaços exteriores e do espaço destinado ao Rancho Regional. Por seu lado, Bragança Fernandes elogiou o trabalho desenvolvido por António Silva Tiago, vice-presidente da Câmara Municipal, no Pelouro da Habitação, referindo que este tipo de habitações demonstra «igualdade de oportunidades». Referiu que a entrega fora agora possível graças ao visto do Tribunal de Contas. A concluir o edil prometeu fazer o que bem sabe, «trabalhar o bem-estar de todos e para que nada vos falte».
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Encerrado para férias de 8 a 29 de Agosto
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sexta-feira 12 de Agosto, 2005
Colégio S. Francisco de Assis abre portas Foi oficialmente inaugurado o Colégio particular S. Francisco de Assis. Um aproveitamento da Quinta de Vila Verde, a qual passou por uma arquitectura nova de reconstrução, no sentido de acolher o colégio. Tratou-se de uma cerimónia formal, que contou com a presença, num pequeno “porto de honra”, de algumas individualidades do executivo camarário e do pároco de Barca que procedeu à benção da infra-estrutura. A entrada em funcionamento propriamente dita das valências - creche, jardim de infância e ATL - acontecerá em 1 de Setembro. Em 2006 avançará o 1º ciclo do ensino básico e com o decorrer do tempo poderse-á abrir portas a níveis mais avançados da escolaridade. O espaço, além das salas, contempla secretaria, refeitório, cozinha, dispensa, polivalente, num projecto a pensar nas crianças com deficiências (há, por exemplo, acesso às salas por elevador e rampas). Ana Barbosa, directora do colégio, ligada ao meio educativo há 30 anos, viu um sonho antigo concretizar-se. «Tive formação inicial de educadora e licencieime em ciências de educação. Como é uma área que me fascina decidi, em idade de pré-reforma, investir neste projecto», referiu ao MaiaHoje durante a inauguração.
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Bragança inaugurou requalificação do Adro da Igreja No passado Domingo, dia 7, o presidente da Câmara Municipal da Maia, Bragança Fernandes inaugurou as obras de requalificação do Adro da Igreja Matriz de Folgosa e também descerrou uma lápide alusiva à requalificação da capela de S. Frutuoso. Foi ao final da tarde e em dia de festa em honra do Divino Espírito Santo, Folgosa teve outro motivo de festa: a inauguração das obras de requalificação do adro da igreja matriz. Foi um investimento de 75 mil Euros que visou melhoramentos que tornaram mais digno o adro da igreja, onde nele foi colocado um novo piso em cubo de granito; renovada a escadaria central; parte exterior dos muros, também tratada com área de jardim. E também uma nova electrificação e iluminação exterior. O presidente da Junta de Freguesia, Altino Marques, mostrava-se satisfeito com o trabalho feito e disse sentir-se «com redobrada satisfação por termos mais um embelezamento na nossa igreja. O espaço está mais
digno e acolhedor». Presidente da Câmara Municipal da Maia, Bragança Fernandes, frisou que a sua Câmara Municipal «gosta de fazer coisas com valor e com qualidade. Esta é uma obra que demonstra uma perfeita harmonia e ostenta uma grande dignidade». Exortou o pároco da freguesia, Padre Daniel, a levar adiante a construção do Centro Social da Paróquia «ao qual a Câmara Municipal fará o projecto», prometeu o autarca. Depois da procissão em honra do Divino Espírito Santo, à qual associaram, também, além de Bragança Fernandes, o presidente da Assembleia Municipal, Luciano Gomes, e os presidentes da Junta e assembleia de Folgosa, Altino Marques e Paulo Ramalho.
Folgosa ao som do folclore A freguesia mais a leste do Concelho vai entrar num período festivo. Neste Sábado sobe ao tablado, nos jardins da Igreja, o XXII Festival de Folclore organizado pelo Rancho Regional de S. Salvador de Folgosa. Os grupos convidados são: o Rancho Folclórico “Roda Viva” - Leiria, Rancho Folclórico Casa do Povo de Almeirim, Grupo Regional de Danças e Cantares do Mondego Fala - Coimbra, Rancho Folclórico do Caçador - Viseu e Grupo Folclórico Cantares e Danças “Os Camponeses de Navais” - Póvoa de Varzim. Em conjunto com o grupo da “casa”, darão início ao festival por volta das 21h30. Meia hora antes, depois de um jantar convívio, tem lugar um desfile etnográfico. Entretanto, no primeiro fim-desemana de Setembro realizar-se-ão as grandiosas festas em honra de S. Ovídio e Santa Cristina. Além de uma noite de folclore, haverá a típica presença musical portuguesa, estando já confirmados os seguintes artistas: Ana (25 anos de carreira), Renata, grupo de baile “Horyza” e Grupo Pula e Dança de Alfena.
Solução para as barracas em Moreira presa pelo preço dos terrenos Câmara Municipal defende que tem estado atenta ao problema das dez famílias de etnia cigana. TEXTO: JOSÉ MATOS FOTO: CARLOS BARRIGANA
O assunto apareceu num jornal nacional e mereceu reacções por parte da maioria do Executivo camarário e da oposição. Em Moreira da Maia, fronteira com Vila Nova da Telha, na Rua 4 da Urbanização do Lidador, 10 famílias (aproximadamente 50 pessoas) vivem há cerca de 40 anos em condições, no mínimo, deploráveis.
Entre as moradias, “ferem” a disposição habitacional as barracas com paredes de madeira (já podres) e com telhados de zinco. Casas de banho não existem. Os moradores, entre os quais muitas crianças, à aproximação do fotógrafo desconfiam e pedem explicações. Mas quando sabem de quem se trata logo se estendem em lamentos quanto à sua condição, pedindo ajuda. O improvisado acampamento cigano nos terrenos devolutos da Urbanização do Lidador
Condições precárias de habitação afectas várias famílias
foi montado pela geração anterior, com os moradores a mostrarem-se assustados com uma possível derrocada. Neste momento, em que dormem ao relento, pedem uma casa condigna para viver. Em comunicado à imprensa, a candidatura do PS à Câmara Municipal da Maia lamenta a situação, criticando a edilidade por aquilo que considera de falta de vontade política em arranjar soluções; “se fosse para realizar negócios megalómanos e que estivessem em
causa outros interesses, já se teria concretizado o sonho destas 10 famílias...”. No mesmo comunicado, a comissão de candidatura refere, ainda, que vai ser apresentada uma queixa à ERFP (Entidade Reguladora do Financiamento Político e Campanhas Eleitorais) “em que tudo o que indicie ou favoreça um dos candidatos antes de seis meses das eleições de 9 de Outubro tem que ser contabilizado como gastos da campanha”. O Presidente da Câmara Municipal, Bragança Fernandes, notou que a autarquia, ao longo dos anos, tem conseguido resolver muitas soluções idênticas no Concelho, sendo neste momento o único caso a apontar. Informou, ainda, que «foram colocados no local contentores com casa de banho e água canalizada». Nesta situação concreta, o edil realçou que o que está a obstar a uma resolução a contento de todos é o preço exagerado pedido pelos proprietários dos terrenos onerados pela ocupação, onde a Câmara se propunha construir um pequeno bloco com rés-do-chão e primeiro andar. O Vice-presidente, Silva Tiago, ao referido jornal assinalou que os terrenos ficariam por cerca de 450 mil euros, acrescendo a esse custo os orçamentos para a construção das novas casas. Realçou ainda que caso não seja possível uma negociação por valores do mercado, a solução passará pela expropriação.
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Este suplemento faz parte integrante da edição n.º 135 do Jornal Maia Hoje e não pode ser vendido separadamente
Quinta da Caverneira, um espaço de Lazer aliado á Investigação
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sexta-feira, 12 de agosto de 2005
Maia
terra de cultura
«O Centro de Estudos da Ruralidade é absolutamente pioneiro a nível ibérico»
António Manuel Marques
Depois de requalificada e adaptada pela autarquia maiata, a Casa da Quinta da Caverneira está a dar os primeiros passos como o próximo pólo cultural do Concelho. Para além de albergar o Centro de Estudos da Ruralidade, uma estrutura inovadora que se dedica à investigação de matérias ligadas aos recursos naturais, agricultura ou economia, entre outros, a Quinta da Caverneira apresenta-se como um espaço aprazível para uma visita ou para desfrutar de um espectáculo de índole cultural, como referiu ao MTC, o Vereador da Cultura da Câmara Municipal da Maia, Mário Nuno Neves. Maia Terra de Cultura - Qual é a história da Casa da Quinta da Caverneira antes de se transformar no Centro de Estudos da Ruralidade? Mário Nuno Neves - A Casa da Quinta da Caverneira era propriedade do Prof. Santos Júnior, um importante e até um dos principais investigadores na área da Etnologia e Antropologia que nós tivemos. Esteve ligado à Universidade do Porto e desenvolveu um trabalho muito importante nessa área. Devem-se a ele as primeiras investigações em relação ao território da Maia, à célebre questão da Pedra de Ardegães e além disso, era uma pessoa que estava no terreno a fazer investigação. Portanto, a Quinta da Caverneira era o sítio ideal para depois de adquirirmos a propriedade, transformarmos aquela casa no Centro de Estudos da Ruralidade, que é um pólo de investigação precisamente na áreas que o Prof. Santos Júnior investigou. MTC - Como surgiu a ideia de adquirir a Quinta da Caverneira para aí instalar o Centro de Estudos da Ruralidade? MNN - A Câmara Municipal da Maia preocupa-se em adquirir, recuperar e preservar alguns edifícios com valia arquitectónica ou até simbólica para o próprio Concelho. A Quinta da Caverneira insere-se nessa lógica, sendo um edifício bastante curioso e com características interessantes. Além disso, atendendo ao
antigo proprietário que do ponto de vista da Universidade do Porto e do meio académico do país inteiro teve importância pela natureza do trabalho que desenvolveu, fez todo o sentido que a Câmara adquirisse o espaço. Agora, adquirir e não dar um fim concreto é que é uma asneira. A Câmara quando adquiriu este edifício sempre pensou fazer deste espaço um pólo cultural, quer do ponto de vista lúdico, com actividades que nos próximos anos serão mais incrementadas, quer do ponto de vista de investigação. Fazia todo o sentido e já que era a nossa vontade fazer da Casa da Quinta da Caverneira um espaço vocacionado para a investigação, que essa investigação fosse numa área que tem tradição no nosso país e território, mas que tem sido completamente descurada que é a área da Ruralidade. Quando falamos de investigação na área da Ruralidade falamos de questões tão diversas como questões económicas, históricas, antropológicas e etnológicas. Normalmente associamos a Ruralidade à mera Agricultura, mas para certas culturas a agricultura é uma forma de estar na vida. Não nos podemos esquecer que o território do Concelho da Maia era iminentemente rural com lógicas específicas do mundo da ruralidade e com implicações aos vários níveis que falei. Hoje continua a ser importante estudar isso tudo, quanto mais não seja do ponto de vista económico. Nós estamos cada vez mais dependentes no sector primário do exterior, ou seja, a maior parte das
maçãs, couves e laranjas que comemos, já não é produzida em Portugal, é importada e isso tem significado económico. Portanto, há um conjunto de investigações à volta das questões da Ruralidade que tem de ser feito. É por isso que quando começamos a falar no Centro de Estudos da Ruralidade, houve uma série de instituições do Ensino Superior que demonstrou interesse em celebrar connosco protocolos, precisamente que permita a essas instituições, de uma forma mais laboratorial, investigar essa área com crescente importância em Portugal, que do ponto de vista europeu tem já uma importância reconhecida. O Centro de Estudos da Ruralidade é absolutamente pioneiro a nível ibérico e possui uma biblioteca que apesar de ter obras de cariz generalista tem um fundo importante na área da Etnologia e Antropologia. Além disso, do ponto de vista geográfico está extremamente próximo da Escola Secundária de Águas Santas. É um espaço que é naturalmente frequentado pela comunidade escolar em primeira linha de Águas Santas e depois do resto do Concelho. Como o edifício está enquadrado do ponto de vista paisagístico de forma muito agradável é também uma âncora que o Concelho tem ao dispor da sua população para passar o tempo livre. MTC - Depois de a autarquia adquirir a propriedade, o edifício acabou por sofrer uma intervenção de monta... MNN - Era uma casa bastante antiga que já não estava habitada e que tinha sido pensada para ser casa de quinta ou casa de família e portanto, houve necessidade de fazer obras, respeitando ao máximo o traço original do edifício. Esta intervenção permitiu que o Centro de Estudos da Ruralidade tenha quer uma biblioteca, quer um auditório, quer gabinetes de trabalho, quer um arquivo, quer o próprio bar que dá apoio ao funcionamento de toda a casa. Era um edifício iminentemente vocacionado para habitação e foi obrigatório fazer obras de requalificação e adaptação. Julgo que é um trabalho notável da arquitecta da Câmara, Susana Carvalho, que fez um belíssimo trabalho nesta perspectiva.
