jornal regional de grande informação
10 JUN - 23 JUN 2005
Medidas insuficientes para impedir rotura de Tribunal
pág. 3
É esta a opinião da Ordem dos Advogados da Maia, expressa na visita do Secretário de Estado da Justiça. O Governante anunciou a criação de um novo juízo de execução até ao fim do ano.
SIGE chega a mais escolas do Concelho
Ano VI ¦ Nº 131 ¦ Quinzenal ¦ Director: Artur Bacelar ¦ Sai às Sextas ¦ 0.50 =C IVA incluído ¦ Porte
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Autorizado a circular em invólucro plástico fechado. Pode abrir-se para verificação postal. AUT48 DE0656/2003DCN
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suplemento especial nesta edição
maiahoje www.maiahoje.pt
Novo canil municipal arranca em Setembro
pág. 6
O cartão informático permite uma maior segurança e comodidade escolar. Na Escola Secundária da Maia passaram também a funcionar dois aparelhos auxiliares de alunos com profunda deficiência visual. As notas melhoraram a “olhos vistos”. Em Outubro avança o Portal de Educação, uma ferramenta que possibilitará uma maior interligação entre os encarregados de Educação e o meio escolar.
Bispo do Porto vem à Maia amanhã
pág. 9
D. Armindo Lopes Coelho receberá a Medalha de Honra do Concelho antes de inaugurar as obras de restauro do Adro da Igreja de Silva Escura.
Ferreirinha ao “leme” do F. C. Maia
pág. 25
Novo treinador promete um espírito ganhador, uma mentalidade de ataque e não hesitou em assumir o Maia como um candidato à subida divisão.
índice das freguesias Águas Santas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .19 Folgosa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .19 Gemunde . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .19 e 20 Milheirós . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .20 Silva Escura . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .22 Vermoim . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .21 e 22 Vila do Castêlo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .21
a opinião de...
Nelson Ferraz . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .24 Orlando leal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .24 Luís Clemente Ribeiro . . . . . . . . . . . . . . .24
importa-se de repetir... «Leais e Videirinhos foi contemplada com dois subsídios tendo ambos sido aprovados por unanimidade. São Videirinhos mas não são leais...» Vereador PS Miguel Ângelo Rodrigues, reagindo a um comunicado de um grupo de colectividades maiatas
Com lugar no Ecocentro de Folgosa, a construção do novo canil municipal arrancará, ao que tudo indica, no próximo mês de Setembro. A falta de capacidade das actuais instalações, atribui o carácter de urgência à obra, que duplicará o espaço disponível para recolher os animais. Por outro lado, a ANIMAL alerta para que, se nada for feito, daqui a três anos poderão andar pelas ruas do país cerca de seis milhões de animais sem dono. pág. 4 PUB
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sexta-feira 10 de Junho, 2005
e
escrito
«Os jovens olham para o SIGE como mais valias e não se põem a pensar em big brothers». Gabriela Magalhães, coordenadora da vertente educativa do Maiadigital, a propósito do novo sistema integrado das escolas, criticando quem possa pensar tratar-se de um maior controlo sobre os alunos.
«Tenho três grandes paixões na vida: a família, a Maia e o Benfica». Miguel Ângelo Rodrigues, ao MaiaHoje
«À partida (a Maia) tinha todas as condições para ser um Concelho dormitório, um subúrbio do Porto. Todavia ele (Vieira de Carvalho) fez da Maia uma nova centralidade, um Concelho com identidade própria». Marques Mendes, Presidente do PSD, durante um jantar de evocação de Vieira de Carvalho promovido pelo Lions Club da Maia
«Quanto a outros que tiram conclusões precipitadas não nos interessam. Não ligamos a disparates de circunstância» Joaquim Reis, Presidente do Clube Académico de Sangemil, sobre a realização de um jantar de homenagem ao Presidente da autarquia.
«parece-nos que há de facto, um aproveitamento eleitoralista, como em outras atitudes tomadas pela Câmara Municipal. Falo, por exemplo, da última revista municipal que basicamente parecia um portfolio do Presidente da Câmara» Pedro Ferreira, candidato CDU à autarquia, sobre o jantar das colectividades.
mh Os maiatos já devem ter reparado que desde Dezembro, nas suas caixas de correio, mensalmente e nas primeiras edições curiosamente ao dia 13, tem aparecido uma publicação que se intitula como um «novo jornal», gratuito e que vai já no quinto mês de edição. Publicação registada no Instituto da Comunicação Social (ICS), o seu proprietário é o candidato do PS à Câmara da Maia, mas por algum motivo que não vislumbro, já que julgo não ser possível tratar-se de alguma manobra para enganar a população, assina “incógnito” como Jorge Costa (Jorge Luís da Costa Catarino). Essa publicação que inicialmente pensávamos ser uma forma de critica e de oposição política legitima à maioria da Câmara da Maia, mostrou e provou ser um atentado à nossa dignidade jornalística. É antes de mais uma clara falta de respeito pela nossa profissão e uma “grande lata” de quem, depois de colocar cá fora a publicação, nos tem procurado para através do nosso trabalho dar a conhecer as suas actividades. Ao receber em minha casa o último número, resolvi dizer chega e desmascarar esta “farsa”. Face ao silêncio de outros colegas, tenho a coragem para dizer chega! pois não alimento qualquer esperança, nem quero, ser contemplado com algum “tacho” numa eventual futura Câmara PS ou de outra cor. Mas voltando à publicação, titula esta que «o candidato do PS à Câmara Municipal da Maia, Jorge Catarino propõe medidas concretas para ajudar a resolver o problema (do aumento preocupante da Criminalidade na Maia)». Logo ao lado, o mesmo candidato do PS à Câmara da Maia assina o Editorial com algumas das palavras chave do seu discurso pré-eleitoral (vide «o sufoco é total»; «fechou-se um ciclo»; «a alternância é o sal da democracia» e até um reconhecimento à obra feita que é preciso «não deixar esmorecer». Já agora o que quer dizer com «exige-se... um novo intérprete»? Alguém que nunca esteve na Câmara? É que tanto quanto sei, ambos os candidatos do PS e do PSD já foram presidentes de Câmara da Maia. Mas continua a “farsa” na página dois, com, em primeiro lugar, uma ficha técnica da qual não faz parte nenhum jornalista, uma Sede no Concelho do Porto (nada mau saber que “A voz da Maia” afinal é... no Porto) e por outro lado uma coluna intitulada “Correio dos Leitores”, onde o “elogio do umbigo” é tema inicial, passa por um ligeiro “insulto à inteligência” dos votantes e termina com mais um elogio, ao jeito de quem nunca leu as noticias inseridas nos números anteriores, noutras publicações, inclusive a nossa, comparando, em termos de governação, a ilha da Madeira com o concelho da Maia. Na página três, um artigo que é quase uma cópia (eles próprios o afirmam), da declaração de voto efectuada pelos deputados do PS à Assembleia de V.N.Telha, à falta de melhor (ou pior), chega ao ponto de criticar o facto de não se ter realizado um tostão com a venda de sepulturas. Nas páginas seguintes, novamente o número um e dois do PS Maia, escrevem e muito bem (se este fosse um jornal de campanha), sobre mais assuntos de política ao jeito de “se eu for...”; uma entrevista ao outro Vereador do PS e mais um par de artigos, não assinados, onde o principal “trabalho”, foi... tirar proveito político (gratuito) do trabalho de verdadeiros jornalistas sérios, fazem o resto do jornal. A pergunta coloca-se: ainda tem a coragem de chamar a “isto” um jornal isento, como se leu no primeiro número? Lembro que no “Estatuto Editorial” desse “brilhante” exemplar afirmam que e cito «o jornal Voz da Maia orientar-se-á por critérios de independência ideológica, seja ela de ordem política ou religiosa. Procurará atingir os seus objectivos no estrito respeito pelos princípios deontológicos que definem a actividade profissional dos jornalistas». Face ao exposto, que percebem estes senhores de deontologia jornalística e da sua actividade profissional? Será que o Dr. Catarino gostava que eu, simples jornalista, com carteira profissional, lá por saber onde ficam os “ossos”, fosse dar umas consultas médicas ao seu consultório? Os jornalistas são trabalhadores, dignos, como outros quaisquer, com família e que se recusam a ser “enxovalhados” na sua dignidade, desta ou doutra forma. Perante estas situações, sabendo que estão a “fazer pouco” da nossa profissão, poderá, ao leitor, parecer difícil o nosso trabalho de ser isento nesta “corrida” eleitoral que se avizinha, mas são situações como esta que, apesar deste desabafo, nos levam a ser mais profissionais e a assumir publicamente esta repugna, garantindo, apesar de tudo, o rigor e isenção a que vos habituamos. E eu que estava sossegado no meu “cantinho” a fazer o meu trabalho de jornalista.... afinal custa tão pouco dizer que a publicação não pretende ter critérios jornalísticos..., que não é isenta, ou mesmo que é da responsabilidade de um partido político!
PÁG. DOIS
artur bacelar ¦¦ director
editorial A “Voz da Maia” ou a “Vergonha da Maia”? Uma ofensa aos jornalistas!
objectiva Título: Lagarto por: Carlos Barrigana carlos@maiahoje.pt pub
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Medidas insuficientes para impedir a rotura do Tribunal Secretário de Estado da Justiça veio à Maia para anunciar a criação de um novo juízo de execução, de modo a descongestionar o Tribunal. Representante da Ordem dos Advogados na Maia garante que as medidas anunciadas não chegam para impedir a rotura da estrutura. ANTÓNIO MANUEL MARQUES
Com a finalização prevista do novo Palácio da Justiça para daqui a três ou quatro anos, o Secretário de Estado da Justiça, José Conde Rodrigues, veio à Maia revelar a intenção de criar um novo juízo de execução até ao final do ano, a juntar aos cinco existentes. Este novo departamento deverá ficar instalado no Parque Central da Maia, num espaço com 500 m2 disponibilizado pela autarquia para o efeito. Este projecto para a Maia, aliado ao pacote de medidas anunciado recentemente pelo Governo, tem como objectivo descongestionar o precário funcionamento do Tribunal da Comarca maiata, que segundo a Secção da Maia da Ordem dos Advogados, aproxima-se da rotura. Paulo Ramalho representante daquele órgão, gostou do anúncio do governante, mas assegura que se não for feito algo mais, o Tribunal entrará em rotura daqui a cerca de um ano e meio, «o que ouvimos são palavras que nos agradam. São palavras que consubstanciam a tentativa de ajudar a resolver a morosidade da Justiça no Tribunal da Comarca da Maia. Mas também estamos conscientes que as soluções que aqui foram aventadas não são soluções que resolvam o problema. A criação de um juízo de execução vai ajudar a descongestionar um pouco o Tribunal da Maia, mas não vai responder eficazmente àquilo que são os principais problemas do Tribunal». Tal como foi divulgado pelo MaiaHoje na edição passada, a Ordem dos Advogados da Maia pretende um
reforço dos recursos humanos do Tribunal para além de uma reorganização da estrutura, «se não for feita a especialização do Tribunal da Comarca da Maia de forma a termos juízos de competência cível e criminal, e se não forem criados dois juízos criminais e cinco juízos apenas para matéria cível, este Tribunal dentro de um ano, ano e meio, entra em rotura». Paulo Ramalho afirmou que ainda existe outra proposta em cima da mesa, respeitante à deslocalização do Tribunal de Trabalho. Ainda assim, esta mudança de instalações será difícil de levar a cabo devido às restrições financeiras e de recursos humanos que se vivem no Ministério da Justiça, desabafou o responsável.
Palácio da Justiça começa a ser construído para o ano No seguimento de uma visita de trabalho realizada há três semanas, José Conde Rodrigues, assegurou que o protocolo celebrado entre o Ministério de Celeste Cardona e a Câmara Municipal da Maia, será para cumprir. Ainda assim, o governante frisou que o processo sofrerá uma reavaliação no sentido de decidir se vai ser aproveitado o edifício existente na Via Periférica junto à Urbanização Novo Rumo, ou se o Palácio da Justiça irá ser construído de raiz. A decisão será tomada nas próximas semanas, sendo que logo a seguir será lançado o concurso público, com as melhores perspec-
tivas a apontar o início das obras para o princípio de 2006. Pelo lado da autarquia, o Presidente Bragança Fernandes, acredita que o esqueleto do edifício existente será aproveitado, numa zona que classifica como emblemática no Concelho, «eles tinham uma ideia errada deste edifício e portanto foi bom terem vindo ao local para que tomassem conhecimento. Eles agora vão tentar seguir o projecto e lançar o concurso para pôr a obra cá fora o mais rapidamente possível. Penso que descartaram a hipótese de demolir o edifício».
Maia como segunda hipótese para a sede nortenha do IML A autarquia maiata disponibilizou um terreno integrado no futuro “Campus da Saúde” para a construção da sede da Delegação Norte do Instituto de Medicina Legal (IML), entidade que se prepara para mudar de localização. Nesta visita, José Conde Rodrigues, referiu que a hipótese maiata será viável se a primeira solução encontrada no Porto, não for avante. No entanto, as conversações para instalar a estrutura em Aldoar estão bem encaminhadas, referiu o responsável, pelo que a Maia não deverá receber a sede do IML.
DISTRIBUIÇÃO: Millennium Press - Maia REDACÇÃO / D.COMERCIAL Rua dos Altos, Edifício Arcada, loja 12 • 4470 - 235 Maia Telefones 22 947 62 62 Telefax. 22 947 62 63 Dep. Comercial. 22 947 62 64 Sede: Rua dos Altos, Edifício Arcada, loja 12 • 4470 - 235 Maia Depósito legal 147209/00 DGCS nºo 123524 Tiragem 3.000 exemplares IMPRESSÃO: EMPRESA DO DIÁRIO DO MINHO Rua de Santa Margarida, 4A 4470-306 Braga Os artigos de opinião são da responsabilidade de quem os assina, não reflectindo nem vinculando a opinião dos editores bem como do director do Jornal. A direcção do Jornal é defensora da plena liberdade de expressão, reservando-se a direcção a não publicar artigos de opinião que prejudiquem a imagem e liberdade de outros. É política do Jornal o pluralismo e isenção nos assuntos tratados.
Os autarcas maiatos frisaram as boas acessibilidades da zona onde se pretende instalar o Palácio da Justiça.
advadvogado ogado
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A. CAMPELO DE SOUSA Especialista em Direito Administrativo
Escritório: R. Dr. Augusto Martins, n.º 90 • 1º • sala 4 • Maia R. Fundo de Vila, n.º 333 • 3º • sala 2 • S. João da Madeira Telef. 256 832 588 • E-mail: campelodesousa@iol.pt
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sexta-feira 10 de Junho, 2005
ANIMAL está preocupada com aumento das denúncias de abandonos Se a situação continuar, nos próximos anos poderão andar pelas ruas cerca de seis milhões de animais sem dono. Com a chegada da época balnear os números de cães e gatos abandonados crescem consideravelmente. Há cerca de 6 anos atrás, a ANIMAL - Associação Nortenha de Intervenção no Mundo Animal estava na posse de números que indicavam cerca de 1 milhão de animais, entre cães e gatos, sem dono a vaguear pelas ruas portuguesas. Actualmente deverá estar no milhão e meio, número, contudo, que Miguel Moutinho, Director Executivo da ANIMAL, quantifica por baixo, uma vez que no seu entender a realidade deverá ser bem mais dramática com tendência para piorar drasticamente nos próximos tempos; «Se não se tomarem medidas, haverá um crescimento desmesurado. Para se ter uma ideia, poderão haver, nos próximos três anos, seis milhões de animais abandonados. Estamos a falar de cães e de gatos que, nos grandes centros urbanos, se reproduzem a um ritmo incrível», avisa. A forma utilizada para combater esta realidade tem seguido, segundo Miguel Moutinho, duas vias, com uma delas a não ser a mais indicada e responsável, porque implica simplesmente a eliminação dos animais; «Muitas câmaras municipais resolvem o problema com a morte dos cães e gatos que apanham nas ruas». Este responsável não deixou, no entanto, de apresentar excepções; «A autarquia de Valongo, por exemplo, depois de apanhar os animais esteriliza as fêmeas e capa os machos no Centro Veterinário Municipal, incentivando posteriormente a adopção». Esta é, de acordo com Miguel Moutinho, o caminho que também têm seguido algumas associações espalhadas pelo país, lamentando que não sejam muitas. Outra das soluções apontadas é a identificação electrónica dos animais por via do microship, para se combater de forma mais eficaz os abandonos. O Director Executivo da ANIMAL demonstrou grande preocupação pelo futuro próximo, a crer na quantidade de denuncias que a associação tem recebido na última semana; «Os telefones não têm parado». O facto da legislação prever e proibir a situação de abandono de animais desde 17 de Outubro de 2001 (contra-ordenação que implica coima que pode ir dos 500 aos 3 740 euros) não tem mudado em nada a realidade, conforme lamenta Miguel Moutinho; «Não se conhece nenhuma pessoa que tenha sido condenada nestes quase quatro anos em que vigora a legislação».
GRANDE MAIA
Novo Centro de Recolha Animal arranca em Setembro Com lugar no Ecocentro de Folgosa, a construção do novo canil municipal arrancará, ao que tudo indica, no próximo mês de Setembro. A falta de capacidade das actuais instalações, atribui o carácter de urgência à obra, que duplicará o espaço disponível para recolher os animais. ANTÓNIO MANUEL MARQUES JOSÉ MATOS
Sendo que o projecto de execução do novo Centro de Recolha Animal, documento que especifica o orçamento e a realização da obra, deverá estar pronto até ao final do próximo mês, o início da construção do novo canil municipal está agendada para Setembro. A data foi revelada ao MaiaHoje, pela Directora do Departamento de Ambiente da Câmara Municipal da Maia, Helena Lopes, que referiu a nova estrutura como bastante diferente da que existe actualmente, que recorde-se, está inserida em outro equipamento municipal junto ao Jardim Zoológico da Maia, «vai ter uma estrutura completamente diferente, com uma zona de atendimento, uma zona de consultório e parques com zonas ao ar livre onde os animais podem passear. Também vai ter uma área vedada a descoberto, numa estrutura localizada num local isolado especificamente destinado a esta função e que irá permitir muitas coisas mais, além do serviço restrito que é feito». Da autoria da arquitecta Susana Carvalho, o novo canil municipal ficará instalado no Ecocentro de Folgosa, integrando-se com o edifício já existente, abrindo um leque de novas possibilidades, «há toda uma outra componente que diz respeito a todo o esquema de adopção de animais e de tentar fazer interacções com associações de protecção animal. Poderemos no futuro perspectivar uma interacção de voluntariado para tratar dos cães, entre outros, e portanto, a partir daqui, poderemos evoluir para outras situações que nesta altura são difíceis de concretizar». A par com a construção do novo canil será levada a cabo uma campanha de sensibilização para a diminuição do abandono de animais domésticos, no sentido de limitar a proliferação de cães vadios, «a nossa perspectiva com todo o trabalho de sensibilização que vamos fazer é que os cães vadios desapareçam. Com um centro destes vamos poder implementar programas de esterilização e castração de cães e cadelas vadios, para que os animais não se procriem».
Campanha de vacinação decorre até final do mês Está já em andamento a habitual campanha de vacinação anti-rábica, coordenada pela Direcção Geral de Vacinação. No Concelho da Maia esta acção decorre até ao final do mês, passando pelas diversas freguesias. Em paralelo com a aplicação da vacina, os serviços camarários estão igualmente a levar a cabo a instalação de um “microship” de identificação nos animais de forma a criar uma base de dados dos animais do Concelho, inovando o normal registo manual nas Juntas de Freguesia.
Construção de um novo canil é urgente Segundo Helena Lopes, a edificação de um novo Centro de Recolha Animal assume uma carácter premente, «é urgente ao ponto de neste momento já termos um projecto de execução em desenvolvimento e irmos construir um canil desde já». Com cerca de dezena e meia de anos, o canil municipal existente está subdimensionado face às necessidades de espaço, estando limitado a acolher cerca de 20 cães de médio porte, «com o passar do tempo as coisas vão mudando, vão sofrendo um desgaste natural, para além de algum restrição em termos de espaço. Saiu há relativamente pouco tempo, uma legislação específica em relação aos centros de recolha municipais, que
obrigou a ter uma das jaulas especificamente para animais suspeitos de raiva, o que nos reduziu o numero de jaulas disponíveis para os animais, além de que vêm agora exigir novos requisitos que têm a ver com áreas de trabalho efectivo e de circulação distintas de outras zonas do canil. Efectivamente, o local onde está actualmente instalado o canil não seria de todo o mais adequado fazer qualquer tipo de intervenção». Ainda assim, a Directora do Departamento de Ambiente ressalva que estas são as únicas dificuldades do equipamento, «temos uma viatura afecta a 100% ao serviço, para fazer capturas de animais, para entregar animais que encontrar feridos, fazer campanhas de vacinação. Temos três funcionários para além do veterinário municipal que é o responsável técnico pelo funcionamento do canil».
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Oliveira Marques acusa consórcio adjudicatário de «falta de liderança» e «displicência» Administrador da Metro do Porto S.A. revela-se bastante insatisfeito com os sucessivos atrasos na conclusão das obras do Metro, nomeadamente da linha até ao centro da Maia. O novo prazo para a abertura desta via foi agora fixado no final do mês de Julho. ANTÓNIO MANUEL MARQUES
Oliveira Marques aproveitou o habitual “briefing” à Comunicação Social para confessar-se desagradado com a prestação do consórcio adjudicatário da obra do Metro do Porto, principalmente no que diz respeito ao sector da sinalização, que recorde-se está a cargo da “Bombardier”. Visivelmente aborrecido com os atrasos que se vêm verificando nas linhas da Maia, Póvoa e Gaia, Oliveira Marques fala em «debilidade na liderança do consórcio adjudicatário» e «displicência em falhar os compromissos e não apresentar justificações».
O administrador da empresa Metro do Porto S. A. afirmou-se ainda preocupado «porque estamos a aproximarmo-nos do fim do prazo estabelecido e vemos as coisas escorregar» e apontou como exemplo a construção da Linha da Maia. Oliveira Marques confessou ter “inspeccionado” a obra no dia 27 de Maio (dia de ponte) e ter ficado desiludido, «fiz uma visita às obras e vi uma desmobilização impressionante face ao atraso da obra». Face a este «problema de credibilidade das instituições que prometem e depois não cumprem», o responsável afirma mesmo que tem dúvidas quanto ao cumprimento dos prazos agora apontados.
