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anos jornalminuano.com.br

BAGÉ, de 2 a 6 de março de 2019 - ANO XXIV Nº 6 170 | R$ 2,50

COMBUSTÍVEIS

Antônio Rocha

REFERÊNCIA

ESPORTE

Aos 85 anos, produtor se mantém como destaque na criação de Romney Marsh

Disputa foi criada pelo bajeense Aurélio de Lima Py, primeiro presidente da FGF

Lito Sarmento: uma vida dedicada à ovinocultura

Após baixas, preço da gasolina volta a subir

Anúncio de elevação de 2% nas refinarias já refletiu no valor cobrado nas bombas Pág. 7

A participação de Bagé no campeonato gaúcho

Págs. 12 e 13

Pág. 18

HISTÓRIA

ACERVO PESSOAL DO EX-PRESIDENTE MÉDICI SERÁ POSTO À VENDA EM LEILÃO

No próximo dia 30 de abril, acontece um leilão destinado à venda de itens pessoais do general bajeense Emílio Garrastazu Médici, presidente do Brasil entre outubro de 1969 a março de 1974. O anúncio de tal comercialização, que reúne mais de 150 peças, ocorreu nesta semana. Pág. 8 Antônio Rocha

SOLIDARIEDADE

TINTAS SÃO ENTREGUES PARA PINTURA DO HU

Fruto de duas ações distintas, mas com um mesmo objetivo, a tintas adquiridas através de doações para a campanha O Amor Pinta, promovida pela ASM Materiais de Construção, e pela festa The Old Friends, organizada por Nando Farinha, foram entregues, ontem, aos responsáveis pelo Hospital Universitário Doutor Mário Araújo, mantido pela Fundação Attila Taborda.

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Empreendedor - Pit Stop oferta motoserras com preços promocionais

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Previsão do tempo 18ºC

30ºC


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Opinião

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BAGÉ, DE 2 A 6 DE MARÇO DE 2019

Editorial

redacaominuano@gmail.com www.jornalminuano.com.br

A colaboração pintará Desenvolver projetos cujo objetivo é, basicamente, melhorar espaços que tenham, em sua essência, um trabalho voltado para o atendimento de uma comunidade tem características simbólicas. Quem assume tal compromisso, sem exceção, busca contribuir com algo pelo simples fato de ter, na solidariedade, uma aspiração natural. A campanha O Amor Pinta, idealizada pelo publicitário Hugo Pêgas, apresentou para a ASM Materiais de Construção, ano passado, uma alternativa a meta buscada pelo grupo que, muito além de comemorar 35 anos de existência, queria retribuir a preferência garantida por clientes ao longo de mais de três décadas. Tudo isso constou na manifestação do diretor da empresa, Marcus Menezes. Enfim, como forma de retornar à preferência, e contribuir com toda a cidade, foi aceito o desafio de buscar doações para viabilizar a pintura da fachada do Hospital Universitário Doutor Mário Araújo. Não se tratava de uma tarefa fácil, pela proporção da estrutura a ser beneficia-

da. Mas o desafio foi aceito. Ao longo de 2018, pontos de coleta foram instalados pela cidade e a ASM, além de também contribuir com recursos, articulou a aquisição dos materiais a preço de custo, junto a um de seus principais distribuidores. Não bastasse a iniciativa, outro colaborador surgiu. Jornalista, radialista e leiloeiro, o conhecido Nando Farinha decidiu retomar uma de suas principais ações, a festa The Old Friends, e direcionar os valores obtidos para a mesma ação. O sucesso de tal decisão, aliás, contribuiu para que uma meta traçada anteriormente. O resultado, em parte, já foi conhecido na sexta-feira. Mais de mil litros de tinta, outros itens necessários para a pintura, foram entregues para a mantenedora do HU. Mais um passo, agora, é projetado: viabilizar a mão de obra para a pintura. Mas algo que, possivelmente, será viabilizado, mais uma vez através da solidariedade. Enfim, é possível afirmar que a colaboração, dos bajeenses, pintará, levando novas cores ao Hospital Universitário.

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EDITOR-CHEFE Felipe Valduga

GERENTE COMERCIAL Adriana Robaina

Editor assistente - Sidimar Rostan • Reportagem - Viviane Becker - Cláudio Falcão - Melissa Louçan - Jaqueline Muza - Rochele Barbosa - Yuri Cougo Dias - Augustho Soares (estagiário) • Chargista - Cláudio Falcão • Repórter fotográfico - Antônio Rocha - Tiago Rolim de Moura • Diagramação Luís Mário Pereira - Daniel Cuerda Ferreira • Revisão - Helena Pereira • Assistente comercial - Angelina Britto • Vendedores - Dulce Dias - Fabrício Becker • Assinaturas - Paula Freitas • Distribuição - Marcos Goulart • Administrativo - Lidiane Selaje Marques • Colaboradores - José Carlos Teixeira Giorgis - Marcelo Teixeira - José Artur M. Maruri dos Santos - Norberto Dutra - Airton Gusmão - Dilce Helena dos Santos - Fernando Risch - João L. Roschildt • Impressão - Gráfica UMA (Grupo RBS) - Porto Alegre/RS

Laboratório de

Jornalismo

Coordenador do Curso de Jornalismo

Glauber Pereira

Os artigos assinados não refletem, necessariamente, a posição do jornal. Por isso, a editoria não se responsabiliza pelas opiniões emitidas.

Marcelo Teixeira

@marcelodct marceloct@ymail.com

Velozes e raivosos

No início dos anos 90 o então deputado federal Raul Pont (PT-RS) conseguiu a aprovação do projeto de lei de sua autoria que extinguiu a disciplina de Educação Moral e Cívica (E.M.C.) em todos os níveis de ensino (Moral e Cívica no 1º grau, hoje Ensino Fundamental; O.S.P.B. – Organização Social e Política Brasileira no 2º grau, hoje Ensino Médio; e E.P.B. – Estudo dos Problemas Brasileiros nos cursos superiores), sob a alegação de que a disciplina era um resquício da ditadura militar. Na época, boa parte do meu salário vinha das aulas de E.P.B. que eu ministrava praticamente em todos os cursos da Urcamp. Por razões óbvias, discordei do deputado e, tentando salvar o meu salário, escrevi uma carta para ele lembrando que a ditadura militar já tinha acabado e que, por isso, as disciplinas poderiam ter propósitos distintos dos originais, ou seja, em vez de serem usadas para reprimir os movimentos estudantis e reforçar o slogan “Brasil, ame-o ou deixe-o” (coisas que, de fato, já não existiam mais), poderiam ser utilizadas para uma necessária formação cívica dos estudantes, com ênfase nos conhecimentos gerais, área que a juventude sempre foi (e ainda é) muito carente. É óbvio que meu protesto foi absolutamente inócuo e solenemente ignorado, tanto que o fim da disciplina ocorreu sob aplausos quase unânimes. A sensação que tive na época é de que só quem vivia daquela atividade, como eu, era contra aquela lei. Por isso, me recolhi a minha insignificância e só me restou amaldiçoar a iniciativa e seu autor, sentimento que preservo até hoje, com o privilégio de ter vivido o suficiente para ver minha maldição se concretizar com requintes de crueldade. Dizer que o fim da Moral e Cívica foi determinante da decadência do civismo é tão arriscado e especulativo quanto dizer que a crise da família está relacionada à aprovação da Lei do Divórcio em 1977. Seria um argumento rançoso e presunçoso por superestimar os efeitos sociais de eventos legislativos. Tanto a crise da família quanto a do civismo poderiam ter ocorrido mesmo sem a aprovação do divórcio e sem a revogação da Moral e Cívica, respectivamente. Todavia, mais do que nunca, estou con-

vencido que o fim da Moral e Cívica contribuiu sim para o quadro atual. Prova disso é que, hoje, não estou sozinho neste sentimento que, lá no início, parecia uma pregação no deserto. Estamos colhendo hoje os frutos da ação meramente revanchista e inconsequente do ex-parlamentar gaúcho. Pois bem, além de ter vivido suficiente para ver minha “profecia” se concretizar e para confirmar que o tempo é o senhor da razão, vivi também para ver um novo governo federal afoito para reverter este quadro. Na intenção desavergonhada de “despetizar” a Educação no Brasil, o novo ministro da Educação foi com tanta sede ao pote que meteu os pés pelas mãos e foi infeliz ao exigir a filmagem dos estudantes brasileiros cantando o hino nacional, além de mandar uma mensagem oficial do ministério contendo o slogan da campanha do presidente eleito. Certamente, essa determinação – já revogada – não seria, por si, suficiente para ressuscitar o espírito cívico nos estudantes, principalmente pelo caráter obrigatório da medida que rendeu muitas trollagens e contratrollagens nas redes sociais durante esta semana que se encerra. Mas esse vai e vem sem fim, que se desenrola ao longo de quase três décadas, confirma a sabedoria popular de que a raiva não é boa conselheira e que a pressa é inimiga da perfeição. No passado, Raul Pont, tomado por seu revanchismo raivoso, desesperado para apagar todo e qualquer vestígio da ditadura que recém tinha acabado, não mediu as consequências de sua iniciativa, nem se dignou em ver algo positivo naquilo que já se fazia com o espaço da disciplina nas escolas. No presente, o Ministro da Educação, com igual raiva e pressa, se equivoca ao antipaticamente impor uma medida muito pequena na tentativa de “despetizar” a Educação. Com certeza, ele tem autoridade e oportunidade de fazer coisas muito mais eficazes e menos ruidosas para atingir seus objetivos. Para tanto, precisa de mais inteligência e menos raiva. A mesma coisa que Raul Pont precisou e não teve no passado.

Advogado e professor universitário

José Carlos Teixeira Giorgis No tempo da sessão de Vermû

Ou não fazia calor ou era elegância mesmo, sempre enfatiotado, gravata fina; colarinho duro, as rudes barbatanas que se engastavam nas garagens das camisas, tudo limpo; a lavadeira caprichava no anil, depois ferro em brasa, o armário arrumado. Fotografias avermelhadas, de sol tinto, tiradas na rua Sete: uma pose esticada, mãos nos bolsos, bigodinho ralo; no inverno, gabardine, dizia-se inglesa, tempos melhores; caminhando para a vida. Fazia parte do futim desfilar da Casa Ipiranga até os cinemas, olhares cupidosos para os corpos que tinham tudo coberto; imaginação fértil que descobria fendas, curvas, saliências, moldadas na saia plissada, vincos que iam para lá e para cá segundo a qualidade da protuberância; no andar do salto Anabela, às vezes fino taiêr. Rio de passagem é preciso lustrar o sapato, enquanto o escovar transitava, visão dos tabacos cubanos; cheiros suculentos, a flanela que deslizava, cadeira alta que presumia orgulho; protegidos os carpins da perigosa nódoa; as ligas elásticas; e os suspensórios. Depois, passo firme, é hora de pesar na balança da Casa Krentel, naquele tempo não se sabia de coleste-

rol; torresmo não fazia mal; quantas cubas nas salas do rádio baile. O relógio monstro do Relógio Monstro acompanhava com sua argola e visão atenta, tinha também um fotógrafo que ficava à espreita, clique, daí possível e exata lembrança. O ponto de espera era a frente do clube, teve aquela briga com os tenentes, também eles vinham arrasando as esperanças de bons casares, nos bailes de gala vestiam borlas e cores, se apresentando ao general, não havia guria que resistisse a um bolero; futuro certo, bom soldo, depois seguro montepio. Ali era o périplo do mundo, planetas se deslocavam; a guerra acabou; presidente mudou; Guarany era campeão; não interessava, a visão da existência se resumia naquelas três quadras, a que se refugiava sempre, sábados, domingos, tardezinhas de cálido outono; desfiles da mocidade, cavalos sujando de esverdeada massa; garotos da batucada, príncipes do amor, as bolotas que abatiam crânios; cheiro de rodo, mais pobres, vidros de simples colombina, atrás do Vassourão só não vai quem já morreu. Vencido a matinê, abandonado o Cobra e a ilha do tesouro, o seriado, o episódio que gerava discussão escatológica sobre como o mocinho ia se salvar; o gozado que andava com o Char-

