SAI AOS 2OS E 4OS SÁBADOS DE CADA MÊS
Director Artur Bacelar • Ano I • Nº 014 • 26 de Agosto de 2000 • Quinzenal • 150$ - 0,75 €
MAIA Ed. Central Plaza, Loja 24 - Maia Telef: 22 944 36 87/88 Home Page: www.fnac.pt
TÁXI ! 2 949 09 04 ( 2(ver menú na página 25)
...não há nenhum à minha vista Festas em Gondim e Vermoim
Incêndios são criminosos
págs. 11,14 e 15
As equipas da Maia preparam nova época
pág. 8
Folclore para todos os gostos
págs. 26, 27, 28 e 29
Zona Industrial da Maia I • Sector X • Lote 384 • Barca • 4470 Maia • Tel. 22 9418287 • Fax 22 9418331
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CENTRO DE INSPECÇÕES
págs. 13, 16 e 17
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MAIA HOJE
Sábado, 26 de Agosto de 2000
Breves Câmara do Porto distribui “pulgas” pelos cães do município
Propriedade: MAIAPRESS Editores, Lda.
Conselho de Administração: António Augusto Mandim Paula Rita Oliveira Manuela Sá Bacelar Director da Publicação: Artur Bacelar Chefe de Redacção: Oliveira e Sá Editor Local: António Armindo Soares (jornalista) Editor Desporto: Carlos Barrigana Directora Comercial: Paula Rita Oliveira Design / Paginação: Susana Patrícia Padr\ão Paulo Borges Colaboradores: André Leão Silva André Leonhartsberger Cristina Costa Francisco Alves Guilherme Costa Júlio Sá Ornelas Mário Duarte Miguel Ângelo Miguel Teixeira Williams James Marinho Distribuição: António Maia Padrão Redacção / D.Comercial / Distribuição Rua dos Altos, Edifício Arcada, loja 10 4470 - 235 Maia Telefone geral. 22 947 62 62 Telefax. 22 947 62 63 Redacção Directo. 22 947 62 64 Email: maiahoje@mail.telepac.pt DEPÓSITO LEGAL 147209/00 DGCS Nº O 123524 TIRAGEM 3.000 EXEMPLARES
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Director
Verão assim-assim Este Verão em termos políticos como climáticos, não foi nem quente nem frio, foi mais um verão “assim-assim”, a prová-lo está a recusa de Guterres em responder a algumas perguntas incómodas sobre a situação da “guerrilha” Administração Interna versus Justiça, alegando descontraidamente que estava em férias, apesar de quando interpelado pelos jornalistas estar a inaugurar um acto oficial do governo referente ao programa “polis”. Paulo Portas, conciliou as férias com as suas tradicionais visitas aos mercados, que já lhe granjearam, segundo as estatísticas, um eleitorado próximo dos 15-20 %, sendo um fenómeno a estudar por Carlos Carvalhas que irá agora no inicio de Setembro ter a “sua” festa do Avante, que já mereceu melhores dias, em grande parte graças ao “laxismo” dos dirigentes comunistas. No maior partido da oposição, continua a política do “vamos andando e vamos vendo”, não existindo uma estratégia clara nem para o país nem para o partido, tendo sido Luís Filipe Menezes o homem que mais “trabalhou” neste verão, avizinhando-se um Outono quente em que Barroso deverá deixar a liderança do partido e o “Nortista, Basista” Luís Filipe Menezes, afigura-se como um candidato muito credível para a liderança nacional do partido, ganhando cada vez mais a confiança das bases. Quanto ao tempo, metade da redacção está a banhos noutras paragens mais cálidas, sendo normal os telefonemas para os colegas quando se vê nos telejornais que está a chover na Maia, informando os “pobres” que estão a trabalhar, das excelentes condições que tem a piscina onde se encontram, ou mesmo da temperatura “insuportável” que tem no momento, sendo que os colegas que estão a trabalhar agradecem a “amabilidade”.
A Câmara Municipal do Porto possui um serviço gratutito de colocação de “pulgas electrónicas”, um dispositivo de identificação de canídeos por meio electrónico que regista num único suporte, todas as informações de identificação, morada e de vacinação do cão. O transponder (verdadeiro nome da “pulga electrónica”) é implantado na zona subcutânea da face lateral do pescoço do animal, não lhe causando dores ou alergias e permitindo que se o animal se perder e for recolhido pelos serviços camarários possa ser rapidamente entregue ao dono. Também o próprio transporder como o serviço de colocação do mesmo são gratuitos no Canil Municipal do Porto, aquando o registo dos canídeos, obrigatório por lei. Basta que os donos levem o seu animal ao Canil Municipal (Rua de S. Dinis, 249), entre as 9 e as 16 horas dos dias úteis, juntamente com os respectivos documentos de identificação e boletim de vacinas para que o transponder seja colocado na hora. O Canil Municipal do Porto poderá ser contactado, para esclarecimentos, através do telefone 22 834 94 90
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Os artigos de opinião são da responsabilidade de quem os assina, não reflectindo nem vinculando a opinião dos editores bem como do director do Jornal. A direcção do Jornal é defensora da plena liberdade de expressão, reservando-se a direcção a não publicar artigos de opinião que prejudiquem a imagem e liberdade de outros. É política do Jornal o pluralismo e isenção nos assuntos tratados.
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POSTAL DA MAIA
Sábado, 26 de Agosto de 2000
Embora o acidente com esta viatura não tenha sido devido à guia, este poderia ter sido uma das consequências da mesma.
Perigo à espreita na Padre Manuel Alves do Rego em Vermoim O Postal desta quinzena foi tirado junto ao cruzamento da Avenida D. Manuel II e a Padre Manuel Alves do Rego em Vermoim. A foto que é de arquivo, espelha a situação de um acidente ocorrido naquela artéria que nada tem a ver com o caso. Quem vira da D. Manuel II em direcção à Igreja de Vermoim, logo na entrada da Padre Manuel Alves do Rego, depara com uma pequena rotunda mesmo em frente as instalações da “nova clínica”. O que acontece é que a referida rotunda está desfasada a nivel de guias com as da Avenida, tendo já acontecido pequenos acidentes (rebentamento de pneus e pequenos toques), devido à má colocação das mesmas. Quem seguir a guia de granito que vai dos semáforos até a pequena rotunda, depois de passada esta vai deparar com o início da guia da Padre Manuel Alves do Rego, ou seja quem não se desviar ou venha ligeiramente distraído, facilmente (dependendo da velocidade) baterá na esquina de granito da referida guia, podendo assim provocar acidentes que até agora têm sido apenas de caracter material. Aqui fica o alerta para as entidades responsáveis, antes que alguém tenha mais danos que os materiais...
Maia Hoje Recorte e envie o cupão para a seguinte morada: JORNAL MAIA HOJE -Rua dos Altos, Ed. Arcada, 10 4470 - 235 Tel. 22 947 62 62 • Fax. 22 947 62 63 • Email: maiapress@mail.pt
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GRANDE MAIA
Sábado, 26 de Agosto de 2000
A falta de táxis no aeroporto
Táxi, Táxi!! Eco no escuro...
Imagine-se um passageiro de um avião que aterra depois da meia-noite no aeroporto de Pedras Rubras. Chega à Maia, muito provavelmente, estafado de uma viagem que nem sempre é tão confortável como isso, espera em seguida, pacientemente pela sua bagagem e na hora de ir descansar para casa ou para um hotel, arrisca-se a não ter um simples táxi cá fora que o leve ao seu destino. Este é o panorama nocturno do aeroporto internacional de Pedras Rubras. Um deserto. Os utentes queixaram-se e o “Maia Hoje” foi averiguar.
Texto:Miguel Ângelo Machado; Fotos: Júlio Ornelas
O cenário, como já foi referido, tem como palco o Aeroporto Internacional de Pedras Rubras que serve na totalidade o Norte do país. Ao que parece todos os serviços de atendimento do aeroporto encerram às 24 horas, altura em que hipoteticamente, o aeroporto deixa de funcionar devido, principalmente, ao término dos horários das carreiras regulares, passando a partir desta hora, naturalmente a laborar
com serviços “mínimos” que servem os passageiros oriundos de voos “charters”. Numa altura do ano, como esta, em que os voos “charters” (voos fretados especialmente por agências de viagens) são em grande número, o serviço de táxis que cobre o espaço do aeroporto não se encontra a corresponder às necessidades dos utentes. A ausência de táxis e outros meios
de transportes públicos a partir de determinada hora para servir os clientes passou a ser uma situação difícil e constante para os passageiros que apenas aterram após a meia-noite. No passado dia nove, após o jogo que opôs o Anderlecht ao F.C.Porto, jornalistas e adeptos que chegaram da Bélgica por volta da uma da manhã apenas conseguiram um táxi quase duas horas depois para total desespero de todos.
Na fila, encontravam-se pelo menos “clientes” para dez táxis, pelo que, um passageiro ligou do seu telemóvel para a central de táxis do Porto que apenas disponibilizaria um táxi por chamada. Logo, todos os outros utentes, procederam do mesmo modo, entupindo a linha do serviço. De salientar que um desses utentes, habitante da Maia, apenas chegaria a casa cerca de hora e meia depois de se
Clínica Veterinária D. Manuel II `orw^jbkql=a^=ro_^kfw^†Íl=alp=^iqlp=`lj=^=^sbkfa^=aK=j^krbi=ff RUA DOS JACINTOS, Nº. 9 * 4470-235 VERMOIM-MAIA * TELEFONE 22 944 22 54 * TODOS OS DIAS DA SEMANA DAS 15 ÀS 21, SÁBADOS DAS 11 ÁS 13
Sábado, 26 de Agosto de 2000
ter colocado na paragem de táxis. R.A., táxista de uma outra praça da Maia e que no passado dia 23 por volta da uma hora da madrugada se encontrava no exterior do aeroporto a tentar captar clientes que poderiam ter chegado a essa hora e que não teriam um táxi “residente” para se irem embora, apresentou ao “Maia Hoje” uma possível resolução “a melhor maneira de não existirem pessoas à espera de táxi, a qualquer hora do dia, era transformar esta praça, assim, como todas as praças do concelho da Maia, em praças livres”. A praça do aeroporto tem um regime de praça fixa, ou seja, existe um determinado número de táxis, de momento 33, que cobrem as necessidades dos utentes do aeroporto. Ao contrário, por exemplo, do concelho do Porto em que não existem praças fixas sendo todas elas praças livres, qualquer taxista pode parar o seu carro de serviço em qualquer uma delas. Se por exemplo um taxista que se encontra livre ao passar por uma praça onde não exista qualquer carro, poderá estacionar aí, para apanhar o cliente ou esperar pelo mesmo. Essa situação não ocorre na cidade da Maia, e segundo a mesma fonte, “tudo por causa da praça do aeroporto”. Na Maia, qualquer outro carro que pertença a outra praça do concelho só pode recolher clientes no aeroporto após todos os outros 33 terem sido ocupados, ocorrendo mesmo situações de um táxi que não pertença ao aeroporto estar à espera de um cliente uma, duas horas e no momento em que avista um, caso surja um dos táxis locais, tem, obrigatoriamente, de ceder o serviço em favor destes. “Isto é uma praça que dá muito dinheiro e os taxistas daqui, a partir da meia-noite não estão para ficar aqui à espera que chegue um avião uma ou duas horas para fazerem um ou dois serviços”, afirmações de R.A. que justifica desta forma a ausência de táxis “residentes” pela noite dentro na praça do aeroporto. “Os poucos táxis que aparecem aqui à noite são da Táximaia, de Matosinhos ou do Porto mas mesmo assim são poucos, porque como são aviões isolados acaba por ser muitas horas à espera e não havendo concorrência aos carros daqui, para eles, os taxistas, acaba por ser mais um ou menos um avião” afirma R.A.. Com um sistema de praça livre “funcionaria tudo melhor, haveria concorrência e taximetro e seria necessário inclusivé, introduzir mais carros porque nesta cidade existe bastante serviço e os taxistas seriam obrigados a buscar serviço a diversos locais”. Segundo o nosso interlocutor a razão porque não se passa a praça livre tem como principal razão a Câmara Municipal da Maia (CMM) já que segundo ele, “quem manda nos táxis é a Câmara e se o mal está em algum lado é lá, porque é esta entidade que distribui as licenças e já não há concursos há cerca de quinze anos. Mas também não é o aumentar do número de táxis que se resolvia o problema porque a partir da meia-noite seria provável que viesse acontecer o mesmo que ocorre hoje em dia, mas sim, introduzir no concelho da Maia o sistema de praça livre.” Então porque é que a Câmara não adopta esse sistema?, questionou o “Maia Hoje” a R.A. à qual respondeu “nós taxistas da Maia, já pressionamos a Câmara para que isto passasse a livre, temos mais que razões para isso, só que esta questão mete muito dinheiro pelo meio. Um carro daqui tira por mês, pelo menos, mil contos de lucro..., enquanto estiver na CMM o vereador dos Transportes e o presidente que lá está, que é o Prof. Vieira de Carvalho, isto vai continuar na mesma. Nada muda por causa de uma praça que se chama aeroporto. Isto vai acabar por ficar livre, nem que seja daqui a 50 anos e os taxistas daqui serão os únicos que irão ficar a perder porque em vez de fazer mil fazem 500.” Comprar a licença a um taxista do aeroporto está, aparentemente, fora de questão para R.A., já que as quantias que estes pedem rodam “cerca de 35 a 40 mil contos, que é quanto o que eles andam a pedir.” Em Lisboa, segundo o nosso interlocutor, existe praça livre e cerca de 2000 táxis que cobrem uma cidade de grandes proporções bem como o principal aeroporto do país. Como resolver a questão de forma a que todos os maiatos e não só, possam vir a usufruir de um serviço abrangente a qualquer hora do dia? Fica a questão.
