SAI AOS 2O E 4OS SÁBADOS DE CADA MÊS
Director Artur Bacelar • Ano I • Nº 011 • 8 de Julho de 2000 • Quinzenal • 150$ - 0,75 €
MAIA Ed. Central Plaza, Loja 24 - Maia Telef: 22 944 36 87/88 Home Page: www.fnac.pt
Festas do concelho ao rubro
Foto arquivo: António Armindo Soares
2 949 09 04 ( 2(ver menú na página 30)
Piscina de Gueifães inaugurada hoje
Especial
3º Verão Cultural de Vermoim
pág. 15
Espectáculo Piromusical prometido para hoje
pág. 10
Zona Industrial da Maia I
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CENTRO DE INSPECÇÕES
Sector X
Feira de Artesanato um sucesso
pág. 11
Lote 384
Barca
4470 Maia
pág. 16 e 17
Tel. 22 9418287
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MAIA HOJE
Sábado, 8 de Julho de 2000
Breves Torre de Serviços da Maia vai ser inaugurada
Propriedade: MAIAPRESS Editores, Lda.
Artur Bacelar Director
REGISTADA NA CONS. REG. COM. DO PORTO COM O NÚMERO 1313 CONTRIBUINTE NÚMERO 504 786 954
Conselho de Administração: António Augusto Mandim Paula Rita Oliveira Manuela Sá Bacelar Director da Publicação: Artur Bacelar Chefe de Redacção: Oliveira e Sá Editor Local: António Armindo Soares (jornalista) Editor Desporto: Carlos Barrigana Directora Comercial: Paula Rita Oliveira Design / Paginação: Susana Patrícia Padr\ão Paulo Borges Colaboradores: André Leão Silva André Leonhartsberger Cristina Costa Enrique Goncalvez Fernando Sousa Francisco Alves Guilherme Costa Júlio Sá Ornelas Miguel Ângelo Miguel Teixeira Williams James Marinho Crónicas de opinião: Carmo Pinto Joaquim Gaspar Malta José Manuel S. Correia Luís Miguel Dias Mário Duarte Rui Leandro Maia Virgílio Noversa Gomes Distribuição: António Maia Padrão Redacção / D.Comercial / Distribuição Rua dos Altos, Edifício Arcada, loja 10 4470 - 235 Maia Telefone geral. 22 947 62 62 Telefax. 22 947 62 63 Redacção Directo. 22 947 62 64 Email: maiahoje@mail.telepac.pt
“Semana Positiva” Esta semana que passou, ficou caracterizada pelas festas do concelho. Este ano, até agora, a organização da comissão de festas tem sido impecável, vamos lá a ver se não temos hoje à noite um “apagão” como o vergonhoso “final de ano” organizado pela Câmara do Porto. Por falar em Câmara do Porto, é notório o mal estar que se vive entre paredes, na quarta-feira o Presidente da Câmara do Porto em comunicado algo “seco” recebido na nossa redacção, “despediu” Orlando Gaspar, até então número 2 da autarquia, para colocar no seu lugar Manuela de Melo. A feira de artesanato da Maia está no seu melhor, faltando apenas alguma dimensão nacional, com expositores das regiões centro e sul de Portugal, para que este evento tenha a dimensão que todos desejamos. A animação é de bom nível e condizente com o evento, o que se traduz em público numeroso, que timidamente, noite após noite tem composto o recinto da feira. Os “tabus” na Maia também já estão criados, ninguém sabe ao certo quando vai ser inaugurada a torre de serviços. Segundo a comissão de festas, estes têm uma garantia da presidência de que será no próximo dia 10, mas do gabinete de comunicação da câmara, nada recebemos que o confirme ou desminta. Já que falo de inaugurações, ao que parece hoje de manhã, vão ser inauguradas finalmente as piscinas de Gueifães, obra de valor reconhecido e que já foi alvo de polémica devido aos atrasos dos empreiteiros. Passamos também na rua de N. Sra. da Caridade em Vermoim e tivemos a possibilidade de constatar que finalmente as obras correm a bom ritmo e segundo fontes da construtora estará tudo pronto no principio de Agosto. Viva o Verão.
Segundo o Presidente da Comissão de Festas em Honra de Nossa Senhora do Bom Despacho, a “Torre de Cristal” como gosta de lhe chamar, ou como Vieira de Carvalho afirma chamar-se “Torre de Serviços”, será inaugurada no próximo dia 10 de Julho pelas 17 horas, aguardando-se ainda a confirmação camarária para o evento. O Maia Hoje está em condições de adiantar que caso não seja possível ter o edifício pronto para a data e hora marcada, pelo menos um piso estará em condições de ser visitado. A demora na colocação em funcionamento do edifício, segundo Vieira de Carvalho, prende-se pelo facto do concurso público para o mobiliário ser internacional e bastante complexo. De qualquer das formas nesse mesmo dia o Presidente da Comissão de Festas promete o lançamento da referida Torre de um fogo de artifício piromusical nunca antes visto, que será visível em todo o Concelho.
Filha de Vieira de Carvalho casa em Agosto Segundo informações obtidas, Ana Carvalho, filha do Presidente da Edilidade Maiata casará no próximo dia 5 de Agosto com Jorge Carvalho na Igreja Conventual de Moreira.
Foto REPORTER
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Metro do Porto
Atenção às alterações de trânsito
Devido às obras do Sistema de Metro do Porto que estão a decorrer na Maia, algumas artérias da cidade, serão encerradas. Numa primeira fase, progra mada para o início da se gun da
semana de Julho, será neces sário proceder ao encerra mento de parte da Rua Padre An tónio, correspondente aos dois pontos de intercepção com a Rua Simão Bolivar.
Maia Hoje Recorte e envie o cupão para a seguinte morada: JORNAL MAIA HOJE -Rua dos Altos, Ed. Arcada, 10 4470 - 235 Tel. 22 947 62 62 • Fax. 22 947 62 63 • Email: maiapress@mail.pt
Assim, nesta fase de trabalhos, o trânsito passa a processar-se pela Rua Simão Bolivar que passará a ter dois sentidos de circulação. De referir que, a construção da Troço da Maia é uma extensão da
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Linha Porto-Trofa. Esta variante totalmente à superfície - terá um extensão de 2,6 Km e contará com três estações: a Estação do Fórum, Estação do Parque e Estação de Gondim.
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GRANDEMAIA
Sábado, 8 de Julho de 2000
Encontro Nacional das Comissões de Protecção de Menores
Desacordo com a Lei
Realizou-se no passado dia 30 de Junho , no Instituto Superior de Educação da Maia (ISMAI) , o 4º Encontro Nacional das Comissões de Protecção de Menores (CPM´s.). Este evento, organizado pelas Comissões de Protecção de Menores da Área Metropolitana do Porto, contou na sua abertura com a presença de Vieira de Carvalho (Presidente da Câmara da Maia), Mário Neves (Vereador do Pelouro da Cultura da Câmara da Maia) e com Maria da Graça Barros (Vereadora do Pelouro da educação e acção Social da Câmara da Maia) também como coordenadora deste encontro. Texto: Artur Bacelar; Fotos: Patrícia Padrão
Com início às 10h00, ainda era cedo para que pudessem estar presentes grande parte das CPM`s previstas, oriundas de vários pontos do país. Contudo desde a primeira hora foi possível verificar uma afluência de público significativa, que se mostrava bastante interessado sobre este assunto. Esperava-se a intervenção de diversas personalidades e representantes de instituições e associações da protecção de menores em risco, como Maria José Gamboa -coordenadora da linha de emergência do PAFAC do Porto, representando-se aqui a nível pessoal e de assistente social, com longa experiência com menores em risco; Helena Lobo -representante da Associação de Pais da CPM de Valongo e da cooperativa de profissionais que trabalha com crianças em risco “ Mais Crianças”; João Romão- magistrado do Ministério Público e membro da CPM Maia ; Artur Trindade- da Associação Nacional de Municípios Portugueses; Dulce Rocha - Procuradora do T.F.M. de Lisboa, entre outras figuras com grande experiência dentro desta temática. Em entrevista ao “Maia Hoje” sobre o porquê deste certame envolvendo várias CPM`s do país e o porquê de ser na cidade da Maia, João Romão dizia-nos «Esperamos conseguir falar sobre a situação da actual legislação, mas também do nosso trabalho enquanto Comissões de Menores, pois todos os anos só nos reuníamos enquanto comissões da área metropolitana; Uma comissão nacional de protecção de menores em risco, normalmente não permite estas discussões, limitam-se a debitar as suas vontades e as suas conclusões, e não têm dado hipótese a uma abertura franca sobre esta realidade. Temos por isso vindo a receber apelos de outras comissões, para participarem também neste encontro, para que estes temas possam ser debatidos com outra amplitude» e acrescenta «a comissão nacional tem tido condutas extremamente deploráveis como por exemplo, fazer as alterações legislativas e para isso pedem sugestões e nós apresentamos um conjunto de sugestões, promete às comissões que essas sugestões serão enviadas para o parlamento, pura e simplesmente não as manda. Tem sido esta a prática, e têm criado este mau estar, e daí necessidade de nos reunirmos; Pretendemos manifestar o profundo desagrado relativamente à associação e à sua intervenção prática e por toda a evolução que se está a verificar a nível das várias comissões e das quais pensamos que a comissão nacional tem muito a haver com aquilo que se passa,
nomeadamente quando faz alterações legislativas e não as põem cá fora», e ainda segundo este magistrado «a legislação não existe, mas querem trabalhar como se essa legislação existisse». «Tentou-se realizar no Porto mas não encontramos disponibilidade de espaços adequados. A Maia tem vindo a ser uma das comissões mais activas nestes encontros, aliás foi por iniciativa da comissão da Maia que se começaram a fazer estes encontros. Este é o 4 º encontro mas o primeiro a realizar-se a nível nacional, organizado pelas CPM`s da Área Metropolitana e alargado a todas as CPM`s do País». M.ª José Gamboa , com larga experiência com menores em risco, questionada pelo “Maia Hoje” sobre qual o número de emergência nacional para os casos mais gritantes, acrescenta «não há exactamente um número de emergência nacional, há vários números para a emergência infantil a nível nacional. Nomeadamente, aqui no Porto, existe uma linha telefónica que se chama “ linha de emergência da criança maltratada” cujo numero é o 22.3321010; nas páginas amarelas e nas primeiras páginas das listas telefónicas vem também o numero de telefone da emergência do S.O.S. Criança, e vem outros serviços que podem também ajudar numa situação de emergência infantil». Sobre as queixas mais usuais de maus tratos e sobre esta realidade no nosso concelho refere «continua a ser ainda o isolamento e o abandono assim como as violações a nível sexual», mais propriamente no Concelho da Maia acrescenta «felizmente este não é um concelho dos mais críticos a nível
nacional, longe disso» disse. Em relação a este encontro afirma « Este encontro reflecte uma enorme preocupação das pessoas que têm vindo a dedicar muito tempo à avaliação das situações das crianças em risco, e que continuam muito insatisfeitas por uma não resposta adequada a estas situações, penso que é um espaço mais para reflexão, debate e construção de informação, sabemos pouco sobre estes mundos da infância» . Helena Lobo, também com larga experiência neste campo abordou a importância dos pais na vida da escola e refere a Lei 27 de Novembro de 1990 em que o direito dos pais é acrescido na sua participação em relação à vida escolar do seu filho. Esta lei prevê igualmente a intervenção dos pais nas assembleias escolares nos concelhos pedagógicos e de turma, mas considera que esta situação ainda está longe de ser satisfatória. Helena Lobo ressalta ainda que os problemas maiores que surgem estão relacionados com o absentismo e o abandono da escolaridade obrigatória. «São problemas de ordem sócio-familiar, relacionados muitas vezes com o stress do dia-a-dia, da deslocação demorada dos pais para o trabalho, e do pouco tempo que estes podem dedicar aos seus filhos e à tarefa escolar deles. Os jovens não têm muitas vezes projecto de vida definido, e não vêem na escola suporte para a sua vida futura». Entre outros trabalhos de terreno, que têm vindo a desenvolver nomeadamente em relação a transferências entre turmas e escolas, por exemplo, destaca o envolvimento que tem de existir entre todos os parceiros com quota de responsabilidade no acompanhamento
da criança, ou sejam os pais, a escola, os professores e toda a sociedade em geral. Entre outros projectos que esta escola de Valongo têm vindo a desenvolver no intuito de motivar os jovens para a escola , ressalta-se o “9º Ano + 1” como projecto destinado a jovens que já com 15 anos (feitos até 15 Setembro) que frequentam ainda o 9ºano. Este projecto apresenta-se como uma alternativa ao jovem para que este possa concluir os seus estudos, com qualificação nível II. Artur Trindade, frisou por seu lado também a questão da legislação que se encontra desadequada à realidade Portuguesa e a «teimosia do legislador agir só segundo a sua verdade absoluta» e acrescenta «as autarquias têm obviamente de obedecer às regras concretas mas não se transfere competências por um mero artigo, mas efectivamente pela “Mochila Financeira”, com meios financeiros que suportem todo este processo. A Lei transferiu a responsabilidade para as Câmaras, sem ter sido ouvida a Associação dos Municípios, a lei é confusa , não sabemos como agir e gera-se constantemente uma instabilidade. Sugerimos um quadro de referência , onde deveriam estar estabelecidos parâmetros - quem tem que fazer o quê e quem paga o quê». Para o “Maia Hoje” ficou por um lado bem definido o desacordo comum em relação à actual legislação sobre a protecção de crianças e jovens em perigo, como uma lei desadequada à realidade do país e muito longe ainda de ser satisfatória, por outro lado, a necessidade de existirem este tipo de encontros para poderem ser debatidos estes problemas e serem tomadas posições importantes sobre este assunto.
