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OEXPRESSO

R. Cel. Martins, 1011, Cruz Alta

(55) 3322-1984

CRUZ ALTA - RS / SABADO / 05 DE NOVEMBRO DE 2016 / EDIÇÃO N° 948 R$ 2,00 issuu.com/jornaloexpresso - E-mail: oexpresso@gmail.com

Enem 2016 (Horarios!)

O

s portões de acesso aos locais de provas serão abertos às 12h e fechados às 13h (horário oficial de Brasília), sendo proibida a entrada do Participante após o fechamento dos portões. A aplicação das provas terá início às 13h30min (horário oficial de Brasília), em todas as unidades da Federação. A partir das 13h os Participantes deverão aguardar em sala de provas até que seja autorizado o início da aplicação, que será às 13h30min, após procedimento de segurança, sob pena de eliminação do Exame.


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O EXPRESSO

A caminhada do desespro: duzentos kaingang nos campos de Cruz Alta.

CARTÓRIO DO REGISTRO CIVIL

ÓBITOS

NOME

NASC.

ANTONIO PAVANI LAGUNDE JOSEANE DRUNN ANTONIO DOS S. OLIVEIRA TANIA MARA CALEGARI COSTA ERIC MORAES KUNZLER BERTO ZANCANARO ORAIDES PENA DA SILVEIRA IRACEMA DA SILVA TROMBETA VANILDE DE OLIVEIRA GENY PACHECO ALVES

OBTO.

09/06/1938 29/10/16 25/12/1988 30/10/16 23/03/1956 03/11/16 17/07/1964 02/11/16 29/11/1985 30/10/16 26/09/1920 03/11/16 25/03/1945 31/10/16 03/08/1930 31/10/16 11/05/1953 03/11/16 25/11/1930 03/11/16

ID 78 28 60 52 31 96 71 86 63 86

Cruz Alta, 05 de Novembro de 2016 CARTÓRIO DO REGISTRO CIVIL RUA PINHEIRO MACHADO – 772 – SALAS 1 E 2 EDITAL DE CASAMENTO Nº31 / 2016 FaçoPAULO saber SERGIO que se hamilitam casar: QUEVEDO para PERES

e MARIELE CARDOSO NUNES ILDERI ELICKER LOPES e LIZIANE DE LIMA SANTOS

EDERSON BORGMANN FERNANDES e GIOVANA CAMILA TORRES AMARAL

Cruz Alta, 05 de Novembro de 2016 Udo Wegener Oficial Designado

Manhã de maio de 1848. O frio rigoroso, característico do norte da Província de São Pedro do Rio Grande do Sul, e a umidade da floresta, tornam a caminhada mais difícil. Com frio, fome e medo, duzentos kaingang, expulsos de seu território, refugiam-se nas proximidades do povoado da Palmeira, distrito do município de Cruz Alta. Há dias, homens, mulheres, crianças e idosos, FABRICIO RENNER, pernoitavam na mata em haMestrado em História. bitações temporárias improvisadas com palhas. Extraiam vegetais; pescavam várias espécies de peixes, e, nas áreas alagadas caçavam capivaras, veados, tatus. Os homens com arcos, flechas e facões, garantiam a caça e a segurança do grupo, abrindo caminho. Enquanto mais atrás, os idosos e as mulheres, carregavam as crianças e os cestos de palhas com alimentos e objetos. Oriundos das proximidades do rio Passo Fundo, o grupo fugia do contato violento com aventureiros ávidos por terras e do processo de aldeamento em curso na Província. Não obstante, aos dois mil anos de ocupação humana, a região era considerada vazia, desabitada. Assim, desde a primeira metade do século XIX, frentes de expansão avançavam sobre os kaingang desalojando-os de suas terras. Estradas foram abertas. Fazendas de criação de gado e de produção agrícola apropriaram-se de enormes áreas de campo e de floresta. Queimadas tornaram-se constantes e muitos animais desapareceram gradativamente. Paralelo a isso, seguia-se os projetos de catequização e de civilização das comunidades nativas. O cenário era das “guerras justas”, e os kaingang eram o inimigo a bater. Contrário de outras comunidades que aceitavam viver na aldeia oficial de Nonoai. Os duzentos kaingang, recusaram-se a residir no aldeamento. Preferiam as florestas do que os precários barracões da aldeia que serviam como alojamentos; a caça do que os frequentes períodos de escassez de alimentos. E temiam as epidemias que levavam comunidades inteiras ao sofrimento e a morte. Durante a caminhada, o grupo sabia que em breve seriam percebidos. Na medida que desciam o planalto, constatavam os indícios de um território “civilizado”. Guajuviras e cabreúvas tombadas, picadas abertas, vegetação queimada e amplos campos semeados. Num silêncio profundo, quebrado ao longo da caminhada por cantorias melancólicas de mulheres e crianças, depararam-se com uma clareira pertencente a um tenente fazendeiro. Estavam no povoado da Palmeira, há alguns quilômetros da vila de Cruz Alta, centro militar, político e logístico da guerra contra os kaingang. (segue)