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Protocolo de Geminação
Maia geminada com Mantes-la-Jolie Pedro Miguel Rodrigues (C.M.Maia)
No próximo dia 9 de Setembro, uma delegação, da Câmara Municipal da Maia, liderada pelo Presidente, Dr. José Vieira de Carvalho, irá deslocar-se à cidade francesa de Mantes-la-Jolie, de forma a ser celebrado um Protocolo de Geminação que irá unir os dois municípios. A assinatura deste acordo, é o culminar de um trabalho que vem sendo desenvolvido desde Agosto de 1999 entre os gabinetes de Relações Internacionais de ambos os municípios e a Associação Nacional de Municípios Portugueses , que funcionou num período inicial como elo de contacto entre as duas partes. A Cerimónia Oficial irá contar com a presença dos dois Presidentes de Câmara, do vice-presidente da Câmara Municipal da Maia, EngºAntónio Gonçalves Bragança Fernandes, bem como do Cônsul de Portugal em Versailles, e irá realizar-se às 15.00 horas do dia 9 de Setembro no Pavilhão de Portugal, que estará instalado no recinto da Foire Expo que este ano realiza a sua 50 ª edição , dedicada ao nosso país e na qual o município da Maia,
como convidado especial, irá também estar representado com um stand promocional, onde será dado a conhecer a todos os visitantes a cultura, a história, as tradições e o desenvolvimento que hoje representa o Concelho da Maia, no contexto nacional. Mantes-la-Jolie, é uma cidade com 45.000 habitantes, dos quais cerca de 5.000 são portugueses, e está localizada a cerca de 50km de Paris. Actualmente encara o seu desenvolvimento económico como uma prioridade, tendo apostado fortemente na dinamização da actividade comercial existente e na implementação de novas empresas. Elementos também em destaque neste município francês é o notável equipamento desportivo de que dispõe. A anteceder o plano de actividades que constará no Protocolo de Geminação que irá ser celebrado, realizou-se no passado mês de Julho a segunda edição do programa anualmente promovido pela Comissão Europeia “Rencontres des Jeunes Europeéns”, que contou com a participação de seis jovens maiatos.
Da responsabilidade do Pelouro da Juventude da C.M. Maia
Câmara lança Concurso Literário 2000 À Semelhança dos anos anteriores, o Pelouro da Juventude da Câmara Municipal da Maia instituiu o Concurso Literário 2000 destinado à população juvenil do Concelho. Com o objectivo de promover e incentivar o gosto e a prática pela escrita, este concurso aborda as áreas de Conto, Poesia e Escrita Teatral, com temas e formato livres e está aberto à participação de todos os Munícipes com idades compreendidas entre os 12 e os 30 anos. Esta edição do Concurso, face aos excelentes resultados dos anos anteriores, contempla um melhoramento dos prémios do concurso de modo a estimular a qualidade literária dos jovens Escritores Maiatos, sendo o montante total dos prémios de esc. 360.000$00. O Regulamento do Concurso está disponível no Fórum Jovem da Maia e na Casa do Alto, locais onde deverão ser entregues os trabalhos até ao próximo dia 31 de Outubro.
o seu jornal
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Assembleia Municipal
Autarcas Socialistas “votam” ao lado de Vieira de Carvalho António Armindo Soares
A Câmara Municipal da Maia vai contrair um empréstimo de 6 milhões de contos ao Banco Totta & Açores, depois de no passado dia 18 de Agosto ter sido aprovado na reunião da Assembleia Municipal da Maia, presidida por Luciano Gomes. Quanto a esta questão o Partido Socialista esteve contra a proposta por sete votos, enquanto os seus quatro autarcas presentes ausentaram-se da sala na hora da votação, visivelmente para não terem de votar ao lado dos seus companheiros. Porém Vieira de Carvalho saiu vencedor, pois o partido de que faz parte esteve de acordo e fez aprovar o documento por 20 votos, tantos quantos os presentes. Foto arquivo
CDI Clínica Dentária Integrada Centro de Implantes Dentários
Dr. Raúl Vaz de Carvalho Sendo a 1ª Clínica Dentária Integrada do País, a CDI põe à sua disposição as mais avançadas tecnologias e um vasto leque de serviços, tendo como objectivo primordial melhorar a qualidade de vida dos seus doentes. Assim pode usufruir: - Elevada competência nos diagnósticos e tratamentos. - Consultórios de Medicina Dentária, com exclusividade nas áreas de: - Implantologia Oral e Extra-oral; - Próteses Fixa e Removível; - Oclusão e Dor Orofacial; - Dentisteria Operatória - Endodontia - Odontopediatria - Ortodontia Fixa e Removível - Bloco Operatório - Gabinete de Higiene Oral: Prevenção e Análises Salivares - Gabinete de Radiologia - Laboratórios de Próteses Fixa, Removível e Ortodontia. A CDI dispõem ainda de depósito de água tratada e gerador de energia eléctrica. Está ligada via Internet, a Centros Clínicos estrangeiros, permitindo acompanhar as mais recentes evoluções quer no campo tecnológico como no campo científico. Alvará n.º 1817/97
Rua de S. Romão, 422 - Vermoim - 4470 MAIA Tel. 22 948 54 14 - Fax 22 941 64 71 - cdivazdeCarvalho@mail.telepac.pt
Os quatro presidentes de Juntas de Freguesias socialistas presentes - Barca, Silva Escura, Gueifães e Vila Nova da Telha - na última reunião da Assembleia Municipal da Maia retiraram-se do hemiciclo momentos antes da votação do ponto relacionado com o empréstimo que a Câmara Municipal da Maia vai contrair ao Banco Totta & Açores na ordem de 6 milhões de contos que visam principalmente a aplicação na aposta contínua que este município tem vindo a fazer no sector de habitação. A proposta foi votada favoravelmente por maioria com 20 votos a favor do PSD e 7 contra do PS. Até se compreende este retirar dos autarcas socialistas e a notar-se uma certa conivência com o Presidente da Câmara, até porque estamos a um ano de eleições autárquicas e, pelos vistos, Vieira de Carvalho pelo que nos leva a ter uma ideia “prometeu” dar uns “rebuçados”, como quem diz umas “obrinhas” vão aparecer nas respectivas freguesias. Porém, o deputado socialista, Joaquim Ribeiro justificou o voto contra do seu partido:«O Partido Socialista vota contra, pois não está em causa a adjudicação do financiamento a uma entidade bancária, mas sim o financiamento em si, que consideramos não devidamente fundamentado e que agrava o passivo financeiro da Câmara, comprometendo o futuro». Também debatido na ordem de trabalhos esteve o lançamento da derrama em 2001, relativa ao rendimento gerado em 2000 na área geográfica do concelho e que teve aprovação unânime. O socialista Miguel Ângelo Rodrigues, apresentou o porquê do voto favorável do PS. «A derrama tem vindo a representar um valor significativo na
captação das receitas correntes do município, atingiu aproximadamente os 900 mil contos no ano anterior. É uma fonte de receita que efectivamente o município não pode prescindir dela. É evidente que não temos dados concretos para poder comprovar o que é dito, de que os valores resultantes da derrama são todos eles aplicados no âmbito da habitação social, não temos provas do contrário, acreditamos que assim seja, por isso estamos de acordo com esta derrama para o ano vigente». Sobre este ponto, o líder da bancada do PSD, Bernardino Costa Pereira, diz que o caso da Maia «tem necessidade da derrama, mas não é apenas a Maia, são todos os concelhos, mas a única coisa que temos que ver é que, na realidade, estes impostos ou estas receitas, estão a ser ou não bem aplicadas. No nosso entender há um projecto que tem sido bem aplicado. Geralmente, a derrama pode ser um atractivo, quando necessário para os empresários, a Maia, por exemplo, não precisa baixar essa derrama, é procurada por muitos empresários e acho que tem sido uma muito boa gestão desta Câmara a continuação desta derrama e no sentido de aplicar, de engrandecer, cada vez mais a nossa terra e o trabalho que tem vindo a fazer». Vieira de Carvalho, surgiu na sala da Assembleia, momentos antes de todas as bancadas partidárias subscreverem um voto de pesar pelo falecimento do seu sogro. O presidente da Câmara esteve presente por breves minutos e prescindiu do uso da palavra. Foi uma reunião curta mas muito participativa em termos de deputados, dado estarmos no mês de Agosto e muitos deles estarem de férias.
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GRANDE MAIA
Sábado, 26 de Agosto de 2000
Incêndios
Diagnóstico: criminoso Os incêndios que por esta altura do ano fazem a sua aparição no território nacional, têm principalmente origem nos Distritos do Porto e de Braga. A história repete-se e “mão criminosa” é veredicto para a quase totalidade dos fogos. O repórter “Maia Hoje” foi ver como era e passou a tarde numa viatura dos Bombeiros de Moreira.
Texto: Artur Bacelar; Foto: Júlio Ornelas
Eram cerca das três e meia da tarde quando num dia de calor típico de verão deparamos com um aparatoso incêndio que inundava o itinerário principal número 24 junto ao lar da Santa Casa da Misericórdia da Maia, obrigando uma brigada de trânsito da GNR a parar, sinalizar o local e aconselhar moderação na velocidade, para os utilizadores daquela via que se encontrava cheia de fumo diminuindo a visibilidade aos que por lá circulavam. Destinada que estava a tarde, para a inspecção obrigatória do automóvel, dirigimonos ao centro de inspecções da “inspecmaia” para efectuar a “tal” vistoria. À porta estava parada uma viatura de combate a incêndios da corporação de Moreira da Maia que enchia os depósitos numa das bocas de incêndio existentes (e a funcionar) naquele local. Embora “fora de serviço”, a curiosidade jornalística levantou-se mais alto e abordamos os atarefados soldados da paz, para sabermos do estado do incêndio que tínhamos testemunhado momentos antes. Palavra puxa palavra e num ápice vimo-nos dentro da viatura de câmara fotográfica na mão a caminho do “tal incêndio” para vivermos a realidade do combate às chamas. A viatura, era um modelo nacional, da classe todo-o-terreno que se mostrou bastante útil nos caminhos que percorremos para aceder
directamente às chamas. O local para onde nos dirigimos era exactamente o fogo por onde tínhamos passado. Curiosos perguntamos se era difícil controlar um fogo daquelas dimensões, dado que já tinha passado pelo menos uma hora desde que passamos na IC24, tendo-nos sido dito que não era difícil fazer o controle, sendo que o pior é que naquele dia já era a segunda ou terceira vez que lá iam, pois o fogo voltava a reacender sem qualquer explicação natural e afirmou o bombeiro «vai ver que ainda cá voltamos hoje». Ao que parece os interesses imobiliários estão na base dos primeiros fogos urbanos, sendo que a lei protege a floresta impedindo a construção em zonas que tenham ardido à menos de dez anos, mas a realidade é que a fiscalização é escassa e ineficiente e passado algum tempo lá vão aparecendo alguns edifícios onde provavelmente não deveriam estar. O repórter pôde confirmar que passado algum tempo lá voltaram, apesar de o incêndio ter estado declarado extinto, o que realmente é estranho. De volta para encher os depósitos de água lá chegamos de novo à “inspecmaia” e aproveitamos para fazer a tal inspecção obrigatória, tendo o nosso veículo passado com “distinção”, até porque o dono é extremamente cuidadoso...
MOINHO DE PEDRA
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Padaria, Confeitaria e Cafetaria, Lda.
Rua da Ponte Pedra, 2 • Gueifães 4470 Maia • Telefone 229027596
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JÁ COMEÇARAM OS SENSACIONAIS
SALDOS
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Sábado, 26 de Agosto de 2000
Administração da cervejeira repudia acusações
Unicer reage à coima de 100 mil contos O presidente da Unicer, Ferreira de Oliveira, apresentou no passado dia 16 de Agosto, no Hotel Porto Palácio, a contestação aos critérios utilizados pelo Conselho de Concorrência que aplicam a esta empresa uma coima de 100.000 contos por abuso de posição dominante na sua relação com os distribuidores de cerveja, e “repudia inequivocamente sem quaisquer reservas todas as acusações”. Texto: António Armindo Soares; Fotos: Júlio Ornelas
Segundo o presidente da Unicer, esta empresa ameaça abandonar Portugal caso seja infrutífero o recurso de impugnação que apresentou no dia 16 de Agosto, no Tribunal do Comércio de Lisboa relativo à decisão aplicada pelo Conselho de Concorrência. Sobre a coima de 100.000 contos aplicada pelo Conselho de Concorrência, a que este último notificou a primeira no dia 17 de Julho e, em conferência de imprensa realizada num hotel do Porto, a administração da cervejeira refuta todas as premissas que suportam a decisão do Conselho da Concorrência porque, “o mercado em que a UNICER opera é o mercado das bebidas. O mercado português em que a UNICER actua está totalmente aberto à concorrência, nomeadamente à concorrência de empresas ibéricas”. O mercado de referência para esta empresa “é, pelo menos, o mercado ibérico”. A UNICER tem, no mercado ibérico, uma quota de mercado na produção de cervejas na ordem dos 11%; “nestas condições está longe de ter uma posição dominante, mesmo considerando apenas o mercado da cerveja; A UNICER relaciona-se com a sua rede de 130 distribuidores “num contexto de cooperação comercial, com base em contratos que respeitam a legislação aplicável”. A reestruturação da rede de distribuição de cerca de 300 para 130 distribuidores, ocorrida entre 1991 e 1996, “foi conduzida com critérios de racionalidade e era inevitável para assegurar a sobrevivência dos distribuidores e da própria empresa”. O processo de reestruturação ocorreu com as dificuldades inevitáveis, “mas sempre num contexto de respeito pelos direitos de todos os distribuidores. Prova-o o facto de, apenas, 10 “casos” estarem a ser dirimidos em acções judiciais em curso”. “Repudiamos inequivocamente, sem quaisquer reservas todas as acusações”, contestou Ferreira de Oliveira. Segundo o que deixou expresso é que as divergências assentam em várias vertentes: para o Conselho de Concorrência , o mercado da cerveja, do ponto de vista do produto, é autónomo; o aspecto geográfico circunscreve-se ao mercado português. A Unicer discorda e refere que opera no sector das bebidas em geral e que se movimenta no espaço ibérico. “Para sobreviver temos que pensar no mínimo ibérico e não só Portugal. Pensar Portugal é pensar pequenino... e isso é pensar morrer amanhã”, declarou a rematar, Ferreira Oliveira. Em nota distribuída à imprensa, sobre o recurso apresentado, a Unicer refere que a coima de 100.000 contos aplicada pelo Conselho de Concorrência “exorbita largamente a moldura legal, porquanto os ilícitos contra-ordenacionais que lhe foram imputados, a terem existido, só poderiam ter sido cometidos por erro na consciência da ilicitude - e não por dolo directo, como entendeu o Conselho da Concorrência, o que, não obstante a sua falta de fundamento, não deixou de funcionar como uma agravante”.