Metro no centro em final de Julho Segundo as mais recentes previsões, o Metro chegará ao centro da cidade da Maia nos finais do mês de Julho. Antes disso, a partir do próximo dia 20 já será possível visualizar o veículo a circular, mas apenas em testes sem passageiros. De referir que, sem os atrasos ocorridos, o Metro já deveria estar a circular no centro da cidade por esta altura.
Quanto à outra linha que passa pelo concelho maiato, a linha da Póvoa, os prazos estabelecidos apontam para a abertura da linha até Mindelo para o final de Setembro, e até à Póvoa, no final de Outubro. Em relação ao ramal do Aeroporto, continua dentro dos prazos previstos, com a finalização apontada para o final do ano. Os atrasos verificados vêm aproximar a abertura de linhas da realização das eleições autárquicas, algo que não era desejado «para não haver mal entendidos», frisou Oliveira Marques.
Alterações aos Concursos Públicos Visivelmente agastado com o incumprimento dos prazos propostos para as obras do Metro, Oliveira Marques sugeriu alterações ao regulamento dos Concursos Públicos. Assim, este responsável defende que «se a empresa adjudicatária mudar de accionista o contrato deveria ser renunciado». Para o administrador da Metro do Porto é também importante «manter o centro de decisão em mãos de empresas nacionais», apontando como exemplo, as obras na zona da Boavista que, «ficaram a cargo de um empreiteiro médio e este trabalhava Sábado e Domingo, de dia e de noite, para cumprir os prazos».
Biblioteca Municipal perpetua Vieira de Carvalho No dia em que se comemorou o 3º aniversário do falecimento de Vieira de Carvalho, e no ano que a Biblioteca comemora uma década de existência, o equipamento recebeu o nome do ex Presidente da Câmara Municipal da Maia. ANTÓNIO MANUEL MARQUES (TEXTO) CARLOS BARRIGANA (FOTO)
Após obras de reestruturação e adaptação, a Biblioteca Municipal da Maia recebeu a designação de Dr. Vieira de Carvalho, num dia fértil de acontecimentos naquela casa de Cultura maiata. Assim, depois deste baptismo, em jeito de homenagem ao Presidente desaparecido, foi igualmente descerrado um busto evocativo da sua memória, da autoria do escultor Manuel Cabral. Para o Presidente da Câmara Municipal da Maia, Bragança Fernandes, não poderia haver homenagem mais adequada à pessoa em questão, «partilhava as palavras com simplicidade sábia da vida, sem receio de perder algo e gostava de ensinar os outros, não guardando os seus conhecimentos só para si. Por isso mesmo, este local de cultura e de lazer é o sítio mais indicado para fazer jus ao seu nome». O Vereador da Cultura da autarquia maiata, Mário Nuno Neves, apelidou o acto de justo, «a decisão da Câmara Municipal em baptizar a sua Biblioteca com o nome de Dr. José Vieira de Carvalho, é um acto que pretende testemunhar o reconhecimento de todo o Concelho a um Homem que além de ter sido um político excepcional foi, também e muito provavelmente sobretudo, um Homem de Cultura, na plenitude do seu significado». Presente nesta cerimónia, Albina Vieira de Carvalho, visivelmente emocionada, mostrou a sua concordância , «José Vieira de Carvalho como historiador sempre se interessou pela
Maia e pela sua História. Que o seu nome e obra sejam eternamente recordados». Houve ainda lugar, nesta altura, para a inauguração da Exposição “Biblioteca Municipal Doutor Vieira de Carvalho: o passado, o presente e o futuro”.
autarquia, «a Câmara Municipal dá muita importância à Biblioteca e à edição bibliográfica, enquanto instrumentos poderosíssimos ao serviço da cidadania, que nos últimos seis anos editou mais de 40 títulos diferentes, facto único no universo
das autarquias deste país. Além disso, temos um conjunto de obras de autores portugueses talvez único no país. A Biblioteca é importante para o desenvolvimento da Maia, através da formação da sua população».
Nova Biblioteca Municipal até ao final de 2006 As melhores perspectivas quanto à construção do edifício adjacente ao Fórum, o Pólo de Serviços, que albergará a Biblioteca Municipal, entre outros, apontam o final do próximo ano. Em causa poderá estar a obtenção de fundos europeus, referiu Maia Marques, Director do Fórum. Este responsável adiantou ainda que a Biblioteca ficará instalada no piso 0 do novo edifício, tendo uma ligação física à actual Biblioteca, transformando as duas partes num só equipamento. Esta solução permitirá a adesão à Rede Nacional de Leitura Pública, revelou ainda este responsável. Mas antes disso, foi inaugurada a nova sala de Leitura, situada no piso de entrada da Biblioteca. Com este novo espaço, que anteriormente fazia parte do arquivo municipal, o número de lugares de leitura passou para o dobro, cerca de 130, para além dos 12 postos de Internet agora disponíveis. Mário Nuno Neves enalteceu a importância da Biblioteca Municipal, nomeadamente da capacidade editorial da
O arquitecto Carlos Loureiro explicou os contornos da nova Biblioteca Municipal
Os números 110 mil - títulos disponíveis na Biblioteca Municipal 6000 - Número mensal de visitas, entre
Biblioteca e Bibliobus. 130 - lugares de leitura 12 - postos de Internet
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Maiato propõe “Fundamental do Photoshop CS”
Fernando Tavares Ferreira, escritor maiato, acabou de editar o seu mais recente trabalho, onde propõe ajudar o utiliizador a obter melhores e mais rápidos resultados no tratamento da imagem digital, num programa de informática que oferece novos recursos indispensáveis para a edição de gráficos, fotografia, vídeo e web design, como o aplicativo de produção integrada para web: o Image Ready CS. “Fundamental do Photoshop CS” é o nome do livro, que está estruturado por diferentes capítulos, “possuindo cada um os objectivos de aprendizagem, explicações de utilização dos comandos e ferramentas, assim como exemplos ilustrados, simples e práticos, e ainda um resumo no final, facilitando assim a compreensão e a rapidez de aprendizagem”, realça o autor num texto de apresentação da obra. Fernando Tavares identifica como principal público interessado os profissionais de design gráfico e para a web, fotógrafos e profissionais de vídeo, embora não descarte os principiantes e entusiastas. O livro, editado pela FCA/Lidel, está nas livrarias há cerca de duas semanas.
AOS COLECCIONADORES Peço a quem coleccione algo, o favor de me enviar o contacto, endereço e o que colecciona a fim de construir uma base de dados. Podem contactar-me para o mail victoralvura@mail.pt ou para o Telem. 918667661. Depois darei mais informações. Victor Emanuel Alvura
GRANDE MAIA
Geração digital de estudantes, professores e funcionários nas escolas da Maia O cartão SIGE chegou a mais quatro escolas do Concelho. No próximo ano lectivo o Portal da Educação informatizará ainda mais o quotidiano escolar. Dois jovens com graves deficiências visuais da Escola Secundária da Maia ganham outra motivação na aprendizagem graças a aparelhos auxiliares.
Raquel ganhou mais autonomia com o amplificador de caracteres
JOSÉ MATOS
Depois da Escola do Castêlo e da EB 2,3 Vieira de Carvalho (Moreira), foi a vez da Escola Secundária da Maia, EB 2,3 Gonçalo Mendes da Maia, Escola Secundária de Águas Santas e EB 2,3 de Pedrouços passarem a beneficiar do cartão SIGE (Sistema Integrado de Gestão Escolar). A introdução do novo sistema nos respectivos estabelecimentos, mereceu inaugurações formais, contando com a presença do Presidente da Câmara Municipal da Maia, Bragança Fernandes, alguns vereadores, responsáveis do Maiadigital (empresa financiadora do Projecto no âmbito do Programa Operacional da Sociedade de Informação), do ISMAI (coordenadora do projecto), além de professores e elementos dos conselhos directivos das escolas. Através deste sistema, os utilizadores passam a fazer o registo da sua entrada no estabelecimento escolar, pelo módulo porteiro, beneficiando de uma série de serviços e mais valias no interior. A filosofia do SIGE e não só garantir maior segurança nas escolas (com a monitorização das entradas e saídas), mas também a
substituição do dinheiro, visto que o cartão pode ser provido num Posto de Vendas (POS), possibilitando qualquer pagamento no recinto escolar. Outras mais valias apontadas são a gestão dos bares, cantinas e papelarias (funções de caixa registadora, emissão de senhas, consulta de saldos e carregamentos), o kiosk (posto de consulta electrónico onde se podem conferir horários, notas, faltas, ler mensagens e efectuar pedidos de documentos, por exemplo) e o Servidor SMS (mandar mensagens a uma ou várias pessoas, facilitando a comunicação entre docentes, não docentes e encarregados de educação). A coordenadora da vertente educativa do Maiadigital, Gabriela Magalhães, realça que o sistema pretende ajudar e não controlar; «Espero que aproxime toda a comunidade escolar. Penso que os professores e os alunos estão satisfeitos. Poupa-lhes muito trabalho, como filas no bufete. Os jovens olham para o SIGE como mais valias e não se põem a pensar em big brothers». Bragança Fernandes, na passagem pela Escola Secundária da Maia, estreou simbolicamente o seu cartão de utente. «O SIGE é um sucesso. Fico feliz por ser implementado pela primeira vez na Maia. Para já apenas é colocado nas EB 2,3 e nas Secundárias, mas depois vou querer estendê-lo a todas as escolas da Maia», comentou o edil. A passagem pela Escola Secundária da Maia foi, ainda, aproveitada para dar um breve conhecimento acerca do Portal da Educação, sistema que entrará em vigor no início do próximo ano lectivo, entre Setembro e Outubro. Também no âmbito do trabalho desenvolvido pelo Maiadigital, o Portal da Educação permitirá uma comunicação mais abrangente entre todos os intervenientes da vida escolar, sobretudo a pensar nos encarregados de educação cuja vida profissional nem sempre permite uma presença assídua nos estabelecimentos. Basta uma ligação à Internet para se poder aceder a informações como faltas, notas, matéria dada em determinada aula, em que é que o dinheiro do cartão SIGE é gasto, participar em fóruns com directores de turma, entre outras possibilidades. Na perspectiva de Gabriela Magalhães, o objectivo é ter mais de 50 escolas “on line”. Há, ainda, a vontade de munir cada sala de aulas com um computador.
Alunos de baixa visão mas com altas notas Diogo Melo tem apenas 10 por cento de visão. Raquel Sousa praticamente não consegue ver nada. Estes dois alunos da Escola Secundária da Maia viam-se limitados na assimilação da aprendizagem, em virtude destas deficiências de que padecem. Foi a pensar neles que o ISMAI, em conjunto com o Maiadigital, adquiriu dois aparelhos especiais. O “MyReader” é um amplificador de caracteres, o que permite aos jovens ganhar outra autonomia, pois já podem ler e corrigir os seus textos, bem como melhorar a caligrafia. Beneficiam, também, na matemática, com o uso da máquina de calcular. O “Zy Fuse” é um aparelho de relevos. A Escola Secundária da Maia conseguiu, ainda, um novo aparelho através do Maiadigital, que é o “Poet Compact”, aparelho tipo scanner que lê folhas em voz alta. Os alunos, no dia da inauguração do SIGE, fizeram demonstrações dos aparelhos, não escondendo a alegria por finalmente estarem ao mesmo nível dos colegas; «Agora percebo tudo o que escrevo, posso corrigir erros, não preciso que ninguém me leia os textos», notou Raquel Sousa. As notas subiram consideravelmente. «Não há palavras para comentar o que vi aqui hoje. Fiquei sensibilizado», referiu Bragança Fernandes no fim da conversa com os jovens.
“Nada cheira como uma boa lixeira” Os alunos do 12º ano das Oficinas de Expressão Dramática (disciplina curricular na opção de humanidades) da Escola Secundária da Maia apresentaram na semana passada, a nível interno, o resultado do seu trabalho. A turma 12º M (M de Maravilhosos, conforme se auto-intitulam), representou a peça “Nada cheira como uma boa lixeira”, alertando para a importância do aproveitamento do lixo. A turma 12º N trouxe a cena a peça “Uma azar do caraças Atribulações do mundo da fantasia”.
Verão Cultural chega às Freguesias da Maia ANTÓNIO SOARES
Arrancou o Verão Cultural nas freguesias da Maia. O primeiro concerto foi no Salão Paroquial de Silva Escura, onde no passado dia 3 de Junho actuaram os Pequenos Cantores da Maia (PCM)e os Amigos da Música. “As Boas Vindas”, Vim para a Escola”,
Gosto Tanto da Minha Família” e Todas as manhãs”, foram estes quatro temas a estrear que os Pequenos Cantores da Maia interpretaram em grande plano no Salão Paroquial de Silva Escura. Os PCM actuaram com um repertório original e algumas adaptações. A jovem Mariana encantou o pouco público, com a sua bonita voz e deliciou quem
pela primeira vez teve a oportunidade de ver em acção os PCM. «Viva a Amizade» foi o último tema que cantaram e que dedicaram aos «amigos de Silva Escura». Mais crescidos, mas não menos encantadores foram também os Amigos da Música. O próximo espectáculo do «Verão Cultural» decorrerá no Pavilhão da Junta de Freguesia de Nogueira, nos dias 10 e 11de Junho. pub
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O jantar da polémica Um conjunto de colectividades de Pedrouços repudia as afirmações do PS Maia, que apelida de “propaganda política” a realização de um jantar de homenagem às colectividades pela autarquia. PS responde que são apenas cinco num universo de perto 100 e que se trata de um caso de «ingratidão». António Manuel Marques Ainda sobre o jantar homenagem às colectividades realizado pela autarquia, um conjunto de colectividades (Leais e Videirinhos de Pedrouços, Clube Académico de Sangemil. G. R. Ardegães, Mocidade Sangemil e Fontineiros da Maia) vem a público afirmar-se «maltratado» pelas recentes afirmações de responsáveis do PS Maia. Segundo este conjunto de associações, “o PS veio de uma forma explícita confirmar que não gosta das dezenas de colectividades desportivas e culturais do nosso Concelho e por isso ataca ferozmente a Câmara Municipal por lhes conceder subsídios e reconhecer publicamente o trabalho meritório dos seus dirigentes”. Estes responsáveis consideram ainda que os subsídios atribuídos pela autarquia são vitais para o funcionamento de muitas colectividades, “para o PS Maia os subsídios que a autarquia concede às instituições maiatas são como dizem “um desperdício e uma tentativa de manipulação política”. Os
subsídios concedidos pela Câmara Municipal da Maia são essenciais para a própria sobrevivência das colectividades... sem esses apoios a maior parte dessas colectividades já teria encerrado portas e património maiato estaria muito mais pobre...”. Em suma, os dirigentes que subscrevem o comunicado sentem-se “maltratados por estas afirmações políticas miserabilistas onde as pessoas não contam, e ao mesmo tempo, expressamos a nossa gratidão aos autarcas por reconhecerem o nosso papel na comunidade maiata a que nos orgulhamos de pertencer”. Também através de um comunicado, Jorge Catarino, líder do PS Maia vêm reafirmar que “as colectividades prestam um serviço inestimável à sociedade no aspecto ético, social e de cidadania. As colectividades que se insurgiram contra o PS são cinco da zona de Pedrouços num universo de perto de 100”. O vereador socialista frisa ainda que os subsídios atribuídos às colectividades são aprovados por unanimidade. Contactado pelo MaiaHoje, o Vereador PS Miguel Ângelo Rodrigues, afirma-se magoado com a
situação, acrescentando ainda que este é um caso de ingratidão, «o primeiro subscritor, Sr. Mário Vinhas foi convidado por mim há três semanas para fazer parte da equipa que está a elaborar o Programa do PS para o Desporto. Uma das colectividades, o Leais e Videirinhos, foi contemplada com dois subsídios tendo ambos sido aprovados por unanimidade. São desleais...Também no caso dos Fontineiros, as obras da sua nova sede, para além dos subsídios que receberam, foram aprovadas por unanimidade. Estas pessoas não foram correctas com o PS Maia». O vereador socialista afirma ainda que “um dirigente que no referido jantar fez um discurso contra a oposição esqueceu-se de dizer que o seu clube, além de um estádio novo, recebeu neste mandato 160 mil contos de subsídios». Miguel Ângelo Rodrigues, referiu ainda que a aprovação do Jantar em reunião de Câmara foi feita no dia anterior ao evento, «já estava tudo tratado sem o nosso conhecimento. Os vereadores do PS não pactuam com faltas de respeito».
CDU fala em «aproveitamento eleitoralista» O candidato da CDU à Câmara Municipal da Maia, Pedro Ferreira, afirmou ao MaiaHoje que, apoia qualquer homenagem às colectividades, apesar de neste jantar defender ter havido algum aproveitamento eleitoralista,«estamos sempre de acordo com a homenagem às colectividades, até porque são uma das bases da sociedade. Mas interrogamo-nos porquê nesta altura, nestes moldes e com esta pompa e circunstância. Não querendo adoptar o tipo de discurso radical do PS, parece-nos que há de facto, um aproveitamento eleitoralista, como em outras atitudes tomadas pela Câmara Municipal. Falo, por exemplo, da última revista municipal que basicamente parecia um portfolio do Presidente da Câmara. Há um conjunto de atitudes claramente eleitoralistas, embora pense que qualquer homenagem às colectividades, especialmente àquelas que trabalham bem, nunca é de mais».
Colectividades homenageiam Presidente intenções, «não há quaisquer conotações politico-partidárias. A homenagem prendese só com o reconhecimento pelo Presidente da Câmara, até porque a Comissão tem várias sensibilidades políticas. Quanto a outros que tiram conclusões precipitadas não nos interessam. Não ligamos a disparates de circunstância». O MaiaHoje contactou Bragança Fernandes, que se mostrou agradado com a iniciativa, «fico feliz porque é a prova que as colectividades acompanham o Presidente da Câmara no esforço que se faz para manter as colectividades vivas, activas e com dinamismo». Este jantar terá lugar no dia 17, no Restaurante “Casa do Arco”, em Milheirós, e é aberto às colectividades do Concelho, com as inscrições a poderem ser feitas junto das associações referidas até à próxima Segunda feira.
No seguimento da homenagem da autarquia em homenagem às colectividades, um grupo de associações da zona sul do Concelho vai promover um jantar de homenagem ao Presidente da Câmara Municipal da Maia, Bragança Fernandes. Com esta iniciativa, estas colectividades, (C. A. Sangemil, G. R. Ardegães, Mocidade Sangemil, Fontineiros da Maia e Leais e Videirinhos de Pedrouços) pretendem passar «uma mensagem de reconhecimento para com a pessoa do Presidente da Câmara, mas também pelo amigo Bragança Fernandes. Para além do apoio da autarquia, ele tem um perfil de solidariedade mantendo uma proximidade com as pessoas. Não queremos deixar pensar isso», afirmou Joaquim Reis, do C. A. Sangemil. O Presidente daquela colectividade acrescentou ainda que este é apenas um agradecimento, sem segundas
Sustentar o futuro ambiental do Grande Porto Esta é uma das grandes preocupações da discussão promovida pela Lipor, que terá lugar no Fórum da Maia na próxima quinta e sexta-feira. JOSÉ MATOS
Enquadrado no projecto “futuro sustentável”, o fórum proposto pela Lipor, que conta com o apoio de vários parceiros - entre câmaras municipais, associações empresariais, institutos estatais e de ensino - pretende criar um centro de discussão, debate de ideias, troca de experiências acerca do “Ambiente no
Grande Porto”. Dividido em dois dias (próxima quinta e sexta-feira), a iniciativa que decorrerá no Fórum da Maia, reunirá vários oradores de diferentes áreas de intervenção relacionadas com o ambiente. Água, transportes e mobilidade, educação e formação ambiental e ordenamento do território são os quatro grandes temas sobre os quais versará o
fórum. O objectivo é conseguir, através da união de opiniões e interpretações, fazer fluir um conjunto de estratégias e de directrizes que servirão de apoio à elaboração do Plano de Acção do Futuro Sustentável. Precaver um bom ambiente no Grande Porto é uma luta que tem que se tem que iniciar no imediato, chamando-se à mesma o envolvimento técnico e a
cidadania, sendo esse o espírito do evento. “Decida o seu futuro”, é aliás um dos chavões do fórum. A entrada é livre, embora sujeita a inscrição prévia até 13 de Junho (que pode ser feita para a Escola Superior de Biotecnologia, Grupo de Estudos Ambientais, pelo número 225 580 048), dirigindo-se a todas as pessoas e instituições do Grande Porto. pub
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GRANDE MAIA
Marques Mendes evocou Vieira de Carvalho e manifestou confiança em Bragança Fernandes O presidente do PSD esteve na estalagem Via Norte a convite do Lions Clube da Maia para lembrar um “amigo”. Quanto ao futuro autárquico defende que «o PSD está preparado para ser o partido locomotiva da Maia». JOSÉ MATOS
Amigo pessoal de Vieira de Carvalho, o líder do PSD, Marques Mendes, não recusou um convite endereçado pelo Lions Clube da Maia para que num dos tradicionais jantares mensais, endereçasse algumas palavras evocativas da memória do antigo Presidente da Câmara Municipal da Maia. A iniciativa, que decorreu na Estalagem da Via Norte, teve como inspiração a passagem do terceiro aniversário do falecimento daquele a que alguns chamaram de segundo Lidador. E as primeiras palavras de Marques Mendes, à Comunicação Social local, foram bem elogiosas; «Eu tinha uma relação de amizade forte e antiga com o professor Vieira de Carvalho. Ele conhecia-me desde miúdo. Foi uma relação cimentada ao longo dos anos. Mas a homenagem que faço ao professor Vieira de Carvalho não é por uma questão de amizade, acho que é por uma razão de justiça. Penso que ele tinha algumas características singulares. Do ponto de vista pessoal era aquilo a que eu chamaria um humanista militante. Era-o nas ideias e nas atitudes. Fazia amigos com uma facilidade muito grande. Cultivava a relação humana». No que diz respeito à identidade política, Marques Mendes lembra «um autarca com sentido estratégico. A Maia é o grande exemplo disso. À partida tinha todas as condições para ser um Concelho dormitório, um subúrbio do Porto. Todavia ele fez da Maia uma nova centralidade, um Concelho com identidade própria». O recém eleito presidente do PSD considerou, também, que a mudança de partido por que optou Vieira de Carvalho só prova as fortes convicções que tinha; «Foi um pouco criticado, mas eu sempre achei que ele mudou de partido para não ter que mudar de convicções. Não cedia ao populismo e quando o seu anterior partido enveredou por uma via dessa natureza, ele, para não ter que mudar de convicções, mudou de partido. Alguns não entenderam, mas quem o conhecesse bem, sabia que ele fez isso por rectidão».
