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Produtores da Coocam estão na reta final da colheita

Apesar das adversidades climáticas, estimativa do departamento técnico da cooperativa para produção de grãos, deve ficar com média de produção de 65 sacas/ha de soja e 150 sacas/ha de milho.

Um ano atípico para a safra de verão 2022/2023, já que passamos para a segunda quinzena do mês de maio e a colheita ainda não terminou. O atraso se dá por fatores, como por exemplo, o clima desfavorável no período da semeadura, fazendo assim, que houvessem oscilações no momento do plantio dos grãos. Apesar disso, as previsões são favoráveis e a média de colheita ficará dentro do esperado. Os produtores da Cooperativa Agropecuária Camponovense (Coocam) estão passando para a reta final da colheita, com previsão de término nas próximas semanas.

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O gerente do departamento técnico da Coocam, Silvio Zanon, explica que a colheita das lavouras de soja dos produtores da Coocam está em torno de 85% concluída, enquanto o milho está com 95%. “Este ano está um pouco diferente do ano passado. No mês de abril de 2022, já estávamos encerrando a colheita e neste ano, vai se estender até o final do mês de maio”, comenta Silvio, observando que as produtividades estão com bastante variações, de lavoura para lavoura, devido às condições climáticas durante o desenvolvimento da planta – o clima é um fator essencial para o resultado final.

Sobre o recebimento de grãos, os números da cooperativa estão dentro das expectativas. “O recebimento não está fora do normal, pois, anualmente a Coocam se planeja com antecedência”, enfatiza Silvio.

Os maiores desafios dos produtores e cooperativas estão relacionados aos fatores externos, como mercado exter- no, preços de vendas e problemas nos portos brasileiros. “Pelos dados dos órgãos e empresas de consultoria do setor, teremos uma super safra e isso acaba influenciando no preço pois, sabemos que, quanto maior a oferta menor o preço. A questão da saída de grãos mais lento e fatores relacionados ao mercado externo também são influenciáveis no momento da venda”, reforça o engenheiro agrônomo.

O produtor precisa avaliar os gastos e escolher o melhor caminho, com decisões individuais sobre o destino de sua safra. A média de produtividade de

uSoja no estado

O ano de 2023 mesmo com as dificuldades teve um cenário próspero para a produção de soja em Santa Catarina. Segundo Haroldo Tavares Elias, analista de socioeconomia da Epagri/Cepa, a produção de Soja deve atingir a casa das 3 milhões de toneladas, número recorde desde que a série histórica foi iniciada em 2012.

A atual safra conta com cerca de 50% das áreas já colhidas.

"Atualmente temos cerca de 750 mil hectares no Estado dedicados à soja".

As médias de produtividade em algumas áreas do Estado estão chegando a 100 sacas por hectare, conforme pontua o especialista.

A soja ocupa cada vez mais espaço nas lavouras de Santa Catarina. Em oito anos, o estado ampliou em 43,5% a quantidade produzida e em 32,3% a área plantada, alcançando 2,29 milhões de toneladas colhidas na última safra. Os números foram levantados pelo Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola

(Epagri/Cepa).

“A produção de soja é estratégica e de fundamental importância para Santa Catarina, não só pelas exportações, mas também pelo seu papel na composição da nutrição animal. Devemos lembrar que a produção de suínos e aves é o carro-chefe do nosso agronegócio”, destaca o secretário adjunto da Agricultura, da Pesca e do Desenvolvimento Rural, Ricardo Miotto.

No estado, a soja é cultivada em 16.849 propriedades rurais, com a produção gerando uma receita de R$ 2,8 bilhões, representando 8,2% no Valor Bruto da Produção Agropecuária estadual.

uEstimativa

A produção de grãos no Brasil na safra 2022/2023, está estimada em 312,53 milhões de toneladas, o que representa um acréscimo de 40,1 milhões de toneladas, ou 14,7%, quando comparada com o ciclo anterior 2021/2022. Os números fazem parte do 7º Levantamento da Safra de Grãos da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O resultado consolidado ainda depende do desenvolvimento das culturas de 2ª e 3ª safras.

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