C.A. da Unicer em peso, reagiu à decisão do Concelho de Concorrência
Ferreira da Oliveira, Presidente da Unicer lança a polémica
A decisão polémica do Conselho de Concorrência A decisão do Conselho da Concorrência, notificada à UNICER a 17 de Julho último, baseia-se nos seguintes pressupostos fundamentais: O mercado da cerveja, do ponto de vista do produto, é autónomo; O mercado da cerveja, do ponto de vista geográfico, é o mercado português; A UNICER tem uma posição dominante no mercado da cerveja português; A UNICER abusa da sua posição dominante na relação com os seus distribuidores; A UNICER não devia ter reestruturado da forma como fez a sua rede de distribuição; No processo de reestruturação da sua rede de distribuição a UNICER terá abusado do estado de dependência económica de alguns dos seus distribuidores.
Sábado, 26 de Agosto de 2000
FREGUESIAS
11 GONDIM
Gondim
Festas em Honra do Divino Salvador animam freguesia O passado fim de semana foi de arromba para a freguesia de Gondim, é que a festa que esta localidade organiza com uma certa intensidade, chama até si inúmeros forasteiros, mas muito em particular os emigrantes, que nesta altura do ano vêm de propósito para assistirem às festas e visitarem a família e os amigos. António Armindo Soares
A tradição ainda manda.
Um dos pontos altos da festa em honra do Divino Salvador em Gondim está notoriamente na majestosa procissão e na forte cumplicidade com que o povo se envolve e decora as ruas por onde passa o desfile religioso, este ano e a exemplo de outros, vários populares engalanaram uma das principais artérias, com principal incidência o Lugar de Porto Bom, junto ao Café 2 Amigos, da propriedade do senhor Fontes. È que foi a família deste cidadão da terra que fixou vários vasos e enfeitou com um belo tapete composto de pétalas e flores naturais e recordou o ano do Jubileu, e lá colocou várias imagens religiosas, entre elas a de Nossa Senhora de Fátima. Ainda sobre esta manifestação religiosa associaram-se as figuras distintas de
Gondim e do concelho, respectivamente, o vice-presidente da Câmara Municipal da Maia, Bragança Fernandes, o histórico presidente da Junta de Freguesia de Gondim, Afonso Azenha, entre outros. De realçar que na parte da frente do andor “principal”, do Divino Salvador, incorporava um jovem casal, pelo que nos fizeram entender este é um facto significativo e que todos os anos faz parte de uma tradição secular... que um casal de jovens acompanhe o santo. Para preencher o restante programa das festas a animação musical dos agrupamentos fez subir de tom a alegria, movimentando muito povo, o que nos diz que estas festividades estão para durar...
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Sábado, 26 de Agosto de 2000
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FREGUESIAS
Sábado, 26 de Agosto de 2000
Grupo Folclórico Infantil e Juvenil do Sobreiro
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Festival animou e encantou miúdos e graúdos O Grupo Folclórico Infantil do Sobreiro - Vermoim comemorou vivamente, no passado fim de semana, os nove anos de existência. Para o efeito, os seus dirigentes organizaram, como habitual o festival folclórico, que teve como cenário o largo principal da Torre 1 da Urbanização do Sobreiro e que contou com a participação de cinco agrupamentos. António Armindo Soares.
O jornal “Maia Hoje” surgiu no local do espectáculo folclórico, na noite do dia 19, quase discretamente... fez o seu trabalho, fotografando o acontecimento, mas alguém importar-se em dar uma palavra ao jornalista foi coisa que nem passou pela cabeça dos dirigentes do Rancho Infantil, apesar de verem os vários “flashs” da máquina fotográfica a laborarem e a recolher os momentos para a posteridade. Não estamos nesta profissão para receber medalhas nem muito menos abraços ou beijinhos... mas uma palavra de reconhecimento pela presença de um jornal, para divulgar o certame, como sucedia noutras alturas, agora, pelos vistos não faz parte do programa, a não ser só para os VIP (?), que nesta edição foram nem mais nem menos os membros da Junta de Freguesia, excepto o presidente que, por ali, nunca aparece. Estamos crentes que as coisas vão mudar e o tratamento para quem trabalha para o folclore terá o seu devido reconhecimento. Quanto ao festival, o grupo da casa, Rancho Folclórico Infantil e Juvenil do
Sobreiro, pelo que notamos teve uma ligeira progressão e está, claramente a melhorar, até porque, tem muitos meninos e meninas que têm jeito para o folclore e são capazes de, no futuro, serem uns verdadeiros continuadores da obra que agora se está a construir. Gostamos da actuação do Infantil e Juvenil do Sobreiro, mas no que diz respeito à sincronia das danças há que fazer mais... O recado que deixamos é que as crianças sejam persistentes, trabalhem mais, que dentro de alguns anos, Vermoim terá um grupo de folclore de se lhe “tirar o chapéu”. Sobre as restantes participações, que igualmente foram bem aplaudidos pelo imenso público, notamos as presenças dos grupos, “Grupo Cultural e Recreativo Montes da Costa”, de Ermesinde, o “Rancho Típico de Esposade”, Matosinhos e do “Rancho Folclórico Cortiçadas do Lavre”. Foi um certame que deve ter continuidade ano após ano e pelo que vimos a colectividade está a atingir um certo crescimento.
Rancho Folclórico Infantil do Sobreiro
MILHEIRÓS
Junta de Milheirós promove mini-férias
Crianças a banhos... A Junta de Freguesia de Milheirós promoveu, uma vez mais, tal como sucede todos os anos, uma actividade integrada nas suas actividades culturais e sociais denominada de Colónias Balneares que visa mais de três dezenas de crianças numa acção, que proporciona uma ida diária à praia durante duas semanas.
montaco PROTECÇÃO ANTICORROSIVA
António Armindo Soares
PROTECÇÃO DE BETÃO REVESTIMENTOS INDUSTRIAIS PINTURAS DE CONSTRUÇÃO CIVIL A Praia da Memória, em Leça da Palmeira, foi o destino que mais de três dezenas de crianças carenciadas da freguesia de Milheirós tiveram, umas mini-férias que a Junta de Freguesia, liderada por Alfredo Santos Teixeira promoveu esta acção e “obrigou” a um esforço financeiro aos cofres da autarquia na ordem dos 300 mil escudos. Os pequenitos além de frequentarem a praia tiveram a oferta de um lanche diário e transporte gratuito. «Esta iniciativa já se realiza desde há quinze anos e fazemos um esforço para a manter com regularidade, porque para nós as crianças têm uma importância acrescida e
merecem este nosso “miminho”. As verbas que temos destinadas para esta acção vêm de um certo sacrifício que todos os anos fazemos, mas lá conseguimos manter o sorriso do costume e fazer com que algumas crianças com dificuldades económicas também façam férias e possam conviver em comunidade como quaisquer outras com mais posses. Estamos felizes e vemos que somos recompensados com o sorriso dos miúdos. Tudo faremos com que este hábito adquirido desde há 15 anos não tenha um termo mas sim uma continuidade», adiantou Alfredo Santos Teixeira ao “Maia Hoje”.
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FREGUESIAS
Sábado, 26 de Agosto de 2000
VERMOIM
Em Vermoim
Festas de Nª Sra. da Caridade Em Vermoim, uma freguesia urbana do centro da Maia, onde ainda hoje se podem apreciar as vaquinhas a pastar e felizmente o verde predomina, numa paróquia perfeitamente católica e practicante, todos os anos por esta altura se ouve o “trovejar” dos foguetes anunciando as festas em honra da sua santa padroeira Nossa Senhora da Caridade. Misturando a parte pagã com a parte religiosa, a comissão de festas lá vai elaborando um programa mais ou menos completo para os cinco dias que compõe a festa.
Artur Bacelar e António Vale Padrão
Desde o passado dia 11 e até ao dia 15 de Agosto, realizaram-se as tradicionais festas de Vermoim em honra de Nª Sra. da Caridade. O programa era mais ou menos variado contando com uma componente musical e uma componente religiosa. Assim sendo no dia de abertura às 21.30, mais ou menos à hora em que o futebol clube da Maia que têm o seu estádio a menos de um quilómetro da igreja da freguesia, o ambiente já era de festa e o povo começava a afluir ao palco montado entre a igreja e a junta de freguesia para assistir ao prometido concerto de Ana e José Malhoa. Os repórteres de serviço no estádio Vieira de Carvalho começaram a ouvir os foguetes por volta das 21 horas, anunciando que estaria para breve o início das festas. Findo o torneio de futebol que começava às 19 horas “non-stop” decorreu até as 23 horas, fomos para o local fazer a reportagem, deparandonos com um ambiente semivazio, no meio das obras que teimosamente ainda duram frente à igreja de Vermoim. A organização disse-nos que o espectáculo estava um pouco atrasado, devido a compro missos anteriores da “dupla” Malhoa com outras festas a muitos quilómetros dali, o que caiu muito bem para os nossos estômagos, permitindo assim uma rápida pausa para jantar, não tendo caído compreensivelmente tão bem para aqueles que já jantados ansiavam por uma noite musical plena. Já jantados fizemo-nos novamente à estrada e chegados ao local deparamos com um ambiente totalmente diferente, estando o largo junto à igreja cheio de gente e ai sim já se vivia um ambiente de festa. Mas ainda tivemos que esperar um pouco, até cerca da meia-noite para ouvirmos as vozes de Ana e José Malhoa que mal saíram do carro “atacaram” logo o público. Primeiro Ana Malhoa, saltou para o palco e num abrir e fechar de olhos, entusiasmou a multidão com o seu primeiro tema, a que com um ritmo impressionante de vivacidade própria da sua juventude se
seguiram vários outros, onde Ana Malhoa demonstrou a sua influência latina da música de “Ricky Martin”, tendo inclusive soltado alguns “É pá !”, só não “bailou salsa e merengue Maria”. Já com o pai Malhoa à entrada do palco, cantou a música do “AEIOU” que arrebatou a assistência mais nova. Antes de se retirar do palco anunciou a entrada do pai, com quem cantou uma música em dueto. José Malhoa, um eterno romântico, levou a música um pouco mais calma aos corações dos presentes que vibraram com temas antigos, bem como com alguns do seu novo trabalho. No final mais uma salva de morteiros para anunciar o final do primeiro dia de festas. No dia 12, o pagão deu lugar ao religioso e foi efectuada a tradicional procissão das velas que percorreu as ruas da freguesia compreendidas entre a capela de Nª. Sra. da Alegria na cidade jardim e a igreja matriz, juntando no seu percurso centenas de pessoas que percorreram a pé as referidas artérias, munidas com velas que também enfeitavam as casas e ruas do percurso. Dia 13, Domingo, o dia começou com a Eucaristia das nove da manhã, seguindo-se nova Eucaristia às vinte, havendo durante todo o dia musica radiofónica, terminando com a actuação do grupo musical “Clave de Sol”. Dia 14, segunda-feira e véspera de feriado, onde muita gente gozava a tolerância de ponto concedida pelo governo (significa não trabalhar à custa do parolo) e outros faziam gozo de um dia de “ponte” (a custa de um dia de férias próprio, para nós cidadãos de segunda categoria), os morteiros acordaram a freguesia (e vizinhos) por volta das oito da manhã. Durante o dia continuou a música radiofónica que sinceramente já está desajustada no tempo, pois hoje existe a televisão, com quatro canais nacionais e os aparelhos de CDs já estão democratizados, acabando os aparelhos a “tocar para as moscas”, devendo a comissão de festas aproveitar este espaço para no próximo ano lançar actividades
Mandim, Coutinho, Vieira de Carvalho, Luciano Gomes, Mário Jorge, entre outros ilustres acompanhavam o Palio.
As crianças são peça fundamental desta famosa procissão.
