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Desfile de blocos neste sábado promete irreverência e alegria
from 20230218
A partir do meio-dia deste sábado, as brincadeiras de Carnaval retornam à Avenida Sete de Setembro. Oito blocos estão previstos para participar do desfile que inicia com o Galo Caixeiro. Os Filhos da Pipa, com os tradicionais bonecos confeccionados pela artista plástica Clélia Camargo, por exemplo, trarão um personagem em homenagem ao radialista Edgar Abip Muza. O bloco foi fundado em 2019 e já participou dos desfiles da Orquestra Ru- bens Veiga.
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Para o desfile, a Secretaria de Cultura está auxiliando com a infraestrutura, colocação de cordas e conta com o apoio da Secretaria de Segurança e Mobilidade para o fechamento e retirada dos veículos desde a madrugada de sábado. “A Sete de Setembro estará fechada nos dois sentidos”, ressalta a titular da Secult, Faustina Campos.
A apresentação inicia com o Galo Caixeiro, entidade do Clube
Caixeiral que completa 18 anos. Também está prevista participação do bloco Se Colá Colô, do Alto da Santa Casa, que foi fundado em 1985; do Bloco Aí Vem Zebra, que funciona no bairro Alcides Almeida, com 47 anos de existência; do Os Gatões, que completou 40 anos e funciona do bairro São Bernardo Laranjeiras; Bloco da Pipa, com bonecos fazendo alusão a personagens de Bagé, além dos blocos do Getúlio, Carnabloco e da Matriz.
Conforme o presidente do Galo, Antônio Flávio Ávila Soares (Flavinho), a concentração para o desfile será às 11h, na esquina da Biblioteca Pública. Para o desfile,
Aí Vem a Zebra
O bloco burlesco Aí vem a Zebra promete muitas surpresas. A entidade presidida pelo professor Domingos Sávio Robaina Meneses será a terceira a desfilar e fará homenagens a
O Bloco os Filhos da Pipa, fundado pela artista Clélia Camargo e o esposo Girley Dutra, irá prestar uma homenagem a Edgar Muza, pelos anos que se dedica ao Carnaval. A artista conta que se dedicou, nos últimos dias, a finalizar o personagem que terá 3,6 metros de altura. Além de Muza, dois persona-
Concentração Bloco Os Filhos da Pipa Matriz, Getúlio e Carnabloco
Os Blocos da Matriz, Carnabloco e do Getúlio desfilarão juntos, encerrando o carnaval do meio-dia. O Matriz, conforme a presidente Rosa Alice Salles, conta com um samba de enredo que pretende movimentar a conquista de um Teatro Municipal para Bagé. A entidade foi fundada em 2019 e esse é o terceiro carnaval que participa dos desfiles.
Rosa salienta que o grupo quer reabrir o debate sobre o tema e deve distribuir panfletos ele está comercializando abadás por R$ 30, para auxiliar na entidade, mas ninguém é impedido de desfilar com a própria fantasia. O mascote está mais alto e em come- vários sambistas que já partiram para o outro plano. A bateria conta com 50 integrantes e pretende retomar alguns instrumentos que já não eram mais utilizados em desfiles, como a gens ‘criança’ de 2,4 metros, irão acompanhar o desfile, que, segundo ela, são a renovação do carnaval.
Clélia comenta que Os Filhos da Pipa irá desfilar juntamente com o bloco burlesco Os Gatões. “Fomos acolhidos por eles, que gostaram da homenagem”, relata ao salientar a impor- para que as pessoas acompanhem o samba. “Bagé, com tantos espaços nobres, ainda não resolveu o problema antigo do teatro. Queremos defender a causa”, disse.
O bloco do Getúlio irá desfilar com o estandarte e com as princesas do Carnaval eleitas no sábado passado. Conforme a presidente Mariane Carvalho, vai haver um carro som. “Fica o convite para que as pessoas coloquem suas fantasias e tragam adereços para brincar conosco”, moração a maioridade está todo dourado. Após o desfile, às 14h, na sede campestre, será servido o tradicional caldo do galo, com roda de samba dos amigos do caxixa. frigideira e o recoreco. Além disso, a bateria show foi denominada com o nome Mestre Nonoca, antigo ensaiador de entidades bajeenses que morreu há alguns anos. tância do carnaval para movimentar a economia, a cultura e incentivar a continuidade dos festejos. “Compramos todo o material em Bagé e também utilizamos o trabalho de profissionais daqui”, ressalta. As alegorias do bloco foram criadas com recursos próprios para levar lazer, alegria, brilho, arte e beleza ao povo. destaca.
Por fim, o Carnabloco, que surgiu em 2018 como um projeto de resistência, trabalhando para o retorno do carnaval para as pessoas que ficam em Bagé no feriado nacional. A entidade fundada pela jornalista Naira Perdomo desfila com bateria do mestre Spuck e leva sua corte e estandarte para a Avenida. “Fizemos ensaio na Praça da Estação e as pessoas chegam e informam que irão elaborar roupas para o desfile”, comenta.
Se Colá Colô
O Bloco burlesco Se Colá Colô irá contar com cerca de 50 integrantes na bateria e levará o mascote Batatão. A entidade investiu pouco em alegorias e adereços, mas
Os Gatões
O Bloco Burlesco Os Gatões, do bairro São Bernardo, irá prestar homenagem a um dos fundadores Ilo Ribeiro Colares (Mestre Toquinho), que morreu em janeiro. Conforme o tesoureiro da entidade, Alex Santos (Negrinho), o mascote promete irreverência na Avenida. A estimativa é de que cerca de três mil foliões participem do desfile do bloco. Os ensaiadores da bateria são os gêmeos Tiago e Rafael. da entidade é o símbolo dos ‘Tundercats’, um antigo desenho animado da televisão. Santos ressalta que a bateria deve contar com cerca de 20 integrantes, em parceria com a Independente do mestre Pedrinho Ximendes.
Mesmo com chuvas durante a semana, lavouras de soja na região seguem com danos
No caso do Rio Grande do Sul, a estiagem tem impactado severamente as lavouras de soja. Conforme o Informativo Conjuntural da Emater/RS-Ascar, a continuidade das condições climáticas de tempo predominante seco e de temperaturas elevadas ainda prejudicam a cultura.
Durante a semana, segundo a Emater, a cultura da soja chegou a um percentual de 32% de área na fase de enchimento de grãos. Ape- nas 1% já está em fase de maturação, 45% em maturação e 22% em germinação e desenvolvimento vegetativo.
Empresário do segmento de armazenamento de grãos e produtor rural, Valmor Coradini Júnior, em contato com o JM, destacou que as chuvas da semana amenizaram os prejuízos em várias regiões da chamada “grande Bagé”, que abrange municípios como Aceguá, Candiota e Hulha Negra. Porém, em outras áreas não foi uma chuva suficientemente boa para reduzir esses impactos. “Se continuar chovendo regularmente, teremos baixas de até 30% na produção. Se a estiagem persistir, as quebras serão maiores”, estima Coradini Júnior.