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jornal regional de grande informação Ano V | Nº 110 | Quinzenal | Director: Artur Bacelar | Porte
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Sai às Sextas | 13 de Agosto a 26 de Agosto de 2004 | Preço incluindo IVA €0,50
TRIBUNAL DE CONTAS APONTA IRREGULARIDADES À HABITAÇÃO SOCIAL DA MAIA
ANTÓNIO AMBRÓSIO: «Santana Lopes será por muitos anos o grande Primeiro Ministro de Portugal»
Pág. 8
BRAGANÇA FERNANDES Quanto à eventualidade de outro candidato: «O Partido não me faria uma coisa dessas» Pág. 10
LAR STº ANTÓNIO Director Distrital da Segurança Social tomou conhecimento do projecto de remodelação no valor de 750 mil euros Pág. 17 MAIA VENCE 66ª “VOLTA” A Milaneza Maia foi quem riu no fim. David Bernabeu é o dono da amarela Pág. 27 Foto Arquivo
Pág. 5
“CHUVAS DE VERÃO” FIZERAM ESTRAGOS NO CONCELHO As fortes chuvadas que marcaram os primeiros dias do mês de Agosto não deram descanso à Protecção Civil Municipal. Derrocada de casa, ruas alagadas e entrada de água nas habitações foram alguns dos sinistros registados. Pág. 7 PUB
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02 GRANDE MAIA pub
EDITORIAL artur bacelar :: director
O Estado, o Governo, os Governantes e os pedinchões. O “Estado” e o “Governo”, entre outras definições, são duas palavras que explicam para onde vão os nossos impostos. Os Governantes, por outro lado, são aqueles que, bem ou mal, gerem o Estado, leia-se, o nosso dinheirinho. Sendo assim, quando alguém vem pedir -por este ou aquele motivouma “casita”, por um lado o leitor terá que pensar que esse alguém lhe está também a pedir a si, por outro lado poderá pensar que caso o governante aceda em oferecer a Casa ao cidadão, que este lha “oferece” em também seu nome. Em geral, esta premissa aplica-se a todas as outras situações de Estado e de Governo, mas lembrei-me da singularidade da “Casa” porque é gritante saber que além de a “dar-mos”, ainda temos, na qualidade de Senhorios, de efectuar as obras de reparação e manutenção, que vão desde as pinturas e telhados, à simples reparação da torneira que está a pingar, que a grande maioria do cidadão comum, para obviar enormes custos de deslocação e reparação, normalmente faz directamente dando-lhe um nome pomposo tipo “bricolage”. Esta é, em suma, uma falsa medida de apoio social. Lembro-me bem de fazer parte da Comissão de Jovens de apoio à Candidatura do Engenheiro Paulo Vallada para a Câmara Municipal do Porto e de lhe ter ouvido mais ou menos estas palavras “Eu sou contra o dar por dar! Mas que história é esta do dar? Para se dar é porque se tem e se tem é porque alguém trabalhou para o ter. Será assim lógico que não se dê, mas sim que se ajude! Quando estava em África (se não estou em erro Paulo Vallada foi Presidente de Câmara ou Administrador de uma das províncias das colónias Portuguesas), não dava mas sim ajudava. Se me pediam uma Casa, emprestava-lhes cimento, areias, tijolos, apoio técnico e alguém teria que as construir. Assim sabiam quanto lhe custava), dizia o engenheiro. Hoje tenho obviamente que concordar com este pensamento, porque ao praticarmos o acto de dar, as pessoas esquecem-se do valor da dádiva, dos sacrifícios que muitos Portugueses fazem para pagar os seus impostos e assim permitir estas ofertas. Agora pergunto eu: Valerá a pena “Dar”, pelo menos enquanto houver esta falta de consciência e educação Cívica?
por: antónio manuel marques antonio@maiahoje.pt
! PAINEL MAIA HOJE À hora do fecho da edição e à pergunta «Nos Jogos Olimpico de Atenas, quantas medalhas acha que a representação portuguesa trará, nenhuma, de uma a cinco, de seis a dez ou mais?», o Painel MaiaHoje.pt, composto pelos visitantes do “site” www.maiahoje.pt, respondeu da seguinte forma:
OBJECTIVA
Total de Votos: 121
Título: Espelho meu... Lembramos que o resultado do Painel “MaiaHoje.pt”, não pretende ser de alguma forma uma sondagem ou consulta de opinião. Para a próxima quinzena a questão que iremos colocar no painel MaiaHoje.pt é a seguinte: «Em férias não consigo passar sem... » Lembramos que esta votação vai estar on-line a partir de hoje e até ao dia 26 de Agosto, sendo os resultados publicados na edição número 112 de 27 de Agosto.
! INDICE DAS FREGUESIAS ÁGUAS SANTAS FOLGOSA GEMUNDE GONDIM GUEIFÃES
pág. 15, 16 e 17 pág. 13 pág. 17 e 18 pág. 19 págs. 17 e 18
MAIA
pág. 19
MOREIRA
pág. 13
S. PEDRO FINS
pág. 18
VERMOIM
pág. 14
V. N. TELHA
pág. 15
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GRANDE MAIA 03 maiahoje jornal regional de grande informação
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!NÚMERO DE FALÊNCIAS CONTINUA A SUBIR A NÍVEL NACIONAL
Maia regista ligeira descida
Segundo o estudo apresentado periodicamente pelo Instituto Informador Comercial (IIC), o 1º Semestre de 2004 registou um aumento das acções de Falência sobre as empresas na ordem dos 22%, relativamente a igual período de 2003, com mais 239 casos. Neste capítulo, a Maia inverte ligeiramente a tendência com uma descida de cerca de 4%, ou seja, de 23 acções para 22. foto arquivo
REDACÇÃO: Andreia C. Faria andreiafaria@maiahoje.pt Carlos Barrigana (AJD n.º 1277) carlos@maiahoje.pt Claúdia Patrícia Oliveira claudia@maiahoje.pt João André Soares joao@maiahoje.pt José Matos (C. P. n.º 9293) jose@maiahoje.pt DIRECTORA COMERCIAL: Manuela Sá Bacelar manuela@maiahoje.pt DESIGN / PAGINAÇÃO: Bruno Ferreira da Silva bruno@maiahoje.pt SECRETARIA DE REDACÇÃO: Diana Batista diana@maiahoje.pt COLABORADORES: António Armindo Soares soares@maiahoje.pt Claúdia Paixão (Dep. Gráfico) Francisco Alves (Palavras Cruzadas) Francisco José Bacelar (Desporto) francisco@maiahoje.pt Júlio Sá Ornelas (Fotografia) (C. P. n.º 10056) julio@maiahoje.pt Miguel Ângelo Machado (C. P. n.º 9296) miguel@maiahoje.pt Nelson Azevedo Ferraz (Crónicas) Patrícia Oliveira (Dep. Gráfico) Rui Alexandre Ribeiro (Psicologo) Williams James Marinho (Sociedade) DISTRIBUIÇÃO: Millennium Press - Maia REDACÇÃO / D.COMERCIAL Rua dos Altos, Edifício Arcada, loja 12 • 4470 - 235 Maia Telefones 22 947 62 62 Telefax. 22 947 62 63 Dep. Comercial. 22 947 62 64 Sede: Rua dos Altos, Edifício Arcada, loja 12 • 4470 - 235 Maia Depósito legal 147209/00 DGCS nºo 123524 Tiragem 3.000 exemplares
O 1º Semestre de 2004 foi mesmo recordista em número de Acções de Falência (solicitação ou apresentação de falência; recuperações de empresa; falências declaradas por sentença), segundo o estudo do IIC. Registaram-se então 1328 situações, mais 239 que no mesmo período do ano anterior. Geograficamente a Grande Lisboa e o Grande Porto são as áreas que mais contribuem para estes números, como seria de esperar devido à sua concentração empresarial, representando cerca de metade dos casos. De salientar ainda pela negativa, o grande aumento percentual verificado em Beja (350%) e Évora (117%). Pelo lado positivo destacam-se os Distritos do Funchal e Portalegre, com uma descida de 70% nas acções de falência.
Ao nível dos sectores de actividade, as áreas que apresentam mais casos são o Comércio por Grosso, Industria de Construção e Industria Têxtil. A acompanhar esta tendência estão também as Agências de Viagens, as Industrias Extractivas e os Serviços de Saneamento e Limpeza que apresentam os maiores aumentos percentuais. Pelo contrário, o sector das Comunicações é o que se apresenta com mais vigor, registando uma descida nas acções de falência na ordem dos 80%. MAIA INVERTE A TENDÊNCIA NACIONAL Ao contrário da maioria dos Concelhos a nível nacional, a Maia consegue um resultado positivo, com
menos uma acção de falência que em período homólogo de 2003. Face a estes resultados, o Presidente da Associação Empresarial da Maia, José Torres, atribui as causas do sucedido «à excelente localização. É um Concelho com grande concentração de empresas e penso que estes dados começam a ver-se a nível nacional. Mas fecham umas e abrem outras. Por exemplo, na Associação verificamos que o numero de desistências é igual ao número de adesões», disse ao MaiaHoje. Ainda no Distrito do Porto, Gondomar é o Concelho com o maior aumento de acções de falência, com mais dez, enquanto Matosinhos é o que apresenta o resultado mais positivo, com uma redução de cinco acções. António Manuel Marques
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04 GRANDE MAIA
!TRABALHADORES DESAPARECIDOS EM ESPANHA VOLTAM A CASA
antónio manuel marques
antonio@maiahoje.pt
«Se puder não deixarei que esse homem engane mais alguém» Depois de um mês sem dar notícias, os trabalhadores maiatos desaparecidos na região espanhola da Comunidade Autónoma de La Roja voltaram a casa, no Bairro do Sobreiro, no passado dia 3. Manuel Pires, de 47 anos, contou ao MaiaHoje, a «experiência muito má» que viveu no país vizinho, «trabalhava 12 horas por dia sem descanso semanal. Não conseguia entrar em contacto e não me deixavam ir à cidade. Quando pedia dinheiro para telefonar diziam-me que não tinham. Não estava preso, mas
estava pouco à vontade. Estou muito cansado e às vezes quase nem sinto as mãos». Uma situação muito diferente do que foi inicialmente prometido pelo patrão oriundo de Torre de Moncorvo, que consistia no horário diário de oito horas de trabalho, pelo qual os trabalhadores receberiam um pagamento mensal de 750 euros, mais horas extras. Depois de dois meses e meio de trabalho, Manuel Pires apenas recebeu 670 euros, tendo inclusive de pagar o bilhete de comboio para a
viagem de regresso. Este só se deu devido à ajuda das autoridades espanholas, «conseguimos vir embora porque fomos todos à policia. Regressaram cinco comigo. Levaramme à estação e “andamento”. Nunca mais na vida vou trabalhar para o estrangeiro. É ponto assente». Já na Maia, o trabalhador revelou-se espantado com a atenção que a sua situação mereceu, «não sabia que andava nas televisões, não sabia de nada».
Agora, Manuel Pires garante que o seu ex-patrão anda a angariar mais pessoas, «a 15 de Setembro tem de ter lá gente a trabalhar, até ao fim de Outubro. Se puder não deixarei que esse homem engane mais alguém». O trabalhador garante que vai levar o seu caso até às últimas consequências, «vou para Tribunal. É até ao fim». Depois de todas as dificuldades, este maiato deixa o apelo, «se pudessem ajudar, estou à procura de um emprego. Tenho uma família para sustentar».
!SUBSTITUIÇÃO DO DIRECTOR DE URGÊNCIA DO HOSPITAL
!C. M. PONDERA
RECONHECIMENTO EM 2005
Associações da Maia vão ser homenageadas Em Janeiro, ou Fevereiro do próximo ano, os responsáveis pelas associações maiatas, que tenham alguns anos de exercício na direcção, irão ser receptores de uma homenagem por parte do município. A iniciativa, adiantada pelo Presidente da Câmara Municipal, Bragança Fernandes, ainda não está bem pensada nem estruturada, apenas existe a vontade do reconhecimento: «Estou a pensar realizar uma grande festa de homenagem aos presidentes e restante direcção dos clubes e associações, uni-los todos numa confraternização. Ainda não sei se será jantar ou almoço», realçou. A ideia é prestar reconhecimento a elementos que dedicam parte da sua vida a trabalhar em colectividades, «sem estarem à espera de qualquer lucro. Eles merecem gratidão e é isso que lhes quero prestar através desta iniciativa», notou o edil. PRESIDENTE ACUMULA NOVA PASTA Em reunião de câmara foi aprovada a restruturação e clarificação do organograma da câmara municipal. Criou-se, oficialmente, a divisão do turismo, separando-se as relações internacionais. Esta passou a estar sob dependência directa da presidência, mantendo-se a primeira área como competência do pelouro da cultura. Bragança Fernandes passa, desta forma, a acumular mais um gabinete, aproximando, numa lógica organizativa, as relações internacionais das relações públicas que já assumia.
PEDRO HISPANO NA ORIGEM DA DECISÃO
Chefes de urgência demitem-se foto arquivo
Os oito chefes de urgência do Hospital Pedro Hispano apresentaram a demissão em bloco. Na origem desta decisão conjunta está a substituição do Director do Serviço de Urgência, Silva Mendes, por uma sua adjunta, Adelina Pereira. Aparentemente, a Administração do Hospital já contava com esta atitude demissionária, frisando que agora os médicos podem-se dedicar plenamente ao exercício da especialidade, já que deixam de exercer funções de chefia. Uma justificação já contestada pela Ordem dos Médicos Esta demissão vem também em sequência do mal-estar causado pela recente polémica à volta da dispensa de dezenas de médicos em detrimento da contratação de serviços a médicos exteriores ao Hospital, que recorde-se, serve o Concelho da Maia. Quanto à nova Directora, Adelina Pereira é conhecida com “rigorosa e exigente”, tendo afirmado publicamente que já tem a sua equipa delineada. AMM pub
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JM
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GRANDE MAIA 05
maiahoje
!RELATÓRIO APRESENTA 37 PONTOS RELATIVOS A SITUAÇÕES ANORMAIS
TC aponta irregularidades na habitação social da Maia O Tribunal de Contas revelou esta semana o relatório relativo à auditoria sobre os Programas de Habitação Social, realizada em 2002. Os resultados não são nada abonatórios para a autarquia maiata, apontando diversas irregularidades no processo, nomeadamente a entrega de cerca de cinco centenas de fogos a famílias não inscritas no Programa Especial de Realojamento, a utilização de verbas provenientes de comparticipações estatais a fundo perdido, para fins que não os acordados e atrasos generalizados nas construções que resultaram numa despesa extra de mais de 670 mil euros. Os responsáveis da autarquia argumentam que há muitas irregularidades que não correspondem à verdade e que todo o processo foi previamente fiscalizado pelo Tribunal de Contas, pelo que não compreendem os resultados agora divulgados. O caso está agora nas mãos do Ministério Público. Em causa está a execução de dois Programas de Realojamento, o Programa Municipal de Realojamento (PMR) que data de 1989 e que compreendia a construção de 1964 fogos (890 para arrendamento), e o Programa Especial de Realojamento (PER), que previa a edificação de 1517 fogos, totalizando 3481 habitações. Tendo ambos como objectivo a erradicação das barracas, a diferença principal entre os dois é o facto de o primeiro se cingir ao arrendamento de habitações, enquanto o segundo compreende a aquisição dos terrenos e a construção das casas. Neste relatório relativo à auditoria feita pelo Tribunal de Contas (TC) sobre a execução dos acordos entre a Câmara Municipal da Maia e a Administração Central, são apontadas numerosas irregularidades no decorrer destes processos. Uma delas é que foram construídos menos fogos do que o contratualizado (taxa de execução de 46% no PMR e de 39% no PER, em Junho de 2002) e se gastou mais dinheiro do que o previsto. Bragança Fernandes afirma que tal facto advém da «qualidade superior» das habitações que logicamente demoraram mais tempo e custaram mais caro. O autarca refere ainda que as construções ainda não acabaram e que o excesso dos custos foi suportado pelos “cofres” da Câmara. Outra questão apontada diz respeito ao facto de apenas 623 dos 890 fogos previstos no PMR para arrendamento estarem concluídos e destes apenas 120 foram entregues a agregados familiares inscritos no programa. Bragança Fernandes contrapõe que não foram tantos os casos e que o TC não contemplou «a construção de vias e o caso do Metro onde temos de realojar pessoas por causa das obras. Também temos as cheias, por exemplo, há dois anos tivemos de realojar uma série de famílias que ficaram sem casa», situações previstas na lei, garantiu o autarca. Por seu lado, o responsável pelo Pelouro do Urbanismo, Silva Tiago, acrescenta que «todas pessoas que vão ocupar as casas fazem parte de uma lista que é enviada ao Instituto Nacional de Habitação, que por sua vez só liberta os últimos 10% do financiamento após a aprovação dessas listagens. Isso é a prova de que os realojamentos são criteriosamente feitos. Quem faz este tipo de relatórios não conhece a
! Silva Tiago, Bragança Fernandes e Mário Nuno Neves contestam as conclusões do relatório do Tribunal de Contas
realidade». A acrescentar a esta situação, o TC põe em causa os critérios utilizados para a atribuição das habitações, referindo que “o critério foi o estado de conservação dos fogos existentes e não as condições sócioeconómicas dos seus residentes”. A autarquia contraria esta conclusão, “os realojamentos compreenderam agregados familiares efectivamente desprovidos de recursos económicos”. Quanto ao facto relatado da utilização diversa de fundos para os fins inicialmente acordados, os responsáveis autárquicos são peremptórios a afirmar que «tal não é verdade» com o Vereador da Cultura, Mário Nuno Neves, a completar que «não é dito em lado nenhum que os alegados fundos que foram utilizados em fins diversos, fossem utilizados a construir uma estrada ou uma ponte. Todo o dinheiro destinado à Habitação Social foi utilizado e não chegou». A ausência de concurso público para a construção dos fogos relativos ao PER foi outra questão levantada pelo TC, que conclui que a isenção do pagamento de taxas inscrita no acordo feito por ajuste directo com as construtoras, resultou numa perda de receitas na ordem dos 127 mil euros. Por seu lado Bragança Fernandes, assegura que a adjudicação por ajuste directo está prevista na Lei e foi visada pelo TC nos diferentes casos, sendo que na base dos procedimentos esteve “uma consulta a diversas firmas de construção civil e obras públicas”.
«ESSA ACUSAÇÃO É RIDÍCULA, NÃO TEM PÉS NEM CABEÇA E NEM LEMBRA AO DIABO» Foi assim que Mário Nuno Neves reagiu a outra situação referida no relatório do Tribunal de Contas. O documento refere que se constatou num acordo com uma entidade construtora que esta só beneficiaria de isenção de taxas e licenças por parte da Câmara, se os eventuais habitantes fossem funcionários dos quadros da Câmara e seus serviços. Para estes membros do Executivo esta acusação não faz sentido como afirmou Silva Tiago, «não é verdade, é para todos. Qual era o sentido de isentarmos uns quantos em detrimentos de outros?». Os atrasos generalizados nas construções são também alvo de crítica por parte do TC que conclui que a demora resultou numa despesa extra de mais de 670 mil euros. Bragança Fernandes argumenta mais uma vez que essa situação é natural face à qualidade das habitações edificadas, «não há atrasos porque em vez de construir blocos sem garagens e sem parques, construímos com essas infra-estruturas e naturalmente demorou mais tempo». A escolha da autarquia de adquirir algumas habitações em vez de as construir, sem efectuar um estudo para verificar as vantagens do procedimentos, levantou também algumas reservas ao TC. Na resposta, Bragança Fernandes garantiu que o processo escolhido «é o
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mais barato». Em jeito de conclusão, Mário Nuno Neves frisa que não há nenhuma matéria que não tenha sido anteriormente aprovada pelo TC. O caso está agora entregue a um Magistrado do Ministério Público pelo que se aguardam desenvolvimentos. António Manuel Marques
«Má gestão de dinheiros públicos» Para o PS Maia esta situação resulta de uma clara má gestão das verbas, pela voz do vereador socialista, Miguel Ângelo Rodrigues. Este responsável esclarece que «não está em causa a Habitação Social ou o PER. Isto é um exemplo de má gestão de dinheiros públicos que levou a um exagero. Elevou-se a habitação de qualidade a habitação de luxo que conduziu ao não cumprimento do programa, dos prazos e ao endividamento da Câmara». Interrogado se o PS não aprovou muitos destes empreendimentos, Miguel Ângelo Rodrigues admite que sim, frisando que «neste mandato temos votado contra as contas do PER como na Bajouca, Teibas e agora Folgosa». O PS Maia remete mais esclarecimentos e uma posição mais aprofundada para uma conferência de imprensa a realizar no início do próximo mês.
