Que
Encontro
A oração
Espiritualidade
Recorrer
Palavra
Que
Encontro
A oração
Espiritualidade
Recorrer
Palavra
Estudante dedicada, católica praticante e assídua leitora da Bíblia, Benigna Cardoso foi martirizada aos 13 anos, em 1941, ao defender sua castidade diante de uma tentativa de violência sexual.
A menina foi beatificada na segunda-feira, 24, em solene celebração na Diocese de Crato (CE).
Liturgia
O arrependimento
Na espiritualidade
“Benigna, exemplo de não subjugação das mulheres, defensora da própria força e valor, da dignidade e da beleza, da sexualidade e da maternidade, do vigor e da ternura. Preferiu a morte à paixão, preferiu a morte a romper com a sua dignidade”, disse o Cardeal Steiner, Arcebispo de Manaus (AM) e enviado do Papa para presidir a beatificação.
11
Comportamento
Priorize
Ao celebrar os 65 anos de criação da Paróquia São Domingos Sávio, na Vila Aurora, zona Norte da cidade, os fiéis festejaram a dedicação da igreja matriz e de seu altar, em missa solene, no dia 19, presidida pelo Cardeal Odilo Pedro Scherer.
Na homilia, o Arcebispo
Metropolitano de São Paulo destacou que, embora Deus não precise de uma casa, as igrejas são necessárias para que as pessoas deem visibilidade à fé que têm no Senhor.
Dom Odilo reforçou que os templos são lugares de oração, espaços para celebrar a presença de Deus no meio de
Irmã Guadalupe Rodrigo, 49, esteve em missão em Jerusalém, no Egito e na Síria. De volta à Argentina, fundou, em 2015, um movimento que se dedica à oração pelos cristãos perseguidos.
todos e de onde os fiéis saem em missão para anunciar ao mundo o Reino de Deus.
“Aqui, proclamamos a Palavra de Deus, celebramos os sacramentos, testemunhamos a nossa fé e alargamos o coração para amar e acolher onosso irmão”, afirmou.
Página 10
Aniversário de reabertura da emissora da Arquidiocese foi comemorado no sábado, 22, com missa presidida pelo Cardeal Scherer no Mosteiro da Luz, com a participação de ouvintes e comunicadores.
Rezar é um dos gestos mais comuns de reli giosidade. Quem tem fé reza; quem não reza, expõe-se a perder a fé e, talvez, já nem tenha fé, pois a oração ex pressa nosso reconhecimento de Deus. Jesus rezou, passou noites em oração e ensinou os discípu los a rezar. E recomendou que é preciso rezar sempre, sem jamais deixar de fazê-lo.
Será que toda oração é igual mente boa? Como deve ser nossa oração para ser boa e chegar ao coração de Deus? Observando as pessoas que entravam no templo para rezar, Jesus contou a parábo la do fariseu e do publicano em oração (cf. Lc 18,9-14). Um fari seu entra, vai bem à frente, ca de pé e começa a fazer o elogio de si próprio diante de Deus, despre zando os outros, que considera pecadores, ladrões e adúlteros. Ele se considera justo e cheio de mé ritos, como a recordar a Deus: tu me deves isso e aquilo...
O publicano, conhecido como pecador público, entra no templo,
ca lá no fundo, abaixa a cabeça e nem ousa levantar o olhar, mas bate no peito, dizendo: tem pieda de de mim, que sou um pecador. Jesus conclui a parábola: a oração do fariseu não agradou a Deus. A oração do publicano sim, tocou e comoveu o coração de Deus.
O que houve de errado na ora ção do fariseu? Ele rezou com ati tude soberba, muito convencido dos próprios méritos, sem reco nhecer que também ele tem neces sidade de Deus. Faltou o sincero reconhecimento de Deus e humil dade. Sobrou autossu ciência e até arrogância, a ponto de desprezar os outros, considerados pecadores, gente que não presta. Esqueceu que Deus também quer a salvação dos pecadores e ele próprio devia se reconhecer como um deles. Nin guém se salva pelos próprios mé ritos, sem precisar da misericórdia de Deus. Se rezamos com o coração cheio de soberba e até ódio contra os outros, nossa oração é como a do fariseu e não agrada a Deus.
O que foi bom na oração do publicano? Não foi o fato de ele estar cheio de pecados, o que ele reconhece. Bem por isso, ele foi ao templo para rezar, para pedir per dão, recorrendo a Deus, con ante na sua misericórdia. O que agra dou a Deus na oração do publica no foi sua sinceridade e humilda
de. Ele reconhece que precisa de Deus e pede piedade, reconhecen do que não tem méritos próprios para apresentar a Deus. Na sua prece, o publicano não fez o julga mento dos outros e não desprezou a ninguém.
Na Bíblia inteira, ca muito claro que Deus despreza os cora ções arrogantes e soberbos. Ma ria também proclama isso no seu cântico: “dispersou os soberbos de coração e elevou os humildes”. E o Livro do Eclesiástico diz que “a prece dos humildes atravessa as nuvens” (Eclo 35,17).
É preciso rezar todos os dias, segundo a recomendação do pró prio Jesus. Nossa oração, no en tanto, deve ser feita com respeito a Deus, profunda fé, con ança e humildade. A fé em Deus é o sin cero reconhecimento de Deus e de tudo o que isso signi ca. É reco nhecer que Deus é Deus e que nós não somos deuses. Na oração, não tratamos com Deus de igual para igual. A humildade nos coloca no nosso devido lugar diante de Deus: como criaturas e como lhos ama dos. Nem deve nossa oração ter a pretensão de “dobrar” a Deus com muitas palavras e argumentos. Na oração, nunca podemos ter a pretensão de fazer uma espécie de “negócio com Deus”; menos ainda, de “subornar” a Deus, para
fazê-lo concordar com propósitos ou projetos desonestos. A oração verdadeira deve expressar a dispo sição sincera de fazer a vontade de Deus e de observar seus manda mentos: “seja feita a vossa vonta de”. Outra forma errada de oração seria a pretensão de manipular ou instrumentalizar a Deus mediante a magia. Essa maneira de mostrar domínio sobre Deus mediante a vontade e as ações humanas seria profundamente desrespeitosa de Deus e blasfema.
A oração verdadeira leva à con versão sincera de nossa vida e à conformação de nossos compor tamentos e atitudes com a vonta de de Deus, como Jesus ensinou na primeira parte do Pai-nosso: “seja feita a vossa vontade”. Todos nós somos eternos aprendizes na oração e vamos amadurecendo na prática da oração à medida que crescemos na fé, esperança e cari dade. É o que nos fez pedir a bela oração da Liturgia do 30º Domin go do Tempo Comum: “Deus eter no e todo-poderoso, aumentai em nós a fé, a esperança e a caridade e dai-nos amar o que ordenais para conseguirmos o que prometeis”. Quando aprendemos a amar o que Deus nos pede, que é bom e santo, podemos esperar com con ança aquilo que Deus nos promete e que pedimos em nossas orações.
O Cardeal Odilo Pedro Scherer presi diu na noite da segunda-feira, 24, a missa de encerramento da novena em prepara ção à Festa de Frei Galvão, no santuário dedicado ao Santo, em Guaratinguetá (SP). O Frade foi canonizado em 2007 e sua memória litúrgica é celebrada em 25 de outubro.
O tema desse dia da novena foi “Frei Galvão, esperança dos enfermos”, já o tema central da festa remeteu aos 200 anos da morte do Santo: “É morrendo que se vive para a Vida Eterna”.
“Os santos são a parte bonita da Igre ja, são os grandes católicos, grandes cris tãos, grandes discípulos de Jesus, aqueles que zeram coisas boas. Todos somos chamados a ser santos”, disse o Arcebis po na homilia.
Dom Odilo recordou que Santo An tônio de Sant’Anna Galvão “tinha a sabe doria de Deus e da fé”, por isso muitos
buscavam com ele se aconselhar; dedi cou-se de modo especial à população mais carente e tinha grande atenção aos doentes. Dom Odilo exortou que os éis façam o mesmo, seguindo o mandato de Jesus a seus discípulos. “Se anunciamos o Evangelho, mas não temos a carida
de com os doentes e os pobres, de nada adianta. Eles são o sinal de nossa credi bilidade e pregação de vida cristã”, disse o Arcebispo.
A íntegra da notícia pode ser lida no site do jornal O SÃO PAULO em: https://cutt.ly/FNpLr3C
O Cardeal Odilo Pedro Sche rer participou, na tarde do domin go, 23, da 3ª Semana Catequética promovida pela Região Episcopal Bom Jesus dos A itos, da Arqui diocese de Fortaleza (CE).
O evento, que continua até o dia 29, foi realizado na modalida de on-line, tendo como tema os 15 anos da V Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano e Caribenho, ocorrida em Apareci da (SP).
O Arcebispo de São Paulo, que foi Secretário-geral Adjunto da Conferência de Aparecida, falou sobre a preparação e realização do evento continental.
MISSA COM CRISMA - No domingo, 23, na Paróquia Santos Apóstolos, Região Brasilândia, Dom Odilo Scherer presidiu missa durante a qual 23 jovens receberam o sacramento da Con rma ção. Concelebram os Padres Jaime Izidoro de Sena, Pároco, e Luiz Carlos Ferreira Tose Filho, Administrador Paroquial da Paróquia Nossa Senhora Aparecida, na Vila Souza. (por Pascom paroquial)
ENCONTRO COM PADRES NOVOS – Começou na terça -feira, 25, e prossegue até quinta-feira, 27, em Campos do Jordão (SP), o encontro do Cardeal Scherer, Arcebispo Metropolitano de São Paulo, com os padres novos, aqueles com até oito anos de ordenação sacerdotal e outros que há pouco tempo exercem seu ministério na Arquidiocese de São Paulo. (por Redação)
luxuosa se mantinha com dinheiro sujo, vindo dos impostos pagos pela popula ção trabalhadora. É este o homem que quis ver Jesus quando o Senhor passou pela cidade de Jericó.
Também participou da Semana Catequética o Cardeal Raymun do Damasceno Assis, Arcebispo Emérito de Aparecida, que re etiu sobre a recepção das conclusões da conferência. O evento teve, ainda, exposições de Dom Dimas Lara Barbosa, Arcebispo de Cam po Grande (MS); Dom Luiz Soares Vieira, Arcebispo Emérito de Ma naus (AM); além de especialistas, como o Padre Agenor Brighentti, Assessor teológico na Conferência de Aparecida.
(por Redação)sua vida pública, Je sus esteve em muitos lugares e com muitas pessoas. Não excluiu ninguém. A cena do encontro com o rico e publicano Zaqueu esclarece que “o Filho do Homem veio procurar e salvar o que estava perdido”. No entanto, sua presença não é para abençoar ou justi car o que está acontecendo na quele lugar e com aquela pessoa, mas para apontar caminhos novos, de tal modo que a salvação chegue aonde Ele quer.
Os publicanos, cobradores de im postos, eram odiados pelo povo porque impunham taxas exorbitantes, levando muitos à pobreza extrema e até mesmo à escravidão. O rico Zaqueu era o che fe dos cobradores de impostos. Sua vida
A baixa estatura de Zaqueu o fez su bir em uma árvore. Bem que podia ter subido em um terraço, em alguma casa, mas ninguém convidaria um pecador impuro para entrar em sua casa. Sua bai xeza ia além do seu tamanho, visto que baixos eram também os golpes que apli cava, pela má conduta como chefe dos cobradores de impostos. Ao vê-lo, Jesus pede que desça, pois quer ser hospeda do em sua casa. Parece que o primeiro olhar não foi o de Zaqueu, mas o de Je sus, e não foi um olhar de reprovação ou repreensão, mas de misericórdia. Com esse olhar, teve início o milagre da con versão daquele grande pecador. A popu lação começou a murmurar porque não admitia que Jesus se hospedasse na casa de uma pessoa tida como malvada, que explorava o povo. Para eles, quem tivesse cometido um pecado tinha de ser trata do como pecador, sendo colocado em um lugar separado, num gueto, margi nalizado. No entanto, “Deus condena o
pecado, mas procura salvar o pecador; vai procurá-lo para o reconduzir ao ca minho reto. Quem nunca se sentiu pro curado pela misericórdia de Deus tem di culdade de compreender a extraordi nária grandeza dos gestos e palavras com que Jesus se aproxima de Zaqueu” (Papa Francisco). É inconcebível que hoje pes soas queiram usar da Palavra de Jesus para justi car posturas de exclusão, de agressão, de perseguição e até de morte de pessoas tidas por elas como pecado ras, que muito as incomodam.
Na casa, Zaqueu permaneceu de pé e não ouviu nenhuma palavra de censu ra ou repreensão; bastou a presença de Jesus para que ele abrisse seu coração, rompendo com a vida pecaminosa. Seu arrependimento extravagante não foi apenas uma mudança de atitude, mas en volveu restauração e reparação pelo mal que reconheceu ter cometido: “Senhor, eu dou a metade dos meus bens aos po bres e, se defraudei alguém, vou devolver quatro vezes mais”. O dinheiro se tornou meio de comunhão, justiça e reparação, jamais de roubo. Jesus se alegrou porque a salvação chegou também a essa casa poderosa e rica; alegria porque Ele veio
“procurar e salvar o que estava perdido”.
O processo de conversão que acon teceu com Zaqueu não é comum acon tecer entre nós, visto que o apego ao dinheiro inibe uma plena conversão. É mais comum ver o uso da Palavra com a nalidade de ter uma vida muito prós pera, cheia de riquezas, do que promo vendo desapego e partilha dos bens conquistados.
O apóstolo Paulo faz séria adver tência aos cristãos da comunidade de Tessalônica. Estes estavam sendo in uenciados por pessoas que se in l traram na comunidade usando falsa mente o seu nome para espalhar um tipo de religião baseada no medo e na intimidação.
Em situações que exigem maiores cuidados e discernimento, é bom voltar à Palavra para não se desviar do caminho. Paulo aconselha a não entrar na onda de pessoas que, falsamente, usam da Pala vra para impor ideias que não estão em conformidade com o que diz a mesma Palavra. Jesus mostra que é preciso dar credibilidade àquele que foi capaz de transformar sua vida de pecado em boa notícia para os pobres.
