maiahoje Ano IV • Nº 93 • Quinzenal • Sai às Sextas DE 14 A 27 DE NOVEMBRO 2003
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Director Artur Bacelar
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págs. 04 e 05 PUB
Metro do Porto: obras da Maia dentro do prazo pág. 03
Ampliação da Central de Compostagem de Parada torna esta estrutura na “maior da europa”.
pág. 09
«a Maia já não é capital do desporto» Vereador socialista Miguel Ângelo Rodrigues em entrevista exclusiva ao Maia Hoje pág. 16 e 17 Estádio do Dragão: equipamento de nível mundial para o Grande Porto inaugura no domingo pág. 31 PUB
02 página dois
Sexta-feira 14 de Novembro de 2003
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As Alices no país das maravilhas!
ff editorial
artur bacelar director
A julgar pelo que ouvi num inquérito de rua na passada quarta-feira, ainda existem pessoas que julgam viver no país das maravilhas. De facto, tenho por hábito de, imediatamente após ter acordado, ligar a televisão e saber quais as “primeiras” do dia. Consoante a hora a que acordo, enquanto me arranjo para sair, ou assisto ao “bom dia Portugal” da RTP, à “edição da manhã” da Sic Notícias, ou à edição das “10” da NTV, pelo que pode-se dizer que acordo mais ou menos bem disposto, de acordo com as notícias e muitas vezes com o grau de estupidez daquilo que ouço. Na passada terça-feira foi mesmo o último caso (a estupidez) que me deixou entre laivos de estupefacção, revolta e gargalhadas pelo seu teor lúdico. Estava a jornalista em directo de Lisboa, junto a uma paragem de autocarro, num dia de greve, a entrevistar alguns cidadãos, quando dirigindo-se a duas jovens, perguntou-lhes a profissão: professoras do ensino básico (escola primária), responderam; questionou seguidamente se esta greve lhes estava a fazer “mossa e a prejudicar o seu trabalho e reponderam que a greve é muito justa, que os trabalhadores estão a reivindicar aquilo que é deles por direito, que lhes causava algum transtorno, mas nada de grave, pois os direitos são para se cumprir e seguidamente, a terminar com chave de ouro, questionadas sobre o que fariam agora que não tinham transporte, disseram animadíssimas que iriam voltar para casa e que as colegas asseguravam a “normalidade” no serviço, sendo as crianças distribuídas pelas outras salas, sem qualquer problema! … mas de onde saíram estas senhoras???? …do mesmo país que o meu???? Revolta-me ouvir falar este tipo de gente que se esquece do seguinte: 1º não sabem que o direito à greve não deveria implicar restringir os direitos e liberdades dos outros, nomeadamente o direito ao trabalho; 2º que se as colegas asseguram «perfeitamente» a sua falta, então também não são precisas durante o resto do ano, pelo que deveriam ser imediatamente exoneradas (se trabalharem na função pública deveria ser Crime contra o Estado por burla); 3º que as colegas também têm direito a faltar e neste caso para onde vão as crianças, ou já é crime e restritivo de direitos ter-se meios de locomoção própria, ou deveres contratuais diferentes pelo facto de se morar na porta ao lado?; 4º se as pessoas se habituarem à greve arranjam transportes alternativos, pelo que este serviço deixa de ser necessário e assim os postos de trabalho deveriam ser imediatamente extintos; 5º que raio de portugueses são estes grevistas que consideram que aqueles que contribuem (os que lhe pagam o salário), tem obrigação, em tempo de crise de lhes aumentar o salário, quando na realidade ainda vêm os seus restringidos? No final e após este pequeno exercício mental que fiz a mim mesmo dei uma sonora gargalhada, porque só poderíamos estar a falar de pessoas que não vivem no mesmo país que eu…. talvez umas Alices no país das maravilhas. Trabalhem e ao tentar fazer valer os seus direitos, pensem primeiro nos direitos dos outros e uma coisa lhes posso garantir: para mim somos todos iguais, as necessidades são todas iguais e sendo assim não há “males menores” que lhes valham. A terminar, lembro também que em democracia, esses senhores não podem ser juízes, nem ninguém os mandatou para julgarem quais os casos maiores e os menores.
júlio sá ornelas julio@maiahoje.pt
ff objectiva
ff painel maiahoje.pt À hora do fecho da edição e à pergunta «Recicla o seu lixo ?», o Painel MaiaHoje.pt, composto pelos visitantes do “site” www.maiahoje.pt, respondeu da seguinte forma:
Sempre ......................................................................41% Ocasionalmente ........................................................52% Nunca ........................................................................07% Total de votos: 122 Lembramos que o resultado do Painel “MaiaHoje.pt”, não pretende ser de alguma forma uma sondagem ou consulta de opinião. Para a próxima quinzena a questão que iremos colocar no painel MaiaHoje.pt é a seguinte: «Concorda com os investimentos do Euro 2004 ?». Lembramos que esta votação vai estar on-line a partir de hoje e até ao dia 26 de Novembro, sendo os resultados publicados na edição número 94 de 28 de Novembro.
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Sexta-feira 14 de Novembro de 2003
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Projectos do Metro para o concelho foram apresentados
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As linhas do sistema do Metro do Porto que percorrerão o concelho da Maia foram dadas a conhecer na última Quarta-feira, no salão nobre dos Paços do Concelho. Da sessão, saiu a garantia de que até Maio de 2004 entrará em funcionamento o troço que ligará a Senhora da Hora (Matosinhos) a Pedras Rubras, percurso incluído na Linha da Póvoa.
REGISTADA NA CONS. REG. COM. DO PORTO COM O NÚMERO 1313 CONTRIBUINTE NÚMERO 504 786 954
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sofia vales pinto
Primeira linha concluída em Maio
MAIAPRESS EdItoRES, LdA.
Redacção: António Armindo Soares soares@maiahoje.pt António Marques
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Na passada Quarta-feira, após uma reunião do Conselho de Administração da Empresa Metro do Porto com os autarcas locais, foram apresentados os projectos das linhas que atravessarão a Maia. «A entrada em funcionamento do Metropolitano de Superfície da Área Metropolitana do Porto é uma obra fundamental para o município da Maia que permite a criação de novas acessibilidades e um forte incremento na rapidez e qualidade dos transportes que irão servir as populações», explicou o presidente da Câmara Municipal da Maia. Bragança Fernandes deu também a conhecer os motivos que conduziram ao atraso das obras: «Inicialmente o projecto contemplava a instalação das linhas T e S em via única ou simples, mas a determinação da câmara em todo este processo levou a que o Conselho de Administração da Metro do Porto pudesse propor ao Governo Central a duplicação daquelas vias, com as consequentes alterações ao projecto, inevitáveis mudanças de prazos e de calendários para a sua execução, para além do necessário aumento do investimento a efectuar e o reforço de verbas a afectar a tal projecto». O edil maiato sublinhou ainda que «foram exactamente essas modificações que levaram as pessoas a pensar, erradamente, que as obras do Metro na Maia estavam paradas».
Prazos das quatro linhas Incluindo quatro estações, o traçado entre a Senhora da Hora e Pedras Rubras, incluído na Linha da Póvoa de Varzim, será o primeiro a ver a luz do dia. Maio de 2004 é então a data assegurada pela Empresa Metro do Porto para o término das obras. Já o ramal do aeroporto só estará pronto em finais de 2004, passando assim “ao lado” do Europeu de Futebol. A Linha da Trofa sofreu também algumas alterações merecedoras de atenção. Assim, este traçado passará a servir não só a Zona Industrial da Maia, área com carências a nível de transportes públicos, mas também o centro da cidade e contará com viadutos sobre as estradas nacionais 13 (Via Norte) e 14. A Linha T estará a funcionar entre os meses de Maio e de Junho de 2005. Apesar do projecto estar ainda em fase de execução, está também definido o traçado da Linha S, que ligará o Hospital de S. João ao centro da Maia e que irá percorrer as freguesias de Pedrouços, Águas Santas, Milheirós e Gueifães. As quatro linhas já previstas para o concelho incluem, então, 24 estações passando por 10 freguesias.
Socialis leva a cabo Venda de Natal Esta Instituição de Solidariedade Social com sede na Maia, aproveita a chegada da época natalícia para realizar uma série de iniciativas, nomeadamente uma Venda de Natal. Assim, desde ontem e até ao Natal, a Socialis promove esta iniciativa no Edifício Martlongo, na Avenida Visconde PUB
Barreiros, onde se podem encontrar várias possibilidades para as prendas de Natal, especialmente ligadas à decoração. O objectivo é «angariar fundos para a aquisição de equipamento, que proporcionará mais e melhor apoio e acompanhamento às crianças e jovens, melhorando a
sua qualidade de vida», afirmou Maria Luísa Costa, Presidente da Socialis. Esta iniciativa surge em colaboração com diversas empresas que, segundo esta responsável «disponibilizaramse e mostraram receptividade em estabelecer parceria neste projecto». A par desta iniciativa, a
Socialis leva ainda a cabo uma venda de postais de Natal quer a empresas, quer a particulares. Igualmente com o objectivo de angariar fundos para a Instituição, vai-se realizar no próximo dia 21, a Gala Socialis com lugar na Quinta do Geraldino. António Manuel Marques
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Sexta-feira 14 de Novembro de 2003
maiahoje
ff Trabalhadores da Zona Industrial da Maia queixam-se
texto: sofia vales pinto fotos: júlio sá ornelas
de falta de transportes públicos
«Cultura de transportes deve ser implementada» ff Apesar de se fazerem sentir muitas reclamações ao nível de transportes públicos que sirvam a Zona Industrial da Maia I, o certo é que o “Maia Hoje” apurou que além dos Transportes Urbanos da Maia, empresa sob a alçada da câmara, existem ainda cinco carreiras regulares de transporte de passageiros que percorrem a citada área empresarial. A edilidade maiata aponta a falta de informação por parte dos utentes e a inexistência da chamada “cultura de transportes” como sendo as principais causas dos protestos.
Em 2001, a Câmara Municipal da Maia avançou com os Transportes Urbanos da Maia (TUM), cujo objectivo passa por assegurar um significativo número de carreiras que atravessem o concelho, de modo gratuito até ao final do corrente ano. Dois anos volvidos, são ainda muitas as vozes dos populares que se levantam e denunciam uma rede de transportes públicos assaz precária. Com o propósito de apurar o porquê de tais insinuações, o “Maia Hoje” esteve à conversa com o presidente do Conselho de Administração da Empresa Municipal TUM - Transportes Urbanos da Maia, E.M.. Contestando a opinião dos
explicou. Segundo dados oficiais os TUM realizam, por dia, cerca de onze viagens de ida e volta sendo que as primeiras camionetas saem da Maia às 06.30 horas e as últimas regressam ao centro do município às 20.30 horas. No que toca à inexistência de transportes aos sábados e domingos, João Costa Lima afirma que tal situação fica a dever-se a «uma estatística que revela que a média de pessoas a utilizar as camionetas rondava os seis utentes, razão pela qual acabamos com as viagens aos fins-de-semana». «No entanto, e inexplicavelmente, depois de termos adoptado essa medida surgiram abaixo assinados de dezenas de pessoas a dizer que
muitos trabalhadores da Zona Industrial da Maia, que se baseia na inexistência de transportes públicos, João Costa Lima afirma que no referido local «existem dois trajectos principais que são percorridos pelos TUM. Há um trajecto que vai desde o Monumento ao Empresário até à EFACEC e outro que vai desde a rua Frederico Ulrich até bem perto dos semáforos das Guardeiras». O também vereador da Câmara Municipal da Maia garante que «apesar de pouco utilizados, os transportes atravessam a Zona Industrial praticamente de Sul a Norte». «Os TUM não passam à porta dos armazéns onde os funcionários laboram e, como tal, dizem que não há transportes»,
TUM - TRANSPORTES URBANOS DA MAIA, E.M.
Alternativas aos TUM
Trajecto Vilar de Luz - V.N. da Telha
Zona Industrial da Maia servida por cinco companhias de transporte
HORÁRIO 1- Largo de Vilar de Luz 2- Camposa (cruz.) 3- Serradouro (Piscinas de Folgosa) 4- Igreja Folgosa 5- Rotunda de Sá 6- Igreja de Silva Escura 7- Largo de Frejufe 8- Igreja de Vermoim 9- C.M. MAIA (R. Pe. António) 10- Godim (passagem de nível) 11- Rotunda do Monumento ao Empresário 12- Rotunda do Jumbo 14- Campa do Preto 15- Guardeiras (cruz.) 16- Igreja de V. N. da Telha
2ª A 6ª FEIRA
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HORÁRIO 16- Igreja de V. N. da Telha 15- Guardeiras (cruz.) 14- Campa do Preto 12- Rotunda do Jumbo 11- Rotunda do Monumento ao Empresário 10- Godim (antiga passagem de nível) 9- C.M. MAIA (Pr.Dr. J. Vieira de Carvalho) 8- Igreja de Vermoim 7- Largo de Frejufe 6- Igreja de Silva Escura 5- Rotunda de Sá 4- Igreja Folgosa 3- Serradouro (Piscinas de Folgosa) 2- Camposa (cruz.) 1- Largo de Vilar de Luz
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No intuito de averiguar quais as carreiras regulares que percorrem a Zona Industrial da Maia, o “Maia Hoje” entrou em contacto com a Direcção Geral de Transportes Terrestres (DGTT), entidade reguladora dos diversos operadores de transportes. Segundo dados oficiais da DGTT, são cinco as carreiras regulares que efectuam viagens na Zona Industrial da Maia. Assim, a Auto Viação do Castelo da Maia, entre as 7.00 horas e as 19.20 horas, realiza viagens que percorrem Cidadelha, Santa Maria de Avioso, Castelo, Anta, Monte Afrães, Gemunde, Barranha, Outeiro, Campos Verdes, Carvalhido, Padrão de Moreira, Guarda, Godim e Maia. A citada empresa adopta ainda um horário diferente ao Sábado, sendo que aos domingos e feriados não realiza quaisquer viagens. Já as camionetas da Arriva Portugal passam pela Bajouca, Campa do Preto, Outeiro, Campos Verdes, Mandim e Maia. A primeira carreira sai do Fornelo, localidade extra concelho, às 6.15 horas passando às 6.41 horas na Bajouca. A última camioneta com destino a Fornelo, sai da Maia às 19.15 horas. Por sua vez, o concessionário António da Silva Cruz detém carreiras única e exclusivamente a funcionar nas Terras do Lidador. Como tal, e com uma frequência amiúde, as camionetas saem da Maia para Pedras Rubras, Mandim, Guardeiras, Godim, Campos Verdes, Guarda, Outeiro, Bairro, Padrão de Moreira, Campa do Preto e Castelo da Maia. Oriunda de Matosinhos, a carreira de passageiros da Resende efectua paragens no aeroporto, Pedras Rubras, Guardeiras, Campa do Preto, Anta, Castelo da Maia e Santa Maria de Avioso. A primeira camioneta em território maiato passa, então, às 06.45 horas e a última às 20.02 horas. Também a agência de viagens e turismo Solnorte possui um trajecto que abarca diversas localidades maiatas: Vila Nova da Telha, Pedras Rubras, Guardeiras, Campa do Preto, Anta, Castelo da Maia, São Pedro de Avioso, Ferreiró, Cidadelha, Gondim, Calquim e Silva Escura.
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Sexta-feira 14 de Novembro de 2003
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INQUÉRITO DE RUA
INQUÉRITO DE RUA
No intuito de saber quais os principais obstáculos, quanto a transportes públicos, com que se deparam os funcionários de empresas situadas na Zona Industrial da Maia, o “Maia Hoje” foi ouvir os que mais padecem com tal situação. Unanimemente, os entrevistados referem a falta de transportes públicos como sendo um factor negativo que deve ser alterado.
1) Venho de carro porque não existem transportes públicos para a Zona Industrial da Maia. 2) Sou de Valadares, Vila Nova de Gaia. Manuel Oliveira 3) Cerca de uma hora. 4) Sim, porque no caso de não ter carro não tenho outro meio de transporte para a Zona Industrial da Maia. Sei também que muitos outros colegas se debatem com o mesmo problema. 5) Certamente trariam muitos benefícios porque aqui não há transportes públicos. Há apenas uma camioneta mas a paragem da mesmo ainda é bastante longe. Deveria existir um transporte que ligasse a Zona Industrial ao centro da Maia e outra carreira que nos levasse até à cidade do Porto. Também em termos de gastos haveria muitos benefícios. 6) Se houvesse transportes públicos ou mesmo o Metro, não hesitaria em deixar o carro em casa.
1) Como costuma deslocar-se para o emprego? 2) É da Maia? 3) Quanto tempo demora na viagem? 4) Acha que os transportes públicos fazem falta? 5) Quais os principais benefícios que os transportes públicos poderiam trazer? 6) No caso de ter viatura própria, passaria a deixá-la em casa? 1) Neste momento, tem que ser com o meu carro. 2) Sou da Trofa, a cerca de 22 km da Maia. 3) Sem apanhar muito trânsito, cerca de 25 minutos. Marisa Cardoso 4) Fazem bastante falta. Devido à inexistência de transportes públicos, fui obrigada a comprar um carro e isso acarreta muitas despesas quer a nível de combustível quer com a manutenção do veículo. Se pudesse vir para o trabalho num transporte público seria muito menos dispendioso. 5) Se calhar haveria menos trânsito. Toda a gente precisa de um carro para se deslocar e como na Zona Industrial da Maia não há transportes públicos seria muito importante. Na hora de ponta é muito complicado sair daqui e consequentemente ainda se gasta mais em combustível. É evidente que com os transportes públicos também haveria menos poluição e menos tráfego. 6) Sem dúvida porque era compensatório a todos os níveis. 1) Com a minha motorizada. 2) Sou de Valongo. 3) Entre 45 a 60 minutos. 4) Fazem muita falta. Foi por isso mesmo que comprei a moto, de modo a conseguir todos os dias, e João Gaspar sem atrasos, deslocar-me para o meu local de trabalho. 5) Em termos monetários haveria uma grande diferença. De qualquer maneira, sinto de um modo mais particular a falta de transportes públicos na época das chuvas porque o meu meio de locomoção não me permite estar abrigado. 6) Talvez. 1) Nos transportes da firma, uma carrinha de nove lugares que recolhe funcionários de várias localidades. 2) Sou de Penafiel. 3) Sensivelmente uma hora. Fernando Barbosa 4) Fazem bastante falta até porque às vezes é necessário sair mais cedo e não tenho transportes públicos para ir até casa. 5) Beneficiariam em tudo, mas principalmente no tempo que perdemos em deslocações. 6) Se tivesse viatura própria, passaria a ficar na garagem.
o transporte lhes fazia muita falta», revelou. No entender do vereador a não utilização dos transportes disponíveis passa pelo facto de «as pessoas não terem conhecimento da existência dos mesmos, de não terem a preocupação de se informarem quanto a horários e percursos. Tal questão provoca também o não alargamento das nossas carreiras». «As pessoas têm que criar a chamada cultura dos transportes e habituarem-se a deixar o carro em casa, situação benéfica para todos», sublinhou o autarca. Consciente que a rede dos TUM não tem capacidade para servir todo o concelho, João Costa Lima não põe de parte a implementação de novas carreiras de outras empresas «até porque temos sempre em mente o melhor para a população». «O próprio Metro, com a linha T, vai atravessar a Zona Industrial de uma maneira tangencial o que será extremamente importante para os trabalhadores daquela área», concluiu o presidente do Conselho de Administração da Empresa Municipal TUM. STCP delega responsabilidade Contactada pelo “Maia Hoje”, a Sociedade de Transportes Colectivos do Porto (STCP) atribuiu a inexistência de transportes da empresa que sirvam a Zona Industrial da Maia I à legislação vigente, dado que a mesma estabelece que a STCP deixou de ter definida, desde 1991, uma área de preferência dentro dos cinco concelhos que rodeiam o do Porto. Em consequência deste facto, a STCP encontra-se em pé de igualdade com todos os operadores privados, vendo aplicados os pedidos de prolongamento ou criação de novas carreiras às regras constantes do Regulamento de Transportes em Automóvel, o qual determina que seja a
Direcção Geral dos Transportes Terrestres (DGTT) a entidade reguladora. Em termos gerais, isto significa que, desde que um qualquer operador privado sirva já toda ou a maior parte do percurso requerido pela STCP, fora do concelho do Porto, não seja concedida autorização à citada entidade para a sua utilização. Segundo a STCP, apesar da Maia já ser abrangida por um determinado número de linhas da empresa é, na globalidade, servida por transportes de outras companhias situação que torna praticamente inviável, e face à actual legislação, obter autorização da DGTT no que concerne ao licenciamento de novas linhas da STCP que abarquem a Zona Industrial Maia I. No entanto, e mediante a criação da Autoridade Metropolitana de Transportes do Porto, a legislação vigente poderá ser alvo de algumas alterações. Atendendo ainda que a envolvente viária da Zona Industrial da Maia já se encontra concessionada a outros operadores, a STCP sublinha que os Transportes Alternativos do Metro, sob a alçada da STCP, têm unicamente como missão substituir o transporte ferroviário que era efectuado através da Linha da Póvoa, entretanto desactivada. Chegada do Metro obriga a reestruturação Tendo em mente a intermodalidade, a STCP está ainda a desenvolver um estudo de reestruturação da rede com vista à complementaridade com a rede do Metro, esta última concluída em finais de 2004 no concelho da Maia. Esta nova rede da STCP deverá ser aprovada pela entidade competente que estiver determinada no quadro legal vigente, aquando da referida remodelação.
1) A pé. 2) Sou da Maia. 3) Demoro cerca de 45 minutos. 4) Fazem muita falta até porque perderia muito Alice Moreira menos tempo a deslocar-me para o meu local de trabalho. 5) Os principais benefícios seriam a nível de tempo pois poderia ter uma maior margem de manobra para outros afazeres. Também há o facto de na Zona Industrial da Maia não existirem passagens para peões ou passeios, o que é muito mau para quem se desloca a pé até porque há uma grande circulação automóvel. 6) Se viesse para o trabalho de carro, coisa que não acontece, passaria a deixá-lo em casa.
1) Normalmente de comboio até ao Porto e não existindo transportes alternativos é extremamente difícil deslocar-me para o meu posto de trabalho. Américo Tavares Situação que se agrava à noite porque se não tiver boleia de algum colega tenho que ir a pé para o centro da Maia, único local onde temos acessos com mais facilidade. 2) Sou de Esmoriz. 3) Em média, costumo demorar duas horas. 4) Fazem muita falta para grande parte dos trabalhadores porque é das zonas industriais com mais dificuldades a nível de transportes públicos. 5) Iria beneficiar muita gente em termos de deslocações para os postos de trabalho e seria menos dispendioso. Como estou dependente de terceiros, e à custa de não haver transportes, muitas vezes chego tarde ao trabalho. É inadmissível que não haja transportes públicos. 6) Sem dúvida.
