Director Artur Bacelar Ano I • Nº 22 • 23 de Dezembro de 2000 • Quinzenal • http://maiahoje.cplp.net
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O Natal (
(ver menú na página 38)
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...da Maia Mensagens de Natal: das freguesias Maiatas
Bolo Rei à Mesa
L PECIA ÍVEL S E O RS EDIÇÃ REVE
Um Natal diferente
págs. 7 e 8
pág. 38
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agora na Maia
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Sábado, 23 de Dezembro de 2000
Ano Década Século Milénio
Propriedade: MAIAPRESS Editores, Lda. REGISTADA NA CONS. REG. COM. DO PORTO COM O NÚMERO 1313 CONTRIBUINTE NÚMERO 504 786 954
Sócios com mais de 10% de capital: António Augusto Mandim Paula Rita Oliveira Manuela Sá Bacelar Director da Publicação: Artur Bacelar Chefe de Redacção: Oliveira e Sá Editor Local: António Armindo Soares (jornalista) Editor Desporto: Carlos Barrigana Directora Comercial: Paula Rita Oliveira Design / Paginação: Susana Patrícia Padr\ão Paulo Borges Colaboradores: André Leão Silva André Leonhartsberger Cristina Costa Francisco Alves Guilherme Costa Júlio Sá Ornelas Mário Duarte Miguel Ângelo Miguel Teixeira Williams James Marinho Distribuição: António Maia Padrão Redacção / D.Comercial / Distribuição Rua dos Altos, Edifício Arcada, loja 10 4470 - 235 Maia Telefone geral. 22 947 62 62 Telefax. 22 947 62 63 Redacção Directo. 22 947 62 64 Email: maiahoje@mail.telepac.pt
Sede Rua Duarte Pacheco, 623 4470 Maia DEPÓSITO LEGAL 147209/00 DGCS Nº O 123524 TIRAGEM 3.000 EXEMPLARES A Equipa do Jornal Maia Hoje trabalha em Exclusivo com produtos
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Artur Bacelar Director
A noite de 31 de Dezembro para 1 de Janeiro é a mais mítica que qualquer ser ainda vivo alguma vez vai passar. Trata-se, apesar da polémica do ano passado, da viragem de Ano, Década, Século e Milénio. Muitas expectativas vão ser criadas pela população, muitas juras de amor vão ser trocadas pelos namorados, muitas decisões de vida nova vão ser tomadas. Poderia aqui fazer um exercício filosófico sobre o novo milénio, mas prefiro tentar “adivinhar” o que se vai passar no Ano 2001. Quanto ao novo ano que se apresenta, irá concerteza ser um ano que fará esquecer as dificuldades com que o país vive, pois o governo vai abrir os cordões à bolsa, para mais este ou aquele “que mais berra”, no sentido de assegurar que o ano lhe corra de feição, o que acho difícil atendendo ao que se tem passado nos últimos dias. A outra situação possível é os dinheiros nacionais não chegarem para fazer “flores” e o governo numa atitude “desesperada”, convocar novas eleições legislativas ainda antes das autárquicas. Na Maia, não é que eu seja um excelente adivinho, mas “pelo andar da carruagem”, Vieira de Carvalho, vai conseguir mais um mandato “folgado”. E não pense o leitor que digo isto de ânimo leve, porque a realidade é que a oposição, ainda não conseguiu encontrar o caminho certo para a mudança. Se duvida caro leitor, pense e diga se se lembra de alguma crítica efectuada pela oposição ao actual executivo. No comunicado do Partido Socialista que publicamos na página 23, fala-se da defesa do líder maiato, e disparam no PSD e PP Maia, acusando-os de práctica de compadrio (onde? na Câmara Municipal da Maia, onde proliferam elementos de todos os partidos? inclusive socialistas?), ostentação (politicamente quem tem a ver com isso?, Já alguém foi demitido por isso? É crime? Existe mesmo? Quem?), desigualdade de tratamento (esclareçam-nos, com quem e onde? Na câmara?). O ataque ao PP (lê-se nas entrelinhas) parece mais um empurrão para que dividam os votos, para que o PS ainda possa aspirar a ganhar a Maia. Nesse mesmo Comunicado e nos anteriores, que eu me lembre, alguém criticou directamente a gestão de Vieira de Carvalho? Ou o próprio? Não! Alguém do Partido Socialista já apontou o que deveria ter sido feito na Maia? Não! Para a oposição este Partido Socialista começou a ser uma coisa confortável, que não disputa a corrida. Até o Partido Comunista sai em defesa do Hospital da Maia e é o próprio Dr. Catarino que não o deseja. Será que Vítor Silva iria mudar o “conformismo” deste PS? É a eterna dúvida com que os Socialistas maiatos vão ficar. Arrependidos ou não! Quanto ao Jornal Maia Hoje, este será o ano da sua afirmação como um dos melhores Jornais Regionais. A edição On-Line será uma realidade, em conjunto com muitas outras parcerias com outros orgãos e agências de informação, que já desde a semana passada estão disponiveis via internet em sites como o do “terra portugal”. Também desde a última edição a nova morada da página internet está em CPLP.NET (comunidade para os povos de língua portuguesa). Bom ano 2001, são os votos da equipa Maia Hoje.
Design Gráfico e Serviços de Jornalismo
Música de filmes - concerto de canto e piano de Ana Deus e Ricardo Serrano Realizou-se no passado dia 8 de Dezembro, no Auditório do Forum Jovem da Maia um espectáculo musical de canto e piano com a voz de Ana Deus (ex-vocalista do Três Tristes Tigres) acompanhada ao piano por Ricardo Serrano. No espectáculo de caris intimista revisitaram-se vários temas musicais que ficaram celebres em películas de cinema. Este projecto teve início há cerca de seis anos e segundo Ana Deus “é sempre bom recordar o cinema com músicas de qualidade”. O espectáculo contou ainda com o guitarrista Alexandre Soares, também ele exmembro da banda Três Tristes Tigres.
Rua Simão Bolivar, 7 - R/C (Junto ao novo Hotel Egatur) Tel 22 940 70 32
MILLENNIUM PRESS Grupo Bacelar Os artigos de opinião são da responsabilidade de quem os assina, não reflectindo nem vinculando a opinião dos editores bem como do director do Jornal. A direcção do Jornal é defensora da plena liberdade de expressão, reservando-se a direcção a não publicar artigos de opinião que prejudiquem a imagem e liberdade de outros. É política do Jornal o pluralismo e isenção nos assuntos tratados.
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Ao Jornal chegaram-nos até ao fecho da edição dezenas de postais, oriundos não só do país, como do estrangeiro, aos quais na impossibilidade de agradecer pessoalmente, o fazemos por esta via .
grupoPROMO ANO 2000 - Produtos Alimentares, Lda Rua c, 127 - sector VII • Z. Ind. MAIA I Apt. 1099 - 4471 - 909 MAIA Portugal Telef. 351 22 9439450 • Fax. 351 22 9483241 email: promo@mail.esoterica.pt
fecor Rua Nove de Abril, N.º 253 4250-348 Porto Telf. 351 228 312 703/351 • 228 312 728 /351 • 228 318 791 APT. 52858 - 4251-901 Porto - Portugal
MADEBLOCO - Gestão Imobiliária, S.A. Rua Vilarinho de Cima, 218 Avioso (S. Pedro) Apartado 1099 - 4471 - 909 MAIA Telef. 22 9439440 • Fax. 22 9486127
23 ANOS A SERVIR A COMUNIDADE MUNDICOMPO - Produtos Técnicos, Lda Rua c, nº 126 - sector VII • Z. Ind. MAIA I Apt. 1099 - 4471 - 909 MAIA Portugal Telef. 351 22 9439445 • Fax. 351 22 9483241 email: promo@mail.esoterica.pt
PROMOCOMPO - Componentes Industriais, Lda Rua c, nº 135 - sector VII • Z. Ind. MAIA I Apt. 1104 - 4471 - 909 MAIA Portugal Telef. 351 22 9439440 • Fax. 351 22 9486127
UNIPEL - Indústria e Comércio de Peles, Lda Rua c, 127 - sector VII Apt. 1099-4471-909 MAIA Tel. 22 9439460 • Fax 22 9439460 email: promo@mail.esoterica.pt
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REVEILLON
Reveillon 2000/2001
Fim D´ano à Brasileira. Na noite do Porto, o fim d´ano promete ser animado, com cada bar, discoteca e casas da especialidade a prepararem cuidadosamente esta “grande” noite . Um dos mais apetecíveis “Reveillons” deste ano, é o do Boi na Brasa. São cerca de 400 mesas para um Reveillon inesquecível, mas atenção segundo a gerência as reservas estão quase esgotadas. O Restaurante Boi na Brasa, fica na Zona Industrial do Porto, e faz parte de um empreendimento de actividades hoteleiras onde também está incluído o famoso bar “Santa Gota”. Fechado de entre os dias 24 e 25 de Dezembro, para um merecido almoço de Natal dos funcionários, este restaurante está já a preparar uma grandiosa festa de Fim d´ano, com “bar aberto” a 20.000$00 por pessoa, preços que são considerados razoáveis dado o “menu” basto que prometem. «Tudo será à descrição, whiskys velhos, novos, entradas, rodízio, mesa de sobremesas, etc.», disse Jóia o gerente. Música animada, bailarinas, muitas figuras públicas, farão também parte do ambiente proposto que durará até ás quatro da manhã. Pela noite dentro, caldo verde, chocolate quente, etc..., estará também à disposição. Uma das vantagens será o livre acesso à discoteca, sem ter que pagar o consumo obrigatório, para quem procurar um ambiente mais dançavel. Para quem já é cliente do restaurante sabe que pode contar com a experiência de Juviano, o melhor amigo de Jóia, é o
“Manager” da sala que recebe os convidados e como sempre está à disposição para o apoiar nas múltiplas escolhas. As reservas devem ser feitas o quanto antes pelo telefone 22 616 32 20. Jóia, o gerente, a terminar este ano, pediu à reportagem “Maia Hoje”, para «agradecer publicamente a todos os nossos clientes, por termos tido um ano de sucesso, sempre com a sala cheia, sem eles nada disto tinha sido possível». Aos funcionários agradece também o profissionalismo e a qualidade. A todos deseja um Bom Natal e um próspero Ano Novo na companhia do seu restaurante preferido. Santa Gota No bar Santa Gota, o gerente Cláudio Pereira, promete também «a passagem do milénio mais louca do país». Para tal, contam além dos conceituados DJ´S habituais com muitas surpresas. O Preço, esse é do «século passado», com o bilhete pré-comprado a 2.500$00 por pessoa, se for o bilhete pré-comprado e 3.000$00 no próprio dia, com direito ao champanhe da meianoite, o bolo-rei e as uvas passas. Foto Aruivo Jornal Maia Hoje
Foto Aruivo Jornal Maia Hoje
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REVEILLON
Bares
O que a Maia oferece na noite da passagem de ano Miguel Ângelo Machado
Para passar o Reveillon já não é necessário sair da Maia. Pela primeira vez, e já de alguns anos a esta parte, os bares nocturnos da Maia oferecem um leque considerável de opções para todos os gostos. Ao todo, três conhecidos espaços, mesmo no centro da Maia, por detrás do Centro Comercial Venepor, estarão abertos ao público maiato. E já agora, se gosta mesmo da Noite, e tem vontade de entrar no Novo Milénio com pompa e circunstância porque não dar um “saltinho” aos três? Fica a sugestão, ainda que, para isso, possa vir a precisar de uma nota das grandes, uma de 10 mil escudos. O que não acaba por ser muito, porque pela experiência que se vai adquirindo ao longo de algumas passagens de ano, por menos dinheiro até se consegue uma entrada numa das maiores e reputadas discotecas da Invicta, arrisca-se é a passar a noite sem se conseguir mexer, o que é mais certo...
Maia Viva Caffé Será a primeira passagem de ano que o mais recente espaço nocturno da Maia irá viver. Luís Rocha, sócio gerente do Maia Viva Caffé, promete “muita animação e champanhe à descrição.” De facto, convidativo. Mas não se fica por aqui, este bar terá um relógio gigante, para a tradicional contagem decrescente, bolo-rei e diversos aperitivos “para enganar a fome durante toda a noite.” Com uma expectativa de cerca de 200 a 250 pessoas, os que quiserem entrar no Maia Viva terão apenas que se “apresentar em condições, mas não pedimos a ninguém que nos apareça aqui de fato”, referiu entre risos Luís Rocha. Terá ainda de desembolsar 3000 mil escudos, se for sozinho ou 5 mil se for com acompanhante. Luís Rocha espera uma noite em cheio porque sendo ele da Maia é também “a primeira vez que vou passar a passagem de ano nesta cidade.”
New Caffé Ismael Antunes, sócio gerente do New Caffé, garante que a casa “funcionará normalmente na noite de passagem de ano, com uma natural adaptação da música ao momento”, garantindo música mais comercial e bastantes ritmos latinos. Os djs da noite serão os residentes da casa, dj Tozé e dj Luís Alberto. Esperam receber cerca de 800 pessoas “para que as pessoas também estejam à vontade.” Bolo-rei e champanhe serão oferecidos aos clientes durante a noite. Quem estiver a pensar em ir ao New Caffé, terá que se “estar bem vestido para que se enquadre no ambiente da casa.” Sem querer lançar os preços que serão praticados nessa noite, estes deverão ser idênticos aos do Maia Viva.
Raça Latina Trata-se do segundo Reveillon deste espaço da Maia. O do ano passado, segundo o seu proprietário, José Malhoa “correu muito bem e tivemos lotação esgotada.” Para este ano José Malhoa promete muita animação e música ao vivo com Paulo Jorge e a atracção nacional Manuela Bravo, aquela “menina” que há uns anos se tornou conhecida por esta Europa fora com o seu “Sobe, sobe, balão sobe”. Cinco mil escudos com direito a champanhe e bolo-rei é quanto se terá que desembolsar para “curtir e dançar” os ritmos quentes do Raça Latina que abrirá as suas portas por volta das 21,30 h. Entretanto, as reservas podem-se efectuar através do número 229448435.