OBrasil está vivendo um momento político bastan te delicado, no qual, em ambos os lados, a tônica parece ser dada pelas posições mais extremistas e menos favoráveis à cons trução de um projeto de nação mini mamente consensual e respeitoso para com o outro.
Nesse contexto, não deve nos sur preender que a temática religiosa seja como que capturada pelo debate po lítico. Religião não é só o que se faz no culto, dentro do templo. É um fenômeno maior, que dá sentido a toda a nossa vida, que nos consola na dor, explica a nossa solidariedade e nosso desejo de bem.
Numa eleição difícil, é natural que procuremos em nossas crenças mais profundas a orientação para votar. E isso é bom... O problema nasce quan do as doutrinas religiosas passam a ser instrumentalizadas com ns parti dários e quando a comunidade deixa de dialogar e procurar o bem comum,
dividida em posições ideológicas contrapostas.
Ao longo da história, a Igreja Católi ca foi aprendendo cada vez mais a “dar a César o que é de César e a Deus o que é de Deus”. Aprendeu a conviver com a pluralidade política, a distinguir o es paço propriamente religioso e a função de educação ética dos éis do espaço político e do engajamento característi cos do leigo na sociedade civil.
A Doutrina Social da Igreja fornece critérios seguros para a ação política, mas a sua aplicação nunca é automá tica. Devemos agir politicamente em busca do bem comum, lembrando sem pre das necessidades dos mais pobres e fragilizados, mas qual política econô mica será mais e ciente para atingir es ses objetivos? Devemos sempre apoiar aqueles que defendem a vida, mas um demagogo pode se declarar a favor da vida e, depois, agir exatamente da for ma oposta a suas declarações...
Não existem candidatos ou parti
dos perfeitos. O Compêndio da Dou trina Social da Igreja indica que “as instâncias da fé cristã di cilmente são assimiláveis a uma única posição po lítica: pretender que um partido ou uma corrente política correspondam completamente às exigências da fé e da vida cristã gera equívocos perigosos” (CDSI, 573). Nesse campo, portanto, as escolhas devem ser feitas de modo coe rente com os valores do eleitor, tendo em conta as circunstâncias efetivas e a busca do bem comum.
O Papa, os bispos, os padres e os leigos, enquanto membros da comuni dade católica, têm o dever de se exorta rem mutuamente à vivência dos valores da fé. Não podemos nos escandalizar quando lembram que esse ou aquele candidato se afasta desses valores. Tam bém não podemos querer que usem os espaços e/ou a autoridade eclesial para defender os candidatos que considera mos melhores, num posicionamento claramente partidário.
Há 25 anos, em 19 de outubro de 1997, São João Paulo II proclamava Santa Teresa do Menino Jesus e da Santa Face como doutora da Igreja: doutora da ciência do amor. Aque la que o mundo inteiro invoca como Santa Teresinha, agora passa a ser re conhecida pela Igreja como uma ver dadeira Mestra.
Algo aparentemente inusitado, não é? Uma doutora da Igreja com apenas 24 anos, que propriamente não deixou uma obra teológica sistemática, mas que, sem sombra de dúvidas, é a mais importante escritora espiritual dos úl timos 150 anos.
Há, no entanto, muitos que se en ganam com esta simpática Carmelita. Acostumados à super cialidade, aca bam vendo nela apenas uma moça sentimental e boazinha. Ledo engano...
Teresa é mais, muito mais. Alma de poeta, desenvoltura de atriz, força de guerreira. Mística, cômica, tudo lhe cai bem, dirá dela uma carmelita que a conheceu muito bem. Uma jovem mulher, que se deixando encontrar pelo Amor, descobriu as profundezas da sua ternura.
Teresa, ao experimentar o Amor misericordioso, generosa e livremente a Ele se ofereceu, com um único de sejo: deixar-se amar. Assim, descobriu um caminho – um pequeno caminho
– que não é para poucos e seletos, mas para absolutamente todos. Sua oferta ao Amor não repousa sobre a perfei ção da oferenda em si, mas sobre a Misericórdia de quem a recebe. Ela es cancarou para sua amada Igreja uma verdade do Evangelho: os caminhos da união com Deus, da santidade, não são destinados a uma elite, a uma sele ção de ilustres, mas, ao contrário, são um caminho universal.
E no seu total escondimento, ela será iniciadora de uma legião, que ela mesma pediu ao Senhor: uma multi dão silenciosa de almas oferecidas ao
Amor Misericordioso. Pessoas que acreditando na Misericórdia a ela se oferecem. São as forças propulsoras da Igreja. Não está no poder, nem nas ar mas, nem no dinheiro, nem sequer na ciência in ada pela soberba: o destino do mundo está na mão das crianças que se entregam ao Amor. E por elas, a Misericórdia vivi ca o mundo.
Na Itália, Oliva Bonaldo (18931976), cujo amor incomparável à Igreja a levará a fundar as Filhas da Igreja, será inspirada por Teresa e sua missão eclesial. Nos Estados Unidos, a jornalista e ativista Dorothy Day
Os candidatos sempre querem conso lidar suas bases eleitorais, aumentando o antagonismo entre elas e seus adversários. Com isso, tendem a reforçar seus posicio namentos ideológicos e di cultar o diálogo que nos levaria à verdade e aos consensos necessários.
A eleição passará. Ganhe quem ga nhar, o esforço de construção do bem comum continuará sendo uma tarefa (sempre árdua) à qual todos nós so mos chamados – e que se realiza me lhor quanto maior for nossa unidade. A raiva e o ressentimento, acumulados ao longo da campanha, tornarão ainda mais difícil encontrar a verdade e cons truir o bem comum. É na amizade, no esclarecimento mútuo, na aceitação dos próprios erros e na conversão cons tante que a comunidade cristã colabora para uma sociedade melhor.
Que nesta eleição, superemos os es cândalos e a divisão, amadurecendo na política e na fé, caminhando para um Brasil melhor.
(1897-1980) até mesmo escreverá um livro sobre ela. Na Índia, mais pre cisamente em Calcutá, outra Teresa (1910-1997) – cujo nome religioso fora inspirado por ela – será inspirada a irradiar este Amor aos mais pobres dos pobres. No Vietnã, Marcel Van (1928-1959), irmão Redentorista, inspirado e sensivelmente conduzido por Teresa, chegará à completa obla ção de amor, num campo de trabalhos forçados comunista. Num distante le prosário da África, nos Camarões, o jovem Robert Naoussi (1947-1970) descobrirá como transformar sua dor, dando-lhe um profundo senso missionário, apoiando-se na história de Teresa. A lista não teria m. Re almente, a pequena Teresa se tornou incontornável.
Mas, ca a pergunta: como uma jovem francesa do nal do século XIX, uma completa desconhecida, uma car melita, pôde se tornar tão universal? Como seus escritos, que aparentemen te são tão datados, tiveram e têm tanto impacto ainda hoje?
É o paradoxo de Teresa, o parado xo do Amor Misericordioso. A sua for ça vem da experiência de sua fraqueza, de sua fé viva e total con ança, vem de sua entrega generosa e total ao Amor. E isso é mais que atual, é urgente.
José Eduardo Câmara,advogado,tradutore escritor.Éautordolivro“Osanjosnavidados santos”.É verdade: a mulher moderna se en ou numa enorme enras cada. Ou melhor: a mulher mo derna foi en ada numa enorme enrascada.
Hoje a vida da mulher gira em torno de trabalhar, cuidar da famí lia (esposo, lhos, pais), vida espiri tual, cuidados pessoais, e tudo isso de uma forma confusa e desorde nada e, muitas vezes, automática.
Como é difícil chegar em casa cansada e enfrentar os lhos pre cisando tanto de atenção. Quan tas vezes o marido acaba cando chateado por estar sempre de lado – nunca há tempo para ele. Como sair do trabalho no horá rio quando a demanda de serviço é grande e a pressão se torna um instrumento de aliciamento. De pois de tudo isso, como encontrar prazer e alegria nos perrengues familiares que são naturais: contar histórias aos lhos, mediar algu mas brigas de irmãos, ensinar a atenção e respeito aos mais velhos, ensinar os lhos a ordenarem as coisas, cumprir uma rotina saudá vel... Tudo se torna muito, tudo se torna cansaço, em tudo se encon tra di culdades.
Esses são fatos presentes na vida da maioria das mulheres. Não é fácil, mas devemos tomar essa realidade como um desa o a ser enfrentado – será que não podemos melhorar o modo como realizamos nossas atividades?
Convido que me acompanhem num caminho que venho pessoal mente lutando por construir.
O primeiro e mais importan
te passo é identi car uma hierar quia, uma ordem de prioridades na vida. O que é verdadeiramente essencial e que nos leva a cumprir os ns a que somos chamados a viver? Parece uma coisa simples, mas, hoje em dia, não é. Com a dinâmica da vida que estamos vi vendo e as dispersões que o mun do moderno nos convoca, acaba mos absolutamente perdidos nas prioridades, e o que observo em meu trabalho com as famílias é exatamente uma enorme di cul dade de priorizar.
Então, vamos a uma re exão muito prática: em primeiro lugar, Aquele que nos chamou à vida e que é o princípio de toda a ordem –Deus. Quando colocamos Deus em seu lugar, o primeiro, as coisas vão automaticamente ganhando uma hierarquia mais natural. Quer ver?
Ele mesmo nos dá uma voca ção: somos chamados a formar família, a contribuirmos com Ele na obra da criação. Portanto, em segundo lugar em nossa vida es tão aqueles que são nossos por empréstimo – o marido/a esposa, os lhos e os pais. Para que possa mos sustentar essa família e con tribuir com o bem-estar social, cada um de nós tem uma ativida de pro ssional. Portanto, ela entra no terceiro lugar dessa hierarquia. Os cuidados pessoais são impor tantes, mas vão acontecer dentro da realidade possível a cada mo mento da vida. Quando os lhos são menores, precisamos ser mais criativas para criar um tempo para esse cuidado; conforme vão cres cendo, esse tempo vai acontecen do de modo mais tranquilo.
O importante, no entanto, é
que possamos compreender que existem alguns pratinhos que re almente não podem cair; se caí rem, o prejuízo será incalculável – abandonar o relacionamento com Deus, descuidar do amor ao cônjuge ou do cuidado necessário para a formação dos lhos, devem ser prioridades na vida. Ainda dentro do convívio familiar, tam bém é importante identi carmos uma ordem: em primeiro lugar o cônjuge (aquele que junto com você gerou a vida dos lhos) e depois os lhos (que sempre se sentirão muito felizes e seguros ao perceberem que os pais se amam).
Certamente, a vida pro ssional é um campo importante tanto de realização pessoal quanto de bem -estar social e sustento familiar. No entanto, não se iluda: no tra balho, todos somos dispensáveis e substituíveis; na família, jamais. Portanto, trabalhe com responsa bilidade, com seriedade e amor, mas nunca coloque o seu trabalho acima de sua família. Na família, o que você não zer, ninguém fará –essa é sua principal missão.
Sei que isso que trago aqui é muito diferente do que estamos sendo levados a pensar com o turbilhão de informações que re cebemos na escola, nas séries, nos lmes etc. Mas podem ter certeza: a luta por viver essa ordem vai nos dando a percepção de que esta mos no lugar em que devemos estar fazendo o que precisamos fazer – nada melhor do que uma vida com objetivos claros e senti do de nido.
Simone Ribeiro Cabral Fuzaro é fonoaudiólogaeeducadora.Mantém o site www.simonefuzaro.com.br.Instagram:@sifuzaroEstavam os discípulos no Cenáculo, no dia de Pente costes, quando alguma coisa acontece; e recebem o Espíri to Santo, encontrando forças para anunciar a Ressurreição de Jesus. Nasce a Igreja nesta experiência comunitária e se inicia o anúncio da mensagem evangélica, a qual vem sen do iluminada ao longo da história pelos carismas e espiri tualidades.
Martírios como grande prova de amor e delidade; a virgindade com a entrega a Deus, sinal da escolha totalitá ria; Santo Antão e a vida eremita; Agostinho; Bento, com os monastérios; Francisco e Domingos, deixando a solidão do mosteiro e passando a viver na cidade, em contato com o povo; Clara e Catarina de Siena.
Inácio de Loyola e os Exercícios Espirituais, uma nova era para a Igreja; Teresa d’Ávila (“Castelo interior”), João da Cruz; Francisco de Sales; Luís Maria Grignion de Mon tfort; e Afonso de Ligório e a devoção a Maria. Nos areais de Ubatuba (SP), José de Anchieta escreve o poema dedi cado a Virgem Maria. Camilo de Lellis; Vicente de Paulo; João Bosco; Teresa de Calcutá, dentre tantos outros, anun ciando as espiritualidades que se ocupam com a saúde, com a miséria do povo e com a educação dos jovens.
Não obstante toda esta esplêndida história de amor ao próximo que fez o caminhar da Igreja nestes séculos, de um modo ou outro, se manteve uma ênfase à espirituali dade individual. “A Imitação de Cristo”, que foi por longo período o livro de leitura dos cristãos, tinha como máxi ma: “Quantas vezes estive entre os homens, voltei menos homem... Aquele, pois, que mais se afasta de seus amigos e conhecidos mais consegue que Deus se chegue a ele com seus anjos”. O próximo não era um meio para a santidade, mas um obstáculo.
Com o Concílio Vaticano II, nos anos de 1960, a Lumen gentium propõe uma “Igreja como sinal e instrumento da unidade de todo gênero humano” (cf. LG 1). Sob muitos aspectos, a Igreja começa a tomar novo rumo em direção a uma espiritualidade sinodal – o de caminhar juntos para a santidade.
Como sinais dos tempos, surgem na Igreja várias espi ritualidades dentro desta nova era proposta pelo Vaticano II. Dentre elas, na década de 1940, nasce com Chiara Lubi ch, em Trento, ao norte da Itália, uma experiência de espi ritualidade coletiva e o carisma da unidade. Com o amor ao próximo como centro da experiência cristã, Chiara e as primeiras companheiras, em meio aos horrores da guerra, se dedicam aos mais pobres e necessitados. O amor recí proco, como pedra angular do Movimento dos Focolares, premissa da espiritualidade centrada na unidade e na vi vência da Palavra.