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terra de cultura II série • n.º 5 Quinzenal• Agosto 2005
maiahoje jornal regional de grande informação
ficha técnica
Propriedade Câmara M unicipal d a M aia
Editor MaiaPress • J ornal M aiaHoje
Design g ráfico e P aginação Bruno F erreira d a S ilva • M illenniumPress
Direcção Pelouro d a C ultura
Impressão Diário d o M inho
Tiragem 3.000 e xemplares
Director E xecutivo Mário N uno N eves
Redacção Pelouro d a C ultura d a C . M . M aia Jornal M aiaHoje
Fotografia Arquivo J ornal M aiaHoje
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sexta-feira, 12 de agosto de 2005
«Nem o Fórum da Maia nem o auditório da Venepor têm condições para receber espectáculos de Dança e o auditório da Quinta da Caverneira já dispõe dessa possibilidade»
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MTC - Todo esse processo de compra da propriedade e requalificação da casa representou um investimento avultado? MNN - Sim, implicou que a Câmara Municipal disponibilizasse verbas importantes nesse sentido. Primeiro, temos a aquisição propriamente dita, depois tivemos as obras de requalificação do edifício e ainda o equipamento da própria estrutura. Estamos a falar de equipamento de informática e audiovisual, já que temos um auditório com capacidade para 100 lugares que está perfeitamente montado, tendo também condições para a prática de Dança, que é uma tipologia de espaço que no Concelho da Maia ainda não tínhamos. Nem o Fórum da Maia nem o auditório da Venepor têm condições para receber espectáculos de Dança e o auditório da Quinta da Caverneira já dispõe dessa possibilidade. MTC - Como se desenvolve a actividade do Centro de Estudos da Ruralidade? MNN - Neste momento, o Centro está aberto a qualquer pessoa que queira investigar nesta área e que precise de se socorrer dos meios que existem no Centro de Estudos. Vamos começar a partir do próximo ano a aferir com mais rigor protocolos de cooperação com entidades do Ensino Superior que tenham cursos nesta matéria. Aí depois a questão da investigação será já mais da responsabilidade dos próprios estabelecimentos de ensino que investigarão nesta área o que entenderem. Neste momento o Centro de Estudos da Ruralidade no que diz respeito à investigação, já tem prestado um apoio concreto do Museu de História e Etnologia das Terras da Maia, ao estudar e tratar peças para que tenham condições para estarem expostas. Não basta ter as peças, é preciso recuperá-las e estudá-las para que as pessoas tenham informação complementar ao que estão a ver, porque se não for assim não faz sentido. O Centro de Estudos da Ruralidade já faz isso. É uma estrutura que está a dar os primeiros passos, o mais importante já está feito e agora é programar com cuidado a actividade do próprio Centro de Estudos da Ruralidade.
«Tudo quanto seja investigação que recupere saberes antigos e introduza práticas amigas do Ambiente, faz sentido no âmbito dos Estudos da Ruralidade e é benéfico para a comunidade. Julgo que é por aí que temos de preocupar-nos a sério, nomeadamente ao nível das energias alternativas que são fundamentais para um país como o nosso»
MTC - Sendo uma área de investigação descurada a nível nacional, qual a razão desta aposta da autarquia? MNN - Porque é cada vez mais importante encararmos a questão da Ruralidade com preocupações sérias. Vivemos num planeta em que os principais problemas com que estamos e nos vamos debater nas próximas décadas são as questões ligadas aos recursos naturais. Estes estão intimamente ligados à questão da Ruralidade no que se refere aos recursos hídricos e no que diz respeito à qualificação e protecção dos solos. Portanto, há um conjunto de preocupações que esta visão pósmoderna do Mundo “atirou para canto” e que têm uma importância cada vez
maior e que, na minha opinião, vão ser as questões fulcrais no futuro. Hoje em dia temos o Mundo completamente agitado por causa do Petróleo, mas amanhã vamos ter o Mundo mais agitado por causa de uma questão como a Água. Das duas uma, ou isto começa a ser encarado de uma forma mais séria e se começa a produzir no sentido de voltarmos a introduzir algum equilíbrio ao sistema, ou vamos pagar uma factura muito grande. O desenvolvimento cientifico e tecnológico não pode ser feito descurando áreas essenciais para a manutenção da Vida. Relacionar a Ruralidade apenas com a Agricultura é um erro. A questão agrícola faz parte de um ambiente rural, mas não é apenas isso que o caracteriza, nem é isso que o torna fundamental para a sobrevivência da nossa espécie, portanto, as questões da ruralidade e o que isso envolve, são assuntos de fundamental importância. Muitas vezes os métodos mais correctos, e falando meramente nas questões agrícolas, são os métodos que vêm da ancestralidade. Há dois ou três milénios atrás, o Homem era obrigado a ter mais respeito pelo meio onde trabalhava porque era esse meio que ditava as regras. O desenvolvimento cientifico e tecnológico deu o poder ao Homem de poder alterar o equilíbrio e a partir daí o Homem começou a trabalhar de uma forma que aparentemente lhe era mais favorável e mais fácil. Aí começou a provocar alterações sérias no equilíbrio que se tornam irreversíveis. Sempre houve tempestades e desastres ecológicos, mas o planeta tinha condições até há bem pouco tempo de se regenerar. A partir do momento em que o Homem começou a intervir dessa maneira, alterou os mecanismos de regeneração do próprio planeta e começou a provocar estragos sérios. No início dos anos 80 e analisando a questão petrolífera que é vital, um conjunto de investigadores americanos, ingleses e alemães fez um estudo e concluiu que o Petróleo a partir do ano 2030 vai começar a escassear a sério. Para adiar o seu esgotamento até meados do ano 2050, era preciso que houvesse uma redução anual de cerca de 20%, nesses anos 80. O que aconteceu é que a partir dessa altura o consumo do petróleo disparou. Temos o caso concreto da China que está com um consumo elevadíssimo do petróleo e está a provocar distorções, quer ao nível do mercado, quer ao nível da poluição que traz efeitos desastrosos. Portanto, esta questão da interacção do Homem com os recursos naturais tem cada vez mais importância porque estamos a “dar cabo disto tudo” num instante. Além disso, estamos a falar de
Principais valências Núcleo de Investigação: Na Quinta da Caverneira fica sediado o Centro de Estudos da Ruralidade. Este Centro da responsabilidade do Pelouro da Cultura da Câmara da Maia conduz investigações científicas sobre variadas matérias, nomeadamente cultura popular, produção literária, recursos naturais, entre outras. Este Centro poderá também servir de embrião para eventos culturais desde congressos, a ciclos de conferências, até publicações.
horizontes que já não estão tão distantes como isso, falamos de 2020 ou 2030 e já estamos em 2005. Esta linguagem que parece catastrofista, não o é, é a realidade, só que as pessoas não têm noção disso. Tudo quanto seja investigação que recupere saberes antigos e introduza práticas amigas do Ambiente, faz sentido no âmbito dos Estudos da Ruralidade e é benéfico para a comunidade. Julgo que é por aí que temos de preocupar-nos a sério, nomeadamente ao nível das energias alternativas que são fundamentais para um país como o nosso que é completamente dependente ao nível do Petróleo e Gás Natural do resto do Mundo. Temos outro tipo de argumentos que nos podem ser favoráveis se houver investimento e investigação nessas áreas. Temos uma costa marítima fabulosa, capaz de produzir energia a sério, temos uma capacidade eólica capaz de produzir energia a sério, para além de toda a energia que pode provir do Sol. Temos um conjunto de recursos naturais que urge começar a utilizar. É óbvio que esse investimento é caro mas resulta a médio e longo prazo. O Petróleo e o Gás são produtos cada vez mais escassos com preços altos e com tendência a terminar. É necessário arranjar alternativas energéticas razoáveis para este problema porque nós dependemos da energia.
«Estamos a proporcionar àquele espaço uma programação cultural regular. As coisas são compatíveis e devem ser; quer a vertente mais ligada à investigação, quer as questões lúdicas»
MTC - Deixando um pouco de lado a vertente científica e de investigação, quais são os principais motivos de interesse da Quinta da Caverneira para a população maiata? MNN - Para já, têm um espaço agradável para passear. Depois, se quiserem ir tomar um café, tem condições para isso num local aprazível. Podem ainda usufruir das valências do exterior e do próprio auditório tendo acesso a diferentes tipos de programação cultural. A Quinta da Caverneira tem todas as condições para ter espectáculos de Teatro, de Música, de Dança... e é isso que estamos a fazer. Estamos a proporcionar àquele espaço uma programação cultural regular. As coisas são compatíveis e devem ser; quer a vertente mais ligada à investigação, quer as questões lúdicas. É um espaço que pode comportar perfeitamente as duas valências. Embora tenha sido inaugurado à pouco tempo, a nossa preocupação é criar uma programação cultural regular. MTC Decorrem várias iniciativas na Quinta da Caverneira. Quais são as próximas actividades agendadas? MNN - Para o próximo ano vai ter uma programação cultural normal com vários espectáculos e exposições. Neste momento tem uma programação irregular porque a programação é anual e estamos a pensar já no próximo ano. A partir daí, a Casa da Quinta da Caverneira vai ter a sua própria programação.
Biblioteca e Centro de Documentação: A Biblioteca da Quinta da Caverneira é principalmente um espaço especializado e divide-se em quatro áreas; “Referências” com um conjunto de dicionários obras de referência, “Maia”, com todas as obras editadas sobre o Município, “Ruralidade e Cultura Popular” uma secção rica em originais de publicações sobre a história da agricultura, ruralidade, etnografia, entre outras, e “História Cultural e Literatura do séc. XIX e inícios do séc. XX”.
Sala de Exposições: Pólo dinamizador de actividades relacionadas com a ruralidade, cultura popular ou literatura.
Auditório: Espaço com 100 lugares, bem equipado a nível de luz e som que pode ser um factor de atracção para o local.
Depósito: Numa área adaptada para o efeito, aqui se podem colocar peças do Museu de História e Etnologia da Terra da Maia.
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sexta-feira, a2 de agosto de 2005
A freguesia em que se insere a Quinta da Caverneira, Águas Santas, tem no seu percurso histórico, um papel destacado e repleto. Dos tempos pré cristãos, o destaque vai para a chamada “Pedra de Ardegães” encontrada nos anos 40 pelo Prof. Santos Júnior. Quis o acaso que este mesmo personagem fosse, à data, proprietário e ilustre habitante, da Quinta da Caverneira. Em 1120, o breve do papa Calisto II faz referência a “Sancta Marya Aquis Sanctis” e ao seu mosteiro, na Bula “Officcii mei” que define os limites da diocese do Porto. O Mosteiro de Águas Santas situa-se a curta distância da Quinta da Caverneira. É monumento nacional desde 1910. Da origem do topónimo, diz-se que aqui foi degolada Sta. Marinha em 158” ...e logo três caudais de água brotaram do chão nos pontos em que a cabeça da santa bateu...”. Da origem do mosteiro fala Nicolau de Sta Maria: “Foi fundada em honra da Virgem Senhora pelos cavaleiros do Santo Sepulcro depois que foram excluídos da Terra Santa, e foi mosteiro dos que chamavam dobrados (duplex) por morarem nele cónegos e conegas da regra de St. Agostinho.” Fundiu-se posteriormente esta ordem com a de Malta ou Hospital, sendo os seus Grão-Mestres: “Mestres Sacrae Domus Hospitalis Sancti Sepulcri Domini.” Disto faz prova o Tombo de 1554 feito pelo comendador maltês Frei Jerónimo da Cunha. A severidade e força romântica da construção original, sofre no fim do século XIX um rude golpe. Diz assim numa lápide, o autor da duvidosa ampliação:” A primordial função desta igreja de tão gloriosas recordações perde-se na noite do passado. Edificada pelos anos de 1097, só tinha a nave do Norte com dois arcos ogivais. Sendo seu pároco António de Ascensão e Oliveira, em 1874, os arcos converteram-se em um só, a tosca coluna que os sustentava ao meio foi tirada e fez-se esta nave do sul.” Diz-se que foi um sonho que o abade se inspirou para levar a cabo estas obras, talvez tenha sido afinal num pesadelo... Na mesma ambiência do Mosteiro e da Caverneira, fica o Minte do Castelo, onde se situa a Quinta do mesmo nome, habitação com laivos senhoriais de janelas ogivais, datando do último quartel do séc. XIX e ladeada por mata cerrada e lago romântico. Sob a citada construção, deverão jazeros vestígios do original castelo. Acredita-se que fosse esta a morada dos Mendes da Maia, proeminente família com papel de destaque no teatro da alvorada nacional, que se coloca com fulgor bélico ao lado do futuro rei D. Afonso Henriques e face a D. Teresa, afastando o “estrangeiro” Conde de Trava. Os três irmãos foram à época e cada um em seu campo, decisivos para a história nacional. Soeiro Mendes, que o saudoso Dr. Vieira de Carvalho, estudioso afincado destes temas, defende ter sido o próprio aio do Infante, detinha forte influência militar e administrativa sobre o núcleo de senhores do Minho, que educaram o futuro rei com teses independentistas. D. Paio Mendes, seu irmão, é feito arcebispo de Braga e encontram-se indícios da sua ligação ao facto do Infante se ter armado a si próprio cavaleiro na Catedral de Zamora, cidade onde o dito arcebispo se encontrava exilado à data. Ecos de coragem sobrevivem à poeira do tempo para cantar os feitos do terceiro irmão:
Maia
terra de cultura
Quinta da Caverneira: a História Gonçalo Mendes da Maia, o Lidador. Morreu pelejando com os Mouros, já com idade avançada, numa campanha no Alentejo. É através deste ancestral “Castelli Madie” “Castelum Madia” ou “Castrum Amaie”, referido em documentação medieval, que derivará o topónimo, quer em denominação, quer em dimensão já que, das 85 freguesias que englobava desde o séc. XII, restam, desde 1836, aquando da reforma administrativa, as 17 actuais. Este lugar do Castelo é assim, provavelmente, içado a berço do Concelho se não mesmo a berço da ideia de Nação. Quer o acaso e a proximidade, que seja este actualmente posse da mesma família que foi, até anos recentes, proprietária da Quinta da Caverneira. Hospit José Augusto Maia Marques In Quinta da Caverneira - Centro de Estudos da Ruralidade
FREGUESIAS
mh
sexta-feira 12 de Agosto, 2005
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Uma lista diferente Mário Correia Martins encabeça a lista do PS a Vermoim. Actual Presidente da Assembleia, fala-nos deste mandato, dos apoios de alguns social-democratas, enfim de uma lista que considera diferente. oficial) é uma violação. Isto passou-se entre 1995 e aproximadamente1998, já no executivo anterior do doutor Aloísio, tendo nessa altura sido “ajeitado” e digo “ajeitado” porque o símbolo adoptado, apesar da diferença não ser muito grande, não seria bem igual ao que depois se deu como original. Neste caso os senhores e senhoras deputados da Assembleia, com elevado sentido de responsabilidade e de dever público decidiram resolver o problema.