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Meio Ambiente
Lipor premiada por causas ambientais Duas entidades de prestigio na área ambiental reconheceram o papel da Lipor enquanto promotora de uma melhor qualidade de vida e meio ambiente. O prémio “Autarquias”, atribuído pela Revista Fórum Ambiente e um prémio no concurso “Cidades Limpas”, da responsabilidade do ministério do ambiente em conjunto com a APESB (Associação Portuguesa para estudos de Saneamento Básico) são verdadeiros incentivos à continuidade do trabalho desenvolvido por aquela empresa e à participação das populações. Artur Bacelar
Fazendo uma exposição sobre o sistema integrado de gestão da qualidade de vida, bem como da certeza de um futuro seguro das populações que integram os 8 municípios que compõem a Lipor, esta empresa concorreu e saiu vencedora do competitivo prémio “Fórum Ambiente”. A este prémio podiam concorrer projectos desenvolvidos por autarquias locais, empresas municipais e associações de municípios integrados nas áreas de gestão dos espaços verde/áreas naturais, implementação de projectos de gestão de resíduos e de educação ambiental entre outros projectos, enquadrando-se a Lipor nesta área. A “Fórum Ambiente” é uma Revista do grupo Fórum, sendo um grande marco no meio jornalístico ligado a questões ambientais. A sua actividade começou há seis anos, sendo pioneira nesta temática em Portugal, tendo posteriormente desenvolvido outros projectos de defesa do ambiente através da comunicação. O ministério do ambiente (por
intermédio do instituto de resíduos) e a APESB, premiaram também a Lipor no “tema geral” do concurso promovido conjuntamente sob o tema “cidades limpas 1999/2000”. Na candidatura a este concurso cujo tema principal era “A gestão apropriada dos resíduos sólidos urbanos”, a Lipor apresentou os seus projectos da “rede de medida da qualidade do ar da área metropolitana do Porto” e o “plano director de resíduos sólidos”. Esta iniciativa surge na sequência das edições anteriores, sempre na disposição de distinguir os esforços das autarquias, suas associações e a colaboração das populações na área da gestão de resíduos urbanos. De referir que os prémios simbólicos atribuídos (diploma, bandeira e 250 contos em dinheiro), não são naturalmente aquilo que motiva a Lipor, sendo que o reconhecimento do seu trabalho em prol de um ambiente melhor nas cidades é de facto o verdadeiro elemento motivador que orgulha a empresa e as populações que a integram.
Separa os lixos nas praias do norte
A “aventura” da reciclagem contínua No passado dia 5 de Junho, a Lipor e a sociedade “Ponto Verde”, com a participação de responsáveis das seis autarquias envolvidas (Espinho, Gondomar, Matosinhos, Porto, Póvoa de Varzim e Vila do Conde), em ambiente de festa, lançaram a campanha de sensibilização “Praias 2000” tendo o local escolhido para esta acção sido a praia de Leça. Artur Bacelar
Segundo a Lipor “Pretende-se sensibilizar os cidadãos para a importância da separação de resíduos de embalagens nas praias. A Lipor, vai assim instalar equipamentos de recolha selectiva de resíduos, nas praias mais concorridas dos municípios da sua área de intervenção, aproveitando o inicio das férias dos Portugueses”.
Esta campanha pretende ser uma motivação extra, para uma prática diária de separação de resíduos. Paralelamente, será desenvolvida de forma itenerante durante os meses de Julho e Agosto (com o apoio de uma caravana que servirá de Centro de Informação e divulgação móvel para o contacto directo
com os cidadãos, facilitando visitas, consultas e sensibilização interactiva), a divulgação da importância da reciclagem no destino dos resíduos sólidos urbanos. Esta caravana percorrerá num total 14 praias dos 6 concelhos litorais da Lipor, ao longo de 60 dias de acção, são elas: Praia Azul (Concelhos de Póvoa de Varzim e Vila
do Conde); Matosinhos Sul, Cais, Leça da Palmeira norte, Leça da Palmeira sul, Memória, Angeiras, Marreco/quebrada (Concelho de Matosinhos); Molhe e Homem do Leme (Concelho do Porto); Baía e Bola de Nívea (Concelho de Espinho) e a praia fluvial de Zebreira no rio douro (Concelho de Gondomar).
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Prémio “O Melhor Condomínio da Maia”
Um pódio distribuído a dois Com o propósito de proporcionar a motivação da preservação e melhoramento dos prédios e áreas envolventes dos empreendimentos de habitação social, o concurso “O Melhor Condomínio da Maia”, edição 2000, teve dois vencedores, o condomínio do Edifício 1 do Meilão, entrada 327, em Águas Santas, e o condomínio na Rua Gonçalo Mendes da Maia, número 1197, em Pedrouços. A cerimónia de entrega dos prémios, realizou-se na manhã do passado sábado, dia 1, no Salão D. Manuel I, no edifício da Câmara Municipal, cabendo a Vieira de Carvalho e António Domingos Tiago esta missão. António Armindo Soares
Vieira de Carvalho no acto de entrega dos prémios, referiu que apesar do carácter simbólico desta iniciativa, os seus prémios são muito importantes para as pessoas que vivem nos complexos de habitação. “Estamos aqui todos a comemorar uma boa causa e o mérito vai para os seus moradores”. Para o vereador da habitação da Câmara Municipal, António Domingos Tiago, recordou que o prémio tem o simbolismo e o propósito de “potencializar todos os dias uma convivência e uma harmonia entre os seus moradores”, e que tem “um cariz imaterial. As relações adicionais devem acontecer todos os dias, no vosso quotidiano, numa relação muito positiva e de grande respeito pelo próximo”. Criado em julho de 1998, o prémio “O Melhor Condomínio da Maia” tem como finalidade incentivar os moradores dos prédios de habitação social a zelarem pelo bom funcionamento e cuidarem das suas áreas de lazer , incutindo igualmente a promoção de uma fecunda relação de vizinhança, para que as acções do município, que “visam a criação de condições para que a integração das famílias realojadas se processe de uma forma efectiva e harmoniosa e constituam verdadeiros factores mobilizadores das capacidades e colectivas e de promoção da consciência de cidadania”. Em exequo, o condomínio do Edifício 1 do Meilão, entrada 327, em Águas
Santas, e o condomínio na Rua Gonçalo Mendes da Maia, 1197, em Pedrouços, venceram o prémio “O Melhor Condomínio da Maia”. Os dois condomínios premiados, além de uma placa, em inox, para ser afixada nos respectivos prédios, receberam um cheque de 400 mil escudos cada, para melhoramentos. No segundo lugar, ficaram três condomínios, que levaram 300 mil escudos cada: o Edifício 2 do Meilão, entradas 361 e 363, em Águas Santas, e o condomínio do Gaveto, na Rua da Arroteia, em Pedrouços, e o da Travessa dos Maninhos, na freguesia de Gueifães. No terceiro posto ficaram o condomínio do Edifício 3 do Meilão, entrada 399 e 401, em Águas Santas e da Rua da Arroteia, entrada 234 a 264, em Pedrouços, ambos contemplados com o valor de 100 mil escudos. A missão do júri- constituído pelo vereador António Domingos Tiago, que presidiu, pelo director do Departamento do Desenvolvimento Social, Francisco Lemos, e pelo representante da Renovarum, Inácio Fialho de Almeida- foi a avaliar o estado geral do edifício, em particular das suas zonas comuns; o estado geral das áreas ajardinadas e de lazer envolventes que lhe estão adstritas; a realização de eventos de carácter socio-cultural e as relações de solidariedade promovidas para os mais carenciados.
Na Igreja Conventual de Moreira
III Encontro Vicarial de coros Litúrgicos Realizou-se no passado dia 2 de Julho, na Igreja Conventual de Moreira, o Terceiro Encontro Vicarial de coros Litúrgicos. Neste encontro participaram 8 coros: Coro Paroquial de Corim; Coro da Nossa Senhora da Assunção (Paróquia de Gueifães); Coro da Nossa Senhora da Caridade ( Paróquia de Vermoim); Coro da Paróquia da Maia; Coro Divino Salvador (Paróquia de Moreira); Coro Gregoriano (Paróquia da Maia); Coro de Santiago de Milheirós; Grupo Coral Dominical Litúrgico (Paróquia de Moreira).
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Correios mais eficientes
Nova estação do Outeiro Inaugurou no passado dia 16 de Junho a nova estação de correios do Concelho. Localizada na Zona Industrial da Maia III, as novas instalações albergam também o novo centro de distribuição postal da Maia. Contrastando com o “habitual” mau humor de alguns funcionários da estação da Maia, a recepção nesta estação é condigna de quem está no lugar de cliente. Parabéns CTT. Artur Bacelar
Ao acto de inauguração das novas instalações ocorreram diversas personalidades autárquicas e dos quadros dos CTT, entre os quais se destacaram as presenças de Vieira de Carvalho (Presidente da Câmara); Domingos Tiago (Vereador) ; Costa Lima (Vereador); Emílio Rosa (Presidente do Conselho de Administração dos CTT) e António Soares (Director de Comunicação e imagem dos CTT). Com um investimento de mais de 64.000 contos, as novas instalações ocupam uma área útil com cerca de 1000 metros quadrados que irão servir 14 freguesias do concelho, com uma população estimada de 104.000 habitantes, representando um “trafego” diário de 56.000 cartas, 1500 registos e 25 expedições. A estação dos correios do Outeiro, têm 3 balcões de atendimento, duas cabines telefónicas e 450 apartados, funcionando num horário próprio para atender as necessidades das empresas que vai das 8.30 às 12 e das 15 às 19 horas. Vieira de Carvalho diria a propósito que lamenta o facto de esta estação não abranger a totalidade das 17 freguesias do concelho, pois cerca de 30.000 habitantes da Maia, ainda são abrangidos pela estação de Ermesinde que engloba as
populações de Águas Santas e Pedrouços. Segundo Maria do Céu Faria, de 31 anos, chefe da estação do Outeiro, o objectivo principal desta estação é captar o serviço dos clientes da área, dado tratarse de uma zona industrial muito importante. Os clientes já sentiam a necessidade desta estrutura, pois tinham que se deslocar a Moreira ou ao Castelo para expedir correio, o que lhes ficava muito deslocado da zona de trabalho. A mesma interlocutora diria ainda que a estação é bastante moderna e funcional, com um bom painel de apartados e com um horário adaptado às necessidades das empresas. Os dados de comparação ainda não estão disponíveis, mas pensa-se que as estações de Moreira e do Castelo foram a par dos clientes as mais favorecidas com a distribuição de serviços. Quanto à “central” de distribuição, ficamos a saber que o correio que era separado na estação da Maia, agora é feito na totalidade neste local, pelos carteiros que depois saem para os respectivos giros pelas freguesias, acabando por completo com a separação que era efectuada na estação da Maia, simplificando os procedimentos, até para dar seguimento a um novo processo que está a decorrer.
Falamos ainda sobre esta “central” com Senhorinha Semanas, supervisora, que nos disse que o processo ali implantado não veio “acelerar” o serviço,
pois o correio normal continua a demorar de 2 a 3 dias, com o processamento a ser efectuado ainda durante o horário de expediente.
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No agrupamento escolar da Maia
Água fonte de vida Desde o dia 4 de Julho, que está patente na escola de primeiro ciclo da Maia, junto às bombas da Idemitsu da cidade, uma exposição/ memória final, subordinada ao tema “A água, Fonte de Vida, o Meio Ambiente e os Desportos Náuticos”. Artur Bacelar
O agrupamento escolar da Maia, é constituído pelo jardim de infância e escola de primeiro ciclo da Maia. Enquadrado no projecto educativo europeu (programa Sócrates/Coménius acção 1), este agrupamento levou a cabo durante o ano, conjuntamente com escolas de Espanha e da Grécia vários estudos e trabalhos cuja temática principal era a água. Segundo Ana Maria Lobo, presidente do conselho executivo desta escola, a temática foi dividida pelos três países para aprofundarem cada um tema, tendo a escola da Maia aprofundado a temática da “água, fonte de vida”, a escola espanhola o “rio Ebro” e o “meio ambiente”, e finalmente a escola da Grécia, que fez a sua incursão pela temática dos “desportos náuticos” e algumas “ribeiras” locais. A partir deste ponto, foram feitas programações durante o ano com os diferentes níveis escolares, segundo o programa do curriculum nacional, em que procuraram tocar os três temas, tendo feito uma abordagem mais específica do tema “água fonte de vida”. A exposição estende-se por uma área razoável da escola, espelhando bem o trabalho desenvolvido pelos professores e alunos. A pré e o primeiro ano estudaram a utilidade da água, o segundo e terceiro ano estudaram o ciclo da água e quarto ano que é o último ano do 1º ciclo dedicou-se ao estudo dos rios, da poluição, da produção de energia eléctrica, que incluiu uma visita a uma barragem. Durante este trabalho houve uma partilha de experiências e conhecimentos, com as outras duas escolas envolvidas no projecto, onde foi possível visitar a escola de Santander (em Espanha) e a Skopelos (na Grécia), onde aferiam a programação e uma avaliação contínua do trabalho a desenvolver. Em Portugal e mais concretamente nesta escola da Maia, estiveram envolvidos aproximadamente 300 alunos, não sendo
Quanto pesa um ovo ?
possível contabilizar os “efectivos” de Espanha, embora se saiba que na Grécia a participação foi menor, uma vez que apenas três professores agarraram o projecto. O financiamento do projecto é feito pelo programa Sócrates, e rondará os 400 contos em material de desgaste, sendo as viagens financiadas à parte. Paralelamente a esta mostra, uma outra de âmbito diferente teria envolvido os alunos durante o ano lectivo, onde estes tiveram oportunidade de contactar com a natureza. Na ocasião tivemos a oportunidade de “espreitar” trabalhos de alunos que descreviam o crescimento das plantas e animais, nomeadamente o tremoço e Coelhos. Na plantação os alunos poderam ver crescer a famosa planta (já que estamos em alturas de futebol, o chamado marisco do Eusébio), que serve
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de “petisco” aos mais velhos a acompanhar a cervejinha. Na criação, os coelhos que foram baptizados com nomes próprios, tendo a oportunidade de assistir ao seu crescimento (nem todos os animais, porque ao que parece um dos coelhos terá desaparecido durante o fim-de-semana, o repórter está em condições de afirmar que não foi ele, pois não é apreciador da iguaria Portuguesa “à caçador”). No final fomos surpreendidos com uma mesa de experiências onde se testava os conhecimentos de “massa e peso”, onde a pergunta quanto pesa este ovo? (um ovo normal de galinha), merecia as mais variadas respostas entre as 50 e as 300 gramas, tendo-se verificado que na realidade andavam por volta das 50-60, contrastando com um enorme ovo de avestruz que esse pesava 1,3 quilogramas. Outra experiência era a da flutuação do ovo
que colocado numa tina com água normal, se este estivesse em boas condições iria ao fundo e outro que não tinha a frescura da data em que viu a luz do sol, flutuava como um banhista em praia algarvia. A densidade também foi testada com uma tina saturada com água salina em que o ovo devido a sua massa e à densidade da água flutuava. Por fim a professora, que algo divertida explicava a “miúdos e graúdos” estas experiências, finalizou com o “teste” do ovo mergulhado num copo de vinagre, onde como “passe de magia” o ovo ficava despido da sua casca. Embora de magia se não tratasse ficamos surpreendidos com o que nos foi dado a ver, e a ideia de que o futuro nas escolas é negro, ficou, pelo menos momentaneamente, esquecido na nossa mente. Nota 20 para os professores do agrupamento escolar da Maia.