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REPORTAGEM
Centro de Alto Rendimento de Atletismo
Maia no “top” do Atletismo
Foi na passada Quarta-feira que a Câmara Municipal da Maia e a Federação Portuguesa de Atletismo criaram o Centro de Formação e o Centro de Alto Rendimento do Atletismo. Depois de ter tido o primeiro piso sintético do Norte do país e de ter conseguido que atletas de grande categoria tenham escolhido a Maia para viver, esta é a nova aposta da autarquia maiata, a confirmar o lema “Capital do Desporto”. Texto: Artur Bacelar; Fotos: André Leonhartsberger
Segundo a informação que foi distribuída à imprensa, o Centro de Alto Rendimento de Atletismo da Maia tem dois objectivos gerais: o acompanhamento de Atletas de alto rendimento, em particular na planificação de treinos, controlo e avaliação de treino e controle e avaliação médica e a interacção com outros organismos e entidades no âmbito da investigação, nomeadamente com o Instituto Superior da Maia. Neste momento, este encontra-se na fase de apetrechamento de material técnico/científico para apoio e controlo do treino de alto rendimento. Como actividades próximas, propõe o estágio de preparação para o mundial de cortamato em Março de 2001; o estágio da selecção nacional de meio-fundo e fundo em Abril e Maio; concentrações de atletas de saltos que irão ser feitas ao longo do ano; a implementação da escola nacional de salto com vara e o controle periódico de treino. Contará com atletas como Fernanda Ribeiro, António Pinto, Luís Novo, José Regalo, Albertina Dias, Marta Ferreira, entre muitos outros. Já o Centro de Formação de Atletismo da Maia pretende ser uma estrutura
regional de promoção e difusão da qualidade, organizada de forma a poder proporcionar às associações, clubes, treinadores e atletas vários serviços que visam essencialmente atingir um conjunto de objectivos definidos em função da realidade actual. Na ocasião, o Presidente da Federação Portuguesa de Atletismo, Fernando Mota dizia ser esta «uma distinção muito especial», agradecendo seguidamente à Câmara da Maia, ao seu Presidente Vieira de Carvalho e ao responsável máximo do desporto Bragança Fernandes «os apoios aos atletas do atletismo». No seu discurso, lembrou que foi na Maia que «foi construída a primeira pista sintética» e que «este projecto só é possível com a sensibilidade e cultura existentes na Maia...é disto que o país precisa, é desta ideia de cooperação e solidariedade», frisou a terminar. Vieira de Carvalho, por sua vez, agradeceu as palavras de Fernando Mota e disse estarem lançadas as bases «muito sérias para que nos possam juntar a Federação Portuguesa de Atletismo», frisando que «o atletismo tem prestado bons serviços ao país».
Vieira de Carvalho teceu elogios a gestão de Fernando Mota
O mundo do Atletismo estava presente
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DESPORTO
Regresso às vitórias na Maia
Yuri, a prenda no sapatinho dos Maiatos F.C. MAIA - 2 MARCO - 1 Estádio Prof. Dr. José Vieira de Carvalho, na Maia ÁRBITRO: Teixeira Correia (Beja) Árbitros assistentes: João Sousa e Eurico Santos AO INTERVALO: 2-0 MARCADORES: Yuri (4’ e 27’), Mena (74’) O F.C. da Maia alinhou com: Debenest; Rica (C); Nunes; Dinis; Pedro Valente; Cabral; Sandro; Sérgio Pinto; Cássio; Fumo e Yuri. TREINADOR: Mário Reis ; Suplentes: Miguel Angelo, Taccola, Major, Fernando Almeida, Dieb, Kika e Dino. SUBSTITUIÇÕES: Cássio por Dieb aos 65’, Cabral por Major aos 77’, Yuri por Taccola aos 90’. ACÇÃO DISCIPLINAR: Cartão amarelo a Rica aos 37’ e Pedro Valente aos 94’. O F.C. do Marco alinhou com: Cadete; Eduardo; Bruno Saraiva; Mena (C); Vitinha; Sérgio Luís; Barbosa; Picão II; Salam Sow; Brito e Welder. Treinador: Pedro Gomes; Suplentes: João Carlos, Paulo Bagio, Agatão, Luís Barreiros, Adriano Cruz, Bock, Barbosa II. Substituições: Welder por Luís Barreiros aos 42’, Sérgio Luís por Agatão aos 67’, Picão II por Adriano Cruz aos 82’. Acção disciplinar: Cartão amarelo a
Salam Sow (77’) e Vitinha (92’) No ultimo jogo do ano no Estádio Vieira de Carvalho, o Maia regressou às vitórias numa partida emotiva, bem jogada e com um resultado justo. Para essa vitória o contributo do jovem Yuri lançado por Mário Reis, promessa das camadas jovens do clube com 18 anos, foi essencial ao marcar os dois golos da equipa maiata. Para contrastar com a juventude de Yuri, o experiente Cabral que fez uma óptima partida, teve duas excelentes recuperações de bola que originaram os dois golos do Maia. Tinham decorridos apenas 4’ quando o marcador sofreu a primeira alteração. Cabral com muito oportunismo recuperou a bola a um jogador do Marco, caminhou para a baliza fintou o guarda redes Cadete e cruzou para Yuri fazer de cabeça o golo. Estava lançado o Maia, que continuou a exercer grande pressão no meio campo, construindo várias jogadas de belo efeito. Numa dessas jogadas poderia ter feito o segundo golo num excelente remate de Pedro Valente à figura de Cadete, que defendeu com extrema dificuldade. Aos 26’ depois de um passe de Sérgio Pinto, Fumo viu um golo anulado por fora de jogo que nos pareceu, do local que nos encontrava-mos, muito duvidoso. Logo a seguir, de novo Cabral a recuperar uma
bola à entrada da área a endossou para Yuri que depois de fintar o g. redes faz o 2-0. A equipa do Marco reagiu bem à adversidade do resultado e equilibrou o jogo, tornando a partida agradável, apesar de no ultimo terço do terreno as coisas não lhes saírem da melhor maneira. Na segunda parte o Maia entrou em campo determinado e com a intenção de conseguir o golo da tranquilidade. Até aos 15’ conseguiu o domínio do jogo não deixando o Marco chegar à sua baliza fazendo com que a bola fosse jogada a meio campo. Com algumas alterações o Marco conseguiu acertar o passe à saída do meio campo, e partiu para uma tentativa de recuperação à qual o Maia se opôs, passando a jogar em contraataque. À passagem da meia hora da segunda parte o Marco dispôs de um pontapé de canto, ao qual o capitão Mena correspondeu com um golo de cabeça. Até ao fim o jogo foi de parada e resposta, com a equipa maiata a saber segurar o resultado com um bom posicionamento dos seus jogadores no relvado. Mário Reis (treinador do Maia): “Era injusto outro resultado que não fosse a vitória do Maia, porque o que fizemos ao longo dos 90 minutos, com várias oportunidades para ampliar o resultado, fez com a vitória fosse justíssima. Era um
jogo muito importante, depois das duas ultimas derrotas em casa, para os jogadores passarem esta paragem do campeonato com tranquilidade. O Marco criou-nos algumas dificuldades, porque tem uma equipa bem orientada e bem estruturada. O Yuri só pôde jogar agora porque só agora veio o direito de igualdade para poder ser inscrito. Fico satisfeito porque ele prometeu desde o inicio da época, e não nos deixou ficar mal, correspondendo às nossas expectativas.” Como despedida “ desejo um feliz Natal e um bom Ano Novo para todos os maiatos”. Yuri (jogador do Maia): “Foi uma estreia em grande. Quero dedicar esta vitória aos meus companheiros, a todos os adeptos e principalmente ao treinador, que apostou em mim.” Pedro Gomes (treinador do Marco): “Os jogadores estão com dificuldades de adaptação a este tipo de terreno. Hoje houve algumas incoerências na minha equipa, e os dois golos do Maia são oferecidos. Depois a equipa teve muita força anímica e com uma boa capacidade física obrigamos o Maia a jogar em contraataque. Acabamos por marcar um golo, mas tivemos alguma infelicidade, pois podíamos ter chegado ao empate. Se pudesse “limpar” os dois golos do Maia, o resultado justo seria o empate.”
U. LAMAS - 1 MAIA - 1
Chapéu de Sérgio Pinto não protegeu o Maia de perder dois pontos ! O F.C. da Maia poderia ter trazido de Stª. Maria de Lamas os três pontos que se encontravam em disputa, não fosse alguma falta de calma em momentos cruciais dos seus homens da frente. Foram algumas as oportunidades que Fumo e Cassio tiveram para tirar veleidades ao Lamas em pontuar.
Num terreno impróprio para “consumo” futebolista, o equilíbrio foi a nota dominante na primeira parte. Mário Reis como que a tentar contrariar esse equilíbrio, tirou o médio Dino para fazer entrar Dieb aos 25’ . Essa substituição fez com que o U. Lamas tivesse que recuar um pouco no terreno de jogo, devido à
montaco
frente de ataque do Maia se ter alargado e passar a ser mais pressionante. Como fruto das alterações, Dieb acabado de entrar quase marcava num remate de cabeça. Na segunda parte a equipa maiata voltou do balneário com novo fôlego e vontade de resolver o jogo rapidamente,
tendo perdido duas oportunidades de golo. Até que surgiu Sérgio Pinto com um “balão” de se lhe tirar o chapéu, desfeiteou Mota que teve alguma infelicidade no lance. O Maia não conseguiu ampliar, nem segurar, a preciosa vantagem deixando-se empatar num forcing final da equipa do Lamas.
l a t a N Feliz e no Novo A o r e p s ó r P
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UM SOGRO DO PIOR
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2001 - LOUCURA NO ESPAÇO jLS
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THE GRINCH
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UM SUSTO DE FILME 14:45 0:00 14:20 0:00
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O CAMINHO PARA EL DORADO 13:30 15:40 17:55 0 13:35 15:45 0:00 0
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O SEXTO DIA
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Colaboração de: Francisco Assis Assunção Alves
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CINEMAS CENTRAL PLAZA
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Centro Comercial Central Plaza * Tel 22 940 64 86 Todos os filmes têm início 15 minutos após a hora marcada
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O SEXTO DIA
1-Instrumento de suplício em que se pregavam os criminosos. Magnificente. 2Parte das calças que cinge a cintura. 3- Nome que os Egípcios davam ao Sol. Apelido. Grito de dor. Acolá. 4- Nado (femin.). 5- Tecido fino como escumilha. Rio Suiço. Produto de burro com égua. 6- Filtrar. Parte interior da igreja, desde a entrada até ao santuário. 7Batráquio anúro. Preposição designativa de lugar. Vil. Amerício (s.q.). 8- Sufixo designativo de abundância. Cinjo. 9Essencialmente pura, soberanamente perfeita. Atravessa pulando. 10- Vaso de beber, pouco fundo e de boca larga. Fiel e dedicado. 11- Panela de barro. Espaço ilimitado, em que se movem os astros. Remoinho de água.
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1- Humor untuoso, que se forma nos ouvidos. O filho de Deus vivo, que se deixou sacrificar pelos humildes. 2- Discurso laudatário. Árvore anacardiácea, cuja casca aromatiza o vinho. 3- Algum. Hora canónica, equivalente às 15 horas. Duodécima parte da libra, entre os Romanos. 4- Redução em próclise de santo. Sobeja. 5- Moradia. Triture, reduzindo a pó. 6- Substância pulverizada. Óxido de cálcio. Crença nas verdades da religião. 7- Ir para fora. Um senão. 8- Idem (Abrev.). Festa da natividade de Cristo. 9- Extraterrestre (Abrev.). Nome que os Japoneses dão aos religiosos budistas. Líquido gorduroso e untuoso, comestivel ou utilizável em numerosos empregos. 10- O fruto da videira. Bigorna de ourives. 11-Luz do Sol reflectida pela Lua. Aplica o suplício da empalação.
SOLUÇÕES: HORIZONTAIS: 1- Cruz. Real. 2- Cós. 3- Rã. Sá. Ai. Lá. 4- Nascida. 5- Ló. Aar. Mu. 6- Coar. Nave. 7- Rã. Em. Má. Am. 8- Oso. Ato. 9- Santa. Salta. 10- Taça. Leal. 11- Ola. Ceú. Ola. VERTICAIS: 1- Cera. Cristo. 2- Loa. Aal. 3- Um. Noa. Onça. 4- Sã. Resta. 5- Casa. Môa. 6- Pó. Cal. Fé. 7- Sair. Mas. 8- Id. Natal. 9- ET. Ama. Óleo. 10- Uva. Tal. 11- Luar. Empala.
MOINHO DE PEDRA Padaria, Confeitaria e Cafetaria, Lda.
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SEDUTORA ENDIABRADA
Informações úteis EMERGÊNCIAS: Bombeiros Volunt. Moreira R. Dr. Farinhote - Moreira de Sá Associação Human. Pedrouços R. Luís de Camões, 139 P.S.P. Maia Av. Lidador da Maia P.S.P. Aeroporto Aeroporto de Pedras Rubras G.N.R. Maia R. Dr. Carlos Felgueiras Serviço Municipal de Protecção Civil Câmara Municipal
22 942 10 02 22 901 27 44 22 971 35 37 22 948 26 93 22 944 81 90 22 941 05 90
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Sábado, 23 de Dezembro de 2000
CINEMA
The Grinch
Uma história no Natal, sobre o Natal e para o Natal. O “Maia Hoje” foi aos filmes e escolheu para esta quadra o filme “The Grinch” uma história de Natal com o célebre Jim Carrey que pode ser vista na versão legendada ou na versão dobrada em português. Neste filme existe também uma mensagem relativa ao consumismo do natal e ao verdadeiro espírito de natal. André Leonhartsberger
Numa tentativa de enquadrar na quadra natalícia esta página dedicada à 7ª arte, quis este repórter, e dando também continuidade ao tema desta edição do jornal Maia Hoje, dedicar a sua “crónica fílmica” a um filme que se adaptasse à época. Ora pois então, viajando pelos cardápios, heis que surge o lançamento natalício da Indústria cinematográfica Americana, The Grinch. E parti assim para o cinema expectante, sem saber bem o que esperar desta remake de um clássico televisivo americano, de seu nome original “Dr. Seuss- How the Grinch stole christmas.” (Como o Grinch roubou o Natal), que como devem suspeitar não conhecia, assim como 99,99999% dos Portugueses. Deixei então a tarefa de me contar a história, a cargo do senhor Ron Howard, realizador do filme, que me iria certamente contar pelo menos a sua “visão” da mesma. Sentado em frente à tela, e pipocas compradas, começou a ser projectada uma bela história que só deixa indiferente quem padeça do mesmo mal do nosso “anti-heroi” do filme, uma criatura de nome Grinch interpretada por Jim Carrey, ou seja, tenha o coração dois ou três tamanhos abaixo. Começando com um belo e suave nevão somos transportados ao pequeno mundo de um povo de nome Who, que vive num dos muitos flocos de neve que por esse mundo caem. Os Who’s, povo que vive a pensar no Natal, enclausurados no seu mundo de fantasia, só receiam o Grinch, que para eles, e no seu dicionário é sinónimo de espírito antí-natalício. Tudo isto passado nuns cenários maravilhosos que nos fazem voltar a ser criança, tal a fantasia presente nos mesmos, e com um elenco que bem representa este belo conto, com especial destaque à pequena e amorosa Taylor Momsen, no papel de Cindy Lou Who, em quem recai a difícil tarefa de amaciar o coração de pedra de Grinch, assim como, também o dos restantes habitantes locais que o rejeitavam. No entanto, há também uma grande crítica, ou se preferirem uma “moral da história”, feita sobretudo ao consumismo latente nos dias de hoje nas celebrações natalícias cada vez mais desligadas da paz, amor, e união, onde só é dado valor aos bens materiais, crítica essa feita pela personagem do próprio Grinch e pela pequena Cindy Lou Who. Pois então, e dando ouvidos à crítica, devo recomendar este filme a toda a gente de todas as idades, e sobretudo aos pais apelando a que levem os seus filhos a vê-lo (existe a versão dobrada em Português), porque irão certamente gostar e sentirem-se um pouco crianças tal como eu, que me deliciei e diverti, saindo com um sorriso de orelha-a-orelha. Um bom Natal!