ARTUR BACELAR
Mário Correia Martins é o actual presidente da Assembleia de Freguesia de Vermoim, nasceu a 22 de Janeiro de 1972 aqui na freguesia de Vermoim, é casado, tem um filho e prepara-se para, pela primeira vez, ir a votos como candidato a presidente de Junta, pelo Partido Socialista, do qual é militante desde 1994. Licenciado em Gestão de Empresas e pós graduado em Fiscalidade, trabalha nos serviços de Finanças da Maia. Maia Hoje: Como surge esta candidatura? Mário Martins: Esta candidatura surgiu por dois motivos, primeiro porque face a minha progressão no partido socialista sou o candidato natural a encabeçar esta lista e em segundo porque esta candidatura nasceu no dia em que fizemos um acordo com o grupo de independentes chamado “Vev – Viver em Vermoim”, acto que contrariamente ao que muita gente dizia não se tratou de uma coligação, mas sim de um acordo para, face aos resultados eleitorais, tentar fazer o melhor por Vermoim. Faço aqui um parêntesis para agradecer publicamente a todos os “independentes”, pois cumpriram com a sua palavra, com muita dignidade que continuam a ter, independentemente das pressões que sofreram. Conta-se por exemplo um episódio muito curioso em que o senhor presidente da Câmara, na altura o professor Vieira de Carvalho, chamou o senhor António Augusto e a doutora Cecília Rebelo, ao que sei na altura das eleições, os líderes do PSD e JSD de Vermoim, para que fizessem “cair” a Junta, pois o senhor presidente da Assembleia de Freguesia, ou seja eu, estava a ter muita visibilidade, ora mais uma vez estes elementos, provaram o seu excelente carácter e a qualidade da sua palavra. Felizmente ainda há pessoas assim. Atendendo aos resultados eleitorais e a toda a situação pós-eleitoral, conseguimos dar à Junta a transparência que era preciso, e refiro precisamente a transparência porque anteriormente houve exemplos pouco dignificantes para a freguesia. MH: A candidatura nasce para dar a volta a isso? MM: Nasce porque eu tenho que ser responsável perante o meu partido, perante as pessoas que em mim depositaram confiança e pelo facto de sentir que posso fazer mais do que aquilo que foi feito na freguesia de Vermoim. MH: E o que pode fazer pela freguesia… MM: Muitas coisas e até muito simples como a abertura da Junta à sociedade, não dar a noção de ser um local burocrático só para situações como o cartão de eleitor, a licença canina, atestados, etc., mas sim como um sitio onde as pessoas podem-se reunir, colher informação sobre o município, sobre a freguesia e acima de tudo perceberem que a Junta também é deles. Dar uma nova dinâmica à Junta. MH: Quais são os pilares dessa nova dinâmica? MM: Temos total disponibilidade, vamos ter cuidado nos pormenores, total transparência e independência ao poder instalado. Quando falo em “poder instalado”, não quero com isto dizer que estou individualmente contra este ou aquele, não é isso, entendemos, ou seja a lista entendeu que somos efectivamente independentes, ou seja, toda a gente sabe que nas freguesias há um prolongamento da Câmara Municipal, nos executivos há funcionários da Câmara dos serviços, etc…, ou seja há um prolongamento dos “tentáculos” camarários. Não estou a dizer se é bom ou se é mau, deve haver casos em que é benéfico, mas seguramente muitos outros maléficos. Para mim e para nós lista, é fundamental e cremos
LISTA DOS CANDIDATOS DO PS À FREGUESIA DE VERMOIM Mário Correia Martins; Nelson Fernando de Sousa Ferreira; Paula Cristina Guimarães Duarte; Amadeu José Pinto da Silva; Amaro Moreira Gomes Barreiro; Susana da Conceição Araújo Fernandes; Manuel António da Silva Lima; Moisés Jesus Teixeira; Susana Alexandra Dias Ramos; Joaquim Pedro Gomes Gonçalves; Carlos Fernando Mandim Primavera; Maria Isabel Oliveira e Sá; Tiago Pereira Alencoão Marques; Artur da Silva Dias; Carla Alexandra Maurício Nunes; António Augusto Paulo Nunes; Ademar Silva Ferreira Leite; Susana Raquel da Silva Santos; Rui Manuel de Oliveira Araújo Branco; José Francisco Forte Ramos; Vera Patrícia Moreira Teixeira; António Augusto Andrade Martins; Hugo Miguel Oliveira Santos; Paula Cristina Silva Teixeira; Fernando Da Silva Moreira; Fernando Pinto Rebelo; Maria de Fátima da Silva Pena; Manuel António Correia Martins; Eugénio Rodrigues Neto; Graça Maria Pires Jacob; Manuel António Rebelo; Joaquim Andrade Ferreira. que essa independência deve existir. Temos que conseguir reivindicar para a freguesia de Vermoim para que a esta se afirme, o que nos leva ao nosso “slogan principal” que é «pela afirmação de Vermoim». Nós somos diferentes. MH: Diferentes em que sentido? MM: Nós não estamos contra ninguém, aliás não iremos fazer uma campanha onde diremos que somos melhores que este ou aquele, não, nós somos efectivamente diferentes. Diferentes na forma de perspectivar a freguesia, porque somos novos e nunca tivemos funções executivas, nestes últimos quatro anos, pessoalmente tive e senti na minha função de presidente da Assembleia de freguesia uma oportunidade para dar alguma dignidade à Assembleia de freguesia. MH: E sendo assim qual é o balanço que faz dessa actividade? MM: Não vou dissociar completamente a actividade da Assembleia e do Executivo, porque entendo que foi um trabalho de equipa. Assim e no Executivo, apesar de nestes últimos quatro anos alguns terem-nos criticado e até pedido a nossa demissão, pelo menos em cada Assembleia e até mesmo porque não dizê-lo todos os dias, nós não colocamos nunca o senhor presidente da Junta entre a “espada e a parede”, ou seja os quatro elementos do executivo que não foram eleitos nas listas do PSD, não vetaram ou boicotaram nenhuma proposta do senhor presidente, não estavam ali para dizer “senhor presidente aqui o senhor vai fazer o que a gente quer”, podiam-no ter feito, mas nada disso, tivemos a coragem de dissociar a politica do interesse da freguesia. Na Assembleia de Freguesia tivemos sempre uma postura construtiva ou seja o PS e o VEV tiveram sempre de acordo e com uma
estratégia sempre de apoio ao executivo e ao seu presidente, aliás, fomos criticados no seio do PS por andarmos com “o doutor Aloísio ao colo”, nunca votamos contra pois fazemos parte dessa estratégia do melhor para Vermoim face aos resultados eleitorais. Não estivemos na Assembleia só para “bater” ou dizer mal só por dizer. A Junta de freguesia, apesar dos seus parcos recursos e limitações, funcionou, funciona e as gentes de Vermoim irão analisar nesta campanha porque é que não se fez mais. Em meu entender por exemplo considero que em termos culturais nunca se fez tanto como agora com as noites de poesia, concertos, exposições de pintura, edição de livros, entre muitas outras actividades e aqui honra terá que ser feita ao senhor António Augusto Mandim, também uma palavra de apreço à doutora Cecília Rebelo que cumpriu exemplarmente com o que lhe era requerido pelas suas funções. MH: Mas nem tudo correu bem na Assembleia… houve alguns episódios marcantes… MM: Em relação à Assembleia, confesso que tive alguma sorte porque as pessoas respeitaram-me e eu respeitei, independentemente dos partidos que representam, tenho procurado consensos e tivemos um problema gravíssimo que foi o dos símbolos heráldicos, deparei-me com dois símbolos, um que era utilizado pelo senhor Albertino e outro que era utilizado pelo anterior executivo da Junta. Na altura questionei e o senhor presidente da Junta apresentou provas, irrefutáveis de que haveria dois símbolos, um que parecia ser o correcto e outro que poderia ser viciado, adulterado, violado e eu digo violado porque um parecer daquela importância (emanado pela comissão nacional de heráldica, entidade
MH: Esta sua lista foi complicada de elaborar? Foi a lista possível ou a que desejava? MM: Tive alguma dificuldade inicial, fui quase como que posto à prova se deveria ou não ser candidato e quando digo posto à prova, digo pelas pessoas do meu partido, o que acho normal. Os primeiros convites surgiram por brincadeira já há cerca de dois anos, a ideia foi amadurecendo e sempre disse às pessoas que se as coisas caminhassem nesse sentido eu faria a minha lista. Portanto, como alguém já disse, esta é uma lista diferente. È uma lista de pessoas com capacidade, desinteressadas na perspectiva de que não precisam da Junta para viver, directa ou indirectamente e friso directa ou indirectamente porque é importante. A “minha gente” e eu não precisamos da Junta de freguesia para viver, que fique claro! Temos gente nova, a média de idades será, no máximo de quarenta anos, tenho 33, poderei dizer até que é uma lista jovem, com gente para trabalhar. Gente que quase todos não estiveram em eleições. MH: Em termos programáticos já tem ideias ou o programa pronto? MM: Temos muitas ideias, mas a principal, a do mandato, se a conseguirmos levar para a frente já nos daremos por satisfeitos. Como é do conhecimento geral, as freguesias tem poucas competências, mas mesmo assim muito poucas fontes de receita, se resolvermos esse problema já nos damos por satisfeitos porque logicamente a seguir vem o investimento. Também situações como a do cemitério afligem-me no verdadeiro sentido da palavra. É sabido que o antigo já não cumpre as suas funções e nós precisamos que os restantes dois talhões no novo arranquem com urgência. Tenho em todas as Assembleias do mandato questionado o senhor presidente da Junta sobre o assunto e tem-me sido assegurado que o assunto está a ser resolvido pela Câmara Municipal. Somos todos pessoas de bem e eu acredito que assim seja, mas é um problema premente na freguesia. MH: Mais algum equipamento…? MM: Elegia a nova Sede da Junta. Este executivo de forma razoável e responsável salvaguardou verbas suficientes para que se possa equipar e efectuar a transferência quer com material mais caro quer com material menos caro. Portanto a instalação está devidamente prevenida nas contas deste executivo que ira cessar funções. MH: Em termos de saúde…? MM: Felizmente parece que a população e toda a gente “acordou” para a problemática do Centro de Saúde. Uma das hipóteses que foi avançada pelo senhor presidente do executivo, até de uma forma radical e que eu apoiei, foi de que se fosse preciso ter-se-ia os serviços da Junta a funcionar num contentor e na Sede da Junta estaria a funcionar o Centro de Saúde. Este equipamento vive também uma situação dramática, porque não cresceu apesar do crescimento exponencial da freguesia. Penso que a própria Câmara viabilizará a ideia de no actual edifício da Junta ser construído um Centro de Saúde com a dignidade que a população de Vermoim merece.
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mh FREGUESIAS Arraial e fé por S. Tiago de Milheirós
sexta-feira 12 de Agosto, 2005
As festividades tiveram como pontos altos a actuação da Bandalusa e a tradicional procissão. JOSÉ MATOS
A freguesia maiata não deixa passar um ano sem que o seu padroeiro seja homenageado. Se é do milho que vem a tradição laboral (e que determinou o topónimo) é a S. Tiago que se devota a fé. Numa típica conjugação do religioso com o pagão, em redor da igreja matriz montaramse as roulotes, os postos de venda e o palco onde actuou uma das bandas de baile com maior saída no Norte - a Bandalusa. Entre Sábado e Domingo houve “Zés Pereiras”, eucaristia e música pela Fanfarra dos Bombeiros Voluntários de Moreira da Maia e Banda União Musical Paramense de Paramos Espinho. No segundo dia saiu a tradicional procissão em honra de S. Tiago. Além do andor do padroeiro, marcou presença o de S. Cristóvão e o de Nª Srª de Fátima. Em termos de estandartes, passou o de Stª Luzia, S. Tiago, Sagrado Coração de Jesus e Nª Srª de Fátima. A procissão deixou, à hora certa, a Igreja Matriz e foi em direcção ao edifício sede da Junta; subiu a rua das escolas até ao Monte das Cruzes e regressou ao templo paroquial, num percurso com a duração aproximada de uma hora. As festividades concluíram-se com uma noite de folclore, a cargo de intervenientes maiatos. A saber: Rancho Regional de S. Salvador de Folgosa, Grupo de Danças e Cantares de Nª Srª de Guadalupe (Águas Santas) e Rancho Folclórico Infantil de
S. Tiago voltou a ser homenageado pela ruas de Milheirós
Milheirós. Pela meia-noite, o ponto final nas festas, com a sessão de fogo de artifício. Manuel dos Santos, um dos elementos da Comissão das Festas de S. Tiago, dava o trabalho de um ano por bem empregue; «Ficámos satisfeitos, porque as pessoas saíram à rua e estavam felizes». Apesar da “equipa” da comissão de festas estar a pensar manter-se para o ano vindouro, Manuel dos Santos, tesoureiro, não deixou,
em nome pessoal, de assinalar alguns contratempos, nomeadamente a nível de apoios e colaboração; «Entristece-me as grandes imposições com que nos deparamos nos serviços da câmara municipal. Nós, para trabalharmos em prol do entretenimento das pessoas da terra, temos que nos sacrificar muito. As entidades responsáveis dificultam os licenciamentos, com muita burocracia. Não temos lucro, apenas amor a Milheirós». Dificuldades que esperam ver aligeiradas em 2006.