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NOVA COLECÇÃO PRIMAVERA/VERÃO
SEMPRE A PREÇOS SEM CONCORRÊNCIA
FREGUESIAS
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VERMOIM
3º Verão Cultural
Vermoim anima as noites da Maia Já vai na 3ª edição o programa “Verão Cultural de Vermoim” da junta de freguesia local. O esforço que esta junta de freguesia tem vindo a desenvolver no campo cultural é apreciável, carecendo no entanto de informação junto da população em geral, coisa de menos importância, dado o leque variado das “estrelas” e o esforço financeiro desta “pequena” junta de freguesia. Artur Bacelar
Tudo começou já lá vão 3 anos. A junta de freguesia nessa altura tinha no “pelouro” da cultura, António Augusto Mandim que conjuntamente com o senhor Maia, criaram a ideia da “semana cultural”, prontamente abraçada pelo presidente e restantes membros do executivo. Durante o ano foram desenvolvendo várias actividades de considerável êxito, onde destacamos mensalmente as noites de poesia, actividade esta ao melhor nível do que temos assistido, mesmo a outros “níveis”. Este ano apesar da substituição de António Augusto Mandim, a equipa já com Carlos Pedro, soube progredir e deitar mãos à obra, criando um programa vasto e de bom nível para uma freguesia. Já durante as montagens de exposições e espectáculos vimos os elementos do executivo à última hora, de prego e martelo na mão, dando os últimos retoques, para que tudo corresse pelo melhor. Este verão cultural precoce (que teve o seu inicio em 27 de Maio), irá ter um final
mais maduro (a 9 de Setembro). Começou na data já mencionado com a Feira do livro de Vermoim, continuando já no mês passado com uma exposição de arte contemporânea. Ainda durante o mês de Junho, foi a vez da música ter o seu inicio, dando também por abertas as actividades ao ar livre. O “palco” escolhido foi à semelhança dos anos anteriores o lago dos Maninhos por onde desfilaram durante 4 dias (21, 22, 23 e 24) Ivone, Bruno, tunas universitárias, ranchos folclóricos, os “Boeing”, Maria Lisboa, o grupo de dança Jazz da PIDM, Sérgio Rossi e a Banda da Região Militar do Norte. Infelizmente não nos foi possível assistir a grande parte dos espectáculos (alias como grande parte da população de Vermoim) devido a não termos sido informados destas actividades. Mesmo assim na noite de S.João, passamos ocasionalmente na zona dos Maninhos e ainda tivemos tempo de apreciar a exibição de Maria Lisboa, bem como ao
Capitão Lemos Botelho, dirigindo superiormente a Banda
espectáculo de fogo de artificio com cerca de 5 minutos que entusiasmou os presentes já animados com a música “popular” da cantora residente em Vermoim. Na noite do dia 30 a banda da região militar do norte era o tema forte do dia, tendo para o efeito sido montado um palco de razoáveis dimensões (ou como nos rectificou Aloisio Nogueira, presidente da autarquia, dois palcos)para albergar os cerca de 70 elementos que a constituem sendo classificada como uma banda do “tipo A”. Durante a tarde, o tempo auspiciava uma noite memorável, apesar da “concorrência” da comissão de festas da cidade da Maia que em palco montado lá para os lados “das pirâmides” da entrada da Maia, prometia uma noite também em cheio com “João Pedro Pais” de que damos conta em reportagem à parte neste jornal, mas como dizia, nada fazia prever a chuva copiosa que cerca das 8.30 teimou em aparecer para nunca mais
parar. Apesar do contratempo, os ânimos não desmoralizaram e numa pequena pausa que se fez sentir, a população lá foi aparecendo, formando uma “mole” com cerca de 200 pessoas que se deleitaram com os primeiros sons dos instrumentos da banda ouvidos eram cerca das 22 horas. Cadetes do diabo, foi a marcha de concerto que abriu o espectáculo, talvez em jeito de “paga” a S.Pedro. A banda que era dirigida pelo capitão J. Lemos Botelho, já dissemos era militar, mas os acordes ouvidos eram celestiais tamanha era a qualidade das execuções musicais. No dia 27 deste mês pelas 21.30, a junta, em panfleto entregue ao nosso jornal, promete a “Banda Marcial de Moreira”, para, no largo da Igreja dar um concerto, terminando o “verão” no dia 9 no centro Socio-cultural do sobreiro com uma peça de teatro, cuja autoria e participações desconhecemos.
Maria Lisboa “jogando em casa”, animou o S.João de Vermoim
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FESTASDO CONCELHO
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Comissão de festas da Nossa Senhora do Bom Despacho da Maia
A promessa de um fogo inigualável A primeira procissão em honra da Nossa Senhora do Bom Despacho remonta ao longínquo ano de 1734, numa altura em que “desde Esposende até Aveiro as pessoas saíam à rua para participar nesta romaria”. Orçadas em cerca de 36 mil contos, a comissão de festas, na figura de Francisco Martins Coelho, promete para este ano, entre muitas outras coisas, um fogo de artifício “inesquecível”. Miguel Ângelo Machado e Artur Bacelar
Francisco Martins Coelho, 60 anos, director comercial, anda já nestas andanças há 40 anos e é o presidente da Comissão de Festas, grupo esse que envolvendo 24 pessoas é “uma comissão bastante tradicionalista, faço parte de um último reduto. Antigamente as comissões eram revezadas de dois em dois anos, agora só existe uma”. Numa altura em que uma das apostas principais consiste em “ter no futuro uma comissão jovem. Já nesta comissão temos alguns elementos jovens. Mas isso não é fácil.” Francisco Coelho explica a relação intrínseca existente entre esta comissão e a paróquia da Maia, “somos descendentes da paróquia, todos nós estamos ligados à Igreja. Eu e alguns dos elementos fazemos também parte da comissão fabriqueira. A comissão que, normalmente é eleita faz todas as festas referentes ao ano e não só as Festas da Nossa Senhora do Bom Despacho. Em resumo, a comissão das festas da paróquia e da Nossa Senhora do Bom Despacho são uma só.” Ciente das alterações e evoluções que este tipo de acontecimentos sofrem, Francisco Coelho faz bem a distinção entre passado e presente e revela a vontade de manter uns aspectos e inovar outros “nestas festas há a parte profana e religiosa e nós tentamos manter essa tradição religiosa. Mas já não é bem o que era, já não há o romeiro, as rusgas que logo de manhã cedo vinham à rua. Ainda me lembro, quando vivia no Souto, que toda a gente que vinha do Sul entrava por aí e ás seis da manhã já existiam rusgas nas ruas, com pessoas com o seu farnel para o resto do dia. Mas trata-se de uma festa que se mantêm, ainda, com muita tradição. Há aspectos que foram evoluindo tecnologicamente mas o rancho ainda é o que era, aliás, antigamente os próprios romeiros vinham com o rancho. Era um encontro de todo o povo, mas no momento actual ainda temos muita afluência, por exemplo, mesmo que esteja bom tempo, as pessoas ainda preferem esta romaria à praia e ao passeio. Temos ainda um festival de folclore que este ano já vai na 14ª edição o que prova a nossa vontade de manter certas tradições.” A devoção à Nossa Senhora do Bom Despacho, sendo muito antiga, era muito
sentida pelos pescadores e pelas parturientes (de onde virá, possivelmente o nome “Bom Despacho”), daí que sendo uma romaria que atraia muita gente era especialmente sentida “junto à costa litoral”. Francisco Coelho, é um homem muito ocupado, mas mesmo assim, é “raro o dia em que deixo coisas para fazer para o dia seguinte”, queria dar à festa deste ano um carácter o mais geral possível, para isso, tentou colocar em práctica a ideia “de um concurso a nível das escolas do concelho, de “Karaoke” com a final na Maia, mas como coincidia com os exames não foi possível levar este projecto para a frente.” No entanto, a procissão religiosa abrange todo o concelho, com a excepção da paróquia de Barca, “para envolver
a religiosidade e todas as paróquias da Maia fazemos a procissão, evento que já não ocorre em muitas festas. As paróquias respeitam um tema que nós propomos, o deste ano é “as cruzes paroquiais”, com o juíz da cruz de cada freguesia.” Toda a organização desta festa envolve custos elevados, divididos, por exemplo, em iluminação e fogo, que este ano ao ser lançado da torre de serviços da Maia, acompanhado por músicas clássicas de “grandes orquestras” pretende ser avistado em todo o concelho da Maia “se o bom tempo nos ajudar será inesquecível”. Os principais custos são suportados pela Câmara Municipal da Maia, sendo a figura de Vieira de Carvalho, como afirma, entre risos, Francisco Coelho, “o nosso padroeiro”. No entanto, “há um patrocínio sentimental, dado pelas verdadeiras famílias da Maia, que no fundo, são o lugar do Souto, Outeiro, entre outros, que são pontos de referência na Maia. Aquela zona
junto à Igreja é um lugar muito tradicional, não há edifícios muito modernos e lá as pessoas levam a mal se a comissão não for lá bater à porta porque tratam-se de colaborações sentimentais e nós nunca abandonaremos essa situação.” Confrontado sempre com o dilema de conciliar os diversos gostos dos habitantes da Maia, Francisco Coelho tenta explicar como tem actuado a sua comissão de festas “este ano fizemos uma coisa curiosa, muitos daqueles que nós chamamos de “os novos maiatos”, que serão os futuros maiatos, receberam em casa uma brochura que interrogava o porquê, de quando e para quê destas festas. Muitas destas pessoas vêm do Minho e das Beiras, Trás-os-Montes, zonas onde nasceram as romarias e não consentem que se atirem foguetes, que se corte o trânsito. Isto é um assunto um pouco melindroso, mas a romaria é isso mesmo, ainda que respeitemos toda a gente.”
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FESTASDO CONCELHO
Sábado, 8 de Julho de 2000
No Zoo da Maia
Noite Grande
No programa das festas do concelho a que estamos a dar ampla cobertura, a noite do dia 3 era preenchida com a abertura nocturna da exposição “Arca de Noé”, no zoo da Maia, que a Junta de freguesia local leva a cabo na versão nocturna, com início nos festejos em honra da padroeira maiata e a actuação no palco da feira de artesanato do Rancho Regional de S. Salvador de Folgosa que daremos conta noutra página. O que é certo é que agradavelmente, fomos surpreendidos por outras iniciativas, como já é apanágio de Carlos Teixeira o líder incontestado da junta da Maia.
Artur Bacelar
A noite estava fresca e alguns chuviscos experimentavam as cerca de 250 pessoas presentes no jardim de N. Sra. do Bom Despacho. Ao chegarmos ao local, ainda eram poucos os convivas e os convidados ainda não tinham chegado e o panfleto publicitário das festas tinha ficado na viatura, pelo que na altura ficamos na dúvida se a exposição aberta seria a dos répteis ou a “Arca de Noé”, tendo sido prontamente esclarecidos por Carlos Teixeira que não era uma mas sim as duas que estariam a partir daquele momento abertas ao público, revertendo as receitas para a comissão de festas que segundo nos disse “é mais fácil colectar dinheiro desta forma do que bater de porta em porta e ao mesmo tempo prestar um bom serviço à comunidade”. Antes de entrarmos na exposição que já conhecíamos e da qual já demos conhecimento em edições anteriores, reparamos num grupo numeroso de escuteiros que lentamente “invadiam” o jardim. Curiosos fomos ver o que se tratava e deparamos com o descerramento de uma placa onde os escuteiros do “agrupamento do corpo nacional de escutas” de águas santas s e comprometiam a apadrinhar os patinhos que estão no referido jardim, a propósito mais uma vez Carlos Teixeira dizia-nos que estava “muito feliz com a iniciativa e com o envolvimento da comunidade maiata nas actividades do zoo, indo esta iniciativa de encontro ao tão falado projecto de Associação de Amigos do Zoo” que o próprio tanto deseja. Mas as surpresas não se ficaram por aqui e Carlos Teixeira ao ver-nos surpreendidos sorria e dizia “na junta da Maia trabalha-se”, enquanto escutávamos os sons de uma guitarra portuguesa que nos chamou a atenção. Na realidade, mais uma surpresa de Carlos Teixeira esperavanos “ sem querer fazer concorrência a nenhum evento, os quais muito respeitamos” dizia, “em colaboração com o Rotary Clube da Maia, juntamos um grupo de pessoas que hoje vieram aqui escutar o bom fado de Coimbra, interpretado por estudantes mesmo de Coimbra. Colocamos aqui 200 cadeiras e que estão cheias para provar que é possível cativar as pessoas para estas iniciativas enquadradas nas festas do concelho, neste belo jardim !”. A par destas iniciativas estava patente também uma nova exposição de aves exóticas que os visitantes poderão de forma gratuita apreciar á noite durante os meses de Julho e Agosto. Outra das mais recentes novidades é a “Lojinha do Zoo”, onde os visitantes poderão levar uma recordação do espaço, contribuindo assim para o engrandecimento do mesmo. Da parte da Câmara Municipal, bastante activo têm estado o vereador Costa Lima que mais uma vez encontramos nas iniciativas levadas a cabo em honra da padroeira.
Placa descerrada por Carlos Teixeira
Os fadistas universitários de Coimbra “aqueciam” as guitarras para uma grande noite
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FESTASDO CONCELHO
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Festas do Concelho da Maia
João Pedro Pais anima noite chuvosa Foi com alguma chuva que a Maia recebeu, na passado dia 30, um dos grandes nomes da música pop portuguesa do momento, João Pedro Pais, que fez aquilo que todos nós esperavamos: deu um bom concerto e animou a malta !
