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Vendedores digitais
Recursos e exigências do mercado digital transformam os profissionais
vão além de panfletos e canais de comunicação. Para ela, antes de estudar o marketing digital é necessário conhecer o seu fundamento, ou seja, dominar o que é o marketing.
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“Marketing é toda relação de consumo, o tempo todo consumimos produtos, serviços e conteúdos. Sua prática não é para estimular o consumo, mas sim para conseguir entender o comportamento das pessoas enquanto elas consomem ou porque elas consomem. Quando ensinamos marketing para os alunos de graduação, temos o costume de falar que há marketing em tudo, desde a criação de um cardápio há intenções de compra. Quando estamos em um ponto de vendas escolhemos determinados produtos com base em critérios.”
A prática do marketing digital preconiza o estudo do consumo, contudo as pesquisas são feitas em um ambiente digital. Microempreendedores e varejistas utilizam cada vez mais as plataformas digitais, como, Ifood, Instagram e links automatizados para o acesso aos cardápios e aos pedidos. O uso do marketing e da publicidade para publicações de conteúdos chamativos deixa os clientes curiosos, apesar disso há a possibilidade de alcance massivo de clientes/usuários.
Daniela Oliveira Magalhães, 28 anos, trabalha com a confeitaria desde 2018. Após criar um perfil nas redes sociais, apenas para divulgar seu trabalho informal de encomendas, percebeu uma oportunidade de ensinar, de forma descomplicada, a prática da confeitaria com chances de monetização das plataformas.
“Crescer nas redes sociais é a meta de muitas pessoas que querem ter seu próprio negócio e atrair muitos clientes. Inicialmente eu queria gravar com a intenção de fazer com que mais pessoas conhecessem o meu trabalho, que eu pudesse ajudar a fazer os doces e a ter
Confeitaria prática nas redes sociais
encomendas. Mas depois que eu percebi que havia formas de ganhar com publicidade, usando o número de seguidores, a minha visão de estratégia mudou.”
Considerando o comportamento dos usuários, Daniela pensa em como aquele conteúdo vai agregar e ajudar as pessoas que também querem abrir uma microempresa usando as ferramentas digitais. Para ela, conteúdos mais práticos e rápidos são um bom caminho para iniciar.
“Comece no Tik Tok, pois lá os vídeos são mais curtos e levam um público orgânico para o Instagram. Quando for começar não desista, não pense que o vizinho vai debochar de você, que seus amigos irão rir de você. Coloque metas e trabalhe em cima delas, faça acontecer.”
A confeiteira possui 552.8 mil seguidores na plataforma Tik Tok e 155 mil no Instagram, redes que são usadas para vendas de infoprodutos, que recebem o auxílio de uma assessoria de marketing para publicidade.
“Eu ainda vendo meus doces e bolos por encomenda, porém nas plataformas estou voltada para a área de influenciar e criar conteúdos digital para o ensino. Então hoje o meu próprio negócio é 80% digital e 20% físico.”
Daniela diz que durante o ano de 2022, controlava cem por cento suas redes sociais, fazendo o marketing de posts e lançamentos de produtos digitais. Contudo, sua participação atual é de oitenta por cento, já que conta com uma profissional do marketing na publicidade da sua microempresa.
Para a professora de marketing digital, ao seguir o exemplo de Daniela, é necessário contratar um profissional da área ou investir em conhecimentos as ferramentas e o marketing, desta forma o vendedor vai estar ampliando sua alfabetização digital.
“Recomendo cursos das próprias ferramentas, muitas plataformas possuem cursos gratuitos. O Google Perfil de Empresas é uma ferramenta que antes se chamava Google Meu Negócio, ele é aquele cadastro de quando você pesquisa: “padarias perto de mim”, e aparece cadastros que mostram avaliações, telefone, rotas e fotos. Com essa ferramenta o vendedor pode criar o perfil e explorar o marketing, já vão estar em cima da média, por estarem fazendo algo que outros não fazem.”
Marketing no metaverso
A automatização de atendimento digital faz parte da realidade de muitas empresas, servem não apenas para viabilizar e aumentar a produtividade, mas também trazem processos rápidos de atendimento aos clientes. Existem parcelas de consumidores que gostam da ferramenta, e outras parcelas que detestam, para isso a profissional do Marketing explica que é preciso pensar no marketing digital em toda a jornada do usuário. “Qual é o erro das empresas? Elas ativam essa automação geral e não se preocupam com a chave importante, que é a experiência dos clientes.”
Os usuários buscam cada vez mais experiências de interação online, com isso grandes e pequenas empresas estão se preparando, com novas estratégias de negócios. Com a chegada da internet 5G, que atribui realidades virtuais e aumentadas, Maria Avis explica que os vendedores podem ter sucesso com essa nova tecnologia, porém há contratempos. “É um desafio entender marketing na nossa realidade, agora no metaverso é um desafio dobrado, porque não conhecemos os comportamentos dos usuários nesse ambiente já é complicado para quem é profissional entender. Recomendo aos empreendedores que façam parcerias com profissionais da área.”
“Muitas empresas querem utilizar o metaverso a seu favor por terem medo de ficar por fora do mercado. Elas não possuem, nem em sua maioria, o básico bem feito. Não sabem o fundamento do Marketing e querem estar no metaverso. Faz sentido? Não faz. Porque ‘nesta realidade’, a marca não está bem estruturada”, finaliza Maria Avis.