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Sexta-feira 14 de Novembro de 2003
maiahoje texto: antónio manuel marques foto: júlio sá ornelas
Nova vida para o Núcleo da Cruz Vermelha da Maia
Dignificar a Instituição
O Núcleo da Cruz Vermelha da Maia vive uma nova fase da sua existência. Depois de quase se ter extinguido, esta instituição viu inaugurada a nova sede ao mesmo tempo que tomou posse a nova direcção presidida por Nogueira dos Santos. Reactivado em 1 de Agosto do presente ano, o Núcleo da Cruz Vermelha da Maia tomou mais um passo em direcção à sua efectivação, com a inauguração da primeira fase do edifício sede e com a tomada de posse dos novos corpos gerentes. Tendo o médico Nogueira dos Santos à frente, esta direcção estabeleceu como primeiro objectivo, «dar uma dignidade de apresentação à Cruz Vermelha da Maia». Posteriormente, Nogueira dos Santos pretende promover «uma maior implantação da Cruz Vermelha na sociedade maiata, através de campanhas de recolha de sócios individuais e de empresas». Este responsável salienta ainda a persecução de um melhor serviço para os utentes, que segundo ele será atingida através de uma reestruturação do corpo activo». Para isso, a Cruz Vermelha tem levado a cabo cursos de formação, que a partir deste mês tem a colaboração do Centro de Emprego da Maia. Outra prioridade de Nogueira dos Santos é a vertente social do núcleo, «devemos ter uma acção social forte junto das populações. Pretende-se melhorar a atribuição
Nogueira dos Santos preside ao Núcleo da Cruz Vermelha tendo como prioridade a dignificação da Instituição em solo maiato de roupas a famílias carenciadas. Neste sentido, estamos também a planear uma Festa de Natal nestas novas instalações». Renascimento do Núcleo Foram várias as individualidades que presentes nesta inauguração reafirmaram a necessidade e importância deste núcleo maiato da Cruz Vermelha.
Uma delas foi o Presidente da Câmara Municipal, Bragança Fernandes, «impõem-se a criação e manutenção de um Núcleo da Cruz Vermelha. Seria impensável que a Maia não tivesse um núcleo da Cruz Vermelha». A esta voz juntou-se a do representante da Cruz Vermelha Nacional, Anselmo Soares, que deixou os votos de Nogueira de Brito, «o Presidente da Cruz Vermelha, e a sua
direcção está extremamente feliz por esta reabertura». Nesta altura, Bragança Fernandes relembrou também as dificuldades que quase levaram à extinção do núcleo e os anteriores dirigentes «apesar dos momentos difíceis que o núcleo viveu, deixo uma palavra de apreço aos anteriores voluntários. Hoje também eles estão felizes». Este ressurgimento do Núcleo da Cruz Vermelha da Maia vai ainda ser acompanhado por uma Comissão de Apoio presidida por Bragança Fernandes e que integra igualmente Luciano Gomes, António Domingos Tiago, Jorge Catarino, Almerindo Carneiro, António Fernando e o Padre Luís Queirós. «Ponto de referência» Ocupando uma área total de 3 mil metros quadrados, o novo edifício do Núcleo da Cruz Vermelha da Maia é apontado por Bragança Fernandes, como «um ponto de referência da Maia». Nesta primeira fase que foi inaugurada, estão contempladas uma Enfermaria, uma Secretaria, Sala de Reuniões e Sala de
Jantar homenagem do Rotary Clube da Maia a Carlos Teixeira
Distinção ao profissional
Novos Corpos Gerentes do Núcleo maiato da Cruz Vermelha Presidente: Nogueira dos Santos Vice Presidente: António Monteiro Vice Presidente: Marques Gonçalves Secretária: Lucinda Alves Rocha Tesoureiro: José Manuel Araújo Vogal: Maria Amélia Sousa Vogal: António dos Santos Leite Vogal: Velino Monforte Convívio, um Armazém, Camarotes, entre outros, além do Parque de Estacionamento com sensivelmente 750 metros quadrados. A segunda fase dirá respeito ao piso superior, não havendo ainda nada definido quanto ao processo, revelou Nogueira dos Santos ao Maia Hoje, reafirmando que «para já temos condições para funcionar».
texto: antónio manuel marques foto: júlio sá ornelas
Mais conhecido como o Presidente da Junta de Freguesia da Maia, Carlos Teixeira é também o Director do Jardim Zoológico da Maia. Foi precisamente por estas funções, que este responsável foi homenageado pelo Rotary Clube da Maia, num jantar que juntou cerca de seis dezenas de pessoas no Restaurante “A Maria”. Esta já é uma homenagem habitual no Clube Rotary da Maia, como nos explicou o Presidente Vítor Cunha, «todos os meses de Outubro fazemos uma homenagem a um profissional que escolhemos da comunidade, que julgamos ser de distinguir. Este ano calhou ao senhor Carlos Teixeira, como Director do Zoológico da Maia». O facto de Carlos Teixeira ter conseguido fazer do Zoo uma instituição conhecida nacionalmente, foi um dos motivos para esta distinção, afirmou Vítor Cunha, «achamos que é uma pessoa que, além da sua ainda juventude, tem levado o nome da Maia aos quatro cantos de Portugal. Foi este um dos PUB
motivos para que lhe prestássemos hoje homenagem». Quanto ao homenageado, Carlos Teixeira revelava-se naturalmente satisfeito por esta distinção, «sinto-me sempre satisfeito com um reconhecimento, vindo do lado que vier. Desta vez veio dos rotários, um movimento que conheço há muitos anos e com quem me relaciono muito bem. Nunca gostei de protagonismo, mas dada a existência desta homenagem, aceitei». Universidade Sénior pode ter encontrado local fixo Segundo confessou Carlos
Teixeira, já houve contactos para encontrar uma sede para a Universidade Sénior do Rotary Clube da Maia, «houve uma abordagem dos rotários para instalar aqui a sua universidade. O espaço existe e poderá eventualmente vir a acontecer, não pela homenagem, mas pelo mérito dessa universidade». Vítor Cunha confirmou essas conversações, depressa distinguindo-as desta homenagem, «não quero juntar a homenagem a Carlos Teixeira com esse assunto. A Universidade tem de ter um único sitio para funcionar bem. Mas para além, do senhor Carlos Teixeira estamos a pedir ajuda a outras entidades.
Vítor Cunha, Presidente do Rotary Clube da Maia, não poupou elogios a Carlos Teixeira.
maiahoje
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Sexta-feira 14 de Novembro de 2003
SPLIU inaugurou sede distrital de professores no concelho da Maia
texto: sofia vales pinto foto: andreia nascimento
Professores do distrito do Porto com casa nova Apostando na descentralização, o Sindicato Nacional dos Professores Licenciados pelos Politécnicos e Universidades (SPLIU) inaugurou, no passado dia 6, uma nova sede distrital, desta feita localizada na Maia. Um espaço que funcionará, entre outros, como suporte jurídico e administrativo.
Com cerca de 18500 associados e 32 secretariados espalhados por todo o país, o Sindicato Nacional dos Professores Licenciados pelos Politécnicos e Universidades (SPLIU), no dia 6 do corrente mês, abriu portas a uma nova sede distrital em pleno coração da Maia. Uma escolha que segundo o presidente do SPLIU «fica a dever-se sobretudo às excelentes vias de comunicação do concelho, ao facto de haver um elevado número de professores nos diversos graus de ensino e ainda à inexistência de um sindicato que pudesse responder às solicitações cada vez maiores dos docentes». A SPLIU mostra-se então apostada, e tal como referiu Manuel Rolo Gonçalves, num sistema de descentralização «e aquisição de instalações próprias de modo a que os secretariados e associados se sintam confortáveis e sejam melhor atendidos, até porque o Porto é a segunda cidade do país e merecia esta atenção». Com a abertura do referido secretariado distrital, todos os professores dos concelhos que compõem a região do Porto poderão tratar directamente de diversos assuntos quer deslocando-se às novas instalações, sita na rua José Rodrigues da Silva Júnior n.º 355, quer utilizando os meios de comunicação ao dispor. Na sede distrital será ainda possível realizar reuniões, eventos e acções de formação, o que «confere uma
Daniel Aradas assume o comando maiato da sede distrital do SPLIU
autonomia considerável e um ganho substantivo ao nível da imagem institucional do SPLIU junto dos associados e dos organismos públicos e privados, com quem possuímos parcerias sociais». O novo espaço do SPLIU engloba
Câmara poderá ceder terreno a Leste para construção de instituição pública
também um novo projecto, a concretizar a médio prazo, que passa pela criação de um gabinete jurídico, serviços clínicos, apoio administrativo, serviços de informação e atendimento personalizado em horário normal de expediente.
sofia vales pinto
Governo quer centro de reabilitação física na Maia O Campus de Saúde da Maia poderá ser o local eleito pelo Governo para a instalação de um centro de medicina, orçado em 60 milhões de euros. A ser concretizado, o futuro pólo servirá a população do Norte, onde se estima que existam milhares de pessoas com grande deficiência motora ou cerebral, vítimas de doenças neurológicas ou acidentes de viação.
No intuito de aliar o ensino e a investigação, o governo decidiu avançar de Norte a Sul do país com a construção cinco centros de reabilitação física. Ao que o “Maia Hoje” apurou, a proposta para a criação do Centro de Reabilitação da Maia será apresentada dentro de dias aos ministérios da Saúde e da Ciência e Ensino Superior já que, no mesmo espaço, surgirá também a Escola Superior de Tecnologias da Saúde. «O governo considerou que deveriam existir quatro ou cinco centros de reabilitação. Um deles no Algarve, outro em Lisboa, outro em Coimbra, outro na zona do Porto e outro na zona de Trás-os-Montes. Foram
escolhidos alguns locais e a Maia foi seleccionada para um desses centros pois tem uma localização privilegiada», explicou o presidente da Câmara Municipal da Maia. «A área pretendida pelo governo trata-se de um local onde no futuro queremos criar o Campus de Saúde da Maia», acrescentou. O Centro de Reabilitação Física ficará então a Leste do concelho, perto da A3 e do IC24, factor importante porque «um hospital tem que ter bons acessos. Além disso, a citada instituição estará também situada junto à futura sede do INEM, é servida pelo comboio e será percorrida pelo Metro, além de estar próximo do aeroporto».
No entanto, Bragança Fernandes sublinhou que «nada está estabelecido mas certamente iremos chegar a acordo com o Governo» referindo ainda que «é bom que a unidade de saúde venha para a Maia porque é mais um empreendimento do Governo para a nossa terra que, consequentemente, irá gerar mais postos de trabalho». O citado centro deverá ainda englobar a construção de residências para estudantes e para familiares que acompanhem os doentes. A escola funcionará enquanto instituição pública e o centro em parceria com privados, diminuindo o investimento público.
Presidente da Câmara Municipal da Maia, Bragança Fernandes, contra as SCUT
O caso das SCUT Definitivamente o “trio” não se rende. Bragança Fernandes, Presidente da Câmara da Maia e José Mota, Presidente da Câmara de Espinho assumem-se insatisfeitos às portagens iminentes. Porém, Valentim Loureiro, Presidente da Câmara de Valongo, parece ser o mais moderado. Como o próprio disse, ao jornal “O Comércio do Porto”, «ninguém gosta de pagar portagens ou impostos» mas diz-se «compreensivo». As SCUT (estradas concessionadas sem custo para os utentes) tem causado uma onda de discussão em torno da opinião pública. Porém a polémica contagiou já vários autarcas e, ao que tudo parece, os ânimos têm estado ao rubro. A juntar aos presidentes das câmaras de Espinho e de Valongo, o edil maiato também muito tem contestado esta acção do Governo. É sabido que a decisão do primeiro-ministro, Durão Barroso, não agrada aos autarcas do Norte, porém Bragança Fernandes vai mais longe quando disse, ao jornal “O Comércio do Porto” que «não cabe na cabeça de ninguém».Em declarações ao mesmo jornal, o presidente da CMM assumiu uma posição discordante e que «não faz qualquer sentido que venham impor o pagamento de portagens nos IC já existentes, como é o caso do IC24» afirmou. Tratando-se de uma via que liga umbilicalmente a Maia ao aeroporto, ao IC1, à EN-105 e à A3 sem desfasar do seu papel de “atalho” muito utilizado pelas pessoas que fogem ao centro e, pelo facto de este itinerário ter mais de 10 anos, três fortes razões para reprovar a atitude do Governo. A juntar a este rol de “contras” surge um outro que vem pôr termo à indignação do presidente da câmara «não cabe na cabeça de ninguém que estas estradas, até agora de livre circulação, venham a ser pagas pelos utentes», protesta ao jornal, citado anteriormente. Para Bragança Fernandes, tudo se resume a «uma questão de bom senso» tal como proferiu ao jornal. No entanto, é de bom grado que o autarca maiato aceita que nas novas estradas sejam cobradas portagens, mas «nunca nas antigas, onde as pessoas sempre passaram livremente» defendeu. Andreia Nascimento
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Sexta-feira 14 de Novembro de 2003
Espaço municipal Mai@Net implementado no Parque Central
maiahoje texto: sofia vales pinto foto: júlio sá ornelas
Internet gratuita para todos
Com o objectivo de dinamizar a sociedade de informação, a Câmara Municipal da Maia inaugurou, no último dia 27, o “Espaço Municipal Mai@Net”. Um “cibercafé” de utilização gratuita que vem, desta forma, promover a participação dos munícipes no universo das novas tecnologias.
mega festa que se irá realizar no “MaiaViva Café” «estamos em plena fase de crescimento, e repare que quando se fala em menos alunos no ensino superior, o ISMAI dá o exemplo contrário, com cerca de mais mil novos alunos inscritos só neste ano. Queremos assim crescer e fazer com que o evento cresça em quantidade e qualidade». Para estes jovens estudantes o Festival de terçafeira será um êxito «o espectáculo será de grande
qualidade, vamos estar ali divertidos mais de 3 horas e quem lá for vai “chorar” por mais. O preço dos bilhetes é simbólico (1,5 euros), pelo que a casa deve estar cheia. Temos ainda muitas outras surpresas de que destacamos o sorteio de um computador oferta do nosso patrocinador Caixa Geral de Depósitos». Estes são assim motivos mais que suficientes para que o leitor assista na terça-feira a este espectáculo.
Mais 40 projectos de Internet gratuita
“Maia Digital está a proceder a uma grande revolução” Mário Nuno Neves, Vereador do Pelouro da Cultura, marcou presença na abertura do “Mai@Net”. Em declarações à Comunicação Social, o responsável pelo projecto Maia Digital, disse que «este é um posto aberto a toda a população, num espaço privilegiado da cidade, e a minha expectativa é que seja bastante frequentado pela
Também presente na sessão inaugural do “cibercafé” esteve o gestor do Programa Operacional da Sociedade de Informação (POSI), iniciativa que financia os projectos nacionais de cidades digitais. Na ocasião, Jaime Quesado deu a conhecer os números do POSI: «Neste momento temos cerca de 200 espaços de Internet em todo o país e ainda cerca de 40 projectos que estão numa fase final de abertura». Assegurar a rede de todos os municípios em todo o país é um dos factores relevantes
apontados pelo responsável. «Tem havido uma receptividade muito grande de todos os presidentes de câmara em fazer do projecto um verdadeiro espaço de participação pública», disse Quesado. Remetendo-se para o concelho da Maia, o gestor afirmou que «nota-se por parte dos promotores do projecto, e em particular do município, uma vontade muito explícita de criar uma dinâmica de actividades bastante permanente, essencialmente na área da autarquia digital». «Actualmente, a Maia é um exemplo de qualidade de vida e com requisitos urbanísticos muito bem estruturados. A Maia já investiu muito no hardware, fazendo uma estrutura central que é digna de ser visitada, e com o Maia Digital e o TecMaia, entre outros projectos, está claramente a dotar as estruturas que concebeu de software para que depois se possa criar aqui riqueza», declarou o gestor do POSI. O projecto “Espaço Municipal Mai@Net” surge, então, no Parque Central assumindo-se enquanto instrumento para a massificação da utilização às novas tecnologias da informação.
mais eficaz da cidadania é, segundo o vereador, a meta a atingir com o projecto Maia Digital. «Estamos a divulgar, através do Maia Digital, todas as nossas iniciativas que estão em curso e as que estarão brevemente. Trata-se de mais uma componente deste novo universo que nós queremos para o concelho da Maia», explicou o político. «O Maia Digital está a proceder a uma verdadeira revolução naquilo que se quer das novas tecnologias da informação no concelho», concluiu.
Impulsionar a participação dos cidadãos na sociedade de informação, promover a construção do projecto Maia-Cidade Digital e fomentar novos projectos são os objectivos traçados pela Câmara Municipal da Maia que, no passado dia 27, inaugurou uma loja de Internet gratuita. A funcionar entre as 10 e as 24 horas, no Parque Central, o “Espaço Municipal Mai@Net” trata-se de uma valência informática que conta com uma área de 72 m2, comportando 13 computadores com monitores LCD, dois postos de consulta convencionais e ainda dois computadores especialmente concebidos para pessoas portadoras de deficiência.
O vereador da Cultura “pôs à prova” as novas tecnologias do “Espaço Municipal Mai@net”
população». Apesar de se tratar de uma valência sobretudo frequentada pelos mais jovens, o autarca assegurou que
«também existem todos os requisitos para dar respostas a pessoas de outras idades». Dar condições para um exercício
VII Festival de Tunas Académicas do ISMAI
Terça maior! É já na próxima terça-feira, dia 18 de Novembro, pelas 21 horas, que terá lugar o sétimo Festival de Tunas Académicas do Instituto Superior da Maia. Segundo a organização este será o «melhor de sempre» e transformará em pequeno, aquele que é o “Grande Auditório do Fórum da Maia”. A concurso e em busca dos 6 almejados prémios (melhor tuna, tuna + tuna, melhor instrumental, melhor solista, melhor pandeireta e melhor porta-estandarte), estarão as PUB
Tunas da Faculdade de Economia do Porto; Universidade Lusíada, V.N. Famalicão; ISCAP, Porto; Augustuna, Universidade do Minho e Tecnologias da Saúde do Porto. Convidada está a “prata da casa” com a tuna feminina do ISMAI (Laurituna), bem como a boa disposição impressa pela organização com a sua tuna académica do ISMAI que certamente levará ao rubro o ambiente no Fórum maiato. Miguel Pedroto e Bruno
Sampaio, dois elementos da organização, disseram ao maiahoje que «será uma noite em grande, para recordar» e “lembraram” que este e outros eventos só são possíveis graças à boa vontade dos patrocinadores «Caixa Geral de Depósitos; Maiêutica; Grupo de Protocolo e Grupo Multimédia dos ISMAI e como tem sido hábito do jornal Maia Hoje». Este ano o programa foi “enriquecido” com um mega jantar para 160 pessoas e uma
maiahoje
Sexta-feira 14 de Novembro de 2003
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Ministro do Ambiente inaugura ampliação da Central de Compostagem de Parada
texto: antónio manuel marques foto: júlio sá ornelas
Governante estuda apoios para o Concelho
Amílcar Theias deslocou-se à Maia para inaugurar a ampliação da Central de Compostagem de Lamas da ETAR de Parada. Esta que é a única estrutura do género no nosso país, triplicou a sua capacidade num investimento de cerca de quatro milhões de euros. O Ministro do Ambiente revelou-se agradado com o que viu e prometeu estudar um plano de apoios para os projectos camarários. Em funcionamento desde 1994, a Central de Compostagem de Lamas de Parada viu agora as suas instalações alargadas. Tendo sido desenhada para tratar as lamas provenientes unicamente daquela ETAR, esta Central passou, no entanto, também a tratar as lamas da ETAR de Cambados, em Vila Nova da Telha e da ETAR da Ponte de Moreira, em Moreira da Maia. Esta situação resultou num volume de 20 toneladas por dia, ultrapassando a capacidade normal das instalações e justificando uma ampliação. Sem qualquer apoio governamental, a Câmara Municipal suportou o custo desta ampliação, orçado em 4 milhões de euros, que somado ao valor da obra inicial, totaliza os 7,5 milhões de euros. O Ministro do Ambiente, teceu rasgados elogios a este equipamento, salientando que o Concelho da Maia é um exemplo a seguir nas políticas ambientais. Também o Presidente da Câmara
Municipal, Bragança Fernandes se revelou satisfeito, afirmando que este equipamento usa tecnologia de ponta, «esta estação está dotada com o melhor equipamento a nível mundial». De referir ainda que o processo de tratamento de lamas resulta o AGRONAT, um fertilizante orgânico que resulta numa razoável fonte de receita para a autarquia, já que é exportado, estando em estudo a sua comercialização para países como a Holanda, Argélia e Marrocos.
despoluição do Rio Leça, onde uma cooperação intermunicipal é defendida pelo autarca, «a despoluição do Rio Leça é uma das grandes prioridades desta autarquia. Mas não pode ser só da responsabilidade da Maia. É preciso haver cooperação com outros municípios e o Governo». Por seu lado, Amílcar Theias prometeu avaliar o assunto, «estou a estudar essas propostas e o mais depressa possível teremos uma resposta. Estamos interessados em apoiar concelhos que o merecem, porque fizeram a aposta certa no momento certo». Para o Ministro, a questão da gestão dos resíduos é primordial, defendendo que o Governo deve dar o exemplo, «a gestão dos resíduos assume um papel fundamental na nossa sociedade. Assim, o Governo está a desenvolver uma política em relação a este objectivo. O Governo tem de fomentar o consumo público para os produtos verdes. Isto será não só importante a nível ambiental, como económico».
