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SAI AOS 2OS E 4OS SÁBADOS DE CADA MÊS

Director Artur Bacelar • Ano I • Nº 013 • 12 de Agosto de 2000 • Quinzenal • 150$ - 0,75 €

MAIA Ed. Central Plaza, Loja 24 - Maia Telef: 22 944 36 87/88 Home Page: www.fnac.pt

Ve r ã o D e s p o r t i v o . . .

2 949 09 04 ( 2(ver menú na página 26)

...na Maia Metro do Porto: Vila de Moreira diz não

Nogueirense Prepara nova época

pág. 12

Em Águas Santas nem tudo é bom ambiente

pág. 29

Paraquedismo na Maia

pág. 05

Zona Industrial da Maia I • Sector X • Lote 384 • Barca • 4470 Maia • Tel. 22 9418287 • Fax 22 9418331

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CENTRO DE INSPECÇÕES

pág. 28


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MAIA HOJE

Sábado, 12 de Agosto de 2000

Breves VISIONARIUM a banhos no norte... Propriedade: MAIAPRESS Editores, Lda.

Artur Bacelar Director

REGISTADA NA CONS. REG. COM. DO PORTO COM O NÚMERO 1313 CONTRIBUINTE NÚMERO 504 786 954

Distribuição: António Maia Padrão Redacção / D.Comercial / Distribuição Rua dos Altos, Edifício Arcada, loja 10 4470 - 235 Maia Telefone geral. 22 947 62 62 Telefax. 22 947 62 63 Redacção Directo. 22 947 62 64 Email: maiahoje@mail.telepac.pt DEPÓSITO LEGAL 147209/00 DGCS Nº O 123524 TIRAGEM 3.000 EXEMPLARES

A Equipa do Jornal Maia Hoje trabalha em Exclusivo com produtos

Impresso na Naveprinter Indústria Gráfica do Norte, SA • EN 14 (km 7,05)

Design Gráfico e Serviços de Jornalismo

MILLENNIUM PRESS Grupo Bacelar

Os artigos de opinião são da responsabilidade de quem os assina, não reflectindo nem vinculando a opinião dos editores bem como do director do Jornal. A direcção do Jornal é defensora da plena liberdade de expressão, reservando-se a direcção a não publicar artigos de opinião que prejudiquem a imagem e liberdade de outros. É política do Jornal o pluralismo e isenção nos assuntos tratados.

As férias ... Chegaram as esperadas e merecidas férias Grandes. Uma boa parte da população ruma ao Sul em busca de águas mais cálidas do que as existentes nos nossos concelhos vizinhos, mas infelizmente isso não é para todas as bolsas, muito menos quando os ministros, também a banhos, nos mandam “apertar o cinto”. O Maia Hoje não vai de férias. Apesar da redacção estar um pouco reduzida, asseguramos ao nosso leitor a edição quinzenal, preparando-nos assim arduamente para em Setembro lançarmos a nossa edição semanal, mantendo a qualidade editorial e impondo-nos cada vez mais como o melhor e mais lido jornal regional do concelho, tendo sempre como meta o titulo de melhor jornal regional de 2000. No panorama político, no final destas férias irão começar as “eleições autárquicas”, tendo já o P.P. dado o pontapé de saída, com a marcação de um escrutínio interno para saber se vai reeditar a coligação com o PSD na Maia. Uma coisa é certa, ao marcar esta consulta aos seus militantes, o P.P. nem sequer se deu ao trabalho de saber se o PSD/Maia estará interessado em coligar-se com o PP/Maia, adiantando-se assim a uma tomada de posição pelo PSD, mostrando que querem dar “cartas” no concelho e que uma eventual coligação vai depender do seu partido, remetendo o PSD quase para uma posição de aceitar ou não a decisão do P.P. Sendo assim e com o PSD/Maia, a responder eventualmente com uma demonstração de força por parte da nova comissão política eleita, que já afirmou ser adepta da renovação dos quadros, o regresso das férias promete aquecer o panorama político concelhio. A ver vamos quem ganha esta guerra psicológica entre PP e PSD, com o PS calmamente à espreita.

REDACÇÃO DIRECTO ℡ 2 2 9 47 62 6 4

Foto REPORTER TÍTULO: Que achas? Não estou a ouvir... FOTO: Júlio Ornelas

Conselho de Administração: António Augusto Mandim Paula Rita Oliveira Manuela Sá Bacelar Director da Publicação: Artur Bacelar Chefe de Redacção: Oliveira e Sá Editor Local: António Armindo Soares (jornalista) Editor Desporto: Carlos Barrigana Directora Comercial: Paula Rita Oliveira Design / Paginação: Susana Patrícia Padr\ão Paulo Borges Colaboradores: André Leão Silva André Leonhartsberger Cristina Costa Francisco Alves Guilherme Costa Júlio Sá Ornelas Mário Duarte Miguel Ângelo Miguel Teixeira Williams James Marinho

O Visionarium - Centro de Ciência do Europarque, distribui no próximo dia 14 de Agosto, na praia de Matosinhos, algumas centenas de papagaios de papel. Uma equipa de monitores daquele centro de ciência distribuirá os papagaios Visionarium a crianças e jovens. Seguir-se-á um espectáculo de côr e movimento, com o lançamento de papagaios por um especialista, que proporcionará um grande impacto visual. Imediatamente após o Show, a equipa técnica disponibilizar-se-á para apoiar os jovens no lançamento dos seus papagaios, explicando-lhes as condições físicas do espaço onde o papagaio se movimenta, as técnicas, as manobras básicas, bem como os truques de que resultam figuras acrobáticas. O principio de Bernoulli, a pressão, a força de sustentação, bem como a força gravítica, serão alguns dos conceitos que desta forma serão induzidos aos jovens praticantes, cumprindo assim um dos principais objectivos do Visionarium, que é fomentar o interesse pelos conteúdos científicos, incentivar a descoberta e a respectiva procura de respostas.

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Rua D. João IV, 263 Tel. 22 941 08 11 * 4470 MAIA


POSTAL DA MAIA

Sábado, 12 de Agosto de 2000

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Breves PROCASTÊLO Associação da Defesa do Património da Vila do Castêlo da Maia

Vai a Procastelo Associação de Defesa do Património da Vila do Castelo da Maia, com a colaboração do Pelouro da Cultura da Câmara Municipal da Maia, promover uma homenagem ao Profº Doutor Carlos Alberto Ferreira de Almeida, que foi pároco durante uma dezena de anos na Freguesia de Santa Maria de Avioso e também na Freguesia de Gondim durante nove anos, onde grangeou a admiração, carinho e estima de todos. Mais tarde licenciouse e doutorou-se em História pela Universidade do Porto, tendo desenvolvido um conjunto de estudos, que foram publicados, tornando-se uma perso na lidade re conhe cida intelectualmente em Portugal e em Espanha. O programa desta homenagem consta de uma exposição fotográfica e bibliográfica, que vai ter lugar na Sede da ProCastêlo, sita na Rua Engº Frederico Ulrich, 22 - S. Pedro de Avioso Câstelo da Maia, de 23 de Agosto a 9 de de Setembro próximo. Também terá lugar, no Instituto Superior da Maia, um Colóquio no dia 9 de Setembro, com a participação de seus antigos Professores, Colegas e alunos, que desta forma desejam homenagear o seu Ex-Padre, Aluno, Mestre e Amigo. Nesse mesmo dia será descerrado um seu busto num dos lugares mais aprazíveis da Quinta da Gruta, realiza do pelo Es cultor Manuel Cabral.

A distância do “eventual passeio” à guia da berma (quando existe), chega a ser de mais de 30 cm

Maia Hoje Recorte e envie o cupão para a seguinte morada: JORNAL MAIA HOJE -Rua dos Altos, Ed. Arcada, 10 4470 - 235 Tel. 22 947 62 62 • Fax. 22 947 62 63 • Email: maiapress@mail.pt

Avenida D. Manuel II Uma artéria principal da Maia O Postal da Maia desta quinzena refere-se ao troço da Avenida D. Manuel II compreendido entre o posto de abastecimento da BP e o cruzamento da Rua dos Altos. Como o leitor poderá verificar por estas imagens, tanto de um lado como do outro da referida artéria principal os passeios são em terra, obrigando muitas vezes os transeuntes a utilizarem a rua. Esta situação agrava-se no caso dos deficientes que se deslocam em cadeiras de rodas que ficam assim impossibilitados de se deslocar ao centro da Maia sem correrem o risco de serem atropelados. Urge antes do Inverno rectificar esta situação.

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GRANDEMAIA

Sábado, 12 de Agosto de 2000

Matosinhos recebe a maior exposição itinerante de Portugal

Conhecer o lixo ! A exposição “Conhecer o Lixo” é um espaço de sensibilização, informação e interactividade mas também de animação. Tudo para divulgar a estratégia de gestão de resíduos da LIPOR e elucidar os visitantes para o papel que cada um deve desempenhar nessa mesma gestão. Reduzir, Reutilizar, Reciclar e Recuperar são as suas prioridades. Entre 1 e 31 de Agosto está em Matosinhos - Leça da Palmeira (em frente às instalações navais da Boa Nova) para que todos saibam que podemos contribuir para um mundo melhor. Depois de ter já recebido 85 mil visitantes a Exposição “Conhecer o Lixo” abre as suas portas em Matosinhos para que a população dos municípios que integram a LIPOR saiba o que podem fazer, com o lixo, mas também tudo aquilo que ele pode fazer por nós. A exposição articula toda a informação de uma forma original e apelativa, para uma fácil integração de conhecimentos. Além dos espaços verdadeiramente informativos, tem espaços de interactividade que apelam à participação dos visitantes. As duas Oficinas de Reutilização Artística de Materiais, são espaços em que miúdos e graúdos são convidados a por um lado, explorar o potencial musical dos resíduos, por outro, a construir um candeeiro, objecto útil, utilizando para tal materiais normalmente rejeitados como “lixo”. Enquadrada na estratégia da LIPOR que tem multiplicado esforços na área da educação ambientar, esta exposição, a maior exposição itinerante portuguesa alguma vez realizada, é inteiramente dedicada à sensibilização para a adesão das populações à estratégia da Via Múltipla. É um percurso de aprendizagem e conhecimento. Antes de mais a exposição dá a conhecer a história do lixo na região do Porto. Em seguida esclarece quanto às razões que levaram à

criação da LIPOR. O visitante é depois conduzido por um túnel de lixo doméstico, sendo confrontado com um painel que ilustra as várias situações diárias de produção de resíduos, Até esta fase o percurso evidencia a responsabilidade de cada um na produção de resíduos e no seu tratamento. Neste espaço da exposição é feito o apelo à participação de todos na estratégia de gestão da LIPOR. Aqui chegados, a exposição dividese nas quatro áreas temáticas. Reduzir, Reutilizar, Reciclar e Recuperar. O visionamento em tempo real do que é a recolha selectiva, os ecocentros e o funcionamento do Centro de Triagem, ajudam a compreender mais eficazmente as temáticas abordadas na exposição. É uma viagem educativa, em que o visitante pela experimentação e diversão fica a conhecer a Lixo e descobre que há muito a fazer com ele. Mas a surpresa é a descoberta de tudo aquilo que o lixo pode fazer por nós. Desde Junho de 1999 a exposição “Conhecer o Lixo” já visitou o Porto, Espinho, Póvoa de Varzim, Vila do Conde, Maia e Valongo, tendo recentemente marcado posição na Portugal Ambiente na Exponor. Agora, junto à praia de Leça, abre novamente as portas para um mundo melhor.

Viagem ao futuro limpo começou em Espinho

Verão de bom ambiente “Trazer de volta o verde ao mundo”. Esta é a mensagem principal do stand móvel da LIPOR que já foi apresentado na Portugal Ambiente e agora inicia a sua digressão pelas praias dos municípios que integram a LIPOR. É a nova exposição itinerante que além de apresentar a LIPOR e o seu projecto, convida os veraneantes a embarcar numa viajem ao futuro. A um futuro mais limpo. Esta exposição “Viagem ao futuro mais limpo” faz a apresentação do projecto LIPOR, da sua estratégia e actividades, tendo sido construída num veiculo com cerca de 30m2 quando em exposição. É um veiculo transformado para poder promover o ambiente em qualquer lugar. Além de mostrar o que é o Centro de Triagem, de Compostagem ou Central de Valorização Energética, esta exposição procura levar os visitantes para um mundo melhor. Um mundo onde, por exemplo, todos colaborem com a reciclagem, escolhendo os ecopontos e ecocentros para depositar os resíduos devidamente separados.

Há painéis interactivos que explicam a cada pessoa qual o destino de alguns desses resíduos ou o funcionamento da central que transforma o lixo em luz. É uma exposição activa que pretende levar a acções concretas. No fim desta viagem fica a certeza de que todos “contribuímos para trazer de volta a verde ao mundo”. Embarque nesta ideia. Entre 21 de Julho e 30 de Agosto serão visitadas dez praias. O arranque foi marcado para Espinho junto às Piscinas. Aqui fica o calendário deste Verão de bom ambiente.

LO C A L . . . . . . . . . . . . . . . . . D ATA Praia Forte S. João - Porto . . . . . . . . . . . . . .de 13 a 16 de Agosto Praia do Marreco/Quebrada- Matosinhos . .de 18 a 21 de Agosto Praia da Memória - Matosinhos . . . . . . . . . .de 23 a 26 de Agosto Leça da Palmeira - Matosinhos . . . . . . . . . .de 27 a 30 de Agosto

Clínica Veterinária D. Manuel II `orw^jbkql=a^=ro_^kfw^†Íl=alp=^iqlp=`lj=^=^sbkfa^=aK=j^krbi=ff RUA DOS JACINTOS, Nº. 9 * 4470-235 VERMOIM-MAIA * TELEFONE 22 944 22 54 * TODOS OS DIAS DA SEMANA DAS 15 ÀS 21, SÁBADOS DAS 11 ÁS 13


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Considera a Delegação de Saúde:

“Sem condições de higiene e segurança no trabalho” No concelho da Maia onde muitos habitantes louvam a política ambiental levada a cabo pela autarquia local, existe uma empresa não licenciada sem as mínimas condições de higiene e segurança no local de trabalho e segundo a população que recolheu um abaixo assinado é também altamente poluidora constituindo também um verdadeiro atentado ao meio-ambiente. Numa cidade em que “Em primeiro lugar está o Ambiente” (principal “slogan” camarário colocado em qualquer canto do concelho), aparentemente nem tudo está bem, como provam as queixas de vários maiatos que têm tentado nos últimos tempos alertar as entidades competentes locais e não só. Miguel Ângelo Machado