Foto de Melissa Sue Gordon
Foto de Universal Studios
Sรกbado, 23 de Dezembro de 2000
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Sábado, 23 de Dezembro de 2000
CONTO DE NATAL
Melancolia
O Manuel e a Rosalina eram um casal feliz. Estavam casados há sete anos e já tinham quatro filhos: O Jorge, a Catarina, a Maria Rosa e o Artur. Ele trabalhava numa fábrica de curtumes. Ela olhava pela casa e pelos filhos. O salário do Manuel não era por aí além, mas com as habilidades da mulher, lá ia chegando para viverem sem sobressaltos. Um dia, porém, a fábrica fechou e os operários foram todos despedidos. O Manuel tentou empregar- se no ramo das suas habilitações. Em vão. As fábricas de curtumes eram poucas e estavam com os quadros mais que completos. Outro serviço não queria, porque já não tinha dezasseis anos e seria começar, tudo de novo. Uns vizinhos foram tentar a sorte na Venezuela e ele também ia arriscar. Segundo informações daqueles e outros emigrantes, a vida lá fora é dura mas compensa. Tentaria... depois, a Rosalina e os filhos iriam ter com ele. Uma manhã, triste e fria, o nosso Manuel abalou rumo à Venezuela, a bordo dum navio panamiano, que fazia carreiras regulares entre portos portugueses e da América de Sul. Antes da partida, ele recomendou à mulher que tivesse muito cuidado com os filhos e com ela pois que, quando numa casa falta o pulso forte de um homem, há sempre quem abuse... Quanto a dinheiro, ela ficaria com a indemnização que a fábrica lhe pagou e a que, apenas foi retirado a valor da passagem. Deveria chegar para as primeiras impressões. Logo que principiasse a trabalhar, mandaria o necessário para viverem desafogadamente. Depois, iriam todos, finalmente, para junto dele. As intenções e os desejos foram os melhores. A realidade, essa, foi dura e cruel. O Manuel, sem parentes nem amigos naquelas longínquas terras, eram mais os dias em que estava parado do que a trabalhar. Mal ganhava para comer. A mudança de clima e a deficiente alimentação, eram factores que faziam dele um homem sempre triste, sem acção, doente. Escreveu algumas cartas à mulher. Depois, deixou de dar noticias. Se até ali a Rosalina era uma mulher às direitas, neste transe difícil da sua vida, passou a ser mais forte, mais activa, mais valente. Conseguiu empregar-se, como operária, numa fábrica de confecções. Embora pobre, não devia nada a ninguém e trazia os filhos sempre limpinhos e asseados. Sem notícias do marido, às vezes até dizia em tom alegre mas com tristeza no coração: Se calhar arranjou por lá outra ! Que lhe preste... Os anos foram passando. O Jorge, com vinte anos, era torneiro mecânico. A Catarina, com dezoito, era “caixa” no talho lá da localidade. A Maria Rosa ia fazer dezassete. Andava a estudar para enfermeira. O Artur era o mais novito e queria, quando fosse grande, ser sargento da guarda republicana ! ... Como o Jorge estava prestes a ir cumprir e serviço militar, a mãe, na dúvida se voltariam a passar todos juntos a Natal, resolveu fazer, nesse ano, uma festa diferente, para melhor. Nem o perú havia de faltar. Pelo menos, uma colega da Catarina ficou de lhe
arranjar um, mais em conta, porque os pais criavam muitos lá em casa. Entretanto, o Manuel após quinze anos de sofrimento, pela doença e pela separação, prometeu a si mesmo que ainda teria forças para regressar à sua terra e, junto dos seus, viver os últimos dias da sua vida. Dirigiu-se ao Consulado Português e contou toda a sua odisseia durante aqueles quinze anos. Sem dinheiro e sem saúde, todo o seu desejo seria regressar à pátria. O seu pedido foi aceite. Foram tomadas as necessárias providências para que regresso fosse um facto no mais curto espaço de tempo. E foi! assim que o Manuel desembarcou naquele dia que, por acaso, era véspera de Natal, desiludido e triste, tantos anos depois de, no mesmo local, ter embarcado cheio de ilusões e das maiores esperanças. Tinha quarenta anos, mas aparentava setenta. Os cabelos e barbas completamente brancos emprestavam-lhe uma aparência de Pai Natal, que as crianças tanto adoram e desejam ver, carregando presentes no seu saco enorme. O Manuel não trazia saco, apenas uma pequena mala de viagem, que escondia uns míseros trapos e alguns artigos de higiene. Eram sete horas da manhã. A sua casa ficava ainda muito longe. Meteu-se a caminho, a pé, porque não tinha mais dinheiro para pagar o transporte. Por volta das oito horas da noite avistou, ao longe, a casa onde viviam a mulher e os filhos. Encontrava-se agora, a menos de cinquenta metros da casa. Já via o movimento e a azáfama próprios duma ceia de Natal. Foi-se aproximando. Tornavam-se cada vez mais nítidas as personagens que ele tanto desejava abraçar. Olha, aquela é a Maria Rosa: É a carinha da mãe. Já em pequenina era parecida com ela... Aquele deve ser o Artur. Quando parti ele era ainda muito pequenino. Vejam lá, está um homem ! Eia!
linda! Um pouco mais velha mas linda! O Manuel já estava junto da janela. Esteve prestes a bater nos vidros e gritar a sua alegria. Mas, não! Primeiro quero ver se reconheço o Jorge e a Catarina. Lá dentro, a Rosalina numa canseira fora do vulgar, dava ordem aos filhos, à medida que ia levando para a mesa as travessas com os bolinhos de bacalhau, com as filhoses ou com ao rabanadas. O Artur já se ia preparando para ocupar um lugar à mesa, quando a mãe o admoestou: Menino, já sabes que aí é o lugar do teu pai. Enquanto eu não souber o que foi feito dele, aí ninguém se sentará. A Catarina, que já não acreditava em milagres, disse: Ó mãe, deixe-se de ilusões. O Pai ou já morreu, ou então, esqueceu-se completamente de nós. A Rosalina não gostava nada de ouvir isto aos filhos. Dizia mesmo que algo lhe segredava ao coração que o seu homem havia de voltar. Entretanto, o Manuel não podia esperar mais tempo. Correu para a porta e, no momento em que fez menção de a abrir, ouviu atrás de si uma voz forte e ríspida que o aterrorizou. Foi o Jorge que, ao regressar do serviço, viu um vulto à entrada da porta. Na sua ideia, era um ladrão para roubar em casas de pessoas incautas. Quem é você ? Que está aqui a fazer? Quer roubar, não tem vergonha? Dessa idade e ainda se dedica à ladroagem. - Não., meu caro senhor. Eu não quero roubar. Passava aqui perto e reparei que, nesta casa, uma família estava a preparar a ceia de Natal. Eu também tenho uma família como esta e estava a recordar, com muita saudade, as felizes noites de Natal que passamos juntos, há muitos anos... - Eu não acredito no seu palavreado, disse o Jorge. Está preso. Vou levá-lo ao posto da Polícia. A Rosalina e os outros três filhos ouviram barulho, e vieram à porta, saber o que se passava.
Deixa o homem, Jorge. Respeita os seus cabelos brancos. Ele não é nenhum ladrão. Quem sabe a mágoa e a saudade que o torturam por viver tão sozinho. Voltandose para a homem, disse: Entre e sente-se um pouco. Deve estar cansado da viagem. Vem de longe ? Maria Rosa, traz rabanadas e bolinhos de bacalhau, porque este senhor deve estar com fome. Vá, coma alguma coisa. Olhe que é de muita boa vontade... Não, minha senhora, respondeu o Manuel, eu não tenho fome. Estava junto daquela janela a assistir à felicidade que eu estive prestes a partilhar, mas acabo de perder para sempre. Adeus, minha senhora... Não vá já embora, peço-lhe, replicou a Rosalina. Ceie connosco. Sente-se naquela cadeira. Está vaga desde que o meu marido partiu há quinze anos para a Venezuela. Nunca mais voltou. Tenho fé que ele voltará um dia... Por amor de Deus, mãe, disse o Jorge, esse lugar é sagrado. Só o meu pai poderá ocupá-lo. Tem razão, responde o Manuel, esse lugar é do seu pai. Um dia ele voltará ... se ainda for vivo ... Adeus, minha senhora, Deus vos abençoe a todos. Vou continuar a minha caminhada, recordando com muita tristeza as noites de Natal que, já há muitos anos, passo sózinho, sem a minha mulher... sem os meus filhos... adeus !... O Artur, seu filho mais novo, teve tanta pena daquele velhinho que, num gesto de humanidade, ou talvez guiado pela voz do sangue, disse: Meu amigo, como não quer cear connosco e deve ir para muito longe, tem aqui um saco com pão, rabanadas e alguns bolos. Podem fazer-lhe jeito quando tiver apetite, durante a viagem. Ele aceitou e partiu sem destino, com a melancolia por companheira. Como a noite estava muito escura, ninguém viu que ele chorava...
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POLÍTICA
PSD de Águas Santas/Pedrouços em ceia de Natal
Colaboração e empenho de todos para ganhar a Junta de Águas Santas O Núcleo do PSD de Águas Santas/Pedrouços realizou a sua ceia de Natal, no passado dia 17, num restaurante de Alfena, onde contou com a participação de centena e meia de militantes, entre eles, Costa Pereira, Bragança Fernandes, João Telmo, Ferreira dos Santos, Mário Carmo Pinto, e outros. António Armindo Soares
O presidente do Núcleo de Águas Santas/Pedrouços apelou a todos os militantes presentes na ceia de Natal a colaboração e o empenho para conquistar a freguesia de Águas Santas para o PSD.«É de extrema importância a colaboração de todos. Temos que ganhar a freguesia. Perdêmo-la por uma eventualidade mas temos boas perspectivas de a termos de volta», salientou. João Telmo evidenciou a força que a JSD atingiu ao nível nacional. «A JSD é a mais activa estrutura jovem partidária no país. Em dois anos conseguimos duplicar o número de militantes; percorremos as freguesias do concelho da Maia para conhecer melhor a sua realidade; realizamos dois torneios de futsal; promovemos cursos de formação autárquica; e atribuimos o prémio “Jota” do ano», argumenta o presidente da JSD/Maia. É por este trabalho que a JSD local «precisa partir para novos desafios, um deles será algo inédito no concelho da Maia, que é a realização do Congresso Extraordinário da JSD, em 2001, que
agora temos a concorrência para essa organização a cidade de Aveiro e Vila Real. Para conseguirmos esse objectivo já recebemos os apoios do professor Vieira de Carvalho, do Engº Bragança Fernandes, do Dr. Costa Pereira, mas necessitamos ainda do apoio de todos os militantes do PSD e da JSD/Maia. Precisamos, também, de alguma estabilidade para ganharmos essa realização», anunciou João Telmo algo entusiasmado. Costa Pereira, presidente do PSD/Maia, em relação ao acordo autárquico que o PP da Maia quer para as autárquicas afirmou que «se o PP quer ser nosso parceiro autárquico da forma como o tem feito com ataques à Câmara Municipal, aos vereadores - inclusive, tendo eles um vereador-, é como “cuspir no prato que se come”» e acrescenta que «enquanto estas pessoas tiverem este tipo de opinião não nos sentaremos para dialogar para um acordo». A próxima realização do PSD/Maia será o “Jantar de Reis”, no dia 4 de Janeiro, dedicado a todos os autarcas do concelho.
Carmo Pinto, Bragança Fernandes, Luis Miguel Dias, Costa Pereira e Ferreira dos Santos
Vários presidentes dos núcleos de freguesia estiveram presentes
Uma sala cheia
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POLÍTICA
Menezes sugere novo ciclo político para o PSD/Maia
«Sem preocupar-se com parcerias nas autárquicas» Luis Filipe Menezes sugeriu durante o jantar que a JSD/Maia realizou no passado dia 8, no restaurante Show Buffet que ,o PSD/Maia , deve trabalhar para consolidar um novo ciclo político «sem preocupar-se com parcerias, com outro tipo de questões, com envolvimentos», para as próximas eleições autárquicas. António Armindo Soares
O presidente do PSD da distrital do Porto, Luis Filipe Menezes, durante a sua intervenção no jantar da JSD/Maia enalteceu o «notabilissimo trabalho de serviço público do Professor Vieira de Carvalho na Maia. Quase me atreveria a dizer que o professor Vieira de Carvalho inventou a Maia, tem uma grande obra nesta terra. Ele deve ser o candidato à Câmara da Maia e, a minha convicção, é que voltará a ter um grande sucesso eleitoral». No entanto, Menezes acha que a candidatura de Vieira de Carvalho «deve também ser uma oportunidade para se fazer aqui onde normalmente não há coragem: que é de preparar um novo ciclo político de futuro para o partido na Maia. Foi por não ter feito isto que o PS caiu de “pôdre” em Gondomar, em Valongo, em Gaia e em outros sítios, porque é um partido conservador, que não tem capacidade para se autoregenerar». O líder distrital “laranja” acha ainda que as próximas autárquicas na Maia «são a grande oportunidade para copaginar a experiência, a dedicação, o serviço e a obra do professor Vieira de Carvalho, com um novo projecto político que consolide a força do PSD no concelho da Maia. É nestes termos que o PSD/Maia deve trabalhar. Não se preocupar com parcerias, com envolvimentos, com outro tipo de questões que são laterais à questão fundamental, que é termos a força própria, para sermos capazes de liderar
um novo ciclo político, de mais progresso, de mais desenvolvimento, de mais modernidade, adaptado a novos tempos, a novas ambições e a novos desígnios». Por seu lado, o presidente dos Socialdemocratas, Costa Pereira, aproveitando a presença de alguns distintos militantes do partido, entre eles, o eurodeputado Arlindo Cunha, Luciano Gomes, João Telmo, Emanuel Martins, e alguns autarcas, disse a Luis Filipe Menezes «que para o bem e para o mal contem com o PSD e a JSD da Maia, com a lealdade, onde se defende a verdadeira Socialdemocracia. Com a JSD depois de realizar esta actividade, de pôr em prática este torneio de futsal, e esta iniciativa de eleger o “Jota do ano”, que mais nos fará falta? Eu termino dizendo: o que faz falta é avisar a malta...». Helder Santos, presidente da JSD distrital do Porto, classificou de «um sinal mais» para o PSD/Maia «o bom trabalho» que a JSD local tem desenvolvido. E considerou a atribuição de o “Jota do ano” a César Martins, a evidência de «um partido solidário e humanista. Foi uma excelente escolha. E como é o ano Jubilar, mostra sentido de abertura, sentido de um grande humanismo». O líder dos “laranjinhas” da Maia, João Telmo falou-nos do prémio “Jota do Ano” que distingue um militante de base que tenha prestado um serviço relevante ao partido. «Este ano foi distinguido o César, que é uma pessoa que eu me orgulho de
João Telmo entrega o prémio “Jota do Ano” a César Martins
ter como militante de base. É um jovem com muitas dificuldades, porque é uma pessoa com dificuldades motoras e ao nível intelectual. No entanto, tem sabido e bem, contrariar, no seu dia a dia, essas
dificuldades e, com a boa vontade da Câmara Municipal da Maia, é hoje um bom funcionário. Portanto, ele merece, como ninguém na Maia este prémio, porque é um lutador».
