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Director Artur Bacelar Ano II • Nº 28 • 23 de Março de 2001 • Quinzenal • http://maiahoje.cplp.net

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Nada escapou ao temporal que assolou a Maia nos últimos dias, populares falam de cheias de que não há memória. Como a foto documenta, a Ponte de Ronfos, construída toda em pedra, junto a Via Norte e ao limite do concelho, ficou totalmente submersa, temendo-se pelo seu estado. Outros relatos falam-nos de pequenas situações, mesmo em edifícios novos, um pouco por toda a parte. O mais grave continua a ser o Rio Leça que fez estragos por onde galgou as suas margens, estando contabilizados 18 desalojados, sendo alguns idosos e crianças.

Stand: Rua Simão Bolivar, 256 4479-214 Maia • Tel: 22 941 48 11 Afonso@ carmaia.com www.carmaia.com

última página

Tribunal Arbitral da Maia já tem casa

pág. 3

Assembleia Municipal foi agitada

págs. 6 e 7

Ministro da Educação esteve na Maia

pág. 9

CDU discutiu temas autárquicos na Maia

pág. 13


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MAIA HOJE

Sexta-Feira, 23 de Março de 2001

Assim vai o “Maia Hoje” Propriedade: MAIAPRESS Editores, Lda. REGISTADA NA CONS. REG. COM. DO PORTO COM O NÚMERO 1313 CONTRIBUINTE NÚMERO 504 786 954

Sócios com mais de 10% de capital e Administração: António Augusto Mandim Paula Rita Oliveira Manuela Sá Bacelar Director da Publicação: Artur Bacelar Chefe de Redacção: Manuela Sá Bacelar Editor Local: António Armindo Soares (jornalista) Editor Desporto: Carlos Barrigana Directora Comercial: Paula Rita Oliveira Design / Paginação: Susana Patrícia Padr\ão Paulo Borges Colaboradores: Ana Paula Bon Andreia Martins André Leão Silva André Leonhartsberger Cristina Costa Diana Batista Francisco Alves Guilherme Costa Júlio Sá Ornelas Mário Duarte Miguel Ângelo Machado Sónia Pinto Williams James Marinho Distribuição: António Maia Padrão Redacção / D.Comercial / Distribuição Rua dos Altos, Edifício Arcada, loja 10 4470 - 235 Maia Telefone geral. 22 947 62 62 Telefax. 22 947 62 63 Redacção Directo. 22 947 62 64 Email: maiahoje@mail.telepac.pt

Sede Rua Duarte Pacheco, 623 - 4470 Maia

Artur Bacelar Director

Hoje, como desde o início, cabe ao Maia Hoje dizer a verdade. Dizemo-lo sempre sem qualquer interesse, sem qualquer intuito de promoção pessoal ou individual, despidos de preconceitos de qualquer vertente política ou instrumento de pressão. Quando no Maia Hoje, se retracta qualquer assunto, é de uma forma isenta, pelo olhar profissional do jornalista destacado, pelos documentos e pelos factos, competindo-nos relactar os acontecimentos, com a maior seriedade possível. Orgulhosos, é como nos sentimos, tanto pelo facto de até ao dia de hoje, não termos sido confrontados com uma notícia “mal dada”, como também pelas inumeras cartas e faxs que recebemos de incentivo, apoio, e agradecimento, provenientes de várias entidades políticas, religiosas, institucionais, e até do cidadão comum. É este o “combustível” que faz mover esta equipa, é o facto de não sermos funcionários de outras entidades, que nos permite agir desta forma. Permitam-me que seja peremptório: foi assim, é assim, e irá ser assim, pelo menos, enquanto eu for director, e esta ideia é compartilhada por todos os que aqui trabalham. Se não tivéssemos nada de importante para dizer, estaríamos calados, não cultivamos a moda de fazer um jornal para autopromoção, ou mesmo tirar dividendos “avultados”. Estamos felizes com os resultados e cá estaremos para ajudar a nossa Maia, a Indústria, o Comércio, os Serviços e a qualidade de vida dos cidadãos. Este espaço, onde escrevo estas linhas, exprime a nossa forma de sentir o dia-a-dia, e estamos conscientes que muitas pessoas poderão eventualmente não concordar, por isso respeitamos a opinião própria e se formos solicitados publicamo-la no nosso jornal. Nesta edição lançamos mais algumas inovações, sendo a principal, a capa de desporto. A terminar, um pedido de desculpas aos nossos leitores da Internet, em especial a um dos nossos visitantes, radicado em França, que “exigiu” saber mais notícias da sua terra, dado que um “arreliador” problema, impediu-nos de actualizar a página na última edição. O problema já está resolvido e provavelmente quando ler estas linhas a página já estará actualizada. Prometemos tudo fazer para melhorar a nossa página e assim poder chegar cada vez mais longe. Um abraço.

DEPÓSITO LEGAL 147209/00 DGCS Nº O 123524 TIRAGEM 3.000 EXEMPLARES A Equipa do Jornal Maia Hoje trabalha em Exclusivo com produtos

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Júlio Ornelas

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Os artigos de opinião são da responsabilidade de quem os assina, não reflectindo nem vinculando a opinião dos editores bem como do director do Jornal. A direcção do Jornal é defensora da plena liberdade de expressão, reservando-se a direcção a não publicar artigos de opinião que prejudiquem a imagem e liberdade de outros. É política do Jornal o pluralismo e isenção nos assuntos tratados.

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GRANDEMAIA

Sexta-Feira, 23 de Março de 2001

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Tribunal Arbitral de Conflitos na Maia

Consumidores enganados podem resolver problemas na Maia Desde o passado dia 14 que a Maia dispõe de um Tribunal Arbitral de Conflitos de Consumo com o objectivo de salvaguardar os direitos e interesses dos consumidores maiatos. Esta instituição surge fruto de um protocolo firmado entre a CM da Maia e a Associação Centro de Informação de Consumo e Arbitragem do Porto (ACICAP). No mesmo dia foram ainda inauguradas as instalações onde este novo serviço vai funcionar. Miguel Ângelo Machado

O Tribunal Arbitral de Conflitos de Consumo pretende dar continuidade ao trabalho que vem sendo realizado há sete anos pelo Gabinete Municipal de Informação e Apoio ao Consumidor (GMIAC) e vem, sobretudo, alargar o seu âmbito de actuação. Este tribunal vai permitir resolver conflitos de consumo, sendo a decisão deste organismo equivalente à decisão de um tribunal de primeira instância. A assinatura do protocolo entre a autarquia maiata e a ACICAP contou com as presenças do presidente da CM da Maia, Vieira de Carvalho, do vice-presidente Bragança Fernandes, do vereador Domingos Tiago, de Delfim Loureiro, responsável pela ACICAP, do Juíz Conselheiro Gelásio Rocha (que fará as arbitragens na Maia), entre representantes da DECO, presidentes de juntas da freguesia e empresários. Embora estivesse prevista a presença dos Secretários de Estado das áreas da Defesa do Consumidor e Justiça, estes não compareceram à cerimónia, alegando outros “compromissos com a Assembleia da República”, como justificou Vieira de Carvalho. “Com este Tribunal vamos poder julgar ambas as partes e decidir, quem terá, efectivamente, razão.” “Se ocorrer um conflito de consumo entre alguém e um prestador de serviços ou entidade que tenha vendido um bem onde o consumidor se sentiu lesado relativamente à aquisição que fez ou pelo serviço que lhe foi prestado, poderá formular uma reclamação junto ao GMIAC. Com o alargamento desta actividade ao Tribunal Arbitral vai ser possível, neste organismo, julgar ambas as partes e decidir, quem terá, efectivamente, razão”, explicou a responsável pelo Gabinete do Ambiente e Qualidade de Vida da Maia, Helena Lopes. Uma das particularidades deste novo sistema é “haver sempre uma conciliação prévia. No dia em que é marcada a audiência, há uma tentativa de conciliação entre ambas as partes. Não sendo possível, passa-se à arbitragem”, elucidou Helena Lopes. Mas não só os consumidores que poderão recorrer a este serviço. Os próprios comerciantes também terão a oportunidade de usufruir das vantagens

Vieira de Carvalho e Delfim Loureiro (ACICAP)

que o Tribunal Arbitral oferece. Para isso, o GMIAC encontra-se em contactos com a Associação Comercial e Industrial da Maia para que os seus associados possam também resolver problemas que possam surgir nas suas actividades comerciais. O GMIAC, desde a sua entrada em funcionamento, atendeu 6074 reclamações. “Muitas delas não têm sequer procedência. As que são procedentes, são devidamente analisadas pelo corpo jurídico que nos dá esse apoio, e são encaminhadas para as várias entidades que lhes compete resolver o conflito. A partir de agora, essa resolução pode ser feita na Maia, evitando-se percursos dos processos e das pessoas e o envolvimento de todos os tribunais civis que também deveriam dar resposta a este tipo de questões. Desta forma, podemos até retirar desses tribunais este esforço de resolver estes pequenos conflitos que às vezes, em termos económicos ou monetários, não têm grande expressão”, afirmou a responsável. A ACICAP dispõe já de um tribunal no

RESUMO DAS PRÓXIMAS DATAS IMPORTANTES: > ÚLTIMO TRIMESTRE

DE

2001 - Estão disponíveis as notas e

moedas nos bancos; > JANEIRO DE 2002 - Pode começar a pagar em Euros; > ATÉ 28 DE FEVEREIRO 2002 - Pode ainda pagar em Escudos; > A PARTIR DE 1 DE MARÇO DE 2002 - Só pode pagar em Euros; > ATÉ 31

DE

DEZEMBRO

moedas no banco.

DE

2002, pode trocar as notas e

Porto, idêntico ao que foi criado na Maia, onde se resolvem conflitos de consumo de toda a Área Metropolitana. A Maia é o segundo concelho a ter um Tribunal Arbitral, ainda que, estejam previstos extensões do género para outros municípios da AMP. Os custos deste novo serviço serão suportados pela autarquia maiata, assim como tem acontecido com o GMIAC desde que foi criado em cooperação com a DECO. Domingos Tiago sublinhou a importância da assinatura deste protocolo “como uma forma de incentivar os cidadãos a defenderem-se de práticas menos correctas”, divulgando ainda que serão levadas a efeito “acções de sensibilização dos direitos e deveres do consumidor junto das escolas do concelho”. “Todos nós já sofremos o desgosto de sermos enganados” Viera de Carvalho classificou os direitos dos consumidores como “questões

essenciais da sociedade moderna”. A criação desta nova instituição constitui “uma nova oportunidade de intervirmos activamente num domínio cada vez mais sério e necessário. Todos nós já sofremos o desgosto de sermos enganados. O consumidor somos todos nós. O cidadão é o princípio, meio e fim de todas as coisas e quando fazemos algo por ele, não é mais do que uma obrigação de consciência”, referiu o presidente da CM da Maia. Delfim Loureiro, em conversa com os jornalistas, referiu que com “este novo estádio que existe, a arbitragem, ou seja, o julgamento, os consumidores da Maia estarão mais cobertos e seguros”, confirmando que a ACICAP “está a negociar e a estudar protocolos de cooperação com outros concelhos da Área Metropolitana”. Finda a cerimónia da assinatura do protocolo, a comitiva dirigiu-se para as instalações do Tribunal Arbitral (Praça do Município, 143 - 2º), onde aliás já funciona o GMIAC, onde foi descerrada uma placa alusiva à inauguração das mesmas.

50 cêntimos = 100 escudos


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GRANDE MAIA

Sexta-Feira, 23 de Março de 2001

Localizados bem no centro da cidade:

Cinemas Plaza comemoram 1º aniversário Os cinemas Plaza, comemoraram na passada semana o seu primeiro ano de actividade, numa curta entrevista, Jorge Areal, um dos proprietários das salas maiatas, traça um balanço positivo e fala em pequenas alterações de funcionamento que resolveram efectuar após um pequeno inquérito aos clientes. Ãrtur Bacelar

Autogarme, o concessionário da Renault para os concelhos da Maia e Matosinhos, apresentou no passado dia 8 de Março, nas suas instalações da zona industrial o novo Laguna. Trata-se da versão actualizada do popular automóvel do segmento médio, onde foi aplicada toda a tecnologia de ponta da marca francesa. Alvo da curiosidade de todos os que por lá passaram, foi o inovador sistema de abertura das portas que dispensa a habitual chave.

Jorge Areal, é um jovem Economista, que encontrou na sua família profundos laços com o cinema, dado que são proprietários, da empresa que faz a gestão dos cinemas de Santo Tirso, “já lá vão 50 anos”. Em termos operacionais, traçou-nos um balanço muito positivo, mas as despesas são muitas... e pode-se dizer, que não é fácil recuperar um forte investimento como este, mas estão contentes e desejosos de continuar “embora com algumas, pequenas, alterações” como nos disse o nosso entrevistado, necessidades criadas com a adaptação ao ambiente e aos dias de hoje. Nos cinemas Plaza, muda-se de filmes todas as semanas, e elevam-se já a mais de 120 os filmes que por lá passaram neste ano, muitas das vezes com casa cheia. Jorge Areal, solicitado a indicar-nos dois ou três filmes, a que apelidou de “filmes bons”, ou melhor dizendo que proporcionaram uma boa casa, indicou-nos o “Sixty Seconds” (sessenta segundos), o “Scary movie” (um susto de filme) e mais recentemente “Hannibal” como excelentes exemplos. Segundo nos confidenciou, as noites de Sexta e Sábado, bem como as tardes de domingo, são os dias da semana em que a afluência é maior. Além da actividade cinematográfica, ainda por lá passaram algumas empresas que utilizaram o espaço para

divulgação dos seus produtos, dar formação aos seus funcionários, ou mesmo até, projectar sessões de cinema privadas, como escolas, etc... De novidades falou-nos do arranque das matinés infantis, onde as crianças até aos 15 anos, não pagam bilhete, se acompanhadas pelos pais. Ainda não estão estabelecidas datas, mas, pelo menos uma vez por mês, será levada a cabo esta iniciativa. Segundo uma sondagem, que levaram a efeito entre os seus clientes, repararam que cerca de 70% das pessoas eram contra os intervalos, pelo que estes foram eliminados e ficou sem utilização o “Foyer” de 200 metros quadrados, que servia para pequenas tertúlias, durante os referidos espaços de tempo. No seu lugar Jorge Areal, disse-nos que deverá ser criado um “Snack-Bar”, que estará aberto ao público e que servirá pequenas refeições, sendo um complemento à magnífica Praça de restaurantes existente no edifício, que dá o nome aos cinemas. Os cinemas Plaza, estão inseridos num projecto imobiliário, que conta actualmente com 128 apartamentos, aproximadamente 50 lojas e 42 escritórios, que ao que nos contou, dado que faz parte da empresa que construiu e promoveu o empreendimento, está quase todo vendido, restando dois ou três escritórios.

No âmbito da Intervenção Comunitária da Santa Casa da Misericórdia

Centro Comunitário do Sobreiro avança com Unidade de Formação

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A Santa Casa da Misericórdia da Maia, através do Centro Comunitário do Sobreiro pretende desenvolver cursos de formação, dando continuidade à Unidade de Formação que fora promovida pelo ex-Projecto Integrado de Desenvolvimento da Maia, além destes cursos irão promover diversas actividades de OTL (Ocupação de Tempos Livres). Sónia Pinto

O Centro Comunitário do Sobreiro, que como referimos é tutelado pela Santa Casa da Misericórdia da Maia, irá realizar diversos cursos de formação que têm por alvo várias camadas etárias. Os cursos decorrerão no Atelier de Informática do Centro Comunitário do Sobreiro no presente ano, e destinam-se a toda a população interessada, sendo eles: Introdução à Informática com duração de 60 horas; Excel (iniciação), com duração de 30 horas; Access (iniciação), de 30 horas; Word (iniciação), de 30 horas; e Power Point workshop de 12 horas. Estes serão ministrados por um técnico especializado da Santa Casa da Misericórdia da

Maia, entidade formadora credibilizada pelo INOFOR. O preço dos respectivos cursos variarão, em função da respectiva formação. As inscrições deverão ser efectuadas na sede da Santa Casa da Misericórdia da Maia - Av. Visconde Barreiros, rés-do-chão, ou pelo telefone n.º 22 941 73 45. No âmbito da ocupação dos tempos livres serão realizadas actividades como: Dança e Kenpo/ karate. Estas iniciativas serão direccionadas para as camadas mais jovens, entre os 7 e os 12 anos. As inscrições deverão ser efectuadas na morada acima referida.