Toda a situação se desenrola em plena Estrada Nacional 107, em Águas Santas. O estabelecimento industrial tem a denominação social de Júlião Vasques Brandão, Lda e sita no número 830 da referida via e labora em peças de marfinite e acabamentos de mobiliário. A contestação que tem vindo a ser realizada pela fonte do “Maia Hoje” e que conta já com o apoio de mais habitantes que já fizeram ouvir a sua voz através de um baixo assinado, resulta no facto de a empresa laborar com produtos “altamente tóxicos, inflamáveis e perigosos”. Até aqui, não se poderia apontar qualquer ilegalidade já que são imensas as empresas que fruto da sua laboração têm conjuntamente que trabalhar com este tipo de produtos, o problema surge porém na concentração perigosa a escassos metros de habitações privadas e por debaixo de um poste de alta tensão de bidões de 200 litros de produtos quimicos e outras matérias primas inflamáveis, como almofadões para enchimento de sofás, colchões e etc. Tal cenário não deixa de revelar um constante sentimento de insegurança que os vizinhos não temem em transparecer e tornar público, nomeadamente em dias quentes que se têm vindo a sentir por todo o lado. Note-se que basta apenas um cigarro mal apagado ou mesmo uma faúlha “mal direccionada” resultante de um churrasco ou de uma fogueira doméstica dos vizinhos para que a tragédia ocorra. Mas os incómodos e perigos não ficam por aqui. A nossa leitora queixa-se igualmente dos resíduos tóxicos líquidos e sólidos que possuem

como destino final uma pequena área de terra adjacente à empresa fabril. Quando a área se esgota, esses mesmos resíduos com teor presumivelmente altamente poluente, jorram a céu aberto pelos passeios e infiltram-se nas propriedades vizinhas assim como, nos lençóis de água do subsolo e que segundo alguns moradores com base em análises se “tornou imprópria para consumo”. Os restantes desperdícios da unidade fabril ficam ao cuidado dos serviços municipalizados como qualquer outro lixo doméstico. Para a atmosfera são enviados um tipo de pó branco e cheiros a diluentes por chaminés equipadas com ventoinhas que “puxam” os vapores para o exterior e que se encontram ao nível do primeiro andar da habitação vizinha. Pó e cheiros “intensos”, como nos afirma a nossa fonte, por vezes acompanhados por ruídos resultantes supostamente de compressores de grandes dimensões existentes no interior dessa indústria. A plantação de sebes que rodeiam o perímetro da unidade industrial levada a cabo pela própria indústria servirá, segundo a mesma fonte, para que se não veja “todo aquele aparato de bidões, latas e lixo”. Toda esta situação tem vindo a afectar, como já foi dito, a população que por ali habita e tem, inclusive, agravado doenças a alguns habitantes, nomeadamente, respiratórias. Queixas, avisos e alertas foram já direccionados para entidades competentes. A Câmara Municipal da Maia tomou conhecimento da situação no gabinete da presidência, do Ambiente e da Protecção Civil. A Comissão de

Coordenação da Região Norte (CCRN), a Delegação de Saúde da Maia, o Ministério da Economia e do Ambiente também foram notificados acerca desta situação. Até à data a Delegação de Saúde da Maia respondeu às queixas apresentadas afirmando que notificaram os Serviços de Indústria da Direcção Regional da Economia do Norte acerca da situação apresentada pelos munícipes. Entretanto, a mesma entidade efectuou uma visita às instalações da empresa Julião Vasques Brandão Lda, chegando à conclusão que a dita empresa “não possuí as mínimas condições de higiene e segurança no local de trabalho, além de constituir uma eventual fonte de poluição ambiental”. O CCRN respondeu aos queixosos referindo que direccionou os alertas por eles apresentados para a Direcção Regional do

Ambiente/Norte, para a Câmara Municipal da Maia e finalmente para a Direcção dos Serviços Regional do Porto da Direcção Geral da Energia. A CMM depois de ter comunicado a sua vontade em arquivar as queixas realizadas, acabou passados dois meses, por informar que foi remetido um ofício à Direcção Regional de Economia a solicitar a constituição de uma Comissão Técnica para a verificação das condições de laboração da citada unidade industrial, nomeadamente, no âmbito das emissões gasosas e tratamento e destino final dos resíduos sólidos e efluentes líquidos produzidos. Efectuadas todas as diligências que se devem colocar em práctica em situações deste género, para quando uma resolução efectiva do problema, aparentemente grave?


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Matosinhos recebe a maior exposição itinerante de Portugal

Conhecer o lixo ! A exposição “Conhecer o Lixo” é um espaço de sensibilização, informação e interactividade mas também de animação. Tudo para divulgar a estratégia de gestão de resíduos da LIPOR e elucidar os visitantes para o papel que cada um deve desempenhar nessa mesma gestão. Reduzir, Reutilizar, Reciclar e Recuperar são as suas prioridades. Entre 1 e 31 de Agosto está em Matosinhos - Leça da Palmeira (em frente às instalações navais da Boa Nova) para que todos saibam que podemos contribuir para um mundo melhor. Depois de ter já recebido 85 mil visitantes a Exposição “Conhecer o Lixo” abre as suas portas em Matosinhos para que a população dos municípios que integram a LIPOR saiba o que podem fazer, com o lixo, mas também tudo aquilo que ele pode fazer por nós. A exposição articula toda a informação de uma forma original e apelativa, para uma fácil integração de conhecimentos. Além dos espaços verdadeiramente informativos, tem espaços de interactividade que apelam à participação dos visitantes. As duas Oficinas de Reutilização Artística de Materiais, são espaços em que miúdos e graúdos são convidados a por um lado, explorar o potencial musical dos resíduos, por outro, a construir um candeeiro, objecto útil, utilizando para tal materiais normalmente rejeitados como “lixo”. Enquadrada na estratégia da LIPOR que tem multiplicado esforços na área da educação ambientar, esta exposição, a maior exposição itinerante portuguesa alguma vez realizada, é inteiramente dedicada à sensibilização para a adesão das populações à estratégia da Via Múltipla. É um percurso de aprendizagem e conhecimento. Antes de mais a exposição dá a conhecer a história do lixo na região do Porto. Em seguida esclarece quanto às razões que levaram à

criação da LIPOR. O visitante é depois conduzido por um túnel de lixo doméstico, sendo confrontado com um painel que ilustra as várias situações diárias de produção de resíduos, Até esta fase o percurso evidencia a responsabilidade de cada um na produção de resíduos e no seu tratamento. Neste espaço da exposição é feito o apelo à participação de todos na estratégia de gestão da LIPOR. Aqui chegados, a exposição dividese nas quatro áreas temáticas. Reduzir, Reutilizar, Reciclar e Recuperar. O visionamento em tempo real do que é a recolha selectiva, os ecocentros e o funcionamento do Centro de Triagem, ajudam a compreender mais eficazmente as temáticas abordadas na exposição. É uma viagem educativa, em que o visitante pela experimentação e diversão fica a conhecer a Lixo e descobre que há muito a fazer com ele. Mas a surpresa é a descoberta de tudo aquilo que o lixo pode fazer por nós. Desde Junho de 1999 a exposição “Conhecer o Lixo” já visitou o Porto, Espinho, Póvoa de Varzim, Vila do Conde, Maia e Valongo, tendo recentemente marcado posição na Portugal Ambiente na Exponor. Agora, junto à praia de Leça, abre novamente as portas para um mundo melhor.

Viagem ao futuro limpo começou em Espinho

Verão de bom ambiente “Trazer de volta o verde ao mundo”. Esta é a mensagem principal do stand móvel da LIPOR que já foi apresentado na Portugal Ambiente e agora inicia a sua digressão pelas praias dos municípios que integram a LIPOR. É a nova exposição itinerante que além de apresentar a LIPOR e o seu projecto, convida os veraneantes a embarcar numa viajem ao futuro. A um futuro mais limpo. Esta exposição “Viagem ao futuro mais limpo” faz a apresentação do projecto LIPOR, da sua estratégia e actividades, tendo sido construída num veiculo com cerca de 30m2 quando em exposição. É um veiculo transformado para poder promover o ambiente em qualquer lugar. Além de mostrar o que é o Centro de Triagem, de Compostagem ou Central de Valorização Energética, esta exposição procura levar os visitantes para um mundo melhor. Um mundo onde, por exemplo, todos colaborem com a reciclagem, escolhendo os ecopontos e ecocentros para depositar os resíduos devidamente separados.

Há painéis interactivos que explicam a cada pessoa qual o destino de alguns desses resíduos ou o funcionamento da central que transforma o lixo em luz. É uma exposição activa que pretende levar a acções concretas. No fim desta viagem fica a certeza de que todos “contribuímos para trazer de volta a verde ao mundo”. Embarque nesta ideia. Entre 21 de Julho e 30 de Agosto serão visitadas dez praias. O arranque foi marcado para Espinho junto às Piscinas. Aqui fica o calendário deste Verão de bom ambiente.

LO C A L . . . . . . . . . . . . . . . . . D ATA Praia Forte S. João - Porto . . . . . . . . . . . . . .de 13 a 16 de Agosto Praia do Marreco/Quebrada- Matosinhos . .de 18 a 21 de Agosto Praia da Memória - Matosinhos . . . . . . . . . .de 23 a 26 de Agosto Leça da Palmeira - Matosinhos . . . . . . . . . .de 27 a 30 de Agosto

Clínica Veterinária D. Manuel II `orw^jbkql=a^=ro_^kfw^†Íl=alp=^iqlp=`lj=^=^sbkfa^=aK=j^krbi=ff RUA DOS JACINTOS, Nº. 9 * 4470-235 VERMOIM-MAIA * TELEFONE 22 944 22 54 * TODOS OS DIAS DA SEMANA DAS 15 ÀS 21, SÁBADOS DAS 11 ÁS 13


Sábado, 12 de Agosto de 2000

GRANDEMAIA

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Considera a Delegação de Saúde:

“Sem condições de higiene e segurança no trabalho” No concelho da Maia onde muitos habitantes louvam a política ambiental levada a cabo pela autarquia local, existe uma empresa não licenciada sem as mínimas condições de higiene e segurança no local de trabalho e segundo a população que recolheu um abaixo assinado é também altamente poluidora constituindo também um verdadeiro atentado ao meio-ambiente. Numa cidade em que “Em primeiro lugar está o Ambiente” (principal “slogan” camarário colocado em qualquer canto do concelho), aparentemente nem tudo está bem, como provam as queixas de vários maiatos que têm tentado nos últimos tempos alertar as entidades competentes locais e não só. Miguel Ângelo Machado

Toda a situação se desenrola em plena Estrada Nacional 107, em Águas Santas. O estabelecimento industrial tem a denominação social de Júlião Vasques Brandão, Lda e sita no número 830 da referida via e labora em peças de marfinite e acabamentos de mobiliário. A contestação que tem vindo a ser realizada pela fonte do “Maia Hoje” e que conta já com o apoio de mais habitantes que já fizeram ouvir a sua voz através de um baixo assinado, resulta no facto de a empresa laborar com produtos “altamente tóxicos, inflamáveis e perigosos”. Até aqui, não se poderia apontar qualquer ilegalidade já que são imensas as empresas que fruto da sua laboração têm conjuntamente que trabalhar com este tipo de produtos, o problema surge porém na concentração perigosa a escassos metros de habitações privadas e por debaixo de um poste de alta tensão de bidões de 200 litros de produtos quimicos e outras matérias primas inflamáveis, como almofadões para enchimento de sofás, colchões e etc. Tal cenário não deixa de revelar um constante sentimento de insegurança que os vizinhos não temem em transparecer e tornar público, nomeadamente em dias quentes que se têm vindo a sentir por todo o lado. Note-se que basta apenas um cigarro mal apagado ou mesmo uma faúlha “mal direccionada” resultante de um churrasco ou de uma fogueira doméstica dos vizinhos para que a tragédia ocorra. Mas os incómodos e perigos não ficam por aqui. A nossa leitora queixa-se igualmente dos resíduos tóxicos líquidos e sólidos que possuem

como destino final uma pequena área de terra adjacente à empresa fabril. Quando a área se esgota, esses mesmos resíduos com teor presumivelmente altamente poluente, jorram a céu aberto pelos passeios e infiltram-se nas propriedades vizinhas assim como, nos lençóis de água do subsolo e que segundo alguns moradores com base em análises se “tornou imprópria para consumo”. Os restantes desperdícios da unidade fabril ficam ao cuidado dos serviços municipalizados como qualquer outro lixo doméstico. Para a atmosfera são enviados um tipo de pó branco e cheiros a diluentes por chaminés equipadas com ventoinhas que “puxam” os vapores para o exterior e que se encontram ao nível do primeiro andar da habitação vizinha. Pó e cheiros “intensos”, como nos afirma a nossa fonte, por vezes acompanhados por ruídos resultantes supostamente de compressores de grandes dimensões existentes no interior dessa indústria. A plantação de sebes que rodeiam o perímetro da unidade industrial levada a cabo pela própria indústria servirá, segundo a mesma fonte, para que se não veja “todo aquele aparato de bidões, latas e lixo”. Toda esta situação tem vindo a afectar, como já foi dito, a população que por ali habita e tem, inclusive, agravado doenças a alguns habitantes, nomeadamente, respiratórias. Queixas, avisos e alertas foram já direccionados para entidades competentes. A Câmara Municipal da Maia tomou conhecimento da situação no gabinete da presidência, do Ambiente e da Protecção Civil. A Comissão de

Coordenação da Região Norte (CCRN), a Delegação de Saúde da Maia, o Ministério da Economia e do Ambiente também foram notificados acerca desta situação. Até à data a Delegação de Saúde da Maia respondeu às queixas apresentadas afirmando que notificaram os Serviços de Indústria da Direcção Regional da Economia do Norte acerca da situação apresentada pelos munícipes. Entretanto, a mesma entidade efectuou uma visita às instalações da empresa Julião Vasques Brandão Lda, chegando à conclusão que a dita empresa “não possuí as mínimas condições de higiene e segurança no local de trabalho, além de constituir uma eventual fonte de poluição ambiental”. O CCRN respondeu aos queixosos referindo que direccionou os alertas por eles apresentados para a Direcção Regional do

Ambiente/Norte, para a Câmara Municipal da Maia e finalmente para a Direcção dos Serviços Regional do Porto da Direcção Geral da Energia. A CMM depois de ter comunicado a sua vontade em arquivar as queixas realizadas, acabou passados dois meses, por informar que foi remetido um ofício à Direcção Regional de Economia a solicitar a constituição de uma Comissão Técnica para a verificação das condições de laboração da citada unidade industrial, nomeadamente, no âmbito das emissões gasosas e tratamento e destino final dos resíduos sólidos e efluentes líquidos produzidos. Efectuadas todas as diligências que se devem colocar em práctica em situações deste género, para quando uma resolução efectiva do problema, aparentemente grave?


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GRANDE MAIA

Sábado, 12 de Agosto de 2000

Nova lei sobre os animais

Cuidado! Tenho um cão! O governo prepara-se para após o Verão, lançar uma lei sobre os ditos “cães perigosos”. Segundo lemos no jornal Expresso, irá ser proibida a importação e criação de certas raças, bem como a esterilização dos machos existentes. Os defensores dos animais dizem: Despenalize-se o cão e penalize-se o proprietário. E prepara-se também para na secretaria judicial os processos (por não trazerem tela e açaime) serem acelerados. Artur Bacelar

Julgo ser consensual que a existente lei sobre os animais é antiquada e desajustada, mas as medidas drásticas que o governo se prepara para lançar são no mínimo polémicas. Diogo Leite de Campos, advogado responsável pela elaboração do projecto de lei, em entrevista ao fórum “on-line” do jornal Expresso” põe a água na fervura e afirma que a lei irá ser mais branda do que a existente na Alemanha e na França, mas vai dizendo que o modelo de base é o Espanhol, onde as multas poderão chegar aos seis mil contos, apesar de não haver nenhuma directiva comunitária nesse sentido, existindo basicamente uma lei de protecção dos animais que porventura não está a ser aplicada em Portugal. Inquirido sobre a necessidade de os donos passarem a ser obrigados a trazerem sempre consigo uma licença, o referido legislador afirma que as armas também necessitam de licença e há cães que são bem mais perigosos do que pistolas, não referindo se tratava de cães individualmente ou de raças colectivas. O governo está a descurar uma importante massa da população da qual fazem parte os donos dos animais de estimação que são “ferozes” a defender os animais, pelo que promete dar que falar a “rentrée” política na Assembleia da Republica. Os donos dos animais, pretendem uma legislação que penalize os proprietários em vez do animal que segundo afirmam não

tem culpa nenhuma de terem sido educados para este ou outro fim. No caso Alemão verificou-se uma situação que também ela é grave, os animais ditos perigosos foram abandonados nas ruas pelos seus proprietários com medo de represálias dos seus vizinhos, tendo na França um pacato cidadão que passeava o seu cão pela trela, sido abordado por um grupo de pessoas que o espancaram e seguidamente regaram o cão com gasolina e incendiaram-no vivo. De acordo com estas situações, além da penalização do dono do animal, os defensores dos animais reclamam que todos os proprietários de animais sejam obrigados a colocar um microship na orelha do animal com informações dos seus donos para que sejam responsabilizados aquando do seu abandono (também esta situação considerada muito grave). Para Pedro Trigo da comissão do L.O.P. em entrevista ao Jornal de Noticias, existem estatísticas enganosas, havendo registo de ataques com a raça Rottweiler porque existem muitos animais dessa espécie afirmando mesmo que é comparar os acidentes com Fiat Uno e com Ferraris. O Maia Hoje constatou também que existe uma declaração universal dos direitos dos animais proclamada pela UNESCO em 15 de Outubro de 1978 que o leitor poderá analisar em caixa à parte.