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Sabado, 05 de novembro de 2016

Cruz Alta conta com sistema eficiente para concerto de Iluminação Publica

Uma cidade bem iluminada, facilita em vários fatores, como o da segurança pública. Em Cruz Alta, uma empresa terceirizada, realiza a troca de componentes como, Rele Fotocélula, haste, luminária, lâmpada e reator. Na maioria das vezes essas substituições são solicitadas pelos moradores, quando constatam que a lâmpada não acendeu durante a noite, então ligam para a Secretaria de Obras, solicitando o concerto. Quando isso é feito, as atendentes da secretaria, fazem um pedido online para a EON empresa que presta o serviço, que possui um prazo de 48hs para a realização do concerto – quando não há um problema maior, como rede danificada por temporal ou raios; é muito importante na hora da solicitação, ter em mãos, o endereço completo e correto da residência mais próxima ao poste, CEP e um ponto de referência, o que facilita e agiliza a manutenção do sistema.


Sabado, 05 de novembro de 2016

Igreja Católica proíbe guardar ou espalhar cinzas de mortos A

igreja católica divulgou nesta terça-feira as novas diretrizes para a sepultura dos mortos e a conservação das cinzas daqueles que são cremados, através das quais proíbe espalhá-las ou mantê-las em casa. Segundo as normas, ilustradas no Vaticano pelo cardeal alemão Gerhard Ludwig Müller, prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, as cinzas devem ser mantidas em um cemitério ou em um local sagrado. Segundo as novas disposições, “não está permitida a conservação das cinzas no lar nem a dispersão das cinzas no ar, na terra ou na água, ou sua conversão como lembranças”.

Coprel recebe o Prêmio Ocergs de Cooperativismo Reconhecer e divul-

gar as cooperativas gaúchas que prestam serviços relevantes aos seus associados e à comunidade em geral, contribuindo para o desenvolvimento econômico e social. Este é o objetivo do Prêmio Ocergs de Cooperativismo, que na edição de 2016 premiou a Coprel Cooperativa de Energia na categoria “Inovação em Educação, Cultura, Gestão ou Tecnologia”. A cooperativa inscreveu o projeto “Coprel na Escola”, que é desenvolvido desde 2004. A entrega do prêmio foi realizada na noite de 20 de outubro, durante o Seminário Gaúcho do Cooperativismo, em Gramado. O Prêmio foi entregue para o presidente da Coprel, Jânio Vital Stefa-

nello, e para a orientadora de comunicação Raquel Lazzarotto, responsável pela execução do projeto. Em 12 anos de atividades, as edições do projeto Coprel na Escola foram rea-

lizadas em 53 municípios, totalizando mais de 60 mil alunos e professores beneficiados. O objetivo do projeto é levar informações sobre cooperativismo, economia de energia

Observatório Social do Brasil, CFC e CFOAB assinam acordo de cooperação O Observatório Social do Brasil (OSB), o Conselho Federal de Contabilidade (CFC), e o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (CFOAB) assinaram, nesta quarta-feira (19), no auditório da OAB Nacional, em Brasília – DF, um Acordo de Cooperação com objetivo de oferecer acompanhamento técnico e de realizar de ações conjuntas nas áreas de transparência e eficiência da gestão pública, controle social e prevenção à corrupção, ética e integridade nas relações entre o público e o privado. O presidente da OAB, Claudio Lamachia, frisou que a ordem tem um compromisso com o Brasil e o controle social é fundamental. “Numa avaliação objetiva, é nosso dever, enquanto entidade, firmar acordos de cooperação para fomentar os observatórios sociais em todos os estados”, disse Lamachia ao propor que a OAB

