Jornal opa julho 2013

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PIADA PRONTA

GENTE

BOA

CORAGEM

Achei a capa da edição deste mês (junho) muito interessante. Acho corajoso do jornal em exibir na capa um casal homossexual. Por mais que estamos evoluindo na questão de preconceito – ainda há quem acredite que amor só existe entre um casal heterossexual. THYFANI - POA

DIEGO FELIPE WEILER

diegofelipeweiler@facebook.com

NA MÃO

NÃO TÁ FÁCIL PRA NINGUÉM Um dos homens mais ricos do mundo, o brasileiro

Eike Batista, acordou menos rico nas últimas semanas depois que sua fortuna de R$ 69 bilhões caiu para R$ 13 bilhões. Na imagem o bilionário faz uma “boquinha” em uma popular lancheria carioca. Pão na chapa e um pingado, por favor!

Com a notícia de que a Playboy pode acabar no Brasil muita gente vai ficar menos tempo no banheiro e procurar, de fato, uma namorada. PEDRO - POA

MATHEUS FREITAS

freitasmatheus33@gmail.com

LINKEDIN

Linkedin proibir perfil de garotas de programas é um afronto. Aposto que metade das meninas da Farrapos gostaria de ter sua conta na rede social de negócios. PAULO HENRIQUE - POA

THAMIRES ROSA

thata_rosa176@hotmail.com

BRUNA LAIS ALVES balves@univates.br

DIZA GONZAGA

Fundação Thiago de Moraes Gonzaga

O QUANTO ESTAMOS DISPOSTOS A MUDAR?

Neste momento em que vivemos uma grande movimentação da sociedade é importante fazermos a reflexão de qual é a nossa motivação para contribuirmos com as mudanças que queremos para nosso país. O quanto estamos dispostos a mudar? O que cada um de nós pode fazer para deixarmos de ser o país do “jeitinho”? Afinal, as atitudes que condenamos nos políticos e que queremos banir do nosso país, não são muito diferentes das do cidadão que fura a fila; joga lixo no chão e quando está ao volante, não raras vezes, coloca a sua vida e a de outras pessoas em risco. Nestes anos de caminhada com o Vida Urgente, participamos e acompanhamos os avanços que a sociedade alcançou. Há mais de dez anos, quando nossos jovens voluntários saíam nas madrugadas pelos bares, com uma borboleta no peito e um bafômetro na mão, enfrentavam o desafio de mostrar aos frequentadores que bebida

e direção são uma dupla de morte. A tarefa não era nada fácil, pois a frase que mais ouvíamos era: “eu até dirijo melhor quando bebo”. Hoje, recente estudo da Fundação Getúlio Vargas aponta que 90% das pessoas julgam incorreta tal atitude. Usar o cinto já é uma realidade que a maioria das pessoas não abre mão, muito embora ainda esteja restrito aos passageiros do banco da frente. Mudar uma cultura é sem dúvida um grande desafio, e tem que ser feito com humildade, pois a mudança só é possível com a participação efetiva da sociedade; não acontece do dia para a noite e nem por decreto. Temos muito trabalho pela frente, a questão do trânsito envolve educação - esta é a nossa parte. Precisamos que os governos também façam a sua: fiscalização eficiente e engenharia de trânsito compatível com a segurança para a preservação da vida. Não podemos nos conformar com a “curva da morte” ou a “estrada do inferno”, como se perder a

vida nestes locais, fosse destino ou fatalidade de quem por ali passar. Levante “seu cartaz” para mostrar o quanto podemos ser civilizados e cuidar de nossa vida e da de quem amamos. Não incentive àqueles que se sentem orgulhosos por andar em alta velocidade e se consideram o “braço”, “os donos da direção”, que bebem e dirigem, pois eles não merecem nossa aprovação. Este país que está mostrando a sua cara, como nos versos de Cazuza, tomando as ruas com a força e a vitalidade da juventude, reforça a minha fé nos jovens. Acredito na sua verdade, na sua alegria e na sua imensa capacidade de sonhar e transformar. Por tudo isso, ouso dizer que só com a participação da juventude é possível transformar uma nação. Se hoje a Fundação Thiago de Moraes Gonzaga já ultrapassa as fronteiras de nosso estado, fazendo a borboleta Vida voar pelo Brasil, é porque milhares de jovens têm levado esta bandeira da VIDA.

MATHEUS MAIA BECK matheusbeck@uol.com.br

GABRIELA BOIT

gabriela.boit@gmail.com

OPA COMUNICAÇÃO LTDA CNPJ: 12040043/0001-80 Publicação mensal dirigida ao público universitário de Porto Alegre e Região Metropolitana

Correspondências: Rua Arabutan 724/302 Bairro Navegantes, Porto Alegre-RS CEP: 90240-470

E-mail: contato@jornalopa.com.br Twitter: @jornalopa Facebook.com/jornalopa Edição: Tuio Moraes > tuiomoraes@jornalopa.com.br Revisão: Leci e Luiz Erni Moraes

ANUNCIE: João Arthur Moraes comercial@jornalopa.com.br (51) 9282.0994


PORCO MUTANTE

Lembra da Ovelha Dolly? Pois é. Agora o negócio da instituição que clonou a bola de lã é criar porcos em laboratório. Ele se chama “porco 26” e é idêntico a um animal comum, mas é especial, ele é o primeiro porco geneticamente modificado do mundo. Agora resta saber se o bacon tem o mesmo sabor?

APP PRA MELHORAR A CIDADE

O aplicativo brasileiro Colab foi eleito o melhor aplicativo urbano do mundo. O app é parte de uma rede social em que as pessoas fiscalizam e propõem soluções para problemas na sua cidade. O Colab funciona assim: após o usuário postar uma crítica ou recomendação, o programa usa filtros que facilitam o acesso a essa informação. + colab.re

BUSCA SOCIAL NO FACEBOOK

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Na “gringa” o Facebook disponibilizou a chamada “Busca Social”, recurso que permite pesquisar mais informações sobre usuários e amigos, com base nos dados compartilhados na rede social. Os usuários dos Estados Unidos podem buscar resultados a partir de todo o tipo de conteúdo que o usuário curtiu, incluindo vídeos, interesses, fotos, músicas e locais. No Brasil a coisa vai demorar um pouco pra chegar – deve estar emperrada em alguma alfândega qualquer.

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VOLTAMOS A PERDER A AMAZÔNIA

O desmatamento voltou a avançar fortemente na Amazônia. O site do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) mostra que a perda da floresta foi de 464,96km², em maio de 2013, contra 98,85km² no mesmo mês do ano passado, um aumento de quase cinco vezes. Os números são um revés em um movimento que vem ocorrendo nos últimos anos de queda contínua da taxa de desmatamento. Os dados fechados do ano anterior, por exemplo, mostraram que o desmatamento de agosto de 2011 a julho de 2012 foi o menor da história do monitoramento. Nenhuma árvore a menos!