GRANDE MAIA

Sexta-Feira, 23 de Março de 2001

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JSD quer levar de novo proposta à Assembleia da República

«A Maia clama por um hospital» A JSD/Maia arrancou, no passado sábado, dia 17, com uma campanha de assinaturas para enviar ao presidente da Assembleia da República afim de levar a plenário a discussão do estado da Saúde no concelho da Maia, em particular à situação dos centros e unidades de Saúde, bem como a «urgente necessidade da construção de um hospital, que sirva efectivamente uma população calculada em cerca de 150. 000 habitantes. A esta iniciativa da ‘Jota’ associaram-se, o presidente do PSD/Maia, Bernardino Costa Pereira, e em representação de Vieira de Carvalho, esteve o seu vice, Bragança Fernandes. António Armindo Soares

O presidente da JSD/Maia, João Telmo Dias, no começo da manhã, na sede do PSD, justificou a acção de reivindicarem um hospital para a Maia, velha aspiração de Vieira de Carvalho. «A JSD sempre defendeu um hospital para a Maia e as melhorias de condições dos serviços de Saúde a prestar às populações. Por diversas vezes, o PSD tentou, que no Orçamento de Estado se incluísse uma ‘fatia’ destinada ao arranque da construção de um hospital na Maia. Essa ‘fatia’ era de iniciação dos trabalhos, mas o PS recusou, contra os votos favoráveis do PSD, da CDU, do CDS/PP, o que resultou num empate técnico», recorda o líder da ‘jota’. Mas João Telmo acusa e lamenta que a deputada do Partido Socialista, a maiata Paula Cristina tenha votado contra a proposta.«Bastava à senhora deputada duas situações: ou retirava-se do hemiciclo ou abstinha-se, para bem da Maia». Lembra que a Câmara da Maia, por diversas vezes tentou incutir e forçar o governo a que o nosso concelho tivesse melhores condições de saúde e, inclusive, um hospital, «tendo para esse efeito disponibilizado um terreno a custo zero. Mas o governo como faz sempre ouvidos de mercador nada fez». João Telmo acha que com esta acção de recolha de assinaturas «há esta única esperança, com o envolvimento da população», e espera que outras forças políticas se juntem a esta luta. O presidente da distrital do Porto da JSD, Helder Santos, sustentou que «o hospital na Maia inevitavelmente não é uma obra camarária, nunca o poderia ser, assim como o investimento na área da Saúde , é um investimento do Estado. E neste domínio a Maia está mal servida, e a responsabilidade é do Partido Socialista. A reforma da Saúde nunca ninguém a viu e quando se fala em reforma da Saúde fala-se em construção de novos hospitais, novos e mais centros de saúde, fala-se inclusivamente na reestruturação do próprio sistema de saúde». Helder Santos espera respostas «é urgente resolver esta questão e que o PS não tape os ouvidos e que não faça de conta que nada está a ser feito». A concluir, com esta petição ao presidente da Assembleia da República, deixa garantias que serão feitas diligências por parte dos deputados da JSD do distrito do Porto junto do plenário e junto da comissão parlamentar da área de saúde e também enviada uma petição à ministra da Saúde. Por seu lado, o presidente do PSD/Maia, Costa Pereira, começou por recordar que o actual presidente do Partido Socialista da Maia, Jorge Catarino, «não vai há ainda há muito tempo se ter pronunciado publicamente contra a construção de um hospital na Maia. Nós já sabíamos que o PS teria esta posição. E se bem se recordam, uma deputada da Maia votou contra a proposta do PSD para a referida construção. O próprio presidente do PS/Maia quando ocupava funções de presidente da ARS do Norte, em que poderia ter uma palavra importante nesta matéria, não fez nada nesse sentido. E não fez nada para melhorar as condições dos centros de saúde do nosso concelho e das suas respectivas extensões». Já na rua, em plena feira da Maia, a JSD levou a campanha junto da população e foi bem acolhida e aplaudida. Uma das primeiras pessoas a estrear a assinatura no documento disponibilizado pela ‘jota’ foi Maria Esperança, residente na freguesia da Maia, que considerou a iniciativa «muito correcta, e é preciso pressionar o governo para que faça algo, porque a nossa população é muito numerosa; não há transportes para o hospital de Matosinhos. Quando chegamos ao Hospital de S. João, e porque pertencemos à área de Matosinhos, enviam-nos de volta. E quanto às visitas aos nossos doentes os acessos são muito dificultados». «Esta é uma boa luta. Necessitamos mesmo de um hospital. Temos aqui o centro de saúde da Maia, que é pequeno, por isso um hospital faz muita falta. A Maia é grande e temos aqui este centro de saúde onde recorremos quando precisamos, mas havendo necessidade de recorrer ao hospital, passamos horas e horas de espera para sermos atendidos», argumenta Maria Conceição Ribeiro, de Moreira. Por último, Américo Pereira Silva, de Moreira, acha também, «importante que se construa um hospital, porque dado o grande número de população que a Maia tem já há muito o merecia e evitava que nos deslocássemos para o Porto ou Matosinhos. A Maia tem um espaço previlegiado e massa humana que merece este grande propósito».

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João Telmo recolhe assinaturas com vista à construção de um novo hospital

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GRANDEMAIA

Sexta-Feira, 23 de Março de 2001

Segunda Sessão Extraordinária da Assembleia Municipal

Fundação Vieira de Carvalho aqueceu os ânimos A continuação (ou conclusão) da “novela” que envolve o deputado socialista Miguel Ângelo Rodrigues e a bancada do PSD com o seu afastamento da Empresa Municipal da Academia das Artes como pano de fundo e a doação, em regime de Direito de superfície, por 70 anos, de um prédio camarário à futura “Fundação da Maia - Doutor José Vieira de Carvalho”. Este foram os pontos quentes da algo “agitada” Assembleia Municipal do passado dia 14, que até começou em silêncio, em memória das vítimas da recente tragédia de Castelo de Paiva. Reportagem de Miguel Ângelo Machado

Presidida por Luciano Gomes, a Assembleia Municipal teve ainda no período de antes da ordem do dia, no discurso do deputado do PS, Joaquim Armindo, duras críticas ao Executivo da Câmara por este organismo não lhe ter respondido a diversos pedidos de informação relativos a questões que têm a ver com o concelho da Maia. Desde o pedido de justificação da não assinatura por parte da CM da Maia do plano de emprego para a Área Metropolitana do Porto, a dívida da mesma instituição à Lipor, informações sobre o PER, até às contrapartidas para a população da instalação da inceneradora na freguesia de Moreira, entre outros, foram assuntos que o deputado pretende ver esclarecidos, «o meu grito é um grito que vem de cá de dentro, de indignação. Que humanismo cristão não responde às minhas dúvidas e queixas como deputado?», interrogou Joaquim Armindo. Marco Dias, também da bancada socialista, aproveitou a ocasião para pedir a atenção dos serviços de geografia e topografia da Câmara para os limites do concelho maiato com os de Santo Tirso. Segundo o próprio, no âmbito dos Censos 2001, recenseadores daquele concelho “invadiram” parte da freguesia de Silva Escura convencidos que ainda seria território de São Mamede do Coronado «foram mesmo até ao campo de futebol de Silva Escura», afirmou o deputado. Bragança Fernandes, vicepresidente da CM da Maia, presente na mesa em representação de Vieira de Carvalho que esteve ausente, garantiu que se tomariam diligências no sentido de se resolver o problema. “Miguel Ângelo Rodrigues estava ilegal e demorou a acordar” Perante o conhecimento público de que Miguel Ângelo Rodrigues, teria sido, nas suas próprias palavras, «alvo de um linchamento político protagonizado por Vieira de Carvalho», Domingos de Sousa da bancada social-democrata, afirmou que «não houve linchamento nenhum,

Mesa da Assembleia, presidida por Luciano Gomes

apenas uma conversa acesa» referindo-se à última Assembleia Municipal na qual o deputado e o edil maiato protagonizaram um diálogo “mais quente”. Domingos de Sousa referiu ainda que tal situação era motivo, «se fosse num outro concelho, para ser processado». Esta intervenção enquadra-se na saída de Miguel Ângelo Rodrigues da administração da empresa municipal Academia das Artes da qual o socialista diz que saiu por vontade própria, enquanto Domingos de Sousa afirma que o deputado demitiu-se «porque estava ilegal», devido a uma alegada incompatibilidade de cargos e funções, como elemento da Assembleia Municipal e como administrador de uma empresa municipal. Miguel Ângelo Rodrigues respondeu a Domingos de Sousa da seguinte forma: «O senhor deve ser das pessoas mais antigas desta assembleia. O que o senhor

aqui produziu foram afirmações graves. Recuso a aceitar que a minha saída foi opção do presidente Vieira de Carvalho. Está aqui a por em causa a transparência e idoneidade entre mim e Viera de Carvalho. Nestes dois anos [tempo em que Miguel Ângelo Rodrigues desempenhou funções na administração da referida empresa], nunca tive pressões algumas a nível da Assembleia Municipal e da Academia das Artes. O senhor perdeu uma excelente oportunidade para estar calado», lançando posteriormente a ideia de se realizar um inquérito para esclarecer a situação, estranhando ainda «que foi preciso passar tanto tempo para me falarem de ilegalidades». Domingos de Sousa pediu a palavra e interviu: «o senhor está a procurar apoios onde não deve. Estava ilegal e demorou a acordar.» Quanto ao inquérito respondeu, «para mim não há necessidade nenhuma de se fazer um inquérito. O senhor não pode

estar nos dois órgãos». Fundação ‘’aquece” Assembleia O ponto da ordem de trabalhos que suscitou mais discussão foi, precisamente, o último, o que dizia respeito à doação, em regime de superfície, por 70 anos, à “Fundação da Maia - Doutor José Vieira de Carvalho” de um prédio urbano e respectivo logradouro, sito à margem da designada Rua do Padre António na freguesia e concelho da Maia. Bastos Cunha: “Tenho medo que o nome da Maia venha a surgir em assuntos menos recomendáveis” O deputado da Coligação Democrática Unitária (CDU), Bastos da Cunha, e um dos mais participativos em toda a sessão, foi o primeiro a referir-se sobre o assunto. Começando por abordar

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GRANDE MAIA

Sexta-Feira, 23 de Março de 2001

Bastos Cunha da CDU

a temática das fundações «que muitas vezes não são mais do que uma forma de vaidade», o deputado considerou, em nome da CDU que «nada temos a opor que entidades privadas favoreçam o desenvolvimento económico, social e cultural do país, desde que com fundos e meios próprios. Tenho medo que o nome da Maia venha a surgir em assuntos menos recomendáveis» aludindo às recentes problemáticas que envolveram algumas fundações nacionais. «Adquirese e disponibilize-se um terreno em Pedrouços onde é necessário um Centro de Saúde e as populações ficariam gratas, não só por 70 anos, mas por mais tempo», finalizou o deputado. Rui Maia: “É moralmente reprovável passar património público para o privado.” A surpresa estaria ainda para vir, quando o deputado social-democrata Rui Maia se opôs a essa mesma doação, «Porque é que o património público vai passar para o privado por 70 anos? É moralmente reprovável passar património público para o privado. Aquele que dá é o que recebe. Nós, deputados, temos obrigações com o povo da Maia. Os presidentes que virão, poderão vir a reclamar fundações idênticas. Por mim voto contra e espero que também tenha apoio de mais colegas do meu partido». Joaquim Abílio: “Denotamos algum narcisismo”

aqui

Contra a referida doação manifestouse também a bancada socialista na voz do deputado Joaquim Abílio, «Nada nos move contra o nome da fundação, mas denotamos aqui algum narcisismo», enumerando, em seguida, uma série de instituições na Maia que adoptaram o nome do presidente da câmara, desde «Estádio, Lar, Centro de Saúde, Centro de Estudos da Ruralidade. Estamos convictos que isto não acontece porque Vieira de Carvalho assim o quer, mas sim por mera bajulação do PSD/PP. O que está em causa é a criação de uma fundação com objectivos pouco definidos. A proposta escuda-se numa sociedade civil que reclama esta fundação mas não identifica os seus parceiros. O Grupo Parlamentar socialista não aprova uma proposta pouco clara», afirmou. António Fernando: “Viera de Carvalho saberá separar o trigo do joio”

Do PSD, o deputado que saiu em defesa da proposta em questão foi António Fernando que afirmou: «a minha intervenção não pretende ser uma resposta ao PS e CDU pois esses discursos não têm qualquer substância nem conteúdo. O problema desta fundação para esses senhores é o nome da fundação que tem como subtítulo, Vieira de Carvalho, que é a única pessoa capaz de a tornar realidade. Até consta dos estatutos que Vieira de Carvalho será o presidente vitalício da fundação e, desta maneira, haverá outra forma de dar vida e credibilidade à fundação?», interrogou aos presentes o deputado “laranja”, utilizando como exemplo a Fundação Mário Soares, sediada em Lisboa, fundada com apoios da autarquia, que «nem tem o nome da cidade». «É importante realçar que o sentido do voto negativo é inverso e será uma falta de sentimento e de coragem. Existem muitos corações com pêlos. Depois de uma vida de sacrifício, de ter feito o que a Maia é hoje, Vieira de Carvalho está disponível para dar mais este contributo à cidade e estou certo que ele saberá separar o trigo do joio», concluiu, de forma metafórica, António Fernando. O diálogo estava “aceso”. Seguiriamse até ao final da sessão várias intervenções num sistema idêntico ao de “pergunta-resposta”. Bastos Cunha lembraria a António Fernando, depois de um comentário que não caiu nada bem no seio da Assembleia «ainda vão rolar cabeças» que não foi só a CDU e o PS que se insurgiram contra a proposta. O deputado pediu desculpa, definiu-o como um “desabafo” e afirmou que «há um colega seu, de bancada, que também vai de encontro às declarações que proferi em nome da CDU». Costa Pereira, do PSD ainda interviu a meio, no sentido de aclamar os ânimos, «não estamos a discutir a criação da fundação mas sim a atribuição do imóvel», mas já foi tarde demais. A discussão sobre a Fundação e os seus objectivos já ia muito adiantada. De salientar, que o imóvel tem um valor comercial que ronda os 30 mil contos. António Fernando insistiria novamente que o problema era o «subtítulo da fundação». Bragança Fernandes também interviria no sentido de defender a proposta, «estou muito orgulhoso por todo o Executivo camarário ter votado, unanimemente, a proposta. Vieira de Carvalho merece muito mais que uma fundação», afirmação que foi prontamente contestada pelo socialista Joaquim Armindo, «nessa reunião não estiveram presentes todos os vereadores» e relembrou que a sua bancada não puseram em causa o nome da fundação «mas sim os seus conteúdos». No final, a proposta foi aprovada com 27 votos a favor e 14 contra (12 do PS, 1 do CDU e 1 do PSD). As restantes propostas obtiveram, todas elas, a aprovação por parte da Assembleia Municipal. Por unanimidade foram aprovados o Regimento da Assembleia Municipal da Maia, o Regulamento da Taxa Municipal de Urbanização (com uma alteração de Costa Pereira, também ela aceite por todos os deputados, que diz respeito à representação neste órgão de todos os presidentes das juntas de freguesia), o Regulamento da Taxa Municipal de Urbanização e as alterações às cláusulas primeira, terceira, quarta, e quinta da minuta do contrato promessa a celebrar com os co-proprietários da denominada Quinta do Património tendo em vista a aquisição deliberada na reunião do Executivo Municipal, datada de 8 de Julho de 1999, homologada pela Assembleia Municipal em 30 de Setembro do mesmo ano. Com o voto contra do deputado da CDU foi aprovado o documento que diz respeito à constituição da Empresa

Municipal denominada “Espaço Municipal - Renovação Urbana e Gestão do Património, EM”. “Em questões transgrido”

de

moral,

não

Já finalizada esta segunda Sessão Extraordinária da Assembleia Municipal, o social-democrata Rui Maia em declarações à comunicação social justificou a sua posição na questão da “Fundação da Maia - Dr. José Vieira de Carvalho”, «afirmei que se trata aqui de uma moral elástica, eu não aceito que aquele que deita os foguetes também seja o dono da festa. Aquele que dá à fundação é o mesmo que recebe e isso para mim é inaceitável e independentemente da posição partidária das pessoas, é uma questão moral.» Rui Maia não se surpreendeu por não ter mais ninguém da sua bancada a apoiá-lo, «já é habitual. Eu sou um deputado completamente independente, não tenho recibos verdes da câmara, sou professor universitário, não sou engenheiro nem mestre de obras e em questões de moral não transgrido, e em matéria de partido, também ninguém me dá lições, sou dos filiados, tendo em conta a minha idade, mais antigos que aqui está». Respondendo a uma questão dos jornalistas se não existirá o receio de que “rolem cabeças”, Rui Maia foi peremptório: «não estou preocupado com isso, quando o partido chegar ao nível de rolar cabeças por as pessoas terem posição própria, consciente e de acordo com a sua moral, então estamos mal. Aliás, na minha intervenção foquei a moral do partido. A social democracia fundamenta-se no socialismo e no pressuposto de a distribuir, que seja para todos. O que estamos aqui a fazer é o exemplo de como se faz ao contrário. Estamos a pegar no que é de todos e dar a um.» O deputado laranja frisou que nada tem contra o nome da fundação, «o presidente da câmara pode ter 30 fundações, estou sim é contra o facto de se alienar património público em proveito de uma instituição privada que por acaso tem o nome dele, se tivesse um outro nome qualquer, eu tinha exactamente a mesma posição. Eu não

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tenho nenhuma bruscadela com o presidente da câmara. Vamos primeiro fazer a fundação e depois discuti-la, mas eu continuarei a votar contra. A fundação tem que ter um património de dois milhões de contos e aqui estamos andar com o carro à frente dos bois, ter primeiro o património e depois legalizar uma fundação, o que não é correcto», finalizou. “Rui Maia não esteve nas reuniões preparatórias” Por sua vez, António Fernando, considerou a posição do seu colega de bancada «legítima, na medida em que no PSD há liberdade de voto, mas seria ainda mais legítima se o deputado Rui Maia tivesse, à semelhança dos restantes deputados do PSD, participado nas reuniões preparatórias desta Assembleia Municipal onde os deputados têm a oportunidade de esclarecer as dúvidas que eventualmente lhes surjam ao lerem as propostas que lhes são apresentadas. Algumas das questões que Rui Maia levantou no púlpito e que o levaram a votar contra a proposta, foram colocadas por outros colegas de bancada, tendo sido esclarecidas e respondidas. Se calhar se o deputado tivesse feito isto não teria votado contra.» Em relação à “moral elástica” que Rui Maia alegou para justificar a sua opção de voto, António Fernando referiu que o seu colega «deve ter um conceito de moral diverso do grupo parlamentar do PSD, partido que, ao aprovar esta proposta, teve um acto de grande moralidade e utilidade para o concelho. Não consigo perceber onde está a imoralidade, mas também não tive a oportunidade de conversar com o deputado Rui Maia sobre esta questão». A finalizar, António Fernando revelou-se «muito satisfeito» com a aprovação da proposta, na medida em que, «como disse na minha intervenção, esta votação separou o trigo do joio, ou seja, há muitas pessoas que quando se trata de questões da Câmara Municipal têm duas posições diversas. A posição de que quando está o Vieira de Carvalho e a que quando não está, e hoje, provavelmente, não tiveram a hipótese de terem essa posição diversa».

