O pessoal que se puxa nos técnicos João Marcelo Astolfi, 18 (Eletrotécnica)
“Vejo muitas possibilidades de trabalho nessa área. Cada vez cresce mais emprego e pesquisa. Ainda não sei se vou seguir com o curso na faculdade, pois gosto muito da área da saúde também.”
Jorge Weissheimer, 20 (Eletrotécnica)
Uma aposta no futuro Centenas de jovens ocupam todos os espaços nos Pavilhões da Fenac, à procura de novidades que podem transformar o mundo
À
s 15 horas do dia 25 de outubro de 2011 foi aberta oficialmente a Mostratec, promovida pela Fundação Liberato. Autoridades municipais e estaduais estiveram presentes à solenidade. Mas elas são apenas coadjuvantes, porque os protagonistas ocupavam os 350 estandes, que apresentavam o que há de mais novo em pesquisa feita pelos estudantes do ensino médio.
“Esse curso é uma tradição na minha família. Sou a segunda geração, então cresci vendo meu pai fazer isso. Na faculdade quero seguir nessa área, pois vejo muitas possibilidades se abrindo.”
Vanessa dos Reis, 15 (Química)
“É um campo muito amplo com diversas possibilidades de emprego. Venho pesquisando muito sobre Engenharia Química que é o curso que pretendo fazer quando terminar o técnico.”
Marina Escobar, 16 (Química)
“Vejo que o campo de trabalho na área de Química é bem amplo e isso me motiva muito. Vejo também que várias pessoas que se formaram aqui na Liberato estão bem na carreira, com trabalhos bacanas na área, isso também incentiva.”
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EDIÇÃO ESPECIAL
MOSTRATEC
O QUE A
Outubro de 2011
Projetos
De olho nas descobertas
Kyra Broeders, 18 Lyanca de Jong, 17 (Holanda)
Para mostrar um pouco de sua terra natal, as jovens trouxeram comidas típicas e a bandeira de sua província, a Friesland, que fica no país “laranja”.
Dias Kozhakhmetor, 16, Adilzhan Tobelidi, 17 e Mukhamedrakhim Toktarov, 17 (Cazaquistão)
De 25 a 29 de outubro, a Mostratec exibe pesquisas que já estão um pouquinho a frente do nosso tempo
E
les vêm de todos os cantos do planeta com ideias pra lá de inovadoras. Os jovens pesquisadores, de 14 a 21 anos, atravessam oceanos para mostrar ao mundo o que descobrem dentro da sala de aula. Na Mostratec, eles têm a oportunidade de tornar essa pesquisa conhecida, receber prêmios por causa do trabalho e quem sabe até um patrocínio para tirá-lo do papel. Esse ano, serão apresentados 350 projetos de 18 países, além do Brasil. Conhecimento para ninguém botar defeito.
Uma garrafa feita em couro para levar líquidos e um camelo de pelúcia foram apenas alguns dos “mimos” trazidos pelos meninos para o Brasil.
Romina Niskinich, 15 Maria Belen Benitez, 15 (Paraguai)
As jovens trouxeram um sombrero típico usado por muitos homens do campo, e também para dancar nas festas folclóricas. Elas tambem trouxeram um pano típico bordado a mão chamado “nãnduti”.
NOME: Yusra Salman, 14, e Ayse Nursah Idin, 16 PAÍS / LUGAR: Turquia O QUE DESCOBRIRAM: As meninas estão no projeto há pouco mais de 6 meses. Mas mesmo em pouco tempo as jovens pesquisadoras descobriram uma forma de diminuir a velocidade com que a ferrugem afeta os metais. PQ É IMPORTANTE: Segundo as jovens, a pesquisa pode auxiliar em muitas áreas, já que os metais são muito utilizados. Além disso, isso ajudaria no impacto dessa corrosão no meio ambiente, auxiliando também na preservação do planeta.
NOME: Sara V PAÍS / LUGAR O QUE DESC jogos de comp que usam de m tamento do ad casos de assa que os autore PQ É IMPORTA portante que não acredite q violência prec não sair e afe
NOME: Sandy Barros, 16, e Mariangela Ojida PAÍS / LUGAR: Paraguai O QUE DESCOBRIRAM: Uma doença pouco das j Cha ae anç difi ciê ma PQ me cas frem isso par con
26/10
AINDA VAI ACONTECER:
27/10
Vitória Costa, 16, e Emanuel Fróes, 16 R: Maranhão/Brasil COBRIRAM: A dupla estudou como os putador e videogame, principalmente os muita violência, podem afetar o compordolescente. A pesquisa iniciou após dois assinatos em escolas que ficou provado es eram usuários de jogos desse tipo. TANTE: Segundo os pesquisadores, é ima família dê o suporte para que o jovem que o jogo possa ser como a vida real. A cisa ficar restrita à tela do computador e etar a vida das pessoas.
Competição de Robótica
NOME: Vanessa Nunes, 15, e Marcos Gonçalves, 17 PAÍS / LUGAR: Espírito Santo/Brasil O QUE DESCOBRIRAM: O treinamento de um cão-guia, para auxiliar uma pessoa com deficiência visual, custa em média R$ 25 mil. Pensando nisso, a dupla criou um robô que pode realizar muito mais do que o fiel amigo de quatro patas. E por um preço médio de R$ 1,5 mil. PQ É IMPORTANTE: Nem todo mundo tem acesso a um cão-guia hoje em dia. E há lugares que o animal não pode entrar com o dono. O projeto resolveria esses e outros problemas que atrapalham a qualidade de vida do portador de deficiência visual.
a, 16
o conhecida foi a aposta jovens para a pesquisa. amada de “discalculia”, enfermidade atinge criças, jovens e adultos e iculta o aprendizado de ências exatas, como a atemática. Q É IMPORTANTE: As eninas querem mostrar sos de pessoas que som do problema e com o conscientizar o mundo ra um problema pouco nhecido.