jgiorgis@terra.com.br

les Starret tinha um cavalo com o olho pintado, bonito era o Trigger; vinha a sessão vermû: outra estória. Tempos de mirares escusos, um giro pelas cadeiras do Avenida, lembram melodia imortal? Também a Esther Williams que arrancava suspiros e manobras noturnas; de vez enquanto a Pelmex, a lua que vinha rodando, o requebro da Ninon Sevilha, indefectível Trio Los Panchos, Tanto tiempo desfrutamos de este amor, nuestras almas se acercaron tanto asi, que yo guardo tu sabor, pero llevas también sabor a mi; Love is a many splendored thing; ela morria no fim, lencinho oculto. Na boate, as mesas serviam filé recheado do Saul, se dançava com os Românticos de Cuba, rum e CocaCola; bailes da exposição, tinha que ter orquestra de tangos; trajes para três noites; as debutantes, esmoquim emprestado: rosto colado, lá no meio era bom: e algumas erupções menos dignas. Rua Sete, sonhos e frustrações, perpassar da eternidade, teu trejeito recorda idas e vindas, calçadas que buscam antigos passos, aqui já andei, tua leve inclinação para azulado sul aponta irreversível sina: mas demorado desejo. Fonte: Cenarte, Manifesto Poético, Urcamp. Já faz bastante tempo...


Cidade

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BAGÉ, DE 2 A 6 DE MARÇO DE 2019 Antônio Rocha

Organizadores e participantes da campanha realizam a doação para equipe da Fundação Áttila Taborda (FAT)

Hospital Universitário recebe doação de tintas da campanha “O Amor Pinta”

Lançada em maio de 2018, a campanha “O Amor Pinta” foi encerrada, na tarde de sexta-feira, com a doação de tintas para pintura do Hospital Universitário Dr. Mário Araújo, mantido pela Fundação Attila Taborda. A ação beneficente, idealizada pelo publicitário Hugo Pêgas, fez parte da celebração dos 35 anos da loja ASM Materiais de Construção. Ao todo, foram entregues, à instituição de saúde, mais de mil litros de tinta para a pintura da fachada externa. O projeto contou com a assinatura da arquiteta Rachel Morgado, prevendo a utilização das cores da identidade visual do hospital. A campanha iniciou em maio do ano passado, quando um ponto de coleta de doações foi instalado na loja, desvinculado das compras. Ou seja, qualquer pessoa, cliente ou não da ASM, poderia contribuir com o valor desejado. Com o montante necessário para a pintura em mãos, Menezes abriu mão da margem de lucro e obteve toda a tinta a preço de custo junto à Renner. Além de Pêgas e de Marcus Menezes, representando a ASM Materiais de Construção, o projeto

também contou com o participação do jornalista, leiloeiro e promotor de festas, Nando Farinha. Em novembro de 2018, ele promoveu a retomada das festas “The Old Friends”, dessa vez com renda revertida para a pintura da fachada externa do hospital. Ao término da campanha, foram arrecadados mais de R$ 20 mil, entre doadores anônimos na loja e os participantes da festa The Old Friends. O material foi recebido por Virgínia Paiva Dreux, pró-reitora de Ensino da Urcamp, entidade mantenedora do hospital, que representou a reitora Lia Quintana na ocasião, além da equipe diretiva do hospital, capitaneada pelo diretor Henry Ribeiro Ritta. “O hospital vem em uma crescente de esforço para reerguê-lo e a pintura fecha esse primeiro ciclo. Hoje, o Hospital Universitário não é apenas um hospital-escola, também é referência de atendimento de qualidade no Sistema Único de Saúde (SUS)”, destacou Virgínia. Já Farinha, em seu pronunciamento, ressaltou as ligações pessoais que têm com a instituição de saúde e a felicidade em participar da campanha. “Fico feliz em

ajudar de alguma forma. As pessoas cobram, elas querem ver com o que contribuíram. Querem saber que a tinta está aqui e que o hospital vai ser pintado”, contou. Representando a ASM, Menezes salientou que a campanha foi a forma encontrada, pela empresa, para retribuir a atenção com que os bajeenses sempre trataram a loja. “Se a loja está viva há 35 anos no mercado, é porque ela tem a preferência. E quisemos retornar esse carinho à comunidade de alguma forma”, disse. Já Ritta apontou que, apesar da vontade, a pintura externa do hospital não era prioridade para a gestão, que se ocupava em melhorias internas e de qualificação dos equipamentos utilizados. Mas a proposta trazida por Pêgas e Menezes emocionou a equipe: “A vontade de pintar nós tínhamos, mas nos faltava bolso para isso. A campanha mudou isso”, contou. O diretor da instituição adianta que ainda não há previsão de data de início para a pintura, já que o orçamento da mão de obra gira em torno de R$ 60 mil. “A intenção é iniciar em até seis meses”, projeta.

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Campo & Negócios BAGÉ, DE 2 A 6 DE MARÇO DE 2019

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Presidente da Embrapa visita unidade de Bagé

O presidente da Embrapa, Sebastião Barbosa, esteve em Bagé, recentemente, para conhecer a Embrapa Pecuária Sul, uma das unidades mais ao Sul do Brasil, entre as 42 existentes. Recém-empossado no cargo, em outubro de 2018, ele fez também questão de realizar um encontro com representantes de diversos setores agropecuários da região da Campanha. O objetivo principal foi ver de perto as principais características da pecuária subtropical brasileira, que difere, principalmente, pelos sistemas de alimentação e raças de bovinos e ovinos dos demais estados e unidades que trabalham com pecuária. Durante a visita à Embrapa de Bagé, Sebastião Barbosa participou de reuniões com a equipe de empregados, nas quais obteve um panorama sobre a pecuária dos Campos Sul-brasileiros e conheceu a estrutura e as atividades da Unidade. O chefe-geral da Embrapa Pecuária Sul, Alexandre Varella, apresentou o contexto histórico no qual o centro de pesquisa está inserido, bem como as mudanças e transformações mais recentes no uso da terra. Ao final, Varella mencionou algumas das principais prioridades para a pecuária de corte no Sul do País, apontadas em uma recente pesquisa realizada junto ao setor produtivo e os desafios para o desenvolvimento da atividade pecuária, frente à recente presença de outras culturas na região, como vitivinicultura, olivicultura, silvicultura e principalmente a soja. Umas das questões abordadas pelo presidente foi a necessidade de ajuste de foco para a Embrapa como um todo, principalmente diante das atuais demandas do setor produtivo. “É fundamental ter um foco mais acentuado. Precisamos é fazer a diferença, senão vamos tratar tudo, e pulverizar os recursos muito limitados da Embrapa para tentar uma agenda muito ampla e, no final, não causar impacto em nenhuma das áreas”, apontou Barbosa.

Resultados da pesquisa Durante a visita ao Centro de Pesquisa de Bagé, o presidente conheceu os principais destaques de trabalho da Unidade realizados nos últimos anos, apresentados em pe-

Antônio Rocha

Recém-empossado no cargo, Sebastião Barbosa conheceu principais trabalhos desenvolvidos quenas estações de campo. Em Setor produtivo cada local foi mostrada a dinâmica Sebastião Barbosa ainda estede trabalho da equipe e os resultados obtidos até o presente momento ve reunido com diversos represennos seguintes temas: produção e tantes e agentes das diferentes caqualidades de sementes, cultivares deias produtivas e com as quais a forrageiras de clima temperado fu- Unidade atua. Dessa forma, foi posturos lançamentos; trabalhos com sível conhecer as demandas do sefoco em ovinocultura (aproveita- tor produtivo, além de ouvir sobre o mento integral da carne ovina, ge- papel e os desafios da Embrapa dines de prolificidade, organização da retamente dos interlocutores da cacadeia produtiva); método integra- deia de bovinos e ovinos e dos prindo para recuperação de pastagens e cipais parceiros e agentes que se o aplicador seletivo Campo Limpo relacionam com a Embrapa Pecuápara o controle do capim-annoni e ria Sul. Entre os principais assuntos e outras invasoras; trabalhos com foco em bovinocultura de corte (se- demandas abordados estavam o leção genômica para resistência ao carrapato e a tristeza parasitária bocarrapato, provas de avaliação a vina; a importância da agricultura campo, linhagem Brangus-Ibagé); como um elemento dentro da Intee, ao final foram abordadas trans- gração Lavoura Pecuária, a diferenformações recentes no território, ciação da carne e o controle do camissão da Unidade e perspectivas pim-annoni. De acordo com a visão do presidente, todos esses temas já futuras. O encontro finalizou com vêm sendo trabalhados pela Pesquiuma importante conversa com os sa, mas é fundamental que fatos noempregados, para responder per- vos sejam gerados. “O Sistema Emguntas sobre os mais distintos te- brapa precisa gerar fatos novos somas, além de mostrar o atual posi- bre os desafios graves de cada recionamento da Embrapa, que é gião daqui pra adiante. Precisamos buscar estar mais próximo do setor sair do discurso do que foi feito produtivo, visando atender às ne- para o que vamos fazer. Isso decessidades prementes da agrope- manda arriscar, com pesquisas fora cuária brasileira. Para tanto, as da curva”, aponta Barbosa. Unidades deverão realizar uma reAlém desses temas, outro asvisão das prioridades da pesquisa, pecto apontado pelos parceiros é bem como novas formas de finan- que a Empresa precisa rever suas ciamento, tendo em vista o cenário estratégias de interlocução com de fortes restrições orçamentárias seus variados públicos, buscando que dificultam a renovação do qua- uma maior proximidade junto às redro de empregados e cientistas da alidades dos produtores, na busca por resultados mais efetivos. Empresa.


Fogo Cruzado

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BAGÉ, DE 2 A 6 DE MARÇO DE 2019

Cooperação técnica deve viabilizar construção de prédio do Centro Regional de Perícia Com o objetivo de colaborar e dar celeridade ao processo de construção da sede que abrigará o Centro Regional de Perícias (CRP) em Bagé, o prefeito Divaldo Lara se comprometeu a viabilizar a elaboração do projeto executivo, necessário para o processo de licitação da obra, através de um termo de cooperação técnica com o governo do Estado. A informação foi anunciada na sexta-feira, pelo Executivo. Segundo o prefeito, o objetivo é garantir a construção da sede para que haja mais qualidade no serviço prestado. “O serviço do IGP (Instituto Geral de Perícias) é essencial para uma cidade com o porte de Bagé. Conseguimos garantir a vinda de dois peritos, porém para possibilitar mais qualidade nos serviços é necessário que haja um espaço qualificado que atenda as necessidades para a prestação do serviço, e para isso somos colaboradores na construção de mais esta conquista”, ressalta Divaldo. O secretário Eduardo Deibler diz que a instalação do serviço na cidade é fundamental. “Quando foi

Antônio Rocha

Interino

Felipe Valduga

Federasul defende simplificação de prazos para o ICMS

Estrutura é projetada para ser erguida em terreno localizado na rua 20 de Setembro articulada nossa colaboração no processo, o prefeito solicitou que o projeto fosse tratado como prioridade, não só pelo serviço criminalístico, mas também pelos demais serviços que serão disponibilizados para a comunidade”, mencionou. O projeto, de acordo com o revelado, está sendo desenvolvido através do núcleo técnico da Secretaria de Gestão Planejamento e

Captação de Recursos (Geplan) será encaminhado ao governo estadual para aprovação. A previsão é que a estrutura seja erguida em terreno localizado na rua 20 de Setembro, na área central da cidade. Após a liberação, por parte do Estado, uma licitação deve ser realizada para que as empresas interessadas apresentem propostas para a construção do prédio.