Apelo à ajuda governamental Bragança Fernandes aproveitou a presença de Amílcar Theias nesta ocasião para pedir o apoio do Governo para os projectos futuros da autarquia, «que a Maia não seja penalizada por ultrapassar a barreiras das necessidades básicas. Apelo para que o Governo apoie os projectos da Maia». Nomeadamente a
Protocolo entre Escolas e Câmara Municipal
texto: antónio manuel marques foto: júlio sá ornelas
Alunos frequentam Piscinas de Folgosa gratuitamente
Lipor abre visita ao lixo
Iniciado o ano passado, este protocolo volta a dar os seus frutos este ano. Uma das Escolas participantes é a EB1 da Bajouca, que todas as semanas leva às Piscinas de Folgosa quase seis dezenas de crianças, graças à ajuda do Pedrouços Atlético Clube. Num meio tido como carenciado, a EB1 de Bajouca de Gemunde vê-se privada de poder facultar aulas de natação aos seus alunos. No entanto, graças ao corpo docente e à Associação de Pais, foi possível estabelecer um protocolo com a Câmara Municipal que disponibiliza a utilização das Piscinas Municipais de Folgosa com um monitor desde que a instituição escolar consiga transporte próprio. Uma tarefa que se revelou complicada, contou ao Maia Hoje, Nautília Neves da Associação de Pais da Escola. Segundo esta responsável, não se pretendia pedir ajuda fora da freguesia, mas o Presidente da Junta não se disponibilizou, «fomos falar com ele para não sair de Gemunde. Mas disse que não podia e não ajudou». Assim, foi José Manuel Barata, Presidente do Pedrouços Atlético Clube, e o motorista Jorge Lapa, que colaboraram com a instituição escolar, refere Rosa da Conceição, Professora
Coordenadora da EB1 da Bajouca, profundamente agradecida, «é uma felicidade para as crianças. É a segunda vez que vêm este ano. Se não fosse assim elas não poderiam frequentar a piscina». Rosa da Conceição deixa ainda o reconhecimento ao Presidente da Autarquia, Bragança Fernandes e ao Pelouro do Desporto. Sem estas ajudas da Câmara Municipal e do Pedrouços Atlético Clube, não seria possível facultar estas actividades às crianças, devido às dificuldades económicas. De referir que, sem estes apoios os custos rondariam os 100 euros por cada viagem, para além de uma inscrição na Piscina de oito euros, valor igual ao da mensalidade, multiplicados pelas 57 crianças da EB1 da Bajouca que frequentam este equipamento. José Pedrosa do Departamento do Pelouro Desportivo, afirma a disponibilidade da Câmara para este tipo
de protocolos, «temos dado essa facilidade às escolas, facultando o monitor e o acesso às piscinas, desde que providenciem o transporte próprio. A Câmara está aberta a esta colaboração».
Neste momento, estão abrangidas por este protocolo a Escola EB1 de Folgosa, a Escola da Seara em Gemunde e o Jardim de Infância da Campa do Preto.
«Veja o que acontece ao seu lixo» foi a iniciativa criada pela Lipor que decorreu na Central de Valorização Energética(Lipor II), nos dias 7 e 8, entre as 10 e as 17h. «O dia aberto Lipor II» serviu de hélice para o arranque da iniciativa. Pretendeu-se mostrar a toda a população da área do Grande Porto o funcionamento da central da Lipor, na Maia, como também lançar o desafio a todos os que quisessem ver o que acontece ao lixo que diariamente “despejam”. Lançado o desafio, a actividade também se prendeu com uma visita guiada pelas instalações da mesma. Sem dúvida, um convite curioso mas que teve muita adesão. A.N
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Sexta-feira 14 de Novembro de 2003
Dia da Reforma Administrativa com a presença do Secretário de Estado da Administração Local
maiahoje
texto:antónio manuel marques antonio@maiahoje.pt fotos: júlio sá ornelas julio@maiahoje.pt
Autarquia e Munícipe mais perto Miguel Relvas deslocou-se à Maia para desta forma assinalar o Dia da Reforma Administrativa. A efeméride foi aproveitada pela Câmara Municipal para apresentar a “Autarquia Digital”. Este é um programa no âmbito do “Maia Digital”, que tem por objectivo a desburocratização, utilizando as novas tecnologias. Como exemplo, já é possível pedir requerimentos e fazer reclamações online. este mecanismo facilita muito a vida dos munícipes, dando o exemplo de uma freguesia limítrofe do Concelho, «Pedrouços por exemplo, fica longe da Câmara Municipal e é mais fácil as pessoas dirigirem-se à Junta de Freguesia, onde teremos pessoas a ajudar e a ensinar a manusear todo este sistema». Quanto à extensão do serviço a outros pontos do Concelho, Bragança Fernandes garante que «até ao fim do ano vamos colocá-los em todos os edifícios municipais». «exemplo notável» Presente neste evento, Miguel Relvas, teceu largos elogios ao programa apresentado, «gostaria muito de ver este exemplo a contagiar os outros municípios portugueses. Muitos
deles estão a desenvolver projectos nesta área da relação entre o cidadão e a administração, não tão ambiciosos como este do Município da Maia. É um exemplo notável». O governante acrescenta que a utilização das novas tecnologias é um elemento fundamental para o desenvolvimento, «é uma aposta determinante para a valorização do poder local, mas é acima de tudo um valor essencial para a qualidade de vida dos cidadão e é disso que se trata quando os serviços da administração local ou central têm de implementar projectos, apoiar iniciativas e tomar decisões». Bragança Fernandes, distingue igualmente a “Autarquia Digital” que segundo o edil surge como «uma resposta aos desafios que se têm colocado à cidade».
Mais três laboratórios informáticos inaugurados
O Secretário de Estado experimenta Sistema de Video Conferência
Na persecução do objectivo da desburocratização, a Câmara Municipal da Maia apresentou mais um conjunto de projectos integrados no “Maia Digital”. Assinalando o Dia Nacional da Reforma Administrativa, a edilidade apresentou o programa “Autarquia Digital”, que se encontra dividido em duas grandes partes, o portal “www.torrelidador.cm-maia.pt”, e a iniciativa “Presidente em Linha”. O primeiro constitui um alargamento do actual “site” da Câmara Municipal na Internet, passando a permitir o “acesso a minutas de documentos e requerimentos para descarregamento e submissão electrónica”. Por outras palavras, a partir de agora é possível consultar processos, obter requerimentos, enviar declarações e efectuar reclamações, tudo à distância de um click. Nesta primeira fase, e no sentido de promover a utilização dos munícipes, este serviço é cedido gratuitamente. Além desta nova facilidade, é possível com
um computador pessoal aceder a informação sobre o estado de processos de urbanização e edificação, tal como consultar processos de obras particulares. Um processo que, na salvaguarda da informação particular, funciona como a atribuição do cartão multibanco, referiu Costa Lima, Vereador da Câmara Municipal da Maia, responsável pela Modernização Administrativa, «as consultas podem ser feitas de casa ou das juntas de freguesia. As consultas caseiras seguirão um processo idêntico ao que os bancos têm quando dão um cartão multibanco. As pessoas terão um código que lhes permita aceder apenas ao seu processo». Quem não dispuser de um computador, poderá usar este serviço a partir de uma das 17 freguesias do Concelho, onde foram instalados equipamentos informáticos para este fim. Costa Lima lembrou ainda as vantagens deste novo serviço para o utente, «a desburocratização é o essencial no meio desta coisa toda. É
utilizar estas capacidades tecnológicas e tentar internamente simplificar o mais possível. Com este sistema, o munícipe poupa em tempo e em burocracia». A segunda parte do programa “Autarquia Digital” diz respeito ao projecto intitulado “Presidente em Linha”, uma iniciativa pioneira no nosso país. Pelo menos uma vez por semana, Bragança Fernandes estará disponível para receber os munícipes por videoconferência. Esta “audiência na Web” poderá ser executada a partir dos dispositivos instalados nas Juntas de Freguesia ou nas Escolas do Concelho, onde os maiatos poderão colocar questões, sugestões e opiniões, entre outras. Uma inovação testada na altura, numa conversação entre Bragança Fernandes e o Presidente da Junta da Maia, Carlos Teixeira, e que deixou mesmo o Presidente da Câmara Municipal, verdadeiramente surpreendido, «é uma coisa impressionante. Nunca pensei falar directamente com uma pessoa através da Internet». Segundo o autarca,
Depois das escolas EB1 da Maia, Moutidos, Granja, Corim e Pedras Rubras, que no ano passado receberam laboratórios informáticos, foi a vez do Sobreiro, Lidador e Maia sede, serem presenteadas com estes equipamentos. O “pack informático” consiste no computador propriamente dito e respectivo software, numa iniciativa promovida pela Câmara Municipal em colaboração com o Instituto Superior da Maia (ISMAI). Nesta fase estão abrangidas por este programa, cerca de 2250 crianças, sendo que no próximo ano, os responsáveis esperam chegar às 3500, para em 2005 totalizar as 5000, abrangendo todo o Ensino do 1º Ciclo. Nesta última fase prevêem-se instalados cerca de 400 computadores em mais de 40 escolas do 1º Ciclo. Complementando esta iniciativa, a Câmara Municipal adquiriu recentemente 15 computadores portáteis, que permitirão criar um “laboratório móvel”. Este irá auxiliar na tarefa de certificar, juntamente com os laboratórios informáticos fixos já existentes, os alunos do 4º ano de escolaridade.
maiahoje
Sexta-feira 14 de Novembro de 2003
grande maia 11
“Sexualidade na Deficiência” permite desmistificar e esclarecer dúvidas
fernanda botelho duarte
Onde se fecham Portas, abrem-se Janelas No dia 10 de Novembro realizou-se no Salão Nobre da Câmara Municipal da Maia um debate subordinado ao tema “A Sexualidade na Deficiência”. Esta iniciativa encerrou um ciclo de debates que o Governo Civil do Porto realizou no âmbito do Ano Europeu das Pessoas com Deficiência e onde foram discutidos entre outros temas o Emprego e a Formação Profissional, a questão da Mobilidade e do Desporto. Presentes neste debate estiveram; Maria da Graça Barros, Vereadora da Acção Social da Câmara Municipal da Maia, Ema Lima da Associação Portuguesa de Lesionados Medulares, Clarisse Monteiro da Associação Criança Diferente, e Manuel Moreira Governador Civil do Porto. Este debate permitiu a intervenção de especialistas nesta matéria, de onde se destacou a intervenção do Psicólogo Clínico Jorge Cardoso, e a participação de Júlio Machado Vaz. Jorge Cardoso apresentou um resumo do seu trabalho intitulado “Sexologia na deficiência obstáculos e desafios” onde começou por referir as alterações que o conceito de “deficiência” tem sofrido ao longo da História da Humanidade. Um dos pontos focados foi a evolução que permitiu substituir uma ética de caridade reducionista, por uma abordagem de “Reabilitação” de onde se destaca o contributo da valência médica. Jorge Cardoso chamou, no entanto a atenção para que mesmo através da lógica da Reabilitação por vezes apenas se consideram os aspectos funcionais pretendendo-se essencialmente que o indivíduo portador de deficiência física ou mental atinja o máximo de autonomia possível,
mas onde são descurados alguns aspectos da inserção social e plenitude do indivíduo.
encontro a esta ideia foram as intervenções de Júlio Machado Vaz que sublinhou inclusivamente a falta de conteúdos programáticos relacionados com a sexualidade nos próprios cursos de medicina: « A maior parte dos médicos de clínica geral, incluindo o “Médico de Família” não tem conhecimentos suficientes pois as questões da sexualidade ficaram como um exclusivo da psicologia e da psiquiatria.».
Aprendizagem da sexualidade Durante o debate foram mencionadas as consequências da falta de informação sobre a sexualidade em geral, que se tornam ainda mais determinantes quando as principais questões não são trazidos a discussão e esclarecimento. De referir que Portugal é um dos países da Comunidade Europeia onde a questão da Educação Sexual no ensino tem trazido mais polémica. A falta de esclarecimento acaba por se fazer sentir de um modo determinante, especialmente em áreas relacionadas com a Deficiência ou a Terceira Idade. Sexualidade na Deficiência Um dos aspectos referidos neste debate foi a importância de não considerar o indivíduo deficiente como “assexuado”, mas onde a sexualidade assume igual importância para a sua realização plena. «É difícil explicar a sexualidade na deficiência, quando o indivíduo
Ultrapassar “tabus”
Júlio Machado Vaz optou por participar do lado do público, o que desinibiu a audiência a colocar questões pertinentes. deficiente é muitas vezes comparado a uma criança, considerando-se por isso que não existe sexualidade. O deficiente tem direito à sexualidade.» explicou Jorge Cardoso. Este especialista sublinhou ainda a importância de «Se considerar a reabilitação sexual num sentido amplo, onde a sexualidade não é apenas genital ou orgásmica mas onde a diversidade de comportamentos ultrapassa a barreira cognitiva e
abrange níveis de sensibilidade e afectos mais amplos». Jorge Cardoso distinguiu ainda reabilitação sexual, geralmente mais aplicada à deficiência física adquirida e educação sexual que assume essencial importância em relação à deficiência mental. Ainda segundo este especialista a informação sobre a sexualidade na deficiência deve abranger não apenas o indivíduo portador da deficiência, mas especialmente os técnicos e a família. De
Ema Lima representante da Associação Portuguesa de Lesionados Medulares, e ela própria portadora deste tipo de deficiência, deu um contributo essencial quando mencionou que « No caso da lesão medular a sensibilidade poderá estar afectada, o que não quer dizer que não existe sexualidade. Existe uma aprendizagem em que outros sentidos como o toque ou o cheiro assumem importância particular. A sensibilidade torna-se mais delicada. Usa-se talvez mais o cérebro do que antes da lesão.» Ema referiu igualmente a necessidade de “informar para desmistificar” pelo que se torna essencial apoiar mais debates como este.
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PAM e Rotary da Maia assinaram protocolo
Universidade Sénior aposta qualidade de ensino
A criação da Universidade Sénior, na Maia, foi o resultado do protocolo assinado entre o Instituto Cultural Rotary Clube da Maia e Professores Associados da Maia(PAM).Envergando o papel de «âncora»,pretende fazer emergir o gosto pela vida aliada à cultura. «Lidar com a idade dourada» é o lema desta “tripulação”. O Instituto Cultural Rotary Clube da Maia e Professores Associados da Maia(PAM) assinaram, no passado dia 28, pelas 17h00, no Complexo Municipal da Casa do Alto, em Pedrouços, um protocolo que visa a integração do programa Universidade Sénior. Para os que se mostram cépticos, esta iniciativa corrobora a ideia de que a idade da reforma não é uma “idade pálida”. Pelo contrário, esta «idade dourada» provou que, ainda, só está a amadurecer e, que tem muitos “frutos” para dar. A Casa do Alto foi o testemunho do “casamento”, do Instituto Cultural Rotary Clube da Maia em parceria com a PAM, a fim de «melhorar a qualidade do ensino e aprendizagens» disse o presidente do Instituto Cultural do Rotary. No auditório encontravam-se docentes, já na idade da reforma e que constituem os principais associados pela mudança. Na sua intervenção de abertura Raul da Cunha e Silva, Presidente do Instituto Rotary Clube da Maia,
Literatura Contemporânea, de Direito, de Dança e Aeróbia, para além de outras actividades. A Universidade estabeleceu ainda um protocolo com o Instituto de Línguas da Maia, “Bristol School”, em que «um docente irá dar apoio à disciplina de Inglês» tal como disse Raul da Cunha e Silva. Redução no pagamento de propinas
Assinatura do protocolo entre as duas entidades
defendeu que esta iniciativa «destina-se a todas as pessoas que estão na idade dourada e que precisem de ancoragens que estimulem o gosto pela vida através do estudo, do convívio, da pintura, de passeios e da cultura». No sentido de criar uma
«Universidade Sénior», na Maia, o projecto entra em vigor a partir de Julho. Ao todo são 23 docentes que constituem o corpo da PAM. Serão leccionadas aulas de Saúde, de História e Património, de Pintura, de Informática, de Inglês, de
Hoje estão já inscritos cerca de 60 alunos. Dos 35 por cento de alunos que a Universidade poderá vir a ter, é garantido um desconto de 20 por cento na propina que, anualmente ronda os 50 euros. A ter início no ano 0 o protocolo estipula, ainda, um desconto na segunda e terceira inscrições, sendo que a primeira inscrição irá rondar os 20 euros, a segunda, 15 euros e a terceira, apenas 10 euros. Segundo o mesmo responsável, esta redução substancial nas inscrições «é extensiva a todos os alunos». À excepção de pintura, as restantes
disciplinas possuem descontos. «Uma âncora que estimula o gosto pela vida» Assinada a escritura da instituição, a 12 de Abril deste ano, e, a partir do acordo com a Câmara Municipal da Maia, feito a 9 de Outubro deste ano, a PAM lançou a «âncora» impedindo, assim, o projecto de se “afundar”. Ana Maria Lobo, após 30 anos a leccionar, explicou ao “Maia Hoje” que «os professores não foram atirados para a rua». Pelo contrário, «a escola estava a limitar o meu tempo», pois, «o professor tem que ser polivalente, um pedagogo a nível do conhecimento geral, o que cada vez mais obriga a planificar, a gerir». Consolidada, agora, a mudança, o projecto vai arrancar na Escola Secundária da Maia que, será a primeira a abraçá-lo. Assim, as actividades vão ter início nos 3 primeiros dias de cada semana, das 14 às 18h.
12 grande maia
Sexta-feira 14 de Novembro de 2003
maiahoje
Apresentou publicamente pós-graduação na Gestão da Protecção Civil Municipal
texto: andreia nascimento foto: sofia vales pinto
Protecção Civil preparada para as cheias António Lopes é o único português pós-graduado na Gestão da Protecção Civil Municipal. O título é meritório para um homem cuja actuação «tem sido no sentido de defender os interesses da Protecção Civil». Face às catástrofes que assolam todos os anos o país na época das cheias, António Lopes desdramatiza a situação e, num estado de alerta, evoca a «prevenção antes da emergência». Manuel Lopes, responsável pelo Gabinete Municipal da Maia de Protecção Civil, apresentou, no dia 31 de Outubro, pelas 21h.30, no Salão Nobre da Câmara da Maia, o seu trabalho final do I Curso de pós-graduação na Gestão da Protecção Civil Municipal. Na mesa marcaram presença diversos convidados, entre os quais, o director do Centro de Estudos Superiores Autárquicos da Universidade Independente, o coordenador da pós-graduação e o coordenador Distrital de Operações de Socorro, os elementos avaliadores, o representante do Governo Civil do Porto e vários autarcas. Por razões pontuais Bragança Fernandes, presidente da Câmara Municipal da Maia, não pôde comparecer. Uma célebre frase do homónimo poeta português, Fernando Pessoa, foi o que valeu ao pós-graduado a ilustre “mensagem” pelo trabalho que tem vindo a desenvolver ao longo dos anos, assim, “Deus quer o
homem sonha a obra nasce” encerrou a intervenção o ilustre convidado, citado anteriormente. Sendo o único pós-graduado português, nesta área, António Lopes não deixou descorar a enorme satisfação que sentia, pois «das 52 pessoas que terminaram o curso, apenas 2 eram licenciadas e, somente a estas 2 pessoas foi reconhecida a pós-graduação pelo Ministério da Educação» frisou o mesmo. «Aos outros foi atribuído o diploma de especialização na matéria» continuou. Assim, «pósgraduados existem duas pessoas, eu na Maia e a outra na Moita» concluiu. «A prevenção antes da emergência» Ao apresentar a sua tese o pós-graduado não deixou de apelar ao célere provérbio “é melhor prevenir que remediar”. Não se trata de uma campanha de sensibilização como o próprio fez questão de sublinhar, até porque «quero que a população
António Lopes apresenta tese de Gestão de Protecção Civil saiba que se for necessário actuar, nós temos meios e gente capaz de o fazer» tranquilizou. No intuito de servir o concelho da Maia e toda a sua população, os
interesses da Protecção Civil assentam na «prevenção antes da emergência» defendeu o mesmo. Em virtude do mau tempo e
Ano Europeu do Deficiente
“Só não vê quem não quer”
consequentes cheias que abalaram, no passado ano o concelho da Maia e o resto do país, António Lopes garantiu que «estão a ser limpas as linhas de água, as sarjetas e as valetas» com o objectivo de minimizar o problema «de modo que as águas possam fluir sem dificuldade». Face às situações de calamidade e aos graves acidentes que são esperadas todos os anos, o coordenador da Protecção Civil adianta que o seu Grupo de Intervenção está mais forte do que nunca para prestar assistência às vitimas e, aponta a zona da Pinta, como um exemplo, onde «as pessoas estão a ser realojadas» afirmou. Entende, no entanto, que «em condições normais a Maia vai ter os pontos negros com cheias, novamente» até porque como o próprio diz «é impossível evitar» mas, a par deste “diagnóstico” consegue, mesmo assim, apaziguar os ânimos quando disse que «as limpezas que foram feitas permite que a água vá fluir das ribeiras para os rios».
texto: andreia nascimento foto: júlio sá ornelas
O Fórum da Maia serviu de rampa para as conversas, sobre projectos acessíveis e barreiras arquitectónicas. A conferência deixou cair a venda quando descorou um sem fim de barreiras que continuam a fazer “tropeçar” quem não possui a totalidade das suas capacidades. Basta sair à rua para se perceber isso. “Mobilidade Condicionada Acessibilidade Eficiente” foi o tema da conferência que esteve presente no Auditório do Fórum da Maia, no passado dia 7. “Mobilidade na casa: Uma Habitação para Deficiente Motor” foi um dos temas abordados pelo arquitecto Carlos Figueiredo. Na opinião do arquitecto, a «arquitectura é cada vez mais um processo de síntese e de discussão». Contudo, quando se fala em mobilidade fala-se, indubitavelmente, das «das armadilhas» e, consequentemente «do nosso território que está cheio de armadilhas». No que toca à capacidade de acesso a determinados espaços, «anulando as leis arquitectónicas, criando capacidade de mobilidade, estamos a segregar determinados espaços» disse o arquitecto. Despertado para uma nova consciência de planeamento arquitectónico levou o mesmo a afirmar que «a nossa arquitectura está à disposição dos deficientes». Porém, para o arquitecto «a maioria dos utentes não sabe usar o espaço que produzimos» assegurou. Ciente da dimensão do problema, o arquitecto encerrou o
discurso convicto de que «não é através destas campanhas anuais que se resolve o problema». Acerca da “Mobilidade em empreendimentos de Habitação Social e espaços verdes” o arquitecto João Rocha disse que «não se trata de encontrar uma normativa de excepção, mas de definir a regra». Sublinhando ainda que «pessoas com mobilidade condicionada não são uma minoria, mas poderão vir a ser uma maioria». Na opinião do arquitecto «a barreira arquitectónica do espaço público deve ser banida». João Rocha explicou, ainda, que «a Câmara Municipal da Maia(CMM), num período de três anos, seleccionou uma área do centro da cidade, cerca de 20 por cento do seu perímetro urbano, procurando eliminar todas as barreiras arquitectónicas». No que concerne à acessibilidade dos transportes para pessoas com dificuldades de mobilidade, João Rocha admitiu que «estamos a trabalhar no desenvolvimento de novos tipos de transporte, que nos permitam aumentar a mobilidade de pessoas com deficiência, não pensando nos circuitos pedonais, apenas».
lómanas» todas as construções que se têm feito. Chegando mesmo a indiciar o «Apartheid» como regime vigente. «Tem que imperar o bom senso» disse. Em resposta, o arquitecto João Rocha disse que «é preciso entender que um território não se pode mudar num dia». Opinião, esta, também partilhada por José António Lameiras, engenheiro no Planeamento Estratégico da CMM: «Está muita coisa por fazer, mas tem vindo a fazer-se em muitas direcções». «O que está a ser feito é um exercício de planeamento», concluiu. A luta continua
Apresentação de projectos acessíveis e barreiras arquitectónicas Um aceso debate Os ânimos aqueceram na plateia aquando a intervenção de um membro do público «criticou todas as normas que se têm seguido mas, que fogem à regra». Uma das perguntas prendeuse com a questão dos passeios e, com a respectiva utilização de
muito paralelo na construção dos mesmos. O portador de deficiência motora assegurou mesmo que «torna-se difícil transitar com cadeira de rodas em paralelo». Num acto de angústia, chegou mesmo a desafiar os presentes na mesa da assembleia a percorrerem a cidade de cadeira de rodas. Apelidou, ainda, de «mega-
«A luta é árdua e a luta começa todos os dias, temos que continuar a lutar» foi o voto de esperança de Maria da Graça Barros, Vereadora do Pelouro da Educação Acção Social. A ideia de que existe segregação, ao certo ninguém sabe, talvez «seja inconsciente» ou «talvez seja falta de formação e informação» como a própria admitiu. Aos olhos da vereadora este «show-off» não é mais do que uma aposta na «mudança de mentalidade».