Nova sede de Junta de Milheirós como um autêntico Fórum de Freguesia O edifício está dividido em dois corpos, unidos por um auditório onde prima a pedreira original. A polivalência é característica de marca, numa aposta que mudará a centralidade urbana de Milheirós. JOSÉ MATOS
Falta pouco menos de um mês para a Junta de Freguesia de Milheirós dar a conhecer a sua casa nova, momento que não deixará de merecer uma inauguração condigna. Domingo, 4 de Setembro, será o grande dia. O MaiaHoje mostra desde já, com a ajuda do gabinete responsável pela obra - Alfredo Ascensão e Paulo Henriques, Arquitectos - um pouco de uma infra-estrutura que modificará a centralidade de Milheirós, numa aposta arquitectónica que orgulha todos os intervenientes. A polivalência e a modernidade de materiais foi uma preocupação constante. Com o projecto a ser elaborado entre 1993 e 1994 e a primeira pedra lançada em Setembro de 1995, a empreitada manteve-se, mesmo assim, sempre actual. «Tem uma volumetria interessante. Foi evoluindo e sendo adaptado aos novos materiais que apareciam, muito mais interessantes. O corpo principal, por exemplo, adquiriu uma linguagem moderna, projectado em placas de resinas fenólicas com acabamento de alumínio», começa por explicar Alfredo Ascensão, um dos sócios gerentes do gabinete. O edifício foi criado de raiz, num local onde proliferava uma pedreira, a qual se tornou imediatamente num aliciante desafio arquitectónico para o gabinete responsável. Como fazer crescer a obra, casando-a com esse aspecto natural? «Achámos que a pedreira fazia parte da memória do local e portanto quisemos tirar partido estético da mesma». Onde se torna mais visível é no auditório que une os dois corpos do edifício. «A pedreira para nós foi uma mais valia. Um dos lados do auditório é totalmente revestido a vidro, sem qualquer caixilho. No interior tem-se um cenário interessante, vê-se a pedra conforme ela foi deixada. Para além de que funciona como uma entrada de luz e de ventilação no auditório. Quando for necessário escurecer a
área, existe uma cortina “blackout” que garante escuridão completa», informou o arquitecto, com indisfarçável orgulho. O auditório apresenta uma capacidade para cerca de 120 pessoas, contendo um grande “foyer” ligado a um bar. O “foyer”, atendendo à sua dimensão, também funcionará como zona polivalente, onde se poderão organizar exposições, entre outras actividades. O espaço terá capacidade para aglomerar, à vontade, 300 pessoas, com bar de apoio. Num dos corpos da infra-estrutura funciona a Junta propriamente dita, com a zona de atendimento a nível do rés-do-chão, zonas de arquivo e sanitários públicos e privados. No primeiro andar situam-se os gabinetes da Junta (três ao todo) e uma sala de reuniões. No segundo piso funciona a biblioteca num espaço polivalente. As mesas podem-se juntar, passando a existir um salão nobre, para as assembleias de freguesia, por exemplo. O corpo posterior também prima pela polivalência. A Junta vai dar vários destinos às salas, como por exemplo, gabinetes de psicologia, espaços para as colectividades, etc. Ainda está em estudo a gestão dos mesmos. Ao nível do rés-do-chão, integrar-se-á um bar. Alfredo Ascensão destaca, também, a possibilidade dos edifícios poderem funcionar autonomamente, o que quer dizer que a Junta poderá estar encerrada, enquanto se realizam iniciativas no auditório, ou vice-versa. Por todas estas valências e possibilidades,
acredita-se que não será apenas um edifício de Junta, mas um autêntico fórum de freguesia.
Pólo religioso e cívico em harmonia Os espaços exteriores serão públicos e já há uma segunda fase de intervenção pensada. Pelo facto da Junta ter adquirido uma parcela de terreno lateral e posterior, poderse-á arranjar a área, passando a funcionar como jardim público. Há uma pequena ruína por cima da pedreira que se prevê que seja recuperada e que funcione como equipamento público. Em termos urbanísticos, a mudança paisagística será, necessariamente, profunda. A Junta funciona à face de uma rua, mas posteriormente prevê-se, com uma pequena alteração no traçado do arruamento, criar uma praça em frente, integrando a antiga escola primária e a velha junta, que em princípio será remodelada. «Do ponto de vista urbanístico esta Junta passará a funcionar como elemento novo, que faz um contraponto com o núcleo antigo da freguesia, onde está a igreja e as casas rurais. Passa a haver uma certa dicotomia entre o pólo religioso e o pólo cívico. Vai funcionar como um núcleo central da freguesia, onde se centrarão os principais equipamentos», complementa Alfredo Ascensão.
Duas áreas dão corpo ao edifício. No meio o auditório
mh
FREGUESIAS
sexta-feira 12 de Agosto, 2005
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Cultura popular despertou Vila Nova da Telha Durante um fim-de-semana houve fado, folclore, desporto e lazer. JOSÉ MATOS
Teve lugar, na Freguesia de Vila Nova da Telha, mais um fim-de-semana cultural, o oitavo. A iniciativa, que arrancou com o primeiro mandato do actual executivo de junta, tem
um cariz mais popular e visa, fundamentalmente, promover a sociabilização da comunidade local, colocando, de alguma forma, Vila Nova da Telha no mapa do Concelho. Quem o defende é Floriano Gonçalves, Presidente da Junta de Freguesia; «Queremos
aproximar as pessoas, uma vez que Vila Nova da Telha ainda serve um pouco de dormitório. Este fim-de-semana cultural visa promover a sociabilização entre a comunidade local, desde os mais jovens aos mais idosos». O autarca frisou ainda que, de ano para ano, o evento tem vindo a crescer em número
O folclore animou a tarde de Domingo
de participantes. «O objectivo não é ter algo de muito grande, mas sim conseguir promover a cultura popular, entrando na componente do desporto e do lazer», acentuou Floriano Gonçalves. Os fados foram uma das ofertas culturais, tendo respondido positivamente um bom número de ouvintes que acorreram ao polidesportivo da Escola da Lidador. De acordo com o presidente de Junta terão estado para cima de 200 pessoas. O folclore, que decorreu no mesmo palco, contou com uma assistência razoável. No tablado esteve o RF São Simão da Mamarrosa - Oliveira do Bairro, RF Mindelo, ACDM Vila do Conde, RF Marrancos - Vila Verde e GF Danças e Cantares de Sabrosa - Paredes. O animador de serviço realçou, antes das actuações, a seguinte ideia: «O único troféu que os ranchos gostam de levar das terras por onde passam é o calor dos aplausos». O público acabou por distribuir esse troféu pelos grupos. No âmbito do fim-de-semana cultural decorreu, também, um passeio sénior até Fátima - que teve um total de 230 inscrições. Não faltaram, ainda, actividades desportivas e de lazer para os mais novos, como por exemplo corrida, jogos de futsal, corda e saltos. Algo que não foge ao que tem vindo a ser levado a cabo pela Junta em todos os primeiros Domingos de cada mês, desde o início do ano. «Os pais deixam os filhos com animadores, enquanto fazem caminhadas pela freguesia», afirmou o autarca. O investimento no evento rondou, segundo Floriano Gonçalves, os sete mil euros.
“Aprender a Sorrir” também na praia O projecto que decorre na Vila do Castêlo da Maia levou a cabo uma colónia balnear. JOSÉ MATOS
O Projecto “Aprender a Sorrir”, aposta da autarquia de Santa Maria de Avioso que se estende por três pólos, levou os seus utentes (crianças e jovens dos 6 aos 16 anos de idade) à praia, mais concretamente a Labruge (Vila do Conde). Aproximadamente 60 entusiastas aderiram à colónia balnear, durante 15 dias, promovida pela equipa do projecto, com o apoio da Câmara Municipal da Maia. Nem sempre houve sol, mas nem assim os “veraneantes” ficaram por terra, tendo-se registado passagens pelo Parque da Cidade do Porto. A partida era dada às 14h00 e a chegada acontecia por volta das 18h45, com a deslocação a ser feita em três carrinhas disponibilizadas pela Câmara Municipal. A acompanhar os jovens estiveram seis técnicas e duas psicólogas, que procuravam coordenar os mais novos. A meio da tarde havia o lanche. Para muitos constituiu a oportunidade de um Verão diferente, como notou Marta Ferreira, coordenadora do projecto; «A maior parte destas crianças e jovens nunca terão ido à praia». O Projecto “Aprender a Sorrir” direcciona-
se a jovens inseridos em famílias com vários tipos de problemas, desde o alcoolismo à droga, passando pela violência doméstica.
O grande objectivo é combater o absentismo e abandono escolar, incluindo-se os pais e encarregados de educação no
âmbito da acção. Neste momento o projecto trabalha com 70 utentes, existindo lista de espera.
Muito sorrisos no parque da Cidade
Rui Afonso critica trabalho do executivo da Junta Candidato socialista à Junta de Pedrouços efectuou uma visita pela freguesia para se inteirar dos problemas locais. Acessibilidades e política social foram os principais problemas encontrados. AMM
O candidato socialista à Junta de Freguesia de Pedrouços efectuou um périplo pela localidade no sentido de tomar contacto com os principais problemas vividos na zona. Com uma comitiva de onde constavam nomes como o vereador Rogério Rocha ou Joaquim Jorge, Rui Afonso percorreu as ruas da
freguesia, defendendo que estão a ser “desperdiçados” dinheiros públicos na reconstrução de passeios ma Av. N.ª Sr.ª da Natividade, já que “os que existiam estavam bem... e quando existem muitas ruas que não têm passeios como por exemplo a rua que dá acesso à Escola Primária». O candidato socialista criticou igualmente o abate de árvores naquela artéria, que desempenhavam
uma significativa importância na “harmonia visual ambiental” do local. A Câmara Municipal também não ficou fora das queixas, face à inoperância na erradicação de barracas e ilhas na zona de Aldeia de Baixo. Ainda de referir que Rui Afonso vai apostar numa campanha eleitoral com uma “imagem moderna e jovem”, da responsabilidade de Jorge Sousa.
ADVOGADO Passa ou partilha c/ colega ou solicitador. Escritório mobilado, como novo. Centro da Maia, Frente à PSP Telem. 968 058 898
Noites Magazine Social da Maia
hoje
Manancial de... Fados! O MaiaHoje tocou a reunir as suas tropas e numa iniciativa «para repetir e ficar tradição», resolveu efectuar um jantar de Verão. Eh pá, rimou! Tinha que ser pertinho (até porque o “chefe” não vai longe) e assim a escolha recaiu no Vermoense “Manancial”, nosso cliente e onde há pouco tempo efectuamos uma reportagem “MaiaHoje à mesa”. A ementa propunha jantar com fados a acompanhar em ambiente familiar (rimou outra vez), o que para um grupo com idades compreendidas entre os 20 e os 40 anos, criava uma grande expectativa. Lá chegados, já à luz de vela e espreitando por entre dois acordes de guitarra, estavam já sentados, em primeira fila, dois companheiros que paginavam e titulavam no “manancial” das entradas, tendo o último a chegar “ossos do ofício” sido o nosso Chefe de redacção. O repasto, regado com verde fresquinho (era uma daquelas noites de verão…) e com muita cerveja “colheita 2005” servida em caneca de alumínio préarrefecida, foi composto por uma valente bacalhoada à moda de Braga e por uma senhora posta mirandesa que estiveram sempre do agrado dos comensais. A terminar se o leitor for lá peça a “aguardente do patrão”, mas cuidado, leve alguém para conduzir o carro e que não beba, pois é fresquinha, docinha e parece que não tem álcool… Quanto aos fados, já nem os mais velhos se lembravam de uma noitada, mas lá foram desfiando histórias da tasca do Carrasco em Matosinhos, do Mal Cozinhado no Porto, ou das noites da Tuna estudantil. No “Manancial” o “mestre de cerimónias” foi Júlio Pereira, profissional de fado, que “malandro”, se sentou à nossa mesa tentando, com dois dedos de conversa, enganar “os jornalistas” com uma anedota que continha um truque, mas felizmente e para “honra da classe” não conseguiu os seus intentos. Deixe lá fica para a próxima, afinal quem o mandou meter-se com os do “MaiaHoje”. O mesmo Júlio Pereira, que promovia o seu disco “Porto minha cidade”, fez parte dos cerca de uma dezena de artistas que lá actuaram, como não estávamos em trabalho, não registamos o nome de todos, mas cá fica o de Ana Santos que também promovia o seu disco “Sina Minha”. O fado desde o vadio ao de estudante, passando pelo desafio e malandro (Ah! Bilinho!), esteve em grande nível, inclusive com uma voz da casa, que comparamos aos cozinhados que habilmente preparava: excelente. A terminar para quem quiser reviver esta história, o “Manancial fica na rua de Almorode, na “fronteira” Vermoim/Nogueira, ao lado do Ecocentro de Nogueira. Os Fados são à sexta e ao domingo (vadio), aos sábados é hora da noite dançante, com a animação do grupo permanente “Buonasera”.