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06 GRANDE MAIA
!VIAGEM EXPERIMENTAL NA LINHA DA PÓVOA
josé matos
Metro chegou à Maia com os primeiros “passageiros”
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Para já foi até Crestins (Moreira da Maia) e tratou-se de uma viagem experimental, aproveitando-se o acto para uma apresentação da obra aos autarcas da Maia e Matosinhos, bem como aos Media. O serviço de passageiros está previsto para Outubro, altura em que o Metro deverá atingir Pedras Rubras. A empresa prefere não anunciar as datas das próximas fases, afastando a pressão, mas tudo conflui para que os “veículos” cheguem ao centro da Maia em Março de 2005 Com partida do cais número três da estação da Senhora da Hora, o veículo saiu para mais um ensaio até Crestins, só que desta vez foi com alguns passageiros. Bragança Fernandes, Presidente da Câmara Municipal da Maia, Narciso Miranda, homólogo no município de Matosinhos, Oliveira Marques, administrador delegado da Metro do Porto SA, autarcas, assessores e jornalistas testemunharam um percurso, ainda a exigir obras, de 6,8 quilómetros, num tempo aproximado de oito minutos. Fonte do Cuco, Custóias, Esposade e finalmente Crestins, serão as paragens que, em Outubro, receberão os passageiros neste percurso que, muito provavelmente, já se estenderá até Pedras Rubras. A Linha Vermelha (B), também conhecida por Linha da Póvoa (Póvoa de Varzim será o destino final), fará o Metro chegar à zona ocidental da Maia, unindo Pedras Rubras ao Estádio do Dragão, num tempo de viagem estimado em 31 minutos (23 se for só até à Trindade). Na Senhora da Hora partilhará com a Linha Azul e a Linha Verde o troço comum Senhora da Hora-Estádio do Dragão. Oliveira Marques, em jeito de cicerone, mostrou-se pouco receptivo em
esperarmos que a linha esteja toda pronta para funcionar, que era o que estava previsto, valia a pena começar a ir pondo segmentos em operação». A viagem com os primeiros passageiros até Crestins procurou criar uma maior aproximação dos autarcas de Matosinhos e da Maia à obra, visto «que são os mais directos interessados». «O METRO NA MAIA JÁ NÃO É ILUSÃO»
! Uma viagem curta mas bem apreciada
apontar datas para fases posteriores, defendendo que não há necessidade de se trabalhar sob pressão, até porque se aproximam obras mais complexas: «A confluência de três nós na Senhora da Hora traz problemas mais complexos de operação, de conciliação de passagens de veículos provenientes de várias origens. Isso tem exigências de sinalização muito particulares. É esse o problema que queremos apurar até à entrada em operação. Logo que essa situação esteja
controlada, fixaremos oportunamente a data de início do percurso entre Pedras Rubras e o Estádio do Dragão». O objectivo é avançar com eficácia, sem pensar em atrasos, «não trabalhamos com esse espírito de pessimismo, de angústia, estamos a fazer obra», referiu o representante da empresa do Metro. Reforçou, ainda, que no contracto celebrado com a Normetro não estão previstas entradas faseadas de operação. «Nós é que achamos que em vez de
Bragança Fernandes fez a viagem até Crestins com particular satisfação, aproveitando para parabenizar o Conselho de Administração da Metro do Porto: «Prometeram chegar a Pedras Rubras até ao final do ano e estão a consegui-lo antes». Assinalou que o Metro é já uma realidade no Concelho: «O Metro na Maia não é ilusão, está de facto a acontecer, não se diz que está para chegar, já chegou a Crestins». Narciso Miranda também destacou a questão dos prazos, «é surpreendente que uma obra desta envergadura, a maior do género na Europa, esteja a realizar-se neste ritmo». Os primeiros meses de 2005 continuam a ser apontados como a altura em que o Metro chegará ao centro da Maia.
!REUNIÃO DO EXECUTIVO CAMARÁRIO COM 119 PONTOS EM DISCUSSÃO
antónio manuel marques
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Oposição contra as contas do PER de Folgosa Com mais de uma centena de pontos em discussão foram vários os assuntos de destaque, nesta reunião realizada no passado dia 5. A salientar, o voto dos vereadores socialistas contra as contas do Plano Especial de Realojamento (PER) de Folgosa III, que totalizam quase sete milhões de euros relativos a 62 fogos. De referir também a aprovação da atribuição de subsídios às colectividades desportivas do Concelho, que ascendem os dois milhões de euros.
O ponto que porventura mais celeuma causou nesta reunião, foi a discussão das contas do PER da Rua Dr. Domingos Ramos Paiva. Os socialistas votaram conta este ponto onde é apresentado o valor de quase sete milhões de euros, como custo final do empreendimento que compreende 62 fogos. Em média, cada habitação rondou os 112 mil euros, sendo que no relatório é visível que a rubrica “Trabalhos a Mais”, que engloba nomeadamente os arranjos exteriores e as garagens, apresenta um custo superior (3 571 mil euros) ao das próprias habitações (3 537 mil euros). Situações que levaram os vereadores socialistas presentes na reunião, Miguel Ângelo Rodrigues e Rogério Rocha, a votarem contra. Os habituais subsídios a colectividades desportivas do Concelho também estiveram em cima da mesa, tendo sofrido este ano um corte na ordem dos 30%. Ainda assim, os valores ascendem a quase dois milhões de euros. Os principais beneficiados são o Futebol Clube da Maia que irá receber 419 mil euros, a União
Ciclista da Maia que irá “encaixar” 300 mil euros, o Câstelo da Maia Ginásio Clube e a Associação Atlética de Águas Santas, que irão arrecadar respectivamente, as somas de 227 mil e 208 mil euros. “AMANHÃ DA CRIANÇA” RECEBE 193 MIL EUROS A Associação de Solariedade Social “Amanhã da Criança” viu também aprovado um contrato programa para uma comparticipação camarária de 193 mil euros. Este subsídio corresponde a 50% do custo total das obras de remodelação no edifício nº1 desta instituição. Nesta reunião foi igualmente ratificado um acordo com a “Contacto Sociedade de Construções”, referente à construção de 60 fogos na freguesia de Pedrouços, obra que data de 1994. Na altura, decorrido o prazo de garantia descrito no caderno de encargos e tendo em vista a recepção definitiva do empreendimento, a “Renovarum Renovação Urbana da Maia” levou a
cabo uma inspecção que detectou algumas anomalias nos edifícios, orçadas em 80 mil euros. A mesma inspecção atribuiu essas irregularidades a erros de construção e portanto, a responsabilidade caberia à “Contacto”. Esta empresa por seu lado, veio mais tarde reclamar juros de mora por atraso no pagamento dos autos elaborados mensalmente pelos serviços técnicos competentes e que a 31 Dezembro de 2002, já atingiam cerca de 224 mil euros. Neste impasse, Câmara Municipal e “Contacto”
partiram para negociações que resultaram agora num acordo. Neste documento, a Contacto assume a responsabilidade pelos 80 mil euros referentes às anomalias detectadas nos edifícios e diminui o montante dos juros de mora para 180 mil euros. No final de contas, a autarquia tem de ainda de pagar à empresa construtora 100 mil euros, estando agora a Espaço Municipal encarregada de levar a cabo as obras de correcção aos erros detectados no empreendimento, em Pedrouços.
Reunião pródiga em concursos públicos e adjudicações Esta reunião do executivo ficou também marcada pela grande quantidade de concursos públicos abertos, como também de adjudicações de obras, que no conjunto totalizaram mais de duas dezenas e meia de pontos. Assim, quanto à abertura de concursos públicos destacam-se as obras de requalificação na Rua Cruz das Guardeiras, em Moreira, a construção de um Parque Urbano adjacente ao Com-
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plexo Municipal de Piscinas de Águas Santas, para além de várias renovações em arruamentos do Concelho. Quanto a adjudicações foi aprovada a ampliação do Pavilhão Gimnodesportivo de Gueifães, a construção do Jardim Público de Quires, em V. N. Telha, e a construção de hangares e de uma pista infantil de tráfego para a escola de condução e prevenção rodoviária, no Aeródromo de Vilar de Luz.
GRANDE MAIA 07 !PROTECÇÃO CIVIL TEVE QUE ACORRER A VÁRIOS CASOS
maiahoje josé matos
jose@maiahoje.pt
Chuvas de Verão afectaram a Maia Quando menos se esperava - sempre estamos em Agosto, mês de Verão por excelência - o País conheceu um período de fortes chuvas. O Concelho da Maia também foi apanhado desprevenido e em poucos dias registaram-se alguns casos de sinistros que, sem terem sido de grande gravidade, poderiam ter tido consequências bem mais graves. No último fim-de-semana aconteceu a derrocada de uma casa em Pedrouços, na Rua Plácido Abreu. Ao lado está-se a construir um lar privado para a terceira idade, onde se fez um rebaixamento para a criação de uma piscina. O muro que separava as obras da casa tinha um desnível de cerca de cinco metros. Não se sabe se foi por causa disso, mas com as fortes chuvadas metade do quintal da casa veio abaixo e a garagem ficou como que suspensa. António Lopes, coordenador dos serviços municipais da protecção civil, considerou mesmo uma sorte não ter havido piores consequências, «no quintal costumam brincar crianças, felizmente que não havia ninguém nessa altura. Por sua vez, na garagem também não estava qualquer viatura, como é normal».
Na segunda-feira de manhã já se começou a construir um muro de betão. Os responsáveis da obra responsabilizaram-se pelo acidente, sem colocar qualquer obstáculo. Ainda em Pedrouços deu-se a derrocada do tecto de uma casa. No túnel do Aeroporto de Pedras Rubras, no Domingo, houve uma cheia, ao ponto de se ter cortado o trânsito nas duas vias. A Rua Beatriz Cal Brandão (Águas Santas) ficou inundada, numa casa da Rua Augusto Simões (Maia) entrou grande quantidade de água pelo tecto e na Rua da Arroteia (Milheirós), a mistura de água, lama e pedras entupiu os colectores de águas pluviais, inundando a via e afectando algumas casas. Se por um lado, as chuvas que caíram no País nos últimos dias se tornaram
foto arquivo
! As chuvas apareceram no Verão e lembraram anteriores “quadros” de inverno
num bom aliado no combate aos fogos, por outro apanharam todos desprevenidos criando problemas que, normalmente, não se manifestariam nesta época. O Concelho da Maia acabou, também, por
se ressentir das chuvas, que despertaram a necessidade de medidas de prevenção. Contudo, nos próximos dias, a crer nas previsões meteorológicas, este género de sinistros deverão acalmar.
!PRIMEIRO BALANÇO DA VIGÍLIA ÀS MATAS É POSITIVO
texto: josé matos
foto: carlos barrigana
Na prevenção está o ganho
A equipa de vigilância às matas do concelho da Maia encontra-se no terreno desde 11 de Julho e assim continuará, diariamente, até 15 de Setembro. O primeiro balanço é considerado muito positivo pela Protecção Civil. O patrulhamento é exercido no âmbito de um programa do Estado Direcção Geral das Florestas - que visa evitar as calamidades de fogos verificadas no ano passado por todo o país e que já marcou o ano de 2004. Um trabalho que foi decentralizado, de forma a que no terreno as autarquias pudessem ter uma intervenção mais directa e eficaz. Como tal, a iniciativa é completamente suportada pelo Governo. A Câmara Municipal da Maia foi um dos 90 municípios que se candidatou ao programa. A vigilância está a ser exercida num raio de 50 quilómetros, abarcando Folgosa, S. Pedro Fins, Águas Santas, Stª Maria de Avioso e S. Pedro de Avioso, essencialmente. A ideia é privilegiar uma atitude preventiva, pedagógica, mas também de intervenção e resolução de problemas, desde pequenos fogachos a incêndios. A equipa é constituída por dois voluntários, dois elementos da Protecção Civil da Câmara Municipal e pelos Bombeiros Voluntários de Moreira, que estão em constante alerta. A vigilância é exercida por turnos. De manhã e de tarde a missão cabe aos voluntários e protecção civil, das 23h00 às 7h00 são os bombei-
ros a patrulhar. O Monte de S. Miguel-oAnjo (S. Pedro Fins) é um dos locais privilegiados para se exercer a acção de vigília, pelo alcance de vista que possibilita. Quanto ao material disponibilizado pelo Estado, contam-se três coletes (com indicação de protecção das matas), um telemóvel com limitação de números (para a GNR, PSP, Bombeiros, Câmara Municipal e Polícia Municipal) e binóculos. A Direcção Geral das Florestas ainda concede combustível, um subsídio de cinco euros e outro, de alimentação, de sete euros. A grande desilusão acabou por ser a viatura, uma das garantias do programa que, no entanto, saiu “furada”. Isto porque quando se esperava um veículo todo-o-terreno, surgiu, para a Maia, um Peugeot 206 (noutros concelhos foi Renault Clio). «Aparentemente não é a viatura mais indicada para o patrulhamento das florestas. Na Maia temos matas com alguma extensão, como na Maia Leste», referiu António Lopes, coordenador do serviço municipal da Protecção Civil. O primeiro impulso foi recusar o veículo, conforme o fizeram outros municípios, contudo ponderou-se melhor
a cedência, concluindo-se que, para o tipo de funções que a vigilância teria, o Peugeot 206 até serviria. Viaturas todoo-terreno existiam, portanto o veículo ligeiro circularia nas ruas de asfalto e paralelo e alguns caminhos do interior da mata transitáveis, visto que o objectivo é o de assinalar os pontos afectados. A um mês de se concluir a vigília, a Protecção Civil da Maia, faz já um balanço bastante positivo. «Já foram detectados uma dúzia de fogos nascen-
tes, já se mandou apagar largas dezenas de fogos e queimadas, sem necessidade de chamar a polícia. Não tenho dúvidas que pela nossa acção diminuiu-se drasticamente os fogos no concelho e os que existiram foram de rápida e fácil resolução», afirmou o coordenador. Nota final para o facto do MaiaHoje ter acompanhado a equipa de vigilantes numa tarde, durante a qual teve oportunidade de assistir a alguns alertas e prevenções de fogos.
! Toda a atenção é pouca para evitar os fogos
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Sexta-Feira, 13 de Agosto de 2004
maiahoje
08 GRANDE MAIA
!ANTÓNIO AMBRÓSIO, PRESIDENTE DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO DA FÁBRICA DE TINTAS 2000, SA
«Santana Lopes será por muitos anos o grande Primeiro-Ministro de Portugal»
A intervenção do industrial António Ambrósio, Presidente do Conselho de Administração das “Tintas 2000” «a quinta maior fábrica de tintas do país e a terceira empresa a ser instalada na Zona Industrial da Maia, a maior de Portugal» não se esgota na actividade económica. Militante do PSD há quase três décadas, é uma pessoa atenta ao que se passa no seio da política local e nacional. É delegado da Assembleia Distrital do PSD e foi Vice-presidente do Núcleo do partido em Vermoim, entretanto inactivo (caso haja movimentações, mostra-se disponível a apoiar o reaparecer do núcleo). Mas é a questão do novo Governo e o ambiente que se criou em redor, o pincipal motivo que o fez intervir. Nutrindo grande admiração por Santana Lopes, opina ser a “pessoa certa no lugar certo”, num Governo que considera “talvez o melhor pós 25 de Abril”. MaiaHoje (MH) - O Núcleo do PSD de Vermoim tem estado parado. Na qualidade de ex-Vice-presidente não se mostraria disposto a reactivá-lo? António Ambrósio (AA) - Desde que surjam pessoas com vontade de o fazer erguer novamente, claro que estarei disponível para apoiar. MH - Quem o conhece sabe que é, de longa data, um “santanista” assumido, quiçá pioneiro. Como vê a ascensão de Santana Lopes a Primeiro-Ministro? AA - Sinto-me satisfeito e orgulhoso, bem representado no partido e no Governo, com o Doutor Santana Lopes Primeiro-Ministro. Sempre tive por ele grande admiração e estou convencido que, juntamente com o seu Governo, será a pessoa certa para tirar o país da cauda da Europa. As pessoas deste Governo têm uma capacidade indiscutível. Será, talvez, o melhor pós 25 de Abril de 1974. MH - Quais as qualidades que mais admira em Pedro Santana Lopes? AA - Ele é autêntico, tem sempre muita confiança. Embora, estranhamente, na tomada de posse o tenha achado diferente. Ou estava nervoso ou não quis fazer o “show off” de que tanto o acusam. Santana Lopes é uma pessoa inteligente, intuitiva, criativa e trabalhadora, sem preconceitos, revelando sempre grande preocupação pelas classes sociais mais desfavorecidas e não pelos poderosos. MH - Não foram poucos, no entanto, os críticos, inclusive alguns dentro do próprio PSD... AA - Acompanhei a crise política com muita atenção. A postura da oposição é natural. Para ela, faça o que se fizer está mal. Penso que a maioria dos críticos, analistas que se servem dos media, têm, no fundo, medo que o Governo funcione bem e
que Santana Lopes se confirme, como estou convencido que o fará, por muitos anos, como o grande PrimeiroMinistro de Portugal. As previsões negativas saíram todas ao lado. E aqueles que se insurgiram contra a decisão do Presidente da República, vão ter que escrever tudo ao contrário. O que é lamentável é haver companheiros do partido, nomeadamente Marcelo Rebelo de Sousa e Pacheco Pereira, a fazer comentários tão depreciativos. Em relação a Pacheco Pereira gostava, sinceramente, que se candidatasse a presidente do partido no próximo congresso para confirmar a sua alegada valia. O Professor Marcelo Rebelo de Sousa é movido pela frustração, fazendo comentários ridículos, na sua análise dominical,
aquando da tomada de posse dos ministros. Para ele os empossados ou eram incompetentes, ou eram desconhecidos e os competentes não estavam nos lugares certos. Acreditará Marcelo Rebelo de Sousa que o povo é tão ignorante? Vamos dar algum tempo a este Governo para mostrar o que vale e então aí, se falhar, estarei na primeira linha das críticas. MH - Uma das críticas apontadas, além da ausência de eleições, é a falta de experiência de Santana Lopes para o cargo. Qual é a sua opinião? AA - O Doutor Santana Lopes é dos políticos no activo que tem menos idade - 48 anos - e dos que possui mais experiência em diferentes ramos - 28 consecutivos. Em 1979, com 23 anos,
era assessor do Ministro Álvaro Monjardino, no Governo de Mota Pinto; em 1980 era assessor do Primeiro-Ministro e maior líder de todos os tempos do nosso partido, assim como fundador, Doutor Francisco Sá Carneiro; em 1982 foi presidente da CPD Lisboa; em 1983 figurou como Vice-presidente da Bancada Parlamentar do PSD; em 1985 tornou-se Secretário de Estado da Presidência do Concelho de Ministros no Governo do Professor Cavaco Silva; no ano de 1987 encabeçou a Lista ao Parlamento Europeu, em 1990 foi nomeado Secretário da Cultura; em 1995 disputou a liderança do PSD juntamente com Durão Barroso e Fernando Nogueira, embora perdendo para este último; nesse mesmo ano, além de comentador político de uma estação televisiva e de exercer advocacia, foi eleito Presidente do Sporting Clube de Portugal - conquistou a Taça de Portugal - em 1997 foi eleito Presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz e em 2001 ganhou a presidência da Câmara Municipal de Lisboa à “família” Soares, ao Partido Socialista, ao Partido Comunista e aos ex-revolucionários do pós 25 de Abril, que até disseram que vinha aí o fascismo novamente. Se Santana Lopes não tem currículo para Primeiro-Ministro, quem o terá? Está sempre disponível para o que é difícil. MH - Acredita que um dia, Santana Lopes poderá ser Presidente da República? AA - Não tenho dúvidas, mas antes vai ser um grande Primeiro-Ministro se alguns militantes o deixarem. Vamos, sem preconceitos, assumir a necessidade de contarmos com um Primeiro-Ministro interventor, gerador de expectativas, criador de motivações e vendedor do sonho de termos um Portugal moderno, competitivo, orgulhoso de si próprio e da sua história.
Leia, assine e divulgue! Sexta-Feira, 13 de Agosto de 2004
José Matos
GRANDE MAIA 09 !JSD/MAIA - TOMADA DE POSSE DOS ÓRGÃOS CONCELHIOS
maiahoje josé matos
jose@maiahoje.pt
No Parque Urbano de Moutidos com vistas para as “Autárquicas”
A família mais jovem da social democracia da Maia reuniu-se para a tomada de posse dos novos órgãos concelhios, formalidade a que não faltaram outras figuras do PSD local. Acabou por ser uma confraternização “laranja”, ao cair da noite, num bonito espaço, com amplas vistas sobre o concelho. Num ambiente jovem, foram já “apontadas baterias” para as eleições, sobretudo para as “autárquicas”. Hernâni Avelino Ribeiro foi reconduzido no cargo de Presidente da Juventude Social Democrata (JSD) da Concelhia da Maia, tendo sido empossado, juntamente com a restante equipa, numa cerimónia no Parque Urbano de Moutidos (Águas Santas). Ao convite da “juventude”, onde também esteve Daniel Sampaio, líder da JSD distrital, responderam afirmativamente muitos rostos do PSD da Maia, entre eles Bragança Fernandes, Presidentes de Junta e o Deputado da Assembleia da República, maiato, Bernardino Costa Pereira. Nos vários discursos da noite, imperou o “toca a reunir” com vista às batalhas eleitorais que se aproximam, com as “autárquicas” em primeiro plano. Hernâni Ribeiro, além de garantir total solidariedade da JSD, avisou que os que acreditam que o PSD Maia perdeu força estão enganados: «Temos o melhor candidato, aquele que irá vencer, além disso no concelho existe o PS que existe». Por sua vez, Bernardino Costa Pereira procurou travar euforias: «O nosso adversário não existe cá dentro, mas existe no Partido Socialista. A nível nacional e a nível local não vamos pensar que já temos meio trabalho feito. Não vamos adormecer». Bragança Fernandes reforçou a necessidade de um trabalho em conjunto, «preciso muito da JSD pois vou ter uma árdua tarefa». «SEPARAÇÃO DA COLIGAÇÃO PSD/PP NA MAIA É O MAIS JUSTO» O novo presidente da JSD entende que o “timing” indicado para se definirem estratégias com as “autárquicas” em vista é o pósférias. E a “juventude laranja” tem já algumas ideias para lançar, sendo a vontade de separar a coligação PSD-PP a que poderá despertar maior discussão: «A coligação com o PP apenas fará sentido numa lógica nacional, ou distrital.