Proposta exige servidores concursados nas procuradorias municipais

O senador Veneziano Vital do Rêgo (PSB-PB) apresentou uma proposta de emenda à Constituição (PEC 7/2019) para exigir que as procuradorias municipais também tenham seus quadros organizados em carreira e providos por concurso público. Tal exigência já é feita para as procuradorias estaduais, do Distrito Federal e da União. As informações são da Agência Senado. O procuradores municipais são os profissionais que representam judicial e extrajudicialmente o município, além de prestarem assessoria jurídica ao prefeito, a secretários e outros administradores

felipelvalduga@gmail.com

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e a órgãos da prefeitura. Nem todas as cidades brasileiras possuem procuradores concursados. Nesses casos, costumam recorrer a serviços de escritórios de advocacia. O autor lembra que a Constituição prevê tratamento isonômico para a administração pública da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios, com disposições semelhantes em relação aos servidores públicos. No entanto, argumenta, os artigos 131 e 132 da Carta mantêm tratamento diferenciado à advocacia pública dos municípios, sem qualquer justificativa plausível, e ainda possibilitam a

atuação de profissionais sem qualquer vínculo efetivo com a municipalidade. “Há, a nosso ver, tratamento desigual a situações que deveriam receber tratamento idêntico, sobretudo se consideramos a relevância de tais atribuições para a defesa da moralidade administrativa. A proposta apresentada busca corrigir tal distorção”, justificou. A PEC 7/2019 está na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), onde aguarda a designação de relator. Veneziano Vital do Rêgo é o primeiro signatário, mas a proposta recebeu o apoio de outros 27 senadores.

A diretoria da Federação de Entidades Empresariais do Rio Grande do Sul (Federasul), com o presidente da Associação Brasileira de Automação para o Comércio (Afrac), Zenon Leite Neto, esteve reunida, na quarta-feira, com o secretário adjunto da Fazenda, Jorge Luís Tonetto, para discutir as alterações do Regime de Substituição Tributária do ICMS decorrentes do Decreto 54308/18. Na quinta-feira, a presidente da Federasul, Simone Leite, falou com o governador Eduardo Leite, na CICS Canoas, sobre o assunto. De acordo com as entidades, as alterações poderão produzir efeitos negativos, uma vez que não regulamentam apenas a restituição da diferença do ICMS pago a mais no regime de Substituição Tributária (ST), mas também obrigam o pagamento da diferença de valor, nos casos em que a mercadoria tenha sido vendida por preço superior à base de cálculo do sistema. “Estamos preocupados com a operacionalização do

sistema, por seu caráter burocrático e pelo impacto financeiro, especialmente para micro e pequenas empresas que não dispõem de recursos para se adequar com essa brevidade”, explicou Simone Leite, presidente da Federasul. Para o vice-presidente da Federasul, Anderson Trautman Cardoso, “além onerar os contribuintes, a obrigação de complementar o valor pago, a partir de 1º de março, em decorrência do Decreto 54308/18, contraria o princípio da praticidade tributária inerente ao regime da ST.” Segundo a Federasul, é fundamental viabilizar a continuidade das atividades das empresas gaúchas, prejudicadas com a regra atual do Decreto 54308/18. A recomendação da entidade é a revogação da obrigatoriedade da complementação do pagamento da diferença do valor pago ou, diante dessa impossibilidade, a ampliação do prazo para início da obrigação - que hoje é a partir de 1º de março - para 1º de julho.

Dom Pedrito deve reajustar em 4% o salário do funcionalismo O prefeito de Dom Pedrito, Mário Augusto Gonçalves, formalizou uma proposta de reajuste para o funcionalismo público municipal. Em reunião com representantes da categoria, o chefe do Executivo propôs um aumento de 4% para os vencimentos, e de 5% para o vale-alimentação, elevando o benefício para R$ 20 por dia trabalhado. Conforme levantamento realizado pela Federação dos Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs), divulgado em dezembro de 2018, mais de 60% dos gestores municipais tiveram dificuldades para terminar o ano passado no azul, dificuldade financei-

ra provocada pelo crescimento das obrigações transferidas aos municípios e que as receitas dos municípios não têm acompanhado essa evolução. Desse percentual, boa parte das prefeituras atrasaram salários por alguns meses ou estão pagando parcelado. “Temos convicção de que a proposta é fruto de muito trabalho da nossa gestão, que está com as contas em dia e paga o funcionalismo sempre antes de terminar o mês trabalhado”, enfatizou Mário Augusto. Para que as elevações vigorem, o projeto de Lei prevendo os reajustes ainda precisa ser encaminhado para apreciação do Legislativo.


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Empreendedor

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BAGÉ, DE 2 A 6 DE MARÇO DE 2019

Tiago Rolim de Moura

Bueno Wines

O informativo Segs divulgou que, no Carnaval, os espumantes e taças especiais da Bueno Wines estarão disponíveis aos foliões que forem curtir os desfiles das escolas de samba no Sambódromo do Anhembi. Eles serão comercializados no Camarote da Cidade, durante todos os dias da folia. Essa é a primeira vez que uma vinícola brasileira participa do camarote da Cidade, o que mostra como o vinho tem se tornado importante na cultura do país, principalmente os espumantes. Os espumantes da Bueno Wines: Bueno Cuvée Prestige Brut; Bueno Bellavista Desirée Brut Rosé, com as uvas cultivadas na região da Campanha Gaúcha.

Aneel

Itens estão com valor especial

Pit Stop coloca motoserras em promoção de Carnaval

Para fechar o verão com chave de ouro, a Pit Stop Motoserra está com uma promoção de Carnaval, com itens de qualidade e preços muito especiais. No estoque, a loja conta com uma grande variedade de equipamentos elétricos e à combustão, como motosserras, lava-jatos, roçadeiras, cortadores de grama e sopradores.

O empresário Paulo Teixeira destaca a promoção de motosserra Husqvarna a partir de R$ 749. Além disso, tem cortador de grama Murray a partir de R$ 1.250 e cortador de grama giro zero para grandes áreas e roçadeira Husqvarna a partir de R$ 850. Ele ressalta que a linha Husqvarna conta

com itens potentes, seguras, ergonômicas e fáceis de usar, para uso ocasional, profissional e florestal. A loja funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 12h e das 14h às 18h e, aos sábados, das 8h às 12h, na rua Doutor Leonel Corrêa Dóglia, nº 400, próximo ao Clube Cantegril.

A Agência Nacional de Energia Elétrica definiu as tarifas iniciais da Cooperativa Regional de Eletrificação Rural Fronteira Sul Ltda. (Coopersul) e da Cooperativa Regional de Distribuição de Energia do Litoral Norte (Coopernorte), enquadradas como permissionárias de distribuição. Os valores vão vigorar a partir de 1º de março a 21 de dezembro deste ano, e servirão de base para o cálculo das tarifas nos reajustes anuais das cooperativas. As tarifas de Coopersul consideram um nível de perdas de 14,31%. A cooperativa de eletrificação está localizada na cidade de Bagé e atende, atualmente, em torno de 5.100 unidades consumidoras na região. Para a Coopernorte, o nível de perdas reconhecidas na tarifa ficou em 17,72%. A cooperativa também tem sede em Bagé, onde fornece energia para cerca de 5.900 unidades consumidoras. As duas entidades são supridas pela Companhia Estadual de Energia Elétrica – CEEE D.

Supermercados Nicolini

Para celebrar seus 40 anos, a rede de supermercados Nicolini promove uma rústica no dia 10 de março, às 16h, com saída da filial da Tupy e chegada na Praça da Escola Silveira Martins, com trajeto de cinco quilômetros. As inscrições podem ser feitas em todas as lojas da rede ou no Sesc, mediante a doação de um quilo de alimento não-perecível. As doações serão entregues para a Fundação Geriátrica José e Auta Gomes. Os 100 primeiros inscritos recebem um kit contendo camiseta, isotônico e frutas.

Aniversariantes 2 de março

Alzira Valério da Silva Antônio Adauto de Oliveira Camila Pacheco da Luz Carlos Lemos Camargo Carlos Otávio C. Moraes Carmen Helena Gomes Jardim Vaz Deize Rabelo Ebert Denise Aristimunha de Lima Felipe Martin Cezarino Francisco José Aires de Lemos Gilmar Castro Gil Ieda Maria Farinha de Almeida José Carlos Dalé Leonardo de Leon Marilene Borba Rodrigues Sérgio Moacir Freitas Maia Taís Fernandes de Paula Tarso Martins Braga Zaida de Freitas Valentim

3 de março

Claudia Corral dos Santos Endreos Freitas Hélio Karam Ilva Paiva González Juarez Costa e Silva Leda Brasil Sarmento Ledimar Neves Luiz Alberto Miranda Collares Marcos Senna Maria Mercedes Michelena da Silva Michele Solari Priscila Soares Dias Thaísa Molins Herbstrith Tibiriçá M. Verdum Vera Maria da Cunha Echevarria Vera Maria Polini da Silva Vilson Adriano da Cruz Vivianne Severo Navarro

4 de março

Anderson Costa Leite Antenor José Argenton Leila Leite Spuldar Lucas Fagundes Moura Pamela Veronica Sabedra Pimenta Sérgio Silva Azambuja Sheila da Rosa Rodrigues Valmir Peralta Fernandes

5 de março

Alaor Valério Anelise Codevila Mata Bárbara Medeiros Silveira Carmem Anita Madruga de Oliveira Cláudia Melo Gomes Cláudio Castro Cremona Fernanda Lopes Saraiva Fernando Silva da Rosa Guilherme Oliveira Azevedo Ilsonir Machado Janiele Castagna Janira Soria Veloso Rosângela Pinheiro

6 de março

Ademir Bento Mesck Ariane Rodrigues Garcia Dóris Soria Fortes Elisete Vieira Ferreira José Américo Corrêa Paz Marcos Flávio Moreira Matheus Álvares Souza Samanta Collares Quintana Thayná Cardoso de Oliveira


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Preço da gasolina volta a subir em Bagé No dia 15 de fevereiro, o Jornal MINUANO publicou que, no dia seguinte, entraria em vigor, no Rio Grande do Sul, os novos preços de combustíveis para fins de tributação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Os novos valores, obtidos mediante pesquisa realizada pela Receita Estadual, apontavam para uma tendência de queda de preços, sobretudo em relação à gasolina. Entretanto, passados 15 dias, a situação não se confirmou em solo bajeense. Muito pelo contrário, a perspectiva é por novos aumentos. Isso porque, na quinta-feira, a Petrobras anunciou um aumento de 2% nas refinarias, com aumento do preço médio da gasolina. Conforme publicado no portal UOL, com o reajuste, a cotação da estatal alcançará o maior nível, desde 9 de novembro de 2018, quando atingiu R$ 1,69 por litro. A partir de agora, o valor estará fixado em R$ 1,68 por litro. Desde o início do ano, conforme o portal, a alta nas refinarias foi de 11,8%. Em Bagé, a expectativa era que, na metade de fevereiro, a média de preço da gasolina co-

mum reduzisse de R$ 4,88 e R$ 4,89 para R$ 4,79. No caso da aditivada, que estava fixada em R$ 4,98 e R$ 4,99, a projeção, mediante nova tabela do ICMS, apontava uma queda para R$ 4,89. Entretanto, passados os dias, a perspectiva econômica não se confirmou. E, agora, com o aumento de 2% nas refinarias, os reflexo deve tomar um caminho distinto, ou seja, mais uma vez, um impacto no bolso do consumidor. Até sexta-feira, o menor preço encontrado, na cidade, foi de R$ 4,81 ao litro.