... e próximo congresso da JSD deve ser na Maia! Segundo fontes da JSD Maia o próximo congresso deverá ser realizado muito provavelmente em Março, na cidade da Maia. A reunião magna dos “laranjinhas” será assim organizada pela secção concelhia local da JSD. Ainda segundo a mesma fonte, estão já disponibilizadas verbas para o
ainda a designar, cerca de 2000 observadores e 600 congressistas. A confirmar-se esta deliberação que deverá ter lugar no próximo Conselho Nacional da JSD, esta será uma vitória importante para os socialdemocratas locais, bem como “uma prenda” para a dinâmica que a estrutura dirigida por João Telmo tem
Maia
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EXPOSIÇÕES
Carlos Pinho expõe no Centro Pró-Castelo
“Memórias da minha Terra”
A Vila de Castelo da Maia acolhe no Centro Pró-Castelo, a mais recente mostra do trabalho artístico do pintor Carlos Pinho. A presente exposição de cariz revivalista, apresenta o olhar romântico do pintor sobre as paisagens da sua terra, resgatando as memórias do lugar que o viu nascer. Inaugurada a 16 de Dezembro, a decorrer até ao final do mês.
Reportagem de Andreia Martins
Carlos Pinho, maiato de origem, nasceu em 1944 em São Pedro de Avioso. Autodidacta, dedica-se à actividade artística desde os seus vinte anos. O seu percurso foi trilhado por várias experiências de cariz artístico, trabalhou em desenho e debuxo, criando matrizes para a produção de tapeçarias. Veio a interessar-se posteriormente pela pintura, materializando o seu impulso artístico na técnica do óleo sobre tela, numa linha naturalista, com alguns traços impressionistas, no uso da côr, no desenho da luz; dando-nos nos seus quadros, o seu olhar tranquilo e apaixonado. Algumas temáticas tocaram íntimamente a sensibilidade do pintor, nomeadamente as flores, o seu colorido e subtilezas. Prosseguindo no seu interesse pictórico, começou a pintar paisagens e naturezas mortas. Nos anos 80, alargou o seu repertório artístico, abordando temáticas e técnicas de pendor experimentalista. Na presente exposição, Carlos Pinho partilha a beleza que o inspirou, as paisagens da terra onde nasceu. Fixando o olhar sobre o património que tende a desaparecer, resgatando a memória dos locais conhecidos de todos. Podem ser apreciados nesta mostra alguns motivos do seu trabalho experimentalista, nomeadamente, um dos trabalhos alusivo ao massacre do Povo de Timor. Só recentemente, o pintor começou a expor o seu trabalho na vila em que reside. Participou em vários certames colectivos, realizou exposições individuais na Galeria do casino da Póvoa e Varzim, na Galeria Municipal de Sto. Tirso na “Maia-82” e no salão de exposições da Quinta da Gruta. Carlos Pinho segredou-nos ainda, os seus planos futuros, pintar a cidade do Porto; os monumentos marcadamente históricos, mas também outras paisagens mais recônditas ou talvez menos conhecidas, “perspectivas que tendem a desaparecer”, com as novas estruturas de cimento e betão. As memórias de Carlos Pinho são o património da sua terra, que tenta proteger com a audácia de querer parar no tempo, um olhar que permaneça. Poderá visitar esta mostra de pintura de Carlos Pinho, de segunda a sextafeira, das16h às 18.30h e sábados a partir das 14h às 18h, no Centro Pró-
O pintor Carlos Pinho
Um dos belos quadros do pintor
Aspecto da Exposição
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Natal na Freguesia de Gemunde
«Verdadeiro espiríto de Natal, amor ao próximo e solidariedade» Já no ano de 946, a documentação histórica refere uma “villa gemundi”. O seu povoamento remontará, pelo menos, ao neolítico final, a crêr na existência de uma anta. A Igreja Paroquial de Gemunde, reconstruída em 1859, ostenta uma frontaria com bonitos azulejos. A Capela de São Roque e a mais que conhecida Campa do Preto trazem muitos visitantes à freguesia. Natal Joaquim Oliveira da Costa é o Presidente da Junta de Freguesia de Gemunde, e neste Natal, como nos anteriores, na qualidade de autarca, contribui financeiramente para que as crianças da freguesia tenham um Natal melhor, nomeadamente patrocinando as festas das escolas. Acha que o Natal dos nossos dias “está um pouco desvirtuado porque a tendência é para as pessoas se preocuparem com as coisas materiais em depreciação com o verdadeiro espirito de Natal, do amor ao próximo e da solidariedade.” À sua população, sem olhar à questão financeira, gostaria de oferecer um local, digno, para que as gentes menos novas tivessem também o seu espaço. Para 2001 Joaquim Oliveira Costa, questionado sobre a obra que marcou mais a freguesia em 2000, respondeu que “ressalvando a minha modéstia, foram as obras que eu idealizei, ou seja a construção do cemitério e capela mortuária”, obras essas que considera “impares nas terras vizinhas”. Para um novo milénio, este autarca gostaria que os povos se entendessem, com paz duradoura, porque “são sempre as crianças e os idosos aqueles que mais sofrem”.
Inquérito Idalina Maria, de 29 anos, natural de Gemunde, oriunda de uma família de cinco irmãos, é casada e tem um filho. “Vou passar o Natal com os meus sogros. O Natal de antigamente era melhor, mais alegre”. Quanto à gastronomia natalícia, curiosamente o prato que mais caracteriza o Natal, segundo esta interlocutora, é as batatas com polvo.
Ana Rosa, de 59 anos, vive há 27 anos na freguesia, é oriunda de uma família de sete irmãos e têm quatro filhos e três netos. “Vou passar o Natal em casa com um dos meus filhos”. “Está tudo mais caro e não conseguimos fazer as festas que queríamos” disse a nossa entrevistada relativamente ao Natal de hoje em dia. O Prato que mais caracteriza o Natal é, sem dúvida, as batatas com bacalhau.
Junta de Freguesia de Gemunde
Maria Ludovina, de 64 anos, vive há 35 anos na freguesia, é oriunda de uma família de três irmãos e já tem seis filhos e onze netos. “Vou passar o Natal em família com três dos meus filhos”. “Antigamente o Natal era mais triste, havia pouco dinheiro. Hoje o Natal é mais alegre, há mais dinheiro, mas triste para mim porque sou viuva” disse relativamente às diferenças do Natal de hoje em dia com o da sua infância. O prato que mais caracteriza esta quadra é o bacalhau com batatas.
A Junta de Freguesia de Gemunde, vem por este meio desejar um Feliz Natal e próspero Ano Novo.
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Natal na Freguesia de Gondim
«Acontecimento feliz que veio dar um belo exemplo ao mundo» Freguesia pequena em território e com cerca de 1800 habitantes, Gondim foi ao longo do século passado alvo de disputas pelo seu espaço geográfico. A partir de 1841 pretendia-se a anexação desta a Santa Maria do Avioso, vindo a desmembrar-se de alguns lugares importantes como Calquim ou Vila Verde para as freguesias de Vermoim ou Barca. A total anexação desta freguesia viria a acontecer em 1896, mas apenas dois anos duraria essa mesma “ocupação”. Natal Falamos em Gondim com o Presidente da Junta local, o senhor Afonso da Silva Azenha, que nos diz que neste Natal procura manter, dentro do possível, os objectivos criados no início do mandato e sempre que possível amplia-los. Vê esta quadra como “um acontecimento feliz que veio dar um belo exemplo ao mundo”, sentindo-se triste por verificar que nem sempre o exemplo é seguido pelos Homens. Na sua opinião, o Natal dos nossos dias é mais materialista do que aqueles que viveu no passado, onde considera ter havido mais humanismo. A melhor prenda que reserva para dar à sua população é sem dúvida transmitir-lhe a sua confiança, sendo que os Gondinenses poderão contar consigo nos bons e nos maus momentos da vida colectiva. Para 2001 Para 2001 caracteriza como grandes obras a efectuar, a ampliação do cemitério e a capela mortuária, tudo isto dentro da realidade de uma junta pequena como a de Gondim que não dispõe, infelizmente, de muitos meios. Deseja arduamente para o próximo milénio, a paz no mundo e que a fome, as pestes e a guerra sejam definitivamente irradiadas.
Inquérito Manuel Alfredo Duarte, de 48 anos, natural desta freguesia é oriundo de uma família de seis irmãos e tem dois filhos. “Vou passar o Natal em minha casa com os meus filhos”. “Hoje em dia o Natal é mais fértil, há mais dinheiro. Os meus pais não tinham tanta disponibilidade como a que posso proporcionar aos meus filhos. Hoje há mais prendas...” O Bacalhau com batatas é o prato que mais caracteriza o seu Natal.
António Santos Oliveira, de 67 anos, vive na freguesia há 40 anos, é oriundo de uma família de três irmãos, tem quatro filhos e sete netos. “Na minha família há a tradição de se passar o Natal à vez em casa de um filho, o fim de ano em casa de outro e para o ano volta a trocar”. “Antigamente havia mais miséria, mas hoje para quem trabalha vive-se melhor apesar da “praga” da miséria ainda não ter sido irradiada”. “O prato que mais caracteriza o Natal é o bacalhau, prato que por coincidência, eu adoro”.
Ricardo Araújo, de 23 anos, nasceu nesta freguesia e é oriundo de uma família de dois irmãos. “Vou passar o Natal aqui com a minha família”. “Hoje em dia perde-se a ideia fundamental do Pai Natal, julgo que agora o Natal é mais consumista”. O prato que caracteriza o Natal é o bacalhau, prato que por acaso o nosso interlocutor não gosta “nada”, afirmou.
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EDUCAÇÃO
VIII Campo de Montanha FAP
Académicos “a monte” Realizou-se entre os dias 7 e 10 de Dezembro em Albergaria A Velha, o VIII Campo de Montanha da Comissão Executiva do Desporto da Federação Académica do Porto (CEDFAP), e que contou com equipas de quase todas as faculdades do Porto. Orlando Leal
Como não poderia deixar de acontecer, o concelho da Maia esteve também presente através da participação dos alunos do ISMAI (tendo uma das equipas feito a reportagem para o Maia Hoje), que se destacaram não só através das suas boas prestações nas actividades, mas sobretudo na boa disposição e animação com que brindaram todos os participantes. No que concerne às actividades propriamente ditas, o calendário foi quase plenamente cumprido, tendo apenas sido suprimidas algumas provas derivada à ameaça de chuva. Assim na noite do dia sete houve uma prova de orientação nocturna pelas ruas de Albergaria, que serviu para os participantes conhecerem o local. O dia seguinte foi dedicado às provas de BTT (com um espectacular, sinuoso e lamacento percurso), e ao Paintball, durante o dia, e ao Karaoke à noite. O dia nove foi preenchido pela orientação no monte, que para além do percurso pedonal, teve ainda algumas provas interessantes como: Tiro com Arco, Zarabatana, Tirolesa e Paralelas, bem como, a possibilidade de se experimentar fazer um percurso “Todo o Terreno”, quer em Jipes, quer em viaturas dos Bombeiros. À noite houve ainda uma prova de dança. O último era dedicado a algumas demonstrações no centro de albergaria, nomeadamente: Escalada, Touro Mecânico, Trotinetes a Motor e insufláveis, mas o S. Pedro não colaborou, e as mesmas foram suspensas. Em resumo, podemos dizer que foram quatro dias bem passados com animação, diversão e muito espirito académico. Para finalizar a equipa que realizou esta reportagem gostaria de agradecer a todos aqueles que contribuíram para a sua participação, a saber: ISMAI, Caixa Geral de Depósitos, Maia Hoje, Café Teixeiras, Pizzaria Di’Franco, Puzzle, Redol Cafeteria, Expoente Máximo, Castel Cópia, Papelaria Morais, Procharme, Diorel, Papelaria Via Diagonal, Café Ginásio, Januário e Aurélio - Construção Civil, A Seco - Lavandarias, Mega Sport e Moldur Maia.
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POLÍTICA
Partido Socialista
Comissão Política da Maia sai em “defesa” de Catarino. No passado dia 11 de Dezembro, reuniu o plenário da comissão política concelhia da Maia do Partido Socialista. Da reunião dos socialistas saiu um comunicado que chegou à redacção do Maia Hoje que publicamos na integra. Deste comunicado salientamos a defesa de Jorge Catarino nas polémicas declarações que levaram a sua demissão, acusando a comunicação social de «abusivamente» as retirar para um contexto diferente. A finalizar atacam Filipe Menezes, acusando-o de «prácticas de favorecimento»; o PSD/Maia, de «ostentação» e o PP/Maia de «partido parasita». Artur Bacelar
Comunicado Reunida em plenário no dia 11 de Dezembro de 2000, a comissão política concelhia do Partido Socialista da Maia decidiu manifestar total solidariedade ao seu presidente, Dr. Jorge Catarino, que recentemente se demitiu da Administração Regional de Saúde do Norte. De facto, o desempenho do Dr. Jorge Catarino enquanto Presidente da A.R.S. Norte vinha merecendo os mais rasgados elogios por parte dos responsáveis do sector da Saúde, sendo quase unanimemente reconhecido que a A.R.S. Norte teve nos últimos dez meses a melhor, mais competente e a mais eficaz administração dos últimos anos. Apenas
alguns despeitados se manifestaram em sentido contrário e só após a sua demissão. Independentemente das palavras proferidas e que foram abusivamente retiradas para um contexto diferente pela comunicação social, a administração do Dr. Jorge Catarino enquanto Presidente da A.R.S. Norte foi pautada por uma gestão criteriosa, tanto de recursos humanos como de meios, sendo disso testemunha muitos quadros do PSD colocados em lugares de decisão e de responsabilidade. Da mesma isenção não se pode ufanar o presidente da distrital do PSD do Porto, Dr. Luís Filipe Menezes, tão contundente
nas críticas que fez, mas que ainda esta semana foi acusado de prácticas de favorecimento, de gestão ruinosa e de actos de persecutórios a adversários políticos enquanto presidente da Câmara de Gaia. Alias se há neste país algum lugar que deve ser considerado um autêntico “ninho de boys” é, sem dúvida a Câmara de Gaia. A C.P.C. do PS Maia não pôde ainda deixar de lamentar o oportunismo dos presidentes das comissões políticas do PSD e do CDS/PP, da Maia que sem conhecimento de causa, se manifestaram sobre este assunto de forma abusiva, provocatória e acintosa. Relativamente ao PSD Maia, seria bom
que os seus responsáveis concelhios se preocupassem mais com o que vai na sua própria casa, sobretudo com as práticas de compadrio, de desigualdade de tratamento, de vergonhosa ostentação de algumas das suas mais proeminentes figuras, para não referir outras acusações bem mais graves que se ouvem na praça pública. Quanto ao CDS/PP que na Maia e há longos anos tem assumido e pretende continuar a assumir o papel de “partido parasita”, viajando às cavalitas do PSD, lançamos o desafio para ir a votos nas próximas autárquicas e assim todos termos a noção daquilo que efectivamente representa no concelho.