! Nova equipa vai enfrentar três batalhas eleitorais
Entendemos que se a questão for a nível local, será mais justo para o PSD, para o PP e para os munícipes que os dois partidos se apresentem com candidatos e projectos políticos próprios, para assim se aferir qual a real aceitação dos membros junto da população», realçou Hernâni Ribeiro aos jornalistas, já durante o “porto de honra”. Caso esta ideia não seja consensual, o jovem dirigente não perspectiva qualquer conflito, «não é à primeira contrariedade que a JSD vai baixar os braços. Vamos tentar até onde for possível, dentro dos órgãos internos, levar as ideias a bom porto, mas, acima de tudo, estamos solidários com o PSD e com a estratégia que vier a definir». Outra das questões acentuadas pelo líder da JSD foi o «não às cotas e o sim à qualidade». Isto a propósito da exigência de lugares: «Acho que essa não é a forma indicada pela qual a JSD deverá abordar as eleições autárquicas. Deve, sim, lutar sempre para que os militantes
se imponham pela sua qualidade e não pelos lugares que consegue ou não negociar», defendeu Hernâni Ribeiro. A remodelação das listas do PSD também faz parte das ideias a apresentar pela JSD: «Inicia-se um novo ciclo político na Maia. Tem que haver consciência que a Maia de há dez anos não é a Maia de hoje em dia e isto tem que ser acompanhado por uma nova geração de autarcas». Uma das primeiras iniciativas do actual mandato da JSD Maia será uma visita às freguesias do Concelho, com o intuito de se detectarem carências: «Não é uma visita “para inglês ver”, de cortesia, é uma visita de trabalho. Vamos fazer um inquérito e assim elaborar uma carta das necessidades do Concelho. A partir desse instrumento de trabalho, tentaremos encontrar soluções concretas para os problemas que se nos depararem e incluí-las no próximo programa autárquico do PSD». As visitas iniciam-se a 26 de Outubro, em Águas Santas. Sexta-Feira, 13 de Agosto de 2004
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maiahoje
10 GRANDE MAIA
!BRAGANÇA FERNANDES RECONDUZIDO NA LIDERANÇA DO PSD MAIA
antónio manuel marques
antonio@maiahoje.pt
«Outro candidato não agradaria ao PSD Maia» Após as eleições de lista única para a Concelhia PSD Maia, Bragança Fernandes foi reeleito para comandar os destinos desta estrutura partidária. A marcar este mandato político estará a realização de eleições autárquicas, agendadas para o final do próximo ano. Neste contexto, Bragança Fernandes entende como fundamental “vencer as Eleições” o que “significa ampliar e consolidar a maioria nas Assembleias de Freguesia onde somos poder, na Assembleia Municipal, na Câmara Municipal e conquistar as Assembleias de Freguesia onde somos oposição”, pode-se ler no manifesto de campanha. Aliás, já é publica a disponibilidade do actual Presidente da autarquia para se recandidatar ao cargo, uma decisão que cabe aos órgãos superiores do Partido Social Democrata. Inquirido sobre a eventualidade do aparelho central do partido nomear outro candidato, Bragança Fernandes afirma que «nunca me passou tal coisa pela
foto arquivo
!PORTAL AMBIENTAL DO GRANDE PORTO JÁ ARRANCOU
Projecto à espera da participação dos internautas Entrou recentemente em funcionamento o Portal na Internet do Futuro Sustentável - Plano Estratégico de Ambiente do Grande Porto (www.futurosustentavel.org). Este portal desempenha um papel de realce no projecto “futuro sustentável” nomeadamente através da participação dos cidadãos, numa parceria entre autoridades e comunidade, que servirá de base para a elaboração de um Plano Estratégico de Ambiente. Os cidadãos
podem participar enviando informação relacionada com o ambiente ou ordenamento do território da sua região, designadamente eventos, projectos, notícias, dúvidas e denúncias para este portal. Esta participação pode ser feita através de e-mail (contacto@futurosustentavel.org) ou através de um formulário online. Com todo este manancial informativo será elaborado um plano de acção de modo a promover a protecção do Ambiente e
da sustentabilidade ao nível local e intermunicipal, logo melhorando a qualidade de vida das populações. Para além desta participação activa, o visitante pode igualmente obter informações sobre o projecto, sobre a sua região e sobre o desenvolvimento sustentável, entre outros. Participam no projecto oito municípios (Espinho, Gondomar, Maia, Matosinhos, Porto, Póvoa de Varzim, Valongo e Vila do Conde).
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Sexta-Feira, 13 de Agosto de 2004
cabeça. Penso que o Partido não me faria uma coisa dessas. Outro candidato não agradaria ao PSD Maia, mas se arranjassem outra pessoa eles é que saberiam». O dirigente político ressalva, no entanto, que a política é imprevisível, «nunca se sabe o que vai acontecer amanhã. Há seis meses ninguém diria que o Governo iria cair e que Durão Barroso iria ser Presidente de grande parte dos europeus». Outro factor caracterizador da linha política defendida por Bragança Fernandes é a renovação. Para o Presidente do PSD Maia, é preciso “remodelar quando e onde for necessário com respeito e tranquilidade será a tónica da feitura das listas para os órgãos autárquicos”. São também objectivos a realização dos vários encontros políticos já habituais, aumentar o número de militantes e continuar o processo de aquisição de uma sede própria mais “funcional” que a actual. antónio manuel marques
antonio@maiahoje.pt
GRANDE MAIA 11
maiahoje
!CICLO DE CONFERÊNCIAS DO “10º ANO INTERNACIONAL DA FAMÍLIA” NÃO ESQUECEU O DIA DOS AVÓS
Profissão: Avós
Em tempos idos, passou pelas nossas televisões uma série cómica com o nome “Super Avozinha”. Nos nossos dias os avós não têm que ser super-heróis, mas têm, concerteza, tal como as famílias, que se adaptar às novas exigências da sociedade. Esta foi uma das várias reflexões que teve lugar no Fórum da Maia, incluída num ciclo de conferências que o Governo Civil do Distrito do Porto tem promovido a propósito do “Décimo Aniversário do Ano Internacional da Família”. Maria Teresa Monteiro, VicePresidente da “Associação Famílias”, e João Salgado, Psicólogo e professor no ISMAI, foram os principais convidados para a conferência “Os Avós e a Família”, realizada no pequeno auditório do Fórum da Maia. Na mesa sentaram-se ainda o Governador Civil do Distrito, Manuel Moreira, e a Vereadora com o pelouro da Acção Social da Câmara Municipal da Maia, Graça Barros. As grandes questões abordadas andaram à volta do papel dos avós nas famílias actuais, das diferenças com o passado e dos importantes recursos de experiência e conhecimento que podem representar na educação dos netos. Maria Teresa Monteiro, com seis netos, defendeu que os tempos são diferentes, logo «os avós também têm que ser diferentes». A necessidade de se actualizarem, justifica-se «pelos muitos rivais que existem hoje em dia, como a televisão e a Internet». Para a Vice-Presidente da “Associação Famílias”, os avós têm que cativar os netos e, para isso, devem servir-se «da experiência de vida». Na sua opinião, «aos avós não cabe substituir os pais, mas ajudá-los. Não há cursos, mas os avós, que já foram pais, têm consigo uma experiência acumulada».
! O papel dos avós em reflexão
As diferenças com o passado são fortes, como analisa Maria Teresa Monteiro: «Antigamente as mulheres estavam muito tempo em casa, hoje não, daí que os avós sejam muito requisitados em presença e em tempo». Um dos problemas que aponta aos pais de hoje em dia é a falta de tempo, considerando não poder representar uma desculpa, «poderá haver dificuldades em termos de quantidade, mas a qualidade do tempo terá que ser boa». Para reforçar a sua opinião, serviu-se
!INICIATIVA REPETE-SE NO ÚLTIMO
DOMINGO DE CADA MÊS
“Contadores de Histórias” no MaiaShopping
O dia 25 de Julho foi o escolhido para dar início a um evento que se repetirá uma vez por mês no MaiaShopping. A iniciativa aparece no âmbito do “Vem Brincar num Mundo Imaginário”, um projecto pedagógico e de entretenimento onde organizações que se dediquem à cultura, educação ou desporto entre outros, podem mostrar o seu
trabalho. A iniciar o ciclo, o Grupo “O Contador de Histórias” divertiu as muitas crianças presentes com as suas fábulas e histórias de encantar, principalmente por Filipe Lopes, o contador “de serviço”. Esta iniciativa promovida pelo MaiaShopping tem o objectivo de criar um espaço divertido, que entretenha as crianças e respectivas famílias.
de uma máxima herdada da mãe: «Os filhos não têm obrigação de tratarem dos pais, os pais é que têm obrigação de se saberem fazer amar, para que os filhos tenham a devoção de os tratar». João Salgado, dando um “toque” mais científico à temática, defendeu que os avós não devem ser desprezados numa “democracia familiar”. Para este psicólogo, «falar no papel dos avós é falar numa abstracção». Um dos grandes problemas que aponta é a forma como a sociedade actual lida
com o envelhecimento: «Não é por acaso que há a tendência de se trocar a ideia de velho pela do idoso». Assim, de acordo com João Salgado, nos tempos actuais «muitas vezes os idosos não têm papel, o que representa uma incapacidade da sociedade». A abertura das famílias aos avós «só as enriqueceria, porque têm um reservatório de histórias, de experiências, até de estima, visto que estão libertos de algumas funções de autoridade parental». Daí que os avós «sejam um bom recurso, quer em termos afectivos quer em termos lúdicos». Pelo mesmo diapasão, foi o Governador Civil do Distrito do Porto, Manuel Moreira, considerando os avós «segundos educadores, diria até que são duas vezes pais». Quanto ao ciclo de conferências à volta do tema família, vai continuar por todo o ano para terminar em Dezembro «com uma grande festa», referiu o Governador. Provavelmente será no Porto e com um convidado de nomeada, «espero contar com a presença, senão do Primeiro-Ministro, pelo menos do ministro da Segurança Social», adiantou Manuel Moreira. O Fórum da Maia esteve bem composto, num público maioritariamente de avós. José Matos
!JOSÉ ALBERTO REIS É A GRANDE
ESTRELA DAS FESTIVIDADES
Festas de S. Bartolomeu já para a próxima semana A freguesia de S. Romão do Coronado vai receber durante os próximos dias 20, 21 e 22 de Agosto, a festa de S. Bartolomeu. As actividades têm início com uma noite de Folclore, na Sexta-feira, que contará com a presença do Rancho Folclórico de S. Romão do Coronado, com o Rancho Infantil de Ancião, em Tomar, e com o Rancho Folclórico de Serra d’Arga, oriundo de V. N. Castêlo. No Sábado, as festividades têm início logo pelas oito da manhã, com o Grupo Popular de Zés Pereiras da Trofa a percorrer as ruas da freguesia. Já à noite tem lugar o espectáculo de variedades com as actuações de Sandra Cristina e José Alberto Reis e sua Banda. Mais
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Sexta-Feira, 13 de Agosto de 2004
tarde pelas 24 horas, realiza-se uma sessão de Fogo de Artifício. O último dia das Festas de S. Bartolomeu começa bem cedo, logo pelas sete da manhã com uma salva de morteiros. Segue-se uma hora depois a entrada da Banda de Música de S. Tiago de Lobão, para às 11h00 ter lugar a Missa Solene em honra do S. Bartolomeu. A festa continua de tarde com a Fanfarra dos Bombeiros de Moreira da Maia e com a Procissão que tem início às 17h00. Já ao fim do dia actuam a Banda de Música até ao Pôr do Sol e a Banda de Zé Zé Fernandes. Terá ainda lugar um espectáculo de fogo preso e a queima da Vaca de Fogo. AMM
maiahoje
12 GRANDE MAIA
!MUSEU DE HISTÓRIA E ETNOLOGIA DA MAIA APRESENTA “O LINHO: DO CULTIVO AO USO”
Preservar para mais tarde relembrar A história e evolução do linho é o mote para a exposição inaugurada no Museu de História e Etnologia da Terra da Maia, na passada semana. A iniciativa estará patente durante três meses, tal como “O Desdobrar da Bandeira”, outra exposição inaugurada simultaneamente, sobre o vários símbolos heráldicos das diversas freguesias maiatas. Esta exposição insere-se no objectivo do Museu de «apresentar os usos e costumes da região», afirmou uma das responsáveis da estrutura, Liliana Aguiar, «como é uma prática em desuso, importa preservar, para no futuro relembrar». O linho utilizado desde há 5000 anos, conheceu vários “inimigos” através dos tempos, como a vinda dos tecidos finos na época das Descobertas e a utilização do algodão, pelo que o seu fabrico é cada vez mais uma actividade em desuso, como confirmou um inquérito realizado na longínqua data de 1940, «fez-se um inquérito sobre o fabrico do linho e apenas em seis freguesias da Maia foi registada essa actividade». Quanto à exposição é dividida em seis secções, (Sementeira à Colheita; Obtenção da Fibra; Fiação; Preparação do fio para tecer; Tecelagem; Branqueamento das teias) e estará patente até Novembro. “DESDOBRAR DA BANDEIRA” PASSARÁ POR TODO O CONCELHO Em paralelo foi inaugurada a exposição “O Desdobrar da Bandeira”, que expõe os símbolos heráldicos de todas as freguesias, à excepção de Vermoim devido ao imbróglio que ainda se vive à volta da definição do escudo desta freguesia. Cada símbolo inclui a descrição pormenorizada e a explicação da sua simbologia. A ideia é levar a exposição a vários pontos do Concelho, afirmou ao MaiaHoje, Sara Lobão, «é uma exposição itinerante que pretende
! Liliana Aguiar explicou a todos o percurso do Linho, desde a Sementeira até ao produto final.
ser uma ajuda às escolas e às populações porque é importante conhecer esta informação». Neste sentido já existe um pedido da Junta de Moreira, revelou Sara Lobão, pelo que esta freguesia deverá ser
!RECOLHA DE EMBALAGENS VAZIAS DE PRODUTOS FITOFARMACÊUTICOS
o próximo “ponto de paragem” desta iniciativa, revelou esta responsável. Ambos os eventos poderão ser visitados no horário normal do Museu, das 9h30 às 12h30 e das 14h00 às 17h30,
de Segunda a Sexta, sendo que ao Sábado e Domingo, o horário de funcionamento é das 14h30 às 17h30. António Manuel Marques (texto) Carlos Barrigana (foto)
!LIPOR ENTREGA PRÉMIOS DO CONCURSO VIRTUAL PURSUIT SOBRE RECICLAGEM
Em busca de Jovem maiato entre melhor Ambiente os vencedores
Começou recentemente a ser implementado um sistema de recepção de depósitos vazios de produtos fitofarmacêuticos, utilizados na prática agrícola. Este sistema implementado pela ANIPLA e GROQUIFAR tem por objectivo reduzir o impacto ambiental destas substâncias, que se destinam a proteger os produtos vegetais de organismos prejudiciais. Este projecto está para já disponível nos Distritos de Braga, Porto e Viana do Castelo, sendo que na Maia, o ponto de recolha situa-se no Ed. Pinheiro Torres & Irmão, na EN 14, na freguesia de Barca. Os agricultores devem ter em atenção algumas regras, nomeada-
mente que os sacos adquiridos destinam-se a embalagens com capacidade igual ou superior a 5kg/L, que na altura da entrega de embalagens vazias deve-se solicitar um comprovativo e que a lavagem tripla das embalagens é obrigatória, com a excepção dos recipientes com capacidade igual ou superior a 25 litros. De referir que este sistema de recolha não se aplica, a embalagens de empresas que não as supra referenciadas, a embalagens com restos de produto e às que possuem capacidade superior ou igual a 220 litros, cuja responsabilidade de recolha cabe ao fabricante.
www.maiahoje.pt toda a infornação on-line
AMM
O Serviço Intermunicipalizado de Gestão de Resíduos do Grande Porto - Lipor - distinguiu três dos 256 participantes no Concurso Virtual Pursuit, oriundos das Escolas EB 2,3 e Secundárias dos Concelhos que constituem esta empresa. Para vencer a iniciativa inserida na Campanha de Sensibilização para a Utilização dos Ecopontos, foi proposto a cada concorrente a tarefa de responder diariamente a uma questão, durante 15 dias, para além de criar uma frase sobre a temática ambiental. “Com a Lipor aprendemos a ajudar, para o planeta sujo não ficar”, foi a expressão que valeu a José Silva, da Escola EB 2,3 da Maia, figurar entre os três vencedores do concurso (André Vitorino da Escola EB 2,3 de S. Lourenço de Ermesinde; Tiago Lima da Escola EB 2,3 Júlio Saúl Dias de Vila do Conde).
Sexta-Feira, 13 de Agosto de 2004
A entrega de prémios realizou-se no dia 4 deste mês, nas instalações da Lipor, com os jovens “amigos do ambiente” a receberem telemóveis, sendo que os pais também levaram para casa livros sobre a Lipor e produtos biológicos da horta desta instituição. MAIS ECOPONTOS NAS PRAIAS Ainda sobre a Reciclagem, a Lipor leva a cabo uma campanha de promoção desta prática nas praias. Com o objectivo de promover a separação dos resíduos à beira mar, esta empresa colocou cerca de cinco centenas de Ecopontos no areal. Paralelamente a esta iniciativa, irão decorrer acções de sensibilização em diversas praias, nomeadamente em Espinho, Gondomar, Matosinhos, Porto, Póvoa do Varzim e Vila do Conde, campanha que decorre até dia 17.
FREGUESIAS 13 MOREIRA
maiahoje
XV FESTIVAL NACIONAL DE FOLCLORE DESTA VILA
S. Pedro deu uma ajuda A chuva com que o país “acordou” no passado Domingo, fez temer o pior à Associação Recreativa e Cultural de Moreira da Maia-Rancho Infantil, que tinha programada a realização do seu XV Festival de Folclore. O sol acabou por “espreitar” de tarde, para contentamento da organização e do público que encheu o Largo da Feira de Pedras Rubras. O sonho de uma sede também «subiu» ao palco. «Vivemos do sonho por uma sede. Não sei se é por má vontade, ou se é por dificuldades, o que sei é que há um ano atrás o Presidente da Câmara Municipal disse-nos aqui, neste mesmo festival, que a sede ia ser uma realidade. Passou um ano e a única situação de que tenho conhecimento é que estão a fazer um segundo projecto», lamentou José Carvalho, Presidente da Direcção da Associação Recreativa e Cultural Moreira da MaiaRancho Infantil, durante o festival. O “recado”, conforme lhe chamou, mais se justifica pelos exemplos que vai constatando noutras localidades: «Sou moreirense, nascido e criado nesta terra, adoro a vila, adoro a Maia e, portanto, fico triste quando vou por essas terras fora e vejo lugares bem mais pequenos que nós a conseguirem ter tudo e mais alguma coisa». A questão da sede voltou, assim, a ser lembrada, ainda para mais num dia em que o festival esteve ameaçado pela chuva: «Hoje de manhã vi-me aflito por causa do tempo. Graças a Deus que não choveu de tarde, caso contrário não tínhamos qualquer solução. Era mandar FOLGOSA
! José Carvalho ambiciona por uma sede para a associação toda a gente embora». A falta de espaço nem pode ser considerada um problema, no entender de José Carvalho, visto que «há muitos edifícios abandonados em Moreira», mas «a resposta obtida é que já está tudo destinado». Contudo, mantém-se a esperança, «penso que a primeira ideia
não avançou por uma questão de custos, provavelmente não avançará a segunda, a terceira, no entanto acredito que um dia vamos ter uma sede, porque eu também não vou parar». Apesar de tudo, o balanço de mais um festival de folclore - o XV - foi positivo. Cinco grupos - Mogadouro,
Alfarrobeira, Perafita, Reboreda e Paredes de Viadores - juntaram-se ao da “casa” e fizeram a festa para um público que acorreu em bom número. Nem a ausência à última da hora do Grupo de Santa Cruz do Bispo (substituído por Paredes de Viadores) “ensombrou” o evento. O festival teve início na noite anterior com um espectáculo de fados. «Fiquei admirado com a quantidade de pessoas que apareceu para ouvir o fado», comentou o Presidente da Direcção. A actuação dos ranchos folclóricos, foi antecedida por um desfile etnográfico e pela entrega de lembranças, em cujo palco estiveram representantes da Junta de Freguesia de Moreira, da Associação e da Câmara Municipal. O Rancho Infantil de Moreira da Maia vai, no dia 4 de Setembro, marcar presença em Vila Franca de Xira, num ano marcado por um ritmo mais moderado: «Em 2004 fizemos alguma filtragem, pois no ano anterior as muitas saídas foram cansativas para os miúdos».
PROCISSÃO DO DIVINO SALVADOR
José Matos antónio manuel marques
antonio@maiahoje.pt
Duas centenas de fiéis na cerimónia Realizou-se no passado Domingo ao fim da tarde, a Procissão do Divino Salvador, na freguesia de Folgosa. Cerca de duas centenas de pessoas compareceram à cerimónia, que teve lugar na Avenida da Igreja. Também presentes estiveram o Presidente da Câmara Municipal, Bragança Fernandes, o Presidente da Junta de Freguesia, Altino Marques e o Presidente da Mesa da Assembleia de Freguesia, Paulo Ramalho. O Grupo Coral acompanhou a Procissão composta por quatro andores (Santa Cristina, São Frutuoso, N. Srª Luz e o Divino Salvador) e por seis estandartes (Sagrada Família, N. Srª do Rosário de Fátima, Sagrada Coração Jesus, Glorioso São Sebastião, Santa Cristina, São Frutuoso, N. Srª da Luz).
XXI FESTIVAL NACIONAL DE FOLCLORE
josé matos
As danças e cantares ocupam a noite Realiza-se amanhã, nos jardins da Igreja Paroquial de Folgosa, mais uma edição do Festival Nacional de Folclore, da responsabilidade do Rancho Regional de S. Salvador de Folgosa. Este ano contabiliza-se a vigésima primeira edição do evento, num programa que apresenta sete grupos folclóricos.