DECLARAÇÃO DOS DIREITOS DOS ANIMAIS PREÂMBULO Considerando que todo o animal possui direitos, considerando que o desconhecimento e o desprezo destes direitos têm levado e continuam a levar o homem a cometer crimes contra os animais e contra a natureza, considerando que o reconhecimento pela espécie humana do direito à existência das outras espécies animais constitui o fundamento da coexistência das outras espécies no mundo, considerando que os genocídios são perpetrados pelo homem e há o perigo de continuar a perpetrar outros, considerando que o respeito dos homens pelos animais está ligado ao respeito dos homens pelo seu semelhante, considerando que a educação deve ensinar desde a infância a observar, a compreender, a respeitar e a amar os animais.

PROCLAMA-SE O SEGUINTE: Artigo 1º 1. Todos os animais nascem iguais perante a vida e têm os mesmos direitos à existência.

Artigo 2º 1. Todo o animal tem o direito a ser respeitado. 2. O homem, como espécie animal, não pode exterminar os outros animais ou explorá-los violando esse direito; tem o dever de pôr os seus conhecimentos ao serviço dos animais. 3. Todo o animal tem o direito à atenção, aos cuidados e à protecção do homem.

Artigo 3º 1. Nenhum animal será submetido nem a maus tratos nem a actos cruéis. 2. Se for necessário matar um animal, ele deve de ser morto instantaneamente, sem dor e de modo a não provocar-lhe angústia.

Artigo 4º 1. Todo o animal pertencente a uma espécie selvagem tem o direito de viver livre no seu próprio ambiente natural, terrestre, aéreo ou

aquático e tem o direito de se reproduzir. 2. toda a privação de liberdade, mesmo que tenha fins educativos, é contrária a este direito.

2. As exibições de animais e os espectáculos que utilizem animais são incompatíveis com a dignidade do animal.

Artigo 5º

Artigo 11º

1. Todo o animal pertencente a uma espécie que viva tradicionalmente no meio ambiente do homem tem o direito de viver e de crescer ao ritmo e nas condições de vida e de liberdade que são próprias da sua espécie. 2. Toda a modificação deste ritmo ou destas condições que forem impostas pelo homem com fins mercantis é contrária a este direito.

1. Todo o acto que implique a morte de um animal sem necessidade é um biocídio, isto é um crime contra a vida.

Artigo 6º 1. Todo o animal que o homem escolheu para seu companheiro tem direito a uma duração de vida conforme a sua longevidade natural. 2. O abandono de um animal é um acto cruel e degradante.

Artigo 12º 1. Todo o acto que implique a morte de grande número de animais selvagens é um genocídio, isto é, um crime contra a espécie. 2. A poluição e a destruição do ambiente natural conduzem ao genocídio.

Artigo 13º 1. O animal morto deve de ser tratado com

respeito. 2. As cenas de violência de que os animais são vítimas devem de ser interditas no cinema e na televisão, salvo se elas tiverem por fim demonstrar um atentado aos direitos do animal.

Artigo 14º 1. Os organismos de protecção e de salvaguarda dos animais devem estar representados a nível governamental. 2. Os direitos do animal devem ser defendidos pela lei como os direitos do homem. (*) A Declaração Universal dos Direitos do Animal foi proclamada na UNESCO em 15 de Outubro de 1978

Artigo 7º 1. Todo o animal de trabalho tem direito a uma limitação razoável de duração e de intensidade de trabalho, a uma alimentação reparadora e ao repouso.

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Artigo 8º 1. A experimentação animal que implique sofrimento físico ou psicológico é incompatível com os direitos do animal, quer se trate de uma experiência médica, científica, comercial ou qualquer que seja a forma de experimentação. 2. As técnicas de substituição devem de ser utilizadas e desenvolvidas.

Artigo 9º 1. Quando o animal é criado para alimentação, ele deve de ser alimentado, alojado, transportado e morto sem que disso resulte para ele nem ansiedade nem dor.

Artigo 10º 1. Nenhum animal deve de ser explorado para divertimento do homem.

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SOCIEDADE

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Na Igreja Conventual de Moreira

Ana e Jorge Carvalho contraem matrimónio Conforme noticiado na edição nº 11 do passado dia 8 de Julho, Ana Carvalho, filha do Presidente da Câmara Municipal da Maia e Jorge Carvalho contrairam matrimónio no passado dia 5 de Agosto na Igreja Conventual de Moreira, perante um extenso rol de convidados. Patrícia Padrão e Paulo Santos

Estava um daqueles dias de calor em que o termómetro ultrapassava largamente os trinta graus, talvez por isso a cerimónia estivesse marcada para as dezassete horas aproveitando assim o amenizar da temperatura. À hora marcada os convidados esperavam os noivos para assistirem a cerimónia religiosa que poucos minutos depois da hora teve início. A cerimónia durou cerca de uma hora e meia, sendo constituída por missa acompanhada por um belíssimo coro de vozes. A noiva, estava lindíssima, com um vestido branco comprido e um longo véu, tendo dado nas vistas pela sua simplicidade e bom gosto. Finda a cerimónia, os noivos foram presenteados com a habitual “chuva” de arroz que caía da torre da igreja. Finalmente, noivos e convi dados dirigiram-se ao Palácio da Bolsa onde os esperava o Jantar/Recepção confeccionado pelo Porto Palácio Hotel. Toda a equipa do Jornal Maia Hoje aproveita a ocasião para desejar aos felizes noivos muitas felicidades.

CDI Clínica Dentária Integrada Centro de Implantes Dentários

Dr. Raúl Vaz de Carvalho Sendo a 1ª Clínica Dentária Integrada do País, a CDI põe à sua disposição as mais avançadas tecnologias e um vasto leque de serviços, tendo como objectivo primordial melhorar a qualidade de vida dos seus doentes. Assim pode usufruir: - Elevada competência nos diagnósticos e tratamentos. - Consultórios de Medicina Dentária, com exclusividade nas áreas de: - Implantologia Oral e Extra-oral; - Próteses Fixa e Removível; - Oclusão e Dor Orofacial; - Dentisteria Operatória - Endodontia - Odontopediatria - Ortodontia Fixa e Removível - Bloco Operatório - Gabinete de Higiene Oral: Prevenção e Análises Salivares - Gabinete de Radiologia - Laboratórios de Próteses Fixa, Removível e Ortodontia. A CDI dispõem ainda de depósito de água tratada e gerador de energia eléctrica. Está ligada via Internet, a Centros Clínicos estrangeiros, permitindo acompanhar as mais recentes evoluções quer no campo tecnológico como no campo científico. Alvará n.º 1817/97

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C.A. do Metro tem novos elementos O Conselho de Administração da Metro do Porto, S.A. é, a partir do dia 28 de Julho, composto por sete membros. Com a eleição dos novos administradores na Assembleia Geral concluída naquela data, o Conselho de Administração passa a ser composto por José Vieira de Carvalho (Presidente), Valentim Loureiro, Manuel Seabra, Nuno Cardoso, Oliveira Marques, Alberto Amorim Pereira e Manuel Duarte Vieira. Estes três últimos administradores exercem funções a tempo inteiro, com

competências delegadas pelo Conselho de Administração. A eleição do Presidente e dos restantes membros do Conselho foi votada por unanimidade e todos eles foram eleitos para um mandato de quatro anos. Este alargamento do Conselho de Administração da Empresa, composto por três membros desde a data da sua fundação, visa garantir uma maior operacionalidade, adequando a estrutura gestora da Metro do Porto, S.A. à actual fase de desenvolvimento do projecto.


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GRANDEMAIA

Sábado, 12 de Agosto de 2000

Concursos, campeonatos e ritmos latinos

MaiaShopping celebra Verão com amplo programa de actividades No âmbito da sua campanha de Verão intitulada “dias escaldantes passados ao fresco”, que está a decorrer desde o dia 15 de Julho e irá continuar até 31 de Agosto, o MaiaShopping vai desenvolver um amplo programa de actividades estivais destinados aos seus clientes. Artur Bacelar

O MaiaShopping vai passar por dias “escaldantes” com muita música, dança e concursos. Da longa lista de actividades destaca-se o concurso “férias em grande”, no qual poderão participar todos os clientes do MaiaShopping que realizem compras de montante superior a 5.000 escudos nas lojas do centro comercial, estando prometido ao primeiro premiado uma excelente viagem a Cuba para duas pessoas durante 14 dias! Enquanto que o segundo premiado receberá dois relógios “Cerruti” (para homem e senhora), cabendo ao terceiro premiado um prémio também ele apetecido de 100.000$00 em compras nas lojas do centro comercial. Integrado nesta mesma campanha, o MaiaShopping acolherá o “Open MaiaShopping” de Pool, a realizar em duas etapas. A primeira é dedicada

exclusivamente a profissionais que disputarão os campeonatos de Masters, Regional, Distrital e Feminino. Em paralelo realizou-se a segunda etapa, que consistiu num campeonato interno, dirigido a todos os clientes do centro comercial maiores de 12 anos. E como não há festa sem música e dança, todas as sextas-feiras do mês de Agosto, pelas 21.30, o MaiaShopping será palco de uma série de concertos de música latinoamericana. Para completar o programa de actividades estivais do MaiaShopping, nas tardes de sábado do mês de Agosto, os clientes do centro comercial poderão desfrutar de aulas de dança latino-americana e ao inicio da noite podem ainda assistir a demonstrações destas danças, realizadas por profissionais.

Distribuído gratuitamente com esta edição do Maia Hoje

“Olhares” a revista do MaiaShopping em 2ª Edição.

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O leitor do Maia Hoje poderá mais uma vez desfolhar a excelente “newsletter” do MaiaShopping que é distribuída gratuitamente com este jornal. Impressa em papel 100% reciclado, o seu grafismo é atraente e é composta por 4 páginas coloridas, onde é prestada informação vária aos clientes do famoso centro comercial da Maia. Neste número, o destaque vai como não poderia deixar de ser para as actividades de verão, propondo o gozo de “umas férias em grande” ao vencedor do concurso que se está a realizar. O dia da Mãe, o mês da criança as diversas promoções das lojas, serviços, bem como o top de livros, os cinemas e uma completa agenda de actividades populares do concelho da Maia completam o folheto informativo.


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JÁ COMEÇARAM OS SENSACIONAIS

SALDOS


FREGUESIAS

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Sábado, 12 de Agosto de 2000

Festival de Folclore Infantil

Um mar de gente... Numa organização da Junta de Freguesia de Moreira e do rancho infantil da Associação Recreativa e Cultural de Moreira, realizou-se no passado domingo dia 6 de Agosto, no largo da feira de Pedras Rubras (Praça do Exército Libertador) o “Festival de Folclore Infantil de Moreira 2000”. Paulo Santos e Patrícia Padrão

A Vila de Moreira está muito activa e em festa, a prová-lo está o facto de ter sido utilizado pela 3ª vez este ano o recém adquirido palco desmontável que a Junta de freguesia inaugurou a 20 de Maio passado. Este festival, a exemplo dos anos anteriores, cumpriu a sua função de divertimento e de grande mostra de folclore. O largo encheu-se de gente para ver e ouvir os ranchos que por lá passaram. Alguns pela nostalgia que este tipo de eventos lhes trás, outros pelo conhecimento real do género musical. Este tipo de eventos atrai curiosamente, muita gente, dado que as raízes tanto do folclore como das pessoas que gostam deste tipo de música e dança são originários do norte de Portugal, não encontrando comparativo em toda a Europa, onde apesar de existirem muitos grupos do chamado “folk”, não têm a riqueza de indumentárias que se vislumbra no nosso país.

Atentemos noutros países como a Alemanha, a Suécia, a Suíça, entre outros, cuja vertente musical é mais fincada em detrimento das componentes vestuário e ornamentação. Apesar de confessadamente não ser adepto do género, constato que a vertente cultural destes eventos é importantíssima para o conhecimento das gerações futuras sobre as suas raízes, prestando assim um inegável serviço à comunidade, mantendo as seculares tradi ções, usos e costumes. Sendo assim temos que dar os parabéns às autarquias que desenvolvem o trabalho de apoiar estas iniciativas enriquecedoras do nosso património cultural para que este não passe ao esquecimento. No caso concreto, ao gabinete de actividades culturais da junta de freguesia da Vila de Moreira que tanto tem apoiado as colectividades na persecução deste objectivo.

VIII Festival Internacional de Folclore XVII Festival de Folclore de Folgosa

Folgosa 2000 PROGRAMA 18.00 - Chegada dos Ranchos a Folgosa - Maia 19.00 - Jantar / Convívio 20.45 - Trajar 21.30 - Início do Desfile Etnográfico 21.45 - Entrega e troca de lembranças 22.00 - Início do Festival Folclore

Ordem de actuação em palco Rancho Regional de S. Salvador de Folgosa (Maia/Douro Litoral/Grupo Organizador) Grupo Típico de Danças e Cantares do Afonseiro (Montijo/Baixa Estremadura) Grupo Folclórico os Saloios da Póvoa da Galega (Milharado/Mafra/Estremadura/Região Saloia) Rancho Folclórico de Mundão (Viseu/Beira Alta) Rancho Folclórico a Flôr do Sabugueiro (Dalvares/Tarouca/Alto Douro) Grupo Etnográfico de Vila Praia de Âncora (V.P. Âncora/Alto Minho/Litoral) Grupo de Coros y Danzas Fuente Agria (Puertollano/Cuidad Real/Castilla-la-Mancha/Espanha)


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FREGUESIAS

Junta de Milheirós organiza

11 MILHEIRÓS

Oportunidade para os mais carenciados A Junta de Freguesia de Milheirós, liderada por Alfredo Santos Teixeira promoveu, no passado dia 29 de Julho, um passeio turístico com destino a Lamego, com passagem pelo Marco de Canavezes e Cinfães do Douro. Uma iniciativa que privilegiou cerca de 300 idosos. António Armindo Soares

“Esta é mais uma actividade social- integrada nas restantes actividades culturais que levamos a cabo durante o ano- que se dirige à população mais carenciada, sempre feita com o mesmo carinho e a correr bem, tal como já vem acontecendo há 15 anos. Enquanto estiver à frente da autarquia esta iniciativa não acabará”, salientou ao “Maia Hoje” o presidente da Junta de Milheirós, Alfredo Santos Teixeira. Quanto ao passeio, a saída de Milheirós fez-se logo pela manhãzinha em direcção a Marco de Canavezes, onde se tomou o pequeno almoço. Seguidamente uma visita até Cinfães do Douro e uma oportunidade para conhecer a barragem do Carrapatelo. Já em Lamego, o almoço foi a ocasião que juntou mais as três centenas de convivas, pois comeu-se, bebeu-se e, também, se propiciou a animação e o convívio. Ainda nesta cidade as gentes de Milheirós admiraram um dos templos mais significativos de Portugal, a Igreja de Lamego , com a padroeira Nª Sra dos Remédios, e a sua tão imponente escadaria. O regresso a casa fez-se por Amarante onde se jantou e... tudo acabou bem.