Texto: André Silva; Fotos: André Leonhartsberger
Nada fazia prever que o desfecho seria aquele, afinal durante o resto da semana o tempo tinha estado de acordo com aquilo que esperamos do Verão : quente e seco ! Mas também já sabemos que nestas coisas nem sempre podemos contar com a ajuda divina, S.Pedro deciciu, está decidido : sexta-feira chove ... e choveu ! Mas isso não foi suficiente para demover as cerca de 2000 pessoas que quiseram ainda assim “fintar” a chuva e apreciar o concerto, aproveitando entremeio para comer uns algodões doces e dar umas trincas numas “farturas”. O local escolhido, foi junto ao monumento à comunidade Maiata (mais conhecido por “pirâmides” ), o que em abono da verdade, não é de facto o local mais indicado para este género de eventos, uma vez que se torna um pouco incaracterístico e por vezes “frio”, para além de que a proximidade da estrada nacional não deixa nenhuma mãe descansada ... mas isso são outras contas. João Pedro Pais, teve o seu primeiro contacto com o grande público através do programa Chuva de Estrelas, onde a sua interpretação de “Ao Passar do Navio” dos Delfins, deixou boas memórias chegando ao segundo lugar na final. Com a experiência de muitos espectáculos como o Páteo de Santána ou o Xafariz, João Pedro Pais foi moldando a sua personalidade musical, onde a temática romântica impera, algo que se pode facilmente verificar no seu primeiro trabalho “Segredos”, donde sairam dois singles que de certo todos conhecem, falo de “Ninguém (é de Ninguém) e Louco (Por Ti )”. Quanto ao seu segundo trabalho, “Outra vez”, João Pedro Pais trabalhou com o conceituado produtor Luís Jardim, músico Português há muitos anos radicado em Londres cujo impressionante currículo inclui trabalho com muita gente como George Michael, Peter Gabriel ou Paul McCartney. Com todo este vasto currículo, em tão curto espaço de tempo, era natural que as pessoas aguardassem com alguma expectativa a actuação de sexta-feira. O concerto começou eram cerca das 22:30 (estava agendado para as 22), altura em que a chuva começava a incomodar verdadeiramente os presentes, que ainda assim não arredaram pé, estavam ali até ao fim ! Foram 6 os elementos que
acompanharam João Pedro Pais, a saber: um guitarrista, um baixista, um baterista, um teclista e manipulador de “samples” e “loops”, dois backing vocals, e tudo isto extremamente bem afinado e oleado. O resultado foi sem dúvida um som bastante “cheio” e de boa qualidade, mas que ainda assim não deu para disfarçar algumas dificuldades, sobretudo ao nível do som de guitarra, que nem sempre pareceu nas melhores condições. João Pedro Pais mostrou-se bastante dinâmico em palco, extremamente comunicativo e sempre com uma pose muito descontraida e simpática, que o público Maiato apreciou, tendo inclusivé entoado alguns cânticos alusivos à cidade , aos quais os músico respondiam alegremente, tendo-se criado uma interactividade entre o público e a banda extremamente curioso e saudável. Sempre que o tempo fazia das suas, via-se uma quase imediata reacção dos músicos por forma a animar o público, tendo João Pedro Pais expressado o seu agradecimento a toda aquela gente por ter saido de casa, numa noite não muito convidativa. O alinhamento do concerto encontrava-se bem equilibrado, seguindo-se quase sempre a uma música mais intensa um momento mais intimista, e esta actuação teve uma boa dose destes momentos, todos eles bem executados. O ponto alto da noite foi sem dúvida quando os primeiros acordes de “Louco (Port Ti)” se fizeram ouvir, altura em que o público se mostrou verdadeiramente animado, e em que uma interpretação esforçada, que acabou por resultar muitíssimo bem, fez as delícias de quem ouviu. Eram já perto das 11 e 50 quando os últimos acordes se fizeram ouvir. João Pedro Pais ainda brindou o público com um encore, uma clara demonstração do seu agradecimento. No final todos tinham a certeza de terem tomado a atitude certa ao sairem de suas casas. As caras satisfeitas dos presentes atestava o sucesso desta iniciativa, de certeza que ninguém deu por perdido o seu tempo. Fica no entanto a sugestão a quem de responsabilidade, que urge o aparecimento na cidade da Maia, de um local que contenha as infraestruturas necessárias para este tipo de eventos, uma vez que os Maiatos merecem.
montaco PROTECÇÃO ANTICORROSIVA PROTECÇÃO DE BETÃO REVESTIMENTOS INDUSTRIAIS PINTURAS DE CONSTRUÇÃO CIVIL SEDE: Estrada Nacional 13, 1488 - Guardeiras Apartado 3018 - 4470-616 Moreira Maia Telefone 22 9438200 • Fax 22 9488589 OFICINAS: Qt. do Ribeiro - R. Recarei 4465-728 Leça do Balio Telefone 22 9541407 • Fax 22 9542918
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Sábado, 8 de Julho de 2000
No recinto da Feira de Artesanato
Animação Diária Desde o início da Feira de Artesanato da Maia a organização tem proporcionado bons espectáculos. No dia da inauguração o Grupo de Teatro Art’ Imagem apresentou uma pequena peça intitulada “Brincadeiras a Retalho”, nas noites seguintes o Grupo Folclórico “Os Fontineiros da Maia”, o Rancho Regional de São Salvador de Folgosa, o Grupo de Música Popular “ComVinha”, Rancho Infantil de Moreira da Maia, o Grupo de Danças e Cantares de Nossa Senhora de Guadalupe e o Agrupamento de Música Tradicional Portuguesa “Arco do Bojo”, desfilaram no palco montado para o efeito. Muitos mais se seguirão, com destaque para hoje à noite, pelas 22 horas, o início do 22º Festival de Folclore Nacional Maia 2000, considerado o melhor a nível Nacional. Destas actividades aqui ficam as imagens. Fotos: Artur Bacelar
“Os Fontineiros da Maia”
Grupo “ComVinha” em plena actuação
Rancho Regional de S. Salvador de Folgosa
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ÚLTIMA HORA
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Atenção Gueifães
Câmara inaugura hoje Piscinas Municipais de Gueifães Inaugura hoje, 8 de Julho, pelas 11 horas, o Complexo Municipal de Piscinas de Gueifães. A estrutura, dotada de dois espaços, um de aprendizagem, outro para competição, vem enriquecer assim o concelho Maiato, respondendo às vontades da população, melhorando desta forma o seu nível de vida. André Leonhartsberger
3Idealizado e estruturado para actividades de recreação e lazer, o Complexo Municipal de Piscinas de Gueifães, com um custo total de cerca 380.000 contos, é mais vocacionado para a ocupação de tempos livres, servindo ainda para a aprendizagem da natação pura, e competições oficiais. No que concerne a vertente competitiva, o complexo está equipado com um tanque de 25 metros de comprimento, com seis pistas devidamente identificadas, possuindo ainda placas digitais de chegada nos topos para as competições oficiais, tendo também todas as restantes infraestruturas que apoiam a realização de eventos. A temperatura da água é de 28 graus, sendo esta de 30 graus no tanque mais pequeno, com cerca de 12 metros, que será utilizado para a aprendizagem da natação. As piscinas, dispõem de balneários, com água quente e fria, um para o sexo feminino outro para o masculino. Para além disso, estão equipadas com iluminação eléctrica e aparelhagem sonora, existindo ainda várias salas que poderão ser utilizadas para a prática de outras actividades, podendo estas ser ou não complementares à natação. O Complexo Municipal de Piscinas de Gueifães, vem deste modo aumentar a oferta desportiva a esta freguesia, dinamizando-a, e promovendo uma prática desportiva multilateral e bastante abrangente, em termos de modalidades desportivas, à população Maiata.
Aspecto do interior do complexo de piscinas de Gueifães em fase de acabamento esta semana
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GRANDE REPORTAGEM
Sábado, 8 de Julho de 2000
4ª Feira de Artesanato da Maia
A melhor de sempre! Aberta até à próxima segunda feira, a 4ª edição da Feira de Artesanato da Maia, instalada junto ao edifício dos Paços do Concelho, conta com a presença de 100 stands, onde se aposta na diversidade e qualidade. Trata-se de uma iniciativa da Câmara Municipal da Maia que visa promover e preservar os produtos tradicionais, em particular o artesanato. António Armindo Soares
A 4ª feira de Artesanato da Maia oferece ao público inúmera qualidade e diversidade. Sobre esta iniciativa, Vieira de Carvalho no acto de inauguração da mostra referiu aos jornalistas que «esta é mais uma feira» tal como as outras que a antecederam, e as outras que se seguirão, «corresponde ao crescimento e à qualificação». «São 100 stands de várias partes do país, com uma presença já muito significativa da Maia. Estou convencido que em 2001 irá ser uma iniciativa ampliada, até porque a feira tem qualidade», salientou. Em resposta a um apelo de alguns artesãos presentes se a Câmara da Maia estaria disponível em colaborar na criação de uma associação de artesãos do nosso concelho, o autarca mostra-se receptivo, «até porque apoiamos todas as ideias, que apareçam, de valorização», mas lembra que a iniciativa compete aos artesãos «darem os primeiros passos». O vereador da Cultura e Turismo, Mário Neves, disse-nos que «procuramos sempre no processo de selecção dos artesãos que a qualidade dos artigos expostos correspondam ao melhor que se faz no país». A edição 2000 da feira surge
Sábado, 8 de Julho de 2000 reforçada com produtos não só do próprio artesanato mas também a divulgação e a preservação das iguarias, dos queijos e doçarias tradicionais. «As coisas vão-se por acções concretas. Por exemplo, o concurso de gastronomia (realizado há dois meses atrás), é precisamente uma das iniciativas que visam a preservação do nosso património gastronómico. Para além dos pratos tradicionais das Terras da Maia preocupámo-nos por incutir sempre uma parte muito específica relacionada à doçaria tradicional maiata. É com medidas
de ordem prática, com medidas pragmáticas que levem os membros da Comunidade, sobretudo os comerciantes, a perceberem que é uma boa aposta, lucrativa, o de preservar de forma concreta valores da nossa tradição». Rui Rodrigues, técnico de artesanato da Câmara Municipal, um dos responsáveis pela iniciativa, considera esta mostra «a melhor de sempre». «Tem como propósito não só divulgar o artesanato mas também divulgar as suas tradições culturais, em que se insere o folclore».
GRANDEREPORTAGEM Numa análise à feira, Rui Rodrigues referiu: «Apostamos sobretudo nos produtos regionais, que têm sempre muita procura. De ano para ano, vamos acompanhando a evolução da iniciativa e acompanhando as ideias e pretensões do público, que pedia os queijos, os chouriços, os fumeiros e os doces. Cada vez mais se fala dos produtos certificados, temos de defender a imagem de Portugal que é um país que se come cada vez melhor». Nesta 4ª Feira estão representados
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27 artesãos da Maia, o que representa «o espírito de que a Maia deve ser defendida a todo o custo perante o país». O folclore maiato animou esta edição, em particular na parte nocturna, nomeadamente através dos grupos: Rancho Regional S. Salvador de Folgosa, “Os Fontineiros da Maia”, Grupo de Danças e Cantares Nossa Senhora de Guadalupe. Encerra a mostra, na segunda-feira à noite, o Grupo Folclórico de S. Cosme de Gemunde.
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Sรกbado, 8 de Julho de 2000
Sábado, 8 de Julho de 2000
POLÍTICA
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Santana Lopes em debate com a JSD na Maia
“Faz falta um novo PPD-PSD” Santana Lopes declarou que o país carece de uma nova liderança e de uma nova ideologia política, por isso “faz falta um novo PPD-PSD”. Presente num debate, promovido pela distrital do Porto da JSD e realizado, na noite do passado dia 1, no Fórum Jovem da Maia, a sessão teve como tema a ‘Ideologia e a Juventude”, o presidente do município da Figueira da Foz mostrou-se “pronto para qualquer desafio”, um dos quais candidatar-se à Câmara de Lisboa. António Armindo Soares
“As ideologias colocadas ao nível nacional, ao nível de Estados, deixaram de fazer sentido, faliram. Faliram devido ao facto de não apresentarem soluções, nem podem tentar apresentar soluções para os problemas das colectividades das comunidades de cada país”, sustentou Santa Lopes. Apontou quatro questões que se colocam à sociedade contemporânea: o plano da ética na ciência, “saber até que ponto todos e quais conteúdos são admissíveis com toda a liberdade de comunicação com a revolução tecnológica que existiu”; a paz, “que se coloca a qualquer ideologia”; o ambiente e a vida, “a defesa dos recursos essenciais à continuidade da vida humana”; a qualidade da vida, a qualidade na estética na ordem urbanística e na segurança; e, por último, a questão da distribuição de recursos.
Com um debate longo que durou cerca de três horas, e com uma plateia cheia de algumas figuras do partido e na sua maioria jovens da JSD distrital e da Maia com os seus respectivos presidentes, Tiago Costa e João Telmo Dias -, Santana Lopes passou a pente fino os grandes problemas que afectam o mundo, defendo como prioritário uma necessidade de “humanização da globalização”, como o principal desafio para “integrar os excluídos”, e as soluções para os novos problemas “têm de estar na diferente posição do humano face à técnica”. Interrogou se as diferenças ideológicas seriam novas, se estariam no plano social, no entanto diz ainda não ter “respostas paras as diferenças” mas tem uma certeza: “Se eu fosse líder partidário, se eu fosse dirigente do nosso país, não deixava, nem mais um dia, o Parlamento continuar a
funcionar como está. Não deixaria estar o Governo organizado como está. Não faz sentido o Governo ter a sua sede em Lisboa e funcionar como os seus ministérios funcionam”. Numa nova economia, numa nova informação, numa nova medicina, “faz falta uma nova política, faz falta um novo PPDPSD. Porque é preciso tudo de novo, porque o mundo é novo e nós não podemos, para males ou problemas antigos, vir à mesma com as soluções antigas. É preciso uma nova política, uma nova maneira de liderar. É fundamental saber-se comunicar com as pessoas e comunicar é saber ouvir e falar. É preciso uma nova proposta ideológica, um novo sistema de valores organizado”. Em desafio à ‘jota’ Santa sugeriu que “poupem tempo e ganham coragem. Peçam ao partido para não inventar mais e
Bernardino Costa Pereira (Presidente da Concelhia da Maia do PSD)
Tiago Mota e Costa (Presidente da Distrital do Porto da JSD)
ideologia e juventude para provocar esse debate, para ele deixar aqui um pouco as suas ideias sobre as suas opções ideológicas e programáticas que eu acho serem fundamental fazerem dentro do PSD, embora com as mais diversas opiniões é fundamental fazermos essa reflexão; termos directrizes ideológicas e programáticas que possam motivar a juventude a participar de uma forma critica e activa na política que não de uma forma passiva ou apática, mas essencialmente que se interessem pelo fenómeno político, é o nosso grande objectivo é provocar a reflexão , o debate e dai o tema da ideologia e juventude para podermos confrontar cada um com as suas próprias ideias.
Maia Hoje :Como vê o convite da JSD a Santana Lopes para esta palestra? Bernardino Costa Pereira: Acho óptimo todas as sessões com todos os dirigentes do partido. O partido está num período em que deve discutir muito, reflectir muito para no momento certo tomar a decisão acertada para voltar a governar Portugal. M.H.: Santana Lopes é uma das hipóteses para o PSD governar Portugal ? B.C.P.: Santana Lopes é um militante com uma craveira intelectual muito elevada e pode ser um dos muitos que o PSD felizmente têm e isso é uma coisa que é rica no PSD, são os quadros, os valores, não só em questões de socialdemocracia, mas também em craveira intelectual e inteligência.