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Sexta-feira 14 de Novembro de 2003
Dia histórico para a freguesia maiata
freguesias 13 texto: antónio manuel marques antonio@maiahoje.pt foto: julio sá ornelas julio@maiahoje.pt
Silva Escura tem finalmente o seu B. I. Silva Escura apresentou finalmente os seus símbolos heráldicos. Esta é a última das freguesias do Concelho da Maia a exibir o seu Bilhete de Identidade finalizando o conjunto das 17. Realizada na Junta de Freguesia, esta cerimónia reuniu uma panóplia de responsáveis políticos, constituindo uma data tida como «histórica» para Silva Escura. Apesar de remontar a um período anterior à nacionalidade, a localidade de Silva Escura apresentou somente agora os seus símbolos heráldicos. Constituídos por dois castanheiros, simbolizando a “zona natural que a área da freguesia abrange” e por uma Coroa Mariana, que representa “o orago da freguesia: Santa Maria”, estes símbolos são o resultado de um trabalho iniciado no princípio de 2002 e aprovado em 11 de Abril deste ano, em Assembleia de Freguesia. Tida como «uma prioridade para o executivo», este passo constituiu uma «data histórica que completa uma lacuna desta freguesia. É o fruto de uma grande pesquisa, plena de dedicação, paixão e amor», afirmou Sousa Dias, Presidente da Junta de Freguesia. Quanto à tardia apresentação dos símbolos, este responsável reiterou desconhecer o que se passou nos outros executivos, «não posso responder a essa pergunta, porque não sei o que passava com os outros executivos da junta de freguesia. O que sei é que Silva Escura era a única
gulhoso e feliz por estar a assistir à criação dos símbolos heráldicos». Novas obras para Silva Escura Aproveitando a presença de altos responsáveis camarários, Sousa Dias deixou o apelo para que algumas obras planeadas para a freguesia recebam apoio
municipal. Entre os empreendimentos referidos encontram-se uma Escola Pré Primária com um Polidesportivo, a Renovação do Adro da Igreja, a Requalificação do Monte de Santo António e a Via Estruturante entre Silva Escura e São Mamede do Coronado, entre outros. De referir que algumas destas obras encontram-se em fase de projecto.
Símbolos ao pormenor
freguesia do concelho que não tinha os símbolos heráldicos e como tal quisemos trabalhar para que a freguesia obtivesse o seu bilhete de identidade. No passado não sei o que se passou». Recheada de individualidades, esta cerimónia foi considerada como um dia histórico para a Freguesia. Luciano Gomes, Presidente da Assem-
bleia de Freguesia, sublinhou estes símbolos como de união, «a bandeira de Silva Escura deverá ser símbolo de união para esta freguesia. Devemos preservar a ruralidade desta terra. É bom que não se pense o futuro se faz de construção de betão». Também Bragança Fernandes, Presidente da Câmara Municipal, deixou uma palavra de satisfação, «sinto-me or-
Confraria reuniu-se no passado dia 23
A pesquisa para estes símbolos heráldicos demorou mais de um ano. Um processo que teve como objectivo retractar o mais fielmente possível a natureza da freguesia de Silva Escura. Assim, de acordo com o parecer a Associação dos Arqueólogos Portugueses, o brasão é constituído por “um escudo de prata, dois castanheiros arrancados de verde, com ouriços de ouro, frutados do mesmo e rachados de vermelho, alinhados em faixa; em chefe, Coroa Mariana de azul, com sua pedraria. Coroa mural de prata de três torres. Listel branco, com a legenda a negro”. Já a bandeira é “azul. Cordão e borlas de prata e azul. Haste e lança de ouro”. O Selo tem a inscrição “Junta de Freguesia de Silva Escura-Maia”.
texto: sofia vales pinto sofia@maiahoje.pt foto: andreia nascimento andreia@maiahoje.pt
Barca tem nova Comissão de Festas
Na reunião da Confraria de Festas da freguesia de Barca, que teve lugar no último dia 23, foram dadas a conhecer as contas de gerência dos eventos realizados até Setembro do corrente ano e foram ainda apresentados os novos elementos da Comissão de Festas, que prometeram «manter o nível das festividades». Foi na Igreja paroquial de Barca que, a 23 de Outubro, se reuniu a Confraria de Festas da mesma freguesia. «Trata-se de um encontro, habitualmente realizado uma vez por mês, no qual a Comissão de Festas de 2003 do Senhor de Santa Cruz entrega as contas à Confraria, procedendo depois à apresentação da nova lista de elementos da Comissão para 2004», explicou o presidente da irmandade. «A Confraria é o órgão que tem a seu cargo a organização das festividades locais e a constituição da Comissão de Festas», acrescentou António Sá. Depois de os membros da direcção da Confraria terem tecido rasgados elogios ao trabalho desenvolvido pela Comissão de 2003, foi tempo para esta última dar a conhecer as facturas de gerência das comemorações realizadas até Setembro. Contas feitas, as receitas da festa em honra do Senhor de Santa Cruz rondaram os 54 mil euros enquanto as despesas estiveram na ordem dos 45 mil euros. «Um evento caro mas realizado com
muito empenho e dedicação que resultou numa festa muito bonita, do melhor que se tem visto em Barca», afirmou o dirigente da delegação cessante. Novos elementos na Comissão de 2004 Na reunião da Confraria de Festas de Barca foram apresentados os novos rostos da Comissão que conduzirão as festividades da freguesia. Assim, Mário Guimarães assumiu o comando da Comissão de Festas de 2004, Agostinho Santos é o secretário e Jorge Pereira tem a seu cargo a tesouraria. Já Alvarinho Ribeiro, António Campos, António Ferreira, Belmiro Ramos, Fernando Freitas, Fernando Ramalhão, Franklin Oliveira, Joaquim Maia e Manuel Lopes foram os vogais eleitos. Apesar da lista estar definida, o presidente da Comissão de Festas de 2004 assegurou «que mais elementos serão recrutados de modo a angariarmos mais fundos, mantendo desse modo o nível da festa».
A direcção da Confraria das Festas de Barca aplaudiu as iniciativas levadas a cabo pela delegação cessante da Comissão de Festas.
14 freguesia
Sexta-feira 14 de Novembro de 2003
maiahoje texto: andreia nascimento foto: sofia vales pinto
Novo equipamento em Silva Escura
Farmácia “robotizada” é pioneira na Maia
Silva Escura já tem farmácia «voltada para o futuro». Com esta tecnologia existem agora duas no país. Uma máquina, um robot, faz toda a gestão de serviço e, ao que soubemos, é um «funcionário permanente» economizando tempo e trabalho, que certamente se traduz na melhoria substancial dos serviços prestados ao cliente. Situada na rua Central de Frejufe, abriu, no passado dia 16, a farmácia de Silva Escura. Uma freguesia que «apresenta, ainda, algumas deficiências», mas que já conta com um projecto bastante moderno. Ficou a cargo do “Infarmed” e da Câmara Municipal da Maia instalarem uma farmácia nas áreas de Silva Escura e Gondim, mas «por questões de concurso foi destinada esta zona», justificou Maria Alzira Chaves, directora técnica da farmácia. Tendo que «dar cumprimento à disposição camarária e da Direcção Regional de Saúde» a farmácia encontra-se, já, ao dispor de todos os utentes. O “Sifarma 2000” é o sistema de computação que comanda todo o processo. Ao fazer, informaticamente, o pedido de um medicamento, este, é automaticamente acedido. «O “Sifarma” comunica simultaneamente com o robot, uma vez, que está programado para dispensar o medicamento», explicou. «Não conhece o medicamento pela marca” mas, em contrapartida, através de «um carregamento e toda uma manipulação de medicamentos codificados e devidamente guardados», esta máquina “inteligente” dispensa o medicamento. Estabelece-se,
moradias. A farmácia divide-se em dois sectores, encontrando-se o robot, que faz toda a gestão da “casa”, no piso de cima. Ao serviço, estão duas funcionárias, a directora técnica e uma farmacêutica. O robot, esse, «é um funcionário permanente» advertiu.
assim, um «interface de ligação entre os dois sistemas», «o sistema informático Sifarma, que já existe há muitos anos, e o novo sistema robotizado», concluiu. Robot- «um funcionário permanente» Ainda a testar, o seu rigor e eficácia já deram provas do que este sistema é capaz. Segundo Maria Alzira Chaves, devido à sua vasta capacidade de organização, «o robot faz um controlo rigoroso em todo o stock». «Cada medicamento é introduzido unidade a unidade e através de um sistema a laser, tira as dimensões de cada». Só assim assume o que lhe é exigido. Ao mesmo tempo, afirmou que “sempre que se pede uma encomenda ele exige qual o prazo individual, do medicamento”. A par da sua eficácia, «as embalagens pesadas, como os frascos de xarope, têm o inconveniente de produzir algum ruído, o que se torna um pouco desagradável», sustentou a fonte já citada. Se por um lado, o mesmo, se torna incomodativo, por outro, é inédito o sistema moderno de hélice que possui e, permite amortecer a queda destes frascos, pesados, não correndo o risco de se partirem. «Funciona
Em prol de «um atendimento personalizado»
Fármacia de Silva Escura apresenta projecto moderno
como uma manga com um ligeiro declive, em que a hélice vai rodando e, ao mesmo tempo, amortece a queda», explicou. Ao todo são duas as farmácias, a outra situa-se em Arcos de Valdevez, que dispõem do novo sistema robótico. Contudo, apenas, a farmácia de Silva Escura parece ter adoptado este sistema, no concelho da Maia. A constante preocupação de arrumação aliada à vasta
experiência de farmácia, levaram Maria Alzira Chaves a «ter uma noção de gestão mais avançada, do que aquilo que se fazia anteriormente», como explicou. A inexistência de áreas comerciais, para alugar, levou a que a instalação de uma farmácia tenha sido numa casa recuperada, para esse fim. O que, na opinião de Maria Alzira Chaves «acaba por se inserir bastante nesta zona», uma zona de
No papel de um «interlocutor válido», Maria Alzira Chaves encara a situação dos genéricos como uma aposta segura. A pouca experiência que tem, neste campo, leva-a a afirmar que «estão a ter saída, embora, a parte clínica ainda precise de mais tempo». A farmácia dispõe, também, de uma área destinada à ortopedia e, uma balança que efectua o cálculo de medição e peso. Pretende-se, acima de tudo, com esta farmácia,«um atendimento personalizado». Ao que o “Maiahoje” apurou, o balanço é, até à, data bastante positivo, sendo que os clientes «reagem com uma certa satisfação, embora surpreendidos pelo sistema», concluiu a nossa interlocutora.
política Visita de Hilda Figueiredo inserida num périplo do PCP pelo Distrito
Alertar o Governo
texto: antónio manuel marques foto: júlio sá ornelas
A Deputada Europeia do Partido Comunista Português, Hilda Figueiredo, visitou na passada semana o “Amanhã da Criança”. Uma iniciativa integrada numa ronda que os deputados comunistas do Círculo do Porto estão a realizar pelo Distrito. O objectivo passa por tomar contacto com as necessidades destas instituições. Esta foi uma visita que teve como principal objectivo a percepção da realidade que se vive nesta “casa”. Nesse sentido, José Manuel Correia traçou a Hilda Figueiredo um retrato das dificuldades que se vivem. Em relação ao ano anterior, o “Amanhã da Criança” perdeu cerca de 6000 euros, face à redução dos rendimentos dos pais das crianças que frequentam esta instituição. Além disso, para comportar as despesas e os investimentos feitos, «esta casa deve à banca 150 mil contos. A Câmara da Maia vai apoiando na medida das possibilidades, embora pudesse dar mais. A Câmara de Gondomar nem sequer nos apoia». A acrescentar a isto, a situação é agravada pela dívida do Governo, «devem-nos 82 mil contos da obra que está feita. Quanto à obra nova que inclui
uma creche, dos 115 mil contos, 40 mil são comparticipados pelo Estado. No entanto, informaram-nos recentemente que não têm dinheiro pelo menos nos próximos três anos». Uma falta de apoio que José Manuel Correia avisa que poderá inviabilizar o novo equipamento, «em teoria há o risco de o equipamento ficar desaproveitado. Mas eu não me vou calar Vou falar com o Papa se for necessário». Uma situação problemática face às 482 crianças e 37 idosos em espera. Apesar das dificuldades, José Manuel Correia tem já em projecto mais um lar de 3ª Idade para 25 pessoas e uma Unidade de Cuidados Continuados para 50 pessoas. Equipamentos que dependem, no entanto, da existência de apoios.
«...é inadmissível que o Governo diga que não há dinheiro» Depois de visitar as instalações do “Amanhã da Criança”, em Águas Santas, Hilda Figueiredo mostrou-se bastante sensibilizada e até indignada com a falta de apoio governamental, «quando há instituições como estas que prestam um grande apoio é inadmissível que o Governo diga que não há dinheiro. Não venham dizer que não há dinheiro porque mandam a GNR para o Iraque com as carências que temos». A Deputada prometeu alertar as entidades competentes para a situação, «vou dar conhecimento da situação ao Ministro e à Assembleia da Republica. Em Bruxelas vou chamar a atenção para a necessidade de mais fundos para Portugal».
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política 15
Sexta-feira 14 de Novembro de 2003
Núcleo da JSD Maia Leste encerrou ciclo de conferências de 2003
sofia vales pinto
Junta de S. Pedro Fins mostrou trabalho feito São Pedro Fins foi o centro das atenções no último debate promovido pelo núcleo da JSD Maia Leste. Um encontro que deu a conhecer as obras realizadas pelo executivo ao longo de dois anos e ainda os projectos “desenhados” por Joaquim Marques Gonçalves para a citada freguesia. A sede concelhia do PSD Maia acolheu, no passado dia 30, o último debate de 2003 sobre “O passado e o futuro das freguesias de Leste”. A iniciativa, promovida pelo núcleo da JSD Maia Leste, teve como objectivo elucidar os militantes e os membros que integraram a lista PSD/PP, candidata à junta nas derradeiras autárquicas, quanto à obra feita durante meio mandato e quanto aos projectos a desenvolver pelo executivo de São Pedro Fins até às próximas eleições. «Dois anos muito difíceis» No terceiro e último encontro levado a cabo pela JSD Maia Leste, Joaquim Marques Gonçalves deu a conhecer os frutos do trabalho efectuado pelo executivo ao longo de meio mandato. Segundo o autarca «estes dois anos foram muito
difíceis. Foi preciso ter alguma imaginação e alguma capacidade de inovação para poder ir fazendo algumas coisas já que os tempos que passamos não são fáceis». Apesar das limitações inerentes a um baixo orçamento para a gestão da freguesia, Joaquim Marques Gonçalves assegurou que «iremos continuar a tentar responder com a máxima eficácia aos problemas até porque as pessoas continuam a precisar do nosso apoio e das nossas iniciativas». Durante a intervenção, o político “laranja” focou algumas das medidas levadas a cabo pela junta, entre as quais, a conservação de edifícios escolares, ajudas financeiras e logísticas prestadas a diversos clubes, associações e grupos de jovens, apoio psicopedagógico à população escolar, entrega das casas do PER (Plano Especial de Realojamento) às pessoas mais carenciadas, dinamização da Loja de
Juventude, requalificação e redimensionamento de vários equipamentos desportivos, resolução de problemas relacionados com a rede de abastecimento de água e de saneamento, arranjos urbanísticos, requalificação do cemitério paroquial, implementação de posturas de trânsito, remodelação da iluminação na via pública, normas ambientais, informatização dos serviços e alargamento do horário de atendimento da junta, convívios destinados à terceira idade e ainda exposições de cariz cultural. De salientar a construção do novo edifício sede da junta «projectado de um modo realista e funcional» que contará com um auditório, secretaria, quatro gabinetes e que deverá estar concluído até 2005. «Foi aprovada uma candidatura a um projecto de modernização administrativa que nos irá conceder mobiliário para a junta», acrescentou o responsável
máximo de S. Pedro Fins. Outro dos objectivos a atingir até ao final do mandato passa pela criação de um “site” na Internet «de modo a implementar o diálogo e a divulgar a freguesia», situação que «somente se verificará depois de analisar o projecto Maia Digital que será instalado até ao final do corrente mês e permitirá o contacto directo com a Câmara Municipal da Maia». Já no que toca à inexistência de uma unidade de saúde que sirva a população de S. Pedro Fins, Joaquim Marques Gonçalves referiu que «é algo pelo qual lutámos há seis anos. Queremos uma extensão do Centro de Saúde de Águas Santas pois as unidades nas imediações estão sobrelotadas». Apesar da junta ter disponibilizado não só um edifício para o referido prolongamento como também verbas para suportar as obras, o
certo é que «ainda não houve qualquer tipo de eco». Balanço positivo Em declarações ao “Maia Hoje”, Nuno Silva, presidente da Comissão Política do núcleo da JSD Maia Leste, afirmou que o balanço do ciclo de conferências foi «bastante positivo». «Foi uma iniciativa importante para dizer às pessoas que estiveram connosco nas autárquicas que não são só lembradas quando é preciso fazer uma lista. A JSD quis mostrar que existe uma preocupação permanente, até porque com estas palestras é possível ter uma antecipação das actividades a realizar», sublinhou. O jovem político mostrou-se apostado em promover a acção todos os anos «porque é preciso inteirar as pessoas do que foi feito para que possam ser elas as primeiras a defender uma abordagem popular».
antónio armindo soares
PSD e JSD/ Maia prestam reconhecimento
Arlindo Cunha homenageado O antigo ministro da Agricultura, Arlindo Cunha, foi alvo de uma homenagem. Foi durante um jantar realizado no hotel Egatur, na Maia, que o actual presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-Norte) teve o prazer de ver reunido um grande número de amigos, entre eles, ilustres figuras do partido, nomeadamente, o euro-deputado Carlos Coelho, Marco António, presidente da distrital do Porto, o deputado Bernardino Costa Pereira e Bragança Fernandes. Arlindo Cunha preside actualmente a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte. Para evocar a tomada do cargo, os núcleos do PSD e JSD/Maia promoveram um jantar que, para Natércia Cardeano, que esta iniciativa tem
como principal objectivo «homenagear um homem que tem prestado um grande serviço ao partido e ao País. Este era
segundo confessou a presidente do núcleo, «o mínimo que poderíamos fazer, reunir os seus amigos e mostrar afecto e apreço
por tudo o que tem feito». Também presente o amigo de longa data e actualmente deputado da Assembleia da República, Bernardino Costa Pereira foi o responsável para falar do extenso currículo do homenageado, desde os primeiros tempos da JSD, com a passagem pelo governo de Cavaco Silva, até a deputado do Parlamento Europeu. A intervenção do presidente da Assembleia Municipal, Luciano Gomes, foi para destacar a postura de Arlindo Cunha, «um homem em que não esqueço a sua humildade, os seus valores, da família, da honestidade e da lealdade». Por seu lado, o eurodeputado Carlos Coelho, focou o «exemplo de seriedade e de trabalho», e um «homem de grande inteligência política». O presidente da distrital do Porto, Marco António Costa,
realçou igualmente «os valores da democracia como referencial». Bragança Fernandes, também se expressou para salientar o «gesto de reconhecimento e de gratidão, que constitui um incentivo de união». Agradeceu a Arlindo Cunha a sua disponibilidade na contribuição que tem prestado em prol do desenvolvimento da Maia, da Região Norte e do País. Em declarações ao MAIA HOJE, Arlindo Cunha manifestou estar «muito sensibilizado» com a iniciativa, referindo que foi «um forte incentivo» para os desafios que tem pela frente. Revela que tem como principal prioridade para o seu novo cargo «dialogar com a região, o mundo empresarial, os municípios, instituições», até porque, «a Região Norte tem caído, nos últimos anos, face às outras regiões. Então, temos que inverter essa tendência negativa».
Arlindo Cunha é o novo presidente da Comunidade de Trabalho Galiza-Norte de Portugal, sucedendo a D. Manuel Fraga Iribarne, da Xunta da Galicia. A Comunidade de Trabalho GalizaNorte de Portugal, criada em 1991, tem como objectivos fomentar a partilha de informação e de promover a articulação de políticas públicas e o desenvolvimento de projectos comuns. Em declarações ao “Maia Hoje”, Arlindo Cunha, falou das suas prioridades para desenvolver durante este mais recente desafio: Maia Hoje - O que representa para o senhor Dr. Arlindo Cunha este cargo? Arlindo Cunha - Em primeiro lugar, é uma grande honra, porque sucedo a um
grande homem, D. Manuel Fraga Iribarne. Em segundo, porque a Comunidade de Trabalho Galiza - Norte de Portugal é uma realidade com grande futuro e há grandes afinidades entre as duas regiões. E porque somos um mercado de cerca de 7 milhões de pessoas, numa altura em que a UE caminha a passos largos para a total eliminação de barreiras países. Por isso, temos que aprofundar esse mercado, estabelecer políticas comuns, intercambiar as nossas experiências; e sobretudo traçar estratégias de desenvolvimento que nos permitam ganhar competitividade face às outras regiões europeias. MH - Que papel desempenha a Maia
no contexto desta instituição? AC - A Maia é um concelho muito importante, com uma postura económica muito pujante, das melhores que o país tem, nós, na Região Norte, temos de fazer uma modernização do nosso tecido económico, que passa por estruturar os sectores tradicionais, torná-los mais competitivos, mas também criar novos sectores da Economia, sobretudo baseados na tecnologia, no conhecimento e aí, a Maia, é um concelho líder. Nesse sentido a função da Maia é liderante. MH - Existem projectos onde a Maia possa ser beneficiada? AC - Pelo menos espero que haja no
futuro. A Maia tem sido beneficiária aos mais diversos níveis, nos domínios do Ambiente, Económico, Tecnológico, e, naturalmente a Câmara Municipal e outras empresas sediadas no concelho têm tirado proveito dos Fundos da UE Comunitários e do Governo português. Naturalmente estou disponível, conforme já referi, para colaborar com o senhor presidente da Câmara Municipal da Maia. MH - Será que temos aqui com esta “parceria” uma “lufada de ar fresco” para continuar a desenvolver mais e melhor o concelho da Maia? AC - Esperemos que sim. Pelo menos estou aqui para trabalhar...