TROCANDO IDEIAS

Com um mercado de trabalho cada vez mais competitivo, ganha bônus quem busca ideias e soluções práticas com quem sabe. A quarta edição do Trocando Ideias traz para o centro do palco o professor da ESPM/SUL Jonas Venturini - formado em Administração e Ciências Contábeis pela UFSM e doutor em Administração pela UFRGS. O tema é marketing estratégico e comunicação – imperdível. Além do workshop o evento traz um momento de networking. + www.nossaidea.com INTERNET NO BRASIL: CRESCE, MAS É DEVAGAR DEMAIS A internet brasileira é a que mais cresce no mundo. Nossa rede local cresceu o triplo da média global. Estamos em sétimo lugar neste ranking, onde os Estados Unidos dominam. Eles cresceram 146,8% em um ano; o Brasil 23,5%. Mas, na terra do carnaval e das morenas cabrochas a velocidade da net decepciona. Estamos em 16° lugar no ranking que mede a velocidade da internet, atrás da Colômbia, Chile e República Tcheca. Não estamos muito longe da internet discada.

PARA ALEGRAR SUA SEXTA-FEIRA

A cerveja faz bem ao coração – não apenas para aqueles que querem esquecer a pessoa amada! Após estudos, cientistas gregos observaram que as células endoteliais de quem bebeu 400 ml de cerveja em uma ou duas horas ficaram mais flexíveis e o fluxo do sangue melhorou. (As células endoteliais servem para checar se o sangue passa com facilidade pelas artérias). Os pesquisadores acreditam que a combinação entre o álcool e os antioxidantes da bebida ajuda a proteger contra doenças cardíacas. Mas antes de sair pra beber – afinal a desculpa do bêbado é o álcool – vale uma dica: exa-gerar nas bebidas alcoólicas não faz bem nenhum. Se beber, não dirija e cuidado pra não parar no AA (Alcoólicos Anônimos). Às vezes é melhor ter um pequeno infarto do que ser alcoólatra pro resto da vida.

BUSÃO NO BRASIL PESA NO BOLSO

Segundo um levantamento da Fundação Getúlio Vargas (FGV), o valor do transporte de ônibus no Brasil é um dos maiores do mundo. Mesmo após as reduções feitas em cidades como São Paulo e Rio de Janeiro, os preços das passagens de ônibus cobrados no Brasil estão entre os que mais pesam no bolso do consumidor, considerando-se 12 grandes cidades do mundo. O cálculo foi feito a partir da comparação do preço das passagens de cada cidade e da renda per capita média dos trabalhadores. Ao classificar os preços pelos salários, São Paulo e Rio têm as passagens mais caras.

+ UM MOTIVO PRA IR PRA RUA O psicólogo John Drury comprovou, através de um estudo, que participar de protestos faz bem à saúde. Após fazer entrevistas com 40 ativistas, o doutor relata que todos lembravam os acontecimentos com felicidade e euforia. Além disso, segundo John, a participação em protestos está associada com vários indicadores de bem-estar: fortalecimento do sistema imunológico, redução de dores, ansiedade e depressão. Então #VaiPraRua!

NÃO FAÇA ISSO EM CASA, NEM NO TRABALHO

Pesquisadores sem ter muito o que fazer realizaram uma pesquisa com mil trabalhares e mil chefes sobre quais as piores desculpas que já foram dadas e recebidas para faltar ao trabalho. A credibilidade anda em baixa. 60% dos chefes não acreditam quando se empregados dizem que estão doentes e não podem trabalhar. Foram listadas as piores mentiras que vocês podem conferir abaixo. - “Eu fui picado por inseto” - “Não consegui dormir a noite inteira” - “Eu escorreguei em uma moeda” (bah!) - “Eu estou preso em casa porque a porta quebrou” - “Uma lata de comida caiu no meu dedão” - “Eu estava nadando tão rápido que bati a cabeça na borda da piscina” - “Eu me machuquei durante o sexo” - (Opa!) - “Meu hamster morreu”

O LÁBARO QUE OSTENTAS ESTRELADO

O Vaticano está trabalhando para santificar os papas João Paulo II e João XXIII. Por aqui nosso Senado Federal poderia tornar santos Renan Calheiros, Delúbio Soares, Marcos Valério e Cia. Ltda - Cada um com o Santo que merece. #Fé em Deus!


O herói pavio curto está de volta para tocar o terror contra os japoneses POR MATHEUS FREITAS

O personagem mais esquentadinho da Marvel está com as garras afiadas e prontas para enfrentar os terríveis hashis (os palitinhos de comida japonesa). Em seu novo filme, Wolverine – Imortal, o herói canadense, interpretado pelo ator australiano Hugh Jackman, vai até o Japão em busca de ajuda. No entanto, o que ele acaba encontrando em terras orientais são uma enxurrada de inimigos, romance e brigas, muitas brigas. A saga japonesa, adaptada da minissérie Eu, Wolverine, escrita por Chris Claremont e desenhada por Frank Miller (criador de HQs famosas como Sin City e Os 300 de Esparta), em 1982, é cercada de amor e ódio. A trama do longa se passará após os eventos ocorridos em X–Men – O Confronto Final (2006). Depois da morte de Jean Grey, Wolverine se vê perdido no mundo, vagando por bares, becos e em busca de uma razão para viver. Além disso, vive tendo constantes pesadelos com a heroína e está lutando bravamente para livrar–se de sua “fera” interior. Entretanto, quando a ninja Yukio (Rila Fukushima)

o encontra e diz a ele que um homem quer agradecer por ter salvado sua vida anos atrás, Logan viaja até o Japão e vê a chance de parar de sofrer por toda a eternidade. Ele recebe a tentadora oportunidade de tornar–se mortal. Porém, as coisas não saem como o esperado e Wolverine terá que enfrentar os vilões Samurai de Prata e Viper. Para completar, terá pela frente a organização criminosa Tentáculo e ainda encontrará tempo para o seu relacionamento com Mariko Yashida, filha do chefe da máfia, Shingen Yashida (Hal Yamanouchi). No ano de 2009, os fãs acabaram decepcionando–se com o lançamento do primeiro longametragem solo de Logan. Para muitos, é considerada a pior adaptação da franquia XMen nos cinemas. Uma das principais críticas foi o uso abusivo de efeitos especiais e a falta de fidelidade aos quadrinhos em relação a alguns personagens. Em entrevista ao site americano Collider, Hugh Jackman afirmou que finalmente os fãs terão o herói digno da HQ.