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Sexta-Feira, 23 de Marรงo de 2001


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Sexta-Feira, 23 de Março de 2001

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Ministro quer mudança curricular no ensino básico

Educação Cívica é fundamental para uma nova escola O ministro da Educação, escolheu a Escola Secundária de Águas Santas para comemorar o “Dia da Cidadania nas Escolas”. Durante a visita que realizou no estabelecimento maiato, no passado dia 16, Augusto Santos Silva aponta que a formação cívica nos currículos do ensino básico é fundamental para combater os indícios de intolerância. António Armindo Soares

Augusto Santos Silva visitou Secundária de Águas Santas

“Cidadania não é uma teoria. Está todos os dias, em todo o lado, está em todas as escolas. Este é o dia em que nós desafiamos todos a pensar e a valorizar o que as escolas fazem para a cidadania, e estas fazem muito pela cidadania. Não há ‘gavetas’ na Educação; as disciplinas e todas as actividades do complemento curricular organizam-se com o mesmo fim, que consiste em criar as condições para que as capacidades de todos nós se desenvolvam e tenhamos oportunidades e momentos, para nos descobrirmos como seres humanos livres e para construirmos os nossos próprios projectos pessoais e sociais”, foi desta forma que o responsável pela pasta da Educação se referiu no início da sua intervenção alusiva à “Cidadania nas Escolas”. Augusto Santos Silva que se encontrava acompanhado pelo ministro da Presidência, Oliveira Martins e por Vieira de Carvalho, salientou ainda num

olhar à Secundária de Águas Santas: “O facto de esta escola estar nesta freguesia e neste concelho, desenvolver actividades normais, quotidianas, com a colaboração da freguesia e da sua Junta, do concelho e da Câmara Municipal, faz com que seja parte da cidadania. Esta escola incorpora nas suas actividades educativas, o património desta freguesia e deste concelho. Conhecer e amar o rio que aqui passa, as fábricas que aqui fazem a economia local, as memórias, os costumes e as pessoas que habitam e fazem esta comunidade. A cidadania está, também, essencialmente, na forma como a escola presta o seu papel. E aqui o facto de termos jovens de ambos os sexos e ninguém lhes perguntar qual a sua origem social, a sua origem cultural, a sua religião, ou o partido político que preferem, esta é uma escola de todos, aberta a todos os públicos, vivendo e ganhando força por estarem aqui presentes muitas pessoas

diferentes irmanadas”. O ministro da Educação em declarações à imprensa, disse ainda que “pôr em prática a cidadania é pensarmos e falarmos publicamente sobre os temas actuais. E a revisão curricular é um tema actual e estamos a prepará-la”. Sobre um estudo apresentado, oriundo de um inquérito internacional realizado, que aponta que 42% de jovens estudantes portugueses afirmaram não concordar com a entrada de imigrantes operários não especializados; 29,3% dos jovens concordaram com a segregação de crianças filhas de toxicodependentes e 23,9% partilharam do mesmo sentimento em relação a crianças de etnia cigana, Augusto Santos Silva adianta que “esta é a razão, para mais uma opção básica desta mudança curricular, que é a opção de considerar como área curricular obrigatória no currículo de todo o ensino básico, a formação

cívica”. Sobre o mesmo estudo, o ministro considera que os alunos inquiridos revelam “índices preocupantes de atitudes de intolerância e xenofobia”. Para comemorar o “Dia da Cidadania nas Escolas”, o Ministério da Educação ofereceu vários materiais de apoio pelas escolas de todo o país. Um dos exemplares que se destacava era o livro “A Cidadania de A a Z”, da autoria de Isabel Alçada e Ana Maria Magalhães dois vultos da literatura portuguesa que têm nos jovens um público alvo. Foi Ana Maria Magalhães, a convite do ministro, que fez parte da comitiva da visita. Ao “MAIA HOJE” esta escritora disse que o livro se destina aos alunos mais jovens, “é uma primeira experiência neste campo da escola, no qual o livro apresenta, para cada letra do alfabeto, uma palavra. São propostas para ampliar conhecimentos e reflexões, para melhorar a qualidade de aprendizagem dos alunos mais novos”.


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No próximo domingo

Festa a Santo António vai animar Silva Escura O próximo domingo vai ser de festa em Silva Escura, é que a comissão de festas vai levar a efeito, um programa onde consta uma missa solene e um festival de folclore. Tudo para alegrar o povo e fazer com que mais verbas sejam angariadas para ajudar a custear as grandes festividades em honra deste santo popular, a realizar no mês de Junho. António Armindo Soares

Nem a “Tasquinha” -situada na antiga casa da Junta -escapou aos amigos do alheio, pois este espaço onde a Comissão de Festas a Santo António de Silva Escura faz uso para obter fundos para custear as festas de Junho, foi recentemente alvo de assaltos. Os prejuízos a rondar os 100 contos, e com o roubo de equipamento (a aparelhagem sonora), bebidas, e outras objectos de recheio. Mesmo com a onda de assaltos o desanimo entre os elementos que constituem a referida comissão não se fez sentir e, segundo o que nos adiantou Angelo Gomes «neste momento depois de passado este imbróglio, as coisas correm bem. Estamos todos unidos para levar as coisas a ‘bom porto’». No próximo domingo haverá festa de Santo António, que substitui a tradicional feira de gado -ou feira da loiça-, e além da missa solene a celebrar na capelinha, o festival de folclore fará a alegria da tarde, com a participação dos seguintes agrupamentos: Grupo Regional de Moreira da Maia e Rancho Folclórico de Guilhabreu, de Vila do Conde. Os custos com o programa da festa rondará os 100 mil escudos. Fernandino Teixeira, mais um dos elementos que compõe a organização Festas de Santo António 2001, salienta que a tradição «ainda é o que era e ainda dita as suas ‘leis’». «Mas estes dias 15 de Fevereiro e 25 de Março, quando calham em dias de semana, apesar de todos os esforços, não conseguimos reunir as coisas como num domingo. Juntamos o útil ao agradável e reatamos a tradição e esperamos que o tempo nos ajude e apareça muito gente». No próximo dia 6 de Maio vai realizar-se a 20ª Grande Corrida de Cavalos a contar para o campeonato nacional, e as verbas a arrecadar irão para as festas. A figura de cartaz das festas de Santo António de Silva Escura, no mês de Junho, será a bonita cantora Mónica Sintra.

Em Silva Escura ainda há um espaço onde se pode conviver e saborear um chouriço na brasa

Paulo Ramalho comenta desenvolvimentos do “dossier” Siderurgia Nacional Paulo Ramalho (Presidente da Assembleia de Freguesia de Folgosa)

Convidado pelo “Maia Hoje” a comentar os últimos desenvolvimentos do dossier “Siderurgia Nacional”, Paulo Ramalho, Presidente da Assembleia de Freguesia de Folgosa, referiu que, “A última reunião ocorrida na Câmara, no passado dia 21 de Fevereiro, entre representantes da Siderurgia Nacional e representantes das freguesias de Folgosa e S. Pedro Fins, bem como da própria Câmara Municipal, resultou efectivamente num importante avanço, no sentido de se alcançar o objectivo pretendido que é, ao fim e ao cabo, eliminar, ou pelo menos reduzir,

para níveis que possam ser considerados aceitáveis, a poluição produzida pela fábrica da Siderurgia Nacional da Maia, e assim, salvaguardar o bem-estar das populações das freguesias de Folgosa e S. Pedro Fins que habitam próximo da Fábrica. Com efeito, e finalmente, a Administração da Siderurgia abandonou o simples plano de promessas, das intenções, tendo agora apresentado projectos concretos das medidas que pretende tomar e das obras a realizar, tendo inclusive, apresentado estudos devidamente fundamentados e assumindo

perante todos uma calendarização, um prazo, para a execução das obras necessárias. Todavia, não queria deixar de referir, que a população face ao muito que tem sofrido, já revela algumas dificuldades em acreditar nas boas intenções da Siderurgia, pelo que me parece fundamental que os seus responsáveis comecem com as primeiras obras o mais rapidamente possível. Até porque, a recente noticia de que havia sido identificado material radioactivo entre a sucata a utilizar pela fábrica e uma outra de uma brutal explosão que ocorreu a cerca

de quinze dias atrás, cimentou ainda mais as desconfianças da população em relação à Siderurgia. Por outro lado, parecia-me importante que, nesta fase de transição, os responsáveis da Siderurgia fizessem um esforço no sentido de adequarem a produção da fábrica ao estado actual da mesma, afim de reduzirem, pelo menos, a emissão de poeiras para a atmosfera. Pois ninguém tem dúvidas, que a emissão de poeiras é actualmente bem maior, do que nos tempos em que a fábrica estava na posse do Estado.

Clínica Veterinária D. Manuel II `orw^jbkql=a^=ro_^kfw^†Íl=alp=^iqlp=`lj=^=^sbkfa^=aK=j^krbi=ff RUA DOS JACINTOS, Nº. 9 * 4470-235 VERMOIM-MAIA * TELEFONE 22 944 22 54 * TODOS OS DIAS DA SEMANA DAS 15 ÀS 21, SÁBADOS DAS 11 ÁS 13


Sexta-Feira, 23 de Março de 2001

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Bragança Fernandes, Vice-Presidente da Câmara, passa em revista projectos:

«Gostava de acompanhar os “dossiers” que tenho em mãos...» A completar 12 anos na autarquia e a preparar um 4º mandato, este Vereador do PSD, Vice-Presidente da Câmara, responsável pelo desporto, obras públicas, entre outros pelouros, em entrevista ao Maia Hoje, afirma-se feliz em poder ajudar a construir aquilo que é hoje a Maia. Adepto fervoroso do F. C. do Porto, onde ainda é Director e responsável pelas instalações da “Catedral” das Antas, disse, gostar de estar em contacto directo com a população, e ter sempre a sua porta aberta. Texto: Artur Bacelar e António Armindo Soares; Foto: Andreia Martins

Bragança Fernandes, Vice-Presidente da Câmara Municipal da Maia, traçou em entrevista ao MAIA HOJE, um rápido olhar sobre a sua actuação na autarquia, bem como de alguns aspectos de índole filosófico. A começar a entrevista, vislumbrandose uma provável entrada de Arlindo Cunha, para número dois da autarquia e questionado sobre o assunto, Bragança Fernandes disse-nos que ainda é muito cedo para se falar dessas coisas “só a partir de Maio ou Junho”, mas adiantou que o Euro-deputado é uma mais valia do seu partido e considera-o como uma excelente personalidade. Ainda sobre este assunto afirma estar disponível para servir a população maiata “gostaria de continuar a acompanhar os “dossiers” que tenho em mãos”, segundo o ideal traçado por Vieira de Carvalho, e remata que “enquanto o professor Vieira de Carvalho estiver cá, serei fiel aos seus princípios”. Instado a comentar sobre aquilo que o actual Presidente da Câmara poderá ainda fazer num novo mandato, disse que “o Professor Vieira de Carvalho ainda poderá dar muito à Maia, ele é o “Deus” da Maia, ou seja, como ele, só nasce um de vez em quando”. Católico, adepto fervoroso do “seu” F.C. Porto, e um dos seus Directores, gosta muito de estar em contacto com a população, lamentando a falta de tempo durante a semana “chego à Câmara por volta das 7.30 - 8 horas da manhã, aproveito essa altura de “menor aperto” para ler os “dossiers” e fazer o despacho, sendo que, a partir de uma determinada altura, sou muito requisitado pelos munícipes e para eles tenho sempre uma porta aberta, estando até bem tarde na Câmara. Aos fins-de-semana, aproveito para ver “in-loco”, o andamento das obras, e fazer o tal contacto com a população, que muito aprecio”. “O professor Vieira de Carvalho, tem uma visão muito ampla da Maia e eu tento ajudá-lo na concretização desses projectos”, disse a propósito da sua actividade. Quanto às suas opções partidárias, vê actualmente a social-democracia, como uma balança sobre os exageros da esquerda e da direita, e mostra-se optimista e favorável, ao acordo autárquico com o CDS-PP, sendo que considera o Dr. Mário Neves, actual Vereador uma excelente pessoa. Falando um pouco, das obras em curso, questionamos Bragança Fernandes, sobre a nova rotunda, junto às futuras piscinas olímpicas de Vermoim, tendo-nos sido dito, que é um projecto muito bonito, consta de um arco maior e dois mais pequenos, que serão revestidos na sua totalidade a Bronze, representando o empreendedorismo do concelho e homenageará o trabalho e a honestidade da população maiata, ou como disse «este monumento pretende glorificar a Comunidade Maiata». Da autoria do arquitecto Pais de Figueiredo, esta obra

“O professor Vieira de Carvalho, tem uma visão muito ampla da Maia e eu tento ajudá-lo na concretização desses projectos”

custará à edilidade maiata, cerca de 100 mil contos, escultura e arranjos incluídos. Bem ali ao lado, está o “esqueleto”, das futuras Piscinas Olímpicas de Vermoim, e alvo da nossa curiosidade, que o autarca afiançou, serem destinadas ao alto rendimento e colocadas também ao serviço da população. Esta obra, “não é uma obra qualquer e terá um custo final de aproximadamente 4 milhões de contos”, representando um grande esforço financeiro da autarquia, demonstrando o empenho da edilidade no desporto, a todos os níveis, escolas, 3ª idade, população em geral e alto-rendimento. O prazo previsto para a conclusão ainda não está definido, mas Bragança Fernandes aponta para 2003, o mais tardar em 2004, “está quase concluída a primeira fase, a segunda fase encontra-se em apreciação dos resultados do concurso público, e a seu tempo será lançada a terceira e derradeira fase do empreendimento”. Questionado se os valores estimados inicialmente, não teriam já sido ultrapassados, Bragança Fernandes,

aponta como prova a crise vivida actualmente na construção civil, que “até tem criado uma queda abrupta dos preços”. Mas, em termos de piscinas, o autarca diz que as obras “não ficam por aqui” e para já, encontra-se em fase de conclusão as piscinas de Folgosa e a recuperação das piscinas ao ar livre, da Quinta da Gruta, no Castêlo. A futura “Casa do Desporto”, que segundo o Vereador, estará pronta até ao fim do ano, albergará um pequeno auditório e as instalações do gabinete de Desporto, será uma casa “ao serviço do desporto, inserida numa zona desportiva e escolar, tentando cativar os jovens para este tipo de actividades saudáveis”. O desporto escolar é outra das vertentes da política camarária “existem actualmente dois professores que dão aulas nas escolas, não é que os professores lá existentes não possam efectuar esse serviço, mas, desta forma, as crianças serão acompanhadas profissionalmente, numa actividade essencial ao

desenvolvimento do ser humano”, disse o Vereador. A este nível a Câmara da Maia, assinou há bem pouco tempo, um protocolo com o Futebol Clube de Pedras Rubras, que permite a utilização da piscina do clube, pelas escolas. “O Governo não é sensível a estas questões e não contribui financeiramente. Só para estas actividades gastamos cerca de 50.000 contos anuais”, referiu o Vereador, que afirma ser muito importante também o “desporto na terceira idade, o desporto lúdico e os jogos familiares, que envolvem desde os netos, passando pelos pais aos avós, que se defrontam como uma família, ou seja, por exemplo, a família Ferreira irá defrontar a família Silva, criando um ambiente desportivo e de confraternização, muito saudável”. No Andebol, Bragança Fernandes mostra-se muito orgulhoso, pelo facto de o clube da sua terra ir na quarta posição do nacional, “após uma histórica vitória no terreno do ABC de Braga”. Quatro, é o número dos novos pavilhões, a saber, Milheirós, Pedrouços, Vila Nova da Telha e S. Pedro de Fins que se encontra em fase de acabamentos. Este número, equivale também, ao número de novos “courts” de ténis em Vila Nova da Telha, onde está a ser feito um forte investimento numa zona de lazer, na pista de ciclismo que terá cerca de 6 quilómetros, com apoio aos ciclistas, nomeadamente hangares, mecânicos e balneários e no aeromodelismo. Quanto aos estádios, encontra-se em fase de apreciação, o concurso elaborado para o F. C. Nogueirense e F.C. Pedras Rubras. O “famoso” estádio de Vermoim, ao que nos contou, é pertença da Casa do Povo de Vermoim, sendo que actualmente, está em negociações a aquisição dos terrenos por parte da autarquia, sendo quase certo, que o campo nos moldes em que está, deixará de existir, pelo menos “terá que ficar atravessado”, acrescentou Bragança Fernandes. Questionamos da veracidade, de informações que nos chegaram, que apontavam para um lapso de um 747 que teria confundido a pista, com o aeroporto Sá Carneiro e feito lá a sua aterrissagem, ao que Bragança Fernandes sorrindo disse ser falso, mas que como em tudo, não há fumo sem fogo e na realidade um avião da “Swissair”, teria feito a aproximação à pista, mas detectaram o erro a tempo e nem chegaram a aterrar, “ mas neste momento, têm capacidade para poder receber um 747, podendo no futuro ser uma alternativa a Pedras Rubras”. Um museu do Ar, ao que nos contou, faz também parte dos planos para o local. Nas obras de “fundo”, a pavimentação e passeios estão na ordem do dia, sendo que cerca de 600 mil contos serão gastos até ao fim do ano nesta actividade. A terminar, dois aspectos, que Bragança Fernandes não quis deixar de realçar, em relação às obras da autarquia, são também o Museu da Ruralidade e a Pousada de Juventude, de que lhe falaremos numa próxima edição.


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Sexta-Feira, 23 de Março de 2001

Maiorff

A música como complemento do quotidiano A Maiorff, escola de música de que já falamos várias vezes nas nossa páginas, tem pela frente uma temporada de actividades ligadas ou não à música, onde os seus directores pretendem envolver a população. Artur Bacelar

FOTO ARQUIVO

A Escola de música Maiorff, de que Alexandrina Pinto é directora e proprietária, nasceu com o intuito de ensinar a música e rapidamente, graças a sua perspicácia, apercebeu-se que a música tem que fazer parte de um todo na vida comunitária tendo incentivado alunos e pais a participarem em actividades extracurriculares, que fomentam o são convívio entre todos. Agora alargaram os “horizontes” à população em geral, e nos próximos tempos vão lançar sete iniciativas que já deram provas de assinalável êxito. Assim sendo, já no próximo domingo, dia 25 de Março, pelas 9.30, vão partir para mais um “Maia by Bike”, naquela que é a terceira etapa de um périplo de visitas às freguesias.... em bicicleta. Desta feita, vão visitar Gueifães, Milheirós, Águas Santas e Pedrouços, contando com dois carros de apoio e o não desprezivel famoso “Carro Vassoura” que irá acolher e recolher, apesar de se tratar de turismo, aqueles que não aguentarem a “pedalada”. De salientar que na última edição, efectuada em Outubro de 2000, tiveram cerca de 40 participantes e formaram uma caravana com aproximadamente 20 viaturas entre carros “oficiais” e dos “acompanhantes”. Já no dia 1 de Abril (dia dos enganos), é a vez da habitual “audição dos enganos”, em que os alunos ouvem os mais velhos e alguns nomes da música portuguesa a “enganarem-se”, considerando ser

assim um incentivo as suas interpretações musicais. A organização como é habitual, estará a cargo da Maiorff e desta vez irão contar com o patrocínio do pelouro da juventude da Câmara Municipal da Maia e irá ser realizado no Fórum Jovem localizado na Urbanização do Chantre e estará aberto ao público a partir das 18 horas. A título de curiosidade, informaram-nos que os pequenitos de dois anos de idade também vão participar. O já famoso “Bar-off”, uma actividade de “Jamsession”, onde os músicos tocam livremente, está agendado para o próximo Sábado dia 31 de Março. A audição do 2º período, vai ser efectuada no dia 30 de Março e terá como palco o Fórum da Maia. Um sucesso imediato, foi o lançamento na altura do Carnaval, da “Workshop de Danças Antigas”, nas instalações da Junta de Freguesia da Maia (Zoo). Este evento dinamizado pela bailarina Catarina Costa e Silva e dado ao elevado grau de receptividade pública, deverá ter lugar novamente em finais de Junho. “Só para Adultos II”, é o nome de uma actividade de discussão sobre vários temas ligados directamente ou indirectamente à música, onde na primeira edição participaram cerca de 30 pessoas e cuja 2ª edição estará para breve. A finalizar, temos a Ópera que deverá ser levada a cabo no Porto, talvez no cinema Batalha e integrado nas iniciativas culturais da Porto 2001.