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Natal na Freguesia de Milheirós
«festa muito querida e tradicional» Atravessado pelos rios Leça e Almorode, as gentes de Milheirós cedo se dedicaram ao cultivo do milho, tendo derivado, provavelmente, daí o seu topónimo “Milheirós”. Foi no reinado do Cardeal D. Henrique, que esta terra se terá constituído como freguesia. Apesar do surto industrial que tem atingido a freguesia, esta mantém, ainda, grandes espaços dedicados à actividade agrícola. Uma bela Igreja, algumas habitações solarengas, pontes com construções interessantes (ex. Ponte do Arco), e ainda alguns moinhos do século passado, formam o património histórico da freguesia. Natal Alfredo Santos Teixeira é o homem que comanda os destinos da Junta de Freguesia de Milheirós. Ligado ao passado o autarca vai tentar ter uma “festa muito querida e tradicional junto daqueles que me são queridos, a minha família.” Ao pensar no seu bem estar, Alfredo Teixeira pensa também de uma forma peculiar “naqueles que de um modo geral, têm carências no campo económico-social e afectivas”, afirmou. “Hoje em dia há mais abundância quer em termos de géneros alimentícios, quer nas prendinhas para as crianças”, considerando esta a diferença entre o Natal de agora com o de ontem, “positiva porque é bom que nada falte às nossas crianças e aos nossos idosos.” No entanto na sua infância, passada na sua terra natal, Sanfins de Torno, concelho de Lousada a quadra natalícia era “vivida intensamente, junto dos meus irmãos e com neve, coisa que nos tempos de hoje já não é bem assim.” O Natal actualmente continua a ser, na opinião do autarca de Milheirós, “a grande festa da família, bem como o de reunir com os amigos.” Gostaria de dar à sua população “as melhores felicidades, boa vida com saúde, paz e harmonia. A nossa freguesia em questão de habitação social está quase resolvida” esperando que todos “os nossos concidadãos tenham uma habitação condigna e de grande qualidade.” A
melhor notícia que lhe poderiam dar era “ter concluído o edifício do Centro Cívico - Polo de Serviços Públicos, para que se servisse melhor os anseios da população nas áreas da infância, com a creche infantário, um posto de saúde e de enfermagem, entre outras coisas. No entanto, desejo à minha população um Santo Natal e um Ano Novo cheio de prosperidade e abundância”, concluiu. Para 2001 Os momentos que mais marcaram a sua vida autárquica no ano 2000 são vários, “o arranque das obras da creche infantário na Rua da Vessada, a beneficiação da Estrada Nacional 3181, a compra da propriedade do Monte da Cuca para a Junta de Freguesia onde será construído um Miradouro e um parque de merendas, o arranque das obras da via estruturante de Milheirós, que liga os terrenos anexos ao Restaurante 2+1 até a Cruz do Pato, ao cemitério novo e finalmente, o acabamento do polidesportivo de rua”. De facto, um ano em cheio. Para 2001, Alfredo Teixeira gostaria de ver “o arranque da 2ª fase da obra de construção do Centro Cívico.” A finalizar, o autarca pretende ver neste novo Milénio “menos injustiças e menos guerras e mais paz com a conciliação entre os povos e nações”.
Inquérito Maria Adelaide Araújo, de 42 anos, vive na freguesia há 23 anos, vem de uma família de sete irmãos, tem três filhos. “Vou passar o Natal em casa, aqui em Milheirós, com o meu marido, filhos e cunhado”. “A diferença que sinto neste Natal é a falta da minha mãe, associo esta quadra à minha mãe que faleceu há pouco tempo”. Batatas com bacalhau é o prato deste e doutros natais.
Hermínia Lusquinhos, de 55 anos, vive na freguesia há 32 anos, vem de uma família de 13 irmãos, tem dois filhos e um neto. “Vou passar este Natal em minha casa com os meus filhos”. “Para mim o Natal é sempre igual. Contudo, antigamente havia mais gente nas casas e a alegria era melhor”. O prato que mais caracteriza o Natal é o bacalhau com batatas.
Junta de Freguesia de Milheirós
Carlos Ferreira, de 70 anos, vive na freguesia há 45 anos, é oriundo de uma família de oito irmãos, tem sete filhos e 14 netos. “Este Natal tenho que o passar em casa pois a minha esposa está de cadeira de rodas”. “O Natal é mais alegre quando o passo em família”, disse relativamente a natais anteriores. Batatas com bacalhau é o seu prato “de sempre” para esta data.
A Junta de Freguesia de Milheirós, vem por este meio desejar um Feliz Natal e Próspero Ano Novo.
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Natal na Freguesia de Moreira
«o nascimento do nosso Salvador» À freguesia de Moreira associa-se desde sempre o Mosteiro de S. Salvador, do qual existem notícias escritas, pelo menos desde os princípios do século X. No entanto, existem historiadores que afirmam o Mosteiro nem sempre esteve no sítio em que se encontra actualmente, defendendo a teoria de que o primitivo convento de Moreira foi construído em Gontão (lugar situado um pouco a norte do Mosteiro). Em muitos documentos o topónimo deste freguesia surge como “Moraria”. A freguesia de Moreira tem, aproximadamente uma área de 8,7 quilómetros quadrados e conta com cerca de oito mil habitantes. Natal Albino da Costa Maia é o presidente da Junta de Freguesia de Moreira e neste Natal, pensa estar em paz consigo próprio e passa-lo com a sua família que é o pilar onde assenta toda a sua actividade anual. Vê e sente o Natal como uma quadra de alegria, pois festeja-se “o nascimento do nosso Salvador”. A grande diferença do Natal dos nossos dias com o Natal de há umas décadas atrás é segundo este autarca que o Natal hoje em dia é muito consumista “as pessoas preocupam-se com as compras e as prendas, esquecendo, ou pondo de lado por ser incómoda, a solidariedade humana”. Sem olhar à questão financeira, a melhor prenda que gostaria de oferecer a todos os Moreirenses era sem sombra de dúvida, uma habitação condigna, principalmente “àquelas famílias que vivem no limite da dignidade humana” e gostaria de os ver a todos reunidos numa ceia de Natal farta, pois infelizmente sabe da existência de famílias na sua terra que esperam ansiosamente pelo Cabaz de Natal oferecido pela Câmara Municipal para poderem fazer uma ceia condigna. A melhor notícia que pode dar à população neste Natal é a informação de que a junta de freguesia, a exemplo do ano passado, vai levar a efeito, duas modestas e singelas festas de Natal, sendo que uma é destinada às crianças e outra aos idosos. A melhor
notícia que pessoalmente poderia receber era saber que o poder central reconhece a “capacidade das juntas de freguesia e as dota de autonomia financeira que possa proporcionar melhor qualidade de vida às suas populações”. Para 2001 Albino da Costa Maia, considerou como a obra que mais marcou a sua função de autarca no ano 2000, a ampliação do cemitério paroquial para norte, bem como a aquisição de cerca de 13.000 metros quadrados de terrenos para a sua ampliação para sul. Para 2001, considera como obra fundamental e que perspectiva realizar, a construção do Pólo de serviços e centro cultural da Vila de Moreira. Questionado sobre o que perspectiva para o novo milénio transmitiu-nos algum pessimismo nas suas palavras ao falar das muitas dificuldades na saúde e na alimentação de todos nós, com flagelos como a “Sida” e a “doença das vacas loucas”. “O Homem destruir-se-á a si próprio”, rematou. Quanto ao que não gostaria de ver neste novo milénio, diz que “não gostaria de ver o contínuo aparecimento de guerras um pouco por todo o lado e, ao mesmo tempo, que o nosso país não continuasse com uma democracia incipiente mas sim que conseguíssemos construir uma verdadeira DEMOCRACIA para as gerações vindouras”.
Inquérito Justina Silva Lopes, de 70 anos, nasceu na Maia, é oriunda de uma família de três irmãos, tem nove filhos e 16 netos. “Vou passar o Natal reunida com a família toda em casa de uma das minhas filhas”. “O Natal de hoje em dia é igual, não tem nada de diferente, quem tem muito dinheiro faz muita coisa e quem não tem, nada faz”. O prato que mais caracteriza o Natal é o bacalhau com batatas e grelos.
Fernando Costa Braga, de 71 anos, natural desta freguesia, é oriundo de uma família de seis irmãos, tem cinco filhos, nove netos e dois bisnetos. “Vou passar este Natal em casa de uma das minhas filhas” disse este “jovem” com 57 anos de actividade como bombeiro. “Não vejo grandes diferenças no Natal da minha infância e o de hoje, a comida é igual”. O Prato que mais caracteriza a Consoada é o Bacalhau com batatas.
Junta de Freguesia de Moreira
Maria Eva de Jesus, de 33 anos, natural desta freguesia, oriunda de uma família de três irmãos, tem um filho. “Vou passar o Natal com a família toda reunida”. “O Natal da minha infância era muito pior do que o de hoje em dia. Ainda passei fome, felizmente isso agora não acontece”. O Prato que definitivamente marca o Natal é o bacalhau com batatas e grelos “e não com pencas” como fez questão de frisar.
A Junta de Freguesia de Moreira, vem por este meio desejar um Feliz Natal e Próspero Ano Novo.
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REPORTAGEM
Bombeiros Voluntários de Moreira
Os números e os factos da tempestade... Texto: Miguel Ângelo Machado; Fotos: André Leonhartsberger
“Tenho 51 anos e não me lembro de ver nada assim”, palavras de José Araújo, ajudante de Comando dos Bombeiros Voluntários de Moreira (BVM) que revelou ao Maia Hoje, em números oficiais, os resultados das intempéries que assolaram o território maiato, na semana de 6 a 10 de Dezembro. Os dados revelados (ver caixa), mostram o número impressionante de 181 saídas durante essa mesma semana. Entenda-se por “diversos”, os problemas que dizem respeito a cortes de árvores ou, por exemplo, a placas informativas e de publicidade caídas na via pública e que, nestes casos, são também os bombeiros que resolvem este tipo de situações. Se compararmos com as outras corporações do concelho vizinho de Matosinhos, os BVM foram os que tiveram mais serviço, na medida em que, são os únicos que cobrem o concelho da Maia, enquanto Matosinhos são servidos por quatro corporações (S. Mamede de Infesta, Matosinhos - Leça, Leixões e Leça do Balio). O dia mais crítico foi o dia sete, com 42 serviços de tipologia “diversos”, 22 inundações e sete saídas de emergências médicas num total de 71 serviços. Quem mais se aproxima são os Bombeiros Voluntários de Leça do Balio com 26 serviços no mesmo dia sete. Quanto a totais, os BVM saíram por 181 vezes nessa semana, enquanto as quatro
corporações matosinhenses totalizaram 192 serviços exteriores. Perante estes factos oficiais, José Araújo não entende como é que António Lopes, presidente da Cruz Vermelha da Maia tenha afirmado a um jornal local o seguinte, e passou a citar: “o caso não foi muito grave na Maia. Há concelhos aqui à volta, como por exemplo, Matosinhos, que estão bem pior.” José Araújo vai mais longe “não acredito que Matosinhos tenha estado pior que a Maia. Os serviços nesta cidade e os da Maia foram sensivelmente iguais.” A falta de apoio da Protecção Civil Um dos temas abordados por José Araújo foi o comportamento que a Protecção Civil demonstrou nesta semana de temporais, mais concretamente no dia sete de Dezembro, dia esse que mais “dores de cabeça” deu aos BVM. “No início da madrugada do dia sete, o comandante interino desta corporação, telefonou para a Protecção Civil a requisitar apoio, mas não o tivemos”. O comandante Manuel Carvalho ouviu do outro lado da linha que Câmara Municipal ao não pagar horas extras aos funcionários da Protecção Civil, estes serviços fecharam às 23 horas, “uma situação que não se entende, porque todos sabíamos a noite difícil que iríamos ter”, afirmou José Araújo. “Da Protecção Civil não tivemos o apoio que necessitávamos”, acrescentou ainda o entrevistado.
No entanto, a Câmara Municipal da Maia colocou à disposição dos BVM, a partir do dia sete, um carro com grua, “que nos ajudou a resolver os problemas com as árvores de grande porte caídas na via pública.” Prejuízos Foram vários os custos que os BVM tiveram nesta semana, e a folha dos prejuízos não é nada animadora. Duas moto-bombas avariadas, “tivemos que comprar duas novas no valor de 125 mil escudos cada” e mais de 40 mil escudos em avarias com as moto-serras. Mas o pior ainda estava para vir “ao resolver as inundações, a água entrou para dois motores dos nossos carros que os danificou completamente”, resultado: mais de mil contos de prejuízos em cada um. Valores altos que terão de ser suportados “pela Associação e pelos sócios”, referiu José Araújo. Positiva foi a prestação que os BVM demonstram nesta semana. Segundo o nosso entrevistado as respostas às solicitações de ajuda e socorro “foram sempre do melhor. Os bombeiros, sem lhes pedirem nada, estiveram sempre presentes e revelaram uma hombridade tal ao prontificaram-se a trabalhar a qualquer altura.” Foram cerca de 40 homens que estiveram ao serviço, tanto nas instalações de Moreira como nas secções avançadas de Nogueira e Águas Santas.