“Em X–Men Origens: Wolverine, nós colocamos o nosso coração e alma. Mas eu apenas senti, honestamente, que não tínhamos entregado a minha visão de quem esse personagem é. Acho que ganhamos outra chance com Wolverine – Imortal e nessa história você consegue ver o Wolverine definitivo. Você consegue ver quem realmente ele é”, declarou Jackman. O diretor James Mangold também afirma que o longa será mais sombrio que o anterior: “Nossa intenção não é chocar com violência, queremos intensidade. Nós tivemos a oportunidade de dar um tom mais sombrio e de ir mais profundamente na história dele”. Ainda que a minissérie que dá origem ao filme seja a mais famosa do “mundo japonês” vivido por Wolverine, a série não foi a primeira a apresentar Mariko. Alguns anos antes, em uma edição da revista X–Men, a equipe de heróis foi até o Japão para ajudar a combater terroristas. Nessa visita ao oriente, o casal acabou se conhecendo e, desde o instante em que se viram, acabaram se sentindo atraídos. Mas a história entre eles não passou disso. Os dois só voltariam a se encontrar quando Claremont e Miller decidiram ressuscitar o caso de amor entre eles. Mas, apesar dessa ser a primeira adaptação cinematográfica do herói no país oriental, não é a primeira vez que as aventuras de Logan vividas na terra do sol nascente saem das HQs. O clássico desenho da equipe de mutantes, dos anos 1990, tiveram alguns episódios ambientados no país asiático e, em 2011, após uma parceria entre a Marvel e a produtora japonesa Madhouse, Wolverine ganhou um anime de 12 episódios. Wolverine – Imortal chega aos cinemas, agora, dia 26 de julho.

MAIS POLÊMICO QUE MAMILO! A Marvel segue uma linha principal de suas histórias em um universo original chamado Terra 616. É nesse espaço que ocorrem as principais sagas, séries e surgem os roteiros de praticamente todos os filmes. No entanto, a Casa das Ideias também trabalha com “universos paralelos”. E Wolverine está causando certa polêmica nos “dois mundos”. Em Terra 616, a editora promete matar o herói em 2014. Apesar de ter o esqueleto de seu corpo revestido pelo metal indestrutível Adamantium e um fator de cura apurado, ele não escapará da morte. Os principais autores afirmaram terem encontrado uma maneira de tirar a vida de Logan. Eles disseram que em uma das cenas “ele irá longe demais, mesmo tendo a reputação de ser um assassino sanguinário”. Ao que tudo indica, os últimos dias de vida do personagem farão parte da saga “Ultron War”. Porém, a novidade que está dando o que falar faz parte de uma das histórias paralelas da Marvel. Na edição 10 da revista X–Trem X–Men, Wolverine e o semideus Hércules se declaram apaixonados e beijam–se. Eles dizem: “Somos os melhores heróis do nosso mundo. E no dia em que derrotamos o pior monstro que já ameaçou o domínio do Canadá, revelamos nosso amor”. A HQ já circula nos EUA desde o ano passado.

FIQUE POR DENTRO Histórias imperdíveis

Além da minissérie Eu, Wolverine, confira outras histórias marcantes do herói: Arma X (1991), Origem (2001), Inimigo do Estado (2004).

Antagonistas

No filme, os principais inimigos de Wolverine serão: Samurai de Prata, Viper e a organização Tentáculo. Conheça um pouco de cada um deles. Samurai de Prata: Criado por Archie Goodwin (também criou personagens famosos como Luke Cage, Mulher Aranha e Howard Stark – pai de Tony Stark), apareceu pela primeira vez na revista Daredevil #111, de 1974. Empunhando a espada “Harada”, que contém uma energia capaz de cortar praticamente qualquer coisa, o vilão, cujo nome verdadeiro é Kenuichio Harada, é filho ilegítimo de Shingen Yashida e meio irmão de Mariko. Além da katana, ele ainda usa uma armadura de samurai (produzida a partir de um metal parecido com o Adamantium) que pode suportar diversos tipos de ataques. Viper: Víbora, em português, surgiu nas HQs do Capitão América, no final da década de 60. Quando criança, Ophelia Sarkissian (seu verdadeiro nome), também conhecida como Madame Hidra, foi obrigada a viver na rua durante a revolução europeia. Na vida adulta, entrou para o mundo do crime e tornou–se líder de vários grupos criminosos. Com exceção do teletransporte, a vilã não possui outros poderes. Mas a sua força, velocidade, reflexo, agilidade e resistência são compatíveis com um atleta olímpico. Ela também é boa com espadas e uma excelente atiradora de armas de fogo. Tentáculo: A organização criminosa foi criada por Frank Miller e teve a sua estreia nas HQs em 1981, na revista Daredevil #174. A entidade atua, principalmente, no Japão, mas também age em outros países. Formado, na maioria das vezes, por vilões, o grupo está sempre envolvido com o crime organizado e assassinatos. Todavia, alguns heróis já fizeram parte do bando mercenário. Sendo os mais ilustres: Elektra, Demolidor e o próprio Wolverine.


> PSICANALISTA ANDRÉ LACERDA

VAMOS FALAR DE HOMOFOBIA? Uma das questões levadas às ruas pelas

manifestações foi a chamada “Cura Gay” – arquivada pela Câmara dos Deputados. Mas esta questão aumentou ainda mais a indignação das pessoas pela incongruência que é ter como presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara o deputado e pastor Marco Feliciano (PSC-SP) – que já expressou opiniões homofóbicas e racistas. Conversamos com o psicanalista André Lacerda para entender um pouco mais sobre esse sentimento tão horrível e antigo, mas que cada vez mais parece fazer parte da nossa sociedade – a homofobia! JORNAL OPA! - Da onde surge a homofobia em alguém? É cultural, educacional, hereditário? ANDRÉ LACERDA - O termo não se sustenta se formos buscar compreender sua etimologia pois, trata-se de um neologismo formado por dois radicais gregos: HOMO = igual e PHOBOS = medo, ou seja medo de quem é igual??? Não faz sentido. Por outro lado, se verificarmos o significado à luz do dicionário, veremos que homofobia refere-se à postura de repulsa aos homossexuais de todo gênero. Tecnicamente, penso que qualquer fobia tem origens endógenas (que vem de dentro) e exógenas (que vem de fora, do ambiente), e quando essas são diagnosticadas como sintoma (sinal) ou como angústia (sofrimento), devem ser motivo de investigação clínica e tratadas de maneira adequada e séria. Dentro desse contexto, como psicanalista, entendo que qualquer fobia trata-se de um quadro clínico que desliza da neurose à angústia, à histeria de angústia, mas pode ser um sintoma encontrado na neurose obsessiva e em quadros psicóticos. Contudo, em se tratando dos eventos e fatos homofóbicos observados no nosso cotidiano, creio que não será nos compêndios psicanalíticos ou médicos que se encontrarão explicações para isso. Acho que a literatura adequada seriam os éditos da “santa” Inquisição da Idade das Trevas, ou ainda os regulamentos que norteavam o famigerado III Reich. Não há de ser falar em hereditariedade, ao meu juízo. Acredito que os aspectos cultural e educacional devem ser fundamentais na erradicação dessa chaga da nossa história moderna.

