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2ª Quinzena de Janeiro de 2015

SAÚDE

Governo assina termo de cooperação com o Ministério da Saúde. Acordo não significa transferência de verbas, mas de conhecimento técnico; documento entra em vigor nesta segunda-feira.

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endo em vista a situação de emergência na saúde pública, o Governo do Distrito Federal assinou termo de cooperação técnica com o Ministério da Saúde nesta segunda-feira (26), quando o documento entra em vigor. Haverá transferência de conhecimento, tecnologia e experiência voltados para a racionalização das despesas e a otimização dos recursos.

O acordo tem vigência de 180 dias e pode ser prorrogado. “Focaremos efetivamente na melhoria da qualidade da gestão e dos mecanismos que permitam atender com qualidade a população do DF”, explica o ministro da Saúde, Arthur Chioro. Para o governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg, esse é um passo fundamental para reorga-

nizar o sistema público de saúde. “Nosso secretário [de Saúde] já adotou as primeiras medidas da situação de emergência, mas consideramos indispensável esse apoio do governo federal, trazendo profissionais experimentados, com grande conhecimento em gestão hospitalar, de rede, de crise, para ajudar a equipe da Secretaria de Saúde, que também tem profissionais

bastante competentes.” Não haverá transferência de recursos financeiros entre as partes. De acordo com o documento, o Ministério da Saúde deverá fornecer apoio para o mapeamento da saúde pública no DF e ceder servidores especializados para a realização de estudos. Disponibilizará ainda assistência técnica em temas como gestão de recursos humanos no Sistema Único de Saúde (SUS); reconstrução do modelo assistencial; assistência farmacêutica; e vigilância em saúde — que inclui apoio integrado no combate à dengue e à febre chikungunya. A Secretaria de Saúde ficará responsável, entre outros compromissos, por conceder equipe apta

a fornecer os dados e as informações solicitadas pelo ministério, além de colocar à disposição do órgão federal espaço físico e equipamentos. Todas as decisões caberão à Secretaria de Saúde e ao governo do DF. “Vamos ajudar o DF a identificar as estratégias mais adequadas de curto, médio e longo prazo para que o governo tome as decisões. Não se trata de transferência de responsabilidades”, frisa Chioro. O acompanhamento será

feito por uma comissão integrada por servidores dos governos participantes. O conteúdo do documento será publicado

pela Secretaria de Saúde e pelo Ministério da Saúde no Diário Oficial do DF e no da União, respectivamente. Situação de emergência Desde o início da gestão atual, o governo do DF vem tomando medidas para solucionar problemas na saúde. Exemplo disso é o Decreto nº 36.279, de 19 de janeiro, que declarou situação de emergência no âmbito da saúde do DF por um período de 180 dias. Foi uma saída para contornar o colapso financeiro deixado pela gestão anterior. Ao assumir o Executivo local, o governador encontrou unidades desabastecidas de remédios básicos, leitos de unidades de terapia intensiva (UTIs) fechados e dívidas com servidores (décimo terceiro salário, férias, abonos). Samira Pádua, da Agência Brasília (Apoio JMN/RC)

Doença do beijo: saiba mais sobre a mononucleose.

A mononucleose é conhecida como “doença do beijo” por ser transmitida quando há o contato com a saliva de uma pessoa já infectada. Por isso, adolescentes e jovens adultos estão mais propensos à aquisição desta infecção viral.

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e acordo com o dr. João Silva de Mendonça, coordenador do Departamento de Hepatites Virais da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), a transmissão do vírus EB também pode ocorrer de outras formas – por transfusão sanguínea ou pela placenta, se a gestante adquire a infecção aguda -, entretanto, são formas excepcionais e menos comuns. Não há dados definitivos sobre transmissão sexual. O responsável pelo quadro é o Epstein-Barr (EBV) ou herpes vírus 4 (HHV-4), da família Herpesviridae. Ele invade as células que revestem o nariz e a garganta, afetando os linfócitos B (glóbulos brancos responsáveis pela produção de anticorpos). A infecção primária desse vírus ocorre, normalmente, em crianças de até 10 anos de idade. Ela é comumente assintomática. Já manifestando-se com

adoecimento tipo infeccioso acomete, normalmente, indivíduos de 15 a 25 anos, que estão ainda suscetíveis, sem que tenha ocorrido anteriormente aquisição do EBV. Esta enfermidade pode causar febre alta, inflamação com dores na garganta, aumento dos gânglios linfáticos do pescoço, inchaço nas amídalas, faringite, fadiga, dor de cabeça, náuseas, tosse, entre outros sintomas, que duram, na maioria dos casos, de duas a quatro semanas. Porém, ainda de acordo com o Dr. Mendonça, não há um antiviral que tenha

ação plena sobre o vírus causador – mesmo com a resolução clínica dos sintomas o EBV persiste em estado de latência, ou seja, não é eliminado do organismo. “Deve-se considerar, ainda, que pode permanecer presente na saliva, de forma continua ou intermitente, por períodos prolongados”, explica. A medicação indicada pelo médico ao paciente com Mononucleose Infecciosa visa aliviar os sintomas e manter, da melhor forma, a condição geral do paciente. Na fase mais aguda, recomenda-se repouso, evitando atividades físicas de maior inten-

sidade. Normalmente, não se aplica método preventivo para não contrair o vírus Epstein -Barr. “O EBV se dissemina progressivamente com certa frequência na população, mas o adoecimento expressivo ocorre em uma menor parcela dos infectados. Esta é a razão de ser pouco comum a ocorrência de surtos, daí o fato de o paciente não localizar a pessoa que possibilitou o seu contágio. Desta forma, medidas preventivas rigorosas voltadas para a disseminação populacional do vírus não são frequentemente praticadas”, conclui. Em geral, o doente com mononucleose se recupera em poucas semanas. Salvo as exceções – há casos em que os sintomas duram meses. Por isso, é importante consultar um médico para o controle da doença. www.acontecenoticias.com.br (Apoio JMN/ RC)


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