B O M B E I R O S V O LU N T Á R I O S D E S . M A M E D E D E I N F E S TA Dia
6 7 8 9 10 Totais
6 7 8 9 10 Totais
Diversos
Inundações
Emergências Médicas
Totais
3 13 2 3 2 23
0 2 0 0 0 2
4 5 8 2 6 25
7 20 10 5 8 50
B O M B E I R O S V O LU N T Á R I O S D E M AT O S I N H O S L E Ç A 4 4 2 5 1 16
0 3 2 0 10 15
4 5 1 7 3 20
8 12 5 12 14 51
B O M B E I R O S V O LU N T Á R I O S L E I X Õ E S
6 7 8 9 10 Totais
6 7 8 9 10 Totais
José Araújo fala-nos da intemperie que se abateu na Maia nos últimos dias
6 7 8 9 10 Totais
3 11 0 0 0 14
1 3 2 1 3 10
0 1 5 0 3 9
B O M B E I R O S V O LU N T Á R I O S DE LEÇA DO BALIO
3 14 0 1 0 18
1 6 0 0 3 10
6 6 6 8 4 30
B O M B E I R O S V O LU N T Á R I O S MOREIRA - MAIA
6 42 4 2 6 60
1 22 7 3 33 66
13 7 10 14 11 55
4 15 7 1 6 33
10 26 6 9 7 58
20 71 21 19 50 181
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27 COLECTIVIDADES
Obras de ampliação da sede dos Vencedores de Sangemil
O sonho fica completo em 2001 Embora não tivesse ainda concretizado o sonho de ver concluída a obra de ampliação da sua sede social, apenas vai estar pronta até ao final do ano a primeira fase, centro de dia, sala de ATL e auditório. E na cerimónia de encerramento das comemorações do 66º aniversário, realizada no passado dia 10 de Dezembro, e que contou com a presença de Vieira de Carvalho, o presidente dos Vencedores de Sangemil, Mário Vinhas anunciou que o resto será inaugurado no próximo ano. Texto: António Armindo Soares; Fotos: Andreia Martins
A fanfarra da Associação Humanitária de Pedrouços, “coloriu” a festa
«Esta obra de beneficiação começou há cerca de 18 anos, quando o senhor presidente da Câmara nos presenteou com a oferta do terreno; iniciaram-se as obras e durante muitos anos a sede ficou com os pisos inacabados, teve, por assim dizer, até hoje, uma situação provisória, que tem o rés do chão. O sonho da nossa gente é concluir o primeiro piso para dar mais condições aos nossos associados», conta-nos o presidente da Associação Vencedores de Sangemil, Mário Vinhas. Com o apoio e o incentivo do vicepresidente da Câmara Municipal da Maia, Bragança Fernandes, «que no início do ano deu-nos coragem, e tudo aquilo que necessitávamos para avançar com a obra. Depois foi na pessoa do senhor presidente que nos deu o “empurrão” para avançarmos», referiu-nos. A localidade de Sangemil luta por espaços destinados ao apoio aos idosos e os Vencedores estão prontos a dar um contributo. «De imediato é abrirmos o espaço que já está disponível e que tem
boas condições para acolher os idosos. Aliás não foi uma preocupação da actual direcção mas das outras que nos antecederam, bem como do senhor professor Vieira de Carvalho dar uma atenção especial a esta faixa etária. Quanto à infância temos também pronto um espaço destinado aos tempos livres das crianças. Porque quando os pais quando frequentam a colectividade os queremos que seus filhos não estejam expostos ao fumo do cigarro, e encontrem numa sala própria um espaço muito bem apetrechado para miúdos com idades até aos sete anos», contou-nos. A obra teve até agora custos na ordem dos 33 mil contos, comparticipada com 55% pela Câmara da Maia. A Junta de Freguesia de Águas Santas comparticipou no equipamento da sala do ATL. Para o ano 2001 ficará concluído o segundo piso, que terá um salão de jogos, uma biblioteca, salas de direcção, e sala de informática, secretaria e várias
Mário Vinhas
secções de recreio. As actividades que fazem parte do desenvolvimento da colectividade são, o teatro, o karaté, a dança, entre outras. Vieira de Carvalho durante a Sessão Solene enalteceu o trabalho de todos os dirigentes que passaram pelos Vencedores até à data. Sobre a obra, o edil, referiu: «Esta colectividade tem crescido. Conhecia-a muito humilde, os mais jovens, concerteza, que já não conheceram essa humildade e aqui estou para dar os parabéns à direcção, para que continue a prosperar e a diversificar as suas actividades, prestar apoio aos seus associados e às suas famílias. Tínhamos pensado primeiro concluir este auditório, mas a Associação entendeu que deveria tratar dos mais jovens e dos idosos, e acho que foi uma boa escolha». Aproveitando a presença de vários dirigentes de colectividades maiatas, o presidente da Câmara da Maia sublinhou a acção de dirigente associativo, « é um trabalho incessante, e às vezes até
incompreendido, que se leva a cabo com sacrifícios de toda a ordem, familiares, pessoais e até financeiros. E ser dirigente num tempo egoísta, é dar tudo pelos outros sem receber nada em troca, o que acaba por já ser uma coisa rara e bonita». O presidente da Junta de Águas Santas, Manuel Correia, deu igualmente os parabéns a todos os dirigentes dos Vencedores de Sangemil «particularmente aqueles que mais activamente têm acompanhado as obras, refiro-me particularmente ao Mário Vinhas, Orlando Paiva, a Drª Silvia e a tantos outros, e aos abnegados associados que muito têm contribuído para que tudo esteja em pleno estado. Para o desenvolvimento e crescimento da colectividade tem sido muito importante o apoio do senhor presidente da Câmara da Maia e o senhor vereador Bragança Fernandes». Também durante a cerimónia foram distinguidos os sócios com mais de 25 anos.
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Sábado, 23 de Dezembro de 2000
SOCIEDADE
Assinado protocolo com a Câmara da Maia
Piscinas do Pedras Rubras abrem portas às escolas A Câmara Municipal da Maia e o FC Pedras Rubras assinaram, no dia 12 deste mês, um protocolo de acordo que visa o apoio à práctica da natação a 600 alunos das escolas do Ensino Básico das freguesias de Moreira e Vila Nova da Telha. Texto: Miguel Ângelo Machado; Fotos: André Leonharstberger e Júlio Ornelas
Numa cerimónia protocolar que contou com as presenças do presidente da Câmara Municipal da Maia (CMM), Vieira de Carvalho, Sousa e Silva, presidente do FC Pedras Rubras, Maria da Graça Barros, a vereadora do Pelouro da Educação; Bragança Fernandes, vicepresidente da autarquia, , e o responsável pela área de Desporto da Maia, José Pedrosa, assinou-se um acordo entre as duas instituições para que cerca de 600 crianças venham, no corrente ano lectivo, a usufruírem das instalações do Pedras Rubras, mais concretamente das suas piscinas. As verbas despendidas pela a autarquia rondam os 12 mil contos, valor que será actualizado anualmente. As crianças estão ainda abrangidas por um seguro escolar, tanto nas instalações do Pedras Rubras como no percurso Escola-Piscinas e Piscinas-Escola, transporte esse também assegurado pela CMM. O recrutamento dos indispensáveis monitores encontra-se também garantido. Sousa e Silva, principal responsável pelo FC Pedras Rubras, encarou este protocolo “como uma oportunidade de rentabilizar as estruturas”. O FC Pedras Rubras tem dado importantes passos nos últimos 20 anos com vista ao seu desenvolvimento e implementação na cidade, sempre “com a importante ajuda da Câmara que rondou os 20, 40%”. As piscinas do Pedras Rubras não se encontravam completamente rentabilizadas, como afirmou Sousa e Silva “durante o dia as piscinas não se encontravam a ser suficientemente utilizadas”. Referindo que o Pedras
Rubras não irá enriquecer com este protocolo, Sousa e Silva confirmou ainda, “que não haverá um acréscimo de despesas e com este projecto adquirimos potenciais utilizadores, tanto nas crianças como nos seus familiares e amigos.” Num futuro, Sousa e Silva revelou que “gostaria de alargar este protocolo a outras freguesias”, mas de momento as instalações não dispõem de capacidades para tal, como o próprio confirmou. Por seu lado, Vieira de Carvalho, mostrou-se visivelmente satisfeito com este passo da autarquia. Elogiando Sousa e Silva que como seu ex-colega na CMM “marcou a democratização do Desporto na Maia”e defeniu o seu projecto do Pedras Rubras “como um sucesso de persistência”, o autarca mostrou-se, contudo, indignado com a ausência dos encarregados de educação no acto em causa, “todos eles foram informados da assinatura deste protocolo. Manifesto aqui o meu desgosto com esta situação. Se fosse por coisas menores, como uma fechadura avariada ou uma janela partida, provavelmente apareceriam”, afirmou. Vieira de Carvalho ainda concordou com Sousa e Silva quando este referiu que o “cantinho ocidental do concelho da Maia”, tem vindo a perder notoriedade no que diz respeito ao seu topónimo, “não entendo como se pôde rebaptizar o Aeroporto com o nome de uma individualidade que até faleceu em consequência de um acidente de aviação”, afirmou o presidente da edilidade maiata.
O acordo foi “selado” com um aperto de mãos
O Presidente do Pedras Rubras com o Presidente da autarquia e Bragança Fernandes , Vereador responsável pelo Desporto
Sábado, 23 de Dezembro de 2000
29 SOCIEDADE
A Maia Fez anos
Já lá vão 481 anos! Artur Bacelar
Já lá vão 481 anos desde que a 15 de Dezembro de 1519, D. Manuel, assinou um foral para a “terra da Maia”. D. Manuel com a assinatura deste foral, pretendeu esclarecer os foros e tributos a pagar ao donatário Pêro da Cunha em cada uma das localidades, além da forma de como se deveria exercer localmente a justiça, estabelecendo as penas em caso de transgressão ou incumprimento. Os donatários dominaram as terras, desde 1360, ano em que D. Pedro I, fez a primeira doação delas ao seu filho Infante D. Diniz. Seguiram-se várias outras
importantes famílias, a de Lopo Vasques da Cunha em 1836; a dos Cunha Coutinho em 1402; a dos Castro Rio - Menezes em 1572; a dos Pains Condes de Alva em 1689, e a dos Figueiredos de Faria em 1855; perfazendo ao todo mais de 500 anos de donatários na Maia. Mais recentemente, a Maia é um Concelho dos mais industrializados do país e apesar de estar localizado na periferia de uma grande cidade como a do Porto, é um Concelho com identidade própria, tendo o seu Presidente da Câmara, Vieira de Carvalho, afirmado recentemente que « O Concelho não
é dormitório do Porto, hoje em dia são mais as pessoas que vêm trabalhar do Porto para a Maia do que o contrário. Se calhar podemos classificar o Porto como dormitório da Maia», esta frase espelha bem a vontade, hoje em dia, o querer e o orgulho dos maiatos em geral. Segundo os dados da Associação Nacional de Municípios Portugueses, a Maia passou de 93.061 habitantes em 1993, para 104.250 em 2000, sendo que a população com idade inferior a 15 anos, é de quase 20% (19.270 habitantes), para 17 freguesias e 84 Km2. Parabéns Maia.
Associação de Moradores Maia 1 e 2 encheu de entusiasmo Forum Jovem
Uma festa de arromba com casa cheia! A Associação de Moradores Maia 1 e 2 levou a efeito, no passado dia 9, no Forum Jovem, a sua já habitual festa de Natal, tendo conseguido um evento carregado de entusiasmo e alegria, onde o público preencheu todo o espaço do auditório. A animação da tarde pertenceu às classes de dança da ARDACM e ao Grupo X Total dos Vencedores de Sangemil.
António Armindo Soares
As classes de dança da ARDACM e o Grupo X Total dos Vencedores de Sangemil foram os grandes “cúmplices” de uma tarde bem passada para o público presente no auditório, onde também não faltaram os palhaços para os gostos dos mais jovens. Presente a assistir à festa de Natal, esteve o presidente da Junta da Maia, Carlos Teixeira, que afirmou na ocasião , que a Associação de Moradores foi capaz de «criar o espírito do associativismo, sendo um exemplo vivo de como se é capaz de criar laços de amizade e de boa convivência entre vizinhos; dando também um forte contributo no proporcionar de actividades em torno das nossas crianças». Quanto ao espaço para uma sede o autarca deu garantias de que, «a curto prazo, venha a ser possível ter sede própria para as suas reuniões e para congregar os seus associados». No final, foi servido um «lanche», e a
A tarde foi divertida
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SOCIEDADE
Agrupamento 95º realizou Ceia de Natal
Uma instituição exemplar O Agrupamento 95º da Maia do CNE (Clube Nacional de Escutas) realizou a sua ceia de Natal, no passado dia 16, no edifício sede do agrupamento escolar da Maia, onde estiveram presentes mais de duas centenas de pessoas, escuteiros, família, e convidados, Carlos Teixeira, Joaquim Santos Pena, Bragança Fernandes, entre outros. António Armindo Soares
Começou ao meio da tarde a festa de Natal do Agrupamento 95º da Maia, que teve no palco do auditório da escola, a evidência da criatividade dos jovens escuteiros, quer na música quer nos pequenos trechos de teatro. Depois da festa, foi a ceia. Uma ceia bem ao jeito caseiro e que este ano contou com a participação de um maior número de pessoas. «Hoje tivemos aqui a festa de Natal com muita participação , foi a maior de todas as ceias que realizamos até agora. Mas nós pretendemos apenas, que fosse um mero encontro para jantar, quisemos que isto se tornásse num encontro memorável para os nossos jovens, na passagem deste milénio. O que pedimos aos jovens foi que “despissem”
o homem velho que existe em cada um de nós e que “vestissem” o homem novo, o indivíduo com outra postura, com outro querer, o que desejamos é criar uma sociedade mais fraterna», expressou-nos o chefe do Agrupamento, Joaquim Santos Pena. Já quase a concluir a ceia e depois de ser servido as doces iguarias, vieram os momentos das palavras e o presidente da Junta, Carlos Teixeira, que tinha estado sempre bem conversador com os seus “vizinhos” de mesa, deixou então a sua breve mensagem: «A solidariedade, a gratidão, foi evidenciada nesta ceia de Natal. Seria tão fácil seguir o exemplo deste agrupamento e apostar aqui na prevenção. Seria uma maneira de ter os
nossos jovens num ambiente sadio. Seria, também, uma forma de evitar gastos de muitos milhares de contos, em pessoas que estão a ser reabilitados para a vida, em especial os toxicodependentes». O autarca disse ainda que «a obra não pode acabar mais, há que criar condições maiores de trabalho e tratar de lhes dar uma sede digna, para que possam tratar com dignidade toda a sua actividade. Os escuteiros são o agrupamento exemplar para o proveito dos jovens e são o sossego para os pais». O pároco da freguesia da Maia, padre Domingos Jorge, foi simples na sua mensagem: «Obrigado àqueles que vieram cá. O padre faz parte do agrupamento e representa todos os seus
paroquianos e quero que esta instituição cresça e continue a servir tão bem como tem servido a nossa comunidade». O chefe de Núcleo, Augusto Teixeira, exortou os jovens escuteiros a fazerem uma reflexão profunda à doutrina da família cristã «para melhor vermos o mundo e construirmos uma sociedade mais justa, seguindo os caminhos de Jesus Cristo, dar tudo pelo seu próximo». Francisco Coelho, em representação da Santa Casa da Misericórdia da Maia, sublinhou a atitude do evento dizendo que «é uma festa que nos enche a todos de orgulho. Tem uma ampla visão e trasmissão de conhecimentos muito vivos entre nós. É, sobretudo, uma transmissão de valores».
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CULTURA
Conservatório de Música da Maia
Magnífico Concerto de Natal O Conservatório de Música da Maia (CMM) levou a feito no passado dia 15, no Fórum, o seu concerto anual de Natal com a participação dos seus alunos e professores num espectáculo em que a qualidade foi a nota mais tocada. Miguel Ângelo Machado
Num auditório, praticamente lotado, os familiares e amigos de todos aqueles que compõem o CMM tiveram a oportunidade de ver “in loco” os conhecimentos musicais que vêm sendo adquiridos ao longo de um ano de formação. Com temas natalícios, e não só, como pano de fundo, os alunos do CMM interpretaram obras de reconhecidos compositores, como Bach, Bela Bartok, Stephen Heller, Verdi, entre outros, num total de 18 momentos musicais. Sob a direcção pedagógica do Maestro Manuel Ivo Cruz, o Conservatório de Música da Maia tem conseguido ao longo da sua existência realizar várias iniciativas que vêm sendo reconhecidas pela população maiata em geral. O CMM tem sido apoiado pela Câmara Municipal da Maia, por intermédio da Academia das Artes - Produções Culturais, E.M., e reconhecida, como afirmou Mário Neves na sua carta de apresentação do espectáculo, pela Direcção Regional de Educação do Norte que tem demonstrado uma “atenção permanente para com esta Instituição de Ensino”.
Uma das fases do concerto de Natal
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EXPOSIÇÕES
Exposição de pintura
Maria Alzira Alvura expôs em S. Mamede de Infesta Texto: Miguel Ângelo Machado; Fotos: Andreia Martins
Terminou no dia 16 a primeira exposição individual da “maiata” Maria Alzira Alvura. A obra da pintora esteve exposta durante uma semana no Salão Nobre da Junta de Freguesia de S. Mamede de Infesta, sua terra natal. Com tendências expressionistas, a sua obra tem sido diversas vezes exposta em mostras colectivas e encontra-se espalhada por diversas colecções particulares. Maria Alzira Alvura cursou Tecnologia de Pintura na Cooperativa Árvore e frequentou o Atelier Rui Alberto. Actualmente pertence ao curso de pintura da UATIP sobre a orientação da pintora Dra. Cristina Camargo. No dia nove, data da inauguração da exposição, visivelmente satisfeita com a afluência de convidados e população em geral, à Junta de Freguesia de S. Mamede de Infesta, a pintora residente em Milheirós, explicou a escolha do local “é a minha terra natal, já conhecia o espaço e as pessoas daqui acolheram-me bem”, não colocando de lado a hipótese de vir a expor na Maia, “pode vir a acontecer numa próxima oportunidade, tenho mais trabalhos e se solicitar e caso me cedam um espaço, terei muito gosto em fazê-lo”. Com obras em variados suportes, desde tela, pele e também alguma louça, a pintora procura inspiração “na Natureza, no Mundo, na Realidade, porque inventar situações para as colocar numa tela, a mim não me diz nada”, explicou. Alzira Alvura, posa junto aos seus quadros com os filhos.