JORNAL OPA! - Podemos dizer que todo homofóbico é um gay enrustido? ANDRÉ LACERDA - Acho que essa premissa é absurda, a começar pelo termo “enrustido”. Afinal quando o homossexual deixa de ser enrustido? Quando se aceita e busca ser feliz segundo a ética de seus próprios desejos??? Quando o “outro” o aponta na rua e lhe chama de gay??? complicado né?? Psiquicamente, temos instrumentos chamados de mecanismos de defesa do ego que são utilizados quando sentimos alguma ameaça se aproximando. Quem, ante a circunstância qualquer utiliza-se de recalcamento (repressão), sublimação, substituição , e outros mecanismos de defesa do ego pode, sim, estar sentindo um perigo iminente, ou seja, para um preconceituoso, a repressão à homossexualidade pode identificar que este tenha “medo” de descobrir-se homossexual. Mas isso não pode ser um paradigma e sequer uma hipótese vazia. JORNAL OPA! - Porque algumas pessoas se incomodam com a homossexualidade? ANDRÉ LACERDA - A antropologia social tem estudado nos últimos 30 anos aquilo que se chama etnocentrismo. O etnocêntrico rejeita tudo no mundo que o cerca, desde que esse tudo não seja igual a ele. Cada indivíduo possui sua própria cultura, sua própria visão de mundo. A comparação entre as diversas identidades pode gerar o confronto. Ou ainda... a comparação pode gerar o incômodo! JORNAL OPA! - Podemos dizer que o Brasil evoluiu ou não no quesito homofobia? ANDRÉ LACERDA - O Brasil viveu a maior parte de sua história sob regimes ditatoriais com altas doses de repressão conservadora. Do ponto de vista político, creio que a liberdade de expressão que, em tese, permite que vozes antagônicas sejam ouvidas, pode ser considerada uma evolução. Contudo, do ponto de vista humano, uma sociedade que precise de leis que proíbam o preconceito racial, a homofobia etc, pode ser considerada evoluída??? JORNAL OPA! - Qual a solução para a redução do preconceito contra homossexuais? ANDRÉ LACERDA - A solução está no âmago da revolução francesa... e está, inclusive, gravada

na bandeira do Rio Grande do Sul. A solução é: LIBERDADE, IGUALDADE E HUMANIDADE. JORNAL OPA! - Um beijo gay na novela ajudaria no combate à homofobia? E como você vê a forma com que a mídia trata o assunto? ANDRÉ LACERDA - Sou um livre pensador e adepto ferrenho das liberdades amplas e irrestritas, e acho que toda forma de censura é ato de selvageria. Contudo, acho que a homofobia e todo e qualquer preconceito, devem ser combatidos antes pelas instituições primárias. Ou seja: Família e escola. As artes (no caso da novela) e a mídia refletem a imagem do mundo cotidiano. O beijo gay na novela deve representar uma manifestação de afeto. E qualquer manifestação de afeto deveria ser vista como um dos retratos da natureza humana e não como uma arma para qualquer combate. JORNAL OPA! - Na sua opinião de profissional, o que você acha do Deputado Marco Feliciano? Ele é um homem errado no lugar errado? ANDRÉ LACERDA - Tive um atrito dia desses com um atendente de telemarketing. Explico: O atendente me liga e começa a fazer questionamentos de praxe como idade, sexo, estado civil, etc... ao que eu pacientemente ia respondendo. Eis que o moço me perguntou qual a minha raça, ao que respondi: Raça Humana! Ele retruca, me corrigindo: Não senhor, preciso saber se o senhor é preto, caucasiano, etc... Respondi veemente e meio irritado: RAÇA HUMANA! e complementei: Vivo num planeta onde ou tu és humano, ou tu és animal, ou tu és vegetal, ou ainda tu és mineral. Entre humanos e animais, a única diferença é que os humanos podem evoluir um raciocínio. Então, senhor atendente, minha raça é HUMANA. Dentro desse contexto, senhor jornalista, pelo que leio nos jornais, não acho absolutamente nada do Deputado Feliciano. Sim... acho que ele é um humano errado no planeta errado!


E O POVO FOI PRA RUA O dia em que o gigante acordou e foi lutar por mudanças POR TUIO MORAES

N

unca antes na história do Brasil se imaginou que tanta gente se juntaria na rua, não sendo uma parada gay ou evento evangélico. Porto Alegre foi às ruas abaixo de chuva e bombas de gás lacrimogêneo O Brasil seguiu o exemplo e o que se viu foi o povo munido de cartazes e esperanças tentando mudar o país. Na capital o estopim foi o reajuste do valor da passagem de ônibus, que passou de R$ 2,85 para R$ 3,05. Indignados e com a ajuda do Facebook usuários – e não usuários – do transporte precário de Porto Alegre saíram às ruas para tentar reverter o aumento da tarifa. Manifestações chegaram a reunir cerca de 10 mil pessoas em noite de chuva forte. As marchas tiveram as mais diversas rotas. O ponto de encontro mais usado foi à frente da prefeitura da capital. Lá houve tentativas de invasão, quebra de janelas e pauladas no secretário municipal de Coordenação Política e Governança Local, Cézar Busatto. A grande mídia, como sempre, virou seu foco para os isolados atos de quebra-quebra – que aconteceram em quase todas as manifestações – e deixou em segundo plano a maioria, as pessoas que pintaram a cara e foram à rua gritar por um novo país. No calor humano que tomou conta das ruas, no dia 4 de abril o juiz Hilbert Maximiliano Obara, da 5ª Vara da Fazenda Pública, aceitou uma ação cautelar movida pelos vereadores da bancada do PSOL: Pedro Ruas e Fernanda Melchiona, que suspendeu o reajuste do valor da passagem. Em entrevista ao Jornal Opa! na época, Obara destacou a força das ruas, “Acredito que as manifestações populares são muito importantes para que a sociedade, ou parcela da mesma, possa manifestar sua vontade”, disse ele. Desta vez o povo foi às ruas dançar e comemorar na chuva a primeira conquista. Os atos por aqui foram organizados pelo Bloco de Luta pelo Transporte Público, grupo que nasceu no DCE da UFRGS e que tem integrantes ligados a partidos como PSOL e PSTU, mas se diz totalmente autônomo nas decisões e quantos às causas e atos organizados por ele.

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MAS POR QUE AGORA?

