43

Page 1

100$ € 0,5

Porte

Pago

IVA Incluído

Director Artur Bacelar Ano II • Nº 43 • Quinzenal • Sai às Sextas DE 9 DE NOVEMBRO A 22 DE NOVEMBRO

Pág. 12

Eleições Autárquicas 2001

Centro de Emprego cria empresas de sucesso

Uma iniciativa exclusiva do Maia Hoje A maior

Bolsa o de Empreg aia !

págs. 3-11

pág. 17

o da M do Concelh

pág. 24

Com esta edição suplemento “Galope 2001”


02

MAIA HOJE

Sexta-Feira, 9 de Novembro de 2001

Cumprir a lei Propriedade: MAIAPRESS Editores, Lda.

Artur Bacelar Director

REGISTADA NA CONS. REG. COM. DO PORTO COM O NÚMERO 1313 CONTRIBUINTE NÚMERO 504 786 954

Director da Publicação: Artur Bacelar Chefe de Redacção: Manuela Sá Bacelar Editor Local: António Armindo Soares (jornalista) Editor Desporto: Carlos Barrigana Directora Comercial: Manuela Sá Bacelar Design / Paginação: Susana Patrícia Padr\ão Paulo Borges Colaboradores: Andreia Martins André Leão Silva André Leonhartsberger Cristina Costa Diana Batista Francisco Alves Guilherme Costa Júlio Sá Ornelas Laura Nogueira dos Santos Miguel Ângelo Machado Nelson Maia Rui Alexandre Ribeiro Sofia Vales Pinto Sónia Pinto Williams James Marinho Cronistas: Mário Duarte Nelson Azevedo Ferraz Vítor Maia Distribuição: António Maia Padrão

Se todos nós Portugueses somos obrigados a cumprir a lei, porque é que não se cumpre a lei na Assembleia da República? O que se passou na passada semana com a “descoberta” de que faltavam deputados na Assembleia da República, contabilizados para uma votação, não é menos grave do que o famoso caso do “super-homem” (para quem não se lembra foi o caso em que um ou vários deputados, apresentavam facturas de viagens à custa dos contribuintes sem sair do lugar...). O sistema democrático e eleitoral Português, carece urgentemente de uma revisão, ou um sistema em que se possa fazer viagens sem sair do sítio, trair os programas eleitorais em nome do queijo, e fazer votações sem quorum; ou então carece de profundas reformas, onde as pessoas sejam fortemente responsabilizadas pelos seus actos e onde os deputados sejam eleitos por Concelhos, ou círculos de números de eleitores. Neste segundo sentido, acho importante à semelhança

Redacção / D.Comercial / Distribuição Rua dos Altos, Edifício Arcada, loja 10 4470 - 235 Maia Telefones 22 947 62 62/64 Telefax. 22 947 62 63 Departamento Comercial. 22 944 00 03 Email: maiahoje@mail.telepac.pt Sede : Rua Duarte Pacheco, 623 - 4470 Maia DEPÓSITO LEGAL 147209/00 DGCS NºO 123524 TIRAGEM 3.000 EXEMPLARES

Foto REPORTER

Artur Bacelar

FOTO:

Os artigos de opinião são da responsabilidade de quem os assina, não reflectindo nem vinculando a opinião dos editores bem como do director do Jornal. A direcção do Jornal é defensora da plena liberdade de expressão, reservando-se a direcção a não publicar artigos de opinião que prejudiquem a imagem e liberdade de outros. É política do Jornal o pluralismo e isenção nos assuntos tratados.

TÍTULO:

Impressão: Indústria Gráfica do Norte, SA • EN 14 (km 7,05)

Recordações de Verão

A Equipa do Jornal Maia Hoje trabalha em Exclusivo com produtos

do sistema americano (que também tem defeitos), sabermos individualmente quem é o nosso deputado a quem iremos pedir responsabilidades pelos seus actos. Da mesma forma também defendo que as eleições autárquicas não deviam ter partidos e serem sempre concorridas por grupos de cidadãos. Seria mais justo, mais democrático e reflectia melhor o que a população pensa sobre este ou aquele candidato. No Maia Hoje, nesta edição, o leitor vai encontrar uma revista especial, em suplemento de 32 páginas, cujo tema é “Portugal Galope 2001”, dedicada aquele desporto em Portugal. A terminar desejo a todos os nossos leitores um bom S. Martinho. “S. Martinho, castanhas e bom vinho!”


03

Sexta-Feira, 9 de Novembro de 2001

PS reúne candidatos aos órgãos autárquicos

Projecto eleitoral aprovado, partido unido No passado dia 26, Jorge Catarino reuniu os militantes que integram as listas de candidatura socialistas às próximas eleições autárquicas de Dezembro com o objectivo de discutir o manifesto eleitoral e fazer com que todos os socialistas envolvidos se conheçam. Miguel Ângelo Machado

«Penso que é muito importante discutir o manifesto eleitoral para que estejamos preparados para suceder ao PSD na Câmara Municipal da Maia». Foi desta forma que Jorge Catarino, presidente da comissão política concelhia do PS Maia e cabeça de lista à autarquia da Maia, resumiu a «importância deste encontro, onde também todos os envolvidos têm a oportunidade de se conhecerem e estreitar laços para esta campanha eleitoral que se avizinha». O encontro rosa decorreu num restaurante situado em S. Pedro Fins. Mas antes da discussão dos assuntos do partido, esta à porta fechada, Jorge Catarino teceu duras críticas ao actual executivo social-democrata da CM da Maia. O candidato exigiu «mais eficácia na acção municipal, maior transparência, igualdade de oportunidades, melhor atendimento, mais apoio às Juntas de Freguesia e mais desporto amador», salientando ainda que é «urgente para a Maia mais zonas verdes, uma melhor política de saúde, mais segurança, melhores transportes e mais dinâmica na luta contra a toxicodependência». Para tal, o candidato socialista, pretende criar uma loja do Cidadão na Maia, um CAT (Centro de Atendimento para Toxicodependentes da Maia), esquadras da PSP em Pedras Rubras e Castelo da Maia, uma Repartição de Finanças, igualmente na Vila do Castelo da Maia e a construção de novos Centros de Saúde em Gueifães, Vermoim e Milheirós. Ainda sobre as políticas exercidas por Vieira de Carvalho, Jorge Catarino comentou: «A Maia cresceu à sombra de

pressões imobiliárias, compadrios e amizades. Tem sido mesmo um género de uma fábrica de imagens do seu presidente». O presidente da comissão política socialista da Maia realçou a forma como as «coisas são feitas neste partido, ou seja de baixo para cima, ao contrário do PSD onde tudo se desmorona e todos discutem e ninguém tem razão». Mensagem de encorajamento aos candidatos Jorge Catarino aproveitou ainda o seu momento de discurso para comentar o papel da JS nestas eleições autárquicas. Recorde-se que Sandra Lameiras, líder daquela força política, referiu ao “Maia Hoje” que a JS “não se sentia representada nas listas do Partido Socialista para a Câmara e Assembleia Municipal da Maia”. O candidato à presidência da edilidade maiata admitiu que «demos um tiro nos pés», sublinhando que o PS é um partido «plural que não tem paredes de vidro. A JS em apoiar unicamente os candidatos às Juntas de Freguesia não traz nada de positivo para o partido». Jorge Catarino apelou à união de todos e encorajou aqueles que «porventura possam vir a perder as eleições nas suas freguesias, a não desiludirem e continuarem a trabalhar», garantindo que o PS «estará sempre do vosso lado». Xavier Rebelo Pinto, número um da lista socialista à Assembleia Municipal, considerou que o «PS tem um óptimo programa e uma excelente estratégia. Trata-se de um programa vasto e bem

Rogério Rocha, Xavier Rebelo Pinto, Jorge Catarino e Maria Cecília Mendes

articulado que mereceu o consenso de todas as estruturas». Salientando o facto de as listas do PS incluírem muitas mulheres, Xavier Rebelo Pinto, referiu ainda que apesar da «JS não se ver representada nas

listas, temos lá muitos jovens, que para serem socialistas não são obrigados a passar pela JS». O projecto eleitoral viria a ser aprovado por unanimidade.

Catarino a procura da paz interna do PS


04

Sexta-Feira, 9 de Novembro de 2001

Delegação socialista visita instalações da Panike

“Na Maia não se respeita o PDM” Miguel Ângelo Machado

Na sequência de uma fuga do sistema de refrigeração da Panike ocorrida no passado dia 28 que levou à fuga de amoníaco para a atmosfera causando o pânico geral à população de S. Pedro Fins, uma delegação do Partido Socialista da Maia, composta por Jorge Catarino, candidato à CM da Maia, Miguel Ângelo Rodrigues - número dois da lista - e por Raúl Silva, cabeça de lista à freguesia de S. Pedro Fins, visitou, dois dias depois, as instalações da referida empresa no intuito de apurar mais informações sobre o acidente e como a empresa actuará no futuro. Na ausência de qualquer membro da administração da Panike, a referida comitiva foi recebida por Daniel Teixeira, engenheiro e director fabril. Panike assume pagamento de prejuízos No final da reunião, Jorge Catarino referiu que um dos pontos principais que devem ser encarados com mais preocupação assenta nas indemnizações à população relativos aos danos resultantes pelo acidente: «Nesta vertente, pelos vistos, a Panike assumiu publicamente a responsabilidade do pagamento desses eventuais prejuízos que vão ser apurados. Pensamos que esta atitude é interessante», apontou Jorge Catarino que fez ainda questão de comentar a ameaça de encerramento da empresa e com ela o despedimento de cerca de 300 trabalhadores: «Estamos preocupados com a situação dos trabalhadores que não têm culpa nenhuma que esta empresa esteja a funcionar sem alvará e licença de utilização. É uma situação que se arrasta há dez anos que a Câmara não resolveu e que estranhamente diz, suponho por uma gralha jornalística, que quem dá licenças de utilização são os Ministérios do Ambiente, Tecnologia e da Indústria. Que eu saiba, qualquer licenciamento de uma unidade industrial tem que ser instruída com os pareceres desses ministérios mas a Câmara é quem licencia. Temos na Maia desde 1979 duas zonas definidas industriais e não percebemos como é que a Câmara consegue permitir que estas empresas, algumas delas de risco como é o caso desta, funcionem fora dessas mesmas zonas».

«Sabemos que esta empresa é, tal como o presidente da Câmara afirmou, do tipo C, ou seja, de armazém de retém, mas isto é uma empresa industrial. Estas situações acontecem na cidade da Maia porque não se respeita o Plano Director Municipal. Este plano foi adjudicado em Janeiro de 1980, e só foi aprovado em 94 por pressão do Governo de Cavaco Silva, o que quer dizer que o desenvolvimento deste concelho se fez a partir de 1979 ao belo prazer dos técnicos e não com o PDM, que evitava situações como esta», criticou Jorge Catarino. O candidato socialista comunicou que recebeu da parte de Daniel Teixeira «a certeza que esta situação não se repetirá, dado que foi um acidente resultante de uma modernização das instalações, mas como não sou técnico, é necessário que sejam os técnicos das direcções gerais do Ambiente, da Indústria e da Energia a confirmar essa situação». No mesmo dia, a direcção do PS/Maia emitiu um comunicado aos órgãos de comunicação social que publicamos de seguida: Assunto na Fábrica Panike em S. Pedro Fins - Maia A Direcção do Partido Socialista da Maia reuniu hoje, 30/10/01, pelas 10 horas com a Administração da Panike representada pelo seu director fabril, Engº Daniel Teixeira. Após análise detalhada do incidente ocorrido no passado Domingo e verificada a documentação disponível entendemos tornar público o seguinte: Ponto 1 -Manifestar à população

ACORDOS COM:

Alvará de utilização desapropriado O candidato socialista à presidência da edilidade maiata manifestou o seu desagrado com a actuação da Protecção Civil Municipal aquando do acidente: «Foi impossível contactar a Protecção Civil. A Protecção Civil na Maia não existe. Temos na nossa proposta uma carta da Protecção Civil do concelho, é necessário faze-la e proteger a população». Daniel Teixeira recusou falar aos jornalistas, assim como, discutir a questão do alvará de utilização da Panike com a comitiva socialista.

Socialistas foram ao local ouvir as queixas da população

oì~=båÖK⁄=cêÉÇÉêáÅç=räêáÅÜI=OSSR=√=jçêÉáê~=J=QQTM=j~á~ qÉäK=OO=VQM=SN=OM=√=c~ñ=OO=VQM=SN=NU

• ARS - Ministério da Saúde • PT - Portugal Telecom • Ministério da Justiça • Anjos da Noite • Advance Care • ADSE • CGD • CTT • SAD - PSP • Petrogal • SAMS

residente, a nossa solidariedade e confirmar que a direcção da empresa assumiu a responsabilidade de todos os prejuízos causados. Ponto 2 - Manifestar preocupação pelo eventual encerramento da empresa tendo em causa os cerca de 300 postos de trabalho, face à ameaça simplista feita pela Câmara da Maia. Ponto 3 - Responsabilizar a Câmara Municipal da Maia pelo facto desta empresa laborar sem o devido alvará de utilização, pois apenas está autorizada a instalação de armazém de retém (Unidade Industrial Tipo C) Ponto 4 - Esta responsabilidade é tanto mais grave quando a empresa já labora há cerca de 10 anos em situação ilegal com a passividade da Câmara Municipal. Ponto 5 - Com efeito, à data da instalação da empresa já estavam definidas as Zonas Industriais do Concelho (que continuam sub-ocupadas) de forma a não permitir a promiscuidade existente em zonas residenciais. Ponto 6 - Consideramos inadmissível que a Câmara Municipal tente responsabilizar a Administração Central por licenciamentos que só a ela pertence com as patacoadas a que já estamos habituados. Ponto 7 - Espantosamente apuramos que tendo sido solicitada a intervenção

CONSULTAS MÉDICAS Cardiologia • Cirurgia • Cirurgia Vascular • Clínica Geral • Ginecologia • Medicina Dentária • Medicina Interna • Nutrição • Obstetrícia • Oftalmologia • Ortopedia • Otorrinolaringologia • Pediatria • Pneumologia • Psicologia • Psiquiatria • Urologia ANÁLISES CLÍNICAS Laboratório Fleming Torrinha

dos Serviços de Protecção Civil da Câmara Municipal, estes não deram qualquer resposta como as circunstâncias o exigiram (talvez porque não “caiu” nenhum avião na Praça do Município...) Ponto 8 - O Partido Socialista considera que a Câmara Municipal deverá assumir todas as suas responsabilidades sem pôr em causa a viabilidade dos postos de trabalho e salvaguardando a segurança e a qualidade de vida das populações. Ponto 9 - Também não esquecemos que a freguesia de S. Pedro de Fins é atravessada diariamente por centenas de camiões pesados para a Cimpor, Panike, Siderurgia Nacional, etc, que face à inexistência de uma variante, ainda são obrigados a circular pelas ruas da freguesia. São Pedro de Fins continua por isso a ser a uma freguesia mártir e estagnada. “Ilegalidade mais grave” Contactado pelo Maia Hoje, Jorge Catarino afirmou na passada quarta-feira possuir documentos que provam que «a ilegalidade deste caso ainda é maior». Segundo o próprio afirmou, a Panike fez o aumento das suas instalações para uma área que tinha um alvará de loteamento para moradias unifamiliares: «Os ministérios competentes têm aqui um papel importante, mas o licenciamento da câmara é fundamental. A ilegalidade é ainda mais grave», sublinhou Jorge Catarino.

APOIO ÀS EMPRESAS Medicina do Trabalho (temos unidade móvel) • Higiene e Segurança do Trabalho (Medição e avaliação de ruído nos locais de trabalho, ambiental e das condições de trabalho nas empresas como factores de luminosidade, poeiras, gazes, etc...) • Medicina Curativa • Assistência a acidentes de trabalho (Todas as companhias de seguros)

ANATOMIA PATOLÓGICA • ENFERMAGEM • ELECTROCARDIOGRAMAS • AUDIOGRAMAS


05

Sexta-Feira, 9 de Novembro de 2001

Vieira de Carvalho, em pré-campanha Autárquica em Silva Escura

“Nova Maia” é trunfo para Silva Escura Vieira de Carvalho, acompanhado dos membros da lista do PSD/CDS-PP candidata à junta de Freguesia de Silva Escura, visitou esta freguesia maiata e inteirou-se das necessidades da população e relembrou os grandes projectos para esta área do concelho, nomeadamente o “mega-projecto” designado “Nova Maia”. Deixou também a garantia de mais habitação social, e um parque desportivo integrado no referido projecto. Com o propósito de dar a saber as prioridades do plano de intenções da lista candidata da coligação PSD/CDS-PP à Junta de Freguesia de Silva Escura, o Núcleo do PSD Maia Leste promoveu esta visita de Vieira de Carvalho a esta freguesia maiata, segundo nos disseram «para reafirmar os seus grandes planos para esta grande área do concelho». O candidato do PSD à Câmara da Maia, acompanhado do presidente do PSD/Maia, Bernardino Costa Pereira, Paulo Ramalho, António Fernando Oliveira e pela equipa candidata “laranja” à Junta de Silva Escura. O lugar de Souto Barreiro foi o último ponto do itinerário da visita, pois é precisamente neste local que se avistam os terrenos que farão parte do grande projecto de Vieira de Carvalho, o “Nova Maia”: «É um grande plano que abrangerá também habitação, um parque desportivo, um multi-usos; grandes âncoras onde ficarão instaladas infra-estruturas desportivas, entre outras coisas. Este é um plano de grande esperança, que desejamos realizar», disse Vieira de Carvalho. A visita começou no cruzamento da EN 318, onde se vê a construção de uma rotunda; depois em Frejufe, visitando as habitações sociais que a Câmara Municipal da Maia realizou, num total de 37, ao abrigo do programa PER (plano especial de realojamento. O candidato acha que a situação de habitação de Silva Escura «ficará resolvida» com mais outro tanto número a construir no curto prazo. Na Escola EB 1 e 2 de Frejufe, Vieira de Carvalho falou dos projectos para esta área «que será um grande parque desportivo, onde terá um polidesportivo e será construído o futuro hipódromo municipal. A comitiva depois deslocou-se para quase “estrear” a nova via que liga a Rua Nova de Frejufe à via de acesso à Siderurgia/Vermoim; passou por Sá e fez uma pausa para um porto de honra no Café Bela Sombra, no lugar da Cavadinha. Posteriormente fez uma breve passagem pelo Monte de Santo António, já em direcção a Souto Barreiros. Para finalizar a passagem por Silva Escura, Vieira de Carvalho, em relação à lista candidata afirmou que «é uma mais valia pelos seus membros e até porque têm um espírito de iniciativa para acompanhar os nossos grandes projectos, tais como a “Nova Maia”. Neste sentido é preciso ter espírito, que os vários intérpretes e as várias pessoas

Vieira de Carvalho, José Torres e António Soares

responsáveis a nível das nossas freguesias do concelho estejam motivadas para isso. Não queremos que sejam blocos de oposição e de inércia que normalmente não levam a nada, mas que sejam blocos cooperantes e que vejam o futuro das coisas, sendo capazes de mudar de atitudes. Por tudo isto, estou plenamente confiante na vitória desta coligação PSD/CDS-PP em Silva Escura, porque reúne pessoas que têm uma grande respeitabilidade e que se afirmaram pelo seu trabalho, pela sua vida, sendo pessoas suficientemente conhecidas pela positiva para que a população de Silva Escura nelas deposite a sua confiança», disse o candidato e actual presidente da Câmara. O coordenador do Núcleo do PSD Maia Leste, Paulo Ramalho, em declarações ao MAIA HOJE, comentou a visita: «Esta iniciativa enquadra-se numa estratégia do Núcleo do PSD Maia Leste, pensada no sentido de aproximar os candidatos do PSD à população e de análise e reflexão sobre as reais necessidades das nossas freguesias. Começamos por Silva Escura, que é em nossa opinião a mais carenciada no conjunto das três freguesias - Folgosa, Silva Escura e S. Pedro Fins- que compõem a área geográfica do nosso núcleo e que por outro lado, se encontra ainda sob gestão do Partido Socialista,

daí que, mereça nesta altura uma atenção especial da nossa parte». O presidente do núcleo Maia Leste considera que esta iniciativa revelou-se «bastante proveitosa, até porque permitiu que os candidatos à Assembleia de Freguesia de Silva Escura pudessem questionar o Dr. Vieira de Carvalho, actual e futuro presidente da Câmara Municipal, sobre os projectos que pretende promover e implementar nesta freguesia. E ao mesmo tempo que pudessem desde já manifestar as ideias que eles próprios possuem para o desenvolvimento desta terra». Sobre os planos que Vieira de Carvalho traçou na visita, este dirigente social-democrata conclui: «No que diz respeito a projectos para Silva Escura, pareceu-me que o Dr. Vieira de Carvalho reconhece que esta freguesia, no futuro, terá de receber um tratamento mais empenhado, até porque o novo polo de desenvolvimento deste concelho, o denominado “Nova Maia”, se irá situar em grande parte em terrenos desta freguesia». A concluir, Paulo Ramalho enaltece os promotores desta iniciativa, «que foi uma acção de pré-campanha, que decorreu bem, e que foi organizada sob a responsabilidade do meu companheiro e colega de núcleo, António Soares, contando com a disponibilidade do Dr. Vieira de Carvalho e do Dr. Costa Pereira,

que connosco passaram esta manhã de domingo e dos quais especialmente agradeço, esperando que seja prenúncio de uma grande vitória no próximo dia 16 de Dezembro. O que penso, vai seguramente acontecer face à excelente equipa da lista que o PSD encontrou para liderar os destinos de Silva Escura nos próximos anos». Por seu lado, o candidato a presidente da Junta de Silva Escura, José Sousa Dias, sobre esta deslocação de Vieira de Carvalho à sua freguesia, disse ao MAIA HOJE: «Fiquei satisfeito com aquilo que ouvi do Dr. Vieira de Carvalho, até porque apercebi que afinal não é por culpa da Câmara Municipal que não se fazem mais coisas em Silva Escura, mas por falta de capacidade e de empenho do actual presidente da Junta de Freguesia do PS. Estou claramente seguro que, nos próximos anos irão serão decisivos para aparecerem as obras que o nosso povo tanto deseja, tal como a creche/infantário, mais habitação social, o polidesportivo que será essencial para responder aos anseios dos nossos jovens-, mais dois parques infantil e a cantina escolar. Por aquilo que o presidente da Câmara Municipal nos deu hoje garantias, connosco hoje, a nossa população irá claramente responder aos nossos apelos e estará ao nosso lado para colaborar na realização do projecto que pretendemos empreender em Silva Escura».

Clínica Veterinária D. Manuel II `orw^jbkql=a^=ro_^kfw^†Íl=alp=^iqlp=`lj=^=^sbkfa^=aK=j^krbi=ff RUA DOS JACINTOS, Nº. 9 * 4470-235 VERMOIM-MAIA * TELEFONE 22 944 22 54 * TODOS OS DIAS DA SEMANA DAS 15 ÀS 21, SÁBADOS DAS 11 ÁS 13


06

Sexta-Feira, 9 de Novembro de 2001

Manuel Amaral, tesoureiro da Junta de Freguesia de Gueifães

“Espero que os socialistas votem Vieira de Carvalho” Manuel Amaral é um homem descontente com o Partido Socialista da Maia, partido do qual é militante. “Despeitado” pela forma como foi tratado, o seu nome não está incluído na lista de candidatura socialista a Gueifães, Manuel Amaral não poupa críticas ao núcleo socialista gueifanense, assim como, a Jorge Catarino. Miguel Ângelo Machado

Autarca em Gueifães há dois mandatos, Manuel Amaral não continuará no executivo daquela Junta de Freguesia. «Fui, de certa forma, saneado pelo secretariado do Núcleo do PS de Gueifães. Este núcleo tem lá sempre as mesmas pessoas e é dirigido por um indivíduo que é um “controleiro”, vai a casa das pessoas pedir votos», numa alusão a Francisco Cunha, número três da actual lista de candidatura. Manuel Amaral vive em Silva Escura e terá sido este, segundo ele, o motivo porque foi afastado de Gueifães. No entanto, o ainda tesoureiro de Gueifães considera não entender este argumento, na medida em que o «número três escolhido para esta lista, mora em S. Mamede há muitos anos, assim como o próprio presidente da Junta de Freguesia de Silva Escura». Manuel Amaral sente-se “injustiçado” e fala igualmente do caso da professora Fernanda Drummond «pessoa que para além da formação académica, fez muito pela freguesia e continua a fazer através das instituições que representa» que se demitiu do secretariado e que também não foi incluída nas listas para as autárquicas de 16 de Dezembro. «Deixo em Gueifães a maior obra em toda a Maia, a nível de clubes. Dei muito do meu trabalho para termos aqui o que temos hoje. Lutei por elas e as entidades superiores desta terra sabem disso mesmo», referiu Manuel Amaral, também ele presidente do CD Nortecoope/Maia. «Parte das iniciativas, e são os que lá estão na Junta de Gueifães que o dizem, pareceme que se devem a mim», apontou o interlocutor.