A saber e por ordem de actuação: Rancho Regional S. Salvador de Folgosa-Maia; Rancho Folclórico de Silvares-Fundão; Rancho Folclórico e Etnográfico AroeiraPoceirão; Grupo de Danças e Cantares Vale Domingos-Águeda; Grupo Folclórico e Etnográfico de Vila Cova à Coelheira-Castro D’Aire; Grupo Folclórico da Casa
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do Povo de Fermentões-Guimarães e Grupo Coros e Danzas “Virgen Del Rosário” Múrcia-Espanha. Após a chegada dos grupos à freguesia maiata, tem lugar um jantar convívio na cantina da Siderurgia Nacional, a que se segue o desfile etnográfico. Só então, o festival de folclore entrará em acção.
Sexta-Feira, 13 de Agosto de 2004
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maiahoje VERMOIM
14 FREGUESIAS Nª SRª DA CARIDADE
josé matos
jose@maiahoje.pt
O fim-de-semana mais longo de Vermoim
Tiveram início ontem, e prolongam-se até Domingo, as Festas em honra de Nª Srª da Caridade, que marcam a freguesia de Vermoim e lembram que é mês de Verão. Durante quatro dias, os vermoenses - e maiatos em geral - celebram com cor, música e tradição a Caridade de Nossa Senhora, numa oferta para todos os gostos. Cumprida a primeira semana do mês de Agosto, é chegada a altura de se festejar a Nª Srª da Caridade. A população de Vermoim não deixa passar a data, atraindo-se visitantes de toda a cidade e, mesmo, do concelho. S. Romão (padroeiro) e S. Brás acabam por ser festas mais religiosas, daí que a Nª Srª da Caridade, que dá também espaço à vertente da animação popular, seja a manifestação mais concorrida de Vermoim. «As ornamentações, a banda de música, os grupos folclóricos, os grupos de música ligeira semeiam cor e alegria, a Igreja é o ponto de encontro e oração de todos os devotos», assim apresenta o evento, Emílio Neves, Presidente da Comissão de Festas, que cumpre o segundo ano do mandato. As Festas iniciaram-se ontem, com a procissão de velas, que fez o percurso da Capela de Nª Srª da Alegria até à Igreja Matriz. Hoje é dia do folclore subir ao palco, o qual está montado no arruamento a nascer ao lado da Junta e que fará uma ligação mais directa a Barca quando estiver pronto. Amanhã, cabe aos “Amanhecer”, agrupamento de música ligeira, animar
as Festas. Domingo será o dia mais preenchido, destacando-se a Banda de Música dos Bombeiros Voluntários de Arrifana, logo bem cedo, a Fanfarra “Boinas Verdes”, a eucaristia solene, a procissão com os típicos andores, o conjunto “Cordosom” e a sessão de fogo de jardim. Emílio Neves, que faz parte de uma Comissão composta por mais 13 elementos, abordou, ao MaiaHoje, as dificuldades da organização, que tem que lidar com verbas que nunca são as desejadas. «Temos que organizar um programa que preencha os dias de festa. Um artista mais sonante já fica além do “cachet”. É uma festa difícil de se fazer, com pouquíssimas receitas próprias. Só se tornou possível com um trabalho digno, de sacrifício, honestidade e transparência». Trabalho esse que, segundo este responsável, deu frutos em 2003, o que permitiu ir mais além na edição deste ano. «Julgo que elevamos a qualidade das festas. No ano passado os custos rondaram os 22 mil euros, mas agora fomos um pouco mais longe, pois tínhamos disponibilidade». Vermoim está, portanto, em festa, naquele que deverá ser o seu fim-desemana mais longo.
! Emílio Neves é o responsável das Festas pelo segundo ano consecutivo
Sexta-Feira, 13 de Agosto de 2004
FREGUESIAS 15 V. N. TELHA
maiahoje
ASSOCIAÇÃO “OS LIDADORES” PAROU NA CÃMARA ANTES DAS FÉRIAS
josé matos
jose@maiahoje.pt
Algarve, aqui vamos nós
Uma fotografia em frente ao edifício da Câmara Municipal e um “obrigado” ao Presidente, Bragança Fernandes. A Associação Cultural, Desportiva, Recreativa e Social “Os Lidadores”, Vila Nova de Telha, antes das férias no Algarve, para 35 jovens e cinco monitores, fez questão de, num acto simbólico, agradecer a quem mais contribuiu. As caras dos “felizardos” - jovens da associação, dos 12 aos 16 anos, que venceram os jogos interfreguesias em futsal e do grupo de dança - não escondiam a ansiedade. Não era para menos, visto que à espera deles estava o Iberotel, na Praia da Rocha (Algarve), para umas férias de cinco dias. A paragem no município pareceu, contudo, a todos indispensável. «Estamos muito reconhecidos à Câmara Municipal na pessoa do Presidente e do Vereador da Juventude (Jorge Rebelo) pelo apoio dado», referiu Olga Mota, Presidente da colectividade. A iniciativa visou possibilitar umas boas férias «a jovens com carências, que doutra forma nunca as poderiam gozar». As férias estiveram, no entanto, por “um fio”. É que a marcação inicial com o Instituto Português da Juventude (IPJ) ÁGUAS SANTAS
encontrou problemas e, à última da hora, o quadro tornou-se complicado. Olga Mota lembrou o “episódio”: «Fizemos, a 15 de Junho, a marcação com o IPJ para irmos para uma pousada, visto que tínhamos um desconto de 20 por cento. Responsabilizaram-se pela organização de tudo. Estranhei não haver nenhuma resposta nas vésperas e quando liguei para a pousada fui informada que nada estava marcado e que já se encontravam superlotados». Na indefinição, “Os Lidadores” recorreram à Câmara Municipal de Portimão e as “portas abriram-se”. «Foi quase um milagre a solução do hotel na Praia da Rocha», notou a presidente da colectividade. Mas nem tudo foi ultrapassado, uma vez que a programação inicial previa 52 jovens. Em relação ao IPJ, a associação maia-
!
“Os Lidadores” agradeceram as férias ao município
ta não ficou de braços cruzados, tendo enviado um comunicado a dar conta dos factos ao Secretário de Estado da Juventude.
27º FESTIVAL INTERNACIONAL
Tirada a fotografia com Bragança Fernandes, lá foram, quase diríamos que gritando: “Algarve, aqui vamos nós”. antónio armindo soares
Folclore só em tom nacional
O Parque dos Moutidos, acolheu de novo o festival de folclore, na 27ª edição. Organizado pelos Fontineiros da Maia, o certame realizou-se no passado sábado e contou com expressiva presença de público. Quando todos esperavam a participação de um grupo vindo da Sérvia, conforme estava programado, acabou por pautar-se pela ausência. Mas, no entanto, o evento correu bem e teve agrupamentos nacionais a colorir o tablado de Águas Santas. Estava programada a sua participação, mas acabou por não se fazer representar. Referimo-nos ao grupo da Sérvia, “Sveti Savo Sumadija”, que todos os presentes esperavam para ver a actuação e que só apareceu no tablado instalado no Parque dos Moutidos quando o relógio marcava 00h30m. Esta não foi a primeira vez que uma situação do género aconteceu em festivais realizados pelos Fontineiros, aliás o grupo maiato em próximas edições terá de evitar este facto. No entanto, foram cinco agrupamentos que deram vida ao 27º festival da Vila de Águas Santas, onde quase todos mostraram bom folclore, em que alguns se destacaram mais que outros, como foi o exemplo do Rancho Folclórico da Casa do Povo de Figueiró, Amarante, que deixou uma bonita presença. O grupo apareceu bem “arrumadinho”, com indumentária a respeitar as tradições; em suma, um bom executante de folclore, com uma boa tocata e excelentes cantadores. A região de Baião, Douro, representada nas gentes calmas e simples do Rancho Folclórico de Baião, de modo humilde tentaram proporcionar uma imagem ao seu nível, mesmo dando a notar que é um grupo que está a léguas de ser de primeira linha. Mesmo assim, conseguiu arrancar a aceitação da ampla plateia. Fundado em 1983, o Rancho Folclórico do Passal S. Pedro da Cova, Gondomar, exibiu-se bem, mostrou querer e fez transparecer a sua determinação em pleno palco. A sua prestação foi bem aceite, apesar de, também, não ser da melhor “nata” nacional. Ouro das grandes representações nacionais “regressou” a solo maiato, falamos do Rancho Folclórico Caçador, Viseu, que rubricou mais uma excelente exibição e enriqueceu o certame aguasantense. Quanto ao anfitrião, Grupo Folclórico “Os
Fontineiros da Maia”, que foi fundado em 1951, e que teve a missão de abrir o festival, ilustrou no seu tablado a versão do século XXI, com mais juventude e com maior determinação para se impor no panorama nacional. Para o presidente, José Manuel Sampaio, o balanço do festival «é mito positivo», em virtude da organização ter sido diferente dos anos anteriores. «Uma vez que já temos a sede nova a funcionar em pleno, tivemos melhor condições para receber os grupos e proporcionar-lhes melhor recepção, em especial o jantar que ofertamos e que decorreu no interior das novas instalações, e que nos garantiu o êxito do certame», afirmou. O líder dos Fontineiros, perspectivando o futuro, referiu que «tudo está bem planeado. Cada vez mais nos empenhamos por enriquecer a nossa associação, tentando incutir uma maior dinâmica e tornar mais aliciante o nosso trabalho». Sobre novos projectos, está em carteira a aposta no teatro amador, a dança rítmica, formar um grupo de xadrez e, apostar seriamente na componente desportiva. Na cerimónia de boas vindas e de troca de lembranças, notou-se a ausência de Bragança Fernandes, presidente da Câmara Municipal da Maia, uma presença a que todos anos nos habituamos a ver nos festivais dos Fontineiros. Entretanto fez-se representar pelo seu vereador da Juventude, Jorge Rebelo. Presença fidedigna é a do presidente da Junta de Freguesia de Águas Santas, Manuel Correia, que demonstra ser autarca interessado e dedicado pelas coisas da sua terra. Ao seu lado, esteve também Mário Carmo Pinto, prestigiado médico de Águas Santas e antigo vereador da cultura da Câmara Municipal da Maia. Sexta-Feira, 13 de Agosto de 2004
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maiahoje ÀGUAS SANTAS
16 FREGUESIAS FESTAS DE ARDEGÃES
josé matos
jose@maiahoje.pt
“Senhor dos Aflitos” recebido com flores
«É uma das melhores festas do Concelho da Maia», assim definiu o evento em honra do Senhor dos Aflitos (padroeiro de Ardegães, lugar da freguesia de Águas Santas), o Presidente da comissão organizadora, Manuel Pereira. A procissão lá seguiu a tradição e pelo meio, encontrou o também típico tapete de flores. As festas duraram quatro dias, envolvendo diferentes realizações. Tiveram início com o festival de folclore, em que participou o Rancho de Gemunde, o da Maia e um de Famalicão, juntando-se ao do Grupo Cultural e Recreativo de Ardegães. No segundo dia, houve programa de variedades, destacando-se a conhecida artista de música ligeira Claudisabel. A música continuou no Domingo, com uma banda popular e um artista da terra, a animarem a população de Ardegães e todos aqueles que vieram propositadamente aos festejos. O céu iluminou-se com o fogo de artifício. O dia ficou, também, marcado pela missa solene - de manhã - e pela tradicional procissão, com saída às 18h00 da capela, passagem pela Rua de Cristal e Rua Central de Ardegães. Na primeira via, os moradores receberam a procissão com tapetes de flores, uma tradição que gostam de manter e a comissão de festas apoia. Além dos moldes, das flores e do
! “São flores Senhor... São flores”
serrim colorido, responsabiliza-se pelo encerrar da rua, medida que não funcionou muito bem na edição deste ano, por deficiente informação, visto
que algumas pessoas, que tinham ido assistir à inauguração da nova sede do Grupo Cultural e Recreativo de Ardegães, foram apanhadas despreve-
nidas, vendo-se impedidas de saírem com os seus veículos. A procissão, acompanhada de fanfarra, grupos de jovens, escuteiros e autarcas, entre eles o Presidente da Câmara Municipal, incluiu os andores de Nª Srª de Fátima, Santo António, e, claro, do Senhor dos Aflitos. No último dia, destacou-se a subida ao palco do grupo musical Diapasão e o fogo preso à meia-noite. Os apoios para a realização da Festa do Senhor dos Aflitos advêm da Câmara Municipal (sobretudo), da Junta de Freguesia de Águas Santas, comércio e população em geral. «Andamos todos os meses a bater de porta em porta para que não se verifique a tendência de acabar a tradição», contou o Presidente da comissão de festas. Formada por onze elementos, a comissão luta para que não caia aquela que muitos consideram a melhor festa do Concelho, a seguir à Nª Srª do Bom Despacho.
!GRUPO CULTURAL E RECREATIVO DE ARDEGÃES CONCRETIZOU GRANDE DESEJO
Nova sede inaugurada com “pompa e circunstância” «Ouvi muitas vezes a expressão “vale a pena viver na Maia”, hoje pude confirmá-lo», palavras do presidente da colectividade, Arnaldo Ferreira Alves, aquando da inauguração da nova sede, bem demonstrativas do seu contentamento. Uma obra totalmente financiada pela Câmara Municipal.
Os cerca de 300 metros quadrados de espaço foram inaugurados com “pompa e circunstância”, coincidindo com as festas de Ardegães. O Presidente da Câmara Municipal da Maia, Bragança Fernandes, alguns autarcas, a direcção do Grupo Cultural e Recreativo de Ardegães e a população local, formalizaram a abertura de portas da nova sede, composta por área de convívio e bar, sala de reuniões e parte do secretariado. Com a Fanfarra dos Bombeiros Voluntários de Pedrouços, já acostumada nestas “andanças”, a assinalar o início do acto oficial, foram hasteadas as bandeiras. No interior, os discursos repartiramse entre o agradecimento e a exaltação do
papel da associação. A cerimónia incluiu baptismo. Um dos grandes momentos acabou por ser o descerrar de duas bandeiras, descobrindo uma fotografia de Vieira de Carvalho e outra de Bragança Fernandes, simbolizando o reconhecimento por dois grandes apoiantes da causa do Grupo de Ardegães. Arnaldo Ferreira Alves, Presidente da direcção, não escondia a sua satisfação por ver concretizado um desejo antigo, mas que apenas começou a ganhar forma há um ano. O agradecimento foi totalmente dirigido a Bragança Fernandes: «O presidente foi inexcedível. Há dificuldades financeiras no município, mas mesmo assim financiou a obra em 100 por cento».
! E pronto... a sede foi baptizada
Bragança Fernandes era o nome mais referido pelo líder do Ardegães. Aliás, adiantou que numa próxima assembleia do grupo vai propor o nome do edil para constar numa placa identificativa da sede. Por seu lado, Bragança Fernandes, presidente honorário da associação, manifestou que «a verba foi bem gasta», visto estar perante «uma obra exemplar». O problema que agora se coloca tem a ver com as acessibilidades à sede, «muito
más». O assunto está a ser tratado, como realçou o edil «Já consegui negociar o terreno em frente ao arruamento. Dentro de dois, três meses, vamos começar a obra que fará a ligação directa à Nacional 107, em cerca de 100 metros». Voltando à inauguração da sede, o acto oficial terminou com um “porto de honra” e dali partiu-se para a procissão do Senhor dos Aflitos que estava prestes a sair (ver peça nesta edição). José Matos PUB
Sexta-Feira, 13 de Agosto de 2004
FREGUESIAS 17 GUEIFÃES
maiahoje
DIRECTOR DISTRITAL DA SEGURANÇA SOCIAL VISITOU LAR DE ST.º ANTÓNIO
Lar pretende fazer obras de remodelação no valor de 750 mil euros O Director do Centro Distrital da Segurança Social do Porto, Rui Pedroto, visitou esta Segunda-feira o Lar de St.º António, em Gueifães. O responsável, convidado pela Direcção desta Instituição, veio inteirar-se do funcionamento do Lar, como também dos projectos futuros, que compreendem um aumento das instalações. Rui Pedroto visitou pela primeira vez o Lar de St.º António, tomando contacto com as pretensões da Direcção, que exigem um verba avultada, «precisaríamos de 750 mil euros. Na melhor das hipóteses estará pronto daqui a dois anos, tudo depende dos apoios que tivermos. Naturalmente que a Câmara também está envolvida nisto e irá apoiarmos naquilo que puder, pelo menos na parte das licenças. Mas julgo que até apoie financeiramente», afirmou esperançado, o Presidente do Lar de St.º António, Mário Araújo. Esta remodelação incide principalmente no aumento de quartos, com lugar para mais 12 idosos, para além de duas enfermarias com capacidade para três pessoas acamadas, o que no total perfaz um acréscimo de 18 idosos. Além deste aumento, estão previstos também melhoramentos na cozinha e na lavandaria, tudo para «termos melhores condições para servirmos as pessoas». O Lar de St.º António presta auxílio a 137 idosos e emprega 47 funcionárias, possuindo GEMUNDE
! Rui Pedroto e Mário Araújo, entre outros, fizeram uma rápida revista às instalações do Lar de St.º António.
três valências (Centro de Dia, Lar e Apoio ao Domicílio). Quem também marcou presença nesta altura, foram o Presidente e
Vice Presidente da autarquia, Bragança Fernandes e Silva Tiago, respectivamente, que numa visita relâmpago, apelaram ao Director
INAUGURAÇÃO PREVISTA PARA OUTUBRO DE 2005
foto arquivo
vendo-se a inauguração para Outubro de 2005. À Junta de Freguesia caberá o pagamento de dez por cento da obra, perto de 100 mil euros, «ainda não sei onde vamos arranjar o dinheiro», comentou o Presidente Joaquim Oliveira. O Centro Cívico vai adoptar diferentes valências, como centro de dia para a terceira idade, nova sede da autarquia local, biblioteca e quatro gabinetes médicos. Uma vez que a
António Manuel Marques
ÁGUAS SANTAS
Centro Cívico vai retomar as obras O Centro Cívico de Gemunde, cuja fase de pedra já tinha sido edificada, vai recuperar o andamento de obra, após mais de dois anos de paragem. Na altura realizaram-se dois concursos limitados de 125 mil euros cada. A lei obriga a que, agora, o concurso tenha que ser público, acabando-se a possibilidade de fasear a obra. Concurso a que já foi sujeito, faltando a adjudicação. Por seu lado, a Câmara Municipal da Maia tem trinta dias para analisar o processo. As obras finais do Centro Cívico de Gemunde - projecto total orçado em 865.500 euros - deverão arrancar no próximo mês de Novembro, pre-
Distrital da Segurança Social, para ajudar o Lar nos seus projectos futuros. Quanto ao apoio financeiro da Segurança Social, Rui Pedroto prometeu fazer os possíveis, relembrando o “tempo de vacas magras”, «é conhecido que as dificuldades não permitem dar todos os apoios que pretenderíamos. No entanto, disse que se iria fazer um esforço no sentido de apoiar o que fosse mais prioritário para a instituição, que no caso é a expansão da capacidade do lar de idosos e da requalificação de alguns serviços». Depois de uma pequena visita pelas instalações, Rui Pedroto classificou o equipamento como «excelente. Tem poucos anos, é relativamente moderno, corresponde aos mais exigentes padrões de qualidade embora tenha aqui alguns aspectos que irão ser concretizados com o tempo. É um equipamento que distingue este concelho e que vem suprir uma necessidade social».
manutenção do espaço estará a cargo da Junta, é objectivo desta alugar uma das salas a um privado, no sentido de ajudar os custos.
Nova sede de Junta entrou na primeira fase
Foi já assinado o contracto com a empresa que se vai responsabilizar pela construção de raiz da nova sede de Junta da Freguesia de Águas Santas. O processo também seguiu para o Tribunal de Contas no sentido de obter o necessário visto. Agora é, mãos à obra. Numa primeira fase realizar-se-á a terraplanagem, a estrutura de betão armado e a alvenaria. A fase complementar, de acabamentos, só ficará concluída no próximo mandato autárquico. JM PUB
Sexta-Feira, 13 de Agosto de 2004
maiahoje GEMUNDE
18 FREGUESIAS FESTA DE Nª SRª DE FÁTIMA
josé matos
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Procissão “cortou” com a fanfarra A ausência da fanfarra no percurso religioso da procissão, dividiu opiniões entre populares e mesmo entre promotores, o mesmo acontecendo com a decisão de não se iluminar a igreja. O que não impediu que se cumprisse a tradição de honrar Nª Srª de Fátima em Gemunde. Os morteiros que se fizeram ouvir nos “céus” de Gemunde no último Domingo, deram início à procissão em honra de Nª Srª de Fátima. À frente, tal como no ano passado, cortando com uma tradição de anos, não ia a fanfarra, o que dividiu opiniões. Populares havia que discordavam por completo da decisão do Padre Domingos Jorge, realçando que o som que assinala a manifestação religiosa já vem de há muitos anos, uma tradição a que muitos se tinham habituado. Outros, por seu lado, concordavam com essa ausência, defendendo que a fanfarra não se coaduna com o espírito religioso. As divergências, que não são de agora, mais se acentuaram com o facto da Fanfarra de Coimbrões ter actuado durante duas horas (fazendo o percurso da Capela de S. Roque até à Igreja Matriz), parando aquando da saída da procissão, altura em que deu por concluída a sua participação. A esta situação, acumulou-se a impossibilidade de iluminar a Igreja
PADRE AFONSO SILVA FARIA CEM ANOS GUEIFÃES
Paróquia homenageia pároco A paróquia da freguesia de Gueifães levou a cabo uma homenagem ao Padre Afonso Silva. O pároco completaria o centésimo aniversário de nascimento na passada segunda feira. Segundo Orlando Santos, o actual Padre da paróquia, Afonso Silva «deixou muita estima. Foi uma pessoa de grande devoção que deixou marcada a sua passagem. Estamos agradecidos pelo seu testemunho». A homenagem consistiu numa singela eucaristia, «simples como a foi a sua passagem por Gueifães», recordou Orlando Santos. A FIGURA... O Padre Afonso Silva nasceu em 9 de Agosto de 1904. A sua ordenação decorreu a 18 de Dezembro de 1926, sendo nomeado coadjuntor de S. Cosme de Gondomar cerca de um mês depois. Já em 1932, Afonso Silva passou a desempenhar a função de vigário cooperador de Grijó, passando em Outubro do ano seguinte a pároco daquela freguesia. A vinda para a Maia, nomeadamente para Gueifães, deu-se no final de 1945. Posteriormente foi igualmente nomeado vigário da Vara da Maia, em 1956. O seu falecimento deu-se a 23 de Novembro de 1968. AMM
! Cerimónia de cariz marcadamente religioso
Matriz, decisões que, de acordo com José Gomes (um dos quatro “mordomos” da festa, sendo os outros Almiro Azevedo, José Maia e António Freitas), acabam por afastar o povo e S. PEDRO FINS
desencorajar os promotores do acontecimento religioso, que em anos anteriores eram onze. «As festas nunca acabarão, porque as pessoas da terra não deixam, mas temos sempre
que ouvir população intrigada e mesmo indignada», assinalou este “mordomo”. Uma situação difícil de ser gerida impossível agradar a Gregos e Troianos - em que o próprio Presidente de Junta, Joaquim Oliveira, não se quer imiscuir, preferindo não tecer qualquer comentário. Divergências à parte, a procissão lá saiu pela praça da igreja enfeitada com o serrim colorido, seguindo até ao largo, voltando até perto da Junta (cruzeiro) e regressando à Igreja Matriz. Na procissão, onde em cima da hora, e quando já não se esperava, apareceu o Presidente da Câmara Municipal, Bragança Fernandes, elevaram-se os andores de Nª Srª de Fátima, Sagrado Coração de Jesus, Padroeiros (S. Cosme e S. Damião), S. Roque e Stª Rita. De quatro em quatro anos, a Festa de Nª Srª de Fátima marca a comunhão solene. De referir que a missa solene realizada de manhã, era para ser campal, mas a chuva frustrou os intentos.