No olho do furacão das manifestações estão os políticos e sua má forma de conduzir o país, olhando apenas para interesses pessoais. Mas esta insatisfação contra a classe política não é nova, então porque só agora o povo se uniu e #FoiPraRua? Na grande maioria estavam lá jovens estudantes universitários – saídos do Facebook. Para o cientista político Marcelo Suano o que levou uma massa pra rua foi: #Nenhum Partido Me Representa, “De forma direta, a sociedade foi para a rua porque percebeu o esgotamento de um modelo político, de um sistema eleitoral que prioriza os compadrios, os processos corruptores e não tem mais capacidade de representar a sociedade”. Suano acredita que a sociedade também deixou claro que as avaliações a seu respeito estão erradas. Tornou-se corriqueiro afirmar que - como os líderes eleitos refletem a alma de seu povo, ou seja, eles são o espelho da sociedade - a nossa sociedade é corrupta. O que ela mostrou? Que não. Que nossa sociedade é conservadora (com tudo de bom e ruim que isso possa significar), tolerante e crédula em relação a esperar que a solução dos problemas venham pelos canais institucionais, mas estes não têm mais nenhuma capacidade de resolver qualquer problema, por isso ela foi para as ruas. A questão do aumento do valor da passagem de ônibus em Porto Alegre e, após, a busca do passe livre para estudantes em São Paulo foram só o começo da pauta. Pessoas, agora mais velhas, se juntaram a jovens carregando em seus catazes seus pedidos e dilemas dos mais variados. Uma protestava pelo péssimo estado das calçadas em Porto Alegre, outra pela alta do valor da ração para seu cachorrinho, no Rio de Janeiro. Cada um com uma causa, mas todos juntos pela mudança no Brasil. Marcelo Suano acredita que, mesmo tendo as mais variadas motivações, a população se acha achatada no Brasil, “Apesar da inclusão social ocorrida no país, que foi importante e significativa, mas nivelou a classe média por baixo e não por cima. Além disso, ela, em seu, todo está endividada e não vê os seus impostos gerando benefícios para a sociedade, logo, não vê resultados”, diz ele. Para o cientista político Alberto Carlos o que motivou os jovens a saírem às ruas foi o aumento da escolaridade, mais gente cursando a faculdade. Ele acredita que para alguém que cursa uma faculdade é inaceitável que os políticos não devolvam, em serviços, proporcionalmente, o que foi cobrado em impostos. Para um pobre, sem escolaridade, esse fato é menos grave. Esse pobre acha que os políticos são superiores a ele, por isso devem ter direitos que eles próprios não têm – Por isso que os protestos que vemos não são quando o país piora – mas quando ele fica melhor.

#SAIMOS DO FACEBOOK

É incontestável a importância das redes sociais para juntar tanta gente na luta. O Facebook – que Mark Zuckerberg tenha seu lugar reservado no céu – foi a ferramenta usada para convidar e informar os usuários dos eventos. Mas porque a geração dos “ativistas de sofá”, alienados, saiu da internet? Será que cansou de xingar muito no Twitter? Neste ponto Suano acredita que o jovem foi ignorado, humilhado e ridicularizado “Essa é uma interpretação das outras gerações baseada mais na sua própria ignorância que na do jovem propriamente dita. Ignoram os novos canais de relacionamento; a força da internet; os contatos ampliados e a possibilidade de terem respostas de forma acelerada às curiosidades”.

DA CURA GAY AO PASSE LIVRE

As motivações foram várias. As pautas de reivindicações ganham adeptos a cada movimento. A chamada “Cura Gay”, projeto que estava para ser aprovado na Câmara dos Deputados – Projeto permite a um psicólogo tratar e tentar curar um homossexual, fazendo do homossexualismo uma doença tratável – o povo nas ruas gritou contra e o projeto foi arquivado. A PEC 37, pronta para ser votada também foi rejeitada na Câmara dos Deputados. A polêmica e – primeiramente aceita pela maioria dos deputados – Proposta de Emenda Constitucional 37/2011 (a popular PEC 37) dava poder de investigação criminal com exclusividade às polícias federal e civil, retirando esta atribuição de alguns órgãos e, sobretudo, do Ministério Público (MP). #Vitória das Ruas. A Copa do Mundo é nossa, mas o povo quer hospitais e escolas no padrão FIFA. Quando poderíamos imaginar que o brasileiro seria contra o futebol. A maioria não é contra a Copa, mas questiona os altos investimentos públicos em estádios monumentais – em cidades onde nem time existe para jogar depois do evento – ao invés de investir em saúde e educação, dois pontos em que o brasileiro carece tanto. Uma grande bandeira dos manifestantes é o passe livre para estudantes e desempregados. Em São Paulo quem organizou os protestos foi um grupo que luta há tempos por isso. Aqui a causa foi colocada na pauta e, além disso, os ativistas lutam por um transporte público 100% público, tirando das empresas privadas as concessões públicas para explorar linhas de ônibus. Para o Bloco de Lutas o passe livre é mais que possível já que as empresas de ônibus têm lucros exorbitantes – o que é contra a lei e teriam condições de bancar essa medida.



Pra quem pensa que a vida de jornalista é fácil, saiba que o mês foi de muito perrengue para a classe. Essa é a parte mais séria da história desta coluna. De protestos, fulecos e greves, estamos tendo um julho no mínimo histórico para o povo tupiniquim. Ainda sobre os feitos do nosso povo, temos de destacar a tristeza que está sendo para os fashionistas e apreciadores de inovações, o desuso da caxirola. Sabe o que é? Aquele brilhante chocalho desenvolvido pelo Carlinhos Brown, com a ideia de levar adiante o velho e satisfatório legado da vuvuzela, da Copa do Mundo da África. Pois bem, virou arma na mão dos torcedores e fora extinto já! Não chegou nem a figurar nas arquibancadas da Copa das Confederações, faturada por Neymar e companhia, que nem tomou conhecimento da badalada Espanha.

Pra começar com os conselhos de moda, vamos aproveitar esse gancho futebolístico. Nessa mesma Copa das Confederações, além de comprovar que temos uma grande estrutura para receber os estrangeiros, afinal, qualquer vendedor de amendoim fala inglês, mostramos que nossos atletas são descolados e dão inveja nos europeus. O quesito penteado, não vou comentar, pois já descrevemos inúmeras vezes o poder das madeixas do Neymar, mas o que se evidenciou também, foram as inúmeras tatuagens dos jogadores. Tape-se de riscos, sem importar o que significam ou a quem será a referência. Nome de namoradas(os) é muito válido também. Tabela no Excel para marcar as pessoas com quem você já ficou? Fora de moda! Marca no couro que passa mais credibilidade, rapaz! O local? Bom, aí temos inúmeros. O Neymar tem um pergaminho no peito. Ta aí outra ótima dica.