A Lista de Independentes em Silva Escura Chegou-se a falar que Manuel Amaral assumiria uma lista de independentes na freguesia socialista de Silva Escura. «Na altura, fui convidado por alguns membros do actual executivo para formar uma lista. Cheguei a estar inclinado para isso, já tínhamos vários elementos, mas pensei moderadamente no assunto e decidi retirar-me». O militante socialista considerase hoje «arrependido por não ter avançado com esse projecto» e explica porquê: «A Maia tem um candidato à presidência com um passado político bastante triste, julgo que não vai ter grande adesão à sua candidatura, na medida em que tem criado problemas a pessoas que não concordam com ele. Ele é do tempo do fascismo. Quem não está com ele, está contra ele. É um prepotente e vim a saber à posteriori que o meu nome foi indicado pelo secretário e tesoureiro do actual executivo de Silva Escura para que encabeçasse a lista do PS àquela freguesia. Simplesmente, Jorge Catarino afirmou que nem sequer se pensasse no meu nome. Talvez ele saiba as razões porquê. Hoje se soubesse isso, tinha-me mesmo candidatado como independente». “Espero que Vieira de Carvalho vença as eleições” Em resultado destes episódios, Manuel Amaral espera que «Viera de Carvalho vença a Câmara e que os socialistas abram os olhos e vejam quem têm à frente da concelhia e que votem massivamente em Vieira de Carvalho». Ele próprio afirmou ao

“Maia Hoje” que pela «primeira vez na minha vida como socialista e militante vou votar em Vieira de Carvalho». Quanto aos resultados eleitorais, Manuel Amaral revelou-se convicto que o PS vai vencer «em Gueifães e Águas Santas, mas vai perder em Vila Nova da Telha e em Silva Escura. O próprio presidente de Gueifães não foi saneado porque eles sabem que sem ele, não venceriam a freguesia. Se eles tivessem outro candidato credível, o Alberto Monteiro não seria o presidente porque o número três, Francisco Cunha, deu a entender a Alberto Monteiro que não era o número um porque estava a fazer um favor», afirmou. A concluir, Manuel Amaral deixou bem claro que o «PSD na Maia também não é nada, tem é um Vieira de Carvalho que agrega junto dele pessoas e com elas formar uma lista». Em relação ao futuro, Manuel Amaral garante que «para ser socialista não é preciso ser militante. Tenho 63 anos e penso que não tenho mais futuro político e daí considero a hipótese de me afastar do partido como militante».

Amaral já que desconheço que o seu nome tenha sido apresentado». Em relação ao passado político de Jorge Catarino que Manuel Amaral classifica como “bastante triste”, o presidente da comissão política concelhia PS/Maia e candidato à CM da Maia afirmou «não saber ao que esse senhor se está a referir. Tenho um passado anti-fascista conhecido e tenho com o senhor Manuel Amaral as melhores relações pessoais possíveis», comentou.

“Desconheço que o seu nome tenha sido apresentado” Convidado a comentar as afirmações de Manuel Amaral, Jorge Catarino afirmou ao “Maia Hoje” que o PS «é um partido descentralizado e é à estrutura local que compete a escolha de candidatos. O senhor Armando Dias apresentou a sua lista de candidatura a Silva Escura e esta foi aprovada sem nenhuma rejeição. Não posso comentar o nome de Manuel

Comunicado do VEV - Viver em Vermoim, faz reações

Mário Jorge Martins responde a António Augusto Mandim Como é habito, li, com muita atenção a edição do passado dia 26 de Outubro, do vosso jornal. Fazendo eu parte integrante do executivo da Junta de Freguesia de Vermoim, venho por este meio solicitar e agradecer a V.Exa. a publicação na próxima edição do vosso prestigiado jornal, desta minha carta utilizando o direito de resposta em virtude de ter sido visado, pelas declarações do presidente do núcleo do PSD de Vermoim António Augusto Mandim cabeça de lista independente desta nossa freguesia (confuso isto). Nessas declarações o Exmo Sr. António Augusto Mandim além das baboseiras proferidas, afirma algumas inverdades. Como não quero ocupar demasiado o precioso espaço do jornal, limito-me a desmentir uma pequena mentira inserida no comunicado assinado pelo Exmo Sr. António Augusto Mandim e que passo a citar. “lamentamos, neste ponto, o facto de desde a sua inauguração, nunca termos recebido nesta sede a visita de algum membro da actual Junta de Freguesia de Vermoim”.

Pois é, Exmo Sr. António Augusto Mandim o senhor está a mentir, eu pessoalmente depois da inauguração de Sede de núcleo do PSD de Vermoim e enquanto a Sede esteve aberta, assisti a vários jogos de futebol, um deles na companhia do Exmo. Sr. Director deste jornal e dirigente do núcleo do PSD de Vermoim Sr. Artur Bacelar, mais, tive o prazer de conviver com o Exmo Sr. Coutinho vosso dirigente, saboreando um bom salpicão e bebendo um bom vinho, mas se V. Exa. pretender poderei indicarlhe o nome do seu familiar, que, também tive o prazer de conviver, no núcleo do PSD de Vermoim, assim como indicar-lhe o nome do orador de uma palestra que assisti. Sabe o Sr. António Costa Mandim deve andar distraído ou não costuma frequentar a sede do núcleo do PSD de Vermoim, mas para mim, não é novidade, porque já o fez noutras situações. Não adianta bater com a mão no peito pregando a moral porque não é só parecer, é preciso sê-lo. Termino utilizando um ditado muito antigo “perdoai-lhes senhor, que eles não sabem o que fazem” e certificar-se das coisas antes de emitir comunicados. Com os meus melhores

cumprimentos. Mário Jorge Martins, Tesoureiro da Junta de freguesia de Vermoim.». Nota do Director Gostaria de aqui retribuir os cumprimentos do meu amigo Mário Jorge e de fazer apenas umas pequenas rectificações/ esclarecimento. Apesar de não achar que o seu fax se enquadre no direito de resposta estipulado por lei, é sempre com elevado prazer que publicamos as cartas que nos chegam à redacção. Em primeiro lugar gostaria de lhe dizer que não me lembro de ter assistido a algum jogo de futebol na sua companhia, mas como até a data de hoje, o tenho como pessoa de bem, acredito na sua palavra e no meu lapso de memória e admito que tal episódio se passou. As razões que opõem a V. prezada candidatura e a do senhor António Augusto só a vocês diz respeito, fazendo apenas como cidadão e eleitor de Vermoim, votos para que a campanha eleitoral decorra em amplo ambiente democrático, amplo de discussão civilizada e construtiva, sempre a bem da população. A terminar e muito importante,

informo o meu caro amigo que desde o verão deste ano, e como deveria depreender se lesse atentamente o comunicado do senhor António Augusto, houve 3 pessoas que se afastaram da candidatura. O senhor Ambrósio por apoiar as decisões do prof. Vieira de Carvalho, a doutora Paula Rita Oliveira, por fazer parte da lista da Assembleia Municipal do PSD e eu próprio pela imperiosa necessidade de manter a isenção no bom desempenho do meu trabalho. Esta situação encontra-se registada em acta e afixada na sede e já agora, para que não haja confusões, gostaria que o meu amigo reparasse que na ficha técnica deste jornal já não consta o nome de António Augusto Mandim e de Paula Rita Oliveira, dado que passaram a sua quota. Como nota final e para que conste, nunca nenhum dos Administradores do jornal se impôs na linha redactorial deste periódico, mantendo assim a isenção que merecem os profissionais que aqui trabalham, apesar de muitas das vezes alguns artigos publicados chocarem com a opinião da gerência ou mesmo com a minha, ou de algum jornalista.


07

Sexta-Feira, 9 de Novembro de 2001

João Telmo mais uma vez ganha confiança do plenário.

«agora os “mágicos” já não tem coelhos para tirar da cartola, acabaram-se as desculpas» Na passada terça-feira, a Juventude Social Democrata da Maia, reuniu em plenário para análise da situação política. Ao que soubemos, o ponto mais quente da reunião foi a entrada de uma moção de confiança à actual Comissão Política, que saiu amplamente (com 75% dos votos) vitoriosa do embate. Por outro lado em reacção aos resultados do plenário, Orlando Leal diz estar «disposto a trabalhar em prol da JSD, sempre que não vá contra as minhas convicções partidárias». Artur Bacelar

Ao que soubemos, previa-se uma reunião bastante agitada, com as duas facções, a da comissão política liderada por João Telmo em conjunto com as bases e a de António Fernando, Luís Miguel e Orlando Leal, a esgrimirem argumentos, prós e contra Vieira de Carvalho. Já no fecho desta edição, ouvimos João Telmo, actual líder da Concelhia e Orlando Leal, potencial candidato ao cargo nas próximas eleições. «compreendo as posições dos que sentem a pressão do salário ao fim do mês» Para João Telmo tratou-se de «um claro apoio às posições tomadas nos últimos tempos pela JSD e não por aqueles que se fazem passar pela JSD. Até compreendo as suas posições de pessoas que sentem a pressão directa ou indirectamente do salário no fim do mês. Face às declarações, falsas, de Vieira de Carvalho que disse ter recebido o apoio de centenas e centenas de jovens Sociais-democratas, o que eu gostaria agora de lhe perguntar era onde estão esses jovens, alguém do seu lado anda a enganá-lo e a dizer que tem o apoio dos jovens. Será que quer mais clareza no assunto, será que Vieira de carvalho não vê que esta força política de juventude vale mais que o PP?». Os «mágicos» Mas o jovem presidente da JSD/Maia vai mais longe «A comissão política da JSD não teve medo de enfrentar uma moção de confiança, 75% votaram favoravelmente a moção ou mesmo perto dos 100% se contarmos que os que votaram contra e ou são funcionários ou tem relações fortes com a câmara, hoje temos as bases connosco, que são o futuro deste partido na Maia. Agora os “mágicos” já não tem coelhos para tirar da cartola, acabaram-se as desculpas para se defenderem com os cartões de militante, ou se respeita ou não as decisões democraticamente tomadas. Trata-se de uma clara derrota de Vieira de Carvalho, do António Fernando, que gostaria de ser líder da JSD, e de outros que procuram algum protagonismo político, e ainda da forma como decorreu o processo autárquico». Uma coisa que ainda estou para saber é em que qualidade certos jornais ouvem estas pessoas e não ouvem ninguém dos 75% que aprovaram a moção de confiança, ou mesmo posso dizer que ouvem mas não escrevem, porque por exemplo a seguir à nossa conferência de imprensa, houve um jornal que ouviu 3 ou 4 pessoas mas esqueceu-se de publicar aquelas que nos eram favoráveis...» «quem soube dos candidatos» Em termos de futuro, João Telmo diz

João Telmo viu reforçada a sua liderança

que «esta Comissão Política da JSD está altamente motivada e legitimada com este resultado, como vimos não temos oposição. Mesmo dentro do PSD, façam uma consulta à população e vejam o resultado. Daqui coloco uma pergunta: Se ninguém da Comissão Política do PSD Maia soube quais os candidatos antes das listas serem entregues, quem soube? Eu coloquei nesta votação o meu lugar à disposição, quero ver quem tem coragem e apoios para me defrontar em Março, aí que apareça, é sempre bemvindo, mas que traga ideias próprias para um debate profundo». Jorge Rebelo Ainda sobre o “tal” sétimo lugar, questionamos qual a sua posição face a este candidato «quanto ao actual sétimo candidato, desde que este não ofenda o bom nome desta organização, a JSD não se vai pronunciar sobre o assunto. É um compromisso que assumi no dia do seu casamento, em que ele foi convidado para o lugar e que não quebrarei a não ser em defesa da JSD. Contrariamente a outras pessoas honrei e honrarei sempre os meus compromissos, sou um homem de palavra e convicções.

O projecto virtual Sobre a posição oficial da JSD nestas eleições, disse «já que não podemos contribuir oficialmente, a JSD irá apresentar um projecto virtual onde iremos definir claramente uma política séria de juventude, até porque se os senhores jornalistas fizerem bem as contas, daqui a três anos não haverá jovens na bancada social-democrata da Assembleia Municipal», disse a terminar. «Votar PSD e não Vieira de Carvalho» Por outro lado, um dos jovens que esteve na referida Assembleia, foi Orlando Leal, um jovem recém licenciado e membro demissionário da Comissão Política que colocou alguma água na fervura e disse ter-se tratado de «uma votação democrática, em que os militantes exprimiram livremente a sua opinião. Neste momento há que respeitar essas opiniões, apesar da minha ser contrária e de não perceber a estratégia desta Comissão Política, nomeadamente no aspecto de dizerem que vão votar no PSD, mas não em Vieira de Carvalho, sinceramente não entendo como é que isso é possível, uma vez que vieira de carvalho é o

candidato do PSD». «trabalhar em prol da JSD» Questionado sobre se fosse presidente da JSD o que faria, Orlando Leal foi peremptório «se eu fosse presidente da JSD, mediante as condições actuais, já me tinha demitido. Criticar a Câmara Municipal da qual o seu partido faz parte, não se compreende bem...». Sobre a campanha eleitoral disse «não percebo o objectivo de fazer campanha contra o PSD, nomeadamente no aspecto do anunciado “programa virtual” e outras atitudes que vão tomar». Sobre os rumores de uma sua eventual candidatura em Março, Orlando Leal afirmou não ser candidato «a colocar-se essa questão, teria que reflectir o tempo que tenho disponível, uma eventual equipa, objectivos, etc... Não é ser candidato contra ou a favor de alguém. É-se candidato por ideais e objectivos. Volto a frisar que não sou candidato e muito menos para fomentar inimizades ou guerrilhas. Estou, isso sim, empenhado e disposto a trabalhar em prol da JSD, sempre que não vá contra as minhas convicções partidárias», disse a terminar o destacado militante da JSD.


08

Sexta-Feira, 9 de Novembro de 2001

Movimento Independente “Renovar Gondim” apresentou candidatura

«Vamos renovar Gondim!» - José Maria Salgueiro No passado dia 3, pelas 21.30, formalizou-se a apresentação do movimento independente “Renovar Gondim”, no restaurante “Brasa”, no Castelo da Maia. A presença de Moreira de Sá, Presidente da Comissão Concelhia do PP Maia foi notória. Sofia Vales Pinto

«Primeiro a nossa terra!» José Maria Salgueiro encabeça o movimento independente “Renovar Gondim”. O candidato à Assembleia de Freguesia de Gondim promete trabalhar, de modo a «satisfazer as necessidades da terra». Diz mesmo que «não vamos viver do passado; vamos considerar o presente, apostando no futuro...» Numa primeira fase, esta lista contaria com o apoio de um partido, «no entanto, houve um volte de face que nos levou a apresentarmo-nos enquanto independentes.» Assim sendo, o movimento independente “Renovar Gondim” não tem qualquer tipo de apoio partidário. Esta lista tem como objectivos «aproximar mais os jovens e os idosos do centro cívico, construir uma capela mortuária, fazer obras na secretaria da Junta, melhorar o atendimento público...» Para José Maria Salgueiro, e também para os restantes membros deste movimento independente, «em primeiro lugar está Gondim e, por

isso mesmo, aderimos a este projecto; abdicamos das nossas convicções políticas para liberalizarmos as nossas apostas». «Estou aqui a título pessoal!» Moreira de Sá Moreira de Sá, Presidente da Comissão Concelhia do PP Maia, também compareceu no jantar de apresentação do movimento independente “Renovar Gondim”, unicamente enquanto amigo. Marcaram presença o Presidente da Juventude Popular da Maia e o VicePresidente do PP. O Presidente da Comissão Concelhia do PP Maia referiu ainda que tanto ele como o Presidente da Juventude Popular da Maia e o VicePresidente do Partido Popular «dão força a uma lista que tem excelentes autarcas, a qual inclui também dois militantes do PP de Gondim». Moreira de Sá realçou que «a lista de José Maria Salgueiro é a melhor para Gondim, sendo isso o mais importante e não o facto de ter o apoio deste ou daquele partido».

José Maria Salgueiro promete sangue novo em Gondim

“Juntos por S. Pedro de Avioso” apresentou candidatura Movimento independente apoiado por vários quadrantes políticos

Jaime Pinho encabeça lista No passado sábado, pelas 21.00, realizou-se na Quinta do Vilarinho, em S. Pedro de Avioso, o jantar de apresentação da candidatura “Juntos por S. Pedro de Avioso”. Presentes estiveram Vieira de Carvalho, Presidente da Câmara Municipal da Maia; Bragança Fernandes, Vice-Presidente; Luciano Gomes, Presidente da Assembleia Municipal; Bernardino Costa Pereira, Presidente da Comissão Política da Concelhia do PSD da Maia, entre outros. Sofia Vales Pinto

«Estamos aqui para prestar serviço!» Jaime Pinho, actual Presidente da Junta de Freguesia de S. Pedro de Avioso encabeça a lista independente “Juntos por S. Pedro de Avioso”. Jaime Pinho afirma que a sua candidatura é independente para poder ser também abrangente, de modo a conseguir representar todas as pessoas da freguesia”. Numa freguesia pequena como é S. Pedro de Avioso o que importa «é juntar as pessoas, uni-las e só com uma candidatura independente se poderia dar cobertura e abertura a indivíduos de todos os quadrantes políticos». Quanto ao que é o “Juntos por S. Pedro de Avioso”, Jaime Pinho diz tratar-se de «um grupo de trabalho que pode realmente garantir alguma coisa para a freguesia; que se propõe a continuar a criar qualidade de vida para todos os habitantes, lutando pelo interesse comum e servindo os cidadãos».

Vieira de Carvalho apoia candidatura Vieira de Carvalho, Presidente da Câmara Municipal da Maia, marcou presença no jantar de apresentação pública da candidatura “Juntos por S. Pedro de Avioso”, dando o seu total apoio. S. Pedro de Avioso é uma das freguesias em que o PSD não apresenta nenhum candidato, facto explicável já que «esta candidatura preenche todas as condições para servir S. Pedro de Avioso, o que levou a que o PSD se abstivesse». Após Vieira de Carvalho ter tecido rasgados elogios - tal como Luciano Gomes e Bernardino Costa Pereira - a esta lista independente, o Presidente da Câmara Municipal da Maia considerou a candidatura de Jaime Pinho «transversal a toda a sociedade de S. Pedro de Avioso, já que é apoiada por vários quadrantes». Para Vieira de Carvalho, as eleições locais «são um acto em que a população do concelho não deve pensar em dar vitória a A ou a B, mas sim em derrotar quem não presta serviço à sua terra».

Jaime Pinho e Vieira de Carvalho na apresentação da candidatura


Sexta-Feira, 9 de Novembro de 2001

PUBLICIDADE

09


10

GRANDE MAIA

Sexta-Feira, 9 de Novembro de 2001

Com a apresentação dos símbolos heráldicos

Junta da Maia e Vieira de Carvalho inauguram “novo” cemitério e capelas mortuárias Vieira de Carvalho e Carlos Teixeira inauguraram, no passado dia 28 de Outubro, a ampliação do cemitério e as duas capelas mortuárias. Na ocasião a Junta de Freguesia da Maia aproveitou também para apresentar os seus símbolos heráldicos, num acto que o autarca local disse marcar «um dia histórico». António Armindo Soares

Para o presidente da Junta de freguesia da Maia, Carlos Teixeira, o dia da apresentação dos símbolos heráldicos foi «histórico» e como maiatos «é um motivo de orgulho». Sobre a obra de ampliação do cemitério, que foi inaugurada juntamente com as duas capelas mortuárias, o autarca referiu: «Não vou avaliar a qualidade e a grandeza da obra. Isso compete às pessoas fazê-lo. Mas, o que posso afirmar é que acabamos de colocar ao serviço da freguesia uma das obras mais necessárias, talvez neste momento a mais necessária». Carlos Teixeira, em declarações aos jornalistas, depois da cerimónia realizada no salão nobre da autarquia, e em relação ao cemitério - que arrancou há 4 anos -, disse que «tivemos a grande felicidade em não termos uma ruptura, pois podíamos chegar ao ponto de não termos espaço para sepultar os nossos mortos. Esta acção foi muito rápida, com a boa colaboração da Câmara Municipal e dos proprietários que venderam os terrenos». A Junta da Maia recebeu uma comparticipação da Câmara da Maia. O resto, segundo adiantou Carlos Teixeira foi «fruto da nossa criatividade, conseguidos através de alguns investimentos, em devido tempo, para

podermos concluir esta obra». O autarca considera que com esta obra agora inaugurada, «ficamos com um cemitério para a eternidade, porque infelizmente, cada vez mais as pessoas optam pela incineração, e eu estou convencido, embora com alguma tristeza, que daqui por alguns anos teremos fornos crematórios que vão, de certo modo, limitar a utilização da terra». No entanto, Carlos Teixeira diz que não é uma situação que pretenda, «mas se for obrigado, se for uma questão imposta pela freguesia ou até pela própria lei. Mas, até que isso seja realidade, nós estamos preparados para termos cemitério para 50 anos». Vieira de Carvalho no seu discurso, disse que a Câmara da Maia deu 75 por cento «de comparticipação do custo da obra e mais o terreno, com custos na ordem das dezenas de milhar de contos, numa luta difícil com os antigos proprietários». O edil aproveitou também para dizer que o seu município faz «obra de qualidade e coisas de mais» e como balanço disse que «temos mais obras que a Área Metropolitana toda, exceptuando o “PORTO 2001”, que foi um programa de remodelação urbana da cidade fortemente apoiada pelo governo».

Descrição Heráldica O Lidador da Maia: Cabeça de carnação barbada de ouro, com capacete de prata guarnecido de azul. Representa Gonçalo Mendes da Maia, O Lidador, figura cimeira da história da Maia e uma das mais proeminentes personagens intervenientes na construção da nacionalidade.

Bandeira: Amarela. Cordão e borlas de ouro e vermelho. Haste e lança de ouro. A cor amarela (ouro) representa a nobreza e o carácter dos maiatos.

Nossa Senhora do Bom Despacho: Em chefe, coroa mariana de ouro. Representa a religiosidade dos maiatos e a sua devoção e culto a Nossa Senhora do Bom Despacho. Cruz da Ordem de Malta: Cruz da Ordem de Malta, de prata. A freguesia da Maia foi durante longo período de tempo pertença da Ordem de Malta, sendo alguns dos seus ilustres cavaleiros destacadas figuras desta terra.

Brasão: Escudo vermelho. A cor vermelha representa a bravura e o espírito empreendedor das gentes da Maia.

Rio Leça: Campanha ondada de prata e azul de três tiras. Representa o Rio Leça, que banha a freguesia.


11

Sexta-Feira, 9 de Novembro de 2001

Autárquicas:

Listas de Vieira de Carvalho “Agitam as águas” no PSD Opinião de Mário Duarte*

O provérbio popular: “Quando não há pão todos ralham e ninguém tem razão”, talvez seja suficientemente elucidativo para compreendermos a guerra interna que em época de eleições, nomeadamente de eleições autárquicas, sempre acontece no seio das formações partidárias. Na nossa terra, tais conflitos ocorreram de forma pública e visível aquando da constituição das listas dos candidatos aos vários órgãos das autarquias, designadamente entre alguns militantes e dirigentes do PSD que, pelo trabalho que dizem ter desenvolvido e pela auto estima que têm de si mesmos, se sentiram injustiçados ao serem preteridos em benefício de outros colegas que aparentemente não mereciam o lugar. João Telmo e a JSD Referimo-nos concretamente à reacção do jovem João Telmo, que não aceitou a sua substituição por Jorge Rebelo e, que entre outros factores, justificou a retirada do apoio da JSD maiata ao actual presidente da câmara. Vieira de Carvalho parece não estar muito preocupado com tal facto, considerando que “esse assunto pertence ao passado”, colocando assim “água na fervura” e refreando a irreverência da juventude que sabiamente compreende e respeita, mas que habilmente controla, ao mesmo tempo que de forma tácita evita a discussão para não fragilizar o partido, num momento particularmente propício em que os adversários estão sempre à espreita e à espera de uma oportunidade para ganharem terreno. Costa Pereira Para além do caso João Telmo, merece particular destaque nesta instabilidade interna do PSD, a reacção do líder da comissão política concelhia, Bernardino Costa Pereira, que nitidamente revoltado com o modo como todo o processo da constituição das listas à assembleia e à câmara municipais decorreu, fez sentir a sua ausência no momento da entrega daquelas no tribunal da comarca. António Mandim Não muito contente, parece também estar António Augusto Mandim, conhecida figura da freguesia de Vermoim que se viu afastado de cabeça de lista à respectiva junta e, em consequência resolveu avançar com uma candidatura

independente declinando a proposta de Luciano Gomes para um lugar na assembleia municipal. Paulo Ramalho Quem ainda parece não ter reagido à não inclusão do seu nome nas listas de candidatos à câmara ou à assembleia municipais é Paulo Ramalho, que numa atitude mais ponderada aguarda concerteza o momento próprio e oportuno para “dizer de sua justiça”. Outra coisa não se esperaria de um jurista cujos melhores argumentos guarda para as alegações finais. Para o Paulo, de quem tenho a honra de ser colega, auguro-lhe uma brilhante carreira política, pois, dos poucos contactos que tivemos guardo dele a imagem de um homem de sorriso franco, sinal de bondade e felicidade, condições estruturais de uma personalidade séria e amiga do próximo, que são as qualidades que mais aprecio num homem e por maioria de razão num político. Membros da Assembleia Municipal Para além destes episódios, uma outra atitude fortemente reprovada por Bernardino Costa Pereira e por João Telmo foi a dispensa dos mais directos colaboradores do presidente da assembleia municipal que este decidiu comunicar por carta, com o argumento da necessidade da renovação e que o presidente da comissão política concelhia qualificou como “uma anedota no meio das várias anedotas deste processo”. Sem comentários. Helder Santos Toda esta “guerra interna” do PSD foi explicada por Helder Santos à luz da “teoria do eucalipto”, tendo o presidente da comissão política distrital da JSD dito: “Infelizmente na Maia parece que o que quer vingar é a teoria do eucalipto que consiste em secar tudo o que existe à volta e tudo o que são pessoas com ideias e que representam uma mais valia, procurar rapidamente secá-las e afastá-las do eucalipto (...) - Maia Hoje, 26 e Outubro, p.6. PSD paga a factura Não vamos emitir opinião porque não conhecemos as razões desta grave afirmação pela frustração que pode

provocar sobretudo nos mais jovens militantes do PSD, no entanto parece não haver dúvidas de que o partido social democrata na Maia está a pagar a factura de não ter um candidato originário das sua hostes à altura de Vieira de Carvalho, o qual sempre se assumiu como democratacristão, ainda que por razões de estratégia eleitoral tenha vindo ininterruptamente a ser o cabeça de lista do PSD à câmara da Maia, dando ao partido ao longo das últimas duas décadas a segurança e tranquilidade das vitórias de um campeão antecipado. Este conforto tem um preço que, sobretudo a juventude do PSD parece não estar disposta a pagar mas cuja exigibilidade terá de compreender, a menos que o PSD queira correr o risco de concorrer em situação de verdadeira igualdade com as restantes forças políticopartidárias, o que não nos parece de todo que seja essa a vontade, nem dos dirigentes, nem das bases. Vieira de Carvalho Vieira de Carvalho fez sentir na “Hora H” que - Quem manda pode - num momento crucial como sempre é o momento da escolha dos candidatos aos vários órgãos autárquicos. Se vacilasse poderia perder o controle do grupo de trabalho, o que para um líder é sempre desastroso. Colocou cada qual no seu “devido lugar” e fez sentir à juventude que as ousadias na política como na vida têm de ser devidamente ponderadas e oportunas, ao mesmo tempo que demonstrou à comissão política do PSD e ao seu líder, que é ele, Vieira de Carvalho, e não o PSD quem tem a última palavra na escolha dos candidatos, porque é ele, e não o PSD, quem tem ganho a presidência da câmara da Maia. As consequências Face a esta luta interna pelo poder no seio do PSD, o que deve fazer-nos reflectir é o facto de ao contrário do que acontece em outros concelhos, na Maia, a disputa pelos lugares elegíveis decorrer no seio de um único partido, o PSD, cujos militantes e dirigentes em vez de se unirem para manterem o partido forte e coeso, começam a pouco e pouco a desmantelálo sem pensarem nas graves consequências que a prazo os seus projectos pessoais de poder podem trazer.