16 política
Sexta-feira 14 de Novembro de 2003
ff Miguel Ângelo Rodrigues ao Maia Hoje:
maiahoje
artur bacelar e antónio manuel marques (entrevista) júlio sá ornelas (fotos)
«Deixem-nos trabalhar, contamos com todos!»
ff Na passada semana recebemos nas instalações do Maia Hoje, um dos três Vereadores Socialistas que compõem o executivo camarário. Miguel Ângelo Rodrigues além de Vereador é um dos responsáveis pelas Empresas Municipais “Academia das Artes” e “Gespormaia”. No cerne da entrevista esteve a “Guerra” do PS Maia; a liderança nacional de Ferro Rodrigues; o eventual candidato à Câmara da Maia e a gestão da autarquia. Natural de Ponte da Barca e residente em Vila Nova da Telha, Miguel Ângelo Santos Esteves Rodrigues frequentou os cursos universitários de Direito e Filosofia. Entre 1967 e 1969, em Moçambique, foi oficial do exército na Guerra Colonial. Técnico de Formação Profissional, foi também Gerente Bancário e Consultor Financeiro. Fundador de diversas Colectividades Desportivas e Culturais, foi presidente adjunto do FC Maia de 93 a 97; fundador do Maia XXI. A nível político, é dirigente do PS Maia, consultor para a área económico-financeira e formação autárquica da Federação Distrital do Porto, foi deputado da Assembleia Metropolitana do Porto e da Assembleia Municipal da Maia. Como já referimos a nível autárquico é Vereador da Câmara Municipal da Maia, Administrador da Academia das Artes da Maia, E.M. e da Gespormaia, Gestão dos Espaços Desportivos da Maia E.M. e ainda Vogal do Conselho de Administração Fiscal da Maianova.
Maia Hoje: Há uma guerra aberta no PS Maia? Miguel Ângelo Rodrigues: Não, não há uma guerra aberta. Nós tivemos eleições muito recentemente para a Concelhia. Quem ganhou, ganhou por uma maioria absoluta, uma maioria confortável. Eu creio que os resultados foram 28 - 17, digamos é uma situação clara de vitória. Pode haver, naturalmente, pessoas divergentes. Julgo que há um tempo para divergir e um tempo para convergir. Estamos, naturalmente, num espaço intermédio para convergir. MH: José Manuel Correia, acusou Jorge Catarino de que e cito «onde cheira a “negócio e dinheiro”, lá está V.Exa.», não acha demasiado grave?
MAR: Eu li isso e lamento esse tipo de afirmações. Ainda por cima feitas em praça pública. Eu acho que tem de haver equilíbrio e bom senso. Há um conjunto de camaradas, que se tem vindo, ao longo dos anos, desde do processo eleitoral de 2001, a autoexcluir. Tenho pena e fico triste, porque nós somos todos necessários. Aliás, eu ouço todos os dias pessoas, no interior da Câmara e um pouco por todo o Concelho, a dizerem exactamente isso “calem-se, unamse, trabalhem e ganhem a Câmara”. É isso que os militantes do Partido Socialista deviam pensar, nomeadamente quando se trata do caso do Sr. José Manuel Correia, uma pessoa com responsabilidades no partido.
«...esta corrida de Ministros, Secretários de Estado e do senhor Governador Civil para a Maia cheira um pouco a velório...»
MH: Acha que Joaquim Armindo tem razão quando diz que os senhores «estão a prejudicar gravemente o Partido Socialista», dado que existe uma moção aprovada onde se diz que os eleitos do PS não deveriam ocupar cargos remunerados em Câmaras onde não seja poder? MAR: Não há qualquer incorrecção praticada quanto a essa matéria. Nenhum dos estatutos dos partidos consagra esses princípios. Durante os diversos mandatos nunca vi as moções serem respeitadas. Sou membro da Comissão Política Distrital, e naturalmente que sendo o líder Francisco Assis seguirei a sua estratégia, sobre essa matéria. A Comissão Distrital do Porto não tem 2 líderes, tem apenas 1, chama-se Francisco de Assis.
Ninguém é eleito para servir o partido, as pessoas são eleitas para servir causas. Não fui eleito para ir às reuniões de 15 em 15 dias, mandar uns bitaites, para votar contra por capricho ou teimosia, ou para fiscalizar, isso compete à Assembleia Municipal. Fui eleito para trabalhar, para servir a Maia e as suas gentes. A mim, competeme oferecer essa disponibilidade. A Lei confere ao Presidente da Câmara o poder de atribuir funções, rentabilizando os recursos disponíveis. O resto é treta e não perceber nada do que é ser autarca. Eu acho é que esta corrida de Ministros, Secretários de Estado e do senhor Governador Civil para a Maia cheira um pouco a velório. Não vi ainda resultados palpáveis e concretos dessas visitas e a mim, como maiato, interessa que venham, prometam e cumpram, é isso que interessa. MH: O PS quer “conquistar” a Maia? MAR: Nós estamos a organizarmo-nos e a preparamonos para, efectivamente, ganharmos a Câmara da Maia. Diria que é quase um objectivo obsessivo, se é que posso utilizar esta expressão. Nós aprovamos, muito recentemente, o nosso Plano de Actividades. Esse Plano de Actividades define nos seus Pelouros toda uma estratégia que conduz à conquista da Câmara Municipal da Maia. Eu posso aliás, nesse respeito, dizer-lhe que foram criados os gabinetes sombra por áreas temáticas e pelouros, cuja função será efectuar um levantamento exaustivo de cada área, da situação real e dos desvios em relação à situação irreal, quanto a essas áreas temáticas. Vamos abrir o partido para o exterior. Vamos envolver a sociedade civil convidando-a a debater a Maia. Há muita gente interessada, que tem voz e que é importante ouvir. Há uma enorme falta de diálogo entre os partidos e os eleitores. Deixem-nos trabalhar. Contamos com todos. MH: Um candidato socialista? Da Maia? MAR: Não discutimos ainda essa questão. A minha preferência é de um candidato que me ofereça garantias. Não estou a falar concretamente de ninguém, na altura própria vão posicionar-se vários candidatos. Eu sei que me quer perguntar se apoio a candidatura do Dr. Jorge Catarino. Eu acho que o Dr. Jorge Catarino tem uma legitimidade natural, não só por ser o Presidente da Concelhia, mas por ter sido uma pessoa que, durante várias vezes,
em circunstâncias difíceis, apareceu a dar a cara quando ninguém o queria fazer contra o Dr. Vieira de Carvalho. Mas acho que é prematuro estarmos a abordar essa matéria.
funções, gestão participada, quer em Câmaras do PS com Vereadores do PSD ou da CDU, Câmaras PSD com Vereadores PS ou CDU, etc., dou-lhe cerca de 60 exemplos.
MH: As próximas autárquicas acabam por ser uma oportunidade única para o Partido Socialista com o desaparecimento de uma figura como a de Vieira de Carvalho?
«...temos na Câmara um proporcionalidade de 6 para 3... nos Conselhos de Administração das Empresas Municipais deveria estar essa mesma proporcionalidade aplicada... foram assim os resultados eleitorais...»
MAR: Obviamente, repare, o falecimento do Dr. Vieira de Carvalho não foi um virar de página, foi o fechar de um livro. No plano político devo dizer que nós tivemos debates, tivemos posições divergentes. Havia muita coisa em comum e eu guardo dele uma respeitosa memória. Mas não é só por isso que o PS perspectiva, e vai naturalmente lutar, por ganhar as eleições em 2005. Porque nós entendemos, em primeiro lugar, que temos legitimidade e pedimos à população do Concelho que nos dê essa oportunidade. O PSD está no poder há 25 anos, já chega. Acho que é democrático nós solicitarmos isso, porque a força da democracia é exactamente a alternância. É legítimo nós pedirmos à população do Concelho que faça funcionar, na Maia, essa alternância. Que a dêem ao PS, que tem bons quadros, tem um grande sustentáculo na população, em todos os estratos sociais, que tem ao longo dos anos ganho quase todos os actos eleitorais. Perdida, infelizmente, a figura do Dr. José Vieira de Carvalho, é legítimo que o PS peça a oportunidade de governar a Maia nos próximos anos. MH: Aplica a mesma “alternância democrática” a Matosinhos e a outros Concelhos Socialistas? MAR: Defendo rigorosamente a mesma coisa para todos os Concelhos. Ou seja, é perfeitamente legítimo à oposição que peça a alternância democrática, quando alguém está no poder há tantos anos. Agora, é evidente que cabe ao povo dizer sim ou dizer não. MH: Se em 2005 o resultado das eleições fosse o mesmo acha que os Vereadores Socialistas deveriam aceitar cargos... MAR: Ainda bem que me coloca essa questão. Eu julgo que essa questão tem sido colocada exactamente ao contrário. Em primeiro lugar, quero-lhe dizer que, existem no país cerca de 60 Concelhos onde há distribuição de
MH: Todos remunerado?
a
título
MAR: Não sei, a esse nível não desço, mas naturalmente quem trabalha, justifica-se que tenha uma remuneração. Eu devo dizer-lhe que a remuneração dos Vereadores é inferior à de um Director de Departamento. Provavelmente anda muita gente equivocada acerca disso. As pessoas às vezes não têm bem a noção do que é isso da remuneração de um Vereador. O Presidente da Câmara não é a pessoa que mais ganha dentro da Câmara. Um Chefe de Departamento ganha mais que um Presidente de Câmara. Enquanto que um Vereador a meio tempo ganha cerca de duzentos e qualquer coisa contos. Nós hoje temos um novo fenómeno que é o desenvolvimento das Empresas Municipais e eu queria acentuar esta questão. As Empresas Municipais vieram por todo o país, e a Maia nisso está bastante avançada. Tem cerca de 8 Empresas Municipais criadas com Conselhos de Administração e que vieram alterar os resultados eleitorais, se não houver legislação sobre isto, se não houver uma verdadeira cultura democrática sobre isto. Nós temos na Câmara um proporcionalidade de 6 para 3 e portanto em rigor, nos Conselhos de Administração das Empresas Municipais deveria estar essa mesma proporcionalidade aplicada, ou seja, os Conselhos de Administração, que são três pessoas, deviam ser 2 para 1. Eu acho que quem está a comandar às
maiahoje vezes este assunto, está a ver o filme exactamente ao contrário, porque o PS devia, isso sim, reivindicar a participação na gestão, dentro da mesma proporcionalidade. Foram assim os resultados eleitorais. As Empresas Municipais têm autonomia financeira e autonomia jurídica. As contas são apreciadas pelo Executivo da Câmara Municipal, mas o que eu quero dizer é que a gestão da empresa é completamente autónoma, directa, quer financeira, quer do ponto de vista jurídico, quer de todos os actos de gestão que são tomados ao longo do ano. Vou-lhe dar 2 exemplos: o Espaço Municipal é hoje a empresa que trata de tudo aquilo que está ligado à habitação social, ou seja, as questões de habitação social deixaram de ir à Câmara Municipal. O PS acaba por estar completamente de fora de tudo aquilo que é a problemática da habitação social na Maia, que deixou de ser tratada a nível do Executivo da Câmara e passou a ser tratada, exclusivamente, no âmbito do Espaço Municipal. O mesmo se passa relativamente ao ambiente. O grosso das questões de Ambiente deixou de ser tratado nas reuniões do Executivo da Câmara Municipal, passou a ser tratado e decidido na Maia Ambiente, que recebeu o equipamento, o pessoal e naturalmente todas as atribuições do Pelouro do Ambiente. Também aí, ao PS acaba por passar ao lado de tudo aquilo que tem a ver com o Ambiente. Podemos multiplicar por aí fora, portanto há que rever esta matéria e as pessoas têm que repensar. MH: Não irá fazer parte de uma futura Empresa Municipal do Desporto? MAR: Eu sou administrador da Empresa Academia das Artes e fui eleito, em reunião de Câmara, administrador da Empresa Gespormaia, Empresa de Gestão dos Espaços Desportivos da Maia, que ainda não está a funcionar em pleno. Acho que esta participação é legítima em função daquilo que acabo de dizer e não só em relação a estas 2 Empresas, mas também em todas as outras. Ainda muito recentemente Honório Novo colocava esta questão em Matosinhos, relativamente aos SMAS. Eu acho que as pessoas devem pensar sobre isto e não fomentar simplesmente estas questões, para além de eu poder dizer que tudo isto foi sufragado quer no plano interno quer nas eleições distritais, nas eleições de concelhia, mas julgo que não vale a pena perder tempo sobre isso.
«...a Maia que era legitimamente há alguns anos a Capital do Desporto, há “n” anos que não capta nenhum evento desportivo de registo.»
Sexta-feira 14 de Novembro de 2003 MH: Porque é que Gespormaia ainda não funciona? Existem algumas informações que referem que não há dinheiro para a escritura? MAR: Eu julgo que isso seria uma questão demasiado mesquinha para ser verdade. Eu percebo que a criação de uma Empresa de Desporto possa ter incomodado algumas pessoas, se calhar pelo âmbito da sua acção, e pelos nomes que foram escolhidos para o Conselho de Administração. Mas eu acho que este incómodo só o é para pessoas incompetentes que querem continuar a enganar-se a elas próprias. Não estou a falar de ninguém em concreto, não estou a fazer uma acusação directa ao Senhor Presidente da Câmara. É o recado que eu deixo, como se costuma dizer “para bom entendedor, meia palavra basta”. O que me preocupa é que, a Maia que era legitimamente há alguns anos a Capital do Desporto, há “n” anos que não capta nenhum evento desportivo de registo, quer internacional, quer mesmo nacional, nas mais diversas modalidades. Isto significa que fomos ultrapassados em matéria de equipamentos desportivos, em termos de quantidade, por Concelhos muito mais periféricos, com muito menos densidade populacional. É isso que, efectivamente, me preocupa. O que me preocupa é a criação de clubes que contrariam o associativismo, porque eu estou ligado ao desporto desde miúdo, sou fundador de 2 clubes. Fundar um clube significa fomentar o associativismo, eu não concebo clubes sem sócios, apenas para ter campeões, porque faz-me lembrar um pouco o que era o desporto nos Países de Leste, onde tudo o que era Desporto estava estatizado e servia o aparelho do Estado para ganhar medalhas Olímpicas e vender para o exterior uma imagem que não correspondia minimamente à realidade, como depois da queda do Muro de Berlim se veio a constatar. A mim interessa-me, de facto, que haja uma grande massificação desportiva, que haja muita gente a fazer desporto, mas também que haja um fenómeno de associativismo desportivo. Repare, nós temos na Maia dezenas de colectividades. Vai verificar que essas dezenas de colectividades, somando os sócios, provavelmente, não chegam a 15 mil, o que significa uma taxa, em termos de percentagem, muito baixa. Se formos aplicar essa taxa ao número de praticantes, ela então ainda é muito inferior e isso é que me preocupa. Lamento que algumas pessoas se preocupem que o administrador da empresa de desporto seja o fulano A ou seja o fulano B, porque a perspectiva que tenho é de que o importante aqui é prestar um serviço público, é servir a população do Concelho. Esse é o espírito que eu estou a incluir, quando me disponibilizo em função de ter sido eleito. A constituição da Empresa e os seus estatutos foram aprovados pela Assembleia Municipal em seu tempo. O Conselho de Administração foi nomeado em reunião de Câmara há mais de um ano, o Capital Social da empresa está orçamentado. Portanto.... não posso explicar o inexplicável.
«o preço médio de construção da habitação
social ronda os 100 mil euros» MH: Em relação à Câmara Municipal, quais são os principais problemas que se apresentam? MAR: Não há assim nenhuma questão verdadeiramente dramática, senão já teríamos sobre isso tomado posição pública. Agora há diversas situações preocupantes. Uma delas é a situação financeira. A Câmara endividou-se muitíssimo ao longo dos anos. Eu fiz sucessivos alertas, enquanto Deputado na Assembleia Municipal, para os reflexos que esse endividamento iria trazer no futuro, nomeadamente quando se começassem a fazer as amortizações e é isso que está a acontecer. A situação financeira é bastante complicada, ainda por cima numa conjuntura nacional, que fez com que o Estado fizesse também contenção. Julgo que há problemas graves na área da habitação social, onde provavelmente não foram tomadas as melhores decisões. Ou seja, o dinheiro que se gastou na habitação social, na minha opinião, teria dado para cobrir todas as carências de habitação social e, infelizmente, não foi isso que aconteceu. O programa PER não conseguiu ser concluído. Pelo dinheiro que se gastou podia perfeitamente ter sido concluído e poderia, até, ter ido mais além do número de habitações que foram feitas. Só para dar um exemplo, o preço médio de construção da habitação social ronda os 100 mil euros (20 mil contos) por habitação. Isso é o preço que normalmente custa a construção aos promotores particulares e que depois vendem a habitação por 28 ou 30 mil contos o apartamento. As 350 casas que faltam, estou bem certo que, teriam sido construídas e teríamos, provavelmente, o problema da habitação social resolvido na Maia. O que acontece é que não foi assim e há muita gente, ainda, a viver em extremas dificuldades. Depois, continuamos a ter um problema grave, que é o problema dos transportes. Digamos, o Concelho ao crescer sob o ponto de vista demográfico, foi criando diversas pequenas centralidades e não tem uma rede de transportes. Isso prejudica, naturalmente, o desenvolvimento da própria centralidade. Continuamos a ter uma carência enorme de espaços verdes. Acho que a pressão urbanística não foi acompanhada de espaços verdes. Não me estou a referir a pequenos jardins, estou-me a referir a espaços onde os pais possam ir com os filhos, onde possa haver alguma vivência social e que hoje a Maia, efectivamente, não tem, para além dos centros comerciais. MH: ...mas vai ser construído agora um mega parque da cidade... MAR: Já deviam existir “n” parques ao longo da cidade. Enfim, 50, 100 mil m2 seria suficiente para termos áreas de lazer e de convívio comum, porque hoje em dia as pessoas não podem viver dentro dos “caixotes”, que são os apartamentos ou que são as suas casas. Nós temos que fazer vida de sociedade e essa vivência cria laços de solidariedade e de compreensão entre as pessoas.
política 17 Depois temos ainda problemas da segurança, porque é evidente que este crescimento cria sempre problemas de segurança. A Maia é hoje, basta ler os jornais diários, uma cidade onde, quase todos os dias há assaltos. Apesar da criação da Polícia Municipal, apesar dos senhores ministros terem vindo cá prometer um quartel da GNR, para Castelo da Maia e um novo quartel da PSP para Moreira da Maia, a verdade é que isso não foi incluído no PIDAC e, por conseguinte, vamos continuar a ter carências a nível da segurança. Além da falta dum problema de efectivos, é também um problema de colocação ou dispersão das próprias esquadras policiais, nomeadamente no caso da Maia Leste ou da Zona do Castelo da Maia, do centro onde há tanta toxicodependência. É um problema que afecta muitas zonas do Concelho, e não basta tentarmos esconder isso à realidade, é um problema com o qual nos defrontamos todos os dias. Eu julgo que tudo isto tem um pouco a ver com uma questão que se chama planeamento. Sou quase um fanático do planeamento, julgo que quem consegue planear mais longe, é que consegue ter melhor futuro. Hoje está-se a fazer isso, infelizmente não se fez isso há 20 anos. Estamos agora a pagar essa factura.
Piscinas Olimpicas «...um exemplo de mau planeamento. Estão ali investidos cerca de milhão e meio de contos, que a serem demolidos significam que cada maiato vai perder 10 contos, 50 euros.»
que respeita ao hipódromo, é um problema financeiro. Devo dizer-lhe que sou um apaixonado por cavalos, estou aqui a meter uma cunha pessoal, gostaria muito de ver esse projecto ser levado a cabo. É um projecto muito caro, nunca inferior a 3 milhões de contos, porque engloba também uma segunda questão, que é a das apostas de corridas de cavalos. Seria um complexo com diversas valências. Teria escola de equitação para crianças e não só, teria também as boxes para a guarda dos cavalos, teria a pista e teria, naturalmente, áreas de restauração e de lazer e de apostas. Se eu lhe disser que, na Irlanda as corridas de cavalos são a primeira fonte do PIB e se eu lhe disser, em França e em Inglaterra são a 2ª maior receita, compreenderá a dimensão do que estamos a falar, porque se trata hoje de um indústria extraordinária. A minha sensibilidade dir-me-ia que esta poderia, eventualmente, ser uma extraordinária fonte de receita, para o fomento e o desenvolvimento dos clubes das actividades desportivas no Concelho. Seria uma espécie de totobola, que iria promover depois todo o resto de desporto, em vez de isso representar, como representa actualmente um grande sacrifício para a Câmara Municipal, em prejuízo de outros investimentos. Mas enfim, é um projecto que, neste momento, não passa quase de uma utopia, porque financeiramente só se realiza se aparecerem parceiros estratégicos a nível particular, que queriam participar neste investimento. Suponho que é isto que está mais ou menos congeminado.
«...ele (Ferro Rodrigues) tem ainda um tempo há sua frente, deve continuar.» MH: Qual a situação do PS nacional?