Moda no Bertu’s No passado dia 29 de Julho, no Bertu’s place, junto à entrada principal do estádio da Maia, teve lugar mais uma noite temática, com o desfile de roupa da marca “Caroche”. O verão nesta “Coffe House” maiata abranda um pouco com a abertura de segunda a quinta às 14 e encerramento às 24 e às sextas, sábados e vésperas de feriado das 14 às 24 horas, encerrando aos domingos para descanso da equipa. “Noblesse oblige” as festas vão continuar já a 11 de Agosto com a festa “Eurobite” que promete encher de esferovite o espaço, a 13 de Agosto a festa “Let’s move again” e a 8 de Setembro a festa do primeiro aniversário.
mh
OPINIÃO
sexta-feira 12 de Agosto, 2005
Apenas duas palavras
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GERAÇÃO PORTUGAL, OU AS POLÍTICAS DO FUTURO O pai Tirano!!!... e o avô Afonso Henriques orlando leal
nelson ferraz
1. De calamidade em calamidade, arde o país - quase por inteiro - ao sabor de falhas conquistadas à negligência e ao desleixo. Vêm os aviões, não vêm os aviões, os bombeiros chegam, os bombeiros não chegam e a água foge para chuvas que não nascem. Os homens quedam-se no martírio pesado de ver o fogo, indomável e brutal, destruir as cores da terra e dos frutos. Por uma vez mais, perde-se uma enormidade de batalhas, enquanto se travam guerrilhas e apontam arrufos, enquanto se fazem acusações e desenterram ameaças. A culpa foi dos outros - dos anteriores , a culpa será destes, quando vierem ainda outros. E assim se vai esticando a preguiça, a ineficácia e a falta de competência de toda a gente que se envolve, mediocramente, nestes meandros de obscuras inércias. Temos tudo o que merecemos: desde os governos quase iguais até à falta de forças, generalizada, para que evoluamos a sério. Não consta que, desde 2003, tenhamos aprendido alguma coisa de importante. Em Setembro desse ano, na crónica “ Amarrotadas Cinzas “ , escrevi: “ Uma das medidas a adoptar será, sem dúvida, a de obrigar os proprietários das
matas a fazerem a limpeza das mesmas eliminando, deste modo, a existência de factores de grande risco. O não cumprimento desta obrigação, poderá ser motivo bastante para que os donos desses terrenos, percam a sua posse a favor do Estado ou, mais directamente, da autarquia a que o mesmo terreno pertença. Quanto aos incendiários, independentemente da idade e para além do cumprimento da pena, deverão ser obrigados a trabalhar na reflorestação dos terrenos queimados, por tempo indeterminado. “ Não consta que, desde 2003, algo tenha mudado. As matas continuam sujas, pertencem aos mesmos e não há castigos para ninguém. Os incendiários são detidos, libertados e não se sabe, ao certo, que honrarias lhes são prestadas para que ninguém - nem mesmo a comunicação social - tome a liberdade de lhes seguir o rasto, passo a passo, para que toda a gente possa ter a certeza daquilo que, realmente, acontece a tais criminosos. É que - diz-se por aí - alguns destes energúmenos são reincidentes nos seus actos e isso só é possível se as infantilidades dos nossos doutores e das nossas leis estiverem impregnadas de irresponsabilidade infecciosa.
Em casa de Ferreiro Escrevo este correio electrónico após leitura do artigo de opinião do Sr. Jorge Catarino no Jornal MAIAHOJE de 22 de Julho de 2005. Nesse artigo de opinião o Sr. Jorge Catarino tece alguns comentários menos abonatórios, para não dizer a roçar a falta de respeito, à pessoa do Sr. Pinho Gonçalves. Não me decidiria a escrever se tivesse observado no artigo “A memória curta” uma forma de disputa politica, discordando do caminho seguido, e, se fosse capaz (o que duvido), apresentando uma forma saudável de estar na política criticando de forma construtiva propondo alternativas mas sempre mostrando respeito democrático pelo adversário. É que acusar de falta de carácter e personalidade uma pessoa com o curriculum do Sr. Pinho Gonçalves demonstra desespero e um vazio de ideias confrangedor. Diria mesmo que demonstra falta de respeito pelo povo de Vila Nova da Telha. Como ele próprio disse no seu artigo, o povo não tem memória curta. E por falar em memória, que obra apresenta o Sr. Jorge Catarino? Em que instituições se notabilizou? Que projectos contaram com o seu empenho? As mesmas perguntas têm respostas concretas quando feitas ao Sr. Pinho Gonçalves. Este foi dirigente do Centro Popular de Trabalhadores de Vila Nova da Telha, hoje Vilanovenses e
trabalhou afincadamente naquilo que hoje é o seu polidesportivo. Foi também dirigente do F.C. Pedras Rubras (cinco anos como seu presidente) num período particularmente difícil da vida deste clube. Não havia bolas, equipamentos ou quaisquer condições para funcionar a equipa principal, existiam isso sim, avultadas dívidas. A direcção a que ele pertenceu “arrumou a casa”, e no espaço de um ano as camadas jovens (de que era director) já funcionavam com condições até aí impensáveis. O autocarro que o Clube tem foi adquirido muito em parte devido ao seu empenho pessoal, porque conseguiu reunir e mobilizar sinergias que até então ninguém tinha conseguido. E já que falamos neste Clube não será demais referir que o complexo desportivo que hoje é motivo de orgulho estava votado ao abandono até que o Sr. Pinho Gonçalves organizou uns torneios de futsal e chamou a atenção para esse património (não pretendo tirar o mérito dos que empreenderam a obra mas pelo menos os mais antigos recordarão este facto). E sobre a sua obra na Junta de Freguesia? Nunca em Vila Nova da Telha se criaram e cuidaram tantos jardins espaços verdes. Foi nos seus mandatos que se criaram os passeios seniores (de tanto sucesso). Devido ao seu empenho
2. Hiroshima foi, há sessenta anos, o laboratório solene de uma nova era: a era nuclear. Um avião, uma bomba, um alvo. Tudo eficaz e premeditado com a certeza do estrondo, do horror e da destruição. A II Guerra Mundial acabava, no preciso momento em que um pesadelo, frio e sem contornos, iniciava o seu reinado. Sobre as razões que levaram ao seu lançamento ainda hoje se fala mas, na verdade, faz pouca diferença saber-se. Provavelmente, existem explicações para atitudes destas. Três dias depois foi Nagasaki. Duas bombas, duas manchas negras, plenas de destruição e de manifestação de poder. O mundo, atónito, verificava a capacidade de se decidir sobre milhares de vidas, num segundo, apenas. Desde então, vários países tentam - e alguns com grande sucesso - ser guardiões de tamanhas forças. Quanto mais não seja para se reafirmarem, pateticamente, como possíveis exibicionistas de poderio dissuasor. À semelhança dos eternos grandalhões das Américas. Mas o problema principal é este: O mundo possui arsenal bastante para se auto-destruir e, por incrível que pareça, mão-de-obra não lhe falta.
odete gonçalves
pessoal têm existido eventos desportivos e culturais (não me lembro de alguma vez por lá ter visto o Sr. Jorge Catarino). Também com o seu empenho tem sido possível efectuar arranjos em diversos arruamentos e passeios, e devido à sua capacidade reivindicativa tem sido possível mobilizar recursos camarários para efectuar obras em Vila Nova da Telha. São tudo rosas? Claro que não Sr. Jorge Catarino, mas aqui é que o Sr. devia intervir, aplaudindo o que acha bem e, quanto mais não fosse dizendo o que faria diferente, sempre consciente das limitações que uma Junta de Freguesia tem. Isso é fazer politica! Só que fazer política não está ao alcance de todos. Estará ao alcance dos tais Homens de H grande. Dos outros (do h pequeno) só podemos esperar mais do mesmo, ou seja, ataques pessoais, campanhas pela negativa, falta de responsabilidade e coerência. A mesma falta de coerência que terá levado o Sr. Jorge Catarino (pai), cabeça de lista à Câmara Municipal da Maia derrotado nas últimas eleições autárquicas, a aceitar cargo de vereador e outros (talvez remunerados) que lhe foram oferecidos pela lista vencedora. Como você próprio disse, “...há valores que não se compram,...”. Valha-nos o ditado “Em casa de Ferreiro....”
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Aquilo de que hoje vos vou falar, não tem nada a ver com o filme de António Lopes Ribeiro, rodado em 1941,e que conta a tempestuosa paixão de um jovem amador dramático, caixeiro nos Grandes Armazéns Grandela, por uma simpática empregada da Perfumaria da Moda, Tatão, cinéfila incondicional assediada por Artur de Castro, um cínico sedutor. Refiro-me a uma realidade muito mais contemporânea e que se passa no grande Porto, e mais propriamente na nossa Maia. É uma Nova Era, onde o eléctrico já não anda nos carris, e no seu lugar encontramos o Metro. E é exactamente esse Metro, que me faz lembrar um passado não tão distante, nem tão saudoso como essa década de ouro do cinema português. As minhas memórias foram avivadas por um jornal. Não, um jornal não, pois não quero cometer o erro execrável, de confundir um jornal com um pasquim, ou mero vertedouro de propaganda política, que dá pelo nome de “Voz da Maia”. São estas publicações que me fazem pensar sobre o que é o verdadeiro jornalismo, e que me fazem pensar quais as motivações que o dominam, e a serviço de quem é que estarão os ditos profissionais competentes e imparciais, que para lá escrevem. E é aqui que me lembro, já com saudade da “Capital” mas principalmente de “O Comércio do Porto”. Ora na ultima edição, o título de maior destaque na primeira página era relativo à paternidade do Metro do Porto, na Maia. Sendo referido que o responsável por essa façanha era o Sr. Fernando Gomes, antigo presidente da Câmara Municipal do Porto. Ora o que não se pode negar, é que, como outros 8 presidentes de Câmara do seu tempo, este senhor teve responsabilidades no Metro do Porto, mas daí até dizer que foi o pai do metro na Maia vai uma grande distância, pois senão vejamos, ou perguntemos: Não terá sido a linha do Metro imaginada inicialmente, e por Fernando Gomes, somente entre Gaia e Matosinhos? A ideia e o projecto, da linha que serve o centro da cidade da Maia, bem como outras partes do concelho, não terá sido do Prof. Vieira de Carvalho? A duplicação da via não foi porventura uma conquista do Eng. Bragança Fernandes? Finalmente, sabendo da importância que um pai tem no nascimento dos seus filhos, onde estaria este “pai”, quando nasceu a linha do metro para o centro da Maia? E se nos levarmos por esta ordem de ideias, podemos porventura dizer que o avô do Metro na Maia foi o D. Afonso Henrique, que acompanhado por Gonçalo Mendes da Maia, percorreu, a cavalo, pois na altura o metro não teria sido inventado, um percurso entre o Porto e a Maia, tendo na altura dito: “Gonçalo, daqui a 850 anos vai passar por aqui um meio de transporte que se movimentará sobre carris”, ao qual o Lidador terá respondido: “Sim, meu rei, e eu terei uma estátua em minha homenagem no centro da minha Terra”. Assim concluo, afirmando que se realmente tal personagem fosse o pai do metro na Maia, no mínimo seria um pai tirano, pois o filho só conseguiu emancipar-se, e chegar à maturidade, com uma projecção que equivale ao dobro da dimensão imaginada pelo seu “progenitor”, quando este foi, pelo povo e pelo voto afastado das responsabilidades inerentes à criação do seu “filho”. Obviamente que este foi apenas um mero exercício académico e satírico da realidade, que tende em alertar para o tipo de “jornalismo” que por aí anda, pois, e uma vez que se trata de um conjunto de folhas impressas com a linha gráfica da candidatura do PS à Câmara Municipal da Maia, e sendo o seu proprietário o próprio candidato de Partido Socialista à Autarquia maiata, seria no mínimo mais elegante chamar ao “Voz da Maia”, algo do género “Voz do Partido Socialista”, ou “Manifesto Eleitoral do PS”.
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sexta-feira 12 de Agosto, 2005
GERAÇÃO PORTUGAL, OU AS POLÍTICAS DO FUTURO PS Maia apoia Bragança Fernandes!!!... orlando leal
Por estranho que pareça o título desta minha crónica, não há qualquer tipo de gralha ou omissão da minha parte quando escolhi o tema para esta semana. Um leitor mais atento poderia pensar que faltaria um “D”, depois do “PS”, mas não é disso que se trata, pois se o título se referisse a um apoio dado pelo PSD, ou ainda num sentido mais amplo da Coligação PSD / PP ao seu candidato, isso não traria qualquer tipo de novidade, e estas linhas não passariam de uma simples e redundante doutrina política do mais simplista possível derivado do seu carácter lógico e intuitivo. Ora embora possa parecer um pouco suspeito, não deixo de verificar um conjunto de procedimentos e de notícias que têm vindo a público, que no mínimo dão que pensar, senão vejamos, li na comunicação social que o Partido Socialista na Maia pretende aumentar o seu resultado eleitoral em relação às Autárquicas do dia 16 de Dezembro de 2001 e que se cifrou próximo dos 30% (3 mandatos), o que é em democracia um aspiração tão clara como normal, aliás seria estranho o contrário. Mas quando se fala nisto supostamente entende-se que queiram lutar pela vitória, e qual não é o meu espanto quando verifico, também na comunicação social, que o PS da Maia anuncia, no início desta semana os seus 4 primeiros indicados na lista à Câmara. Ora num executivo de 9 pessoas, e partindo do princípio da bipartição do poder somente entre a coligação do PSD/PP e o PS, para se ter a maioria no executivo são necessários 5 vereadores, e depois de apresentados os cabeças de lista, ou se apresentam as equipas inteiras, ou somente aqueles que são sujeitos passivos de eleição. A não ser que se conte com um vereador mais à esquerda, nomeadamente através do BE, que conseguiu um bom resultado nas legislativas deste ano, mas estamos a falar de eleições diferentes, em que o que conta mais são as pessoas e não os projectos ou ideologias (se bem que falar em ideologia e Bloco de Esquerda na mesma frase me cause, pelo menos a mim algumas alergias). Para além disso e ainda no voto da esquerda, a CDU, e no meu entender numa atitude inteligente escolheu candidatos jovens, por forma a tentar entrar nesse nicho eleitoral, onde o Bloco tem algum sucesso, o que certamente dividirá os votos das duas forças, tornando quase inviável a eleição de um vereador. Voltando à lista do PS, verificamos que dos 4 candidatos apresentados, 3 são não mais não menos do que os actuais vereadores do PS na autarquia, o que transmite uma ideia de confiança no trabalho realizado por eles, daí a natural reeleição, mas convém não esquecer que estes participaram directamente na gestão da Câmara Municipal, com funções atribuídas, não se limitando ao papel da oposição, pelo que de uma maneira ou de outra fazem já parte da equipa do Eng. Bragança Fernandes, e se for o caso disso, e ao ver pelas sondagens até agora conhecidas, continuarão a trabalhar, pelo que o apoio do PS ao actual presidente da câmara não seja uma loucura assim tão descabida...