O futuro do PSD Talvez não fosse inoportuno que os dirigentes do PSD pensassem no futuro com mais responsabilidade em vez de colocarem os seus interesses de poder pessoal à frente dos legítimos anseios do partido e da população, que cresce a um ritmo vertiginoso num concelho cada vez mais urbano e menos provinciano e, cujas exigências de qualidade de vida reclamarão progressivamente autarcas mais competentes e dedicados à coisa pública, qualidades absolutamente incompatíveis com mentalidades mesquinhas de procura de protagonismo individual, pondo assim em causa a unidade e o futuro dos partidos a que pertencem e sem os quais muito dificilmente poderiam aspirar a ocupar um lugar nos órgãos autárquicos, pois como sabemos, mau grado a possibilidade da candidatura de independentes, a partidocracia continua a ser o trampolim privilegiado para o acesso ao poder, num modelo de democracia representativa cujas virtualidades continuamos a não saber ou a não querer explorar do ponto de vista dos valores individuais. Não fosse a completa letargia em que tem estado mergulhado o partido socialista na Maia, em grande medida provocada pelo sucesso político de Vieira de Carvalho, mas também por falta de iniciativa do seu aparelho e, os dirigentes do PSD seriam concerteza mais ponderados nas suas atitudes públicas, restringindo a saudável discussão crítica dos seus diferentes pontos de vista ao espaço interno do partido, pela necessidade de manterem uma imagem de solidez e unidade imprescindíveis ao confronto político, dada a confiança que inspira nos seus militantes e na opinião pública em geral e o respeito que impõe aos seus adversários. Não se pense no entanto que aquela conflitualidade é totalmente negativa. Pelo contrário, permite o confronto dos sentimentos mais autênticos que os políticos mesmo os mais tácitos e circunspectos acabam por deixar transparecer, ao mesmo tempo que vão criando as condições para os “ventos de mudança interna” absolutamente necessários à própria evolução da cultura e do pensamento políticos dos partidos, que mais tarde ou mais cedo a dialéctica da história fará surgir na prática política. * Advogado e Professor

O boicote às eleições de um maiato “diferente” Chama-se José Ferrão, tem 56 anos, habita há 12 na freguesia de Vermoim e movimenta-se numa cadeira de rodas. Nas próximas eleições diz que não vai votar porque os «autarcas esquecem-se sempre dos deficientes». Miguel Ângelo Machado

José Ferrão é um homem inconformado, tudo porque não lhe dão as garantias de exercer o seu direito cívico de votar. José Ferrão referiu ao “Maia Hoje” que já colocou este problema ao presidente da Junta de Freguesia de Vermoim, sugerindo que se procedesse a um inquérito aos habitantes com o intuito de apurar o número de pessoas com deficiências físicas, para que se colocassem mesas de voto acessíveis destinadas a esses mesmos eleitores. «Caso não seja feito nada em relação a este assunto, este ano vou-me abster novamente porque votar com barreiras é impossível», apontou o eleitor. José Ferrão contou o curioso episódio que lhe aconteceu nas últimas

eleições: «Disseram-me que para votar teria que me dirigir ao último andar, sendo obrigado a passar por escadas. Desagradado com a situação, comecei a fazer barulho. O presidente da assembleia de voto veio ter comigo e sugeriu-me que votasse no corredor. Respondi que não, já que naquele local não teria nenhuma privacidade. Acabei por votar na sala do vice-presidente. Só votei dessa vez». José Ferrão afirmou ainda não entender «porque razão não se colocam as mesas de voto em outras escolas da freguesia com mais condições para todos» e relembra que «aqueles que hoje não são deficientes, amanhã podem vir a sê-lo». O mesmo cidadão considerou ainda que a «Maia está a virar um Carnaval.

São os carros parados nos passeios, são as rampas com inclinações exageradas e os elevadores dos prédios - edifícios esses que a Câmara autoriza que se construam - que não comportam com uma cadeira de rodas. A CM da Maia não exige que se construa a pensar nas pessoas com deficiências físicas. Há demasiadas barreiras arquitectónicas. Eu próprio preciso de ir à Câmara e não consigo porque não há uma rampa de acesso». A finalizar, José Ferrão deixou um apelo: «Tenho uma esperança que nestas eleições os responsáveis não se esqueçam dos deficientes, colocando as urnas de voto em locais acessíveis para que todos, sem excepção, possam exercer o direito e dever de votar».

José Ferrão


12

GRANDE MAIA

Sexta-Feira, 9 de Novembro de 2001

Arquitectos Portugueses pensam a nova Maia Projectos de Souto Moura, Siza Vieira e João Rocha

Novo Urbanismo da Maia O Pelouro do Urbanismo da Câmara Municipal da Maia apresentou publicamente na 3ª feira, pelas 18.30, no Fórum da Maia três novos projectos protagonizados por Souto Moura, Siza Vieira e João Rocha, marcados pela qualidade. Sofia Vales Pinto

«Este é um momento significativo para o concelho», declarou Vieira de Carvalho Vieira de Carvalho, Presidente da Câmara Municipal da Maia, visivelmente satisfeito e orgulhoso por ver (re)nascer uma nova Maia, rejeitou em absoluto a ideia da Maia ser «um arrabalde dormitório do Porto», defendendo que o concelho «tem vida própria» e, por isso mesmo «o desenvolvimento não é incompatível com um elevado nível de qualidade». Apesar de ambiciosos, os projectos apresentados na 3ª feira «são para executar na plenitude e terão desenvolvimento prático a muito curto prazo». Souto Moura, Siza Vieira e Álvaro são os autores dos três projectos arrojados que vão personalizar ainda mais a cidade da Maia. Arquitectos de vulto conhecido e reconhecido, portuenses de gema, aceitaram o desafio de criar, revolucionar uma nova Maia, com espaços amplos. Siza Vieira Siza Vieira assina o Plano de Urbanização da Nova Maia que consiste, entre outros, na criação de um espaço natural, com um elevado nível de acessibilidade para toda a população. A nova Maia, ou Parque Millenium, visa, à semelhança de Salzburgo, dotar o centro da cidade com diversas praças intercaladas com áreas verdes e vias condicionadas, bem como a construção de um novo estádio. Siza Vieira imaginou, junto ao cruzamento da A3 e do IC24, um novo estádio com capacidade para 15 mil pessoas, apoiado por instalações para estágios, um centro de medicina desportiva, um pavilhão polidesportivo, campos de treino, parques de estacionamento, uma escola de artes e um centro de investigação, e, nas imediações mais uma grande superfície comercial e um hotel. Siza Vieira propõe ainda um parque agrícola, um parque biológico e dois parques urbanos.

Souto Moura O Novo Centro Direccional do Centro da Maia, de Souto Moura, visa novas funções centrais e a requalificação do espaço público. Trata-se de um projecto faseado que inclui a Praça do Município, a área envolvente da Igreja da Nossa Senhora da Maia e, finalmente, o Bairro do Sobreiro, a zona desportiva e a zona escolar. Tal como Siza Vieira, Souto Moura cria também um parque urbano de 12 hectares, bem no centro da Maia, já que a nova praça em frente à Torre do Lidador e aos Paços do concelho será a base da nova centralidade, para onde convergem as principais vias. Para a execução deste parque, que estará ligado à actual zona desportiva, serão eliminados 720 fogos habitacionais. Numa das fases concebidas por Souto Moura, o tecido urbano recuperará as zonas verdes em várias intervenções que poderão levar entre 20 a 25 anos a serem efectivadas. João Rocha O Plano de Pormenor do Novo Núcleo Urbano do Castelo, a cargo do arquitecto João Rocha, aposta na transformação da Quinta da Gruta num espaço de lazer e ambiental, duplicando a área total. Este arquitecto dará um importante destaque às zonas verdes e ao espaço público. João Rocha propõe um reencontro da centralidade do Castelo da Maia, através da reformulação da quinta da Gruta, contrariando a linearidade imposta pela EN14 através da criação de novos arruamentos e alternativas de circulação. Os passeios deverão ser alargados e os edifícios ganharão uma faixa “protectora” de espaços verdes. Num espaço único, serão criados o parque urbano, a escola ambiental e o horto municipal, com acessos pedonais ao longo das linhas de água existentes que cruzarão também o Monte de santo Ovídio, entretanto transformado num espaço público de lazer.

“Aprender o EURO” Sofia Vales Pinto

A Direcção do Maiastars com o apoio da Câmara Municipal da Maia, da DECO, da Comissão Nacional do EURO, do Banco de Portugal, do Montepio Geral e da “What’s News”?, decidiu pôr em prática o projecto “Aprender o EURO”, no concelho da Maia, tendo como público alvo, essencialmente, a população Juvenil e a terceira idade. O objectivo desta iniciativa é informar e esclarecer os maiatos quanto à nova moeda única europeia, o EURO. Para este efeito, de 10 de novembro a 9 de Dezembro uma equipa

devidamente formada e qualificada visitará as Escolas EB 2/3 e Secundárias, Juntas de Freguesia e Centros de Dia do concelho da Maia. As sessões terão as datas e os locais abaixo indicados: >Junta Freguesia de Vermoim - 10 de Novembro - 15 horas >Paróquia de S. Pedro de Avioso - 11 de Novembro - 15 horas >Centros de Dia pertencentes à Misericórdia da Maia - 13 de Novembro - 10.30 >Escola Secundária de Águas Santas -

14 de Novembro - todo o dia >Junta de Freguesia de Gemunde - 17 de Novembro - 15 horas >Paróquia de Stª Maria de Avioso - 18 de Novembro - 15 horas >Centro Social Paroquial do Corim - 21 de Novembro - 15 horas >Paróquia do Corim - 22 de Novembro - 21.30 >Junta de Freguesia de Águas Santas 24 de Novembro - 15 horas >Junta de Freguesia de Silva Escura 25 de Novembro - 10 horas >Escola EB 2/3 da Maia - 28 de

Novembro - todo o dia >Escola EB 2/3 de Pedrouços - 29 de Novembro - todo o dia >Centro Social e Paroquial da Maia - 4 de Dezembro - 15 horas >Centro Social e Paroquial de Águas Santas - 5 de Dezembro - 15 horas >Junta de Freguesia de Stª Maria de Avioso - 8 de Dezembro - 15 horas >Escola EB 2/3 do Castelo da Maia - 10 de Dezembro - todo o dia Nas freguesias não mencionadas, irão realizar-se acções de rua.


GRANDE MAIA

Sexta-Feira, 9 de Novembro de 2001

13

Fuga de amoníaco na Panike, em S. Pedro de Fins

Pânico foi total Ainda que os responsáveis da Panike garantam que a fuga de amoníaco esteve sempre controlada, o pânico entre a população foi geral na medida em que se tratava de um produto altamente tóxico. Várias plantações ficaram queimadas devido ao contacto directo com o amoníaco. Miguel Ângelo Machado

“Um erro humano”. É esta a conclusão que os responsáveis da Panike apontam para a fuga de amoníaco na instalação frigorífica daquela empresa no passado dia 28. Ao que tudo indica, procediam-se a obras de manutenção. Segundo nos contou Álvaro Vasconcelos, morador vizinho daquela unidade fabril, os referidos trabalhos de manutenção haviam tido início cerca das oito da manhã e por volta das 10 e meia deu-se o acidente. Essa fuga causou uma nuvem volátil que «infestou toda esta zona. Segundo os cálculos que conseguimos fazer, a nuvem teria cerca de mil litros gasosos», considerou o morador. Esse mesmo amoníaco é utilizado no sistema de refrigeração interna da empresa. «Tenho uma sobrinha que mora aqui ao lado, licenciada em engenharia do ambiente, que avisou que toda a gente devia sair daqui imediatamente, dado era o perigo daquela nuvem que parecia um nevoeiro curto», apontou Álvaro Vasconcelos. Serviços de emergência difíceis de contactar Uma das questões mais levantadas pela população foi a morosidade com que os serviços de emergência acorreram ao local, já que todos alegam ter sido difícil contactar qualquer autoridade. «O meu filho chamou o 112, não atenderam. Depois ligou para a Protecção Civil da Maia e também não

Vasconcelos que fez ainda questão de salientar que «eram bastantes as pessoas com dificuldades em respirar, com tonturas e vómitos». Enquanto alguns moradores eram assistidos, outros retiravam os animais domésticos para locais mais seguros. As plantações agrícolas daquela zona ficaram queimadas pelo amoníaco e a população já recebeu indicações de Sandra Lameiras, engenheira química, que, por uma questão de precaução, seria melhor não consumir produtos hortícolas nem das árvores de fruto nos próximos dias. Com a chuva que algumas horas depois se fez sentir, a nuvem dissipou-se: «A nossa salvação foi mesmo na chuva senão nunca mais nos livraríamos daquela nuvem», desabafa o mesmo morador.

Plantações ficaram totalmente destruídas

atenderam. Por fim, ligou para a GNR e para as autoridades do Governo Civil do Porto e alguém informou que o melhor seria chamar o INEM. Ligamos para a Polícia a comunicar que havia aqui um acidente grave e o INEM chegou cá muito próximo das 11 horas. Chegaram depois a GNR e depois os Bombeiros de Ermesinde, já que os Bombeiros de Moreira atenderam a chamada mas comunicaram que não tinham disponibilidade para vir cá, transferindo o

pedido para o 112 e daí terem vindo cá os bombeiros de Ermesinde», contou Álvaro Vasconcelos. Entretanto, houve pessoas que desmaiaram, os animais entraram em pânico e os populares falam mesmo de algumas pequenas explosões na Panike. “A salvação da chuva” «Os senhores do INEM foram impecáveis, trataram das pessoas que se encontravam mais aflitas», referiu Álvaro

Páginas Amarelas editam Lista Consulta mais fácil para o utilizador

Região do Porto e Sul do Douro têm nova Lista Dia 15 entra em vigor a Lista Telefónica da Região Porto e Sul do Douro - Páginas Brancas. Organizada por concelhos e alfabeticamente (no interior de cada concelho) esta edição procura tornar a consulta mais fácil ao utilizador , estando em vigor até 14 de Novembro de 2002. Sofia Vales Pinto

A Lista da Região do Porto e Sul do Douro inclui a totalidade dos concelhos da Póvoa de Varzim, Vila do Conde, Maia, Matosinhos, Valongo, Porto, Paredes, Gondomar, Vila Nova de Gaia, Espinho, Santa Maria da Feira, São João da Madeira, Ovar e Oliveira de Azeméis. Os telefones dos concelhos de Santo Tirso e Trofa (iniciados por 22) foram excluídos na Lista do Minho e Douro Litoral. A título excepcional, nas edições de Novembro de 2001 e 2002, estes telefones são também englobados na Lista da Região Porto e Sul do Douro. Com uma população residente global de 1 465 mil habitantes, 150 mil empresas e cerca de 636 mil telefones instalados, esta Lista serve uma região com uma área total de 1 509 Km2 e terá uma

tiragem de 618 mil exemplares. A Lista Classificada (Páginas Amarelas) da Região Porto e Sul do Douro, com a mesma cobertura geográfica, será editada no dia 1 do próximo mês. O processo de reconfiguração das várias Listas de Portugal Continental, denominado “Reordenamento 2001”, visa refazer os contornos externos das regiões previamente definidas mediante a inclusão integral de cada concelho numa só Lista. Todas as Listas Telefónicas (Páginas Brancas) do Continente a editar a partir deste ano ficarão ordenadas alfabeticamente por concelhos, adoptando um critério uniforme, com o objectivo de alcançar uma maior rapidez e facilidade de consulta.

Ruídos constantes Mas as queixas da população em relação ao funcionamento da Panike naquela área residencial não se resumem ao acidente do passado dia 28. A mesma instalação frigorífica provoca «um ruído constante, idêntico ao barulho de um frigorífico normal, só que em maiores proporções. Se alguém tiver um frigorífico no quarto, será que consegue dormir?», questiona Álvaro Vasconcelos que se queixa ainda do constante tráfego de camiões pesados na zona. A finalizar, a administração da Panike garantiu publicamente que assumia responsabilidade pelos prejuízos e que o acidente em causa não se repetirá.


14

GRANDE MAIA

Sexta-Feira, 9 de Novembro de 2001

Câmara Municipal da Maia homenageia Professores

Sessão solene decorreu no Salão D. Manuel «Professores merecem reconhecimento público.» Maria da Graça Barros, Vereadora do Pelouro da Educação Sofia Vales Pinto

O Pelouro da Educação da Câmara Municipal da Maia realizou, no passado dia 27, a “Festa de Homenagem aos Professores Aposentados 1999/2001”. A cerimónia, que se realiza de dois em dois anos, tendo sido esta a 3ª edição, homenageou 45 professores e contou com a presença de Vieira de Carvalho, Presidente da Câmara Municipal da Maia; Maria da Graça Araújo Barros, Vereadora do Pelouro da Educação e Luciano Gomes, Presidente da Assembleia Municipal, entre outros. «Só o carinho faz mover estes professores» O Salão D. Manuel, na Câmara Municipal, foi o local escolhido para a sessão solene de homenagem aos professores aposentados, que teve início pelas 11.30. Com a voz embargada pela emoção (também ela foi professora), Maria da Graça Barros, fez um discurso direccionado a todos os professores aposentados, enaltecendo as suas qualidades e, sobretudo, a sua dedicação extrema a todas as crianças. «O professor primário começa a construir os caboucos, os alicerces das crianças para que elas cresçam e sejam alguém no futuro.» Sublinhou ainda o facto de muitas vezes os professores, ao longo da sua actividade profissional, terem sido «pais, psicólogos, pedagogos», sendo assim encarados como um marco na vida de cada criança, já que «aperfeiçoam a vida humana que lhes é entregue». Maria da Graça Barros pediu, ainda, a todos os professores que não cessem as suas actividades, «pois todos eles são úteis na escola, quer seja num

ATL quer seja a dar apoio a uma criança em dificuldades; precisamos deles». A Vereadora do Pelouro da Educação explanou ainda sobre a importância do ensino e a situação escolar actual no concelho da Maia, dando relevo à «qualidade das instituições que incluem cantinas, refeitórios, sistema de alarme e de prevenção contra incêndios e toda uma vasta gama de material didáctico». «Um professor que se dá não espera recompensas» Vieira de Carvalho, Presidente da Câmara Municipal, iniciou o seu discurso vincando as palavras da Vereadora Maria da Graça Barros e fazendo uma retrospectiva do que a Maia era há 30 anos, a nível de estruturas escolares. Focou, assim, a constante mutação e evolução dos tempos, que permitem hoje um ensino de qualidade. Também Vieira de Carvalho, e como não poderia deixar de ser, dedicou as suas palavras aos professores que «encaminharam os alunos e cuja causa é mal apreciada pelos pais, pelos que exercem a autoridade, pelo Ministro da Educação que, cada vez mais, tratam os que servem um ideal como um mero número de um qualquer computador». A todos os professores «agradece a colaboração». No final da cerimónia, foram entregues, pelas mãos de Maria da Graça Barros, Vieira de Carvalho e Luciano Gomes diplomas, estatuetas e rosas brancas. Palavras e lembranças simbólicas que ficam na memória, repletas de significado.

Vieira de Carvalho homenageia professores

Maria da Graça, entrega prémio de carreira


Sexta-Feira, 9 de Novembro de 2001

GRANDE MAIA

15

Protecção Civil da Maia mais perto das escolas

Integrado num ciclo que visa esclarecer professores e alunos quanto a possíveis catástrofes e incidentes, e que teve início na 3ª feira, a Protecção Civil da Maia em colaboração com a Cruz Vermelha e os Bombeiros Voluntários, deslocou-se à Escola Pré-Primária e Primária do Castelo, Stª Maria do Avioso, pelas 14.30.

Sofia Vales Pinto

Mal os jipes da Protecção Civil e dos Bombeiros e as ambulâncias chegaram, instalou-se a confusão na Escola PréPrimária e Primária do Castelo. As crianças vibraram com o som das sirenes e, após terem ouvido uma pequena lição sobre como devem actuar em situações de emergência, os mais pequenos não se acanharam e entraram mesmo nas viaturas, pegaram nas mangueiras de combate a incêndio e, como seria de esperar, pediram para, mais uma vez, ouvirem o som das sirenes. Apesar de muito pequenas e traquinas, as crianças foram uma audiência bastante atenta e receptiva à mensagem que a Protecção Civil fez passar. Segundo Eugénio Vieira, técnico da Protecção Civil, esta campanha «destinase essencialmente às crianças, de modo a sensibilizá-las para as questões de segurança principalmente a nível escolar; serve para alertá-las para que numa situação de perigo cumpram as regras de segurança que estão estipuladas, evitando assim o pânico». Assim sendo, e

para vincar ainda mais como evitar acidentes, foram distribuídos folhetos informativos a alunos e professores com as normas a cumprir, bem como um Kit de primeiros socorros à Presidente do Agrupamento Escolar, Ana Maria Castro. Outra das ideias fundamentais deste tipo de iniciativas é que «as crianças transmitam aos pais as normas básicas de segurança e as precauções a ter numa situação de perigo». No primeiro dia em que arrancou esta campanha os resultados não podiam ter sido melhores, como afirmou Eugénio Vieira «as crianças mostraram-se bastante interessadas, aderiram a esta iniciativa, levantando, inclusive questões». Também os professores mostraramse bastante satisfeitos, dizendo, porém, que Portugal carece deste tipo de iniciativas. Este projecto partiu do Vereador da Protecção Civil, Manuel Ferreira e vai andar de escola em escola até ao dia 16 deste mês.

Parques das BM’s visíveis por todo o concelho Sofia Vales Pinto

A Câmara Municipal da Maia lançou, no dia 21 de Setembro, o Sistema de Utilização Gratuita de Bicicletas Urbanas. São 150 bicicletas, de seu nome “Bm’s”, espalhadas por 20 pontos no concelho, com um design muito próprio. Para as utilizar, o ciclista terá apenas de desembolsar 100 escudos, que lhe serão devolvidos após ter entregue a BM num dos locais de parqueamento. As Bm’s estarão disponíveis, a curto prazo, das 9 às 20 horas.

Trata-se, sem dúvida, de uma iniciativa bastante agradável, já que faz bem não só ao corpo como à alma, sendo também um meio eficaz de sensibilizar a população para os problemas ambientais. Com este projecto, a Câmara municipal da Maia pretende que a população pedale quotidianamente nos seus trajectos habituais. Com os parques já em fase de instalação resta esperar pelas BM’s...e pelos seus benefícios.

Barca apresenta Símbolos Heráldicos Sofia Vales Pinto

A Junta de Freguesia de Barca, apresenta publicamente os Símbolos Heráldicos da Freguesia, domingo. A cerimónia terá início às 10.30, na Igreja Paroquial, com a celebração da Eucaristia e Benção da Bandeira. O Hastear da Bandeira está previsto para as 11.30, seguindo-se a Sessão Solene no Salão Nobre da Junta de Freguesia. No final, será servido um Porto de Honra.