fotos Tiago Rolim de Moura

Menor valor encontrado foi de R$ 4,81

“Não existe redução”, dispara proprietário

Empresários alegam falta de repasse na cadeia do combustível

Segundo o proprietário de uma rede de combustível, com atuação em Bagé, e que preferiu não ser identificado, de nada adianta a Petrobras anunciar redução se os demais componentes da “cadeia” do combustível não fizerem os repasses. “Não existe redução de gasolina. Ontem (quinta-feira), já comprei carga com esse aumento de 2%

anunciado pelas refinarias. É uma elevação de 18 centavos. Não é pouco. Dessa vez, fomos obrigados a repassar”, salienta. Sobre as constantes alterações no preço do combustível, o empresário assegura que, em grande parte delas, os postos não repassam ao consumidor. Ele acrescenta, ainda, que dessa vez, não tiraria o custo. “A Petro-

bras, mas as refinarias não repassam. E ainda por cima, os componentes que envolvem a gasolina sofrem aumento no valor de mercado. As pessoas não entendem nossa situação e acreditam nas quedas de preço que são anunciadas pelo Petrobras. A verdade é que tudo isso depende de muitos componentes”, argumenta.


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Itens pessoais do ex-presidente Médici serão leiloados

Itens pessoais do general Emílio Garrastazu Médici, presidente do Brasil entre outubro de 1969 a março de 1974, época que posteriormente veio a ser conhecida como “anos de chumbo”, foram postos em leilão nesta semana. Ao todo, são mais de 150 peças à venda, que marcam datas e encontros importantes para a história do país. O leiloeiro oficial dos itens é Daniel Chaieb, de Porto Alegre. Ele conta que os objetos foram entregues para leilão pela viúva de um dos filhos de Médici. E ele adianta que o acervo deve ganhar reforço com a entrega de mais itens após o Carnaval. O leilão será no dia 30 de abril, mas o acervo já está disponível no site, com o valor de cada lance inicial. Chaieb conta que, ao receber os itens, a equipe trabalhou durante dez dias realizando pesquisa sobre a história de cada peça para a catalogação. “O acervo conta com itens muito interessantes, como uma baixela de prata com o nome de Médici que foi presenteado a ele pelo governo de Portugal, durante uma visita diplomática”, conta. Medalhas, comendas e placas de homenagem e comemoração compõem grande parte do

material colocado em leilão, como a placa em bronze miniatura da placa de inauguração da ponte Rio Niterói, de 1974, e medalha que marcou a posse do presidente norte-americano, Richard Nixon, em 1969. Também estão entre os itens curiosos, dois baralhos de cartas com a inscrição “Ninguém segura este país”, no verso, ilustrada com uma faixa verde e amarela; foto emoldurada do Presidente Médici na abertura das obras da Rodovia Transamazônica e caricatura do presidente feita por Mário Mendez, em 1971. Itens em homenagem à esposa do general, Scylla Médici, também compõem o acervo, como uma medalha, em prata, que a nomeia madrinha do submarino Humaitá, construído pelo estaleiro Vickers Limited (Inglaterra) e lançado em novembro de 1971.

Nascido em Bagé Emílio Garrastazu Médici, bajeense nascido em 1905, foi o 28º Presidente do Brasil, o terceiro do período da Ditadura Militar, governou entre 30 de outubro de 1969 e 15 de março de 1974. Seu período na presidência ficou conhecido historicamente como Anos de Chumbo.

Reprodução JM


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Urcamp realiza grande recepção aos estudantes no primeiro dia do ano letivo de 2019

fotos Chrystian Ribeiro/Ascom

DJ, crachás de identificação, brindes e música ao vivo marcaram o acolhimento da Urcamp aos calouros e veteranos, durante o primeiro dia de aula

O tom alaranjado do entardecer refletido na fachada do prédio central, em Bagé, formou a composição perfeita num fim de dia de temperatura agradável e animadora para um começo. Pois, para muitos, era o primeiro contato com uma Instituição de Ensino Superior. Outros retornavam já familiarizados, mas com o mesmo entusiasmo de calouro. Foi o caso de Valkiria Rejert, que veio ávida para reencontrar colegas, professores e ansiosa para ingressar no 3º semestre do curso de Educação Física. “Eu estou muito motivada, o jeito que eles recebem os alunos é muito motivador para a gente começar o ano”, disse. O novato Luan de Souza contou que entrar na Urcamp foi uma experiência diferente. “Achei legal o fato de acolherem a gente. Achei um show!”, destaca.

E foi com essa maneira calorosa que a Urcamp se organizou para a recepção. Já na entrada, os estudantes recebiam crachás, para identificação dentro da Instituição, e, já em seguida, escolhiam um brinde, como canetas, cadernos, bonés, pastas e squeezes, todos personalizados com a marca Urcamp e Graduação I, a nova modalidade acadêmica de ensino da Instituição. Os estudantes ainda ganharam um guia acadêmico com todas as informações refe-

rentes a trâmites internos e setores. Tudo ao som do DJ Hyra, conhecido na cena cultural da região, para deixar este momento ainda mais descontraído e aprazível. A programação foi encerrada com o som ao vivo de Marcos Gomez, que fez uma mescla da música brasileira durante o intervalo de aulas. Os campi de Alegrete, São Gabriel e Santana do Livramento também fizeram suas recepções, com palestras e

entrega de brindes. Os alunos que não retiraram o crachá, nesse primeiro dia, poderão fazê-lo a partir de quintafeira, dia 7 de março. Para o dia 14, a Urcamp está prevendo uma outra grande atividade de acolhimento aos estudantes. Será o Reencontro Universitário, que prevê uma série de atividades na quadra da Urcamp, a céu aberto, com o show da dupla Estela e Mariano e banda, além de um cenário com praça de alimentação.

Acadêmicos foram recepcionados com música ao vivo no primeiro dia de aula


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VACACIONES

Vivi Becker

HO! Ana Maria Collares na despedida da temporada que passou em Paris

Salve, simpatia! DJ Hyra The Manifest encantando a todos com seu carisma e profissionalismo, na recepção que a Urcamp preparou carinhosamente para receber seus acadêmicos para o ano letivo de 2019. #somostodosurcamp

#BELEZA

viviminuano@hotmail.com

- CANTEGRIL CLUBE DE BAGÉ - Haverá programação hoje, no salão panorâmico, a partir das 16h, com animação do músico Pastel, que promete repertório com as tradicionais marchinhas. Já no domingo, a partir das 16h, o Bloco da Matriz entra em cena ao som da bateria "Cuidar de do Independent's Samba Show. Informações 3242-5874.

Essa bela imagem da modelo bajeense que blocou na Renner e decola no mundo da moda, Júlia Barcellos. O click surge mais uma vez, nestas páginas, para mostrar a sua luz e comprovar que ela transforma até os dias nublados em uma explosão de cores. Um feliz e abençoado feriado de Carnaval a todos nossos leitores!

B´Day embalados pela folia Hoje, vai ter festa para Miriam Antunes, Vivi Marques, Maria Thompson Flores, Deise Ebert, Fernanda Fernandes, Geraldo Saliba, Alexandra Cunha, Inaiê Kluwe Costa Kalil, Cármen Helena Vaz. Amanhã, teremos muitos confetes para Mauren Piegas e Fúlvia Rigoni. Na segunda-feira, vai ter festa para Alfredo Leperre, Rose Mari Giffoni e Pâmela Sabedra Pimenta. Na terça-feira de Carnaval, o bloco dos aplausos será para Ana Beatriz Rosa Silva, Stella Ibañez e Teresa Nogueira.

#AGENDA DOS FESTEJOS DO CARNAVAL EM BAGÉ

você mesma

nãodesignifi - BAGÉ TÊNIS CLUBE - Serão duas tardes muitaca folia destinadas ao público infanto-juvenil.'eu A primeira, no primeiro', domingo e na terça-feira, o festerê retornamas parasim ani-'eu mar as famílias. Os bailes iniciam às 18h. Informações: também'" 32426142, 991498022 ou 999663748. L.R.Knost

- CLUBE CAIXEIRAL - Vai ter festa também na sede campestre do Clube Caixeiral, hoje, amanhã, segunda e terça-feira. A animação inicia às 20h e termina à 1h, com apresentação especialíssima da Banda Independent's Samba Show. - AABB - Vai ter Carnaval na AABB, com quatro noites de muita festa, embalados pelo show ao vivo do Grupo Pretinho Básico. Os bailes iniciam às 23h. A entrada será permitida somente para maiores de 18 anos. Informações: 3242-2375 e 999969-0929.

Manuela celebra seus 36 anos A bela Manuela Barbosa Pavanatto comemorou a chegada dos seus 36 anos, em sua residência, reunindo grupo de amigas, no sábado. A festeira não perde a chance de celebrar a data querida, junto aqueles que ela ama, E, É CLARO, do marido Carlos Pavanatto e suas duas princesas Valentina e Guilhermina. (Foto Rosane Coutinho)

- LOS ANGELES PUB - Serão quatro noites de muita folia no Pub. O happy hour começa às 18h, com marchinhas e, logo mais, às 22h, tem show ao vivo com a banda Birinight Samba Clube. Já no domingo e na terça-feira, a partir das 16h, o baile será para os pequenos. Informações pelos telefones 999074158 e 3241 7506.

"Cuidar de você mesma não significa 'eu primeiro', mas sim 'eu também'" - L.R.Knost

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Uma vida dedicada à ovinocultura

Há mais de 60 anos, o bajeense Lito Sarmento e sua família implantaram a raça Romney Marsh na região e hoje são referência na criação dos ovinos

Aos 85 anos de idade, o bajeense Manuel Rossel Sarmento (Lito Sarmento) é figura conhecida na ovinocultura, já tendo participado e vencido em diversas competições nacionais e internacionais. Hoje, o estancieiro preserva a tradição de sua família na criação de ovelhas, destacandose com a raça Romney Marsh, com a qual coleciona troféus, atua como jurado e é homenageado em eventos especializados no assunto. Felipe Valduga/especial jm

Nascido em 28 de dezembro de 1933, a relação de Sarmento com o meio rural teve início poucos dias após seu nascimento, ao ser levado para a estância de sua família, no caminho para a Serrilhada, onde deu início aos seus trabalhos campeiros.“A grande faculdade da minha vida foi a estrada Bagé / Serrilhada. Com 15 dias de vida eu fui para a estância e até hoje, com 85 anos, vou para o mesmo caminho”, conta. Lito relembra que sua trajetória na criação de animais começou ao completar nove anos de idade, quando seu avô, Manoel Alves Sarmento, lhe deu, de presente, suas primeiras nove cabeças de gado. “Ele (avô) me mandou de presente um bilhete dizendo: ‘um abraço, fazendo nove anos, te mandei nove vaquilhonas para tu aprenderes a fazer um gado’. Isso me marcou profundamente, foi uma base que recebi”, afirma. Aos 23 anos, em maio de 1957, o jovem Lito viajou para a Nova Zelândia, país referência na ovinocultura, onde ficou 100 dias

estudando sobre o ramo e as especificidades dos animais. Neste período, ele destaca que a aprendizagem não foi apenas em questões técnicas e práticas sobre os animais, mas também contou com ensinamentos sobre a cultura do local e como ela influencia na criação. “Eu estive em 45 casas de campo na Nova Zelândia. Nenhuma tinha chave na porta da rua, só o trinco, quase não sabiam o que era ‘roubar’, isso foi uma das coisas que me chamou a atenção”, lembra. Ao voltar para Bagé, na década de 1960, Lito se casou e constituiu família na estância, em Bagé, enquanto seu pai, Belisário, tomava conta das terras de seu avô, nas proximidades de Rivera, no Uruguai. “Meu pai era um homem apaixonado por ovelhas. Nós chegamos a ter sobre nosso trabalho 18 mil ovelhas”, ressalta.