MH: Quanto aos casos das Piscinas de Vermoim e do Hipódromo de Silva Escura. São para andar? Coloca-me dois exemplos que ultrapassam, claramente, a capacidade da Gespor Maia. A Gespor Maia não terá nada a ver com os clubes, terá apenas a ver com a gestão dos espaços, com a captação de receitas, com a rentabilização e naturalmente com a melhoria das condições, sobretudo em relação à prática desportiva e a sua potencialização. O caso das piscinas olímpicas foi pena ficar pelo caminho. O Secretário de Estado do Desporto esteve cá, não sei o que é que prometeu em relação a isso. Agora é um exemplo de mau planeamento. Estão ali investidos cerca de milhão e meio de contos, que a serem demolidos significam que cada maiato vai perder 10 contos, 50 euros. De qualquer das formas, vamos aguardar e ver quais são as propostas que surgem relativamente à questão. Mas entretanto, no domínio desportivo terá que ser sempre uma área de lazer, de lazer circunstancial. No
MAR: O PS vive a nível nacional uma fase de alguma instabilidade. O problema, para mim, não é um problema de liderança. Falar a uma só voz não significa uma só pessoa a falar. O que eu critico é a nomenclatura, ou seja, onde estão as vozes do PS? Eu julgo que o Ferro Rodrigues ainda tem capital credibilidade, que deve continuar a usar. Eu julgo que ele tem ainda um tempo há sua frente, deve continuar. Mas têm que aparecer mais vozes, porque como disse a oposição não é apenas da responsabilidade do líder e há muita gente no PS que, em vez de estar a divergir, deveria, num momento, destes estar a convergir.
18 sociedade Magusto e Rally Paper em Moutidos
Sexta-feira 14 de Novembro de 2003
maiahoje
Uma nova realidade na restauração da Maia acaba de se instalar
Onda Tropical chegou para conquistar os maiatos
Numa organização da Associação de Pais da Escola EB1 de Moutidos (ASSOPAIS), realizou-se no passado fim de semana, um Magusto e um Rally Paper. Neste participaram cerca de duas dezenas de automóveis, percorrendo algumas das freguesias do Concelho da Maia, como Milheirós e Águas Santas. O final da festa deu-se à volta da mesa num Magusto, onde segundo a responsável da ASSOPAIS, Emília Pereira, compareceram cerca de 120 pessoas.
JSD e PSD organizam Magusto
Mais de seis dezenas de pessoas compareceram ao Magusto “laranja” realizado no passado fim de semana em Gueifães. Apesar do mau tempo que se verificou a comparência foi satisfatória segundo os responsáveis. Tradicionalmente organizado pelo PSD, o Magusto deste ano contou igualmente com a colaboração da JSD para segundo Angelo Aral, Presidente da JSD Gueifães, «mostrar que a JSD está activa e a ajudar o PSD”.
Abriu recentemente o mais novo espaço de restauração no coração da Maia. Falamos do restaurante Onda Tropical, situado no Edifício Átrio das Pirâmides, na Rua do Viso, junto à Avenida Visconde Barreiros. Apresenta-se com uma diversa oferta de “pratos”, entre eles assumem relevo as Francesinhas confeccionadas a forno de lenha; as pizzas; os
hambúrgueres e a comida brasileira. Com um amplo espaço de 270 metros quadrados, tem um aspecto aliciante e cativa o cliente a voltar. Para realçar as diferenças entre o mercado já existente, a qualidade e a variedade determina a nova aposta que pretende abranger todas as idades. Onda Tropical é um espaço privilegiado a festas aniversariantes ou
Exposição “7 para 1” no Fórum da Maia
Mostra de Arte Contemporânea
eventos empresariais. É também propício a café concerto. Aconselha-se o futuro cliente a provar o “Hamburguer Xis Tropical”, e as Francesinhas. No geral tudo que há para propor é bom e recomenda-se... Em questão de bebidas, há os sumos tropicais, e como novidade: a Caipirinha, destinada a cativar os jovens e não só!
texto:antónio manuel marques foto: júlio sá ornelas
São sete as obras integradas nesta exposição e que podem ser vistas no Fórum da Maia até ao próximo dia 30 de Novembro. Da autoria de sete recém licenciados, esta iniciativa mostra um pouco do que se faz nesta área por jovens criadores portugueses. Intitulada “7 para 1” Projectos Contemporâneos, esta mostra apresenta obras de artistas recém licenciados provenientes do Porto e de Guimarães. Podem-se ver os trabalhos de Rita Pinto, Luís Godinho, Catarina Rocha, Fulvio, José Lemos, Sheila Weber Pinto e Teresa Rodrigues. Os materiais
apresentados variam bastante como explica, Catarina Rocha, organizadora e uma das autoras presentes, «temos aqui desde a pintura em acrílico, até à serigrafia em tela, passando pela escultura de luz com chapas de acrílico». Segundo esta responsável, a exposição não tem um tema, é uma amostra da
Arte Contemporânea que se faz nos nossos dias «não tem propriamente um tema aglutinador dos trabalhos. É uma mostra do que se faz hoje em Belas Artes e Artes». Uma exposição que pode constituir o lançamento da carreira para estes jovens artistas recém licenciados.
Catarina Rocha, responsável pela direcção artística da exposição, revelou-se bastante satisfeita com o resultado final.
maiahoje
sociedade 19
Sexta-feira 14 de Novembro de 2003
sofia vales pinto (texto) andreia nascimento (foto)
Escola Dramática encerrou Mês da Música
Festival de Tunas animou serão de Milheirós
O auditório da Escola Dramática e Musical de Milheirós Maia (EDMMM), no passado dia 25, foi palco de um encontro de “capas pretas”. A Tuna do Instituto Superior da Maia e a Tuna da Universidade Moderna do Porto foram, então, as protagonistas de uma noite que se pautou pelo factor animação. Foi com casa cheia e com muita animação que, no passado dia 25, a Escola Dramática e Musical de Milheirós Maia (EDMMM) deu por encerrado o Mês da Música, iniciativa que teve lugar em todos os sábados de Outubro. «Pela sua característica e pela sua juventude, as tunas trazem uma certa alegria e uma certa festa, daí termos decidido encerrar o Mês da Música com um encontro de tunas», explicou o presidente da colectividade. «Pena é que quatro tunas tenham confirmado a presença e que apenas duas tenham comparecido, mesmo desfalcadas», acrescentou Manuel Luís Carvalho. Ao palco subiram então a Tuna Académica do Instituto Superior da Maia e a Tump´pipa da Universidade Moderna do Porto que brindaram o público não só com “os temas de sempre”, mas também com
momentos verdadeiramente hilariantes. Prova disso mesmo, é o facto da tuna maiata ter interpretado, originalmente, um conhecido tema de Pedro Abrunhosa, que teve ainda direito a uma divertida coreografia. Os estudantes de “capas pretas” deram também lugar a anedotas e a números de humor que arrancaram longas gargalhadas da plateia. Balanço positivo Em declarações aos jornalistas, o presidente da EDMMM afirmou que o trabalho desenvolvido no decorrer do Mês da Música «foi muito bom e dotado de muita qualidade. Na maior parte das vezes registámos autênticas enchentes». «Marcaram presença o Orfeão Municipal da Maia, o Conservatório de Música da Maia, o Conservatório de Música do
A Tuna Académica do ISMAI protagonizou um dos momentos altos no Encontro de Tunas da EDMMM
Escola de Música Luís Clemente Ribeiro
Concerto em jeito de aula Diplomado nos Cursos Superiores de Piano e Composição pelo Conservatório do Porto, Luís Clemente Ribeiro, mudou-se recentemente para a Maia e consigo trouxe a sua Escola de Música. Nesse sentido, promoveu uma Lição Concerto no Fórum Jovem, cedido pela Câmara da Maia. Mas este professor não se dedica exclusivamente à música, ensinando também línguas, há cerca de meio século. Proveniente do Porto, Luís Clemente Ribeiro vinha desde há alguns anos a sofrer prejuízos com as intempéries, sendo este o principal motivo porque decidiu mudar de habitação, «estava tudo degradado. Depois vêm as chuvas e as humidades e isso de ano para ano vai-se reflectindo nos andares inferiores. Eu morava justamente no segundo andar de um edifício na rua Primeiro de Janeiro. Os prejuízos reflectiamse nos instrumentos». Assim, este professor decidiu mudar-se para a Maia, em grande parte devido a uma amizade com meio século, «fundamentalmente eu vim para cá e não para outro sitio qualquer porque tinha aqui um amigo do Conservatório de há 50 anos, que morava numa casa muito boa. O rés do chão ficou vago e instalei-me aqui». Assim, desde há um ano para cá, Luís Clemente Ribeiro lecciona na Maia uma variedade de cursos principalmente ligados à música, passando pelos Cursos de Teclado (Piano, Órgão e Sintetizador), mas não deixando de lado outras áreas, como as línguas (Inglês e Francês), «Sou professor de línguas e de música. Sou diplomado em Inglês e Francês e sou professor de línguas há mais de 50 anos». As expectativas são positivas para esta mudança, com este responsável a salientar o movimento musical maiato, «eu acho que aqui há uma grande apetência para a música. Há um
Luís Clemente Ribeiro presenteou a plateia com obras de Mozart, Schumann e Debussy, entre outros. Conservatório, há grupos corais, portanto também penso que me posso integrar nisso». Como apresentação da sua actividade, Luís Clemente Ribeiro deu uma Lição Concerto no Fórum Jovem, auxiliado por dois dos seus alunos, Bruno Azevedo e Ricardo Neves, perante uma audiência de pouco mais de um par de dezenas de pessoas. Aqui, o professor acabou por tocar algumas obras conhecidas do público geral, ao mesmo tempo dando uma pequena amostra do que são as suas aulas.
Estas tentam aprofundar o trabalho que é normalmente leccionado nas escolas, afirma o responsável «fazemos trabalho individual ou grupos no máximo de três alunos. Tentamos fazer as coisas melhor e mais rápido do que as escolas. Se fizéssemos as coisas ao ritmo das escolas, para isso as pessoas tinham as escolas». As aulas começaram recentemente, mas para os interessados as inscrições continuam abertas na Escola de Música Luís Clemente Ribeiro. António Manuel Marques
Porto, as escolas da Banda Marcial de Gueifães e da Banda de Moreira, o Centro de Estudos Musicais da Maia, a Escola Maiorff e ainda a nossa escola», relembrou Manuel Luís Carvalho que frisou a importante prestação dos grupos. «Já numa linha um pouco diferente, organizámos o 2º Festival de Jovens Promessas que deu a conhecer o que se vai fazendo no concelho a nível de música», acrescentou. O responsável adiantou ainda que, no próximo ano, «o Mês da Música deverá sofrer algumas alterações». Assim o Festival de Jovens Promessas terá lugar em Março ou Abril «de modo a que os participantes se possam preparar melhor para actuarem», disse Manuel Luís Carvalho. Consequentemente, o Mês da Música será programado noutros moldes, até porque «gostávamos de trazer outros instrumentos à colectividade».
Recital de Guitarra na Casa do Alto com pouco público
«Esteja um ou 500, a responsabilidade é a mesma» A Casa do Alto em Pedrouços recebeu um recital de Guitarra Clássica por Rui Gama e Hugo Sanches. Estes músicos actuaram para pouco mais do que uma dezena de pessoas, uma situação que passa por normal, confessaram. Ambos docentes, Rui Gama e Hugo Sanches iniciaram a sua carreira como dupla, devido ao facto de terem partilhado as salas de aulas, «somos colegas de curso, e entretanto como uma das disciplinas era música de câmara e o repertório é semelhante, decidimos nos juntar e fazer concertos», afirmou Rui Gama. Quanto a esta actuação na Casa do Alto, surge devido a uma necessidade de rodar o repertório, «este concerto nasce por intermédio do Carlos Frasão, por solicitação do Pedro Freixe que tem uma Escola de Música no Padrão da Légua. Como temos um programa para ensaiar, precisámos tocá-lo e rodá-lo o maior numero de vezes», referiu Hugo Sanches. No espectáculo, Rui Gama e Hugo Sanches interpretaram obras de Mauro Giuliani, Manuel Ponce e Guido
Santorsola, entre outros. No entanto, a afluência deixou um pouco a desejar, uma situação tida como normal pelos artistas, «estes eventos normalmente não são muito concorridos, portanto não podemos esperar muito. Mas esteja um ou 500, a responsabilidade é a mesma». Segundo estes músicos não existe um hábito cultural de assistir a concertos deste género, «Há pouco concertos e os músicos são pouco solicitados para concertos de musica clássica. Há uma falta de hábito cultural das pessoas para assistirem a este tipo de concerto. Normalmente o público que vem são entendidos ou amigos. Não são concertos que haja uma grande afluência de público em geral, o que é pena. Mas o que queremos é tocar». António Manuel Marques
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Sexta-feira 14 de Novembro de 2003
Nélson Ferraz lança novo livro
Manifesto da Revolta
maiahoje
Santa Casa da Misericórdia apoia carenciados
Em prol dos mais desfavorecidos, o Centro Cronista habitual do Maia Hoje, Nélson Ferraz acaba de lançar a sua Comunitário do Sobreiro realiza a “II Feira mais recente obra “As Palavras Côncavas”. Um livro com um estilo de Roupa Usada”. «Do velho se faz o novo» de escrita mais liberto e que reflecte a revolta do autor, mas não só. é o lema desta casa.
Inaugurando um Circulo de Poesia, Nélson Ferraz apresenta uma nova obra virada para a poesia. “As Palavras Côncavas” é um livro com um registo mais livre, transmitindo a revolta que o autor afirma sentir, «este livro tem um tipo de escrita que documenta uma revolta que eu sinto e que muitas pessoa sentem e que outras nem se dão conta que sentem. Com este livro estou não só a dizer o que penso, mas também a apelar para que as
pessoas fiquem mais atentas». Neste lançamento da sua obra, Nélson Ferraz confessou sentir-se duplamente satisfeito, «vou inaugurar este circulo de poesia, que conta com publicações de pessoas que ainda não publicaram como de grande nomes da literatura. Sinto-me duplamente satisfeito por essa situação. Outra razão que me deixa satisfeito é que foi uma escrita descomprometida com qualquer tipo de censura, embora
esteja a caminhar para um tipo de escrita ainda mais liberto». Nélson Ferraz já pensa no passo seguinte, estando duvidoso sobre o género literário a adoptar, «estou indeciso entre uma nova edição de poesia ou um livro mais de reflexão. Também já pensei em fazer uma compilação de textos que escrevi para o Maia Hoje e para o Correio do Douro». António Manuel Marques
«É um trabalho de intervenção comunitária junto da população mais desfavorecida» afirmou Mário Figueiredo, animador cultural e coordenador da instituição. Desde sempre o Centro recebeu donativos mas foi, apenas, há 2 anos que esta iniciativa ganhou poder de intervenção junto da comunidade carenciada. Ao todo são 9, os benfeitores que ali trabalham afincadamente. Semelhante ao da cruz Vermelha, o seu trabalho passa por aceitar donativos para mais tarde vendê-los a «preços módicos». Aqui encontra-se de tudo, desde «roupa de bebé, sapatos, artigos de decoração e roupa para senhor(a)» disse o coordenador. Os preços variam entre os 25 e os 75 cêntimos,
sendo que «o que mais caro se vende custa 2 euros, como um fato de homem ou até um cobertor», constatou animador cultural. A par desta acção social, que se realiza todos os anos pela época do Natal, «durante o ano vamos dando roupa às famílias carenciadas» garantiu o mesmo. «O dinheiro revertido é para a compra de prendas de Natal e material didáctico para as crianças», concluiu. De braços abertos, nesta feira «aceitamos tudo» apelou. O encerramento da feira está previsto para o dia 14, porém poderá estender-se até ao dia 15.O seu horário é das 10h às 18.30h. A.N PUB
maiahoje
sociedade 21
Sexta-feira 14 de Novembro de 2003
António Feijó homenageado nas Noites de Poesia em Vermoim “Movimentum - Arte e Cultura” dinamiza desde Abril de 1999, às 21h30 do primeiro Sábado de cada mês, sessões de poesia no Salão Nobre da Junta de Freguesia de Vermoim. A primeira parte das “Noites de Poesia em Vermoim” é sempre dedicada a um Poeta previamente escolhido, e na segunda parte o tema é livre. As sessões de poesia são intercaladas pela voz e a viola de músicos e cantores convidados. Dia 1 de Novembro o Poeta escolhido foi António Feijó e as intervenções musicais estiveram a cargo dos “Sons do Vento” (Ivone Delgado e Bruno Pedro) que interpretaram obras de José Afonso e Madre de Deus. António Augusto Mandim, José Gomes, e Maria Mamede coordenaram a sessão de poesia, que se caracteriza pela participação e declamação de poesia por vários elementos do público. António Joaquim Castro Feijó, diplomata e poeta português, nasceu em Ponte de Lima em 1 de Junho de 1859 e faleceu em 20 de Junho de 1917, em Estocolmo, na Suécia. Participou em vários jornais e revistas, e é considerado como um dos maiores poetas parnesianos da geração de 80. António Feijó foi cônsul no brasil e ministro de Portugal (embaixador) na Suécia. Escreveu várias obras poéticas entre as quais “Transfigurações” (1882), “Líricas e Bucólicas” (1884) e “Ilhas dos Amores” (1897). Postumamente foram publicados “Sol de Inverno” (1922) e “Novas Bailatas” (1926) e “Poesias Completas de António Feijó” (1940). Fernanda Botelho Duarte
Novo destino para quem gosta de petiscar até tarde “Gusto Del Caffé” aposta no horário
Quinta feira, dia 30 de Outubro, abriu um novo espaço onde é possível optar pelas Francesinhas, Cachorros, Pregos, Pica-paus, e outras especialidades da Casa, mesmo fora de horas. António Andrade, tem experiência no ramo pois é proprietário da Gelataria “Máxima” no centro da Maia, e este novo investimento no “Gusto Del Caffé” resulta do seu empenho em apostar em hotelaria no Concelho da Maia. Situado no Lugar do Chiolo BOC3, Próximo da Zona Industrial e de um dos principais hipermercados da Maia, “Gusto Del Caffé” oferece ainda Parque Coberto para dias chuvosos. Um dos grandes trunfos deste novo espaço é o funcionamento do serviço de Snack e Cafetaria até às 2h da manhã. Fernanda Botelho Duarte
Prendas Originais A loja atelier “Colour Me Mine - it´s art 4 fun”, situada no Parque Central Shopping, permite entre outras coisas, que os seus utilizadores usem de toda a sua imaginação para a pintura de Tshirts e peças de cerâmica. É uma sugestão original para as prendas deste Natal. A loja atelier vai iniciar no próximo dia 17 uma campanha de promoção. Haverá 50% de desconto na taxa de estúdio e 10% na compra das peças de cerâmica e vidro. A partir do dia 24 de Novembro a loja aposta em 15% de desconto em todas as peças do expositor de Natal. O horário de funcionamento é das 10h. às 22h. de segunda a domingo.
Museu de História e Etnologia inaugura exposição permanente
fernanda botelho duarte fernanda@maiahoje.pt
Tocar e Sentir a História Encontra-se aberta ao público desde 24 de Outubro, dia da sua inauguração, a exposição permanente “Arqueologia na Terra da Maia. Ver, Tocar e Sentir a História da Terra da Maia” no Museu de História e Etnologia da Terra da Maia. Uma das novidades, que torna esta exposição mais interactiva, é a possibilidade de manusear réplicas de artefactos que normalmente se encontram expostos em vitrines fechadas. Um novo conceito de expor e apresentar objectos normalmente interditos ao “toque” do visitante, é uma das características da exposição “Ver, Tocar e Sentir a História da Terra da Maia” inaugurada no dia 24 de Outubro no Museu de História e Etnologia da Terra da Maia. Pela primeira vez neste museu o visitante poderá manipular os objectos “com o objectivo de sentir a sua ergonomia, funcionalidade e construção mental dos gestos praticados pelos seus antepassados.” Esta exposição sobre a história da ocupação humana da Terra da Maia, recorre igualmente à exibição de documentários sobre este tema, e gravuras ilustrativas de Sara Costa, que ajudam a compreender a época histórica em que os utensílios foram feitos e as técnicas utilizadas. Na inauguração a Câmara Municipal da Maia foi representada por Maia Marques, Chefe da Divisão de Património Histórico e Cultural da Câmara Municipal da Maia, que realçou ser «Esta é uma exposição que dá a conhecer o Passado de uma forma invulgar, com a possibilidade de tocar e sentir alguns dos objectos expostos. As réplicas estão ao dispor do público e apostamos no seu civismo para que continuem acessíveis.» Nesta inauguração estiveram igualmente presentes várias individualidades como os presidentes de Junta de Águas Santas, Barca, Gemunde, Gondim e Maia
que estão «feitas com grande rigor, em que as texturas e cores estão muito bem reproduzidas, permitindo aos visitantes ter um contacto muito mais directo com a História.» Principais Peças São várias as peças apresentadas nesta exposição de onde se pode salientar um conjunto de artefactos e utensílios dos vários períodos históricos, peças de cerâmica de necrópoles romanas da Terra da Maia, uma ara rotativa romana, a inscrição da Alvarelhos com referência aos Madequisenses, povo da Idade do Ferro de onde deriva a palavra Maia e conjuntos de moedas romanas. Encontra-se igualmente exposta a já “famosa” Pedra de Ardegães que remonta ao III-I milénio A.C. A Pedra tem sido alvo de polémica entre a Faculdade de Ciências do Porto e a Câmara Municipal da Maia. Colaboração entre entidades Esta exposição para além do apoio da Câmara Municipal da Maia, envolveu outras instituições
como o Gabinete de Arqueologia da Câmara Municipal de Santo Tirso, Museu do Seminário Maior do Porto, Câmara Municipal do Porto, Museu Nacional de Arqueologia, Museu da Sociedade Martins Sarmento, Museu Regional de Arqueologia D. Diogo de Sousa, Museu de Etnografia e História do Douro Litoral e Instituto Português de Arqueologia. Exposições temporárias Paralelamente a esta exposição encontram-se exposições temporárias de onde se destacam: “Mercearias: Memórias em Objectos e Imagens”, e a exposição “Recordar a Instrução Primária” patentes até 30 de Novembro. O Museu de História e Etnologia da Terra da Maia localiza-se na Praça 5 de Outubro na Vila do Castelo da Maia, e pode ser visitado das 9h 30 às 12h 30 e 14h 00 às 17h 30, encerrando às segundas feiras de tarde e terças feiras de manhã. Durante o fim de semana o horário é das 14h 30 às 18h. Para visitas de estudo ou informações adicionais o contacto pode ser feito pelo telefone 22 987 1144.
Caracter permanente com rotatividade de algumas peças Tomé Ribeiro, responsável pelo programa desta exposição afirmou ao MaiaHoje: «Esta exposição vem no seguimento da exposição inaugural “Maia a Origem do Território” que tinha como objectivo fazer uma abordagem da História da Maia, desde a Pré-história à Idade Média. Na actual exposição fizemos uma síntese, melhorámos os conteúdos, e aproveitámos para inaugurar esta sala. As salas dos pisos superiores ficam deste modo reservadas para exposições temporárias. Esta exposição tem carácter permanente mas tem a particularidade de ir recebendo peças de outras colecções, pertencentes a museus e também particulares, que ficam expostas durante algum tempo.» Sobre as réplicas Tomé Ribeiro acrescentou
Uma nova concepção de expor História com mais interactividade com os visitantes.