OPINIÃO
Noutro Planeta
continuação da edição anterior 2/2
O Quinzinho
Éramos 25 alunos, mais o Sr. Moutra (o prefeito), que nos acompanhou, com dois funcionários da escola. Na nossa inconsciência, nunca agradecemos ao Quim e à família todo o cuidado, toda a boa vontade, toda a despesa daquele dia memorável e lindo de Junho. É justo que o faça eu agora! Na verdade não merecemos muitas coisas que nos fazem! Boas coisas, sobretudo. II A vida, conforme a rota de cada um, é fértil em encontros e desencontros. 1945 determinou a interrupção da nossa convivência escolar. A escola mudou de sede, nós mudámos de idade, aquele mundo acabou. Todos os dias o nosso micro-mundo acaba, quando começa outro dia! Durante alguns anos não nos voltamos a ver. Foram pelo menos 20 anos de remar no mar alto da nossa juventude, durante os quais casei, ele também, nasceu o meu primeiro filho, e o dele também, cada um encontrou um emprego, eu como professor, ele como músico, falámos algumas vezes por telefone, mas nunca mais nos encontrámos pessoalmente. Até que um dia ele quis apresentar-me um amigo dele, músico também. Convidaram-me para ir tocar a Matosinhos e apresentar algumas obras minhas. E tanto bastou para
luis clemente ribeiro
que aquela amizade dos bancos da escola, Em breve eu ia saber que nada acontece por acaso e que vinha a hora em que o Quinzinho ia Ter na minha vida um papel decisivo. Estava-se e, 1967. Com a morte do director da escola onde eu dava aulas começou um trabalho sujo da viúva, promovida a directora, para me afastar. De facto, no ano seguinte, com a cumplicidade de padres manhosos e fascistas miseráveis, eu estava na rua. O Joaquim, que estava nessa altura empregada numa firma importante, perto da casa onde eu morava, ficou indignado ao saber do caso e apareceu logo. Quis ser meu aluno de Inglês, levou-me á firma onde trabalhava, apresentou-me aos donos, levoume ao externato onde ele mesmo estudava à noite, apresentou-me ao director!... Este convidou-me logo a fazer um conferência na inauguração do seu novo externato, dali a um mês. Assim fiz e no fim tive a alegria de ser nomeado professor honorário dos dois externatos. No mês seguinte fui chamado a dar aulas e lá me mantive sete anos, até fundar o meu próprio externato. Mas o Quim já não viu quase nada disto. Era Setembro de 1969. Um dia depois de almoço, tocaram insistentemente à campainha. Da janela vi um táxi e um sujeito que fazia sinais, à porta. Fui abrir. O homem
Conselhos a Jorge Catarino Prezado amigo Jorge Catarino: Quando me convidou para colaborar na sua candidatura à presidência da Câmara Municipal da Maia, senti-me lisonjeado e estimulado, não pelo estatuto nem pelo lugar, mas por ser aliciante fazer parte de uma equipa que pode alterar um poder instituído há 25 anos numa terra cujo nome começa por M de Maia (forte, responsável, hospitaleira como as suas gentes) e que mais parece ter um M de Madeira pelas piores razões de usurpação do poder e até receios infundados de não se ser do PSD ou PP. Nunca como agora o meu amigo Jorge Catarino, esteve tão bem colocado para desalojar do poder as forças de centro-direita. Os seus opositores dizem que é uma aposta falhada, que já concorreu várias vezes e perdeu. Porém esquecem-se que já foi Presidente de Câmara, que tem sido oposição há vários anos, tem assim um conhecimento profundo dos dossiers e de todos os assuntos relacionados com a Maia e os maiatos, mostrando ser actualmente o único com preparação para de imediato dar novo rumo a esta terra. Numa democracia que se preze tem de se estar preparado para ser-se poder ou oposição e assim condignamente representar o seu papel. Aliás há uma questão que se costuma colocar para não se enganar os eleitores: será que Bragança Fernandes se perder as eleições autárquicas de 9 de Outubro, vai ser o 1º vereador da coligação PSD/PP na oposição? Já que se calhar não vai responder, o futuro nos dirá!...
joaquim jorge*
Já repararam na força do PS que concorre sozinho contra 2 partidos políticos, o PSD e PP, que em coligação são fortemente favorecidos na contagem de votos, pelo método de Hondt. Porque será que teimosamente as forças de esquerda da Maia não se unem contra esta direita? O meu amigo Jorge Catarino, nestes últimos anos tem-se imposto contra tudo e contra todos, mostrando ser um corredor de fundo, acreditando pela sua tenacidade, afinco e persistência nos seus ideais e políticas para a Maia. Contudo é importante não ficar amordaçado pelas amarras do aparelho socialista. É fundamental uma renovação de todas as listas nos diversos órgãos autárquicos. As escolhas dos Presidentes de Junta, os representantes para as Assembleias de Freguesia. Concomitantemente para a Assembleia Municipal. Mas mais importante de todas as escolhas o cuidado na seriação para a vereação. Os nossos autarcas fizeram muito com esforço, coragem e denodo. Mas sinceramente não chega, é necessário mais para atingirmos a perfeição. Nesse caminho devemos combinar um trabalho conjunto dos valores que já existem e a sua experiência, com novas caras, novas ideias, dando um aumento de vitalidade e modernidade à “máquina autárquica”. Esta ideia é sua, é fundamental e a ideia que motiva o seu slogan de campanha: uma nova esperança! Eu sei que a “concorrência” é desleal e que se deve denunciar à Comissão Nacional de Eleições os gastos da Campanha da coligação
maiahoje jornal regional de grande informação
explicou-me que dentro do carro estava um senhor que o tinha mandado ir ali para falar comigo. De facto o senhor a que ele se referia procurava em vão sair do automóvel. Aproximei-me e a curiosidade deu lugar à aflição. Era o Quim! Numa voz já praticamente ininteligível disse o meu nome, depois qualquer coisa como “ataque” e a seguir caiu para trás no acento. O taxista explicou que o tinha chamado para o levar a casa, a Matosinhos, porque ele se sentira mal depois de almoçar. Já no carro ele dissera em voz fraca que queria vir a minha casa primeiro, para se despedir. Mandei o homem seguir rapidamente para o entregar à família e decidiram o melhor caminho a tomar. O tempo passou lentamente, como sempre parece fazer, quando o queremos violentar. Duas horas depois soube por telefone que fora uma apoplexia. O médico não dera grandes esperanças. Na melhor das hipóteses ficaria hemiplégico. Fui vê-lo no dia seguinte. Estava deitado numa cama. Nunca mais tinha falado e agora parecia, pela agitação que de vez enquando se produzia, que tinha a noção de que eu estava ali. Mas, durante as duas horas que lá estive, nada se passou. Morreu no dia seguinte. Fui tocar a missa de corpo presente. Acompanhei-o enfim a enterrar e esse foi dos mais tristes dias que vivi.
PSD/PP, com dezenas de “outdoors” espalhados pelo concelho. Note-se que a Maia tem perto de 90.000 eleitores e que segundo a Lei apenas poderá gastar cerca de 150.000 euros. Deve também o meu amigo exigir que o jantar que Bragança Fernandes fez com as colectividades, onde foram gastos mais de 50.000 euros, sejam contabilizados nos gastos da campanha eleitoral como está definido pela ERFP (entidade reguladora do financiamento político e das campanhas eleitorais) presidida por José Miguel Fernandes, tutelada pelo Tribunal de Contas. A Lei é clara: considera despesas de campanha eleitoral todas as realizadas pelos candidatos «com intuito ou benefício eleitoral dentro dos seis meses imediatamente anteriores às eleições». É uma questão de ética e de equidade para todos os partidos políticos e não uma questão de somenos. No seu programa contemplar a criação de um gabinete de atendimento ao munícipe. Onde qualquer cidadão da Maia ou com interesses na Maia possa expor os seus problemas e a forma de os resolver em tempo real e noutros moldes diferentes como agora está a funcionar. Haveria muito mais coisas para sugerir mas estou certo que a sua capacidade de liderança e de congregação de saberes e mentalidades são uma mais-valia a ter em conta. Desculpe esta minha intromissão e desabafo, sei que tomará as decisões adequadas para o bem da Maia e seus cidadãos. *professor
numa banca perto de si...
Francisco Perez carrega a esperança maiata O ciclista da Milaneza/Maia, à passagem da 5ª etapa da Volta a Portugal, assume a vice-liderança, a dois minutos da “amarela”. JOSÉ MATOS
A 67ª Volta a Portugal em bicicleta já está na estrada, apresentando-se, praticamente, a meio do percurso, visto que assinala a 6ª de 10 etapas. A prestação da Milaneza/Maia não tem deslustrado, cumprindo com a promessa de discutir todas as classificações. Francisco Perez também não se tem dado mal com o epíteto de “chefe de fila” e com o estatuto de favorito à conquista da geral individual. À partida para a 6ª etapa (Trancoso-Fafe), o espanhol está em segundo lugar, separando-o da camisola amarela (vestida pelo russo Vladimir Efimkin, da Barloworld) dois minutos e um segundo. Uma das grandes atracções desta Volta tem sido o despique entre o ciclista espanhol e o português Cândido Barbosa (LA/Liberty Seguros), também apontado como grande candidato à vitória final. Até ao momento, o ponto alto desta “luta” aconteceu na 3ª etapa (tida como uma das decisivas), que levou o pelotão da Lousã ao Fundão, com passagem pelo Alto da Torre. Após a passagem pelo Sabugueiro (a mais alta aldeia de Portugal), a 60 km da meta, a Milaneza/Maia lançou um forte ataque por
Gonçalo Amorim, com o pelotão a ficar completamente fragmentado. A meio da subida, Francisco Perez assumiu a estrada (o russo Vladimir Efimkin já ia longe, acabando por vencer a etapa), demonstrando força e vontade. Cândido Barbosa, a quem não são reconhecidas grandes qualidades de trepador (é um sprinter), procurou não perder espaço e lançou-se na perseguição. Na subida “Fran” ganhou algum tempo, vendo-o diminuído na descida e na passagem da meta. Neste momento é um duelo interessante, mas que não pode esquecer a “amarela” de Vladimir Efimkin. À espreita está outro maiato, Andrei Zintchenko (6º, a 3 minutos). O mais certo é tudo ficar praticamente definido na 8ª etapa (Sábado) com aquela que é tida como a etapa rainha: partida de Celorico de Basto, ligando este concelho à mítica subida da Srª da Graça. Aí se verá quem está, este ano, mais forte. Referência final para o facto de, no momento em que se escrevem estas linhas, a Milaneza/Maia encontrar-se na liderança na classificação por equipas, a uma distância de um minuto e dois segundos da Comunitat Valenciana, segunda classificada.
“Fran” tem-se assumido como favorito à vitória final
Associação Atlética de Águas Santas deu o pontapé de partida para a nova época, apresentando jogadores, técnicos e restante “staff”. É visivel a aposta na juventude. pub
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sexta-feira 12 de Agosto, 2005
DESPORTO
FC Maia com equipa praticamente definida Deverão chegar, no máximo, mais três reforços. Sábado a equipa apresenta-se com o Gil Vicente. A questão do estádio está a preocupar. TEXTO: JOSÉ MATOS FOTO: RAUL SILVA
No primeiro jogo treino 2005/2006, o FC Maia defrontou o Trofense, realizando uma curta deslocação à Trofa. Eis o primeiro onze da época: Miguel na baliza, Abadito e Selmo fizeram dupla no centro da defesa, Alex Garcia (pela direita) e Hugo Luz (esquerda), completaram a defensiva; no meio campo alinharam Anderson e David, subindo pelos extremos Topas (esquerdo) e Pedro Nuno (direito); ao passo que no ataque movimentaram-se Marcão e Cássio. Ferreirinha, com os jogadores que na altura tinha à disposição, montou a equipa num 4-4-2 ofensivo. Frente a um adversário da 2ª Divisão B, os maiatos acabaram por vencer por dois a zero, com os golos a serem facturados na etapa complementar. Já deu para tirar algumas conclusões das ideias do treinador e das capacidades dos atletas. Contudo, a estratégia para a época 2005/2006 foi essencialmente delineada no estágio que o clube realizou durante esta semana em Rio Maior. Estágio que também permitiu aflorar as reais necessidades do plantel para atacar a Liga de Honra, ou seja para que posições são necessários mais reforços. Em princípio virão mais duas ou três novas caras.