16

GRANDE MAIA

Sexta-Feira, 9 de Novembro de 2001

Maiorff comemora dez anos de existência

Uma década de sucessos A célebre escola de música da Maia conta já com dez anos de vida. Dez anos de muita música e alegria sempre em prol do desenvolvimento cultural do concelho. Em data de aniversário, Alexandrina Pinto, responsável pela escola, faz um «balanço muito positivo» e garante que irão surgir surpresas no futuro. Miguel Ângelo Machado

A Maiorff, escola de música situada na freguesia da Maia, arrancou em 1991 com 23 alunos. Alexandrina Pinto que para além de proprietária da escola, assume ainda as funções de docente, lembra que há cerca de onze anos atrás, após ter deixado de leccionar Educação Musical numa escola da Maia «sofri algumas pressões para continuar a trabalhar na Maia e respondi que se alguma vez trabalhasse cá, teria que ser numa escola minha e os pais de alguns meus exalunos agarraram-se a essa ideia». Quando terminou o curso na Escola Superior de Educação, sem ter muita consciência «no que me ia meter, nasceu a Maiorff». “A Maiorff é tudo aquilo que queres que ela seja” A preocupação em criar um tipo de escola diferente «em que as coisas aconteçam de forma natural, exista um grande envolvimento entre alunos e professores» foi preponderante. Daí que seja habitual verem-se concertos da Maiorff com alunos e professores juntos e acampamentos para várias zonas do país. «Na minha opinião, não se pode fazer música para quatro paredes ou para se tocar sozinho em casa. Saindo da escola, convivendo com outros músicos, os alunos revelam-se», comentou Alexandrina Pinto. Relacionado este propósito, a Maiorff tem organizado cursos de férias e intercâmbios. O último curso de férias organizou-se este Verão e contou com o apoio da Junta de Freguesia da Maia que cedeu instalações à escola. «A Maiorff é tudo aquilo que queres que ela seja. Esta é uma frase que me é muito querida, porque não pretendo que isto seja só uma escola de música». Neste sentido, as áreas docentes da Maiorff tem-se diversificado de tal forma que, só para exemplificar, já se organizaram “workshops” de informática, fotografia e ciclos denominados de “Só para adultos” onde se forneciam conhecimentos musicais gerais aos menos jovens. O Maia By Bike e o Baroff, realizado na

poucos, a ser reconhecida a nível nacional e mesmo no estrangeiro. Prova desse prestígio alcançado foi o convite que a Maiorff recebeu para representar Portugal, em Fevereiro do próximo ano em Toronto, no “Encontro Mundial de Escolas ao Serviço da Comunidade”. «Este convite foi muito bom, mandámos um dossier no ano passado, assim como todas as escolas e algumas foram seleccionadas, entre as quais a Maiorff». Nesse evento, os responsáveis da escola maiata terão a oportunidade de ver como outras escolas particulares, como é o caso da Maiorff, trabalham ao serviço da comunidade. Aí encontrar-se-ão escolas de todo o mundo desde norteamericanas, australianas e africanas. Um outro convite de relevo chegou à Maiorff da parte do Hospital S. João para apresentar a ópera Mausical num congresso em Novembro de 2002, no Europarque.

Alexandrina Pinto satisfeita pelos dez anos da Maiorff

última sexta-feira de cada mês, são outros exemplos de actividades da Maiorff abertas à comunidade. A irmã mais nova da Maiorff As comemorações do décimo aniversário da Maiorff arrancam já hoje com a inauguração de uma exposição de fotografias no Fórum da Maia com música ao vivo. «Reparando nas fotografias de há dez anos atrás, é que vemos como isto está tão diferente e como a escola tem desenvolvido», observou a directora da escola. No próximo dia 18 levar-se-á a cabo um concerto de aniversário com animação exterior. Será neste momento que será anunciado o «nascimento da irmã mais nova da Maiorff». Sem querer

abordar muito de como será esta “parente”, Alexandrina Pinto referiu que será um género de uma associação cultural. «Não faz sentido, sendo privados, estarmos sempre a trabalhar por amor à camisola e estarmos sempre com a corda na garganta», disse Alexandrina Pinto. Maiorff em representação de Portugal «Tudo o que fazemos, sai um pouco do que é uma escola de música no sentido tradicional. Em outros locais dos Estados Unidos, Holanda, Canadá ou Alemanha há escolas deste género, abertas para a comunidade», explicou Alexandrina Pinto. Esta forma diferente de ensinar e fazer música tem vindo, aos

Imaginação para sobreviver A subsistência financeira da Maiorff é um constante desafio. Não sendo gestora, Alexandrina Pinto garante que faz tudo «um pouco pelo senso comum, mas as dificuldades são muitas». Exemplo disso foi o pesado défice com que a escola teve de acarretar com a ópera infantil, integrado no Porto 2001. A instituição aprovou o projecto, mas acabaria por não dar qualquer subsídio à escola. «No entanto, por uma questão de ética com os pais, fomos para a frente», salientou a directora. O prejuízo passou os 1500 contos, «muito pesado para uma escola como nós, que aos bocadinhos tentaremos recuperar com outras iniciativas». A direcção tem uma preocupação permanente em equipar a escola e prova disso é que cada sala de aula dispõe de um piano e aparelhagem. Da parte da autarquia maiata, a Maiorff não conta com qualquer subsídio. «A única coisa que a Câmara nos faz e isso já é de reconhecer, é abrir-nos portas», apontou Alexandrina Pinto. Pela Maiorff terão já passado mais de 400 alunos. Actualmente, frequentam a Maiorff alunos que vão desde os dois até aos 60 anos de idade.

"

MOINHO DE PEDRA

BOLETIM DE ASSINATURAS

SIM, desejo ser assinante do JORNAL MAIA HOJE por um período de: 1 ano ou 24 números - 10 Euros (2000$)

Padaria, Confeitaria e Cafetaria, Lda. Rua da Ponte Pedra, 2 • Gueifães 4470 Maia Telefone 22 902 75 96

O seu Jornal Faça já a sua assinatura!

2 anos ou 48 números - 20 Euros (4000$)

APROVEITE A CAMPANHA DA ASSINATURA ANUAL 15% DE DESCONTO NO PREÇO DE CAPA Envio Cheque ou V. Postal Nºº º. no valor de Nome Data de Nascimento Morada Profissão Telefone

$00, do Banco Naturalidade Código Postal Telemóvel

Recorte e envie o cupão para a seguinte morada: JORNAL MAIA HOJE - Rua dos Altos, Ed. Arcada, 10 4470 - 235


GRANDE MAIA

Sexta-Feira, 9 de Novembro de 2001

17

Centro de Emprego da Maia ajuda na criação de empresas

AltaMaravilha, uma empresa de sucesso O Centro de Emprego da Maia tem desenvolvido entre a comunidade maiata o programa de estímulo à oferta de emprego, vulgarmente denominado de CPE (Criação do Próprio Emprego), com uma taxa de sucesso que ronda os 100 por cento. A empresa AltaMaravilha foi criada com o auxílio deste programa. Os empresários estão “satisfeitos” e a empresa tem demonstrado resultados positivos. Miguel Ângelo Machado

Albino Guimarães, com 45 anos e Maria Alice Guimarães com 43 viram-se numa situação de desemprego de um momento para o outro. Corria o ano de 1999. A empresa de brindes e de organização de eventos em que ambos trabalhavam faliu. Albino Guimarães era vendedor e a sua esposa desempenhava funções na parte administrativa da empresa. «Tinha acabado de comprar uma casa, os meus filhos a estudar e decidimos que não iríamos acomodar em casa a receber o subsídio de desemprego. Dirigi-me ao Centro de Emprego e lá falaram-me do CPE. Com a experiência que possuíamos no ramo, demos continuidade às nossas vidas profissionais», contou Albino Guimarães. No Instituto de Emprego e Formação Profissional apresentaram um projecto e foi-lhes concedido duas verbas distintas para o arranque da empresa. Um montante dizia respeito à antecipação dos subsídios de desemprego a que os promotores do projecto tinham direito por lei e um outro foi atribuído a fundo perdido. Neste caso concreto o investimento total foi de 4.394.000$00. O programa Os interessados preenchem um formulário de candidatura, no qual os promotores têm que apresentar, entre vários documentos, um estudo de mercado. Mais tarde, é estudada a viabilidade do projecto, tanto pelo Centro de Emprego, como pela Segurança Social. «Trata-se de um programa destinado unicamente a desempregados que se encontram a receber subsídio de desemprego. As ajudas monetárias consistem na atribuição antecipada dos subsídios de desemprego e num outro apoio financeiro - um montante máximo de 12 salários mínimos -, com o fim de custear, na medida do possível, as despesas envolvidas na concretização do projecto», explicou Fernando Mateus, director do Centro de Emprego da Maia.

Albino Guimarães e Fernando Mateus

Os promotores obrigam-se a assegurarem durante um período mínimo de quatro anos a manutenção do nível de emprego e o preenchimento dos postos de trabalho criados (dois no caso da Alta Maravilha) por via dos apoios financeiros concedidos. O dinheiro só pode ser aplicado na empresa e os gastos obedecem a parâmetros. «O empresário não pode por exemplo comprar um carro topo de gama, mas sim um que seja adequado ao projecto. Tudo tem que ter um equilíbrio», acrescentou Fernando Mateus. Por vezes é o próprio Centro de Emprego que se dirige à empresa para confirmar os stocks existentes e se a documentação está em ordem e em dia. Quando termina o programa, a empresa passa a ser autónoma. «Esta é uma prática usual no Centro e tem tido uma taxa de sucesso muito perto dos 100 por cento», afirmou o director.

Três meses de processo Em Fevereiro de 1999, Albino Guimarães e a sua esposa já haviam sido notificados que a empresa iria encerrar. «Um mês depois, com a ajuda de um economista que nos auxiliou a fazer um estudo de mercado, já estávamos a trabalhar no projecto», afirmou o empresário. Cerca de três meses depois, o projecto foi aprovado. «Nunca esperei que as coisas acontecessem, procurei sempre que o processo andasse o mais rápido possível». Albino Guimarães salienta ainda a colaboração prestada pelo Instituto de Apoio a Pequenas e Médias Empresas (IAPMEI), através do Centro de Formalização de Empresas: «Este apoio foi importantíssimo na questão burocrática». A AltaMaravilha A empresa de Albino Guimarães e

Em Barca

Caminho há sete anos sem luz! Vitor Silva

Em Barca, no lugar do Chiolo, existe um caminho que faz a ligação entre a designada Cooperativa da Siderurgia e a Rua Dr. Bernardino Machado. Trata-se de um caminho para uso exclusivo dos peões, estrategicamente bem colocado e que é utilizado por inúmeras pessoas que nele encontram um excelente atalho para os seus percursos. No entanto, durante vários anos tem estado votado ao abandono e ao desmazelo e o último arranjo foi pouco eficaz. O cimento colocado já começou a ceder, dando lugar a buracos onde proliferam ervas daninhas e onde existe tendência para acumulação de lixos

diversos. Mas o mais grave de tudo é que este caminho continua sem iluminação pública, o que torna a sua utilização nocturna uma verdadeira aventura. Numa altura em que, por todo o concelho, se privilegiam as obras em benefício dos peões, com largos passeios pavimentados com a granítica e bonita calçada portuguesa, seria uma boa altura de dotar este caminho de um bom pavimento, dois candeeiros para iluminação nocturna e, já agora, de um ou dois papelões para o lixo. Fica aqui o repto para quem de direito. A população agradece.

Maria Alice Guimarães denomina-se de “AltaMaravilha”, sendo a área dos brindes promocionais o seu campo de trabalho. Os resultados estão à vista: No primeiro ano, em apenas seis meses de laboração, a AltaMaravilha facturou 37 mil contos, no ano seguinte 57 mil e este ano, só até Outubro já conta com 90 mil contos de facturação, valor que dadas as encomendas em carteira poderá atingir os 130 mil até ao final do ano. Entre os principais clientes da AltaMaravilha, podem-se encontrar empresas conceituadas como o Grupo Sonae, Optimus, BCP, Credifin, Berner e Bonança. O volume de negócios é tal que Albino Guimarães espera que até ao final do ano tenha a sua empresa a funcionar num outro local, com mais espaço e «de forma a poder receber melhor os clientes». Para além de pretender reforçar o capital social da empresa, o empresário espera, igualmente antes do final do ano, lançar-se no mercado electrónico, com uma página da sua empresa na internet. A AltaMaravilha foi ainda uma das primeiras empresas a nível nacional a formalizar o capital social em Euros. Questionado como se poderá definir o modo de actuar da AltaMaravilha (cuja designação foi inspirada nas iniciais dos nomes dos dois empresários), Albino Guimarães é peremptório: «Inovação, pontualidade e serviço de qualidade. A soma de todas estas condicionantes dão a tal dedicação que os clientes tanto apreciam. Ao mesmo tempo, é só desta forma que nos distinguimos da concorrência». A organização de eventos, naquela vertente que diz respeito à promoção de um produto, poderá vir a ser um outro ramo a ser explorado pela AltaMaravilha, mas para já não há «capacidade para isso. Esperamos que a nossa filha acabe o curso em Marketing, para pegar nessa área», concluiu Albino Guimarães.


18

FREGUESIAS

Sexta-Feira, 9 de Novembro de 2001

Noites de poesia em Vermoim

António Aleixo revisitado No passado Sábado, dia 3 de Novembro, pelas 21.30 horas, numa organização do Movimentum - Arte e Cultura, Paróquia e Junta de Freguesia de Vermoim, realizou-se mais uma noite de poesia. O tema desta vez foi o Poeta Popular António Aleixo.

Artur Bacelar

«que lá do vosso império; Prometeis um mundo novo; Calai-vos que pode o povo; Q’rer um mundo novo a sério». «Que importa perder a vida; Em luta contra a traição, Se a razão, mesmo vencida; Não deixa de ser razão?». «Sei que pareço um ladrão...; Mas há muitos que eu conheço; Que, sem parecer que o são; São aquilo que eu pareço». Foi assim, com três belos extractos de poemas de António Aleixo, que se deu o mote para mais uma noite de poesia em Vermoim, com intervenções musicais de “Sons do Vento” (os vermoenses Ivone Delgado e Bruno Pedro) e “Cantigas Soltas”. António Fernandes Aleixo, Poeta popular algarvio, nascido em Vila Real de Santo António em 18 de Fevereiro de 1899 e falecido em Loulé em 16 de Novembro de 1949, era quase analfabeto. Foi tecelão, servente de pedreiro em França, pastor de cabras e cauteleiro. O exercício desta profissão levou-o de terra em terra, favorecendo-lhe o cultivo da sua veia poética. Os seus versos de tom dolorido reflectem bem a vida amarga que lhe coube em sorte. Deixou quadras lapidares, cheias de sabedoria popular, reunidas em “Este Livro que Vos Deixo”, de 1969 e em “Inéditos de António Aleixo”, de 1978. Numa noite algo fria, entre 30 a 40 pessoas quiseram prestar homenagem e recitar este poeta, nas instalações da Residência Paroquial de Vermoim, instituição desde sempre ligada à temática cultural da poesia em Vermoim e que agora começa a colher alguns frutos da semente que vem espalhando. Sobre a organização deste eventos, ouvimos José Gomes, do “Movimentum”, que nos disse que este grupo cultural é agora constituído por Maria Mamede, José Gomes, António Augusto Mandim, Maria Jerónima, Maria de Lourdes Gomes e Teresa Gonçalves. Segundo este elemento, nem sempre tem sido fácil a organização destes eventos, uma vez que recai sobre o grupo quase todas as tarefas e monetariamente não são apoiados «nós organizamos, falamos às pessoas, dinamizamos e criamos o panfleto, sempre com uma temática diferente. A Paróquia de Vermoim, cede as instalações e quase todas as vezes oferece aos presentes Vinho do Porto e bolinhos. A Junta de Freguesia de Vermoim, cede envelopes, coloca os panfletos copiados por nós, mete-os dentro dos envelopes e paga os selos dos correios...», disse a desabafar José Gomes. Em jeito de balanço destes dois anos de actividade, considera-os positivos e lentamente a serem desenvolvidos «falta-nos mais jovens», disse. No futuro, pretender atrair mais essa faixa etária a este grupo de convívio. Lançado e decidido estão também os temas para as próximas “Noites de Poesia”, sendo António Nobre no primeiro Sábado de Dezembro e em Janeiro Florbela Espanca. Novidades deste grupo, estão marcadas apresentações e intervenções no “1o. Salão Europeu de Ficção Histórica” e no “2o. Colóquio Nacional do Romance Histórico”, que se realizará no Fórum da Maia. Nestes eventos, José Gomes, Maria Mamede e Maria Jerónima irão fazer apresentações individuais. Como nota de rodapé, estranhamos no início da sessão a “falta” de António Augusto Mandim e começamos a relaccionar este facto com a sua candidatura independente à Junta de Vermoim, mas afinal, passava um pouco das 10 horas, quando o “candidato” lá apareceu. Mistério desfeito, pois o atraso devia-se tão somente ao facto de ter tido a Farmácia de Serviço até às 10 horas.... Ossos do Ofício!

Uma assistência atenta

O poeta António Aleixo foi relembrado por muitos

Dias 17 e 18 de novembro

Festas do Santo Padroeiro de Vermoim Artur Bacelar

No próximo fim de semana de 17 e 18 de novembro a paróquia de Vermoim realiza as festas em honra de S. Romão, padroeiro daquela freguesia maiata. Assim no próximo dia 17, sábado, dois eventos marcam os festejos, pelas 8.30h, a entrada do agrupamento

musical “Juventude em Força” de S. Mamede do Coronado. No mesmo dia, mas pelas 19 horas será celebrada Missa comemorativa e durante o dia haverá junto à igreja, música ambiente. No dia 18, o dia principal, será dada alvorada pelas 8 horas, com entrada da

Banda de Moreira na Rua Nossa Senhora da Caridade, junto à conhecida empresa de caleiras, rufos, quinagem e calandra, “DOREFAL”. Pelas 9 horas será rezada na Igreja Matriz a habitual Missa e pelas 11 horas terá lugar a Missa Solene, dirigindo-se as pessoas no final para a tradicional

procissão que se desenvolve até ao Largo do Outeiro. Pelas 15 horas haverá concerto pela Banda de Moreira e às 19 horas Missa. A terminar, pelas 20 horas e 10 minutos, no Salão Paroquial está marcada uma animada Festa de Magusto com a actuação do Duo Latino.


Sexta-Feira, 9 de Novembro de 2001

SOCIEDADE

19

Fórum Jovem acolhe exposição de pintura

Ferreira da Silva estreia-se na sua terra natal “A minha arte é espontânea, tal como os jovens.” FERREIRA DA SILVA, PINTOR. Integrada no Programa de Actividades Culturais do Pelouro da Juventude da Câmara Municipal da Maia para o quarto trimestre de 2001, o Fórum Jovem da Maia inaugurou na passada 6º Feira, pelas 21.30, uma Exposição Individual de Pintura de Ferreira da Silva. Sofia Vales Pinho

Ferreira da Silva e Carlos Frasão

Ferreira da Silva é um jovem de 18 anos, estudante de Belas Artes e Pintura em Inglaterra. Galardoado com diversos prémios e certificados em arte, e após ter realizado ainda este ano a sua primeira exposição, Ferreira da Silva escolheu a Maia, sua terra natal para dar a conhecer o seu trabalho. O resultado não podia ter sido melhor: até ao Fórum Jovem rumaram algumas centenas de pessoas, de todas as idades, a fim de saciarem a curiosidade em relação ao trabalho deste promissor jovem maiato.

Num ambiente bastante acolhedor e com música como pano de fundo, os visitantes depararam-se com a originalidade de 14 quadros feitos em materiais diversos, que vão desde o arame, a madeira, o ferro até à areia. Para realizar esta exposição, Ferreira da Silva inspirou-se “na adolescência, nos problemas da adolescência, nos meus amigos, na minha família, em tudo o que gosto e que me rodeia e que por vezes também me desagrada.” Quanto a esta exposição diz que “é um pouquinho mais contemporânea do que aquilo que

as pessoas estavam à espera; exactamente por ser muito jovem, os jovens vão identificar-se com a exposição.” Ferreira da Silva pretende transmitir através das cores vivas, dos diversos materiais e dos movimentos na tela “uma certa agressividade”, assumindo-se assim como “um jovem pintor contemporâneo agressivo, o que me agrada.” A mensagem que este jovem maiato passa através da sua arte é também uma chamada de atenção já que “deve-se dar

mais atenção aos jovens, pois eles são o futuro e, por vezes, há certas dificuldades em compreende-los pelo simples facto das pessoas não se darem ao trabalho de entrarem na juventude e de ver como eles vivem; há uma falta de compreensão muito grande entre os mais velhos e os mais novos.” “Querer trabalhar muito para poder levar a Maia em frente” é um dos muitos objectivos de Ferreira da Silva, um jovem pleno de garra e ambição. A exposição está patente ao público até ao próximo dia 15.

Durante as crises, a actuação, passa normalmente pelo recurso a medicamentos broncodilatadores, aplicados geralmente com a chamada bomba. Estes, actuam directamente no local e dilatam os brônquios, permitindo uma passagem regular doar. Pode também ser necessário recorrer a medicamentos, de prescrição médica (corticóides).

condições ideais: casa arejada, sem humidade; paredes laváveis; chão sem alcatifas e tapetes felpudos; cortinados de tecidos facilmente laváveis; limpeza de pó com pano húmido; brinquedos facilmente laváveis; livros e revistas fora do quarto, ou em estantes fechadas; almofadas de esponja; cobertores de fibras sintéticas; colchão de molas metálicas (aspirado com frequência).

Conselhos importantes para a prevenção das crises:

A asma, apesar de ser uma doença crónica, não é progressiva. Existem casos, em que provocam lesões irreversíveis da função pulmonar, porém, esses indivíduos apresentam estímulos prejudiciais, como o tabagismo. Alguns estudos, sugerem a remissão espontânea da doença, em 20% dos casos e 40% evidenciam melhora, com redução da gravidade e da frequência das crises, à medida que envelhecem.

ASMA

O que é a Asma? Sofia Vales Pinto

É uma doença crónica, de origem alérgica, que afecta os brônquios, provocando um estreitamento destes devido à contracção das suas paredes e ao aumento de secreção no seu interior. A consequência, é a “falta de ar”, ou seja, a dificuldade na entrada e, sobretudo na saída do ar dos pulmões. É uma doença, em que surgem crises de frequência variável, alternadas com períodos sem sintomas. A 1ª crise pode ocorrer a qualquer idade, mas normalmente começa muito cedo. Durante os 1º anos de vida não é fácil o diagnóstico, uma vez que nem todos os bebés que apresentam alguns sintomas, vão evoluir para um quadro de asma. Só aos 5 anos de idade, os sintomas se tornam exactamente iguais aos de um adulto. As

Quais as causas? crises asmáticas,

podem

desencadear-se por diversos factores:Alergéneos; Pólen; Mofo; Pó/Ácaros; Pelos de animais; Roupa de penas. Outros factores: Fumo e outros poluentes; Esforço/cansaço; Stress emocional / ansiedade; Infecções, principalmente viricas; Alguns produtos farmacêuticos como a aspirinas. Como se manifesta? Existe uma grande variedade no padrão de sintomas: Dificuldade respiratória grave; Sibilos; Tosse persistente; Expiração prolongada; Cianose; Pieira, sobretudo na expiração; Outros sinais detectados pelo médico. Como tratar? As pessoas asmáticas, devem ser seguidas por um médico que avalie a progressão da doença e possa , assim, adaptar a medicação.