22 sociedade “Sou Assim” integra banda sonora de telenovela portuguesa
Gilda Figueiredo estreou-se a solo
Depois de passar por outros projectos, Gilda Figueiredo lançou a 29 de Setembro o primeiro álbum a solo. Apesar de ainda não ter uma noção exacta do número de vendas, a jovem moçambicana assegura que o “feed back” «está a ser óptimo».
“Sou Assim” e “Brisa Viva” são os dois temas que já estão a rodar nos meios de comunicação social Actualmente a viver na Maia, Gilda Figueiredo é um dos mais emblemáticos rostos de uma nova e talentosa geração de profissionais da música. Com raízes moçambicanas, aos três anos abandonou o país que a viu nascer e veio para Portugal, mais precisamente para o Porto. Seis anos mais tarde começou a ter formação musical integrando, posteriormente, uma pequena banda da Maia. «Andei a tocar em vários bares da zona Norte durante mais ou menos três anos», disse a jovem. Entretanto, uma nova fase da carreira musical despontou: «Fiz parte dos Dr Sax, como “backing vocals”, e gravei um disco com eles. Estivemos durante três anos em gravações, espectáculos e programas de televisão». Porém, em 1998, o desejo de formar um projecto a solo assumiu contornos irrefutáveis. «Senti a necessidade de arrancar com um trabalho a solo com letras escritas por mim, até porque entretanto despertou em mim essa vocação», explicou. A profissional conheceu, então, músicos dinamarqueses «por intermédio de um amigo e assim começámos a trabalhar. Entretanto gravei na Suécia, em Estocolmo, com um produtor sueco que era amigo dos músicos dinamarqueses», esclareceu Gilda Figueiredo. Um trabalho que se prolongou por dois anos e meio e do qual resultou “Gilda”, um álbum “pop” ligeiro. «O “cd” é composto por doze temas, onze dos quais escritos por mim e que basicamente falam de amor, de contos e sonhos. Há ainda uma faixa escondida em inglês. Trata-se de um dueto com a Maria Montell», elucidou.
“Sou Assim”, um dos temas do primeiro álbum a solo, superou as expectativas da cantora, até porque a citada faixa integra a banda sonora da telenovela portuguesa “Saber Amar”. «A minha editora já estava com o meu projecto em mãos e mostrou-o a um elemento da NBP que, após ouvir a música, achou que a mesma se encaixava na perfeição com a protagonista e convidou-me para integrar a banda sonora da telenovela», explicou. «As pessoas ficaram com a música no ouvido e na expectação de saber quem a interpretava e isso foi óptimo», realçou a artista. Com o “vídeo clip” do “single” “Brisa Viva” já a rodar no canal de música da MTV, Gilda Figueiredo sente que o seu trabalho foi reconhecido: «Quer dizer que já se está a dar uma grande importância à música. Isso deve-se ao facto de, subitamente, começarem a aparecer várias bandas portuguesas com vários géneros musicais». Influenciada por diversos estilos musicais, Gilda Figueiredo não esconde um especial apreço pelo “soul”, “funkie” e “hip hop”. Apesar de os ritmos africanos não fazerem parte do seu projecto, o certo é que «indirectamente estão presentes no meu álbum, quanto mais não seja pelo timbre da minha voz e pelo calor que transmito». A jovem está ainda a promover o “cd”, razão pela qual só no início de 2005 surgirão os primeiros concertos. «Como não poderia deixar de ser, a cidade da Maia também será contemplada com um espectáculo», concluiu. Enquanto isso, “Gilda” anda nos ouvidos do mundo. Sofia Vales Pinto
Sexta-feira 14 de Novembro de 2003
maiahoje
Canções dos ABBA são novidade no espectáculo do Teatro Acção
sofia vales pinto sofia@maiahoje.pt
Café Com Datas com sabor especial Depois de, em Março, ter sido anunciado o encerramento do Café Com Datas, eis que, na passada sexta-feira, o elenco do Teatro Acção subiu ao palco do Fórum Jovem da Maia. Perante uma plateia repleta, os actores deram a conhecer os acontecimentos do século XX que «não contribuíram em nada para a felicidade de ninguém». «Uma ressurreição permanente ou uma morte lenta que nunca mais termina». Assim, e segundo um dos mentores do projecto, é definido o Café Com Datas que, na noite da última sexta-feira, pisou o auditório do Fórum Jovem. «No fim de cada temporada consideramos que é a última actuação mas os comentários e os pedidos vão surgindo e, de certa forma, sentimo-nos obrigados a repor o espectáculo. Apesar de ser uma morte anunciada com quatro anos, fazemos o espectáculo com muito gosto», explicou Carlos Frazão. O último Café Com Datas surgiu com novidades nomeadamente no que concerne às interpretações “sui generis” de algumas canções. «O “show” abre com sete músicas dos ABBA juntas numa biografia normal sobre um homem comum», disse o mesmo. O citado musical aborda, então, uma série de episódios completamente fúteis e banais que “ocorreram” no século XX. Trata-se de um representação profundamente marcada pelo cariz musical, dada a quantidade
O elenco do Café Com Datas também irá dedicar um espectáculo aos alunos do ISMAI de temas sobejamente conhecidos pelo público, interpretados pelos actores e cantores. Os textos e encenação são da autoria de Carlos Alberto Frazão, enquanto os arranjos e a direcção musical estão a cargo de Manuel Vilas Boas. O elenco, constituído por Ainda Soares, Carlos Frazão, Eva Paula
Festival de teatro organizado pelo grupo VITAE já arrancou
Soares, João Campos, Manuel Vilas Boas e Pedro Orca Resende, apresenta uma versatilidade fora do vulgar assumindo, para além do natural papel de representação, funções de intérpretes musicais. A tudo isto, junta-se um cenário simples, mas muito bem conseguido, e um humor, ora refinado, ora popular.
sofia vales pinto sofia@maiahoje.pt
Fomentar a cultura em Gueifães A cripta da Igreja Paroquial de Gueifães foi o local escolhido para acolher o I Festival de Teatro da mesma freguesia. Assim, no último sábado, a peça “O Velho Ciumento”, interpretado pelo teatro ACGITAR, marcou a abertura do citado evento cultural. Tendo como objectivo fomentar a vertente cultural da freguesia, o grupo de jovens VITAE decidiu avançar com o I Festival de Teatro de Gueifães. Nas palavras do presidente do referido grupo, o evento «surgiu da necessidade de fomentar o intercâmbio com outros grupos de teatro. Apesar do grupo de teatro VITAE estar em franca ascensão, ninguém aprende sozinho e, como tal, é muito importante realizar este tipo de actividades». A honra de abrir o certame coube ao teatro ACGITAR, oriundo de Gondomar, que presenteou a plateia não só com a interpretação de “O Velho Ciumento” mas também com uma pequena peça intitulada “O Fumaças”. «No arranque do festival, decidimos dedicar um momento às crianças da nossa comunidade. Trata-se de uma peça protagonizada, como não
poderia deixar de ser, por um grupo de teatro infantil que alerta para os malefícios do tabaco», disse Jorge Sousa. Depois do sucesso alcançado no último sábado, o I Festival de Teatro de Gueifães segue em frente já amanhã, pelas 21.30 horas, com o Grupo Dramático e Musical Flor de Infesta que irá
levar à cena a peça “António é o meu nome, Gedeão o apelido”. Já no dia 22 do corrente mês, o teatro Raízes de LOUROCOOP trará à freguesia maiata “Santo de ao Pé da Porta”. O grupo da casa, no dia 29, encerrará o certame com a peça “A Sapateira Pro digiosa”, de Frederico Garcia Lorca.
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caderno de desporto do jornal maia hoje
Estรกdio do Dragรฃo
pag. 31
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24 test drive
Sexta-feira 14 de Novembro de 2003 antónio manuel marques antonio@maiahoje.pt
Peugeot 307 1.4 HDi Navtech
Prazer de viajar
A Peugeot acabou de lançar a série especial do 307, intitulada de Navtech. A todos os ingredientes presentes neste automóvel juntam-se agora, um sistema de navegação por satélite, um telefone mãos livres e um rádio com leitor de CD´s. A marca francesa disponibiliza assim para o 307 um “pack tecnológico”, que normalmente só está acessível nos veículos de gama superior.
Na sua essência este Peugeot 307 continua o mesmo. Espaçoso e confortável, com prestações razoáveis e consumos interessantes. De novo, a série especial “Navtech” oferece um sistema de navegação por satélite, um telefone em sistema de mãos livres e um rádio leitor de CD´s. Quanto ao primeiro, apresenta um mapa de Portugal e Espanha e é visualizado num ecrã a cores de 7” em formato 16/9 acoplado na parte superior do tablier. Visor que serve também outras funções como o rádio ou o telefone. Este apresenta-se igualmente integrado no painel frontal como de um autorádio se tratasse. Através de uma patilha destacável insere-se qualquer cartão de telemóvel, estando a partir daí pronto para efectuar chamadas. Sendo um telefone em sistema de mãos livres, o som é difundido pelas colunas do automóvel e captado por microfones instalados no habitáculo. Este telefone possui comando no volante podendo igualmente ser accionado por voz. Quanto ao terceiro item presente neste “pack” é um rádio leitor com capacidade para 5 CD´s e com carregamento frontal.
Com este conjunto de equipamento, a Peugeot vem alargar o mercado do seu 307 a outro tipo de clientes, nomeadamente empresariais, com um sistema de navegação sempre útil para quem se desloca muitas vezes e com telefone sem fios para quem necessita de estar permanentemente contactável, desta forma, em maior segurança. De referir que este conjunto se encontra disponível como opcional para outras versões deste automóvel. Motorizações, Performance e Consumos
velocidade limite de 160km/h, gastando 15,2 segundos para atingir os 100km/h. Em relação a consumos, o 307 consome cerca de 4l em circuito extra urbano, 4,5l em traçado misto e 5,5l dentro da cidade. Preços Quanto a preços, este 307 1.4 HDi “Navtech” ascende aos 22 mil euros. O “pack Navtech” representa um aumento de 500 euros no preço, quando o seu valor real, segundo a marca francesa, é de 2250 euros. Conclusão
Esta versão especial está disponível em quatro versões, identificadas pelo dístico “Navtech on Board” colocado na parte inferior direita das portas dianteiras. Começando pela Station Wagon, esta apresenta-se com o motor 1.6i a gasolina e o 2.0 HDi a diesel. Depois existem também a versão Break com motor 1.4 HDi e o “cinco portas” que apresenta o mesmo bloco, aliás o testado pelo Maia Hoje. Com este motor que debita 70cv de potência, o 307 atinge a
O 307 “Navtech” apresenta-se muito completo a nível de equipamento. Com este pack, este automóvel disponibiliza acessórios normalmente associados a segmentos superiores e que vêm assim aumentar a oferta. Um incremento a nível tecnológico e de segurança que dota o 307 “Navtech” de uma relação preço/equipamento bastante interessante. Saí privilegiado o prazer na condução.
maiahoje equipamento principal do veículo ensaiado Air Bag condutor ............................................S Air Bag passageiro.........................................S Air Bags cabeça.............................................S Air Bags laterais..............................................S Alarme.............................................................O Alavanca da caixa em pele ...........................S Antena de rádio eléctrica ..............................N Apoio de braços frente..................................N Apoio de braços traseiro...............................N Ar Condicionado manual..............................N Ar Condicionado duplo.................................N Ar Condicionado auto....................................S Arrumação adicional......................................S Banco regulável em altura ............................S Bancos aquecidos.........................................N Bancos desportivos.......................................N Bancos eléctricos ..........................................N Bancos traseiros rebatíveis ...........................S Barras no tejadilho .........................................S Comando à distância ....................................S Computador de Bordo ..................................S Conta Rotações..............................................S Controlo ASC .................................................N Controlo BAS .................................................N Controlo CBC.................................................N Controlo EBD .................................................S Controlo EBV..................................................N Controlo ESP..................................................N Cortinas insufláveis ........................................S Cruise Control ................................................N Desembaciador nos retrovisores .................S Desembaciador traseiro ................................S Direcção assistida ..........................................S Espelho antiencadeamento ..........................S Estofos em pele .............................................N Faróis de nevoeiro.........................................O Faróis de Xénon.............................................N Fecho centralizado.........................................S Gancho de reboque ......................................N Jantes de liga leve .........................................S Pára-choques na cor .....................................S Pintura metalizada .........................................O Pneu suplente ..............................Emergência Porta copos ....................................................S Porta luvas refrigerado...................................S Rádio com comando no volante..................S Rádio leitor cassetes .....................................N Rádio leitor CDs .............................................S Retrovisores eléctricos...................................S Relógio ............................................................S Sensor de Chuva...........................................O Sensor de Luz................................................N Sensores de estacionamento ......................O Sistema ABS...................................................S Sistema City ...................................................N Sistema de Navegação .................................S Sistema Follow me ........................................O Taquigrafo.......................................................N Tecto de abrir eléctrico ..................................N Tecto de abrir Manual....................................N Telefone...........................................................S Telefone com comando no volante..............S Tracção às 4 rodas ........................................N Travões de Disco à frente..............................S Travões de Disco atrás ..................................S Vidros eléctricos frente ..................................S Vidros eléctricos trás......................................S Volante em pele..............................................S Volante regulável em altura...........................S Volante regulável em profundidade .............S
manutenção Garantia mecânica................................2 anos Garantia Corrosão...................Não disponível Garantia Pintura.......................Não disponível
assistência Assistência 24 Horas (800 206366) ............S Primeira Revisão .....................Não disponível Segunda Revisão....................Não disponível
custos
Imposto Municipal anual .............14,96 euros Seguro terceiros ..................375 euros aprox. Primeira revisão.......................Não disponível Segunda revisão .....................Não disponível Terceira revisão........................Não disponível O = Opcional S = Série N = Não disponível PUB
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Sexta-feira 14 de Novembro de 2003
desporto 25
24 horas de Novembro é futebol “non stop” mês de Ténis
O Indoor Soccer da Maia leva a cabo o VII Torneio 24 horas durante os dias 22 e 23 de Novembro. Uma iniciativa com o apoio Maia Hoje e que terá um máximo de 12 equipas presentes. As inscrições estão abertas até ao dia 19 e custam 100 euros, sendo que este acto pode ser executado
a partir de qualquer Indoor Soccer. O sorteio realizar-se-à no dia 21 nas instalações da Maia. Todos os participantes terão direito a prémios, sendo que o primeiro classificado receberá um equipamento completo Indoor Soccer.
na Maia
Durante a segunda quinzena deste mês, a Maia será palco de duas iniciativas de monta ligadas ao Ténis. Em primeiro lugar, realiza-se no Fórum da Câmara Municipal, durante os dias 21, 22 e 23, a reunião do comité júnior da Associação Europeia de Ténis. Este evento traz à Maia cerca de seis dezenas de representantes de Federações e Organizações de Torneios de toda a Europa, numa organização da Federação Portuguesa de Ténis e da Escola de Ténis da Maia.
Seguidamente, a Terra do Lidador acolhe o Torneio dos Campeões durante os dias 29 e 30. Esta competição consiste num quadrangular que irá ter a presença de Nuno Marques, Emanuel Couto, Bernardo Mota e Leonardo Tavares, que foram igualmente os representantes nacionais na Taça Davis. De referir que, durante esta iniciativa se irá dar a despedida do árbitro de cadeira, Jorge Dias, num encontro a realizar no dia 30, entre Alfredo Vaz Pinto e José Vilela.
O Santa Clara venceu o Maia regressando assim às vitórias. Filipe Moreira, técnico do Santa Clara, foi o principal autor do 4-2. O seu esquema que incluía as estreias do açoriano Nuno Sociedade e de Barrigana, nos lugares de Jean Carlos e Luís Vouzela, foi o que lhe valeu a vitória consagrada. Embora tivesse o Maia começado melhor aquando o primeiro golo de Carlão, o Santa Clara, por seu lado, “apimentou” o jogo quando inverteu o
resultado. Já na segunda parte, o Maia conseguiu marcar mais um golo, mas a vitória esteve sempre do lado do Santa Clara. O resultado teve muito o “pé” de André Pinto que não só comandou o ataque como também assinalou dois golos. A grande penalidade assinalada aos 75’, a favor do Santa Clara, veio a pôr em causa favoritismos na arbitragem contudo fez-se justiça e, Jorge Silva desperdiçou a oportunidade.
CMGC nos oitavos da Top Teams Cup Santa Clara sai vitorioso
O Castelo da Maia Ginásio Clube passou aos oitavos de final da Top Teams Cup, tanto em masculinos como em femininos. As maiatas venceram os três encontros que disputaram em Tirana, na Albânia, frente ao Unic Piatra Neamt da Roménia, ao Apollon Limasson de Chipre e por fim ao Studenti Tirana, formação da casa, passando assim à fase seguinte. Agora nos oitavo de final, a equipa maiata vai defrontar o conjunto holandês do Arke Pollux Oldenzaal, nos próximos dias 9, 10 e 11 de Dezembro, em casa. Também presente nesta fase está a equipa portuguesa do CS Madeira que vai
encontrar pela frente a formação germânica do ULM Aliud Pharma. Quanto aos masculinos, passaram igualmente a esta fase da competição, tendo ficado isentos na eliminatória anterior. Os finlandeses do Isku-Volley Tampere são os próximos adversários do grupo de Luís Resende. As partidas realizam-se nos mesmos dias da equipa feminina. A formação maiata está também acompanhada na Top Teams Cup, pelos compatriotas do Vitória SC, que vão jogar com o Tir. Wasserkraft Innsbruck, da Áustria. António Manuel Marques
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26 desporto Equipa Masculina do Corim regressa às vitórias Depois das derrota na jornada anterior, a equipa masculina do CA Corim que milita na 2ª série da 2ª Divisão Distrital, voltou a sentir o sabor da vitória. Face ao desaire frente ao Águias da Areosa (0-2), na 5ª jornada, os jovens do Corim recuperaram animicamente para vencer em casa o GD Entrecancelas, por um esclarecedor 6-2. Quanto às meninas do Corim, não tiveram a mesma sorte e no seguimento da goleada sofrida na jornada anterior frente ao Gilhabreu (2-9), voltaram a ser derrotadas, desta vez fora de casa contra o AC Alfenense por cinco bolas a uma.
Maia Basket continua na senda das vitórias A equipa maiata de basquetebol continua a somar bons resultados. A contar para o Campeonato da ProLiga, o Maiabasket derrotou o Braga BC por 83-70. Nos escalões inferiores as vitórias também sucedem, nomeadamente os juniores A que venceram o D. Leça por 74-115, a contar para o Campeonato Distrital. Já os juniores B, foram derrotados em Lousada por 93-59.
Maiastars campeão de Outono Iniciadas do Maiastars vencem excampeãs regionais do Almeida Garrett ocupando já o primeiro lugar. 47-10 foi o honroso resultado obtido pela equipa do Maiastars frente ao Almeida Garrett. No passado dia 9, a equipa de iniciados femininos do Maiastars defrontou um antigo rival seu, a equipa do Almeida Garrett. O pavilhão do Vigorosa foi testemunho da vitória das atletas maiatas. A conquista do resultado histórico deveu-se à boa forma física e à forte atitude competitiva por parte das atletas. O encontro entre ambas as partes há muito que era esperado, pois quando há dois anos as mesmas atletas se defrontaram, no escalão de infantis, a vitória ficou do lado do Almeida Garrett. Um jogo muito polémico visto o árbitro ter favorecido a equipa gaiense, dando-lhes assim o título regional. Agora, o Maiastars conquista finalmente o primeiro lugar do pódium e já é campeão de Outono, vencendo a primeira fase do campeonato, mesmo faltando duas jornadas para terminar. Já no escalão de juvenis, o Maiastars empatou com o Alpendurada 15-15. No entanto, continua a liderar a classificação do respectivo campeonato. As seniores por sua vez iniciam, no próximo Sábado, o seu campeonato frente ao Vigorosa, no Municipal da Maia, às 15h. Andreia Nascimento
maiahoje
Sexta-feira 14 de Novembro de 2003
ff 1º Ciclo de Conferências “Como treinar bem”
antónio manuel marques
As diferentes facetas do treinador ff Já decorreram duas das quatro conferências integradas no ciclo “Como treinar bem”, promovidas pelo Departamento de Fomento Desportivo da Câmara Municipal da Maia. Auditórios repletos do Fórum da Maia assistiram às exposições de grandes nomes do Desporto, numa iniciativa que pretende «valorizar a população e os agentes desportivos do Concelho da Maia». Com um tema bastante genérico, este Ciclo de Conferências baseia-se na experiência individual de profissionais sobejamente conhecidos para que «independentemente da modalidade, as pessoas possam captar uma série de situações que traduzam interesse para a sua própria modalidade», afirma Francisco Barbosa, do Departamento do Fomento Desportivo. Entre os oradores encontramse nomes como João Campos, Jesualdo Ferreira ou Nélson Puga, «figuras de topo do desporto nacional dentro de uma área variada de modalidades». Segundo este responsável, o objectivo da iniciativa passa por «valorizar a população e os agentes desportivos do Concelho da Maia. Fizemos isso num primeiro momento com um curso de dirigentes e fazemos isso agora a nível de informação de treinadores». Francisco Barbosa salienta, no entanto, que não se pretende formar, mas sim informar, «a Câmara não se propõe fazer formação. Não é nosso objectivo, nem faz parte dos âmbitos da própria autarquia. Entendemos por bem que, face à dimensão desportiva que o concelho já tem, seria interessante proporcionar este conjunto de conferências
canalizado para um tema só». Face à grande afluência de participantes, está garantida a continuação do evento, assegura Francisco Barbosa, «é vontade do Sr. Presidente e do Prof. José Pedrosa, Director de Departamento. Face à adesão das pessoas na ordem das 270 inscrições, será obviamente de
interesse este ciclo continuar». Este ciclo continua na próxima segunda feira às 21.30 com a abordagem das temáticas, «Treinador de futsal: o exercício da sua função exige conhecimento” por Barros da Cunha e “Avaliar bem para treinar melhor” por Carlos Carvalho.
ff Faleceu um dos maiores goleadores do Futebol Nacional
“Teixeirinha” desapareceu
ff Um dos melhores marcadores do futebol português, António Teixeira, faleceu no passado dia 17. Tendo passado pelo Benfica, Leixões, Vitória de Guimarães, e F. C. Porto, entre outros, este alfacinha de origem, viveu os melhores momentos nos dragões e deixou a sua marca na história do futebol nacional, tanto como jogador, como treinador. Após doença prolongada, António Teixeira, com 73 anos, faleceu. O último adeus foi dado na Igreja do Bom Despacho, na Maia. “Teixeirinha” como era conhecido, será sempre recordado como um goleador de alto nível, apesar de também se ter sentado na cadeira de técnico, tendo marcado a história de alguns dos maiores clubes nacionais. A paixão pelo futebol nasceu bem cedo, no Águias do Alto Pina, colectividade do bairro onde nasceu. Ainda no escalão de juniores, António Teixeira deu o salto para o Benfica, onde foi Campeão Regional de Lisboa e Campeão Nacional. Corria a época de 49/50 quando “Teixeirinha” ganhou o seu primeiro título nacional em seniores, seguindo-se na época seguinte a primeira Taça de Portugal. Ao mesmo tempo, o futebolista trabalhava como torneiro-mecânico para compensar os 800 escudos de ordenado ganhos no relvado. Mesmo com um aumento no salário, António Teixeira equacionou uma ida para Lourenço Marques. No entanto, a dois dias da viagem deu-se uma reviravolta, com o Vitória de Guimarães a avançar com uma proposta melhor. Já a residir na Maia, continuou a exercer a sua arte, rumando na época seguinte para o F. C. Porto, onde viveu os momentos mais áureos da sua carreira. Dedicando-se a partir desta altura exclusivamente ao futebol, António Teixeira presta os seus serviços aos dragões por dez épocas, onde venceu dois Campeonatos e duas Taças de Portugal, transitando posteriormente para o Sporting de Braga. “Teixeirinha” foi ainda internacional tanto pela selecção B, como pela
Títulos Campeonato Nacional 49/50
Benfica
55/56
F. C. Porto
58/59
F. C. Porto
Taça de Portugal 50/51
Benfica
55/56
F. C. Porto
57/58
F. C. Porto
Internacionalizações Selecção A 7 jogos 1 golo selecção principal de Portugal. Em 65, termina a sua carreira de goleador com 163 tentos em 218 jogos e uma média de 0,75 golos por jogo. António Teixeira envereda ainda por seguir o ofício de técnico com algum sucesso, treinando o Varzim e o Marítimo na primeira divisão, e outros em outras divisões como o Leixões, onde foi responsável pela geração conhecida como os “Bebés”.