Maia Hoje: Porquê Santana Lopes hoje aqui ? Tiago Mota e Costa: É um motivo de orgulho, até porque fomos nós que tomamos a iniciativa de o convidar e é também muito importante para a JSD da Maia porque fez questão de o ter cá desde a primeira hora. É um militante com um passado muito rico dentro do PSD que também tem um papel muito importante no futuro do partido e tal como recentemente a selecção nacional, nós temos que contar com os valores existentes no nosso partido, na selecção nacional não se pode dispensar um Figo ou um Rui Costa e Santana Lopes é um factor decisivo em termos de sucesso eleitoral e como tal é um militante sempre a ter em conta no partido. M.H.: Um militante conotado com a direita do PSD... T.M.C.: É por isso que o tema hoje é
João Telmo (Presidente da Comissão Concelhia da Maia da JSD) Maia Hoje: Porquê Santana Lopes aqui na Maia ?
se ligar à sociedade, deixando um sinal clarividente mudar a liderança. Quanto ao que muito se disse em formar um novo partido, liberal, frisou que “o novo partido que quero formar é o PPDPSD, o que pretendi chamar a atenção foi o de provocar um choque na consciência das pessoas, porque a generalidade dos nossos políticos está gagá”. Em resposta aos jornalistas sobre a hipótese de uma possível candidatura à Câmara Municipal de Lisboa, disse que “Deus nos dê vida e saúde! Logo veremos...”, não dando como afastada esta hipótese. “Afastada não é, agora é preciso que exista a minha vontade nesse sentido, a vontade da direcção nacional do partido e da distrital de Lisboa. Se eu ficar na Figueira, como em princípio ficarei, é preciso, também, a vontade da distrital de Coimbra...”
João Telmo: Pedro Santana Lopes na Maia, faz parte de um ciclo de conferências/debates que a JSD do distrito está a promover, e a JSD na Maia com o dinamismo que temos imposto, quisemos desde logo acolher o debate, foi-nos facilitada a vinda de Santana Lopes que nós gostamos muito, é um homem do presente, passado e futuro do PSD, é mais um ciclo de debates e se não fosse ele seria qualquer outro militante com a importância de Santana Lopes, porque gostamos de receber bem as pessoas. M.H.: Santana Lopes é um homem de direita no PSD, está na linha da JSD da Maia ? J.T.: Está na linha da JSD da Maia como estão muitos outros militantes, o que não quer dizer que não estejamos nesta altura com o presidente do partido, até porque Durão Barroso está a fazer um bom trabalho e neste momento é ele o presidente do partido e é ele que devemos apoiar.
SOCIEDADE
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Sábado, 8 de Julho de 2000
Campismo seguro
Para quando? Tendas e caravanas tão juntas que parecem colónias de cogumelos, materiais combustíveis desnecessários, poucas saídas de emergência, estradas labirínticas e as incontornáveis garrafas de gás: com os ingredientes todos reunidos, é de admirar que não ocorram ainda mais incêndios nos parques de campismo portugueses, denuncia a Pró Teste. Entre o final de Julho e o início de Agosto do ano passado, aquela revista de consumidores enviou equipas compostas por técnicos e redactores a 16 parques de campismo nacionais, que inspeccionaram, anonimamente, os respectivos meios de evacuação, segurança contra incêndios e risco de ferimento. As inspecções foram realizadas mediante uma lista de critérios organizada com base na legislação nacional e, dadas as inúmeras deficiências desta última,
também em regras que vigoram noutros países europeus. Nenhum dos parques inspeccionados, entre a região do Porto e a de Monte Gordo, no Algarve, passando pela Figueira da Foz, São Pedro de Moel, Nazaré, Peniche, Santa Cruz, Costa de Caparica, Lagos, Portimão e Albufeira, reúne as condições mínimas de segurança, embora o de Vale Paraíso, perto da Nazaré, se aproxime muito desta fasquia. No Parque Piedense, na Costa de Caparica, chegou mesmo a ocorrer um incêndio entre o momento das visitas e o da publicação do estudo! Embora reconheça uma grande dificuldade na resolução do problema, a Pró Teste é peremptória: o ideal seria deitar abaixo para construir de novo, reduzindo o número de campistas por parque. E aquela revista de consumidores não tem dúvidas: além de uma legislação, já de si, manifestamente pobre, o nosso país foi contemplado com uma fiscalização que não fiscaliza. Se o fizesse, as poucas medidas de segurança apontadas na lei estariam a ser cumpridas, o que nem sequer acontece. Logo, exige mais e melhor legislação, aplicável a todos os parques, independentemente do seu ano de construção e do facto de serem públicos ou privados. Não faz sentido que a legislação distinga os parques desta forma: as regras têm de ser iguais para todos. Também não faz qualquer sentido distinguir os parques em função do seu número de estrelas. Inacreditavelmente, diz a Pró Teste indignada, a lei exige
menos em termos de segurança aos parques com menos estrelas! E, para que o sistema funcione, também as coimas, aplicáveis aos prevaricadores, deverão ser actualizadas. Com valores a oscilar entre os 25 e os três mil contos, é caso para dizer que o crime compensa. Com o Verão à porta, a Pró Teste desafia, por um lado, as câmaras municipais, entidades que deverão fiscalizar os parques públicos, e, por outro, a Direcção-Geral do Turismo, que tem a seu cargo os parques privados, a fazerem um levantamento de todas as necessidades e deficiências. Depois, as soluções encontradas deverão ser colocadas em prática, em conjunto com o Serviço Nacional de Bombeiros, o organismo encarregue de emitir um parecer sobre as condições de segurança contra incêndios em parques de campismo. Sem este parecer, em princípio, nenhum parque pode abrir as suas portas. Mas, pelos vistos, até abre. Contudo, a Pró Teste não se fica pelo binómio legislação-fiscalização, reconhecendo que também os proprietários dos parques têm a sua quota de responsabilidade e, como tal, podem e devem redimir-se. Para o efeito, aponta algumas medidas que considera da máxima urgência: - a proibição de automóveis dentro dos parques, a obstruir os caminhos, dificultando a entrada dos carros dos bombeiros e aumentando o risco de atropelamento; - a existência de mais portões com barras anti-pânico, para evitar que as
saídas de emergência tenham de ser trancadas a sete chaves; - a implementação de uma distância mínima de dois metros entre as unidades; - a construção de mais e mais largos caminhos; - a existência de apenas duas a três tomadas por disjuntor e de um diferencial de 30 miliamperes para cada seis tomadas; - cabos eléctricos com um máximo de 25 metros; - a formação do pessoal para agir em caso de urgência; - a existência de panfletos, em pelo menos, duas línguas, com a planta do parque e recomendações de segurança. Finalmente, a Pró Teste lamenta alguma falta de sensibilidade dos campistas para o problema, aconselhando cuidado com os grelhadores: será de todo conveniente que os churrascos de Verão sejam feitos longe das tendas e caravanas, em locais próprios para o efeito. Depois, ainda que possa parecer incómodo, os carros deverão ser deixados fora do parque, num estacionamento próprio. Os materiais combustíveis desnecessários, nomeadamente as garrafas de gás de tamanho doméstico, deverão ter o mesmo destino que os automóveis, ou seja, deverão ficar do lado de fora dos portões do parque. Tudo isto pode parecer um pouco difícil no início, mas, como é de segurança que se fala, no final, por certo que valerá a pena. Pro Teste n.º 204, Junho de 2000, páginas 6 a 10
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Parques de Campismo: Resultados do Estatudo
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Sábado, 8 de Julho de 2000
CULTURA & ESPECTACULOS
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Música e lazer
“Maia by bike” Dezoito de Junho, nove horas e trinta minutos. Receosos de que se repetissem as altíssimas temperaturas dos quatro dias anteriores, lá estavam em frente aos portões da Maiorff umas dezenas de jovens dos onze aos sessenta anos (!), com as suas bicicletas a dizerem ‘presente’ a mais uma iniciativa daquela Escola de Música. Alguns eram alunos da Escola, outros eram familiares destes e ainda outros que, sendo do Concelho da Maia, souberam desta iniciativa através de amigos e da Agenda Cultural da C.M. da Maia. Colocada a bandeira da Maia na frente do carro que abria este evento, no qual seguia a directora da Escola com as aconselhadas raquetes vermelhas, para ajudar os “ciclistas” e não causar transtornos ao trânsito. Atrás deste carro lá nos perfilámos todos, tendo na nossa rectaguarda um ‘carro vassoura’, que além de bicicletas suplentes, bombas (de encher rodas), ambulância e farmácia (de mão), tinha também a missão de recolher qualquer participante que, eventualmente, não resistisse ao trajecto. Este carro era assinalado com a tradicional ‘vassoura’ e o estandarte da Maiorff. Assim se iniciou a primeira etapa do “Maia by Bike”, com destino a Barca, tendo como primeira paragem o monte de Santa Cruz, local em que todos prestaram atenção ao primeiro (breve)
resumo gentilmente preparado pela Paula, sobre a história da Maia (Concelho) e particularmente sobre Barca como primeira Freguesia a percorrer. Daqui partimos para Gondim, onde tivemos mais um pouco de história sobre esta Freguesia e apreciámos a deliciosa água da Fonte de Calquim, abalando para Santa Maria de Avioso até Cidadelha, Senhora da Agonia e Espinhosa. Na Ribela, entrámos em S. Pedro de Avioso em direcção à Igreja, local escolhido para nova prelecção sobre esta Freguesia. Mais uns quilómetros e estávamos no Monte de Sto. Ovídio, arrumando bicicletas e abrindo as respectivas mochilas para o ansiado almoço-piquenique. Já com todos os estômagos satisfeitos e antes de tomar o delicioso café, mais uma vez, a Paula explicou que ali ao lado, aquele prédio em reconstrução foi, outrora, a Câmara Municipal deste Concelho e será futuramente um Museu. Da existência do ISMAI como única Escola Superior do Concelho, do
magnífico espaço da Quinta de Gruta e da origem do nome Castêlo. Da parte central da Vila do Castêlo, avançámos para Gemunde com paragem na Campa do Preto, em que coube ao Pedro Nuno, em breves palavras, contar a história daquele local e, à Paula, a origem do nome de Gemunde. Embora a cem metros de distância, fizemos mais um quilómetro para chegarmos à Sede do Rancho de S. Cosme de Gemunde. Bicicletas todas arrumadas, entrámos no Salão Nobre desta colectividade onde fomos simpaticamente recebidos por dois directores que tiveram a gentileza de nos informar de toda a história do seu rancho folclórico, onde e quando nasceu, o que tem feito na Maia, no País e estrangeiro; os seus objectivos, os apoios recebidos da Junta de Freguesia e da Câmara Municipal da Maia, bem como as dificuldades económicas com que se debatem por não serem um clube de futebol!... Daqui arrancámos até ao limite com Vilar do Pinheiro, rumando para a zona
industrial seguindo nos Campos Verdes em direcção à Maia, mas com passagem num lugar de outra Freguesia que fará parte da segunda etapa, Guarda-Moreira, em que tivemos que parar uns minutos devido ao trânsito provocado pelas festas de Sto. António da Guarda. Novamente todos prontos para rolar os últimos quilómetros até à Maiorff com toda a calma, mas eis que surge um pequeno acidente. Não é que na descida para o Godim duas das brilhantes alunas da Maiorff, as Marianas (Seca e Pintalhão), projectaram-se no solo dando origem a que um outro participante de Gueifães tivesse também caído!!! Tudo isto provocado por um boné da Maiorff arrancado da cabeça de um dos ciclistas, que estas alunas tentaram apanhar. Apesar dos arranhões, o desempenho destas promissoras alunas nas escolas não irá ser afectado e muito menos desmotivá-las à participação nas próximas etapas do “Maia by Bike”, que continuarão no próximo ano lectivo. A. P.
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COMÉRCIO INDÚSTRIA E SERVIÇOS
Sábado, 8 de Julho de 2000
Unicer, um empresa às portas da Maia
Historial e evolução da marca SUPER BOCK Lançada em 1930, a marca passou por vários relançamentos, até liderar o mercado de cervejas. Já os seus valores permanecem intemporais e universais: momentos autênticos, convívio, tradição e amizade. Entre os factores que explicam o seu sucesso, encontram-se a qualidade - é a adaptação às expectativas dos portugueses, a distribuição alargada e uma estratégia de comunicação em crescendo e coerente. Nem sempre cobriu todo o território nacional. No princípio, estava apenas presente no norte do país. Mas os estudos de mercado indicavam que o litoral e a zona a sul de Coimbra eram as áreas de maior consumo de cerveja. Crescer para o Sul era, portanto, uma opção fundamental, sendo a ambição liderar o mercado. Hoje, a cerveja Super Bock detém uma quota de 45,3 por cento, praticamente uma em cada duas cervejas bebidas pelos portugueses é SUPER BOCK. A UNICER tem estratégias diferentes para o canal Horeca (hotéis, restaurantes e cafés) e para o canal alimentar, sendo o
princípio fundamental o estar presente em todos os locais de venda. Dessa diferenciação de estratégias faz parte uma concepção de embalagens especificamente adequadas a cada canal de distribuição. No canal alimentar, desenvolveram-se packs de 6 e 10 garrafas, alusivos a épocas festivas como a Páscoa e o Natal, com óptimo acolhimento pelas famílias. Ainda neste canal, lançou-se o novo formato do barril de 5 Litros. No Horeca, para além da tara retornável, privilegiada por razões ambientais, desenvolveram-se diversos tipos de embalagem para a cerveja à pressão, onde a rapidez de consumo é fundamental para garantir a qualidade constante da cerveja. Assim, adaptandose aos volumes de consumo de cada ponto de venda, há um vasto leque de embalagens à escolha: desde o “keggy” de 12,5 lts, até ao “Bier Drive” de mil litros, passando pelos tradicionais barris de 30 e 50 lts. O canal Horeca, ou o chamado consumo imediato, é o mais importante
para a SUPER BOCK, já que representa 70% do mercado. Daí as acções promocionais generalistas e as animações específicas que a marca leva a cabo. Com as primeiras limita-se a fornecer material de apoio, como guarda-sóis e toldos. As animações dirigem-se essencialmente a bares e discotecas. A importância de comunicar A coerência da comunicação, sem prejuízo da criatividade permanente ao nível das linguagens, é uma preocupação de fundo. Acompanhando os tempos e as tendências de mercado, a comunicação SUPER BOCK foi juntando, nos últimos anos, ao valor da tradição, que era predominante, um conjunto de mensagens mais especificamente dirigidas aos jovens. O resultado são as campanhas actuais, irreverentes e com humor, salvaguardando sempre, no entanto, a fidelização dos mais velhos, que não deixam de se reconhecer no novo estilo. O patrocínio é uma peça fundamental
na estratégia de comunicação SUPER BOCK. Há melhor, para chegar aos jovens, do que a música? Foi assim que surgiu, em 1995, o SUPER BOCK SUPER ROCK, a que se seguiu, em 1996, o renascimento de Vilar de Mouros. A queima das fitas é outro dos momentos autênticos a que a marca associa o seu nome. A maior aposta, neste domínio, foi a EXPO - SUPER BOCK sendo esta a cerveja oficial da EXPO’98. A associação começou a tornar-se visível no ano de 97, quando todas as garrafas SUPER BOCK passaram a ostentar esse título. Acompanhando a evolução do projecto, também a comunicação se intensificou, com publicidade específica na TV, a partir do segundo trimestre de 97, altura em que começou a contagem decrescente até à abertura do grande evento cultural deste dobrar de século. Como já é habitual a UNICER associar-se aos grandes eventos, o Porto 2001 não podia ficar de fora tendo sido assinado, a 19 de Maio deste ano, o contrato de mecenato que confere à UNICER o estatuto de Patrocinador Oficial do evento.