EM HONRA DOS PADROEIROS
josé matos
jose@maiahoje.pt
A tradição da festa e da fé S. Pedro Fins conheceu um fim-de-semana festivo em honra dos seus dois padroeiros que dão nome à freguesia. Os espectáculos musicais, as “vacas de fogo” e a procissão marcaram uma tradição que se repete ano após ano, apesar das dificuldades em termos de apoios. As Festas que homenageiam S. Pedro de Ad’Vincula e S. Fins (que englobam, sempre, o primeiro Domingo do mês de Agosto), despertaram a freguesia para a animação popular e para a vertente religiosa. Representam o acontecimento festivo mais marcante da freguesia, que em Abril teve a Stª Apolónia (festa de Pascoela) e em Julho o S. Miguel-o-Anjo. É, portanto, em Agosto que a população local mais motivos de festa e de fé encontra. O programa distribuiu-se por três dias. A componente religiosa contemplou missa rezada com cânticos, missa solene, comunhão solene , concerto de órgão da igreja paroquial e a procissão, o momento mais alto. Com saída da igreja às 15h00 em ponto, a procissão foi em direcção ao Calvário, regressando pela Rua Joaquim Gonçalves. Bem composta e colorida, contou com a presença do Presidente da Câmara Municipal, Bragança Fernandes, do Presidente da Junta de Freguesia de S. Pedro Fins, Marques Gonçalves, entre outras entidades autárquicas e paroquiais. Juntamente com as Irmandades da Freguesia, seguiram os sete andores em representação de S. Pedro, S. Fins, Stº António, Nª Srª de Fátima, Srª da Conceição, S. Sebastião e Stª Apolónia. As Bandas de Música de Mineiros de Pejão e Moreira da Maia
acompanharam os passos religiosos. Na vertente mais festiva, além da presença musical de Marcus e de Saul, houve arraial minhoto (Modalevada), noite de Tuna (da Faculdade de Economia do Porto), baile (Splash Band), Zés P’reiras e as tradicionais “vacas de fogo” (fogo de artifício preso às costas de um homem que vai correndo pelo meio da população).
António Paredes, Presidente da Comissão de Festas há quatro anos seguidos, notou, ao MaiaHoje, que na edição deste ano a angariação de apoios foi complicada, «por causa das dificuldades gerais da vida». Para que tudo fosse tratado atempadamente, a Comissão iniciou funções em Agosto de 2003, «só assim se conseguiu segurar alguns dos artistas que tivemos aqui».
! A Procissão é um dos pontos altos das Festas
Sexta-Feira, 13 de Agosto de 2004
FREGUESIAS 19 GONDIM
maiahoje
FESTAS DO DIVINO SALVADOR
Quatro meses para organizar tudo Começam hoje as grandes festas de Gondim em honra do padroeiro Divino Salvador. Como manda a tradição, acontecem sempre na segunda semana do mês de Agosto e prolongam-se por quatro dias. A abrir, após a inauguração da iluminação e da exposição, há folclore, com as actuações do Rancho de S. Cosme de Gemunde e do Grupo Folclórico de Valadares. Amanhã, o agrupamento musical “Juventude em Força” percorrerá a freguesia. À noite, realiza-se a eucaristia e a procissão das velas ao lugar de Vila Verde. O momento religioso dá, depois, lugar ao festivo, com a “Juve Dance” e a Mocidade de S. Gemil a representarem a temática da juventude. O baile ficará a cargo do “Duo Lusíadas e Raquel”.
No Domingo de manhã, entra a Banda de S. Pedro da Cova. De tarde, a anteceder a procissão ao lugar de Porto-Bom, actua a Fanfarra dos Bombeiros Voluntários de Moreira da Maia (em Vila Verde). À noite, a música é dada por Henrique Leal e pelos Via Satélite. Por fim, na Segunda-feira, destacam-se os Ukapa. O fogo de artifício, cujo processo foi resolvido à última da hora, encerra os festejos. Todo um programa que ficou completo num período considerado recorde pelo presidente da Comissão de Festas, Horácio Paulo Martins. O
grupo, composto por oito elementos, apenas começou a trabalhar em Abril, por falta doutras iniciativas. «Foi já muito em cima da hora. Acabamos por fazer o possível, numa organização mais económica. Se fosse com um ano de antecedência, tudo correria às mil maravilhas. Mas, em quatro meses juntar cerca de 21 mil euros foi complicado», comentou este responsável ao MaiaHoje. As festas aí estão, com votos de que tudo seja melhor para 2005. JM
ASSOCIADOS COMEMORARAM 13º ANIVERSÁRIO COM DANÇAS E PRÉMIOS MAIA
Rectificação
ARDACM em festa
Na edição passada do Jornal MaiaHoje, na notícia com o título “É importante estar atento aos carenciados”, relativo ao 25º Aniversário da Conferência de S. Vicente de Paulo, por lapso, foi referida a presença do Provedor da Santa Casa da Misericórdia da Maia, Fernando Almeida, tal como se verificou uma incorrecção no nome do Presidente da Instituição, Dinis Barbosa. Assim, pedimos desculpas aos visados e aos nossos leitores.
A época 2003/2004 acabou em grande para a Associação Recreativa e Desportiva Amigos das Crianças da Maia (ARDACM). Para além de um jantar comemorativo, premiaram-se os melhores atletas do ano, apresentou-se um espectáculo de dança e homenagearam-se os fundadores do clube. Presente na Maia há 13 anos, o ARDACM é uma associação cultural e desportiva aberta à participação de todos, especialmente dos mais jovens. O “prato forte” do clube consiste no futsal masculino e feminino e na dança. Foi, aliás, isso que se quis demonstrar durante a comemoração da data, com a atribuição de prémios
aos atletas que se distinguiram na época passada e com a actuação de grupos de dança. Os fundadores e os directores do ARDACM não foram esquecidos e os festejos serviram, simultaneamente, de homenagem a estas figuras maiores do clube. A Câmara Municipal e a Junta de Freguesia da Maia fornecem «apoios,
financeiro e logístico, que tornam viável o projecto», explica Jorge Lemos, Presidente do ARDACM. Em representação destas duas instituições, o edil Bragança Fernandes e Carlos Teixeira, Presidente da Junta de Freguesia, participaram na cerimónia, que teve lugar no Jardim Zoológico.
A Redacção
Andreia C. Faria
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20 OPINIÃO
FAZ DE CONTA
O que faz de conta é o que conta, quando não há que conhecer. O que não há que contar é o que a vida nos deve e nós devemos à morte. Quem vai pagar? Amanhã..., hão-de vir dias melhores..., hora a hora Deus melhora.... Pagámos o passado com o presente e já temos o futuro empenhado no faz de conta! Que se lhe há-de fazer? A culpa é dos ses que não há, porque se houvesse, se eu pudesse, se não fosse por causa disso... Os ses é que não pagam à vida e ela depois não pode pagar a nós! Faz de conta que este raciocínio é um raciocínio, em vez de ser uma quimera, e espera... faz de conta que amanhã virá D. Sebastião: “Como é bom esperar por D. Sebastião, quer venha ou não!”, diz o heterónimo de Pessoa. O faz de conta é o pai da ilusão e a ilusão é o pão da fantasia, sem a qual a miséria do homem é total e o seu nome de homem não passa de ficção. Vem-me à ideia uma história daquele menino que vivia com o avô, na extrema pobreza de só ser rico por ter um avô. À noite o menino pedia pão e o avô tinha a única riqueza de ter um neto. Então o avô pegava no menino ao colo e dizia baixinho: “Hoje não tenho, meu filho; mas amanhã... amanhã poderemos ter uma boa ceia, com pão carne, fruta, talvez um lindo bolo... Virão outros meninos comer connosco, quem sabe se Nosso Senhor virá também... Dorme... dorme...” E o menino, embalado por aquela voz que prometia o amanhã, a fazer de conta que era hoje, logo, dali a pouco, adormeceu, na única consolação de quem não tem: vir a ter. I Aquele rapaz franzino (faz de conta que o conheci, nos princípios do séc. XX, em Paris) vinha muitas vezes (quando podia, ou quando tinha com quê) comer àquele restaurante. Havia muitos restaurantes como aquele; chamavam-se restaurantes à la fourchette, porque “la
fourchette”, “o garfo”, era como a arma de arremesso para conseguir comer. O cliente era posto diante de um caldeirão fumegante, onde nadavam belos pedaços de carne, num molho demasiado abundante. Com o seu longo garfo na mão, ele só tinha que fazer boa pontaria para apanhar um daqueles pedaços suculentos. Faz de conta que apanhava um, tinha um excelente almoço, provavelmente um bom jantar! Mas cada pontaria tinha um preço e, se falhasse, teria de desistir, ou pagar de novo. Os pedaços que nadavam, rápidos e escorregadios, naquela gordura cheirosa, tentavam mais os esfomeados do que as fortunas reluzentes expostas nas mesas de jogo dos casinos... O rapaz tentava treinar-se naquele desporto arriscado que era conseguir almoçar, mesmo que só de vez em quando. - Faz de conta que eu consegui apanhar um daqueles bocados de carne pensava ele. Pela vidraça que separava a secção do restaurante onde eu almoçava... todos os dias da “à la fourchette”, eu seguia excitado aquela preparação calculada com requinte de precisão e de oportunidade, aquele olhar azarento do empregado, a quem interessava que ele falhasse muitas vezes, falhasse sempre! Zás: Falhou! O rapaz procurava outra moeda no bolso do casaco coçado e, não encontrando, pousava o garfo. - À suivre! - gritava o funcionário. Outro rapaz ia tentar a sorte, enquanto o primeiro abandonava a sala. - Coitado! - dizia para mim mesmo faz de conta que almoçou! - Revenez demain! Vous aurez plus de chance! Revenez demain. - gritava-lhe o empregado com um arzinho de mofa. Tantas vezes isto aconteceu que eu comecei a interrogar-me porque me interessava eu por aquele moço, entre tantos outros desgraçados. Um dia fui ter com o empregado, a colher informações: - Vous le connaissez, sans doute.
COMUNICADO
Luís Clemente Ribeiro
- Oui, il est espagnol, il étudie à Paris, il est musicien. Ah! Era músico. Lá diz o provérbio: “Qui se ressemble s’assemble”. Eu também sou músico. Que fazia eu nesse tempo em Paris? É difícil recordar uma coisa dessas, passada na 2ª reencarnação anterior... Mas estudante de música não era, porque não me lembro de ter encontrado nunca aquele rapaz, senão no “à la fourchette”. Também não era tão pobre como ele, uma vez que almoçava sempre do outro lado da vidraça, embora sozinho. Quem seria eu então, naquele montmatre do tempo da “belle époque”, onde os futuros artistas viviam em mansardas onde só sobrava a Arte, comendo “un jour sur deux”, “vissi d’arte, vissi d’amore...”! II Há dois anos, na minha actual reencarnação, fui a Paris. Só um fim de semana, mas um fim de semana cheio, totalmente cheio, de modo que esses dois dias e meio de que guardei em filme as imagens inesquecíveis preencherão a parte da vida que lhes coube até à saturação. Uma das coisa que tinha planeado ver era Montmartre. Foi numa tarde de Domingo, de céu um pouco nublado. Deixado o carro, entrei a pé nas ruas estreitas, nas vielas, entre o povo que se encontrava à porta de casa, fazendo ali mesmo a sua festinha, cantando, dançando, ao som do velho acordeão, com as crianças jogando, correndo, brincando, com os pares discretos procurando os recintos favoráveis para transmitirem num beijo o faz de conta que lhes ia nas almas... Depois da penumbra magnífica do “Sacré Coeur”, toda aquela alegria do povo me fez lembrar Portugal, um Domingo de aldeia, mesmo de um bairro popular do Porto, nos tempos em que havia alegria nas gentes e nas almas e a vida fluía como água que corre, em tudo o que tem de puro e enxurro, mas
intimamente pura! Deu-me para querer saber se os “à la fourchette” ainda existiam e perguntei a “une grosse dame”: - Pardon, madame, est-ce qu’il y a encore à Paris des restaurant “à la fourchette”? Ela olhou incrédula e respondeu com outra pergunta: - Vous êtes étranger, n’est-ce pas? - Oui, je suis portugais. - Ah, bom. Les portugais son toujours gais. Allez! Concluí que já não havia disso e não tive coragem de perguntar a mais ninguém. A mulher deve ter ido contar a outras porque, ao afastar-me, ouvi grandes risadas. - Comme chez-nous - disse para mim. - Douce France! Eram cinca da tarde, ainda tinha que ir à Torre Eiffel, voltei para o carro. Mas o tal rapaz? Quem seria ele? Espanhol, jovem, músico, estudante em Paris, comendo nos “à la fourchette”, quando podia (quando tinha com quê)... Não, nunca mais o saberia, certamente, e não me agradava fazer de conta que sabia. “Pedi e dar-se-vos-á; procurai e encontrareis; batei e hão-de abrir-vos”, disse um dia Cristo. E isto me levou a perceber porque é que o “faz de conta” falha. Falta o nosso esforço para o realizar. Depois de muito procurar a solução veio ao meu encontro: Num livro de biografias de músicos espanhóis - Granados, Albéniz, Turina, Halfter, Rodrigo, tantos, tantos! - achei enfim o que procurava. O rapaz chamava-se Albéniz, Isaac Albéniz e, como os grandes de Espanha, pedia esmola de chapéu na cabeça, não porque tivesse chapéu, mas porque tinha uma cabeça digna de o usar. Isaac Albéniz, um grande entre os grandes de Espanha muitas vezes comeu “un jour sur deux”, em Paris!
VEREADORES DO PS
Habitação social Nota de Imprensa A JS-Maia vem por este meio mostrar a sua total indignação face às notícias que têm surgido sobre as irregularidades na construção da habitação social promovida pela CMM. Embora não surpreendidos por estas notícias, visto terem sido já apresentados factos que demonstram as falhas da CMM neste processo, a JS-Maia não pode deixar passar impunemente este facto, nomeadamente no que respeita a irregularidades como a utilização para outros fins de verbas destinadas à habitação social bem como o critério de atribuição das habitações. O relatório do TC realça de forma categórica a incompetência da CMM na gestão da habitação social, tema frequentemente utilizado como bandeira eleitoral mas que, infelizmente, não passa disso. Esta polémica reforça, mais uma vez, a fragilidade da gestão camarária, demonstrando que a situação financeira a que chegou a edilidade é por
demais preocupante. A JS-Maia aproveita a ocasião, para mais uma vez, lamentar os números da taxa de execução dos programas em causa (inferiores a metade do previsto) e exigir que a Câmara Municipal, nomeadamente, o seu Presidente, explique, a todos os maiatos, para que fins foram utilizadas as verbas concedidas pelo INH e que, segundo o relatório do TC, não foram utilizadas para os fins a que se destinavam. Exige-se ainda que sejam totalmente esclarecidas as regras utilizadas para a atribuição de habitações o que, acreditamos, será uma tarefa complicada. A JS-Maia está certa que os maiatos, ao contrário dos visados neste relatório do TC, saberão retirar as ilações políticas deste caso e que, no futuro, a fragilidade e as falhas da coligação PSD-PP, na CMM, continuará a ser notada. Marco Martins Coordenador Concelhio da JS-Maia
De acordo com os relatos da Comunicação Social sobre a reunião do Executivo da Câmara Municipal da Maia da passada 5ª Feira dia 05/08/04, a informação veiculada pelo Gabinete do Senhor Presidente da Câmara sobre a referida reunião, omitiu o facto mais relevante, que foi o “chumbo” dos Vereadores do Partido Socialista às contas do empreendimento do PER de Folgosa. A posição dos Vereadores do PS enquadra-se, aliás, no contundente Relatório do Tribunal de Contas pelas graves irregularidades e pela má gestão dos dinheiros públicos
como foi conduzido ao longo dos últimos anos, pela Câmara Municipal o Programa PER e a Habitação Social, em geral. Lamentamos que a Comunicação Social apenas tenha ouvido a posição da maioria PSD/CDS-PP, quer relativamente à agenda da reunião de 05/08/04, quer sobre o referido relatório do Tribunal de Contas, não tendo auscultado o PS sobre estas matérias.
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Sexta-Feira, 13 de Agosto de 2004
Os Vereadores do PS Miguel Ângelo Rodrigues Rogério Duarte da Rocha
OPINIÃO 21 Emigrantes O VENTO DE BENJUGANTI em Agosto Agosto em Portugal É mês das romarias e festas Em todo o mundo não há igual Tão lindas e bonitas como estas. É mês de veraneio É um mês especial É mês de recreio Agosto em Portugal Chegam nossos emigrantes Ao seu país, à sua cidade Vem de lugares distantes Para “matar” a saudade. Munidos de boas intenções Para um propósito a conciliar
Amanheceu. Aquele vento, forte e agoirento, que se sentia, quedou-se numa brisa de brevidade, numa auréola de doce afago. Se não víssemos, não acreditávamos: Benjuganti amanhecia, numa tranquilidade desusada, cheia de pássaros, de borboletas e sapos. Não se antevia tamanha bonança mas as coisas são assim: alteram-se com as teorias, mudam-se com as crenças. E se me perguntassem qual a cor do mar em Benjuganti, teria de ser impreciso e rápido na resposta: o mar tem a cor azul, profunda e misteriosa das ravinas do pânico. Não tem a cor suave dos livros e dos lápis nem tem a leveza, afrodisíaca, das marés que se espraiam em volúpias de espuma e conchas.
Amanheceu. Aquele vento, vigoroso e barulhento, que se ouvia, quedou-se numa bonomia de aragem, numa silhueta meiga. Mas não se alterou a dúvida, a fraude e as mentiras humanas que nos salpicam a alma de animalescas façanhas: era uma vez... um senhor, um doutor, um ministro que roubou, vigarizou, omitiu, trapaceou e fez de nós - habitantes, crédulos, de Benjuganti - uma soma linear de papalvos, de toninhos e de, ingénuos, hominídeos. Amanheceu. Aquele vento, bruto e grosseiro, que se temia, quedou-se num singelo esvoaçar de folhas, numa aveludada acalmia.
Chegam filhos, chegam pais Ao seu país, ofegantes Não que o esqueçam jamais Mas a saudade é uma constante. Na labuta que eles enfrentam No estrangeiro em qualquer lugar É a esperança que os alimenta Em vencer e triunfar. Famílias inteiras Emigradas para outros países Não esqueceram sua bandeira Nem tão pouco suas raízes. Vontade de vencer Desejo de se afirmarem É o que os levaram a empreender
Nem sempre o que parece é... José Gomes
Vem esta história a propósito de um rapaz que frequenta o café próximo de minha casa. A sua idade real deve andar à volta dos vinte e poucos anos (a psíquica “ficou” nos 12 anos!). As suas reacções são de um jovem adulto anormal, gestos e trejeitos descoordenados, graças a uma paralisia cerebral que teve em pequeno. O seu sonho e a sua maneira de se manter vivo é o futebol... Treina num grupo amador aqui à beira e a sua alegria é apresentar-se vestido com uma camisola e calção do F. C. do Porto e uma bola debaixo do braço. Como todos os “deficientes” gosta de falar alto, fazer-se notado e dizer “disparates”, mas sem nunca ofender ninguém. Várias pessoas gostam de se meter com ele para se rir com as suas respostas sempre caricatas. Lembrei-me, então, de um pequeno
conto que ouvi há muito tempo e que vou tentar escrever com as respectivas alterações e adaptações, nomeadamente no caso da unidade monetária. Numa pequena localidade do interior do nosso país um grupo de pessoas divertia-se com o “tolo da aldeia” - um pobre coitado de pouca inteligência, que ganhava a sua vida fazendo recados, pequenos arranjos e recebendo esmolas. Todos os dias, pela hora do almoço, chamavam- no ao bar e um grupo de “brincalhões” divertia-se espalhando no balcão duas notas (uma de 5 Ä mais ou menos mil escudos, na moeda antiga - e outra de 50 Ä - mais ou menos 10 mil escudos). Então, entre risadas e já entornados meia dúzia de copos pediam-lhe para ele escolher uma das duas notas. O olhar do pobre rapaz vacilava entre uma e outra nota, a sua cara modificava-
É um país emocionado Porque recebe com muito gosto Todo o seu povo emigrado. Há rostos esbaforidos Radiantes e bem dispostos Todos eles sejam benvindos A Portugal no mês de Agosto. 31-07-2004 João Diogo
se em esgares - o que arrancava sonoras gargalhadas de todos os presentes na “brincadeira” - e aquele acabava sempre por escolher a nota de 5 Ä que guardava, como se fosse um tesouro. Esta cena decorreu durante longos meses, sempre debaixo de um coro de gargalhadas e incitações maliciosas dos presentes. Até que um dia, um dos membros do grupo - talvez envergonhado pelo acto de estarem constantemente a rebaixar perante os demais o “tolo da aldeia” - chamou-o e perguntou-lhe se ainda não se tinha apercebido que a nota de 5 Ä era a menos valiosa? - Eu sei - respondeu - ela vale dez vezes menos, mas no dia em que eu escolher a nota de 50 Ä, então acabase a brincadeira e eu nunca mais vou ganhar nem mais uma nota! Quem parece idiota, nem sempre o é.