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Sexta-Feira, 23 de Março de 2001

Honório Novo discute na Maia alteração da lei das autarquias,

“Eles queriam era absolutizar o poder nas autarquias” A CDU da Maia organizou no passado dia 17, no Fórum da Maia, um debate entre com o objectivo de abordar os problemas do concelho e divulgar a acção política que tem sido levada a efeito por esta força política em terras maiatas. A sessão contou com a presença do deputado do PCP da Assembleia da República, Honório Novo. Miguel Ângelo Machado

A possibilidade de alteração da legislação das autarquias locais, as temáticas das Empresas Municipais, Transportes e Urbanismo constituíram os assuntos abordados neste debate, promovido pela CDU, e que contou com a presença na mesa principal de Bastos Cunha, deputado da Assembleia Municipal da Maia, Domingos Alves, membro da Assembleia de Freguesia da Maia e Honório Novo, deputado pelo PCP na Assembleia da República. Foi precisamente Honório Novo o primeiro a intervir, tendo o deputado dissertado sobre a tentativa de alteração da legislação para as autarquias locais. “Temos o dever de intervir de forma sólida e um papel a desempenhar nesta questão. Tem-se assistido nos últimos meses a tentativas fortes do PS neste domínio, tentativas essas que o PSD secundou, com dois objectivos: afastar os cidadãos dos orgãos de poder locais, entre freguesias e câmaras; e garantir uma bi-polarização que fizesse alternar no poder as duas forças do Bloco Central. Argumentam que a alteração na lei serve para incrementar uma maior eficácia, governabilidade e transparência, mas as câmaras e as juntas já são estáveis. Pelas 305 Câmaras Municipais existentes em Portugal, já passaram 2315 Executivos desde que se fazem eleições livres. Destas, apenas 19 não levaram os seus mandatos até ao fim, ou seja, menos de 1%. Isto é a prova que já há estabilidade. Eles queriam era absolutizar o poder nas autarquias”, acusou Honório Novo. “Esta lei parece que quer remontar aos tempos do séc. XVIII, onde na França, o rei Luís XIV dizia que ele é que era o Estado. Esta lei vai fazer com que aparecem mais “Luís XIV” no país. Já temos alguns exemplos que se assemelham a este monarca, se calhar muito perto daqui, temos é que lutar para que eles saiam.” “A regra do betão é que manda” Bastos Cunha, após a aprofundada intervenção do convidado Honório Novo, reportou-se a algumas áreas do concelho da Maia. “Para caracterizarmos o concelho temos que recuar 20 anos, no tempo em que a Maia tinha uma faceta rural forte, que para além de abastecer as necessidades do concelho, abastecia outros concelhos limítrofes e uma parte industrial, na qual se destacavam empresas como a Siderurgia Nacional e a Eurofer. Hoje a parte rural deu origem a um urbanismo desenfreado. A regra do betão é que manda. A área industrial, a que se denomina de Zona

Industrial, não são mais do que armazéns. Isto é da responsabilidade do PSD que contou sempre com a conivência do PS. É importante a CDU manter uma representatividade, porque isto hoje é mau, mas seria pior se a CDU não estivesse cá”. Como o próprio Bastos Cunha afirmou, “a situação da CDU não é muito favorável na Maia”. Ao longo das últimas eleições a CDU perdeu um vereador e deputados na Assembleia Municipal, tendo, actualmente, em Bastos Cunha a única representação política no concelho. “A transferência de votos do CDU para o PS não trouxe nada de positivo para a Maia. Somos a única força política que tem feito um projecto alternativo e credível. O Partido Socialista pode-se dizer que não tem um projecto”, considerou o deputado. “Temos que nos debater por melhores transportes” A última Assembleia Municipal (AM), (págs. 6 e 7), foi também abordada por Bastos Cunha, mais concretamente, a “Fundação da Maia Dr. José Vieira de Carvalho” classificando-a de “bajulação”, acrescentando que “o PSD está habituado a seguir o seu líder, valorizando-se à sua semelhança”. Na mesma AM foi aprovada a criação de uma Empresa Municipal que se propõe a gerir o urbanismo. “A CDU não é contra a criação de empresas municipais, mas sim contra a criação de espaços com o intuito de esvaziar os conteúdos das vereações. Opomonos contra a sua proliferação, já que sendo tantas as empresas municipais, daqui a um tempo ainda temos uma “holding” na Maia com o surgir de mais uns “tachos” e de mais umas despesas de representação”, afirma, repetindo, desta forma, algumas das ideias ‘chave’ que havia proferido na AM. Domingos Cerqueira Alves pronunciou-se sobre a situação dos transportes no concelho, “a Maia não é um local de destino, mas de passagem e os transportes que servem o concelho, reflectem essa realidade”, apontando em seguida, irregularidades na rede do Metro “que será o facto de esta aproveitar o caminho de ferro e levar passageiros de pé e meia dúzia de pessoas sentadas”. “Os autocarros são poucos os que têm serviço nocturno. Hoje impõem-se outras carreiras e mais rápidas. Temos que nos debater por melhores transportes da periferia da Maia para o centro da cidade. A CDU vai apoiar e dar força às reivindicações das populações”, finalizou Domingos Alves.

Honório Novo veio à Maia falar de política autarquica

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REPORTAGEM

Sexta-Feira, 23 de Março de 2001

Integrado nas comemorações do 10º aniversário do INED,

Alunos apresentam vídeos para todos os gostos Os alunos do Curso de Comunicação Social do Instituto de Educação e Desenvolvimento (INED) apresentaram os seus trabalhos das áreas de Produção Audiovisual no passado dia nove, no Fórum da Maia, num serão em que não faltaram também espectáculos musicais, de dança e passagens de modelos. Reportagem de Miguel Ângelo Machado

A Tuna do ISMAI abrilhantou a festa do INED

No ano em que o INED comemora o seu 10º aniversário e como vem sendo habitual, os alunos de Comunicação Social, com o respectivo apoio dos docentes, apresentaram ao público o que de mais novo se faz naquele estabelecimento de ensino na área do audiovisual. Paralelamente a esta festa foi ainda lançada o número dois da revista “Inédita”, o boletim informativo do INED. Os trabalhos apresentados começaram a ser preparados no início do corrente ano lectivo e incidem, sobretudo, em suportes de vídeo. Montagens, “vídeo-clips” e “spots” publicitários foram realizados por grupos de alunos que escolheram o tema e assunto a abordar, contando com o respectivo apoio da docente Maria João Carreira. Esta funcionária da RTP lecciona a disciplina de Produção e Realização Audiovisual no referido estabelecimento de ensino. O INED, criado em 1991, teve como principal mentora do projecto Maria Helena Côncio. Em conversa com o “Maia Hoje” a directora afirmou que o INED «vai bem. Nunca será uma escola grande, não foi para isso que ela foi

planeada. Estamos com a lotação máxima. Neste momento estamos esgotados». “Queremos crescer em qualidade e em quantidade de alunos” De momento, com cerca de 250 alunos e 60 docentes, os objectivos futuros do INED passam por um alargamento das instalações e consequentemente, crescer em número de alunos. No entanto, esse passo terá que passar por um entendimento com o Ministério da Educação (ME), entidade que subsidia o Instituto, «como é o ME que paga, nós para crescermos, temos que ter autorização da parte deste organismo», explicou Maria Helena Côncio que não deixou de revelar o ensejo de «crescer em qualidade e em quantidade de alunos. Em termos qualitativos, todos os anos temos vindo a melhorar os nossos equipamentos. Não vou referir elogios que nos foram feitos em comparação com outros estabelecimentos de ensino que sendo de um nível superior, têm equipamento inferior, em número e qualidade, ao nosso. No entanto, em áreas como a

Electrónica, Informática e Comunicação Social, nunca estamos bem. Há sempre todos os anos, coisas novas, há que crescer e nós temos feito isso». Os cursos que o INED disponibiliza e que têm surtido mais procura junto da comunidade estudantil são os de Comunicação Social e Informática de Gestão. Os cursos de Electrónica e Desenho, «não sei se por causa da Matemática, ou pelo nome não ser tão atractivo para os alunos, não têm tido a mesma procura que os outros dois. No entanto, considero-os tão importantes e com igual saída profissional aos outros dois». Em relação à inserção no mercado do trabalho, uma das preocupações eminentes da Direcção do INED, Maria Helena Côncio referiu: «temos alguma inserção a nível do 12º ano. Temos como exemplo a EFACEC que todos os anos absorve e nos pede mais alunos de Electrónica. Já temos também ex-alunos de Comunicação Social que estão colocados na imprensa e outros que trabalham na Câmara e no Aeroporto. A oferta de inserção é grande, mas a maioria deles continua a preferir o prolongamento dos estudos a nível

superior.» Essa cooperação entre entidades patronais e estabelecimento de ensino é «óptima. Para se realizarem estágios, as empresas dão-nos toda a abertura necessária e muitas vezes pretendem os serviços dos alunos no final dos mesmos..» “é evidente que nem todos podem ser jornalistas e apresentadores de televisão.” Quanto à festa em questão, foram vários os filmes publicitários e musicais apresentados, tratando-se «de um trabalho que temos vindo a aprimorar ao longo destes três anos. Começamos por alguns vídeos básicos e este ano com os bons equipamentos que já temos, já fizemos montagens através do computador, tendo os trabalhos mais qualidade. Para os apresentar ao público, decidimos organizar esta festa», afirmou Maria João Carreira, docente do INED e uma das responsáveis pela organização deste serão. Depois de em anos anteriores, o INED ter trazido à Maia os Santamaria e os intérprete Berg e Marcos, na edição deste ano a festa abriu com a euforia da Tuna Académica do ISMAI e contou


REPORTAGEM

Sexta-Feira, 23 de Março de 2001

Passagem de modelos masculinos ...

também com a participação do credenciado duo Nelo Silva e Cristiana, dos Ultimate Boys, Extasy e alguns cantores do “Chuva de Estrelas”, «artistas que vêm cá, gratuitamente», referiu Maria João Carreira. Outra das particularidades deste espectáculo foi a presença, como classificou a entrevistada, de «prata da casa», ou seja, alunos do INED que se encontram em escolas de bailado e que dançaram para o público (que aliás enchia por completo o auditório principal do Fórum da Maia) e ainda outros que protagonizaram uma passagem de modelos “à profissional”, com o apoio de algumas lojas de roupa do concelho. Quanto à organização, a docente considerou-a de «algo difícil, porque eles são todos inexperientes, ficam muito nervosos com estas situações, dando sempre, contudo, o seu melhor, de maneira que tentamos montar o espectáculo mais próximo do profissional possível.» Maria João Carreira não deixou de opinar relativamente às possíveis saídas profissionais destes alunos, «é evidente que nem todos podem ser jornalistas e apresentadores de televisão, havendo muitos que vão enveredar por outras áreas. Pode ser que um ou outra tenha a sorte de conseguir, mas o mercado de trabalho é muito difícil, principalmente na área da Informação. Há alguns órgãos de Comunicação Social, não muitos, e nem todos pagam». Quanto à sua recente experiência como professora, a profissional de televisão, classificou-a de «muito agradável, porque a disciplina que lecciono, Produção e Realização de

...e femininos

Audiovisuais, os alunos gostam dela. É uma disciplina onde eles não precisam de estar sentados muito formalmente nas carteiras a ouvir um professor. Trata-se de uma área muito prática, onde os alunos são apresentadores de televisão, fazem filmes e sobretudo divertem-se, sendo uma disciplina muito fácil de dar.» “É um primeiro grande passo em termos profissionais.” Por sua vez, o jornalista Jorge Freitas, também ele docente do INED, tem uma opinião algo oposta à de Maria João Carreira no que concerne às saídas profissionais dos alunos de Comunicação Social: «Acredito na inserção destes jovens no mercado de trabalho e a prova disso é que temos tido actuais e ex-alunos em rádios nacionais e em jornais, não só da imprensa regional, mas também de ordem nacional. Tenho que acreditar porque a realidade é essa. Claro que o mercado não é fácil, mas alguns conseguem, com mais esforço do que os outros.» O jornalista fez questão de sublinhar a década de existência do referido estabelecimento de ensino, «estamos, sobretudo aqui a conviver com os alunos e a comemorar o 10º aniversário» e realçou ainda a importância dos alunos produzirem, na íntegra, os trabalhos audiovisuais «é muito importante, já que eles ficam com “luzes” técnicas para num futuro poderem trabalhar numa produtora, ou noutra empresa de Comunicação. É um primeiro grande passo em termos profissionais. Os alunos podem fazer o seu próprio “port-folio” e apresentarem estes trabalhos em termos curriculares.», finalizou.

Alunos do INED apresentam trabalhos audiovisuais

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INFORFOBIA

por Medina Ribeiro

Sexta-Feira, 23 de Março de 2001 medina.ribeiro@mail.telepac.pt

As Modernices... já com Barbas Eu acho que já perdi a paciência! É que, depois de ter passado tempos infinitos a explicar ao meu amigo Oliveira as vantagens do Correio Electrónico (por comparação com outros meios de comunicação menos inteligentes) já cheguei à conclusão que os velhos hábitos têm muita força e demoram muito a morrer! Um dia, ao ver-me entrar na loja exactamente quando se preparava para enviar mais uma quantidade de faxes, sorriu com um ar feliz e contou-me a grande novidade: - Sabe, estive a pensar, e acho que você não deixa de ter alguma razão nessa história do e-mail! «Ora aqui está um bom começo de conversa» - pensei eu, animado. «Vamos lá a ver o que é que saiu hoje desta cabeça...» - Isto do correio electrónico, se for bem implementado, até tem alguma vantagem! Tem é que ser mesmo bem implementado... É fácil, é barato... - E custa só uns tostões... Conte lá então o que é que você descobriu, que não se soubesse já há muito tempo. E explicou-me: Tinha inventado julgava ele - uma maneira óptima de «aproveitar o que as duas tecnologias têm de melhor». PUB

E então a sua descoberta passara pelas seguintes fases: Numa primeira fase implementativa (o que seria de certas pessoas se não se tivesse inventado o implementar?) passara a fazer os telefaxes no computador. Isso já tinha sido um grande salto tecnológico para uma pessoa como ele que só sabia, até há pouco tempo, escrever à mão! Depois abria o programa de Correio Electrónico, fazia uma mensagem normal, e mandava os faxes como anexo ao e-mail! - Brilhante, caro amigo... e qual é a vantagem disso? - comentei, conseguindo conter o riso. - A vantagem?! Então, se não fosse assim, como é que ia o meu logotipo?! Explicando: Oliveira andava muito obcecado com a sua imagem e com a da firma. E muito bem, embora com algum atraso... Estava muito preocupado, portanto, com o seu logotipo, que - quanto a mim - devia ser um desenho de um náufrago, e não - como era! - o seu retrato a três quartos com uma oliveira em fundo. Mas adiante... isso já era um passo... - E depois? - Depois, resolvi passar a uma segunda fase. Comecei a pensar que não era racional enviar dois documentos, ou seja: a

mensagem-base e o fax em anexo. Por isso resolvi reduzir tudo a um, sem perder a vantagem de qualquer das duas tecnologias! E detalhou, feliz: - Faço assim: escrevo o e-mail, normalmente. Mas, em vez de o enviar, imprimo-o. Por fim, colo o print numa folha de telefax já preparada com o cabeçalho, e mando tudo, num documento único, por telefax! Depois, tomando o meu silêncio de perplexidade por aprovação incondicional, pôs-se a fazer trocadilhos, brincando com o facto de, no cabeçalho, figurar a sua brilhante cabeça! Desta vez, não me ri. Tenho conhecido inúmeras pessoas que continuam a resistir tenazmente ao uso do Correio Electrónico. Em geral são, como ele, indivíduos que há muito passaram dos 40, com cérebros completamente alcatroados, impermeáveis a tudo o que seja diferente da rotina. Mas isso é outra história, que nos levaria muito longe e desviaria do assunto. Voltando ao caso que vos estava a contar. Ele tinha então na mão uma boa dúzia de papeis nessas condições... - Só há, por vezes, um pequeno problema... é que, como colo um papel em cima do outro, de tempos a tempos encravam-me a máquina. Foi o caso de hoje. A solução é tirar uma boa fotocópia. Faço isso ali na tabacaria da frente, que é barata, e a miúda que lá está até é gira... Quer vir? Afastei-me, sem lhe responder, e acabei por sair, abatido. Oliveira enlouquecera, e eu sentia-me muito responsável por isso. Durante dias e dias, além de lá não voltar, evitei mesmo passar à porta da sua loja. Bem bastava a eterna tabuleta a anunciar a «Mudança de Ramo» para me entristecer... No entanto um dia teve que ser, até já nem sei bem porquê. Entrei. Como sempre a loja estava às moscas... Mas o que me chamou a atenção foi um painel com recortes de jornais. Isso era novidade! Aproximei-me para ver o que diziam. Não eram anúncios, mas sim notícias:

«Criança de 12 anos mata a mãe por ela não a deixar navegar na Internet» «Jovens americanos sujeitos a nova droga: a Ciber-Náutica!» «Descoberta nova doença: a Net causa habituação» «Crianças fazem mais xi-xi nas calças» «Jovem japonês deixou de saber falar, após navegar 18 horas por dia na Internet» «A America On Line sofre colapso de várias horas» «Bob Metcalfe prevê colapso da Rede das Redes» «Desde que tem Home-Page o Pato Donald já nem parece o mesmo!» E por aí fora, num chorrilho de desgraças que - longe de o preocuparem o alegravam de sobremaneira. Saiu do balcão e veio para ao pé de mim, feliz por eu estar a ler essas notícias: - Pois é... Já viu no que dão as modernices? Eu não tenho razão ao preferir tecnologias sólidas? Ao menos o telefax já tem uma boa dúzia de anos, e o telex, então... - Você gosta dos Beatles? - atirei-lhe de chofre. Ficou por instantes paralisado com o inesperado da mudança de tema. Mas recuperou: - Claro! São do nosso tempo! - E lembra-se do Let It Be? - continuei, divertido. - Com certeza! Isso já é autêntica música clássica! Mas porquê?! - quis ele saber, já desconfiado por me ver sorrir com ar trocista. - Clássica, diz bem! Essa música é de 1969 / 70... - Sim, e o que é que os Beatles têm a ver com a nossa conversa?! - Bem, é que se você detesta modernices e só gosta de coisas antigas, devia afixar aí esta notícia... Meti a mão ao bolso e ofereci-lhe uma folha de jornal, já muito amarelecida: «Acabou de nascer um novo meio de comunicação! Acerca dele, e num intervalo das gravações do Let It Be, John Lennon, entusiasmado, comentou que...». PS: Contemporânea do Let It Be começava a funcionar a ARPANET, a mãe da Internet, e três anos depois entrava em cena o célebre @


BREVES AREA METROPOLITANA

Sexta-Feira, 23 de Março de 2001

PORTO

SANTO TIRSO

Exposição de fotografia Desde o passado dia 16 que se encontra patente na Casa do Infante a exposição fotográfica intitulada “Bonfim Barreiros, Fotógrafo de Arte”. Esta exposição reúne 80 fotografias do Porto da primeira metade do século XX (de 1924 a 1960), captadas por Bonfim Barreiros, engenheiro municipal e fotógrafo amador de reconhecida qualidade. Através da organização da exposição em quatro núcleos, é possível descobrir-se nesta mostra novas “leituras” sobre a realidade urbana do Porto, um minucioso trabalho de reportagem da cidade em “movimento”, um conjunto de “curiosidades”, pormenores arquitectónicos da Invicta e imagens “sem retorno”, que captam momentos desaparecidos. A não perder.