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33 SOCIEDADE
Junta de Freguesia de Folgosa promoveu
“Natal dos Avózinhos” uma festa muito especial... Foram 112 avozinhos que a Junta de Freguesia de Folgosa convidou para um almoço de Natal realizado, no passado dia 17, na Quinta do Paiço. Esta iniciativa teve algo de ineditismo,pela particularidade de os idosos serem de idades superiores a 75 anos. António Armindo Soares
Decorreu em ambiente de alegria e espiríto natalício a festa de Folgosa
«Este dia é concerteza um marco histórico na nossa freguesia. Estamos aqui reunidos por vosso mérito, pelo vosso querer, pelo vosso esforço, pois a história desta nossa terra foi, também, sem dúvida escrita por todos vós», foi deste modo simples que o presidente da Junta de Freguesia de Folgosa, Altino Marques, se dirigiu aos seus convidados especiais, os avózinhos, no início do almoço. O convívio teve na sua generalidade todo o aspecto e a forma natalícia, onde nada faltou; tudo esteve patente nas mesas bem decoradas e recheadas de iguarias, o tradicional bacalhau, batatas, o azeite primoroso e bem aromático com condimentos próprios da tradição bem característica da nossa cultura gastronómica.
Não existiu sombra de tristeza nos rostos dos avozinhos, apenas as marcas de nostalgia que, para muitos relembravam tempos passados de há muitas décadas atrás e “matavam” saudades entre quase todos, porque a maioria já não se encontrava há longos anos. Foi, por assim dizer, para estes convidados especiais, uma ocasião «muito especial». O próprio pároco de Folgosa, Padre Roriz, que ali esteve na qualidade de cidadão, disse à nossa reportagem do “Maia Hoje”, que esta iniciativa «tem um dom muito próprio de juntar os idosos da freguesia, numa terra que está dispersa e que necessita de ocasiões como esta mais vezes no ano, porque todos os nossos idosos necessitam de muito afecto e muita mais
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atenção». O padre António Roriz desejou aos seus paroquianos «um Santo Natal, com muita paz, muita saúde e muito amor entre as famílias, e um Ano Novo com prosperidade». Sentados na mesma mesa do presidente da autarquia estavam os mais idosos de Folgosa, Margarida Moreira, de 93 anos de idade, e António Moreira de 88 anos. A D. Margarida disse-nos «já sentir saudades de Folgosa, uma vez que vivo com uma filha em Lordelo», e que depois de ser convidada pela Junta, «não hesitei em aceitar em vir cá hoje. E estou muito feliz com isto! Tudo está muito bonito, estão a dar-nos miminhos que nos enche de alegria. Foi bom e espero para o ano tornar a vir cá». Com Altimo Marques estiveram os restantes elementos do executivo, o tesoureiro José Luis Ramos e o secretário, Virgilio Ramos. Também em representação do presidente da Assembleia de Freguesia (Paulo Ramalho), esteve Agostinho Luis. A coordenação dos trabalhos de animação coube a Altina Ramos, que teve uma excelente parceria, a companhia do grupo de “Janeiras” do Rancho Regional de S. Salvador de Folgosa, que interpretou temas tradicionais do Natal e Reis. Como surpresa final “saltou da cartola” a divertidíssima rábula do “vinho alegre”, como sempre superiormente apresentada pelos “Carrapatos”, ou seja: pelos senhores Antero e José Rocha. Momentos que
ficaram bem gravados nas memórias dos avózinhos. Simplesmente Linda... No Natal dos Avozinhos, em Folgosa, tudo foi bonito. Tudo aconteceu com beleza. Uma poesia na abertura, que por certo terá marcado muito profundamente as almas que a escutaram (salvé Drª Altina Ramos). Bela também foi a ausência de discursos... ...mas “simplesmente linda, linda...” foi, quanto a mim, a resposta de uma anciã, porventura das mais novas entre os anciãos que nos rodearam, com muita alegria - deles, mas talvez mais nossa que assim respondeu a quem lhe pediu comparação com os seus Natais antigos: «Minha querida: o tempo para mim foi muito duro, muito ruim. Passei muitos trabalhos. Foi tudo muito duro, muito mau, mas o passado passou. Hoje é tudo mais macio. Hoje, finalmente, acho que sou feliz, talvez muito feliz... Tenho fé e muita esperança. Sou feliz. O passado passou...». E tudo isto dito com palavras educadamente calmas, simples e acompanhadas por um muito especial e confirmativo brilho no olhar... Obrigado D. Isabel Duarte Eu sabia que fazer esta reunião/convívio com os menos novos ia sempre, e apesar de tudo, valer a pena. Mas foi ali, por si e pelas suas palavras que eu senti como foi mesmo muito lindo... Virgilio Ramos
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POLÍTICA
Para o PP, acordo só poderá ser feito em coligação formal, ou com uma sigla comum:
“Ou
AD ou se assim não for que seja: PSD/CDS/PP” Voltam as exigências públicas do CDS/PP ao PSD Maia. Agora, Moreira de Sá quer que a sigla AD ou PSD/CDS/PP, apareça no boletim de voto, voltando assim a “aquecer” as relações com o PSD Maia e avisa: “o PP da Maia está preparado para enfrentar eleições autárquicas sozinho se não houver acordo de coligação”. No entanto, Fernando Moreira de Sá defende um acordo formal do seu partido com o PSD, para fazer uma nova Aliança Democrática, com Vieira de Carvalho como cabeça de lista e fala num hipotético acordo “secreto” que está a ser negociado a nível distrital com o PSD. António Armindo Soares
A comissão política dos populares diz que «PSD já recuou e já pensa que tem de haver acordo».
O presidente do PP Maia, Fernando Moreira de Sá, entendeu só agora falar sobre as eleições autárquicas «porque só agora é que a poeira começou assentar, pois, como sabem há umas semanas atrás houve várias tomadas de posição do PSD/Maia e da JSD. E depois de ser tornado público da parte do professor Vieira de Carvalho, (e nós subscrevemos as suas palavras), não significa desde já que haverá coligação. Só haverá coligação se encontrar elos comuns entre o PSD e o PP». Fernando Moreira de Sá diz que o seu partido «não deve fazer o mesmo acordo autárquico feito há quatro anos». «Os motivos de há quatro anos até são os mesmos, mas os factos são outros, entendemos que o acordo autárquico só
com uma sigla comum, AD (Aliança Democrática) se assim não for que seja: PSD/CDS/PP». O acordo defendido pelos Populares da Maia, segundo as pretensões do seu presidente, «deverá ser preparado logo a seguir às eleições presidenciais, ainda durante Janeiro de 2001». Neste momento, «estamos a passar uma esponja nas afirmações infelizes que foram feitas pela JSD/Maia e em que o próprio professor Vieira de Carvalho, ficou muito desgostoso. Sobre isso fazemos de conta que nem sequer aconteceram. Quanto às declarações do próprio PSD Maia pensamos que já recuou e já diz que tem de haver acordo». No entanto, se não houver um acordo, Fernando Moreira de Sá admite que já
sózinhos. «Se o professor Vieira de Carvalho o desejar, como já lhe propusemos, estaremos dispostos a tê-lo como nosso candidato à Câmara, se não houver coligação, será convidado Mário Neves a encabeçar a lista do PP». Solicitado a fazer um comentário às declarações de Luis Filipe Menezes de que «o PSD da Maia deve avançar para um novo ciclo político para as autárquicas, sem preocupar-se com parcerias», Fernando Moreira de Sá afirmou: «ele não é nosso militante... não conheço. Nunca me foi apresentado...». Mas é o presidente da distrital do Porto do PSD... «Não vejo que o Dr. Filipe Menezes tenha aqui alguma força, isto aqui não é Gaia ou Porto, cá quem decide são os
Distrital ou o Major Valentim Loureiro. Eu não posso estar aqui a comentar declarações do PSD distrital, porque, segundo aquilo que nos foi dito pela distrital do nosso partido, está a negociar, em grande segredo, um acordo para todo distrito, a Maia pertence ao distrito do Porto. Quanto à Maia, o Dr. Filipe Menezes teria dito que “não se meteria”, porque isso “é com o professor Vieira de Carvalho”. Ainda na conferência de imprensa Fernando Moreira de Sá desafiou o Partido Socialista da Maia, em particular o seu presidente, Jorge Catarino, a responder «porque é que a Administração Regional de Saúde do Norte não construiu o novo centro de saúde do Castelo da Maia, quando existiam verbas para tal e quando a Câmara da Maia já tinha disponibilizado
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DESPORTO
Torneio de Futsal do Pesadelo Team fecha com balanço positivo
“Os Reformados” de Crestins cantaram vitória
“Os Reformados” de Crestins venceram o torneio de futsal do Clube Desportivo Pesadelo Team no último desafio que opôs a equipa “Desemborcar” de Pedras Rubras. A entrega de troféus foi realizada após o término do último jogo, no dia 9, no pavilhão do F.C. Pedras Rubras.
António Armindo Soares
Paulo Pereira, presidente do Pesadelo Team e um dos principais obreiros do torneio foi claro, ao classificar o balanço final de «muito positivo quer no plano disciplinar quer no desportivo». «Tivemos, acima de tudo, um verdadeiro espírito de amizade e convivência. Pensamos plenamente que alcançamos o esperado, uma iniciativa onde existisse apenas os verdadeiros valores do desporto. Os atletas tiveram um excelente comportamento, porque souberam dentro e fora do campo prestar um serviço exemplar e quando é assim, dá gosto organizar tarefas deste tipo e que nos alicia partir para outras», frisou Paulo Pereira. O vencedor do torneio foi a equipa de “Os Reformados” de Crestins; em segundo lugar ficou “Desemborcar”; no terceiro posto o conjunto “Borússia D´outro Mundo”; e em quarto o Clube Desportivo Pesadelo Team. O melhor marcador foi o Pedro Miguel, do Borússia; e o melhor guarda-redes, Ricardo Batista dos “Reformados”. O apoio financeiro que tornou possível o torneio coube à cervejaria, “Francesinhas e Cª” do Porto e que «sem esta ajuda o evento não teria atingido o sucesso». Ainda não foi desta que o Pesadelo Team apresentou, como estava previsto, a equipa feminina de futsal, motivos de saúde impediram algumas jovens estarem aptas para o “confronto”. A sua estreia fica marcada para o próximo torneio que o clube irá organizar no mês de Fevereiro de 2001.«Será uma prova com 16 equipas e que vai garantir uma maior valia e uma referência em Pedras Rubras. Terá uma maior exigência e será mais competitivo», conclui Paulo Pereira.
“Os reformados” foram os vencedores deste Torneio
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DESPORTO
25º Aniversário do Inter de Milheirós
Nova sede social em negociação Comemorações do 25º Aniversário realizado no pavilhão da Junta de Freguesia de Nogueira, no passado dia 8.
O tão ambicionado “sonho” da nova sede social ,vai ter de esperar mais algum tempo, uma vez que os terrenos destinados a esse fim estão a ser negociados pela Câmara Municipal da Maia e pela Junta de Freguesia local. António Armindo Soares
Autarcas, convidados e dirigentes do clube
O presidente da Assembleia de Freguesia de Milheirós, Edmundo Aurélio, lembrou o grupo de jovens de há 25 anos ao formarem num café, um sonho que naquela altura «parecia impossível, um sonho lindo, este clube», porque «eu sabia muito bem as suas dificuldades, os anseios, as canseiras que tiveram para tornar realidade o seu projecto», e acrescenta que «na ocasião até dizia-se que todos eram “malucos” ao terem uma ideia deste género, mas as coisas nascem quando se é “maluco” por alguma coisa, se não, nada se faz. Esse grupo de jovens então alguns deles tinham então 20 anos, ou menos e fundaram o clube. Ao longo da sua existência, este tem sido o orgulho da Milheirós». «Neste momento mantém a pujança a
praticar futebol, demonstrada através das cinco classes etárias e no escalão da formação. Tudo isso nos deve a todos honrar e deixar muito satisfeitos”. Em representação do Pelouro do Desporto da Câmara Municipal da Maia, José Mourinho, sugeriu que dirigentes e atletas «deveriam continuar a insistir e acreditar no sonho de um novo espaço social». O representante da Associação de Futebol do Porto, Pereira dos Santos, enalteceu o modo como os dirigentes do Inter «têm prestado serviço em prol dos mais jovens - muitas vezes deixando as suas famílias e prejudicando a sua vida particular, na base da carolice, batendo-se sempre, por uma causa justa, sem esperar qualquer retribuição monetária para si».
Frisou ainda que o Estado deveria intervir mais no apoio a estas colectividades, «pelo importante contributo que dão às suas comunidades, uma vez que esse papel tem sido fomentado e desenvolvido pelas autarquias, estas sim, o exemplo do verdadeiro apoio ao desporto». Por seu lado, o presidente do Inter de Milheirós, Paulo Costa, lamentou, durante a sessão solene das comemorações, a ausência de sócios nas cerimónias religiosas e na romagem ao cemitério para prestar homenagem aos sócios falecidos. Apelou a uma maior intervenção dos associados para «colaborarem mais no crescimento do clube». Sobre a nova sede social, Paulo Costa
recordou a promessa feito pelo vicepresidente da Câmara Municipal, Bragança Fernandes, no ano passado, «que agora possivelmente seria o lançamento da 1ª pedra, mas isso ainda não foi possível atingir e estamos plenamente compreensivos com o que está a ser feito nesse sentido e sabemos esperar». Pelo que nos deu conta o presidente da Junta de Freguesia de Milheirós, Alfredo Santos Teixeira sobre o objectivo da colectividade, «o espaço da nova sede está a ser alvo de negociações da parte da Câmara da Maia e a da Junta, com o proprietário de um terreno. Pensamos que o processo ficará desbloqueado num tempo não muito longo e terá um desfecho feliz”.