Esta é a dúvida que recebi do Raí, que mora no bairro de Santa Cecília. Pois bem, a Igreja ensina, baseada no Evangelho, particular mente na Palavra de Jesus a res peito do pecado contra o Espírito Santo, pecado este que não tem perdão nem nesta nem na outra vida ou nem neste mundo nem no mundo vindouro, apesar da mise ricórdia de Deus não ter limites.
E por que o pecado contra o Espírito Santo não tem perdão nem neste nem no outro mundo?
Porque este pecado leva a pessoa a se desesperar e a dizer que nem Deus pode o perdoar; porque certas pessoas são tão orgulhosas
que acham que irão mesmo para o céu ainda sem merecer; porque a pessoa pode se encher de inveja das graças recebidas pelo próximo julgando que Deus foi injusto; ou porque a pessoa não tem vontade alguma de mudar de vida.
Mas o que há de mais bonito nisso tudo é que quando Jesus diz que há pecados que não serão per doados nem neste nem no outro mundo, Ele está a rmando, então, que há pecados que são perdoados no outro mundo, não é mesmo?
Pois então isso vem aumentar a certeza do purgatório, ou seja, aquele tempo em que a alma passa por um período de puri cação an tes de contemplar o rosto de Deus na eternidade.
Quem morre sem o pecado
mortal, quem morre com as penas temporais dos pecados perdoa dos, quem morre com pecados veniais, passa pelo purgatório para se puri car antes de entrar na vida em plenitude junto de Deus.
É por isso que a Igreja ora pe los mortos. É por isso que se ofe recem missas pelos mortos. É por isso que Nossa Senhora de Fátima ensinou aos pastorinhos a quem ela se manifestou a breve e bo nita oração para rezar após cada dezena do Terço: “Ó bom Jesus, perdoai-nos, livrai-nos do fogo do inferno, levai as almas todas para o céu, especialmente as que mais precisarem”.
Rezemos pelas almas do pur gatório para que possam logo con templar a face do Deus do amor.
“Foi logo evidente que com este amor se concretizavam entre nós as palavras de Jesus: ‘Onde dois ou três estão reu nidos em meu nome (ou seja, no meu amor), eu estou no meio deles’ (Mt 18,20). Silenciosamente, como irmão in visível, Jesus se havia introduzido no nosso grupo. E agora a fonte do amor e da luz estava lá, em meio a nós. É viver a dinâmica da Trindade na Terra. Eu – o irmão – Deus. Vamos a Deus junto com os irmãos. Unidade é o desejo de Jesus: ‘Que todos sejam um” (Chiara Lubich).
A espiritualidade coletiva, de comunhão e unidade, nos conduz a caminhar juntos, pois, por meio do irmão, vamos a Deus. O irmão é a via, e não obstáculo, à santidade.
“Apesar destas sombras densas que não se devem ig norar (...), Deus continua a espalhar sementes de bem na humanidade. A recente pandemia permitiu-nos recupe rar e valorizar tantos companheiros e companheiras de viagem que, no medo, reagiram dando a própria vida. (...) ninguém se salva sozinho.” (Fratelli tutti, FT 54.)
LuizAntonioAraujoPierre é membro do Movimento dos Focolares. Professoreadvogado.BacharelemCiênciasJurídicaseSociais.
O Papa Francisco nomeou, no dia 19, como Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Niterói (RJ), o Padre Ge raldo de Paula Souza, C.Ss.R, atualmente Pároco na Pa róquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, no Jardim Paulistano, Setor Jardins.
Em ação de graças pela nomeação, foi celebrada no sábado, 22, uma missa, presidida por Dom Rogério Au gusto das Neves, Bispo Auxiliar da Arquidiocese na Re gião Sé, concelebrada por vários sacerdotes.
O missionário redentorista foi ordenado padre em 29
de agosto de 1992, no Santuário Nacional de Nossa Se nhora Aparecida, pela imposição das mãos de Dom José Carlos de Oliveira, Bispo Emérito de Rubiatá – Mozar lândia (GO). Durante 20 anos, foi formador nos semi nários redentoristas, trabalhou na Basílica de Aparecida, nas santas missões populares e foi Pároco em Damaia, Portugal, entre 2016 e 2019. Depois, retornou ao Brasil.
Na homilia, Dom Rogério (na foto ao lado do Padre Geraldo) destacou que a nomeação episcopal não é pro moção, mas uma missão a que o ministro ordenado é chamado, devendo trabalhar, alimentado pela oração, a m de que Cristo realize a obra da Salvação.
[SÉ] Na manhã do domingo, 23, Dom Rogério Augusto das Neves conferiu o sacramen to da Crisma a 19 jovens e adultos da Paróquia Santo Agostinho, Setor Paraíso. Concele braram os Freis Everton Costa, OSA, Pároco; Pablo Tejedor, OSA, Vigário Paroquial; Mau rício Manosso, OSA, Prior-Provincial dos Agostinianos; e Cássio Ramon, OSA, atualmente Pároco da Paróquia Santa Rita, no Parque Novo Mundo. Na homilia, o Bispo Auxiliar da Arquidiocese na Região Sé recordou aos crismados a importância daquele momento e conclamou que participem da vida e das atividades da Igreja, ressaltando o cultivo diário de uma vida cristã. (por Everton Calício)
A pedido de Dom José Benedito Cardoso, no dia 15, na Paróquia Nossa Senhora da Lapa, a Caritas Arquidioce sana de São Paulo, por meio de seu Nú cleo Regional, promoveu um encontro de formação e espiritualidade voltado às pastorais sociais, movimentos e entida des lantrópicas da Região.
Com a participação de 80 pessoas, pertencentes a mais de 40 pastorais e movimentos, o evento foi conduzido pelo Diácono Antônio Geraldo de Sou
za, Coordenador do Núcleo Lapa da Ca ritas Arquidiocesana, e contou com a as sessoria do Cônego Antonio Manzatto, professor da PUC-SP, que re etiu sobre o tema do Dia Mundial dos Pobres, que acontecerá em 13 de novembro.
Sob o lema “Jesus Cristo fez-Se pobre por vós” (2Cor 8,9), o Sacerdote abordou a importância das pastorais sociais na dinâmica das ações caritativas da Igreja, lembrando que elas são, por premissa, “as pastorais do serviço ao povo; não ao governo ou a qualquer instituição, mas ao povo de Deus, especialmente aos mais pobres”.
[BELÉM] A Área Pastoral São Gaspar Bertoni, no Parque São Rafael, recebeu, no sábado, 22, a visita de Dom Cícero Alves de França, que conversou com membros de suas três comunidades – Nossa Senhora das Graças, Nossa Senhora Aparecida e Maria Mãe dos Migrantes. (porAlyssonCarvalho)
[BELÉM] O clero atuante na Região Epis copal Belém se reuniu, no dia 19, no Cen tro Pastoral São José, para uma manhã de espiritualidade com Dom Cícero Alves de França, que palestrou aos sacerdotes so bre a espiritualidade sacerdotal.
(por Pascom regional)
[BRASILÂNDIA] Os éis da Paróquia Nossa Senhora da Expectação, Setor Freguesia do Ó, no domingo, 23, em missa presidida pelo Padre Aldenor Alves de Lima (Padre Aldo), Pároco, recordaram os 10 anos de falecimento do Cônego Noé Rodrigues, que esteve à frente daquela comunidade por mais de 30 anos e participou de diversos projetos volta dos ao bem comum na região, como a fundação do Hospital da Freguesia do Ó e a Creche Menino Jesus, entre outros. (Por JL, Rael Pimenta e Marta Gonçalves)
[IPIRANGA] No sábado, 22, as Pasto rais Sociais da Região Ipiranga estiveram reunidas para a 43ª celebração dos már tires, na Paróquia Santo Afonso Maria de Ligório, Setor Cursino. O momento cele brativo teve a presença de Dom Ângelo Ademir Mezzari, RCJ, e do Padre Benedito Vicente de Abreu, Pároco e Assessor Ecle siástico das Pastorais Sociais na Região.
(por Karen Eufrosino)
[SANTANA] Nasexta-feira,21,DomJorge Pierozan presidiu missa em ação de graças pela padroeira da Capela Nossa Senhora da Paz, no Jardim Peri. Na ocasião, foi en tronizada a imagem mariana na capela que pertence à Paróquia Nossa Senhora da Penha, Setor Mandaqui. Concelebrou o Padre Juarez Dalan, Pároco, com assistên cia do Diácono Welton Thiago.
(por Silvano Jacobino)
A Região Episcopal Brasilândia reu niu-se na manhã do sábado, 22, para a peregrinação ao Santuário Sião Jaraguá, também conhecido como Santuário da Mãe e Rainha Três Vezes Admirável de Schoenstatt, no bairro do Jaraguá.
Mais de 700 pessoas, entre leigos, re presentantes de comunidade e movimen tos, religiosos e sacerdotes participaram dos momentos de re exão, oração e cele bração.
Após a oração do Terço e re exão, sob a presidência de Dom Carlos Silva, OFMCap., o Bispo Auxiliar da Arqui diocese na Região Brasilândia presidiu missa.
Na homilia, Dom Carlos relembrou o signi cado da palavra Santuário – “A
casa de Deus no meio da casa dos ho mens” – e reforçou o sentido daquele encontro enquanto Igreja missionária: “Igreja que tem como combustível mis sionário o amor”.
O Bispo também exortou que os éis tenham humildade para que o atual
momento, marcado pelo medo e divisão, não se efetive nas comunidades católicas.
Dom Carlos Silva, citando uma ca tequese feita pelo Papa Francisco, lem brou o comportamento de Maria, que sempre escuta com atenção, acolhe e está disponível para Deus. Ela decide de for
ma assertiva. E quanto à ação, coloca-se a serviço, apesar das adversidades, por amor. Ela é, portanto, exemplo de ação missionária para todos.
Por m, o Bispo apresentou a todos a mensagem que o Papa Francisco enviou à Região Brasilândia, quando da visita ad limina Apostolorum dos bispos do Regio nal Sul 1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em setembro. “Leve o meu abraço a todo o povo da Região Brasilândia e a minha bênção!”, disse o Pontí ce. O momento foi na lizado com a oração de uma Ave-Maria pelo Papa.
Por m, o Padre Gustavo Crespo, Reitor do Santuário, fez o agradecimen to a todos e disse que o local sempre é ambiente para o acolhimento dos éis. A proposta é que essa peregrinação regio nal ocorra uma vez por ano.
Na tarde do sábado, 22, a Pastoral da Comunicação (Pascom) da Região Sé es teve reunida no Convento e Santuário São Francisco, Setor Catedral, com Dom Ro gério Augusto das Neves. Também parti cipou o Padre Gleidson Martins, Assessor Eclesiástico regional desta Pastoral.
O Bispo Auxiliar da Arquidiocese na Região Sé recordou que naquela data se
celebrava a memória litúrgica de São João Paulo II e lembrou que pôde interagir e muito aprender com o Papa nas duas ve zes que esteve com ele no Vaticano.
Falando sobre comunicação na Igreja, Dom Rogério lembrou que “não adianta estratégias de comunicação sem a men sagem do Evangelho, experimentada por cada um”.
A reunião foi oportunidade para um maior conhecimento entre os agentes da Pastoral. Outras devem ocorrer em breve.
[LAPA] No domingo, 23, na Paróquia Santa Terezinha, no Jardim Regina, Se tor Pirituba, Dom José Benedito Cardoso presidiu a missa em que conferiu o sacra mento da Crisma a oito jovens e adultos, concelebrada pelo Padre Admário Gama Cambrainha, Pároco. (porBenignoNaveira)
[SÉ] Na missa das 8h30 do domingo, 23, na Paróquia Santa Margarida Maria, Setor Aclimação, foram celebrados os 69 anos de ordenação presbiteral do Monsenhor Antônio Fusari, atualmente com 94 anos de idade. Nascido na Itália, em 1928, ele foi or denado padre em 1953 e foi Pároco na San ta Margarida Maria entre 1993 e 2017. Hoje permanece como colaborador e celebra al gumas missas. O atual Pároco é o Padre Mar celo Delcin. (por Cláudia Regina Garcia Bartoli)
[IPIRANGA] No domingo, 23, na Paró quia Santa Rita de Cássia, em Mirandópolis, Setor Vila Mariana, Dom Ângelo Ademir Me zzari, RCJ, ministrou o sacramento da Crisma a 29 jovens e adultos. Concelebrou o Padre Jorge Bernardes, Pároco. (por Penha Cruz)
[BELÉM] Na noite do domingo, 23, na Paróquia Nossa Senhora Aparecida, na Vila Carrão, nove jovens e adultos recebe ram o sacramento da Con rmação, duran te a missa presidida por Dom Cícero Alves de França. Concelebrou o Padre Syllas Res chilliani, Pároco. (por Fernando Arthur)
No sábado, 22, jovens de diversas paróquias da Região Ipiranga tiveram a oportunidade de trocar ideias e experi ências no Encontro de Espiritualidade da Juventude, na sede da Cúria Regional. O evento marcou a retomada da articu lação do Setor Juventude na Região.
A atividade teve por tema a exorta ção apostólica Christus vivit, do Papa Francisco, e por lema, “Vós sois o ago ra de Deus”. A assessoria foi dada pelo Padre Anderson Bispo, Assessor Ecle siástico da Juventude na Região; pela
Irmã Marina Fernandes, da Congrega ção das Franciscanas Angelinas; pelo Frei José Maria Mohomed Junior, Co ordenador de Pastoral regional; e pe los jovens da Paróquia Nossa Senhora das Mercês.
Dom Ângelo Ademir Mezzari, RCJ, Bispo Auxiliar da Arquidiocese na Re gião Ipiranga, falou sobre a importância do Ano Vocacional 2023. Na dinâmica nal, os participantes construíram um poliedro com diversas palavras de inspi ração, como descrito na exortação apos tólica, para que os “jovens encontrem não uma Igreja de unidade monolítica, mas uma trama de variados dons”.