Negócio de família Atualmente, junto a seu irmão caçula, Renato, Lito é proprietário da Estância São Francisco, em Bagé, mas também administra as terras de sua família em

Rivera. Já a estância na Rainha da Fronteira é administrada, hoje, por seu filho Manuel Luís, 58 anos, cujo herdeiro Manuel, de 24 anos, é a atual promessa da família. “Ele conhece ovelha como gente grande, sabe mais que pessoas com 40 ou 50 anos criando os animais”, declara o avô. Segundo Lito, seu neto foi autodidata, aprendendo a cuidar dos animais apenas ao ver sua família trabalhar. “Quando ele era pequenininho, eu disse para ele: eu vou te dar umas ovelhas para tu aprenderes a criar, fazer dinheiro com elas e comprar um automóvel para ti. A mesma coisa que meu avô fez para mim”, destaca. Com isso, há alguns anos, o estancieiro cumpriu a promessa e entregou ao seu neto algumas ovelhas Romney Marsh naturalmente coloridas (de cor escura). Hoje, os Sarmento têm o primeiro rebanho de ovelhas Romney naturalmente coloridas no Brasil. As três gerações da família, segundo Lito, já foram, inclusive, convidadas a julgar ovinos em exposições no Uruguai e na Argentina.


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Romney Marsh

O cenário atual

Sarmento conta que as raças de ovelha se dividem entre as comuns e as de duplo propósito, carne e lã. Como exemplo, ele fala da Corriedale, raça mais produzida no Rio Grande do Sul e no Uruguai, cuja produção tem como propósito 50% para carne e 50% para lã. Já quanto à Romney Marsh, raça inglesa popularizada nos anos 40 e que foi trazida, pela primeira vez, até Bagé da Argentina pelo pai de Lito, a produção tem como objetivo 60% para carne e os 40% restantes para lã. O bajeense destaca a qualidade da carne como o ponto forte do animal, mas também afirma que a lã produzida pela Romney, embora seja uma das mais grossas e, por consequência, uma das menos valorizadas, não é de se desperdiçar. “É um produto que dá e que tem seu valor. Mesmo que a lã fina seja mais valorizada, têm coisas que tu só podes fazer com lã grossa”, afirma o empresário, que cita peças de artesanato e cortinas como objetos que utilizam lãs grossas. “Nos Estados Unidos, cortina não tem como ser de lã fina, porque ela é mais inflamável que a grossa”, exemplifica.

Sobre o cenário atual da ovinocultura em Bagé, Sarmento destaca que, além do abigeato ter dificultado a criação dos animais, a popularização do material sintético foi um dos causadores na queda da produção de lã, que já chegou a superar quatro milhões de quilogramas por ano. “O sintético entrou muito forte e dominava todo o mercado. Em consequência disso, a Cooperativa de Lãs (Cobagelã) começou a marcar passo. Cada vez recebia menos lã e podia repassar menos dinheiro para os produtores”, conta. Além disso, o criador destaca que o desenvolvimento da agricultura, como arroz e soja, e o aumento na aceitação de bovinos também influenciaram no mercado. “Quando começou a genética mais apurada dos rebanhos bovinos, o gado começou a ter uma aceitação muito grande e a subir muito de preço. Se fazia dinheiro em maior volume com gado do que com ovelha”, alega. Na São Francisco, por exemplo, Sarmento revela que chegou a trabalhar com oito mil ovelhas por ano. Já, na atualidade, seus estoques contam com

13 Antônio Rocha

Lito e parte de sua coleção de troféus conquistados com criação de ovinos, equinos e bovinos

menos de dois mil ovinos, além de também atuar com a bovinos Hereford, cavalos crioulos e na produção de soja, arroz, pastagem e sementes. No entanto, Lito diz que a criação de ovinos também tem suas vantagens. “Com dois anos de vida, após a vaca passar por

Começo das obras será pela limpeza do local

uma gestação de nove meses, um bovino, com 500 quilos, dá dinheiro. Agora, a ovelha, em cinco meses, produz um cordeiro e em mais cinco meses tu já podes comer a carne. Mas a matriz (fêmea) ficou e a lã dela também é um produto”, afirma o bajeense, que também destaca a carne do ani-

mal como a de preço mais valorizado no mercado brasileiro. “A carne do cordeiro é nobre e ela tem uma procura enorme. Hoje, ela é a carne mais valorizada que existe no Brasil. É uma carne que tem que saber preparar, mas que é altamente saborosa e que não tem gordura”, argumenta.


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Religião

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Airton Gusmão

No próximo dia 6 de março, quartafeira de Cinzas, teremos o início do Tempo Litúrgico da Quaresma e, na Igreja presente no Brasil, estaremos acolhendo mais uma Campanha da Fraternidade, que terá como Tema: Fraternidade e Políticas Públicas e, como Lema: “Serás libertado pelo direito e pela justiça” (Is 1,27). Essa Campanha da Fraternidade terá como Objetivo Geral: estimular a participação em Políticas Públicas, à luz da Palavra de Deus e da Doutrina Social da Igreja para fortalecer a cidadania e o bem comum, sinais de fraternidade. A Quaresma é um tempo favorável para os cristãos saírem da própria alienação existencial. A força do Evangelho desperta para a grandeza e para a profundidade da vida em Cristo. Graças à escuta da Palavra de Deus, somos levados a intuir a preciosidade da existência cristã e vivermos na liberdade e

José Artur Maruri

Quaresma e Campanha da Fraternidade

na verdade de sermos filhas e filhos de Deus. Falando das Obras de misericórdia corporais e espirituais, o Papa Francisco nos recorda que “se, por meio das obras corporais, tocamos a carne de Cristo nos irmãos e nas irmãs necessitados de serem nutridos, vestidos, alojados, visitados, as obras espirituais tocam mais diretamente o nosso ser de pecadores: aconselhar, ensinar, perdoar, admoestar, rezar. Por isso, as obras corporais e as obras espirituais nunca devem ser separadas” (Mensagem da Quaresma de 2015). As misericórdias ajudam na superação dos ídolos do saber, do poder e do possuir. Elas conduzem à solidão, ao isolamento, ao fechamento. As obras misericordiosas são comunhão, solidariedade, caridade, fraternidade, proximidade, samaritanidade. Elas são fonte inesgotável de transformação e identificação com Cristo. Somos convidados na Quaresma

josearturmaruri@hotmail.com bagespirita.blogspot.com.br

Novos atenienses

“Ao ouvirem ‘ressurreição dos mortos’, uns zombaram e outros disseram: a respeito disso te ouviremos também outra vez”. (Atos – 17:32) O contato de Paulo com os atenienses, no Areópago, apresenta lição interessante aos discípulos novos. Enquanto o apóstolo comentava as suas impressões da cidade célebre, aguçando talvez a vaidade dos circunstantes, pelas referências aos santuários e pelo jogo sutil dos raciocínios, foi atentamente ouvido. É possível que a assembleia o aclamasse com fervor, se sua palavra se detivesse no quadro filosófico das primeiras exposições. Atenas reverenciá-lo-ia, então, por sábio, apresentando-o, ao mundo, na moldura especial de seus nomes inesquecíveis. Paulo, todavia, refere-se à ressurreição dos mortos, deixando entrever a gloriosa continuação da vida, além das ninharias terrestres. Desde esse instante, os ouvintes sentiram-se menos bem e chegaram

a escarnecer-lhe a palavra amorosa e sincera, deixando-o quase só. O ensinamento enquadra-se perfeitamente nos dias que correm. Numerosos trabalhadores do Cristo, nos diversos setores da cultura moderna, são atenciosamente ouvidos e respeitados por autoridades nos assuntos em que se especializaram; contudo, ao declararem sua crença na vida além do corpo, afirmando a lei de responsabilidade, para lá do sepulcro, recebem, de imediato, o riso escarninho dos admiradores de minutos antes, que os deixam sozinhos, proporcionando-lhes a impressão de verdadeiro deserto”. (Referências: Pão Nosso. Cap. 114. “O Evangelho por Emmanuel”. Comentários aos Atos dos Apóstolos. Coordenação de Saulo Cesar Ribeiro da Silva. Editado pela Federação Espírita Brasileira no ano de 2017. p. 86)

Colaborador da União Espírita Bajeense

ao exercício das obras de misericórdia como caminho de conversão pessoal, comunitário e social. Na busca de conversão, de transformação, a Igreja no Brasil oferece no tempo da Quaresma às comunidades a realidade das Políticas Públicas como meditação. Aquelas ações discutidas, decididas, programadas e executadas para toda a sociedade brasileira. Políticas Públicas: o cuidado do todo realizado pelo governo ou pelo Estado. São aquelas ações discutidas, decididas, programadas e executadas em favor de todos os membros da sociedade. São ações de governo ou ações de Estado. De governo, porque ligado a um determinado executor, portanto, é temporário. De Estado quando são ações permanentes, ligadas à educação, à saúde, à segurança pública, ao saneamento básico, à ecologia e outros.

Norberto Dutra

Como cristãos, discípulos missionários de Jesus Cristo, poderíamos perceber as Políticas Públicas como ações misericordiosas. Participar das discussões e execução das políticas públicas é ajudar a construir uma verdadeira fraternidade e resgatar a dignidade de irmãos e irmãs. Enquanto cidadãos cristãos e eclesiais, vamos procurar nos informar sobre a Campanha da Fraternidade através dos subsídios elaborados tais como: o texto-base, o DVD, os encontros quaresmais, o hino e, como diz o objetivo geral, participar das políticas públicas para fortalecer a cidadania e o bem comum, sinais de fraternidade. Façamos a nossa parte. Sejamos alegres na esperança, fortes na tribulação, perseverantes na oração e solidários com os que sofrem. Um bom final de semana a todos e até uma próxima oportunidade. Pároco da Catedral

O que somos no deserto

E te lembrarás de todo o caminho pelo qual o Senhor, teu Deus te guiou no deserto estes quarenta anos, para te humilhar, para te tentar, para saber o que estava no teu coração, se guardarias os seus mandamentos ou não. (Deuteronômio 8.2). Plantarei no deserto o cedro, e a arvore de sita, e a murta, e a oliveira; conjuntamente, porei no ermo a faia, o olmeiro e o álamo. (Isaias 41.19). O deserto tem muitas características: solidão, aridez, desconforto, esterilidade. Todas as vezes em que nos deparamos com tais realidades é porque estamos, com toda certeza, atravessando um deserto. Pode ser uma doença terminal, um problema familiar insolúvel ou uma angustia implacável pela perda de um ente querido. Não importa. Seja real ou não físico ou psicológico, o fato é que desertos têm sempre a mesma fisionomia: são secos, solitários e terrivelmente deprimentes. São capazes de gerar em nós a pior das sensações: a solidão. Mas que passamos por desertos? O que nos leva vez por outra a passarmos pela dura experiência dos desertos da vida? Por mais que tais realidades sejam produzidas por situações criadas pelo próprio homem e suas próprias decisões, a Bíblia nos ensina que o deserto, com todas as suas dificuldades, sempre é uma escola de Deus. Quando o curso de nossa vida toma esse aspecto, Deus quer nos ensinar-nos algumas lições importantes. No deserto, aprendemos a ouvir a voz de Deus. É interessante o fato da palavra “deserto”, no hebraico, midbar, vir da mesma raiz de dabhar, que significa “falar”. Isso se deve intrinsecamente ao fato de que o deserto é um lugar em que Deus fala e nós ouvimos. Com isso, aprendemos a ser humildes.