Marques Mendes aceitou convite do Lions Clube da Maia
Lions vigiam floresta A campanha do Lions Nacional “Eu sou vigilante de floresta”, desenvolveu-se este ano na Vila de Rei, terra muito martirizada pelos incêndios. O Lions Clube da Maia voltou a participar, tendo estendido o convite a crianças de algumas escolas do Concelho (foram cerca de 70), professores e auxiliares de educação. A Câmara Municipal da Maia colaborou, disponibilizando dois autocarros para a O líder da oposição no país, assinalou, ainda, uma característica do antigo autarca da Maia, que entende como singular; «sendo uma figura de projecção política nacional, todavia a sua grande marca foi ser autarca na Maia. Isto também é uma forma de bairrismo saudável, que não diminui nenhum político, pelo contrário enobrece».
deslocação. O dia foi produtivo em termos de convívio, boa disposição e sensibilização quanto às questões ambientais. Houve desfile pelas artérias da vila, aviões rasantes, pára-quedistas, cães admoestados e actuação de uma tuna. No sorteio de bicicletas, duas jovens maiatas foram contempladas; uma da Escola de Cavadas, a outra da Escola de Currais - Vermoim.
«O PSD está preparado para ser o partido locomotiva da Maia» Marques Mendes, apesar de tudo, não vê no falecimento de Vieira de Carvalho razões para pensar que as próximas “Autárquicas” estão perdidas; «O professor Viera de Carvalho
era uma personalidade forte e, portanto, a Maia ficou mais pobre. Mas a melhor forma de lhe prestar homenagem não é tanto olhar para trás, é mais olhar para o futuro, seguindo o exemplo dele. Não tenho dúvidas que o PSD, ao longo destes anos ultrapassou a situação, mobilizou-se, afirmou-se e está aí novamente preparado para ser o partido locomotiva da Maia, como o tem vindo a ser ao longo dos anos. Acredito que vamos voltar a vencer as eleições Autárquicas no Concelho da Maia». Relativamente ao candidato e actual Presidente da Câmara, Bragança Fernandes, o sentimento é de confiança; «Merece-me toda a confiança e já lhe expressei isso por mais que uma vez. Tem sido um óptimo continuador, com o seu estilo mas mantendo uma postura humana muito parecida com a do professor Vieira de Carvalho. É uma pessoa afável, simples, que as pessoas gostam». A concluir, Marques Mendes admitiu como muito provável a sua vinda à Maia durante a campanha para as “Autárquicas”. O Presidente do Lions Clube da Maia, Antero Torres, que cumpriu com as formalidades da colectividade, referiu que se tratou de um jantar como os outros, realizados todos os meses há já 33 anos, onde se fala das mais diversas situações e personalidades. Este, contudo, teve a peculiaridade de ser próximo da data em que se assinalava mais um ano do falecimento de Vieira de Carvalho. «Julgámos que seria uma altura oportuna para o relembrar. Não tem cariz de homenagem, é mais uma evocação da sua memória. Pertenci à Câmara na década de 90 e convivi bastante com Vieira de Carvalho, que também foi Lion». Perante o desafio de lembrar Vieira de Carvalho, Antero Torres caracterizou-o como «um sonhador que conseguiu concretizar a maior parte dos sonhos». Destacou-o, ainda, como um grande empreendedor; «Chegoume a dizer um dia que se não avançasse com obras que à partida não contavam com apoio económico, provavelmente não tinha feito nada». No jantar compareceram alguns dos membros do PSD Maia, entre eles o edil Bragança Fernandes e o Vice-presidente do município, Silva Tiago.
Estudantes querem ter mais influência junto da autarquia JSD e Associação de Estudantes do ISMAI realizaram reunião de trabalho. Preocupações são comuns e passam pela emprego e pela aproximação à comunidade civil. ANTÓNIO MANUEL MARQUES
Inserida no ciclo de visitas e reuniões que a JSD tem levado a cabo no sentido de construir o seu projecto autárquico, realizou-se um encontro de trabalho entre esta força política e a Associação de Estudantes do Instituto Superior da Maia (AEISMAI). Da reunião ressaltaram algumas preocupações que são comuns, como a criação de emprego para os jovens que deixam o Ensino Superior e a aproximação entre o meio estudantil e a comunidade civil. Quanto ao primeiro problema, a JSD avançou com uma proposta, «queremos a realização de feiras de emprego com alguma periodicidade em que o município deve tentar junto dos empregadores que estes apresentem as suas vagas, para que os jovens do Ismai e da Maia possam concorrer», referiu Hernâni Ribeiro, Presidente da JSD Maia. Por seu lado, a AEISMAI está a trabalhar no sentido de aproximar comunidade civil e estudantes. Para isso, está a elaborar a Milha Urbana Castêlo da Maia/ISMAI numa organização dos alunos de Gestão de Desporto. A JSD continuará o seu périplo pelas
freguesias maiatas este fim de semana, com S. Pedro Fins e Nogueira a serem as contempladas. Para breve, a Juventude Social Democrata irá agendar reuniões com mais Associações de Estudantes, desta vez do Ensino Secundário, e com dirigentes de colectividades do Concelho.
«Poderíamos ser mais apoiados pela autarquia» O Presidente da Associação de Estudantes do Ismai, Miguel Pedroto, elege como principal prioridade para os estudantes, «ganhar mais importância. Estamos a trabalhar para que mais estudantes votem na Maia para que tenhamos mais peso face à autarquia, em prol dos estudantes, da autarquia e da Maia». Segundo este responsável, os estudantes do Ismai poderiam ser mais ajudado pela Câmara Municipal, «poderíamos ser mais apoiados pela autarquia. Temos de ser levados a sério porque somos pessoas sérias. Temos feito coisas muito importantes, mas também tenho consciência que as fazemos há pouco tempo».
«A Juventude não se identifica com esta maneira de estar da JS» Hernâni Ribeiro aproveitou esta ocasião para responder às críticas da JS veiculadas no MaiaHoje, numa resposta que garantiu ser a última. Recorde-se que a JS acusa a JSD de falta de rigor e de conhecimento nas visitas que executa às freguesias. Face a estas afirmações, Hernâni Ribeiro deixou conselhos à Juventude Socialista, «em vez de estar à espera da saída dos jornais para ver as nossas visitas e as nossas conclusões, que eles próprios vão ao terreno, que falem com as pessoas e que tenham conhecimento de facto do que acontece. A Juventude não se identifica com esta maneira de estar da JS. Identifica-se com
quem tenta fazer as coisas de forma honesta e responsável, que tem sido o timbre da JSD» Este responsável deixou também um desafio aos responsáveis socialistas, «desafio o Presidente da JS a encontrar uma actividade que tivesse feito e que a JSD não tivesse feito anteriormente, à excepção destes comunicados que não são a maneira de trabalhar da JSD. Compreendo que a JS precise destas guerras com a JSD para aparecer, para ganhar o seu espaço político. Compreendo que a JS precise, mas a JSD não precisa. Já conquistamos o nosso espaço político e o respeito das pessoas».
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Candidatura do PS ganha contornos Jorge Catarino e um grafismo predominantemente azul são os pontos visualmente dominantes ARTUR BACELAR
Num comunicado enviado às redacções, a Candidatura de Jorge Catarino à Câmara Municipal da Maia, divulgou já algumas acções de que irão ser tomadas. Assim a candidatura será apresentada oficialmente no próximo dia 17 de Junho no Hotel Egatur e contará com a presença de Isabel Pires de Lima, actual Ministra da Cultura; Francisco Assis, presidente da Federação Distrital e candidato à Câmara do Porto, entre outras personalidades. A Sede também já tem localização escolhida, na Rua Afonso Henriques, freguesia de Águas Santas. Uma outra morada, desta vez virtual, estará localizada em www.jorgecatarino.net e nela constarão as linhas de força do programa, permitindo interactividade com a possibilidade do envio de «ideias e “achegas” para a sua implementação».
A criação gráfica estará também concluída, sendo predominante a coloração azul forte e a titular “Uma nova esperança”. O logo, especialmente criado utiliza a coloração vermelha para escrever a letra “M” de Maia e o amarelo para criar ícones que simbolizam as freguesias. Os primeiros “outdoors” que contarão também com uma imagem do Líder, serão visíveis já no final do mês. O comunicado afirma ainda que existem
várias Comissões Temáticas que estão a trabalhar em áreas como Desporto, Segurança, Juventude, Apoio Social, Urbanismo e Ambiente. A terminar é referido um “Call-Center” que servirá para possibilitar «uma intercomunicação entre os cidadãos da Maia que poderão dar sugestões e ideias para o programa de candidatura, assim como serem informados das diversas actividades da campanha».
pessoal, tem feito assessoria de imprensa e imagem, sendo que no caso concreto, segundo nos disse, fá-lo «por conhecer muito bem e acreditar que a generosidade e honestidade do Dr. Jorge Catarino faz dele o homem indicado para conduzir os destinos da Maia». O seu gosto pelo jornalismo e quotidiano nacional levaram-no já a aceitar o conseguido desafio de escrever crónicas de opinião para jornais como “Público” e “Comércio do Porto”.
CDU leva campanha eleitoral junto da população CDU Maia realizou campanha de sensibilização em Gueifães. Foi distribuída propaganda eleitoral de cariz nacional, sendo que um documento especificamente maiata estará pronto nos próximos dias. ANTÓNIO MANUEL MARQUES
Na manhã de Sábado, o centro da freguesia de Gueifães serviu de palco para mais uma acção de sensibilização da CDU Maia, com a distribuição de propaganda eleitoral e privilegiando o contacto pessoal com a população. Esta iniciativa contou com a presença dos cabeças de lista à Câmara Municipal, Pedro Ferreira, e à Assembleia Municipal, Júlio Gomes. O candidato à autarquia maiata explicou a motivação desta acção, «esta distribuição prende-se com os documentos nacionais que têm sido lançados. Os documentos são relativos à campanha eleitoral e aproveitamos esta altura para virmos para a rua, falando com as pessoas e dando-nos a conhecer. Brevemente sairá um documento da candidatura da Maia onde serão abordadas questões específicas. Deverá ser apresentado nas próximas duas semanas». Pedro Ferreira desvendou ao MaiaHoje que o documento abordará mais aprofundadamente as questões que foram levantadas no início da campanha, como PUB
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Bispo do Porto reconhecido na Maia com medalha de honra D. Armindo Lopes Coelho estará na Maia para inaugurar as obras de restauro do adro da Igreja de Silva Escura. Antes será homenageado pela Câmara Municipal. JOSÉ MATOS
Quem é o Assessor de Imprensa de Jorge Catarino? O novo assessor de imprensa do Partido Socialista na Maia é Joaquim Jorge Costa Ribeiro. Conhecedor da Maia e dos maiatos, nasceu e viveu junto à Ponte da Pedra em S. Mamede de Infesta, onde passou grande parte da sua vida até à idade adulta. Muito conhecido e popular, a que não era alheio o facto dos pais serem dos mais conceituados comerciantes daquela localidade vizinha, tem actualmente cerca de 50 anos. Professor do ensino secundário, por gosto
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apresentará todos os candidatos às Juntas de Freguesia. Entretanto, o mesmo responsável prometeu mais acções deste género para
Amanhã, o Bispo do Porto passará pela Maia. D. Armindo Lopes Coelho, que cumpre 25 anos de bispado, tem em agenda uma visita à freguesia de Silva Escura, onde presidirá à cerimónia oficial de inauguração das obras de melhoria e ampliação que foram realizadas no adro da Igreja Paroquial e à casa do Padre Luís Queirós (projecto da arquitecta Susana Carvalho, no valor total de 123.522,00 euros). Antes, contudo, a convite da Câmara Municipal da Maia, o Bispo passará pelo salão nobre municipal, onde lhe será ofertada, em jeito de homenagem, a medalha de honra do Concelho. De acordo com o edil Bragança Fernandes, este reconhecimento é mais do que justo; «O Bispo do Porto esteve na Maia durante as Festas do Concelho, no ano passado, coroando Nª Sr.ª do Bom Despacho como Padroeira do Concelho. Sempre fez muito pela Maia e pelo Distrito. Com efeito, aproveitamos para o homenagear. Achamos que era a altura ideal para o fazer visto que está a celebrar 25 anos como Bispo». Lembre-se que a proposta foi aprovada por unanimidade em reunião do Executivo da Câmara Municipal e subscrita por todos os vereadores, conforme frisou Bragança Fernandes.
breve, «serão iniciativas para se repetir privilegiando estes moldes de contacto pessoal, até porque não temos grandes meios para fazer de outra maneira».
D. Armindo Lopes Coelho durante as Festas de Nª Srª. Bom Despacho
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Conhecer a Distrofia Muscular de Duchenne A Distrofia Muscular tipo Duchenne (DMD) é uma doença neuromuscular progressiva, manifestando-se normalmente a partir dos 4 anos de idade com sintomas de fraqueza muscular proximal. Esta doença resulta de uma alteração no gene que codifica a proteína Distrofina. O gene da distrofina está localizado no braço curto de cromossoma X, transmitida pela mãe em 60 a 70 por cento dos casos, sendo as demais mutações originadas no desenvolvimento do feto.
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Esta cadeira apresenta como principais características o chassi, assento Corpus (indicado para um posicionamento correcto do esqueleto), almofadas para assento e encosto, apoio de braços e apoio de pernas, kit de luzes, elevador eléctrico do assento (20 cm), inclinação eléctrica do assento (30º), encosto eléctrico (90º - 165º), apoio de perna eléctrico (90º - 165º), suporte para cabeça, suporte para coxas, cinto de segurança e mesa removível. O valor da cadeira está fixado em 17.362,45 euros, das mais baratas no modelo em causa.
GRANDE MAIA mh Unir esforços para que o jovem Hugo tenha uma cadeira de rodas... e uma vida melhor Com uma grave distrofia muscular, este maiato, perto de completar 15 anos, necessita urgentemente de uma cadeira de rodas eléctrica de um modelo específico. Os pais, sem possibilidades económicas, desesperam por qualquer ajuda monetária... para que o Hugo Daniel continue a sorrir. JOSÉ MATOS
Hugo Daniel Ferreira Pinto é um jovem residente em Santa Maria de Avioso (Lugar da Cidadelha, Rua do Pisco), que sofre de uma grave perturbação muscular, uma distrofia cientificamente conhecida como de Miopatia de Duchenne. Os pais, Manuel Magalhães Pinto e Maria Manuela Ferreira, perante o piorar crescente do estado de saúde do Hugo, tudo fazem para que a debilidade seja minorada. Neste momento, além de estar praticamente imobilizado de movimentos, numa postura arqueada, este jovem encontra-se com problemas respiratórios, o pulmão esquerdo está a ficar atrofiado e foi-lhe diagnosticada uma insuficiência cardíaca. Uma cadeira de rodas eléctrica, Modelo Chairman 2K Corpus, resolveria em muito os problemas do Hugo. Facilitaria o endireitar da coluna e o apoiar dos braços e pernas, que desfalecem derivado à atrofia (ver caixa). Todavia, apesar de ser dos modelos mais baratos do seu género custa 17.362,45 euros,
algo de incomportável para os bolsos desta família. Maria Ferreira nota que já contactou diversas instituições do concelho e de zonas limítrofes para conseguir alguma ajuda e que as respostas não têm vindo como seria desejável; «Já contactei instituições como a Câmara Municipal da Maia, Junta de Freguesia de Santa Maria de Avioso, empresas locais... e nada. No último mês de Março, o Hospital de S. João informou-nos que não havia qualquer possibilidade de comparticipar». Uma luta que tem percorrido toda a vida difícil do Hugo e que, inclusive, implicou que a mãe tivesse deixado de trabalhar para se dedicar a 100 por cento ao filho.
«Vê-lo à minha volta bem disposto é que faz com que não caia numa cama a chorar» Segundo recorda Maria Ferreira, o Hugo já nasceu com problemas de saúde; «Aos 15 dias
Como ajudar o Hugo? Foi aberta uma conta na Caixa Geral de Depósitos, Balcão Castêlo da Maia, especificamente para quem quiser depositar uma verba de ajuda ao caso do Hugo. O Número de Identificação Bancária é o seguinte: 003502240000384150037.
Os pais querem que o Hugo continue a sorrir
começaram-lhe a aparecer infecções e problemas ao nível respiratório. Nunca gatinhou, começando a andar aos 15 meses. Contudo as quedas eram frequentes, tendo feito alguns traumatismos cranianos. Os médicos na altura diziam-me, apenas, que seriam problemas de falta de cálcio e vitaminas». A distrofia muscular de Duchenne foi detectada ao ano e meio de idade. «A partir daí foi um desespero», lamenta a mãe. Um dos grandes obstáculos imediatos, além das debilidades físicas do jovem, foi compreender a doença. «No Instituto de Genética disseramme, apenas, que se tivesse outro filho haveria 50 por cento de possibilidades de contrair a doença». Só no Hospital da Prelada, no contacto com casos semelhantes, é que Maria Ferreira ficou a conhecer um pouco mais da doença do filho. O jovem começou a justificar uma atenção constante, até porque os problemas foram evoluindo. Em 1999 deixou, mesmo, de andar; «Um dia deitou-se e, ao acordar, caiu. Nunca mais andou». Com uma cadeira emprestada pelo Hospital, o Hugo precisa, então, de uma cadeira eléctrica mais equipada e moderna. Os pais lutam com as armas que têm nas mãos, que não são muitas, visto que neste momento apenas entra em casa o salário do pai, que exerce a profissão de bombeiro. Os progenitores não desistem, acreditando em dias melhores e agarrados a um amor forte que se tem a um filho; «Vê-lo à minha volta bem disposto é que faz com que não caia numa cama a chorar. Só quem tem um filho com graves problemas de saúde é que compreende o que eu e o meu marido sentimos. Neste momento só ele me interessa na vida. Tínhamos uma criança que brincava, que andava e agora...», manifestou uma emocionada mãe. O pai deixou um desabafo em forma de apelo; «Em 28 anos de bombeiro ajudei muita gente, espero que agora façam algo por mim». Segundo tivemos conhecimento já há uma empresa que se mostrou disponível para comparticipar no valor total da cadeira.
“Herdade da Fé” foi um “novo laço” para as crianças do Bairro da Brisa No Dia Mundial da Criança, a associação de solidariedade prendou cerca de 50 crianças com um bolo e material didáctico. Há vontade em se estender o Projecto “Novos Laços” a todo o Concelho. ANTÓNIO MANUEL MARQUES
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JOSÉ MATOS
Sediado no Bairro da Brisa, o projecto autárquico “Novos Laços” continua a procurar dar um outro sentido à vida de muitos moradores locais, sobretudo à dos mais novos. Aproveitando a passagem de mais um Dia Mundial da Criança, solicitou à “Herdade da Fé - Associação de Solidariedade” para que de alguma forma colaborasse em assinalar condignamente a data. A resposta foi positiva, com a “Herdade” a entregar um bolo de razoáveis dimensões e vários kits contendo material didáctico e de lazer. A sede foi embelezada com balões e nem faltou a música. Adelino Fonseca, Vice-presidente da associação, referiu, à porta do “Novos Laços”, que a doação já estava prevista há uns tempos, contudo achou-se por bem aproveitar o Dia Mundial da
Criança. «Tentamos também trazer uma animadora, mas tornou-se difícil por ser dia da semana», disse. Este responsável não deixou de reparar no ar feliz das crianças; «estão com uma grande expectativa para aquilo que vão encontrar dentro das caixas, é agradável ver a reacção delas», notou.
Estender “novos laços” por toda a Maia Teresa Frade, a coordenadora do Projecto “Novos Laços”, informou que os contactos com a “Herdade da Fé” não são de agora; «Informámo-nos acerca da associação e achámos que seria interessante desenvolver parcerias. Já nos comparticiparam, por exemplo, com medicamentos». Para esta técnica social, a política ideal passa por arranjar novos parceiros, novos colaboradores; «Estamos sempre
abertos a novos laços, queremos que o laço seja cada vez maior e mais forte». Neste contexto, estão já programadas novas ligações; «Estão a avançar mais parcerias, por exemplo com as câmaras municipais de Gondomar e Viana do Castelo, as quais tiveram conhecimento do nosso trabalho, tendo-se mostrado disponíveis para colaborar». Teresa Frade entende, aliás, que o projecto teria mais eficácia com a extensão a todas as freguesias do Concelho da Maia, em género de filiais. Segundo deu a conhecer ao MaiaHoje, tem-se deparado com pedidos de outros locais do Concelho, ficando num impasse; «Não consigo dizer que não, mas também entendo que não devo ferir susceptibilidades de outras entidades de solidariedade social». Por isso o desejo de num futuro conseguir ter “Novos Laços” em cada freguesia maiata.
“Herdade da Fé” subsidia vacinas Para além do restante apoio a crianças de tenra idade, nomeadamente ao nível alimentar, a Herdade da Fé empreendeu recentemente a sua acção na área do apoio à vacinação. Assim, esta entidade patrocinou uma vacina contra a meningite ministrada a uma bebé de uma família carenciada que habita no Bairro do Sobreiro. Este agregado vive algumas dificuldades com apenas um dos quatro membros a auferir de um vencimento, para além de uma pensão de viuvez. Segundo a mãe, Luísa da Conceição, este é um apoio importante, «se não fosse assim ia ser muito complicado, já que a minha mãe é viúva». A Herdade da Fé vai ainda prestar ajuda a uma criança de Águas Santas que sofre de asma e que vai receber uma vacina importada de Espanha.
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Desporto maiato homenageado Castêlo da Maia Ginásio Clube foi alvo da homenagem anual prestada pelo Rotary maiato. Esta entidade pretendendo distinguir o Desporto na Maia, escolheu o CMGC como seu símbolo. ANTÓNIO MANUEL MARQUES
O Rotary Club da Maia levou a efeito a já habitual homenagem no sentido de distinguir uma pessoa ou entidade que se tenha elevado no panorama maiato. Na edição deste ano, os rotários pretenderam homenagear o Desporto maiato, seleccio-
nando o Castêlo da Maia Ginásio Clube como símbolo, «o Rotary dedica-se à Paz e à Compreensão entre os homens e estamos convencidos que fazemos isso pela Cultura. Para nós, o Desporto também é Cultura. É uma maneira de levar o Homem a patamares mais elevados. Verificamos com satisfação que a Maia tem um lugar muito
honroso em termos de Desporto e então, este ano homenageamos o Castêlo da Maia Ginásio Clube que tem um palmarés extraordinário», referiu ao MaiaHoje, Luís Velosa, Presidente do Rotary Club da Maia. Esta homenagem pretende ainda apontar um exemplo a seguir para as futuras gerações, «ao homenagear este clube
estamos a homenagear o Desporto na Maia e principalmente, dando o exemplo à Juventude que o Desporto é importante na formação das pessoas». Assim, para além dos corpos sociais, estiveram presentes neste jantar algumas dezenas de jovens do clube maiato, num convite que muito agradou a Manuel Azenha, Presidente do Castêlo da Maia Ginásio Clube, «considero que os jovens são a vida real e os corpos gerentes são a vida política. É mais um gesto surpreendente do Rotary Club. Sugeriram que trouxéssemos dois elementos de cada escalão de formação para que a semente germine no amanhã desportivo e da sociedade. É louvável e cumprimos agradavelmente esta sugestão». Este responsável afirmou-se ainda sensibilizado com a distinção promovida pelo Rotary maiato, «representa imenso porque me parece que para além do gesto em si, é quase um quebrar de um tabu. Não é comum a sociedade civil homenagear algo que essa sociedade constrói. Ainda para mais, uma organização fechada como é o Rotary, abrindo-se a um acto de homenagem e sobretudo ao Desporto. Normalmente este tipo de actividades estão viradas para a solidariedade e que funciona anonimamente. Abrir esse gesto a uma entidade desportiva e que ainda por cima sai fora dos cânones do futebol, não é normal».