Na noite do sábado, 22, foi celebrada a festa do padroeiro da Área Pastoral São João Paulo II, na Vila Portuguesa, com missa presidida por Dom Cícero Alves de França.
II, Nossa Senhora Aparecida, Padre João Bosco/Irmã Dulce e São Judas Tadeu –também participaram.
“Celebrando São João Paulo II, somos convidados, pelo seu exemplo, a sermos cada vez mais uma comunidade de ora ção”, a rmou na homilia o Bispo Auxiliar da Arquidiocese na Região Belém.
[IPIRANGA] A equipe missionária da Paróquia Santa Teresinha do Menino Je sus, Setor Imigrantes, composta por membros das Pastorais do Batismo e da Cate quese, realizou no sábado e no domingo, 22 e 23, visitas missionárias às crianças que receberam os sacramentos do Batismo e da Eucaristia na Paróquia, pessoas enfer mas e famílias que na Sexta-feira da Paixão cedem suas casas para as estações da Via-Sacra. Entre os visitados, esteve Wanda Carlini, 93, cujo batizado está registrado no primeiro livro de Batismo paroquial. “Toda minha vida foi dedicada à Paróquia! Casei aqui, batizei meus lhos, pertenci a diversos movimentos e pastorais.” A ação conta com o incentivo do Padre William Day Tombini, Pároco. (Pascom paroquial)
[SANTANA] Na memória litúrgica de Santo Inácio de Antioquia, no dia 17, Dom Jorge Pierozan, Bispo Auxiliar da Arquidiocese na Região Santana, presidiu missa na Paróquia Nossa Senhora de Fátima, no Jardim Tremembé. Concelebrou o Pároco, Frei Guilherme Pereira Anselmo, SIA. (por Pascom Inaciana)
[IPIRANGA] No sábado e domingo, 22 e 23, o Santuário Santa Edwiges, Setor An chieta, realizou, como parte das festividades da padroeira, o 1º #FestShow Sacomã, com a apresentação de vários artistas, de diversos estilos musicais. No domingo, houve pro cissão e missa, presidida por Dom Ângelo Ademir Mezzari, RCJ, e, em seguida, shows de cantores católicos, como Tony Allysson, Juninho Cassimiro, Anjos de Resgate, Marí lia Mello e Diego Fernandes. (por Bruno Lima)
[BELÉM] Na manhã da quinta-feira, 20, Dom Cícero Alves de França realizou o jura mento de uma Notária para a Câmara Eclesiástica da Região Episcopal Belém. Trata-se da senhora Alzira de Oliveira Reis e Silva. Além do juramento, ela assinou os devidos docu mentos diante do Bispo e do Cônego José Miguel de Oliveira. (por Geisa Bizon)
Concelebraram os Padres Haroldo Evaristo Alves, CSSP; João Chiuzo, CSSP; responsáveis pela Área Pastoral; além do Superior Provincial da Congregação do Espírito Santo (Espiritanos), Padre Leo nardo da Silva Costa, e demais padres da congregação. Fiéis das quatro comuni dades da Área Pastoral – São João Paulo
O Prelado recordou o exemplo de oração do Santo. “Os recordes de São João Paulo II não foram as viagens que ele fez, nem mesmo as canonizações ou beati cações, ou grandes encontros ou grandes acordos diplomáticos; Seu maior recorde foi o tempo que permaneceu diante do seu Senhor, em oração”, destacou.
[BRASILÂNDIA] A Paróquia Nossa Senhora Mãe e Rainha, no Parque Panamericano, Setor Jaraguá, celebrou a festa da sua padroeira entre os dias 13 e 18, com o tema “Com a Mãe e Rainha, ensinamos e aprendemos com amor”. As festividades foram abertas com uma missa presidida por Dom Carlos Silva, OFMCap., Bispo Auxiliar da Arquidiocese na Região Brasilândia, e concelebrada pelo Padre Cilto José Rosembach, Pároco, assistidos pelo Diácono Otoniel Pro ro de Morais. O Pároco presidiu a missa de encerramento, na qual houve a coroação da imagem mariana. (por Edneia Pereira)
[BELÉM] Entre os dias 17 e 19, o Setor Vila Formosa/Carrão realizou a Semana de For mação Litúrgica na Paróquia Nossa Senhora do Sagrado Coração, na Vila Formosa. Entre os conferencistas estiveram Dom Cícero Alves de França, que palestrou sobre a espiritua lidade da liturgia. Na segunda noite, Paulo Neto, organista, falou sobre a Eucaristia e Mú sica Litúrgica. O encontro, que reuniu cerca de 100 pessoas, encerrou-se com a re exão do teólogo Gabriel Frade, que tratou do tema do Espaço Sagrado na Liturgia Eucarística.
(por Fernando Arthur)
Comunicadores, ouvintes e colabora dores da rádio 9 de Julho se reuniram no Mosteiro da Luz, no sábado, 22, para a missa em ação de graças pelos 23 anos de reabertura da emissora da Arquidiocese de São Paulo.
A Eucaristia foi presidida pelo Car deal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo Metropolitano, e aconteceu no contexto da novena preparatória da festa de Santo Antônio de Sant’Anna Galvão.
Fundada em 1953, a rádio 9 de Julho teve uma primeira fase de funcionamen to até 1973, quando seus transmissores foram lacrados pelo regime militar. So mente em 23 de outubro de 1999, a emis sora voltou a ser ouvida na maior metró pole do País.
Na homilia, Dom Odilo agradeceu aos pro ssionais e benfeitores da rádio o empenho em fazer da 9 de Julho uma “voz da Igreja Católica em meio às mui tas vozes da cidade”, não apenas pelas ondas do rádio (AM 1600kHz) como pela internet e pelo aplicativo digital.
O Arcebispo ressaltou ainda que, além de ajudar na realização da missão primordial da Igreja, o anúncio do Evan
gelho, por meio de uma programação religiosa diversi cada, a rádio 9 de Julho é um importante canal para a Igreja dia logar com as diferentes realidades huma nas, sociais e culturais da cidade.
Na sexta-feira, 21, o Cardeal Sche rer participou de uma edição especial do programa “Construindo Cidadania”, transmitido pelas plataformas digitais, no qual enfatizou a vocação missionária da emissora arquidiocesana.
O programa, apresentado pelo Padre Cido Pereira e a radialista Cidinha Fer nandes, também contou com a participa ção do diretor da rádio, o Padre Jorge Silva.
“Recordamos esse momento de re abertura e este trabalho que a rádio é chamada a continuar fazendo em nossa cidade e nossa Arquidiocese”, a rmou inicialmente o Cardeal Scherer.
O Arcebispo destacou que as mídias são importantíssimas e que devem estar a serviço da evangelização. “A missão da Igreja é basicamente um fato da comu
nicação”, a rmou, recordando o man dato de Jesus de “ir e proclamar a Bo a-Nova”, e que isso se dá como um fato comunicativo.
Dom Odilo ainda destacou que o tra balho da rádio 9 de Julho, por meio de seus programas, colabora para “formar bem e ajuda a despertar o senso de soli dariedade, de justiça, de participação na vida social e a formar critérios à luz do Evangelho”.
Padre Cido lembrou que a rádio tem um poder de convocação muito grande, e que não dispensa o “estar juntos, em comunidade”. Acerca desta ponderação, o Arcebispo destacou que a emissora deve desempenhar o poder de convoca ção para a vida comunitária.
Padre Jorge, diretor desde janeiro de 2022, ressaltou que “a rádio se tor nou uma antena de Deus” e que chega aos corações dos éis. Ele agradeceu o empenho dos colaboradores, dos apre sentadores, dos padres e de todos os que ajudam na emissora, e expressou que se sente muito feliz em colaborar. “Que ela continue sendo uma antena de Deus na sua vida”, concluiu.
(Colaborou: Fernando Arthur)Com o tema “Vocação: graça e mis são” e lema “Corações ardentes, pés a ca minho” (cf. Lc 24,32-33), o 3o Ano Voca cional do Brasil será aberto no próximo dia 20 de novembro, e prosseguirá até 26 de novembro de 2023 em todas as dio ceses brasileiras, com vistas à re exão, oração e promoção das vocações.
Na Arquidiocese de São Paulo, um encontro preparatório foi realizado no sábado, 22, no Colégio Maria Imaculada, no Paraíso, organizado pelo Centro Vo
cacional Arquidiocesano (CVA), com a participação de 150 pessoas, entre agen tes da Pastoral Vocacional, representan tes de congregações, novas comunida des, ordens religiosas e seminaristas.
“Espera-se que o Ano Vocacional tra ga muitos frutos para a Igreja no Brasil e para a nossa Arquidiocese. As indicações vão permitir renovar alguns dos objetivos na nossa Arquidiocese, entre os quais o de acolher o chamado do sínodo para viver a nossa presença e missão na Igreja em São Paulo. Também se busca criar uma cultura vocacional, ou seja, que todos os membros do povo de Deus se sintam res
ponsáveis pelas vocações e pela Pastoral Vocacional; e, em terceiro lugar, quere mos fortalecer a organização e a estrutura da Pastoral Vocacional, desde a equipe ar quidiocesana até as equipes regionais que já existem. Há, ainda, o grande desa o de promover a organização das equipes vocacionais nas paróquias, nas comuni dades e nos setores pastorais”, disse, ao O SÃO PAULO, Dom Ângelo Ademir Me zzari, RCJ, Bispo Auxiliar da Arquidio cese e Referencial da Pastoral Vocacional arquidiocesana.
No encontro preparatório, Dom Ân gelo fez uma retrospectiva da caminhada
vocacional e apresentou pontos de desta que do texto-base que a Conferência Na cional dos Bispos do Brasil (CNBB) ela borou para o 3o Ano Vocacional do Brasil. Ele fez ainda indicações sobre eventos e atividades que serão realizadas. Também participante do encontro, o Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo Metropolitano, realizou uma re exão teológica-pastoral sobre vocação, graça e missão.
Dom Ângelo lembrou que o Ano Voca cional será ocasião oportuna para intensi car a oração pelas vocações, seja nas missas, seja em encontros diversos, bem como para a realização de momentos vocacionais.
Na tarde do domingo, 23, mais de 600 pessoas participaram do IV Encontro do Terço dos Homens da Região Episcopal Belém. O encontro aconteceu na Paró quia Nossa Senhora do Sagrado Coração, na Vila Formosa, e contou com a presen ça do Cardeal Odilo Pedro Scherer.
Ao saudar os éis, o Arcebispo de São Paulo destacou a devoção ao Rosário: “Maria sempre nos leva a Jesus, e nos aju da a encontrar o caminho da fé, da Igreja e da conversão”. Também colocou entre as intenções de oração as missões da Igreja,
celebradas naquele dia. “Nossa Igreja é missionária, somos chamados a participar da obra missionária da Igreja”, a rmou.
O Purpurado falou sobre o gran de desa o dos missionários no mundo, e ressaltou que é preciso a tomada de consciência de que a Igreja é missioná ria, bem como rezar pelos missionários e apoiá-los, como era possível fazer naque le dia por meio da Coleta Missionária.
Por m, Dom Odilo pediu aos éis que colocasse a intenção da missão e da humanidade na oração do Terço, e a r mou que Maria é a grande missionária.
Ao nal da recitação do Terço, a ima gem de Nossa Senhora foi coroada.
Arquidiocese realiza encontro preparatório para o 3º Ano Vocacional do Brasil
A comunidade da Paróquia São Do mingos Sávio, na Vila Aurora, zona Norte de São Paulo, celebrou, no dia 19, os 65 anos de sua criação, com uma missa sole ne em que foram dedicados o novo altar e a igreja matriz, que passou por amplas reformas.
A cerimônia foi presidida pelo Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo Metropo litano. Concelebraram a Eucaristia Dom Jorge Pierozan, Bispo Auxiliar da Arqui diocese na Região Santana; Padre Salva dor Ruiz Armas, Pároco; e nove padres de paróquias vizinhas e dois sacerdotes da Pia Sociedade de São Paulo (Padres Paulinos).
Na homilia, Dom Odilo destacou que, embora Deus não precise de uma casa, as igrejas são necessárias para que as pessoas deem visibilidade à fé que têm no Senhor.
“Nós que precisamos de templos, como sinais da nossa fé, expressão daquilo que nós cremos. Por isso, quem vive nesta cidade, neste bairro, a Ele dedica um espa ço sagrado como sinal e expressão de lou vor e fé”, a rmou.
O Arcebispo reforçou que as igrejas são também lugar de oração, espaço para celebrar a presença de Deus no meio de todos e de onde os éis saem em missão para anunciar ao mundo o Reino de Deus.
O Cardeal ressaltou, ainda, que as igre jas são os lugares em que a família de Deus se reúne para celebrar a sua fé. “Aqui, pro clamamos a Palavra de Deus, celebramos os sacramentos, testemunhamos a nossa fé e alargamos o coração para amar e aco lher o nosso irmão”, destacou Dom Odilo, mencionando que as pessoas vão ao tem plo para agradecer, suplicar, louvar e se reunir como comunidade para proclamar sua crença no Deus Vivo.
O rito de dedicação do altar e de uma igreja é rico em símbolos e gestos que mar cam a consagração do espaço construído para a celebração dos sacramentos. No início da Eucaristia, o Arcebispo aspergiu água benta sobre o povo, sobre o altar e as paredes da igreja.
Após a liturgia da Palavra, entoou-se a Ladainha de Todos os Santos, e na sequ ência foram depositadas sobre o altar as relíquias dos santos e mártires: São Victo riano e São Timóteo, mártires; São José de Anchieta, Apóstolo do Brasil; Santo Antô nio de Sant’Anna Galvão; Santa Paulina do Coração Agonizante de Jesus, fundadora da Congregação das Irmãzinhas da Ima culada Conceição; Santa Francisca Xavier Cabrini, fundadora das Missionárias do Sagrado Coração de Jesus; São João Sca labrini, fundador dos Scalabrinianos; Be ata Assunta Marchetti, cofundadora das Irmãs Scalabrinianas; Beato Tiago Albe rione, fundador da Família Paulina; Beato Timóteo Giaccardo, primeiro sacerdote
paulino; Beato Mariano de La Mata Apa rício, missionário agostiniano.
