2__

Page 1

2

2ª Quinzena de Janeiro de 2015

EDITORIAL

O que muda no comportamento do consumidor em tempos de incerteza econômica?

A

s transformações que a estabilidade econômica dos últimos vinte anos trouxe aos hábitos de compra e consumo dos brasileiros são inúmeras. Se traçarmos uma breve comparação, podemos observar mudanças bastante significativas. A vinte anos atrás, os consumidores faziam compras de abastecimento. As lojas eram concentradas e os hipermercados tinham força total. O sortimento de produtos era fraco. Hoje, vemos um cenário completamente distinto. O shopping faz compras de reposição e as lojas são descentralizadas. Os estabelecimentos menores estão crescendo em grande escala e o sortimento tem ficado cada dia mais diversificado e especial, visando atender determinados nichos de

consumidores. No entanto, sabemos que o cenário econômico vem sofrendo flutuações preocupantes nos últimos meses, e sem querer realizar aqui um exercício de “futurologia”, vem a pergunta inevitável: Quais efeitos que um retrocesso na economia e no consumo causaria nos hábitos de compra do consumidor brasileiro? Esta é a pergunta que boa parte dos varejistas tem se feito, e claro que ninguém tem uma resposta afirmativa certeira. Entretanto, se fizermos algumas ponderações, podemos chegar a conclusões que me parecem fazer muito sentido: O ser humano se acostuma facilmente com o que é bom. Através desta “máxima”, é muito difícil pensarmos que haverá um re-

trocesso em seus hábitos, principalmente no que esteja relacionado a diversificação de produtos, bem como na qualidade do atendimento; O número de lojas hoje é muito maior do que o de vinte anos atrás. Desta forma o shopping tem muito mais opção de compra. Claro que em um cenário de retração de consumo, muitas lojas podem vir a fechar, mas de qualquer forma, a facilidade de comparação e de acesso do shopper é muito grande hoje em dia; A mobilidade das pessoas nos grandes centros piorou muito. Isso claramente resulta também no fato de que o shopping não está mais tão disposto a atravessar a cidade para efetuar uma compra, pois ele faz a conta total

NOTA DE FALECIMENTO

Josué Sousa, diretor do Jornal Cidade em Foco.

O Jornalista Josué Sousa faleceu no dia 23/01/2015. Após sentir fortes dores no coração, foi levado ao Hospital, mais infelizmente não resistiu e veio a falecer. Todos os jornalistas do DF lamentaram a perca, e deseja a família e amigos que Deus conforte o coração de cada um.

Presidente / Editor Monteiro da Rádio Registro Jornalista DRT - 3727/DF Secretária Paula Monteiro Comercial Marco Antônio Tsushya

Colaboradores: Matusalém Monteiro • Alberto Pessoa Revisor: Vicente Barreto MTB - 10450 / DF

Diagramação

Jurídico: Dr. Jair Amaral

Filiado

QUALITY DIAGRAMAÇÃO (61) 4103-4042 / 8529-9448 CLAUDIANE PINHEIRO

claudiane.pinheiro@gmail.com

O Mundo de Notícias não se responsabiliza pelo conteúdo de matérias assinadas. Apoio: Associação Comunitária dos Moradores das Quadras 18 a 26 de Ceilândia-DF CNPJ: 02.559.961/0001-66 www.comunidadedf.com.br mundodenoticiasfm@gmail.com (61) 3032-3195 / (61) 9233-7593

QNM 18 Conj. “A” Lote 36 SL 201/202 Ceilândia Centro-DF

dos gastos, considerando combustível, estacionamento e tempo. Este fato favorece, e muito, as lojas de vizinhança. Não tenho a pretensão aqui de explorar todos os fatores que podem vir a impactar o comportamento do shopping diante de mudanças econômicas, mas sim de elencar alguns tópicos, para pensarmos um pouco a respeito. Como brasileiro e consumidor, tenho tentado fazer minha parte para que a estabilidade econômica do país não se deteriore, mas tenho a clara consciência que individualmente não tenho muito poder de ação. Sendo assim, me resta torcer muito. Entretanto, fica muito evidente que, em quase tudo na vida do ser humano,

JORNALISTA PROFISSIONAL MONTEIRO DA RÁDIO mudança de hábito é algo de médio e longo prazo. Sendo assim, abrir mão das conquistas que o shopping brasileiro teve ao longo de 20 anos, será muito difícil. Se alguma mudança ocorrer, será em outra direção e não como

retrocesso. O varejo que perceber com antecedência as mudanças que por ventura ocorram, certamente sairá na frente de sua concorrência. Apoio:(JMN/RC)

“Pacto Por Brasília” E

m conversa com jornalistas, na tarde desta quarta-feira (28/01), no Palácio do Buriti, o secretário-chefe da Casa Civil, Hélio Doyle, explicou pontos importantes do “Pacto Por Brasília”, anunciado ontem (27/01) pelo governador Rodrigo Rollemberg. Doyle reforçou que as medidas não foram impostas à sociedade, mas, sim, apresentadas para debates. E pediu novamente o apoio da população, inclusive da oposição, para sugerir novas ideias que possam ajudar o DF a sair da crise. Está muito claro para todos, desde ontem (27/01), que são medidas colocadas em debates na sociedade. Poucas vezes vocês tiveram a oportunidade de ver o governo lançando medidas importantes, com grande repercussão na sociedade,

com grande repercussão para o funcionamento do próprio governo e isso está sendo colocado em debate. Não só o debate na Câmara Legislativa. Nós estamos abertos a sugestões, a propostas que possam ser feita em torno de medidas necessárias para sair da crise. Ele aproveitou a oportunidade para reiterar a ideia de que a classe média não vai ser prejudicada com o plano e sugeriu aos críticos uma análise mais profunda das medidas. A classe média está sendo penalizada onde? Exatamente onde? Ah, aí vem o ITBI. Gente, 60% das transações imobiliárias realizadas em 2014 tiveram valor inferior a R$ 350 mil. E o secretário-adjunto de Fazenda mostrou ontem que, com essa nova alíquota para o ITBI, que é transmissão de imóveis,

todos os imóveis até R$ 350 mil vão pagar menos. E quem é que tem imóveis até R$ 350 mil? Os mais favorecidos? Os mais ricos? Não. Uma análise detida dessas medidas vai mostrar que o ônus maior está em quem tem mais. Sobre os salários dos servidores, Hélio Doyle destacou que, se nada for feito agora, a folha de pagamento de outubro vai estar comprometida. Brasília vive, em grande parte, em função do serviço público. Tudo que não deve interessar ao chamado setor produtivo é que o estado pare. Um caos aqui nas finanças do estado é que é profundamente negativo para o setor produtivo. Se a gente chegar em outubro, como pode acontecer, sem condições de pagar a folha e, se nada for feito, é isso que vai acontecer. E não vamos

ter condições de pagar a folha de novembro, nem a de dezembro se medidas não forem tomadas tanto do lado do aumento das receitas como da redução de gastos. Isso é muito pior para a economia do DF do que esses aumentos de gastos. Lançado nessa terçafeira (27/01), o “Pacto Por Brasília” tem objetivo de restaurar o equilíbrio fiscal e social na capital do país. A expectativa é que, graças às ações de contenção de gastos e de ajustes fiscais, os cofres do governo do DF ganhem um montante de R$ 1, 2 bilhão ao final de dois anos. Para entrar em vigor, a maioria das 21 medidas apresentadas pelo governo ontem ainda precisa passar pela Câmara Legislativa. Direto do Palácio do Buriti, - Leôncio Almeida. (Apoio JMN/RC)


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.