Prevenção Rodoviária para 5500 crianças Tendo como preocupação principal o desenvolvimento sustentado da criança e atenta aos assustadores índices de sinistralidade que as estradas portuguesas apresentam, a Câmara Municipal de Santo Tirso e o grupo teatral “Novo Teatro Construção” presentearam, durante este mês, os alunos das escolas do Ensino Pré-Primario e do 1º Ciclo do Ensino Básico (públicos e privados) com a peça “Duas, Quatro, Oito Rodas”. A temática principal consiste na educação e prevenção rodoviária. No total, 5500 crianças foram abrangidas por esta iniciativa.

GONDOMAR

Exposição de pintura Integrado no programa da “Festa do Sável e da Lampreia”, encontra-se patente desde o dia 17 e até ao próximo dia sete de Abril, no Posto de Turismo da Câmara Municipal de Gondomar a exposição “Inspirações” da pintora Maria da Glória Pereira. A artista, natural de Zebreiros, Foz do Sousa, nasceu a 16 de Outubro de 1942 e cedo despertou o gosto pela pintura, tendo iniciado a aprendizagem técnica na Academia Dominguez Alvarez, sob orientação de Jaime Isidoro. Expôs pela primeira vez em 1998 e desde então esteve representada em mostras colectivas no Porto, Castelo de Paiva, Matosinhos, Lousada, Santa Maria da Feira, Paredes e Gondomar. A exposição pode ser visitada em dias úteis das 9:00 h às 12:30h e das 14:00h às 17:30.

Água boa para consumo Os Serviços Municipalizados de Gondomar e a Autoridade de Saúde da mesma cidade informam que “face aos resultados analíticos disponíveis de 13, 14, 15 e 16 de Março, a água não se encontra imprópria para consumo sob o ponto de vista bacteriológico, pelo que da sua utilização não se perspectiva perigo imediato para a saúde pública”. Esta informação é justificada, segundo o próprio comunicado, devido “às dúvidas suscitadas e difundidas na Comunicação Social relativamente à qualidade da água distribuída nas freguesias de Melres e Medas (Sistema 2).”

Amanhã há dança Realiza-se amanhã pelas 12 horas, no Pavilhão da Ala Nun`Alvares, junto ao Mercado Municipal de Gondomar, o “II Festivus Portucale Gondomar 2001, Festival de Danças de Salão e Latino Americanas”, iniciativa conjunta da Associação Portuguesa de Professores de Danças de Salão e Internacionais e do Ginásio “Salus”, com o apoio dos Serviços de Turismo da Câmara Municipal de Gondomar. O Festival conta com a participação de 130 pares dançarinos provenientes de todo o país e Galiza que serão avaliados por um júri, devidamente credenciado, constituído por dois especialistas ingleses e um holandês.

PORTO 2001

“Voluntários para a Cultura” Desde o passado dia 14 que 85 “Voluntários para a Cultura”, de diversas idades percorrem, regularmente, diversos locais da cidade com o objectivo de contribuir para uma mais

ampla divulgação da programação cultural do Porto 2001 - Capital Europeia da Cultura. Depois de terem frequentado, entre os meses de Janeiro e Fevereiro, uma acção de formação

organizada pela Porto 2001, equipas de Voluntários, devidamente identificados e agrupados em “rotas” (rota das escolas básicas e secundárias, rota das escolas superiores, rota dos equipamentos

culturais, rota dos espaços de recreio, entre outras), irão, até ao final da Capital Europeia da Cultura, informar as populações sobre as diversas iniciativas culturais que poderão assistir.

Cooperação com FNAC A Porto 2001 assinou um protocolo de cooperação no passado dia 20 de Março com a cadeia de lojas FNAC. Com este protocolo a Porto 2001 passará a vender os seus catálogos de

programação nas lojas FNAC dos centros comerciais Colombo, em Lisboa e NorteShopping e Santa Catarina no Porto. A venda de bilhetes para os espectáculos da Capital

Europeia da Cultura é alargada, também, às referias lojas e ainda às situadas em Cascais e no Chiado. Todas as lojas FNAC farão a distribuição do folheto mensal da

programação cultural da Porto 2001. O protocolo abrange também, a realização de sessões de lançamento de algumas das edições da responsabilidade da Porto 2001.

Projecto “Escolas em Cena” Decorre entre hoje e a próxima quinta-feira, no Rivoli Teatro Municipal, o projecto “Escolas em Cena - 1º Encontro Internacional de Escolas de Dança”. Esta iniciativa é promovida pela Escola de Dança Ginasiano e é integrada na programação da Capital

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Europeia da Cultura e visa reunir, no Porto, algumas das mais conceituadas Escolas Superiores de Dança da Europa. Pretende-se igualmente proporcionar o intercâmbio de experiências entre os alunos e professores dos diferentes países

envolvidos, promover a realização de “workshops”, possibilitando que jovens portugueses e dos países participantes aprendam e pratiquem métodos de trabalho de conhecidos professores e cenógrafos e por fim, permitir o encontro de profissionais,

especialistas, alunos e professores de Dança. Este projecto prevê a realização de quatro espectáculos com escolas de dança provenientes de Lisboa, República Checa, França, Espanha e Holanda.


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CLASSIFICADOS

Sexta-Feira, 23 de Março de 2001

Ensino

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Nos termos da lei e dos estatutos, convoco a Assembleia Geral dos accionistas da “Fábrica de Fiação e Tecidos do Jacinto, S.A.”, para reunir na sede social, sita à Rua Terramonte, Qt.ª da Ribeira, Gueifães, Maia, no próximo dia 30 de Abril de 2001, pelas 15H00, com a seguinte

lêÇÉã=ÇÉ=qê~Ä~äÜçëW UM - Deliberar sobre o relatório de gestão e as contas do exercício do ano de 2000; DOIS - Deliberar sobre uma proposta de aplicação dos resultados; TRÊS - Proceder à apreciação geral da administração e fiscalização da sociedade durante o ano 2000; e QUATRO - Apreciar a situação económico-financeira e a evolução da mesma no decurso do ano 2000. CINCO - Deliberar a situação sobre uma proposta de transferência do saldo de reservas livres e da reserva de reavaliação para resultados transitados. De acordo com o disposto no parágrafo único do art.º 9.º dos Estatutos, “só podem constituir a assembleia geral os accionistas que tiverem averbadas no registo as suas acções com oito dias de antecedência da data designada para a realização da assembleia geral”. Ao abrigo do disposto no art.º 380.º, n.º 1, do Código das Sociedades Comerciais, os accionistas podem fazer-se representar na assembleia geral por um membro do Concelho de Administração da sociedade, pelo cônjuge, por ascendente ou por descendente ou por outro accionista. Como instrumento de representação, basta uma carta, com assinatura, dirigida ao presidente da mesa. Maia, 14 de Março de 2001 O PRESIDENTE DA MESA DA ASSEMBLEIA GERAL (António Luís de Menezes Pinheiro de Lacerda)

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Assunto: Cerimónias comemorativas do “Dia Nacional do Combatente” (08abr01), em Lisboa.

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Emprego precisa-se

1- Na sequência do que ficou deliberado na reunião de Associações de Combatentes, em Coimbra, vai a Comissão Executiva do “Dia Nacional do Combatente” promover, no próximo dia 08 de Abril (Domingo), junto ao Monumento aos Combatentes do Ultramar, em Lisboa, as Cerimónias em epígrafe, prevendo-se que venha a participar um número elevado de ex-combatentes. Do programa (ainda provisório) constará: 10H00 - Missa em memória dos Combatentes falecidos; 11H30 - Concentração junto ao Monumento aos Combatentes do Ultramar; 12H00 - Recepção da Alta Entidade que presidirá às Cerimónias; 12H15 - Cerimónia de Homenagem aos Mortos; 12H35 - Alocuções alusivas ao acto; 12H50 - Desfile das Forças em parada; 13H05 - Desfile dos Combatentes frente ao Monumento aos Combatentes Ultramar; 13H30 - Confraternização de Combatentes. 2- Nesta conformidade, solicitam-se os bons ofícios de V. Exa. no sentido do evento ser, desde já divulgado aos sócios desse Núcleo, tendo em vista a sua participação. Com os melhores cumprimentos, O secretário - Geral José Medina Ramos Cor. Inf. Res.

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1) Considerando que na vida de uma Instituição o contributo dos seus sócios e de figuras significativas do meio são indispensáveis, á sua dignificação, prestigio e projecto assumido. 2) Considerando que esta Associação fundada para ajudar a prestigiar ao nível da alcoologia o Concelho da Maia com exemplos de iniciativa, vontade, querer e determinação em mudar o rumo dos acontecimentos vitais que prejudiquem a sua qualidade de vida e estilos de vida saudáveis. 3) Considerando que o Concelho da Maia é fértil em pessoas com este perfil no qual surgem valores que se impenham em dar o seu melhor, sem olhar a lucros, dinheiros fáceis, títulos, louvores ou honrarias, favores, cargos políticos ou interesses pessoais. 4) Considerando que a postura desta Associação de olhar atento àquilo que de bom ou de mau se passa neste Concelho, pode ter o papel significativo e decisivo rumo á qualidade de vida e ao bem estar físico, mental, social e cultural que todos desejamos cada vez mais e melhor.... Propomos que seja considerado Sócio Benemérito desta Associação o Snr. Joaquim Francisco Santos Silva Lessa pelo seu laborioso trabalho gratuíto em prol da nossa Associação. Tal proposta pauta-se pela estima, consideração,

respeito, e público louvor que lhe queremos tributar. Do teor desta proposta, a ser aprovada, será emitida e entregue na nossa festa de aniversário um diploma ao proposto em causa, esperando que tal gesto sirva de exemplo aos demais que, no seu papel Sócio - Profissional, podem ajudar a engrandecer a sua terra, criando obra e a sentiremse disponíveis para os outro. Maia, 15 de Dezembro de 2000 Os Proponentes PLANO DE ACTIVIDADES PARA O ANO DE 2001 Festa de Páscoa . . . . . . . . . . . . . . . . . . .12.04.01 Aniversário da Associação . . . . . . . . . . .20.05.01 Pic-Nic da Associação . . . . . . . . . . . . . .10.06.01 Congresso Luso-Galaico “Armamar” . . .17.06.01 Passeio Anual da Associação . . . . . . . . .09.09.01 II Seminário “G.A.T.M.” . . . . . . . . . . . . .27.10.01 Festa de S. Martinho da Associação . . . .11.11.01 I Encontro Nacional “G.A.T.” . . . . . . . . .09.12.01 Festa sem Álcool . . . . . . . . . . . . . . . . . .15.12.01 Jantar de Gala . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .16.12.01 Festa de Natal da Associação . . . . . . . . .21.12.01 A Direcção


Palavras Cruzadas Palavras Cruzadas

Mapa de Serviços

GRAMAXO - Moreira da Maia MENDONÇA - S. Pedro Fins DA AGRA - Milheirós TURNO G DO BOM DESPACHO - Maia DO CASTÊLO - Castêlo da Maia

Permanente Regime de Reforço

TURNO H ALIANÇA - Vermoim CENTRAL - Maia

Permanente Regime de Reforço TURNO I

ÁLVARO AGANTE - Vermoim BASTOS - Gueifães

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Colaboração de: Francisco Assis Assunção Alves

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Informações úteis EMERGÊNCIAS: Bombeiros Volunt. Moreira R. Dr. Farinhote - Moreira de Sá Associação Human. Pedrouços R. Luís de Camões, 139 P.S.P. Maia Av. Lidador da Maia P.S.P. Aeroporto Aeroporto de Pedras Rubras G.N.R. Maia R. Dr. Carlos Felgueiras Serviço Municipal de Protecção Civil Câmara Municipal

22 942 10 02 22 901 27 44 22 971 35 37 22 948 26 93 22 944 81 90 22 941 05 90

SERVIÇOS DE UTILIDADE PÚBLICA Cartório Notarial da Maia R. Dr. Carlos Felgueiras, 241 Conservatória do Registo Predial R. Dr. Carlos Felgueiras, 259 1.ª Repartição de Finanças R. Dr. Carlos Felgueiras 2.ª Repartição de Finanças Av. Lidador da Maia - Á. Santas 1.ª Tesouraria da Fazenda Pública R. Dr. Carlos Felgueiras 2.ª Tesour. da Fazenda Pública Av. Lidador da Maia - Á. Santas Tribunal de Trabalho da Maia R. Eng.º Duarte Pacheco Santa Casa da Misericórdia Av. Visconde BArreiros, 245 Correios de Vermoim José R. Silva Júnior, 355 EN - Electricidade do Norte R. Dr. Carlos Felgueiras (Comunicação de Avarias) S.M. Águas e Saneamento da Maia R. Dr. Carlos Felgueiras Inst. Emprego Form. Profissional R. Dr. Carlos Felgueiras, 418 Áeroporto Sá Carneiro Av. da Comunidade Lusíada Câmara Municipal da Maia Praça do Município - Maia Aeródromo de Vilar de Luz Vilar de Luz - Folgosa Biblioteca Gulbenkian Forum da Maia Forum da Maia Núcleo Central do Concelho Forum Jovem da Maia Tv. Cruzes do Monte, 46 Gabinete de Apoio e Defesa do Consumidor Águas Santas

22 944 81 23 22 948 39 29 22 944 81 33 22 971 35 94 22 948 43 32 22 971 72 71 22 948 73 50 22 944 81 36 22 948 44 46 22 944 12 12 80 024 62 46 22 941 71 71 22 941 25 77 22 941 31 41 22 940 86 00 22 968 73 22 22 948 34 72 22 948 34 72 22 941 78 20 22 948 40 72

SAÚDE C. de Saúde da Maia Av. Visconde Barreiros (Linha Azul) C. Saúde de Á.Santas R. Nova da Corga - Moutidos C. Saúde do Castêlo R. Augusto Nogueira da Silva, 1708 Unid. Saúde de Moreira Maia R. da Fábrica - (Ed. Bombeiros) (Linha Azul) Unidade de Saúde de Gueifães R. da Gueimaia, 145 r/c Unidade de Saúde de Milheirós R. das Escolas, 382 Unidade de Saúde de Nogueira R. da Devesa, 52 - S. Escura Unidade de Saúde de Vermoim Largo da Igreja Serv. Atend. a Situações Urgentes Av. Visconde de Barreiros

22 944 84 75 22 948 79 18 22 973 54 20 22 981 02 38 22 942 22 78 22 942 79 68 22 948 34 20 22 972 33 22 22 944 86 55 22 948 47 07 22 944 87 90

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OS FERIADOS FACULTATIVOS SÃO: Os municipais e Terça feira de Carnaval (27 de Fevereiro), para o pessoal técnico abrangido pelo C.C.T.

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Permanente Regime de Reforço

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OS FERIADOS OBRIGATÓRIOS SÃO: 1 de Janeiro; Sexta-Feira Santa; 25 de Abril; 1 de Maio; 10 e 14 de Junho; 15 de Agosto; 5 de Outubro; 1 de Novembro; 1, 8 e 25 de Dezembro.

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Permanente Regime de Reforço TURNO J

LIMA COUTINHO - Gueifães ARÁUJO - Nogueira da Maia

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eçêáòçåí~áëW 1- Moeda pequena e antiga mexicana, correspondente à oitava parte do real. Espécie de serpente do Brasil. 2Cânhamo de Manila. Parecença. 3- Freguesia de Oliveira de Azeméis (Aveiro). Tratamento especial dado na China a certas pessoas. Sufixo designativo de agente. Mulo. 4- Privado de Vestuário (Pl.). O Tio dos Americanos. 5- Gálio (s.q.). Pelo de certos animais. 6- Vareja (pl.). Bonzo. 7- Género de plantas cucurbitáceas. Nome dado ao molho de caril na Índia. Nome dado na Turquia a certos funcionários civis e a oficiais a partir do posto de major. Planta amomácea de cuja casca do tronco se fazem canoas. 9- Abreviatura de Alteza Sereníssima. Eles. Declamei. Vigésima letra do alfabeto Árabe. 10- Antiga cidade portuguesa na Índia, onde se abandonaram os restos mortais de São Francisco Xavier. Medida linear, equivalente a 200 braças na Indochina. 11- Naquele lugar. Ponto Cardeal. Árvore de raiz medicinal, da ilha de São Tomé.

1- Tambor de honra, usado no Daomé. Palmeira donde se fazem as zagaias. 2Satélite da Terra. Baia do estado do Pará, Brasil. 3- Antes do meio-dia. Produz eco. Suspiro. 4- Hidróxido de cálcio. Forma popular de zângão. 5- Seguir até . Transpiras. 6- Espécie de palmeiras do Brasil. 7- Partícula que significa “sim” no dialecto provençal. Primeiro rei dos Hebreus, cerca de 1115 a. C.. 8- Lugar onde se acendia o fogo na cozinha. Nome de Deus, entre negros do ex-Congo. 9Érbio (s.q.). Fruto da oba, árvore africana. Cento e um romano. 10- Moléstia. Barrete turco de lã vermelha ou branca.11- Antiga tribo de índios de Pernambuco (Bras.). Cidade Numídia, onde Cipião, o Africano, venceu Aníbal em 202 a. C..