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elétrica, preservação do meio ambiente e segurança. “Realizar este projeto educacional com os jovens é muito gratificante, pois percebemos um envolvimento muito grande dos alunos, que levam as informações aprendidas no Coprel na Escola para as famílias e colocam em prática as dicas do projeto. Este prêmio nos dá mais confiança de que estamos no caminho certo ao investir em educação”, destaca o presidente da Coprel, Jânio Vital Stefanello. O Prêmio Ocergs de Cooperativismo já é a terceira premiação recebida pelo Coprel na Escola. O projeto também já foi reconhecido com o prêmio “Cooperativa do Ano”, em 2008, e “Troféu Campeador”, em 2014.

Joceli Jappe

incorpore o espírito dos observatórios sociais em prol de um país livre da corrupção, e com resultados. O presidente ainda considerou que o trabalho dos observatórios é indispensável para o Brasil que queremos. “A sociedade civil tem que ter um compromisso fechado com o Brasil por meio do controle social”. Já o contador José Martonio Alves Coelho, que preside o CFC, explicou que o conselho está junto nesse acordo pelas importantes metas de trabalhar pelo bem e fazer o bem para o país junto com os observatórios sociais. “As entidades sérias quando se juntam podem fazer muito mais pelo Brasil e assim esta se fazendo por meio desse acordo”, apontou José Martonio, que também propôs o apoio às metas dos observatórios sociais para chegar às grandes cidades de todos os estados.

A palavra

Mensagem:

Dom Adelar Baruffi

Caminhamos para Vós, Senhor! No Dia de Finados visitamos os túmulos onde foram colocados os corpos dos que amamos e que já partiram. Sentimos saudades, depositamos flores, acendemos uma vela e rezamos por eles. Mas acima de tudo, reafirmamos nossa esperança, que a fé que professamos em Jesus Cristo nos aponta: a ressurreição e a vida eterna em Deus. A morte não é a última palavra e nem a separação definitiva. Como Pedro, perguntamos a Jesus: “A quem iremos, Senhor?” (Jo 6, 68). Caminhamos com Cristo e para Cristo. A vida eterna é a plenitude da vida que Deus nos concede. “Nem olhos viram e nem ouvidos ouviram, nem mente nenhuma imaginou o que Deus preparou para aqueles que o amam.” (1Cor 2,9). Para o cristão, a morte é um caminhar ao encontro de Cristo, uma entrada na vida eterna. Então, “receberemos de Deus uma habitação no céu, uma casa não construída por mãos humanas” (2Cor 5,1). A imagem bíblica da “morada” foi usada por Jesus para consolar seus discípulos diante de sua partida: “Não se perturbe o vosso coração. Crede em Deus, crede também em mim. Na casa do meu Pai há muitas moradas. [...] Depois de ir e vos preparar um lugar, voltarei e vos levarei comigo, para que, onde eu estou, também vós estejais (Jo 14, 1-2). Portanto, Jesus nos faz entender que diante da morte não há algo assustador, mas uma realidade que, de certo modo, nos é familiar. O cristão, pelo batismo, vive com Cristo, mesmo nas contradições presentes na vida. Então, de maneira plena viveremos com Deus, em Deus, com aqueles que amamos. Deus Pai nos aguarda com seu abraço acolhedor e misericordioso. Estaremos verdadeiramente “em casa”, em “nosso lar”. Nesta casa, o paraíso, Jesus Ressuscitado nos convida para o “banquete” com Ele, o noivo (cf. Mt 25,1-13), e para este encontro precisamos estar sempre prontos. O convite é feito a todos, porém, exige de nós conversão, o “traje de festa” (cf. Mt 22,12). Santo Agostinho assim falou da vida eterna: “Aí descansaremos e veremos, veremos e amaremos, amaremos e louvaremos. Eis a essência do fim sem fim.” Portanto, nosso único caminho que trilhamos nesta terra terminará na vida plena, que Deus reserva aos que creem nele e sabem ser misericordiosos (cf. Mt 25,31-46). As obras misericórdia como um estilo de vida são o critério que o justo Juiz usará no dia do julgamento. São bem-aventurados todos os que, no caminho da vida, vão aprendendo a “sair de si”, movidos por compaixão, ao encontro dos mais necessitados. Então, sim, ouviremos: “vinde benditos de meu Pai e tomai posse do Reino para vós preparado desde a criação do mundo” (Mt 25,34), pois “todas as vezes que fizeram isto a um dos menores de meus irmãos, foi a mim que o fizeram” (Mt 25, 40). A visão cristã da morte é bem expressa na liturgia da Igreja: “Nele brilhou para nós a esperança da feliz ressurreição. E, aos que a certeza da morte entristece, a promessa da imortalidade consola. Senhor, para os que creem em vós, a vida não é tirada, mas transformada. E, desfeito o nosso corpo mortal, nos é dado, nos céus, um corpo imperecível.” (Prefácio da Missa dos Mortos). Enfim, ao visitarmos os túmulos de nossos familiares e amigos, renovemos nossa esperança na vida plena em Deus e o compromisso de uma vida misericordiosa.