Em seguida, houve a unção do altar e das paredes da igreja com o óleo do Cris ma; o rito de queima do incenso sobre o altar e, por m, este foi revestido como sinal que representa o lugar do sacrifício eucarístico e a mesa do Senhor. As velas sobre o altar recordam que Cristo é a luz.
Entenda mais sobre os ritos, no link a seguir: https://cutt.ly/oNt4vLM
Padre Salvador destacou a dinâmica pastoral e social da Paróquia: “Geogra camente, somos uma paróquia pequena, composta da matriz e da Capela São José, mas somos grandes e generosos nas ações pastorais e sociais”.
À reportagem, o Pároco contou que hoje estão bem estruturados na Paróquia a Catequese, Liturgia, Pastoral da Juven tude, Pastoral da Comunicação, Pastoral da Criança e do Idoso, Pastoral Social e os vários grupos de oração.
“A nossa ação social merece destaque. Já distribuímos quase 5 mil marmitas às pessoas em situação de rua. São quase 200 cestas básicas mensais às famílias em situ ação de vulnerabilidade, entre outras ativi dades realizadas”, pontuou.
Arlindo Figueira, 81, e Maria Emí lia Malheiros Figueira, 83, participam da comunidade desde sua criação. Eles já fo ram ministros extraordinários da Sagrada Comunhão e coordenadores de pastoral.
“Hoje é um dia especial para nós que vi mos o que era a igreja antes, que acompa nhamos toda a reforma, e agora celebra mos a dedicação. Tudo foi possível graças às bênçãos e proteção de Deus e à colabo ração e generosidade da comunidade”, co mentou o casal.
Até 1941, essa comunidade eclesial pertencia à Paróquia Santa Terezinha, dos Padres Salesianos. Em 1955, foi construída uma pequena capela dedicada a São João Bosco, no local onde hoje é a Paróquia.
Em 1957, o Cardeal Carlos de Vascon celos Motta, então Arcebispo, constituiu a
nova Paróquia dedicada a São Domingos Sávio – o jovem discípulo de São João Bos co, que nasceu na Itália, em 1842, e mor reu com apenas 15 anos, em 1857. Ele é padroeiro dos adolescentes e das mulheres grávidas.
Em 1958, a comunidade paroquial fundou o Centro de Assistência So cial São Domingos Sávio, cujo prédio está até hoje ao lado da igreja, inclusive
no momento passando por reformas. A reforma do salão paroquial come çou em 2017. Até então, não havia esgoto. Também foi elevado o piso do templo, já que quando chovia sempre alagava. Hou ve a troca do telhado e construiu-se uma cozinha para os eventos. O segundo andar do espaço ainda continua em obras, para a construção de salas de catequese e para atendimento médico, psicológico etc.
Em 2019, começou a reconstrução da igreja, e um problema elétrico exigiu uma reforma desde a parte estrutural até os acabamentos, pois a situação era urgente. A reforma incluiu a nova Sacristia, pres bitério, iluminação, batistério, Capela do Santíssimo e escritório para o Pároco.
A reconstrução da igreja, com capa cidade para cerca de 290 pessoas sen tadas, contou com as ideias do Pároco e do professor de Matemática e Física José Luiz da Conceição, voluntário e pa roquiano. “Eu quis fazer uma arquite tura que fosse aconchegante, funcional e, sobretudo, que representasse a nossa humildade e simplicidade, pois somos uma comunidade carente de recursos, mas ricos da bondade e generosidade de Deus e das pessoas”, disse Zelão, como é mais conhecido.
A morte é um grande espelho da vida. Diante dela, intuímos a grandeza e a miséria de nosso ser, a força e a futilidade de nossas pretensões éticas. Mas, do mesmo modo, a vida é um grande espelho da mor te. Olhando para nossa vida, intuímos – de forma acertada ou não – o que será nossa própria morte. A partir da morte, compreendemos melhor o sentido da vida; mas é a partir da experiência da vida que nos lançamos no desa o de compreender a morte.
O tempo da morte não pode ser evitado. Acom panha a todo vivente, espreitando-o nas sombras de cada afeto, de cada vínculo com o real. Quanto mais tentamos reduzi-lo ou afastá-lo, mais retorna e cresce, transmutado em tempo do nada, do vazio e da falta de sentido.
Um dos grandes pensadores franceses converti dos ao catolicismo no século XX, Olivier Clément, conta que na família de seus avós paternos, socialis tas ateus, os moribundos eram levados para morrer em casa e velava-se os mortos numa vigília “quase insuportável, diante do nada” (L’autre soleil, Paris: Edições Stock, 1975). Neste rito fúnebre aparente mente sem sentido, sem o consolo da esperança da vida eterna, se conservava, segundo o autor, a cer teza de que aquele morto fora um indivíduo único, que a sua vida havia sido única. Clément lembra ainda que, quando pequeno, perguntou a seu pai –um professor ateu – por que se vive e por que se morre. E este lhe respondeu: “Quando se morre, é o nada. Mas mesmo assim, precisamos procurar ser bons e justos” – e a criança intuiu, pela primeira vez,
que deveria existir mais alguma coisa, para que o bem e a justiça zessem sentido.
Tudo que existe está fadado a deixar de ser. Para não enfrentarmos esta dolorosa realidade, temos que – de algum modo – esquecer a própria natureza das coisas. A alternativa à convivência com a morte é a mutilação do real, sua transformação em ilusão que leva, em última instância, não à vida plena, mas ao nada, como a rmavam os adultos que cercavam o pequeno Olivier Clément.
Não é sábio xar-se na ideia da morte, deixar a vida consumir-se no medo do m último. Não se pode deixar de viver o presente, com sua beleza e riqueza, miséria e dor, em função da expectativa de um incerto porvir. Porém, o sentido, a meta, é um elemento inerente ao próprio presente. O amanhã de qualquer coisa já começa a se apresentar no seu hoje. Por isso, a re exão que procura encontrar o justo lugar da morte no conjunto da realidade é indispensável, e o esforço voluntarista de anular o futuro em razão do presente é vão – mesmo que fei to com todo o conhecimento e toda a sagacidade losó ca.
Nossa vida social se passa no tempo profano, mas o tempo da morte é o tempo do fanum, da ma nifestação do mistério. As sociedades podem criar ou censurar as manifestações rituais e artísticas que as ligam ao mistério presente na realidade. As hierofanias – enquanto fenômenos culturais pelos quais o sagrado se manifesta – podem ser controla das pelo poder e pela vontade. Entretanto, a hiero
fania que acontece no tempo da morte não pode ser evitada, mas apenas ocultada ou “esquecida” – para retornar, soberana e impiedosa, como tempo do nada, do vazio e da falta de sentido, que se espalha por toda parte, como o líquido que se esvai de uma garrafa quebrada.
Por um momento, que pode ser um instante fu gidio em meio às atribulações inevitáveis que cer cam a morte de um conhecido, ou o longo tempo do luto que se segue àquela perda considerada ir reparável, a morte abre nossos olhos para o misté rio da vida. O véu do templo se rasga e o enlutado, ainda aparentemente entre os outros, ainda aparen temente caminhando na banalidade do mundo, se desloca para o fanum, para o espaço sagrado onde toda a realidade se mostra tal como é.
As celebrações do Dia de Finados são um tempo propício para re etirmos sobre o sentido cristão da morte, recuperarmos positivamente tanto as lem branças e os afetos de nossos mortos quanto uma alegre esperança por nossa comunhão de nitiva nos braços do Pai.
Para ajudar nessa tarefa, trazemos uma homilia do Papa Francisco e uma re exão de nossa colabora dora monja camaldulense. Além disso, agradecemos a Communio, revista de Teologia e Cultura, que nos permitiu a publicação de dois trechos de artigos de uma edição internacional sobre a morte, editada em 2012. Por m, o professor Rafael Ruiz nos indica um lme belo e sensível, que narra a experiência de uma criança diante do mistério da morte.
O Caderno Fé e Cultura é uma publicação quinzenal do jornal “O SÃO PAULO”, com coordenação editorial do Núcleo Fé e Cultura da PUC-SP. Diretor responsável e editor: Padre Michelino Rober to. Coordenação editorial: Francisco Borba Ribeiro Neto. Revisão: José Ferreira Filho e Daniel Gomes. Diagramação: Jovenal Alves Pereira. Impressão: Grá ca OESP. Conselho editorial: Alexandre Gonçal ves, Alline Luiza de Abreu Silva, Bruno Muta Vivas, Diogo Chiuso, Gustavo Catania, Ivonete Kuerten, João Cortese, Luís Henrique Marques, Maria Nazaré Lins Barbosa, Rodrigo Pires Vilela da Silva, Vandro Pisaneschi.Jó estava na escuridão. Estava exata mente na porta da morte. E naquele momento de angústia, de dor e de sofrimento, Jó proclama a esperança. “Eu sei: o meu Redentor está vivo e aparecerá, nalmente, sobre o pó da terra... Eu mesmo o contemplarei, os meus olhos vê-lo-ão, e não os olhos de outro...” (Jó 19, 25-27). A come moração dos nados tem este signi cado duplo. Um sentido de tristeza: o cemitério é triste, pois recorda-nos de nossos entes queridos que já parti ram; mas lembra-nos também do fu turo, da morte; no entanto, com esta tristeza nós trazemos ores, como sinal de esperança e inclusive, posso dizer, de festa, mas depois, não agora. E a tristeza, amalgama-se com a es perança. E é isto que todos nós senti mos hoje, nesta celebração: a memó ria dos nossos entes queridos, diante dos seus despojos, e a esperança.
Sentimos também que esta espe rança nos ajuda, porque nós devemos percorrer este caminho. Todos nós trilharemos esta vereda. Mais cedo ou mais tarde, mas todos! Com dor, mais ou menos dor, mas todos! No entanto,
O texto a seguir é a homilia proferida pelo Papa Francisco na Missa de Finados, no Cemitério Prima Porta (Roma), em 2016
com a or da esperança, com aquele o forte que está ancorado no além. Eis a âncora que não desengana: a es perança da ressurreição.
E quem percorreu primeiro este caminho foi Jesus. Nós trilhamos a vereda que Ele já percorreu. E quem
nos abriu a porta foi Ele mesmo, Jesus: com a sua Cruz, abriu-nos a porta da esperança, descerrou-nos a porta para entrar no lugar onde con templaremos Deus. “Eu sei: o meu Redentor está vivo e aparecerá, nal mente, sobre o pó da terra... Eu mes
mo o contemplarei, os meus olhos vê-lo-ão, e não os olhos de outro...”. Hoje, voltemos para casa com esta dúplice memória: a memória do passado, dos nossos entes queridos que já se foram; e a memória do por vir, do caminho que nós havemos de percorrer. Com a certeza, a seguran ça; aquela certeza que saiu dos lábios de Jesus: “Eu ressuscitá-lo-ei no últi mo dia” (Jo 6, 40).
Quem de nós não foi obrigado pela vida a se curvar diante do caixão de uma pessoa amada? Tivemos que cumprimentar pais, avós, lhos com um último gesto de amor…. A morte tirou de nossas vidas pessoas quando menos esperávamos... Tirou-as por vezes depois de uma longa doença ou de uma velhice difícil, mas outras ve zes também de repente, por acidente ou infarto... Vem com gritos altos ou em silêncio total... Ó morte! Quanto dói, quanta divisão traz entre amigos, quantas separações dolorosas nas fa mílias! Restam apenas o vazio, o silên cio, as lágrimas... E a pergunta: por quê?
Com a morte, a vida cessa, mas não a existência. O corpo volta à ter ra, mas a alma volta ao Pai, à sua mo rada no Céu, volta ao Amor. A mor te, então, essa rainha cruel, pode se tornar Irmã Morte como São Fran cisco a chamava. Foi Cristo quem nos deu a esperança, a única força capaz de enfrentar o luto porque nos abre à ressurreição. Com sua morte, Ele venceu a nossa morte e nos pre cedeu na ressurreição dos mortos.
Para nós que con amos Nele, uma grande luz e uma grande força se abrem ao amor. Elas nos impelem a se apressar a amar as pessoas que temos ao nosso lado no nosso cotidiano: pais, lhos, avós, marido, mulher... Caso contrário, só teremos as lembranças e os remorsos de gestos inacabados,
Apressemo-nos para amar, as pessoas se vão tão cedo, delas restam apenas um par de sapatos e um telefone mudo. Só o fútil se arrasta pesadamente, o essencial é tão rápido que acontece de improviso e logo um silêncio normal e, portanto, insuportável, como a castidade nascida simplesmente do desespero quando pensamos em alguém depois de tê-lo perdido.
Nãotenhascertezadequetenstempo,asegurançaéinsegura, tira nossa sensibilidade como qualquer fortuna, chega simultaneamente como o pathos e o humor, como duas paixões uma mais débil que outra que se vão tão rápido como cala o sabiá em julho, como um som um pouco estranho ou uma reverência seca.
Para se ver de verdade, fecham-se os olhos. Se bem que é mais arriscado nascer do que morrer, amamos sempre pouco e demasiado tarde.
Não escrevas sobre isso com frequência, mas de uma vez por todas e serás como um del m bondoso e forte.
Apressemo-nos para amar, as pessoas se vão tão rápido e aqueles que não se vão, nem sempre retornam e ao falar do amor nunca se sabe se o primeiro é o último ou o último, o primeiro.
(JanTwardowski*,Apressemo-nosaamar)
palavras não ditas ou ditas mal... As pessoas vão-se sempre muito cedo. Não temos tempo e estamos sempre atrasados com o amor. A segurança de ter tempo tira nossa sensibilidade ao dom diário e silencioso de nossos entes queridos. Temos a certeza de encontrá-los amanhã, dentro de uma hora... Nós os tratamos como se fos sem nossos... Temos certeza de que os temos – e nossos gestos, nossas ações, nossas palavras cam desprovidas da quela incerteza e delicadeza dos aman tes quando gozam e cam maravilha dos com a presença do outro. Amantes que aproveitam cada momento para agradar um ao outro, para se contem plar reciprocamente.