FREGUESIAS
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culturais que conc erteza cairiam melhor no seio da população. Por volta das vinte horas, teve inicio a Eucaristia Vespertina e o dia terminou com a actuação dos “Corações Unidos”. No dia 15 e último destas festividades novamente às oito horas, fizeram-se ouvir os morteiros, entrando a de música do Centro Social e Paroquial de Alfena, que animou e acordou a freguesia até às nove da manhã, altura em que os sinos tocaram para a missa das nove horas, que era dedicada à saúde dos paroquianos,
seguida de Eucaristia solene que teve início por volta das onze da manhã. Às duas e meia da tarde os “boinas verdes” de Valongo, que já no ano passado cá estiveram, fizeram a sua entrada, tendo por volta das cinco da tarde saído à frente da majestosa procissão que saíu da Igreja Matriz para o largo do Outeiro, dando a volta e regressando de novo à Igreja Matriz, sempre com as ruas cheias de pessoas e o chão por onde passaram coberto de pétalas e folhas verdes que os paroquianos espontaneamente, fize-
ram questão de decorar. Nesta procissão foi muito notada a presença de Vieira de Carvalho, Presidente da Câmara Municipal da Maia, que seguia juntamente com Luciano Gomes, Presidente da Assembleia Municipal e Mário Jorge, Tesoureiro da Junta de Freguesia, logo a seguir ao Palio, onde vinha o recém ordenado Padre Manuel Joaquim Ferreira e onde pontificavam algumas pessoas conhecidas da freguesia como é o caso do Presidente do núcleo Social-Democrata da Freguesia, António Augusto Mandim
Ana e José Malhoa deram espectáculo aos muitos presentes na abertura das Festas de Vermoim.
Padre José Silva.
O Pálio.
Ícone do Jubileu sempre presente.
O andor de S. Romão.
que é um católico fervoroso, sendo muito notada pelos católicos, a falta do Presidente da Junta e mesário da Santa Casa da Misericórdia que dado não ser crente, nunca acompanhou estes eventos. Às nove da noite os ranchos folclóricos de Santa Marta de Portuzelo e o Rancho Regional do Mindelo fizeram a sua entrada actuando até cerca da meia-noite, altura em que o fecho da festa foi sinalizado com uma largada de fogo de artifício que durou cerca de dez minutos.
GRANDE REPORTAGEM
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Folgosa “engalanada” de tradições seculares
17º Festival Nacional de Folclore traduziu-se numa grande e bela festa O tempo ajudou e o povo saiu à rua... e deu por bem empregue a atenção que dispensou a mais uma excelente noite de folclore, nomeadamente no 17º Festival Nacional, organizado pelo Rancho Regional de S. Salvador de Folgosa e realizado no passado dia 12 de Agosto. Tratou-se de uma iniciativa que contou com a participação de sete agrupamentos, um deles oriundo de Espanha, o Grupo de Coros Y Danzas ‘Fuente Agria’, de Ciudad Real. António Armindo Soares
O Adro da Igreja de Folgosa ficou completamente ‘inundado’ de populares, que mais uma vez incentivaram permanentemente os participantes no festival nacional de folclore. Presentes estavam Luciano Gomes, presidente da Assembleia Municipal da Maia, Costa Lima, vereador da Câmara Municipal da Maia e Armando Tavares em representação do vereador da cultura, bem como o Padre António Roriz, que como sempre, disse “presente”, assim como Altino Marques e Paulo Ramalho, respectivamente presidentes da Assembleia e da Junta de Freguesia de Folgosa, e o representante da Federação do Folclore Português, Celso Barbosa. Com o Rancho Regional de S. Salvador de Folgosa à frente, todos os ranchos em fila deram inicio ao evento com o habitual cortejo, percorrendo as bonitas ruas da freguesia até ao local da festa. A entrega de lembranças, obsequiou convidados e os grupos participantes, incluindo o jornal “Maia Hoje” e um ‘crónico’ destas lides, Joaquim Almeida Barbosa que anualmente, oferece umas meias feitas artesanalmente por sua esposa. Esforço humano é de salientar O que mais ouvíamos das palavras dos dirigentes do Rancho Regional de S. Salvador de Folgosa, em particular Alberto Ramos, era o realçar do «grande esforço humano e alguma carolice para montar um festival deste tipo, porque sem o sacrifício dos dirigentes e componentes trabalharem com o dinamismo e o amor à causa nada do sucesso em que isto resultou era possível.
Aqui todos trabalham, até confeccionaram o jantar que ofertaram aos grupos». Foram sete agrupamentos em permanente deslumbrar no tablado e a mostrarem um excelente festival. Coube ao Rancho Regional de S. Salvador de Folgosa abrir o espectáculo, com a alegria estampada nos rostos dos seus componentes. Nota-se que a juventude está cada vez mais a aderir ao grupo e transformá-lo numa grande “mais valia” para a cultura popular maiata. Os maiatos exibiram vários temas, entre eles, ‘Caninha Verde’, o Senhor do Serra’ (uma modinha), o ‘Malhão Roubado’. Terminou com o ‘Vira Valseado’. Foi, sem dúvida uma actuação que honrou e dignificou a nossa Maia; um grupo de relevo no panorama do folclore nacional. ‘Saloio’, povo que habitava os arredores de Lisboa a que se vieram juntar os mouros e árabes que deixaram a cidade de Lisboa no século XII quando foram expulsos para os arredores da cidade pelo primeiro rei de Portugal- D. Afonso Henriques, constituindo assim o núcleo populacional que explorou agricolamente o designado termo de Lisboa. O Grupo Folclórico “Os Saloios da Póvoa da Galega, do concelho de Mafra, começou a sua actividade em Abril de 1968, e trouxe ao palco de Folgosa quase totalmente composto de gente jovem que transmite bem a nossa música popular. E a prestação foi apreciada pelo público que se apinhava pelos recantos da área envolvente ao adro da igreja matriz. De Viseu, mais propriamente da freguesia de Mundão, tivemos a oportunidade de ver em acção uma extraordinária participação do Rancho
Joaquim de Almeida Barbosa coloca insígnias no grupo da casa.
Altino Marques recebe lembrança da “embaixada” espanhola.
O SEU JORNAL
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Sábado, 26 de Agosto de 2000
GRANDE REPORTAGEM
Aspecto da brilhante actuação do Rancho Regional de S. Salvador de Folgosa da Maia.
Folclórico - que lindo foi ver aquela juventude, sorridente e tão sábia na matéria. Notamos que este grupo se não nos enganamos apontase como um dos melhores a nível nacional. Entrou com o tema, ‘O Fado’; depois, interpretou ‘Ora deixa-te estar’, ‘Fui à Senhora da Lapa, ‘Meninas vamos ao meio’, entre outros. Gostamos, ouvimos ruidosamente os aplausos do povo e aconselhamos que voltem um dia à Maia. Também do distrito de Viseu, do concelho de Tarouca, o Rancho Folclórico Flor do Sabugueiro mostrou boa interpretação. ‘O Fado’ foi o trecho que deu início à sua passagem pelo tablado de Folgosa e que colheu boa aceitação, ou não fosse a distinta qualidade folclórica com que se exibe habitualmente. Uma aposta bem certa do Rancho de Folgosa no seu festival. Sem ser nem de perto nem de longe um grupo que consegue trazer um folclore animado, com ritmo, e a qualidade que normalmente se “exige”, o Grupo Típico de Danças e Cantares do Afonseiro, do Montijo, teve uma fraca prestação e que não se encaixa num festival da envergadura que as gentes maiatas estão habituadas a fazer vingar e a dizerem que na Maia «os festivais são de ‘pura água’» e dos melhores em território português. Para animação do povo, o Minho esteve representado com uma referência, o “Etnográfico de Vila Praia de Ancora”. As gentes minhotas entraram a cantar e a tocar o tema, ‘Vira Velho’. Depois, ‘Gota do Calor’, ‘Vira do Vale do Ancora’, a ‘Nossa Gota’, a ‘Chula Picada’ e a ‘Chula de Saída’. Foi uma exibição de luxo de fazer saudades... e a aumentar o sucesso deste festival, que enquanto decorria repleto de melodia, a sua igreja continuava a brilhar na sua torre, e com a noite aliciante, convidativa a apreciar um evento deste tipo. Conclui o 17º festival, o Grupo de Coros y Danzas “Fuente Agria”, que no seu todo, naquilo que proporcionou ficou patente a coreografia que os seus componentes transmitem de uma forma invulgar e que necessita de muita fibra muscular para ser executada. Foi um participação que a assistência gostou a aplaudiu vivamente. É um grupo composto de gente maioritariamente jovem e que mostraram-nos ser gente simpática e que gosta de conviver. Apreciamos, naturalmente o seu folclore, claro, diferente do nosso, mas que consegue transmitir alegria e traduzir a sua tradição à sua maneira. Uma visita que colheu muitas simpatias... A juventude tem sido um “trunfo” Para a presidente do Rancho de Folgosa, Maria José, «assistiu-se a uma extraordinária noite de folclore. Todos os grupos ultrapassaram as expectativas. Conseguimos fazer uma boa selecção para este festival. Os nossos componentes como sempre, mostraram uma grande confiança e determinação, deram sobretudo o seu melhor, o que muito nos orgulharam, porque muitos dos nossos jovens andam aqui não há muito tempo, mas cumpriram na íntegra o que se lhes pediu. Os jovens têm sido um bom “trunfo” no nosso Rancho». Quanto ao espectáculo, Maria José aponta-nos ainda que as coisas «estiveram num plano claramente dentro daquilo que pretendíamos atingir. Estamos todos de parabéns».
ANÚNCIO DA RENAULT EM ANEXO
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SAÚDE
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“Transtorno de Pânico” e “Agorafobia”
Alerte para a doença da década! Todos os anos, milhões de pessoas bastante activas são afectadas por uma doença que não mata, mas pode modificar a sua vida, tornando-a muitas vezes insuportável, falamos do “transtorno de pânico” e Agorafobia, que transformam a vida dos doentes num pesadelo, provocadas pelo ritmo “infernal” com que vivemos as nossas vidas. O leitor poderá nunca se ter apercebido, mas provavelmente já terá sofrido de uma forma ou de outra, directa ou indirectamente “mazelas” desta doença. Artur Bacelar (exclusivo Jornal Maia Hoje)
Para a elaboração deste artigo recorremos à maior biblioteca do mundo ou seja a Internet, onde podemos observar os milhares de páginas sobre o assunto, bem como detectamos algumas associações de doentes. A ansiedade um dos maiores motores do chamado transtorno de pânico que se caracteriza pela aparição brusca e inesperada de crises de ansiedade (ataques de pânico), seguidas de uma preocupação desmedida pela possibilidade de padecer de novas crises e suas possíveis consequências. Durante as crises as pessoas apresentam sintomas tais como taquicardia, palpitações, sudorização, dispneia, fortes dores de cabeça, dor torácica, torpor, enjoos, sensação de desmaio e medo de morrer, podendo assim o leitor “adivinhar” a dificuldade de quem sofre desta doença. Em média estes “ataques” poderão demorar cerca de 30 minutos, em alguns casos poderá chegar a uma hora, sendo importante considerar que condições normalmente predisponentes a ansiedade geralmente não antecedem esses surtos, de modo que eles quase sempre não apresentam uma causa aparente. Assim, eles podem ocorrer espontaneamente a qualquer momento, lugar ou situação. Uma condição frequentemente associada ao Transtorno do Pânico é a Agorafobia (do grego: medo da praça pública), que se caracteriza por intenso medo de ficar sozinho em lugares públicos. Embora ela possa ocorrer isoladamente, acredita-se que a Agorafobia seja, na maioria dos casos, uma consequência do Transtorno do Pânico. Generalizando existe também o grupo das chamadas “fobias específicas”, que se traduzem por medos irracionais ao enfrentar de situações ou objectos determinados. As pessoas afectadas evitam ou enfrentam as situações temidas com um elevado nível de ansiedade, sendo que os sintomas que estas situações provocam são: sudorização, tremores, nó no estômago, etc.., as fobias mais comuns são o medo de andar de avião, medo da altura, a certos animais ou répteis, extracções de sangue, obscuridade, aos elevadores (sobretudo os fechados), entre outras.