Associação Desportiva e Cultural de Teibas

PEDROUÇOS

VIII Fim de Semana Cultural A Associação Desportiva e Cultural de Teibas, sediada na freguesia de Pedrouços, realizou, nos passados dias 4, 5 e 6 de Agosto, integrado no Plano de Actividades do corrente ano, no Complexo Municipal da Casa do Alto - Parque das Merendas, o VIII Fim de Semana Cultural, destinado a toda a população local. Com um programa que foi desde os jogos populares (corridas de sacos, de latas, gincanas e outros) até actuações de grupos de dança, “Juvedance”, ranchos folclóricos, “Flor de Pedrouços” e de outros agrupamentos musicais, a população aderiu, como aliás tem vindo a acontecer nas últimas edições culturais levadas a cabo pela referida associação. Miguel Ângelo Machado

A Associação Desportiva e Cultural de Teibas (ADCT) foi criada em 1990 por uns “grupos de café” e a sua acção incide na organização de eventos culturais, como a Semana Cultural, festas relacionadas com o S. João, S. Martinho e Natal, passeios infantis e na práctica desportiva, futsal, tendo também como objectivo principal o convívio da população de diversas

idades. Não dispondo de sede social todos os eventos levados a cabo pela ADCT estão sempre dependentes da cedência de instalações camarárias, como foi o caso da VIII Semana Cultural, e da Junta de Freguesia que têm dado todo o apoio possível a esta colectividade. A direcção é presidida por Paulo Rocha e tem como vicepresidente José Ribeiro mais cinco

elementos que formam um total de onze responsáveis pela ADCT se lhe juntarmos os membros do conselho fiscal e da assembleia geral. Os fins de semana culturais têm como principal objectivo a apresentação de algumas exposições, o divertimento da população, essencialmente a pertencente ao Lugar de Teibas, conciliando as danças, trajes e costumes actuais com os

mais antigos e a participação desta em jogos populares e gincanas, que este ano contou com cerca de trinta participantes, resultando sempre no final num lanche de convívio. O orçamento para este evento rondou os 600 contos, contando já com os apoios de instalações fornecidos pela Câmara e Junta de Freguesia, “não nos podemos expandir muito”, conclui Paulo Rocha.


FREGUESIAS

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Sábado, 12 de Agosto de 2000

Juntas de Moreira e V. N. Telha de acordo

Metro do Porto pode “dividir” Moreira? Para apresentarem uma alternativa ao encerramento da Rua Dr. Farinhote, devido à passagem do Metro, as autarquias de Moreira e de Vila Nova da Telha promoveram, no passado dia 28 de Julho, no salão nobre do Bombeiros Voluntários de Moreira, uma sessão de esclarecimento para debater as vantagens e desvantagens da passagem do “Metro do Porto” por estas freguesias. António Armindo Soares

Vieira de Carvalho apenas se pode mostrar solidário

Vieira de Carvalho em declarações ao jornal “Maia Hoje”, na perspectiva de presidente da Câmara Municipal da Maia, disse que o Metro fosse “enterrado seria uma boa solução urbana de excelente qualidade”, embora acrescente, “que as alterações são tão grandes que qualquer dia, este arruamento, que tem hoje um peso enorme na vida das populações desta área, deixa de ter, naturalmente, de aqui por 20 anos, o arruamento está manifestamente secundarizado. Mas parecia-me uma solução a do enterramento do Metro, não a do enterramento da via, porque essa é impossível dadas as repercussões que tinha nos arruamentos confluentes, na Rua da Fábrica, na Rua da Estação, na Rua Farinhote e da Rua das Cruzes das Guardeiras. É possível pôr a via por baixo. Durante muito tempo quando não se pensava em Metro, o enterramento da estrada era perfeitamente impossível , porque não havia cotas para dar saída às ruas que atrás mencionei. Só duas delas é que ficavam com possibilidades de ter acesso à passagem inferior que eram as Ruas das Guardeiras e a da Rua das

Cruzes das Guardeiras. A Rua Dr. Farinhote, a Rua da Fábrica e a Rua da Estação tinham de ser fechadas, quando estavamos a pensar numa solução rodoviária. Por isso é que se pensava numa solução de variante a Norte, que era muito próxima e não causava questão nenhuma, mantendo aqui em cima a travessia de peões. Quando se pensou no problema do Metro, várias pessoas pensaram no enterramento da via. Esse problema não foi “agarrado” pela proposta vencedora, aliás em parte alguma de Matosinhos o metro está enterrado, todo ele circula à superfície”. Enquanto na posição de presidente do conselho de administração do Metro do Porto, Vieira de Carvalho o posicionamento “é o mesmo”porque o Metro depende de meios financeiros inteiramente do governo e só se pode produzir alterações se o governo as aprove”. Vieira “não acredita” que o Estado não abra mão a qualquer alteração. Considerou ainda que o enterramento da via, “sem nenhuma demagogia, é uma solução que de um ponto de vista urbano é favorável a esta

área”. Vieira de Carvalho garante que a população de Pedras Rubras vai ter um serviço de 15 em 15 minutos e “este intervalo é o máximo”, e em termos teóricos o sistema está preparado para chegar, em extremo, a 3 minutos, numa melhoria considerável ao que realmente se passa hoje”. Sobre as palavras de Vieira de Carvalho relativamente a variante à via férrea, Albino Maia, presidente da Junta de Freguesia de Moreira referiu que ao seu executivo “nunca foi presente qualquer projecto, e que também não foi transmitido pela anterior Junta”. Quanto aos Interfaces, o autarca disse: “Entendemos que o Interface que poderá, eventualmente, estar pensado para fazer face ao problema do estacionamento de Pedras Rubras, não será a melhor solução, será uma solução de recurso”. “O Metro não permite que haja cancelas abertas aqui em Pedras Rubras, e se este problema existindo aqui, irá dividir a rua e criar imensos problemas para os seus utententes, quer a nível do trânsito quer a nível dos peões. A via

férrea não vai acabar mas vai dar lugar a outra, onde se transportar o Metro. O que nós autarcas pretendemos fosse feita, pensada a hipótese, a estação do Metro em Pedras Rubras ser subterrânea e isto iria permitir não só que a via à superfície ficásse livre, o trânsito passasse para todos os lados, sem problemas. Seria uma solução razoável para que as pessoas deixassem ali o seu automóvel e apanhásse o transporte do Metro mais comodamente. Esta é uma das posições que reivindicamos como sendo possível, viável, até porque está próxima de uma escola C+S, está próxima dos bombeiros e estes numa situação de emergência vão certamente ter mais problema”, assim nos deu conta Pinho Gonçalves, presidente da Junta da freguesia de Vila Nova da Telha sobre este caso. Durante o debate Vieira de Carvalho falou do processo do Metro desde o seu início até aos dias de hoje e “sempre que haja alguma alteração tem de se dar conhecimento ao Governo, até porque este detém poder sobre o financiamento da obra”.


FREGUESIAS

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Assembleia de Freguesia de Barca

BARCA

Cemitério em debate em assembleia animada Realizou-se no passado dia vinte e oito de Julho, por convocatória do seu Presidente, a Assembleia Ordinária de Barca cuja ordem de trabalhos era constituída essencialmente pela deliberação da proposta de criação de taxa para a criação de gavetas ossárias. Texto António Armindo Soares.

Na noite de 28 de Julho em que o calor ainda se fazia sentir apelando a outras actividades, a Assembleia de Freguesia de Barca reuniu para debater um assunto importante, mas que naquele dia aos presentes não agradaria muito, tratando-se da criação de taxas para a ocupação das gavetas ossárias que fazia parte do ponto 3 considerado á ordem do dia. O primeiro ponto da ordem do dia era, a leitura, discussão e votação da acta anterior que se revelou um pouco polémica em virtude da bancada do Partido Socialista reprovar o texto, apesar deste ter sido aprovado pelos deputados presentes. No período antes da ordem do dia (primeiro ponto da convocatória) o Presidente da Assembleia de Freguesia inscreveu-se para intervir sobre aquilo que considera ser má gestão do executivo em relação ás obras que decorrem na freguesia, tendo o Presidente do executivo Adérito dos Santos respondido que as obras não conhecem a celeridade que a junta gostaria que elas tivessem, remetendo

para os dinheiros vindos da Câmara Municipal a culpa do atraso. Aproveitou a ocasião para citar os 9.000 contos que a Câmara disponibilizará para a continuidade do Lar, lamentando que esses dinheiros não poderão fazer parte de outros orçamentos de obras que a Junta também considera importantes e que preocupam o executivo. Seguidamente intervido Armindo Costa para manifestar a sua preocupação com o Lavadouro dos Castanheiros, obras em curso e pela atribuição de nomes às ruas. Orlando Jorge seria o orador seguinte para demonstrar o descontentamento com a falta de limpeza de que é alvo a rua de Paiço, sendo segundo as suas palavras esta situação bastante visível. Adérito dos Santos responderia que face ao orçamento seria impossível os funcionários de limpeza percorrerem as ruas da Freguesia mais do que duas vezes por ano. Visivelmente em oposição ao Presidente da Junta estava António Ferreira de Sá, Presidente da Assembleia

que várias vezes quebraria o seu estatuto de imparcialidade para fazer as vezes de deputado da oposição afirmando que o executivo não estava coeso, e que o seu Presidente apenas dava umas voltas pela Freguesia com o intuito de cativar os

eleitores. Adérito dos Santos estava visivelmente contra as acusações que lhe eram imputadas, sendo notório o mal estar que se vive entre as várias forças da freguesia.

ÁGUAS SANTAS

Organizada pela Junta de Freguesia

Colónia Balnear de Águas Santas Numa excelente iniciativa da Junta de Freguesia de Águas Santas, 180 crianças do ensino básico, tiveram a oportunidade de ir à praia, desafogando assim os pais, que de uma forma geral nestas alturas não sabem onde colocar os seus filhos numa época em que as instituições de ensino fecham as postas para umas merecidas férias. Artur Bacelar

A Junta de Freguesia de Águas Santas, atenta ao modo de vida dos seus habitantes organizou este ano uma colónia balnear que está a decorrer na Praia do Funtão na freguesia de Lavra no concelho vizinho de Matosinhos. Destinada essencialmente aos alunos das escolas básicas da freguesia, 180 crianças têm assim a oportunidade de ir á praia de uma forma organizada e segura. A praia escolhida, está devidamente concessionada, sendo vigiada bem ao jeito da série “marés vivas” por um nadador-salvador que no caso especifico é uma nadadora-

salvadora. De salientar que todos os “técnicos” nadadores-salvadores, tem que frequentar com aproveitamento, um curso duríssimo, ministrado pelo instituto de socorros a náufragos (entidade pertencente à Marinha Portuguesa) que lhes permite exercer profissionalmente estas funções, estando preparados e apetrechados para qualquer salvamento nas águas que vigiam. A Junta de Freguesia de Águas Santas, proporcionou ainda, além do acompanhamento por monitores de ambos os sexos seleccionados pelo instituto da juventude para o efeito, transporte, lanche e

seguro, estando presentemente a frequentar a colónia as crianças de Ardegães, Paço, Sangemil, após já terem sido beneficiadas por esta iniciativa, as crianças de Moutidos, Corim, Brás-Oleiro e Granja. Apesar deste esforço financeiro, a Junta de Freguesia de Águas Santas comparticipou ainda a colónia de férias de 6 salas de jardim de infância da rede pública já existentes na freguesia, num total de mais 150 crianças entre os 3 e os 5 anos de idade, elevando assim para 330 o número de crianças que usufruíram desta iniciativa integrada nos projectos de cariz social da junta de freguesia.

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FREGUESIAS

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Sábado, 12 de Agosto de 2000

MAIA

Bem no centro da Maia

Sobreiro centenário salvo pela Câmara A Câmara Municipal da Maia transplantou o sobreiro centenário que estava localizado na Avenida Visconde de Barreiros, mas que por força de no local vir a ser construído mais um projecto urbanístico, “obrigou” que a àrvore fosse para um outro local, para junto ao Parque de Estacionamento Municipal, uma transferência que se passou na tarde do passado dia 8 de Agosto.

António Armindo Soares

À operação de remoção e transporte da enorme àrvore ,assistiu Vieira de Carvalho, sob o intenso calor que se fazia sentir e que a situação fez para o trânsito , atrasar a circulação de veículos durante duas horas e meia. “Porque vai nascer aqui uma construção que não pôde evitar o derrube da árvore, como sempre fazemos ,transplantamos as árvores que estão nestas circunstâncias para espaços municipais arborizados, neste caso para um jardim urbano”. Também com este acto, segundo o que referiu o presidente da Câmara Municipal da Maia procuraram assinalar o 10º aniversário do programa de plantação de árvores nas artérias do concelho, “até hoje plantamos 75.000 árvores, em dez anos, é um recorde. 75.000 àrvores que por circunstâncias naturais ou,

sobretudo, por vandalismo apenas conseguem sobreviver 80% à plantação”. Após ser transportada por um camião devidamente apetrechado com a segurança que era devida a uma operação deste tipo, tudo correu bem e a grande espécie foi colocada na sua nova morada , por uma enorme grua. O Sobreiro, após o transplante, não corre o perigo de vir a morrer? Vieira de Carvalho responde: “Corre algum perigo, sobretudo originado pelo tipo de raíz que o Sobreiro tem. Tomamos todas as precauções para que isso não acontecesse. Desejamos, depois de todo este tipo de trabalho, que isso não venha a ocorrer”. A árvore será regada duas vezes por dia: a primeira será pelas 8 horas da manhã e a segunda, pelas 5 horas da tarde.

III Verão Cultural de Vermoim /FILARMÚSICA 2000

Música sem teatro Artur Bacelar

No passado dia 28 de Julho, sexta-feira, a população de Vermoim teve a oportunidade de assistir a mais um concerto da Banda de Música de Moreira integrado no Ciclo de Concertos das bandas de música do Concelho da Maia (Filarmúsica 2000) e do III Verão Cultural de Vermoim, organizado pela respectiva Junta de Freguesia. O espectáculo que estava marcado para junto à Igreja de Vermoim, acabou à última da hora por ser transferido para o novo salão da junta de freguesia segundo nos foi dito devido a imperativos da banda que se recusava a actuar sem a cobertura do palco apesar da noite estar amena. O “Maia Hoje”, ouviu à porta da junta de freguesia, populares que diziam ainda se lembrar do tempo em que estes andavam a pé a tocar.... Este verão cultural de Vermoim, decididamente está a correr mal para a junta de Vermoim..... ou é o tempo que estraga a festa, ou a falta de divulgação, ou a banda que não quer actuar sem toldo ou até como o dia em que escrevo estas linhas em que estava programada uma actividade de teatro pelo grupo de

Vermoim e lá chegados encontramos um bar da colectividade a funcionar e ninguém sabia de nada...., o que é certo é que estava programada esta actividade e que o repórter estava lá. Felizmente ao que parece a falta de divulgação é tão gritante que ninguém estava lá para assistir. É lamentável que ao serem gastas verbas em actividades públicas destinadas aos habitantes da freguesia, estes não tenham sido informados. Às actividades que tivemos a oportunidade de assistir, algumas tinham gente porque era audível o ruído na zona residencial onde decorria o evento, pelo que as pessoas eram atraídas pela curiosidade. Tudo isto são coisas que estamos em crer que o espirito trabalhador deste executivo irá reparar em situações futuras, e digo trabalhar porque a força de vontade é grande, tendo o repórter testemunhado pelo menos uma vez em que um elemento da junta prestava serviços de carpintaria gratuitamente em prol da população sem que essa actividade faça parte da profissão dessa pessoa, de louvar.