Soares da Fonseca (UNICER) entrega a “estrela de Ouro” à Senhora Eva Nunes e à Equipa de Vendas. A empresa Fernado Leitão & Eva Nunes ganhou também a “Estrela Douro Litoral”
MILLENNIUM PRESS Rua dos Altos, 10 - Edificío Arcada • 4470-235 Maia • Telef. 229476264
Design Gráfico, Corporativo e Industrial
Sábado, 8 de Julho de 2000
COMÉRCIO INDÚSTRIA E SERVIÇOS
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Maiatos de sucesso
Rebelos, uma empresa familiar de sucesso Na Maia, as oportunidades de negócio florescem para quem quer mesmo trabalhar. Foi o caso de Domingos e Arminda Rebelo que criaram a “Rebelos”, empresa especializada em aluguer, reparação e manutenção de autobombas há 6 anos e desde aí nunca mais pararam. Artur Bacelar
Foi em Março de 1994 que o casal Rebelo com três filhos, resolveu meter mãos à obra e criar a conhecida “Rebelos”, levando as suas cores a todos os cantos de Portugal. A Rebelos é uma empresa de prestação de serviços ligada a Construção Civil, nomeadamente na bombagem de betão. Domingos Rebelo, o patriarca da empresa, de 53 anos feitos recentemente, tinha saído dos quadros de uma importante empresa ligada à produção e distribuição de cimentos e compostos, após uma carreira profissional notável com mais de 20 anos de serviço. Adquiriu nessa altura à empresa patronal as duas primeiras máquinas com que iniciou a actividade, tendo hoje ao serviço 5 máquinas, duas das quais adquiridas em 1999, representando um investimento superior a 60.000 contos. Actualmente estão ao serviço 9 trabalhadores, estando este número em crescimento, facturando cerca de 100.000 contos/ano. Esta empresa de carácter familiar, tem nos quadros, uma jovem licenciada em gestão de 25 anos, filha de Domingos Rebelo que aí aplica os conhecimentos adquiridos na faculdade, enquanto acaba a pósgraduação em contabilidade e gestão empresarial no IESF. Na parte técnica brilham os conhecimentos de Emanuel Mendes, de 42 anos, casado com uma das filhas Rebelo, tendo já dado o primeiro neto, que neste momento anima os serões lá de casa. As instalações, onde está montada uma oficina capaz de prestar assistência a todos os veículos ligados ao ramo de negócios, têm mais de 2.000 metros quadrados e está localizada na freguesia de Vermoim. Em carteira estão cerca de 50 clientes satisfeitos, essencialmente grandes empresas, principalmente distribuídos pela zona norte do país em especial nas zonas do Grande Porto, Esmoriz, Aveiro e Ponte de Lima. A empresa tem como obras mais emblemáticas, a bombagem para a construção da quase totalidade do Campo da Vinha em Braga (uma das maiores zonas industriais do país); o Gaia Shopping; Arrábida Shopping; Norte shopping; Via Catarina; Teatro Rivoli; Cais das Pedras e a Ponte do Infante.
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CORREIO DO LEITOR
Sábado, 8 de Julho de 2000
Co nt o
Para além da morte Aderito Morais (Leitor de Vermoim)
Manuela era filha única do abastado casal Valverde, dos arredores da cidade de Bragança. Órfã de mãe, vivia com o pai num esplendoroso solar, onde nem sequer faltava a capela, alias, como em quase todos os solares de construção anterior ao nosso século. Com dezoito anos feitos, era uma menina muita prendada e de uma beleza excepcional. Era muito requestada pelos rapazes que constituíam a fina flor da sociedade de Bragança e, até, de terras mais distantes. Porém, Manuela a nenhum dava esperanças, embora os recebesse a todos de igual modo,, isto é, com delicadeza e boas maneiras. Um dia o pai, homem de certa idade e bastante doente, receando que a morte pudesse surpreendé-lo a qualquer momento foi, uma manhã, ao encontro da filha e disse-lhe: - Ouve, Manuela, como sabes eu não sou novo e a minha doença é daquelas que não perdoam. A maior alegria que poderias dar-me, era casares-te o mais depressa possível. As minhas terras, que são tuas, mal ficariam sem o pulso forte de um homem que as governasse. Vê, pois, o rapaz que mais te convenha e olha que tens muito por onde escolher... Manuela ouviu, ouviu e não disse nada. E que, se falasse, teria que avivar um assunto, causador de muitos e grandes dissabores. Quando estudante, conheceu o Fernando, filho de pais modestos, mas com extraordinária nobreza de sentimentos. Namoravam às escondidas e juraram amor eterno,. Uma vez, o pai apanhouos. Entre muitas outras ameaças, disse à filha que a livrasse Deus de voltar a vê-Ia com aquele pobretana. Que, além do mais, a encerraria num convento, onde passaria o resto dos seus dias. Agora, mais raras vezes se viam e, quando o faziam, era de conivência com a sua velha criada Marta que, em nova, também sofreu muito por idênticos amores...
Mais dois anos se passaram. Manuela, sempre com aspecto triste, vivia para um amor quase impossível. O pai, obstinado nos preconceitos de família, mantinha-se inflexível quanto ao futuro da filha. Naquela manhã triste de inverno, depois da missa na capela, Manuela teve um sobressalto, quando viu o pai, na companhia do padre, se dirigia para ela. Um pressentimento horrível a invadiu. Não se enganou., que já lhe arranharam um noivo... o filho mais velho do Morgado dos Olivais ... homem rico, talvez o único a quem pode confiar a sua filha e os seus bens ... Logo que casassem, poderia morrer descansado que, neste mundo, já andava a mais... Manuela ,sem um queixume, sem um lamento, afastou-se para o seu quarto onde, nos braços da velha Marta, deu largas ao seu desespero. O casamento realizou-se daí a um mês. O pai, feliz, morreu pouco tempo depois. Também a velha criada Marta, nas vésperas de Natal do ano seguinte, entregou a sua alma a Deus. Manuela passou a viver os dias mais tristes da sua vida. Porém, numa manhã de sol, estando sozinha em casa, por o marido se ter ausentado para Vinhais, em viagem de negócios, viu à entrada da porta um vulto que a fez estremecer de medo e de prazer. Era o Fernando, o seu querido Fernando, que ela jamais esqueceu. Soltou um grito e caiu-lhe nos braços. Fernando tinha ido para África, no intuito de, na distancia, minorar o seu sofrimento. Não o conseguindo, regressou. Ver a “ sua” querida Manuela, de vez em quando, seria o bastante para ser menos desgraçado. Assim começou um novo romance de amor, puro, sem mácula mas ..clandestino. Os encontros, embora espaçados, repetiam-se. Sem que de tal suspeitassem, o marido de Manuela soube dos encontros que ela tinha com o Fernando. Um dia,
fez-se saído para Lisboa, onde, disse, iria permanecer durante oito dias. Ocasião excelente para ver, mais algumas vezes o grande amor da sua alma.. pensou Manuela. Assim aconteceu. Fernando, pela primeira vez beijou-a na face, um beijo puro, um beijo sem pecado. Para agradecerem a Deus por lhes ter proporcionado aqueles oito dias que iriam seguir-se, durante os quais poderiam chorar juntos uma felicidade que a destino tão cruelmente lhes havia negado, os dois, como que impelidos por uma só vontade encaminharam-se para a capelinha. Ali, ajoelharam e rezaram. De repente e com grande estrondo, a pesada porta de carvalho da capela, é fechada fortemente, ao mesmo tempo que ouviam uma diabólica gargalhada. Santo Deus ! Fomos descobertos, Fernando : E agora? E agora?... Nada temas, Manuela. O meu braço é forte para te defender. Deus, que está aqui junto de nós, nos ajudará também. Entretanto, o marido, com todo o seu rancor, trancou de tal maneira a porta da capela, que não haveria força humana que, do seu interior, pudessem abri-la. Ele queria matar os dois, lentamente, cruelmente, cobardemente. O primeiro dia de cativeiro foi de horrível expectativa. Manuela, dando largas ao seu desespero. Fernando, mais calmo, procurando consolá-la. Depois, quando adivinharam que nada mais tinham a esperar da vida, uma doce paz entrou nos seus corações. Para eles apenas contava o amor, por causa do qual tão barbaramente foram separados e que, agora, os unia naqueles curtos dias de vida e para toda a eternidade. Manuela teve a coragem e presença de espírito para escrever, um pequenino diário. Por ele chegou aos nossos dias este triste romance de amor. Os primeiros dias de cativeiro passaram-nos rezando e alimentando, até, uma ténue esperança de libertação. Os dois últimos, porém, quando essa
esperança estava irremediavelmente perdida, foram um cântico de amor e de saudade, que enternece, que domina, que mata: 24 de Dezembro de 1865 Dia chuvoso e escuro. Como o meu coração está triste: Silencio profundo, apenas o ruído da chuva que cai. Fernando mostra-se afável e confiante mas sofre tanto quanto eu. Já nos vão faltando as forças. A sede é mais difícil de suportar do que a fome. Os nossos beijos dão-nos alento para enfrentarmos com coragem os últimos momentos das nossas vidas. E quase noite. Noites geladas estas de inverno, que nos paralisam os músculos e torturam os ossos. E Noite de Natal. O Menino Jesus está connosco e isso nos dá uma grande sensação de paz e de calor. Bendito seja Deus. 25 de Dezembro de 1865 Quase não dormimos. Fernando.. pela primeira vez, chorou nos meus braços. Quanto maior a fraqueza do corpo e o cansaço do espírito, mais trabalha o nosso pensamento, mais bate o coração. Já não tenho forças... quero chorar e não posso ... Oh: Não... Não ... Meu Deus, eu não quero morrer! Não nos deixes morrer: Fernando! ... Fernando! ... Noivo da minha alma, esposo do meu coração, abraça-me, assim... Diz-me que vamos fugir daqui, que vamos para muito longe ..sozinhos os dois... sim Fernando? Vamos ser felizes e ter um filhinho com o teu nome, sim Fernando? Fernando ! ... Fernando ! Fernando!.. Quarenta anos mais tarde, quando os herdeiros do Solar de Valverde arrombaram a porta da capela, viram, junto ao Altar do Santíssimo Sacramento, dois esqueletos abraçados, como que a dizerem que o amor que os uniu em vidas perdurará para além da morte...
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IGREJA
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O “Segredo” de Fátima segundo a redacção feita pela Irmã Lúcia... ...na “Terceira Memória”, de 31 de Agosto de 1941, destinada ao Bispo de Leiria-Fátima (texto original) Terei para isso que falar algo do segredo e responder ao primeiro ponto de interrogação. O que é o segredo? Parece-me que o posso dizer, pois que do Céu tenho já a licença. Os representantes de Deus na terra, têm-me autorizado a isso várias vezes, e em várias cartas, uma das quais, julgo que conserva V. Ex.cia Rev.ma do Senhor Padre José Bernardo Gonçalves, na em que me manda escrever ao Santo Padre. Um dos pontos que me indica é a revelação do segredo. Algo disse, mas para não alongar mais esse escrito que devia ser breve, limitei-me ao indispensável, deixando a Deus a oportunidade dum momento mais favorável. Expus já no segundo escrito a dúvida que de 13 de Junho a 13 de Julho me atormentou e que nessa aparição tudo se desvaneceu. Bem o segredo consta de três coisas distintas, duas das quais vou revelar. A primeira foi pois a vista do inferno! Nossa Senhora mostrou-nos um grande mar de fogo que parecia estar debaixo da terra. Mergulhados em esse fogo os demónios e as almas, como se fossem brasas transparentes e negras, ou bronzeadas com forma humana, que flutuavam no incêndio levadas pelas chamas que delas mesmas saiam, juntamente com nuvens de fumo, caindo
para todos os lados, semelhante ao cair das faúlhas em os grandes incêndios sem peso nem equilíbrio, entre gritos e gemidos de dor e desespero que horrorizava e fazia estremecer de pavor. Os demónios distinguiam-se por formas horríveis e ascorosas de animais espantosos e desconhecidos, mas transparentes e negros. Esta vista foi um momento, e graças à nossa boa Mãe do Céu; que antes nos tinha prevenido com a promessa de nos levar para o Céu (na primeira aparição) se assim não fosse, creio que teríamos morrido de susto e pavor. Em seguida, levantámos os olhos para Nossa Senhora que nos disse com bondade e tristeza: - Vistes o inferno, para onde vão as almas dos pobres pecadores, para as salvar, Deus quer estabelecer no mundo a devoção a meu Imaculado Coração. Se fizerem o que eu disser salvar-se-ão muitas almas e terão paz. A guerra vai acabar, mas se não deixarem de ofender a Deus, no reinado de Pio XI começará outra pior. Quando virdes uma noite, alumiada por uma luz desconhecida, sabei que é o grande sinal que Deus vos dá de que vai a punir o mundo de seus crimes, por meio da guerra, da fome e de perseguições à Igreja e ao Santo Padre. Para a impedir virei pedir a consagração da Rússia a
meu Imaculado Coração e a comunhão reparadora nos primeiros sábados. Se atenderem a meus pedidos, a Rússia se converterá e terão paz, se não, espalhará seus erros pelo mundo, promovendo guerras e perseguições à Igreja, os bons serão martirizados, o Santo Padre terá muito que sofrer, várias nações serão aniquiladas, por fim o meu Imaculado Coração triunfará. O Santo Padre consagrar-me-á a Rússia, que se converterá, e será concedido ao mundo algum tempo de paz. TERCEIRA PARTE DO “ SEGREDO “ (texto original) “ J.M.J. A terceira parte do segredo revelado a 13 de Julho de 1917 na Cova da Iria-Fátima. Escrevo em acto de obediência a Vós Deus meu, que mo mandais por meio de sua Ex.cia Rev.ma o Senhor Bispo de Leiria e da Vossa e minha Santíssima Mãe. Depois das duas partes que já expus, vimos ao lado esquerdo de Nossa Senhora um pouco mais alto um Anjo com uma espada de fogo em a mão esquerda; ao centilar, despedia chamas que parecia iam encendiar o mundo; mas apagavam-se com o contacto do brilho que da mão direita expedia Nossa Senhora ao seu encontro: O Anjo
apontando com a mão direita para a terra, com voz forte disse: Penitência, Penitência, Penitência! E vimos numa luz imensa que é Deus: “algo semelhante a como se vêem as pessoas num espelho quando lhe passam por diante” um Bispo vestido de Branco “tivemos o pressentimento de que era o Santo Padre”. Vários outros Bispos, Sacerdotes, religiosos e religiosas subir uma escabrosa montanha, no cimo da qual estava uma grande Cruz de troncos toscos como se fôra de sobreiro com a casca; o Santo Padre, antes de chegar aí, atravessou uma grande cidade meia em ruínas, e meio trémulo com andar vacilante, acabrunhado de dor e pena, ia orando pelas almas dos cadáveres que encontrava pelo caminho; chegado ao cimo do monte, prostrado de joelhos aos pés da grande Cruz foi morto por um grupo de soldados que lhe dispararam vários tiros e setas, e assim mesmo foram morrendo uns trás outros os Bispos Sacerdotes, religiosos e religiosas e varias pessoas seculares, cavalheiros e senhoras de varias classes e posições. Sob os dois braços da Cruz estavam dois Anjos cada um com um regador de cristal em a mão, neles recolhiam o sangue dos Mártires e com ele regavam as almas que se aproximavam de Deus. Tuy-3-1-1944 “.