A Agorafobia Agorafobia como já foi referido é uma das piores consequências do ataque de pânico, sendo que uma pessoa “normal” num curto espaço de tempo pode ficar confinada a uma cama sem ter qualquer tipo de doença física ou que provoque a morte. O doente tem conhecimento que nada de grave lhe está a acontecer, mas fecha-se em casa com medo de ir ao café da esquina. A agorafobia poder-se-á caracterizar pelo medo de se encontrar em situações das quais possa ser difícil escapar ou pedir ajuda, sendo frequente que estacionem os seus automóveis muito próximo do local onde se deslocam com medo de terem de “fugir” rapidamente para casa, local que consideram “seguro”. O agorafóbico vai restringindo as suas saídas, estudos, actividades sociais ou recreativas, sendo muito frequente na casa dos 30 anos ou em finais de curso, chamando-lhes por vezes “esgotamento”. Poderá ainda haver uma relação com a perda de um dos pais na infância e uma história de ansiedade na separação, ou a perda recente de algum familiar próximo. Situações stressantes também podem ter grande influência na génese dos ataques de pânico. Os pacientes com Agorafobia evitam situações em que a busca de auxílio é difícil. Eles temem sair sozinhos em lugares como ruas, praças, supermercados, espaços ou veículos fechados. Pedem sempre a companhia de amigos ou parentes nessas situações. Nos casos mais graves, o indivíduo passa a ficar confinado em casa. Transtorno de pânico Embora a sua etiologia não esteja bem definida, acredita-se que há factores biológicos e psicossociais específicos envolvidos na patogénese desta doença. As regiões encefálicas provavelmente envolvidas na génese do transtorno são o tronco cerebral (sobretudo o locus ceruleus), o sistema límbico (possivelmente responsável por gerar ansiedade antecipatória) e o córtex préfrontal (provavelmente gerando o evitamento fóbico).O SNA de alguns pacientes com Transtorno do Pânico exibe um aumento do tónus simpático,
adapta-se mais lentamente a estímulos repetidos e responde excessivamente a estímulos moderados. Há algumas substâncias capazes de induzir o Transtorno do Pânico, tais como gás carbónico, lactato sódico e bicarbonato. Há ainda a influência de algumas substâncias neuroquímicas, que actuam directamente em receptores noradrenérgicos, serotoninérgicos e GABAérgicos do SNA. Os ataques de pânico estão associados com uma vasoconstrição cerebral que pode acarretar sintomas do SNC, como tonturas e sintomas do sistema nervoso periférico, que podem ser induzidos por hiperventilação. Há fortes indícios de que esse distúrbio tenha base genética, pois notase grandes taxas de ocorrência entre parentes de primeiro grau. Além desses factores, há também aspectos psicossociais relacionados. Segundo as teorias psicanalistas, o Transtorno do Pânico seria resultante de uma defesa mal sucedida contra impulsos ansiogénicos. Quanto à Agorafobia, poderia haver uma relação com a perda de um dos pais na infância e uma história de ansiedade na separação. Situações stressantes também podem ter grande influência na génese dos ataques de pânico. O primeiro ataque de pânico acontece espontaneamente. Entretanto, alguns hábitos ou situações vividas pelo paciente de forma costumeira podem preceder com certa frequência a crise. Cita-se como exemplos a ingestão de cafeína, álcool, nicotina e outras drogas, além de padrões incomuns de sono ou alimentação. As condições físicas do ambiente no qual o indivíduo se encontra também podem influir. O ataque se caracteriza por um medo extremo e sensação de morte eminente. O indivíduo sente palpitações, taquicardia, dispneia e sudorese intensa. Todos esses sintomas aumentam ainda mais o medo de morrer desses pacientes, que passam a acreditar que morrerão naquele momento, devido a um ataque cardíaco. É muito comum que esses pacientes, geralmente jovens, sejam confundidos com hipocondríacos nos hospitais, onde vão buscar auxílio. Além dos sintomas físicos já citados,
durante o ataque, o paciente pode experimentar depressão, despersonalizarão, dificuldade para falar e comprometimento da memória. Esses sintomas podem desaparecer rapidamente ou de forma gradual. Os períodos que se seguem entre uma crise e outra são marcados por uma intensa ansiedade antecipatória. Essa situação decorre em mudanças de comportamento facilmente percebidas por parentes e amigos mais próximos. Entretanto, notase que a maioria dos pacientes tentam manter em segredo as primeiras crises. Eles sofrem uma queda no desempenho profissional ou escolar, crises nas relações sociais ou conjugais. Essa situação pode ser agravada pela coexistência de abuso de álcool ou outras drogas. Os ataques de pânico geralmente são inesperados e espontâneos. Entretanto, também podem ser esperados ou predispostos por alguma situação. O DSM-IV salienta que pelo menos o primeiro ataque de pânico deve ser inesperado. É importante que se faça um diagnóstico diferencial entre o Transtorno do Pânico e transtornos orgânicos, tais como doenças cardiovasculares, pulmonares, neurológicas, entre outras. Deve-se também distinguí-lo de outros transtornos mentais, como despersonalizarão, hipocondria, fobia social, depressão e esquizofrenia. Os dois tratamentos mais efectivos são a farmacoterapia e a terapia cognitivocomportamental. Farmacoterapia: uso de tetraciclícos, tricíclicos, inibidores da MAO, inibidores selectivos da recaptação de serotonina e benzodiazepínicos. O tratamento deve durar em média, 8 a 12 meses. 30 a 90 % podem sofrer recaídas se o tratamento for descontinuado. Terapias cognitivas e comportamentais: inclui explicar para o paciente acerca de seus ataques, reforçando que eles não são ameaçadores para a vida. Relaxamento aplicado: treino de um senso de controle dos níveis de ansiedade. Além desses há ainda o treinamento respiratório e a exposição in vivo em que o paciente é exposto ao estímulo temido por ele. Com o tempo, ele torna-se dessensibilizado à experiência.
Como detectar a doença CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS PARA TRANSTORNO DO PÂNICO: Deve estar presente um período de extremo temor ou desconforto, no qual quatro ou mais dos seguintes sintomas desenvolveram-se abruptamente e alcançaram um pico em dez minutos: palpitações; dor torácica; náusea e desconforto abdominal; tontura, vertigem ou desmaio; desrealização ou despersonalização; medo de enlouquecer; medo de morrer; parestesias e calafrios ou ondas de calor.
CRITÉRIOS PARA DIAGNÓSTICO DE AGORAFOBIA: Ansiedade de estar fora de casa desacompanhado; estar em meio à multidão; evitamento de algumas situações, tais como viagens desacompanhadas. É importante distinguir Agorafobia de fobia social. Nesta, a esquiva se limita a situações sociais pelo medo do embaraço.
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CULTURA
& ESPECTÁCULOS
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Célia Marlene:
Uma voz maiata a caminho do “estrelato” Célia Marlene é um daqueles talentos que tarda em afirmar-se no panorama musical nacional, pois está conotada como uma das jovens com uma das vozes mais bonitas que no meio musical existe. Apesar do seu primeiro trabalho discográfico não ter sido um sucesso de vendas, o êxito da artista, segundo nos garante o cantor Marante poderá surgir com a edição do segundo CD, que aparecerá, provavelmente até ao final de Setembro. António Soares Armindo
Célia Marlene
O cantor Marante é das pessoas que mais tem acompanhado a carreira da jovem cantora Célia Marlene, ou não fosse ele o “padrinho” que a lançou para o meio musical. «Penso que a Célia tem todas as possibilidades de se afirmar no mercado português, porque é uma voz bonita. Na minha opinião -e às vezes falar sobre as pessoas amigas é um bocado complicado- a Célia poderá vir a ser uma das grandes cantoras. Mas só o futuro o dirá», salientou Marante ao ‘Maia Hoje. O cantor refere que tem feito o possível para ajudar a jovem , mas lembra que no mundo da música «às vezes o valor que se tem não é um objectivo, ou seja, não é uma importância muito grande, mas tem sobretudo de ter uma ajuda por trás. Marante aponta para «o curto prazo para que a Célia Marlene atinja a consagração: «Se calhar ela já fez um projecto a longo prazo... já lançou um disco e, naturalmente o segundo CD tem de ser melhor, como se calhar o terceiro ainda poderá ir mais longe. Os projectos
que ela tem em mente um dia vão-se concretizar, disso não tenho dúvidas. Também, andarmos aqui a deixar passar o tempo...e não se conseguir nada, penso que será frustrante isso acontecer. Mas estou convencido que isso não será assim», garante. Mas qual será o caminho ideal para que ela consiga o seu próprio espaço? «O caminho é um bocado complicado, e o chegar ao nível de uma “estrela” não se consegue de um dia para o outro. Mas uma coisa é certa: o que sempre incuti no espírito desta jovem foi, sacrifício, trabalho e, tendo sempre uma grande humildade tentando fazer sempre o melhor possível. De tudo aquilo que a posso ajudar, e a única que vou fazendo, e bem, é musicalmente, e indicar-lhe o caminho que percorri. Não sou editor, mas estou confiante que o próximo disco da Célia vai ser bom, as pessoas vão gostar e, de certeza absoluta que será a tal luzinha que falta para atingir os objectivos a que se propõe», admitiu.
Para a Célia Marlene o seu estado de espírito «é de uma grande confiança, optimista e esperançada em atingir o objectivo de se tornar na cantora que sempre desejou». Quase três anos após ter começado no meio artístico, tem conseguido conquistar público e participar em espectáculos conjuntamente com Marante, a convite deste, em vários pontos do país, com maior incidência no Algarve «e sempre com boa aceitação». Sobre o próximo CD, revelou-nos que o estilo musical tem mais a ver com o lado romântico e ligeiro, «Será um disco feito daquilo de que mais gosto de cantar, as baladas, mas que vai ao encontro de todo o tipo de público. Começo a notar que gosto mais de me ouvir a mim própria em temas mais calmos, estilo Dulce Pontes...»,expressou. Segundo o que nos adiantou Marante, o projecto que a Célia idealiza será bem concebido, e será aquilo que ela gostará de ser. «Quer queiramos quer não, não
seremos nós que vamos ajuizar o trabalho dela mas sim o público». Célia Marlene aponta as perspectivas «como animadoras». «O Marante é praticamente o meu “chefe”. Em termos musicais é mesmo isso... porque sempre que há uma coisa qualquer relativa à música vou aconselhar-me ao Marante. Há três anos até esta parte tem sido assim. Além de um amigo excelente é um “conselheiro” que está sempre disponível. Quanto aos estudos a Célia terminou o 12º ano e está à espera da chamada para um curso universitário, que por agora não desejou revelar qual será, mas que já o tem na “mira”». A concluir a nossa interlocutora assinala que as expectativas «são boas e o trabalho discográfico está a decorrer em bom ritmo e esperançada em conquistar definitivamente o grande público, a começar, possivelmente no próximo mês de Outubro» altura em que surgirá nos média e nas rádios de Portugal.
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IGREJA
Sábado, 26 de Agosto de 2000
Mensagem de João Paulo II aos jovens e às jovens do mundo
XV Jornada Mundial da Juventude Agência Eclésia
“A Palavra fez-se Homem e veio habitar entre nós” (Jo 1,14) Caríssimos jovens 1. Há quinze anos, ao terminar o Ano Santo da Redenção, entreguei-vos uma grande Cruz de madeira convidando-vos a levá-la ao mundo, como sinal de amor do Senhor Jesus pela humanidade e como anúncio de que só em Cristo morto e ressuscitado há salvação e redenção. A partir de então, sustentada por braços e corações generosos, ela realizou uma longa e ininterrupta peregrinação através dos continentes, mostrando que a Cruz caminha com os jovens e os jovens caminham com a Cruz. À volta da “Cruz do Ano Santo” nasceram e cresceram as Jornadas Mundiais da Juventude, significativos “momentos de paragem no vosso caminho de jovens cristãos”, convite contínuo e urgente a fundar a vida sobre a rocha que é Cristo. Como não bendizer ao Senhor pelos numerosos frutos suscitados em cada uma das pessoas e em toda a Igreja a partir das Jornadas Mundiais da Juventude, que nesta última parte do século marcaram o percurso dos jovens crentes rumo ao novo milénio? Depois de ter atravessado os continentes, esta Cruz agora volta a Roma, trazendo consigo a oração e o compromisso de milhões de jovens que nela reconheceram o sinal simples e sagrado do amor de Deus pela humanidade. Como sabeis, precisamente Roma acolherá a Jornada Mundial da Juventude do ano 2000, no coração do Grande Jubileu. Caros jovens, convido-vos a empreender com alegria a peregrinação até esta grande cidade eclesial, que será, justamente, o “Jubileu dos Jovens”. Preparai-vos para cruzar a Porta Santa, sabendo que passar por ela significa fortalecer a própria fé em Cristo para viver a vida nova que Ele nos deu (Incar. mysterium, 8). 2. Como tema para a vossa XV Jornada Mundial escolhi a frase lapidar com a qual o apóstolo João exprime o profundo mistério de Deus feito homem: “a Palavra fez-se carne e habitou entre nós” (Jo 1,14). O que caracteriza a fé cristã e a diferencia de todas as outras religiões é a certeza de que o homem Jesus de Nazaré é o Filho de Deus, a Palavra feita carne, a segunda pessoa da Trindade que veio ao mundo. Esta “é a alegre convicção da Igreja desde os seus começos quando canta “o grande mistério da piedade”: Ele foi manifestado na carne” (Catecismo da Igreja Católica, 463). Deus é invisível, está vivo e presente em Jesus, o Filho de Maria, a Theotokos, a Mãe de Deus. Jesus de Nazaré é Deus connosco, o Emanuel: quem O conhece,