Vacinação anual contra influenza; Evitar o contacto com os alergeneos e outros factores desencadeantes; Evitar a tomar de aspirinas; Tratar rapidamente qualquer infecção; Manter boa higiene oral; Praticar desportos, sobretudo natação ou remo. (Não fazer exercício físico em situação de crise); Manter o peso corporal aceitável; Habitação com


20

SOCIEDADE

Sexta-Feira, 9 de Novembro de 2001

A guerra ao terrorismo e o terrorismo da guerra Opinião de Mário Duarte*

Paul Ricouer, conhecido filósofo francês contemporâneo e intelectual comprometido com os problemas da sua época que continuam a ser os nossos, entre os quais o da Guerra, cujos horrores também sofreu quando durante a Segunda Guerra é feito prisioneiro e deportado para um campo de concentração nazi, numa entrevista a Olivier Mongin incluída na obra “Les contemporains” da autoria deste último editada pela Seuil responde a dado momento: - Fez bem em evocar a minha primeira relação à guerra, que foi a morte do meu pai durante a primeira guerra mundial, pois não foi a sua perda, como tal, que constituiu um choque, mas o sentido que lhe foi dado no interior da minha família : a interpretação da sua morte como tendo sido por uma causa justa e que, apesar de morto, ele pertencia ao grupo dos vencedores. (..) Ora foi esta convicção que se desvaneceu, de repente, quando tinha dez ou doze anos sob influência dos pacifistas cristãos que me convenceram, que a França teve uma grande responsabilidade na declaração da primeira guerra mundial; em segundo lugar, que o Tratado de Versalhes, imposto à Alemanha constituiu a maior injustiça, e, em terceiro lugar, que esta injustiça explica largamente o despontar do nazismo na Alemanha: Isto suscitou-me uma perturbação segundo dois pontos de vista: a figura do meu pai foi destronada da sua glória e atirada para o lado de uma cumplicidade com a injustiça e a violência da guerra. E por outro lado, esta dúvida relativa ao sentido da morte do meu pai conferiu à minha primeira tomada de posição pacifista um carácter extremamente profundo que nunca mais superei: pois todas as vezes que me rendi à convicção racional que certas guerras eram, senão justas, pelo menos inevitáveis, como a Segunda Guerra Mundial, restou-me sempre esta dúvida profunda, este sentimento de injustiça profunda da guerra em si mesma. Sempre me encontrei dividido entre um lado pacifista enraizado na emoção e um ponto de vista mais racional sobre a responsabilidade dos Estados e o emprego necessário da força (...). O Porquê do mal. Tal como Ricouer, não estaremos nós, os ocidentais, divididos entre dois sentimentos polarizados no horror e no absurdo da Guerra pela irracionalidade da violência e do sofrimento que provoca nas vítimas, sempre as mesmas, inocentes e indefesas e a necessidade de combater o mal ou do que julgamos ser o Mal? A propósito do Mal, defende o filósofo que é preciso renunciar à questão: porquê o Mal? e antes perguntar: que posso eu fazer contra o Mal? ou seja, mais importante do que tentar conhecer as múltiplas e complexas causas do Mal teológicas, sociais, económicas, etc... - é urgente saber o que cada ser humano pode fazer para evitar o Mal. A posição de Ricouer é um regresso a Kant e ao primado do ético sobre o gnoseológico, do prático sobre o teórico, do dever-ser sobre o ser, do agir sobre o pensar. Combater o mal com a morte Transpondo a posição do ilustre filósofo para a declaração de guerra dos

Estados Unidos aos terroristas afegãos, não há dúvida de que antes de mais é necessário combater o terrorismo, mas de igual modo evitar a Guerra, pois nem aquele nem esta se podem aceitar já que quer num caso quer noutro, a Morte é a consequência de qualquer das estratégias para combater o Mal. Ora combater o Mal com a Morte, é como tentar apagar um incêndio com gasolina. Violência gera violência; terrorismo gera guerra e esta justifica a violência terrorista. Sendo assim, a solução para o combate ao terrorismo só pode encontrar-se por via diplomática no âmbito de uma negociação alargada com vista ao estabelecimento de uma paz efectiva no Médio Oriente que permita uma convivência pacífica assente no respeito mútuo entre israelitas e palestinianos. Não temos quaisquer dúvidas de que o bombardeamento aéreo de cidades afegãs não terá qualquer eficácia quanto ao desmantelamento da organização terrorista liderada por Osama Bin Laden, ao contrário, suscitará a prazo na comunidade internacional em geral e na comunidade islâmica em particular a dúvida quanto à sua qualificação jurídica de “legitima defesa” que a ONU em má hora decidiu reconhecer. Será a guerra uma forma ilegítima de violência Os afegãos não são todos terroristas tal como os americanos não se identificam todos com o “justiceiro” George W. Bush e com o seu maniqueísmo tão radical e fundamentalista como o do terrorista Osama Bin Laden. É preciso reflectir sobre as consequências a que o radicalismo pode conduzir quando provoca a cegueira moral. Antes da legitimidade jurídica no plano do direito internacional quanto ao pretenso direito à legítima defesa dos Estados Unidos, deve colocar-se o problema de saber se a guerra tal como está a ser conduzida pelos americanos não será uma forma ilegítima de violência sobre as pessoas tão reprovável como o terrorismo?

Será que não há outras estratégias de combate ao terrorismo? O FBI e a CIA não terão outros métodos mais eficazes e menos desumanos? Afinal onde está a “intelligence” dos serviços de segurança americanos? Não seria mais adequado utilizar agentes infiltrados e desencadear operações militares no terreno com tropas especiais? E os países aliados não se terão também precipitado? Felipe Gonzalez e Tony Blair têm razões domésticas para reagirem impulsivamente, mas António Guterres não deveria, ainda que cedendo a base das Lajes defender a via diplomática internacional como o único caminho para combater eficazmente o terrorismo e evitar a morte de inocentes? Ou será que o Ocidente é tão ingénuo que acredita numa solução bélica para o problema do terrorismo no mundo? O medo da expansão comunista na Asia Se fizermos uma análise diacrónica da história do Afeganistão, teremos de concluir que este país árido e montanhoso da Ásia Central tem sido atacado desde o séc. XIX até aos dias de hoje e, nem o exército britânico que o invadiu por duas vezes no século passado na tentativa de implementar uma zona de segurança para além das fronteiras indianas, nem o exército soviético que ingressou em território afegão em 1979 e que acabou por se retirar nove anos após, depois de ter perdido 13 mil soldados, conseguiram vencer um povo que vive no limiar da miséria, e que tem para sua defesa metralhadoras obsoletas de origem soviética, mas que tem um país de relevo montanhoso que só a sua fé pode mover e que constitui a sua fortaleza natural contra o agressor, qualquer que ele seja e por mais justificada que aos olhos do Ocidente e do mundo possa parecer a agressão. Curioso é o facto de os Estados Unidos terem caído na sua própria armadilha. Não nos esqueçamos que o governo americano deu apoio aos

rebeldes afegãos por meio do Paquistão e treinou e custeou militares islâmicos entre os quais Bin Laden com medo da expansão dos comunistas na Ásia, o que obrigou as forças soviéticas a retirarem-se em 1988 sucedendo uma longa guerra civil que lançou o país no caos e favoreceu a tomado do poder pela milícia islâmica Taliban. Por outro lado, nem a Grã-Bretanha nem os Estados Unidos se preocuparam verdadeiramente com o problema da paz no Médio Oriente, embora nos fóruns da diplomacia internacional sejam e tenham sido desde sempre os primeiros a defender uma solução pacífica para o conflito entre Judeus e Palestinianos. Os britânicos após a Segunda Guerra Mundial, adoptando uma política de dividir para reinar, apoiando sucessivamente árabes e judeus, renunciam ao mandato sobre a Palestina e retiram as sua tropas deixando a região na anarquia; os americanos amaldiçoados pelo mundo árabe fundamentalista, sempre apoiaram Israel pela conveniência de poder contar com um aliado poderoso naquela região do mundo, quer para travar qualquer avanço comunista na zona, quer para proteger as empresas petrolíferas norteamericanas que ali têm grandes plataformas de exploração de crude. Os média Mas, para além dos líderes políticos ocidentais, também as cadeias de televisão não estão isentas de culpa no deflagrar desta guerra de consequências imprevisíveis, quer pela espectacularidade das notícias que continuam a emitir em horário nobre, quer pela “coragem” de alguns destacados jornalistas que desejosos de um excepcional protagonismo no domínio da informação, correram para o teatro de guerra como se as imagens da Morte valessem mais do que a sua própria vida. Afinal o comportamento dos suicidas Taliban não constitui um desvio tão incompreensível como à primeira vista pode parecer, se comparado com a voluntariedade daqueles profissionais da informação. Quer uns quer outros parecem estar dispostos a morrer por uma causa em que acreditam. Os primeiros pela fidelidade a Alá e ao Islão, os segundos pelo cumprimento do seu dever deontológico que o seu código de conduta impõe e pela crença na Democracia e nos Direitos Humanos tal com são configurados no e pelo Ocidente. Não deveriam os órgãos de comunicação social em geral e a televisão em particular preocupar-se com a discussão da guerra, convidando militares, políticos, intelectuais dos mais diversos quadrantes e de ambas as partes envolvidas no conflito, contribuindo assim para esclarecer a opinião pública acerca das causas e das consequências do Terrorismo, mas também da Guerra? Em suma, não deveríamos ter direito a Pensar em vez de nos limitarmos a consumir imagens filtradas e manipuladas por uma moral absoluta que não deixa espaço para a liberdade de construir uma opinião própria? O convite está feito. Queira agora o leitor, se achar que o deve fazer, reflectir connosco sobre o slogan “Guerra ao terrorismo”, e descobrir porventura o “Terrorismo da guerra”. *Advogado e Professor


SOCIEDADE

Sexta-Feira, 9 de Novembro de 2001

INFORFOBIA por Medina Ribeiro

21

ïïïKà~åÉä~å~ïÉÄKÅçãLÜìãçêãÉÇáå~

Que Grande Ponto ! Há alguns dias passei pela loja do meu amigo Oliveira. Estava às moscas, como de costume. Mas ele, Ultimamente, não parece importar-se muito com isso: - Desde que vendo software para empresas já começo a sentir-me realizado! É um grande passo em frente na minha carreira! E recitou, sem se rir, o seu novo lema: - Softwares Oliveira, soluções para a vida inteira! Quem diria! Oliveira, o rei dos inforfóbicos, a vender programas para empresas! Bem, o que ele vende não é bem isso, mas os seus clientes também não são muito esquisitos, e os negócios começam a aparecer... A sua primeira invenção, aliás, até tem estado a vender-se muito bem: Como talvez se lembrem, trata-se de folhas de cálculo adaptadas à Batalha Naval para top-executivos obrigados a ter coisas como o Excel no gabinete... E só à conta dos directores da Macro-Soft já ele esgotou o seu stock de disquetes! - É que aqueles gajos ainda são piores do que eu! Nem sequer sabem tirar cópias da que lhes vendi! - Talvez tenham problemas de consciência e não a queiram piratear... aventei. Riu-se à gargalhada. - Nada disso! É que eles, além de não saberem essas coisas que até eu já aprendi, gabam-se disso! Como se fosse uma honra (e até uma obrigação!) serem ignorantes... Eu nem o estava a conhecer! Oliveira rindo-se dos seus pares!

Bem... mas desta vez ele estava às voltas com umas maquinetas velhas, rodeado de engrenagens, cartões de ponto e óleo por todos os lados... - Estou a preparar um novo produto que a Macro-Soft me encomendou: relógios de ponto para empresas em crise! E, vendo que a explicação era insuficiente, passou a pormenorizar sem interromper o que estava a fazer: - Trata-se de um relógio de ponto de nova geração. Desde que sou Solution Provider da Macro-Soft encaro todos estes problemas numa perspectiva de longo prazo e com uma visão macro-económica! Pronto, já cá faltavam os disparates! Ele apanhara no ar meia-dúzia de frases feitas e agora debitava-as como um papagaio... Só que não era isso o que me interessava, mas sim saber o que é que ele estava realmente a tramar. - Estes velhos relógios de ponto dos anos 50, com ponteiros e tudo, vão ter uma nova vida, adaptada à conjuntura de empresas em dificuldades. A ideia é muito simples: quando o trabalhador, ao fim do dia, picar o cartão de ponto, o relógio - até aí escondido - aparece, e indica-lhe uma hora anterior à real. Aliás, este valor é programável pelo patrão... O empregado, assim, fica sempre com um saudável complexo de culpa... ou então trabalha mais! Insurgi-me: - Mas isso não tem pés nem cabeça! Só um doido ou um aldrabão vai comprar essa coisa! A sua resposta foi um silêncio e um sorriso misterioso, e nem foi preciso dizer que a Macro-Soft já tinha uma boa carteira

de encomendas... - Mas oiça lá! Se a Inspecção do Trabalho vê isso, estão todos tramados, você, a Macro-Soft e os tipos que comprarem essa vergonha! - argumentei, um pouco desolado por ver o meu amigo Oliveira a enveredar por um caminho que roçava a marginalidade. - Aí é que você se engana! Isto é apenas o interface humano de primeiro grau - voltavam os palavrões pseudotécnicos! - por detrás haverá sempre uma ligação a um computador onde são registados os valores verdadeiros... Está a ver a “subtileza da esperteza”?! Pronto! Mais uma vez Oliveira entrava em estado de loucura total, e agora em verso! Saí, bastante desolado, e não quis saber de mais pormenores. Mas mais tarde não resisti. Queria mesmo saber que empresas compravam semelhante monstruosidade! E também me intrigava como é que ele ia solucionar a parte que metia computador... - Pois... essa parte ainda não resolvi. Além de que é a que parece interessar menos aos clientes... Mas, mesmo assim, já consegui vender uma versão pré-beta destes interfaces de primeiro grau. E estive a pensar que você tem razão: o produto, tal como estava, não era lá muito honesto... - Então como é que ficou? - A partir de hoje vou deixar a parte da aldrabice ao critério do cliente. Ele que ajuste a tal hora de saída... Agora aquilo já deixara de cheirar a aldrabice para passar a tresandar a história para débeis mentais...

Mas, quando eu ia de novo a sair da loja, quase esbarrei num senhor gordo e seboso, que entrava, nervoso e apressado, com um enorme embrulho debaixo do braço. Era, visivelmente um típico cliente desses relógios. - Então? Há algum problema, Sr. Bronko? - Não, antes pelo contrário! O meu pessoal agora trabalha bastante mais tempo! Embrulhe-me aí mais três! E completou: - Mas não me entendo com isto de programações... Cheira-me a software e isso não é comigo... Bem, programe lá este e os outros três para atrasarem bastante. Mas bastante, mesmo! Oliveira então, num rebate de consciência ou com um senso de humor que eu não lhe conhecia, propôs: - Que tal fazer atrasar os ponteiros... digamos... 12 horas?

PUB

Grupo Mário Ferreira da Silva lança MFS News

Primeira edição chega a todos os clientes Rover, MG, Land Rover, Mitsubishi e Mazda são as marcas representadas pelo Grupo Mário Ferreira da Silva que passa agora a apresentar a todos os clientes, através da MFS News, um resumo das actividades desportivas levadas a cabo pelas diferentes marcas já mencionadas. Sofia Vales Pinto

A MFS NEWS trata-se de uma “newsletter” com edição bi-anual que lançou o primeiro número no passado mês. Nesta edição foram brevemente abordados os feitos desportivos do corrente ano, assim como uma sumária apresentação dos novos modelos das diversas marcas e outras novidades que passamos a destacar. No passado mês de Fevereiro o Grupo MFS inaugurou uma nova empresa. Deste modo, a Rodex passou a ser o novo concessionário exclusivo da Mazda na Maia e em Matosinhos contando com um espaço comercial na

Rua Brito Capelo (Matosinhos), e com uma moderna e equipada unidade de pós-venda (oficina e peças), na Zona Industrial da Maia I, Sector I. Também o troféu “Mazda Cup” contou com a participação da Rodex. Ao volante dos Mazda MX-5 os pilotos João Andrade, Azenha Rocha e Miguel Couceiro deram o seu melhor nas provas de Jarama (Espanha), Vila do Conde, Estoril e Jerez de la Frontera (Espanha). Porém, o 7º lugar parece ter assombrado a competição, já que a Rodex Cup Team ao longo de quatro provas alcançou essa posição e não mais saiu de lá.

Alargando os horizontes, o Salão Automóvel em Genéve acolheu, no passado dia 9 de Março, um grupo de representantes do Grupo Mário Ferreira da Silva. Entre as muitas novidades a Mazda apresentou o MX-5 com um novo motor de 1.8I com 146 cv e ainda o novo 323, enquanto a Mitsubishi deu a conhecer a 7ª geração dos desportivos Lancer Evolution. Por sua vez, a Rover 75 Tourer surgiu como a grande aposta do Grupo MG/Rover, destacando a nova gama MG: ZT, ZR e ZS. O PME Excelência, anteriormente

designado por PME Prestígio foi novamente atribuído à Maiauto - Mário Ferreira da Silva, Lda e à Maivex Comércio Automóvel, Lda. O objectivo deste prémio é “apoiar o reconhecimento público do mérito a empresas, através de um estatuto que distingue performances exemplares alcançadas por PMES”. Estas são apenas algumas das actividades e novidades apresentadas pela MFS NEWS, que agora se encontram ao dispor de todos os clientes do Grupo Mário Ferreira da Silva.


22

PUBLICIDADE

Sexta-Feira, 9 de Novembro de 2001


BOLSA DE EMPREGO

24

Sexta-Feira, 9 de Novembro de 2001

A mais completa Bolsa de Emprego do Concelho está neste jornal. Toda a oferta Concelhia de emprego pode ser consultada e inserida de forma gratuita nesta página especial. Um exclusivo local “Maia Hoje”.

BOLSA Empresa de Construção Civil com sede na Mai admite:

MOTORISTA COM CARTA PESADOS Exige-se: • Experiência em manobrar retroescavadoras • Idade entre 25 e 40 anos

de

EMPREGO

VENDAS POR CATÁLOGO

OPORTUNIDADE - RECRUTAMENTO MULTINACIONAL

PRETENDESE PESSOAS PARA DESENVOLVER E LIDERAR REDE VENDAS COSMÉTICOS POR

QUERES TRABALHAR SER FELIZ E GANHAR DINHEIRO.

Contactar para: 22 944 41 78 • 22 944 41 59

Contactar através do telef.: 96 294 45 83

Telm: 93 662 40 44 E-mail: anabelavargas@iol.pt

UNIFARDAS

VENDEDORES DE PUBLICIDADE

VENDAS POR CATÁLOGO

(Part-time / Full-Time) Excelentes condições, trabalho em equipa altamente motivada, possibilidade de ganhos elevados.

Pretendemos Senhoras para desenvolver e liderar rede de vendas por catálogo.

Contactar pelo telefone: 22 944 22 81

Contactar Telef. 22 947 62 62

Contacto: 96 273 73 84

SERRALHARIA NOVA VIDA

MAIA - Empresa sediada na Maia admite para diversos departamentos

VENDEDOR/A Requisitos:

Oferece-se

4 Experiência em vendas 4 Responsável e dinâmico 4 Idade até 35 anos 4 Viatura própria

4 Bom ambiente de Trabalho 4 Formação e apoio constante 4 Base de 120 000 Esc. + Comissões + prémios por objectivos 4 Integração nos quadros da

SERRALHEIROS E APRENDIZES P/ALUMÍNIO Rua Prof. António Marques, nº 290 4425-364 Folgosa Maia Tel. 22 982 48 80

Empresa multinacional na prestação de serviços necessita para a Delegação da Maia

Consultora Comercial CONDIÇÕES PREFERENCIAIS 4 Boa apresentação 4 Idade entre 24/35 anos 4 Formação académica 9º a 12º 4 Fluência em inglês (falado e escrito) 4 Carta de Condução 4 Forte sentido de responsabilidade 4 Capacidade de comunicação

OFERECEMOS: 4 Estabilidade de Emprego. 4 Vencimento base+prémios+comissões. 4 Integração em empresa sólida. 4 Perspectivas de progressão na carreira. 4 Viatura de serviço

Respostas acompanhadas por «Curriculum Vitae» e fotografia actualizada para: Rentokil Initial Portugal - Zona Industrial da Maia 1 Sector II, Lote 116 Gemunde • 4470 Moreira da Maia • Tel. 229 481 371 - Fax 229 481 381

GESTÃO E TURISMO Tenho o meu Bacharelato em Gestão de Empresas Turísticas. Procuro a oportunidade de desempenhar uma função na minha área. Sou motivada, responsável e consigo trabalhar tanto em grupo como individualmente.

Contacto: 22 982 56 19

12 PESSOAS 6 COMERCIAIS

• • • • •

Boa Apresentação Disponibilidade Com ou Sem Ecxperiência Com ou Sem Viatura Mínimo garantido 100.000$00

(para quem cumpra as condições Contacte: 22 943 28 07

TÉCNICO DE VENDAS (M/F) >22-35 anos e escolaridade não inferior ao 9º ano. TÉCNICO DE VENDAS (M/F) > Idade entre os 30-40 anos, escolaridade não inferior ao 9º ano, carta de condução e carro próprio. FIEL DE ARMAZÉM (M) > Idade entre os 18-35 anos, escolaridade não inferior ao 9º ano, com ou sem experiência. EMPREGADO DE ARMAZÉM (M) > Idade entre os 18-35 anos, minímo 9º ano e carta de condução. COSTUREIRAS (F) > De corte e cose e recobrimento. LAVADOR DE VIATURAS (M/F) > Idade entre os 20-35 anos. INDIFERENCIADOS (M/F) > Com ou sem experiência. EMPREGADA DOMÉSTICA INTERNA > Com idade a partir dos 27 anos. APRENDIZES OU AJUDANTES DE SERRALHEIRO E ELECTRICISTA (M) DESENHADOR (M) > Idade entre os 18-24 anos, minímo 9º ano.

OS INTERESSADOS DEVERÃO CONTACTAR O CENTRO DE EMPREGO DA MAIA RUA DR. CARLOS FELGUEIRAS, 418 - 4470 MAIA TELEFONE: 22 943 27 00 FAX: 22 943 27 01


CLASSIFICADOS

Sexta-Feira, 9 de Novembro de 2001

Ensino

25

Jornal Maia Hoje • 9 de Novembro de 2001

TRIBUNAL JUDICIAL DA MAIA 4º Juízo Praça do Município 4470-202 Maia • Telef. 22 943 89 00 Fax 22 944 44 73

ANÚNCIO Processo: 436/2001 Carta Precatória (Distribuída) Extraída dos autos de Execução Ordinária, Processo nº 4122/01 Do Porto - 9ª Vara Cível - 1ª Secção Exequente: Banco BPI, SA Executado: FELIX DA COSTA

CENTRO DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL, LDA. ACÇÕES DE FORMAÇÃO (PÓLO da MAIA) FORMAÇÃO INICIAL DE FORMADORES (96 Horas) - 70.000$00 (em duas vezes) 08 Novembro a 29 de Janeiro (Terças e Quintas das 19H00 às 22H00 e Sábados das 10H00 às 13H00) O EURO E A ACTIVIDADE COMERCIAL (15 Horas) - 45.000$00 15 Dezembro a 4 de Janeiro (Sábados das 10H00 às 13H00) ORG. SERVIÇOS DE SEGURANÇA, HIGIENE E SAÚDE NO TRABALHO (30 Horas) - 50.000$00 15 Dezembro a 4 de Janeiro (Sábados das 10H00 às 13H00) INFORMAÇÕES E INSCRIÇÕES: Rua Dr. Germano Torres, 98 - Gueifães - 4470-049 MAIA Telefone 229 481 259 • Fax: 229 436 989 • Drª Sílvia Coelho URL: htto://www.cenfes.pt • E-mail: cenfes@cenfes.pt

Imobiliária

É fiel depositário, LUCIANO SEABRA FERNANDES, residente na Rua Professor Andrade nº. 488 -

vende-se

jlo^af^=Q=cobkqbp j^f^

sbkal=bu`bibkqb jlo^af^=bj=drbfcÍbp

rë~Ç~K=aÉ=êLÅ=É=N⁄=~åÇ~êI=R=èì~êíçëI=N ë~ä~=ÅL=QMãO=É=ä~êÉáê~K=žêÉ~ë à~êÇáå~Ç~ëK=mÉä~=ìêÖÆåÅá~= € OPNKVQNIMO=J=QSKRMMÅKK=mêçÅW=ORT

`L=P=ÑêÉåíÉë=êLÅÜ©çI=N⁄=~åÇ~ê=H Éëí∫ÇáçI=Åçã=Ö~ê~ÖÉã=É=~êêìãçëK þéíáãç=Éëí~Çç=ÅçåëÉêî~´©çK _çã=éêÉ´ç>

mobaf^iqfkl===

Nos autos acima identificados foi designado o dia 19-11-20001, pelas 14:00 horas, neste Tribunal, para abertura de propostas, que sejam entregues até esse momento, na Secretaria deste Tribunal, pelos interessados na compra do(s) seguinte(s) bem/bens: Fracção autónoma, designada pela letra “B”, correspondente a um estabelecimento comercial, composto por um salão amplo, com instalações sanitárias, e logradouro no fundo, no rés-do-chão, lado poente, com entrada pelos nºs. 138 e 144, do prédio urbano sito na Rua Campos Verdes, Freguesia de Moreira, Concelho da Maia, descrita na Competente Conservatória do Registo Predial da Maia, sob a ficha nº. 00333/080488-B, da freguesia de Moreira, e inscrita na respectiva matriz predial urbana sob o artigo 1.671-B, e penhorados ao Executado FELIX DA COSTA, residente na Rua Campos Verdes, 132, Moreira da Maia, 4470 MAIA,

Maia, 09-10-2001 N/Referência3: 287002 O Juiz de Direito, Nuno Miguel Jesus L. O Oficial de Justiça Manuela Lemos 3

Solicita-se que na resposta seja indicada a referência deste documento.

if`K=UL^jf

qÉäK=OO=VQN=PN=VT

`çåí~Åí~êW=VN=QOR=SR=SR

sbkal ^m^oq^jbkql=qP

qO=J=mo^f^=ab i^_ordb

`L=O=ÑêÉåíÉë=Eå~ëÅÉåíÉ=É=éçÉåíÉFI ãçÇÉêåçK O=î~ê~åÇ~ëI=ÅçòáåÜ~=Éèìáé~Ç~=É=Åçã Ö~ê~ÖÉã=áåÇáîáÇì~ä=é~ê~=O=Å~êêçëI=åç ÅÉåíêç=ÇÉ=dìÉáÑ©ÉëJj~á~K `çåí~Åí~êW=VN=QOR=SR=SR

sáëí~ë=é~ê~=ç=ã~êI=~ãéä~ë=•êÉ~ëI=OïÅI ä~êÉáê~I=î~ê~åÇ~=É=Ö~ê~ÖÉãK

`çåí~ÅíçW=OO=VOU=QR=VV=L=VP=VON=PM=UR

Vende-se obk^riq=OR=quf=ifjlrpfkb NVVNI=bëí~Çç=ê~òç•îÉäK=^ê=ÅçåÇáÅáçå~ÇçI=îáÇêçë=Éä¨ÅíêáÅçëI=ÑÉÅÜç ÅÉåíê~äáò~ÇçI=~ä~êãÉI=ÉëíçÑçë=Éã=ÅçìêçI=Ä~åÅçë=Éä¨ÅíêáÅçëI ëáåíÉíáò~Ççê=ÇÉ=îçòI==ÉëéÉäÜçë=êÉíêçîáëçêÉë=Éä¨ÅíêáÅçëI=ÉëéÉäÜçë ÅçêíÉëá~=áäìãáå~ÇçëI=Åçãéìí~Ççê=ÇÉ=ÄçêÇç=É=äìò=ÇÉ=äÉáíìê~=~íê•ëK NOMM=ÅíëK

Diversos % TÍTULO

S O UIT

TEXTO

T A GR VEÍCULOS

`çåí~ÅíçW=VN=QRM=VM=TT

Diversos

CARTAS DA MAIA

e de etiquetas rande Variedad

“EIFA”

G

diferentes is de 300 séries

Loja de coleccionismo

Ma

Solicite catálogo grátis

Centro Comercial Visconde de Barreiros: Trav. Dr. Carlos Felgueiras, 12, 1º - Loja 33 - 4470-158 Maia Telef/Fax 22 948 56 81 • Telm. 93 662 00 39

RECEPÇÃO DE PUBLICIDADE ^ k²k`fl

NOME MORADA LOCAL TELEF.