Para os que circularem no entorno dos estádios, a ideia tropical do Brasil deve permanecer. Aqueles óculos na cabeça são sempre bem-vindos. Escuros com lentes espelhadas, é claro. Nesse ambiente litorâneo nós, homens, solicitamos que as mulheres permaneçam com o uso do salto Anabela. Sabe como é? Aqueles inteiros, com um madeirão embaixo dos calçados. Por vezes são revestidos de cortiça (material da rolha pra quem não sabe) o que dá um toque ainda mais sofisticado à peça. É fundamental, até mesmo nesse inverno, pois pode ser usado com meias.

O pessoal segue mandando dicas para incluirmos na coluna, e, dentre as mais indicadas, entram as sobrancelhas pintadas. Seguindo a onda da tattoo, pois se trata de um tipo de tatuagem também, aconselhamos que as mulheres retirem TODOS os pêlos acima dos olhos e façam esse processo. Nunca mais se incomodarão com tal parte do corpo e terão essa listra bela por sobre essa parte tão misteriosa e admirada pelos homens: os olhos.

Bom, mas para concluir, indicaremos uma informação importante aos homens: bermuda de surf. Sim, elas devem ser usadas sempre. Aproveitando esse “veranico” de julho, tire as suas do roupeiro e utilize-as com tênis e coturnos. O negócio é ser ousado e misturar os estilos e tendências. Seria, basicamente, como aquela calça preta e branca que as mulheres estão usando tanto, sabe? Fica lindo em qualquer ocasião. Bom, por julho é o que temos, lembrando que aos poucos estamos crescendo e, em breve, estaremos criando nosso próprio jornal. Tá, isso é brincadeira e que o dono do Opa! não leia, né? É tudo isso, #soquenao. E, se tiveres dúvidas ou sugestões, mande para nós, pois queremos que todos compartilhem o bom gosto verde amarelo para o mundo.


Q

uem participou, ou acompanhou pela mídia, as manifestações ocorridas pelo Brasil não pode deixar de ver inúmeras caretas brancas, com sorriso irônico, bochechas rosadas e bigode no estilo “handlebar and chin puff”. A história por trás da máscara, que hoje é símbolo da “Revolução do Vinagre” surgiu bem antes da era da internet.

ANONYMOUS

Se você é deste planeta, com certeza já ouviu falar do Grupo Anonymous, comunidade online que surgiu em meados de 2003. A máscara de sorriso cruel e misterioso foi adotada como símbolo do anonimato e para expressar os ideais do grupo, que podem ser resumidos nas recentes declarações de um dos seus membros: “Não somos uma organização. Sou você. Sou fake. Sou real. Somos todos. Não somos ninguém. Somos uma ideia”. Ninguém pode afirmar nada quanto ao grupo. Especula-se que seja um grande grupo de hackativistas (hacker + ativistas), com representações em diversos países e que causam muita bagunça em nome de seus ideais revolucionários. Os anonymous atuam de modo descentralizado e sempre agem a favor da liberdade de expressão e contra o governo. Agem dentro e fora da internet, embora suas ações mais conhecidas sejam as invasões de sites e perfis em rede sociais. Influência nas manifestações brasileiras, recentemente postou um vídeo de 1 minuto e 45 segundos no youtube - com clima de suspense, imagens tremidas e desfocadas e voz digitalmente alterada, tal qual os discursos do movimento em outros países – que é iniciada assim: “Seremos simples e diretos. As mídias de rádio e TV dizem que não temos uma causa específica. Isso pode enfraquecer o movimento. Só a diminuição do valor das passagens de transportes públicos não nos satisfaz, mas, realmente, temos que saber por onde começar um novo Brasil”. Desta vez, os mascarados brasileiros pautaram cinco metas específicas para as novas manifestações - que minutos depois já pipocavam na internet e posteriormente em cartazes nas manifestações. Na noite

C

oletivo é um grupo de pessoas organizadas em torno de uma estrutura, podendo ser hierárquica ou não, com um único fim. Os coletivos agem dentro da luta de classes e movimentos sociais diversos por reconhecer e ter como princípio que só a luta garante o direito dos povos. Existem muitos coletivos envolvidos na luta em Porto Alegre. Alguns deles são coletivos partidários, liga-

de quinta-feira (20/6), a página do movimento foi derrubada no Facebook, desaparecendo sem deixar rastros. Em resposta ao sumiço misterioso, um dos anônimos criticou a possível censura, mas deixou claro que permanecem firmes nos seus propósitos e apoiando causas justas e que voltarão mais cedo do que se imagina.

V DE VENDETTA

Ao contrário do que se possa pensar, o grupo Anonymous não inventou a máscara, somente acrescentou a face de Guy Fawkes a seus propósitos e isso se popularizou. Ai você deve estar se perguntando: Quem é Guy Fawkes? Guy Fawkes não é, foi. Foi há muito tempo, em 1605. Era um soldado católico inglês que participou da chamada Conspiração da Pólvora, uma manobra para explodir o Parlamento britânico e matar o rei Protestante Jaime

dos à juventude dos partidos de esquerda; outros são coletivos de comunicação que têm caráter informativo-parcial; existem também coletivos com interesses bem específicos, como os que lutam pela defesa dos negros e ambientalistas. Diversas pessoas vêem a necessidade de se unir com quem pensa parecido para não ser apenas “mais um” dentro das lutas, mas fazer um trabalho constante e diário de luta. Quem trabalha em coletivos são jovens do ensino médio e universidades que se juntam, ao perceber a desunião crescente dentro das lutas, para agregar pessoas e buscar cessar o surgimento de novos grupos, procurando a união de membros. Existem diversos coletivos aqui no RS e no Brasil inteiro, eles se divulgam através de redes sociais. O Jornal Opa entrevistou dois coletivos aqui de Porto Alegre, para entendermos um pouco mais sobre a história deles.