SOLUÇÕES: VERTICAIS: 1- Ungã. Zaga. 2- Lua. Sol. 3- A. M.. Soa. Ai. 4- Cal. Zango. 5- Ir. Suas. 6- Iú. 7- Oc. Saul. 8- Lar. Zambi. 9- Er. Iba. CI. 10- Mal. Fez. 11- Umãs. Zama. HORIZONTAIS: 1- Tlaco. Tlena. 2- Má. Ar. 3- Ul. Li. Or. Mu. 4- Nus. Sam. 5- Ga. Lã. 6- Sãs. Saí. 7- Gonu. Ambá. 8- Agá. Ubá. 9- A.S.. Os. Li. Fá. 10- Gôa. Cem. 11- Ali. Sul. Iza.

DA AGRA - Milheirós GRAMAXO - Moreira da Maia MENDONÇA - S. Pedro de Fins

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Fármacias Fármacias Fármacias TURNO A

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AGENDA

Sexta-Feira, 23 de Março de 2001

Cinemas Cinemas Cinemas Cinemas MAIASHOPPING Lugar de Ardegães - 4445 Águas Santas - Maia * Tel 22 9770450 Fax 22 9724537 SEMANA DE 09-03 a 15-03 • Todos os filmes têm início 10 minutos após a hora marcada p^i^=N

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MISS DETECTIVE 13:35 16:00 18:45 13:40 16:00 18:50

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O TIGRE E O DRAGÃO

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DUELO DE TITANS

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CHOCOLATE

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O DOM

O GLADIADOR

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TRAFFIC

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QUASE FAMOSOS

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HANNIBAL

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PRODÍGIOS 14:40 0:00 17:05 19:30 21:55 00:20 13:50 16:20 0:00 19:05 22:00 0:00

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O QUE AS MULHERES QUEREM

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CINEMAS CENTRAL PLAZA Centro Comercial Central Plaza * Tel 22 940 64 86 Todos os filmes têm início 15 minutos após a hora marcada p^i^=N

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O QUE ELAS QUEREM

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QUINZE DIAS

Tel. 22 947 62 62 Fax 22 947 62 63

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FOTOGRAFIA

Sexta-Feira, 23 de Março de 2001

Fotografia em Portugal por Paulo Santos IRLANDA O cenário estava montado. Uma limousine branca de 8 metros, dois modelos profissionais e oito fotógrafos de diversas naturalidades, das mais variadas vertentes da fotografia: fotojornalistas, fotógrafos de moda passando inclusive por um fotógrafo naturalista. A rua estava aberta a todas as pessoas. Não haveria figurantes. Era impossível travar qualquer diálogo com os modelos, ou com qualquer elemento da produção. O desafio era: cada fotógrafo fazer uma série de três imagens, com 3 vertentes de fotografia á escolha. As vertentes possíveis eram: Fotojornalismo; Fotografia de moda; Abordagem (remember later) de amador, que passa ,vê e retrata para mais tarde recordar; Abstratismo; Fotografia de arquitectura; Fotografia de paisagem urbana Escolhi para este ensaio as três primeiras (Remember later (foto 1), fotojornalismo (foto2),e fotografia de moda(foto3). Depois dos 10 minutos permitidos para fotografar, o júri (composto pelos 8 intervenientes directos e por um elemento da organização do evento) atribuiu o «prémio» por unanimidade a um colega e amigo catalão, Javier Ruiz. Ele fez uma foto fantástica. Aproveitou a grua da produção, que estava a filmar, para fazer uma foto panorâmica, que incluía quase todas as vertentes existentes. Parabéns para ele! Da minha parte só me resta partilhar com os leitores do Maia Hoje a experiência. Aqui ficam os registos.

Red Woman

“Fotografia de Moda”

A Woman in red “Remember Later”

Blond & red “Fotojornalismo”

Ter uma solução simples não chega. É preciso que seja adequada à dimensão da sua Empresa. Queremos mostrar-lhe Porquê

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o t r o P g n i t r o p S em Duplicado Duplicado As passadas segunda e quinta feiras foram palco de um “embate” de candidatos ao título. O primeiro jogo contava para o Campeonato Nacional da I Liga e terminou com um empate a duas bolas que se transformou num autêntico balde de água fria face ao escaldante momento do Boavista. O segundo jogo, referente as Meias Finais, realizou-se ontem e infelizmente a hora do fecho da edição ainda não nos foi possível obter o resultado, apesar de sabermos que o adversário a defrontar na Final encontrará pela frente a “surpresa” Maritímo que na passada quarta feira logrou derrotar no Estádio do Bessa o Boavista, presentemente, o mais forte candidato ao Titulo. Do primeiro encontro das Antas, publicamos uma das imagens obtidas pelos nossos repórteres Júlio Ornelas e Miguel Ângelo Machado.

Mário Reis: desmente acusações do Felgueiras

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Bilhar: Torneio “O Maior” - terminou 2ª fase

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Torneio de Sueca anima Freguesias da Maia

Test Drive: Mazda MX-5 um roadster de eleição

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TREINADOR de

O (ANTÓNIO) COSTA

DO

bancada

CASTELO

Saúdo os meus companheiros de bancada e os estimados leitores do Maia Hoje. Espero conseguir entusiasmar os leitores, tanto quanto eu fiquei entusiasmado quando o meu amigo Bacelar me convidou para escrever sobre uma das minhas paixões. Sim, paixão! Porque como diz o Miguel Sousa Tavares: “O F. C. Porto é muito mais que um Clube. É uma Cidade, uma Mística, uma forma de Lealdade e de respeito pelas memórias. O F. C. Porto é como Portugal, nos seus grandes momentos históricos: mais do que permitia a força humana, como disse Camões. O Amor pelo F. C. Porto não está ao alcance do entendimento dos outros.” Esta semana futebolística começou com mais uma eliminatória da UEFA, onde, conforme vem sendo habitual, o nosso país se limitou ás prestações do F.C. Porto. Caímos nos 1/4 de final. E mais uma vez caímos perante um adversário que é um colosso do futebol mundial. E mais uma vez caímos com uma arbitragem, que a exemplo da época anterior, nos prejudicou, se bem que tal reparo não sirva de desculpa face à superioridade do Liverpool. E assim terminou a UEFA para Portugal. O F.C. Porto foi até aos 1/4 de final; o Boavista foi afastado frente à Roma com um monumental “roubo de igreja”; o Benfica deixou-se eliminar por uma equipa que só a conhecemos quando esta saiu em sorteio, naquela que foi uma das eliminatórias mais vergonhosas para o futebol português; o Sporting mostrou na Liga dos Campeões os erros que cometeu ao comprar tantas estrelas e deixar sair na mesma época os campeões Vidigal e Dusher. Para que conste: o Benfica contra uma equipa de amadores o melhor que conseguiu foi um empate caseiro. O Sporting foi a única equipa das 32 que participaram na Liga dos Campeões que não conseguiu vencer. A 25ª jornada da 1ª Liga deixou o Boavista ainda mais isolado na luta pelo título, graças ao empate entre Porto e Sporting, num jogo onde o sadino, António Costa, realizou uma arbitragem habilidosa, a exemplo das que protagonizou no Sporting-Porto (supertaça) e Benfica-Porto (campeonato). Em Alvalade para a supertaça este Costa, que não o do Castelo, mas que defende tão bem o Sporting, como o outro defendeu no célebre filme com o grande António Silva, expulsou Paulinho Santos em duas faltas banais. Na 2ª feira João Pinto agrediu Deco a pontapé e o Costa exibiu-lhe, tão só, o amarelo. Beto, como de costume, fez uma série de faltas maldosas e nem sequer admoestado foi. Foi-o Jorge Andrade numa falta em que apenas tentou jogar a bola. Muitas faltinhas no meio campo inventou o Costa, sempre a favor dos Leões, como a que deu o golo do empate. Não quero, lembrando a actuação do Costa, retirar mérito ao Sporting, que se apresentou nas Antas como um verdadeiro candidato ao título e bem mais fresco. O sensacional Paços de Ferreira venceu na Luz, o que para mim, que já vi jogar estas duas equipas por diversas vezes, não me causou qualquer surpresa. É o Benfica de regresso à normalidade depois de ter ganho meia dúzia de jogos graças aos livres e penaltys do holandês. ADRIANO FREIRE

Sexta-Feira, 23 de Março de 2001

FCP-FÁBRICA

Á medida que se aproxima a hora de todas as decisões no Campeonato Nacional da I Liga, chega-se também à fase da confirmação dos argumentos que cada uma das equipas de topo é capaz de esgrimir. Desde logo, a primeira certeza que fica é que o Benfica, pese embora um arremedo de tenacidade, não é candidato a mais do que aspirar a uma escorregadela de uma das quatro equipas que estão à sua frente e fazer votos para que a final da Taça seja jogada entre Boavista e FC Porto ou Sporting. A não ser assim, está condenado a nem sequer participar na Taça UEFA e lá se vai todo o projecto grandioso de Manuel Vilarinho por água abaixo. Em segundo lugar, não se pode esquecer que Boavista e Sporting de Braga estão a ser as grandes figuras da provas. Mais os primeiros que os segundos mas, ainda assim, em pé de alguma igualdade. É que os arsenalistas já derrotaram o líder por duas vezes. Tal facto permite-me acreditar (certezas quem as tem?) que a equipa de Jaime Pacheco, apesar de tudo, ainda não vai ser este ano que chega ao título. Faltalhe ainda saber cumprir a ponta final, aquela em que não se pode desperdiçar pontos. E o Boavista vai falhar frente a um qualquer conjunto de segundo plano, daqueles que lutam para não descer, comprometendo assim o sonho do “major” e do seu sucessor. Restam FC Porto e Sporting. Projecta-se a reedição da ponta final alucinante da temporada transacta e, mais uma vez, acredito que serão os leões a festejar. Depois da amostra de segunda-feira, nas Antas, não restam dúvidas que os “dragões” já não lançam fumo, muito menos chamas. Um ou outro resultado menos negro (o empate diante do Sporting até foi um bom pecúlio, tão pobre foi a exibição ) apenas parecem servir para prolongar uma agonia indisfarçável. Pinto da Costa está preso à sua palavra e protege o técnico que, apesar de ser boa pessoa, não consegue acertar com as melhores opções ou, o que ainda é pior, parece não ter opções. Resta o Sporting. E recorde-se o chavão popular que diz que “os últimos são os primeiros”. Manuel Fernandes não fez uma equipa, mas conseguiu colocar o conjunto que comanda a jogar nas Antas sem medo. Ganhou o espectáculo e ganhou o campeonato a certeza de que o “leão” não está moribundo, como muitos vaticinavam. É, e sempre o foi, um forte candidato à renovação do título. Na minha opinião o mais forte candidato. JORGE GONÇALVES

CAMPEÕES

DE

PORTUGAL

Como empresa renascida na época dourada da adesão à CEE, esta empresa enferma hoje de males que urge atender. Efectivamente nesta casa fabricavam-se campeonatos em série e, sobretudo, graças a subsídios em fundos perdidos e desconhecidos dados pela arbitragens e sobretudo pela fraca concorrência no mercado de então. Não satisfeita com o mercado Nacional, a Empresa FCP voltou-se para o mercado europeu onde graças, mais uma vez, aos milagrosos subsídios obtidos com a sua participação nas andanças europeias, se apresentava como a única empresa com situação económico-financeira estável e pujante. Não há dúvida que esta era uma Empresa modelo, de que os nossos governantes se orgulhavam e erguiam como bandeira do sucesso do país da euro-dependência. Acontece que, como em tudo na vida, não há mal que sempre dure nem bem que não se acabe. E efectivamente acabou. Bastou aparecer no mercado uma outra empresa a candidatar-se aos mágicos fundos da Europa e a FCP rapidamente se viu sem os milhões da Europa, porque, pelos vistos, os senhores da Europa só querem dar tais subsídios a uma única Empresa deste País. Por força da não participação na dança dos milhões a FCP viu-se na obrigação de contratar mão de obra barata fora do comunidade. De repente passa de Exportadora a Importadora de mão de obra barata. É assim que atracam em Leixões, contentores e contentores de mão de obra brasileira. Pelo preço de um português, podia-se trazer tres ou quatro brasileiros. Como se não bastasse tal situação, depara-se a FCP em finais do Século XX/ princípios do século XXI, com um Inverno rigoroso como há décadas não se via. Ora, habituados ao calor do Rio, os trabalhadores pura e simplesmente não se adaptaram ao clima, pois, em vez das praias de Copacabana, tinham como horizonte, as cheias de Miragaia e Afurada. Ora, sendo a FCP uma empresa que floresceu, como muitas outras, à sombra dos subsídios da Europa, não é justo abandonar-se assim uma unidade de produção tão importante para a economia Nacional. Olhando à consequências drásticas deste rigoroso Inverno na produção daquela empresa, não seria justo que as autoridades deste país, declarassem as Antas como zona de calamidade pública? Sim, porque é toda uma região que vê uma das suas principais empresas em dificuldades. Senhores do Governo, desde o início deste Inverno, já no Século passado, que a FCP não consegue facturar nas suas deslocações ao exterior. Obviamente por causa das intempéries. Como se não bastasse, vê esta Empresa de dimensão Nacional, uma oficina de bairro preparar-se para usurpar para si os milhões que sempre lhe foram concedidos. Senhores governantes, a bem da paz social na região, declarem imediatamente as Antas zona de calamidade pública e subsidiem a não produção de golos, como tanta vez subsidiam a não produção de batata, melão, etc. A BEM DE PORTUGAL A BEM DO NORTE!!! FERNANDO SOUSA

O

SPORTING É O MAIS FORTE CANDIDATO

DE

ANO DA

PANTERA

A nove jornadas do final do Campeonato da 1ª Liga, o meu clube está a um passo de juntar ao seu enorme palmarés o Campeonato Nacional, se o futebol se jogar so dentro do campo. Digo enorme palmarés por se tratar de um clube que normalmente não tem mais de nove mil pessoas a assistir ao jogos, mas que se sabe honrar o grande nome que tem. Na próxima jornada estarei no Funchal, a apoiar a minha equipa, juntamente com os outros adeptos que não perdem uma única oportunidade de ver jogar a melhor equipa do Campeonato, esperando que não apareça um árbitro que queira ser o protagonista do jogo, prejudicando a minha equipa Ao contrário do que se fala o meu clube tem um saldo negativo, com as arbitragens, para não falarmos do sistema. Falar do sistema, é tapar os olhos aos adeptos quando se gasta fortunas com jogadores e os resultados ficarem aquem das espectativas. Só quem não conhece o clube ou não quer conhecer não dá mérito às nossas vitórias. Somos os primeiros em tudo. Visitem o nosso Estádio e vão ficar de boca aberta com as obras que se estão a efectuar. VAMOS SER CAMPEÕES. VIVA O BOAVISTA! JORGE BARROS

COMO

O LEITORJ` REPAROU,DESDE ESTA EDI˙ˆO QUE TEMOS AUTONOMIA

,COM

A INCLUSˆO

DE UMA CAPA PR PRIADESTINADAAO DESPORTO. SETE SER` CONCERTEZA O PONTO DE PARTIDA PARA UM MAIA H OJE RENOVADO EM TERMOS DESPORTIVOS. N ESTA MESMA P`GINA ENCONTRAR` TAMB M UMA NOVA SEC˙ˆO, QUE APELIDAMOS DE TREINADOR DE BANCADA ONDE , O PAINELCONSTITU˝DO POR ADRIANO FREIRE, EFRNANDO SOUSA, ORGE J BARROS E JORGE G ON˙ALVES, IRˆO DEFENDER AS CORES DOS SEUS CLUBES, RESPECTIVAMENTE , FC ORTO P , SL ENFICA B , OBAVISTAFC E SPORTING CP. AS NOVIDADES NˆO VˆO FICAR POR AQUI, E VˆO SENDO IMPLANTADAS AT QUE A METAMORFOSE ESTEJA COMPLETA. ESPERAMOS QUE SEJA DO SEU AGRADO . A PRESENTO OS MEUS CUMPRIMENTOS ,

C ARLOS B ARRIGANA EDITOR D ESPORTO


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DESPORTO

Sexta-Feira, 23 de Março de 2001

F.C. Maia - 2 Ovarense - 1

FUTEBOL

Fernando Almeida salvou no último minuto Após o desaire obtido na última jornada, frente ao Felgueiras e, onde, caso o resultado fosse outro, poderia ter catapultado o Maia para uma posição mais favorável, a vitória frente à Ovarense sorriu aos maiatos, num jogo que dominou, mas que fez sofrer os adeptos até ao último minuto da partida. Texto: Miguel Ângelo Machado; Foto: Júlio Ornelas

Resumindo a primeira parte, poder-seia dizer, que o Maia lutou bastante, mas encontrou muitas dificuldades em penetrar na área frente a uma Ovarense muito organizada, tendo ido para o intervalo com uma desvantagem de um golo. De início e até aos 15’ minutos de jogo, o Maia dominou e criou duas oportunidades de golo, uma que foi considerada fora de jogo por José Pratas e outra que não teve resposta a um cruzamento efectuado para a área. Aos 16, Yuri faz uma grande jogada acabando por chutar cruzado mas a bola saiu um pouco ao lado do poste direito. Serrão, o guarda-redes da Ovarense, teve que se esmerar aos 18 minutos para fazer uma defesa difícil a um cabeceamento de Sérgio Pinto e no minuto seguinte Yuri efectua novo remate, desta vez interceptado por um defesa Ovarense. O Maia dominava as operações a meio campo e Fabri Gonzales, o treinador Ovarense, tentou dar a volta à situação, com uma substituição “forçada”, aos 25 minutos, com a saída por lesão de Orlando e a entrada de Paulo Pereira. Dois minutos depois, Joseph, após uma falta marcada no lado direito, cruzada para o segundo poste e após dois toques de cabeça de Luís e Charly, marca para a Ovarense, num golo de belo efeito que fez gelar as bancadas do estádio. A partir daqui e até ao intervalo o F.C. Maia, voltou a acordar e pressionou a todo o terreno, tendo a Ovarense apostado no contra-ataque. Aos 31 minutos, Mário Reis, resolve mexer na equipa e tirou Rica e apostou em Dieb, tendo-se notado posteriormente alguma desorientação, com uma equipa desconcentrada e incapaz de colocar a bola nos avançados. Apesar disso Dieb, ainda pôde dar o “gostinho” à cabeça e aos 36 minutos rematou por cima da trave de Serrão, tendo no minuto seguinte Cabral rematado com perigo de fora da área. Antes de ir para intervalo, o Maia ainda dispôs de mais duas oportunidades, aos 40, em que se pediu Penalty, para um remate feito a meio metro do corpo, de um defesa que dificilmente o poderia evitar e