De referir que nas últimas semanas chegou ao clube Hugo Luz (defesa esquerdo que na época passada actuou no Estrela da Amadora, assinando pelo Maia por um ano) e Neto (um nº 10, ex- S. Paulo). Aos 22 jogadores que compõem a equipa ainda se juntaram seis juniores: os
defesas José Carlos, Grilo e Flávio Mineiro e os médios Diogo Torres, Constantino e Pedrinho. Amanhã (Sábado) é dia de apresentação do plantel aos sócios e simpatizantes frente a um adversário de Superliga: o Gil Vicente. O jogo é às 21h00 e a entrada gratuita.
Frente ao Trofense, Ferreirinha apresentou o primeiro onze
Liga perde a paciência em relação ao Estádio Noutro contexto, a direcção do FC Maia encontra-se seriamente preocupada com a necessidade de obras urgentes no Estádio Municipal Prof. Dr. José Vieira de Carvalho, que lhe poderão custar a impossibilidade de realizar os jogos em “casa”. O incumprimento de algumas melhorias necessárias para os jogos oficiais - que se prendem, fundamentalmente, com o conforto do público, atletas e árbitro, segurança, entradas e saídas do estádio - esgotou a paciência da Liga. A promessa das obras já se arrasta há mais de dois anos e, de acordo com o presidente do clube, Francisco Vieira de Carvalho, a Câmara Municipal da Maia tem adiado as soluções; «A Liga está muito irritada. Enviou-nos um ofício com 20 pontos para resolver, verificando que muito mais de metade são de há um ano atrás, ou seja, apesar das promessas, a Câmara Municipal da Maia não cumpriu. Quem se prejudica é o clube pois apesar da responsabilidade das obras ser da Câmara Municipal, somos a única entidade que a Liga reconhece. O estádio tem vindo a ser provisoriamente aprovado, mas agora, se não forem feitas as melhorias, será complicado». Um assunto que, certamente, terá novos episódios.
Estabilidade é palavra de ordem
Com um estádio novo, o União Nogueirense aponta a estabilidade como meta a atingir, não descurando uma oportunidade que apareça para voos mais altos. ANTÓNIO MANUEL MARQUES
Estabilidade é a palavra de ordem do União Nogueirense Futebol Clube para esta época futebolística que se aproxima do seu início. Com o plantel fechado há mais de dois meses, a recém reconduzida Direcção do Nogueirense quer acima de tudo fazer uma temporada sem sobressaltos, «o grande objectivo para a próxima época é fazermos um campeonato tranquilo e aproveitar as oportunidades que nos surgirem. Se houver possibilidades de subida não vamos enjeitar essa questão». Isto a nível desportivo, sendo que no patamar institucional o clube quer primar pela disciplina e organização, referiu o Presidente, Nogueira dos Santos, «temos agora uma casa nova fundamentalmente organizada. É esse o nosso brio e o objectivo primeiro a atingir, para que tenha estabilidade para crescer à vontade. Mas queremos afirmar um clube pela disciplina e organização para que não haja sobressaltos». Quanto ao orçamento para esta época, anda na ordem dos 125 mil euros, podendo chegar aos 150 mil, consoante «valha a pena ou não apostar mais», acrescentou ainda o dirigente, sendo que a campanha de angariação de sócios que está a ser levada a cabo, poderá ser um factor a ter em conta nesta matéria. A iniciativa tem como objectivo atingir os 1000 sócios sendo que actualmente o clube conta com cerca de cinco centenas de associados. O União Nogueirense Futebol Clube milita na Divisão de Honra da Associação de PUB
Futebol do Porto, tendo como companheiro de escalão a formação do Castêlo da Maia.
Nogueirense leva a cabo Torneio Quadrangular Este fim de semana foi a altura escolhida pelo Nogueirense para realizar a primeira edição de um Torneio Quadrangular com as equipas do Pedras Rubras, Ermesinde e Alfenense, para além da equipa da casa. Hoje à noite, está marcada a partida entre o Pedras Rubras e Ermesinde, pelas 21h15, no novo Estádio Municipal de Nogueira. Amanhã, é a vez de o Nogueirense defrontar o Alfenense, pela mesma hora. Segunda feira é o dia da final e do apuramento dos 3º e 4º classificados, com as partidas a disputaremse da parte da tarde.
Plantel para a época 2005/2006 Permanências Sérgio Mota: Guarda Redes Abílio Paulos: Defesa Direito João Barbosa: Defesa Direito Ricardo Tonita: Defesa Central Paulo Oliveira: Defesa Central Bruno: Defesa Esquerdo Ribada: Defesa Esquerdo Pedro Leite: Médio Defensivo João Queirós: Médio Centro Guedes: Médio Esquerdo Nuno Maia: Médio Ofensivo
Cristopher: Avançado Reforços José Teixeira: Guarda Redes Ex - Castêlo da Maia Ramalhão: Defesa Central Ex - Pedrouços Nuno: Médio Ala Ex - Pedrouços Marco Barbosa: Avançado Ex - Pasteleira “Mazola”: Avançado Ex - Castêlo da Maia Serginho: Avançado Ex - Maia Filipe: Médio Defensivo Ex - Júnior Sineiro: Avançado Ex - Júnior
Equipa Técnica Treinador: Maurício Lemos Treinador Adjunto: Rómulo Preparador Físico João Almeida Massagista: Manuel Ruas Vice Presidente área desportiva: Abílio Paulos Chefe Departamento: Jaime Oliveira Colaborador do Departamento: António Moutinho Médico: Nogueira dos Santos
DESPORTO
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sexta-feira 12 de Agosto, 2005
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Quadrangular “Eng.º Bragança Fernandes” já tem dérbis sorteados Gondim, a quem cabe este ano a organização, vai aproveitar o torneio para apresentar a equipa da próxima época. José Matos O Folgosa Maia FC joga com a ARDC Gondim, ao passo que o GD Águas Santas disputa o acesso à final com o Inter de Milheirós FC. Foram estes os encontros sorteados na sede do Gondim no âmbito do IV Torneio Quadrangular da Maia - Troféu Eng.º Bragança Fernandes. Os jogos têm lugar no Campo Municipal de Gondim, este ano responsável pela organização do “quadrangular”, no dia 27 de Agosto (Sábado), realizando-se no dia seguinte a partida entre as equipas vencidas (16h00) e a que ditará o vencedor (18h00). O sorteio contou com a presença dos responsáveis pelos clubes em questão, os
quais reeditarão dérbis sempre emocionantes (o que disfarça a falta de músculo e entrosamento de início de época). Quem não deixou de estar presente foi o homenageado, o Presidente da Câmara Municipal da Maia. «Penso que o facto deste torneio ter o meu nome se justifica pela gratidão. As pessoas estão gratas por todo o trabalho que tenho feito no município, nomeadamente em prol das colectividades. No ano passado acompanhei o torneio e vou fazer o mesmo este ano. Que ganhe o melhor», desejou Bragança Fernandes. Mário Freitas, recentemente eleito presidente da Associação Recreativa, Desportiva e Cultural de Gondim, em conversa com o MaiaHoje realçou que o
Título valeu aos Juvenis do GD Águas Santas bilhete para o Torneio de Limoges Os campeões distritais estarão em França entre 17 e 21 do corrente mês, defrontando equipas de renome. A excelente prestação da jovem equipa do Grupo Desportivo de Águas Santas no Campeonato Distrital da 2ª Divisão da AF Porto (campeã com 24 vitórias em 26 jogos na primeira fase e 7 vitórias e um empate nas 8 partidas da fase final) não foi esquecida pela direcção e técnicos do clube. A recompensa escolhida foi a participação na 16ª edição do Torneio Internacional de Futebol de Limoges França, também conhecido como “Troféu das Porcelanas”. Um bilhete premiado que levará os jovens, entre 17 e 21 do corrente mês, a uma competição tida como prestigiante, onde estarão envolvidas mais outras 13 equipas, algumas de renome. Os juvenis do Águas Santas estarão a representar a freguesia e o concelho
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frente aos congéneres do Metz, Brive, Bordéus, Limoges, Oviedo, Gijon, bem como de mais cinco equipas francesas, uma polaca e uma romena. A comitiva ficará alojada na Universidade de Limoges, local onde decorrerá o torneio, o qual terá ao seu dispor cinco campos relvados. A agremiação desportiva não esquece, na hora dos agradecimentos a quem permitirá a efectivação da viagem, os patrocinadores, a Câmara Municipal da Maia (contribuiu com 50 por cento no valor da camioneta fretada para o efeito), a Junta de Freguesia de Águas Santas, pais e associados. De referir que tanto os atletas como os técnicos se empenharam na venda de diversos artigos para angariação de verbas.
torneio é importante tendo em vista a preparação da nova época. Aliás, o IV Troféu “Eng.º Bragança Fernandes” será aproveitado pelo clube da casa para se dar a conhecer, num ano em que redobra a ambição; «Na próxima época vamos tentar dar o salto para a I Distrital. Confio na equipa, que é muito competitiva. Cerca de 50 por cento dos jogadores são novos. Mas não me queria alongar muito com nomes. No torneio ver-se-á». Quem estava bem disposto era o presidente do Inter de Milheirós, Paulo Costa, que à entrada da sede “atirou” de imediato que jogaria com o Águas Santas, previsão confirmada mais tarde pela bolinha do sorteio, o que gerou sorrisos. Com esta edição fecha-se um ciclo, visto
que todas as equipas já tiveram oportunidade de organizar o torneio. Saliente-se que o Folgosa em três edições venceu duas (no primeiro e no terceiro ano). Pelo meio, coube ao Águas Santas erguer a taça itinerante.
Sorteio decorreu num clima de boa disposição
Andebol júnior do Maia despede-sse em Lagos A equipa venceu os seus jogos no prestigiado torneio “Costa Doiro”, deparando-se agora com um futuro incerto. Decorreu em Lagos a 17º edição do Torneio de Andebol Costa Doiro, competição que anualmente, em finais de Julho, junta várias equipas nacionais e internacionais, dos diferentes escalões de formação. Os juniores do FC Maia há três anos que marcam presença. Na edição 2005, contudo, o escalão em causa teve baixas de última hora. Duas equipas desistiram mesmo em cima do início do torneio, ficando apenas o Maia e a da casa - AC Costa Doiro. Realizaramse três jogos, com a equipa maiata a conquistar todos (encontros muito equilibrados, a saber: 24-26; 19-21 e 27-29).
A comitiva do FC Maia (8 jogadores e 5 dirigentes), acabou por usufruir, além da componente competitiva de final de época ideal para descomprimir - de um curto período de férias, numa zona eleita de Verão. Foi também uma oportunidade para despedidas entre os jovens andebolistas, uma vez que muitos deles atingem a dimensão de sénior, não continuando no Maia, ou porque o clube termina com o escalão em causa ou porque simplesmente acaba com a modalidade. Assunto que ainda se encontra em discussão.
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sexta-feira 12 de Agosto, 2005
DESPORTO
Arsenal de Parada soprou 13 velas...e desejou uma sede nova O edil Bragança Fernandes prometeu ficar atento a uma oportunidade. JOSÉ MATOS
O espaço era pequeno mas foi acolhedor para os sócios, directores e amigos doutras colectividades que se juntaram para assinalar a passagem do 13º aniversário do Arsenal Clube de Parada. Como convidados participaram, ainda, os autarcas Bragança Fernandes, Presidente da Câmara Municipal; Luciano Gomes, Presidente da Assembleia Municipal; e Manuel Correia, Presidente da Junta de Freguesia de Águas Santas, além de um representante da Associação de Futebol do Porto. O facto do espaço ser exíguo esteve no centro das atenções da cerimónia comemorativa, notando-se a necessidade de uma sede nova. O Presidente do Arsenal Clube de Parada, Manuel Ferreira Araújo, reforçou essa ideia; «A nossa sede está a ficar muito apertada. Queremos crescer e com este espaço não conseguimos. Com uma nova área poderíamos apostar noutro escalão jovem, por exemplo». Bragança Fernandes frisou que essa preocupação não lhe passa despercebida; «Estou atento ao vosso crescimento». Especificou ainda que a nova sede será uma questão de oportunidade; «Com a regulamentação do bar, o espaço vai ficar ainda mais pequeno. Vamos ver se arranjamos um terreno na zona, algum loteamento que surja. O difícil é começar, depois finaliza-se a obra rapidamente». O edil deixou ainda a promessa de uma
ajuda maior em termos de subsídios às colectividades que praticam o futsal no Concelho. Disputando o futsal na Divisão de Honra (equipa sénior e júnior), o Arsenal ambiciona ir mais longe, embora sem esquecer o que ficou para trás, conforme reavivou Bragança Fernandes; «Tenho
muita consideração por este clube que vi nascer numa garagem, na Estrada Nacional 318. Foi crescendo lentamente e graças ao seu presidente e filhos - que muito se dedicaram, sacrificando mesmo a vida pessoal - conseguiu-se esta sede simpática, passando-se a movimentar muita gente de Parada, sobretudo os jovens. Hoje o clube é
conhecido a nível nacional». Manuel Ferreira Araújo, que espera que o número 13 seja de sorte, pretende então que o Arsenal ultrapasse o 6º lugar da época passada, contando com a mesma equipa técnica e, praticamente, os mesmos jogadores (apenas entraram quatro reforços).
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mh 25 Ponto final na época com os “13” foi sinal de sucesso de poucos, os 13 participantes na sexta edição do Rally Campeonatos Nacionais de Apesar Paper do Inter de Milheirós foram os suficientes para o sucesso da iniciativa, segundo a organização. Natação Infantis e Juvenis DESPORTO
sexta-feira 12 de Agosto, 2005
ANTÓNIO MANUEL MARQUES
O complexo de piscinas de Coimbra foi palco, no fim-de-semana de 22 a 24 de Julho, da mais importante prova do calendário para os escalões de Infantis e Juvenis, na época de Verão: os Campeonatos Nacionais. O Clube de Natação da Maia/Real Seguros fez-se representar nesta prova, de elevada exigência e competitividade, com seis nadadores. A saber: Joana Maia, Camilo Ferreira, João Pinto, Luís Neto,
Pedro Costa e Tiago Campos. De destacar as boas classificações individuais de Joana Maia (4ª classificada nos 100m Bruços), Luís Neto (4º classificado nos 200m Bruços) e João Pinto (5º classificado nos 200m Costas). Neste momento, todos os nadadores destes escalões encontram-se de férias, após mais uma época de trabalho e bons resultados, renovando forças para a época que se avizinha.