Meio milhar de livros segue para escolas cabo-verdianas Outras actividades estão previstas para breve, nomeadamente um S. João rotário, para além de actividades de índole cultural. Mas a merecer destaque está a campanha de recolha de livros para escolas caboverdianas. Tendo como objectivo equipar a biblioteca de uma única escola, o meio milhar de livros recolhidos vão ser oferecidos a cinco estabelecimentos escolares. Segundo revelou Luís Velosa, os livros seguirão viagem nos próximos dias.
Medicina oriental ganha mais adeptos O Fórum da Maia foi o local para acolher a terceira edição do Congresso de Medicina Oriental, que pretendeu demonstrar novas técnicas de acupunctura tal como outras terapias orientais. Segundo os responsáveis, a população começa a aderir em maior número. ANTÓNIO MANUEL MARQUES
Promovido pela Associação Toyo Igaku, o Fórum da cidade recebeu o terceiro Congresso de Medicina Oriental, um evento que normalmente é realizado em Lisboa. O objectivo principal foi reunir sócios da Associação organizadora, de forma a transmitir-lhes conhecimentos de novas técnicas de acupunctura, terapia feita com agulhas, e shiatsu, uma forma de massagem
japonesa, bem como demonstrar outras terapias orientais, tal como afirmou ao MaiaHoje, João Félix, da organização, «temos como propósito divulgar as nossas técnicas junto dos alunos e pessoas interessadas em conhecer a medicina japonesa. Os nossos congressos não são tipo palestra para encher tempo. Temos uma parte prática para mostrar como se faz, para as pessoas interessadas em tirar apontamentos».
A vinda à Maia insere-se numa lógica de descentralização, com a adesão ao evento a estar dentro das expectativas dos responsáveis. O Congresso que se estendeu ao longo do dia 29, debruçou-se sobre variadas terapias orientais, nomeadamente, Seitai que significa “endireitar o corpo”, RyoDo-Raku, Shiatsu executado numa cadeira, Shiatsu Zen, Auriculopunctura, ou seja, acupunctura nas orelhas, acupunctura tradicional e Diagnóstico pelo Abdómen. A
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RESTAURANTE
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CHURRASCARIA
“O MANANCIAL” Especialidades: Todo o tipo de Churrasco • Bacalhau à Braga Posta à Mirandeza • Cozido à Portuguesa (SERVIMOS REFEIÇÕES PARA FORA) Casamentos • Baptizados • Comunhões Aniversários • Despedidas de Solteiro, etc.
Import/Export de Parafusos • Porcas Rebites • Grampos • Aço/Inox Buchas Metálicas Discos Abrasivos e Brocas HSS/SDS Material de Protecção (Luvas/Botas)
Rua de Almorode, 191 (junto ao Ecocentro de Nogueira da Maia) Telef. 229 483 663 • Telem. 965 006 143
Rua do Rio, 227/255 • 4475-493 • Nogueira Maia Tel. 229 436 320 • Fax 229 436 329
finalizar o evento decorreu uma demonstração de Shiatsu colectiva, levado a cabo por vários técnicos. A finalizar, e segundo João Félix, a aceitação da medicina oriental por parte da população nacional tem vido a aumentar, com o receio inicial a ser facilmente ultrapassado, «há algum receio, mas depois de experimentarem as pessoas aderem e acham extremamente agradável. Conseguem-se resultados extremamente rápidos».
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Dia dedicado à “Idade Dourada” Autarquia promoveu a realização dos Jogos da Família, iniciativa lúdica que agrega membros de todas as idades mas principalmente da 3ª idade. Este evento, juntamente com o Convívio Lúdico Desportivo Sénior, atraiu centenas de pessoas. ANTÓNIO MANUEL MARQUES
Pela quarta vez, realizou-se mais uma edição dos Jogos de Família, iniciativa que privilegia a população sénior do Concelho. Esta iniciativa, tal como o VIII Convívio Lúdico Desportivo Sénior que teve lugar da parte da tarde, teve como objectivo “apoiar promover as pessoas idosas, para que estas sintam que têm um papel a desempenhar na sociedade a que pertencem, influenciando de forma muito vincada o espaço familiar, a instituição da qual fazem parte e a comunidade onde habitam”. Luís Lima, de 67 anos, afirmou ter gostado bastante desta iniciativa, «isto é bom para a nossa idade, pelo menos para desopilar o fígado. Vim com a minha mulher. Não trouxe o resto da família por falta de transporte. Estou a gostar e então comer de borla vai ser muito melhor». Natural de Águas Santas mas residente em Milheirós, Luís Lima revelou ser um frequentador habitual das actividades da Câmara Municipal, «entro em quase todas as actividades. Só não ando na dança, mas vou à ginástica e também vou para agora para a praia», contou. Este dia dedicado à 3ª Idade começou bem cedo no Pavilhão Municipal da Maia, com uma grande variedade de jogos e actividades que ocuparam idosos e as respectivas famílias que aderiram à festa. Da parte da tarde, as actividades passaram para a Quinta do Vilarinho com a oitava edição do Convívio Lúdico Desportivo Sénior. O Presidente da autarquia, Bragança Fernandes, fez um balanço positivo das duas iniciativas, «decorreram os Jogos em Família. O pavilhão estava cheio e enquanto for presidente da Câmara nunca abandonarei a juventude nem a idade dourada, porque a primeira é o nosso futuro e a segunda já fez muito por todos nós».
GRANDE MAIA
Cruz Vermelha da Maia já está na estrada com apoio domiciliário a idosos Por enquanto apenas atende 12 utentes, abarcando Águas Santas, Nogueira, S. Pedro Fins e Silva Escura. A nova ambulância chegou há um mês e deverá ser baptizada de “Bragança Fernandes”. JOSÉ MATOS
A acção social da Cruz Vermelha Portuguesa - Núcleo da Maia, agora já se estende à componente de apoio domiciliário aos idosos. A instituição candidatou-se ao PAAI (Programa de Apoio Integrado a Idosos) que irá vigorar por dois anos. Nesta primeira fase o núcleo está a servir tão somente 12 utentes, correspondentes às freguesias onde foram detectadas situações de maior carência, mas o objectivo passa por estender a acção a outras áreas; «Está muita gente em lista de espera. Tivemos que fazer uma selecção, pois por enquanto só temos capacidade para 12 pessoas. Águas Santas, Nogueira, S. Pedro Fins e Silva Escura constituem as freguesias abarcadas. O objectivo é conseguir, no futuro, estabelecer protocolos com outras freguesias maiatas», informou
Márcia Rainha, coordenadora do projecto PAAI na Cruz Vermelha da Maia. A valência desenvolvida abarca higiene pessoal, limpezas ao domicílio, tratamento de roupas e actividades sócio-culturais, tudo isto de segunda a sexta-feira. Em termos de recursos humanos, o departamento conta com dois ajudantes familiares, um ajudante de serviços gerais e uma coordenadora. De referir que a carrinha teve a sua primeira saída no início do corrente mês. Por falar em veículos, há mais de três semanas que a Cruz Vermelha da Maia conta com a nova ambulância, equipada com os acessórios e mecanismos necessários para socorrer diferentes situações. Ao que o MaiaHoje apurou, a nova ambulância deverá ser baptizada de “Bragança Fernandes”, em jeito de reconhecimento ao Presidente da Câmara Municipal pelo apoio dado na aquisição da mesma.
Não apareceram muitas crianças
Dia da Criança sem crianças
Ambulância “Bragança Fernandes”
A acção social da Cruz Vermelha da Maia preparou para o Dia Mundial da Criança algumas iniciativas na sua sede. A oferta de um lanche e de prendas a crianças constavam do programa. No exterior colocaram-se alguns equipamentos desportivos emprestados pela Câmara Municipal, como uma tabela de basquetebol, um minitrampolim, arcos bolas e colchões. Os convites foram feitos aos tradicionais utentes dos serviços da instituição e aos agrupamentos escolares. A afluência, no entanto, ficou longe do desejado. De acordo com Amélia Sousa, da direcção, e Helena Oliveira, técnica social, o facto de ser dia de aulas e de existirem outras inaugurações na Maia terá contribuído para a pouca presença de pessoas na sede social. Bragança Fernandes teve uma passagem rápida onde ofertou, simbolicamente, algumas prendas às crianças presentes.
Rastreio ultrapassa a centena e meia de participantes A alegria estava patente em todos os participantes.
“Máscaras” no Maia Welcome Center O centro de Turismo do Concelho maiato por excelência, Maia Welcome Center (MWC), tem patente até ao final do mês, a exposição da artista Rosário Nogueira. Intitulada de “Máscaras”, este conjunto de obras tem por base a poesia retratada pela pintora na tela. Com lugar no Parque Central da Maia, esta exposição poderá ser visionada no MWC de Segunda a Sexta, das 9h00 às 19h00, e aos Sábados e Domingos das 9h30 às 15h30.
SPO promoveu uma campanha de sensibilização à Degenerescência Macular relacionada com a Idade, no MaiaShopping. Evento produziu 163 rastreios, sendo que 14 pessoas foram enviadas para consultas mais aprofundadas. ANTÓNIO MANUEL MARQUES
Numa iniciativa que tem percorrido o país de Norte a Sul, a Sociedade Portuguesa de Oftalmologia (SPO) está a levar a cabo uma campanha de sensibilização para a Degenerescência Macular relacionada com a Idade (DMI). A acção também passou pela Maia, mais precisamente pelo MaiaShopping, onde foram efectuados 163 rastreios, sendo que desses, 14 foram encaminhados para consulta. O oftalmologista Fausto Carvalheira explicou ao MaiaHoje o objectivo da acção, «o que se pretende é detectar alterações na retina que possam indiciar a presença desta doença. Esta é uma patologia que afecta a parte central da retina, que é responsável pela visão de
pormenor. Os sintomas que as pessoas apresentam quando a doença existe, são a diminuição da nitidez da visão ou a distorção dos objectos. Quando existirem queixas deste género devem visitar um oftalmologista». A nível global esta campanha nacional de sensibilização já realizou até ao momento mais de 1200 rastreios, com cerca de uma centena de pessoas a serem encaminhadas para consulta.
Doença ainda pouco conhecida A DMI é um doença oftalmológica que afecta principalmente pessoas acima dos 55 anos e está referida pela Organização Mundial de Saúde como a principal causa de cegueira dos países industrializados
acima daquela idade. Em Portugal, estimase que cerca de 45 mil pessoas correm o risco de cegueira, sendo que 30 mil doentes podem ter resposta terapêutica evitando assim a progressão da mesma. Ainda assim, os contornos desta patologia ainda não são claros, como explicou Fausto Carvalheira, «a doença tem algum fundo de hereditariedade que ainda não se conhece muito bem e poderá ter origem na falta de alguns elementos e vitaminas na alimentação. Sabe-se que há vitaminas benéficas na prevenção desta doença, embora os resultados não sejam muito visíveis. Quando a doença aparece há formas que se conseguem tratar e outras que não. Mas há uma parte significativa de doentes que beneficiaria de um tratamento».
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Escola Secundária da Maia deu “show” no Fórum
“Animaia” levou centenas ao Parque Central
Realizou-se o terceiro Sarau que concluiu mais um ano de estágio de finalistas do FCDEF na escola da Maia. Houve dança, música, malabarismo, poesia e teatro.
O Parque Central da Maia recebeu no passado fim de semana o “Animaia”, iniciativa dedicada aos mais novos, que proporcionou várias actividades e divertimentos ao longo dos dois dias.
TEXTO: JOSÉ MATOS FOTO: ANTÓNIO MANUEL MARQUES
Embora o Sarau tenha como filosofia criar uma interligação entre o estabelecimento educativo e a comunidade maiata, o certo é que o grande auditório do Fórum esteve, na semana passada, praticamente lotado por alunos, professores e funcionários da Escola Secundária da Maia. O momento era dedicado ao espectáculo, um espectáculo multidisciplinar que, pelo terceiro ano (segundo no Fórum), encerra o estágio pedagógico de finalistas do FCDEF (Faculdade de Ciências do Desporto e Educação Física) na escola maiata. Marilita Almeida, Eduarda Ferreira e Nuno Barros foram, este ano lectivo, os professores estagiários que, com a ajuda da coordenadora Palmira Sá, prepararam com os alunos o Sarau 2005. No programa constava uma diversidade de actuações. O coro da escola (composto por professores, alunos e funcionários) abriu a noite. Seguiu-se o ballet da Escola de Dança da Maia (grupo convidado que actuaria em mais duas ocasiões) e a aeróbica do 11º B (classe que se preparou especialmente para o evento). O Sarau teve, também, a presença de um aluno que demonstraria em palco uma boa capacidade no manuseamento da bola de basquetebol (o Mané, mais à frente, mudaria a performance para guitarra). Outro dos convidados externos à Escola
Secundária da Maia foi o grupo da Maiorf que interpretou duas músicas pop. As turmas do 9º B e 9º A (opção dança), também estiveram presentes, com os segundos a representarem “O Bem e o Mal”. Nota para a professora Arnaldina que citou um poema, para o Miguel no piano (antigo aluno do Conservatório) e para os vencedores do concurso de dança Hip Hop da escola. Não esquecer a transmissão do filme “Arte Poética” (trabalho desenvolvido a partir de um livro criado pelos professores da escola no clube de cidadania), e, por fim, a chamada ao palco do Grupo de Expressão Dramática da escola, 12º ano M, que representou a peça “Um azar do caraças - Atribulações do mundo da fantasia”.
O Sarau, que já goza de alguma tradição, começou um pouco mais tarde do que o previsto, durando, aproximadamente, uma hora e meia. Marilita Almeida, professora que terminou o estágio pedagógico na Escola Secundária da Maia, deu o tempo por bem empregue e já pensa no seu futuro profissional; «Este estágio representa o culminar dos quatro anos que desenvolvemos na faculdade. Não sei se se seguirá uma situação de desemprego mas foi bom passar por esta experiência com os alunos, que poderá ser única na vida. Eu não vivi apenas as aulas e os alunos, também desenvolvi uma actividade que me poderá vir a ser útil, até fora de um estabelecimento escolar. Quem sabe o futuro»!
O fórum voltou a ser palco do Sarau da Escola Secundária da Maia
AMM (TEXTO) RAUL SILVA (FOTO)
No âmbito das comemorações do Dia Mundial da Criança e do Dia Mundial do Ambiente, a autarquia maiata levou a cabo o “Animaia”. Dois dias de animação levaram ao Parque Central muitas centenas de crianças acompanhadas dos pais. Bragança Fernandes, Presidente da autarquia, revelou-se satisfeito com a realização do evento, «hoje foi um dia para a Juventude e para a 3ª idade. Tivemos a Animaia no Parque Central com centenas de crianças de todo o Concelho. O tempo ajudou e estavam todos satisfeitos. Quero fazer algo semelhante na inauguração do Parque de Avioso que espero que seja em Junho para levar lá as crianças». As actividades levadas a cabo foram idênticas no Sábado e no Domingo, principiando com a chegada de mascotes em automóvel clássico. Para além de exposições e de distribuição de guloseimas, houve lugar para música ao vivo com as actuações da Juvedance, Juvenews e B´Boys, Avô Cantigas e dos Pequenos Cantores da Maia. Isto entre outras actividades que forma decorrendo em paralelo, como jogos, palhaços, pinturas faciais, entre outros. pub
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Dia Mundial da Criança “Dispersos” pelo festejado em tela Fórum da Maia
MaiaShopping levou a cabo concurso de desenho dedicado aos mais novos, decorrente do Dia Mundial da Criança. Iniciativa contou com a promoção do Departamento de Turismo da Maia, Auto Museu da Maia e Jornal MaiaHoje. AMM (TEXTO) RAUL SILVA (FOTO)
Com o lema “Automóvel, Tela de Sonhos”, o MaiaShopping convidou todos os meninos e meninas a pintarem um automóvel antigo. A iniciativa integrada nas Comemorações do Dia Mundial da Criança, levou àquele centro comercial no passado fim de semana, várias
dezenas de jovens pintores, que desenharam e coloriram a silhueta de um Fiat 500. Paralelamente ao atelier de pintura, esteve em exposição um Fiat 500 real, de forma a inspirar os mais novos. O vencedor, além de levar para casa uma consola de jogos Playstation, vai ver a sua pintura reproduzida num Fiat 500 exposto no Auto Museu da Maia, durante o mês de Julho.
A exposição de Aparício Farinha, pintor maiato, estará patente até à próxima sexta-feira. TEXTO: JOSÉ MATOS FOTO: ANTÓNIO MANUEL MARQUES
O pintor maiato, Aparício Farinha, estreou-se com a sua primeira exposição individual no Fórum da Maia. A preocupação em seleccionar quadros representativos da sua arte, acabou por resultar numa colectânea de 39 pinturas, com temas diferentes, dispares, daí o tema da exposição: “Dispersos”. Paisagens, colagens, os paços do concelho ofertados à Câmara Municipal, paisagens francesas, terras de Portugal e inspiração em Paul Gauguin, como são exemplo os modelos do artista para o seu “Tamatete”, fazem parte da mostra.
Aparício Farinha pinta sobretudo a óleo, embora tenha alguns, poucos, trabalhos em acrílico. «Sou amador, mas sempre gostei de arte. Agora que estou reformado dedico-me a tempo inteiro à pintura. Vou transmitindo para a tela as minhas vibrações, a minha sensibilidade, a minha loucura», expressou o artista no dia da inauguração. O empurrão para o desafio de uma exposição individual veio do seu mestre, Alberto Péssimo, a quem agradeceu. Com 59 anos de idade, Aparício Farinha reside em Nogueira, tendo nascido na Freguesia de Vila Nova da Telha. Já passou por algumas exposições colectivas, a última em Fevereiro, na Casa dos Açores (Porto).
Edil e artista encontram-se na inauguração pub
Maia
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Este suplemento faz parte integrante da edição n.º 131 do Jornal Maia Hoje e não pode ser vendido separadamente
Mensagem Mensagem Este suplemento “Terra de Cultura”, já na segunda série, irá ao longo do ano provar a excelência das nossas raízes e tradições, motivo aliás, de muito orgulho da Câmara Municipal a que tenho a honra de presidir. Nós, maiatos, sabemos bem quem somos, o que queremos e para onde vamos. Temos sempre presente o orgulho de dizer que aqui nascemos ou aqui vivemos. Actualmente a Maia, a nível de equipamentos, formação cultural e até espectáculos, oferece, muitas vezes em exclusivo nacional, o que de melhor há e se faz em Portugal. Na Maia, também a Cultura está na vanguarda do País. António Bragança Fernandes Presidente da Câmara Municipal da Maia
Oficina de Teatro da Maia
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terra de cultura
«O Teatro é a manifestação de Arte mais humana que existe» António Manuel Marques
Maia Terra de Cultura - Como surgiu este projecto? José Leitão - Em 1994, foi organizado o primeiro Festival Internacional de Teatro Cómico e uma das ideias que tivemos foi que, na abertura do Festival faríamos alguma coisa relacionada com a comunidade maiata. O Art’ Imagem tinha na altura
Surgida oficialmente em 1997, a Oficina de Teatro da Maia movimenta todos os anos dezenas e dezenas de jovens, tendo já ultrapassado o milhar de participantes desde o seu início. Da responsabilidade do Pelouro da Cultura da Câmara Municipal da Maia e organizada pela Companhia de Teatro Art’ Imagem, esta iniciativa pretende acima de tudo sensibilizar para as artes de palco, não deixando de despertar a “veia teatral” em muitos que por lá passam, contou ao jornalista, José Leitão, Director do Art’ Imagem.
um espectáculo que englobava vários figurantes e que normalmente era realizado em diversas terras, antecedido de uma oficina de trabalho em que eram integrados habitantes do lugar. Como tínhamos esse espectáculo propusemo-nos fazer isso, e então, uns dias antes do Festival fizemos uma oficina de teatro onde se inscreveram muitos jovens. Durante os três primeiros festivais fizemos esta pequena experiência no mês de Setembro e inscrevia-se sempre muita gente. Com a entrada do actual Vereador da Cultura, Dr. Mário Nuno Neves, pensamos que deveríamos transformar esta coisa muito seccionada, em algo mais uniforme e que deveria decorrer durante todo ano. Então, em 1997, foi formalmente organizada a Oficina de Teatro da Maia num protocolo entre a Câmara Municipal da Maia e o Teatro Art’ Imagem. A partir dessa altura, em Setembro abrem-se as inscrições e os jovens e menos jovens fazem um primeira aproximação à Oficina, com o espectáculo de abertura do Festival.
Depois ao longo do ano, a Oficina decorre com aulas às Segundas e Quintas. Entre 1997 e 2005 mais de um milhar de pessoas passaram pelas Oficinas de Teatro da Maia, nomeadamente alguns profissionais conceituados das artes do espectáculo que já estiveram aqui a orientar disciplinas teatrais aos jovens da Maia. A partir do ano 2000, começamos a ter mais do que uma turma de trabalho, o que não estava incluído no protocolo, porque começamos a ter muita afluência.