conhece a Deus; quem O vê, vê a Deus, quem O segue, segue a Deus; nascido em Belém, Deus apropria-se da condição humana e faz-se acessível, estebelecendo um aliança com o homem. Na vigília do novo milénio, renovo de coração o convite urgente a abrir de par em par as portas a Cristo, o qual “a todos os que o receberam lhes deu o poder de se tornarem filhos de Deus” (Jo1,12). Acolher a Cristo significa receber do Pai o mandato de viver no amor por Ele e pelos irmãos, sentindo-se solidários com todos, sem discriminação alguma; significa acreditar que na história humana, apesar de estar marcada pelo mal e pelo sofrimento, a última palavra pertence à vida e ao amor, porque Deus veio habitar entre nós para que nós pudéssemos viver com Ele. Na Encarnação Cristo fez-se pobre
para nos enriquecer com a sua pobreza, e deu-nos a redenção, que é fruto sobretudo do sangue por Ele derramado na cruz (Catecismo da Igreja Católica, 517). No Calvário “Ele suportou as nossa dores... foi ferido pelas nossas rebeldias...” (Is 53, 4-5). O sacrifício supremo da Sua vida, livremente consumado pela nossa salvação, falanos do amor infinito de Deus por nós. A este respeito escreve o apóstolo João: “Deus amou de tal modo o mundo que lhe deu o seu Filho único, para que todo o que acredita nEle não pereça mas tenha a vida eterna” (Jo 3, 16). Enviou-O a partilhar toda a nossa condição humana, menos o pecado; “entregou-O” totalmente aos homens apesar da sua recusa obstinada e homicida (cfr. Mt 21, 33-39 ), para obter para eles, com a sua morte, a reconciliação. “O Deus da criação revela-se como Deus da
Redenção, como Deus que é fiel a si mesmo, fiel ao seu amor ao homem e ao mundo, já revelado no dia da criação... Que valor deve ter o homem aos olhos do Criador, se mereceu tão grande Redentor!” (Redemptor hominis, 9,10). Jesus foi ao encontro da morte, não recuando diante de nenhuma das circunstâncias do seu “estar connosco” como Emanuel. Pôs-se no nosso lugar, resgatando-nos sobre a cruz do mal e do pecado (cfr. Evangelium vitae,50). Do mesmo modo que o centurião romano vendo como Jesus morria compreendeu que Ele era o Filho de Deus ( cfr. Mc 15, 39), também nós, vendo e contemplando o Crucificado, podemos compreender que é verdadeiramente Deus, que revela nEle a medida do seu amor apaixonado, que no dar-se não faz cálculos: a paixão de Cristo é o cume de toda a sua existência “dada” aos irmãos para revelar
Sábado, 26 de Agosto de 2000
o coração do Pai. A Cruz, que parece elevar-se da terra, na realidade toca o céu, como abraço divino que estreita o universo. A Cruz “revela-se como centro, sentido e fim de toda a história e de cada vida humana” (Evangelium vitae,50). “Um morreu por todos” (2 Cor 5, 14); Cristo “entregou-se por nós como oblação e vítima de suave perfume (Ef 5,2). Por detrás da morte de Jesus há um desígnio de amor, que a fé da Igreja chama “mistério da redenção”: toda a humanidade está redimida, quer dizer liberta da escravidão do pecado e introduzida no reino de Deus. Cristo é o Senhor do céu e da terra. Quem escuta a sua palavra e crê no Pai, que O enviou ao mundo, tem a vida eterna (cfr. Jo 5,24). Ele é “o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (cfr. Jo 1, 29-36), o supremo Sacerdote que, provado como nós em todas as coisas, pode compartilhar as nossas enfermidades (cfr. Hb 4, 14) e, “tornado perfeito” através da experiência dolorosa da Cruz, é “causa de salvação eterna para todos aqueles que lhe obedecem” (Hb 5, 9). 3. Caros jovens, diante destes grandes mistérios sabei elevar-vos a uma atitude de contemplação. Detende-vos a admirar extasiados o recém-nascido que Maria deu à luz, envolvido em panos e depositado na manjedoura: é o próprio Deus que veio ao meio de nós. Contemplai Jesus de Nazaré por alguns acolhido e por outros ridicularizado, desprezado e rejeitado: Ele é o Salvador de todos. Adorai a Cristo, nosso Redentor que nos resgata e liberta do pecado e da morte: é o Deus vivo, fonte da Vida. Contemplai e reflecti! Deus criou-nos para partilhar a sua própria vida; chamanos para sermos seus filhos, membros vivos do Corpo Místico de Cristo, templos luminosos do Espírito do Amor. Chamanos para sermos “seus”: quer que todos sejam santos. Caros jovens, tende a santa ambição de ser santos, como Ele é santo! Perguntar-me-eis: mas é possível ser santo hoje? Se só pudéssemos contar com os recursos humanos, a empresa pareceria justamente impossível. De facto, bem conheceis os vossos sucessos e as vossas derrotas; sabeis que tipo de fardo pesa sobre o homem, quantos perigos o ameaçam e que consequências provocam os seus pecados. Às vezes podemos deixar-nos levar pelo desânimo e chegar a pensar que não é possível mudar nada no mundo nem em nós mesmos. Se o caminho é árduo, tudo porém podemos n’Aquele que é o nosso Redentor. Por isso não vos dirijais a outros senão a Jesus. Não procureis noutra parte aquilo que só Ele vos pode dar, uma vez que “não há salvação em nenhum outro, pois não há debaixo do céu qualquer outro nome, dado aos homens que nos possa salvar” (Act 4, 12). Com Cristo a santidade - projecto divino para todo o baptizado - torna-se realizável. Contai com Ele, crede na força invencível do Evangelho e ponde a fé como fundamento da vossa esperança. Jesus caminha convosco, renova o vosso coração e fortalece-vos com o vigor do seu Espírito. Jovens de todos os continentes, não tenhais medo de ser os santos do novo milénio! Sede contemplativos e amantes da oração, coerentes com a vossa fé e generosos no serviço aos irmãos, membros vivos da Igreja e artífices de paz. Para realizardes este importante projecto de vida, permanecei na escuta da sua Palavra hauri vigor dos Sacramentos especialmente da Eucaristia e da Penitência. O Senhor quer que sejais apóstolos intrépidos do seu Evangelho e construtores duma nova humanidade. Com efeito, como podereis afirmar que credes em Deus que Se fez homem se não tomais posição contra
aquilo que avilta a pessoa humana e a família? Se credes que Cristo revelou o amor do Pai por todas as criaturas, não podeis deixar de envidar todo o esforço para contribuir para a edificação dum mundo novo, fundado sobre o poder do amor e do perdão sobre a luta contra a injustiça e toda a miséria física, moral, espiritual, sobre a orientação da política, da economia, da cultura e da tecnologia ao serviço do homem e do seu desenvolvimento integral. 4. De coração faço votos para que o Jubileu, já à porta, represente a ocasião propícia para um corajoso impulso espiritual e para uma extraordinária celebração do amor de Deus pela humanidade. Eleve-se de toda a Igreja “o hino de louvor e de agradecimento ao Pai, que no seu incomparável amor nos concedeu em Cristo a graça de ‘sermos concidadãos dos santos e membros da família de Deus’ (Ef 2, 19)” (Incarnationis mysterium, 6). Confortam-nos as certezas expressas pelo apóstolo Paulo: se Deus não poupou o próprio Filho, mas O deu por todos nós, como não há-de dar-nos todas as coisas juntamente com Ele? Quem nos separará do amor de Cristo? Em todos os acontecimentos da vida, compreendida a morte, podemos ser mais que vencedores, em virtude d’Aquele que nos amou até à Cruz (cfr. Rom 8, 31-37). O mistério da Encarnação do Filho de Deus e o da Redenção por Ele operada para todas as criaturas constituem a mensagem central da nossa fé. A Igreja proclama-o sem interrupção ao longo dos séculos, caminhando “entre as incompreensões e as perseguições do mundo e as consolações de Deus” (Santo Agostinho, De Civ. Dei 18, 51, 2; PL 41, 614) e confia-a a todos os seus filhos como tesouro precioso a ser conservado e difundido. Também vós, caros jovens, sois destinatários e depositários deste património. “Esta é a nossa fé. Esta é a fé da Igreja. E nós gloriamos-nos de a professar, em Cristo Jesus nosso Senhor” (Pontifical Romano, Rito da Confirmação). Proclamá-la-emos juntos por ocasião da próxima Jornada Mundial da Juventude, na qual espero que participeis em grande número. Roma é uma “cidade-santuário”, onde as memórias dos apóstolos Pedro e Paulo e dos mártires recordam aos peregrinos a vocação de todo o baptizado. Diante do
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mundo em Agosto do próximo ano, repetiremos a profissão de fé do apóstolo Pedro: “Senhor, para quem havemos nós de ir? Tu tens palavras de vida eterna” (Jo 6, 68), porque: “Tu és o Cristo, o Filho de Deus vivo!” (Mt 16, 16). E também a vós, rapazes e raparigas, que sereis os adultos do próximo século, é confiado o “Livro da Vida”, que na noite de Natal deste ano o Papa, o primeiro a cruzar o limiar da Porta Santa, mostrará à Igreja e ao mundo como fonte de vida e de esperança para o terceiro milénio (cfr. Incarnationis mysterium, 8). Que o Evangelho se torne o vosso tesouro mais precioso: no estudo atento e no acolhimento generoso da Palavra do Senhor encontrareis alimento e força para a vida de cada dia, encontrareis as razões de um empenho sem tréguas, na edificação da civilização do amor. 5. Dirijamos agora o olhar para a Virgem Mãe de Deus, da qual a cidade de Roma conserva um dos monumentos mais antigos e insignes, que devoção do povo cristão lhe dedicou: a Basílica de Santa Maria Maior. A Encarnação do Verbo e a Redenção do homem estão conexas de maneira estreita com a Anunciação, quando Deus revelou a Maria o seu projecto e encontrou n’Ela, jovem como vós, um coração totalmente disponível à acção do seu amor. Desde há séculos a piedade cristã recorda todos os dias, com a recitação do “Angelus Domini”, o ingresso de Deus na história do homem. Que esta prece se torne a vossa oração, meditada quotidianamente.
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Maria é a aurora que precede o surgir do Sol de justiça, Cristo nosso Redentor. Com o “sim” da Anunciação, ao abrir-se totalmente ao projecto do Pai, Ela acolheu e tornou possível a Encarnação do Filho. Primeira entre os discípulos, com a sua presença discreta acompanhou Jesus até ao Calvário e sustentou a esperança dos Apóstolos, à espera da ressurreição e do Pentecostes. Na vida da Igreja continua a ser de maneira mística Aquela que precede o advento do Senhor. A Ela, que cumpre sem interrupção o mistério de Mãe da Igreja e de cada um dos cristãos, entrego com confiança a preparação da XV Jornada Mundial da Juventude. Maria Santíssima vos ensine, caros jovens, a discernir a vontade do Pai celeste para a vossa existência. Obtenha para vós a força e a sabedoria a fim de poderdes falar a Deus e de Deus. Com o seu exemplo vos incentive a ser no novo milénio anunciadores de esperança, amor e paz. Na expectativa de vos encontrar, em grande númeroso em Roma no próximo ano, “confio-vos a Deus e à Palavra da Sua Graça, que tem o poder de construir o edifício e de vos conceder parte na herança com todos os santificados” (Act 20, 32), enquanto de coração, com grande afecto, vos abençôo a todos, juntamente com as vossas famílias e as pessoas que vos são queridas. Vaticano, 29 de Junho de 1999, Solenidade dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo. S.S. João Paulo II
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Sábado, 26 de Agosto de 2000
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SEMANA DE 25/08 A 31/08 • Todos os filmes têm início 10 minutos após a hora marcada p^i^=N
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60 SEGUNDOS p^i^=Q
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A FUGA DAS GALINHAS jLNS
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O ÚLTIMO DESTINO
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TITAN A.E.
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GIGOLO PROFISSIONAL
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SALSA
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A TEMPESTADE
Colaboração de: Francisco Assis Assunção Alves
A TEMPESTADE
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Todos os filmes têm início 15 minutos após a hora marcada p^i^=O
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Centro Comercial Central Plaza Tel 22 940 64 86 jLNO
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CINEMAS CENTRAL PLAZA
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ELA, EU E O OUTRO p^i^=NN
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FLINSTONES EM VIVA ROCK VEGAS jLNO
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A FUGA DAS GALINHAS
1- Trabalho. Aquele que manifesta admiração afectada e pretenciosa por tudo o que está em moda. 2- Nome que os antigos Egípcios davam ao Sol. Antes de Cristo (abrv.). 3- Peça de madeira com que se atocha o mastro. Sofro com resignação. 4- Solenidade. Fazer voar. 5Vaga. 6- Ferro puxado à fieira. 7Gavinha. 8- Brinquedo de criança. Caução. 9- Lucro exagerado. Cingira. 10Igraja episcopal. Ruténio (s.q.). 11Atitude. Purpureado.
plir†ÎbpWelofwlkq^fpW=1- Tear. Cruá. 2- Nu. Os. 3- Brota. Acuso. 4- Raro. Ares. 5- Ore. 6- Álalo. 7-Amo. 8- Nata. Atro. 9- Óculo. Avaux. 10- Ra. Ar. 11- Nora. Alão. sboqf`^fpW 1- Obra. Snob. 2- Rá. A.C.. 3- Enora. Aturo. 4- Auto. Alar. 5- Ola. 6- Arame. 7- Elo. 8- Roca. Aval. 9- Usura. Atara. 10- Sé. Ru. 11- Pose. Roxo.
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1- Aparelho para tecer pano. Espécie de abóbora. 2- Despido. Eles. 3- Segrega. Imputo a falta a alguém. 4- Invulgar. Modos. 5- Reze. 6- O que padece de paralisia dos orgãos da fala. 7- Senhor. 8O Escol. Tenebroso. 9- Luneta. Claúdio de Mesmes foi conde de (...). 10- Rádio (s.q.). Fuido transparente, inodoro, insípido que constitui a atmosfera terrestre. 11- Engenho hidráulico que serve para tirar água dos poços. Grande cão de fila.