Por exemplo, em Deuteronômio 8.2, lemos que o Senhor levou Seu povo para esse lugar para fazê-lo humilde. Ou seja, o deserto é um “lixa” de Deus, que remove a espessa e dura camada de orgulho com a qual nos revestimos nos momentos de prosperidade. Assim, aprendemos com os desertos da vida que não precisamos de “tapinhas nas costas”, aplausos ou holofotes da glória humana. Precisamos de Deus. No deserto, aprendemos também a lição do autoconhecimento, porque esse lugar revela quem somos. O texto de Deuteronômio 8.2 evidencia outro propósito de Deus: Para saber o que estava no teu coração. Na verdade, não há nada como um deserto para ajudarnos a conhecer nosso próprio eu. Apesar das múltiplas características aterrorizantes que eles apresentam, todos cumprem esse mesmo propósito pedagógico em nossa vida. Deus jamais nos põe na fornalha ardente do deserto para destruirnos. Ele apenas nos refina e nos torna melhores. Vale lembrar ainda que, mesmo que o deserto tipifique lugar de tribulação, sofrimento e adversidade, ele também representa nossa trajetória aqui na terra, rumo à Canaã celestial. E Deus diz que nos colocará no deserto. No entanto, Ele também esta afirmando que nos plantará ali como árvores Suas, acabam por transformar esse local e modificar a paisagem. Vejamos, então, quais são essas árvores que Deus plantará no deserto e que tipificam cada um de nós – e saiba quem nós seremos lá! Passarei no deserto o cedro, e a arvore de sita, e a murta, e a oliveira; conjuntamente, porei na ermo a faia, o olmeiro e o álamo.(Isaías 41.19). O cedro. A primeira árvore descrita é o cedro. Muito conhecido, ele é citado 41

vezes na Bíblia. É alto e resistente, conforme podemos ler em Ezequiel 31.3: Eis que a Assíria era um cedro no Líbano, de ramos formosos, de sombrosa ramagem e de alta estatura, e o seu topo estava entre os ramos espessos. Símbolo de força e rigidez, o cedro fornecia valioso tipo de madeira para a construção de palácios e templos. Tanto os pranchões, o madeiramento, todo o forro interno e entalhes para a construção do templo, como as madeiras para a casa do bosque, eram de cedro (cf, 1 Reis 6.9,10-18; 7.2,7). Dessa árvore se faziam também mastros de navio e outras peças que exigiam resistência. Considerada ainda uma madeira profundamente aromática, era utilizada até mesmo nos rituais de purificação conforme estabelecido em Levítico 14. O cedro tipifica a força e a grandeza que devem ser atribuídas a nós quando estivermos no deserto. Sua rigidez e resistência devem ser refletidas por nós ao enfrentarmos as tempestades da vida e ao depararmo-nos com os vendavais que sopram sobre nós. A majestosa presença do cedro, com seus 40 metros de altura, deve ser uma característica de quando estivermos no deserto- força, resistência e nobreza de caráter e conduta servindo de exemplo a todos que testemunharão nossa passagem pelas provações do deserto! Assim sejamos como o cedro, que não cresce desordenadamente, mas, sim, de maneira uniforme e altaneira, objetivando apenas uma coisa: alcançar elevadas alturas. Que alcancemos um lugar bem alto neste deserto pelo qual passamos! Deus te abençoe até o próximo final de semana! Pastor e presidente da Igreja Assembleia de Deus de Bagé Doutor em Divindade


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BAGÉ, DE 2 A 6 DE MARÇO DE 2019

Carnaval poderá ter calor e chuva forte no Estado

A próxima semana poderá ter chuva forte no Rio Grande do Sul, de acordo com o Boletim Meteorológico Semanal da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural, divulgado na sexta-feira. Até segunda-feira (4), conforme o projetado, a presença de ar seco manterá o tempo firme, com sol e grande amplitude tér-

mica na maioria dos municípios do Rio Grande do Sul, com elevação da temperatura diurna a partir do domingo (3). Entre a terça (5) e a quintafeira (7), a propagação de dois sistemas meteorológicos – uma área de baixa pressão e uma frente fria – provocarão chuva e trovoadas, com possibilidade de temporais isolados em todas as regiões.

A previsão numérica indica que os volumes acumulados deverão ser inferiores a 35 mm na maioria das localidades da Metade Sul. No restante das áreas, os totais esperados deverão oscilar entre 40 e 60 mm. Na Região Metropolitana e no Litoral Norte, os valores poderão superar 65 mm em alguns municípios.

Agências bancárias voltam a abrir na quarta-feira

Tiago Rolim de Moura

Atendimento não acontece na segunda e terça-feira A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) informa que as agências bancárias estarão fechadas para atendimento ao público na segunda-feira (4) e na terçafeira (5), em função do feriado de Carnaval. Na quarta-feira de cinzas (6), os bancos abrirão a partir do meio-dia, com exceção do estado do Rio de Janeiro no qual, em função da Lei 8217, que estabelece feriado estadual, não há expediente em 6 de março. As informações são da Agência Brasil. A entidade lembra que a população pode utilizar os canais

eletrônicos e correspondentes para o pagamento das contas. Além disso, os tributos que possuem código de barras podem ter o seu pagamento agendado nos caixas eletrônicos, no internet banking e pelo atendimento telefônico dos bancos. Já os boletos bancários de clientes cadastrados como sacados eletrônicos poderão ser pagos via DDA (Débito Direto Autorizado). As contas de consumo (água, energia, telefone) e carnês com vencimento em 4 ou 5 de março poderão ser pagas, sem acréscimo,

na quarta-feira (6). Normalmente, os tributos já vêm com datas ajustadas ao calendário de feriados nacionais, estaduais e municipais. Caso isso não tenha ocorrido no documento de arrecadação, a sugestão é antecipar o pagamento. Já para aqueles clientes que passarão a semana inteira viajando e não dispensam a ida a uma agência, é possível consultar o endereço dos bancos no site Busca Banco da Febraban. Basta acessar o link www.buscabanco.com.br e fazer a busca de acordo com o Estado e município desejado.

Fernando Fagonde

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fernandofagonde@gmail.com

Tecnologia é sobrevivência Você sabe onde a internet começa? Bom, antes da criação do google, a internet não possuia exatamente uma referência para iniciar uma navegação, alguns buscadores encontravam algumas coisas mas nada que fosse tão avançado quanto as opções de hoje. Criado em 1997, o Google, após algum tempo, tornou-se o principal site por onde todos os outros sites eram acessados, podia-se dizer que a internet passou a ter um início. Porém, a partir de 2013, o Facebook passou a aumentar o seu número de acessos, tornando-se em 2015, a principal origem de navegação, ultrapassando o Google. A fatia da pizza que é dividida entre essas duas empresas, soma 75% do total das origens de sites de conteúdo no mundo, restando para as outras empresas 25% para dividirem entre si. Além disso, 70% da utilização de internet, feita utilizando smartphones, é exclusiva em produtos do Facebook ou do Google. Evidente que isso é um reflexo de uma sociedade que tem se tornado cada vez mais conectada, criando a demanda que é atendida pelas empresas citadas acima. Mas o que isso significa para a sobrevivência do seu negócio? Ora, quem não é visto não é lembrado. Na 59ª Convenção Anual da International Franchise Association, realizada em Las Vegas, o russo Gary Vaynerchuk, considerado um dos nomes mais importantes do marketing digital, alertou sobre a importância da criação de políticas de marketing digital que considerassem esse comportamento. De forma geral, o Gary avisa que as empresas que não possuem conteúdos qualificados para a web e redes sociais têm grandes chances de não sobreviverem e a razão é bem simples: estas empresas estão dando de ombros ao que os consumidores mais gostam de fazer. A tecnologia está presente na vida de todos, desde o adolescente até os seus avós e as possibilidades de mercado para atingir esses clien-

tes são imensas, desde que se organize o conteúdo e utilize-se as ferramentas certas. Só no Brasil, são cerca de 116 milhões de pessoas conectadas, segundo o IBGE. Uma tendência que está desembarcando aos poucos no Brasil é a utilização de assistentes, como a Alexa da Amazon, ou o assistente do Google, e isso significa mais um meio para consumidor chegar no produto que deseja e é importante que as empresas percebam essa tendência com tempo hábil para se adaptar. Em, aproximadamente, 10 anos essas tecnologias estarão em todos os cantos. Abrindo aspas para o Gary: “Não importa a rede social. O que importa é onde eles estão. Se amanhã todo mundo sair do Facebook e Instagram, entenda o movimento e vá junto.” Além disso, a plataforma utilizada tem fundamental importância. Se o seu site não é “amigável” a dispositivos móveis, as chances do seu cliente desistir de procurar algum produto seu após cinco segundos é enorme. Priorizar soluções que possam ser utilizadas em dispositivos móveis é uma necessidade que a nova realidade impõe às empresas. É necessário, ainda, agilidade para estar presente nesse mercado, correndo o risco da sua marca ficar esquecida e consequentemente deixar de existir. Algumas empresas que já perceberam isso e chegaram a conclusão óbvia: tecnologia não é mais somente apoio operacional, não é uma despesa, tecnologia é uma questão estratégica, algumas diretorias de muitas empresas, independente do seu core business (área de atuação), já preferem executivos da área das exatas, mais especificamente da área de TI, justamente pela afinidade que possuem com as possibilidades tecnológicas que estão na mesa. É inevitável, já está acontecendo e quem não começou a se mexer corre o risco de ficar para trás. Corra e garanta a sua sobrevivência!

Professor de Sistemas de Informaçao da Urcamp


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Verão 90 - GLOBO - 19h30min João afirma que não tem nada a esconder e decide enfrentar a Justiça. Mercedes avisa a Murilo que a notícia sobre o tipo sanguíneo precisa ser divulgada pela TV. Madá deixa claro a Álamo que não quer saber de Freda Mercúrio. Jerônimo liga para Fausto dizendo que está sendo pressionado por João e Janaína a mudar seu depoimento. Janaína atende ao pedido de Raimundo para substituir o chefe de sua cozinha. Quinzinho e Larissa tentam explicar um ao outro de onde conhecem Dandara e Diego. Manu tenta incentivar João. Raimundo alivia a conta de Patrick, ao perceber que ele não tem dinheiro para pagar. Dandara resiste à tentativa de sedução de Quinzinho. Madá tem um sonho com Freddie Mercury, aconselhando que ela faça o programa como vidente. Manu se assusta com a chegada de Jerônimo em sua casa.