«Tem por fim ensinar alguma coisa das artes do palco, tanto em termos técnicos como programáticos, tornar as pessoas melhores espectadores e dar-lhes alguma capacidade para determinar se o que escolhem aos 14 ou 15 anos como actividade lúdica, pode ser um caminho para o futuro»
MTC - Quais foram os principais objectivos que estiveram por trás do projecto? JL - A Oficina não tem na sua génese o objectivo de dotar as pessoas que participam de capacidade para serem actores ou encenadores. Tem por fim ensinar alguma coisa das artes do palco, tanto em termos técnicos como programáticos, tornar as pessoas melhores espectadores e dar-lhes alguma capacidade para determinar se o que escolhem aos 14 ou 15 anos como actividade lúdica pode ser um caminho para o futuro, ou profissional ou como hobbie de toda a vida. A estrutura da Oficina não comporta a formação de actores. Mas há muitos actores profissionais que passaram pela Oficina de Teatro. Se de facto, as pessoas querem
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terra de cultura II série • n.º 1 Quinzenal• Junho 2005
maiahoje jornal regional de grande informação
ficha técnica Propriedade Câmara M unicipal d a M aia
Editor MaiaPress • J ornal M aiaHoje
Design g ráfico e P aginação Bruno F erreira d a S ilva • M illenniumPress
Direcção Pelouro d a C ultura
Impressão Diário d o M inho
Tiragem 3.000 e xemplares
Director E xecutivo Mário N uno N eves
Redacção Pelouro d a C ultura d a C . M . M aia
Fotografia Arquivo J ornal M aiaHoje
fazer teatro devem-se inscrever em escolas profissionais, quer técnicas quer de ensino superior. Uma das formadoras que participa no nosso espectáculo “Histórias Mínimas” frequentou a Oficina durante quatro anos, o que é bonito. Nestes anos todos, à sombra do Festival da Maia, criaram-se um conjunto de sinergias para que o Teatro seja uma forma que a Juventude da Maia tem para ocupar os seus tempos livres. Temos duas turmas, uma para a sensibilização e outra para pessoas que já frequentaram o curso e que vão preparando espectáculos de rua ou de sala, estando disponíveis para fazer um trabalho mais elaborado. É evidente que a certa altura, a Oficina deixa de ter capacidade para responder a estas pessoas. Enquanto tivermos possibilidades mantemos o apoio a estas pessoas para além da sensibilização primária.
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MTC - Quem estiver interessado em participar na Oficina de Teatro como o deve fazer e quando? JL - Setembro é a melhor altura para se inscreverem. Basta deixar o seu nome no Fórum da Maia ou então, telefonar para o Art’Imagem e inscreverem-se. Normalmente, começamos na primeira Segunda de Setembro, mas até Janeiro é possível entrar, bastando aparecer numa das aulas da Oficina para se inscreverem. É evidente que se uma pessoa aparece em Fevereiro quando já está a decorrer um exercício final, já não é possível a pessoa entrar. «o Teatro ao contrário de muitas artes não é uma manifestação individual... é colectiva. A soma das vontades de muita gente é que faz com que o Teatro aconteça»
MTC - Como funciona a Oficina de Teatro? JL - Com o patrocínio da Câmara Municipal, o Teatro Art’ Imagem elabora o programa anual e contrata os técnicos de teatro, actores, coreógrafos, entre outros, alguns da própria companhia e outros de fora porque também queremos possibilitar formas de trabalhar diferentes, especialmente para aqueles que são repetentes. Outra coisa interessante, é que a Oficina tenta possibilitar aos alunos ver também o Teatro que se faz no Porto. Regularmente, os formandos vão ver os espectáculos de companhias do Porto, nomeadamente do Teatro Nacional de S. João, que nos oferece bilhetes. Além disso, na maior parte do espectáculos, quer os figurinos, quer os cartazes, enfim, tudo o que suporta a realização do espectáculo, é elaborado com os formandos. Isso acaba por criar um espírito de grupo, que é muito importante na passagem pela Oficina porque o Teatro ao contrário de muitas artes, não é uma manifestação individual... é colectiva. A soma das vontades de muita gente é que faz com que o Teatro aconteça. A passagem pela Oficina é bastante marcante. Há quem diga até que o Teatro pode prejudicar o andamento escolar. Penso que não, porque estar num grupo de Teatro implica leituras variadas, regras, capacidade de memória e ajuda-nos a ser aquilo que não podemos ser na vida real. É um momento de extravasamento das nossas emoções e sentimentos. Os formadores não são pessoas que vão só ensinar Teatro, também ensinam formas de estar em grupo. Penso que é para os jovens uma boa escola de estar em sociedade pelo único caminho que pode redimir o Homem, que é pela Cultura. MTC - Quantas pessoas passam pela Oficina de Teatro anualmente e de onde vêm? JL - A maior parte são estudantes com a faixa etária mais importante entre os 16 e 18 anos. Mas temos sempre gente mais velha. A maioria são mulheres e até acontece muito as mulheres serem solicitadas para fazer papéis masculinos em alguns espectáculos. Penso que tem a ver com o posicionamento da mulher na nossa sociedade. Uma jovem de 14 anos tem mais dificuldade para sair à noite que um jovem, por isso, a forma que pode encontrar é dizendo aos pais que vai para o Teatro. O Homem procura mais o Desporto e a virilidade, passo o chavão. O curso é livre, com duas horas por semana. O grupo inicial é sempre bastante grande, mas vai-se compondo conforme o trabalho vai decorrendo. Quem não tem regularidade no seu trabalho acaba por desistir. Por ano, passam pela Oficina cerca de cem pessoas porque normalmente a primeira sessão que fazemos antecede o Festival de Teatro Cómico da Maia. Durante o ano vão desistindo algumas e chegamos ao final do ano com 30 ou 40 pessoas. Além disso, acompanhamos o ano lectivo e portanto há picos como na altura dos exames escolares.
«O Teatro acaba por ser a manifestação de Arte mais humana que existe porque não necessita de intermediários técnicos. Basta o próprio Homem com o seu corpo e alma para que se substancie»
MTC - Qual é o balanço que faz da Oficina de Teatro? JL - O Festival de Teatro Cómico é o ponto alto. É muito importante até para a afirmação da Maia como capital do Teatro Cómico. Há cidades que são conhecidas apenas pelas manifestações culturais, portanto a Maia tem um Festival que também a define. A Oficina é aquilo que vai formando vontades e vai transformando pessoas que eram meros espectadores em espectadores interessados. Já não podemos trazer à Maia qualquer espectáculo a qualquer preço porque as pessoas à medida que vão conhecendo, vão sendo mais exigentes, portanto é uma massa crítica que se vai formando. Quando se fala de Teatro não se fala exclusivamente de Teatro. Um actor quando lê um texto tem que fazer ligações, tem de contextualizar em termos históricos e sociais. Quem está no Teatro interessa-se por ler livros, jornais, interessa-se por outras artes. O Teatro acaba por ser a manifestação de Arte mais humana que existe porque não necessita de intermediários técnicos. Basta o próprio Homem com o seu corpo e alma para que se substancie. MTC - Quais são os grandes desafios que se colocam para o futuro? JL - Os grandes desafios que se colocam para o futuro em termos de Oficina é precisamente dar resposta às pessoas que passam a primeira fase e depois querem continuar a fazer Teatro. Não sei se a Oficina pode corresponder a esse tipo de situações. Isso obrigaria a Oficina a transformar-se em algo mais formal. É preciso saber gerir as apetências que a Juventude procura e depois canalizá-las. Não sei se a curto prazo ou a médio prazo a Oficina não terá de se transformar em algo mais formal, oficializada e com horários. Por isso é que nós todos os anos temos uma outra turma para pessoas onde já não faz sentido fazer a sensibilização. Naquele ano querem fazer Teatro, nem que seja uma “peçazinha” no fim do ano. A Oficina também é um encontro de amigos que às vezes ensaiam fora e que se juntam. Criaram-se já laços fortes entre as pessoas que andam na Oficina e o Teatro Art’ Imagem, como também na actividade cultural que na Maia existe. É esta gente que assiste aos espectáculos de musica, que vai à Bienal, que vai às exposições no Fórum e que frequenta a Biblioteca. O futuro é saber gerir esta situação e saber quando é o momento para transformar isto de uma coisa informal em algo mais formal. É este o desafio que mais tarde é preciso pôr, sabendo até que ponto devemos conjugar a sensibilização com a continuação de alguém que quer seguir o Teatro como futura profissão.
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Maia
terra de cultura
Espectáculos publicos da oficina de teatro arquivo art’imagem
2000
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• “Zé Povix, o Portugalês” orientação do coreógrafo Pedro Carvalho e encenação do actor Pedro Paula Carvalho • “Estes tijolos estão mais fragmentados que as minhas memórias”, dança contemporânea com orientação do coreógrafo Pedro de Carvalho
2001 • “Robinson Crusoé. À beira do espelho de água” encenação de José Carretas e orientação Tó Maia
2002 • “A volta ao mundo em menos de 80 minutos” orientação e encenação de José Leitão • “Gente de Al Berto” orientação da actriz Micaela Barbosa • “A maldição de Édipo” A partir da peça de Ésquilo “Sete contra Tebas” orientação do actor e encenador Tó Maia
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2003
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• “S.O.S. Super Heróis, I need you” encenação do actor Pedro Paula de Carvalho e orientação do actor argentino Loco Brusca • “Quotidianos” Textos dos formandos e orientação de Micaela Barbosa • “Exppanomum” orientação do actor e animador circense Pedro Correia • “Dez anos é muito tempo” encenação do actor Pedro Paula de Carvalho e orientação de Valdemar Santos e Marianne da Costa
2004 arquivo art’imagem
• “Amago” Orientação de Marianne Costa • “Cenas Só” a partir de “Nunca Nada de Ninguém” de Luísa Costa Gomes, orientação de Micaela Barbosa
2005
NOTA: • Orientaram já cursos de formação, além dos acima mencionados: Coreógrafa Ana Figueira • Actores e encenadores: Amilcar Mendes; Célia Ramos; José Gonçalinho; Afonso Guerreiro; o inglês John Bee, entre outros.
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• “Histórias Mínimas” de Javier Tomeo, orientação das actrizes Ana Só e Silvia Lucena • “Bamos ao Tacho” orientação de Toni Oliveira e Julieta Rodrigues
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FREGUESIAS
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Capela requalificada Obras de requalificação na Capela de S. Frutuoso foram recentemente inauguradas. Para breve está também a cerimónia de inauguração do adro da Igreja Matriz. AMM
Depois de um esforço financeiro da Comissão Fabriqueira de Folgosa que reuniu cerca de 50 mil euros, através de actividades e doações, as obras de requalificação da capela de S. Frutuoso estão finalmente inauguradas. Deste investimento, a autarquia maiata tem uma contribuição importante, garantiu o Presidente Bragança Fernandes, «é de louvar o trabalho levado a cabo pela Comissão Fabriqueira. Gastaram aqui cerca de 50 mil euros. A Câmara ajudou bastante. Em termos monetários demos 500 contos, mas em obras demos bastante. A ligação de água e saneamento sem qualquer custo. Arranjos exteriores também ficaram por nossa conta, portanto, no total contribuímos com um quarto do custo». Apesar das intervenções levadas a cabo neste edifício que tem servido como capela mortuária, faltam
ainda pequenas obras como um passeio envolvente. O edil maiato aproveitou também esta ocasião para divulgar que as obras do Adro da Igreja Matriz de Folgosa serão inauguradas para breve, mais precisamente para o dia 8 de Agosto, altura das festas da freguesia.
Primeira pedra da Capela Mortuária para breve Bragança Fernandes garantiu ainda nesta inauguração que o início da construção de uma capela mortuária de raiz estará para breve, já que segundo o autarca existe um mecenas que quer doar um terreno para esse efeito. Desta forma, o lançamento da primeira pedra estará para breve, tal como a ampliação do cemitério da freguesia, referiu o Presidente da Câmara Municipal.
Capela foi pequena para albergar todos os presentes.
Campa do Preto voltou a encher de promessas As festas do último fim-de-semana em Gemunde cumpriram com uma tradição popular ancestral. José Matos Ano após ano tem lugar, no primeiro fim-de-semana de Junho, as festas em honra do Santo Preto. Com vários motivos de animação, e pouca colagem à vertente católica, a manifestação voltou a lembrar o trágico destino do criado que, perante a raiva do seu senhor, desfaleceu onde hoje se ergue a campa, em Gemunde. Na vertente do espectáculo, este ano a artista de cartaz foi Micaela (na sextafeira). No Sábado realizou-se a típica prova de atletismo para os mais novos. Os pontos altos aconteceram, como é da praxe, no Domingo, dia de pagamento de promessas, de lenda cantada em fado, de folclore e do fogo preso. No pagamento de promessas foram várias as pessoas que se chegaram à campa. «Este ano houve muitas mais promessas que no ano passado. Verifico que a devoção ao Santo Preto tem crescido», assinalou o Presidente da Associação da Campa do Preto, António Henrique. A lenda foi mais uma vez cantada em fado por Jaime Martins, acompanhado à viola por Mário Rocha e Vítor Ramos; e à guitarra por Agostinho Arouca e Agostinho Azevedo. Este momento contou com a presença do Vice-presidente da Câmara Municipal da Maia, Silva Tiago - em representação de Bragança Fernandes - e do Presidente da Junta de Freguesia de Gemunde, Joaquim Costa. O autarca local
notou tratar-se de uma festa muito antiga; «Já conheço esta romaria, também designada por Festa das Cerejas, há 65 anos. Vêm pessoas de longe trazer as suas
promessas, sobretudo com os cravos». António Henrique mostra-se disponível para continuar a colaborar na organização destas festas.
PSP deteve alegado pirómano em Águas Santas Começou a “época” de fogos na Maia, com a polícia a “ganhar” Pouco passava das 15.30 horas do passado dia seis, quando a população da localidade de Ardegães, freguesia de Águas Santas, ficou intrigada com o alarme provocado pelas sirenes de carros de bombeiros e policia. O repórter MaiaHoje que por acaso passava no local, seguiu as referidas viaturas e verificou que se tratava de um incêndio, ainda de pequenas proporções, numa propriedade privada. Segundo os locais a origem terá tido mão criminosa, daí a movimentação de viaturas policiais, que estariam, nesse preciso momento, a dar caça ao alegado incendiário. O incêndio que foi prontamente extinto pelos Bombeiros de Moreira da Maia, graças à sua pronta intervenção, teve um final feliz e não teve graves consequências, mas o alegado pirómano já não teve a mesma sorte, dado que a caça que lhe foi movida pela PSP, alguns minutos depois deu os seus frutos, aparecendo no local, os agentes já com o suspeito sob custódia. Apesar de verbalmente confrontado pela PSP, não conseguimos apurar se terá havido uma eventual confissão.
Muitas promessas... pagas em cravos
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FREGUESIAS Crianças maiatas viajam até à EuroDisney
sexta-feira 10 de Junho, 2005
Conjunto de crianças da EB1 da Bajouca viaja até Paris, acompanhadas de pais e professores. Concretização de sonho foi possível graças à recolha de fundos e contribuição da autarquia. AMM
Em jeito de agradecimento, as responsáveis da Escola EB1 da Bajouca, em Gemunde, realizaram um almoço convívio assinalando o alcançar do sonho para o qual trabalharam durante dois anos: levar um grupo de crianças até à EuroDisney. São cerca de 40 que viajam acompanhadas de pais e professores, durante este fim-de-semana. Esta viagem significa o realizar de um sonho nada fácil de conseguir, «este é um projecto em que estamos a trabalhar há dois anos, tentando angariar fundos para fazer uma viagem a Paris, à Eurodisney. Este é um meio carenciado e com dificuldades. A associação de pais luta bastante tal como os docentes para arranjar verbas. Temos feito festas como sardinhadas e matanças de porco para angariar fundos. Este ano conseguimos atingir o nosso objectivo e realizar o sonho das nossas crianças que é levá-
las a Paris», referiu ao MaiaHoje, Rosa da Conceição, Coordenadora da EB1 da Bajouca, acrescentando que sem o apoio da autarquia esta viagem não seria possível. Bragança Fernandes, Presidente da Câmara Municipal, que marcou presença neste almoço, afirmouse disponível para ajudar o meio escolar, tal como aconteceu neste caso, «esta escola com o patrocínio da associação de pais tentou este ano ir a Paris e nós vamos subsidiá-los na ordem dos 50% do valor. Nós pagamos a viagem e eles pagam a estadia e o restante. Temos feito isto em outras escolas, em viagens que fazem. Nós estamos prontos para ajudar em tudo o que fazem». De referir que este almoço realizado nas instalações da escola, contou ainda com a presença do Padre Lino Maia, Presidente da União das IPSS do Porto e da Vereadora da Educação da autarquia maiata, Maria da Graça Barros.
Bragança Fernandes foi agraciado com uma prova de reconhecimento dos mais novos
Festival de música a pensar nas “jovens promessas” Escola Dramática e Musical de Milheirós Maia levou a cabo a 4ª edição do certame, onde sem qualquer espírito competitivo se pretendeu estimular potenciais futuros talentos. JOSÉ MATOS
Tomar o pulso aos conhecimentos musicais das crianças e jovens e, ao mesmo tempo, estimular e sensibilizar os mais novos para esta vertente cultural, são alguns dos propósitos que estiveram na base da realização do Festival Musical “Jovens Promessas” por parte da Escola Dramática e Musical de Milheirós Maia. Recentemente decorreu a quarta edição do evento. Interpretações individuais ou duetos - no ano passado apareceram mesmo dois trios mais e menos jovens; com piano, violino, guitarra, oboé, flauta transversal, saxofone ou bateria; a diversidade da expressão musical está patente e é uma das preocupações da organização, se bem que a “clássica” acabe por ocupar grande parte do tempo no festival. A quarta edição contabilizou 25 inscrições, tendo passado pelo auditório diferentes interpretações. As participações são maioritariamente oriundas de escolas do Concelho. Este ano, por exemplo, houve representações do Conservatório de Música da Maia, da Escola de Música Maiorf e das escolas das duas Bandas do Concelho (Moreira e Gueifães). Não faltaram, também, inscrições de particulares.
O grosso do público era composto pelos pais dos intérpretes. Uma nota menos conseguida, um ou outro desafino não impediu os aplausos e o reconhecimento do empenho de tão jovens promessas.
Projecto com cinco anos O festival de música cumpriu a quarta edição, contudo a recuperação da Escola Dramática e Musical de Milheirós vai já no quinto ano, depois de um período de portas
O palco foi dos jovens “artistas”
encerradas. O projecto de dinamização tem assentado muito na Escola de Música, conforme referiu ao MaiaHoje o Presidente Manuel Luís Carvalho; «De ano para ano vai crescendo, fruto destes trabalhos e da respectiva divulgação. No campo da sensibilização para a música, temos este festival e vamos prestando colaboração em parceria com alguns infantários e escolas primárias. Celebrámos um protocolo com a Junta de Freguesia de Milheirós em que os nossos professores passam pelas escolas primárias em aulas contínuas. Já se começam a notar alguns frutos. Actualmente temos cerca de 40 alunos na Escola de Música. Depois existe um complemento com outras actividades, como os corais infantil e juvenil que açambarcam mais cerca de 70 jovens». As próximas iniciativas desta colectividade passam por encontros de coros, organizado pela Casa de Gaia e um outro pela Conservatório de Música da Maia. De assinalar, ainda, o sarau cultural interno, a 1 de Julho, que encerrará todas as actividades da associação, desde a Escola de Música, aos corais, passando pela classe dos cavaquinhos, ginástica feminina e karaté, num espectáculo aberto à comunidade.
Nome de rua em Gemunde homenageia antigo autarca maiato Engº Manuel Moreira de Amorim é a designação da via. José Matos Na primeira perpendicular à direita da Via Engº Belmiro Mendes de Azevedo, em Gemunde, existe agora a Rua Engº Manuel Moreira de Amorim. A placa foi descerrada no passado Domingo, em cerimónia oficial presidida por Silva Tiago, Vice-presidente da Câmara Municipal da Maia, em substituição de Bragança Fernandes, ausente por motivos pessoais. O Presidente da Junta de Freguesia de Gemunde, Joaquim Costa, afirmou que via, finalmente, um dos seus desejos concretizados; «Está a ser reconhecido um homem que fez muito por Gemunde. Quando ele era Vice-presidente da Câmara Municipal da Maia apoiou muito esta freguesia. Foi por isso que me debati para que fosse dado o nome do
engenheiro Amorim a um arruamento de Gemunde. De futuro terá ligação à Rua do Bairro, mas para já não é muito importante em termos de circulação viária. Merecia, talvez, uma rua maior, contudo era a que havia disponível sem nome». Silva Tiago, notou que a via foi construída aquando do empreendimento habitacional anexo. Quanto à decisão do nome, referiu que a comissão de topónimos, que funciona desde há um ano, pretendeu «lembrar e homenagear uma personalidade que foi autarca da Câmara Municipal de Viseu e da Câmara Municipal da Maia, tendo trabalhado muito, de forma rigorosa e respeitável, por estas terras. É esse sentimento de gratidão que a Câmara quis hoje prestar». Silva Tiago recordou ainda o que guardava de Manuel Moreira de Amorim;
«Era um engenheiro técnico civil e minas, um curso que existia há um tempo atrás no Instituto Superior de Engenharia do Porto. Trabalhou na área da engenharia civil alguns anos, ligou-se à Câmara de Viseu, onde cumpriu um mandato como presidente (na altura os mandatos eram de três anos), depois foi convidado pelo saudoso professor Vieira de Carvalho para participar no Executivo da Câmara Municipal da Maia, o que fez». A família, presente, ficou reconhecida e mesmo emocionada com o momento; «Agradeço à Câmara Municipal da Maia e à Junta de Freguesia de Gemunde pela homenagem que fizeram ao meu pai, penso que justa. Onde quer que ele esteja deve estar muito orgulhoso pelos amigos que deixou e pelo desenvolvimento que a terra teve e que continua a ter», destacou o filho, João Paulo Amorim.