... a melhor parte!!!
Coragem p’ra emigrarem. Portugal no mês de Agosto
Nelson Ferraz
Mas não se modificou a estranheza, compulsiva, dos escândalos. Nem as sucessões, metódicas, dos atropelos. Este lugar continua mártir da sua sina, do seu fado, dos seus fantoches. Por mais que mude a origem do vento que sopra, é sempre igual o resultado: mais sacrifícios, mais desilusões, mais sofrimento, em nome de deuses de estufa, de bares e de socias jetzeros. Por mais que os homens mudem e os ventos se acalmem, tarda muito a encontrar um homem a sério, um vento digno e um propósito credível. Vente ou não vente, não há telhas soltas nas vivendas dos porcos que nos maltratam nem nos currais dos doutores que nos esfolam.
Se desdobram nas realizações No seu país a concretizar.
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O pequeno Luiz passava o tempo pela escola e pela doutrina... até que um dia... lhe falaram de Jesus! Esse foi um momento memorável!... daí em diante, Luiz não tirou mais os olhos de Jesus... era como se O visse na sua frente! Nós íamos brincar... correr e saltar e... Luiz corria e saltava connosco, mas... tínhamos a sensação de que, os seus olhos focavam sempre “pregados” em algo... distante! Fomos rapazes e fomos moços.. crescemos juntos... corríamos e saltávamos por um lado, aprendemos a cercar a fortuna pelo outro mas... a postura de Luiz mantinha-se... era sempre a mesma!
Agora era o dinheiro que nos fazia correr... alguns dedicavam-se a fazer o bem... outros à misericórdia e à caridade... até! Olhando para trás notávamos, para nós, que cada vez havia mais o serviço... e o Luiz sempre com os olhos postados em Cristo! Assim se passou meio século e... estamos cansados!... tudo cada vez pior... o trabalho é muito!!! Hoje... um, mais afoito... foi falar a Jesus: - Senhor manda o Luiz ajudarnos!... não vês que somos poucos... e é cada vez mais, o serviço!?! Jesus, compreensivo ouviu! ... estendeu a mão... a pedir: «- Calma...
M. C. Santos Leite
tende calma!!!» Ficámos a olhar!!!... a ver que mais diria Jesus!?! - !?! «-... o mundo não acaba hoje!!!» Disse! - !?! «- Vós tendes razão! Mas... há sempre uma razão suprema!!!» - !?! «- ... o Luiz escolheu a melhor parte!!!» A proposito das Bodas Sacerdotais do Reverendo Padre Luís Queirós. Vigário Da Vara da Maia Páraco de Milheirós Páraco de Silva Escura
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TAGO PERFUMARIA E COSMÉTICA, LDA Sede Social: Rua da Fábrica, 222, Vila
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Nova da Telha, Maia Capital Social: € 299.278,74
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Nos termos e para os efeitos do artigo 107º do Código das Sociedades Comerciais, avisam-se os credores da sociedade de que, em Assembleia Geral Extraordinária realizada no passado dia 27 de Julho de 2004, foi aprovado o projecto de fusão em que esta sociedade é interveniente. Avisam-se ainda os credores da sociedade, nos termos e para os efeitos do n.º 2 do referido artigo 107º do mesmo Diploma Legal, do seu direito de deduzir oposição judicial à fusão com fundamento no prejuízo que dela derive para a realização dos seus direitos, no prazo de 30 dias a contar da última publicação deste anúncio.
Aviso Nos termos e para efeitos do disposto no artigo 100º, n.º 3 do Código das Sociedades Comerciais, avisam-se os sócios e credores da sociedade de que foi efectuada a apresentação a registo na Conservatória do Registo Comercial da Maia de um projecto de fusão em que esta sociedade é interveniente, encontrando-se este e a documentação identificada na artigo 101º do referido diploma legal à disposição dos mesmos na sede social, no horário de expediente. A Assembleia Geral dos sócios realizar-se -à no dia 13 de Setembro de 2004, pelas 17 horas e 30 minutos.
Jornal Maiahoje • N.º 111 • 13/08/04
MESMAIA
SEDE: Rua de Terramonte, n.º 781, Gueifães, 4470-122 MAIA CAPITAL SOCIAL: Ä 200.000,00 Matrícula n.º 2404 - Conservatória do Registo Comercial da Maia N.I.F. 500 105 855
DISTRIBUIÇÃO DE PERFUMARIA, LDA
ASSEMBLEIA GERAL Nos termos da lei e dos estatutos, convoco a Assembleia Geral dos accionistas da “FÁBRICA de FIAÇÃO e TECIDOS do JACINTO, S.A.”, para reunir na sede social, sita na Rua Terramonte, n.º 781, Gueifães, Maia, no próximo dia 17 de Setembro de 2004, pelas 15H00, com a seguinte ORDEM de TRABALHOS: 1-Deliberar sobre o relatório de gestão e contas do exercício do ano de 2003; 2-Deliberar sobre uma proposta de aplicação dos resultados; 3-Proceder à apreciação geral de administração e fiscalização da sociedade durante o ano de 2003; e 4 - Apreciar a situação económico-financeira e a evolução da mesma no decurso de 2003. De acordo com o disposto no parágrafo único do art.º 9.º dos Estatutos, “só podem constituir assembleia geral os accionistas que tiverem averbadas no registo as suas acções com oito dias de antecedência da data designada para a realização as assembleia geral”. Ao abrigo do disposto no art.º 380.º, n.º 1, do Código das Sociedades Comerciais, os accionistas podem fazer-se representar na assembleia geral por um membro do Conselho de Administração da sociedade, pelo cônjuge, por ascendente ou por descendente ou por outro accionista. Como instrumento de representação, basta uma carta a manifestar esse facto, assinada pelo accionista, dirigida ao presidente da mesa.
Sede Social: Rua da Fábrica, 222, Vila Nova da Telha, Maia Capital Social: Ä 5.000,00 Matric. na Conservatória do Registo Comercial da Maia, sob o n.º 1262 Pessoa Colectiva n.º 502 136 405
Nos termos e para efeitos do disposto no artigo 100º, n.º 3 do Código das Sociedades Comerciais, avisam-se os sócios e credores da sociedade de que foi efectuada a apresentação a registo na Conservatória do Registo Comercial da Maia de um projecto de fusão em que esta sociedade é interveniente, encontrando-se este e a documentação identificada na artigo 101º do referido diploma legal à disposição dos mesmos na sede social, no horário de expediente. A Assembleia Geral dos sócios realizar-se à no dia 13 de Setembro de 2004, pelas 16 horas.
26 de Julho de 2004 A Gerência Fernando Passos Coelho Jornal Maiahoje • N.º 111 • 13/08/04
Sede: Lugar do Espido, Via Norte, Maia Capital Social: € 3.845.000 Matriculada na C.R.C da Maia sob o n.º 58112/20040702 Pessoa Colectiva n.º 505 046 555 Nos termos e para os efeitos do artigo 95º, n.º 4, alínea a), do Código das Sociedades Comerciais, a Digitmarket - Sistemas de Informação, S.A., vem por este meio informar que em Assembleia Geral de trinta de Janeiro de dois mil e quatro, transcrita para o livro de actas da sociedade com o número nove, foi deliberado por unanimidade proceder à redução do capital social de três milhões oitocentos e quarenta e cinco mil euros para um milhão seiscentos e quarenta e cinco mil euros, para cobertura de prejuízos, nos termos e para os efeitos dos artigos 94º e seguintes do Código das Sociedades Comerciais, mediante a extinção de dois milhões e duzentas mil acções ordinárias, nominativas, com o valor nominal de um euro cada, na respectiva proporção do capital detido pelos accionistas, fixandose o capital social em um milhão seiscentos e quarenta e cinco mil euros, dividido em um milhão seiscentas e quarenta e cinco mil acções ordinárias, nominativas, com o valor nominal de um euro cada. Na sequência da deliberação anterior, foi ainda aprovado proceder à alteração do artigo quinto do pacto social, o qual passará a ter a seguinte redacção: “O capital social é de um milhão seiscentos e quarenta e cinco mil euros, está integralmente subscrito e realizado e é dividido em um milhão seiscentas e quarenta e cinco mil acções ordinárias, cada uma com o valor nominal de um euro” Maia, 15 de Julho de 2004 Pela Administração Assinatura Ilegível Jornal Maiahoje • N.º 111 • 13/08/04
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INDÚSTRIA DE REVESTIMENTOS, S.A.
COMPONENTES E SISTEMAS PARA MOBILIÁRIO E CONSTRUÇÃO, S.A.
Sede Social: Lugar do Espido, Via Norte, Maia Capital Social : Ä 22.500.000 Matric. na ConservatórIa do Reg. Comercial da Maia sob o n.º 40 981 Pessoa Colectiva n.º 501 645 900
Sede Social: Lugar do Espido, Via Norte, Maia Capital Social : Ä 5.500.000 Matric. na ConservatórIa do Reg. Comercial da Maia sob o n.º 3731 Pessoa Colectiva n.º 502 156 872
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Nos termos e para os efeitos do disposto no artigo 100.º n.º 3 do Código das Sociedades Comerciais, avisam-se os accionistas e credores da sociedade de que foi efectuada a apresentação a registo na conservatória do Registo Comercial da Maia de um projecto de fusão em que esta Sociedade é interveniente, encontrando-se este e a documentação identificada no artigo 101.º do referido diploma legal à disposição dos mesmos, na sede social, no horário de expediente. A Assembleia Geral de accionistas realizar-se-á no dia 16 de Setembro de 2004, pelas 9 horas.
Nos termos e para os efeitos do disposto no artigo 100.º n.º 3 do Código das Sociedades Comerciais, avisam-se os accionistas e credores da sociedade de que foi efectuada a apresentação a registo na conservatória do Registo Comercial da Maia de um projecto de fusão em que esta Sociedade é interveniente, encontrando-se este e a documentação identificada no artigo 101.º do referido diploma legal à disposição dos mesmos, na sede social, no horário de expediente. A Assembleia Geral de accionistas realizar-se-á no dia 16 de Setembro de 2004, pelas 10 horas.
Aviso
Maia, 27 de Julho de 2004 O PRESIDENTE da MESA da ASSEMBLEIA ERAL Pedro Lourenço Dias Ferreira Jornal Maiahoje • N.º 111 • 13/08/04
Pelo Conselho de Administração, Jornal Maiahoje • N.º 111 • 13/08/04
FÁBRICA de FIAÇÃO e TECIDOS do JACINTO, S.A.
- CONVOCATÓRIA -
Maia, 28 de Julho de 2004
26 de Julho de 2004 A Gerência Fernando Passos Coelho
Maia, 28 de Julho de 2004 Pelo Conselho de Administração, Jornal Maiahoje • N.º 111 • 13/08/04
Nos termos e para os efeitos do artigo 107º do Código das Sociedades Comerciais, avisam-se os credores da sociedade de que, em Assembleia Geral Extraordinária realizada no passado dia 27 de Julho de 2004, foi aprovado o projecto de fusão em que esta sociedade é interveniente. Avisam-se ainda os credores da sociedade, nos termos e para os efeitos do n.º 2 do referido artigo 107º do mesmo Diploma Legal, do seu direito de deduzir oposição judicial à fusão com fundamento no prejuízo que dela derive para a realização dos seus direitos, no prazo de 30 dias a contar da última publicação deste anúncio.
Sistemas de Informação, S.A.
Maia, 4 de Agosto de 2004
Maia, 4 de Agosto de 2004
Pelo Conselho de Administração,
Pelo Conselho de Administração,
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Sexta-Feira, 13 de Agosto de 2004
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TRL
TÊXTEIS EM REDE, LDA Nos termos e para os efeitos do n.º3 do art. 100º do código das sociedades comerciais, a TRL - Têxteis em Rede, Lda., com sede na Avenida Lidador da Maia, 459, Edifício Sofite, 4429-909 Águas Santas Maia, pessoa colectiva 503012440, com o capital social de 275.000 euros e inscrita na Conservatória do Registo Comercial da Maia sob o n.º 03342/A, faz saber que: a) Foi registado na Conservatória do Registo Comercial da Maia, pela apresentação n.º 16, de 03 de Agosto de 2004, o seu projecto de fusão, na modalidade de incorporação, com as sociedades NINFAMAR - Indústria de Confecções, Lda., com sede na Estrada Exterior da Circunvalação, 1330, 4435181 Rio Tinto, pessoa colectiva 503609935, com o capital social de 30.000 euros e inscrita na Conservatória do Registo Comercial de Gondomar, sob o n.º 6684 e ICONOTEX - Indústria de Confecções do Norte, Lda., com sede na Rua Igreja da Areosa 34 3º Dto., 4200 Porto, pessoa colectiva 503651710, com o capital social de 49.879,80 euros e inscrita na Conservatória do Registo Comercial do Porto sob o n.º 52.521. b) O projecto de fusão e documentação a ele anexa, prevista nas alíneas b) e c) do art.º 101º do código das sociedades comerciais, podem ser consultados pelos sócios e credores sociais nas sedes de cada uma das sociedades que participam na fusão. c) As Assembleias Gerais de cada uma das sociedades, destinadas a deliberar a fusão, conforme preceitua o n.º 2 de art.º 100º do código das sociedades comerciais, terão lugar nas respectivas sedes sociais na seguintes datas: - TRL - Têxteis em Rede, Lda, no dia 06 de Outubro de 2004, pelas 10 horas. - NINFAMAR - Indústria de Confecções, Lda, no dia 06 de Outubro de 2004, pelas 11,30 horas. - ÍCONOTEX - Indústria de Confecções do Norte, Lda, no dia 06 de Outubro de 2004, pelas 15 horas. Jornal Maiahoje • N.º 111 • 13/08/04
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Sexta-Feira, 13 de Agosto de 2004
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24 DESPORTO AGENDA
Terça a Sexta Hora do Conto Local: Biblioteca Municipal da Maia
Dia 6 a 31 de Agosto - Horário do Museu Exposição Temporária “O Linho: do Cultivo ao Uso” Local: Museu de História e Etnologia da Terra da Maia
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1- Pedra de Altar. Feira Internacional de Lisboa (Abrev.). 2- Com forma agradável. 3- Novecentos romanos. Designação genérica das peças de estofo para a cama. Autores (Abrev.). 4- Sufixo designativo de serventia. Singular. 21ª Letra do alfabeto Grego. 5- Avenida (Abrev.). Fluído gasoso que respiramos. 6- Noutros tempos. Cola feita de gelatina de materiais animais, com que se unem e pegam peças de madeira. 7- Observei. Nota musical antiga, equivalente ao “Dó” moderno. 8Cobalto (s.q.). Baía situada nas costas de Honxu (Japão), na qual se encontra Nagoio. Organização Agrária (Abrev.). 9- Livro de poesia de António Nobre. Língua ou faixa estreita de terra que liga duas partes de um continente. Terceira nota da escala musical. 10 Pedra filosofal sob forma seca. Fragrância. 11- Cem ao quadrado (Mat.). Medida grega de comprimento.
11
SOLUÇÕES
FARMÁCIAS TELEFONES ÚTEIS Turno A DA AGRA [Milheirós (P.)] GRAMAXO [Moreira da Maia (R. R.)]
Turno G GRAMAXO [Moreira da Maia (P.)] DA AGRA [Milheirós (R. R.)]
Turno C CENTRAL [Maia (P.)] ALIANÇA [Vermoim (R. R.)]
Turno I ALIANÇA [Vermoim (P.)] CENTRAL [Maia (R. R.)]
Turno D BASTOS [Gueifães (P.)] ÁLVARO AGANTE [Vermoim (R. R.)]
Turno J ÁLVARO AGANTE [Vermoim] BASTOS [Gueifães]
Turno E ARAÚJO [Nogueira da Maia (P.)] DAS GUARDEIRAS [Guardeiras - Moreira (R. R.)]
Turno K DAS GUARDEIRAS [Guardeiras Moreira (P.) ] ARAÚJO [Nogueira da Maia (R. R.)]
Turno
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Os feriados obrigatórios são: 1 de Janeiro; Sexta-Feira Santa; 25 de Abril; 1 de Maio; 10 e 14 de Junho; 15 de Agosto; 5 de Outubro; 1 de Novembro; 1, 8 e 25 de Dezembro. Os feriados facultativos são: Os municipais e Terça feira de Carnaval (12 de Fevereiro), para o pessoal técnico abrangido pelo C.C.T. (P.) - Permanente; (R.R.) - Regime de Reforço até 22h00)
CINEMA
Dia 15 de Agosto - 17:00 H Procissão “Nossa Sra. da Caridade” Local: Vermoin
Warner lusomundo cinemas MAIASHOPPING DIA 16 A 18 DE AGOSTO Todos os filmes têm inicio 10 minutos após hora marcada (* Domingo) Tel: 22 977 04 50 • Fax 22 972 45 37
Dia 18 de Agosto - 21:00 H Jogo de apresentação do F. C. Maia no estádio Prof. Dtr. Vieira de Carvalho com o U. S. C. de Paredes
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HORIZONTAIS
Dia
Dia 14 de Agosto - 21:00 H Jogo de apresentação do F. C. Pedras Rubras com o Gil Vicente F. C. Local: Estádio Prof. Dtr. Vieira de Carvalho
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JULHO
AGENDA DESPORTO
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Turno F Turno L LIMA COUTINHO [Gueifães (P.)] VILA NOVA DA TELHA [V. N. da Telha VILA NOVA DA TELHA [V. N. da Telha (P.)] (R. R.)] LIMA COUTINHO [Gueifães (R. R.)]
Dia 15 de Agosto Procissão “Festas ao Divino Salvador” Local: Gondim
3
1
Turno B Turno H DO AEROPORTO [Pedras Rubras - V. N. BOM DESPACHO [Maia (P.)] da Telha (P.)] DO AEROPORTO [P. Rubras - V. N. da BOM DESPACHO [Maia (R. R.)] Telha (R. R.)]
Dia 6 a 31 de Agosto - Horário do Museu Mostra: “O desdobrar da bandeira” Local: Museu de História e Etnologia da Terra da Maia
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SOLUÇÕES VERTICAIS 1- Abc.. Sim. 2- Remo. Cosi. 3- Al. Laivo. IL. 4- Or. Vai. Ir. 5- Ou. Is. 6- Bruno. Istro. 7- Pó. Em. 8- Na. Aru. Oó. 9- Fá. Fruto. Dó. 10Itaí. Amor. 11- Loa. Ira.
Horário do Museu Exp. Temp. “A Identidade da Maia nos Ofícios: O Santeiro” Conteúdo: -Perpetuar a existência das actividades profissionais existentes outrora; -Sensibilizar para a preservação e transmissão da identidade cultural do povo maiato; -Relacionar a extinção de certas actividades profissionais com as exigências da modernidade; -Perpetuar no tempo e no espaço a existência do ofício de santeiro; -Reconhecer no exercício do ofício de santeiro uma marca da identidade cultural do povo maiato; -Explicar o declínio do exercício do ofício de santeiro; -Conhecer as principais dinastias de santeiros da Terra da Maia; -Localizar no espaço e no tempo as principais oficinas de santeiros em exercício na Terra da Maia de 1900 a 1950; -Referir as matérias-primas talhadas pelos santeiros; -Enumerar as ferramentas e as técnicas utilizadas pelos santeiros no exercício do ofício. Local: Museu de História e Etnologia da Terra da Maia
VERTICAIS
Terça a Sexta Ciclo de Cinema Português Local: Biblioteca Municipal da Maia
Horário do Museu Exp. Perm. “Arqueologia na Maia: ver, tocar e sentir a História” Local: Museu de História e Etnologia da Terra da Maia
problema nº
1- Abecedário (Abrev.). Anuência. 2- Peça comprida de madeira, com uma das extremidades chata, para fazer mover uma embarcação. Prendi com pontos, feitos com fio enfiado numa agulha. 3- O mais (Ant.). Mancha. Quarenta e nove romanos. 4- Sufixo de agente. Anda para lá. Transitar. 5- DE outro modo. Vogal no plural. 6- (...) Sá Bacelar, primogénito herdeiro do Director do jornal “MaiaHoje”, nascido a 18-06-2004. Antigo nome do rio Danúbio. 7- Rio italiano que banha Turim. Preposição designativa de lugar. 8- Contracção da preposição “Em” com o artigo “A”. Espécie de sapo das regiões Amazónicas. O dormir das crianças.9- Quarta nota musical. Objecto de que não se pode fazer uso (Fig.). Comiseração. 10- Cidade e monumento do estado São Paulo, Brasil, na margem esquerda do rio Carrapatoso. Sentimento de gosto vivo ou intenso por qualquer coisa. 11- Apologia. Facção terrorista da Irlanda do Norte.