Colóquio de D. Bertone, Secretário da Congregação da Doutrina da fé, com a Irmã Lúcia, a 27 de Abril de 2000 O encontro da Irmã Lúcia com Sua Ex.cia Rev.ma D. Tarcísio Bertone, Secretário da Congregação para a Doutrina da Fé, por encargo recebido do Santo Padre, e Sua Ex.cia Rev.ma D. Serafim de Sousa Ferreira e Silva, Bispo de LeiriaFátima, teve lugar a 27 de Abril passado (uma quinta-feira), no Carmelo de Santa Teresa em Coimbra. A Irmã Lúcia estava lúcida e calma, dizendo-se muito feliz com a ida do Santo Padre a Fátima para a Beatificação de Francisco e Jacinta, há muito desejada por ela. O Bispo de Leiria-Fátima leu a carta autografa do Santo Padre, que explicava os motivos da visita. A Irmã Lúcia disse sentirse muito honrada, e releu pessoalmente a carta comprazendo-se por vê-la nas suas próprias mãos. Declarou-se disposta a responder francamente a todas as perguntas. Então, o Senhor D. Tarcísio Bertone apresenta-lhe dois envelopes: um exterior que tinha dentro outro com a carta onde estava a terceira parte do “ segredo “ de Fátima. Tocando esta segunda com os dedos, logo exclamou: “ É a minha carta “, e, depois de a ler, acrescentou: “ É a minha letra “. Com o auxílio do Bispo de Leiria-Fátima, foi lido e interpretado o texto original, que é em língua portuguesa. A Irmã Lúcia concorda com a interpretação segundo a qual a terceira parte do “ segredo “ consiste numa visão profética, comparável às da história sagrada. Ela reafirma a sua convicção de que a visão de Fátima se refere sobretudo à luta do comunismo ateu
contra a Igreja e os cristãos, e descreve o imane sofrimento das vítimas da fé no século XX. À pergunta: “ A personagem principal da visão é o Papa? “, a Irmã Lúcia responde imediatamente que sim e recorda como os três pastorinhos sentiam muita pena pelo sofrimento do Papa e Jacinta repetia: “ Coitadinho do Santo Padre. Tenho muita pena dos pecadores! “ A Irmã Lúcia continua: “ Não sabíamos o nome do Papa; Nossa Senhora não nos disse o nome do Papa. Não sabíamos se era Bento XV, Pio XII, Paulo VI ou João Paulo II, mas que era o Papa que sofria e isso fazia-nos sofrer a nós também “. Quanto à passagem relativa ao Bispo vestido de branco, isto é, ao Santo Padre como logo perceberam os pastorinhos durante a “ visão “ - que é ferido de morte e cai por terra, a irmã Lúcia concorda plenamente com a afirmação do Papa: “ Foi uma mão materna que guiou a trajectória da bala e o Santo Padre agonizante detevese no limiar da morte “ (João Paulo II, Meditação com os Bispos Italianos, a partir da Policlínica Gemelli, 13 de Maio de 1994). Uma vez que a Irmã Lúcia, antes de entregar ao Bispo de Leiria-Fátima de então o envelope selado com a terceira parte do “ segredo “, tinha escrito no envelope exterior que podia ser aberto somente depois de 1960 pelo Patriarca de Lisboa ou pelo Bispo de Leiria, o Senhor D. Bertone pergunta-lhe: “ Porquê o limite de 1960? Foi Nossa Senhora que indicou aquela data? “.Resposta da Irmã Lúcia: “ Não foi Nossa Senhora; fui eu que meti a data de 1960
porque, segundo intuição minha, antes de 1960 não se perceberia, compreender-se-ia somente depois. Agora pode-se compreender melhor. Eu escrevi o que vi; não compete a mim a interpretação, mas ao Papa “. Por último, alude-se ao manuscrito, não publicado, que a Irmã Lúcia preparou para dar resposta a tantas cartas de devotos e peregrinos de Nossa Senhora. A obra intitula-se “ Os apelos da Mensagem de Fátima “, e contém pensamentos e reflexões que exprimem, em chave catequética e parenética, os seus sentimentos e espiritualidade cândida e simples. Perguntou-se-lhe se gostava que fosse publicado, ao que a Irmã Lúcia
respondeu: “ Se o Santo Padre estiver de acordo, eu fico contente; caso contrário, obedeço àquilo que decidir o Santo Padre “. A Irmã Lúcia deseja sujeitar o texto à aprovação da Autoridade Eclesiástica, esperando que o seu escrito possa contribuir para guiar os homens e mulheres de boa vontade no caminho que conduz a Deus, meta última de todo o anseio humano. O colóquio termina com uma troca de terços: à Irmã Lúcia foi dado o terço oferecido pelo Santo Padre, e ela, por sua vez, entrega alguns terços confeccionados pessoalmente por ela. A Bênção, concedida em nome do Santo Padre, concluiu o encontro.
Farmácia
Aliança Direcção Técnica: Dra. Maria da Luz Baptista Oliveira Mouta
R. N.ª Sr.ª da Caridade, 952 • Telefone 229440886 Vermoim - MAIA
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CLASSIFICADOS
Sábado, 8 de Julho de 2000
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AGENDA
Sábado, 8 de Julho de 2000
Cinemas Cinemas Cinemas Cinemas MAIASHOPPING
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Critica de Cinema
Lugar de Ardegães - 4445 Águas Santas - Maia Tel 22 9770450 Fax 22 9724537
As Virgens Suicidas
Todos os filmes têm início 10 minutos após a hora marcada p^i^=N
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LIGAÇÕES IMPREVISTAS p^i^=Q
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SEDUTORA TENTAÇÃO p^i^=T
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GLADIADOR
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ECLIPSE TOTAL jLNO
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O HOMEM BICENTENÁRIO p^i^=NN
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MISSÃO A MARTE
O RINGUE
AS AVENTURAS DO TIGRE p^i^=NM
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ÁFRICA DOS MEUS SONHOS
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GIGOLO PROFISSIONAL
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28 DIAS
CINEMAS CENTRAL PLAZA Centro Comercial Central Plaza Tel 22 940 64 86 Todos os filmes têm início 15 minutos após a hora marcada p^i^=N
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MILLION DOLAR HOTEL
Apoio:
Jornal Maia Hoje
28 DIAS
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Beleza e melancolia
Este é o filme que marca a estreia de Sofia Coppola. Sempre com a grande sombra do nome de seu pai, Francis Ford Coppola, responsável por clássicos como o Padrinho, sobre si, de certo se esperaria que esta estreante acusasse uma certa pressão vinda daí, conclusão totalmente errónea; Sofia, dá a volta por completo a esse estigma, sendo o único atributo herdado do pai, o génio cinematográfico. E quando digo génio, penso não cair em exagero, pois será este talvez um dos melhores atributos do filme que se poderá caracterizar, de “apenas”, extremamente belo e triste. Penso que o filme é no seu todo, uma reflexão, metáfora sobre o suicídio, podendo por vezes parecer sem sentido, girando a historia lentamente num circulo sobre si, até ao seu inevitável fim. Não entrem pois na sala com expectativas de saírem surpreendidos com o seu final, ou com a própria história, já que o título do filme
nos revela claramente o seu final. O que Sofia Coppola faz, e isso sim, soberbamente, é acentuar uma sombra melancólica sobre o filme, pontuando-o apenas com a alegre luz do sol através das árvores, que servem de metáfora com as raparigas, podendo-se retirar uma imagem de caducidade das mesmas, apenas “raiadas” com raros momentos de felicidade e liberdade. Para além de toda esta dramática mensagem, o filme conta também com excelentes interpretações de kathleen Turner no papel de Mãe, por vezes apanhada em “overacting”, e da promissora jovem actriz Kirsten Dunst, no papel da irreverente Lux. Concluindo, juntem-se todos estes elementos, mais a excelente banda sonora dos Franceses AIR, e terão como resultado certo esta bela obra de arte cinematográfica, mais direccionada, talvez, para apreciadores da sétima arte. Por: André Leonhartsbeger
Palavras Cruzadas Palavras Cruzadas mol_ibj^=k⁄=NM 1
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PROMOÇÃO
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Colaboração de: Francisco Assis Assunção Alves
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Na compra de 1 bilhete de Cinema Central Plaza, a Gerência têm o prazer de oferecer 1 copo pequeno de pipocas grátis. Apresente este cupão no acto da compra
1- Fruto silvestre: Grande extensão de água salgada. 2- Nostalgia; Cloreto de sódio. 3- Sufixo desig. de agente; Preposição de Lugar; Contracção da prep. “em” com “o”; Letra Grega que designa a relação da circunferência para o diâmetro. 4- Anuência. 5- Rádio (s.Q.); Lã tinta de escalarte; Interjeição de admiração. 6- Gálio (s.q.); Prefixo designativo de repetição; Rio que banha Turim; Aparência (fig.). 7- Ave corredora parecida com a avestruz; Desnudada; Senhor (abrev). 8- Sigla da televisão italiana. 9Irídio (s.q.); Isolado; Força misteriosa à qual se atribuem os fenómenos de mesmerismo (Inglês); Pedra de moinho. 10- Viscera dupla; Unidade que em física se mede a temperatura. 11- Criada de quarto; Tranca de ferro.
plir†ÎbpWelofwlkq^fpW=1- Sol; Gerir. 2- Aar; Ramaria. 3- Mu; Ai; Mi. 4- Ode; 5- Ram; Gin; Oc. 6- Ad; Ur; Av. 7- En; Apa; Ola. 8Dor. 9- Ás; Se; Si; Rã. 10- Rapinar; Mio. 11- Limar; Coa. sboqf`^fpW 1- Amora; Mar. 2- Saudade; Sal. 3- Or; Em; No; Pi. 4- Sim. 5- Ra; Grã; Ena. 6- Ga; Bi; Pó; Ar. 7- Ema; Nua; Sr.. 8- RAI. 9- Ir; Só; Od; Mó. 10- Rim; 11- Aia; Varão.
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1- Astro Rei; Administrador. 2- Rio que banha Berna (Suiça); O mesmo que ramagem. 3Produto de burro e égua; Bradípode; Terceira nota musical. 4- Composição poética simétrica. 5Carneiro (Ing.); Genebra; Sim no dialecto provençal. 6- Anno Domini (abrev.); Terra de Abraão; Só; Grande via numa povoação (abrev.). 7- O mesmo que em: Bolo de farinha de arroz e azeite de coco, usado na Ásia; Remoinho de água. 8- Sofrimento físico. 9- Carta de jogar de maior valor; Partícula apassivante; Silício (s.q); Batráquio. 10- Subtrair, apanhar dolosamente; Voz do gato. 11- Polir; Aglutinação da prep. “com.” com o art. ou pron. “a”.
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Sábado, 8 de Julho de 2000
Porque a Maia merece
Convite à população A Juventude Social Democrata da Maia, convida a população da Maia, a visitar o seu Stand nas Festas do Concelho, localizado junto ao monumento à comunidade maiata, de 7 a 10 de Julho, bem como a nossa página na internet em:
www.jsd-maia.co.pt PROGRAMA PARA O STAND
DIA 7 - 21.30 - APRESENTAÇÃO DA PÁGINA INTERNET COM A PRESENÇA DO DR. ARLINDO CUNHA DIA 8 - 00.00 - VISITA DO PRESIDENTE DO PSD, DR. DURÃO BARROSO; PRESIDENTE DA JSD, DR. PEDRO DUARTE; PRESIDENTE DO PSD PORTO, DR. LUÍS FILIPE MENEZES; PRESIDENTE DA JSD PORTO, TIAGO MOTA E COSTA
Sábado, 8 de Julho de 2000
Grande Prémio 125
DESPORTO
29 MOTOCICLISMO
O piloto maiato Fernando Borges com boas hipóteses de subir na classificação Eduardo Campos
A próxima prova do Campeonato Nacional de Velocidade realiza-se amanhã, dia 9 de Julho em Braga, Fernando Borges, o piloto da Maia que corre pela equipa PGP 125 MotoMavi, tem - já na próxima corrida a 9 de Julho, boas hipóteses de subir na classificação geral do Campeonato Nacional de Velocidade, classe de 125 GP. A meio do campeonato, Fernando Borges ocupa a 5ª posição com 34 pontos, apenas a 2 pontos dos pilotos que estão na 3ª posição. Mas o circuito Vasco Sameiro, em Braga, traz boas recordações ao piloto maiato já que foi neste circuito que conseguiu subir ao pódio na sua estreia nas 125. O circuito de Braga é um circuito sinuoso com curvas lentas e algumas travagens fortes, bem ao gosto de Fernando Borges, pelo que espera uma boa prestação, que o relancem na classificação geral.