São necessárias a humildade e a simplicidade de coração para reco nhecer que cada pessoa por quem experimentamos afeto e amor é dom que o Senhor nos dá. Peçamos ao Se nhor a graça de poder aceitar como seu dom o nos surpreendermos amando alguém, e viver nossos afe tos com reverência, respeito e verda deira doação de si.
Seria muito bom que, ao nos co locarmos diante do caixão, só pu déssemos agradecer os momentos maravilhosos que passamos juntos e deixar nosso ente querido partir em paz para o Amor. Seria muito bom poder dizer aos nossos falecidos: agradeço-vos porque nos amamos.
Nossas sociedades secularizadas ten tam evitar a morte, de um modo (só aparentemente) contraditório, tentan do fugir dela (como na obstinação te rapêutica, que, visando salvar um pa ciente terminal, submete-o a grandes sofrimentos) ou mesmo procurando -a (como na eutanásia). Nesse contex to, como podemos contribuir para re cuperar o “sentido cristão da morte”? Como redescobrir o sentido positivo da morte (e do sacrifício) e assim res tituir “as razões da nossa esperança”, a alegria que deve determinar a atmos fera geral com que tratamos este tema?
O signi cado cristão da morte é caracterizado por dois aspectos dis tintos, mas bastante complementares.
Em primeiro lugar, o cristão deve ser capaz de aceitar a morte que a vontade divina decide para ele. Essa aceitação, distante de qualquer fuga irracional, tentação suicida ou glori cação inde vida, consiste em desejar, por amor de Deus, o que, visto abstratamente, não é desejável em si. A morte, sem deixar de ser uma provação radical, adquire um sentido positivo à luz da vontade divi na, que é dom, permitindo-nos distin guir claramente entre o medo natural e a covardia irracional diante dela (e, consequentemente, entre a verdadeira coragem e a mera temeridade).
A aceitação cristã da morte repre senta o único realismo consistente
diante dela. Salva e aperfeiçoa aquela sabedoria pagã que sempre compreen deu que, apesar da vida ser um grande bem, não se pode querer estender sua duração a todo custo. O cristão reco nhece que aquilo que conta na vida não é sua quantidade nem o que co mumente se chama de sua “qualidade” (medida segundo um cálculo hedonis ta), mas a forma pela qual ela se realiza – e essa realização implica sacrifício, cujo valor positivo deve ser sublinha do. Não se pode reduzir a recuperação do sentido positivo da morte a uma espécie de utopia burguesa, incapaz de perceber a fecundidade do sacrifício.
A fé cristã faz plena justiça a tudo que um saudável realismo laico é capaz de nos ensinar sobre a morte. Mas essa justiça se faz a partir do se gundo aspecto constitutivo do signi cado cristão da morte, ainda mais fundamental. Certamente, a Ressur reição de Cristo, sua vitória sobre a morte, fundada em seu sacrifício de amor, não nos isenta de nossa morte, mas transforma seu sentido, porque faz da morte a entrada para uma vida propriamente sobrenatural, situada além do m de nossa existência na terra. Ao mesmo tempo, essa dimen são sobrenatural nos permite viver a morte até o m como experiência da bondade para conosco, criatu ras que dependem de seu Criador.
O signi cado cristão da morte faz justiça ao realismo humano. Recupe rar o natural a partir do sobrenatural: esse é o eixo metodológico. Encon trar a vida na própria morte: esse é o resultado.
Há muitas formas de falar ou não fa lar sobre a morte. Mas, sem dúvida, uma das formas mais difíceis e mais duras é quando uma criança de 12 anos tem de cuidar da sua mãe com um câncer terminal, porque seu pai divorciou-se e é muito ausente, até porque mora num outro continente.
Para enfrentar os seus medos, as suas angústias e o profundo dilacera mento interior que sente entre o de sejo de que sua mãe se cure e a quase certeza de que não se curará, Conor se refugia nos desenhos e nas histó rias que conta para uma velha árvore. Acontece que, talvez mais como um sonho ou pesadelo, essa mesma árvo re transforma-se num monstro que, regularmente, sete minutos depois da meia noite, virá visitá-lo e guiá-lo nesse caminho de dor e de sofrimento para que não se desespere. O Mons tro contará três histórias e, como um desa o, sempre sete minutos depois da meia noite, avisa que, depois da terceira história, Conor terá de contar o seu próprio conto.
Não estamos mais acostumados a experimentar o poder revelador e transformador das histórias. A verda de, mais ainda, a verdade sobre nós mesmos, sobre quem somos e o que a
vida espera de nós, não é uma verdade cartesiana, não é algo que se entende depois de uma análise profunda, não. Essa verdade que atinge o mais íntimo de cada um de nós e da nossa própria história se nos revela, se nos manifes ta. Como os gregos diziam, é uma ale theia. Um desvelamento, uma epifania que nos faz cair em nós próprios e di zer, a partir daí, com profunda convic ção: É isso! É isso mesmo!
Na origem etimológica, cção não é apenas “ ngimento” ou “irrea lidade”. Era algo muito mais profun do e maravilhoso. Fictum é o parti cípio passado de ngere, que pode sim ser traduzido como “ ngir”, mas também era a obra dos oleiros, da queles artesãos que com suas mãos e seus dedos (em inglês ainda se con serva o termo nger/ dedo) criavam e moldavam, a partir do barro, va sos, jarras e ânforas... A cção molda nossa alma, dá contornos humanos ao nosso caráter, desenha em nosso íntimo a nossa verdade mais íntima.
E foi isso que o Monstro fez na pequena e dolorida alma de Conor. A lição que cada um desses contos carrega é surpreendente, não só para Conor, mas para qualquer especta dor. A vida não é justa, as coisas se
passam de um jeito que quase nunca é o que nós queremos ou esperamos, a dor e o sentimento de impotência parece que estão enraizados na estru tura da vida. E, mesmo assim, como diria São Paulo nas suas Cartas, o amor tudo pode, tudo suporta. O amor não acaba nunca.
A origem do lme encontra -se numa autora irlandesa, Siobhan Dowd, que se especializou em litera tura para crianças e que foi surpreen dida abruptamente pelo câncer em 2005. Antes de morrer, aos 47 anos, em 2007, deixou rascunhadas as ideias centrais do livro. Sua Editora pediu a Patrick Ness que desse vida àquele esboço, que foi publicado em 2011. O lme, de 2016, foi realizado pelo espanhol Juan Antonio Bayona, conhecido por O impossível, sobre o grande tsunâmi na Indonésia.
Um belo lme de dor, sofrimento e amor. Uma história contada em forma de quatro contos, os três da árvore e o nal de Conor, que nos desvelam que, como diria Fernando Pessoa, “a vida é terra, viver é lodo”, mas é desse lodo que Deus fez o homem e o homem molda e dá forma à sua alma.
Direção: Juan Antonio Bayona
Roteiro: Patrick Ness, Jaume Martí Elenco: Lewis MacDougall, Felicity Jones, Sigourney Weaver, Liam Neeson
Disponível: Amazon Prime Video, HBO Max
Deixai agora vosso servo ir em paz, Conforme prometeste, ó Senhor; Pois os meus olhos já viram vossa salvação, Que preparastes perante a face de todos os povos. Luz para iluminar as nações, E para a glória de vosso povo, Israel.
(Cântico de Simeão, Lc 2,
A tradição católica oferece diaria mente ao cristão um momento para que compreenda e se prepare para a morte. Trata-se da Oração das Com pletas, com a qual encerra seu dia, na qual ouvimos o Cântico de Simeão – aquele que, conta o Evangelho, não morreria enquanto não con templasse o Messias. Já idoso, vive na expectativa de um acontecimento maravilhoso e improvável. Diante do pequeno Jesus, reconhece a realiza ção da promessa. Agora, ele é aquele que viu a plenitude da promessa que Deus realizou para toda a humani dade, e de forma especial para ele, Simeão. Ciente deste fato, declara-se pronto para a morte: “Deixai, agora, vosso servo ir em paz, conforme pro metestes, ó Senhor. Pois meus olhos viram a vossa salvação” (Lc 2, 29-30).
Todos os dias, ao repetir o Cânti co, cada el, à semelhança de Simeão, é chamado a declarar-se pronto para a morte. Não por resignação ou por uma sabedoria estoica, mas, sim por que “viu acontecer” a promessa que lhe foi feita. A esperança no futuro e na eternidade acontece pelo reco nhecimento de algo que já ocorre no presente, de uma história que se desenrola diante de nossos olhos. A morte, sob esse olhar, é o momento culminante para aquele que já des cobriu o encanto e a beleza da vida, que testemunhou o cumprimento da promessa de Deus para com ele.
A cultura atual faz com que ne cessitemos sempre de “algo mais”, que vivamos na ânsia por algo que ainda não está dado – e a morte é o triste m que encerra uma luta em que a vitória é impossível. A pro messa que se renova nas Completas é a da realização plena de algo que já foi encontrado neste mundo – ainda que de forma imperfeita.
As duas experiências, de sempre procurar “algo mais” ou de saber que já se encontrou “algo que realmente tem valor”, se misturam na vida co tidiana de todo cristão, mas uma de las terá que ser determinante. Ou ele está orientado por um “ter mais”, por um “ser mais”, autocentrado, mes mo que compartilhado por amigos, amantes ou companheiros de lutas, ou está orientado pela ação amoro sa de Deus, pelo mistério de Cristo,
que domina todas as relações e rede ne o próprio “ter mais” ou “ser mais”.
O Cristianismo e a morte: fato ou ilusão? Comentan do o Cristianismo, o lósofo francês Luc Ferry, dirá: “É bonito demais para ser verdade. É de tal forma o que queremos ouvir que só pode ser mentira. Não que remos morrer, queremos reencontrar as pessoas que amamos... e, como que por milagre, há um sujeito que chega e nos promete tudo isso” (A tentação do cristia nismo: da seita à civilização, Rio de Janeiro: Objetiva, 2011).
No passado, essa conformidade entre a proposta cristã e o anseio de vida eterna podia ser vista como uma evidência da verdade do Cristianismo e da exis tência do Deus cristão. Santo Agostinho interpretaria essa questão a partir da famosa frase logo no início de suas Con ssões (São Paulo: Abril Cultural, 1984): “Criaste-nos para vós, Senhor, e o nosso coração anda inquieto enquanto não descansar em Vós”.
Ao longo dos séculos, contudo, aconteceu uma vi rada gnosiológica que afetou diretamente a recepção do Cristianismo. Hoje, a conformidade entre o desejo e a promessa é interpretada como sinal não do amor do Criador para com sua criatura e sim do caráter ilu sório da fé cristã.
A experiência sempre necessária. Uma crença se a rma quando corresponde a ideias capazes de ex plicar e dar esperança às vivencias daquele que crê. Uma ideia que não tenha suporte experiencial não se sustenta como crível. A fé cristã não é uma ideia abstrata, mas um complexo de ideias e vivências, de experiências nascidas de um acontecimento, o en contro com Cristo.
A crise da fé, quer em termos pessoais, quer em termos sociais, acontece quando suas proposições não são mais sustentadas pela experiência vivida pelo el e passam, por isso, a ser transmitidas de forma adultera da, mesmo que formalmente o conteúdo seja mantido.
A fé se baseia em testemunhos e evidências, pois o testemunho precisa de um conjunto de evidências para se apresentar como plausível. Trata-se, de certa
forma, da experiência dos samaritanos que dizem à sua conterrânea: “Já não é por causa da tua declaração que cremos, mas nós mesmos ouvimos e sabemos ser este verdadeiramente o Salvador do mundo” (Jo 4, 41).
A crença dos samaritanos implicou o testemunho da samaritana, mas também o engajamento de sua li berdade e de sua racionalidade em uma vivência que poderia corroborar ou não aquele testemunho. Mas a racionalidade moderna está fechada em si mesma, não permite nenhuma experiência que possa transcender seus próprios pressupostos.
Não eliminar, mas superar a dor e o sofrimento. A fé cristã se baseia na possibilidade de um imprevisto, pois – de fato – a ideia de que o conteúdo de nossos desejos mais profundos, como o de superação da dor da morte, pode se realizar, contradiz nossa experiência cotidiana, sempre marcada por maiores ou menores frustrações. A evidência mais radical de que não se trata de uma ilusão é a experiência da superação do sofrimento. Não de sua eliminação, pois Cristo repete várias vezes que seus seguidores enfrentarão o sofri mento e a perseguição, mas de sua superação por meio do amor e do abraço do Pai (cf. Mc 10, 26-30).
Trata-se de uma ação “misteriosa”, não obrigatoria mente ilógica ou desligada das leis naturais, mas deter minada por uma intenção que só se torna conhecida e compreensível ao se realizar. Por isso, essa experiên cia não pode ser feita por quem não está aberto a essa ação, aparecendo como ilusão ditada pela esperança irracional.
Nenhuma solução para o mistério da morte se mostrou mais adequada ao coração do ser humano que o Anúncio cristão. Mas ele só se torna crível a par tir da evidência de uma companhia que age na vida de cada el, uma companhia a priori impensável segundo a lógica humana, mas que se torna compreensível, e até mesmo lógica, a posteriori
Estudante dedicada, cató lica envolvida nas atividades de sua paróquia em Santana do Cariri (CE) e assídua leito ra da Bíblia, Benigna Cardoso encontrou na fé, desde a mais tenra idade, a força para sobre viver. Não conheceu o pai, que morreu antes que ela nascesse, em 1928, e perdeu a mãe com apenas um ano de idade, ten do sido adotada, assim como seus três irmãos, pelas senho ras Rosa e Honorina Sisnando Leite.
Aos 12 anos, começou a ser assediada por um rapaz. Diante das frequentes recusas de Benigna, ele armou uma emboscada para abusar sexual mente da menina. Ela resistiu, e, por defender a sua castida de, foi morta por ele a facadas quando se encaminhava para uma fonte de água. Era o dia 24 de outubro de 1941, e Benigna, já com 13 anos, foi martirizada.
Passados exatos 81 anos, na tarde da segunda-feira, 24, cer ca de 60 mil pessoas lotaram o Parque de Exposições da cida de de Crato (CE) para partici par da solenidade em que Be nigna foi beati cada, já sendo reconhecida como a “Heroína da Castidade”, uma virtude moral que, conforme o Cate cismo da Igreja Católica (CIC), é concedida a todo batizado pelo Espírito Santo, para que leve uma vida casta conforme o seu estado de vida, sendo uma destas formas a virgindade (cf. CIC 2345, 2348 e 2349), que Benigna defendeu até a morte.