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e e u q t m a n t e s e e D G O EXPRESSO

Presidente da ACI Cruz Alta, JOAO PAULO RIBAS REIS, acompanhou a empresa DIMICRON na entrega da premiação, recebida por ROGE DARCEU LAVICH– Sócio Diretor e EVANDRO CARLOS BINSFELD – Diretor Comercial da Dimicron. Também participou do evento o vice-presidente Regional da Federasul região Alto Jacuí, MANOEL EMERSON DE SOUZA.

WA G N E R S I LV E I R A e ELAINE S I LV E I R A casal empreendedores de nossa cidade. P ro p ri et ar io s da Academia FIT LIGHT e AQCUA FIT

Sabado, 05 de novembro de 2016

Pefeito eleito VILSON ROBERTO e esposa ALESSANDRA FOGAÇA MARTINS presença simpaticas nos acontecimentos sociais de nossa cidade.

Agropecuarista AIRTON BECKER, esposa CARLA BECKER e filhas FERNANDA BECKER e GABRIELA BECK, Em passeio turistico.


O EXPRESSO

Sabado, 05 de novembro de 2016

A Secretaria Estadual da Agricultura, Pecuária e Irrigação informa que para a etapa de vacinação contra a febre aftosa do mês de novembro, quando deverão ser vacinados todos os bovinos e bubalinos com até 24 meses, não será realizada a doação de vacinas, ficando a cargo, portanto, do produtor adquirir as doses e vacinar seus animais. Na etapa de vacinação ocorrida no mês de maio, foi utilizado

VACINAÇÃO CONTRA FEBRE AFTOSA

o estoque de vacinas, não sendo adquiridas novas doses, devido à

situação econômica do Rio Grande do Sul, que era o único estado

brasileiro a fornecer as doses gratuitamente. Neste sentido, a Secretaria da Agricultura solicita a colaboração dos produtores, para que, independentemente do enquadramento no Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) e da quantidade de bovinos, dirijam-se à inspetoria veterinária de seu município, de 1º a 30 de novembro, para comprovar a vacinação de seus animais.

INFORMA: www.acicruzalta.com.br

Av. Gal Câmara, 935 | Galeria Centauro 2° andar

Dimicron recebe prêmio “Vencedores do Agronegócio Troféu 3 porteiras”