Terça a Sexta Ciclo de Vídeo Local: Biblioteca Municipal da Maia
Dia 1 a 29 de Agosto Exp. “História do Bordado em Linho na Terra da Maia” Local: Maia Welcome Center Parque Central da Maia
PALAVRAS CRUZADAS
Francisco Assis Assunção Alves
SOLUÇÕES HORIZONTAIS 1- Ara. Fil. 2- Belo. Nato. 3- CM. Roupa. Aa. 4- Ol. Uno. Fi. 5- Av. Ar. 6- Aliás. Grude. 7- Vi. Ut. 8- Co. Ise. Oa. 9- Só. Istmo. Mi. 10Isir. Odor. 11- Mil. Ora.
maiahoje
sala1
King Arthur (M/12)
sala2
Wonderland (M/12)
sala3
Whole Ten Yards (M/12)
sala4
Stepford Wives (M/12)
sala5
Mean Girls (M/12)
sala6
13 Going on 30 (M/12)
[14:15; 16:40; 18:55; 21:55]
sala7
Shrek V.P. (M/4)
[13:40; 15:45; 17:50; 19:50]
sala7
Ong-Back (M/16)
sala8
Harry Poter and Prisoner of Azkaban V.O. (M/6)
[14:45; 17:45; 21:25]
sala9
Harry Poter and Prisoner of Azkaban V.P. (M/6)
[13:35; 16:30; 19:25]
sala9
Dirty Dancing 2 (M/12)
sala10
Spiderman 2 (M/6)
[13:45; 16:25; 19:05; 21:45]
sala11
Homeon the Range (M/6)
[13:55; 15:55; 17:55; 19:45]
sala11
Laws of Atraction (M/12)
[22:15]
Sexta-Feira, 13 de Agosto de 2004
[13:30; 16:10; 18:50; 21:40] [14:15; 16:20; 18:45; 21:35]
EMERGÊNCIAS: Bombeiros Volunt. Moreira Assoc. Human. Pedrouços P.S.P. Maia P.S.P. Aeroporto de Pedras Rubras G.N.R. Maia Protecção Civil (C.M. Maia) Protecção Civil (C.M. Maia) Fax Protec. Civil (C.M.M) Linha verde
22 942 10 02 22 901 27 44 22 941 38 53 22 948 26 93 22 944 81 90 22 940 87 22 22 941 20 38 80 020 51 69
SERVIÇOS DE UTILIDADE PÚBLICA: Cartório Notarial da Maia 22 944 81 23 Conservatória do Registo Predial 22 948 39 29 1.ª Repartição de Finanças 22 944 81 33 2.ª Repartição de Finanças 22 971 35 94 1.ª Tesouraria da Fazenda Pública 22 948 43 32 2.ª Tesouaria da Fazenda Pública 22 971 72 71 Tribunal Judicial da Maia 22 943 89 00 Santa Casa da Misericórdia 22 944 81 36 Correios de Vermoim 22 943 96 10 EN - Electricidade do Norte 22 944 12 12 EN - (Comunicação de Avarias) 80 024 62 46 S.M. Águas e Saneamento da Maia 22 943 08 00 Inst. Emprego Form. Profissional 22 941 25 77 Áeroporto Sá Carneiro 22 941 31 41 Câmara Municipal da Maia 22 940 86 00 Aeródromo de Vilar de Luz 22 968 73 22 Biblioteca Gulbenkian 22 948 34 72 Forum da Maia 22 948 34 72 Forum Jovem da Maia 22 941 78 20 Gab. Apoio Defesa do Consumidor 22 948 24 62 E. M. Estacionamento da Maia 22 940 87 21 Academia das Artes da Maia 22 940 87 21 Linha Directa Ambiente 22 948 48 21 Linha Verde 800 202 639 Casa do Alto 22 905 95 20
[13:50; 16:00; 18:10; 21:30] [13:45; 15:55; 18:05; 21:50] [13:25; 15:35; 17:45; 19:55; 22:05]
[22:00]
[22:00]
SAÚDE: C. de Saúde da Maia (Linha Azul) C. Saúde de Á.Santas C. Saúde do Castêlo Unid. Saúde de Moreira Maia U. S. Moreira Maia(Linha Azul) Unidade de Saúde de Gueifães Unidade de Saúde de Milheirós Unidade de Saúde de Nogueira Unidade de Saúde de Vermoim Serv. Atend. a Situações Urgentes Cruz Vermelha Port. (Núcleo Maia)
22 944 84 75 22 948 79 18 22 973 54 20 22 981 02 38 22 942 22 78 22 942 79 68 22 948 34 20 22 972 33 22 22 944 86 55 22 948 47 07 22 944 87 90 22 941 12 21
DIGITAL
sexta-feira, 13 de agosto de 2004
caderno de desporto do jornal maia hoje
“NÃO HÁ DUAS SEM TRÊS”
Milaneza-Maia conquistou a sua 3ª Volta a Portugal DAVID BERNABÉU FOI O MAIS FORTE, PRIMANDO PELA REGULARIDADE
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maiahoje
26 DESPORTO
fRALI “TERRAS DA MAIA” REUNIU APAIXONADOS DOS CLÁSSICOS DURANTE DOIS DIAS
Regresso ao passado “sobre rodas” No fim-de-semana de 24 a 25 de Julho realizou-se o I Rali de Clássicos Terras da Maia, organizado pelo Auto Museu da Maia, em conjunto com a Câmara Municipal e com o apoio do ACP Clássico e ACP Sport. Com cerca de seis dezenas de concorrentes, dos quais metade eram estrangeiros, a iniciativa dividiu-se em três classes e incluiu uma prova de perícia. No final, o sucesso do evento era um sentimento unânime. uma prova de vinhos e jantar, já ao final do dia. Esta competição que premeia os concorrentes mais regulares ao longo da prova, deu lugar no Domingo de manhã, a uma vertente mais “espectacular” com a prova de perícia junto às Escolas e Complexo Desportivo da Maia, ganha por Luís Nóvoa, piloto apoiado pelo MaiaHoje no Campeonato Nacional de Montanha. O I Rali “Terras da Maia” terminou na Quinta do Vilarinho, onde foram atribuídos os prémios. Finalizaram a competição 58 automóveis dos 60 inscritos, com Angel Love e José B. Gonzalez a vencerem a Classe E, com um Mercedes 190 SL, Eduardo Carpinteiro Albino e Miguel Fernandes a terminar em primeiro lugar na Classe F e João e Marta Queiróz a triunfarem na Classe G, com o seu BMW 2002 Tii. f Miguel Rodrigues conduziu um Riley RMC terminando no nono lugar da Classe E.
Para além da quantidade, a qualidade também marcou presença no primeiro Rali de Regularidade Histórica “Terras da Maia” com a possibilidade de se poderem ver em competição verdadeiras relíquias, como o Jaguar SS 100 de 1936, o Mercedes 300 SL de 1958, o Riley RMC Roadster de 1949 ou o Renault Gordini que participou no primeiro Rali TAP,
por Carpinteiro Albino, pilotado agora pelo filho, Eduardo Carpinteiro Albino. As “hostilidades” iniciaram-se pela manhã de Sábado com a partida, junto à Câmara Municipal da Maia, com destino a Santo Tirso. Em Famalicão deu-se a paragem para o almoço oferecido pela autarquia local. Da parte de tarde fez-se o regresso à Maia, que culminou com
BALANÇO POSITIVO FAZ PENSAR NA SEGUNDA EDIÇÃO Face às apreciações positivas de todos os envolvidos no I Rali “Terras da Maia”, a organização já equaciona a continuidade do evento, «o balanço foi excelente. Temos a satisfação de todos os agentes envolvidos. Queremos criar condições para repetir este evento desde que haja patrocínios e apoios, já que se exigem avultadas verbas», afirmou ao MaiaHoje, Miguel Rodrigues, do Auto Museu da Maia. Este responsável adiantou que a realizar-se, a prova do próximo ano terá algumas diferenças em relação à primeira edição, «queremos uma iniciativa do género mas com algumas variantes, privilegiando a vertente social e de lazer e menos a parte desportiva». António Manuel Marques José Matos
Lombas “assustaram” concorrentes A localização da prova de perícia, realizada na Av. Luís de Camões, pôs um problema à organização deste evento. A existência de lombas nesta via atrapalhava a realização desta secção, fazendo alguns concorrentes “temer” pelas viaturas, «cheguei a recear pelo meu carro, que tem uma frente muito baixa. Ainda se tentou tirar as lombas,
fAPRESENTAÇÃO DA ASSOCIAÇÃO ATLÉTICA DE ÁGUAS SANTAS
mas foi impossível», contou Luís Nóvoa. Já Miguel Rodrigues, afirmou que a existência daqueles limitadores de velocidade não causou qualquer problema, «estava planeada a retirada das lombas, mas não foi possível. Porventura passou de factor negativo a positivo. Não houve problemas, foi um facto ultrapassado». josé matos
jose@maiahoje.pt
Nova época, mesma equipa
Foi apresentada, na quarta-feira, a equipa sénior masculina da Associação Atlética de Águas Santas que “atacará” a época 2004/2005 da Liga Profissional de Andebol. Não houve caras novas, mas os 16 atletas e equipa técnica, que tão bem representaram o clube e o Concelho no ano passado, vão com vontade de lutar para ganhar todos os jogos. Sem surpresas. Os 16 “homens de negro” que conquistaram um surpreendente terceiro lugar na época transacta, apresentaram-se na quarta-feira para “abraçarem” o desafio 2004/2005. Além dos jogadores, equipa técnica e directiva, compareceu o Vereador do Desporto da Câmara Municipal da Maia, Jorge Rebelo, e o Director do Departamento do Fomento Desportivo, José Pedrosa. Todos sentiram que a responsabilidade é outra, ou não tivesse o Águas Santas mantido um percurso ascendente nos últimos anos. O espírito é o mesmo, conforme acentuou o técnico principal, José António Silva: «Vamos entrar com o princípio de lutar para ganhar os jogos todos, visto que resultou em pleno no ano passado». Apesar de tudo, “retempera os ânimos”, baseado na realidade estrutural do clube: «Seria ilógico dizer que agora o objectivo passa por melhorar a classificação do ano passado, porque da nossa parte as condições não se
f Venha a época 2004/2005
alteraram. De uma forma realista, haverá quatro a cinco equipas com melhores condições que as nossas». De acordo com José António Silva, abre-se agora um novo ciclo, que se prende, essencialmente, com o facto da grande maioria dos atletas acabarem este ano o contracto. «Há necessidade de, desde já, equacionar a
equipa com novos jogadores e com uma perspectiva diferente», referiu. Quanto à manutenção da mesma estrutura da época passada, o técnico vê pontos positivos e negativos. «Há várias formas de ver a questão. Temos rotinas de treino e um sistema de jogo perfeitamente definidos. Mas há o inconveniente de termos esgotado
Sexta-Feira, 13 de Agosto de 2004
todas as nossas armas no ano transacto. Neste momento será mais difícil surpreender». Por isso, apesar de compreender o esforço feito pela Direcção - «a manutenção da equipa já foi uma vitória» - o técnico não esconde que seriam bem vindos reforços, para introduzir algo de novo. Identifica, inclusive, algumas lacunas: «Qualidade técnica existe, mas há um défice de peso e de altura. A este nível, decisivo no andebol, estamos um pouco atrás das equipas concorrentes», comentou. Em relação ao adversário que o sorteio de Viena ditou para a Taça EHF - Tussem Essen (Alemanha) José António Silva prefere não alimentar esperanças: «É uma eliminatória complicadíssima, para não dizer impossível. A equipa vem de uma liga verdadeiramente profissional, provavelmente o campeonato mais forte do mundo». O Águas Santas está em várias frentes e a época vai arrancar.
DESPORTO 27 !MILANEZA-MAIA FOI A MELHOR NA 66ª VOLTA A PORTUGAL
maiahoje josé matos
jose@maiahoje.pt
De derrota em derrota até à vitória final
A frase que serve de título até poderá ser um pouco injusta, visto que a Milaneza-Maia teve uma prestação positiva nas dez etapas, mas o que fica para a história da 66ª edição da Volta a Portugal em Bicicleta é que a equipa maiata foi a grande vencedora - geral individual (David Bernabéu) e por equipas - sem ter ganho uma etapa que fosse. HOMENAGEM NA CÂMARA MUNICIPAL
! Todos por um - foi um dos segredos da Milaneza-Maia
A luta com a LA Pecol foi árdua, praticamente “roda a roda”, com a equipa de Bombarral a conquistar cinco das dez etapas, arrebatando o Prémio da Montanha e o da Juventude (por David Arroyo) e a Classificação por Pontos (Cândido Barbosa). Ou seja ganhou todas as camisolas, excepto a principal. Por equipas ficou em segundo lugar e na geral teve o segundo e o terceiro (David Arroyo e Nuno Ribeiro, respectivamente). A Milaneza-Maia não venceu nenhuma etapa, é certo, mas colocou três homens nos cinco primeiros da geral (David Bernabéu em 1º, Txema del Olmo em 4º e Rui Lavarinhas em 5º). Além disso, Bernabéu foi segundo na Srª da Graça, na Torre e no contra-relógio final, primando por uma notável regularidade. A competição entre equipas, teve
maior visibilidade entre dois espanhóis: David Bernabéu e David Arroyo. Uma autêntica luta entre Davids que não envolveu qualquer Golias. De facto assim foi, a Volta quase que se resumiu a estas formações, com as estrangeiras praticamente a passearem por Portugal. Nota, no entanto, para a Relax/Bodysol que, graças a José Miguel Elias, além de vencer a primeira etapa, ainda andou alguns dias de amarelo. Em relação ao traçado, que ficou por Sintra, as opiniões dividiram-se, com as maiores críticas a serem apontadas à dureza da primeira etapa e à confusão da chegada a Alcobaça. Mesmo assim, o balanço final da organização foi positivo e não será coincidência a Volta a Portugal de 2005 já estar avançada no que à sua realização diz respeito.
apostar numa equipa equilibrada, sem um sprinter, de forma a não nos desgastarmos nas primeiras etapas, para que nos dias de alta montanha conseguíssemos queimar as forças dos nossos adversários. Isso aconteceu e penso que, a dois dias de terminar a Volta a Portugal, a não ser que acontecesse algum acidente, tínhamos praticamente a vitória na Volta a Portugal assegurada». Frisou, ainda, que a prioridade concedida a esta competição em 2004 deu frutos: «Abdicamos de discutir outras provas durante o ano para estarmos fortes na Volta. O que não invalidou termos ganho o Grande Prémio Mitsubishi, o Grande Prémio Joaquim Agostinho, termos estado bem na Volta do País Basco, brilhantes na Volta à Suíça, mas o que nós queríamos, aquilo que marca o ano é a Volta a Portugal. Ganhamos a “guerra”, individual e colectivamente e estamos muito satisfeitos». Segue-se, de 6 a 13 Setembro, a Volta à Polónia, uma prova do calendário internacional onde a Milaneza-Maia promete lutar para ganhar.
Os heróis da Volta - atletas, equipa técnica, directiva, mecânicos e massagistas - foram recebidos, no dia a seguir ao feito, no salão nobre da Câmara Municipal da Maia, pelo Presidente Bragança Fernandes, alguns vereadores, autarcas e representante do maior patrocinador (Milaneza), para serem alvo de uma homenagem. De Bragança Fernandes veio a vontade de atribuir a medalha de mérito desportivo à equipa, «por todos os feitos que elevaram o nome da Maia». Na cerimónia, a equipa maiata entregou a camisola amarela ao edil que, por sua vez, a doou à representante da Milaneza. A homenagem representou, também, uma oportunidade para voltar a ouvir os responsáveis pelo êxito. David Bernabéu, o vencedor da Volta, fez a dedicatória do sucesso: «Aos colegas da equipa, aos técnicos, aos massagistas, todos realizaram um grande trabalho. Quero também dedicá-lo aos meus amigos que fizerem muitos quilómetros para estarem comigo, à minha família e à minha namorada». Manuel Zeferino, Director Desportivo, deu a conhecer ao MaiaHoje a estratégia que esteve na base da vitória: «Quisemos ! A homenagem na Câmara Municipal
VÍTOR GAMITO AO MAIAHOJE
«David Berbabéu foi o melhor no somatório das etapas» Vítor Gamito, vencedor da Volta a Portugal na edição de 2000 e um dos corredores da Milaneza-Maia antes de lhe ter sido, recentemente, detectada a deficiência cardíaca que o fez abandonar a modalidade com 34 anos de idade, não deixou de acompanhar com particular interesse a Volta. Ao MaiaHoje concedeu algumas opiniões sobre a última edição. MaiaHoje (MH) - A Volta foi ganha por uma equipa que não conquistou uma etapa. Considera a Milaneza-Maia uma justa vencedora? Vítor Gamito (VG) - Claro. A Volta a Portugal implica regularidade e não vencer etapas. David Bernabéu demonstrou ser o melhor no somatório das etapas. Já David Arroyo perdeu, por exemplo, bastante tempo no contra-relógio final.
MH - Contudo, a LA Pecol ao vencer mais etapas terá tido outro protagonismo. Concorda? VG - Em termos da equipa que mais beneficiou em visibilidade e retorno publicitário, concordo que a LA Pecol saiu a ganhar. O David Bernabéu só levantou os braços no pódio. Estranhei até que não o tenha feito na meta do contra-relógio, quando já sabia quer era o vencedor, mas no fim o que contou foi a camisola amarela. MH - Uma Volta praticamente circunscrita a essas duas equipas. VG - Sim, para os outros ficaram as “migalhas”. Foi uma decepção, sobretudo no que se refere às equipas italianas. Esperava-se muito mais delas, sabendo-se, ainda por cima, que vêm a Portugal por um grande “cachet”.
MH - Sente que poderá haver, por parte das equipas estrangeiras, a ideia de que a Volta é uma prova secundária? VG - Não penso isso. A Volta a Portugal é já reconhecida internacionalmente. O problema é que as equipas estrangeiras sabem que a Volta é grande e, portanto, ponderam a sua estratégia. Se fosse uma competição de quatro, ou cinco dias, provavelmente viriam mais fortes. Por outro lado também compreendo esta organização. A Volta a Portugal já tem tradição de duas semanas, apanhando parte das férias das pessoas. MH - Com está o projecto da sua equipa profissional? VG - Está bem encaminhado. É um projecto para três anos. Neste
Sexta-Feira, 13 de Agosto de 2004
momento já tenho 50% do orçamento necessário, com possibilidade de adquirir mais 20. A totalidade dos ciclistas serão portugueses e vamos apostar muito em jovens, categoria sub-23. Considero que é uma grande falha das nossas equipas, que preferem apostar em valores estrangeiros duvidosos.
maiahoje
28 DESPORTO
! 5º PRÉMIO INTERNACIONAL MILHEIRÓS-MAIA
josé matoa
jose@maiahoje.pt
A “pedalar” por uma escola de ciclismo A Escola Dramática e Musical de Milheirós-Maia (EDMMM), em conjunto com a Associação de Ciclismo do Porto, voltou a organizar um prémio internacional para cadetes, contando com a participação de oito equipas, num total de 37 ciclistas. A modalidade não é estranha à colectividade, que aspira por retomar a prática, inicialmente através de uma escola.