1° Guy era o expert em explosivos e ficou responsável pelos 36 barris de pólvora. O golpe fracassou e Fawkes foi preso. Para escapar de ser estripado e decapitado, se suicidou. Ficou conhecido como “o único homem que entrou no parlamento com intenções honestas”. Ninguém dava a mínima para esta trágica passagem histórica. Então, em 1982, o autor de quadrinhos Alan Moore lançou “V for Vendetta” uma história que tinha como protagonista um justiceiro que ia contra um governo corrupto e usava uma máscara estilizada fazendo alusão às características de Guy Fawkes. A HQ de Alan Moore fez muito sucesso na década de 1980 e voltou a ser muito comentada em 2006, com o lançamento do filme homônimo, dirigido por James McTeigue. A máscara era dada como brinde para quem fosse assistir ao lançamento do

filme nos cinemas. Depois do cinema e das aparições da máscara em diversas manifestações em todos os lugares do mundo e de personalidades importantes como o responsável pelo Wikileaks Julian Assange a “marginalização” da máscara chegou ao Brasil. Não fique chateado se você acabou de descobrir que o acessório que achava o mais “cool”, moderno e atual neste momento revolucionário do Brasil é, na verdade, uma “caricatura” de um soldado inglês que teve seu movimento estragado por delatores. Não precisa apagar as fotos no Facebook nem deletar seu Instagram, afinal deu trabalho montar aquela foto super criativa da bandeira do Brasil + máscara do Guy Fawkes. O soldado inglês, o personagem de V for Vendetta, Anonymous e você, no fundo, partem de um mesmo ideal e espero que não tenham o mesmo fim.

vulgação e análise das lutas sociais diversas, em Porto Alegre, das quais participamos (DeSurgiu há oito anos, sob a forma fesas Públicas, Ocupa Árvores, Solidariedades de uma cooperativa de trabalho, formada às Vilas, Fora Renan, Contra o Aumento...) e por jornalistas com o objetivo de fazer uma escolhemos a ação direta, a desobediência comunicação anti-hegemônica, com um olhar voltado aos movimentos sociais. Com o civil libertária para lutar pelas causas que tempo foram se agregando outras pessoas na achamos justas, baseando-nos em preceitos Catarse ligadas às artes, à administração, etc. e pilares próprios como a autogestão, a coopNosso trabalho atualmente é bem focado no eração e a luta contínua. Nós, do CDDB, agimos dentro dos audiovisual, mas também trabalhamos com formação e com cultura. Administramos um grêmios estudantis de colégios públicos e Ponto de Cultura, Ventre Livre, e estamos re- particulares com a conscientização, politizaalizando alguns projetos de audiovisual, além ção e aproximação do estudante ao cenário ativista. Somos menos de 40 pessoas, mas de prestação de serviço em comunicação. agimos quase diariamente na Internet e com bastante frequência dentro das mais diversas COLETIVO NEGAÇÃO pautas existentes, buscando trazer mais Somos o Coletivo Dia do BOsta. pessoas e agregá-las conosco dentro destas Agimos atualmente dentro do Bloco de lutas específicas (o não ao corte de árvores) Lutas pelo Transporte Público (e da Frente Autônoma deste mesmo bloco). Um coletivo ou bem amplas (a luta contra o Estado). Um coletivo, pois, age de acordo com o que apartidário, libertário, autônomo e indeacredita em busca das pautas pelas quais pendente que nasceu de ex-integrantes do luta. movimento direitista Dia do Basta Contra Corrupção. Agimos na Internet através da di-

COLETIVO CATARSE


POUCA EXPERIÊNCIA NO CURRÍCULO, DESTACÁ-LA? COMO

Saiba como elaborar um bom currículo e se destacar em entrevistas de emprego. POR BRUNA LAIS ALVES

Chegou o momento de ir em busca de um estágio. E agora? O curso superior já está em andamento, aí surge o interesse de obter experiência, conquistar certa liberdade e praticar o que se aprende em sala de aula. A primeira dúvida é quanto ao currículo. Como elaborá-lo quando há pouca ou nenhuma experiência profissional? Para isso, conversamos com a Lisane Driemeyer, que atua como Assistente de Recursos Humanos, e possui experiência com entrevistas de emprego há dois anos, aproximadamente. Ela acredita que o currículo deve ser objetivo, fácil de entender e deve-se deixar os pormenores para a entrevista de emprego. Salienta que não se deve colocar números de documentos no currículo, a não ser que a empresa solicite. Além disso, é interessante levar junto a Carteira de Trabalho e outros documentos para a entrevista e, caso seja solicitado, apresentá-los. Lisane comenta que a observação pode parecer ultrapassada, mas relata que recebe muitos currículos com estas informações. A Assistente de Recursos Humanos elaborou, em etapas, como elaborar um currículo interessante e de qualidade. Confira! 1ª etapa - deve conter os dados pessoais, como: nome, endereço, e-mail, telefone, entre outros. 2ª etapa - é o perfil profissional, por isso, é a mais importante etapa do currículo. É o momento de escrever, em torno de cinco linhas, um resumo das experiências (se houver), formação, objetivo profissional e possíveis incoerências. Se o currículo tiver essa etapa, será o primeiro local que o recrutador irá ler. 3ª etapa- Escolaridade. Se for um candidato de 2° grau, coloque a escola e o ano em que estiver cursando. Se for um candidato do ensino superior, torna-se desnecessário escrever sobre o 1° ou 2° graus. O foco deve estar na graduação, informando o nome da Instituição, nome do curso, data de início e fim ou previsão de conclusão se ainda estiver cursando. 4ª etapa - Experiência profissional. Este é o momento de descrever as experiências, informando a empresa, cargo, período (data de início e fim) e atividades. Informar o cargo é muito importante, porém não se limite a ele. Nomenclaturas para as funções podem variar muito de empresa para empresa, será o momento de descrever o que fazia em cada experiência, relatando as responsabilidades e rotina de trabalho. Também é preciso colocar data de início e fim, e não coloque apenas o ano, os meses são fundamentais. 5ª etapa - Formação complementar. Momento de descrever sobre cursos menores, de curta duração. Escreva a instituição, carga horária e ano de realização. Línguas também podem ser descritas neste espaço ou podem criar um tópico a parte para Idiomas. 6ª etapa - Conhecimentos complementares. Descreva seus conhecimentos em informática e o nível de seu conhecimento, além de outros que julgar importantes.

Além das dicas, Lisane salienta que o ideal é o currículo ter somente uma página. “Às vezes temos dificuldade em concentrar todas as informações em somente uma página, mas no meu ponto de vista, não devem passar de duas páginas, pois fica muito cansativo para quem faz o recrutamento e você acaba nem lendo tudo. Como citado anteriormente, os pormenores ficam para a entrevista de emprego.” Em tópicos, confira agora algumas considerações muito importantes analisadas em currículos e entrevistas. Vista-se adequadamente, de maneira formal. Erros de português são inaceitáveis. Cuidado com a escrita. Não cite características pessoais como: sou dinâmico, aprendo rápido, possuo bom relacionamento interpessoal. Qualquer candidato pode dizer isso, o momento da entrevista será o momento de demonstrar suas habilidades comportamentais e pessoais, e não no currículo. Cuidado com a organização. Deixe as informações fáceis de serem encontradas. Escreva o suficiente, sem enrolar. Foque naquilo que deve ser dito. E a mais importante de todas as dicas: Não minta, seja sincero e coerente em seu currículo!

