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Em sessão com embates, Divaldo apresenta balanço de gestão na abertura do ano legislativo

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Em sessão de seis horas, que marcou a abertura do ano legislativo, o prefeito de Bagé, Divaldo Lara, apresentou um balanço de ações, destacando projeções para 2023. O chefe do Executivo respondeu a questionamentos dos vereadores e também insinuou que parlamentares da oposição deveriam realizar exames toxicológicos. Lelinho Lopes, do PT, se submeteu ao teste e desafiou o prefeito a fazer o mesmo.

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Antes da polêmica envolvendo os toxicológicos, Divaldo desejou sucesso ao novo presidente do Legislativo, Rodrigo Ferraz, destacando a formação da equipe que comanda a Câmara. “O senhor é um líder que não deixa de estender as mãos para ninguém, o que mostra que mesmo que sejamos divergentes podemos ser educados e respeitosos”, disse.

O prefeito também detalhou projetos executados em obras em andamento na cidade. “Quando traçamos um comparativo, conseguimos enxergar o que a administração pública está de fato fazendo pela cidade. Sem os comparativos fica difícil, porque torna-se a crítica pela crítica”, alfinetou.

Divaldo apresentou informações sobre a gestão dos recursos hídricos, no contexto da estiagem, e criticou manifestações de representantes do governo federal durante agenda em Hulha Negra, na semana passada. “Não decretamos situação de emergência antes, porque a situação de emergência aumenta o seguro de quem planta, investe, de quem está no campo”, disse, ao garantir

Mainardi solicita explicações sobre cumprimento do piso regional

que os ministros teriam sido bem recebidos em Bagé.

O prefeito dedicou parte do pronunciamento à agenda política, adiantando a intenção de disputar o cargo de governador.

Luís Augusto Lara e Divaldo Vieira Lara estão inelegíveis, até 2026, em razão de práticas de conduta vedada e de abuso de poder político e econômico na disputa eleitoral de 2018. Na prática, portanto, Divaldo pode concorrer a partir de 2026.

Entre os planos para 2023,

Oposição rebate

Durante a sessão que marcou a apresentação dos planos e metas, Divaldo também protagonizou embates com a oposição. O vereador Lelinho Lopes, do PT, foi o que mais aqueceu o debate com o prefeito. “É inaceitável que a cidade esteja com ruas tão esburacadas e sujas, Farmácia Central sem remédios e fraldas, dentre tantos outros problemas, e o foco do prefeito ser a oposição”, afirmou o petista.

o prefeito destacou a implantação da Guarda Municipal, garantindo chamar os 40 aprovados no concurso que selecionou os agentes; a continuidade da instalação de lâmpadas LED, cobrindo 100% da cidade; a conclusão de novos calçamentos com os blocos intertravados; o andamento da obra do Centro de Atendimento ao Turista (CAT) e do Parque da Panela do Candal, além da conclusão da meta 2 da pavimentação dos bairros Pedra Branca e Ipiranga.

O parlamentar, que está no terceiro mandato parlamentar, complementou afirmando que o nível das discussões baixou drasticamente durante as discussões. “Em 10 anos de Câmara, nunca tinha visto tamanho absurdo. Ele (prefeito) abandonou a cidade e só ataca quem tem o dever de fiscalizá-lo”, disse Lelinho, reeleito mais votado na última eleição municipal, que é suplente a uma vaga no Congresso Nacional.

Sinprofem vai tratar do piso do magistério em Brasília

O presidente do Sindicato dos Professores e Funcionários dos Estabelecimentos de Educação Municipal (Sinprofem), Eduardo Fredes Nogueira, cumprirá agenda, em Brasília, entre os dias 7 e 9. Ele deve visitar o Ministério da Educação e o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), além da União Nacional de Dirigentes Municipais de Educação (Undime).

Fredes também deve se reunir com deputados federais da bancada gaúcha. O objetivo das agendas é buscar informações sobre o orçamento da Prefeitura de Bagé na área da educação e o pagamento do piso salarial dos professores municipais.

O Sinprofem mantém uma mobilização pelo pagamento do piso salarial dos professores, o que envolve o acompanhamento dos investimentos formalizados pela Prefeitura de Bagé na educação. O trabalho inclui o acompanhamento das transferências paraa Manutenção e Desenvolvimento do Ensino.

Milhares de servidores públicos estão desde dezembro recebendo um salário menor do que prevê a lei sancionada pelo governo do Estado. Ao fim de 2022, com nove meses de atraso, o novo piso salarial regional foi fixado pela Assembleia Legislativa e sancionado pelo governador Ranolfo Vieira Júnior.

A remuneração mínima a ser paga aos servidores do Estado, em sua maioria trabalhadores nas escolas públicas, deveria ser de R$ 1.570,36. Entretanto, conforme foi possível identificar na análise feita pela assessoria da bancada do PT, o completivo pago pelo governo não garante a remuneração mínima fixada pelo artigo 5º da Lei do Piso (15.911/2022). Em janeiro e fevereiro de 2023, esses servidores receberam R$ 1.419,86, o que equivale a R$ 150,50 a menos na sua remuneração mensal. “Fiquei preocupado”, declarou o deputado Mainardi, líder da bancada do PT, que recebeu a denúncia e pediu a análise da assessoria. “Já é um absurdo que quase 15 mil servidores públicos estaduais recebam menos que o salário mínimo, precisando de completivo, mas não os pagar conforme a Lei, além de um crime é uma afronta à dignidade desses servi- dores”, comentou.

Na manhã de quinta-feira, acompanhado da presidente do CPERS Sindicato, Helenir Schurer, e da presidente do Sindicato de Funcionários das Escolas Públicas do Rio Grande do Sul (Sinfers), Viviane Pereira, o deputado apresentou a denúncia ao chefe de gabinete do secretário da Casa Civil, Jonatan Bronstrup, que anotou as informações e pediu um requerimento formal para que a secretaria possa averiguar o fato.

Segundo o deputado, a falha no pagamento dos servidores, além de prejudicar os trabalhadores do Estado, gera um passivo para os cofres públicos. “Além de exigir que isso seja imediatamente resolvido, gostaria de receber uma explicação sobre o que aconteceu. Se há alguma instituição que não pode descumprir leis salariais essa é o próprio Estado”, argumenta.

O deputado petista lembrou, ainda, que a Lei do Piso, aprovada em novembro de 2022 prevê que a data-base para o reajustamento do piso regional é 2 de fevereiro. “Já estamos na data-base e o governo ainda não sinalizou qualquer proposta para o salário mínimo gaúcho. Estamos aguardando”, concluiu.

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