Abriram-se as portas do antigo e do novo Salão Nobre de Vermoim para receber a banda


Sábado, 12 de Agosto de 2000

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Roteiro para umas férias seguras Vai partir para férias? Já verificou se a bagagem está completa? Vejamos. Escova de dentes? Confere. Fato de banho? Confere. Óculos de sol? Confere. Seguros em dia?... Ups! Pois é. Se quer partir realmente descansado, é importante não se esquecer de levar na bagagem alguns seguros próprios da época: por exemplo, o de viagem, de barco, de campismo, de reboque, de bicicleta e, até, o de animais de estimação. Quem o diz é a revista Dinheiro & Direitos, na sua edição de Agosto, onde faz uma extensa análise das apólices mais completas e competitivas do mercado.

Revista Dinheiro & Direitos n.º 41, Agosto de 2000 Para a realização do estudo, esta revista do consumidor traçou vários perfis de possíveis consumidores em férias e enviou um questionário a 23 seguradoras, às quais solicitou informações sobre os produtos em questão: nomeadamente, principais coberturas e exclusões, montantes de capital seguro que é possível contratar, franquias e preços. Com base nos dados fornecidos fez, depois, a selecção das melhores apólices, quer em termos de qualidade, quer em termos de preço (ver esquema com as Escolhas Acertadas, na revista). Mas não fica por aqui. Para quem está pouco familiarizado com o assunto, a revista da DECO deixa ainda dois ou três conselhos da máxima importância. Por exemplo, se está a pensar em levar um atrelado com a tenda ou uma embarcação de recreio para fazer umas pescarias, lembre-se de que é obrigado, por lei, a subscrever

um seguro de responsabilidade civil. Todos os outros são de contratação facultativa. E por falar em seguro de reboque, fique também a saber que poderá ter alguma dificuldade em encontrar uma companhia seguradora que se disponha a comercializá-lo isoladamente. Por isso, assegura a Dinheiro & Direitos, o melhor é contactar a sua seguradora automóvel e “pedir uma extensão das coberturas” para o atrelado. Além disso, alerta esta revista, convém ter muita atenção aos seguros que contrata, para evitar uma duplicação de coberturas. E dá um exemplo: se for viajar de carro e já tiver “um seguro de acidentes pessoais, de responsabilidade civil familiar e de assistência em viagem, não tem qualquer interesse em subscrever o seguro de viagem”, já que estaria a segurar duas vezes as mesmas coisas.


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GRANDE REPORTAGEM

Sábado, 12 de Agosto de 2000

62ª Volta a Portugal em Bicicleta

03:51 Dever cumprido! Terminou no passado Domingo a 62ª edição da volta a Portugal em bicicleta. A equipa da Maia/MSS prometia, devido principalmente às estrondosas vitórias que tem conseguido este ano, mas a concorrência era grande e a etapa rainha da Serra da Estrela, mostrou um Vitor Gamito muito bem preparado e com vontade de vencer a Volta após os quatro segundos lugares de 1993, 94, 96 e 99. No final tudo acabou bem, considerando-se unanimemente o corredor da Porta da Ravessa um justo vencedor, com Claus Moller da Maia/MSS a fazer um merecido 2º lugar a 3,51 minutos. Miguel Ângelo Machado e Artur Bacelar


Sábado, 12 de Agosto de 2000 A equipa da Maia/MSS era à partida uma das favoritas para a prova por ser considerada uma das mais fortes e equilibradas do ciclismo nacional. A mais bem classificada equipa nacional no ranking do UCI (ocupa a 36ª posição), não conseguiu triunfar nem individual nem colectivamente, tendo no final ocupado o sexto posto na classificação por equipas. Conseguiu porém colocar dois homens nos primeiros quintos classificados e venceu três etapas da Volta a Portugal. O espanhol Angel Edo contratado na presente época pela direcção maiata à equipa da Kelme venceu as 3ª e 4ª etapas e o dinamarquês Claus Moller, ex-TVM obteve o primeiro posto na 7ª etapa numa chegada incrível ao cimo do monte da Senhora da Graça. À equipa da União Ciclista da Maia era esperada uma vitória colectiva, mas feitas as contas a concorrência era grande e bem preparada. De facto esta equipa era considerada favorita devido principalmente às numerosas vitorias conseguidas este ano no panorama nacional, mas as coisas não correram bem a Manuel Zeferino que mesmo assim seleccionou um leque de ciclistas que chegaram ao fim

sem a Maia/MSS ter tido uma única baixa. Em números, este ano, nas diversas competições onde esteve presente, a equipa maiata teve 17 vitórias individuais em etapas e 7 primeiros lugares individuais em classificações gerais, com especial relevo para a vitória de Caus Moller na 18ª Volta ao Alentejo que classificou como a maior vitória da sua carreira. Outro exemplo de uma grande vitória foi o resultado obtido por José Azevedo no 4º Grande Prémio Portugal Telecom, tendo-se classificado na primeira posição, após o excelente 2º lugar conquistado na Volta ao Algarve, prova esta em que os homens da União Ciclista da Maia conseguiram através de Angel Edo manter a camisola amarela durante três etapas. Ainda na prova rainha do ciclismo nacional o mesmo Espanhol alcançou o segundo posto na classificação por pontos logo atrás do Lituano Salius Sarkauskas ao serviço da formação do LA PECOL. De vitórias finais o Maia/MSS apenas trouxe para casa o “prémio combinado” obtido por José Azevedo, deixando a “quilómetros” o segundo classificado, o Espanhol da KELME Felix Cardenas.

Vítor Gamito, o vencedor da Volta a Portugal 2000

O SEU JORNAL

GRANDEREPORTAGEM

Classificação final individual dos ciclistas da Maia/MSS na Volta a Portugal 2000 2º . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Claus Moller 4º . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . José Azevedo 46º . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . João Silva 47º . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Rui Lavarinhas 70º . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Angel Edo 76º . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Joan Horrach 83º . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Pedro Cardoso 106º . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Carlos Carneiro 108º . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Paulo Barroso

Din Por Por Por Esp Esp Por Por Por

HMS a 00:03:51 a 00:04:02 a 00:52:08 a 00:54:04 a 01:15:58 a 01:22:03 a 01:28:47 a 01:50:25 a 01:50:43

ANÚNCIO DA RENAULT EM ANEXO

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PUBLICIDADE

Sรกbado, 12 de Agosto de 2000


Sábado, 12 de Agosto de 2000

OPINIÃO

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Metro do Porto

Vieira de Carvalho “Entre a Espada e a Parede” A Junta de Freguesia da Vila de Moreira em colaboração com a sua congénere de Vila Nova da Telha, em boa hora organizou e levou a efeito uma “sessão de esclarecimento” no dia 28 de Julho pelas 21 e 30 horas, no salão nobre dos Bombeiros de Moreira da Maia, sobre as andanças do Metro que irá servir a área metropolitana do Porto. Mário Duarte *

Abriu a sessão o presidente da junta da Vila de Moreira, Albino Maia, que de forma breve e objectiva a todos deu conhecimento da principal questão que iria constituir o objecto da controvérsia. As obras do Metro teriam levado a C.P. a optar pela construção de um muro na passagem de nível junto à estação de Pedras Rubras com o consequente corte do trânsito - assim como da proposta de solução apresentada pelo executivo a que preside -enterramento da estação de Pedras Rubras, entenda- se, edificação de uma estação subterrânea do Metro, e construção de um aparcamento automóvel na área actualmente ocupada pela estação, pedindo desde logo o apoio do presidente da câmara da Maia, Professor Vieira de Carvalho, que é também presidente do Conselho de Administração do Metro do Porto. Por sua vez o presidente da junta de Vila Nova da Telha, solidarizando-se com a posição defendida e concordando com a solução apresentada pelo executivo da Junta da Vila de Moreira, apelou também a Vieira de Carvalho que, quer enquanto presidente da câmara, quer na qualidade de presidente do conselho de administração do Metro, tudo fizesse para que fosse adoptada a solução proposta. Vieira de Carvalho, começando por agradecer o convite que lhe tinha sido endereçado pelo executivo da junta da Vila de Moreira, disse que tinha já realizado por solicitação de outros autarcas, sessões idênticas, e que estava ali com o único objectivo de relatar a realidade dos factos e não para fazer demagogia, como outros que, se estivessem no seu lugar eventualmente poderiam aproveitar, para alardear da importância da obra, mas nada fazendo em concreto, demarcando-se desde logo de todos aqueles que estão na política pela “vontade de poder”, mas sem qualquer espírito de serviço e afirmandose simultaneamente como político e cidadão eticamente responsável perante a população. Durante mais de uma hora, o ilustre autarca fez uma breve história do “projecto” do Metro do Porto, salientando o facto de não existir um projecto de pormenor mas apenas um traçado geral do percurso a que chamou um “projecto de concepção”, uma vez que a elaboração de um projecto com todos os detalhes demoraria cerca de dois a três anos, dando a entender que tal facto, não só atrasaria em demasia o arranque dos trabalhos como poderia até comprometer a execução da obra, atento o facto de ser a maior do domínio público até hoje realizada no nosso país, com um custo aproximado de 250 milhões de contos. Esclareceu o edil que, o projecto vai sendo realizado por “troços” ou pedaços, em simultâneo com a execução da obra, o que nos parece salvo melhor opinião, uma solução bem conseguida, quer porque uma vez iniciada a empreitada já não é possível ou pelo menos pouco

provável desistir do contrato, atentos os prejuízos que tal facto acarretaria, quer porque deste modo é mais fácil adaptar o traçado geral do percurso às características concretas e por vezes até desconhecidas do terreno, como aconteceu com a descoberta de umas “arcas de água” no Campo 24 de Agosto, no Porto, cujo valor arqueológico foi já reconhecido pela entidade competente na matéria, mas que o governo com desprezo total pelo nosso património e pela nossa identidade e memória colectivas, não deu o seu aval para que se gastassem mais 150 mil contos, verba de pequena monta numa obra orçada em 250 milhões, para que fosse feita uma alteração necessária à protecção e conservação daquele achado. Será caso para dizer que a lição da Expo já está a dar os seus frutos? Ou será que o ministro da cultura já mudou de critério quanto ao valor do património arqueológico desde o caso Foz Côa? É a partir daqui que Vieira de Carvalho ao esclarecer que a Metro do Porto não tendo autonomia financeira, ele nada poderá fazer quanto à preservação das “arcas de água” do Campo 24 de Agosto e por maioria de razão, tendo em conta o elevado custo do enterramento da estação de Pedras Rubras, não dependerá da sua vontade a decisão da realização desta obra tão necessária quanto urgente, como estratégia única de conciliar a utilização do futuro Metro com a circulação de veículos e pessoas na principal artéria da Vila de Moreira, a rua Dr. Farinhote. Colocado entre a “espada e a parede”, dada a sua dupla qualidade de presidente da Câmara da Maia e presidente do Conselho de Administração do Metro do Porto, o Professor Vieira de Carvalho, deixou claro que subscreve a proposta da Junta da Vila de Moreira, enquanto Albino Maia fechava a sessão, pedindo a todos desde já, o seu empenhamento na defesa da solução proposta de enterramento da estação de Pedras Rubras, como única via para defender e preservar os interesses e os legítimos direitos da população de Moreira. Fazendo uma breve análise do problema, diríamos que Vieira de Carvalho vai ter de enfrentar uma situação nada fácil, pois se o governo não ceder, terá de tomar posição. E das duas uma: ou se demite do cargo de presidente do Conselho de Administração do Metro do Porto e coloca-se ao lado da população da Moreira da Maia, o que tenho a certeza fará, dada a sua dedicação à terra que ninguém pode negar, mesmo aqueles que ideologicamente se situam nos antípodas das suas crenças políticas, ou obedece ao governo de Lisboa, o que não acredito que venha a acontecer, porque o Amor é sempre mais forte do que o Interesse, sobretudo quando se trata de uma personalidade que não

precisa de mais protagonismo do que o que já tem, pois como ele próprio diz: Sou presidente de muitas coisas..., num claro e inequívoco sinal de desvalorização do cargo que ocupa no Metro do Porto e implicitamente dando a entender que optará pela Maia e pelos maiatos se a isso for obrigado pela intransigência do governo de Lisboa. Fiquem portanto descansados todos os que temem que na hora da verdade, o presidente da câmara da nossa terra possa optar por ser antes presidente do conselho de administração do Metro do Porto. Estou plenamente convicto que Vieira de Carvalho defenderá de todas as formas possíveis, manifestando-se na rua se preciso for, ainda que não seja esse o seu estilo de fazer política, juntando-se à população de Moreira em protesto contra a construção de um muro na passagem de nível em Pedras Rubras e em defesa do enterramento da estação como a melhor solução, não só para os moreirenses mas para todos os utentes da principal via da Vila de Moreira, a rua Dr. Farinhote, que liga Pedras Rubras às Guardeiras e ao Padrão de Moreira, pontos de passagem e de acesso obrigatório quer a outras zonas do concelho como o Castêlo da Maia, e o centro da Maia, quer a outros concelhos como Porto e Vila do Conde, para além de serem dois importantes pólos de desenvolvimento da Vila de Moreira. Pelas razões invocadas e outras haverá concerteza, porventura até mais imperiosas, - pense-se por exemplo na seguinte situação: uma pessoa precisa urgentemente de ser conduzida ao hospital em consequência de uma acidente de viação ou de doença súbita; encontra-se na bifurcação entre a rua Dr.

Farinhote e a rua das Guardeiras, os bombeiros de Moreira são solicitados para a socorrer, mas quando chegam ao local já não há nada a fazer pois demoraram mais três fatídicos minutos, porque tiveram que circular pela urbanização do Lidador por não poderem seguir em frente em consequência do corte da passagem de nível!...- o governo de Lisboa terá de ceder na pretensão legítima da população de Moreira da Maia e ratificar a proposta do executivo da Junta da Vila de Moreira, que o Professor Vieira de Carvalho se encarregará na hora certa de apresentar e superiormente defender, com o apoio de todos nós que, animados pelo mesmo sentimento de defesa da nossa terra, não deixaremos que o despotismo do Terreiro do Paço se sobreponha ao direito fundamental que a Constituição nos reconhece, de defender os nossos próprios interesses, através das autarquias locais (art.º 237º C.R.P.). Finalmente queria deixar aqui o meu apelo para que se possível, seja “poupado” o edifício da estação de Pedras Rubras, pois tais relíquias são o orgulho de uma época histórica do transporte ferroviário em Portugal, que fazem parte da nossa Cultura e que por tal facto urge preservar. É que se temos o direito de criticar quem destrói o nosso património cultural, a troco de uns tostões numa obra de milhões, também devemos impor a nós próprios, o dever moral de o defender e lutar pela sua conservação, mesmo que tal implique a não satisfação absoluta dos nossos interesses mais imediatos. * Mário Duarte é professor e licenciado em Direito.


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OPINIÃO

Sábado, 12 de Agosto de 2000

Fertilidade e o desejo de procriar Armando Countinho * ; Elisabete Lopes **

Seguramente, estamos perante um tema controverso e para o qual não existe ainda consenso na sociedade portuguesa. Perante o título deste artigo, ocorremme duas ideias imediatas: realizar/sonhar. Nos dias que correm, a fertilidade / infertilidade humanas, graças aos avanços ciêntífico-técnológicos, podem concretizar o sonho, de muitos casais inférteis conseguirem procriar, e poder sentir isto, é deveras tranquilizante. Mas não podemos deixar de perguntar, que desejo tão forte será esse, que leva os casais a assumirem uma paternidade, que à priori, coloca biológicamente de fora, um dos progenitores. - ou os dois conforme o caso, e que a ser assim, deixam de ser progenitores?... Que motivação existe afinal, para alguém procriar sem o fazer verdadeiramente? Como se promove a gestação de um novo ser, ou pelo menos de um futuro ser “potencial”, e que normas sociais impelem as pessoas, a sentirem tal necessidade? Precisarão as pessoas de serem pais? Se olharmos tudo isto, sob uma perspectiva evolucionista, todos concordamos, que a procriação, tem por finalidade a transmissão dos genes à futura descendência. Somos humanamente animais mesmo que racionais, temos “necessidades” sexuais, e não há como diluir esta verdade.