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SALADAS FRANGO (frango, milho, alface e tomate) ATUM (atum, ovo, alface e tomate) PIZZA & Cª (espargos, milho, cebola, ovo, azeitonas, alface e tomate) MISTA (alface, tomate, cebola e azeitonas) TROPICAL (alface, tomate, fiambre e ananás)
AS NOSSAS SUPER PIZZAS SUPER ROMANA (Mozzarella, chouriço, bacon, fiambre, cogumelos e extra queijo) SUPER BOLONHESA (carne picada, cebola, azeitonas, cogumelos e extra queijo) SUPER SUPREMA (fiambre, cogumelos e extra queijo) SUPER FIAMBRE (fiambre e extra queijo)
450$00 450$00 450$00 350$00 450$00
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FAMILIAR 3.200$00 3.200$00 2.900$00 2.900$00 2.900$00 2.400$00 2.400$00 2.400$00 1.900$00 2.400$00 2.650$00 2.400$00 2.650$00 2.650$00 2.650$00 2.650$00 2.650$00
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DESPORTO
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FUTEBOL
Época 2000/2001
Futebol Clube de Pedras Rubras “Penso que com o segundo lugar obtido no 4º Torneio Cidade da Maia, com as exibições que ali demonstramos e com este grupo de trabalho, podemos fazer umas coisas engraçadas...” Francisco Chaló, técnico do F.C. Pedras Rubras Texto: Miguel Ângelo Machado; Fotos: Artur Bacelar
FICHA TÉCNICA DO F. CLUBE PEDRAS RUBRAS ÉPOCA 2000/2001 Estádio: Campo Maria da Fonte. Lotação: 3000 lugares Data da fundação: 31-9-1941 Nº de sócios: 1300 Morada: Rua Maria da Fonte Telefone: 229442229 Fax: 229442229 Equipamento principal: Camisola às riscas azuis e brancas, calção azul e meia azul. Equipamento alternativo: Branco e Vermelho Presidente da Direcção: Dr. Sousa e Silva Presidente Adjunto: Armando Alves Maia Vice-presidentes: Armando Alves Maia, José Robim Catana, Eduardo Barro Secretário Geral: José Robim Catana
Departamento de futebol - Época 2000/2001 Chefe do Departamento de Futebol: António Oliveira Treinador principal: Francisco Chaló Treinador adjunto: José Paulo Preparador físico: Teixeira Técnico de Equipamentos: Carlos Médico: Sousa e Silva Enfermeiro: Moreira Dias Massagista: Alfredo Morais
Plantel 2000/2001
Jogadores que transitaram da época anterior Rui; Zé Carlos; Sérgio; David; Sandro; Paulo Meneses; Coelho; Filipe I; Filipe II; Jorge; Samuel; Hugo I; Silva; Marco; Helder; Maio; Seninho; Miguel; Hugo II; Herminio; Bruno e Martinho Aquisições / Reforços Gualter (ex-Alfenense); Bruno (ex-Progresso); Silva (ex-Oliveira do Barro); Canetas (ex-S. Pedro da Cova); Danilson e Leitão (ex- Lamego); Nando e Helder (ex-Montalegre)
DESPORTO
Sábado, 26 de Agosto de 2000
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Época 2000/2001
Pedrouços Atlético Clube “A nossa prioridade é a manutenção, tentar repetir a época passada e se podermos chegar a um lugar mais à frente, melhor. Estou confiante neste grupo de trabalho.” Valério Pereiro, técnico do Pedrouços A.C. Texto: Miguel Ângelo Machado; Fotos: Artur Bacelar
FICHA TÉCNICA DO PEDROUÇOS ATLÉTICO CLUBE ÉPOCA 2000/2001 Estádio: Complexo Municipal de Pedrouços. Lotação: 6000 lugares Data da fundação: 2-10-1929 Nº de Sócios: 700 Morada: Travessa Nova da Giesta Telefone: 229717275 Fax: 229717275 Equipamento principal: Camisola às riscas azuis e vermelhas com risca central branca, calção azul e meia vermelha. Equipamento alternativo: Branco e Vermelho Presidente da Direcção: Manuel Silva Secretário-Geral: Ilídio Polónio
Departamento de futebol - Época 2000/2001 Chefe do Departamento de Futebol: Ilídio Polónio Treinador principal: Valério Pereiro Médico: Guido Manuel Duarte Massagista: Emídio Costa
Plantel 2000/2001
Jogadores que transitaram da época anterior Zé Carlos, Edinho, Ricardo, Raul, Nelson, Freitas, Pacheco, Miguel, Jorge, Hermogenes, Vitinha, Pinheiro, Nuno e Márcio Aquisições / Reforços: Nuno (ex-junior); Chaves (ex-Desportivo de Vilar); Couto (ex-Valonguense); Toni (ex-Castêlo da Maia); Pinheiro (ex-Sernás); Ricardo Jorge (exSanjoanense); Freitas (ex-Vianense); Peneda e João Pinto (ex-junior); Luís (ex-Maia) e Paulo Silva (ex-Pedras Rubras)
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Sábado, 26 de Agosto de 2000
FUTEBOL
Época 2000/2001
Sport Clube Castêlo da Maia “O nosso objectivo é colocar a equipa do Castêlo no lugar a que tem direito, ou seja tentar que suba de divisão porque esse é que é o lugar do clube. É muito difícil porque há muitas equipas que têm esse mesmo objectivo. Os castigos, lesões e a coesão da equipa são os factores que determinarão o sucesso ou não desta equipa, principalmente, na segunda volta do campeonato.” Fernando Almeida, técnico do S. C. Castêlo da Maia Texto: Miguel Ângelo Machado; Fotos: Artur Bacelar
FICHA TÉCNICA DO SPORT CLUBE CASTÊLO DA MAIA ÉPOCA 2000/2001 Estádio: Campo de Jogos, Dr. Costa Lima; Lotação: 5000 lugares Data da Fundação: 1938 Nº de sócios: 700 Morada: Rua Sport Clube Castêlo da Maia - Gemunde Telefone: 22 981 39 86 Equipamento principal: Vermelho e azul Equipamento alternativo: Branco com riscas azuis e vermelhas Presidente da Direcção: Sr Faustino Presidente Adjunto: Armando Campos Vice-presidente: Mário Ferreira Lino Secretário geral e Relações Públicas: Sr Jaime
Departamento de futebol - Época 2000/2001 Chefe do Departamento de futebol: Sr Mandim Treinador principal: Fernando Almeida Treinador adjunto e preparador físico: Osvaldo Médico: Dr. Conceição Enfermeiro e massagista: Ferreira Alves
Plantel 2000/2001
Jogadores que transitaram da época anterior e reforços para a época 2000/2001: apesar de contactados, os dados ainda não foram enviados pela direcção do S. C. Castêlo da Maia.
Sábado, 26 de Agosto de 2000
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Mantendo a equipa dorsal da época anterior
Nogueirense mantém esperança da subida de divisão Por aquilo que se viu no jogo de apresentação à massa associativa, realizado no passado dia 15 de Agosto, o Nogueirense mostrou ser uma equipa para fazer um campeonato regular e pensar na subida de divisão. Com um adversário de respeito, os maiatos bateram a equipa do Ermesinde por 3-0, um facto que deixou muito satisfeito António João e o treinador Mário Melo. Texto: António Armindo Soares; Fotos: Artur Bacelar
A apostar numa equipa muito jovem e de bons valores, o treinador do União Nogueirense Futebol Clube mostra-se «muito optimista quanto à participação na próxima época futebolística», até porque conseguiu manter a quase totalidade da equipa da época 1999/2000. «Para um início de época, pelo que mostramos dentro das quatro linhas, os nossos jovens estão em condições de lutar pelos primeiros lugares do campeonato e se for possível repetir a proeza do ano passado, muito bom, e se subirmos será melhor», referiu Mário Melo. Cauteloso o técnico não deixa de mencionar que há também outras equipas que se batem pelo mesmo o que torna difícil a prova, mas não deixa de dizer «que o Nogueirense terá, naturalmente uma palavra a dizer e tudo fará para fazer um campeonato excelente, mas que precisará do apoio de toda a massa associativa e de todos os amantes desta terra para apoiar a equipa». Plantel do União Nogueirense Futebol Clube Época 2000/2001 Guarda Redes: Luís Miguel e Vítor Azevedo Edgar, Assis, Augusto, Osório, Nunes, Oliveira, Paulo Alexandre, Rómulo, Artur, Nuno, Enrique, Tonita, Jorge, Aradas; Sousa, Celso, Telmo, Ricardo, Tonanha e Virgilio. Treinador: Mário Melo Costa
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FUTEBOL
Começou o maior espectáculo do mundo Carlos Barrigana
O campeonato 2000/2001 da I Liga começou sem surpresas. Numa jornada onde se destacava o Porto-Benfica, como que a dar o mote para um campeonato que se deseja competitivo e com alguma qualidade, distinguiram-se pela positiva o Boavista e o Belenenses fruto das vitorias alcançadas por ambos os clubes em casa alheia, sendo o Boavista o primeiro líder do campeonato. Foi uma jornada aguardada com grandes expectativas, que parece não terem sido goradas, devido principalmente à entrega posta em campo pelos jogadores e também aos bons desempenhos de atletas que ao actuarem pela primeira vez nos seus clubes não deixaram os seus créditos por pés alheios, produzindo grandes exibições, como foram o caso de Duda (Boavista), Alenitchev (F.C.Porto), João Pinto (Sporting) e Bakero (Marítimo), para citar alguns. Exibições essas que nos dão algum garante de que mesmo sem os dois melhores goleadores dos últimos anos, o nosso campeonato pode ter outros pólos de interesse. Regressos infelizes à I Liga Começando pelos mais pequenos, os recém chegados à I Liga, Beira-Mar, P.Ferreira e Desp. Aves não tiveram arte para fazer vingar, na sua estreia, a competitividade que é normal na II Liga e consequentemente, perderam os três. As derrotas do Beira-Mar e Desp. Aves por terem sido em casa foram mais preocupantes apesar de terem sido contra as duas equipas que proclamam ser o quarto clube português, e que este ano vão lutar por isso. O Boavista como habitualmente vai tentar algo mais do que isso começando com o melhor resultado possível, como é uma vitória fora de casa e com a ajuda de um ex: portista de seu nome “Duda”. Que pode muito bem ser uma das revelações do campeonato e tentar colmatar a saída de Timofte, se é que isso é possível a curto prazo. O Belenenses parece querer recuperar o seu passado com esta vitória a abrir o campeonato, e com o treinador que conseguiu a Taça de Portugal em 87 e o 3º lugar em 87/88 a servir de talismã. A derrota do P.Ferreira já foi uma derrota normal, num campo difícil como é Vidal Pinheiro. Repetentes sem surpresas Dois empates (1-1 no Gil VicenteCampomaiorense e 0-0 no AlvercaMaritimo) e duas vitórias caseiras (1-0 no Braga-Guimarães e 2-0 no U.Leiria-Est.
Amadora), foram resultados dentro da normalidade. Talvez só o empate do Gil Vicente em casa depois da surpreendente época do ano anterior possa ter causado alguma surpresa. Mas a realidade é que a equipa já não é a mesma, e Álvaro Magalhães vai ter que começar tudo do zero, tendo ficado o aviso já neste jogo em que o Campomaiorense esteve mais perto da vitória que o Gil Vicente. Leão a viver dos rendimentos O bom é inimigo do óptimo. O Sporting tinha uma boa equipa na época passada e por isso foi o campeão depois de uma luta renhida com o F.C. Porto. Para esta época reforçou-se com óptimos jogadores, mas será que conseguiu uma boa equipa? No primeiro ensaio contra o Farense a goleada ficou adiada para outras batalhas. A lentidão da equipa foi grande, e a aura de campeão ainda paira em Alvalade, valeu alguma categoria de João Pinto (que já começou a espetar umas farpas na Luz) para disfarçar alguns momentos de apuro por que o Farense fez passar a equipa do Sporting. Vai ser necessário o Augusto Inácio dar o tal “clic” para a equipa jogar com o gás todo, e fazer juz ao plantel que tem, quer a nível interno, quer nas competições europeias. Porto-Benfica “Nova época mas as mesmas tendências” Para afastar algumas preocupações que pairavam sobre as Antas, nada melhor do que começar a época com uma vitoria e logo contra o Benfica. Para não fugir à tradição, pela sétima vez consecutiva o F.C.Porto voltou a vencer o Benfica nas Antas com justiça, e para inicio de época, com uma exibição agradável. Talvez tenha sido nos últimos sete anos a vitória mais importante, devido ao facto de ser na primeira jornada do campeonato, e de anteceder aquele que será o jogo que pode trazer receitas extraordinárias aos cofres das Antas. E também a necessária confiança e animo para enfrentar um campeonato que se avizinha difícil, tendo por objectivo a reconquista do titulo perdido para os rivais de Alvalade. Depois do jogo, poderemos concluir que o adversário não podia ter sido melhor para uma equipa que depois de ter perdido a sua mais valia dos últimos anos, como era o Mário Jardel, ainda esta à procura da melhor maneira de fazer com que o índice produtivo da ultima época não baixe.
O Porto com um jogo inteligente soube sempre tirar partido das fraquezas do Benfica, e ao marcar o segundo golo no fim da primeira parte e com a expulsão de Rojas, o jogo ficou praticamente decidido. Para ajudar à “festa” a equipa do Benfica pareceu mais preocupada em não sofrer mais golos do que em discutir o resultado apesar de ter menos um homem. Ao tirar Sabry, Heynckes “transmitiu” à equipa que a ambição era pouca, e os jogadores como que percebendo os sinais de fumo, contribuíram para uma segunda parte muito pobre, destacando-se apenas Poborsky e Fernando Meira. Da parte do F.C. Porto a exibição bem conseguida de todos os sectores, com destaque para o sector defensivo, que tem sido imagem de marca do clube nos últimos anos, onde os laterais Nelson e Rubens Júnior apesar de terem pela frente os dois jogadores do Benfica que mais tentaram desequilibrar (Sabry e Poborsky), cumpriram sem comprometer, e com os centrais Ricardo Silva e Jorge Costa irrepreensíveis, quer a defender quer a atacar. No meio campo o novo patrão chama-se Alenitchev (mais um golo), que juntamente com Drulovic, Capucho e Deco (quando estiver em forma), podem formar um meio campo de luxo num futuro próximo. Penso que o F.C. Porto tem uma base de trabalho sólida e que lhe dá garantias para um bom campeonato, se o seu colectivo resultar em golos. Golos esses que serão, estamos em crer, o maior problema com que os Dragões se vão deparar. O Benfica tem que trabalhar muito, principalmente no meio campo, que tem sido de uma grande ineficácia nos últimos tempos, não dando confiança quer à defesa quer ao jogador que calhe em sorte jogar perdido na frente. Existe também para os lados da Luz um problema de mentalidade, porque qualquer resultado seja em que campo for que não seja a vitória não pode ser encarado com normalidade. Mas tudo isto é só o começo de uma longa maratona futebolística que se espera emotiva e apaixonante. II Liga “Naval-Maia fome de bola resulta em golos” Foi com muitos golos (27) que teve inicio o campeonato da II Liga mas com poucas surpresas. Talvez a derrota do Rio Ave em Penafiel possa ser considerada
meia surpresa, mas só porque veio da I Liga, o que nesta divisão não é posto. Principalmente porque o Penafiel também é candidato à subida. Numa divisão onde não se sabe onde acabam os candidatos à subida e começam os que se vão tentar manter na II Liga, os mais favoritos passaram incólumes. O Setúbal e o Santa Clara, as outras duas equipas que acabaram de cair nesta Liga, conseguiram ambos a vitória, tendo o Setúbal sentido mais dificuldades para levar de vencida a agerrida equipa do Imortal, apesar de jogarem em casa. Menos complicada foi a vitória do Santa Clara na deslocação a Marco de Canaveses. Com o pé direito entraram também os candidatos à subida, Académica e Varzim, que conseguiram vencer os seus jogos em casa respectivamente contra o Felgueiras e Leça, começando já a amealhar pontos que serão preciosos numa luta que à imagem de outros anos vai ser disputada até à ultima jornada. Sp. Espinho e D. Chaves outras duas equipas com pretensões a subir principalmente o Chaves, não foram além da divisão de pontos num jogo aberto e com várias oportunidades para ambos os lados. Num resultado justo o Chaves conseguiu num campo difícil levar um ponto para Trás-os-Montes. O jogo Naval-Maia contribuiu em muito para o pecúlio de golos desta jornada. Seis golos e alternância no resultado são motivos suficientes para o espectáculo ter agradado aos espectadores no Estádio Municipal José Bento Pessoa. Num jogo bem disputado para inicio de época, o Maia acabou por ter alguma sorte, visto que jogou cerca de 45 minutos reduzido a 10 jogadores, o que condicionou muito a acção da equipa maiata. Apesar de estar em desvantagem numérica os jogadores do Maia mostraram um grande caracter e entrega ao jogo, conseguindo mesmo o empate por intermédio de Waldeney, que Mário Reis tinha acabado de o fazer entrar em campo, para repor a justiça no resultado. Estão de parabéns os jogadores do Maia, que numa deslocação difícil conseguiram trazer um bom resultado que pode ser o tónico para uma época de grandes feitos. Queremos destacar por ultimo a surpresa que foi a vitória da Ovarense, que subiu esta ano à II Liga, em casa do Freamunde por 2-1.