A empresa cruzaltense Dimicron Química do Brasil recebeu, pela segunda vez consecutiva, a vitória na categoria Indústria e Insumos, do Prêmio Vencedores do Agronegócio - Troféu Três Porteiras 2016, promovido pela Federasul (Federação das Associações Comerciais e de Serviços do Rio Grande do Sul). A solenidade de entrega do “4° Prêmio Vencedores do Agronegócio - Troféu 3 porteiras” ocorreu na quarta-feira, 26, durante o evento Tá na Mesa da FEDERASUL, com palestra de Francisco Turra, Presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal, sobre “Caminhos de Valor para o Agronegócio: Os desafios em um Momento Econômico”. O Presidente da ACI Cruz Alta, João Paulo Ribas Reis, acompanhou a empresa na entrega da premiação, recebida por Roge Darceu Lavich – Sócio Diretor e Evandro Carlos Binsfeld – Diretor Comercial da Dimicron. Também participou do evento o vice-presidente Regional da Federasul região Alto Jacuí, Manoel Emerson de Souza. Além da Dimicron, a empresa Simbiose também já

conquistou o prêmio três vezes consecutivas, o que torna Cruz Alta destaque no setor do agronegócio. Para o presidente da ACI, João Paulo Ribas Reis, é um orgulho para Cruz Alta ter empresas que se destacam por seu trabalho. “Este prêmio prova o potencial que a nossa cidade tem de desenvolvimento, a Dimicron está de parabéns, e com certeza é um exemplo a ser seguido por nossos empresários cruzaltenses”, destacou Reis, desejando que mais empresas de Cruz Alta continuem sendo reconhecidas e levando o nome da cidade como referência em trabalho e desenvolvimento. O Prêmio Vencedores do Agronegócio – Troféu Três Porteiras foi concebido para identificar iniciativas vencedoras, envolvendo os negócios dentro do complexo da produção rural, nas áreas do varejo, da indústria e dos serviços. A iniciativa visa reconhecer o mérito de estratégias bem sucedidas nas cadeias produtivas do agronegócio do

RS. Também objetiva destacar os vencedores para que se tornem referência à sociedade gaúcha pela força empreendedora, criativa e de competência na resolução de desafios. Os cases são avaliados, por uma Comissão Julgadora, obedecendo os critérios de Criatividade e Inovação, Estratégia de Negócio, Ferramenta de Marketing e Resultados Obtidos.

R. Cel. Martins, 1011, Cruz Alta

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Sabado, 05 de novembro de 2016

Escritor Cruz-Altense lança seu segundo livro de ficção ambientado em Cruz Alta

ANGELINO ROGERIO

angelinorogerio@terra.com.br

Eita,Vento Norte! Duvido outro lugar, que vente mais que a Pinheiro Machado. A famosa ‘’boca de vento’’, na entrada do Calçadão, é de desnortear até cusco de tropeiro. Dizem que, em Santa Maria, o vento norte também é famoso, mas duvido que o ventinho da ‘’Boca do Monte’’ seja tão medonho quanto este que sopra aqui na terrinha. Até porque lá, a cidade está situada num vale, protegida por morros. Nós aqui, ficamos no alto da coxilha, e qualquer ventania tem contornos de temporal. É de assustar mesmo. Quinta-feira foi um dia daqueles!... Além de forte, o vento era gelado, parecia um dia de inverno em pleno mês de outubro. Mesmo com um baita sol, o ventinho frio castigava. Na rua, tinha gente que mal podia andar.

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Era um passo prá frente e dois prá trás. Porém, graças a ventania, até que enfim se descobriu a verdadeira utilidade daquelas fileiras de mini-postes de ferro cravados no piso do calçadão. O que tinha de gente agarrada naquilo,

vou te contar. Então está esclarecido. Aquilo é para as pessoas se agarrarem em dia de vento norte. Mas esse ‘’vento haragano’’, que já foi tema de música e tudo mais, pode trazer outros recados. Um deles é a chuva.

Sempre que tem ventania, me vem à memória aquela célebre foto da Marilyn Monroe segurando o vestido levantado por um sopro de vento saído de um buraco do metrô de New York. O filme é ‘’O Pecado Mora ao Lado’’ e a cena, inesquecível. Talvez essa cena tenha inspirado o poeta Dirceu Abrianos, a escrever o poema ‘’Vento Norte’’, prêmio de 3º lugar da 5ª Coxilha Nativista em 1985, com linda melodia de Airton Pimentel. Essa canção foi marcante, na voz romântica do grande cantor Eraci Rocha, se tornando um dos clássicos da Coxilha. E o refrão, sugere aquela cena que fica prá sempre, como um instante de pura magia: ‘’Sopra forte, Vento Norte Antes que essa chuva caia Quero ver a chinoquinha Segurar a sua saia’’