ENSINO

IMOBILIÁRIA

EMPREGO

DIVERSOS

Alugueres Vendas Outro

Ofertas Procuras

Compras Vendas Outros

C.P.

• Preencha o quadriculado com o texto que pretende ver publicado. Cada letra deve ocupar um espaço e entre palavras deverá ser deixado um espaço livre. • Depois de devidamente preenchido deverá ser enviado por fax ou via e-mail para:

JORNAL MAIA HOJE Rua dos Altos, Edifício Arcada, loja 10 - 4470-235 Maia Telefone 22 947 62 62 • Telefax 22 947 62 63 E-mail: maiahoje@mail.telepac.pt IMPORTANTE: O Jornal Maia Hoje, reserva-se o direito da não publicação do anúncio caso exista violação do Código da Publicidade ou caso falte a indicação do nome, morada e telefone do anunciante.

Diversos

RM= `^o^`qbobp do^qrfql ` i^ppfcf`^alp L=` ljmo^ b s bka^ b jmobdl L ^ rqljþsbfp L=f jl_fifžofl L= bq` K

mol`bpp^jbkql=ab=qbuql=`lj=nr^ifa^ab

oì~=Ççë=^äíçëI=bÇáÑ∞Åáç=^êÅ~Ç~I=äçà~=NM=J=QQTM=J=OPR=j~á~ qÉäÉÑçåÉ=OO=VQT=SO=SOLQ=√=qÉäÉÑ~ñ=OO=VQT=SO=SP=√=bã~áäW=ã~á~ÜçàÉ]ã~áäKíÉäÉé~ÅKéí

`çåí~ÅíçëW=VS=SMS=MS=VP=√=OO=VQN=MO=NN

^q°

båîá~ê=éçê=ÉJã~áä=çì=Ñ~ñK=mê~òç=äáãáíÉI=íÉê´~ëJÑÉáê~ëK

`~Ç~=ÑçäÜ~=^Q=ëμ=PMMAMM


ÚTEIS/PASSATEMPOS PLANETÁRIOS PARA O NOVO

MILÉNIO

por Professor KHARDAN (USA)

BALANÇA

CARNEIRO 21

DE

MARÇO

A

21

DE

ABRIL

Cada um possui, pela configuração planetária, a sua carta Astral. Só que, tirando partido da ignorância de um povo com tradições, muitos do que vivem da Astrologia, vão metendo as mãos nos bolsos dos que mais precisam de ajuda e, de apoio moral. Mas, o mais flagrante, é ver na televisão do Estado, astrólogos a anunciar que adivinham tudo. Caro Carneiro! Mantém a tua agressividade no trabalho graduada com o amor ao próximo. Lembra-te que, o teu melhor conselheiro são as tuas mãos e cabeça. Aconselho-te que, quanto antes, vejas os teus olhos e dentes, para eliminares as dores de cabeça e tensões altas.

TOURO 21

DE

ABRIL

A

21

DE

MAIO

Os pensamentos de que possas cair na ruína, não passa da tua imaginação. Procura acompanhar com pessoas saudáveis. Normalmente as pessoas doentes (que merecem todo o nosso apoio) falam em nomes de medicinas como os próprios médicos. Fala em assuntos que envolvam uma vida sadia. Os Taurinos, têm muito medo de enfrentar os animais. Nem que seja um Leão, encara-o de frente com os olhos bem abertos direccionados para o focinho (sem pestanejar) e braços estendidos. E, verás que o mais forte irracional ou até racional, recua.

GÉMEOS 22

DE

MAIO

A

21

DE

JUNHO

Os deste Signo, têm bastante dificuldade em expressar mensagens a outras pessoas. A princípio, são mal interpretados e, só à terceira é que é de vez. As suas palavras, normalmente são para dar bons conselhos, sendo por vezes mal aceites por julgarem que estão a ser julgados inferiores. Lembra-te de falares sempre num tom de voz baixo. Não é, em apresentares os teus argumentos em voz muito alta que és mais ouvido. Sabe aplicar palavras caras no momento exacto e pronunciadas correctamente. Para as senhoras que passam dos 50, recomendo para as dores da coluna, uma aplicação de calor seco. Areia quente embrulhada num pano ou até uma passagem com um aquecedor de cabelo, dão resultado.

CARANGUEJO 22

DE

JUNHO

A

22

DE

JULHO

Foste muito favorecido/a pelo planeta Marte durante os dez meses passados neste ano de 2001. Até dezembro, e para não caíres em “stress”, nunca faças mais do que aquilo que podes. No que concerne à higiene e limpeza caseira, não passes numa situação de histerismo. O limpar de mais a casa, poder-se-á considerar uma doença. Se, te aparecer por acaso um envelope com pó branco não entres em pânico! Deita-o no caixote do lixo. Muita canalha entretémse com brincadeiras de mau gosto. Não tenhas medo do escuro. Na rua ( as senhoras)devem circular na parte de dentro do passeio. Para uma questão de comodidade, comece quanto antes a fazer as compras de Natal. E gaste menos que o ano passado.

LEÃO 23

DE

JULHO

A

22

DE

AGOSTO

Talvez por os deste Signo, terem ideias fixas e muito fortes, o que em muitos casos apelidarei de manias, têm muito medo do escuro, da morte e, não se sentindo bem em lugares acanhados. A maioria, só precisava de comprar um andar T 2 mas, a sua claustrofobia leva-o a ocupar um T 3. A sua obsessão para se salientar dos outros, leva-o muitas vezes a gastar energias inúteis. As tuas hipotéticas grandezas, devem ser conhecidas pelos outros no decorrer dos tempos e nunca por nunca saídas da tua boca numa conversa de minutos. Não julgues que o” pêlo de Leão te isenta do frio” que se aproxima. Vai preparando as roupas para este inverno. Por falar em frio - já tomaste a injecção contra a gripe?

VIRGEM 23 AGOSTO

A

23 SETEMBRO

Os Virgianos, são o que se poderá apelidar de arrumados e coordenados. Em suas casas, gostam de ter tudo nos seus lugares (isto ao que se refere às mulheres). Quanto aos homens, deixam muito a desejar. Para os definir, basta olhar para o jornal depois de uma leitura. Até parece que foi lido por muitas pessoas. Por curiosidade as mulheres, dificilmente partem um peça de louça, tendo o vício (...) das limpezas. Em muitos casos passam com o pano do pó mais que uma vez pelo mesmo sítio. Muitos dos problemas não vão além da sua imaginação. Uma pequena dor no corpo ou cabeça, leva-o a imaginar que algo de mal está dentro de si. Uma dor de vez em quando, significa que o corpo está carregado de energia. E, se os hospitais têm doentes a mais, é por falta de “electricistas” do corpo humano.

24 SETEMBRO

A

Palavras Cruzadas

Os nativos do Escorpião, deveriam desviar os seus pensamentos alicerçados pelos sonhos e, entrar em atitudes dentro da realidade. Tenta vencer na vida com os pés bem assentes na Terra. Lembra-te, que um futuro risonho, formase degrau em degrau. Quando a subida é muito rápida, na primeira queda o tombo é catastrófico. Nunca tentes fazer tudo sozinho. Isso dá-te prazer, mas não é aconselhável. Muitas das vezes um ajudante, de aparente incapacidade dá-nos ideias surpreendentes. Nunca te arrependas de opinião dos outros. Se, o Governo português seguisse este conselho, evitar-se-iam muitas manifestações de protesto no Palácio de Belém.

SAGITÁRIO 23 NOVEMBRO

21 DEZEMBRO

A

A tua carta astrológica, dá-me conhecimento que a grande variedade de compromissos assumidos, vão tornar a tua vida profissional muita intensa. De realçar, que dentro deste âmbito, poderás sentir forte vontade de procurares um refúgio para meditação. Nunca te deixes dominar pelo hipotético fracasso. Na vida a não ser a morte - tudo tem remédio! Encara de frente o teu credor. Umas palavrinhas a abater, dão bom resultado. Só que (...) tens de assumir a responsabilidade dos pagamentos . Como és um bocado relaxado, não te esqueças neste inverno, de fazeres teste à bateria do teu carro, para não ficares no caminho.

CAPRICÓRNIO 22 DEZEMBRO

A

20 JANEIRO

O signo de Saturno, dá ao Capricorniano a extraordinária força de resolução inventiva. O que, para a maioria dos outros signos, está tempos a pensar para uma reparação de emergência ou outros casos, eles resolvem em minutos. Para as mulheres, se, de repente aparecem pessoas sem contar para comer, momentaneamente, como uma máquina e com muita imaginação a Capricorniana, preparou tudo em minutos! Que mulheres de guerra! Para enriquecer os meus estudos, testei uma criança de 8 anos deste signo. Oferecia-lhe um bonito brinquedo, se conseguia tirar de uma caixa de esmolas de uma igreja secular, as moedas que estavam lá dentro. Fiquei assombrado! Não digo como o fez, mas ganhou o prémio.

AQUÁRIO 21 JANEIRO

A

19

DE

FEVEREIRO

As grandes ambições do Aquário, são de sugestionar os seus amigos e familiares no que se refere a uma mudança de pintura da casa, comprar um televisor de grandes dimensões, computador ou até um carro novo. Pelo facto de trazerem na cabeça, um passado cheio de dificuldades, sentem-se agora libertados desse pesadelo. Procuram conviver com pessoas de nível superior ao seu, gastando muitas vezes mais do que deveriam gastar. Mas, deixa lá! Às vezes, vale mais, bons momentos na vida, do que muito dinheiro na carteira. A nossa passagem por este bonito Planeta é muito curto. Goza com moderação sem fazeres muitas vontades ao corpo.

PEIXES 20 FEVEREIRO

A

20 MARÇO

Os instintos fatalistas nos deste Signo, pode levá-los muitas vezes a estados de mania, podendo rondar a hipotéticos sintomas de doenças. Em estudos de pesquisa em hospitais, reparei que na maioria - HÁ MAIS DOENTES QUE DOENÇAS... Os de pensamentos profundos, que é o caso do Aquário, têm de saber controlar a sua conduta como quem guia um automóvel. Todos sabem por experiência própria que “devagar e bem há pouco quem “. Tudo o que é perfeito, demora mais tempo que o usual. Só com o senão, que a mente a trabalhar na lentidão, perde reflexos que nos fazem falta para o momento computadorizado e sincronizado que estamos a atravessar.

4

5

6

7

8

9 10 11

3 4

Colaboração de: Francisco Assis Assunção Alves

5 6 7 8

22 NOVEMBRO

A

3

2

ESCORPIÃO 24 OUTUBRO

2

1

23 OUTUBRO

Os nativos deste Signo, preocupam-se bastante com a sua beleza exterior. Este parece ser o fraco de toda a sociedade. Eu, chamarlhe-ei a psicose do espelho e da roupa. Sobretudo as senhoras, abrem o guarda vestidos, estando tempos a pensar na escolha do seu vestuário. É uma preocupação para quem tem muito que vestir. Mas, depois vem o tipo de sapatos, a carteira e o penteado. Este tempo, em muitos casos deveria ser mais aproveitado, para a elaboração de, como organizar as refeições para a semana, sem recorrer à comida de “plástico” pizza e frango assado. Muitos casais queixam-se de ganhos insuficientes para enfrentar a vida. A virtude está no que se poupa e não no que se gasta.

1

mol_ibj^=k⁄=QO

Palavras Cruzadas

9 10 11

eçêáòçåí~áëW 1- Nascido. Cabelo abundante e crescido. 2Príncipe ou comandante Mongol ou Persa. Isolado. 3- Artigo arábico que influênciou a formação de muitas palavras portuguesas. Rubôr das faces. Prata (s.q.). 4- Bário (s.q.). Aquilo que encaminha a bom porto (Fig.). Apelido. 5- Substância doce, espessa e retirada das flôres pelas abelhas. Satélite natural da Terra. 6- O tio dos Americanos. Semelhante. 7- Declamar. Carro (Ing.). 8Quarenta e nove romanos. Escutar. Letra consoante. 9- Laço apertado. Criado grave. Terceira nota musical. 10- Césio (s.q.). Avista. 11- Tumôr que se forma no peito do cavalo. Vara tenra e flexível de vimieiro.

1- Espécie de abelha (Bras.). Zenite. 2- Sexta nota musical. Instrumento de música Chinês, de percussão, de cobre, em forma de tambôr. 3- Antes de Cristo (Abrev.). Aquilo que prejudica. Prefixo designativo de companhia. 4- Quinto filho de Jacob (Bibl.). Relativo ao sexo feminino. Antimónio (s.q.). 5- Óxido de cálcio. Caminho numa povoação. 6- Contacção de maior. Reles. 7Lista. Apetite sexual dos animais. 8- Eles. Brigar. Observei. 9- Pedra de moinho. Rio Suiço. Preposição designativa de lugar. 10Campião. Novecentos e cinquenta romanos. 11- Escrava egípcia de Abraão, de quem teve um filho, Ismael (Bibl.). Vaso que recebe o sangue à saída dos capilares e o transporta ao coração.

SOLUÇÕES: HORIZONTAIS: 1- Nado. Coma. 2- Cã. Só. 3- Al. Côr. Ag. 4- Bá. Farol. Sá. 5- Mel. Lua. 6- Sam. Tal. 7- Ler. Car. 8- Il. Ouvir. Lê. 9- Nó. Aio. Mi. 10-Cs. Vê. 11- Loba. Vime. VERTICAIS: 1- Caba. Pino. 2- Lá. Ló. 3- a.C..3- Mal. Co. 4-Sa. Fêmeo. Sb. 5Cal. Rua. 6- Mor. Vil. 7- Rol. Cio. 8- Os. Lutar. Observei. 9- Mó. Aar. Em. 10- Ás. LM. 11- Agar. Veia.

PROGNÓSTICOS

Sexta-Feira, 9 de Novembro de 2001

sboqf`^fp

26

Cinemas Cinemas Cinemas Cinemas Cinemas Cinemas j^f^pelmmfkd= Tel. 22 977 04 50 • Fax 22 972 45 37 >Semana de 24 de Agosto a 30 de Agosto >Todos os filmes têm inicio 10 minutos após a hora marcada SALA 1....O Beijo Mortal do Dragão (M/16) 14:05; 16:30; 0:00; 19:00; 21:30; 23:50 SALA 2......................Scary Movie 2 (M/12) 13:25; 15:25; 17:25; 19:25; 21:25; 23:40 SALA 3 ....................American Pie 2 (M/16) 14:00; 16:20; 0:00; 19:05; 21:35; 00:00

SALA 4......................Cap. Cornellis (M/12) 13:30; 16:10; 18:55; 0:00; 21:40; 00:25 SALA 5 ............Operação Swordfish (M/12) 13:45; 16:00; 18:25; 20:30; 22:35; 00:45 SALA 6 ......................Crimson Rivers (M/16) 13:40; 15:50; 18:00; 20:15; 22:25; 00:35 SALA 7 ..................Moulin Rouge (M/12Q) 13:55; 16:35; 0:00; 19:15; 22:00; 00:40 SALA 8 ....Mistérios do Sexo Oposto (M/12) 14:20; 0; 17:00; 19:30; 22:10; 00:30 SALA 9 ..................Hora de Ponta 2 (M/12) 13:35; 15:40; 17:55; 20:00; 22:05; 00:10

SALA 10............O Diário da Princesa (M/6) 14:10; 16:40; 0:00; 19:10; 21:45; 00:15 SALA 11 ..............................Taxi - 2 (M/12) 13:50; 15:55; 18:05; 0; 22:15; 00:20

`bkqo^i=mi^w^ Tel. 22 940 64 86 SALA 1 ................Profissão de Risco (M/16) SALA 2 ............Coração de Cavaleiro (M/2)

Descubras as 7 diferenças!


pág. 28

ASC Monte das Pedras: um clube para o futuro

págs. 30 e 31

Hóquei em Patins: Maiatos no Camp. Europeu

pág. 32

FC Maia começa a somar pontos

pág. 33

Peugeot 406

pág. 35


28

DESPORTO

Sexta-Feira, 9 de Novembro de 2001

500 Km Vodafone Estoril

F3 auto na festa do automobilismo nacional! «é para ganhar», disse o piloto Luís Nóvoa ao Maia Hoje, sobre o seu regresso à competição este fim-desemana. Numa pequena entrevista que concedeu ao MAIA HOJE, o piloto maiato, fala-nos destas e de outras provas. O importante é ganhar! Artur Bacelar

No próximo fim-de-semana de 9, 10 e 11 de Novembro os automóveis vão de novo “roncar” no Autódromo do Estoril.

Quanto à prova o piloto F3 Auto disse que «já no ano passado poderia ter ficado no pódio, mas infelizmente tive problemas com a transmissão e tal não foi possível», disse o piloto de 36 anos, em tom de quem procura uma “vingança”. No ano passado Luís Nóvoa, apesar dos problemas que teve (numa época em que tudo valeu, dado que ainda está na memória dos maiatos o facto do líder da equipa António Ribeiro ter sido “empurrado”, perdendo assim o primeiro lugar do campeonato), ainda conseguiu um quarto lugar no campeonato nacional dos Diesel e um brilhante segundo lugar no campeonato de montanha. Este ano, por razões pessoais, Luís Nóvoa, chega à competição apenas no final da “festa”, mas a confiança num bom resultado e a previsão de uma nova época mais activa, fazem deste piloto uma pessoa feliz.

O que são os 500 Km Vodafone? O pretexto são os 500 Km Vodafone, que se podem traduzir como a Festa do Desporto Automóvel Nacional, onde competem ou podem competir todos os pilotos e automóveis que participaram nos vários campeonatos e trofeus nacionais, com excepção feita para os carismáticos “Formulas”. Esta prova tem a duração aproximada de 6 horas, tendo cada carro 3 pilotos que não podem conduzir mais de 45 minutos seguidos, obrigando assim a constituir equipas bastante homogéneas. A participação da F3 Auto Homogéneas são as equipas da F3 Auto, que este ano vai participar com dois Fiat Bravo JTD, com a preparação especial da “casa” (segundo nos disseram é um segredo muito bem guardado e que apenas os responsáveis técnicos sabem quantos cavalos “debitam”). Nesta competição, a “casa” maiata, apresenta no carro principal, pilotos bastante experientes como Luís Nóvoa, Nuno Veloso e Vítor Rui; já no carro “2” irão alinhar os “técnicos” Filipe Machado, António Ribeiro e Miguel Patrocínio, funcionários da empresa, uma verdadeira prenda para aqueles que muitas vezes são a chave de uma vitória. «é para ganhar», disse Luís Nóvoa ao MAIA HOJE. A nossa curiosidade jornalística, levounos a uma pergunta inevitável: Com tantos e bons carros em competição, a debitarem muitos cavalos e com motorizações a gasolina, será possível ganhar uma prova deste calibre? Luís Nóvoa foi peremptório: «é para ganhar, não estamos nisto por outra coisa», disse confiante «o facto de corrermos com carros Diesel, até poderá ser mais vantajoso, porque teremos que fazer menos paragens para reabastecimento. O tempo dos Diesel “lentos” já lá vai, agora temos carros altamente competitivos e a FIAT, com os Bravo, é pioneira».

????????????????????????????????????

Colaboração de luxo Luís Nóvoa, também ele um piloto patrocinado pelo nosso jornal, fica com um certo brilho no olhar quando fala dos seus patrocinadores «é uma outra equipa de luxo, sem eles nada disto seria possível. É com gente desta que a modalidade evolui e as apostas tem sido ganhas. O Hotel Central Parque, a unidade hoteleira mais acolhedora da região; a Real Objectiva, uma das melhores imobiliárias do norte; as fabulosas marcas Viali de malhas e a Tomato Jeans; são marcas e empresas que muito me tem apoiado, com as quais convivo no dia-a-dia, quer seja na aquisição de um imóvel, onde hospedo os meus convidados, ou mesmo nas roupas que visto. Sem palavras para descrever aquilo que sinto». Já na F3 Auto, a colaboração é prestada pela conhecida empresa Würth, também ela com instalações na Maia e pela Cetelem, uma empresa financeira. Na próxima edição daremos conta dos resultados desta prova que irá ser espectacular e que conta com muitos maiatos em competição. A todos eles, os nossos desejos de que tudo corra pelo melhor!


TREINADOR DE BANCADA

Sexta-Feira, 9 de Novembro de 2001

O

A

UMBIGO DO VIZINHO

Também eu tenho amigos de outros Clubes. Até tenho grandes e bons Amigos adeptos do Benfica. Daqueles que acompanham a equipa, e que, tal como eu, sofrem jornada a jornada. São o que eu chamo de verdadeiros adeptos. Esses meus amigos, como “experts” que são em matéria de futebol, compreendem e aceitam que um plantel é composto por 25 a 30 jogadores, e que nem todos podem ser utilizados. Aproveito para informar os mais desatentos que apenas podem jogar 11 de cada vez! O que esses meus amigos não compreendem é que seja dado espaço a um presumível adepto do Benfica para escrever sobre o Benfica, e que se utilize esse espaço para falar do FUTEBOL CLUBE DO PORTO, e sobre uma matéria que demonstra alguma falta de conhecimentos futebolísticos. Mas sempre é mais fácil falar da casa do vizinho do que olhar para o próprio umbigo. Para que tal não volte a acontecer, vou deixar aqui alguns assuntos que preocupam os benfiquistas e que aqui o amigo do lado pode aproveitar para desenvolver nas próximas semanas: - a prisão do ex-presidente do Benfica, que tanto tempo andou em ombros, principalmente quando atacava o Senhor Presidente do Futebol Clube do Porto, Jorge Nuno de Lima Pinto da Costa. Já agora aproveito para informar que o Senhor Pinto da Costa é o presidente, no activo, com melhor palmarés a nível mundial; - a contratação e consequente apresentação com grande pompa e circunstância do jogador ex-Sporting, Quim Berto, para passado um mês ser dispensado; - as dividas ao fisco, que num país onde as leis se fossem para cumprir teria atirado o Benfica para a 2ª Liga. A exemplo do que aconteceu em França com o Bordéus e em Itália com o Milan; - a não classificação para a as provas europeias na época passada e a vergonha que isso tem representado para um clube com o passado do Benfica; - a campanha que todos os benfiquistas fizeram contra a Olivedesportos, Liga e Joaquim Oliveira, e agora, foram os primeiros a assinar a Sport TV. Os carneiros, coitadinhos, também são assim, vão sempre para onde manda o pastor. Mas estes têm desculpa. É que Deus não Lhes Deu a inteligência. Passemos agora a assuntos com mais interesse, e vamos falar dos três grandes. Finalmente o FC Porto viu a sorte bater-lhe à porta. Reconheço que se assim não fosse não teríamos vencido a bem estruturada equipa da União de Leiria. Mas, já merecíamos um pouco de sorte. Fui ao Bessa ver o jogo com o Liverpool, jogo onde o Boavista demonstrou toda a sua força e que serviu para garantir o acesso à 2ª fase da Liga dos Campeões. Inédito duas equipas portuguesas na 2ª fase. E que bom, as duas serem da cidade do Porto. Podem os governos continuar a beneficiar Lisboa com os PIDDACs, que a força do futebol continuará nos locais onde se trabalha - no Norte! Escrevi há 15 dias que ao Sporting só lhe faltava arranjar fio de jogo para tanta classe ofensiva. Aí estão eles, a marcar golos como ninguém e com um grande resultado na Taça UEFA. Tenho um pressentimento que o Sporting vai afastar o Milan com duas vitórias. Assim seja. Pergunta da semana: Afinal de quem é o passe do Mantorras? ADRIANO FREIRE

KOMPENSAN Caros leitores, estou nas nuvens, o Boavista F.C. apurou-se para a 2ª fase da Liga dos Campeões contrariando a maioria das pessoas que vaticinava que seria o bombo de festa do grupo, mais uns sapos para engolir lá para os lados das Antas e Guimarães que por este andar ainda vão ter umas congestões. Espero que após este sucesso, o Presidente do Sporting, a mando de alguém, não venha tirar mais um coelho da cartola relativamente à Liga dos Campeões. Em relação a esta personagem, de quem sinceramente tinha uma imagem bem diferente daquela que infelizmente tem dado nos últimos tempos, lembro-lhe que associações com as pessoas que tem neste momento são bastante perigosas, basta recuar no tempo e constatar o que aconteceu a todos aqueles que o fizeram. Há uma frase proferida por ele que é sintomática da imagem que se tem dos seus associados, quando afirma que sobre podres ninguém sabe mais do que o Presidente do Porto, eu até acredito, só que convém recordar que o futebol em Portugal já evoluiu para um estado em que as mentalidades estão anos luz daquelas que alguns velhinhos não sabem, ou não conseguem ou ainda teimam em viver. Em relação à passagem do Porto à 2ª fase da Liga dos Campeões, a minha reacção é exactamente igual à dos seus