Horóscopo

O Sétimo Guardião - GLOBO - 21h Laura garante a Luz que reatou o romance com Gabriel. Nicolau afirma a Walid que deseja ser o agente de Diana. Marcos Paulo descobre que Valentina está envolvida com Murilo. Gabriel se desespera quando Laura garante que os dois dormiram juntos. Gabriel desconfia de que alguém mexeu no livro da Irmandade. Laura confessa a Valentina que não conseguiu dormir com Gabriel. Laura confronta Valentina, e acaba sofrendo um acidente.

ÁRIES Na casa das finanças, aumenta seu discernimento e engajamento na casa do trabalho. Já Vênus na casa dos amigos fomenta os prazeres coletivos. Aproveite-os tanto nas atividades do dia a dia quanto no meio social.

TOURO

Sua convicção sobre seus valores e seu desempenho no resguardo dos interesses se destacam. A performance profissional é favorecida pela autoconfiança. O uso dos talentos é estimulado por Vênus na casa dez.

GÊMEOS Os fatores de crise são encarados com firmeza e intensidade pessoal. Você fica satisfeito consigo mesmo ao contornar os impedimentos. O otimismo se apresenta perante as dificuldades, com Vênus na casa nove.

CÂNCER A casa das relações dá passagem para Lua, o que favorece a confiabilidade na convivência. Realizações em grupo com benefícios para o entorno. Vênus na casa oito lhe proporciona abundância no que se refere a bens materiais.

LEÃO As interações harmônicas no trabalho viabiliza a execução de processos planejados de forma adequada, por causa de sua percepção apurada e capacidade de decisão. Gentileza para as interações com as pessoas, que ficam favorecidas.

VIRGEM

É relevante se interessar por práticas que visam uma diversão segura e ativa, assim como pela sensatez nas relações. Efeito da Lua na casa dos prazeres. Enquanto isso, Vênus na casa seis lhe oferece um dia a dia agradável.

Palavras Cruzadas

Espelho da Vida - GLOBO - 18h30min Cris/Julia afirma a Gustavo que jamais o amará e que está apenas cumprindo ordens de Eugênio. Grace sente a presença de Felipe no quarto de Priscila. Bola sonha com Daniela. Josi acaba revelando a Mariane o segredo de Gigi. Piedade pede ajuda a Graça para se separar de Eugênio. Letícia recebe um convite para uma palestra em Minas Gerais. Alain aceita viajar com Priscila e Isabel para o Rio de Janeiro.

LIBRA Seu universo interior vira sua principal fonte de estabilidade e valor próprio. Faça uma análise apurada das possíveis melhorias para colocar em prática. Ao mesmo tempo, com Vênus na casa cinco, a hora é do amor.

ESCORPIÃO Cuide dos relacionamentos confiáveis e seja diplomático ao lidar com antagonismos. O trânsito lunar, na casa três, e movimenta a convivência enquanto Vênus na casa quatro contribui com melhor comunicação e intimidade.

SAGITÁRIO A Lua aumenta o nível e o rendimento da administração da rotina. Com um exame criterioso do que é mais importante, você age na direção de beneficiar o entorno. Seu magnetismo pessoal nas interações aumenta com Vênus na casa três.

CAPRICÓRNIO Lhe convida a fazer escolhas com moderação. Você fica mais ponderado e exigente quando vai fruir das oportunidades. Já o trígono com Marte estimula o social enquanto Vênus na casa material destaca o uso criativo dos recursos.

AQUÁRIO O eixo crise-família amplia sua consciência sobre conjunturas desagradáveis em vista a apoiar a coordenação da rotina. A produtividade acontece quando se planeja. Seu amor próprio cresce, com Vênus presente em seu signo.

PEIXES Articulação de parcerias importantes que tem como ponto focal motivos e metodologias bem definidos. Um processo de expulsar o que é desnecessário emocionalmente acontece com Vênus na casa da crise.

Loterias

Novelas

Edibar

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Lazer

FEDERAL

LOTOFÁCIL

LOTOMANIA

Sorteio: 05366

Sorteio: 1782

Sorteio: 1947

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00 11 13 21 29 30 33 35 50 51 60 63 70 73 77 87 90 91 96 99

1º prêmio 2º prêmio 3º prêmio 4º prêmio 5º prêmio -

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DUPLA-SENA

MEGA-SENA

QUINA

Sorteio: 1908

Sorteio: 2129

Sorteio: 4914

06 12 31 32 46 60

08 35 37 46 72

1º- 07 18 29 30 44 49 2º- 05 09 13 36 38 48


Segurança

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Homem é alvejado por tiros na porta de casa

Na madrugada de sextafeira, um homem, morador da rua Dario Brossard, bairro Santa Cecília, foi atingido por dois tiros, um na cintura e outro no braço. Conforme o registro de ocorrência, por volta da 1h, a família ouviu uns barulhos de dis-

paros de arma de fogo, em direção à casa. Consta que a mulher foi até o quarto e segurou a filha, menor de idade, enquanto o homem correu para frente, quando foi atingido pelos tiros. Ela contou, no relato do boletim de ocorrência, que avistou um veículo parecido com um

Gol, de cor preta, indo embora e pediu para os vizinhos chamarem a polícia. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) socorreu a vítima, que precisou ser internada na Santa Casa de Caridade de Bagé. A 1ª Delegacia de Polícia Civil irá investigar o fato.

RS Seguro une secretarias e órgãos no combate ao crime além da repressão Com base em estudos sobre a criminalidade, reconhecendo a violência como uma questão que vai além da segurança e é também um desafio social e econômico, o governo do Estado lançou, na quinta-feira passada, o RS Seguro. Criado por decreto, é um programa transversal, porque abrange várias secretarias e órgãos públicos. Também é estruturante, porque visa oferecer à população um estado mais civilizado para residir e investir. Considerada uma das prioridades do governador Eduardo Leite, a segurança passa, a partir desse plano, a ter novas diretrizes para o desenvolvimento de políticas públicas mais eficientes mesmo diante da grave crise fiscal do Estado. “O diagnóstico mostra que, nos últimos 10 anos, o aumento de aporte financeiro em segurança não representou de fato redução do crime. Por isso, estamos lançando esse programa de governo, para articular ações de prevenção, repressão e reabilitação de criminosos, e, não menos importante, o lado social, melhorando o serviço de atendimento à população”, destacou. A coordenação do RS Seguro fica com o vice-governador e secretário da Segurança Pública, Ranolfo Vieira Júnior. “Começamos a pensar no plano lá na campanha eleitoral. Desde então, fomos aprimorando e ampliando até

chegarmos no complexo desenho que, hoje, apresentamos ao público. E não pararemos por aqui, é só um começo. Agora, com integração e inteligência poderemos prestar um serviço de mais qualidade e efetivamente reduzir a violência”, afirmou Ranolfo. Com foco em áreas com indicadores de maior criminalidade e vulnerabilidade socioeconômica, o programa está dividido em Combate ao crime, com foco nos municípios com maiores índices de violência, determina integração das ações policiais entre os órgãos para reduzir a criminalidade; políticas sociais preventivas e transversais, o foco será nos bairros com altos índices de violência e mais vulneráveis no aspecto socioeconômico e um dos principais objetivos será oferecer alternativas e oportunidades atrativas aos jovens das regiões; serviços de segurança, melhorando o atendimento nos serviços prestados pela segurança pública desde a delegacia online até o prazo de resolução com uma resposta, e sistema prisional, cujo principal objetivo será a redução do déficit de vagas e a qualificação operacional e da gestão do sistema prisional. Cada um desses eixos será desmembrado em metas e suas respectivas ações práticas, em curto, médio e longo prazo, que serão concluídas e divulgadas

nos próximos meses. “Estou muito seguro de que o programa tem consistência, porque se baseia em dados, e que significa um estado mais pacífico para que as pessoas queiram viver aqui. É um programa de desenvolvimento social e econômico. Para dar certo, precisa do esforço de todos nós”, concluiu o governador.

Ponto de partida O programa RS Seguro é ponto de partida para outra medida relevante na área da segurança: o desenvolvimento do Plano Estadual de Segurança Pública e Defesa Social, que será concluído antes do prazo determinado pelo governo federal. Segundo o Plano Nacional de Segurança Pública e Defesa Social, publicado em dezembro de 2018, todos os estados têm dois anos para elaborar seus planos. A meta do governo gaúcho, conforme estabelece o decreto assinado nesta quinta-feira, é concluir o documento estadual em, no máximo, 240 dias – ou seja, até novembro. Além de fortalecer a gestão com foco em resultados, o Plano Estadual potencializa o alinhamento com as políticas públicas nacionais e o acesso a recursos do Sistema Único de Segurança Pública (Susp). O plano terá validade de 10 anos e será avaliado anualmente.

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Adolescente é flagrado arremessando pacote ao presídio

A Guarda Externa da Brigada Militar, em serviço no Presídio Regional de Bagé (PRB), flagrou, na manhã de sexta-feira, um adolescente que teria arremessado um pacote para o interior da casa prisional. Segundo o registro, o material ficou preso nas grades do

presídio. Logo na sequência, o jovem acusado de ter feito o arremesso foi detido. No boletim de ocorrência, ele teria informado o nome do apenado que iria receber os itens. No pacote, estavam quatro telefones celulares, um valor em dinheiro e 450,7 gramas de maconha.

Pedestre é assaltado por ciclista

Um pedestre comunicou, na Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA), ter sido vítima de assalto, no final da tarde de quinta-feira passada, na avenida Marechal Floriano, pró-

ximo ao Calçadão. O denunciante relatou, no registro, que um ciclista passou correndo, próximo a ele, e pegou seu telefone celular, que estava em suas mãos. Após, o criminoso fugiu.


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Esporte

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Aurélio de Lima Py: o bajeense fundador da FGF e criador do Gauchão Em 2019, o campeonato gaúcho completa 100 anos de existência. A primeira edição teve o Brasil de Pelotas como vencedor, com uma goleada por 5 a 1, sobre o Grêmio. Curiosamente, o criador do torneio foi o bajeense Aurélio de Lima Py, primeiro presidente da Federação Gaúcha de Futebol (FGF), na época, chamada de Federação Rio-Grandense de Desporto (FRGD), fundada no dia 18 de maio de 1918. Conforme documentos históricos da FGF, a expectativa inicial era de que o primeiro certame fosse realizado em 1918, justamente no ano da criação da entidade. Contudo, foi cancelado, em virtude da gripe espanhola que assolava o Rio Grande do Sul. Por esse motivo, o torneio teve seu pontapé inicial no ano seguinte. Quando criou o campeonato gaúcho, Py tinha a companhia de Francisco Simões Lopes (vice-presidente), Washington Martins (tesoureiro) e Nestor Fontoura e Joseé Revello (secretários). Ele atendia os interesses da região Metropolitana, visto às profundas ligações com o Grêmio. Inclusive, é considerado “patrono” do clube. Devido ao centenário do estadual e, pelo fato, do pontapé inicial ter sido dado por um bajeense, o Jornal MINUANO traz algumas informações da vida pessoal e profissional do médico Aurélio de Lima Py. Para isso, a coluna teve grande

colaboração do Memorial do Grêmio. A reportagem também apresenta o seu tataraneto Roberto Linck, que é jogador e dono do Miami Dade F.C, nos Estados Unidos.

O patrono do Grêmio Conforme dados disponibilizados pelo Memorial do Grêmio, Aurélio de Lima Py recebeu o título de patrono do clube em sessão do Conselho Deliberativo, em 30 de julho de 1946. Nascido em Bagé, no dia 10 de fevereiro de 1882, desfrutou da montagem durante apenas três anos, visto que morreu em Porto Alegre, no dia 29 de agosto de 1949. Seus serviços prestados ao Tricolor porto-alegrense foram amplos. No quadro social desde 1910, exerceu a função de presidente em 1912-1913, 1915, 1919-1922, 1929-1930. Na Federação RioGrandense de Desporto, ocupou o cargo de 18 de maio de 1918 a 18 de maio de 1922.