Selecção B 2 jogos 1 golo Taça dos Campeões 2 jogos 1 golo
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desporto 27
Sexta-feira 14 de Novembro de 2003
ff Juventude de Pedrouços Futebol
sofia vales pinto
Clube festejou 32 anos de existência
Aniversário marcado pelo aumento de instalações ff No passado Domingo, o Juventude de Pedrouços Futebol Clube assinalou mais um ano de existência. Na cerimónia, e apesar das instalações provisórias do clube terem sido aumentadas e remodeladas, o presidente da associação frisou o desejo de o Juventude «ter uma sede própria construída de raiz».
Fundado a 6 de Novembro de 1971, o Juventude de Pedrouços Futebol Clube comemorou, no último Domingo, 32 anos de vida dedicados ao futebol de seniores masculino e, mais recentemente, à secção pesca. «Um aniversário muito importante porque marca um aumento das nossas instalações, algo prometido pela câmara há muito tempo», disse o presidente do Juventude de Pedrouços Futebol Clube. Depois de já por uma vez ter mudado de instalações, o clube encontra-se agora numa sede localizada na rua António Feliciano Castilho que, segundo o mesmo responsável «é um espaço provisório até porque é propriedade privada. No entanto, estamos em crer que, a breve trecho, será definitivo». Contudo, António Fernandes sublinhou o desejo de ver nascer uma nova sede: «pretendíamos ter uma sede de raiz mas, atendendo à conjuntura económica actual, terá que ser esta». No entender do
mesmo, os 32 anos da colectividade merecem uma sede própria «até tendo em conta que há muitas agremiações do género da nossa que têm sede própria». «Seremos sempre um parente pobre nas associações», acrescentou. Na actual sede, irá despontar um espaço de convívio, no qual estará incluído um bar, e ainda uma sala de direcção, uma
ff Folgosa da Maia Futebol F. C. com nova viatura
de troféus e um posto médico. Em maré de obras na sede social, Bragança Fernandes prometeu ajudar a associação «de modo a que se dê um novo colorido a uma sede que já foi sujeita a uma ampliação». O edil maiato lembrou ainda que a associação já foi alvo de apoios financeiros uma vez que «tivemos que realojar uma família que residia neste espaço».
texto: antónio armindo soares foto: júlio sá ornelas
O “Natal” antecipado! ff
Bragança Fernandes, entregou as chaves da nova carrinha ao presidente do Folgosa da Maia Futebol Clube, uma prenda em que a Câmara Municipal da Maia comparticipa com cinquenta por cento do custo, enquanto o restante o clube apelou à massa associativa a ajudar a pagar. Não podia estar mais satisfeito o presidente do Folgosa da Maia, Luis Cândido Sousa, na hora em que recebeu das mãos do presidente da Câmara Municipal da Maia, Bragança Fernandes, as chaves da nova viatura. Com esta nova carrinha, o património do clube fica mais rico. Também mais aliciante fica a formação das camadas mais jovens, uma vez que com esta aquisição mais condições passam a ter em termos de transporte. Luis Cândido exortou os sócios do clube a ajudarem a custear os restantes 50 por cento da verba que falta pagar. «Ajudem-nos e tenham confiança em nós», apelou. O presidente da Junta de Freguesia, Altino Marques que esteve também presente na ocasião, regozijou-se com esta entrega e outras iniciativas que o presidente da edilidade realizou, agradeceu por este «ter colocado nesta terra e neste clube, a bandeira do desporto». Bragança Fernandes, referiu ao MAIA HOJE que a questão do futuro relvado do recinto do Folgosa «não está esquecido» e continua a afirmar que esta obra «será um
A. F. do Porto - Juniores - 8ª Jor.
Mais dois golos... mais duas expulsões F. C. de Pedras Rubras 0 - 2 Leça F. C.
F. C. PEDRAS RUBRAS Miguel, Jacob, Diogo, Rui, Xavier, David, Sérgio, Martins, Silva, Caridade, Eurico, Nuno Ricardo. Treinador- Jorge Nascimento LEÇA FUTEBOL CLUBE Tiago, Loureiro, Barbosa, Maia, Serrão, Simeiro, Rocha, Gaspar, Jorge Oliveira, Marco, Laranjeira, J. António, Joel, Fangueiro, Carvalhas, Lacerda. Treinador- Miguel Equipa de Arbitragem: Marcelo Rodrigues, Filipe Reis, Ricardo Reis. Marcadores: Fangueiro (2) Ao entrar mais nervosa, a equipa do Pedras Rubras não conseguiu segurar a equipa do Leça, já que actuando em contra-ataque, esta foi sempre superior. Deu frutos o contraataque, resultando num golo de Fangueiro, pese o facto de o guarda-redes Miguel não ter permitido maior vantagem, acabando o Pedras Rubras na 1ª parte a perder por 1-0. Na 2ª parte, a atitude mudou, todavia, o Leça não se deixou surpreender, tendo Fangueiro marcado novamente. Mais uma vez, o guarda-redes evitou uma maior dilatação do resultado. Acresce dizer, que o Pedras Rubras, com duas expulsões, acabou por hipotecar toda e qualquer hipótese de recuperação. De valorizar o empenho dos jogadores, que reduzidos a nove deram luta até ao fim. Quanto à arbitragem, não tendo influência directa no resultado, poderia e deveria, ter evitado certas picardias, uma das quais deu origem a uma das duas expulsões. Dias dos Santos
A.F. do Porto Juniores - 7ª Jor.
Mau tempo... mau jogo
F.C. da Maia 5 - 1 F.C. Pedras Rubras F.C. DA MAIA Sandro, Abílio, Paulo Oliveira, Bruno Ferreira, Ribada, João, Sérgio, António Mesquita, Maia, Edinho, Pedrinho, Bruno, Ângelo, Paulo Matos, Bruno, Ângelo, Paulo Matos. Treinador- António Tavares F.C. PEDRAS RUBRAS Miguel, Jacob, Diogo, Rui, Xavier, David, Sérgio, Martins, Silva, Caridade, Eurico, Nuno Ricardo. Treinador: Jorge Nascimento Ao terminar a 1ª parte a vencer por 1-0, não era previsível que o jogo terminasse com um resultado tão dilatado, de 5-1. É que o futebol praticado foi muito mau, vencendo o menos mau. Sem se saber porquê, os golos foram aparecendo uns após outros... para um escalão de juniores esperava-se bastante mais, só desculpável por factores externos; muito frio e chuva. Arbitragem sem influência no resultado, apesar de alguns erros. RECADO À ASSISTÊNCIA DE TODOS OS CAMPOS DE FUTEBOL
relvado idêntico ao do estádio do F.C. do Porto, do melhor que há», e estará concluído até finais de 2005. Em relação a um acesso que ligará ao Complexo da Piscina Municipal, o autarca salienta que os terrenos já foram expropriados, por utilidade pública. Sobre isto admite que «é um processo mais longo mas mais simples de concretizar porque não envolverá muitos
custos». Outro empreendimento a concretizar será a construção de uma nova bancada. «O terreno destinado já recebeu “luz verde” do actual proprietário, e tudo está pronto para fazer a escritura», refere o autarca. São três investimentos a concretizar, «para tornar este clube um clube com bons equipamentos desportivos e mais apetecível para os jovens desta terra».
“Era considerado uma virtude não falar inutilmente no mar, e o velho sempre assim considerava e respeitava o uso. Mas agora pensava em voz alta muitas vezes, desde que não viesse com ele, quem quer que pudesse aborrecer-se”. O Velho e o Mar, de Ernest Hemingway, página 32. Não resisto a transcrever e a partilhar convosco este pequeno excerto. Como seria bom, nos campos de futebol que todos considerassem uma “virtude não falar inutilmente”, sobretudo quando estamos nos locais impróprios para julgar os mais diversos lances de um jogo de futebol. Que todos nós temos o direito de pensar, formular ideias, não o nego e penso, ninguém o negará; é que todos somos “fazedores de opinião”, todavia, compete-nos que sejamos coerentes com aquilo que dizemos e defendemos. É que os outros, e os outros somos todos nós, esperam exactamente esta vertacalidade e postura. Por isso, quando pensamos em voz alta, e podemos fazê-lo sempre muitas vezes, não esqueçamos o discernimento do VELHO LOBO DO MAR, que só o fazia “desde que viesse com ele, quem quer que pudesse aborrecer-se”. Dias dos Santos
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28 opinião Os animais americanos Sexta-feira 14 de Novembro de 2003
Um estudo recentemente publicado na revista “New Scientist” dava conta de que os leões estão, quase, à beira da extinção. Pegando nos números então avançados -, não resistimos à sua fria enormidade: o total de animais que viviam em África baixou de duzentos e trinta mil em 1983 para vinte e três mil em 2003. Atente-se nestes indícios de cruel premonição. De uma irreal realidade. Uma história de terror não pode ter, certamente, tanto impacto junto de um ser humano normal. E, quando digo normal é porque, nos dias de hoje, é muito difícil encontrar vestígios de bom senso e de justiça por este planeta fora. Será que alguém irá fazer alguma coisa? Pois é. São pouco divulgadas as notícias como esta. Causam pouco impacto. Despertam pouco interesse. Aborrecem. O ser humano, perante ameaças de catástrofes naturais, ambientais ou epidémicas, habituou-se a gastar apenas um momento para as ouvir, porque, no instante seguinte, se tem de
preocupar - a sério - com os resultados futebolísticos do seu clube. Dizer, só para não ficar calado, que estas atitudes, são contingências e sinais dos tempos que correm é cair no lugar comum dos indiferentes. Por isso mesmo, é preferível acusar, de uma forma directa, todos os que ficam sempre parados para que, qualquer dia se mexam, se indignem e façam alguma coisa de interesse em favor de causas nobres e muito nossas. Este problema que agora atinge os leões é apenas um exemplo de que, - por querer ou sem querer -, temos a mania de estragar, ou deixar estragar, tudo. Neste problema que afecta estes animais, pode ver-se, de uma forma generalizada, o pouco respeito que nos merecem os nossos companheiros de existência. Quaisquer que eles sejam. Nos leões podemos, sem grande esforço, ter um espelho da nossa maneira de estar e de viver: não querendo saber dos problemas dos outros. Para estarmos de bem connosco temos de demonstrar que somos uma espécie maior e
mais capaz de dizimar as outras. E demonstramos. É que, para além das doenças características dos felinos, o bicho-homem tem - no seu “cartório” -, culpas enormes pelos massacres, dos quais é um autor irresponsável. E falando, agora, dos outros animais, qual é o nosso comportamento? Eu digo-vos e, para isso, vou servir-me de uma outra notícia: uma reportagem publicada no jornal “The Washington Post” dava conta da pretensão dos Estados Unidos em alterar a lei que protege espécies em vias de extinção. Essa alteração iria permitir, por exemplo, caça, captura e comercialização desse tipo de animais o que traria benefícios directos a caçadores, circos e comerciantes. Bush - o eterno palhaço - e o seu governo, dariam, deste modo, cobertura a um maquiavélico plano de “ajuda” aos países pobres que “forneceriam” esses animais quase extintos. As peles e a caça dão - dariam -, como é óbvio, muito dinheiro.(aos pobres?). De acordo com a mesma
Nelson de Azevedo Ferraz
reportagem, a importação do marfim, passaria a ser, completamente, legal. Se isto é estúpido, e desprovido de qualquer átomo de inteligência, que dizer da ressalva, que os americanos colocariam, dizendo que essa alteração não prejudicaria as espécies ameaçadas dos Estados Unidos as quais continuariam a ser protegidas. Bem, conforme puderam notar, eu referi-me a estas animalices no condicional e espero, solenemente, que a baixeza humana não desça, tão profundamente, aos esgotos da irracionalidade. O lucro é, normalmente, a espécie americana mais protegida. O lucro é um animal autêntico, genuíno e com milhões de focinhos. Onde há lucro, qualquer bichinho que tenha mil, cem, quatro ou duas patas corre riscos tremendos. Seja um leão, um cão ou uma simples cotovia, nenhum deles está a salvo. A invenção do mal pelo mal, atingiu, desde há muito, até mesmo os inocentes. E, nos dias que correm, não se conjuga, de
forma alguma, o nosso convívio com os outros. O outro, quer seja um animal ou mesmo um ser humano, passou a ter um estatuto de substantivo sem valor perante o eu e o nós. Ao faltarmos ao respeito aos nossos colegas de milênios, ao querermos matá-los, estamos a violentar-nos sem apelo. O animal mais simples que, ao nosso lado ou na longínqua África, passa os seus dias tentando sobreviver às adversidades do meio que o envolve, é uma cópia de nós próprios que, a todo o custo, temos o dever de preservar. Mas isto está mau. Os homens são cada vez menos homens ao afastarem-se dos animais. E, quando assim é, nenhum animal está seguro. Provavelmente, só os animais americanos poderão vir a ter o seu problema resolvido. Pelo menos até ao dia em que um novo palhaço, cheio de poder como todos os antecessores, decidir - sem que ninguém lhe bata -, qualquer coisa em contrário como, por exemplo, cansar-se das espécies americanas ameaçadas.
“cada vez mais” na cauda da Europa. Será que ainda vão ter o descaramento de enviar a estas famílias o autocolante “estou convocado”? Tenhamos vergonha, sejamos realistas, e...(perdoem-me) deixemos de ser parvos. Países de maior poderio económico e financeiro juntaramse para realizar (dividindo custos) eventos com tanta ou mais importância, que este Euro 2003.
É claro que gosto muito de desporto, de futebol principalmente, mas, como diz a sabedoria popular, “o que é demais é erro”. O Sr. Presidente da República assistiu recentemente, de perto, ao drama destas gentes açoreanas, destes se calhar, “Portugueses de Segunda”. Daqui apelo para que faça valer os seus poderes, se é que os tem!?... no sítio)!...
Estou convocado Dizer-se a propósito do Euro 2004 que “conquistámos o respeito do mundo” é, na minha opinião, “apenas” ridículo. Qualquer cidadão atento ao que se vai passando por este país, acho que só conseguiremos o tal “respeito do mundo” quando formos capazes de ter respeito por nós próprios. Senão vejamos; Em 1998, volvidos quase seis anos (6), um terramoto na ilha do Faial deixou milhares de pessoas na miséria quase total. Neste
momento ainda trezentas e setenta e oito famílias (378) estão sem lar, vivendo em barracas e contentores que, não abrigando ninguém do frio, metem também água por todos os lados. Há seis anos (6) que aquela gente espera pelos dia em que possam viver numa habitação condigna e os mais velhos, esses, já vão perdendo a esperança que isso venha a acontecer. Tudo isto se passa num país,
em que, estádios, alguns de “aproveitamento duvidoso”, são construídos ou remodelados em dois anos (2), gastando-se milhões e milhões, e em que, a simples derrapagem de alguns daria para construir habitações para tais 378 famílias, que não bastando o isolamento ilhéu em que vivem, ainda mais são isoladas pela cegueira deste país que teima em armar ao fino quando a dura realidade é mesmo a de nos encontrarmos
maiahoje jornal regional de grande informação
Sérgio Marques
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Sexta-feira 14 de Novembro de 2003
Noites Magazine Social da Maia
sociedade 29
hoje
sofia vales pinto sofia@maiahoje.pt júlio ornelas (fotos) julio@maiahoje.pt
Bruxas à solta no Maia Viva Caffé Nas noites de 31 de Outubro e de 1 de Novembro, o Maia Viva Caffé levou a cabo mais uma festa temática, desta feita dedicada ao Halloween. Em tempos de casa cheia, o café/bar brindou as largas dezenas de convivas não só com um ambiente “assombroso”, ao qual não faltaram bruxas, teias de aranha, velas e abóboras, mas também com diversos estilos musicais e ainda com muita animação. Uma festa recheada de caras bonitas que terminou já pela manhãzinha.
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AVISO
Jornal Maia Hoje • 14 de Novembro de 2003
MORADIA NOGUEIRA.
ff institucionais
ENGENHEIRO ANTÓNIO GONÇALVES BRAGANÇA FERNANDES, Vogal do Conselho de Administração dos Serviços Municipalizados de Electricidade, Águas e Saneamento da Câmara Municipal da Maia, torna público, que, a partir da data de publicação do presente aviso no Diário da República, e por deliberação do Conselho de Administração, na reunião que teve lugar no dia 15 de Setembro de 2003, homologada pela Câmara Municipal, na reunião que teve lugar no dia 2 de Outubro de 2003, serão actualizadas as tarifas de fornecimento de água e disponibilidade de contadores, para os seguintes valores: 1- TARIFA DE VENDA DE ÁGUA TARIFA (M3) TIPO DE CONSUMIDOR ESCALÕES 1- Doméstico 0 a 5m3 0.50 € 6 a 15m3 0.82 € 16 a 25m3 1.49 € Superior a 25m3 2.27 € 2- Comércio e Industria 0 a 50m3 1.60 € 51 a 200m3 1.80 € Superior a 200m3 1.96 € 3- Sem fins lucrativos Único 0.57 € 4- Serviços Públicos Estatais Único 1.91 € 5- Autarquias Locais Único 0.57 € 6- Provisórios Único 2.21 € 2-DISPONIBILIDADE DE CONTADORES VALOR MENSAL DIÂMETRO Até 15 mm 2.88 € 20 mm 4.48 € 25 mm 8.60 € 30 mm 10.92 € 40 mm 25.44 € 50 mm 44.29 € 60 mm 50.73 € 65 mm 54.38 € 70 mm 57.18 € 80 mm 63.35 € 100 mm 94.97 € MAIA, 23 DE OUTUBRO DE 2003 O PRESIDENTE DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO (ENGENHEIRO ANTÓNIO GONÇALVES BRAGANÇA FERNANDES)
TRIBUNAL JUDICIAL DA MAIA 5º Juízo Praça do Município 4470-202 MAIA Telef: 229438900 Fax: 229444473 correio@maia.tc.mj.pt
Anúncio Processo: 1945/2001 Carta Precatória (Distribuída) Extraída dos autos de Execução Sumária, Processo nº 245/A/95 do Vila Nova de Gaia - Tribunal Judicial Exequente: OLINDA CONCEIÇÃO PIRES Executado: CELSO HERMÍNIO DE ASSIS Nos autos acima identificados foi designado o dia 04-12-2003, pelas 14:00 horas, neste Tribunal, para a abertura de propostas, que sejam entregues até esse momento, na Secretaria deste Tribunal, pelos interessados na compra do(s) seguinte(s) bem/bens: - Fracção autónoma designada pela letra “A”, correspondente a uma habitação de rés-do-chão, do prédio urbano em regime de propriedade horizontal, sito na freguesia de Moreira, concelho da Maia, descrito na Conservatória do registo Predial da Maia sob o nº 00304/250288 - A, daquela freguesia e inscrito na respectiva matriz urbana sob o artº 1.994-A., penhorados ao Executado: CELSO HERMÍNIO DE ASSIS, estado civil: desconhecido, domicílio: Rua Ferreira de Castro 148, Oliveira do Douro, 4400 VILA NOVA DE GAIA Exequente: OLINDA DA CONCEIÇÃO PIRES, estado civil: desconhecido, domicílio: Rua João de Deus, nº2, 5460 BOTICAS Mandatário: Dr. António Jorge Almeida, estado civil: desconhecido, domicílio: Rua Dr. António Sousa Macedo, 39 - 1º, Sala 1, 4050 PORTO É fiel depositário LUCIANO FERNANDES, endereço: Rua Prof. Oliveira Andrade, nº 488, 4470 MOREIRA DA MAIA Preço Base do bem a vender: Igual ou Superior 70% de 47.779,85 Euros. Créditos reclamados pelo Ministério Público, no montante de € 206,50 e Fernando Joaquim Reis de Sousa e esposa Maria Odília Santos Ferreira Sousa, no montante de € 14.465,14, C/ mandatário a Dr.ª Fátima Rosa, c/ escritório na Avª D. Afonso Henriques, 815, 3º Ft., Apartº 2382, 4454 Matosinhos Codex, já graduados. Maia, 15-10-2003 N/Referência: 1047833 O Juiz de Direito, Dr. António Paulo D. Segura O Oficial de Justiça, Isabel Fernandes
Jornal Maia Hoje • 14 de Novembro de 2003
APARTAMENTO T2
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Sexta-feira 14 de Novembro de 2003
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Sexta-feira 14 de Novembro de 2003
fotoreportagem 31
Antecipação do Estádio do Dragão
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