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SOCIEDADE
Grupo Regional de Moreira da Maia realizou
Ceia de Natal com sabor a tradição Com o seu já habitual aconchego, a sede do Grupo Regional de Moreira da Maia continua a ser pequena para acolher a família do folclore. No passado dia 8, uma vez mais, toda a alegria e o calor humano das gentes do agrupamento juntaram-se numa ceia de Natal à moda antiga, como manda a tradição, com a consoada toda confeccionada artesanalmente. Uma noite onde estiveram presentes, entre outros, alguns convidados, como o presidente da Junta de Freguesia de Moreira, Albino Maia e José Águas (antigo componente). António Armindo Soares
A tradicional festa do componente do Grupo Regional de Moreira da Maia este ano retomou uma tradição, a ceia de natal; num ambiente muito próprio que esta colectividade nos habituou e que promove aos seus convidados: a amizade e o bem estar em família, onde nada falta. Os componentes arregaçaram as mangas e trabalharam em conjunto para que tudo resultasse em grande. Os condimentos da consoada, as batatas, o bacalhau, as couves, as rabanadas, entre outras iguarias são todos confeccionados de forma artesanal, como se fazia há um século. A tradição, aqui, dita a regra e todos cumprem. Os convidados sentem-se como se em sua casa estivessem e apreciam, e de que maneira, o cheirinho bem gostoso da refeição... Albino Maia, presidente da Junta de Moreira, também se mostrava muito feliz, “Esta festa é muito bem pensada, julgo ser original, até porque no meu caso pessoal nunca participei numa iniciativa deste tipo, onde a ceia foi executada e proporcionada pelos próprios componentes, amigos e famíla. É uma forma de servir muito particular, penso que é uma ideia que se deve repetir anualmente, porque se trata aqui de uma ceia, num ambiente que é familiar e que nos cativa a todos”, referiu o autarca. Quanto ao sonho de há muitos anos de desejarem uma sede nova e com um espaço maior, Albino Maia diz haver um projecto. “Este executivo da Junta está ainda em funções há três anos e não pôde contornar este propósito. Tem um projecto paralelo, aqui neste local, que possa albergar as necessidades do Grupo Regional”, no entanto, sublinha que o projecto passa “pela vontade do presidente da Junta “amarrar” a ideia para que se torne realidade. Não é que o presidente seja omnipotente ou seja superior a qualquer outro, no entanto, possui algumas capacidades nesta área que permite criar algum impulso. A Câmara da Maia e a Junta de Moreira dão todo o apoio nesta vertente. A dificuldade está nas pessoas de não saberem bem o que querem, não é fácil conseguir conciliar os desejos de querer uma sede sem saberem bem aquilo que pretendem”. Sem abrir mais o “livro”, apenas confirma que o
Muito animada esteve a festa em Moreira
projecto “tem pernas para andar” e que o projecto “seria o de ampliar a actual sede, e que estivesse actualmente disponível, sem complexo nenhum das pessoas que o ocupam neste momento. Naturalmente que a ideia que existe terá implicação em toda a área envolvente às três sedes e claro que a autarquia terá como preocupação, garantir o melhor para o Grupo Regional, para o Rancho Infantil e para o Académico de Pedras Rubras. Tudo irá passar por um bom entendimento com a Junta e as colectividades para que o projecto se concretize”. O presidente do Grupo Regional de Moreira, António Pereira, era uma pessoa visivelmente contente nesta noite. “Este é um dia em grande, com uma grande família que merece o respeito de um trabalho de há muitos anos”. Reagiu e acolheu bem a ideia defendida por Albino Maia para a sede nova. “Concordo com que está proposto e acho que deve ser o
presidente da Junta, o homem para que seja feita uma sede digna. Pois a nossa é uma colectividade das mais antigas do concelho, e porque estamos sempre com o receio de convidar para cá estarem 80 pessoas e poderem depois aparecer mais, e onde iríamos colocar as outras? Há assim uma necessidade de nos ser dada outra atitude neste aspecto”, salientou António Pereira. A directora do Grupo Regional de Moreira, Lucilia Santos, também está contente com o projecto defendido pelo presidente da Junta. “Concordamos plenamente, porque o grupo foi fundado nesta zona e já tem tantos anos de Pedras Rubras que não sentiríamos bem se a sede fosse para outro local. Por isso, vai ser uma altura para poder dar azo à nossa imaginação e às nossas pretensões, porque temos muito material guardado em sacos de plástico e em malas. Uma nova sede, comum às três colectividades, será
bom para todos. Para o folclore será bom, para tornar mais aliciante aos olhos dos nossos jovens”, frisou. Lucilia Santos, em relação à época folclórica 2000, “apesar de muito cansativa, foi boa”. “Foi um ano que em termos monetários não foi o esperado, mas foi bom ao nível do folclore”. Para 2001 está em agenda do Grupo Regional uma deslocação à Madeira, “mas só dependerá do apoio das entidades oficiais, porque é uma viagem muito cara”. Há ainda convites para estar presente em dois grandes festivais, “um a nível mundial, em França, e o outro em Itália, na região de Gorizia, onde já estivemos lá há uns anos atrás”. “Procuraremos ir àquele lugar onde possamos fazer as coisas com segurança e tanquilidade. Temos a certeza de, pelomenos a uma estar presente, só dependerá do apoio financeiro que poderemos receber”.
Clínica Veterinária D. Manuel II `orw^jbkql=a^=ro_^kfw^†Íl=alp=^iqlp=`lj=^=^sbkfa^=aK=j^krbi=ff RUA DOS JACINTOS, Nº. 9 * 4470-235 VERMOIM-MAIA * TELEFONE 22 944 22 54 * TODOS OS DIAS DA SEMANA DAS 15 ÀS 21, SÁBADOS DAS 11 ÁS 13
Sábado, 23 de Dezembro de 2000
38 REPORTAGEM E os arrumadores têm Natal? Crónica de um repórter Por Miguel Ângelo Machado Convivemos com eles diariamente, é à porta de casa, ou no estacionamento junto ao trabalho, onde de manhã cedo, já gritam, assobiam, gesticulam na esperança que o condutor o ouça ou o veja e estacione no local que eles indicam. Depois de estacionado o carro e de uns repetidos “venha!, venha!, distorce, endireite, só mais um bocadinho, isso, já tá!”, o condutor depara-se com alguém, que nem sempre estende a mão, mas que tem a convicção de que terá mais 50, ou 100 escudos no bolso. As razões para tal recente emprego urbano poderão ser várias. É normal ouvir-se, por exemplo, no exterior do Hospital de S. João, o condutor a proclamar “É para a droga, vai mas é trabalhar”, ou então, “Devias era ter vergonha nessa cara, seu.......”. Quem sou eu para julgar estes comportamentos? Posso é analisá-los mas seria incorrecto da minha parte, estar a colocar-me na defesa do arrumador ou do lado do “arrumado”. O que penso, isso sim, e afirmo, é que nem sempre “esta praga”, como já ouvi dizer (será escusado de afirmar que, discordo completamente e acho perfeitamente incrível denominar de “praga” alguém), está associada à droga. Não pretendo transmitir com esta ideia que talvez mesmo 90% dos arrumadores não serão viciados em estupefacientes ou tenham problemas com álcool, porque infelizmente, a grande parte deles estão mesmo ligados às drogas, trata-se de uma realidade. No entanto, alguns destes homens e mulheres (porque também as há a arrumar carros), são simplesmente marginalizados por outras razões, como por exemplo, os distúrbios mentais, incapacidades físicas ou mesmo o desemprego. Mas mesmo estando ligados à droga ou não, não deixam de ser pessoas e na Noite de Natal enquanto muitos de nós estarão, confortavelmente, à mesa com uma farta refeição, aquecidos pelos os dois calores, o da lareira e o humano, alguns deles estarão ou num parque, ou numa simples rua a gritar no escuro “Venha!, Venha!, Venha!”.
PÃO DE ALHO SIMPLES C/ MOZZARELLA C/BACON E MO. C/ FIAMB. E MO. BRUCHETA
2 FATIAS 160$00 220$00 280$00 280$$00 280$00
4 FATIAS 250$00 350$00 410$00 410$00 410$00
Natais diferentes
A Consoada de um maiato
O “Maia Hoje” não se esqueceu! Nesta quadra em que as opiniões são quase unânimes no “consumismo” exacerbado, em que se devia sentir transbordar o amor ao próximo, lembramo-nos dos “sem abrigo”, dos “arrumadores de rua” e de outros tantos que vagueiam anónimos pela cidade. Fomos para a rua e colhemos alguns exemplos de Natais...
Texto: Miguel Ângelo Machado; Fotos: André Leonhartsberger
Fernando Ferreira, 35 anos de idade, arruma carros há cerca de cinco anos no exíguo parque de estacionamento do Fórum, “tive um problema na minha vida e dei para isto, mas estou a recuperar.” Fernando Ferreira espera “melhores dias” para conseguir um emprego fixo e com mais condições do que esta ocupação de arrumar carros. Com o dinheiro que consegue, cerca de mil, 1500$00 nas manhãs e dois, três mil escudos na parte da tarde, é para se alimentar, “o dinheiro serveme, não o esbanjo em nada” afirmou. Negando qualquer ligação com estupefacientes ou álcool, o problema que o torna algo marginalizado poderá ser, pelas suas palavras, algum problema a nível psíquico, “às vezes começo para aí a falar sozinho e sinto-me um bocado incapaz.” A família sabe o que faz Fernando durante o dia, “já passaram por aí e viram-me por várias vezes”, mas o nosso entrevistado pouco ou nada convive com ela. Um motivo familiar “grave”, que não quis especificar qual, levou-o a que deixasse de aparecer junto dos seus familiares. “Costuma-se dizer que águas passadas não moem moinhos, mas comigo isso não é assim, porque o que me fizeram era motivo para que eu
SALADAS FRANGO (frango, milho, alface e tomate) ATUM (atum, ovo, alface e tomate) PIZZA & Cª (espargos, milho, cebola, ovo, azeitonas, alface e tomate) MISTA (alface, tomate, cebola e azeitonas) TROPICAL (alface, tomate, fiambre e ananás)
AS NOSSAS SUPER PIZZAS SUPER ROMANA (Mozzarella, chouriço, bacon, fiambre, cogumelos e extra queijo) SUPER BOLONHESA (carne picada, cebola, azeitonas, cogumelos e extra queijo) SUPER SUPREMA (fiambre, cogumelos e extra queijo) SUPER FIAMBRE (fiambre e extra queijo)
me chateasse a sério e fosse lá e partisse aquilo tudo. Mas já foi há tanto tempo que não vale a pena estar aqui a levantar estas coisas”, afirmou sem querer adiantar-se muito no assunto. Actualmente a dormir numa obra, vai passar o Natal sozinho, “não quer dizer que se fosse bater à porta de um familiar eles não me recebessem, mas para já, não estou a pensar em ir para casa de ninguém.” Camilo Manuel, 32 anos arruma carros há dez e é fácil encontrá-lo nas traseiras do Centro Comercial Venepor. Camilo anda de cadeiras de rodas, foi a meningite que o remeteu para esse indispensável meio de locomoção quando ainda era criança. “Preciso do dinheiro e é por isso que ando aqui a arrumar carros”, afirmou Camilo Manuel que rejeita qualquer tipo de dependência de drogas ou álcool. Mora na Urbanização do Sobreiro e o Natal vai ser passado “em casa, como de costume.” Nesta data tem a companhia da sua família a seu lado e o Natal, para ele “é sempre bom”. Para o ano que se aproxima, Camilo espera “que não ande aqui a arrumar carros e que arranje trabalho.” Camilo tirou cursos de tipografia e electrónica e gostava de “trabalhar nestas áreas.”
450$00 450$00 450$00 350$00 450$00
MÉDIA 2.150$00 2.150$00 1.750$00 1.550$00
FAMILIAR 3.150$00 3.150$00 2.650$00 2.400$00
AS NOSSAS CLÁSSICAS MÉDIA QUATRO ESTAÇÕES (Mozzarella, chouriço e cebola, fiambre e cogumelos, atum e azeitonas, bacon e ananás) 2.350$00 PORTUGUESA (Mozzarella, chouriço, ovo, Fiambre, tomate, azeitonas, atum, cebola e pimento) 2.350$00 BOLONHESA (Mozzarella, carne picada, cebola e azeitonas) 1.950$00 FRANGO (Mozzarella, frango, milho e azeitonas) 1.950$00 4 QUEIJOS (combinação de 4 queijos diferentes) 1.950$00 CALABRESA (Mozzarella, chouriço, cebola e azeitonas) 1.550$00 ATUM (Mozzarella, atum, cebola e azeitonas) 1.550$00 SUPREMA (Mozzarella, fiambre e cogumelos) 1.550$00 MARGUERITA (Mozzarella) 1.150$00 SICILIANA (Mozzarella, presunto e azeitonas) 1.550$00 TOSCANA (Mozzarella, bacon, cogumelos, cebola e azeitonas) 1.750$00 VEGETARIANA (Mozzarella, espargos, milho, azeitonas e cogumelos) 1.550$00 NAPOLITANA (Mozzarella, atum, camarão e ananás) 1.750$00 ROMANA (Mozzarella, chouriço, bacon e fiambre) 1.750$00 TROPICAL (Mozzarella, ananás, banana e pêssego) 1.750$00 HAVAIANA (Mozzarella, fiambre, ananás e pêssego) 1.750$00 CALZONE (Mozzarella, fiambre e ovo, fechada) 1.750$00 Todas as pizzas têm molho de tomate, mozzarela e oregãos, se não desejar não incluímos
FAMILIAR 3.200$00 3.200$00 2.900$00 2.900$00 2.900$00 2.400$00 2.400$00 2.400$00 1.900$00 2.400$00 2.650$00 2.400$00 2.650$00 2.650$00 2.650$00 2.650$00 2.650$00
22 949 09 04 NOVIDADES A NÃO PERDER PIZZA & Cª (carne picada, fiambre, ovo, cogumelos, bacon, pimento e extra queijo) PARMEGIANA (carne picada, bacon, cogumelos e ovo) CALZONE BOLONHESA (carne picada, fiambre e ovo, fechada) FIORENTINA (bacon, atum, ovo, extra queijo) MILANESA (chouriço, fiambre, ovo e extra queijo) BAMBINI (fiambre e ovo)
FAÇA VOCÊ MESMO BASE + 1 ingrediente BASE + 2 ingredientes BASE + 3 ingredientes BASE + 4 ingredientes BASE + 5 ingredientes
MÉDIA 1.350$00 1.550$00 1.750$00 1.950$00 2.150$00
FAMILIAR 2.150$00 2.400$00 2.650$00 2.900$00 3.150$00
MÉDIA 2.350$00 2.150$00 1.950$00 1.950$00 1.950$00 1.550$00
MASSAS LASANHA PIZZA & Cª CANELONI ESPARGUETE BOLONHESA
FAMILIAR 3.400$00 3.150$00 2.900$00 2.900$00 2.900$00 2.400$00
1.250$00 1.250$00 1.150$00
Partindo da base com queijo mozzarella, molho de tomate e orégaos, componha a sua pizza escolhendo os seguintes ingredientes: cogumelos, fiambre, ovo, chouriço, cebola, tomate, azeitonas, pimento, bacon, presunto, camarão, ananás, extra queijo, milho, espargos, atum, banana e pêssego.
SOBREMESAS GELADOS MOUSSE DE CHOCOLATE CASEIRA 400$00 BABA DE CAMELO SALADA DE FRUTAS 280$00 CARTE D’OR TIRA. TESOURO
BEBIDAS 290$00 REFRIGERANTES EM LATA 170$00 290$00 CERVEJA (LATA) 200$00 320$00 ÁGUA MINERAL 100$00
Horário: DE DOMINGO A QUINTA, DAS 12h ÀS 23h, SEXTAS E SÁBADOS DAS 12h ÀS 24h. ÁREA LIMITADA DE ENTREGAS . IVA INCLUÍDO À TAXA EM VIGOR. Visite-nos em: www.maianova.pt/pizza_e_companhia.pt
Sรกbado, 23 de Dezembro de 2000
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