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FREGUESIAS
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Um “Manancial” de bem comer e divertir Restaurante e churrasqueira cujo conceito de casa é não só a boa gastronomia como também o bom ambiente. valer, e muito, pela gastronomia. O proprietário destaca como especialidades as tripas à moda do Porto, a vitela, o churrasco, o bacalhau à moda de Braga, o gratinado na brasa, entre outros pratos. A casa ocupa, aproximadamente, 300 metros quadrados, com 30 mesas, no entanto, de acordo com o “senhor” Lino, convém fazer a reserva para os fins-desemana. «Temos quase sempre a casa cheia», repara. Quanto a funcionários, ao todo são sete, mas o proprietário faz questão de dar o exemplo; «Dou bem no duro. Não sou de ficar só a mandar, tenho que me mexer. Ainda hoje descasquei inúmeras batatas», diz enquanto mostra umas mãos calejadas. Segundo este profissional de hotelaria, a melhor publicidade que o “Manancial” tem é o cliente satisfeito que passa a mensagem. «Os tempos não são fáceis mas não me posso queixar», reconhece. Na última quarta-feira fez um ano que o “Manancial” abriu pela primeira vez as portas. Sediado em Vermoim, está a dois passos de Nogueira (perto da EB 2,3 de Nogueira). No momento de se soprar a primeira vela, olhou-se para trás e viu-se um ano de dar de comer e dar que falar a um cliente já fidelizado. Com larga experiência no ramo da hotelaria (25 anos de vida e 36 casas depois), o proprietário Lino Martins de Sousa Ribeiro - por todos conhecido tão só por senhor Lino - é um homem orgulhoso do seu passado e na forma como se coloca no sector. «Procuro ter uma boa cozinha e uma boa sala de lazer», afirma, defendendo que hoje em dia a pessoa procura algo mais que uma gastronomia de qualidade, também quer
O fado pela voz de uma maiata Na noite em que o MaiaHoje esteve no “Manancial” a artista convidada era Irene Dias, para quem não conhece trata-se de uma fadista nascida e criada na Maia, que aproveitou para lançar um CD intitulado “Fado de Todos Nós”. Com actuações em diversas casa nortenhas, há três meses que é presença frequente no “Manancial”. Com percurso musical pela variante de baile, acabou por se virar para o fado devido a algumas contingências da vida. Talvez por isso, o seu fado preferido seja “A chave da vida”. Sente-se, no entanto, tão à vontade no fado triste como no alegre e é rara a interpretação que não desperte um “Ah fadista”! De preferência gosta de colocar o xaile acompanhada por Eduardo Jorge à guitarra e João Cruz na viola. Pode ser vista e ouvida no “Manancial”.
sentir-se bem num espaço, divertir-se. E é isso mesmo que se encontra no “Manancial”. Às Sextas e aos Domingos o jantar é acompanhado com fado. «Não há fadistas permanentes, predomina o fado vadio», acentua Lino Ribeiro. A decoração da casa, com xailes e à luz de vela, ajuda ao ambiente. Já aos Sábados, na “ementa” consta o jantar dançante, isto é há a actuação de um grupo de baile; os “Buenacera”. O pézinho de dança sempre ajuda à digestão. É raro, portanto o cliente que chega, come e pede o café e a conta para se ir embora. Geralmente fica para o que vier. E há-os de todas as idades. Todavia, o “Manancial” quer-se fazer
Diagonal expande os seus serviços ao público Especializada em vestuário profissional, a Diagonal, recentemente aberta em Vermoim, disponibilizou os seus serviços ao público em geral. Agora, pequenos arranjos em roupa e mesmo vestuário profissional estão disponíveis nesta loja. Em funcionamento há cerca de duas semanas, a Diagonal trabalha na área do vestuário, nomeadamente no fabrico de roupas profissionais. No entanto, esta empresa que se muda do município da Trofa para a Maia, disponibiliza agora serviços ao público em geral, para além dos anteriormente referidos. Assim, quem estiver interessado em adquirir alguma peça de vestuário profissional ou arranjar uma peça de roupa pode recorrer à Diagonal, como explicou ao MaiaHoje, Filipe Ribeiro, «a nossa especialização é em vestuário de trabalho, fardas, uniformes, batas, especialmente para grandes empresas, embora também já tenhamos feito para hotelaria. Desde que viemos para aqui, abrimos os nossos serviços ao público e fazemos também arranjos de costura». Aliás, a adesão da população a este serviço tem sido uma surpresa, «tem sido surpreendente
a adesão das pessoas, que aparecem para fazer arranjos, mas também pessoas que querem uma bata ou outra coisa». O objectivo estabelecido é aumentar a carteira de clientes, ganhando notoriedade, refere Filipe Ribeiro, num sector que começa a ter grande concorrência, «este é um negócio que acarreta custos inicialmente na compra de material. Depois o que implica maiores custos é a compra de tecidos. Estão a começar a aparecer algumas lojas nesta actividade. Os próprios chineses já estão a começar a trabalhar, mas em termos nacionais a concorrência é grande». Para os interessados em recorrer aos serviços da Diagonal, a sua localização é na Rua de S. Romão, 176, com o horário de funcionamento de Segunda a Quinta, das 8.30 às 18.30, com intervalo de almoço das 12.30 às 13.30. Às Sextas, a Diagonal funciona entre as 8.30 e as 13.30».
Pais debatem civismo na escola Associações de Pais do Agrupamento de Escolas do Castêlo realizaram mais um colóquio, desta feita tendo por tema, “O Civismo na Educação”. O “Civismo na Educação” foi o tema escolhido pelas Associações de Pais do Agrupamento de Escolas do Castêlo da Maia, para realizar mais um colóquio / debate, iniciativa habitual deste órgão. Como lugar na Escola EB1 e Jardim de Infância do Castêlo da Maia, esta iniciativa teve como interlocutores, Marco Marques, Presidente do Conselho
Executivo do Agrupamento, Daniel Basto, responsável da Associação Portuguesa de Terapia Comportamental e Cognitiva e Fernando Capela Miguel, docente do primeiro ciclo e animador sócio cultural. Iniciando as actividades, Marco Marques realizou uma apresentação do Agrupamento de Escolas do Castêlo e
uma introdução ao projecto educativo que está delineado. De seguida, Daniel Basto desenvolveu a sua intervenção acerca do “Desenvolvimento PsicoSocial e Ritmo de Vida”. A última locução da noite foi de Fernando Capela Miguel que abordou o tema “As realidades na Escola”. Por fim, o debate teve como moderador Marco Marques.
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Noites de Poesia em Soneto Mais uma vez, o Movimentum Arte e Cultura organizou as “Noites de Poesia de Vermoim”, tendo como tema o “Soneto”. Com lugar na Junta de Freguesia de Vermoim, a iniciativa contou com os seus fiéis participantes que semana após semana, mês após mês e ano após ano, continuam a dar dinamizar o evento único no Concelho. Na primeira parte foi abordado o tema em questão, sendo que a segunda foi de expressão livre, sendo a sessão intercalada com momentos de cariz musical, a cargo dos também habituais “Sons do Vento”, com Ivone Delgado na voz e Bruno Pedro na Guitarra Acústica. A iniciativa tem a colaboração da Paróquia e Junta de Vermoim.
A festa do Pai Nosso alegrou comunidade paroquial AAS
A comunidade paroquial de Silva Escura hoje está de parabéns e em festa, porque as crianças mais novas da Catequese receberam a oração do Pai Nosso. Ao longo do ano, elas descobriram e foram aprendendo que Deus é um Pai maravilhoso que nos dá a vida, cuida de nós e que faz tudo para nosso bem. Com Jesus, aprenderam que podemos e devemos tratá-l’O por Pai do Céu e a dizer-Lhe “Pai Nosso que estais nos Céus”.
FREGUESIAS
“Enseada - Design Gráfico Lda.”
No pelotão da frente da impressão digital... e com novas instalações Com a aquisição do equipamento “high format”, a empresa maiata consegue dar resposta rápida em quantidade e qualidade. Acabou de inaugurar novas instalações em Vermoim.
A “Enseada - Design Gráfico Lda.” move-se no mundo da publicidade e do marketing, tratando de algo de fundamental no sector: a imagem visível. Com efeito, garante impressão digital em grandes formatos, serviço publicitário de tudo o que é exterior (outdoors, por exemplo) e decoração de interiores e viaturas (há três anos que é responsável por forrar os veículos da equipa de ciclismo Maia/Milaneza). Trabalha em material como vinil, lona e PVC, só para citar alguns. A aquisição da máquina de impressão “High Format” representou um passo significativo para a empresa. As três de médio formato garantem uma impressão de 1 metro e 30, ao passo que a nova “menina dos olhos lindos” da empresa assegura os 3 metros e 30. Um investimento avultado mas que serviu para recolocar a “Enseada” na rota do pelotão da frente em impressão digital a nível nacional. O sócio-gerente, Ricardo Costa, assinala que a sua empresa tem clientes de Valença ao centro sul do país, de diferentes dimensões. O segredo, diz, está no serviço completo que presta; «Estamos com uma média de 250 clientes. Procuram-nos desde o pequeno comerciante às grandes agências publicitárias, passando pelas grandes centrais de compras. Distingue-nos a qualidade, o preço e a capacidade de resposta. Com as quatro máquinas actuais conseguimos uma capacidade de impressão na ordem dos 800 metros diários. Depois, se for vontade do cliente, fazemos desde a concepção da ideia inicial até à aplicação final».
Dos Açores para Vermoim A empresa foi inicialmente criada e sediada nos Açores. A designação vem dessa altura, da Praia da Enseada, Ilha do Pico. O portuense - agora maiato - Ricardo Costa era um dos sócios, juntamente com outros dois e teve a ideia de abrir uma filial perto de sua casa, no Continente;
«Apercebi-me que a casa na Maia (Rua Simão Bolivar) tinha uma facturação muito superior à dos Açores e propus aos meus sócios adquirir a parte deles do negócio. Demonstraram interesse e tudo foi feito dentro da maior honestidade e amizade», recorda. Com o investimento na máquina de grande formato, os cerca de 60 metros quadrados de loja mostraram-se insuficientes e é então que apareceu a possibilidade das instalações em Vermoim (paredes meias com Nogueira, perto da Escola EB 2,3). Nos 350 metros, aproximadamente, de área estão instalados os sectores de design gráfico e arte final (aplicadores), num total de oito funcionários, contando com a administração, operadores de máquina e comerciais. «As máquinas são todas robotizadas, não preciso de muitos trabalhadores. Bastam-me estes, que são altamente profissionais e qualificados», destaca Ricardo Costa. Segunda-feira passada foi dia de inauguração das novas instalações. Para assinalar o momento, contratou-se uma empresa de rodízio e brindou-se familiares, amigos, fornecedores e clientes com uma boa festa à moda brasileira, a que não faltou o samba, o forró e as caipirinhas. Uma forma diferente de marcar o dia, sem dúvida.
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Noites Magazine Social da Maia
“Casting” inédito no Bertu´s Place A procura de um(a) relações públicas tornou-se na oportunidade para animar a noite da Maia. Está a ter lugar no Bertu´s Place, com produção da FullDepartment Productions, um inédito casting de Relações Públicas. Ao todo responderam afirmativamente ao desafio 16 concorrentes, que serão acompanhados pelo staff da FullDepartment Productions nos seus passos quotidianos. Os participantes terão que demonstrar, de Junho a Agosto, que são os mais capazes para ocupar cargo, propondo projectos de festas com empreendedorismo, originalidade e espírito de marketing. Após a realização dos eventos propostos caberá ao júri fixo do Bertu´s Place e seus clientes a escolha do vencedor, através de votação. O escolhido ficará a colaborar com a FullDepartment Productions. No passado Sábado já houve um momento alto, com a festa de lançamento do casting, que coincidiu com a abertura oficial da esplanada no Bertu’s Place. A chegada dos concorrentes em “limusine” apanhou muitas pessoas de surpresa. A apresentação ao público, foi acompanhada com entrevistas filmadas. «A reacção das pessoas no bar foi excelente. Está a ser um sucesso», comentou o proprietário e autor da ideia Carlos Alberto Pinheiro. «Claro que pode haver noite de qualidade na Maia! Desde que existam ideias», acrescentou.
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Raul Silva raul@maiahoje.pt
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sexta-feira 10 de Junho, 2005
GERAÇÃO PORTUGAL, OU AS POLÍTICAS DO FUTURO
O Buraco....
OPINIÃO
Fadário de bordo
crónica por orlando leal
Fado, Futebol e Fátima, assim era o nosso Portugal nos tempos em que os cravos ainda não se punham nos canos das armas dos nossos soldados, e quando eramos uma nação ultramarina. Mas como tudo na vida evolui, e hoje embora tenhamos a Mariza, que não é o mesmo que a Amália, o Cristiano Ronaldo, que não chegou ainda ao patamar do Eusébio, e continuamos a ter Fátima, mas neste caso “exilada” no Brasil a preparar uma candidatura à Câmara de Felgueiras, não é bem a mesma coisa de outros tempos. Mas, na medida do possível, a nossa nação lá foi acompanhando o “comboio “ e foi sofrendo das mutações que a tornaram na nação actual, que já não é a dos 3 F’s, mas antes, e no meu entendimento a dos 3 B’s. Mas ainda mais fascinante que a evolução gramatical foi a evolução tecnológica, pois como dizem os entendidos na matéria, para o nosso país ser competitivo tem que apostar na especialização, e foi o que fez, pois ao contrário do F que se repartia por 3 palavras distintas, o B de hoje especifica apenas uma, que repete 3 vezes por forma a reforçar a ideia, ou seja, evoluímos de Fado, Futebol e Fátima para Buraco, Buraco e Buraco. O primeiro Buraco é o Orçamental, que, antes de mais, serviu para o aumento da cultura geral do povo português, que hoje em dia já sabe o que é o déficit, pois há 40 anos não se fazia a menor ideia do que seria essa tal coisa, pois apesar de existir (o déficit democrático), não se podia falar nele. É o Buraco que mais intimamente está ligado os portugueses, pois é tão grande que vamos ser todos convocados para o tapar, desde os mais novos até aos mais velhos, sim, porque a dimensão é tão grande que até alguns dos mais velhos vão ter que fazer um turno extra de 5 anos para ajudar a nação. Mas não se preocupem que não é para todos. Para alguns esse esforço vai ser reduzido, têm é que estar incluídos no restrito grupo dos titulares de reformas vitalícias, a não ser que sejam ministros ou coisa do género, pois nesse caso perdem uma parte da reforma, mas recebem o vencimento do cargo que ocupam, ou como diz o povo: “Não olhes para o que eu faço, olha para o que eu te digo”. O segundo Buraco é o Capital, exactamente porque se passa em Lisboa, e que se desenrola para os lados do Marquês, onde um dia se decidiu fazer um túnel para resolver os problemas de trânsito, e como é obvio, abriu-se o Buraco. Ora um certo dia, um cidadão desconhecido lembra-se de embargar a obra, fazer uma queixa e parar com o trabalho, porque não concordava com a sua realização. E então, processo para um lado, processo para outro lá foi a obra sendo adiada por tempo indeterminado, mantendo-se apenas o tão tradicional e já típico Buraco, que só consegui entender quando o tal cidadão desconhecido começa a ser falado como candidato do Bloco de Esquerda para a Câmara de Lisboa. E fiquem sabendo que se for eleito, e de acordo com uma entrevista recentemente dada a um canal de televisão, as obras emblemáticas deste iluminado que parou uma cidade durante mais de um ano são: tapar o dito Buraco, e mandar retirar um relógio junto ao aeroporto, só porque ele o acha feio... Enfim, viva a Democracia. Finalmente, o Buraco da Expansão, que prova que já não somos um país centralizado. A Ministra da Cultura deliberou que os buracos não deveriam ser um exclusivo da capital, pelo que mandou embargar as obras no túnel de Ceuta, para que o povo do Porto pudesse ter o seu Buraco de estimação, mas a governante conseguiu fazê-lo com uma classe tal que abriu as portas a pelo menos um buraco em cada distrito, senão vejamos o pormenor do local escolhido ter sido exactamente Ceuta, ou por outras palavras, o local onde começou a expansão marítima portuguesa, o que me faz concluir (uma vez que não entendo o argumento da fachada do Museu Soares dos Reis), que não se trata mais do que um sinal simbólico de uma nova expansão lusa, mas desta feita, em vez dos nossos gloriosos navegadores, vamos ter os portentosos Buracos. Quem sabe um dia não será a tuneladora do Metro do Porto: “Micas” a viatura oficial do Chefe de estado.
nelson ferraz
1. Sabemos quantas pernas tem uma mesa, quantas horas tem um dia, mas não vislumbramos quantas honras, rostos e ordenados tem um ministro. Pelos vistos - e por mais debates e reflexões que se tenham feito - não se conseguiram atingir, ainda, aqueles níveis mínimos de coerência e espírito de missão que devem guiar qualquer indivíduo que se disponha a trilhar caminhos de governação ou chefia. Pedir sacrifícios, inventar meios para fazer sacrifícios e apontar castigos para quem não se sacrifique, não fica bem quando - quem o apregoa - passa ao lado disto tudo, embrulhado em incompreensíveis abundâncias e insondáveis juízos de valor. 2. Burocraticamente, não há, ainda, qualquer motivo para que nos agitemos ao ouvirmos falar de incêndios. Mas a verdade é outra: este ano, já arderam, infelizmente, muitos hectares e muitas esperanças de nós todos. Enquanto o diabo esfregou um olho. A tristeza já é a mesma de sempre. A paisagem começa, de novo - aqui e ali - a
morrer de fato escuro. Os bombeiros agigantam-se, fazem milagres e sofrem. Vieram uns senhores - que ninguém conhece - à televisão dizer que a situação está a “ decorrer nos conformes “ e que, mais dia menos dia, sempre haverá helicópteros a ajudar. É só uma questão de prazos, contratos, papeladas e contactos(!). As pessoas já não reagem a estas “ faladuras “ porque desde o ano passado que ouviram dizer, milhões de vezes, que, este ano, tudo ia ser diferente. 3. Referendo acima, referendo abaixo, empobrece-se a pálida imagem que os outros já tinham de nós. Como europeus, de corpo inteiro, ficámos confusos com os “ nãos “ de qualidade que se plantaram no horizonte e perdemos um pouco da capacidade de demonstrar, inequivocamente, aos mais cépticos, a necessidade(?) do sim. E agora, senhores? Quem desfaz a trapalhada em que se tornou a justificação de tanta pressa em ir a votos, sem consensos e debates prévios no seio dos países membros? Talvez seja esta a oportunidade que os
Luís Antero O professor era um homem calmo, de setenta e dois anos. Robusto, bem disposto, amável para todos e por todos respeitado desde menino, porque havia qualquer coisa nele que, ao mesmo tempo que dava confiança, impunha respeito. Tinha armazenado muito saber e muita bondade saber e bondade nem sempre se dão bem e os animais e as crianças aceitavam-no à primeira, o que ele apreciava mais do que todas as vãs glórias deste mundo imundo, como diz a canção. Os alunos do professor eram de idades muito variadas, como ele era também professor de muitas e variadas coisas. Ele amava os seus alunos, como se eles fossem seus filhos, e os alunos retribuíam-lhe a amizade e tinham-lhe um amor filial. Não admira que, no meio das tribulações desta vida, o professor se sentisse um homem relativamente feliz. Já que não eras rico, nem tinha tido felicidade no amor, tinha ao menos saúde, realização profissional e amigos e admiradores incondicionais. Era pois feliz á sua maneira, porque a felicidade como ele gostava de dizer, se é de mais, endoidece, se é de menos, pode matar. E foi isso o que ia acontecendo, no ano em que o professor fez setenta e um anos. A vida, ás vezes, arma-se em mestra, pega no chicote, como madrasta, e bate, bate a doer... I Faltava um mês para os setenta e um o professor, quando o mundo dele veio abaixo. Nesse dia ele descobriu que já não tinha mulher, nem lar, nem alegria, nem futuro, nem fé nos seres humanos: “Quanto mais conheço os homens, mais gosto dos animais”, dizia ele às vezes, naquele seu ar brincalhão de homem bom e feliz, mas não sabia com que verdade o dizia. A terceira mulher do professor tinha casado com ele havia sete anos, embora vivessem juntos há nove. Era uma galinha que não gostava da capoeira, já tinha feito a infelicidade de outro homem, ainda que ela dissesse o contrário. Mentirosa, intriguista e interesseira - era a opinião geral - só o professor, enamorado dela, por considerar que era a mulher da sua vida, não acreditava nisso. Ninguém disse nunca que ela lhe fosse infiel, mas também
nossos eruditos e criativos fazedores de questões esperavam para substituir aquela pergunta, enorme e complicada, por uma outra mais simples: está de acordo com o “ não “ da França e da Holanda? 4. Não se detectam grandes indícios de mudança no ar servil, depressivo, malhumorado e infeliz, da maioria dos portugueses. E os anos passam, os governos passam, as políticas passam e tudo fica na mesma. Os bolsos andam vazios, a ambição coxeia e o futuro não é uma coisa agradável de se pensar. Falta, a este povo, uma crença que ultrapasse e esmague toda a timidez e todo o medo que tantos apertos de cinto, escândalos e guerras foram juntando à sua vida. Falta, a este povo, quebrar as cordas, as grades e as algemas com que nasceu e que nunca o deixaram perguntar pelo seu rumo, criar o seu destino e crescer. Crescer nos tijolos, nas árvores, nos rios e nos beijos. Os antepassados morreram e, no entanto, teimam em governar-nos. Governo após governo.
luis clemente ribeiro
ninguém garantiu jamais que o não fosse. Era o feitio dela, frio, calculista, dúplice... Contudo, quem a conhecia superficialmente, achava-a encantadora e boa, porque enganar, nela, era uma arte estudada com afinco e uma necessidade imperativa. Como se chamava ela? Pois bem: Chamemos-lhe Piranha, como os brasileiros costumam chamar a tais mulheres. Se fosse homem, bem poderíamos chamar-lhe Tartufo, pois tinha a devoção fingida deste e a ambição insaciável da piranha. O professor era feliz, na sua inocência. Levavam uma vida sem atritos, sem necessidades, só de amor e conforto. Porém, como os de Pompeia, ou Herculano, o professor vivia junto de um vulcão e o vulcão entrou em erupção naquele dia. Porquê? Amigos do peito da piranha, amigos daqueles que dizem “Senhor, Senhor”, mas não entrarão no Reino dos Céus... A Piranha não deu explicações e foi-se embora! II Começou então para o professor uma vida de inferno, entre as lágrimas ácidas da saudade e os furores incontroláveis das maldições, entre os desertos inóspitos da tristeza e da solidão e a vontade de desaparecer pelo suicídio. E de tudo isto ninguém se apercebeu, porque o professor obrigou-se a manter o seu trabalho intacto e bem separado da vida pessoal. Mas as lutas íntimas ferozes iam minando a sua saúde. Pouco a pouco o desinteresse por tudo e por si próprio ia-o amarfanhando, reduzindo-o, destruindo-o, impondo-lhe um esforço cada vez maior para se manter à tona. Deixou a casa, foi viver para um lugar escondido, mas os alunos, que o observavam com o maior carinho e apreensão, seguiram-no e, sem o saberem, forçavam-no a viver, agora só para eles e só por eles! A Piranha iniciou rapidamente sozinha a vida de vadiagem que ambicionava, primeiro sem homens, depois, à medida que o dinheiro e a idade lhe marcavam a posição que a vida impõe, também com eles!