Tem graça, que numa perspectiva biopsico-social, a reprodução noutros tempos, era um acto lógico, que muitas vezes, nem sequer dependia da vontade da mulher, e quando um dos elementos do casal, era infértil, era até interpretado como um castigo divino. Tudo isto era aceite, como um facto indiscutível, e irremediável. Mas então como é que estes casais viviam com o “vazio” de não terem filhos? Nos agitados anos 60, o lema dos jovens era praticarem o sexo sem procriação, hoje assistimos à procriação sem sexualidade. Isto é no mínimo, uma viragem alucinante. A possibilidade de ter um filho, sejam quais forem as circunstâncias é sempre enternecedora, mas também todos sabemos, que por vezes o bébé que vai nascer, serve de “biombo”, aos problemas existentes e residentes no casal, para não falar que se pairar sobre esta situação, um caso de infertilidade, a situação pode ser caótica. Meus caros leitores, pensamos que a infertilidade, não tem que ser incontornávelmente sinónimo de “dor”, “desgraça” ou até “vergonha”. Sabem que mais? Dor, é a curiosidade dos outros, que “vasculham” a vida alheia; Desgraça, é tornarem esta situação, uma exposição pública e gratuita; Vergonha, é tornarem esta realidade, deturpada, avolumada e “coitadinha”; sentimento este, que nos assenta muito bem. Com tantas pressões

sociais, como é que resta vontade, de ter um filho? Já pensaram, como actua a pressão religiosa, na mente da nossa sociedade? Basta repararem, que por exemplo toda a Bíblia, nos recorda frases como esta: “.. crescei e multiplicai-vos...” (Génesis: 27-28); e “... Deus tornou-a fecunda e apagou a sua vergonha...”. Conseguimos assim, que estas pessoas vivam mais sós, isoladas na sua “concha”, como se de “ostras” se tratassem.Sabem o que falta a todos estas pessoas inférteis? Analgesia para este tipo de dor, que pode e deve-se iniciar, na família, nos amigos, numa equipe multidisciplinar: Médicos, Técnicos de Saúde, Psicólogos, Assistentes Sociais, enfim, todos aqueles que possam contribuir, para um equilíbrio harmonioso destes casais. Vamos tornálos seres relacionais, normais, que simplesmente têm um problema para resolver, entre tantos outros. Vamos darlhes confiança e sobretudo dar-lhes o sonho possível, que falávamos no início deste tema. Um filho, estimados leitores, não é um registo de propriedade, porque nesse sentido nunca temos um filho. Também, não deveria ser necessário, que o Estado se lembrasse de nós, ao dar-nos regalias fiscais, quando contribuímos para o aumento da pirâmide populacional. Não se esqueçam, que dar com uma mão, e tirar com a outra, dizem que é pecado... senão perguntem ao Estado qual o preço dos imóveis para habitação para estes e tantos outros casais, que só aí sim,

podem ter condições reais, para constituírem uma família. Estes condicionalismos todos, simbolizam bem a enorme “infertilidade” social, em que vivemos. Engravidem primeiro “psicologicamente”, e só depois biológicamente, ou por técnicas de procriação medicamente assistidas, com puderem, mas não se obriguem a ter um filho. Se realmente o desejarem ter, orientem-no no sentido da liberdade...para o mundo..., para os outros...Amar assim, é sem dúvida procriar. Despedimo-nos aqui, com uma pequenina história de uma criança adoptada por um casal infértil, que luta há quase 10 anos, para ter um outro filho. Sendo do conhecimento geral, que a LUA é o símbolo da fertilidade...Numa noite de luar, a criança ao ver seus pais, olharem tristemente pela janela, perguntou-lhes: - Porque estão tão tristes? Ao que responderam: - Porque a Lua hoje, está muito pálida... - E porque é que está pálida, está doente? Ao que engenhosamente os pais respondem, com outra pergunta: - O que é que tu achas? A criança com a sinceridade que lhe é peculiar diz: - Está pálida, porque se calhar apanhou pouco Sol... *Psicólogo; **Enfermeira

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Sábado, 12 de Agosto de 2000

COMÉRCIO INDÚSTRIA E SERVIÇOS

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Carmaia

Celebra o seu primeiro aniversário! O concessionário da Peugeot para o concelho da Maia, Carmaia, celebrou no passado dia dois de Agosto, o seu primeiro ano de existência, numa festa dirigida, essencialmente aos mais de trinta funcionários que a empresa tem ao seu serviço. O balanço do ano é para o sócio-gerente maioritário Afonso Azevedo “positivo, as nossas expectativas foram ultrapassadas, dada a qualidade do produto, das instalações e dos funcionários.” Texto: Miguel Ângelo Machado; Fotos: Júlio Sá Ornelas

Funcionários da Carmaia orgulhosos com o primeiro aniversário da “sua” empresa

Afonso Azevedo e José Nascimento são os sócios gerentes deste concessionário com sede na freguesia de Milheirós e Stand na Rua Simão Bolívar, em plena cidade da Maia. Afonso Azevedo, encontra-se ligado ao ramo automóvel desde os 14 anos, primeiro como mecânico , depois na àrea de peças, venda de automóveis novos e usados e tractores. Esteve dezoito anos como funcionário da Renault. A gerência desta nova empresa surge após a rescisão de contrato entre a Maiacar, e a Renault Portuguesa, tendo logo de seguida adquirido o recheio da extinta unidade comercial e lançando-se como concessionário da Peugeot para o concelho da Maia, marca automóvel onde já havia trabalhado, curiosamente, também durante dezoito anos, “é um retornar às origens”, afirma Afonso Azevedo. O espaço, de 3.000 mts2 , concentra as áreas comercial, financeira, mecânica, chaparia e pintura. A especialização da mão-de-obra que labora na Carmaia constitui uma preocupação séria por parte da gerência “todos eles são especializados nas suas áreas de trabalho, desde as vendas, àrea técnica, mecânica, corrosão, passam por períodos de formação a nível da Renault, e da Peugeot, cursos ministrados pelas próprias marcas”. Quanto a vendas a Carmaia apresenta índices positivos, como nos provam os dados fornecidos por Afonso Azevedo que refere que até à data, só neste ano, já foram vendidas mais de 234 viaturas novas, para além dos

usados provenientes de retomas. “O negócio são os automóveis novos e pós-venda” acrescenta Afonso Azevedo. “O carro mais vendido é o Peugeot 206, tanto ao nosso nível como a nível nacional. Nas nossas vendas este modelo atinge os 90% no total de carros vendidos.” Mais acessível ao bolso do comprador ,o Peugeot 106, com um custo que ronda os dois mil contos dependendo da versão e que tem também “uma boa aceitação”. No topo de gama e para carteiras mais recheadas a Carmaia dispõe do Peugeot 406 Hdi que fica à volta dos seis mil contos e em breve, provavelmente em Setembro, estará à venda o modelo 607 que custará cerca de 8500 contos. As facilidades de pagamento variam muito “conforme a conta bancária do cliente, mas sempre 10 a 20%”. Actualmente encontra-se em curso uma campanha que consiste caso o comprador opte pelo modelo 306 ,é oferecido uma semana de férias e na compra do 106 Quiksilver é dada uma bicicleta. A nível de entregas a procura do diesel , Hdi, que está a demorar cerca de um mês , em relação à restante frota , cerca de 8 dias. Quanto a resultados “francamente positivos, espera-se que já dentro dos próximos meses se duplique os resultados ,ainda por cima com a inauguração deste stand (no dia do aniversário a sede apresentou-se remodelada com capacidade de venda directa) que se vem juntar ao já existente perto da Venepor”.

Afonso Azevedo, o sócio-gerente maioritário da empresa


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COMÉRCIO INDÚSTRIA E SERVIÇOS

Sábado, 12 de Agosto de 2000

Juliano, gerente do Boi na Brasa:

“Um espaço onde o cliente come bem...”

Tendo celebrado bem há pouco tempo os seus dois anos de vida (inaugurado em Julho de 98), o Boi na Brasa é um espaço situado na Zona Industrial do Porto que oferece aos seus clientes uma variada ementa de carnes e peixes assados no churrasco. Com uma capacidade de 360 lugares sentados e com o “Rodízio à Brasileira” como especialidade da casa (é servido com dez diferentes tipos de carnes), o Boi na Brasa é um sítio simpático e acolhedor que tem cativado, em grande escala, gente dos mais variados locais que lotam por completo o restaurante, nomeadamente ao fim de semana.

Texto: Miguel Ângelo Machado; Fotos: Júlio Sá Ornelas

Juliano, 45 anos, brasileiro de nacionalidade, é a cara principal deste restaurante que lhe ocupa todo o seu tempo mas onde se “sente muito bem”. Durante toda a sua vida esteve ligado a esta actividade e depois de ter dado aulas no Brasil na área de hotelaria decidiu aventurar-se em terras lusas trazendo consigo um conceito inovador nesta área comercial. Define pronta e resumidamente o espaço do qual é gerente, “o Boi na Brasa é um do maiores e melhores espaços de churrascaria em Portugal, onde qualquer pessoa se sente bem, como estivesse na sua própria casa”. A ideia surgiu do empresário português Miguel Nogueira e depois de muitas sugestões e conversas decidiu-se adoptar o nome de “Boi na Brasa” que segundo Juliano, “é um nome muito sugestivo”. Sendo os pratos principais de carne, este restaurante põe também à disposição do cliente, algumas confecções de peixe, bem como, variadas sobremesas, típicas do Brasil e Portugal. Quanto a bebidas existe “uma excelente carta”, com os melhores vinhos de todas as regiões nacionais, incluindo reservas. Perante tal variedade de serviços, o “Maia Hoje” desafiou Juliano a recomendar um jantar/almoço ideal, “para começar o nosso ‘talher’ como entrada que é constituído por paté, manteiga, torrada, queijo e pão normal e de alho, isto para abrir o apetite. A seguir, o Rodízio à Brasileira e um bom vinho, ao gosto do cliente. Para finalizar, uma sobremesa que poderá ser uma manga.” Com um grupo de clientes onde se encontram desde médicos, advogados e professores até rapaziada nova, onde é muito comum deparar com despedidas de solteiro, “todo o tipo de cliente de todo o extracto social”, afirma Juliano. Referindo que a comida brasileira está “na moda”, o cliente tem, segundo nos diz Juliano, a “oportunidade de comer bem e se divertir, dançando ao som de música alegre”. Revela que, dado o sucesso deste projecto, já se pensa em abrir mais duas casas idênticas, uma no distrito do Porto e uma outra fora da área metropolitana. O restaurante tem, actualmente, ao seu serviço mais de 50 empregados desde cozinheiros, empregados de mesa etc., que servem o cliente das 11 horas às 15 e das 20 às duas horas da madrugada


Sábado, 12 de Agosto de 2000

IGREJA

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Férias Missionárias

Seja missionário cá dentro! Pe. Jacinto Jardim, scj. / Agência Eclésia

Várias instituições têm promovido, nos últimos anos, as chamadas Férias Missionárias. Durante uma semana um grupo de jovens parte e é acolhido por uma comunidade cristã a fim de realizar uma acção missionária. Habitualmente esta experiência é feita no período de férias escolares ou profissionais, na Semana Santa ou no Verão. Seja missionário cá dentro!, parece ser o lema que atrai muitos jovens a ocuparem parte das suas férias com trabalho de evangelização. É o ideal missionário a atrair muitos jovens para serem protagonistas da nova evangelização. A dinâmica de umas Férias Missionárias depende de diversos factores. Esta diversidade deve-se à especificidade do local, do promotor/coordenador e do grupo de jovens missionários. Aqui limito-me a apresentar, em traços gerais, umas férias missionárias, promovidas por nós dehonianos, indicando os elementos mais característicos. Com a devida antecedência é definida uma paróquia que acolherá os jovens. Habitualmente são escolhidas as comunidades com mais necessidade, aquelas que ainda não estão muito bem organizadas pastoralmente, sobretudo as situadas em ambientes rurais. Vai-se conhecendo a realidade da comunidade: necessidades, expectativas e possibilidades. São envolvidas várias pessoas, desde os mais novos aos mais velhos. É a partir destes contactos que se definirão as acções a realizar. Os jovens que querem participar inscrevem-se. Habitualmente são cerca de 18, não menos de 12 nem mais de 20. Só com este número é possível fazer-se uma verdadeira experiência de grupo. Muitas vezes o grupo é constituído por jovens que não se conhecem uns aos outros nem nunca se encontraram. Feita a devida preparação

e as inscrições, cada um dos jovens põe a sua mochila às costas e parte em direcção à terra de missão. O primeiro dia, habitualmente um sábado, é principalmente para a instalação e primeiro contacto com as pessoas que acolhem os jovens missionários. Após este primeiro contacto, é preciso formar o grupo. Através de dinâmicas de coesão, de jogos de interacção e de reflexões feitas pela equipa coordenadora das férias e pelos próprios jovens, o grupo preparase para actuar no terreno. São definidas as actividades a realizar, os objectivos a serem atingidos e os conteúdos a serem transmitidos. No Domingo, o grupo participa na eucaristia dominical e é enviado a todos os membros da comunidade. Como símbolo deste envio levam uma cruz ao peito. E assim, é apresentado a toda a comunidade. Durante uma semana os jovens missionários encontram-se com pessoas de todas as idades, uma vez que a acção missionária destina-se a todos: crianças, adolescentes, adultos e idosos. Para todos eles são programadas várias actividades: jogos com as crianças, caminhadas com os adolescentes e jovens, celebrações com gente de todos as idades, destacandose a celebração da eucaristia, a recitação do terço nos mais variados pontos da freguesia, a adoração eucarística, PAP’s (diálogos pessoa a pessoa, porta a porta), visita aos doentes e idosos e festa conclusiva das Férias Missionárias. Os objectivos que se pretendem atingir com todas estas acções são essencialmente dois. Fazer uma experiência missionária. Realmente os jovens que protagonizam as Férias Missionárias fazem a experiência de transmitir alegria, esperança, fé e amor através de uma relação amiga com todos os que participam nos vários momentos do

plano de actividades. Dinamizar a presença das crianças, adolescentes, jovens, adultos e idosos na vida paroquial. Após umas Férias Missionárias, os membros da comunidade cristã sentem-se renovados e revitalizados. No último domingo das férias missionárias é celebrada uma Eucaristia conclusiva. Nela, como em todas as outras celebrações, os participantes são envolvidos através dos mais variados meios: cânticos apropriados, dramatização das leituras do dia litúrgico, homilia partilhada, ofertório simbólico, acção de graças feita de um modo criativo e simbólico. Além disso é feita uma festa-convívio conclusiva das férias. A tarde de domingo é passada com música, sketches, teatro, jogos... um momento forte de animação e de variedades. Os conteúdos transmitidos focam sobretudo o essencial do Evangelho: a vivência dos valores cristãos como meio para a construção da civilização do amor. Estes conteúdos não são tanto ditos mas sobretudo experimentados. O clima familiar que se cria dentro do grupo e o tipo de relação que se

estabelece com os destinatários, acabam por possibilitar uma experiência de amizade e de comunhão. Tudo isto é conseguido através do trabalho em equipa: as actividades são programadas, realizadas e avaliadas em equipa; as refeições são confeccionadas pelos próprios jovens; o jogo do amigo invisível possibilita uma interacção entre todos. Penso que as férias missionárias são uma grande oportunidade para a Pastoral Juvenil: não basta criar espaços de reflexão e de celebração para os jovens nas paróquias. Urge acolher a vontade e a capacidade dos jovens fazerem acções concretas em lugares e com pessoas desconhecidas. Urge enviá-los para os meios mais carenciados e às pessoas mais solitárias. As Férias Missionárias são um meio que temos à nossa disposição para sentirmos a Igreja crescer ao ritmo dos jovens. Uma vez que a Igreja será jovem quando os jovens forem Igreja, não podemos negar-lhes o lugar de protagonismo que eles têm na evangelização do mundo e dos homens de hoje.