FICHA TÉCNICA ESTÁDIO: Prof. Dr. José Vieira de Carvalho na Maia ÁRBITRO: José Pratas ÁRBITROS ASSISTENTES: Hernâni Fernandes, Arlindo Santos e Pedro Mansinho DELEGADOS DA LIGA: João Lemos e António Freitas AO INTERVALO: 0-1 MARCADORES: Joseph aos 27’, Kika aos 81’ e Fernando Almeida aos 90’

aos 41, em que Kika remata à malha lateral quando já se gritava golo nas bancadas. Logo nos primeiros minutos da segunda parte, o F.C. Maia, mostrou ao que vinha com um jogo mais movimentado e um Maia pressionante, e aos 49 minutos Sandro cabeceava forte com a trave a impedir o merecido golo. Só aos 60 minutos, a Ovarense rematou à baliza de Debenest. Mário Reis, voltou a mexer na equipa e tirou Hugo Reis colocando Fumo em jogo, passando assim a jogar com 4 avançados. O Maia continuava pressionante e com muitos remates perigosos e aos 70 minutos tirou o “coelho da cartola” trocando Yuri por Fernando Almeida que acabaria por dar o golo da vitória aos maiatos. Aos 75 grita-se de novo Penalty na área da Ovarense, após uma excelente iniciativa individual de Sérgio Pinto, um minuto depois e na mesma toada pressionante, Dieb, em combinação com Major (sempre um senhor), desfere um

remate perigoso, que sai um pouco por cima da barra. A dez minutos do fim do jogo, o Maia empatou a partida por Kikas, após um lançamento da linha lateral que a defesa não interceptou e o jogador do Maia, na pequena área, aproveitou para marcar. A partir daqui a Ovarense, confiando na sorte, já nem contra atacava e passou nitidamente a defender o resultado e estava em cima dos 90’, quando Fernando Almeida a passe de Fumo, que fez uma excelente recuperação de bola, marcou o golo da vitória com que terminaria a partida. No final do jogo, os treinadores tinham opiniões diferentes, mas acordavam na vitória do Maia. Fabri Gonzalez, treinador da Ovarense, dizia à imprensa no final do jogo que a sua equipa defendeu bem, tentaram o contra ataque, mas falharam muitos passes, definiu o Maia como uma grande equipa e que fez um grande esforço, resultando nos dois golos da vitória, terminou dando os parabéns a todos os intervenientes. Por outro lado

F.C.MAIA, alinhou com Debenest; Rica; Cabral; Taccola; Hugo Reis; Major; Nunes; Kika; Yuri; Sérgio Pinto e Sandro TREINADOR: Mário Reis SUPLENTES: Miguel Ângelo; Dino; Artur Alexandre; Pedro Valente; Fumo; Fernando Almeida e Dieb SUBSTITUIÇÕES: Rica por Dieb aos 31’; Hugo Reis por Fumo aos 61; e Yuri por Fernando Almeida aos 69’. ACÇÕES DISCIPLINARES: Amarelo para Sérgio Pinto aos 43’. A.D.OVARENSE, alinhou com Serrão; Juancho; Orlando; Kikas; Artur; Luís Bruno; Capitão; Hélder; Charlie; Armando 1 e Joseph TREINADOR: Fabri Gonzalez SUPLENTES: Eusébio; Israel; Paulo Gomes; Diduch; Filipe e Bruno. SUBSTITUIÇÕES: Orlando por Paulo Pereira aos 25’; Joseph por Diduch aos 85’; Luís Bruno por Filipe aos 90’. ACÇÕES DISCIPLINARES: Amarelo para Kikas e Paulo Pereira

Mário Reis, disse que os seus jogadores tiveram um comportamento excelente, referiu que quando sofreram o primeiro golo tiveram que acelerar e que considera a vitória inteiramente justa face ao que se passou no relvado. Afirmou a terminar, estarem a lutar pelos primeiros lugares.

No rescaldo das acusações do Felgueiras ao treinador

Mário Reis esclarece tudo Em conferência de imprensa realizada após o treino matinal do passado dia 16, e que contou com a presença de Francisco Vieira de Carvalho, presidente do FC Maia e do seu vice-presidente Joaquim José, o técnico Mário Reis refutou as acusações de que foi alvo por parte da Direcção do Felgueiras. Na penúltima jornada, no terreno do Felgueiras, desafio que os maiatos perderam por 2-1, Mário Reis foi insultado por elementos da direcção daquele clube e adeptos locais, “fomos alvo de uma pressão enorme e isso reflectiu-se no comportamento da equipa”,

afirmou o técnico. Tudo porque Fernando Sampaio, vice-presidente do Felgueiras veio a público dizer que Mário Reis terá exigido uma indemnização de 80 mil contos para deixar o clube, na época de 97/98 e que o referido treinador estaria envolvido na transferência do jogador Bakero para o Leiria, clube que Mário Reis viria a treinar. O técnico explicou que quando assinou pelo clube felgueirense foi-lhe “prometido tudo, que iria ter uma boa equipa. Passado cerca de um mês fui abandonado. A Direcção demitiu-se e foi constituída uma

comissão administrativa. Após uma adulteração das minhas palavras numa rádio local, em que louvei o nome do presidente que se encontrava a fazer tudo para cumprir os compromissos que tinha comigo, este veio à praça pública enxovalhar o meu nome. Requisitei-lhe um pedido de desculpas mas ele nunca o fez e sendo assim, o caso foi para tribunal”, explicou o técnico. “É mentira que tenha pedido 80 mil contos de indemnização e que tenha recebido 40 mil. Recebi sim, 17.100 contos”, afirmou Mário Reis, comprovando

estes factos com a cópia do Auto de Conciliação que distribuiu pelos jornalistas. Mário Reis recusa igualmente qualquer ligação com a transferência de Bakero para Leiria. “Já tinha assinado pelo Leiria quando o sr. João Bartolomeu me questionou se estaria interessado no jogador Bakero. Disse-lhe que não porque esse jogador pertencia ao Felgueiras. O mesmo senhor respondeu-me que o Bakero tinha rescindido com o clube em causa e que o seu passe pertencia a um empresário. Sendo assim, o jogador veio jogar para o Leiria”, finalizou o técnico do FC Maia.


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DESPORTO

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PESCA

Iniciativa organizada pelo Inter de Milheirós

António Mano (Guerra Junqueiro) vence Concurso Nacional de Pesca António Mano, do clube Guerra Junqueiro, venceu individualmente o 3º Concurso Nacional de Pesca Desportiva de Mar que decorreu nas praias de Leça da Palmeira e de Labruge. Esta iniciativa organizada pelo Inter de Milheirós, contou com a participação de 160 atletas federados oriundos de 23 clubes. António Armindo Soares

Bragança Fernandes elogia Concurso de Pesca e realça espírito desportivo

O vice-presidente da Câmara da Maia, Bragança Fernandes, presente na entrega de prémios, realizada no Pavilhão da Junta de Nogueira, deu os parabéns à organização do III Concurso Nacional de Pesca Desportiva de Mar, e elogiou a organização bem como a elegância dos troféus: «Tenho muita pena de não poder participar neste concurso, porque ao vermos os troféus muito bonitos, em ouro e em prata, dá-nos vontade de levar alguns para casa...», confessou. O Autarca frisou ainda o dinamismo que o clube de Milheirós imprime nas suas iniciativas.«É de realçar o espírito desportivo e a forma como o Inter consegue colocar muita gente a praticar uma prova, o que nos dá gosto de apoiar nas suas actividades. Os clubes e as colectividades da Maia devem envolver a população em actividades salutares, que além de proporcionar laser, promove o convívio entre pessoas de várias localidades do país», acrescentou. Presentes também a colaborar na entrega de prémios estiveram, o presidente da Assembleia de

Freguesia de Milheirós, Edmundo Aurélio, o presidente da Associação Regional do Norte de Pesca Desportiva, o maiato António Sandiares, e Paulo Costa, presidente do clube anfitrião. Este último em declarações ao MAIA HOJE, no final do evento, disse que esta realização constituiu «um êxito. Apesar do mau tempo contamos com a aderência de inúmeros atletas federados, num total de 160. Foi uma verdadeira ‘corrida ao ouro’; correu tudo desportivamente, o que nos abre boas perspectivas para começarmos já a pensar no concurso de 2002, se possível melhorar em todos os aspectos e torná-lo mais participativo». Quanto a classificações, no prémio individual venceu António Mano, do Guerra Junqueiro, com 5120 pontos; em segundo ficou Fernando Leite, do SECT, com 3780; e em terceiro, José Oliveira, da Casa do Benfica, com 3780. Em clubes o Guerra Junqueiro venceu; o segundo posto foi alcançado pela Casa do Benfica; e o terceiro posto foi para a Portuguesa de Leça.

António Mano, recebe trofeu individual do Concurso


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DESPORTO

Sexta-Feira, 23 de Março de 2001

Iniciativa do Inter-Freguesias arrancou em Nogueira

SUECA

Cumplicidades entre a ‘sueca’ e seus amantes... São 70 os participantes inscritos no Torneio da Sueca, inserido no Inter-Freguesias, e que teve a sua primeira jornada realizada no passado sábado, dia 17, no pavilhão da Junta de Nogueira. Presente a assistir ao evento esteve Bragança Fernandes que adiantou estar «radiante com esta iniciativa pois engloba um vasto número de praticantes, bem como uma assistência assinalável. Estão aqui presentes pessoas de diversas idades das freguesias do nosso concelho, o que nos deixa amplamente satisfeitos e orgulhosos». António Armindo Soares

O vice-presidente da Câmara Municipal da Maia, Bragança Fernandes, esteve presente no arranque do Torneio da Sueca que se realizou no Pavilhão da Junta de Nogueira, visivelmente satisfeito disse estar «radiante como esta iniciativa tem tantos praticantes e gente a assistir a este torneio da sueca. Estão aqui presentes pessoas de diversas idades das freguesias do nosso concelho. Acho interessante constatar este facto, uma sádia convivência que está aqui patenteada e o que nos deixa a nós autarcas cheios de regozijo. Penso que todas modalidades inseridas no Inter-Freguesias estão a ser um êxito. Dou os parabéns à organização, à Divisão do Desporto. Foi uma ideia brilhante e o povo da Maia está a acompanhar isto de alma e coração. Esta foi uma primeira amostra e vai ser, estou certo, uma continuidade no futuro». Abel Pereira Janela, de 66 anos de idade, residente no Chantre, Maia, é um dos amantes da ‘sueca’ e um dos inscritos no Inter-Freguesias, confessa ao MAIA HOJE «ser um bom frequentador das mesas da ‘sueca’. Graças a Deus ainda dou bem à mão. Em qualquer jogo perdese e ganha-se, e não é isso que está em causa; o que temos em vista é passar o tempo, e esta é uma maneira simpática de poder, depois de ficar aposentado, fazer mais e boas amizades, bem como viver a vida». Como vê esta acção da Câmara da Maia?: «É a primeira vez que estou a competir numa situação deste tipo, acho que estas propostas são aliciantes e animam a malta da nossa idade e não só.

Bragança Fernandes assiste a uma das partidas

Penso que estes jogos deviam acontecer mais vezes, como já referi, esta é uma maneira muito simpática de convivermos à volta de uma mesa com muitos amigos em nosso redor», respondeu Abel Janela. O jovem de S. Pedro de Avioso, Rogério Gonçalves, também um habitual homem das cartas, adianta-nos que «é

mais um passatempo que não posso deixar de fazer todas as semanas. Este é mais um bom motivo de conhecer mais pessoas». Ainda a ‘procissão vai no adro’ e Rogério Gonçalves ‘descobre’ algumas lacunas: «Esta é a primeira vez que acontece, há por exemplo a questão do programa dos horários, que por

desconhecimento de muita gente,acabam por não participar por não saber, porque isto começou muito em cima da hora». No entanto, louva a iniciativa da Divisão do Desporto da Câmara, «deve sempre apostar em iniciativas deste género e ser cumplice com as gentes maiatas das distintas freguesias , de modo estas se conhecerem melhor, o que enriquece a própria cultura que a Maia detém, a sua língua, a sua tradição, tudo de bom desta nossa pequena mas bonita pátria chamada Maia. Que esta cumplicidade do município seja sempre uma presença». A reportagem MAIA HOJE encontrou em pleno jogo um praticante distinto, o presidente da Junta de Freguesia de Gemunde, Joaquim Oliveira. «Isto de um autarca estar integrado neste evento é como qualquer cidadão o faz, pelo convívio, pela amizade e porque gosto de jogar as cartas. A minha equipa adversária é de Milheirós, que ‘pertence’ à autarquia do meu colega, Alfredo Santos Teixeira», referiu. É um bom jogador?: «Não! Eu mal sei assistir as cartas, faço isto mais para conviver. É um grande orgulho para todos nós, participantes, estar numa iniciativa que, pensamos já constitui um êxito», respondeu Joaquim Oliveira a concluir. Depois desta primeira jornada, posteriormente realizar-se-ão mais dois fins-de-semana, o término será no mês de Julho. Bragança Fernandes recordou ao MAIA HOJE que fará dupla com Vieira de Carvalho com a dupla vencedora deste Torneio da Sueca.

BILHAR

6º Torneio de Bilhar “O Maior” - 1ª Taça de Prata

Terminou a 2ª fase, a noite de Liliana e Adriano Freire Carlos Barrigana

Liliana Vaz e Adriano Freire foram os grandes protagonistas da última jornada da 1ª fase, já que precisavam de vencer para ficar apurados e conseguiram o feito despachando os seus adversários com uns concludentes 4-0. Mercê destes resultados os grandes derrotados foram José Franscisco (apontado como o favorito à vitória final) e Tiago Costa que realizou uma 1ª fase espectacular. Assim nos quartos de final vamos ter no grupo A: António Correia, José Henrique, José Lázaro e Júlio Silva; e no grupo B: Hugo Pereira, Liliana Vaz, Adriano Freire e Rogério Sousa. Nos grupos de apuramento do 16º ao 32º lugar, destaque para João Durães e Claudino Durães que conseguiram vencer todos os jogos desta fase e assim garantir o acesso para a disputa do 17º lugar. Pedro Sousa ao vencer Nuno Romão conseguiu a primeira vitória no torneio.

Resultados APURAMENTO DO 1º

AO

16º CLASSIFICADOS

GRUPO 1 António Correia, 3 - Armando Carvalho,3 Jorge Vicente, 1 - Hugo Pereira, 2 1º António Correia, 8; 2º Hugo Pereira, 7; Armando Carvalho, 6; 4º Jorge Vicente, 3. GRUPO 2 Liliana Vaz, 4 - João Oliveira, 0 Tiago Costa, 1 - José Henrique, 3 1º José Henrique, 8; 2º Liliana Vaz, 6; 3º João Oliveira, 5; 4º Tiago Costa, 5. GRUPO 3 Júlio Silva, 2 - Rogério Sousa, 3 Nuno Correia, 3 - Ricardo Andorinha, 0

1º Rogério Sousa, 9; 2º Júlio Silva, 7; 3º Nuno Correia, 5; 4º Ricardo Andorinha, 2. GRUPO 4 José Lázaro, 2 - André Rocha, 1 José Francisco, 0 - Adriano Freire, 4 1º Adriano Freire, 7; 2º José Lázaro, 7; 3º José Francisco, 5; 4º André Rocha, 5.

GRUPO 6 Claudino Durães, 3 - João Carvalho, 1 Nuno Oliveira, 0 - Rui Lopes, 3 1º Claudino Durães, 9; 2º Rui Lopes, 6; 3º João Carvalho, 6; 4º Nuno Oliveira, 2.

APURAMENTO DO 17º AO 32º CLASSIFICADOS

GRUPO 7 Nuno Romão, 1 - Pedro Sousa, 3 João Durães, 3 - Daniel Branco, 4 1º João Durães, 9; 2º Pedro Sousa, 6; 3º Nuno Romão, 5; 4º Daniel Branco, 4.

GRUPO 5 Carlos Moisés, 0 - Carlos Cardoso, 3 Luís Cunha, 3 - Pedro Santos, 0 1º Luís Cunha, 7; 2º Carlos Cardoso, 6; 3º Carlos Moisés, 6; 4º Pedro Santos, 0.

GRUPO 8 Nuno Mota, 3 - Rogélio Cruz, 3 Ricardo Carneiro, 3 - José Carneiro, 3 1º Nuno Mota, 6; 2º Rogélio Cruz, 5; 3º José Carneiro, 2; 4ºRicardo Carneiro, 1.