O Professor adoeceu, finalmente, a princípio sem gravidade, mais tarde, porque não se tratou e passava mal, com uma inesperada evolução que ele parecia apreciar e comentava com bom humor, talvez ansioso por se ver livre de tanta desgraça... Vi-o hoje, por acaso, num centro de saúde: - Então, professor? Como vai? - Tudo bem, meu rapaz, tudo bem. Esta carcaça está a começar a ficar enferrujada.. É tempo de me livrar dela. Pode ser que seja agora... Dei-lhe um abraço comovido e só pude dizer: - Professor, há tanta gente que precisa de si... Tenha... A funcionária interrompeu-me e chamou alto: - Professor Luís Antero! Ele desprendeu-se rapidamente e afastou-se, dizendo: - Veja lá como me chamam agora! - e riu-se, com um riso alegre, um riso de conserva que me fez mal. Esperei ainda mais de uma hora por ele, mas soube que já tinha saído por outra porta. E, de repente, veio-me à mente aquele nome: Luís Antero?! Mas ele não é Luís Antero, é Luís... Luís... Não consegui lembrar-me do segundo nome do professor, mas sabia que não era Antero. Voltei ao centro no dia seguinte e mostraram-me a ficha em que a enfermeira tinha escrito, indubitavelmente, Luís Antero: - Peço desculpa, minha senhora disse eu - devo ter-me enganado... E saí. Passaram dias e semanas e nunca consegui encontrar de novo o professor. Infelizmente encontrei-o hoje no jornal: Morreu ontem e o enterro é amanhã. Mas o segundo nome não vem no jornal: só o primeiro e o último. - Nunca mais o saberás. - dei comigo a dizer em voz alta. E, não o sabendo eu, também vós o não sabereis! Rezai por Luís Antero que ele, lá onde estiver, saberá que o chamam, como soube naquele dia, no centro de saúde, sem se aperceber do engano da enfermeira! De quantos enganos nos não apercebemos nós nesta vida!
«Quem vier para o Maia só pode pensar em ganhar, ganhar e ganhar» Foi este o principal cartão de visita de Ferreirinha, o técnico do FC Maia para a próxima época. Sem vacilar afirmou que o Maia é um candidato à subida de divisão. JOSÉ MATOS
Sem mais delongas, o Maia deu a conhecer, em conferência de imprensa, o novo timoneiro das “tropas” maiatas. De seu nome Ferreirinha, o técnico, por enquanto vai sendo mais “colado” às funções de olheiro que exerce para o Chelsea por deferência de José Mourinho. Ferreirinha abraça, contudo, uma nova fase na sua carreira e até era um sonho antigo da Direcção do FC Maia. «Já tenho a ideia de contratar o Ferreirinha há dois anos. Não foi possível mas agora, finalmente, conseguimos. Começamos as negociações há cerca de dois meses atrás», informou o presidente, Francisco Vieira de Carvalho. Por seu lado, Ferreirinha afirmou que as partes coincidiram nos objectivos; «Houve um encontro de ideias com a Direcção do Maia. Fiquei satisfeito com o que ouvi, por isso chegámos a acordo e por isso estamos aqui hoje. Tive outros convites mas o presidente do Maia sensibilizou-me pela sua frontalidade. Isso para mim é importante». O primeiro discurso foi bem ambicioso, se se quiser comparar um pouco à imagem de José Mourinho, apontando como principal espírito a vontade de ganhar e não afastando a responsabilidade de assumir o Maia como candidato a ascender à Superliga; «Tenho a certeza de que vamos ter um grande Maia, um Maia seguro, com ambição. Sabemos que seja qual for o jogador que vier, terá que ter um espírito ganhador. Só poderá pensar em ganhar, ganhar e ganhar. O Maia é seguramente um candidato à subida de divisão. É o seu treinador que o está a dizer no primeiro dia, com os pés bem assentes no chão. Temos consciência que existem equipas com melhores orçamentos e com outro estatuto. Não vai ser fácil. Teremos que saber sofrer. Também sabemos que a II Liga é extremamente competitiva. Mas reforço; o Maia é um candidato à subida de Divisão». Nesta fase de transição, a principal preocupação de Ferreirinha passa pelos jogadores, notando que gostaria de contar com 23; «O Maia tem equipa técnica, tem direcção, tem sócios, mas ainda não tem jogadores para a próxima época e é aí que
me vou concentrar». Quanto ao seu estilo de jogo, não quis abrir muito o livro, mas sempre foi adiantando que gosta de privilegiar o ataque; «Sou um treinador com ambição, com uma filosofia virada para o ataque. As minhas equipas costumam assumir o jogo e correr riscos de uma forma equilibrada e consciente». Francisco Vieira de Carvalho, na conferência de imprensa, também expressou confiança para a nova época, com a nova equipa técnica; «É um novo ciclo para o Maia, com uma equipa nova e
uma forma diferente de estar no desporto. Se tivermos um apoio económico mais forte, obviamente que será mais fácil». Referiu, ainda, que neste momento o Maia tem contracto com nove atletas e que o objectivo será o de fechar a equipa o mais cedo possível. «Gostávamos que fosse em Julho, mas se calhar há atletas que só podem vir em Agosto, porque ainda estão vinculados a outros clubes». A terminar, registe-se que a pré-época tem início no dia 11 de Julho, com testes médicos e que o orçamento do clube para a próxima época rondará os 800 mil euros.
Acordo celebrado com Ferreirinha
Ferreirinha à lupa José António Nunes Ferreirinha, 43 anos de idade, vem para o Maia por uma temporada. Será coadjuvado pelo professor Luís Cardoso, preparador físico (que também trabalha com José Mourinho); Mário Rui (adjunto directo) e Zé Miguel (treinador de guarda redes). Ferreirinha continuará ligado ao Chelsea, segundo diz enquanto lá se mantiver o José Mourinho. As suas funções no clube inglês são as de olheiro,
essencialmente no Brasil e em Espanha. A observação recai em jogadores de formação, da faixa etária dos 15 aos 17 anos de idade. Fez, contudo, questão de frisar que a ligação ao Chelsea será agora mais restrita, uma vez que dedicará a maior parte das suas horas de trabalho ao Maia. Já treinou o Imortal na II Liga, esteve no Castêlo da Maia, quando o clube militava na III Divisão, e subiu o Marco de Divisão há três anos atrás.
Estrelas do futebol nacional na apresentação do Inter de Milheirós Noutro prisma, Assis será o técnico para a próxima época. Um regresso a casa. JOSÉ MATOS
Está confirmado. O Inter de Milheirós Futebol Clube terá, no dia 1 de Julho, uma apresentação da próxima época futebolística digna de clube profissional. O acontecimento desenrolar-se-á no auditório do Centro Comercial Venepor, constando do programa um debate e a projecção da próxima época, com apresentação dos equipamentos e algumas surpresas pelo meio. Todavia, o ponto alto passa pela presença de duas ou três estrelas do futebol de nível nacional que estão a jogar fora do país. Jogadores de grande dimensão que atrairão, certamente, a presença dos media. Por outro lado, a estruturação do clube para 2005/2006 está já em marcha. Joaquim Fragata Assis é o homem escolhido para tentar fazer um campeonato que dignifique a colectividade e a freguesia. Trata-se, no fundo, de um regresso a casa; «Há um ano atrás esteve no clube, mas saiu a meio da época porque os resultados não apareciam. Quis-se ir embora, mas sentimos que ficou algo por desenvolver. Endereçamos-lhe novamente o convite. Vai haver uma lufada de ar fresco na equipa técnica», confirmou ao MaiaHoje Paulo Costa, presidente do Inter de Milheirós. Joaquim Assis, tem no seu currículo a subida de divisão do Desportivo de Vilar e do Cruz. Conta, actualmente, com 59 anos de idade. «Já deu muito ao futebol. Chamo-lhe um Gentleman do futebol», referiu a propósito o presidente. Quanto ao plantel, está já assegurada a manutenção de 12 jogadores. «Existirão, certamente, entradas, mas ainda é cedo para falarmos nisso», jogou à defesa o responsável milheiroense. Solicitado a fazer um balanço da época finda, Paulo Costa considerou-a de positiva; «As aspirações não passavam pela subida, chegámos a sonhar, mas não dava. Ficámos a meio da tabela que tem mais a ver com as possibilidades do clube». O líder do Milheirós valorizou, ainda, a continuidade da aposta nas camadas jovens e a restruturação do clube sem entrar em loucuras; «Há uma grande contenção de despesas, não vamos apostar em sonhos mais altos sem as infra-estruturas necessárias». pub
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sexta-feira 10 de Junho, 2005
DESPORTO
«Saio do Juvenis do Águas Santas a uma vitória Gondim com de serem Campeões da II Divisão Basta vencerem este Domingo o Marco. Lino deverá ser o treinador da equipa sénior para a próxima amizades época. reforçadas» José Matos
António Simão Fernandes na hora do adeus à presidência do clube. JOSÉ MATOS
Após quatro anos à frente dos destinos da Associação Recreativa Desportiva e Cultural de Gondim, António Simão Fernandes decidiu pôr um ponto final no seu percurso como presidente, por motivos da vida privada. Na hora do adeus, diz sentir-se orgulhoso pelo trabalho feito, destacando as melhorias alcançadas; «Tínhamos apenas duas camadas jovens, neste momento o clube dispõe de quatro já com frutos visíveis, sobretudo nos iniciados e juvenis. Em relação à equipa sénior, o Gondim andava sempre pelos últimos lugares e agora está em cima. Lembro-me que entravam em campo para não perder e passaram a pensar apenas na vitória. Financeiramente, o Gondim está estabilizado». Em relação ao futuro competitivo, entende que o clube reúne condições para subir de divisão, muito devido a «uma política sem loucuras e, portanto, sem dívidas». António Simão Fernandes deseja as maiores felicidades à Direcção que continua em exercício, realçando que não deixa inimizades, bem pelo contrário; «Orgulho-me de sair com amizades mais reforçadas em relação aos directores que comigo trabalharam estes quatro anos. É gratificante». No momento das despedidas fez, também, questão de lembrar uma pessoa; «Não podia deixar de agradecer a Bragança Fernandes pelo apoio dado». António Simão Fernandes, que entrou no dirigismo desportivo com 18 anos, sabe que a vida dá muitas voltas e não põe de lado a hipótese de um dia voltar.
Se no domingo os juvenis do Grupo Desportivo de Águas Santas derrotarem a equipa congénere do FC Marco, serão os novos campeões da II Divisão da Associação de Futebol do Porto, depois de já terem garantido a subida à I Distrital. Na última jornada venceram o Canidelo por 4 a 1, através de uma entrada dominadora na fase complementar (ao intervalo registava-se um empate a uma bola). Agora faltam três pontos para o título,
que poderá já ficar, então, entregue na deslocação a Marco de Canaveses. Dada a importância do jogo, a direcção tem solicitado aos sócios e simpatizantes para acompanharem os jovens, tendo disponibilizado uma carrinha que sai do campo de futebol às 9h00 de Domingo. A deslocação para ver o encontro, com direito a cachecol do Águas Santas, custa 12 euros e meio. Em relação à equipa sénior, Lino deverá ser o nome escolhido. Trata-se, no fundo, de uma continuidade, visto que já treinou a equipa nas últimas oitos jornadas do
campeonato findo, após a saída de Alberto Lemos, de quem era adjunto. Lino, antigo jogador do clube, deverá ter, portanto, a missão de assegurar o mais cedo possível a manutenção na I Divisão Distrital, evitando, de preferência, os sustos vividos na última época (a descida ficou afastada apenas a quatro jornadas do fim). O Presidente da Colectividade, Albino Rocha, referiu ao MaiaHoje que, por enquanto, não dá para pensar em muito mais que a manutenção; «O nosso orçamento é muito baixo», acentuou.
Juvenis do Águas Santas foram superiores ao Canidelo
Jorge Morais vai continuar à frente do Folgosa Depois de uma época histórica, a formação folgosense prepara-se para disputar o título de campeão distrital da 2ª Distrital. Face aos resultados obtidos, a equipa técnica continuará a ser a mesma na próxima época.
maiahoje jornal regional de grande informação
numa banca perto de si
ANTÓNIO MANUEL MARQUES
Esta foi uma época memorável para o Folgosa Maia Futebol Clube, repleta de feitos para constar nos anais dourados da
história do clube maiato: 91 pontos, deixando o 2º classificado a 21 pontos, apenas uma derrota em 34 jogos e mais de uma centena de golos marcados, feito sem paralelo pelo menos nos
campeonatos nacionais e distritais da Zona Norte. Face a este currículo granjeado, o Presidente do Folgosa, Luís Cândido, não pode deixar de estar satisfeito com o desempenho da sua equipa, garantindo desde já a permanência da equipa técnica, «uma equipa que faz a época que nós fizemos, não poderia deixar de estar satisfeita. A equipa técnica vai continuar na próxima época. Não haverá grandes mexidas». Em relação ao plantel, também não se esperam grandes alterações, com a novidade a residir na aposta em jogadores juniores, «Vai-se fazer um ajuste porque a competitividade na 1ª Divisão Distrital é outra. A nossa aposta na formação está agora a dar frutos. Quatro ou cinco juniores que vão para o plantel sénior». Quanto à próxima época, o objectivo está delineado desde já e passa pela manutenção, «eu acho que não vamos fazer uma época como esta. Vamos procurar fazer um campeonato tranquilo e adquirir alguma experiência. No futuro veremos». Antes disso, o Folgosa vai ainda disputar o título de Campeão Distrital da 2ª Divisão, frente à formação do Paço Sousa.
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DESPORTO
sexta-feira 10 de Junho, 2005
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Crianças encerram ano lectivo de “mãos dadas” com a ginástica O Complexo Municipal de Ginástica acolheu cerca de 600 jovens das EB 1 e JI da Maia, no âmbito da disciplina de expressão e educação físico-motora. JOSÉ MATOS
Música, palmas, sorrisos, muitos olhos brilhantes e o adeus que vinha das bancadas dos pais. O Complexo Municipal de Ginástica foi “invadido” por centenas de crianças, com idades compreendidas entre os 5 e os 8 anos, oriundas dos Jardins de Infância e Escolas do Primeiro Ciclo do Ensino Básico da Maia. O motivo de tanta festa - com direito a cambalhotas, saltos em trampolins, jogos de destreza, equilíbrio e passagem por arcos - foi o assinalar do término de mais um ano lectivo com a disciplina de expressão e educação físico-motora, área promovida pela Câmara Municipal da Maia, que desde 1988 patrocina a presença de 100 professores pelas escolas maiatas. Denominado por IV Torneio Inter-Escolas de Ginástica, o evento envolveu 25 professores a coordenar a actividade de cerca de 600 crianças, representando 45 EB 1 e 12 JI. Alexandrina Santos, coordenadora do programa de educação física para estes níveis escolares, realçou que a ocupação do Complexo Municipal de Ginástica é uma oportunidade única para estes jovens; «Experimentam uma das melhores infra-estruturas do género no país. Passam por aparelhos de ginástica que, provavelmente, nunca mais terão ao longo da vida. Não nos podemos esquecer que alguns
Crianças conviveram com aparelhos de ginástica olímpicos
destes aparelhos são olímpicos». De há quatro anos a esta parte, a iniciativa que encerra os anos lectivos tem decorrido num formato diferente, visto que antigamente aglomeravam-se os alunos de todos os anos das EB 1, ao passo que agora são subdivididos em dois fins de semana. Assim, depois dos jovens do 3º e 4º anos
Selecção da Maia na luta pelo segundo lugar TEXTO: JM FOTO: CB
A Selecção Sub 14 da Maia, que participa no Inter-Concelhos da Associação de Futebol do Porto, tem mantido uma boa prestação competitiva, honrando o nome do Concelho. Em terceiro lugar com 19 pontos (num total de oito equipas), procura chegar ao segundo (a liderança é impossível, face ao domínio da Trofa), tendo como adversários VN
Gaia e Paços de Ferreira. O treinador, Nuno Correia, destacou que «o comportamento dos jovens atletas tem sido excelente». A Associação de Futebol do Porto também reconheceu a prestação da equipa, ao escolher quatro atletas da Maia para a selecção das selecções, que fará o jogo final com o vencedor do torneio. Foram eles: Nuno Rodrigues, Paulo Ribeiro, João Barros e Manuel Miranda.
Bragança Fernandes associou-se aos jovens que representam a Maia no torneio da AFP
terem participado no Inter-Escolas de modalidades colectivas, foi a vez dos mais novos. Uma opção que, de acordo com Alexandrina Santos, traz melhores resultados; «Os miúdos passam um dia inteiro em actividade e nós queremos, essencialmente, investir na qualidade. Com seis mil crianças no estrado, como acontecia antigamente, de
certeza que não estariam sempre em actividade. São dois fins de semana separados, mas tornam-se mais produtivos». Mesmo assim, a tarefa não foi nada fácil; «Eles parece que têm daquelas pilhas que nunca mais acabam», brincou a coordenadora. Bragança Fernandes, Presidente da Câmara Municipal da Maia, passou pelo complexo, cumprimentando as crianças envolvidas. Ao MaiaHoje afirmou ter gostado do que viu; «Vale a pena apostar na juventude, que é um dos meus principais pontos de preocupação. É um motivo de grande alegria ver este complexo cheio de crianças e pais. Só as más línguas é que não dão valor a estas apostas». Ao seu lado, o Vereador com as pastas da Juventude e do Desporto, Jorge Rebelo, salientou a aposta da autarquia maiata no desporto escolar, mesmo sem qualquer apoio do Estado; «O Governo tem feito, por vezes, bandeira em afirmar que o deporto é vida e, portanto, penso que deveria ajudar mais, pois estas iniciativas são dispendiosas. Mas vale a pena, porque hoje notei aqui uma grande alegria e entusiasmo», opinou o autarca. De notar que este ano o Inter-Escolas coincidiu com a Luís Figo Cup, facto que em nada condicionou o certame. A cidade da Maia esteve entregue aos jovens e ao desporto.
Sérgio Soares nos Nacionais ANTÓNIO SOARES
À terceira foi de vez. O árbitro maiato Sérgio Soares subiu aos Nacionais de Futebol. Depois de duas tentativas, este ano mesmo lesionado, o jovem de Silva Escura procurou e atingiu o seu objectivo. Em 2004/2005 foi considerado o melhor árbitro da A.F.Porto «não me considero o melhor árbitro, no papel fui, mas considero-me apenas o primeiro classificado de entre muitos bons árbitros», disse humildemente Sérgio Soares. Foi em 1999 que Sérgio Soares se iniciou na arbitragem, tinha então 20 anos de idade. Desde esse ano as coisas correram sempre bem. Em 2000 sobe à 2ª Divisão Distrital, para no ano seguinte ascender à 1ª. A partir daí foi um mar de “candidaturas”aos quadros nacionais. Só este ano é que o salto foi possível, tendo ficado entre 120 árbitros, logo no 1º lugar na classificação do Campeonato Distrital da A.F.Porto. Apesar de confiante em fazer uma boa prova, Sérgio Soares confessa que mesmo com as dificuldades que passou tudo acabou bem; «na recta final sofri uma lesão com uma ruptura numa das pernas, mesmo assim, com um esforço suplementar cumpri a prova e o
tempo destinado». A festa que comemorou o sucesso decorreu em sua casa, após a longa viagem de Fátima (onde decorreram os testes de aptidão) até Silva Escura. Aguardavam-no familiares e muitos amigos, entre eles o antigo árbitro Martins dos Santos, o seu monitor, os árbitros José Mesquita e Pedro Maia, e o «amigo especial», João Pinto, antigo capitão do F.C. Porto. O objectivo futuro passa por chegar à Superliga. Até lá tudo fará para conquistar esse propósito «com a ajuda importante da família e com o meu esforço pessoal», fez questão de referir. Como Silvaescurense esta subida aos nacionais enche-o de «orgulho» e deixa-o muito contente por elevar o nome da terra. «Tudo farei para que o seu nome seja bem conhecido e honrado», prometeu a concluir.
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DESPORTO
Separados na política... unidos no futebol “Glorioso”, dizem eles. Onze anos após a conquista do último campeonato nacional, o Benfica festejou novo título, com comemorações em todo o país. Na Maia também houve quem manifestasse grande alegria, nomeadamente entre o meio político. O MaiaHoje falou com três autarcas que assumiram o seu grande benfiquismo. A convite nosso, Luciano Gomes, Miguel Ângelo Rodrigues e Hugo Campos decidiram pôr a camisola dos partidos de lado, para vestirem a vermelha. Pelo Benfica esqueceram mesmo eventuais querelas políticas. TEXTO: JOSÉ MATOS FOTOS: ANTÓNIO MANUEL MARQUES
Luciano Silva Gomes, Presidente da Assembleia Municipal da Maia, autarca do PSD e Benfiquista. «A minha paixão pelo Benfica vem desde os 9 anos de idade. A era do Eusébio marcou, e muito, a minha geração. Conheço pessoas que na vida têm mudado de profissão, de partido, etc., mas ninguém muda de clube... e é o que acontece comigo. Estou com 62 anos e só quando for para a cova é que terminará a paixão pelo Benfica. É um clube com uma dimensão e grandiosidade tais que não tem paralelo em Portugal. Basta ver a diferença entre os campeonatos e taças conquistadas pelo Benfica e os outros clubes. Para mim, o nome do Benfica é tão grande além fronteiras como o de Portugal. Tive uma grande alegria com este campeonato agora conquistado. O Benfica passou por momentos muito difíceis nestes últimos 11 anos e, portanto, foi com grande satisfação que comemorei o título. Ser-se benfiquista é ser-se diferente. É ter uma grande nobreza de alma. O benfiquista tem, no meu modo de ver, uma forma diferente de estar no futebol. Não são demagogos, nem arrogantes. Eu sou um homem do Norte e tenho muito orgulho disso, e, como tal, lamento o que se passou naquele dia em que o Benfica foi campeão, na Avenida dos Aliados; a violência da claque do FC Porto. Duvido que algum dia um grupo benfiquista fosse capaz de fazer aquilo. Sinto-me triste porque eventualmente aquela imagem pode
Juntos pela causa benfiquista
ser colada às pessoas do Norte e eu, nem de longe nem de perto me identifico com aquilo. Entre um grande comício do PSD e um grande jogo do Benfica, por qual optaria?! Pelo jogo do Benfica, claro». Hugo Campos, deputado da Assembleia Municipal e da Freguesia de Folgosa pelo PS e Benfiquista. «Ser benfiquista é ter na alma a chama imensa. É um estado de alma que só nós os benfiquistas percebemos, só nós sentimos. O Benfica é um dos maiores embaixadores do nosso país, juntamente com a Amália e o Luís Figo. É uma instituição que move multidões. Tal com o Partido Socialista, o Benfica é o clube do povo, da solidariedade. É nele que me revejo de alma e coração para toda a minha vida. Tenho 30 anos de idade, efectivamente os últimos 11 não foram tão agradáveis. Recordo alguns jogos empolgantes do Benfica, como aquela final da
A todo o “Gás” Luís Nóvoa continua “a todo o gás” no Campeonato Nacional de Montanha. O piloto maiato no passado fim-de-semana de 4 e 5 de Junho, debaixo de um sol tórrido, competiu na famosa Rampa da Arrábida, granjeando excelentes resultados para a equipa Auto Museu da Maia. Na Arrábida Luís Nóvoa conseguiu chegar ao lugar mais alto do pódio nos Históricos 1971 (H71) e como tem vindo a ser habito na Classe. Na Categoria 2 (todos os clássicos), Nóvoa conseguiu pub
chegar ao 6º lugar. No final da corrida, muito satisfeito, dizia ao MaiaHoje que «o carro portou-se muito bem, estamos todos de parabéns. A evolução do automóvel é uma realidade e a prová-lo estão os mais de 32 segundos que tirei ao meu melhor tempo, conseguido em 2004, nesta mesma pista.», disse. Em termos de Campeonato está em 1º da Classe, 1º dos H71 e 3º da Categoria 2. A próxima prova será a 18 e 19 de Junho em Figueiró dos Vinhos.