Farmácia

Aliança Direcção Técnica: Dra. Maria da Luz Baptista Oliveira Mouta

R. N.ª Sr.ª da Caridade, 952 • Telefone 229440886 Vermoim - MAIA


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CLASSIFICADOS

Sábado, 12 de Agosto de 2000

Classificados - Vende-se

T3

ao estádio Mata Real TEL. 93 551 84 33

a r de ula lar ic u rt tic pa a r p

E xc c/ e ga len ar ra te ru g á m em re os e a

PA Ç O S D E F E R R E I R A

TELEFONE RDIS Marca DeTeWe, modelo EuroMaster, 15.000$ Telefone: 22 947 62 62

A D A P TA D O R R D I S / A N A L Ó G I C O Marca DeTeWe, modelo TA 33, 15.000$ Telefone: 22 947 62 62

I M P R E S S O R A D I G I TA L Impressora de sublimação de côr para câmara digital, marca CASIO, modelo QG-100, 25.000$ •Telefone: 22 947 62 62

VENDO

T E L E M Ó V E L D I G I TA L

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Aluga-se Casa nas traseiras do prédio com dois quartos, sala, cozinha, banho água encanada fria e quente. Espaçosa com bastante luz. Preço 40.000 escudos. Rua Stº António nº 80 - Silva Escura (a dez minutos do centro da Maia. Exige-se que tenha trabalho efectivo com boas referências Telefone: 22 981 01 50

Telefone: 22 947 62 62

Aluga-se Casa com água quente e fria. Só visto. Com Bons acessos, junto á CIMPOR e a dez minutos do CONTINENTE. Preço 40.000 escudos. Exige-se referências. Telefone: 22 981 01 50


AGENDA

Sábado, 12 de Agosto de 2000

Cinemas Cinemas Cinemas Cinemas

Palavras Cruzadas Palavras Cruzadas mol_ibj^=k⁄=NO

MAIASHOPPING Lugar de Ardegães - 4445 Águas Santas - Maia Tel 22 9770450 Fax 22 9724537

1

Todos os filmes têm início 10 minutos após a hora marcada p^i^=O

A FUGA DAS GALINHAS p^i^=Q

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OS FLINSTONES EM VIVA ROCKVEGAS

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28 DIAS

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GLADIADOR

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GIGOLO PROFISSIONAL

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SALSA

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O ÚLTIMO DESTINO jLNO

ELA, EU E O OUTRO

Centro Comercial Central Plaza Tel 22 940 64 86

SALSA

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8

9 10 11

4

Colaboração de: Francisco Assis Assunção Alves

5 6 7 8 9

Todos os filmes têm início 15 minutos após a hora marcada jLNO

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CINEMAS CENTRAL PLAZA

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MISSÃO A MARTE jLNO

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A TEMPESTADE

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3

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OS FLINSTONES EM VIVA ROCKVEGAS

Maia Hoje

22 947 62 62

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eçêáòçåí~áëW 1- Insignificâncias: Cloreto de sódio: Prefixo designativo de ar. 2- Tasca: Ave corredora australiana: Pequeno arco: 3- 501 romano: Exclarece com comentários: Alumínio (s.q.). 4Anel. 5- Impulso: Fêmea do elefante. 6- Entre os Romanos, o sétimo dia dos meses de Março, Maio, Julho e Outubro: Ímpia. 7- Imposto de Transmissão (Inv.): Descendente da Mafoma. 8- Ministro da religião maometana. 9- Partícula afirmativa no dialecto provençal: Reconhecida por benefício recebido: Artigo definido arábico. 10- Progenitor: Nome de Letra: Venda a crédito a. 11- Escudeiro: Grande porção: Empunhei.

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2

1- Servo em língua árabe: Nome feminino: Capa sem mangas usada nas irmandades. 2- Deslocase para lá: Pronome pessoal na 3ª pessoa do plural: Vai a terra. 3- Sufixo designativo de agente: O instrumento matemático de Pedro Nunes: Filha de Ínaco, amada por Zeus (mit.). 4Chefe etíope. 5- Carta de jogar, com seis pintas: Produzir cólera em. 6- Fruto silvestre: A medula do caule das plantas. 7- Dilatado: cingir. 8Indicativa de um termo no espaço. 9- Autores (Abrev.): Goma resinosa empregada na fabricação de vernizes: Quarta nota musical. 10Época: Terceiro (romano): Suspiros. 11- Lista: Rio Suiço: Regra obrigatória ou necessária.

plir†ÎbpWelofwlkq^fpW=1- Avo: Sal: Aer. 2- Bar: Ema: Aro. 3- DI: Anota: Al. 4- Aro. 5- Alor: Aliá. 6- Nonas: Ateia. 7- Asis: Emir. 8Imã. 9- Oc: Grata: Al. 10- Pai: Agá: Fie. 11- Aio: Ror: Asi. sboqf`^fpW 1- Abd: Ana: Opa. 2- Vai: Los: Cai. 3- Or: Nónio: Ió. 4- Rás. 5Sena: Irar. 6- Amora: Âmago. 7- Lato: Atar. 8- Até. 9- AA: Elemi: Fá. 10- Era: III: Ais. 11- Rol: Aar: Lei.

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Vá de férias mas..... NÃO ABANDONE OS SEUS


DESPORTO

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Sábado, 12 de Agosto de 2000

3º Rally Paper foi um êxito na Maia

Inter de Milheirós “oleou” bem a “máquina” Pelo 3º ano consecutivo o Inter de Milheirós Futebol Clube fez rolar nas ruas da Maia mais de três dezenas de automóveis, o Rally Paper, realizado no passado dia 29 de Julho, e segundo os seus promotores constituiu um “grande êxito”. António Armindo Soares

A participação deste 3º Rally Paper foi especial e tudo correu bem num percurso de 32 quilómetros pelas ruas do concelho da Maia, até os mais “azarados”, este ano pouco se queixaram e receberam “troféus” adequados e criaram uma certa animação, na entrega dos troféus, aos melhores do evento. Tal como sempre acontece em realizações desta colectividade, o Sub-comandante Manuel Fernandes da PSP de Águas Santas associou-se à cerimónia e à festa final e considerou que iniciativas como esta “ criam grande união nas pessoas e proporciona o dinamismo necessário às colectividades”. Por seu lado, em representação da Câmara Municipal da Maia, do Pelouro do Desporto, Paulo Queiróz, manifestou estarem sempre que possível “disponíveis para este tipo de actividades que o Inter procure dinamizar”. “Têm

sempre as portas abertas do município para vos receber e escutar os vossos pedidos e tentaremos dentro das nossas possibilidades, dar sempre resposta”. Depois da entrega de troféus ,a festa no clube continuou pela noite dentro. Assim, a classificação ditou os seguintes resultados: o 1º lugar coube à dupla Jorge Mendes/Carlos Gonçalves, com 5150 pontos; no segundo posto ficou Leonel Duarte/Sónia, com 5300 pontos; em terceiro, Ramon/Liliana Patricia, com um total de 5900 pontos. Para os troféus especiais o “Melhor Condutor”, foi Jorge Mendes com a viatura nº 18; o “Melhor Pendura”, Bruno Mendes, com a viatura nº 24; o “Prémio do Azar” calhou a Marcelo Andrade, viatura nº 5; a “Viatura Melhor Decorada “Troféu António Matos”, coube à dupla Albino Pimenta/Jorge Belchior.

I N T E R D E M I L H E I R Ó S F. C . C A P TA Ç Õ E S D E AT L E TA S PA R A O F U T E B O L As captações para Juniores e Juvenis realizam-se às Quartas e Sextas-feiras, a partir das 19horas 30 minutos no Campo municipal de Milheirós. Quanto às Escolinhas e Infantis será feita a captação todos os sábados a partir do dia 2 de Setembro e todas as inscrições devem ser feitas na sede do Inter ou pelo telefone: 22 9717545 PÃO DE ALHO SIMPLES C/ MOZZARELLA C/BACON E MO. C/ FIAMB. E MO. BRUCHETA

2 FATIAS 160$00 220$00 280$00 280$$00 280$00

4 FATIAS 250$00 350$00 410$00 410$00 410$00

SALADAS FRANGO (frango, milho, alface e tomate) ATUM (atum, ovo, alface e tomate) PIZZA & Cª (espargos, milho, cebola, ovo, azeitonas, alface e tomate) MISTA (alface, tomate, cebola e azeitonas) TROPICAL (alface, tomate, fiambre e ananás)

AS NOSSAS SUPER PIZZAS SUPER ROMANA (Mozzarella, chouriço, bacon, fiambre, cogumelos e extra queijo) SUPER BOLONHESA (carne picada, cebola, azeitonas, cogumelos e extra queijo) SUPER SUPREMA (fiambre, cogumelos e extra queijo) SUPER FIAMBRE (fiambre e extra queijo)

450$00 450$00 450$00 350$00 450$00

MÉDIA 2.150$00 2.150$00 1.750$00 1.550$00

FAMILIAR 3.150$00 3.150$00 2.650$00 2.400$00

AS NOSSAS CLÁSSICAS MÉDIA QUATRO ESTAÇÕES (Mozzarella, chouriço e cebola, fiambre e cogumelos, atum e azeitonas, bacon e ananás) 2.350$00 PORTUGUESA (Mozzarella, chouriço, ovo, Fiambre, tomate, azeitonas, atum, cebola e pimento) 2.350$00 BOLONHESA (Mozzarella, carne picada, cebola e azeitonas) 1.950$00 FRANGO (Mozzarella, frango, milho e azeitonas) 1.950$00 4 QUEIJOS (combinação de 4 queijos diferentes) 1.950$00 CALABRESA (Mozzarella, chouriço, cebola e azeitonas) 1.550$00 ATUM (Mozzarella, atum, cebola e azeitonas) 1.550$00 SUPREMA (Mozzarella, fiambre e cogumelos) 1.550$00 MARGUERITA (Mozzarella) 1.150$00 SICILIANA (Mozzarella, presunto e azeitonas) 1.550$00 TOSCANA (Mozzarella, bacon, cogumelos, cebola e azeitonas) 1.750$00 VEGETARIANA (Mozzarella, espargos, milho, azeitonas e cogumelos) 1.550$00 NAPOLITANA (Mozzarella, atum, camarão e ananás) 1.750$00 ROMANA (Mozzarella, chouriço, bacon e fiambre) 1.750$00 TROPICAL (Mozzarella, ananás, banana e pêssego) 1.750$00 HAVAIANA (Mozzarella, fiambre, ananás e pêssego) 1.750$00 CALZONE (Mozzarella, fiambre e ovo, fechada) 1.750$00 Todas as pizzas têm molho de tomate, mozzarela e oregãos, se não desejar não incluímos

FAMILIAR 3.200$00 3.200$00 2.900$00 2.900$00 2.900$00 2.400$00 2.400$00 2.400$00 1.900$00 2.400$00 2.650$00 2.400$00 2.650$00 2.650$00 2.650$00 2.650$00 2.650$00

22 949 09 04 NOVIDADES A NÃO PERDER PIZZA & Cª (carne picada, fiambre, ovo, cogumelos, bacon, pimento e extra queijo) PARMEGIANA (carne picada, bacon, cogumelos e ovo) CALZONE BOLONHESA (carne picada, fiambre e ovo, fechada) FIORENTINA (bacon, atum, ovo, extra queijo) MILANESA (chouriço, fiambre, ovo e extra queijo) BAMBINI (fiambre e ovo)

FAÇA VOCÊ MESMO BASE + 1 ingrediente BASE + 2 ingredientes BASE + 3 ingredientes BASE + 4 ingredientes BASE + 5 ingredientes

MÉDIA 1.350$00 1.550$00 1.750$00 1.950$00 2.150$00

FAMILIAR 2.150$00 2.400$00 2.650$00 2.900$00 3.150$00

MÉDIA 2.350$00 2.150$00 1.950$00 1.950$00 1.950$00 1.550$00

MASSAS LASANHA PIZZA & Cª CANELONI ESPARGUETE BOLONHESA

FAMILIAR 3.400$00 3.150$00 2.900$00 2.900$00 2.900$00 2.400$00

1.250$00 1.250$00 1.150$00

Partindo da base com queijo mozzarella, molho de tomate e orégaos, componha a sua pizza escolhendo os seguintes ingredientes: cogumelos, fiambre, ovo, chouriço, cebola, tomate, azeitonas, pimento, bacon, presunto, camarão, ananás, extra queijo, milho, espargos, atum, banana e pêssego.

SOBREMESAS GELADOS MOUSSE DE CHOCOLATE CASEIRA 400$00 BABA DE CAMELO SALADA DE FRUTAS 280$00 CARTE D’OR TIRA. TESOURO

BEBIDAS 290$00 REFRIGERANTES EM LATA 170$00 290$00 CERVEJA (LATA) 200$00 320$00 ÁGUA MINERAL 100$00

Horário: DE DOMINGO A QUINTA, DAS 12h ÀS 23h, SEXTAS E SÁBADOS DAS 12h ÀS 24h. ÁREA LIMITADA DE ENTREGAS . IVA INCLUÍDO À TAXA EM VIGOR. Visite-nos em: www.maianova.pt/pizza_e_companhia.pt


Sábado, 12 de Agosto de 2000

DESPORTO

27 TÉNIS

Intercâmbio Desportivo Maia/Castilla Y Leon

Jovens tenistas maiatos praticam ténis em Espanha Inserido no plano de desenvolvimento do ténis, há muito empreendido pela Câmara Municipal da Maia, que trouxe, inclusive até à cidade o Centro de Alto Rendimento da Federação Portuguesa de Ténis e que anualmente culmina com a realização de dois grandes eventos desportivos de impacto internacional, o Maia Open e o Maia Jovem, de 1 a 8 de Agosto decorreu um intercâmbio desportivo entre os municípios da Maia e de Castilla e Leão (Espanha) que levou 10 jovens maiatos à cidade espanhola de Valladolid. Os jovens, com idades compreendidas entre os 12 e os 14 anos, permaneceram em Espanha durante oito dias, durante os quais estiveram sob a vigilância de responsáveis espanhóis e maiatos, ocupando o tempo com actividades ligadas ao ténis, que decorreram no Complexo de Ténis de Covaresa. No vasto programa de actividades deste campo de férias estão ainda incluídas uma visita guiada à cidade de Valladolid e uma visita à Vila de El Espinar, onde se desenrolará o Open de Ténis de Castilla y leon. Esta iniciativa tem como principais objectivos o intercâmbio de desportistas das categorias infantil e cadetes com jovens de idade similares, fomentar a convivência e aprendizagem de uma modalidade desportiva entre jovens de dois países. Em Setembro, a cidade da Maia retribuiu a hospitalidade de Castilla y leon. Nessa altura decorrerá um intercâmbio nos mesmos moldes, mas desta feita na Maia.