DESPORTO
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4º Torneio cidade da Maia
F.C. Maia derrota vizinhos Realizou-se nos passados dias 11 e 12 no Estádio Prof. Dr. José Vieira de Carvalho o 4º Torneio Cidade da Maia. Após no primeiro dia de prova a equipa organizadora ter derrotado o visitante Pedrouços A.C. pela margem mínima de um golo, esta viria a encontrar na final o F.C. de Pedras Rubras que, por sua vez, havia derrotado no primeiro desafio o Castêlo da Maia por 2-0. O F.C. da Maia justificou as suas pretensões de favorito ao vencer na final um lutador Pedras Rubras que só se deu por vencido nas marcas de grande penalidade. Texto: Miguel Ângelo Machado; Fotos: Artur Bacelar
Luta para a definição dos 3º e 4º lugares Resultado: S.C. Castêlo da Maia Pedrouços A.C.: 1-2 Jogo realizado no Estádio Prof. Dr. José Vieira de Carvalho no dia 12-08-00, tendo como árbitro principal Luís Aguiar e assistentes, Agostinho Gonçalves e Luís Silva. O S.C. Castêlo da Maia, alinhou com Costa, Simões, Pedro Cruz, Grulha, Esteves, Marco Paulo, Meno, Pedro Leite, Sandro, Mazolla, Madureira, Zé Teixeira, Paiva, Artur Jorge, Mário, Gonzaga e Cândido, treinado por Fernando Almeida. O Pedrouços A.C., alinhou com Jorge, Hermogenes, Carlos, Raul, Toni, Vitinha, Pinheiro, Ricardo Jorge, Paulo Silva, Luís, Márcio, Nuno, João Pinto, Peneda, Luís Manuel e Piscinas, tendo como treinador Valério Pereiro. Marcaram: Madureira, Paulo Silva e Luís. Ainda as equipas encontravam-se num período de conhecimento táctico e técnico recíproco quando numa sucessão de alívios incompletos na área do Pedrouços,
aos cinco minutos de jogo, Madureira, oportuno, não perdoa e empurra para o fundo das redes contrárias uma bola que, com alguma sorte à mistura, lhe veio parar ao seu pé direito. O Pedrouços reagiu e tentou tomar conta do desenrolar do desafio e aos poucos, e após alguns minutos de equilíbrio a meio campo, já os jogadores do Castêlo se encontravam remetidos a poucos metros à frente da sua área. A pressão levada a cabo pelos atletas do Pedrouços viria a surtir efeito aos 24 minutos, após um cruzamento da ala direita para a área de Costa e num desvio de belo efeito de cabeça, Luís estabelecia a igualdade no jogo. Com o resultado empatado o jogo resume-se aos pupilos de Valério Pereiro a atacar e os atletas do Castêlo a defender. Apenas o avançado Madureira, muito isolado, tentava fazer a diferença mas sem apoio por parte dos colegas de equipa, todas as suas tentativas de ataque eram logo anuladas pelos defesas contrários. Aos 40 minutos, Raul cabeceia à trave contrária e quase no final da primeira parte Paulo Silva cabeceia
muito perto do poste de Costa demonstrando, assim, o poder ofensivo do Pedrouços. Na segunda parte, já com algumas substituições consumadas por parte dos dois conjuntos, o Castêlo reagiu e conseguiu tornar o desafio mais equilibrado. Mas por pouco tempo. Com a entrada do jovem Luís Manuel, que se viria a revelar uma mais valia importante para o Pedrouços, na ala direita do ataque, os defesas contrários nunca mais se entenderam ao permitirem sucessivos cruzamentos para a área onde Toni, um tanto perdulário, não conseguia finalizar em golo. Um dos únicos lances de perigo protagonizado pelo Castêlo foi um livre directo junto à área que resultou numa bola que passou muito perto da trave contrária. De lamentar, um lance protagonizado por Márcio e Mário, que se envolveram numa autêntica briga no campo, situação da qual sairiam os dois expulsos. O golo para o Pedrouços acabaria por surgir aos 38 minutos após um dos excelentes cruzamentos de Luís Manuel para a área e
Paulo Silva não perdoou. A pressão continuava e até ao final foram vários os lances do Pedrouços que poderiam ter resultado em golo. Assim não aconteceu, e o encontro viria a ter como vencedor a equipa que mais lutou e se mostrou mais bem organizada dentro das quatro linhas. Ouvimos Fernando Almeida, técnico do S.C. Castêlo da Maia, que nos disse o seguinte: “Na primeira parte os jogadores ainda estavam com as pernas muito presas, na segunda parte gostei mais do jogo. Com seis dias de treino também não se podem fazer milagres. Viemos para este torneio sem qualquer treino de conjunto porque também tínhamos o nosso relvado em tratamento. A partir deste momento, já com o relvado pronto e com alguns jogadores que ainda se encontravam de férias é que daremos, verdadeiramente, início ao trabalho de grupo.” Quanto á prestação da equipa no torneio, Fernando Almeida dizia-nos “Este torneio deu para tirar algumas ilações sobre a equipa. Gostei do jogo de ontem contra o F.C. de Pedras Rubras. Fiz várias
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Sábado, 26 de Agosto de 2000
FUTEBOL substituições, experimentei jogadores e foi muito bom ter participado neste torneio. Não houve grandes lesões nem grandes casos e espero que daqui para a frente esta malta consiga o que pretende” Valério Pereiro, o treinador do Pedrouços A.C. disse-nos quanto ao jogo que “Em termos de qualidade, não se pode dizer que foi um bom jogo. O Castêlo também não proporcionou um bom espectáculo. Sendo o Castêlo uma equipa que está a ser treinada para o Distrital, remeteu-se, practicamente, à sua defesa, alcançou um golo com alguma dose de sorte logo nos primeiros minutos e depois tivemos dificuldades de penetração. A nossa qualidade de jogo também deixou muito a desejar mas, de qualquer das formas, tratou-se de mais um jogo de preparação e temos que ver que estes jogadores têm sido sujeitos a cargas enormes de trabalho e há que dar tempo ao tempo para no início de campeonato estarmos a cem por cento”, quanto à participação no torneio dizia-nos que “Este torneio inseriu-se na preparação da equipa. No primeiro desafio contra o Maia a qualidade de jogo foi melhor do que a deste jogo, a equipa que tínhamos como opositor também assim proporcionou, mas no geral penso que estivemos em bom nível e este grupo de trabalho vai conseguir coisas bonitas para o Pedrouços” A luta para os primeiros lugares F.C.Maia - F.C. Pedras Rubras: 4-3 (na marcação de grandes penalidades) Jogo realizado no Estádio Prof. Dr. José Vieira de Carvalho no dia 12-08-00, tendo como árbitro Silva Leal, auxiliado por Bruno Santos e Ismael Costa. O F.C. Maia alinhou com Debenest, Cabral, Major, F. Almeida, Dinis, Jorginho, Sandro, Cassio, Nunes, Alcir, Valdinei, Paiva, Rica, Igor, Malafaia, Paulo Jorge, Fumo, Yuri, Sérgio Pinto, Dieb, P. Valente e Cristiano, treinado por Mário Reis. O F.C. Pedras Rubras, alinhou com Rui, Leitão, Paulo Menezes, Miguel, Sandro, Jorge, Helder, Canetas, Seninho, Filipe II, Danilson, Zé Carlos, Filipe I, Coelho, Maio, Nando, Martinho, Gualter, Silva, Hermínio e Hugo II, treinado por Francisco Chaló. Estavam frente a frente os dois conjuntos que iriam disputar entre si o primeiro lugar do 4º Torneio Cidade da Maia e começou bem esta final logo com remate perigoso do Pedras Rubras à baliza de Debenest aos cinco minutos de jogo. O Pedras Rubras tentava mostrar o mais cedo possível que estava ali para discutir o primeiro posto do torneio mesmo tendo pela frente a equipa que representará a cidade da Maia na II Liga do Campeonato Nacional de Futebol. Até aos dez minutos do jogo os atletas de Mário Reis não conseguiram impor o seu futebol frente a um conjunto que demonstrava um ligeiro ascendente. Exemplo disso mesmo constituiu um
lance individual de Danilson que arrancou fortes aplausos por parte dos espectadores presentes, ao conseguir deixar para trás vários adversários com um remate final a sair ligeiramente ao lado. O Maia conseguiria apenas assustar as hostes do Pedras Rubras apenas aos 15 minutos de jogo por intermédio de Alcir num remate bem intencionado mas sem conseguir o golo. Mas os lances de maior
perigo seriam sempre protagonizados pelos jogadores do Pedras Rubras até a meio da primeira parte. A partir dos 25 minutos de desafio o potencial do Maia, após vários momentos de aflição na sua área, veio ao de cima e passou a dominar o jogo a meio campo com a equipa adversária a realizar perigosos contraataques que levavam o público presente ao rubro. Quase no término da primeira
parte Valdinei isolado para a baliza não conseguiu a inauguração do resultado a favor do F.C. Maia. Ao intervalo o nulo espelhava bem o nítido equilíbrio entre as duas equipas, ainda que o maior número de lances de perigo tenha pertencido ao Pedras Rubras. A segunda parte teve um início mais morno sem remates de perigo, encontrando-se o desafio muito dividido com a discussão da bola a meio campo. Apenas por volta dos 20 minutos o Maia conseguiu dois lances bem estruturados tendo como consequência dois remates perigosos para a baliza do Pedras Rubras. As equipas efectuaram várias substituições com o jogo a quebrar constantemente de ritmo. Aos 33 minutos Dinis proporcionou uma defesa de qualidade ao guardião Rui. Esta oportunidade de Dinis abriu caminho para uma série de remates e ocasiões de golo que se repetiriam até ao final do tempo regulamentar por parte dos pupilos de Mário Reis. O domínio deste segundo tempo pertenceu por completo ao F.C. Maia e o golo só não surgiu devido às excelentes intervenções do guarda-redes contrário e aos falhanços incríveis dos avançados maiatos. Os jogadores do Pedras Rubras apenas defendiam, por vezes com demasiado vigor, o que levaria, por exemplo, à expulsão de Nando por acumulação de cartões amarelos. O jogo terminaria a zero golos passando-se de imediato para a concretização de grandes penalidades para que se encontrasse o vencedor do desafio e, consequentemente, do torneio da cidade da Maia. O Maia viria a vencer com quatro golos de Valdinei, Igor, Dueb e Paiva contra os três tentos concretizados por Silva, Martinho e Maio. No final do jogo ouvimos Mário Reis, técnico do F.C.Maia que nos dizia que “Os jogadores estão cansados, tivemos aqui atletas que fizeram dois jogos seguidos, as cargas de trabalho têm sido imensas e temos de dar mérito ao Pedras Rubras que se calhar fizeram o jogo da vida deles. Trabalharam muito bem, não nos deram espaços e conseguiram dificultar as nossas acções ofensivas. Foi um bom jogo para quem esteve fora do relvado”, quanto a prestação da equipa no torneio dizia-nos “Estes jogos serviram como treino e para corrigirmos alguns erros porque a competição está aí à porta”. Francisco Chaló, técnico do F.C. Pedras Rubras no final do jogo referiu que “Na minha opinião foi um jogo muito bem disputado. Considerando as diferenças de valor dos atletas e condições de trabalho realizamos aqui hoje um excelente jogo e uma boa prestação que só abona os meus jogadores.” Quanto á prestação no torneio “Ainda estamos numa fase de préépoca, ainda existe uma grande diferença entre aquilo que demonstramos e o campeonato em si, mas, contudo, temos que estar satisfeitos e mentiria se dissesse que estava zangado. Não tenho motivos para isso, apenas para estar contente...”
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