O escritor cruz-altense Henrique Madeira, co-criador do personagem Cruzaltino e autor do romance Jah-Bul-On (2015), está lançando seu segundo romance A Cinza Lívida, com o selo da Editora Pedrazul, do Espírito Santo. A Cinza Lívida é uma trama repleta de mistérios, pecados, desejos, traições e sangue. Uma pintura incômoda e apurada da sociedade interiorana gaúcha, que denuncia as terríveis condições sociais impostas às mulheres daquela época. A ficção histórica conta a trajetória de Jocasta, que encontra-se desmemoriada vagando perdida em um vale, na região serrana gaúcha, no final do Século XIX, quando é acolhida em uma isolada casa de campo. Jocasta passa a viver na companhia de uma simpática matrona, um jovem lenhador, um velho homenzarrão – que apresenta sérios problemas mentais – e duas criadas bisbilhoteiras. Sua chegada é motivo de muita suspeita e especulação por parte dos moradores, e nesse ambiente monótono e silencioso, onde as horas se arrastam lentamente, ela tenta recuperar suas memórias e desvendar seu passado misterioso. “Jocasta tem uma mente inquieta. Ela não pensa exatamente como as mulheres gaúchas de sua época. Elsa deseja descobrir o mundo, saborear aventuras mundanas, sentir o gosto da liberdade e viver grandes paixões. Contudo, ela não tem consciência do preço que terá que pagar por viver na preconceituosa, puritana, violenta e patriarcal sociedade gaúcha do século XIX”, diz o autor. Este é o primeiro trabalho do autor que contará com distribuição nacional. Em Cruz Alta, pode ser adquirido na Banca da Praça da Prefeitura e na Livraria Ponto do Livro. Fica aí a dica de leitura.


Sabado, 05 de novembro de 2016

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Pelágio

O CASTELHINHO

No panorama da João Manoel, quadra entre Pinheiro Machado e Gen. Camara, faz parte da paisagem um bonito prédio de singular arquitetura, conhecido por “Castelinho”, com sua torre que o destaca e chama atenção. Esse prédio , que, há décadas foi construído teve, inicialmente, como seu proprietário Mister Klark então figura importante na comunidade, Gerente da Swfit, firma internacional que desenvolvia negócios no Estado e que tinha escritório ao lado da intendência, num sobradinho que havia sido construído pela Singer e que depois passou para a Swift. Mister Klark, de amplo relacionamento, tinha por habito o hasteamento, no Castelinho, todos os dias, das bandeiras do Brasil e de seu pais, a nação britânica. Com o passar dos anos, a companhia encerrou as atividades por aqui e Mr. Klark se despediu, deixando boas recordações. A seguir, o Castelinho passou para a propriedade de Arno Lemos Pereira, figura de relevo no mundo social, econômico e político da Aldeia, comerciante de renome, integrante do Partido Libertador(PL), presidente do Comercial, da Associação Comercial e de outras entidades. Junto com a esposa, dona Alice Berta, tinham vida social intense e o castelinho foi palco de faustosas recepções. Uma delas foi a fundação do famoso “Clube dos Trinta”, composto por quinze casais da elite da Aldeia e que marcou um período de realce na “Rainha da Serra”, conhecido como os “Anos Dourados”. Mais tarde Arno construiu uma vivenda na Praça da Bandeira, ao lado do palacete do Dr.Kappel. e , então, o Castelhinho mudou de dono. Assumiu o histórico e artístico imóvel o advogado e ex-prefeito, Dr.Antonio Carlos Gomes Nunes, hoje o decano dos causídicos de Cruz Alta. Mantem ali sua residência e a conservação in totum do marcante prédio. Em sendo assim, a antiga Rua do Arvoredo tem um marco de Arquitetura de bom gosto, representado pelo Castelinho.