DESPORTO

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Sábado, 12 de Agosto de 2000

PARAQUEDISMO

Saltos de Paraquedismo em Vilar de Luz

A primeira vez... António Armindo Soares

Já depois daquele que foi o seu primeiro salto em queda livre, Pedro Miguel disse à reportagem do “Maia Hoje” que “a sensação foi magnífica, foi uma sensação de liberdade. Estar numa altitude tão grande não causa medo, porque a segurança é do máximo rigor. Depois de estarmos lá no alto há é vontade de saltar mais vezes”. A concluir a breve conversa disse-nos que seria bom que mais jovens aderissem a este tipo de actividade pois “ permite-nos conhecer melhor a natureza e gostar mais do mundo e a deixar que muitos não entrem em maus caminhos da sociedade”. A mãe do Pedro, Maria Alice Pesqueira, também deu o seu pequeno depoimento: “Ver o meu filho lá no cimo a longa distância assustou-me bastante. Como mãe, tinha sempre medo que lhe acontecesse alguma coisa, mas isto é algo que o meu filho tanto gostava. Agora estou mais contente porque vejo que esta actividade é saudável e cria grandes amizades”. No entanto, Maria Alice Pesqueira orgulhosa pelo feito que o filho alcançou sente “uma sensação tão boa de ter um filho que tem coragem e no dia que completa 16 anos de idade, é algo muito bonito”. Avelino Cruz, do Paraclube da Maia traçounos o balanço da jornada do dia: “Estamos a comemorar os dez anos que foi criada a escola de Paraquedismo da Maia, hoje coincidiu com um dia de muita actividade. Fizemos 12 voos, 4 saltos de demonstração fora do aeródromo. A escola tem percorrido um bom caminho, as pessoas têm aprendido

Pedro Miguel Ferreira, de 16 anos idade, é o mais novo elemento do Paraclube da Maia e concretizou o seu sonho, completar o Curso de Paraquedismo com o respectivo primeiro salto de queda-livre a 3.000 metros de altitude, acontecimento este que teve lugar no passado dia 30 de Julho, sob os olhares atentos de sua mãe e restante família e do vice-presidente da Câmara Municipal da Maia, Bragança Fernandes.

e a actividade tem estado isenta de acidentes. Estamos naturalmente muito satisfeitos”. “Esta modalidade tem crescido muito, o presidente do Paraclube ainda há pouco me disse que gostaria de ver ampliadas as instalações, os alunos são cada vez mais e cada vez melhores. Estou muito contente com o que vi aqui, agora, num primeiro salto de um jovem que nos deixa a todos emocionados”, referiu-nos Bragança Fernandes, durante a festa convívio dos paraquedistas. Sobre as obras que o município vai fazendo no aeródromo salientou que este empreendimento municipal “está em crescimento” e “ o maior objectivo é acabar a torre de controle, que em termos de obra de pedreiro está concluída”. Quanto à pista de ciclismo de manutenção que a Câmara está a instalar, para o ano, se tudo correr bem, irá ficar concluída. Será um circuito para as pessoas que gostam de andar de bicicleta, pois esta área é propícia ao contacto com a natureza, não há poluição”. “No aeródromo irá nascer o circuito de Radiomodelismo e mais quatro campos de ténis vão ser feitos num dos aterros. Irá ser criado um lago para os barquinhos telecomandados. Este aeródromo está, assim, a crescer. Ainda ontem tive conhecimento que aterraram num só dia quase uma centena de aviões. Isto é algo muito importante para a Maia, cito um caso que se passou ontem, um helicóptero do INEM aterrou cá para abastecimento, que tinha socorrido uma jovem em Viana do Castelo”.


Sábado, 12 de Agosto de 2000

DESPORTO

29 FUTEBOL

Divisão de Honra A.F.P.

Nogueirense prepara nova época Depois de um campeonato em que quase atingiam a meta da subida de divisão, a equipa do Nogueirense promete e talvez seja este ano que o objectivo da subida seja alcançado. Para já transita o antigo treinador e uma boa parte da equipa tendo António João, o Presidente segurado os melhores elementos e apostado numa nova época à frente da comissão directiva.

Artur Bacelar

O Nogueirense vai começar a época 2000/2001 esperançado em fazer “figura” neste campeonato, para tal o clube reforçou-se com 2 novos elementos (Augusto, médio brasileiro que transita do Esmoriz e Edgar, defesa direito que transita do Canelas) bem como com 2 exjuniores á “experiência”, para colmatar as saídas de Nelson para o Castêlo; Victor Barros e Nuno para o Ronfe e Rui para o Celoricence. Dos elementos que transitam da época anterior, sobressai o nome do GuardaRedes Luís Miguel que era pretendido por várias equipas de “outros” campeonatos, mas que o Presidente António João conseguiu segurar nas suas fileiras, claramente com o titulo debaixo de olho. Luís Miguel Marques Gonçalves é o nome completo deste jovem GuardaRedes de 20 anos, que tem mais de 1,80 metros de altura. Nascido em Massarelos - Porto, reside na Maia, facto que o levou a preterir outros convites mais “apetecíveis” para um jovem que iniciou a sua carreira na escola de Guarda-Redes “Vitor Baia”, passando pelo Foz , Leixões e finalmente Nogueirense (ainda Júnior), tendo sido chamado às camadas seniores pela mão de Quinito na época de 98-99. Com efeito em 1999, quando faltavam 4 jogos para o final da época, Quinito lançou-o, tendo agarrado a titularidade numa altura em que o Nogueirense sonhava com a subida à Divisão de

Honra, mostrando os seus dotes em encontros decisivos com saídas e defesas seguras, o que veio trazer mais tranquilidade à equipa. Rejeitando o estatuto de vedeta, Miguel afirma ao Maia Hoje que “juntamente com os meus colegas, apostei forte nesta equipa, que tem um excelente treinador e um plantel uniforme e rico. Apostamos claramente na subida de divisão e tudo farei para ajudar o Nogueirense nesse sentido”. Mas Miguel apesar dos seus 20 anos tem uma boa formação moral ao atentarmos nas suas maduras palavras, “quero publicamente através do Maia Hoje, agradecer o convite e a confiança do Senhor Presidente da Direcção e restantes membros, bem como da equipa técnica”. A fazer lembrar equipas de outro nível, onde o espirito de união reina, afirma mais adiante “o ambiente de trabalho é muito bom, os colegas são excelentes jogadores, companheiros e amigos e é com este espirito que levaremos juntos o Nogueirense á subida de divisão. Tenho uma defesa muito sólida na qual tenho muita confiança e estamos lá todos nos piores e nos melhores momentos”. O campeonato da divisão de honra da A.F.P., começará a 17 de Setembro e ainda não tem calendário, sendo certo que contarão com 2 jogos treino contra o Ronfe (um lá e um cá) e a apresentação oficial da época estará marcada para o dia 15 de Agosto contra o Ermesinde.

Luís Miguel o responsável pelas redes do Nogueirense


DESPORTO

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Sábado, 12 de Agosto de 2000

FUTEBOL

4º Torneio Cidade da Maia

Hoje: Maiatos versus Maiatos Artur Bacelar

Já vai na quarta edição o torneio organizado pelo F. C. da Maia e que compreende além da equipa da casa que se encontra na divisão de honra, as equipas do Futebol Clube de Pedras Rubras, o Castêlo da Maia e o Pedrouços da terceira divisão nacional. O F.C. da Maia com tradição neste torneio é o favorito para a prova, mas as restantes equipas são aguerridas e prometem à partida dar um bom espectáculo de futebol. Em jogo está o trofeu do torneio e como ninguém gosta de perder nem que seja a feijões, os fins de tarde e noites de sexta-feira e sábado próximos prometem. A grande dúvida prende-se com a assistência a este torneio, sabendo de antemão que atravessamos um período de férias em que muita gente está para fora e que a apresentação do F. C. da Maia teve a casa vazia, espera-se uma assistência razoável que dê um pouco mais de dimensão ao torneio. Segundo José Beça da organização do torneio «este tipo de iniciativas, visa principalmente aproximar os clubes da Maia em ambiente de franca confraternização, apesar de todos estarem lá para ganhar e neste caso que ganhe o melhor». Seria interessante ver mais equipas do concelho a competir, como são o caso do Nogueirense o Inter de Milheirós e outras equipas da região trazendo uma mais valia ao nosso futebol e servindo como “montra” de avaliação das equipas para a próxima época, fazendo uma espécie de taça de Portugal em versão regional, levando os adeptos das várias equipas ao “estádio Vieira de Carvalho” dinamizando assim o desporto no Concelho. Fica a ideia para quem de direito, se for preciso..... o “Maia Hoje” dá uma ajudinha.

4º TORNEIO CIDADE DA MAIA Estádio Prof. Dr. Vieira de Carvalho

CALEND`RIO DE Sexta-feira, 11 de Agosto

Sábado, 12 de Agosto

19 Horas Pedras Rubras - Castêlo da Maia 21 Horas F. C. Maia - Pedrouços

19 Horas Apuramento dos 3º e 4º classificados 21 horas Apuramento dos 1º e 2º classificados


DESPORTO

Sábado, 12 de Agosto de 2000

31 FUTEBOL

F.C. Maia 2000/2001 apresenta-se à cidade

Será este ano?

Será desta que o Maia subirá à primeira liga? O tempo o dirá. Certo é que o Futebol Clube da Maia fez a sua apresentação aos sócios no passado dia 22 de Julho em encontro com o “primodivisionário” Vitória de Guimarães e não desiludiu. A táctica de Mário Reis surtiu efeito para o nulo esperado e verificado na Maia, com um certo sabor a vitória, esperando-se uma época repleta de êxitos. O “Maia Hoje”, foi ver como está e conta-lhe tudo sobre o clube para a nova época.

António do Vale Padrão, Artur Bacelar e Júlio Ornelas

Numa noite de pleno verão com uma temperatura quente, mas agradável para a práctica desportiva o F. C. Maia, agora com o experimentado Mário Reis aos comandos da equipa técnica apresentou-se á cidade. Na festa que começou por volta das 21 horas, os efeitos de luz e som abrilhantaram a noite, que começou com um curioso bailado coreografado especialmente para o efeito pela “Juvedance” da ARDACM. Posteriormente foram chamados um a um os jogadores, equipa técnica, médica e directiva, que sob uma onda de fumo artificial iam saindo do túnel de acesso ao relvado. Todos eles muito aplaudidos agradeceram aos presentes que apesar de não ultrapassarem as 2 centenas se manifestaram ruidosamente. Curiosamente a claque do Guimarães era bem superior à do F. C. Maia, indiciando que ainda há muito trabalho a fazer no capitulo da publicitação de jogos. A gargalhada da noite foi proporcionado pelo jogador “Fumo”, quando foi apresentado envolto de muito fumo tendo o controlador da máquina feito questão de caprichar no seu uso, revelando também um

ambiente bem disposto e descontraído. De mau humor ficaram alguns jogadores que estavam no banco, ou melhor que não estavam, pois com tanta gente era impossível albergar todos os jogadores. A equipa escolhida para a apresentação como já referi, foi o Vitória de Guimarães, agora com Paulo Autuori e Neno como principais figuras da equipa técnica. O jogo começou muito táctico com ambas as equipas a estudarem-se mutuamente, aproveitando o Maia para fazer alguns contra ataques que animaram as bancadas, mas passando os primeiros 20 minutos o jogo esmoreceu e o Guimarães jogava mais forte com o Maia apenas a controlar o adversário deixando o contra ataque para segundas núpcias, terminando assim a primeira parte com o nulo no placard. Na segunda parte a toada ofensiva do Guimarães acentuou-se e o Maia controlou, não se podendo dizer que o Guarda-Redes Miguel Ângelo teve muito trabalho, que apesar de ter feito um par de boas defesas contou muito com a noite desinspirada dos avançados

Vimaranenses que inclusive falharam um livre a poucos metros da baliza. No final confrontamos Mário Reis com o facto de este não ter sido um jogo ao seu estilo, ou seja, proporcionado para o contra ataque, ao que o técnico do Maia nos respondeu que o Guimarães era uma equipa da primeira liga muito respeitada e que não quis “estragar a festa”, porque segundo afirmou seria muito fácil jogar abertamente e trazer um saco cheio de golos na própria baliza. Referiu ainda que conseguiram “aguentar” o Guimarães que se revelou uma equipa muito forte, apesar de terem apenas cinco dias de treino, podendo os adeptos contar com uma equipa mais de ataque, de acordo com o tipo de adversário que se tem pela frente. Segundo Miguel Ângelo guardião do Maia, este ano estão mais fortes e o treinador não precisa de apresentações pelo que vão trabalhar muito para fazer bons jogos Domingo a Domingo. No geral ficou a impressão de que o Maia é uma equipa bem orientada, com um treinador que sabe aquilo que quer, num campeonato que se avizinha muito competitivo.

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DESPORTO

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Sábado, 12 de Agosto de 2000

FUTEBOL FICHA TÉCNICA DO F.C. MAIA Morada: Avenida D. Manuel II, Apartado 1108, 4470-334 Maia Telefones: 22 941 22 76 e 22 941 22 77 Fax: 22 944 85 51 Estádio: Professor Doutor Vieira de Carvalho Lotação do Estádio : 18.000 lugares sentados Data da Fundação: 4 de Abril de 1954 Número de Sócios: Aproximadamente 3.000 Presidente da Direcção: José Francisco Vieira de Carvalho Presidente Adjunto: Joaquim José Ferreira da Silva Equipamento Principal: Camisola com listas verticais em tons de vermelho e azul, calção azul e meias azuis. Equipamento Alternativo: Camisola cinza prata, calção cinza prata e meias cinza. Vice-Presidentes: António Fernando Gomes de Oliveira e Silva; José Adriano Moreira Beça; Manuel Fernando Moreira Gens; Vítor José Carneiro de Sousa. Secretário-Geral: Fernando Joaquim da Silva Dias. Relacções Públicas: José Adriano Moreira Beça.

Livre perigosíssimo contra o Maia

Mário Reis, fala aos jornalistas no final da partida

Major sobe ao relvado acompanhado da Juvedance

Juvedance coloriu a noite maiata

DEPARTAMENTO DE FUTEBOL PROFISSIONAL ÉPOCA 2000/2001 Presidente: José Francisco Vieira de Carvalho Presidente-Adjunto: Joaquim José Ferreira da Silva Chefe do Departamento de Futebol: Alfredo Gonçalves Secretário Desportivo: António Tavares Secretário Técnico: Jorge de Brito Técnico de Equipamentos: António Baptista Treinador Principal: Mário Reis Treinador Adjunto: José Manuel e Phil Walker Preparador Físico: Luís Barbosa Médico: Doutor Carlos Guerreiro Enfermeiro: Álvaro de Sousa Massagista: Diamantino Duarte

PLANTEL 2000/2001 JOGADORES QUE TRANSITARAM DA ÉPOCA ANTERIOR Guarda-Redes: Miguel Ângelo e Paiva Defesas: Rica, Dinis e Nunes Médios: Artur Alexandre, Major e Malafaia Avançados: Igor, Yuri e Paulo Jorge AQUISIÇÕES / REFORÇOS Guarda-Redes: Debenest (Mouscron, da Bélgica) Defesas: Cabral (S. C. Braga), Webber (Volta Redonda F.C., do Brasil), Jorge (S. C. Salgueiros)e Pedro Valente (Lourinhanense) Médios: Emerson (Cremapergo, de Itália), Paulo César (S. C. Salgueiros), Sérgio Pinto (Leça F. C.)e Sandro (Porto Alegre, do Brasil). Avançados: Fumo (Sporting C. P.), Marlon (A. A. Batel, do Brasil), Fernando Almeida (S. C. Salgueiros), Dieb (Barreirense) e Cassio (Decocrata F. C., do Brasil).

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