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Visitação Noite de Talentos
NOME: Gabriel Carvalho, 18, e Guilherme da Silva Santos, 19 PAÍS / LUGAR: Novo Hamburgo/Brasil O QUE DESCOBRIRAM: Os estudantes de Eletrotécnica da Liberato criaram um protótipo de uma cadeira de rodas totalmente feita com material reciclado. PQ É IMPORTANTE: O projeto pode baratear o aparelho utilizado por pessoas com necessidades especiais. Para se ter uma ideia, a cadeira feita pelos alunos custa R$ 170,00. Enquanto que uma cadeira normal não sai por menos de R$ 300,00.
NOME: Mutiah Humaia, 18, e Nizma Permaisuari, 18 PAÍS / LUGAR: Indonésia O QUE DESCOBRIRAM: As meninas vieram de muito longe para mostrar como a água pode ser uma boa fonte de energia. As duas usaram para a pesquisa água que seria inutilizada e aplicaram uma bactéria. Através dela, conseguiram uma nova forma de energia. PQ É IMPORTANTE: Muito se fala em procurar formas alternativas de energia. O trabalho das meninas pode ser uma boa opção para ajudar o nosso meio ambiente.
Finais da Robótica Primeira noite de Prêmios
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Segunda noite de Prêmios
O que falta ser inventado?
Marlene Teixeira
Coordenadora da 26ª Mostratec “A cada ano nos surpreendemos com as novidades. Há projetos nas mais variadas áreas. Muitas pesquisas com enfoque no social e no meio ambiente. Ideias que a primeira vista soam estranhas podem se tornar grandes projetos. Cabe ao jovem observar as necessidades e acreditar no seu potencial.”
Alberto Dal Molin Filho
Coordenador de Assuntos Internacionais “Abrimos horizontes e hoje pesquisamos áreas do conhecimento muito diferentes como a nanotecnologia e a microbiologia. O nosso futuro vai ser construído através de inovações, de descobertas usáveis por todos, que melhoram a qualidade de vida das pessoas. A inovação deve fazer parte da consciência mais ampla de um pesquisador e vai ser desenvolvida nos jovens que hoje vão pensar o futuro.”
4 Cultura
EDIÇÃO ESPECIAL
Expediente - Jornal O Polvo - Bark Comunicação Edição: Maurício Carvalho Reportagens: Gisele Santos e Alexandra Korndorfer Fotografia: Gisele Santos e Alexandra Korndorfer Estagiário em Arte: Matheus Chisté Impressão: Mídia Gráfica RBS www.opolvo.com.br
MOSTRATEC
Outubro de 2011
Às vezes não precisa nem ler o crachá para saber de onde cada pesquisador veio. Basta uma olhada e uma breve conversa
Ao redor do planeta
U
ma verdadeira Torre de Babel. Assim poderia ser chamada também a Mostratec, que reúne gente de tudo que é lugar. Além das línguas estrangeiras e de todos aqueles sotaques brasileiros, o que não faltam são enfeites e muitos elementos típicos que cada estudante traz junto na sua mochila. E para marcar de vez esta experiência, muitos também pretendem levar daqui uma lembrança além, é claro, dos prêmios. Eles aumentaram este ano, melhorando as chances de todos saírem satisfeitos!
O que trouxe: Chapéu, colar e brincos feitos artesanalmente mostravam as origens desta colombiana, que apesar de viver numa região litorânea, fez questão de trazer um pouco da cultura indígena. O que vai levar na bagagem: O que ela quer mesmo é levar um prêmio para casa. “Estou representando o meu grupo e pretendo dar um presente para eles.”
Ringue de Robôs Entre as atividades paralelas da Mostratec está a First Lego League, a competição de robótica. Mas antes das provas oficiais, a galera aproveitou para conhecer alguns dos robôs feitos pelas equipes que disputam uma vaga no mundial.
Romana Macarena, 16
Vivian Vergara, 16
Paraguai
Colômbia
Roldão Carlos Andrade Lima, 17
O que trouxe: Apesar de não estar na mala, o projeto do estudante (centro) e de seus amigos era sobre o açaí, uma fruta típica da sua cidade, Imperatriz. “Lá se faz tudo com a fruta: sorvete, creme, suco.” O que vai levar na bagagem: “A cidade é bem diferente, é mais industrializada. Mas o que me chamou atenção foram as roupas das pessoas. Pretendo fazer algumas compras antes de voltar para o Maranhão”, conta Roldão, que já conheceu o Shopping.
O que mais acontece por lá
O que trouxe: Bandeira do país, recordações para os visitantes e água para o tererê, bebida típica do Paraguai. O que vai levar na bagagem: ”Queremos levar lembranças da cidade, muitas fotos e amigos. E a erva do chimarrão, pois a nossa é bem mais grossa. A de vocês parece um pó”, conta Romana (esquerda na foto).
Everton Leandro dos Santos, 18
Maranhão Campo Grande
O que trouxe: Além de coisas típicas de seu Estado, o jovem trouxe muitos casacos já que o RS é famoso por ser um local onde faz bastante frio. O que vai levar na bagagem: Muita experiência, amizades e claro, cuia e erva para fazer um bom chimarrão.
Tabuleiro gigante Muitas modalidades esportivas serão disputadas durante a mostra. E uma delas é o xadrez. Para testar a estratégia dos visitantes e descobrir novos campeões, um tabuleiro gigante foi montado para quem quisesse se arriscar com as peças.