Cumpriram-se sete voltas, o que correspondeu a 63 quilómetros, pedalando-se por algumas freguesias do Concelho, nomeadamente Milheirós (na Rua das Escolas situouse o ponto de partida real e de chegada), Nogueira, Vermoim, Maia e Gueifães. Se se levar em linha de conta as duas primeiras provas, que apenas envolveram a freguesia de Milheirós, tratou-se do 5º prémio, categoria de cadetes, promovido pela Escola Dramática e Musical de MilheirósMaia, em cooperação com a Associação de Ciclismo do Porto. Foi, também, uma oportunidade para o Director da escola, Manuel Luís Carvalho, e o responsável pela secção desportiva, Edmundo Aurélio, reforçarem o desejo da aposta numa escola de ciclismo. A tradição existe, o gosto pela modalidade também. Inclusive, num passado já remoto, a Escola correu na “Volta a Portugal”. Voltando ao “prémio”, Bruno Catarino, da “Rui Cunha/AD Leões Cabanenses” cortou a meta em primeiro lugar, com o tempo de 1 hora, 59 minutos e 21 segundos. Quatro segundos depois chegou o seu colega de equipa, Ivo Fernandes. Refira-se que a “Rui Cunha/AD Leões Cabanenses”, que venceu o prémio por equipas, foi a formação que trouxe
! Cadetes fizeram-se à estrada em Milheirós
maior número de atletas (9). Em competição esteve também a “Stª Maria da Feira/E-Leclerc/S.João-deVer” (4); “Escola de Ciclismo Fernando Carvalho” (6); “ACR Roriz/Pedal Clube” (4); “AFF Electrodomésticos/CC Barcelos” (6); “Aliados FC Lordelo” (5);
“Tensal-Faneca & Pereira/Tintas Anar” (2) e “ASC-Guilhabreu-Vila do Conde” (1). O ponto negativo foi o facto de não se terem tirado as lombas da Rua das Escolas... e logo na recta da meta, onde os ciclistas tinham que
!FC MAIA
“sprintar”. Assim, pelo contrário, antes da pequena subida, perderam velocidade. A iniciativa, que teve um custo de cerca de 2500 euros, conclui-se com a entrega dos prémios no salão nobre da EDMMM. josé matos
jose@maiahoje.pt
Reforços a conta-gotas No primeiro dia dos trabalhos do Futebol Clube da Maia para a nova época da Liga de Honra, cujo início se aproxima a passos largos, o técnico Mário Reis tinha chamado a atenção para a extrema necessidade de se contratarem mais sete jogadores para posições fundamentais. O clube maiato tem procurado boas alternativas num mercado barato apesar de já ser de segunda escolha - o que nem sempre é possível. As negociações têm-se estendido, mas lá vão chegando os reforços... a conta gotas. Para já conhecem-se quatro novos jogadores, que se juntam aos outros
que iniciaram a época no Estádio Prof. Dr. Vieira de Carvalho (ver anterior edição do MaiaHoje). São eles Orestes, Ronny, Leandro e Sérgio Gameiro. O primeiro torna-se útil pela versatilidade na defesa, tanto ocupando o lugar de central como descaindo para uma das laterais. Jogou no Setúbal. Já Ronny será uma importante arma para o ataque, posição onde actuava no Rio Ave. Leandro é médio e esteve ligado ao Belenenses. Chegou a acordo com o FC Maia por uma temporada. Sérgio Gameiro é a mais recente aposta. ExUnião de Leiria, este médio-ala,
também assinou por uma temporada. As prioridades centram-se, agora, de acordo com o Presidente, Francisco Vieira de Carvalho, em mais um defesa central e num avançado que também se integre na posição de ponta-de-lança. Reforços que combinem as vertentes da qualidade e preço. O empréstimo não está colocado de parte. Os jogadores em causa deverão ser apresentados na próxima semana. O primeiro jogo de preparação do FC Maia foi em Guimarães, com a equipa da casa, tendo averbado uma derrota pela margem mínima, mas
com uma exibição personalizada, que não deslustrou. Amanhã fará outro jogo treino em Valença, contra o Sport Clube Valenciano. A apresentação aos aficcionados maiatos está marcada para a próxima quarta-feira (dia 18), pelas 21h00, tendo como adversário o União Sport Clube de ! Sérgio Gameiro o mais recente reforço Paredes. pub
Sexta-Feira, 13 de Agosto de 2004
DESPORTO 29
maiahoje
!DESPEDIMENTO DOS TÉCNICOS DA EQUIPA DE GINÁSTICA ACROBÁTICA NÃO É PACÍFICA
josé matos
“Braço de Ferro” no Ginásio Clube da Maia
Nas últimas semanas o Ginásio Clube da Maia (GCM) foi o epicentro de polémica e divergências. Tudo por causa da decisão de despedir o treinador principal, Lourenço França, que estava de férias, e respectiva equipa técnica (seis elementos). De um lado, os pais dos jovens atletas que não se conformaram e treinadores, do outro a Direcção do clube. Entre comunicados, acusações e reuniões, o “braço de ferro” parece estar para durar, com o Presidente da Câmara Municipal num provável papel de árbitro. A história conheceu diferentes “episódios”. Faça-se um relato. Há cerca de duas semanas atrás, os pais dos jovens da classe de ginástica acrobática do Ginásio Clube da Maia (mais de 50 jovens, dos 7 aos 18 anos), foram informados de que a disciplina estaria suspensa durante o mês de Agosto. Não satisfeitos pela falta de esclarecimentos, alguns dos pais compareceram, nesse mesmo dia, nas instalações do Ginásio a fim de conseguirem compreender o que se estava a passar. Na reunião espontânea, segundo os queixosos poucas respostas foram obtidas, a não ser a de que os treinadores seriam despedidos e substituídos por outros. O que mais intrigou os pais foi a decisão ter sido tomada quando Lourenço França estava de férias, fora do país, e ainda por cima despedindo uma equipa técnica que tinha alcançado bons resultados. «Esta equipa tem divulgado o nome do GCM e da Maia no país e na Europa...», podia ler-se num comunicado emitido por alguns pais. No mesmo também se referia que a actividade gímnica iniciada em 2000 por Lourenço França, «culminou em 2003/2004 com a melhor prestação de sempre», onde consta o reconhecimento pela federação de «melhor equipa nacional de ginástica acrobática; maior número de ginastas na modalidade, entre todas as do GCM; excelentes perspectivas de participação nos Jogos Olímpicos de 2008». Cláudia Duarte, mãe da jovem atleta Beatriz Duarte, não se conformava com a decisão, dando conta disso mesmo num ajuntamento de pais, alguns dias depois, em frente ao Ginásio, com alguns jovens a treinar à porta: «A minha filha compete há três anos com estes treinadores e é bicampeã-nacional. A expulsão foi um acto de cobardia. Simplesmente fecharam o ginásio à equipa. Queremos os mesmos professores que têm conseguido óptimos resultados. Isto é uma família. Eu faço muitos sacrifícios. Não posso trabalhar, por exemplo, pois tenho que trazer a minha filha aos treinos duas vezes por dia, o que implica viagens de ida e volta». Num outro comunicado, este da autoria da Direcção do GCM e dirigido aos media, lia-se que a equipa técnica foi
! O treino foi à “porta fechada”
substituída «pelo facto da mesma já não corresponder às expectativas da Direcção e de não contribuir para a necessária e fundamental harmonia que é exigida numa Instituição desta natureza». O MaiaHoje contactou o Presidente da Direcção, José Pedrosa, que preferiu não tecer mais esclarecimentos, além dos que vinham no referido comunicado. Soube-se, no entanto, que algumas das acusações apontadas a Lourenço França e transmitidas aos pais dos atletas eram as de “não comunicar todos os horários dos treinos”, “não comunicar as férias dos treinadores”, “não entregar o relatório de competições” e “falsear resultados desportivos”. «O SUCESSO INCOMODA» Apesar da reunião entre Direcção e pais, os jovens apareceram para treinar, assim como um dos treinadores adjuntos da equipa de acrobática, Tiago Maia. A entrada foi-lhes barrada por funcionários da Câmara Municipal. «Aparecemos para dar o treino, pois temos os nossos contractos até final do mês», assinalou o responsável. Razões para o despedimento não as encontra de forma objectiva, mas tem a sua opinião: «O trabalho deu sucesso e o sucesso incomoda. Quando se quer ter
protagonismo, o mais fácil é eliminar quem nos faz sombra. Refiro-me a alguns membros da direcção que por acaso também são treinadores». Tiago Maia acrescentou que a mudança de treinador na modalidade em causa não se coaduna com procedimentos como os que foram mantidos: «Se as pessoas perceberem um pouco de ginástica, vêem que não é, por exemplo, como no futebol, em que facilmente sai um técnico e entra outro. Há atletas que eu treino aqui há quatro anos. Os pais estão em média duas horas por dia com os filhos, eu estou três horas e meia. Treinar ginástica não é dar a táctica para o fim-de-semana, é uma vivência diária de muito sofrimento e muito trabalho, que só é possível com uma cumplicidade muito grande». «NA BASE DE TUDO ISTO ESTÁ A INVEJA» Entretanto, com a chegada do técnico principal, Lourenço França, procedeu-se a uma reunião entre a Direcção e o visado pelo despedimento. «Julgava que em equipa que ganha não se mexe. Nenhuma outra equipa tinha conseguido tantos títulos como nós. Portanto, no meio das minhas férias, era a última coisa que esperava ouvir», lamentou o
técnico ao MaiaHoje. Da reunião, sentiu que de nada adiantou: «Rebati todos os pontos de que me acusavam. Foi totalmente infrutífera porque cobardemente já tinham enviado a missiva aos pais. Ouvi explicações meramente formais, burocráticas. Deram justificações aos pais que considero totalmente intoleráveis e sobre as quais vou interpor judicialmente. Não se difama, não se mente impunemente». Quanto às razões reais que achava que estavam na base da decisão, não fugiu muito da opinião do seu adjunto: «Inveja é o que está na base de tudo isto. Só não pensávamos era que essas pessoas usufruíam de tanto poder como aparentemente tiveram, conseguindo afastar quem a nível de resultados desportivos lhes fazia sombra». A solidariedade entre a maioria dos pais das cinco dezenas de atletas e o treinador resultou em nova reunião para definirem estratégias. Do encontro saiu mais um comunicado, destinado ao Presidente da Câmara Municipal da Maia, que também assume as funções de Presidente da Assembleia Geral no clube. A acompanhar foi, simbolicamente, uma faixa de campeão de um dos pequenos atletas. No seguimento do comunicado, Bragança Fernandes marcou uma reunião, que teve lugar na passada segunda-feira, em que compareceu um representante dos pais, o técnico principal e um dos ginastas. Na mesma foi insistido, junto do edil, que os seis treinadores adjuntos tinham contrato com a Câmara Municipal da Maia até 31 de Agosto e que, portanto, não poderiam ser impedidos de entrar nas instalações do clube que são municipais. Foi feita, também, a proposta para que se convocasse uma assembleia geral extraordinária, em Setembro, onde se apresentaria uma moção no sentido de se destituir a actual Direcção do Ginásio. Entretanto, de todos os atletas, quatro começaram a trabalhar no Ginásio com a nova equipa técnica. Os restantes treinam com Lourenço França, no Indoor Soccer da Maia, espaço cedido gratuitamente. Um “braço de ferro” que está para durar.
“Pipos”, desporto com sabor a petiscos Realizou-se no passado dia 1 o primeiro jogo de futebol organizado pelo “Pipos”. Com o intuito de transpor o convívio conquistado á mesa para o desporto, os responsáveis pelo “Pipos”, numa iniciativa a ser repetida futuramente, resolveram proporcionar aos seus clientes um jogo de futebol que teve como particularidade o facto de se defrontarem casados contra solteiros. Foi o Complexo Municipal de S.
Pedro de Fins que teve a “honra” de receber tão ilustres praticantes ocasionais da modalidade. O jogo disputou-se dentro dos limites de velocidade exigida aos intervenientes, não deixando de haver, a espaços, algumas jogadas de fino recorte técnico. A camaradagem e a boa disposição foram as notas dominantes. Numa partida em que o resultado era o menos importante é de louvar o empenho da parte dos casados, que
mesmo com alguns quilos a mais, conseguiram vencer a partida contra todas as previsões dos comentadores desportivos. O “prémio” de jogo, para vencedores e vencidos, foi um repasto no “Pipos” para recuperar a quantidade anormal de calorias perdidas com o esforço. Como nota final os responsáveis garantiram que futuramente irão organizar outros eventos de cariz desportivo e cultural.
Sexta-Feira, 13 de Agosto de 2004
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30 DESPORTO !DONOSTI CUP 2004 - SAN SEBASTIAN
Mocidade de Sangemil FC Maia na cidade do futebol jovem elege corpos gerentes A Mocidade Sangemil Atlético Clube, agremiação desportiva de Águas Santas, em recente Assembleia Geral, elegeu novos corpos gerentes (ver caixa). A época de 2004/2005 está à porta e a “Mocidade” prepara-se para os campeonatos distritais da Associação de Futebol do Porto (seniores nos Amadores A e infantis na segunda Divisão). Os objectivos passam por subir com a equipa sénior à Divisão de Honra do Amador e continuar a apostar na formação dos cerca de 20 jovens atletas que compõem os infantis. JM
Assembleia Geral Presidente - Jorge Teixeira; Secretário - Tiago Ferreira; Relator - Alberto Santos Conselho Fiscal Presidente - André Correia; Secretário - Nelson Rocha; Relator - António José Correia Direcção Presidente - Mário Vinhas; Vice-Presidente - Vítor Ribeiro; Tesoureiro - Fernando Pereira; Secretário - Bruno Póvoas; Vogais - Tiago Ribeiro, José Mendes, Rui Gaio, Fernando Branco, Hugo Ramalho
! ASSEMBLEIA DO
U. NOGUEIRENSE FUTEBOL CLUBE
António João reconduzido na liderança A Assembleia Geral do Nogueirense voltou a eleger António João, como Presidente do Clube. A seu lado terá Abílio Paulo e Jaime Nogueira, como responsáveis directivos pelo futebol. Como se previa, António João continua a conduzir os destinos do clube de Nogueira, após a descida de divisão. Este facto aliado ao corte de subsídios camarários, leva a que o clube viva à custa de um “orçamento de contenção”, cerca de seis mil euros mensais. Com Adriano Gomes, ex Pedrouços, a comandar a equipa de futebol, o sonho da subida existe apesar de não ser um objectivo declarado. O plantel terá como limite os 22 jogadores, na sua grande maioria “caras novas”.
No mês passado, durante aproximadamente uma semana, a equipa de iniciados do Futebol Clube da Maia (dividida em sub 14 e sub 15) representou a colectividade e o Concelho no prestigiado torneio de futebol para os escalões em questão que, ano após ano, se realiza na cidade espanhola de San Sebastian. O Donosti Cup é uma competição de futebol jovem que reúne diversos emblemas de diferentes partes do globo, entre eles alguns de referência. Vencedores de anteriores edições, contam-se nomes como SL Benfica, FC Alverca, FC Barcelona, Espanhol de Barcelona e Atlético de Madrid. Na 13º edição, as equipas portuguesas que acompanharam o Maia foram o Alverca e o União de Montemor. A presença dos dois escalões maiatos em San Sebastian acabou por ser positiva,
com um saldo de seis vitórias, dois empates e quatro derrotas. A melhor prestação coube aos sub 15, os quais atingiram as meias-finais do seu grupo. A alegria dos iniciados do FC Maia
josé matos
jose@maiahoje.pt
não se ficou pela competição, visto que nos seis dias em San Sebastian tiveram oportunidade de conviver com outras culturas. A experiência adquirida também enriqueceu o palmarés.
!DIRECÇÃO E JOGADORES DISCUTEM SOLUÇÕES PARA A CRISE
Pedrouços prepara-se para época de sacrifícios
josé matos
jose@maiahoje.pt
Não houve acordo entre o Pedrouços AC e a Câmara Municipal da Maia para que a redução de 30 por cento dos subsídios aos clubes fosse adiada. Os problemas acumulam-se, valendo a compreensão dos jogadores. Mas o “barco” continua a navegar em “mar agitado”. O Pedrouços Atlético Clube está a ter um início de época - ou de préépoca se se preferir - bastante complicado. As dificuldades de tesouraria que já vêm do passado reflectiram-se nos salários dos jogadores da equipa sénior, com atrasos de alguns meses no pagamento. A cerca de duas semanas do início do campeonato da III Divisão Nacional (o Pedrouços disputará a Série B), a equipa tem sido marcada por incertezas, tendo já havido uma suspensão dos trabalhos que, segundo o Presidente da Direcção, José Manuel Barata, serviu «para todos reflectirem». A crise adensou-se pelo facto da Câmara Municipal da Maia ter tomado a decisão de reduzir aos clubes do Concelho o subsídio em 30 por cento para 2005. Neste contexto, o Pedrouços receberá 62 mil e quinhentos euros, contra os cerca de 88 mil da época transacta.
Na reunião mantida na quarta-feira, entre a Direcção do clube e o Presidente da edilidade, Bragança Fernandes, não saiu nenhuma novidade, com a Câmara a não abrir excepções. A Direcção do Pedrouços, que já no ano passado se debateu com uma série de questões difíceis de resolver, nomeadamente pagamentos à Segurança Social e às Finanças, num total de 100 mil euros (que, caso não fossem concretizados, impediriam o clube de inscrever a equipa no campeonato da Federação para este ano, com penhora das receitas), vê-se, agora, a braços com mais este difícil obstáculo. A informação veiculada pela Câmara Municipal de reduzir os subsídios apanhou o clube de surpresa. «Só lamentamos que a notícia nos tenha sido comunicada com a época em andamento, tendo nós já vários compromissos assumidos», notou o Presidente do Clube.
Em relação aos salários atrasados aos jogadores, a Direcção vai procurar a melhor solução para não ficar a dever nada, «compromissos atrasados que estão assumidos são para se cumprir», realçou José Manuel Barata. Já quanto às promessas que tinham sido feitas para salários da época que agora se aproxima, os atletas compreenderam a situação e aceitaram uma substancial redução. Os responsáveis pelo Pedrouços debruçam-se agora sobre a necessidade de uma gestão mais consentânea com a actual realidade, «vamos reduzir nos salários, nas despesas e, provavelmente, nas actividades», reparou o Presidente da Direcção. Apesar de tudo, a C. M. da Maia vai continuar a ser o grande patrocinador do clube e até se prontificou a ajudar na resolução do actual panorama “negro”, nomeadamente com soluções para receitas suplementares.
!UMA CENTENA DE EQUIPAS PARTICIPARAM NAS “24 HORAS DE
ANDEBOL DE PRAIA”
Maiastars conquistam três de quatro títulos possíveis Realizaram-se entre os dias 31 de Julho e 1 de Agosto, as “24 Horas de Andebol de Praia”, um evento com lugar nas “areias” de Espinho. Naquela que é considerada a maior competição do calendário do Andebol de Praia, a equipa do Maiastars acabou por se sair bem, conquistando três dos quatro títulos em discussão (infantis, iniciados e séniores femininos), sagrando-se a grande vencedora
da prova. O conjunto maiato orientado por Raquel Silva acabou por vencer a formação do A. D. Manuel Laranjeira, nos escalões de infantis e iniciadas, e o Perosinho, em Seniores. No final, o Presidente do Clube, José Costa Ribas, revelava-se satisfeito com esta prenda antecipada pelo quarto aniversário da colectividade, «estas atletas estão de parabéns pelo sucesso atingido numa vertente de prática que
Sexta-Feira, 13 de Agosto de 2004
desconhecem na sua actividade regular desportiva. Ainda de muita tenra idade, o Maiastars consolidou a posição de maior clube português de andebol feminino em número de atletas federados com quadro competitivo e não conheço mais nenhum, em qualquer modalidade colectiva, que, com tão pouco tempo de vida, tenha conquistado tantos títulos nacionais e tantos torneios». AMM
TEST DRIVE 31
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!NOVO SKODA OCTAVIA 1.9 TDI SPORT
artur bacelar carlos barrigana
Brother in Arms (irmão de armas) Dotado de recente tecnologia e técnicas de conforto, este Skoda ainda peca um pouco pela imagem de marca. De resto, o Octavia, mostra-se um sério concorrente do irmão Audi A4, mas melhor equipado, com classificação geral de muito bom e excelente em relação ao porta-bagagens que é de ficar de boca aberta. Graças ao binómio, elevado nível de equipamento proposto/preço, poder-se-á dizer que será um “irmão (do A4) de armas. A mais recente novidade do grupo Volkswagen que engloba também entre outras a Audi, vem da Skoda, a marca de Leste do Grupo. Não novidade pela qualidade, pois essa já era notória ao nível do novo Fabia e do Superb, mas sim pela manutenção e afirmação da mesma, o novo Octavia insere-se num grupo onde uma das estrelas é o irmão A4. O design é atraente, fazendo lembrar de frente, pela sua imponência e faróis “largos”, as limousinas americanas. A simplicidade traseira, não esconde também uma evolução da solução do Octavia anterior, com uma aproximação à Audi. A nível de interiores, reina o grande conforto, em quase nada ficando a dever às grandes berlinas familiares, onde provavelmente o Superb se sinta mais à vontade. NOVIDADES E EQUIPAMENTOS DE SÉRIE E OPCIONAIS Apesar da unidade ensaiada estar extremamente bem equipada de opcionais, muitos e úteis são os equipamentos de série. Desde logo salta à vista exteriormente os piscas laterais colocados nos retrovisores que proporcionam também automaticamente iluminação da entrada das portas, bem ao jeito das soluções mais conhecidas como a da Mercedes. Outra novidade no novo Octavia são os faróis de Xénon que além de proporcionar uma iluminação eficaz possuem também regulação automática da sua posição. Muitas outras novidades, equipamentos de série e opcionais estão disponíveis, mas vamos falar de algumas que consideramos mais importantes, de bom gosto ou simplesmente úteis como os Sensores de parqueamento dianteiros e traseiros com visor “audio stream/audience”, onde se vê a distância medida em “pauzinhos” como nos telemóveis; limpa párabrisas aerodinâmicos de elevada qualidade com sensor de chuva; bancos dianteiros eléctricos;
computador de bordo; cruise control; volante multifunções; ar condicionado automático duplo; ESP; sistema de navegação; pré-instalação de telefone, ou kit mãos livres; “Light Assistant”, que consiste no sistema automático de iluminação quando o condutor se aproxima ou se afasta do veiculo; “Tunnel Light” que consiste na iluminação automática ao escurecer; saídas de ventilação para os passageiros traseiros com regulação individual; porta-óculos dianteiro; vários porta-objectos; porta-luvas refrigerado; sistema de monitorização de pressão dos pneus; vidros gravados a laser com código identificador da viatura; sistema de fixação de bancos Isofix; sistema de cd´s com leitura de MP3; entre outros
provavelmente também importantes e dignos de registo. MOTORIZAÇÕES, CONSUMOS E PREÇOS
VERSÕES,
Para já 3 versões à venda em Portugal: 1.6 MPI de 102 cv, consumos de 9,8/5,7/7,2 litros aos 100 Km para cidade/estrada/misto (a partir de 24.950 Euros); 1.9 TDI de 105 cv, consumos de 6,4/4,2/5,0 litros aos 100 Km para cidade/estrada/misto (a partir de 29,450 Euros); 2.0 TDI de 140 cv, consumos de 7,2/4,6/5,5 litros aos 100 Km para cidade/estrada/misto (a partir de 34,220 Euros). Estas motorizações estão disponíveis de série com níveis de equipamento Ambiente, Elegance e Sport. Sexta-Feira, 13 de Agosto de 2004
Conclusão Muitos são os pontos positivos deste novo Octavia como o “Rolar” confortável, espaço interior, a boa posição de condução, o bom acesso aos equipamentos principais, a potência q.b. que nos transmite sensação de confiança, entre outros. De negativo, se é que o poderemos rotular é a capacidade do depósito (55 litros) que julgamos se justificaria ser superior. Para quem espera comprar um automóvel deste segmento, aconselhamos vivamente a um “saltinho” ao concessionário Garagem do Ave, que fica na Zona Industrial Maia I, Sector III, Lote 2.
maiahoje jornal regional de grande informação
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PROGRAMAÇÃO
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Programação sujeita a alterações
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