QUALIFICAÇÃO TÉCNICA À DISTÂNCIA É ALTERNATIVA PARA TER FLEXIBILIDADE NA ROTINA DE ESTUDOS

F

azer a diferença no mercado de trabalho não é uma tarefa fácil, pois muitas pessoas precisam conciliar os estudos com outras atividades. Principalmente para aqueles que possuem horários atípicos para estudar devido à extensa rotina de trabalho. Para esse profissional, o ideal são os cursos técnicos oferecidos na modalidade a distância (EAD) que possibilitam aprendizado com flexibilidade de horário e local. Com uma crescente procura, os cursos técnicos EAD atendem aqueles que buscam a qualificação em vista do crescimento profissional em um curto espaço de tempo. Para atender essa demanda, o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial – Senac, está oferecendo, em todo o país, oito opções de cursos técnicos de nível médio. As aulas iniciam no mês de agosto e interessados podem fazer sua matricula até o dia 9 do mesmo mês. O Gerente da Educação a Distância do Senac Rio Grande do Sul, Sidinei Rossi, destaca como diferencial da entidade o gradativo aumento na procura pelos cursos na modalidade EAD. “Desde o início da oferta temos tido um crescimento médio de 40% no número de novos alunos. No Rio Grande do Sul, por exemplo, tivemos o ingresso de mais de 1.300 novos alunos em cursos de nível técnico somente no primeiro semestre desse ano”, afirma. Na Educação a Distância, o Senac oferece uma metodologia de ensino centrada no aluno com diversos recursos tecnológicos que facilitam a aprendizagem, com orientação e acompanhamento online diário e uma aula presencial durante a semana. Os benefícios ao estudante que opta por um curso EAD são diversos. Com destaque, estão a flexibilidade nos horários de estudo, o respeito ao ritmo de cada aluno, o desenvolvimento de competências valorizadas no mercado (organização, pró-atividade e responsabilidade, por exemplo), o menor custo com deslocamento e a possibilidade de conciliar a vida profissional ao estudo. Para garantir um bom rendimento, a dica é reservar um tempo diário de estudo. “Recomendo que o estudante acesse diariamente o ambiente virtual de aprendizagem, participando dos fóruns, chats e realizando as atividades online. O tempo de estudo diário varia de aluno para aluno, mas nossos estudos mostram que em média um aluno que dedica duas horas por dia acompanha o curso mais tranquilamente e desenvolve as competências propostas”, esclarece Rossi. Nesse semestre, 121 Unidades do Senac em todo o país serão polos dos cursos técnicos a distância. Informações e inscrições podem ser realizadas pelo site www.ead.senac.br.

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Neste retorno de Dunga e Renato aos seus antigos clubes, o que não falta é apoio por parte das duas torcidas POR DIEGO WEILER

No início deste mês a dupla Gre-Nal voltou a viver uma situação inusitada no futebol: os dois clubes possuem atualmente ídolos do passado em suas casamatas. Fato já ocorrido no primeiro semestre de 2011 quando Renato Portaluppi e Paulo Roberto Falcão comandaram, respectivamente, Grêmio e Internacional. A situação se repete agora, porém com uma substituição. Do lado gremista novamente é Renato Portaluppi que comanda. Já do lado colorado é Carlos Caetano Bledorn Verri, o Dunga, que vem mostrando seu trabalho agora como treinador. Os dois atuais treinadores também chamam a atenção pelos estilos marcantes. Distintos, porém ambos marcantes. Renato é pura emoção. Vai do 8 ao 80 em poucos segundos à beira do gramado. É extrovertido, galã, fala a língua dos boleiros. Insere-se no grupo de jogadores como um AMIGÃO, e transmitir sua experiência e paixão pelo clube parecem ser suas maiores ferramentas. Dunga é um líder nato e transmite isso no comando da equipe. Conhecido pela sua bravura, como treinador reafirma esse status, passando por cima de tudo e todos por suas convicções. Às vezes chamado de arrogante, às vezes sendo mesmo, Dunga faz o tipo linha dura tanto com a imprensa quanto com o grupo de jogadores. A expressão FAZER CORPO MOLE parece não entrar no dicionário do técnico colorado. O Jornal Opa! conversou com dois fãs dos ex-jogadores Dunga e Renato, que agora acompanham e avaliam os craques no comando da dupla. Ambos aprovam a ideia de ter um ídolo como treinador da equipe e estão gostando do trabalho apresentado por eles até o momento. Segundo o engenheiro de produção Diego Ilha, 29, colorado, Dunga está im-

pondo o seu estilo de jogador na equipe do Inter e com isso vem “conseguindo o que os últimos treinadores no clube não conseguiram, que é uma forte liderança e, consequentemente, o comando do grupo”. Diego aposta que com isso o time se fortaleça cada vez mais e - junto com boa parte da torcida colorada - não esconde as expectativas: “com uma ‘cara’ definida, um espírito aguerrido em campo e um trabalho de médio prazo - um ano a um ano e meio, já é possível acreditar em um título de maior expressão”. O gremista e funcionário público Lucas Siniak, 31, também está otimista com a volta do ídolo à casamata tricolor. Diz não considerar Renato um treinador excepcional no atual momento, mas vê na paixão do ídolo pelo clube a esperança de bons resultados, assim como os já conseguidos durante a primeira passagem de Portaluppi como treinador do Grêmio, em 2010. “Há dois modos de se vencer uma competição: pela técnica bem apurada ou pela imensa vontade de ganhar pela camisa. Renato se encaixa nesse segundo caso.”, explica. Lucas ainda cita

outra “arma” de Renato para motivar a equipe: mostrar ao grupo o quanto ele é idolatrado pela torcida gremista, para que os jogadores entendam a importância de se construir uma história no clube. Por mais eufóricas que sejam as chegadas de ídolos para o comando técnico de equipes, a responsabilidade sobre eles é bem maior do que a de treinadores sem um vínculo anterior com o clube. A torcida espera mais deles. Sempre. São nomes que carregam um significado histórico e com isso a esperança de bons resultados - iguais ou ao menos próximos dos alcançados no passado - é depositada nestes ídolos. A dupla Gre-Nal, nas passagens que se sucederam até aqui, vem sabendo separar a imagem do ídolojogador da imagem do ídolo-treinador, sem deixar que uma interfira na outra. E assim deve acontecer neste retorno de Renato e Dunga a seus ex-clubes. Obtendo ou não os resultados esperados, a história já escrita por eles será sempre lembrada.

Fizemos uma pequena ficha técnica da vida e do vínculo dos dois treinadores com seus clubes. Confere aí!

CARLOS CAETANO BLEDORN VERRI (Dunga) Nascimento: 31/10/1963 (49 anos) Natural de Ijuí - RS Períodos no Internacional Como jogador: 1983 - 1984 (10 jogos) e 1999 - 2000 (20 jogos). Como treinador: dezembro de 2012 até agora. Maiores conquistas: Como jogador: Copa do Mundo de 1994, onde foi o capitão da seleção brasileira. Como treinador: Copa América de 2007.



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