DESPORTO
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Sábado, 8 de Julho de 2000
HÓQUEI
No Centro Desportivo Nortecoope
II Taça Mundial de Clubes Maia 2000 O Centro Desportivo Nortecoope, em colaboração com a Federação Portuguesa de Patinagem, Associação de Patinagem do Porto e a Fundação Nortecoope, organizam de 11 a 16 de Julho um Torneio de Hóquei em Patins Feminino denominado “II Taça Mundial de Clubes - Maia 2000”. Segundo Jorge Lopes da Organização do Torneio, o Centro Desportivo Nortecoope tudo fará para que este evento obtenha o maior êxito desportivo e contam para o efeito com a colaboração do generoso público maiato.
Calendário de Jogos Associação Portuguesa de Desportos (Brasil) U.R.E.C.A. (Espanha) Associação Académica de Coimbra (Portugal) All Stars Team (Portugal) Clube Hóquei dos Carvalhos (Portugal) Centro Desportivo Nortecoope/Maia (Portugal) JOGO Cerimónia de Abertura
19.15H
URECA - APDesportos
20.35H
AACoimbra - CHCarvalhos
22.00H
ALL Stars Team - CDNortecoope/Maia
HORÁRIO
14 Julho 2000 4ª Jornada
18.30H
15 Julho 2000 5ª Jornada
12 Julho 2000 2ª Jornada
11 Julho 2000 1ª Jornada
HORÁRIO
JOGO
19.15H
CHCarvalhos - All Stars Team
20.35H
APDesportos - AACoimbra
22.00H
CDNortecoope - URECA
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HORÁRIO
JOGO
19.15H
APDesportos - CHCarvalhos
20.35H
URECA - All Stars Team
22.00H
CDNortecoope - AACoimbra
HORÁRIO
JOGO
19.15H
All Stars Team - AACoimbra
20.35H
CHCarvalhos - Ureca
22.00H
CDNortecoope - APDesportos
HORÁRIO 19.15H
16 Julho 2000 7ª Jornada
13 Julho 2000 3ª Jornada
HORÁRIO JOGO AACoimbra - URECA
20.35H
All Stars Team - APDesportos
22.00H
CDNortecoope - CHCarvalhosv
JOGO
10.30H
Seleção de Atletas Portugueses Seleção de Atletas Estrangeiros
12.00H
Cerimónia de Encerramento
13.00H
Almoço convívio
22 949 09 04 PÃO DE ALHO 2 FATIAS 4 FATIAS SALADAS SIMPLES 160$00 250$00 Frango (frango, milho, alface e tomate) 450$00 C/ MOZZARELLA 220$00 350$00z Atum (atum, ovo, alface e tomate) 450$00 Pizza & Cª (espargos, milho, cebola, ovo, azeitonas, alface e tomate) 450$00 AS NOSSAS PIZZAS MÉDIA QUATRO ESTAÇÕES (Mozzarella, chouriço e cebola, fiambre e cogumelos, atum e azeitonas, bacon e ananás) 2.250$00 PORTUGUESA (Mozzarella, chouriço, ovo, Fiambre, tomate, azeitonas, atum, cebola e pimento) 2.250$00 BOLONHESA (Mozzarella, carne picada, cebola e azeitonas) 1.850$00 FRANGO (Mozzarella, frango, milho e azeitonas) 1.850$00 4 QUEIJOS (combinação de 4 queijos diferentes) 1.850$00 CALABRESA (Mozzarella, chouriço, cebola e azeitonas) 1.450$00 ATUM (Mozzarella, atum, cebola e azeitonas) 1.450$00 SUPREMA (Mozzarella, fiambre e cogumelos) 1.450$00 MARGUERITA (Mozzarella) 1.050$00 SICILIANA (Mozzarella, presunto e azeitonas) 1.450$00 TOSCANA (Mozzarella, bacon, cogumelos, cebola e azeitonas) 1.650$00 VEGETARIANA (Mozzarella, espargos, milho, azeitonas e cogumelos) 1.450$00 NAPOLITANA (Mozzarella, atum, camarão e ananás) 1.650$00 ROMANA (Mozzarella, chouriço, bacon e fiambre) 1.650$00 SUPER ROMANA (Mozzarella, chouriço, bacon, fiambre, cogumelos e extra queijo) 2.050$00 TROPICAL (Mozzarella, ananás, banana e pêssego) 1.650$00 HAVAIANA (Mozzarella, fiambre, ananás e pêssego) 1.650$00 CALZONE (Mozzarella, fiambre e ovo, fechada) 1.650$00 Todas as pizzas têm molho de tomate, mozzarela e oregãos, se não desejar não incluímos
FAMILIAR 3.200$00 3.200$00 2.700$00 2.700$00 2.700$00 2.200$00 2.200$00 2.200$00 1.700$00 2.200$00 2.450$00 2.200$00 2.450$00 2.450$00 2.950$00 2.450$00 2.450$00 2.450$00
FAÇA VOCÊ MESMO BASE + 1 ingrediente BASE + 2 ingredientes BASE + 3 ingredientes BASE + 4 ingredientes BASE + 5 ingredientes
MÉDIA 1.250$00 1.450$00 1.650$00 1.850$00 2.050$00
FAMILIAR 1.950$00 2.200$00 2.450$00 2.700$00 2.950$00
MASSAS LASANHA PIZZA & Cª CANELONI ESPARGUETE BOLONHESA
1.250$00 1.250$00 1.150$00
Partindo da base com queijo mozzarella, molho de tomate e orégaos, componha a sua pizza escolhendo os seguintes ingredientes: cogumelos, fiambre, ovo, chouriço, cebola, rodelas de tomate, azeitonas, pimento, bacon, presunto, camarão, ananás, extra queijo, milho, espargos, atum, banana e pêssego.
SOBREMESAS MOUSSE DE CHOCOLATE CASEIRA SALADA DE FRUTAS
350$00 280$00
BEBIDAS REFRIGERANTES EM LATA CERVEJA (LATA) ÁGUA MINERAL
170$00 200$00 100$00
Entrega Grátis ao Domícilio
MAIA 22 949 09 04
PÓVOA DE VARZIM 252 613 711
V. N. FAMALICÃO 252 318 818
Horário: DE DOMINGO A QUINTA, DAS 12h ÀS 23h, SEXTAS E SÁBADOS DAS 12h ÀS 24h. ÁREA LIMITADA DE ENTREGAS . IVA INCLUÍDO À TAXA EM VIGOR. Visite-nos em: www.maianova.pt/pizza_e_companhia
DESPORTO
Sábado, 8 de Julho de 2000
31 BILHAR
Campeonato Nacional Individual 99/00
Henrique Correia e Alexandra Cunha campeões Prova organizada pela Federação Portuguesa de Bilhar, decorreu nos dias 31 de Junho e 01, 02 de Julho, no Minho Center Carrefour, em Braga, a fase final do campeonato nacional individual, masculino e feminino, de pool (bola nove para o masculino e bola oito para o feminino). Cristina e Guilherme Costa
O pool masculino, que contou com os 16 atletas melhor classificados do ranking nacional, foi jogado em três fases. Numa primeira fase, os jogadores foram divididos em quatro poules de 4 jogadores cada, que apuraram os dois primeiros para a fase seguinte. Na fase seguinte, os atletas foram novamente divididos em duas poules de quatro que apurou os quatro atletas que iriam disputar a fase derradeira. O pool feminino, que contou apenas com as oito atletas melhor classificadas no ranking nacional, foi disputado nos mesmos moldes da prova masculina, só que com menos uma fase. Os atletas apurados para esta fase, masculinos e femininos, representavam os clubes: Futebol Clube do Porto, Ateneu Comercial do Porto, Sporting de Braga, Clube de Bilhar Plaza (Alfena), Grupo Desportivo Aldeia Nova (Perafita), Sporting Clube de Portugal, Salão Bola
D’Ouro (Setúbal), Salão F. Albano (Seixal). Bracarense Henrique Correia surpreende no pool masculino A vitória do bracarense Henrique Correia sobre o sportinguista Rui Edgar (vencedor da taça de Portugal 99/00 e até à altura, campeão nacional individual) foi uma surpresa para todos os presentes, uma vez que com Pedro Grilo, número 1 do ranking, eliminado na segunda fase, Rui Edgar era para todos o maior favorito. Mas o favoritismo do “leão” não intimidou o atleta bracarense, a jogar muito bem e sempre apoiado por uma enorme e ruidosa claque, por estar a jogar em casa. Rui Edgar e Henrique Correia apresentaram-se no derradeiro jogo com duas vitórias cada, podendo, portanto, qualquer um sagrar-se campeão, dependendo só de si próprio. O atleta da
Os Campeões: Alexandra Cunha e Henrique Correia
casa derrotou de forma algo inesperada (e com muita sorte à mistura) o “leão” Rui Edgar por concludentes 8-4. Nos terceiros e quartos lugares ficaram, respectivamente, o “Dragão” Marcelo Catarino e António Lameirão do Clube de Bilhar Plaza. Alexandra Cunha vence no pool feminino A atleta do Sporting Clube de Portugal venceu, justa e merecidamente, o campeonato nacional 99/00, ao derrotar, de forma concludente, todas as sua adversárias da fase final. Depois de um início de campeonato algo comprometedor e em que poderia ter sido eliminada, conseguindo o apuramento apenas na terceira e última ronda da primeira fase, Alexandra Cunha iniciou a fase final da melhor maneira ao derrotar por 5-3 a sua colega de equipa, e principal adversária, Rute Saraiva (campeã nacional
98/99), vencendo na segunda ronda Cristina Machado do Clube de Bilhar Plaza por 5-0 e na terceira e última, a atleta do Futebol Clube do Porto Margarida Valente por 5-1. A vencedora da taça de Portugal 99/00, Vânia Franco do Futebol Clube do Porto, foi surpreendentemente eliminada na primeira fase. Após um começo desastrado, a atleta nortenha ainda tentou a qualificação vencendo as duas partidas que lhe restavam, mas a diferença entre as partidas ganhas e perdidas ditou a sua eliminação. Perdendo assim o título para a sua colega, Rute Saraiva obteve o segundo lugar, seguida de Margarida Valente em terceiro e de Cristina Machado em quarto. De salientar este quarto lugar obtido pela atleta Maiata Cristina Machado, um lugar honroso, visto estarmos perante a “nata” do bilhar feminino nacional e que, esperamos nós, a vai lançar definitivamente para épocas ainda melhores.
Alexandra Cunha, Rute Saraiva, Margarida Valente, e Cristina Machado
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DESPORTO
Sábado, 8 de Julho de 2000 FUTEBOL
“EURO 2000” No Grupo dos Melhores Carlos Barrigana
A categoria individual dos jogadores que compõem a nossa selecção teve o ponto mais alto neste europeu, que serviu de palco para podermos mostrar á Europa e ao Mundo, que fazemos parte dos melhores, e queremos continuar a estar nesse grupo nos próximos anos. Estar entre as quatro melhores selecções da Europa é muito bom, é um feito imenso para um pequeno e pobre País como o nosso. Mas nós como bons portugueses, queríamos mais, porque á medida que o “nosso” europeu se foi desenrolando, o desejo de sucesso foi aumentando na cabeça dos portugueses. Fruto das excelentes exibições que a selecção de Portugal ia brindando os amantes do futebol. A pretensão de estarmos pela primeira vez numa final a este nível era legitima, mas infelizmente, fomos afastados pelos campeões do mundo, que juntamente com a nossa selecção, foram os que praticaram o melhor futebol.
Até aqui seria tudo muito natural, porque em futebol e num jogo a eliminar só pode passar um, se não tivéssemos sido eliminados por uma decisão, que a meu ver foi errada, na pior das hipóteses foi polémica. Muito boa gente diz que é preciso saber perder, ter fair-play, ter bom senso e compreensão quando perdemos, mas eu penso que isso se aplica quando se perde bem e com justiça, o que não foi o caso. Aquela decisão do arbitro auxiliar vai contra o que a UEFA apregoa, porque num jogo em que se apura um finalista (nem que não fosse o caso) e numa altura daquelas do jogo, aquele pénalti assinalado(pelo melhor arbitro auxiliar do europeu aos olhos da UEFA) tinha que estar acima de qualquer suspeita. E não esteve, como provam algumas opiniões contraditórias do lance, e as declarações do arbitro auxiliar, que teve que ver as imagens na televisão para se sentir de consciência tranquila. O esforço dos
jogadores foi posto em causa numa decisão errada e tendenciosa, como o foi a arbitragem do jogo no seu todo. Em que fomos prejudicados sempre em caso de dúvida e penalizando sempre as pretensas faltas dos portugueses, algumas com cartões amarelos. Deixando passar em claro muitas faltas dos franceses, que usaram em certas alturas do jogo esse expediente para travar o jogo criativo da nossa selecção, como por exemplo, para ilustrar o meu raciocínio, a agressão de Zidane ao Jorge Costa a poucos metros do arbitro. Claro que este meu desabafo não tira o mérito á França pela vitória, porque o teve, assim como se nós tivéssemos ganho também o teríamos, tão equilibrado que foi o jogo. Mas desculpem-me, falsos puritanismo não. No balanço final á nossa participação podemos destacar o colectivo. A entreajuda dos jogadores e o espirito com que encararam os jogos, aliado a
uma capacidade técnica fora do comum, foi a imagem de marca do nosso futebol. Não posso deixar de salientar as extraordinárias exibições do Figo e do Fernando Couto e as revelações que foram o Nuno Gomes e o Costinha. Globalmente foi o melhor Campeonato da Europa a que assisti, em que prevaleceu o futebol espectáculo e de ataque praticado no sul da Europa, em detrimento do futebol força e pouco imaginativo das equipas do norte da Europa, que têm que repensar a maneira de encarar uma bola de futebol, que é para ser jogada e não pontapeada. As revelações do campeonato foram a França, porque ter uma equipa que consegue ser melhor que os campeões do mundo de 98 não é fácil, e por ser das equipas que mais ataca a que melhor defende. E Portugal, que chegou onde a maioria não esperava inequivocamente sem favores e com um futebol total cheio de arte e magia. Obrigado Portugal.