NA MESMA QUADRA

Também naquela quadra se situam vários pré-

dios que marcam varias épocas. Na esquina, a tradicional Casa Bastos, hoje desaparecida, sobrevivendo seu majestoso prédio. Do outro lado o prédio que sediou a “Casa da Louça” que foi o maior e mais completo bazar da Aldeia, destruído por um incêndio num final de ano que traumatizou os tupiniquins. Hoje no piso superior esta instalada a Radio Cruz Alta. Na esquina com a General Camara, num prédio antigo, funcionava a famosa “Casa da Fuzarca”, estabelecimento que tinha um soberbo estoque de tecido e que era filial da Casa bastos. Essa casa marcou época e foi gerenciada por Bonemar Germany. Depois de “A Fuzarca” ali funcionou o Restaurante Calipso, um dos mais categorizados estabelecimento da época, comandado por Waldomiro Theodorro que havia sido ecônomo do Clube Comercial. O prédio, que havia sido adquirido por Arno Pereira, foi transicionado com uma casa de dinheiro, o banco Bamerindus que demoliu o velho prédio e ali implantou uma construção moderna. Era o banco da famosa poupança que um dia também desapareceu. Depois na frente dos “Bingos” ali estava uma casa de jogos que reunia publico entusiasmado com o antigo “Vispora”. Terminado o jogo, ali se instalou um estabelecimento financeiro que ali persiste.

A LAVANDERIA Ao lado do Castelinho foi demolido um prédio velho construído um novo, onde se instalou a primeira lavanderia “A Seco” de cruz alta, com maquinas importadas do sistema “Dry Clearing”, o sucesso da época. Essa lavanderia foi montada pelos sócios, Hugo Gerhardt e Arnaldo Zanchi que fez sucesso imediato. Depois vieram outros negócios, inclusive uma pizzaria comandada pela mana e com atuação da Nica. Mas outros negócios ali estiveram, uns por pouco tempo e outros por mais. “São coisas..” como diria o Maj. Marciano. A quadra histórica tem outros prédios que fizeram noticia e historia. Assunto para outras edições. E, relembrando o industrial Julio Leo Tisser, “Tudo tem seu fim“. E o passa se dilui nas canhadas do infinito. “Não e verdade?” como dizia o compadre Briza. Ate à próxima.

Pois, na edição anterior, quando do necrológio de Astrogildo Fanfa Ribas, fiz relato dos que, no ano de 1948, trabalhavam no escritório da Industria Madeireira Cruzaltense Ltda. Uma poderosa industria da época, situada na Procópio Gomes, defronte a também grande Fabrica De Fósforos. No comentário, mencionei os que atuavam no escritório, e , por um lapso não figurou o nome do Pelagio Thomas da Silva, que exercia as funções de Chefe de Escritório. Mais tarde Pelagio, ao concluir o curso de contador da Escola Técnica de Comercio e tendo convolado núpcias com filha de proprietários rurais, deixou o escritório, indo se dedicar as lides da pecuária, onde, por sinal teve amplo desenvolvimento graças a sua grande capacidade de trabalho e conhecimento do setor. De todos os que atuavam no escritório da Imacal(Nome fantasia da firma) o sobrevivente e o colunista, sendo a ultima despedida de Fanfa Ribas. Igualmente, vale menção, o seu Albino Zanchi, chefe de oficinas, com quem mantivemos , sempre laços de amizade. E assim caminha a humanidade. Com cada um dos passageiros tendo sua época de embarque no expresso da eternidade. “Não e verdade?” como dizia o compadre Briza.