Taça dos Campeões Europeus, que infelizmente foi perdida em penáltis, com o PSV de Eindhoven, uma outra com o Milão; recordo a Taça de Portugal conquistada no ano transacto, uma grande alegria depois do “jejum”, e o título este ano. Estive no Bessa no último jogo. Foi uma grande festa, vieram-me as lágrimas aos olhos. Aquele ambiente, com o estádio vestido de vermelho, foi emocionante. Mas acima de tudo sou desportista. Vivi, também com grande alegria, as vitórias do Porto na Europa. Indiscutivelmente preferia ir ver um jogo do Benfica a um grande comício do PS». Miguel Ângelo Rodrigues, Vereador PS da Câmara Municipal da Maia e Benfiquista. «Tenho três grandes paixões na vida: a família, a Maia e o Benfica. A família é a minha parte racional, a Maia a parte social, cívica e o Benfica ocupa a
parte irracional. É uma paixão difícil de explicar. Comecei a ser benfiquista há 50 e tal anos, quando o meu pai me ofereceu um espelho pequenino que por trás trazia o emblema do Benfica. A partir daí torneime benfiquista... e dos ferrenhos. Tenho muitas histórias vividas em vários estádios e locais de Portugal. Gostaria de assinalar duas. Uma delas ocorreu numa pequena aldeia do concelho de Vinhais. Estava com um grupo de amigos num café, onde também se encontravam perto de 12 pessoas da freguesia. Comecei numa daquelas discussões típicas com um portista amigo, cada um a puxar para o seu lado. A determinada altura levantei-me e propus um teste: perguntei quantos dos presentes eram benfiquistas. As doze pessoas do local levantaram o braço, incluindo o dono do café. Deu-me um grande gozo, até pela cara de espanto do meu amigo. Outro momento que vivi foi no Estádio da Luz. Entre os muitos jogos de competições europeias que lá fui ver, num deles, contra a Juventus, chovia imenso. O Benfica estava a ter muitas dificuldades para conseguir vencer. A “páginas tantas”, virei-me para trás e insurgi-me contra o público: - Seus morcões, vamos mas é apoiar, disse. Comecei a gritar pelo Benfica, alguns segundos depois já eram 10, 100, 1000... consegui pôr o Estádio todo a gritar pelo Benfica. Só me recordo de ter chorado duas vezes de alegria: a primeira foi quando regressei do Ultramar, em 1969, e avistei Lisboa do Barco de Vera Cruz; e a segunda no último jogo do Bessa, quando o árbitro deu por terminado o campeonato. Não vi o jogo, no entanto no fim comemorei com amigos e quando me deitei já passava das quatro da madrugada. Atenção que sou um desportista, apoio sempre as equipas portuguesas nas competições europeias, mas cá dentro quero que o Porto e o Sporting percam nas 34 jornadas. Só diz que o Benfica é um clube do “antigo regime” quem é ignorante. As grandes figuras do antifascismo eram benfiquistas, como Manuel Alegre, Otávio Pato, Salgado Zenha, creio que até Francisco Sá Carneiro. Não troco um jogo do Benfica por nada. Não trocaria, assim, por um comício do PS, tivesse a dimensão que tivesse».
mh
DESPORTO
sexta-feira 10 de Junho, 2005
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Luís Figo Cup trouxe à Maia juventude, irreverência e fulgor desportivo A cerimónia no Estádio Municipal ficou marcada pela luz, som, espectáculos de ginástica e dança moderna. JOSÉ MATOS
A fase final da Luís Figo Cup transformou a Maia num grande palco do desporto. Esta iniciativa do Ministério da Educação e da Fundação Luís Figo, que contou com a colaboração da Câmara Municipal da Maia, incentivou a prática de várias modalidades em Terras do Lidador. O dia de sol ajudou a que cerca de 2000 jovens, com idades correspondentes aos escalões de infantis e juvenis, de ambos os sexos, ligados a escolas de todo o país, pudessem verdadeiramente fazer a festa do desporto. Bragança Fernandes, Presidente da Câmara Municipal da Maia, deu a aposta como bem sucedida, defendendo que a Maia tem condições únicas para a realização deste género de acções; «Na Área Metropolitana do Porto e provavelmente no país, é o único concelho que poderia receber a final da Taça Luís Figo, com esta apoteose, tantos jovens, em várias infra-estruturas desportivas. Poucos concelhos poderiam proporcionar todo este apoio logístico. Ouvi de várias crianças que gostariam de viver na Maia». No que se refere a outras parcerias com a Fundação Luís Figo (FLF), o edil adiantou que vai ser assinado um protocolo no sentido de se desenvolver mais projectos no âmbito do desporto escolar, para este ano e para o próximo. Quanto à hipótese de uma sede da FLF na Maia, repto lançado durante a conferência de imprensa de apresentação
Espectáculos de ginástica cativaram muitos aplausos no Estádio Municipal
do evento, Bragança Fernandes realçou que facilmente se arranjaria terreno e instalações para o efeito. O Vereador da Juventude e do Desporto, Jorge Rebelo, também deixou alguns elogios ao evento; «Penso que dignificou muito o desporto escolar e que contribuiu de uma forma bastante decisiva para que a Maia continue a ser uma verdadeira capital do desporto».
A onda, aplausos e a arte juvenil da ginástica e da dança Um dos momentos altos dos três dias da fase final da Luís Figo Cup teve lugar no Estádio Municipal Prof. Dr. José Vieira de Carvalho, Sábado à noite, onde os muitos jovens participantes puderam assistir a um espectáculo de cor, luz, som e movimento.
BTT Inter-FFreguesias aproxima-sse do fim Realizou-se recentemente a terceira eliminatória de quatro, da modalidade de BTT dos jogos Inter-Freguesias. Cerca de 80 inscritos animaram as encostas do Monte da Caverneira. AMM Com uma participação que excedeu as expectativas dos responsáveis, a terceira jornada de BTT incluída na actual edição dos Jogos Inter Freguesias contou com bem mais de meia centena de participantes. Manhã cedo, os “betetistas” rumaram ao Monte da Caverneira, um dos locais do Concelho com melhores condições para a prática da modalidade. Com uma adesão positiva, a inclusão do BTT nos Inter-Freguesias dá-se principalmente pela evolução que a modalidade vem sofrendo e que é exemplo a criação de uma equipa de BTT pelo próprio S. L. Benfica, explicou ao MaiaHoje, Francisco Barbosa, do Departamento de Fomento Desportivo da autarquia, «tiramos partido da evolução da modalidade. Aqui na Maia temos uma equipa com algum potencial que são os Dadores de Sangue da Maia e outra que está a trabalhar bem que são os Leais e Videirinhos. Com estas equipas colaboramos nesta PUB
realização. No Inter-Freguesias também entendemos por bem alargar a actividade a novas modalidades tirando partido de recursos do Concelho». A última eliminatória do BTT InterFreguesias está marcada para o Aeródromo de Vilar de Luz.
Encerramento agendado para o dia 2 e 3 de Julho O final desta quinta edição dos jogos Inter Freguesias do Concelho da Maia, foi marcado para os dias 2 e 3 de Julho, com lugar no Complexo Municipal de Ténis. Mas antes disso, realizou-se a jornada final do apoio aos lares e centros de dia, esta quarta feira, uma iniciativa que teve lugar no Centro Comunitário de Vila Nova da Telha. Bragança Fernandes, Presidente da autarquia, marcou presença no evento que juntou a terceira idade num ameno almoço convívio.
A bancada principal esteve particularmente cheia, ouvindo-se aplausos, cânticos e até se viu a onda mexicana. No relvado, já com a noite alta, actuaram grupos de ginástica de quatro escolas, todas pertencentes ao desporto escolar (Escola Secundária Almeida Garrett, de VN Gaia; Escola EB 2,3 de Pedrouços; Escola EB 2,3 Cerco do Porto e Colégio de Gaia) e os convidados “Dance 4 Kids”, com interpretações de dança moderna. Organização a cargo da Coordenação Educativa do Porto, entidade ligada ao Ministério da Educação. A acompanhar o edil Bragança Fernandes no Estádio, esteve o Secretário de Estado da Educação, Valter Lemos, o Secretário de Estado da Juventude e do Desporto, Laurentino Dias, e o administrador da Fundação Luís Figo, Luís Valente, os quais se congratularam com a forte adesão desportiva dos jovens estudantes presentes na Maia. No Domingo, com o encerrar da iniciativa, todos pensaram que valeu a pena pelo convívio e já ninguém se lembrava quem ganhou o quê. Realce-se que durante o fim-desemana estiveram envolvidos vários meios de prevenção a acompanhar o evento. A Protecção Civil instalou um Posto de Coordenação, Comando e Comunicações. Outros meios no terreno foram: Cruz Vermelha da Maia, Cruz Vermelha de Matosinhos, Bombeiros Voluntários de Moreira da Maia, Polícia Municipal, PSP Maia e Águas Santas e GNR Maia.
Merche Romero e José Carlos Malato apadrinham MHC Personalidades televisivas são os padrinhos oficiais do Maia Handball Cup 2005, juntandose a outras individualidades na Comissão de Honra do Torneio Internacional. AMM As figuras televisivas Merche Romero e José Carlos Malato aceitaram o convite para serem os padrinhos oficiais do Maia Handball Cup (MHC). O Torneio que se realiza entre 16 e 21 de Julho passa assim a ter mais duas personalidades na sua Comissão de Honra liderada pelo Presidente da República, Jorge Sampaio, já repleta de individualidades como o Bispo do Porto, Armindo Lopes Coelho ou o Presidente da Cruz Vermelha Portuguesa, José Luís Nogueira Pinto. Outra novidade da edição deste ano do MHC é a inclusão nas actividades paralelas proporcionadas aos participantes da iniciação ao hipismo e a possibilidade de saltos em queda livre.
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Obg. Tx. Variável EFANOR 2004/2009 Pagamento de Juros do Cupão nº 2 Avisam-se os Senhores Obrigacionistas que, a partir de 29 de Junho de 2005, se encontra a pagamento o juro relativo ao cupão nº 2, das obrigações com o código da Central de Valores Mobiliários EFRAOE, pelos seguintes valores: Juro Ilíquido IRS/IRC (20%) Juro Líquido
Euros 0,781841667 Euros 0,156368333 Euros 0,625473334
O agente pagador nomeado para o efeito é o Banco Comercial Português, S.A. - Soc. Aberta
Processo:487/03.OTBPBL N/referência:719606
Acção de Processo Ordinário Data:20-0 05-2 2005
Autor: Pavichão- Pavimentos Industriais,Lda. Réu: Encore,Eng.,Const. e Reconstrução,Lda.
Nos autos acima identificados,correm éditos de 30 dias,contados da data da segunda e última publicação do anúncio, citando:Ré:Encore, Eng., Const. e Reconstrução, Lda., NIF-502729759, domicílio: Rua Dr. Carlos Felgueiras, nº218, Sala 5,Maia, 4470-000 Maia, com última residência conhecida na(s) morada(s) indicada(s)para , no prazo de 30 dias, decorrido que seja o dos éditos, contestar, querendo, a acção, acima identificada, e que em substância o pedido consiste, em a Ré ser condenada a pagar à autora a quantia de 15.127,17 euros, juros e custas, tudo como melhor consta do duplicado da petição inicial que se encontra nesta Secretaria,à disposição do citando. Fica advertido de que é obrigatória a constituição de mandatário judicial.
Maia, 03 de Junho de 2005
EFANOR INVESTIMENTOS, SGPS, S. A. Administração Jornal Maia Hoje • Edição n.º 131• 10/06/2005
O Juíz de Direito Maria de Fátima Faria de Vasconcelos O Oficial de Justiça Rosa Maria M.P.Gameiro Jornal Maia Hoje • Edição n.º 131• 10/06/2005
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gostamos mais... Sistema de portas Caixa Automática Modularidade
gostamos menos... Bagageira Interior pouco espaçoso
Um prazer automóvel inédito Novo Peugeot 1007 ARTUR BACELAR
A Peugeot na apresentação deste seu novo veiculo afirma que o 1007 é «um prazer automóvel inédito». Raramente as marcas nos seus “chavões” publicitários vão de encontro aquilo a que poderíamos resumir um test-drive, mas desta feita constatamos que nada de tão acertado se resumiria nessa frase. Olhando ao crescente mercado de pequenos utilitários ao jeito de monovolume como por exemplo o concorrente “Renault Modus”, o 1007 ganha a toda a sua concorrência, seja pelo obvio (portas de correr), seja pelo acessório (espaço e pequenos detalhes como o terceiro vidro lateral colocado à frente). O 1007 faz parte de um moderno conceito automóvel, cuja criatividade e audácia, já tinha sido evidenciado pelo “concept car” “Sésame”, democratizando assim (com os seus 3,73 metros) o conceito de monovolume.
Abre-te Sésamo!
A grande novidade prende-se com as portas eléctricas de correr com telecomando designadas por “Sésame”, que libertam uma abertura ampla e inovadora (920 mm de comprimento), permitindo uma acessibilidade inédita ao habitáculo, sendo possível estacionar em lugares muito estreitos sem prejuízo para o espaço necessário para entrar e sair do veículo,
Um “nome” diferente
Representando uma extensão da gama clássica existente, o modelo foi escolhido, pelo seu carácter inovador, para inaugurar a nova identificação de quatro algarismos, com um zero central desdobrado, reservada aos produtos inéditos. As suas dimensões posicionam-no, desde logo, na primeira família da gama, enquanto que o momento escolhido para o seu lançamento destina-o a integrar a geração dos «7». Nasceu assim o 1007.
Excelente modularidade
Caixa automática exemplar
Na frente, os bancos dianteiros, correm ao longo de um amplo curso, facilitando o acesso aos lugares traseiros, sendo que o do passageiro do lado direito, dispõe de um encosto rebatível contra o assento, podendo transformar-se numa útil base de trabalho. Na parte de trás, com espaço apenas para dois adultos, com dois bancos bem defenidos, estes oferecem também uma excelente modularidade podendo ambos os bancos ser totalmente dobrados de forma muito fácil contra os bancos da frente, graças a uma assistência por êmbolo. A respectiva cinemática pode fazer variar a capacidade reservada às bagagens de 178 dm3 a 1.048 dm3 (norma VDA) ou 246 l a 1.192 l em água.
A caixa “2 Tronic” proposta com qualquer dos motores a gasolina, que dispensa o pedal de embraiagem, oferece dois modos de utilização: um modo dinâmico, no qual as passagens de caixa são efectuadas através de comandos localizados sob o volante (+ à direita, para passar à mudança superior, - à esquerda, para passar à mudança inferior), ou por impulsos sobre a alavanca de comando da caixa. O modo escolhido e a relação de caixa engrenada são indicados no painel de instrumentos. Um modo automático que, libertando totalmente o condutor da necessidade de passar de caixa, privilegia uma utilização calma e fluida.
Muitos espaços de arrumos
A gama nacional articula-se em torno de três níveis de equipamento - Urban, Trendy e Sporty -, três motorizações e duas caixas de velocidades. Urban - nível de acesso à gama integra, desde logo, o conjunto do conceito 1007 e numerosos equipamentos de conforto, entre os quais se destaca: Computador de bordo; deslizamento dos bancos traseiros independentes num curso de 23 cm; Encosto do banco do passageiro dianteiro rebatível; Fecho centralizado das portas com comando à distância; Interior Caméléo; Portas Sésame; Rádio CD RD3 com 4 altifalantes; Vidros com regulação eléctrica; Volante regulável em altura e profundidade; Retrovisores eléctricos e com desembaciamento, entre muitos outros. Trendy - Orientado para o conforto, este nível evoca elegância e acrescenta, entre outros, os seguintes equipamentos de série aos elementos de base presentes nas propostas Urban: Ar condicionado manual; Espelho para vigilância de crianças; Faróis de nevoeiro; Jantes em liga leve 15 polegadas; Pára-brisas atérmico, entre outros. Sporty - Nível de topo da gama 1007, conjuga o espírito dinâmico e ambiente desportivo. Entre outros elementos, acrescenta às versões Trendy os seguintes equipamentos de série: Acendimento automático dos faróis; Ar condicionado automático; Fachada técnica e comandos de abertura interior tipo alumínio; Faróis com fundo escurecido; Limpa-vidros dianteiro automático com sensor de chuva; Pedais em alumínio; Ponteira de escape cromada; Punho da alavanca de velocidades em alumínio, entre outros.
O 1007 é um veículo prático e engenhoso, com todos os espaços explorados com vista à colocação de objectos: grande porta-luvas, gavetas sob os bancos da frente, espaços no piso sobrelevado, nos painéis traseiros, no painel de bordo e na consola, cintas, bolsas, etc...
Personalização facilitada
Outra das soluções interessantes prendese com os doze kits de personalização que constituem uma verdadeira colecção, apresentando nomes evocadores como Nabucco, Borneo, Pixel, Nateo, Oleboron, Trimix silver, Biduletruc, Speed’up, Ethiko, Oranis, Carrément, Trimix red. Sendo que ao jeito de “tampa de telemóvel, cada um é composto por dezoito peças.
Motorizações
A gasolina dois motores, de 1.360 cm3, 75 cv, com opção de caixa manual de cinco velocidades (CM5) ou manual pilotada “2 Tronic” também de cinco velocidades (MP2T) e 1.587 cm3, 110 cv com caixa MP2T. A diesel, uma motorização apenas de 1.398 cm3, 70 cv, caixa CM5.
Urban, Trendy e Sporty...
Preços
Dos 17.600 (urban 1.4i), aos 21.550 Euros (sporty 1.4 hdi), sendo que a primeira versão diesel (urban 1.4 hdi), começa nos 19.600 Euros.
Conclusão
Um veiculo muito divertido e fácil de conduzir, principalmente com a surpreendente caixa “2 Tronic”. O design é de Pininfarina que já nos habituou às mais belas máquinas do mundo. Este recupera, com força, a nova identidade estilística dianteira da Peugeot - uma grande entrada de ar exclusiva que enquadra um olhar felino. O preço é justo para o tipo de automóvel/equipamento proposto. A Carmaia é ainda a empresa que durante anos tem proporcionado aos maiatos o acesso, na nossa terra, a marca do “leão”. Passe por lá e constate estas novidades.
mh
a fechar
Nº 131 | 10 de Junho 2005
Recolha selectiva porta a porta com novos materiais
Maiambiente apresentou novo programa “Separação de Resíduos dentro de Portas”. Habitações colectivas do Concelho vão passar a ter recolha selectiva de cinco materiais, com os produtos orgânicos e as embalagens de vidro como novidades. ANTÓNIO MANUEL MARQUES
Resultado de uma parceria com a Lipor, a Maiambiente, Empresa Municipal totalmente detida pela Câmara Municipal, apresentou oficialmente o projecto, “Separação de Resíduos dentro de Portas”. Este programa tem como objectivo dotar todas as habitações colectivas do Concelho que possuam compartimentos de resíduos sólidos, com recolha selectiva de cinco fracções de materiais. Assim, a acrescentar ao papel e cartão, às embalagens de plástico e a ao lixo indiferenciado que já são separados, surge agora a possibilidade de acondicionar em casa resíduos orgânicos e embalagens de vidro,
sendo que em determinados locais são também recolhidos óleos alimentares. Apresentado na Terça, este projecto já está em funcionamento desde o dia 23 de Maio nas freguesias da Maia e Vermoim, que constituem a primeira fase. A implantação está dividida em cinco fases sendo que a segunda diz respeito às freguesias de Moreira, V. N. Telha, Gemunde e Barca, devendo estar concluída até Agosto. Seguem-se Avioso S. Pedro e S. Maria, Gondim, Silva Escura, Folgosa e S. P Fins, na terceira fase, Águas Santas que constitui a quarta fase, e por fim, serão abrangidas as freguesias de Gueifães, Pedrouços, Nogueira e Milheirós. A colocação dos contentores é acompanhada de acções de
sensibilização junto dos munícipes para a correcta colocação dos materiais, que no caso dos resíduos orgânicos tem de seguir procedimentos específicos como a não utilização de sacos plásticos de qualquer tipo. Segundo os responsáveis, até ao fim do ano este programa estará completamente implantado no Concelho da Maia, servindo um milhar de prédios, cerca de 20 mil habitações que totalizam 60 mil habitantes. Com a implantação do projecto terminada, o investimento total orçará os 500 mil euros. O Vereador do Ambiente da Câmara Municipal, classificou este programa de pioneiro, mesmo a nível mundial, «é um projecto de grande inovação e pioneirismo
que começa agora e que termina no fim do ano. Quando terminar seremos um Concelho líder quase a nível mundial. Sabemos que não existem em nenhum lado da Europa esta recolha selectiva porta a porta com seis tipos de materiais». O autarca salientou ainda que a Maia atingirá no final deste projecto mais de 50% da população coberta por recolha selectiva, quando as metas europeias para o nosso país rondam os 10%.
Restantes habitações unifamiliares terão de esperar pelo próximo ano Em termos de casas unifamiliares como moradias, à excepção da cidade da Maia onde o serviço já está implantado, a recolha selectiva porta a porta só será instalada no próximo ano, depois de finalizado o programa “Separação dos Resíduos dentro de Portas” agora apresentado. A data foi avançada por Silva Tiago, «a recolha selectiva porta a porta a edifícios unifamiliares avançará depois deste projecto terminado, sempre depois do fim do ano. Para essas pessoas existem soluções como ecopontos, ecocentros e vidrões». Recorde-se que a recolha selectiva porta a porta iniciou-se em 98 e abarca neste momento a cidade da Maia. Estes resíduos recolhidos são posteriormente encaminhados para a Lipor no sentido de serem reciclados, contra o pagamento de uma taxa às autarquias, que vêm assim a factura do tratamento do lixo reduzida.
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