29

responsáveis aquando da conquista do título pelo Boavista F.C, embora não tenha ficado insensível à promoção de Portugal no ranking da UEFA. Cá se fazem , cá se pagam. Em relação ao Sporting a mesma coisa, quem ouviu a TSF após o jogo de qualificação, o seu presidente várias vezes interpelado pelo jornalista sobre a importância que ele atribuía para Portugal no ranking, escusou-se sistematicamente a responder, dizendo que foi bom, mas para o Sporting. Por estas atitudes e mais algumas, tenho sérias dúvidas que estas personagens tenham tido algum dia interesse na evolução do futebol em Portugal, para além do seu próprio beneficio nem que para isso se levantem suspeitas sobre quem tem obra feita e é reconhecida no estrangeiro, como foi o caso do treinador do Liverpool, ou pela gestão de um clube que até consegue apresentar lucro. Em jeito de conclusão, ainda não apanhamos 5, nem tivemos lenços no Bessa dirigidos ao treinador, talvez por isso se faça tanto barulho no sentido de atirar areia para os olhos dos adeptos e desviar as atenções, entretanto o Kompensan continua a ser uma solução para as más digestões daqueles que não conseguem viver com os sucessos do Boavista F.C.. Haja Kompensan. JOSÉ BESSA

POLÍTICA E O FUTEBOL Neste fim de semana, andava eu passeando tranquilamente quando sou surpreendido com mais uma polémica daquelas que aparecem nos noticiários da política e que provocam uma sonolência tão grande como os relatos da guerra do Afeganistão: vira o disco e toca o mesmo. Acontece, porém, que o assunto metia futebol e, ainda por cima, o Benfica, pelo que a notícia conseguiu despertar a minha atenção. Pelos vistos, numa comissão parlamentar, a propósito do Euro 2004, o Presidente Vilarinho, afirmou ter uma promessa do Presidente da Câmara de Lisboa, que assegurava uma verba de cerca de 2 milhões de contos para a construção do novo Estádio do Benfica. Tal afirmação foi revelada por um membro da dita comissão parlamentar, tendo a comunicação social dado ao assunto carácter de mais um escândalo político, quanto a mim, exagerado. A história passou a ter interesse quando a estação de rádio onde eu ouvi a notícia resolveu contactar por telefone em directo o famoso delator, pelos vistos um ilustre benfiquista. Bom o homem, fez questão de salientar de imediato que estava ali a falar em 3 qualidades: na qualidade de Benfiquista, líder da comissão parlamentar por parte do partido da oposição e, por fim, na qualidade de candidato nas listas do partido da oposição, à Câmara de Lisboa. Cheio de embargos na voz, o homem lá foi dizendo que, como benfiquista, estava 100% de acordo com a atribuição do subsídio, como membro da comissão parlamentar, limitou-se a ouvir o respeitável Presidente de uma instituição de prestígio deste País e finalmente como candidato à câmara, nem estava de acordo, nem em desacordo, antes pelo contrário. Ora, andamos nós a pagar para estes senhores se passearem pelos corredores de S. Bento, pelos vistos, a meio tempo, para no final virem lançar umas atoardas, que depois não são capazes de defender, não vão as sensibilidades clubísticas dos eleitores deitarem a perder os resultados eleitorais. Felizmente o cidadão português adepto do futebol sabe fazer a separação que os senhores da política pensam não saber, senão, para ter maiorias absolutas contínuas, bastava adoptar medidas favoráveis ao Glorioso e tinha 6 milhões de votos em todas as eleições o Partido que as adoptasse. F ERNANDO S OUSA

GOLOS, GOLOS GOLOS

E

MAIS

Brilhante. Este é o melhor adjectivo para definir aquilo que a minha equipa fez em apenas dez dias. Depois da goleada de Paços de Ferreira (6-0), onde todos os golos marcados fizeram com que eu senti-se toda a alegria e paixão que sinto pelo meu SPORTING, não podia deixar passar em claro o nome de uma grande homem e profissional que temos no nosso clube “PAULO BENTO” que no dia em que o seu pai faleceu, fez questão de nesse mesmo dia à noite, vestir a camisola de seu clube e de assim nos mostrar que no SPORTInG os grandes profissionais, não são apenas aqueles que muito jogam ou que muitos golos marcam. Obrigado “PAULO” por seres um dos nossos. Passamos agora à taça UEFA, onde de novo aplicamos chapa 6, para criticar a atitude dos adeptos benfiquistas que não acederam ao meu pedido de à 15 dias atrás, pois como repararam, reservamos toda a superior norte para eles, e a mesma ficou completamente vazia como tiveram oportunidade de ver (espero não se arrependam). O jogo em si pouca história teve, pois com mais uma brilhante exibição batemos os campeões suecos sem qualquer dificuldade. Para que conste o Halmstad foi campeão sueco na última temporada, país esse que foi o primeiro a qualificar-se para o mundial de 2002. Depois veio o Salgueiros, onde o árbitro por engano ou não, terminou o jogo mais cedo (aos5), pois o mesmo e conforme vem sendo hábito só deveria terminar aos 6 (com o SPORTING é assim). O mesmo senhor esqueceu-se também de marcar duas grandes penalidades a favor do meu clube e de expulsar o jogador que cometeu a falta que deu origem à grande penalidade cometida sobre o nosso menino d’ouro João Pinto. Consequência desse jogo, Mário Jardel e Marius Nicolage encontram-se agora na 1ª e 3ª posição respectivamente na lista dos melhores marcadores da 1ª liga. Vou agora criticar umas declarações do nosso treinador aquando do sorteio da próxima eliminatória da taça UEFA, em que ele dizia que para eliminar-mos o Milão bastava que meia dúzia dos nossos jogadores fizessem o jogo da vida deles. Ora bolas senhor Boloni será que o senhor ainda não se identifica com a grandeza do clube que o sr. representa. Eles têm muitos craques e nós não temos? Só para lembrar temos uma dupla de pontas de lança que actualmente é a melhor da Europa pois a função deles é marcar golos, e os dois juntos na Europa actualmente não têm concorrência, por isso senhor Boloni não tenha medo pois nós temos equipa para eles. Parabéns ao F.C. Porto e ao Boavista pois conforme desejei à 15 dias atrás, ambos se qualificaram para a 2ª fase da Champions League. A ambos desejo que continuem assim para continuarmos a mostrar a grandeza do nosso futebol. Ao Benfica os meus parabéns também, mas pelo facto de finalmente e quase ao fim de um ano ter ganho um jogo fora para a 1ª liga. SÉRGIO PINTO


30

DESPORTO

Sexta-Feira, 9 de Novembro de 2001

ASC Monte das Pedras:

Um projecto que não pára de crescer Fundada em 30 de Agosto de 1974, então com outro nome, a Associação Social e Cultural Monte das Pedras está em força e afirma-se, cada vez mais, como uma das colectividades mais preponderantes do concelho da Maia. Carlos Alberto é quem está actualmente à frente dos destinos da colectividade e considera que é possível progredir mais o clube, isto caso todos ajudem. Miguel Ângelo Machado

A Associação Social e Cultural do Monte das Pedras desenvolve a sua actividade desportiva no futsal. Com três escalões de competição, juvenis, juniores e seniores, este último com equipas masculinas e femininas. Os seniores masculinos disputam actualmente a Divisão de Honra da Associação de Futebol do Porto, o escalão mais alto do futsal a nível distrital, tendo subido nos dois últimos anos de divisão. O futsal feminino nasceu no ano passado e a sua criação tem uma história curiosa: «Um treinador de clube de futsal feminino sediado em Leça foi demitido e trouxe a equipa toda com ele. Chegou cá e perguntou se estávamos interessados em aceitá-los e chegamos à conclusão que provavelmente seria uma boa ideia ter uma equipa feminina para o relançamento quer do futsal, quer para chamar à atenção destas gentes para uma realidade bem diferente que é o futsal feminino», contou Carlos Alberto, presidente da ASC do Monte das Pedras há três anos. Com o nascimento desta mais valia, não tardaram os objectivos ambiciosos e no primeiro ano os responsáveis pelo Monte das Pedras chegaram a pensar que seria possível subir de divisão: «Tínhamos duas miúdas da selecção e pensamos que isso seria possível. Não o conseguimos porque tínhamos pouca gente. O treinador que cá estava mandou embora muitas atletas porque só queria contar com aquelas e chegámos a uma altura que íamos para os jogos apenas com seis ou sete atletas e desta forma, era impossível fazer melhor». As meninas do ASC Monte das Pedras acabariam por fechar a passada temporada no sétimo posto, a um lugar da subida. «Vamos tentar este ano e julgo que essa ambição está ao nosso alcance», revelou Carlos Alberto. Relativamente aos seniores masculinos, o responsável que entrou no ASC Monte das Pedras como treinador dos seniores, afirma que a equipa tem «capacidade técnica e física para atingir o Nacional já nesta época».

planos da actual direcção trazer mais gente à sede, dinamizando-a com várias iniciativas. Encontra-se já em curso um projecto com o Centro de Psicologia do Castelo da Maia que visa rentabilizar a actividade escolar do atleta. «Não nos preocupamos apenas com o desempenho desportivo do atleta, mas também com outros aspectos. Este é um projecto, na minha opinião, muito importante». Também já aprovado encontra-se um protocolo com o “Direct English” que permitirá disponibilizar aulas de inglês em horário pós-escolar e póslaboral no Centro de Dia, espaço adjacente à sede do clube. Para a iniciativa arrancar, falta apenas concretizar inscrições.

Carlos Alberto tem em mente grandes projectos para a ASC Monte das Pedras

No total, fileiras com divididos por juniores, 12 juvenis.

o ASC conta nas suas 55 atletas federados, 18 nos seniores, 15 nos no feminino e 10 nos

Outros projectos Não é só a vertente desportiva que é encarada de forma séria e responsável pela direcção do ASC Monte das Pedras. Se no passado, aquela colectividade teve um papel fundamental para a instalação de um

Centro de Dia para 3ª Idade, há poucos meses era vontade do presidente Carlos Alberto instalar na sede um Centro de Informática. Como o mesmo director explicou, tal não foi possível porque isso «obrigaria a uma renovação deste espaço e enquanto isso não acontecer, esse projecto não é realizável». No entanto, no futuro, Carlos Alberto conta ter uma sala de lazer com computadores ligados à Internet e porventura «até dar alguma formação aos miúdos». Faz parte também dos

A difícil tarefa de “levar o Monte das Pedras a um bom porto” Para a concretização de grande parte dos projectos do ASC Monte das Pedras é preciso dinheiro e para isso os responsáveis contam com o apoio da Câmara Municipal e de várias empresas, nomeadamente para a melhoria e ampliação das suas instalações (construção de novas salas para lazer, arquivo, ensino e reuniões, lavandaria e de garagens para as carrinhas), fundamentais para o progresso do clube. As receitas do bar da sede e as quotizações simbólicas dos cerca de 130 sócios não são suficientes para colmatar as várias despesas, daí que a colectividade sobreviva, sobretudo «à custa de terceiros. Temos contado com o apoio incondicional da Câmara da Maia, essencialmente da parte do seu vereador do Desporto, Bragança Fernandes, que nos tem apoiado em tudo o que pretendemos concretizar, da Junta de Freguesia da Vila de Moreira e depois vários patrocinadores privados como a Tirel, empresa de tintas e materiais e anti-corrosivos e que tem sido o suporte financeiro da actividade da associação, a Montaco que também


DESPORTO

Sexta-Feira, 9 de Novembro de 2001

31

Uma das viaturas que recentemente a ASC Monte das Pedras adquiriu com o apoio da autarquia

A sede terá que sofrer uma remodelação em breve

nos tem dado uma ajuda muito significativa, e de outras importantes empresas como a F. Ribeiro e Filhos Lda, Vanidecor, Tropicália, o Restaurante Carlos dos Leitões, Suspensão e Rosimaia. Só com eles, todos juntos, é que conseguimos levar isto a um bom porto». Recentemente, a ASC Monte das Pedras adquiriu duas carrinhas, com a comparticipação em 50 por cento da edilidade maiata, aliás à semelhança que muitas outras actividades do concelho fizeram. Apesar da “preciosa” ajuda, a ASC Monte das Pedras tem que desembolsar todos os meses uma quantia que ronda os 90 mil escudos: «Juntando a isto, as deslocações, os pagamentos dos policiamentos e compra de equipamentos, é necessário trabalhar muito», acrescentou Carlos Alberto. “Aceito continuar, se...” Carlos Alberto não tem dúvidas em referir que o futuro do ASC Monte das

Pedras é promissor, «caso os sócios queiram que assim o seja. Infelizmente o apoio que os sócios têm dado à colectividade é quase nulo. Se não tivéssemos o apoio de pessoas que na sua grande maioria são estranhas ao clube, já que poucos são consócios, nunca chegaríamos aonde chegamos. Não tínhamos concretizado os objectivos de subidas de divisão, a compra das carrinhas nem mudar esta sede para melhor». Esta insatisfação com a fraca participação dos sócios nas lides do clube por parte de Carlos Alberto alarga-se ao corpo directivo do ASC Monte das Pedras: «Esta direcção, embora nem todos os seus membros, é que tem trabalhado em prol disto e tem conseguido os apoios», desabafou o presidente. Carlos Alberto, 39 anos, casado e com um filho, confessa que a sua vida pessoal e profissional tem sido «prejudicada pela acção aqui no Monte das Pedras e estou desiludido com algumas pessoas que por aqui passam,

O responsável pelo bar da ASC Monte das Pedras, Joaquim José

entre sócios e alguns directores. Chego a pensar que eu e aqueles que trabalham estamos aqui a mais e está na altura de as pessoas que gostam disto arranjar alguém que me substitua, por mais que me custe dizer isto. Posso assumir um outro mandato se as pessoas que têm algum peso nesta zona nos apoiarem e aparecerem. Nem peço que elas nos apoiem monetariamente, mas que apreçam na sede e nos jogos. Se isto acontecer, poderemos ir mais longe e possivelmente encabecerei uma lista, embora não conte com maioria dos elementos desta direcção», apontou. 27 anos de História Originariamente, a colectividade denominava-se de Águias do Monte das Pedras FC, daí o emblema do clube ostentar uma águia. «Como a grande maioria dos clubes, esta colectividade nasceu de um grupo de amigos de café que pensaram em formar um clube. O nosso sócio número dois, António

Pinto, foi um dos fundadores», explicou Carlos Alberto. Mais tarde, a legalização do clube quer em termos estatutários, de associação e escritura notarial, obrigou a colectividade a designar-se por Associação Recreativa e Cultural do Monte das Pedras, mas a designação final ainda não seria esta. Em 1991, a colectividade foi (re)baptizada com o nome que ainda hoje possui: Associação Social e Cultural do Monte das Pedras, em virtude de na altura ter nascido aqui um Centro de Dia para a 3ª idade, criado pela própria colectividade. O clube nasceu com a modalidade de futebol de 11, sem instalações próprias. Também o atletismo chegou a fazer parte da colectividade do lugar do Monte das Pedras. Esta modalidade chegou a ser federada, tinha nas suas fileiras atletas campeões distritais e nacionais nas camadas jovens. Há cerca de oito anos nasceu o futsal, desporto esse ao qual a ASCMP se dedica, em exclusivo, nos dias de hoje.


32

DESPORTO

Sexta-Feira, 9 de Novembro de 2001

Campeonato da Europa de Hóquei em Patins Feminino

Portuguesas querem ser tri-campeãs europeias Revalidar o título de campeã da Europa é o objectivo assumido por Jorge Lopes, seleccionador nacional de hóquei em patins feminino. Bicampeã nesta prova, a Selecção Nacional tem, mais uma vez, pela frente a possibilidade de se confirmar no hóquei em patins a nível europeu, naquele que será o último Europeu com Jorge Lopes como principal responsável. Miguel Ângelo Machado

A Maia estará em força no próximo Campeonato da Europa de Hóquei em Patins feminino que terá lugar na cidade italiana de Mofetá, entre os dias 12 e 17 de Novembro. Para além do significativo número de cinco atletas seleccionadas no lote das dez melhores hoquistas nacionais, do enfermeiro Paulo Castro, também o técnico da Selecção Nacional, Jorge Lopes é maiato. Há muitos anos ligado ao mundo do Hóquei em Patins, tanto como atleta, como assumindo as funções de treinador, desde 95 que Jorge Lopes é o principal responsável pela Selecção Nacional feminina. Depois da vitória em dois campeonatos da Europa (o primeiro em 96 em S. João da Madeira e o segundo em 99 na cidade alemã de Spring) e um segundo posto no Campeonato do Mundo, Jorge Lopes garantiu ao “Maia Hoje” que revalidar o título «é o grande objectivo da Selecção Nacional. Esta selecção já é bicampeã da Europa e como tal, tanto nós como os amantes do hóquei em patins, pretendemos vencer novamente esta prova». Grupo de qualidade, futuro garantido As atletas terminam hoje um estágio em Grândola, partindo amanhã para Itália. Um total de quatro estágios realizados em vários locais do país, «com a preocupação de trabalhar o mais tempo possível com as atletas e divulgar a modalidade por todo o território nacional», anteciparam este Campeonato da Europa. Nestes trabalhos, Jorge Lopes teve a oportunidade de observar atentamente várias atletas, saindo no final um grupo que acabou por não apresentar grandes novidades. No entanto, o seleccionador chegou a observar até ao segundo estágio, inclusive, duas atletas sub-18 e chegou-se mesmo a pensar que a convocatória final viesse a apresentar alguma surpresa. Essas atletas que se sagraram recentemente Campeãs da Europa de sub-18, na Alemanha, também sob o comando de Jorge Lopes «tiveram um papel brilhantíssimo na 1ª Taça da Europa que se realizou na Alemanha em 2001. Serão num futuro muito próximo, provavelmente já no próximo ano, no Campeonato do Mundo, uma mais valia importante. Temos gente com muita qualidade. As atletas que compunham a selecção de sub-18 tinham uma média de 16 anos, inclusivamente uma atleta que foi brilhante tem apenas 14 anos e um futuro promissor à sua frente. Mas este grupo de atletas que está na selecção sénior é um grupo que já trabalha comigo há três anos, no mínimo, e portanto merece a minha confiança. Os resultados assim o indicam e não vi motivos para alterar a constituição da selecção. Estive a trabalhar com duas atletas da Sub-18 no primeiro e no

com a realização do Campeonato Mundial, em Paços de Ferreira. «Apesar de ser um trabalho do qual eu gosto muito, não pretendo continuar à frente de Selecções Nacionais. Gosto da alta competição, daquele stress todo, daquela adrenalina dos jogos e dos campeonatos. É uma coisa que me entusiasma e que me dá prazer. Tem sido para mim um trabalho muito interessante, eu gosto da alta competição, de preparar as equipas para grandes embates, quer em termos de Campeonatos do Mundo, quer em relação aos Campeonatos da Europa. Mas também isto provoca algum desgaste e admito que a selecção precisa de renovar os métodos de trabalho e, portanto, a partir do próximo ano terminará o meu ciclo à frente das selecções nacionais». O técnico aponta enumera algumas razões para sua decisão: «O cansaço, o estar muito longe da família e a necessidade que as atletas têm de experimentar outros técnicos outras metodologias de treino. A repetição dos mesmos métodos há seis anos, por muitas inovações que se traga para o treino e por muita investigação que faço no sentido de trazer coisas para o treino, há sempre uma certa repetição e cai-se numa certa rotina. Não quero que isso aconteça porque estas atletas têm muito para dar e com certeza que o técnico que vier, vai continuar a senda dos êxitos a que esta Selecção nos habituou». A finalizar, Jorge Lopes fez questão de deixar uma palavra de apreço a «todos os clubes e principalmente aos seus técnicos que se têm dedicado ao hóquei feminino» e lembra: «Os resultados da selecção não valem por só si, estou com as atletas cerca de trinta dias e elas encontram-se nos clubes cerca de nove meses. Uma parte significativa do êxito da Selecção Nacional cabe aos técnicos dos clubes».

Jorge Lopes quer trazer o terceiro título europeu para Portugal

segunde estágio, no sentido de lhes transferir mais alguma experiência, a nível da alta competição. Uma dessas atletas esteve muito perto de integrar o lote final e foi uma decisão difícil a sua dispensa. Foi das decisões mais difíceis que eu tive como seleccionador e é sempre uma situação muito complicada». Espanha, Portugal ou Alemanha Jorge Lopes aponta as selecções nacionais da Espanha, «a rival por tradição», a Alemanha «que tem apostado muito nas suas formações e possui uma selecção feminina muito forte quer a nível táctico e técnico»,

como aquelas que poderão vir a causar mais problemas a Portugal. No entanto, «há que contar com uma Itália que é uma incógnita, e as outras que às vezes podem causar alguns problemas, como é o caso da Suíça, da França. Estou convencido que o título cairá ou em Portugal, ou na Espanha ou na Alemanha, esperemos que caía para Portugal», referiu Jorge Lopes. O fim do ciclo do técnico Jorge Lopes Tal como Jorge Lopes referiu, este projecto do hóquei em patins feminino terminará no próximo ano em Outubro

Atletas da Selecção Nacional Sandra Fernandes (g.r.) - CD NORTECOOPE/MAIA Diana Sousa (g.r.) - HC CARVALHOS Liliana Martinho - HC SINTRA Ana Gomes - CD NORTECOOPE/MAIA Teresa Leite - CD NORTECOOPE/MAIA Paula Castro - CD NORTECOOPE/MAIA Liliana Gomes - CD NORTECOOPE/MAIA Ana Patrícia - GULPILHARES Ana Coelho - SINTRA Ana Carapuça (capitã) GULPILHARES


33

DESPORTO

Sexta-Feira, 9 de Novembro de 2001

Futebol II Liga

F.C. Maia com sinais de recuperação no espaço de uma semana No curto espaço de uma semana a equipa do Maia conseguiu o que ainda não tinha conseguido esta época: ganhar. Com dois jogos para o campeonato, e pelo meio um para a Taça de Portugal, a equipa maiata transfigurou-se no que diz respeito a resultados e fez quatro pontos para o campeonato e seguiu em frente na Taça de Portugal. Carlos Barrigana

Em dois jogos o Maia conseguiu mais pontos do que os conseguidos nas oito jornadas anteriores, o que demonstra a vontade da equipa tentar voltar aos lugares a que estava habituado na época passada. Com algumas contratações feitas na pré época, motivadas pelas saídas de alguns titulares, e equipa tem levado algum tempo a assimilar a dinâmica de jogo que Mário Reis está a tentar implementar e que a faça chegar ás vitórias. E foi à nona jornada que a vitória chegou, contra a difícil equipa da Naval. Um jogo em que a grande figura foi o avançado Wesley, que marcou um poker de golos, dois nos primeiros 15 minutos e dois no inicio da segunda parte. Foi um jogo difícil, mas o momento da marcação dos golos moralizou os maiatos e conseguiu dar alguma tranquilidade no desenrolar do encontro. A meio da semana em jogo antecipado da 3ª eliminatória da Taça de Portugal, os Dragões Sandinenses deslocaram-se à Maia e ficaram pelo caminho aos pés de Yuri. Apesar de Wesley ter marcado um golo, a figura desta partida foi o avançado Yuri, que com três golos ajudou o Maia a seguir em frente. O Maia fez um jogo inteligente merecendo a vitória, nunca se deixando surpreender e sem menosprezar o adversário, que por sinal tem sido, num passado recente, uma pedra no sapato de algumas equipas de top da I Liga em jogos de Taça. Finalmente em mais um jogo do campeonato, o Maia deslocou-se ao campo do Penafiel, que no ano passado andou juntamente com a equipa maiata a

Foto Arquivo

disputar a subida de divisão até ao fim. Mas este ano, assim como o Maia, o Penafiel tem estado familiarizado com os últimos lugares. O que não seria de esperar, mas a II Liga tem o aliciante do equilíbrio entre as equipas ao longo da

época. À imagem das duas equipas o resultado e a exibição foram pobres. O empate a zero premeia mais a equipa maiata mas castiga as duas, pela fraca exibição. Mesmo assim foi o Maia que na segunda parte teve as melhores

Com vitória em Porto santo (Madeira)

CDI Clínica Dentária Integrada

1º Lugar regressa à equipa Sitecel/Siemens

Centro de Implantes Dentários

Artur Bacelar

A última prova do Campeonato Nacional de Trial realizou-se no passado dia 3 de Novembro no arquipélago da Madeira, mais precisamente na bonita ilha de Porto Santo. A organização esteve a cargo do Clube Ar Livre da Madeira, que proporcionou a todos os participantes uma estadia muito agradável. O facto da equipa ter chegado à ilha dois dias antes da prova, permitiu-lhes uma boa habituação ao terreno, o que imprimiu uma confiança extra para enfrentar as zonas. A prova decorreu num clima quente e húmido, natural daquelas paragens, bem longe daquilo a que as pilotos da Equipa Sitecel/Siemens estavam habituadas a ter nesta altura do ano. Tendo em conta a população da ilha, podemos considerar que houve uma boa adesão do público, o que é bom para a modalidade. O esforço da equipa em manter treinos regulares surtiu o efeito desejado, conseguindo na última prova do campeonato, Fátima Silva voltar às Vitórias.

Classificação Final da Prova: 1º Fátima Silva, Sitecel/Siemens; 2º Susana Simões, Sitecel/Siemens, 3º Gisela Costa, FNM/Escola; 4º Elisabete Gonçalves, Sitecel/Siemens. Classificação Final do Campeonato, Troféu de Senhoras: 1º Gisela Costa, FNM/Escola; 2º Fátima Silva, Sitecel/Siemens; 3º Susana Simões, Sitecel/Siemens; 4º Elisabete Gonçalves, Sitecel/Siemens. Foto Arquivo

oportunidades do jogo, e poderia ter saído do Municipal 25 de Abril com os três pontos. Continua o Penafiel sem ganhar e o F.C. da Maia à procura de um passado recente, que fazemos votos que consiga.