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DESPORTO

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RALLY FC PORTO

Baltar abre hostilidades A responsabilidade da segunda jornada do Campeonato Nacional de Ralis desta temporada volta a pertencer à secção dos Desportos Motorizados do FC do Porto. Os adeptos do desporto automóvel podem, assim, começar a escolher o melhor local para assistirem a esta prova, já que muitos não tiveram oportunidade de assistir nas classificativas minhotas o Rali de Portugal devido ao mau tempo. É que o Rali do FC do Porto vai usar uma grande parte do figurino da prova portuguesa do Mundial de ralis na região de Fafe, Felgueiras e Cabeceiras de Basto. O clube das Antas mantém as suas inovações: recorde-se que foi o primeiro clube a permitir treinos em classificativas completamente fechadas, o que permite aos pilotos andarem em plena segurança. Para esta edição a equipa das Antas decidiu trocar a classificativa nocturna de Barrosas, Felgueiras, por uma superespecial na pista de Baltar, disputada nos mesmos moldes do Rali de Portugal. Pelas 20h45 do dia 6 de Abril, as luzes da pista de Baltar vão se abrir para os dois primeiros carros em pista. O rali do FC Porto será disputado nos dias 6 e 7 de Abril - e para além do «Nacional» de ralis pontuará ainda para Trofeu Regional de Ralis do Norte. O figurino poucas alterações tem em relação às edições anteriores e graças

aos apoios e aos êxitos alcançados em anteriores provas, Carlos Cruz, líder da equipa das Antas, continua a manter o centro nevrálgico do rali FC Porto na região de Fafe, Felgueiras, Cabeceiras e Celorico de Basto. Como já vem sendo hábito esta prova terá uma elevada participação de equipas, muitas delas a repetirem a sua aventura no Rali de Portugal. A continuação desta aposta dos homens do FC Porto na região minhota está relacionada pelo facto de encontrarem nestas zonas um figurino

competitivo e económico. « Para além dos apoios camarários, importantes para o desenrolar desta prova que já granjeou elevada simpatia, tanto junto do público como no seio dos próprios pilotos, estas regiões apresentam, sem dúvida, óptimos troços para se desenrolar um rali com o gabarito da prova do FC Porto. Não é por acaso que o Rali de Portugal disputa nestas mesmas classificativas quase metade do seu percurso», adianta Carlos Cruz. Mesmo com os pisos de terra das classificativas em condições menos

boas, devido ao mau tempo e após as passagens do Rali de Portugal, os responsáveis pelas autarquias que apoiam esta prova, garantiram que as mesmas serão objecto de melhoramentos de forma a anularem eventuais estragos pelas condições atmosféricas e desportivas. Para além da novidade de Baltar, a prova terá mais uma dúzia de classificativas num total de 140 kms. A extensão do rali terá cerca de 420 kms, sendo no entanto a sua maioria percorrida por duas vezes pelos concorrentes. Sexta-feira (6 de Abril) os concorrentes iniciam a sua prova em Baltar, com partidas dos primeiros concorrentes às 20h45 e depois partem para o parque fechado, situado na Praça da Biblioteca, em Felgueiras. No dia seguinte (Sábado), as equipas largarão do mesmo local às 07h30 e terminam a 1ª secção às 11h30 na Praça do Mercado, em Fafe. Depois de um curto intervalo - para descanso dos guerreiros as equipas voltam para a estrada para completar a segunda secção às 13h30 e regressam ao local de partida às 18h15. Como já vem sendo hábito, a Secção dos Desportos Motorizados do FC Porto vai fechar as classificativas do rali no dia 31 de Março para que os pilotos possam efectuar os seus reconhecimentos em plena segurança.

Clube de Natação da Maia em Grande

4 Títulos e 26 Medalhas só este mês!

Nos últimos regionais, as Maiatas Ana Santos, Alexandra Monteiro e Cátia Ramalho, conquistaram no fim de semana de 2, 3 e 4 de Março, os campeonatos regionais de Juniores e Seniores em piscina de 50 metros. Carolina e Ana Silva também estiveram bem e arrecadaram um segundo lugar e vários terceiros. Em estafetas a vitória não lhes sorriu, mas conseguiram sempre os segundos e terceiros lugares. No final, trouxeram para terras do Lidador 3 títulos e 18 medalhas no total. Em Pinhal novo (Concelho de Palmela), decorreram os Campeonatos Nacionais de

Juvenis. O Clube de Natação da Maia, com apenas 5 nadadores conseguiu obter para o seu jovem currículo, mais dois títulos nacionais e oito medalhas. Trata-se de um feito muito importante para os nadadores maiatos que levaram o nome do clube a ser inscrito entre os “grandes” nacionais, deixando antever um futuro brilhante para esta equipa. Ana Pinto, conseguiu nas provas que realizou dois primeiros lugares e dois segundos; Sérgio Barbosa trouxe dois terceiros lugares; Vitor Ramalho dois segundos e a finalizar Tiago Castro um quarto lugar.

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Sexta-Feira, 23 de Março de 2001

TEST DRIVE

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Novo Mazda MX- 5

Prazer de condução com os cabelos ao vento A RODEX, empresa destinada ao comércio automóvel, representante na Maia da marca Mazda, e que no dia 5 de Fevereiro inaugurou as suas instalações dando assim início público à sua actividade, está a comercializar o pequeno MX-5, conhecido por muitos como “Miata”. Trata-se de um “Roadster”, muito bonito, de linhas arredondadas e que cativa há várias gerações, um público desportivo e conhecedor. O preço ronda os 5.000 contos, para tirar o prazer desta “jóia nipónica”. Textoe Fotos: Artur Bacelar

Mário Silva e família, os conhecidos comerciantes de automóveis da Maia, ligados a marcas como a Rover, Mitsubishi, etc..., apostaram forte numa nova concessão, desta vez a marca escolhida foi a Mazda, uma marca que já foi incompreendida em Portugal, mas que agora já cativa muitos adeptos, à custa da fiabilidade do seu célebre modelo 323F. Curiosamente os MPV (Multi Porposal Vehicules) e os Monovolumes, são o forte da marca, com os modelos Demio, Premacy e MPV. No campo dos “topo de gama”, acabam de lançar o novíssimo “Xedos 9” que utiliza um motor a gasolina de 2.5 V6 de 164 Cv e irá custar aproximadamente 9250 contos. O MX-5, é por assim dizer, um “Ferrari” baratinho, isto falando ao nível, do prazer de condução que retiramos desta máquina, a atestá-lo está o motor 1.6 da versão ensaiada que debita nada mais nada menos do que 110 cavalos às 6500 rotações por minuto.

com o vidro traseiro aquecido; dois faróis de halogéneo, sendo dois projectores e dois multi-reflectores; alcance dos faróis ajustável; retrovisores eléctricos com desembaciadores; pára-choques da cor da carroçaria; estribos da roda em aço inoxidável; direcção assistida com sensores de velocidade; antena eléctrica; consola com suporte para copo, porta-luvas com fecho; uma prática bolsa de arrumação por trás dos bancos, consola central com chave e dupla buzina. Opcionais Quase tudo é de série neste veiculo, mas poderá acrescentar o seu toque pessoal com a capota rígida e acessórios destacáveis, bem como o “famoso” sistema de navegação. Os Preços Para poder levar para casa este “Spider”, na versão 1.6, terá que desem-

bolsar 5.355 contos e se optar pela versão 1.8, a diferença custa 500 contos cifrando-se no preço final de 5.855 contos. Em Conclusão A opinião geral é de que se trata de um excelente desportivo, para aqueles passeios feitos a duas pessoas, num belo dia de sol. Curioso é o facto de várias pessoas terem dito que face ao aspecto exterior, ao Design do interior, aliado à cor marfim do velocímetro, e à cor verde do veiculo ensaiado, este se parecia com um Jaguar “E-Type”, de dimensões reduzidas....opiniões! Trata-se de um “Spider”, muito agradável e divertido de conduzir, a caixa de velocidades é soberba, a suspensão é muito eficaz em curva e com uma posição de condução correcta, muito graças aos bancos desportivos. Trata-se tão somente do “Roadster” mais vendido de todos os tempos... e tal feito, vem no “Guiness Book of Records”.

Maia Hoje

Motorização, Performance e Consumo Dois motores disponíveis, um 1.597 (1.6) com 110 cavalos, que atinge os 100 Km/h em 9.7 segundos e consumos previstos de 10,8/8,1/6,6 litros aos 100 (urbano/misto/estrada), velocidade máxima de 191 Km/h e outro de 1.839 (1.8) com 146 cavalos, que atinge os 100 Km/h em apenas 8.5 segundos e consumos previstos de 11,4/8,7/7,1 litros aos 100, velocidade máxima de 205 Km/h. A estas duas motorizações correspondem 3 versões, sendo a terceira um 1.8 mas de caixa de 6 velocidades. A Segurança Este capitulo não foi descurado e o MX5, trás de origem travões de disco às 4 rodas, ABS, diferencial auto-blocante Torsen, Airbag passageiro e condutor e cintos de segurança de três pontos com pré-tensores. Equipamento de Série Além de outros equipamentos “normais” para o tipo de veiculo, conta

je o H a Mai


Última hora - Tempestade assola o País.

Desta vez foi preciso tirar as pessoas de barco REPORTAGEM DE: MIGUEL ÂNGELO MACHADO E JÚLIO ORNELAS; TEXTO: ARTUR BACELAR

Já no fecho deste jornal, uma chuva diluviana que se abate em Portugal Continental, acrescida de ventos fortes, tem provocados inúmeros estragos e obrigado a Protecção Civil da Câmara Municipal da Maia a realojar várias famílias. Essencialmente os casos já são conhecidos, resta saber a resposta que as autoridades e os técnicos competentes irão dar para que tal não volte a acontecer. Segundo soubemos até ao dia de amanhã (Sábado), o tempo vai-se manter instável e a Protecção Civil estará de prevenção para o que der e vier. O centro de comunicações está a ser instalado na Torre Municipal de Serviços e não teria sido possível coordenar eficientemente as operações, não fosse a boa vontade e prestação da Cruz Vermelha maiata. Ao que soubemos, tiveram que ser realojadas 18 pessoas, entre as quais algumas crianças e bebés. Os casos de maior “aflição” e que obrigaram a realojamento, estavam localizados na Rua Central em Ardegães (4 pessoas); Rua do Pisão em Águas Santas (4 pessoas); Rua do Arco em Gueifães (4 pessoas); Ponte do Arquinho em Milheirós (3 pessoas) e também naquela freguesia na Rua do Pinto (3 pessoas). Nesta última zona, Rua do Pinto em Milheirós, os bombeiros de Leça, tiveram que utilizar um bote para retirar as pessoas que foram apanhadas desprevenidas em casa. A estrada nacional 13 (Via Norte), junto à ponte antiga (em pedra), do caminho de ferro, ficou cortada ao trânsito por volta das 7 horas da manhã da passada quarta-feira, devido essencialmente ao transbordar do rio Leça. No mesmo local, a ponte situada no lugar de Ronfos (Araújo), deixar de ficar à vista, tal era a elevação das águas. Na rua do Souto, via de acesso do centro da Maia à Via Norte, ocorreu um aluimento de terras com queda de árvores de grande porte, tendo provocado o corte total da referida artéria. Os serviços municipais, ocorreram ao local para desobstruir a via. Trabalho esse que se prolongou por toda a tarde.

Na zona dos Moinhos de Alvura, Milheirós, populares que habitavam no local, referiram-nos que esta teria sido a pior cheia de sempre. Os meios utilizados nestas acções de salvamento e controlo da situação, foram a PSP de Águas Santas e Maia, as corporações de bombeiros de Ermesinde, Leça, Moreira e a Cruz Vermelha, através do seu núcleo da Maia, bem como a Brigada de Trânsito da GNR. O Serviço Municipal de Protecção Civil, como já falamos, vai estar em alerta, dado que espera-se condições meteorológicas muito desfavoráveis para hoje (altura em que escrevemos estas linhas - quintafeira), estando todos os meios disponíveis (bombeiros, Polícia, etc...). Sobre este assunto recebemos nesta semana na nossa redacção, Arlindo Jesus Geraldo, 59 anos, morador na Travessa da Catula e que foi atingido pelas últimas cheias no inicio do mês. Arlindo Jesus conta vários prejuízos, entre electrodomésticos e móveis. O Ribeiro da Areosa tem atingido neste Inverno níveis “anormais”, sendo a água que nele corre demais para o túnel, que passa por debaixo da estrada, e que o liga ao Rio Leça. “São águas pluviais de S. Mamede de Infesta e da auto-estrada, de urbanizações novas, como a da Arroteia, e inclusive esgotos. Tudo vem parar ao Ribeiro”. Arlindo Jesus fez já relatórios dos estragos que ultrapassam os 200 mil escudos e entregou-os à Protecção Civil “para ver se o Governo nos dá alguma ajuda”. O morador aproveitou a ocasião para agradecer a todos os que o têm acudido aquando

Aspecto da Via Norte

Arlindo Jesus quis agradecer à Protecção Civil

O impossível acesso a uma das habitações atingidas


Nº 003 - Março 2001

Este suplemento faz parte integrante da edição nº 028 do Jornal Maia Hoje e não pode ser vendido separadamente

2001 ODISSEIA MULTIMÉDIA Forum Nacional sobre Tecnologias Multimédia 25 a 29 de Abril 2001

A realização em 1997 do último Forum Multimédia, revelou de um modo muito claro que este tipo de eventos é passível de congregar ao seu redor camadas distintas da população e grupos com interesses muito diversificados. A 2001 Odisseia Multimédia visa a dinamização de públicos eventualmente menos despertos para outras áreas da cultura, catapultando-os através destes interesses mais específicos para outras actividades do âmbito cultural que o Pelouro da Cultura tem vindo a realizar. Promover o acesso livre às tecnologias, num tempo e num espaço determinado, segundo um entendimento democrático do que deve ser o acesso aos meios de informação, formação e entretenimento, será uma das traves mestras deste Forum. Além do carácter demonstrativo do Forum, deverão

realizar-se conferências com a participação de personalidades e investigadores, representantes de instituições como por exemplo a Porto Editora, o ISLA, POSI, IIE, DREN, MICROSOFT, Fundação Portuguesa das Comunicações, NTV, TELEPAC, NEWORLDREAM, OPTIMUS, COMPAQ, Universidade Portucalense, Universidade Fernando Pessoa Faculdade de Ciência e Tecnologia, entre outras, cujo conhecimento, experiência e notoriedade justificam o convite e enriquecem o acontecimento. Para este certame, além da Câmara Municipal da Maia e da Academia das Artes da Maia - Produções Culturais, E.M., que são as principais entidades organizadoras, foram chamados enquanto co-organizadores e patrocinadores diversos organismos do Estado, universidades e empresas, cujas actividades se relacionam, directa ou indirectamente, com estas

tecnologias ou que fazem delas a essência da sua acção. Além do espaço “Conferências”, a 2001 Odisseia Multimédia será uma exposição de tecnologias para livre acesso dos visitantes, Cyber espaço com ligações em permanência à INTERNET e show rooms para apresentações colectivas de novos produtos, com destaque para uma demonstração de TV Digital Interactiva. A organização aceita inscrições para visitas de estudo de escolas ou outras, que devem ser efectuadas para: “2001 Odisseia Multimédia”, Forum da Maia, 4470-202 MAIA, Telefone 22 9408643, Fax 22 9440633 ou 2001.multimedia@cm-maia.pt.


II Cultura

Sexta-Feira, 23 de Março de 2001

Descentralização das actividades culturais A Câmara Municipal da Maia, por iniciativa do Pelouro da Cultura, aprovou a realização de um Ciclo de Teatro nas Escolas do 1º Ciclo e em algumas Colectividades Culturais do Concelho. Segundo Mário Neves, Vereador do Pelouro da Cultura “o objectivo desta iniciativa visa continuar uma política de descentralização cultural, que no presente mandato autárquico já teve inúmeros exemplos, disponibilizando localmente às populações produtos culturais de qualidade”. Os espectáculos que decorrerão nas Escolas do 1º ciclo levarão à cena a peça “Teatro de dizer, Teatro para fazer”, perfeitamente adaptada ao gosto e às necessidades de um público infanto-juvenil. Para as Colectividades Culturais do Concelho, a Câmara Municipal fará chegar a peça “Falar verdade a mentir”, de autoria de Almeida Garrett.

Milhares de crianças encheram o grande Auditório do Forum da Maia Mais de 5.200 crianças, oriundas das Escolas EB1 e Infantários do Concelho, assistiram nos passados dias 14, 15 e 16 de Março à peça de teatro “Antes de Começar”, de Almada Negreiros e encenada pela Companhia de Teatro “O Sonho”. No total foram oito espectáculos que divertiram e encantaram um público que apesar de tenra idade, começa a estar desperto para as artes cénicas. Os Serviços Educativos do Pelouro da Cultura da Câmara Municipal da Maia, cuja acção incide, sobretudo, sobre o público estudantil do Concelho da Maia, organiza em cada ano dezenas de actividades que mobilizam muitos milhares de crianças e jovens.

FICHA TÉCNICA

Maia

terra de cultura

N.º 003 - Mensal - Março 2001 Depósito Legal nº. 147209/00 DGCS nº. 123524

Pr opriedade: Câmara Municipal da Maia

Editor MaiaPress - Jornal Maia Hoje

Pa g i n a ç ã o Jornal Maia Hoje

Dir ecção Pelouro da Cultura

Impr essão Naveprinter

Design Gráfico Millennium Press

Dir ector Executivo Mário Nuno Neves

Redacção Pelouro da Cultura C.M.Maia

Tir a gem 3.000 exemplares

Fotog r afia Arquivo C.M.Maia Álvaro Magalhães Suplemento integrante do Jornal Maia Hoje n.º 28 de 23 de Março de 2001. Não pode ser vendido separadamente.


Sexta-Feira, 23 de Março de 2001

Cultura III

Festival de Música da Maia 2001 O Festival de Música da Maia de 2001 começa a ganhar contornos. Rui Veloso, Fúria do Açucar, The Gift, Jorge Palma, Septeto Habanero, entre outros, são alguns dos artistas e dos grupos que participarão nesta já habitual festa maiata da música. O Festival de Música da Maia de 2001, procurará privilegiar espectáculos a realizar na Praça do Município, aproveitando as excelentes condições de espaço que a mesma oferece. Serão também realizados um conjunto de concertos pedagógicos, para as crianças das Escolas do Município. Tudo indica que pela primeira vez este certame, oferecerá à população do Concelho um espectáculo de Ópera: “A Viúva Alegre”.

Pequenos Cantores e Amigos da Música cimentam relações Luso-Espanholas

Os Pequenos Cantores e Amigos da Música da Maia vão actuar na cidade espanhola de Léon, no início do mês de Abril. Esta actividade insere-se no âmbito do Protocolo de Cooperação Cultural, celebrado entre a Câmara Municipal da Maia e a Junta de Castilla y Léon.


IV Cultura Conservatório de Música da Maia de parabéns Sexta-Feira, 23 de Março de 2001

O Conservatório de Música da Maia viu, muito recentemente, ser-lhe atribuído o Paralelismo Pedagógico, o que significa mais uma etapa vencida no percurso daquela instituição, que é já um grande motivo de orgulho para toda a Comunidade Maiata. Frequentado por mais de uma centena de crianças e jovens do Concelho, dotado de um corpo docente de

grande qualidade, o Conservatório de Música da Maia é dirigido pedagogicamente pelo Maestro Manuel Ivo Cruz, que é uma das personalidades mais marcantes no panorama musical da actualidade. Segundo informações prestadas pelo Conselho de Administração da empresa municipal “Academia das Artes da Maia - Produções Culturais, E.M.”, entidade

que gere o Conservatório em nome da Câmara Municipal da Maia, estão já a ser desenvolvidas diligências no sentido de ser conseguida a “Autonomia Pedagógica”, o que a acontecer colocará esta jovem instituição municipal (que tem cerca de um ano e meio de funcionamento regular) no mesmo patamar do Conservatório de Música do Porto.


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