“Na tarde da sexta-feira, 24 de outubro de 1941, Benigna foi à fonte, em busca de água. Conhecia o caminho para ma tar a sede, servir aos da casa, regar as plantas. Lugar da água, da vida, tornou-se lugar da agressão, da violência, torna -se lugar da morte. Lugar da morte, fonte de resistência, de transparência, de fortaleza, de dignidade. Junto à fonte, Be nigna oferece a sua vida na delidade a Jesus”, disse o Carde al Leonardo Steiner, Arcebispo de Manaus (AM), enviado pelo Papa Francisco para presidir a solene liturgia da menina Be nigna Cardoso.
Após a leitura da biogra a
da jovem leiga mártir, Dom Leonardo leu a carta apostólica assinada pelo Papa Francisco na qual o Pontí ce acolhe o pedido dos bispos para declarar a meni na Benigna como Bem-Aventurada e es tabelece o dia 24 de outubro como data de sua memória litúrgica.
A promulgação pela qual o Papa autorizou a beati cação da “Heroína da Castidade” foi assinada em 2 de ou tubro de 2019. A cerimônia de beati cação estava prevista inicialmente para ocorrer em 2020, mas foi adiada devi do à fase mais aguda da pandemia de COVID-19.
Após a leitura da carta apostólica, a relíquia de Benigna foi levada ao altar por duas de suas irmãs de criação, as senhoras Iranir e Terezinha Cisnando, e por alguns jovens, enquanto se entoa va o hino à nova Beata.
“O seu amor, a sua misericórdia, a levou ao martírio”, destacou Dom Le onardo, ao recordar o assassinato de Benigna, vítima de uma tentativa de abuso sexual, mais especi camente de feminicídio, como tal crime é chamado atualmente.
“Hoje louvamos a Deus pela vida e pelo testemunho daquela que pelo martírio foi bem-nascida para a Igreja como Bem-aventurada, indicadora e
defensora da dignidade da mulher. Be nigna, exemplo de não subjugação das mulheres, defensora da própria força e valor, da dignidade e da beleza, da se xualidade e da maternidade, do vigor e da ternura. Preferiu a morte à paixão, preferiu a morte a romper com a sua dignidade.”
O Cardeal Steiner lembrou que na quele dia, na Comarca de Crato, estava sendo instalado o Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, com vistas a garantir os direitos funda mentais das mulheres nas relações do mésticas e familiares. Em 24 de outu bro, no Ceará, também se celebra o Dia Estadual da Luta contra o Feminicídio.
“Benigna nos anima a criar um ambiente familiar e social de cuidado, respeito e dignidade entre nós. Heroí na da Castidade! Que a sua santa alma converta esta paróquia e seja a proteção das crianças e das famílias. Estes são os votos que faço à nossa ‘santinha’. São os votos que fazemos todos nós!”, con cluiu Dom Leonardo.
Em entrevista ao Vatican News, Da nilo Sobreira, coordenador de Pastoral da Paróquia Senhora Sant’Ana, de San
tana do Cariri, recordou que a nova Be ata era muito dedicada aos estudos, se distinguia pela caridade, era amante da natureza e dos animais, tinha uma vida de oração, ia à missa todos os domin gos e tinha especial devoção por Nossa Senhora do Carmo. Além disso, trans mitia aos amigos tudo que lia na Bíblia.
Segundo Sobreira, por muitas dé cadas as pessoas iam até o local onde Benigna foi martirizada para rezar e pedir por sua intercessão. Em 2004, um grupo de leigos provenientes de Natal (RN) decidiu celebrar uma missa na data e no local do martírio em Santana do Cariri, mas, como ca em uma pro priedade privada, houve uma mobiliza ção para se construir uma capela próxi ma, no ano de 2005, o que impulsionou a realização de romarias.
“É importante viver o exemplo de Benigna, onde quer que estejamos, a nal ela é um modelo da Igreja e para a Igreja, e assim podemos ser a exemplos dela discípulos-missionários de Je sus Cristo, como ela assim o foi”, a r mou Dom Magnus Henrique Lopes, OFMCap., Bispo de Crato (CE), em coletiva de imprensa antes da missa de beati cação.
Passivo
patrimônio
encargos sociais
férias
Repasses de coletas
contas
pagar
2021 2020
1.918 2.800
8.817 3.438
378 225
211 203 - 86
6.730 5.934
pagar
pagar 1.782 2.540
circulante 19.836
2021 2020
Receita operacional bruta 23.509 19.061
Receitas com produtos religiosos 6.219 3.759 13.045 8.582
Receitas com locação 20.637 17.684 153.660 111.120
Receitas com cemitério 5.428 4.622
Outras receitas 620 492
Receita operacional líquida 20 223.118 165.320
Despesas com salários, férias e encargos sociais
Despesas paroquiais Despesas com pastorais
Despesas com água, luz, correios, telefone e gás Despesas com expediente Despesas com manutenção
Despesas com o cemitério Outras despesas/receitas (212.004) (166.919) 31 5.274 3.293 3.141 1.691
Superávit do exercício 14.255 92
2020 14.255
Superávit abrangente
2021 2020
Fluxo de caixa das atividades
14.364 20.273 Lucro líquido 14.255 92 9.479 9.479
Lucro ajustado 24.639 9.810 11.278
A Mitra Arquidiocesana de São Paulo, também conhecida por Mitra de São Pau designada canonicamente “Arquidiocese de São Paulo” fundada e constituída pelo Papa Bento XIV, em 06 de dezembro de 1745, pela Bula “Candor Lucis aetamae”, como circunscrição da Igreja Católica Apostólica Romana e inscrita no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica sob o nº 63.089.825/0001-44.
ção integra, abrange e representa sob sua personalidade jurídica, as paróquias,
próprios, dentro dos limites territoriais da Arquidiocese de São Paulo e submeti Atualmente a Mitra Arquidiocesana de São Paulo compreende cerca de 480 uni dades das quais podemos citar 302 paróquias e suas comunidades distribuídas dentro do território.
1.1 Impactos do COVID-19 (Coronavírus)
estado de emergência global em razão da disseminação da COVID-19. Em 11 de março de 2020, ela declarou a COVID-19 como um surto pandêmico. das maiorias dos países, incluindo o Brasil. ciamento social, o uso obrigatório de máscaras, a distribuição de álcool gel em trabalhado com a implementação de planos de contingências
3 Principais políticas contábeis
políticas contábeis descritas em detalhes abaixo têm sido aplicadas de manei
Transações em moeda estrangeira
rada naquela data. O ganho ou perda cambial em itens monetários é a diferença entre o custo amortizado da moeda funcional no começo do período, ajustado contratuais do instrumento.
Pagamentos a fornecedores de materiais e 241.797 193.693
Fluxo de caixa das atividade de investimento (10.466) (13.308) Aquisição de imobilizado (85) (2.417) - 511
Aumento líquido de caixa 3.813 4.548 10.399 5.851 14.212 10.399 Variação do caixa e equivalentes de caixa 3.813 4.548
do no balanço patrimonial quando, e somente quando, a Mitra tenha o direito le Mitra. Os custos da transação, após o reconhecimento inicial, são reconhecidos ditos.
nhecidos inicialmente na data de negociação na qual a Mitra se torna uma
outras
Depreciação
Líquido
(59.875) 109.992 109.887
31/12/2020 Adições Baixas 31/12/2021
Biblioteca/Videoteca 390 - - 390
Total 160.461 12.942 (3.536) 169.867
31/12/2020 Adições Baixas 31/12/2021
Total (50.574) (9.956) 655 (59.875)
109.887 2.986 (2.881) 109.992
Amortização
(412)
Adições Baixas 31/12/2021
c/ganhos
Receitas
Outras despesas operacionais
que possíbilitou
instituição,
sistema
obtidos
5.274
(2.133) (1.602)
tra a Municipalidade de São Paulo decorrente da ação de desapropriação.
32 Cobertura de
Mitra adota a política de contratar cobertura de seguros para os bens sujeitos
33 Aprovação das Demonstrações
“Devemos proteger a família, mas não aprisioná-la, e sim fazê-la crescer como deve crescer. Cuidado com as ideologias que se intrometem para ex plicar a família do ponto de vista ideo lógico. A família não é uma ideologia, mas uma realidade, e uma família cres ce com a vitalidade da realidade.”
O alerta foi feito pelo Papa Fran cisco, em audiência na segunda-feira,
24, com a comunidade acadêmica do Pontifício Instituto Teológico João Paulo II para as Ciências do Matrimô nio e da Família.
O Pontí ce ressaltou que cabe à Teologia elaborar “uma visão cristã de genitor, lial e fraterna, e não apenas do vínculo conjugal” e que “a cultura da fé é chamada a medir-se com as transformações que marcam a atual consciência das relações entre homem e mulher, entre amor e geração, entre família e comunidade”.
O Papa lembrou, ainda, que é mis são da Igreja a integração da teologia do vínculo conjugal com uma teologia mais concreta da condição familiar.
Também ressaltou que “é responsabi lidade do Estado e da Igreja escutar as famílias, em vista de uma proximida de afetuosa, solidária e e caz, que as sustente no trabalho que já fazem por todos, incentivando sua vocação para um mundo mais humano, ou seja, um mundo mais solidário e fraterno”.
“Eu sempre digo aos recém-casa dos: se vocês querem brigar, até bri guem, mas façam as pazes, antes do dia terminar. Essa capacidade de se reconstruir é que mantém a família diante das di culdades, é uma graça, porque se não se reconstrói, a ‘guerra fria’ do dia seguinte é perigosa”, co mentou.
Cerca de 800 gestores e empresários de 40 países, 20 dos quais do Brasil, participaram, no Vaticano, do 27o Congresso Mundial da Uniapac – União Cristã Internacional de Di rigentes de Empresas.
Na sexta-feira, 21, o Papa Francisco fa lou aos participantes, exortando-lhes a mu dar as relações internas nas empresas e des tas com o meio ambiente, com vistas a criar uma economia voltada ao bem comum e mais inclusiva.
“No cumprimento da pro ssão, vocês, lí deres de empresas e empresários, são chama dos a agir como fermento para garantir que o desenvolvimento chegue a todas as pessoas, mas especialmente às mais marginalizadas, mais necessitadas, de modo que a economia possa sempre contribuir para o crescimento humano integral”, observou.
Ao recordar o pacto que assinou em se tembro com os participantes da “Economia de Francisco”, o Santo Padre encorajou os empresários a se aliarem aos jovens na busca da paz; no cuidado com a Criação; na efeti vação de uma economia que esteja a serviço da pessoa, da família e da vida; e na qual o cuidado substitua o descarte e a indiferen ça, que não se deixe ninguém para trás; que se reconheça e proteja o trabalho descente e seguro; e que as nanças sejam aliadas da economia real. (DG)
O acordo provisório rmado em setembro de 2018 entre a Santa Sé e a República Popular da China para a no meação de bispos católicos no país foi prorrogado por mais dois anos.
Em entrevista ao L’Osservatore Ro mano e à rádio Vaticano-Vatican News, o Cardeal Pietro Parolin, Secretário de Estado do Vaticano, disse que a nova
prorrogação – a primeira foi em 2020 –ocorre na esperança de garantir que as comunidades católicas chinesas possam ser guiadas por pastores dignos e idône os à tarefa a eles con ada.
“O procedimento estabelecido no Acordo foi cuidadosamente considera do, levando em conta as características particulares da história e da sociedade
chinesa e os consequentes desenvolvi mentos da Igreja na China. A este res peito, não posso deixar de recordar tam bém as muitas situações de di culdade e, às vezes, de laceração em que as co munidades católicas se encontraram nas últimas décadas”, comentou o Cardeal Parolin.
Como frutos já obtidos com o acor
do provisório, ele mencionou que des de setembro de 2018 todos os bispos da Igreja Católica na China estão em plena comunhão com o Sucessor de Pedro; que já ocorreram seis ordenações episcopais dentro do espírito do Acordo; e que os primeiros seis bispos “clandestinos” ob tiveram o registro e, assim, tiveram sua posição o cializada no país. (DG)
A Faculdade de Direito Canônico São Paulo Apóstolo, da Arquidiocese de São Paulo, realizou, entre os dias 24 e 26, a 19ª Semana de Direito Canôni co. O evento on-line teve como tema central a constituição apostólica Prae dicate Evangelium, que trata da reforma da Cúria Romana e seu serviço à Igreja no mundo.
Entre os conferencistas da semana estavam o Monsenhor Marco Mellino, Secretário do Conselho dos Cardeais; Padre Simone Renna, Subsecretário do Dicastério para o Clero; Linda Ghiso ni, Subsecretária do Dicastério para os Leigos, Família e Vida; Dom Rogério Augusto das Neves, Bispo Auxiliar da Arquidiocese de São Paulo e Mestre em Direito Canônico; e Dom José Apare
cido Gonçalves de Almeida, Bispo Au xiliar da Arquidiocese de Brasília (DF), que já foi Subsecretário do Pontifício Conselho para os Textos Legislativos.
Promulgada em 19 de março de 2022, pelo Papa Francisco, essa nova constituição apostólica entrou em vi gor em 5 de junho e é fruto de um lon go processo de escuta, iniciado com as Congregações Gerais que antecederam o Conclave de 2013. O novo documen to substitui a constituição Pastor Bonus, de São João Paulo II.
Entre as inovações mais signi cati vas está a uni cação do Dicastério para a Evangelização da precedente Congre gação para a Evangelização dos Povos e do Pontifício Conselho para a Pro moção da Nova Evangelização: os dois chefes de dicastério se tornam pró pre feitos, porque a prefeitura deste novo Dicastério é reservada ao Papa. De fato,
a constituição diz: “O Dicastério para a Evangelização é presidido diretamente pelo Romano Pontí ce”. Também é ins tituído o Dicastério para o Serviço da Caridade, representado pela Esmolaria, que assume, assim, um papel mais sig ni cativo na Cúria.