Dr. Raúl Vaz de Carvalho Sendo a 1ª Clínica Dentária Integrada do País, a CDI põe à sua disposição as mais avançadas tecnologias e um vasto leque de serviços, tendo como objectivo primordial melhorar a qualidade de vida dos seus doentes. Assim pode usufruir: - Elevada competência nos diagnósticos e tratamentos. - Consultórios de Medicina Dentária, com exclusividade nas áreas de: - Implantologia Oral e Extra-oral; - Próteses Fixa e Removível; - Oclusão e Dor Orofacial; - Dentisteria Operatória - Endodontia - Odontopediatria - Ortodontia Fixa e Removível - Bloco Operatório - Gabinete de Higiene Oral: Prevenção e Análises Salivares - Gabinete de Radiologia - Laboratórios de Próteses Fixa, Removível e Ortodontia. A CDI dispõem ainda de depósito de água tratada e gerador de energia eléctrica. Está ligada via Internet, a Centros Clínicos estrangeiros, permitindo acompanhar as mais recentes evoluções quer no campo tecnológico como no campo científico. Alvará n.º 1817/97

Rua de S. Romão, 422 - Vermoim - 4470 MAIA Tel. 22 948 54 14 - Fax 22 941 64 71 - cdivazdeCarvalho@mail.telepac.pt


34

DESPORTO

Sexta-Feira, 9 de Novembro de 2001

Clube de Natação da Maia

Maiatos em brilhante terceiro lugar

Artur Bacelar

No passado fim-de-semana de 27 e 28, a equipa da CNM (Clube de Natação da Maia), deslocou-se à Cova da Piedade, em Almada, para participar no Torneio comemorativo dos 112 anos da SFUAP (Sociedade Filarmónica União Art. Piedense). Neste torneio estiveram presentes 17 equipas, na sua maioria de elevado nível competitivo. A equipa do Maia foi a equipa sensação da prova, conquistando um brilhante 3º lugar colectivo, classificando-se à frente de equipas como o CNA (Clube de Natação da Amadora), CFV (Clube de Futebol Vilacondense), e SCP (Sporting Clube de Portugal), que militam na primeira divisão nacional da modalidade. Os nadadores do clube maiato, deixam assim antever um bom conjunto de resultados para os

regionais de absolutos de piscina curta, que se realizam já no próximo fim de semana em Paços de Ferreira. A Classificação final do torneio ficou assim ordenada: 1º . . . . . . . . . . . . . . . SFUAPiedense 2º . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . SalgésD 3º. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . CNMaia 4º. . . . . . . . . . . . . . . . . Sporting C.P. 5º . . . . . . . . . . . . . . CFVilacondense 6º . . . . . . . . . . . . . . . . . CNAmadora 7º . . . . . . . . . . . . . . . . . . Leixões SC 8º . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . EDViana 9º . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . CVG 10º . . . . . . . . . . . . . . . . . . SLBenfica 11º . . . . . . . . . . . . . CNSetubalense 12º . . . . . . . . . . . . . . . . . . Gesloures 13º . . . . . . . . . . . . . AIRFAlmadense 14º . . . . . . . . . . . . . . CFBelenenses 15º . . . . . . . . . . . . . . . . . . ABVEstois 16º. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . CTAP 17º . . . . . . . . . . . . OSJ - Salesianos

Clube Natação da Maia subiu ao pódio

`çã¨êÅáç=É=pÉêîá´çë=^ìíçãμîÉäI=iÇ~

^îK=aK=j~åìÉä=ffI=UPR=√=^é~êí~Çç=NNUO=√=QQTNJVMV=j~á~ qÉäÉÑëK=OO=VQN=OO=QQLRLSLT=√=qÉäÉÑ~ñ=OO=VQN=OO=QP= mÉ´~ë=qÉäÉÑK=OO=VQN=MR=RT=√=c~ñ=OO=VQN=UR=SM


TEST DRIVE

Sexta-Feira, 9 de Novembro de 2001

35

Peugeot 406 Executive 2.0 HDI Auto

Automaticamente Peugeot Mais uma vez a Peugeot inova. Desta vez a inovação é ao nível mecânico, com a introdução desde esta semana do 406 2.0 HDI de caixa de velocidades automática. Um “luxo” à americana, Já disponível no concessionário Peugeot - Carmaia. Artur Bacelar

Quando contactamos a Peugeot para este ensaio, pensamos no 407 “normal”, mas ao ser-nos proposto este veiculo de caixa automática, pouco dados a estas coisas, pensamos nas centenas de pessoas que vivem na Maia e são oriundas ou já viveram em países americanos. Lembramo-nos por exemplo do nosso querido “William James Marinho”, prezado jornalista, colaborador do MAIA HOJE e que exerceu em terras do Tio Sam. Segundo nos contou, contrariamente ao que se passa em Portugal, é usual neste pais adquirir um carro de caixa automática, sendo este tipo de caixa muito apreciada, dado que elimina a utilização do pedal da embraiagem. Apesar de já ter tido a oportunidade de pelo menos uma dúzia de vezes, conduzir este tipo de veículos, confesso que foi com alguma dificuldade que nos primeiros cinco minutos o conduzimos, receando que algo acontecesse devido a falta de prática. Na realidade, após esse curto período inicial, o veiculo revelou-se fácil de conduzir e até um pouco relaxante, pois ao eliminar mais uma função, não necessitamos de estar com a mão na caixa e assim propensos a uma condução mais calma e segura. Motorizações, Performances e Consumo O veiculo ensaiado, utiliza a conhecida e já com provas dadas, motorização de 1997 cc, de 110 cavalos, capaz de atingir uma velocidade máxima de 188 Km/hora, acelerando dos 0 aos 100 em apenas 13,9 segundos. Os consumos anunciados são de 5,1/6,5/8,9 litros aos 100 km, para respectivamente circuitos de estrada/mistos/urbanos. Equipamento Muito equipado, este veiculo, “herda”, algumas soluções encontradas em versões superiores, onde não falta quase nada. O nosso destaque, vai para o acendimento automático dos faróis que se revelou muito prático. Entre outros temos o limpa-vidros inteligente, auto-rádio com RDS e altifalantes JBL, faróis de dupla óptica, computador de bordo, conta rotações electrónico, indicador de manutenção, luzes de cortesia, tablier e portas com inserções de madeira, ar condicionado, entre

outros. Esta versão só peca pela falta dos estofos em pele que podem ser adquiridos por cerca de 1.097,35 Euros (220 contos), no pack couro que conta com bancos aquecidos e volante em pele. Segurança Três cintos de segurança traseiros com sistema de enrolamento e três pontos de fixação, air bags passageiro e condutor, air bags laterais, zonas de deformação, ABS com repartidor de travagem, sistema de apoio à travagem

de emergência, etc. Preços Com pelo menos 24 versões diferentes, o Peugeot 406 é seguramente um carro que oferece escolha. Os preços começam nos 23.935,32 Euros (4.798 contos), para a versão 1.8I, gasolina e termina nos 36.330,44 Euros (7.283 contos) pedidos pela versão Griffe, 2.2 HDI Break. A versão ensaiada, tem um preço fixado à volta dos 30.344,87 Euros (6.083 contos).

Conclusão É um carro superiormente construído, com elevados padrões de conforto e tecnologia avançada. Bem equipado, proporciona uma condução agradável, muito graças a sua insonorização e qualidade de construção. O indicador de revisão é bastante útil e o espaço é abundante, com destaque para a enorme bagageira. Um carro muito sério para o dia-a-dia e para aqueles fins-de-semana compridos quando vamos passar uns dias for a com a família.



Nº 006 - Novembro 2001

Maia Atlético Clube Este suplemento faz parte integrante da edição nº 043 do Jornal Maia Hoje e não pode ser vendido separadamente


2 Desporto

Sexta-Feira, 9 de Novembro de 2001

Maia Atlético Clube

Atletismo de alta competição está de

José Regalo, Bragança Fernandes e José Pedrosa

Miguel Ângelo

O Maia Atlético Clube (MAC) renasceu e com ele o atletismo de alto nível praticado na cidade da Maia. Fundado em 1994, o MAC alcançou no ano seguinte o quarto lugar na final do Campeonato Nacional de Atletismo da 1ª Divisão o que fez com que na altura os olhares dos responsáveis do atletismo nacional se virassem para a Maia. Quando as exibições e os resultados dos maiatos pareciam indicar um futuro promissor para o clube, eis que o MAC

cai no esquecimento de alguns responsáveis pelo projecto. Este interregno serviu para que o MAC entrasse numa fase de remodelação interna, de definição de novos objectivos e de escolha dos elementos directivos mais capazes para levar a cabo as tarefas a que se que se propõe, que passam pelo cimentar da sua posição no atletismo nacional e internacional, através de uma equipa de competição, criação de uma escola de atletismo, organização de eventos desportivos de

qualidade superior e a promoção nacional e internacional do concelho da Maia. José Regalo, há muitos anos ligado ao desporto e conhecido além fronteiras no mundo do atletismo, cerca de 30 vezes internacional como atleta em Grandes Campeonatos, é o homem que lidera esta nova fase do MAC. «Surgiu o desafio por parte de alguns elementos do Gabinete de Desporto da Câmara da Maia, bem como de alguns atletas de reorganizar o clube e dar-lhe

um novo impulso. Uma vez que também já estava em final de carreira, aceitei e cá estamos com força para projectar o MAC». Treinador e director no clube, José Regalo admite que «este primeiro ano não vai ser fácil. O que vale é que conto com a colaboração dos atletas que quiseram abraçar este projecto e com o apoio de outros directores». O presidente da Direcção do MAC salienta o papel da autarquia neste projecto: «A Câmara da Maia teve um papel fundamental, até porque

FICHA TÉCNICA N.º 006 - Mensal - Novembro 2001 Depósito Legal nº. 147209/00 DGCS nº. 123524

Pr opriedade: Câmara Municipal da Maia

Editor MaiaPress - Jornal Maia Hoje

Pa g i n a ç ã o Jornal Maia Hoje

Dir ecção Divisão de Fomento Desportivo

Impr essão Naveprinter

Design Gráfico Millennium Press

Dir ector Executivo António Bragança Fernandes

Redacção Gabinete Imprensa C.M. Maia

Tir a gem 3.000 exemplares

Fotog r afia Núcleo de Audiovisuais C.M. Maia

Suplemento integrante do Jornal Maia Hoje n.º 43 de 9 de Novembro de 2001. Não pode ser vendido separadamente.


Sexta-Feira, 9 de Novembro de 2001

Desporto 3 Equipas fortes em Corta-mato; Luís Novo nas provas de estrada

Fe r n a n d a R i b e i r o , J o ã o C a m p o s e B r a g a n ç a Fe r n a n d e s comparticipa com um apoio substancial, quer em termos de infra-estruturas, quer em termos monetários. Se não fosse a Câmara a dar estes apoios, muito dificilmente estaríamos nesta situação». João Campos está ligado ao MAC desde a sua criação, em 1994. Neste momento assume um cargo de director do clube, querendo auxiliar a «voltar a colocá-lo nos carris para depois deixar as outras pessoas tomar conta do mesmo projecto e assumirem-se de corpo inteiro». João Campos salienta que não é treinador do MAC, já que desempenha essa função no FC Porto, clube com o qual tem uma ligação que dura já há trinta anos. Para além de treinador, é licenciado em Educação Física e responsável na Federação Portuguesa de Atletismo pelo sector de meio-fundo. O técnico relembrou como há cerca de seis anos se viu envolvido na criação do MAC: «O FC Porto entre 1992 e 1995 estava numa fase de hibernação, atravessava mesmo uma fase difícil na sua secção de atletismo. Como vivia na Maia e treinava aqui todos os dias, surgiu a ideia com mais uns amigos em arrancar com um projecto para o atletismo e desta forma nasceu o Maia Atlético Clube. Mantive sempre a minha ligação com o FC Porto, embora o clube não tivesse uma equipa de atletismo, mas sim apenas dois ou três atletas». Poucos anos depois o projecto parava, limitando-se a fazer a organização de algumas provas, como era o caso do Mai’athletics. «Faltava gente que assumisse a liderança. Este ano, criaram-se condições junto da Câmara para renascer o clube. Fiz o desafio a José Regalo - que entretanto terminou a sua carreira de atleta de alto rendimento - para assumir a liderança do MAC. Ele aceitou e penso que é um projecto muito bom para a Maia. Tivemos desde o primeiro dia um grande apoio por parte da Câmara e inclusivamente da parte da Federação de Atletismo».

Áreas competitivas Com consciência de que a obtenção de êxitos no atletismo não é nada fácil, o MAC propõe-se a um objectivo ambicioso já neste primeiro ano de competição, a classificação, por equipas, entre os três primeiros lugares do Campeonato de Portugal de Atletismo da I Divisão: «Estamos convencidos que estes dois primeiros anos irão servir para solidificar a nossa posição, para posteriormente pensar em altos voos.

De qualquer forma, para esta época já pensamos muito no pódio da I Divisão, num dos três primeiros lugares. Sabemos que é muito difícil, queremos pensar positivo e é esta a ideia que estamos a transmitir a todos os atletas». José Regalo corrobora as palavras de João Campos: «É possível que com os atletas que temos, virmos a lutar pelo terceiro lugar. É evidente que no atletismo o resultado depende do momento dos atletas e não daquilo que eles já fizeram no passado, mas mesmo a contar com isso, temos hipóteses de lutar pelo pódio. Mas tudo isto, só a competição e o decorrer da época é que irão confirmar as nossas possibilidades. Se não conseguirmos um lugar no pódio, mas sim nos cinco primeiros lugares, já seria um bom começo». O Campeonato Nacional da I Divisão é aquela que define na realidade o clube mais atlético. Para se atingir esta prova, que se poderá denominar de uma fase final, é necessário fazer um apuramento, no qual o MAC encontrará cerca de 50 equipas a nível nacional. De acordo com as exibições demonstradas e as pontuações obtidas, as oito primeiras equipas passam automaticamente para essa fase final. O MAC disputará estas fases de apuramento, tanto em pista coberta como em pista ao ar livre : «Estamos convencidos que nos conseguiremos apurar, sem grandes problemas e vamos tentar alcançar um lugar no pódio», referiu João Campos. A fase final do Campeonato Nacional da I Divisão disputar-se-á este ano em Lisboa. Desta forma, as modalidades de pista merecem uma especial atenção por parte da área técnica do MAC, como esclareceu João Campos: «A pista irá sempre ser privilegiada pelo MAC, até porque quem aposta numa I Divisão terá que ter uma equipa completa a todos os níveis, desde os saltos ao meio fundo e lançamentos. Temos uma equipa homogénea com valores já firmados no atletismo português, a maioria deles residentes ou a trabalhar na Maia, o que também é importante. Temos o Estádio Prof. Vieira de Carvalho e por isso quem tem uma sala de visitas destas, temos que pensar no atletismo global, de pista, em todas as suas dimensões e disciplinas. No entanto, também não vamos descurar o Corta-mato e as provas de estrada».

Tal como afirmou João Campos, o CortaMato e as provas de estrada não serão esquecidas pelos responsáveis do MAC, antes pelo contrário, os êxitos nestas modalidades são mesmo esperados na Maia com alguma confiança. Os Campeonatos de estrada e de Cortamato são campeonatos paralelos que se disputam ao longo do ano. Normalmente, estas provas disputam-se no Inverno. Disputam-se dois tipos de Corta-mato, quer em termos nacionais, quer em mundiais. O longo e o curto. João Campos garante dispor de uma equipa equilibrada para o Corta-mato curto. «Temos uma equipa bastante bem apetrechada para o Corta-mato curto e poderemos vencer o Campeonato, ou pelo menos ficar nos três primeiros lugares. No Campeonato Nacional de juniores de Corta-mato esperamos ser uma das equipas com lugar no pódio. Aliás, neste tentaremos ser os primeiros porque temos uma equipa muito equilibrada». José Regalo garante mesmo «que estes miúdos nestas provas irão ter uma palavra a dizer». Luís Novo é o nome mais relevante do MAC para as provas de estrada. João Campos refere que Luís Novo é «Vamos apoiá-lo com o intuito que vença uma maratona de grande nível mundial. Queremos dar-lhe as condições necessárias para ver se ele define como o grande e melhor maratonista português». Relembre-se que Luís Novo venceu o no ano passado a Maratona de Viena. «Embora o Corta-mato e a estrada não sejam as nossas prioridades, todos os êxitos que sejam alcançados nestas modalidades, será também uma forma de promover o clube», afirmou José Regalo.

“Um naipe de atletas muito bom” Como quase de um momento para o outro, o MAC surge com um grupo de trabalho que poderá ser uma interrogação para todos. No entanto, e tal como João Campos explicou, nem foi muito difícil constituir uma equipa competitiva, já que «este grupo surge fundamentalmente com a vontade deles próprios de representar um clube da Maia. Embora o clube tenha estado numa fase de hibernação, o Luís Novo apesar de representar outros clubes

sempre pertenceu aos órgãos sociais do MAC. Ele constitui um exemplo de queria ter um clube maiato para o representar. A maioria dos atletas vivem e trabalham na Maia e viam com bons olhos a actividade num clube desta cidade». Os atletas transitaram de vários clubes, como por exemplo do FC Porto e mesmo do Benfica. A opinião de que se trata de um grupo de trabalho com qualidade é unânime. O técnico José Regalo referiu que o MAC dispõe «de alguns atletas de grande qualidade e outros que poderão vir a sêlo». João Campos considerou que o grupo «dá garantias de sucesso já que temos um naipe de atletas muito bom. A maioria deles são internacionais e todos eles têm uma vontade muito grande de se afirmarem e levar o nome da Maia ao mais longe possível. A Maia começou primeiro com o slogan “Maia - Capital do atletismo” para passar posteriormente para “Maia - Capital do Desporto” e as pessoas querem ver o nome da Maia cada vez mais projectado». Com oito juniores e muitos seniores de primeiro ano, o MAC conta actualmente com mais de 30 atletas, constituindo um grupo jovem, grupo esse que poderá contar com um auxílio curioso. Ainda que José Regalo se encontre afastado da competição, correndo agora «apenas por prazer», o ex-atleta olímpico encara, caso o clube necessite, a possibilidade de vir «a dar uma perninha em alguma prova».

Vertente social O MAC tem um protocolo com a Santa Casa da Misericórdia da Maia com o objectivo de receber crianças que queiram praticar atletismo. O MAC já recebeu cerca de 20 crianças, na sua maioria miúdos provenientes de bairros carenciados. «Trata-se de uma forma de incutir no clube uma vertente social, para além da competitiva». Um dos outros objectivos do MAC passa por acompanhar as pessoas que de forma esporádica ou regular fazem atletismo no Estádio, sem ambições competitivas. «Este Estádio está centralizado na cidade e sendo assim aparecem muitas pessoas a fazerem o seu “footing” e penso que é nosso dever, já que a Câmara, nos cede a suas instalações, utilizarmos os nossos meios em prol da comunidade». Os responsáveis projectam ainda a criação de uma escola modelo de atletismo para jovens entre os dez e os 16 anos, bem como a criação de um clube de veteranos em que o lazer e a saúde física são factores prioritários.


4 Desporto

Aumentar o número de provas na Maia Os objectivos do MAC não passam apenas pela obtenção de resultados em competições, mas também pela logística, mais concretamente no que diz respeito à organização de provas de atletismo na Maia. «Pretendemos manter sempre um nível alto na organização das competições que já fizemos e que queremos continuar a fazer. Pretendemos mesmo começar a organizar outras provas e melhorar a qualidade desses eventos», garantiu João Campos. Para além do já referido Mai’atlhletics, o MAC envolverse-á na organização e promoção de provas como a Milha Urbana Cidade da Maia, Meeting de Saltos da Maia e o Meeting Jovem da Maia, 10 Km da Maia Cidade Olímpica em estreita colaboração com a Câmara Municipal da Maia. «É nosso desejo colaborarmos da melhor maneira possível na organização desses eventos, fazendo com que esta parceria Câmara/MAC seja saudável, promovendo a modalidade. Estaremos sempre disponíveis a este género de iniciativas», apontou José Regalo.

Infra-estruturas de qualidade Se ao nível de atletismo ao ar livre, o MAC dispõe de instalações “invejáveis” à grande maioria dos clubes nacionais de atletismo, já em termos de pista coberta a Maia não dispõe de qualquer infraestrutura a esse nível, voltada para as modalidades atléticas. Apesar disso, como fez questão de acentuar João Campos, esta não será uma situação problemática para os dirigentes e atletas do MAC: «Temos muito próximo de nós, dois pavilhões de pista coberta, o de Braga e o de Espinho. Dispomos de toda a

abertura quer da parte da autarquia de Braga como da de Espinho inclusivamente o presidente da Câmara de Espinho, a terra onde nasci, é meu amigo pessoal - para utilizar essas instalações. A pista de Braga é uma pista de grande nível, acolhe já provas nacionais e internacionais de grande nível e é a melhor de Portugal».

Profissionalização não é possível O MAC terá sempre uma dimensão amadora. Se por um lado o MAC não tem a capacidade de aglutinar patrocinadores que permitam profissionalizar o clube, esta é uma situação que ainda não é permitida pela Federação Portuguesa de Atletismo. Apesar disso, os atletas do MAC auferem subsídios para colmatar despesas com a alimentação e transportes. «Temos patrocínios quer da parte da Câmara, quer da parte de firmas que nos vão apoiar, que nos permitem atribuir aos atletas, pequenos subsídios de alimentação e transportes, o que é fundamental para quem treina duas vezes por dia e tem que seguir regimes alimentares especiais e que se deslocar para muitos lados para treinar», referiu João Campos. O mesmo responsável considerou que os próprios objectivos competitivos que o MAC poderá atingir estão, em parte, dependentes dos apoios financeiros que o clube conseguir: «Tudo vai depender muito dos apoios que tivermos. Temos um grande patrocinador que é a Câmara Municipal da Maia e temos uma equipa de trabalho à procura de patrocinadores e “partners” para o clube». A Câmara da Maia para além do disponibilizar, de forma gratuita, as instalações do Estádio, apoia o MAC com uma verba anual que ronda os dez mil contos. O MAC terá também uma sede oficial no Estádio Prof. Vieira de Carvalho.

Sexta-Feira, 9 de Novembro de 2001

Fernanda Ribeiro hipótese afastada, para já Um dos “pedidos” que Bragança Fernandes, vereador do Pelouro do Desporto da CM da Maia, proferiu aquando da apresentação oficial do MAC há cerca de duas semanas, consistiu que para além dos atletas do MAC se encontrarem “obrigados” a vencer tudo, já que «a Maia tem um espírito vencedor», que os responsáveis do MAC tentassem trazer a campeã Fernanda Ribeiro para o clube maiato. João Campos, treinador pessoal da atleta portista, afirmou que essa situação será muito difícil de ocorrer porque «a Fernanda tem uma ligação muito forte ao FC Porto. A Fernanda está no FC Porto desde os 12 anos, chegou a sair por dois anos, contra a vontade dela, mas a sua vontade foi sempre voltar e terminar lá a sua carreira. No entanto, nunca se pode pôr de lado a hipótese de ela representar um outro clube e neste caso o MAC. Se saísse do FC Porto, o MAC seria aquele clube que ela gostaria de representar. A Fernanda está na fase final da sua carreira, poderá estar ao mais alto nível até 2004-2005, e para além disso é “património” do FC Porto e não creio que este permitisse a sua saída».

Equipa de competição Atletas principais Luís Novo - Atleta Olímpico, 4º no Mundial de Maratona, Vencedor da Maratona de Viena 2001 Leandro Lobato - Campeão Nacional de sub-23 de 100 e 200 metros Luís Pinto - 4º atleta português nos 800 metros, atleta internacional José Costa - Um dos melhores especialistas portugueses de 1500 e 800 metros, atleta internacional Cândido Maia - Atleta internacional, participante em campeonatos da Europa e do Mundo, ex-recordista nacional de

300 metros Bruno Miguel - Atleta internacional, 3º melhor português no Salto em Altura Pedro Silva - Atleta internacional júnior, campeão nacional de 100 e 200 metros William Loque - 4º atleta do Ranking Nacional de 400 metros barreiras Mário Rocha - 4º melhor atleta português no Martelo, atleta internacional Pedro Sampaio - Atleta internacional, vencedor em 2001 dos 5000 metros no Nacional da 1ª Divisão Hugo Silveira - Atleta internacional júnior, uma das maiores esperanças do meio fundo português Ricardo Nobre - Campeão Nacional de Juvenis e Juniores de 110 metros barreiras Ricardo Conde - 4º atleta do ranking nacional de Dardo, Campeão Nacional Jorge Almeida - 3º no Triplo Salto dos Campeonatos de Portugal

Orgãos Sociais do Maia Atlético Clube Triénio 2001/2003 Mesa do Conselho Geral Prof. Doutor José Vieira de Carvalho Presidente Eng.º António Gonçalves Bragança Fernandes - Vice-Presidente Dr. José Francisco Pedrosa Simões Ferreira - Secretário

Direcção Dr. José Alberto Teixeira Regalo Presidente Dr. João Francisco Silva Campos - Vogal Jorge Silvério Araújo Gonçalves - Vogal

Área Técnica Prof. João Campos Prof. José Regalo


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.