Teve lugar no último fim de semana, o sexto Rally Paper do Inter de Milheirós F. C. Com o objectivo de «recriar e fomentar o convívio entre os sócios», esta edição acabou por ter menos participantes do que o normal, o que não prejudicou o sucesso da iniciativa, contou ao MaiaHoje, o Presidente da colectividade, Paulo Costa. Outro propósito do evento passa por aumentar o conhecimento do Concelho por parte dos participantes, já que a prova percorre vários pontos de interesse e freguesias do território maiato, «saiu da sede da colectividade e passou por três postos de controle, nomeadamente pelo Estádio de Milheirós para algumas actividades.
Depois passou por várias freguesias, como Vermoim, Nogueira, Gondim, Maia no Jardim Zoológico, pelas piscinas de Gueifães, entre outros». Dos 13 participantes, a viatura 35 de António Silva e Rui Parada acabou por se sagrar a grande vencedora, angariando também o Troféu “António Matos”, para a viatura melhor decorada, com Rui Parada a levar para casa igualmente o Troféu “ O Melhor Pendura”. De referir ainda, o Troféu “O Melhor Condutor” entregue a Luís Resende, o Troféu “A Melhor Pendura” que foi para Anabela Costa e por fim, o Troféu “O Mais Azarado” para Mário Cerejo. A entrega de prémios realizou-se durante o jantar convívio realizado na sede social do clube.
A viatura 35 ganhou a prova para além de receber dois trofeus. pub
Maiastars vence torneio no Algarve Maiatas fecham a época desportiva da mesma forma como a iniciaram, ou seja a vencer, com vitória no 27º torneio internacional de Andebol “Costa Doiro”. Procurando preencher a época desportiva na sua totalidade, o Maiastars fez deslocar três equipas (infantis, iniciados e juvenis femininos) ao prestigiado encontro europeu de Lagos, o Torneio Internacional Costa Doiro. No escalão de iniciados femininos, orientadas por Raquel Silva, as maiatas estiveram imparáveis vencendo todos os adversários que se lhe depararam. Às suas mãos foram caindo sucessivamente o Assomada de Lisboa, o Gil Eanes de Lagos, a equipa de infantis do Maiastars, as francesas do Niort e, finalmente, uma das finalistas do campeonato nacional, o Batalha Andebol Clube a quem as Stars impuseram um 14-11 final, muito lisonjeiro para as de Leiria. Acresce o facto das maiatas nunca terem na baliza uma guarda-redes de raiz, optando pela jogadora de campo Kelly Alves que com uma motivação enorme desempenhou o lugar na perfeição como se esse fosse sempre o seu lugar. Também as infantis, campeãs nacionais em título e a competir num escalão etário superior com adversárias mais velhas, foram brilhantes ao representar a Maia e o Maiastars da forma que o fizeram. Felicitadas e admiradas por todos os treinadores presentes, portugueses e estrangeiros, estas miúdas passearam a sua classe apresentando um nível de competição nunca visto nas suas idades. Venceram sempre as adversárias, só soçobrando perante as Stars mais velhas e perante o Batalha AC nos segundos finais, posicionando-se num honroso terceiro lugar final. As juvenis maiatas classificaram-se em terceiro lugar derrotando nessa atribuição o Santa Isabel e as francesas do Villefagnan, perdendo apenas um jogo com o Alavarium por 18-17, num jogo em que estiveram
sempre a ganhar mas que uma arbitragem infeliz dos franceses deitou tudo a perder. Nos prémios individuais, as Stars trouxeram quase tudo. No escalão de iniciados, a atleta Ana Patrícia Pacheco foi eleita pelos treinadores a melhor jogadora do torneio. No mesmo escalão, a infantil Eduarda Pereira foi eleita a melhor guarda-redes. No escalão de juvenis, Andreia Moura conquistou também o troféu de melhor jogadora do evento. José Carlos Ribas, Presidente do Maiastars, deu-nos a sua opinião relativamente à época que agora finda: «Com as condições globais em que trabalhamos neste último ano, os resultados podem ser considerados positivos. As infantis foram campeãs nacionais, conquistaram sete torneios dos quais três internacionais e venceram sempre que defrontaram equipas femininas do seu escalão etário portuguesas e estrangeiras. As juniores sagraram-se campeãs inter-regionais. As seniores classificaram-se em quarto lugar no campeonato nacional e venceram sem derrotas o internacional e fortíssimo Maia Handball Cup 2005, com adversárias lituanas e francesas. As iniciadas, embora muito aquém do seu potencial, venceram os internacionais de Gaia e de Lagos. Esta foi a melhor resposta a quem do exterior nos criou tantos problemas durante toda a época desportiva. Agradeço a todos os que tentaram prejudicar o clube, estamos mais fortes. Agora precisamos todos de férias para que, quando começar a nova época desportiva, os níveis dos factores da continuidade do desenvolvimento deste clube estejam elevados. Por fim, resta-me endereçar os parabéns ao Maiastars que fez cinco anos de existência no passado, dia 2 de Agosto».
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sexta-feira 12 de Agosto, 2005
DESPORTO
AA Aguas Santas aposta na juventude para a nova época Objectivos passam por conseguir um lugar europeu, não se descartando uma surpresa. TEXTO: JOSÉ MATOS FOTO: CARLOS BARRIGANA
A equipa sénior da Associação Atlética de Águas Santas deu-se a conhecer anteontem, com a próxima época na Primeira Divisão Nacional de Andebol no horizonte. Caras novas não são muitas, com destaque para a aposta na juventude e na “prata da casa”. Em 16 atletas, seis vêm do escalão júnior e sete mantêm-se da época transacta. Portanto, apenas três contratações: Armando Pinto (ex-AC Fafe), Pedro Cruz (ex-Boavista FC) e Hugo Reis (ex-GC Stº Tirso). Carlos Vieira, presidente do clube, não tem dúvidas em apontar a formação como o caminho a seguir; «O futuro cada vez mais é esse. Temos uma vertente de formação rica». Este ano, o desafio da Associação
Atlética aparenta ser mais complicado, uma vez que perdeu dois grandes valores: Paulo Faria deixou de jogar e é agora o técnico principal; Ricardo Costa, reconhecido como um dos melhores pontas direitas da Europa, rumou a outras paragens. Mesmo assim, o líder da AA Águas Santas acredita poder repetir o 4º lugar do ano passado, ou quem sabe melhorar; «Vamos tentar estar dentro daquilo que fizemos nos últimos anos. Já houve quatro equipas que se assumiram como candidatas - Madeira, Porto, ABC e Belenenses - mas queremos andar lá pelo meio, como “outsiders”. Conseguir um lugar para uma prova europeia já seria muito bom». Com a alteração do modelo da competição - a fase final é disputada em play off - Carlos Vieira acredita que poderão surgir surpresas.
Equipa 2005/2006 Atletas Humberto Ferreira Armando Pinto Jorge Carvalho Hugo Rocha Joel Rodrigues Daniel Campos Pedro Cruz Gustavo Almeida Miguel Solha Pedro Solha Sérgio Morgado André Pires Vasco Nogueira Juan Couto Manuel Resende Hugo Reis
clube anterior Júnior AAAS AC Fafe Águas Santas Águas Santas ex-Júnior AAAS Júnior AAAS Boavista FC Júnior AAAS Águas Santas Águas Santas Águas Santas ex-Júnior AAAS ex-Júnior AAAS Águas Santas Águas Santas GC Stº Tirso
idade 19 anos 26 anos 33 anos 22 anos 20 anos 19 anos 21 anos 19 anos 27 anos 23 anos 30 anos 20 anos 20 anos 24 anos 21 anos 22 anos
Presidente da Direcção Directores Desportivos Secretário Técnico
Carlos Vieira Joaquim Carvalho/Mário Carvalho Jorge Peneda
posição guarda-redes ponta-direita lateral direito universal ponta esquerda central universal lateral direito universal ponta esquerda guarda-redes pivot ponta esquerda pivot ponta direita guarda-redes
Equipa técnica Técnico Principal Técnico Adjunto Médicos Fisioterapeuta
Prof. Paulo Faria Prof. Paulo Queirós Dra. Eugénia Quelhas/Dr. Joaquim Moutinho Dr. Eduardo Moreto
Serviços Administrativos André Vinhas Responsável Equipamentos Fernando Rodrigues Apoio Informático/Vídeo Pedro Azevedo/David França
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Nº 135 | 12 de Agosto 2005
Metro na Maia com uma média de 5 mil clientes diários
Agora sim, é real... o metro chegou ao centro da Maia. Cerca de duas semanas após a inauguração os números, mesmo em pleno Verão, são reveladores da ânsia que existia. TEXTO: JOSÉ MATOS FOTO: RAUL SILVA
Os maiatos que preferiam fazer como o Discípulo Tomé, “ver para crer”, já não têm como duvidar e/ou recear. O metro chegou ao centro da Maia, mais concretamente à Estação do Fórum, e desde 30 de Julho que a Linha Verde (C) está a operar comercialmente, fazendo a ligação à “Cidade do Lidador” desde a Estação do Estádio do Dragão. Segundo apurou o MaiaHoje, a resposta dos maiatos tem sido positiva. Passadas que estão, aproximadamente, duas semanas, a abertura da nova linha implicou um acréscimo de cerca de 5 mil clientes à média de 50 mil que tinha o metro. Isto, mesmo levando em linha de conta estar-se numa época atípica, em que muitas pessoas deixam a Cidade para férias e em que as escolas não funcionam. Entre as novas estações, a que dá maior contributo é a do Fórum da Maia, com uma variação de 2500 a 3000 utentes. A Linha C deu luz “Verde” a novas estações, a saber: Cândido dos Reis, Pias, Araújo, Custió (todas do concelho de Matosinhos), Parque da Maia (instalada no viaduto que cruza a Estrada Nacional 14) e Fórum da Maia (junto à Câmara Municipal). Corresponde a um acréscimo de rede de cerca de 7 quilómetros. Grande parte do traçado praticamente “decalca” o anteriormente utilizado pela linha Ferroviária do Minho, sofrendo uma alteração a sul do Concelho da Maia, com inflexão para nascente em direcção ao centro da Cidade. Nessa altura passa a circular num troço construído de raiz, salientando-se o novo viaduto de 600 metros e a reconvertida “Ponte dos Arcos”. pub
“O Metro é uma sala de cinema ambulante”
Política local e nacional... à espera do transporte para o Fórum da Maia
Realce-se, ainda, que a operação na Linha Verde até ao Fórum da Maia faz-se com uma frequência de circulação de quatro veículos duplos por hora nos chamados horários de ponta, ou seja nos períodos compreendidos entre as sete e as dez horas da manhã e entre as cinco da tarde e oito da noite. Na prática, nesses horários, o metro passará de 15 em 15 minutos, podendo transportar até 1600 pessoas por hora em cada um dos sentidos de circulação. Cálculos de horários de verão, uma vez que no Inverno existe a possibilidade da frequência de circulação ser reforçada. A chegada do metro à Maia teve honras de cerimónia comemorativa, a que não faltaram inúmeras individualidades, desde autarcas da Área Metropolitana do Porto aos elementos do
conselho de administração da Empresa Metro Porto SA, com as maiores atenções mediáticas a centrarem-se no Ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, Mário Lino. Bragança Fernandes, Presidente da Câmara Municipal da Maia, não esqueceu, na ocasião, um dos que mais sonhou com esse dia: Vieira de Carvalho. O programa constou de viagem da Estação do Estádio do Dragão até à Estação do Fórum da Maia, onde se realizaram alguns discursos oficiais; e porto de honra na Quinta dos Cónegos. Nem alguns desencontros, nomeadamente com as dúvidas lançadas pelo ministro em relação ao futuro crescimento do metro e das verbas disponíveis, ofuscaram a inauguração.
No contexto da abertura da nova linha até ao centro da Cidade, o Gabinete de Estudos e Planeamento Estratégico da Câmara Municipal da Maia lançou uma brochura acerca do Sistema de Mobilidade Urbana. Este exercício escrito estratégico e organizativo, chama a atenção para princípios de interligação e articulação de meios de transporte. Isto é uma complementaridade espacial e territorial do metro com o transporte individual (por exemplo, com a criação de parques de estacionamento) e com os restantes transportes colectivos já integrados no Concelho. Além da interligação modal, a introdução do metro na Cidade acarretou, como esclarece a brochura, uma verdadeira revolução do espaço urbano. Houve, não só, uma requalificação territorial, como toda uma adaptação da filosofia espacial e mentalidade das pessoas em relação à forma de se pensar e sentir a Maia. Como nota o referido Gabinete no trabalho, “o metro é o oposto do combóio - o combóio esgueira-se por detrás dos quintais, o Metro é uma sala de cinema ambulante. Assim o entendemos”. Este novo ordenamento urbano terá, ainda, efeitos de crescimento e desenvolvimento. Conforme surge destacado neste documento, o futuro prolongamento da Linha C até ao Instituto Superior da Maia criará “um corredor essencial de crescimento orgânico e de ligação entre o núcleo central de serviços da Cidade da Maia, a Zona Industrial da Maia I e o núcleo urbano do Castêlo da Maia”.