Vida pessoal e profissional Quanto à vida pessoal, doutor Aurélio de Lima Py nasceu em 1882, na estância da Candiota, em Bagé. Ele estudou na Escola Brasileira, concluindo o curso primário em 1892. Após, encerrou o curso de humanidades com exames parcelados em Porto Alegre e Rio de Janeiro, em fevereiro de 2000. Na capital carioca, ingressou, no mês seguinte, na Faculdade de MediciJose Lima/Especial JM

Anastasia Troygo/Especial JM

Roberto Linck vive nos EUA desde 2002

Investidor é atleta do Miami Dade F.C

na do Rio de Janeiro. Em 27 de novembro de 1905, defendeu a tese Estudo Clínico da Aortite Atheromatosa e recebeu o grau de “Doutor em Medicina”. Ao retornar para o solo rio-grandense, casou-se com Celina Piegas Tavares, em 10 de dezembro de 1906 em Porto Alegre. O casal teve quatro filhos: Ecyla, Cléa, Ayrton e Cely. Em março de 1907, é contratado como professor da Faculdade de Medicina de Porto Alegre. Um ano depois, passa em concurso para o cargo de professor catedrático da Clínica Propedêutica Médica. No dia 4 de agosto de 2010, em sessão solene na Assembleia Legislativa, em homenagem aos 80 anos do Hospital São Francisco, Py foi homenageado em memória. Ainda na carreira da Medicina, foi provedor da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre, entre 1925 e 1930. Em 1938, foi nomeado reitor da Universidade do Rio Grande do Sul, tendo sido o primeiro médico a assumir o cargo. Treze anos depois, a instituição foi federada. Na atividade política, fez parte do Parte Republicano Liberal (PRL). Na Assembleia Legislativa, cumpriu mandato como deputado entre 1924 a 1937. Mas em meio a vida pessoal, profissional e acadêmica, o futebol sempre foi sua eterna paixão.

Tataraneto é dono de Miame Dade F.C Depois de 100 anos dos feitos de Aurélio de Lima Py, o futebol permanece vivo na corrente sanguínea de familiares. O sonho de ser bem sucedido dentro do esporte levou o tataraneto a seguir o mesmo objetivo, porém, com um caminho bem diferente. Radicado nos Estados Unidos, desde 2002, Roberto Moreira Linck Júnior, 30 anos, conhecido como “Roberto Linck” ou “Betu”, decidiu fundar seu próprio clube: o Miami Dade F.C. A criação ocorreu no dia 20 de maio de 2014. Hoje, ele é dono e jogador da equipe. Natural de Cachoeira do Sul, Linck vive nos EUA desde os seus 13 anos, acompanhado da família. Apaixonado por futebol, começou no futebol de salão profissional,

pelo Chicago Storn, e no CSM Ramnic Valcea, da Romênia. Em 2010, assinou contrato na Major League Soccer (MLS), principal liga do país, para jogar pelo New England Revolution. Porém, em 2011, sofreu uma lesão grave no tendão e afastou-se do futebol profissional. “A ideia de criar um time começou quando um amigo meu, que é dono de um grupo em Boston, me falou da necessidade de começar a pensar no futuro. ‘Um dia o futebol vai acabar. Se começar agora, daqui a 10, 20 anos, tu estará muito a frente nos teus projetos. Não deixa esperar tua carreira acabar’, me falava. Então, quando me machuquei, usei esse tempo para criar meu projeto, que é o Grupo Linck”, relata. E do Grupo Linck, surge a criação do Miami Dade FC, que é vinculado à United Premier Soccer League (UPSL), das divisões inferiores nos EUA. Em pouco tempo, conquistou a National Adult League (NAL), uma espécie de quarta divisão. Hoje, ele tem como sócios, no clube, dois exjogadores: o volante Emerson e o meia Fábio Simplício. Mas o Grupo Linck tem um conceito muito mais amplo, com ênfase, também, com tecnologia, moda, eventos e gestão de talentos. A empresa tem como sede em Miami, Flórida, porém, há uma extensão no Brasil, com investimentos da família. Um dos aplicativos mais conhecidos, desenvolvidos pelo Grupo Linck, é o Ginga Scout, que consiste em proporcionar uma rede de contatos de jogadores com treinadores, olheiros e investidores. A ideia partiu num diálogo entre Linck e o ex-lateral esquerdo Roberto Carlos. “Perguntei para sobre quantos jogadores lhe pediam oportunidade. Ele disse que eram muitos, mas que conseguia ajudar um que outro. Daí, veio a ideia do Ginga Scout. O jogador se registra e encaminhamos o contato para vários treinadores e olheiros do mundo inteiro. Nós já tínhamos a Softmovel no Brasil, que é administrada pelo meu pai e meu tio”, comenta.

Visão sobre futebol Dessa forma, Linck concilia os negócios empresariais com a

Reprodução JM

Médico foi quinto presidente do Grêmio paixão pelo futebol. Agora, com uma visão mercadológica do segmento, ele aponta que o futebol norte-americano tem crescido exponencialmente nos últimos. Ele acredita que o “salto” se deu quando o meio-campista inglês, David Beckham acertou para jogar pelo Los Angeles Galaxy, em 2007, na MLS. “Cheguei aos Estados Unidos com 13 anos, em 2002. Na época, o futebol não era nem perto do que é hoje, pois evoluiu muito. O impacto foi com o Beckham. O noticiário só falava de futebol, foi um pulo gigantesco. Hoje, o futebol está por todos os lados na cidade, com gente jogando. Hoje, tenho acessos a números e percebo que os clubes tem grandes torcidas e há um interesse muito maior”, destaca. Sobre a semelhança com Aurélio de Lima Py, sobre a paixão com futebol, Linck afirma que o tataraneto é uma de suas principais referências no dia a dia. “Ainda mais que segui esse rumo do futebol, ele é uma referência para mim. Ele tem uma grande história. Sempre as pessoas vêm me procurar e falam das nossas semelhanças, pois ele trabalhava com um clube no Sul do Brasil e eu, trabalho com um do Sul dos Estados Unido. Me espelho nele e espero que um dia eu consiga fazer, aqui, o ele conseguiu no Grêmio. Não foi fácil para ele e o trabalho também não é nada fácil aqui. Mas tenho convicção das minhas ideias para que meu projeto possa crescer. E quanto a Bagé, gostaria muito de visitar a cidade, um dia”, finaliza.


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BAGÉ, DE 2 A 6 DE MARÇO DE 2019

Dupla Ba-Gua folga no final de semana Yuri Cougo Dias/especial JM

Jalde-negro volta a campo na quinta-feira O final de semana e o feriado de Carnaval serão dedicados para folgas, na dupla Ba-Gua, no que se refere a jogos oficiais ou amistosos. No Bagé, o fato da Federação Gaúcha de Futebol (FGF) ter aceitado que a partida contra o Cruzeiro fosse transferida para quintafeira, às 20h, no estádio Pedra

Moura. Com isso, o técnico Márcio Nunes terá quase uma semana para trabalhar com o grupo. Inclusive, é algo que ele tem reclamado, frequentemente, em suas entrevistas, de falta de tempo para conseguir propor seu modelo de jogo à equipe. O argumento é até lógico, pois, se for analisar, Nunes conse-

guiu promover apenas um treino antes dos duelos contra Inter de Santa Maria e Lajeadense. Então, fica a expectativa de que, cinco dias de atividades diárias possam influenciar à postura dentro de campo e o Bagé quebrar a série de três derrotas consecutivas na Divisão de Acesso. No outro lado da cidade, o Guarany promoverá folga apenas no domingo. No restante dos dias, o cronograma de pré-temporada será intensificado. Inicialmente, o planejamento era que a equipe do técnico Vanderson Pereira fizesse um jogo-treino, no sábado, contra um time sub-20 de Pelotas. Entretanto, pela questão do feriado, o adversário comunicou que não conseguiria vir até a Rainha da Fronteira. A direção até tentou achar alguma equipe amadora que substituísse, mas não obteve êxito. Até o momento, o alvirrubro fez um jogo-treino, uma goleada por 4 a 0 sobre o União da ASM, de Santana do Livramento. Tiago Rolim de Moura

Alvirrubro cancelou jogo-treino

Yuri Cougo Dias

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yuricougodias@gmail.com

Club Audax de Bagé é o 15º no mundo com mais ciclistas Antônio Rocha

Grupo local está em segundo no país na classificação O Audax Club Parisien, enti- dax Randonneurs Kinnki, do Japão, dade internacional responsável com homologação de 2633 atletas. O pela prova, divulgou, na quinta- levantamento considera os percursos feira, uma lista com os clubes mais de 200, 300, 400, 600 e 1000 quilômeparticipativos. E o Clube Audax de tros. “Resultado de muita dedicação e Bagé, sob a coordenação de Heron luta, por realizar belos eventos aos Regert, aparece, no ranking, como nossos participantes. Muito obrigado a o 15º no mundo com mais ciclistas cada um dos ciclistas participantes, a homologados. Ao todo, foram 582, cada voluntário que nos auxiliou na entre todos os brevets. No Brasil, é recepção dessa turma e a cada parceiro o segundo, ficando atrás somente que se fez presente ao longo dessa jornada”, destaca a organização, em do clube de Floripa, com 854. O líder da classificação é o Au- nota publicada no Facebook.


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Contracapa

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A família botânica Arecaceae (butiás, palmeiras e jerivás) apresenta distribuição predominantemente pantropical (presentes nas regiões tropicais de África, Ásia e nas Américas), incluindo cerca de 200 gêneros e 2000 espécies. No Brasil correm cerca de 43 gêneros e, aproximadamente, 205 espécies. O Rio Grande do Sul tem uma variedade considerável de espécies de palmeiras que são muito requisitadas em função do seu valor paisagístico e alimentício. As populações de butiazais são muito comuns no bioma Pampa, caracterizando o espaço regional com belas paisagens paradisíacas. A maioria das populações destas plantas sofre com a destruição de habitat, evidenciando a importância da preservação, tendo em vista que também são fonte de alimentação para a fauna que constitui uma importante disseminadora das sementes. Essas plantas se caracterizam por possuir um estipe geralmente lenhoso, folhas pecioladas, paralelinérvias agrupadas no ápice do estipe e inflorescências tipo panícula, subentendida por uma bráctea geralmente lenhosa, as flores são pouco vistosas e os frutos tipo baga. As populações naturais dessas espécies estão desaparecendo em determinadas regiões em função das lavouras de soja e silvicultura. Na figura, foram fotografadas quatro espécies em locais onde sua ocorrência é natural, como butiazal de Tapes, o Cerro do Tigre, o Palmar do Coatepe e os areais de São Francisco de Assis, dentre as espécies, o butiá-anão localiza-se em um ambiente frágil como os areais da região e estão desaparecendo na fronteira Oeste do Estado devido à introdução de monoculturas de soja. Texto e fotos: doutora bióloga Anabela Silveira de Oliveira Deble, professora do curso de Ciências Biológicas da Urcamp. Para saber mais entre em contato pelo fone: 3242 8244, R. 212.

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Bioma em foto

Biologia Da esquerda para a direita: Syagrus romanzzofiana (Alegrete, 2018); Butia quaraimana (Quaraí, 2014); Butia odorata (Barra do Ribeiro, 2013); Butia lallemantii (São Francisco de Assis, 2018).

Anabela Deble / Especial JM


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