As Casas de Pasto

Em épocas transatas, os locais que serviam refeições e finos líquidos eram denominadas de “casas-de-pasto”,e, anteriormente, estalagens. Mas, aos poucos, os estabelecimentos foram sendo denominadas de restaurante, de origem francesa. E, aqui pela aldeia, muitos deles marcaram época, pela elegância, pela sofisticação e pelo primoroso atendimento, com “Maitre” e garçons devidamente uniformizados, com terno preto, camisa branca engomada e gravata borboleta. Traje que era acompanhado pelo dono do estabelecimento. Época de elegância. Mas, “Tempos Fugit” Como diziam os latinos. Dias atrás, na companhia sempre agradável de Lady Laura, foi refeicionar numa casa-de-pasto. Lugar bem atendido, com ótima refeição, mas, claro, sem os requintes de outras épocas. Na oportunidade, relatei a minha companhia o ritual que se desenvolvia nas casas- de-pasto. Iniciando que nenhum cavalheiro caparecia sem ser de terno e gravata. Já as senhoras e senhorias, “Chiques no ultimo “. Acomodados a mesa, o garçom inquiaria o respeiro do “Ike” para os cavalheiros e Martina para as damas. Com os devidos antepastos. No prosseguir e depois dos aperitivos, vinha o cardápio, eis que o serviço era “A la carte”. Escolhido o “De comer”, surgia a “Carta de Vinhos” para ser escolhido o liquido cor de rubi para acompanhar a refeição. Ao final a sobremesa, seguida dos licores”de preferência “Contreaux”) e, para os cavalheiros o indispensável charuto cubano. A perfumada fumaça enchia o ambiente e ninguém se incomodava. Mas os tempos mudaram, e, hoje, a “Boia” e por quilo, os comensais não se demoram a mesa e os rituaus das refeições o vento de tempos levou. “São coisas..” como dizia o Major Marciano.

As mudanças

Nos tempos da “Belle epoche” os jantares fetivos e nem tanto, era servidos” a francesa”. O que elegantíssimo preferido pelos de bom-tom. No clube da elite, o falecido Comercial, foram memoráveis as jantaradas de luxo realizadas. Mas, em determinada época(prenuncio de modernismo) surgiu o “Buffet Americano” que era uma grande mesa onde todos iam se servir. O sistema escandalizou a elite, e, uma das senhoras de tradicional família, irritada, comentou: “Isto parece um completo do cais de porto!” Calcule-se a distinta dama estivesse viva hoje e frequentando a “Boia por quilo”. Teris um atauqe apoplético. Mas, no fundo, as grandes mudanças foram motivadas pela escassez de pimpe. Quando ele diminui, os orçamentos idem. “Tudo tem seu fim”, como dizia o seu Julio Tisser.

Os Jornais

Na próxima edição continuarei a história dos jornais que marcaram época nesta Mui Leal Aldeia do Divino. Ate a próxima..


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Prefeito Eleito, Vilson Roberto fala sobre momento de transição no governo de Cruz Alta Desde que foi eleito prefeito de Cruz Alta, com quase 45% dos votos no dia 2 de outubro, Vilson Roberto Bastos dos Santos não tem feito outra coisa que não seja dialogar. A preocupação com a situação em que se encontra o município leva o futuro gestor a ter reuniões diárias com as mais diversas entidades da cidade projetando soluções para os desafios que já são realidade. Também são várias as conversas com a equipe de transição, composta por Vilson Roberto, que deverá ter acesso às informações oficiais por parte da atual administração. A última foi na quinta-feira (27) com a presença do vice-prefeito eleito Taquara e demais

integrantes do grupo. “Neste momento estamos aguardando o retorno da atual administração, pois conforme contato telefônico o prefeito Juliano da Silva propôs que o primeiro encontro fosse na segunda semana após as eleições. O melhor para a cidade é que possamos cons-

truir uma transição baseada no respeito mútuo entre as partes”, afirma Vilson Roberto. Informações solicitadas Até o momento já foram três ofícios encaminhados ao chefe do Execu-

tivo municipal e protocolados. O primeiro data de 20 de outubro, solicitando agenda para o dia 21, e informando os membros da comissão que tem como coordenadora a vereadora Estela Maris Fagundes. Ainda no documento consta o pedido de disponibilização de quatro servidores municipais que se propuseram, a auxiliar no processo. O segundo, datado de 26 de outubro, solicita em dez pontos informações a respeito de contratos em vigor, convênios vigentes, pagamentos previstos, relação de restos a pagar e da dívida fundada, entre outros. Já no terceiro ofício, de 27 de outubro, são reiterados os pedidos do primeiro ofício.

Nono dígito no celular começa a valer a partir do dia 6 no PR, SC e RS

Com a mudança, os números dos telefones celulares passam de 8 para 9 dígitos. Portanto, para ligar para qualquer celular é necessário digitar 9 na frente dos oito números antigos (9xxxx-xxxx).

Sabado, 05 de novembro de 2016


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