Ao comentar as novidades e a estru tura da Praedicate Evangelium, Mon senhor Marco Mellino, que participou diretamente do processo de elaboração do documento, enfatizou que o texto expressa, tanto na sua elaboração quan to no seu conteúdo, a dimensão sinodal da Igreja, bastante acentuada no atual ponti cado.
O Secretário do Conselho dos Car deais sublinhou que não se trata apenas de uma reorganização administrativa dos organismos da Santa Sé, mas uma
renovação das estruturas e serviços em vista da missão da Igreja e do ministé rio do sucessor de Pedro, tendo a evan gelização como o “norte” para todo o serviço da Cúria, ao lado da doutrina da fé e do serviço da caridade.
Outro aspecto ressaltado pelo docu mento é o espírito de serviço e colabora ção ativa dos bispos e dioceses de todo o mundo, demonstrando, assim, a dimen são da sinodalidade tanto entre os di castérios quanto com a Igreja universal. Nesse sentido, Monsenhor Marco desta cou que, assim como a Cúria Romana, o Sínodo dos Bispos é uma instituição da Santa Sé que auxilia o Papa no exercício de seu ministério petrino.
Também foram destacados aspectos como a descentralização de serviços, a subsidiariedade e o princípio de co munhão que regem a reforma da Cúria Romana.
www.osaopaulo.org.br
Diariamente, no site do jornal O SÃO PAULO, você pode acessar notícias sobre a Igreja e a sociedade em São Paulo, no Brasil e no mundo. A seguir, algumas notícias e artigos publica dos recentemente.
Finados: saiba os horários de missas nos cemitérios https://cutt.ly/LNp67Mm
CNBB manifesta solidariedade à ministra Cármen Lúcia e a vítimas de agressões
https://cutt.ly/KNaqthh
Francisco: o grito da paz expressa a dor e o horror da Guerra
https://cutt.ly/8Np6gMD
Capital paulista terá passe livre em ônibus e vans no domingo das eleições https://cutt.ly/YNp6EBE
Conheça a Igreja Católica: O Dia de Todos os Santos https://cutt.ly/2Np69pK
Zaqueu era chefe dos cobradores de impos tos ou publicanos. No tempo de Nosso Senhor, os publicanos eram infames, pois trabalhavam para os romanos, recebendo seus tributos abu sivos e, desse modo, enriquecendo-se à custa do empobrecimento de seus compatriotas. Zaqueu era, por isso, “muito rico” (Lc 19,2). Para ele va liam as palavras de Jesus: “quão di cilmente en trarão no reino de Deus aqueles que possuem riquezas!” (Lc 18,24).
Mas, já que “o que é impossível para os ho mens é possível para Deus” (Lc 18,27), o Es pírito Santo movia o seu coração para coisas mais altas. Tendo ouvido falar do Senhor, en quanto Ele atravessava a cidade de Jericó, “Za queu procurava ver quem era Jesus” (Lc 19,3). Não era uma busca displicente ou apenas curiosa. A sua alma experimentava já algum remorso e intuía a grande oportunidade que se aproximava. Antes de ver o Senhor, contudo, Zaqueu teve de se deparar com uma limita ção que, no conforto da coletoria de impostos – onde permanecia sentado à espera dos que iam, subservientes, ao seu encontro –, passava despercebida: a sua baixa estatura. A nal, para que a busca ao Senhor chegue a bom termo, temos de reconhecer nossa pequenez. Zaqueu era rico, mas, entre a multidão, era só mais um… E, ainda, um “muito baixo”.
En m, com con ança e ousadia, Zaqueu “correu à frente e subiu numa gueira para ver Jesus” (Lc 19,4). Conhecendo suas boas disposições, o Senhor “olhou para cima”. Para atraí-lo, perscrutou-o com caridade e indi cou o que faltava à sua alma: “Zaqueu, desce depressa! Hoje eu devo car na tua casa” (Lc 19,5). Era como se dissesse: humilha-te, abai xa-te, e terás intimidade Comigo. Surpre so, Zaqueu foi invadido por um sentimento de humildade e gratidão, semelhante ao do centurião: “Senhor, eu não sou digno de que entres sob o meu teto” (Lc 7,6). Da gratidão, nasceu o arrependimento profundo: “Senhor, eu dou a metade dos meus bens aos pobres, e, se defraudei alguém, vou devolver quatro vezes mais” (Lc 19,8).
O arrependimento verdadeiro se traduz no desejo sincero de mudar de vida e de reparar o mal cometido. Zaqueu trocou a cobiça pela caridade; a injustiça pela compensação do mal praticado. Um arrependimento sem reparação do mal é incompleto e, possivelmente, falso. Aliás, o perdão dos pecados contra a justiça é condicionado à compensação do dano causa do, sempre que esta for possível. Assim, além da Con ssão sacramental, quem roubou deve ressarcir a coisa roubada, ou ao menos doar o correspondente à vantagem obtida. Quem ca luniou deve desmentir a calúnia. Quem induziu o irmão ao erro deve se retratar. Quem pecou deve fazer penitência pelos pecados.
En m, Jesus encontrou em Zaqueu um gi gante, isto é, um homem sinceramente disposto a reparar o mal cometido. Por isso, disse: “hoje, a salvação entrou nesta casa” (Lc 19,9). Aconte ceu o que era impossível aos homens. Que Deus nos dê um coração humilde e a graça de repa rar o mal que zemos e o bem que deixamos de praticar.
No dia 2 de novembro, os católi cos celebram a Comemoração de To dos os Fiéis Defuntos, popularmente conhecido como “Dia de Finados”, ocasião de recordar e oferecer orações pelos falecidos.
Por isso, a Arquidiocese de São Paulo, por meio das regiões episco pais, organizou uma programação especial para celebrações de missas nos cemitérios da capital paulista, mobilizando os sacerdotes não ape nas das paróquias que possuem ce mitérios em seus territórios, como os das paróquias vizinhas, de modo que todos os éis poderão oferecer missas em sufrágio dos seus entes fa lecidos. Também em todas as paró quias serão celebradas missas pelos éis defuntos.
A programação completa pode ser vista no portal da Arquidiocese de São Paulo: https://arquisp.org.br
A Comemoração de Todos os Fi éis Defuntos ocorre no dia seguinte à Solenidade de Todos os Santos e está diretamente ligada ao dogma da co munhão dos santos, por meio do qual se compreende os três estados que constituem a Igreja, corpo místico de Cristo, como explica o Catecismo da Igreja Católica (CIC):
Igreja militante: constituída por todos aqueles batizados que estão vi vos e peregrinam neste mundo e ca minham para a eternidade celeste;
Igreja padecente: formada por aqueles que “morreram na graça da amizade, mas não estão de todo pu ri cados, sofrem depois da morte uma puri cação, a m de obterem a santidade necessária para entrar na alegria do céu”, isto é, o purgatório (CIC, 1030).
Igreja triunfante: constituída por todos aqueles bem-aventurados que estiverem puri cados e contem plam Deus face a face no céu, “o es
tado de felicidade suprema e de ni tiva” (CIC, 1024).
Em 2 de novembro, portanto, os católicos são chamados a rezar pe las almas que ainda não chegaram ao Céu, mas estão se puri cando no Purgatório, a m de um dia poderem contemplar Deus face a face.
No Catecismo, o Purgatório é de nido como o tempo de puri cação daqueles “que morrem na graça e na amizade de Deus, mas não estão completamente puri cados, embora tenham garantida sua salvação eter na”.
A doutrina católica do Purgatório foi de nida solenemente no Concílio de Florença, que perdurou de 1431 a 1445. A fé da Igreja na existência do Purgatório se baseia, principalmente, na prática, que vem desde os primór dios do Cristianismo, de rezar pelos mortos, além de se basear no Segun do Livro de Macabeus, que demons tra a necessidade de rezar e fazer sa crifícios pelos que já morreram, “a m de que fossem absolvidos de seu pecado (2Mc 12,46).
Na constituição dogmática Lu men gentium, na referência à união da Igreja celeste com a Igreja peregri na, indica-se que “todos os que são de Cristo e têm o seu Espírito estão uni dos numa só Igreja e ligados uns aos outros nele (cf. Ef 4,16). E, assim, de modo nenhum se interrompe a união dos que ainda caminham sobre a ter ra com os irmãos que adormeceram na paz de Cristo”.
Portanto, a oração dos éis por aqueles que faleceram não é apenas uma recordação saudosa, mas uma viva expressão da fé no mistério da salvação e da ressurreição da carne. É por essa razão que a Igreja con cede várias indulgências a serem aplicadas às almas que padecem no Purgatório. A indulgência é a remis são, diante de Deus, da pena tempo
ral devida aos pecados já perdoados quanto à culpa que o el, devidamen te disposto e em certas e determina das condições, alcança por meio da Igreja.
Nesse caso, a indulgência pode ser obtida com uma visita ao cemitério entre os dias 1º e 8 de novembro, com uma oração pelos defuntos e pelo Papa, além da con ssão sacramental e comunhão.
Das orações em sufrágio das al mas dos falecidos, a missa é, sem dú vida, a mais importante, uma vez que consiste no memorial do santo sacri fício da Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus Cristo. “É por este sacramen to que nos unimos a Cristo, o qual nos torna participantes de seu Corpo e de seu Sangue para formarmos um só corpo”, destaca o Catecismo, a r mando, ainda, que a comunhão eu carística é “o sentido primário da co munhão dos santos… pão dos anjos, pão do céu, remédio de imortalidade, viático…” (CIC, 1331).
Desse modo, cada vez que um sa cerdote preside uma missa e oferece, na pessoa de Jesus Cristo, o único e eterno sacrifício redentor, unindo o céu e a terra, o faz em favor de toda a Igreja, ou seja, dos santos, dos faleci dos e de todos os éis que se reúnem em torno do altar.
A respeito do valor da missa em sufrágio das almas, São Leonardo de Porto Maurício dizia:
“Quereis uma prova de que a mis sa traz alívio às pobres almas? Ouvi um dos mais sábios doutores da Igre ja, São Jerônimo: ‘Durante a cele bração de uma Missa por uma alma sofredora, esta alma pode ser preser vada de todo ou em parte da pena do fogo. Em cada Missa que se celebra, diversas almas são livres do purga tório. Re eti ainda nisto: a vossa ca ridade por estas almas será de muita vantagem para vós. Ó missa bendita, és útil há um tempo para os vivos e os mortos! No tempo e na eternidade!’”.
‘Se defraudei alguém, vou devolver’
O largo sorriso e o hábito vermelho são marcas peculiares da Irmã Guadalupe Rodrigo, 49, do Instituto das Servidoras do Senhor e da Virgem de Matara. Desde 2015, em especial na Argentina, onde nas ceu, a religiosa tem testemunhado o que vivenciou nos anos de missão no Oriente Médio.
“O hábito da nossa congregação é azul, mas minhas superioras me aconselharam a fazer uma mudança de cor. Assim, passei a me vestir de vermelho, pelo sangue dos mártires”, contou em entrevista on-line ao O SÃO PAULO e à rádio 9 de Julho, di retamente de Buenos Aires, onde mora e orienta o movimento Nazarenos Persegui dos, que se dedica à oração pelos cristãos que sofrem perseguições.
O nome do movimento laico se refere ao modo como os cristãos são chamados no Oriente Médio. Já a logomarca é alusi va à letra árabe “ ”, equivalente ao “n” em português, que é desenhada pelos radicais islâmicos nas casas dos cristãos marcados para morrer. “Entre os cristãos, porém, se difundiu esta letra como símbolo dos mártires, e disso surgiu o nome do nosso movimento, Nazarenos”, detalhou.
Guadalupe começou a discernir a vo cação religiosa ainda na juventude. Aos 18 anos, quando cursava Economia e par ticipava ativamente de sua paróquia, foi convidada para um encontro de exercícios espirituais inacianos.
“Tudo ia bem, mas eu estava à procura de alguma coisa que não sabia ao certo o que era, e até pensava que isso seria formar uma boa família. Quando z os exercícios espirituais inacianos, dei-me conta de que Deus me chamava à vida religiosa con sagrada. Foi como se encaixasse a última peça do quebra-cabeças da minha vida”, recordou.
Guadalupe, então, ingressou no Ins tituto das Servidoras do Senhor e da Vir gem de Matara, ramo feminino da família religiosa do Verbo Encarnado, e pouco tempo depois foi enviada em missão para o Oriente Médio, tendo professado os vo tos perpétuos em 1997, em Jerusalém. Nos dois anos seguintes, viveu na Terra Santa, dedicando-se ao estudo da língua árabe, até que em 1999 foi enviada ao Egito.
Nos 12 anos em que permaneceu no Egito, Irmã Guadalupe pôde testemunhar
que os cristãos não medem esforços para professar a fé, mesmo sendo a minoria no país e alvo frequente de perseguições.
“Lá não há uma família cristã que não tenha um mártir, alguém que morreu por causa da fé. E eles se gloriam desse mártir. Os cristãos também sofrem com discrimi nações para procurar um trabalho, cons truir igrejas e para professar publicamente a fé”, recordou.
A religiosa explicou que, desde a infân cia, os cristãos tatuam o sinal da cruz no punho direito, para expressarem publica mente quem são. “Se chegar o momento do martírio, essa cruz na própria carne recorda que a pessoa é cristã e que não vai renegar a fé. Eu me lembro de uma jovem que veio me procurar porque queria in gressar na congregação. Ela tinha apenas 15 anos, e eu perguntei: ‘Por que você quer ser religiosa?’. E ela me disse muito rme mente: ‘porque quero ser mártir, e como religiosa, tenho mais possibilidades’. É impressionante como eles consideram o martírio como uma coroação de sua vida de fé”, destacou.
Do Egito, Irmã Guadalupe foi enviada para a Síria, onde chegou em janeiro de 2011. Meses depois, em março, começa ram os con itos no país.
“Antes da guerra, havia uma boa convi vência entre cristãos e muçulmanos, pois a Constituição era laica. A guerra, na verda de, foi uma invasão de grupos terroristas, fundamentalistas islâmicos, manipulados por poderosos de outras partes do mun do, com interesses econômicos naquela região”, contou.
Irmã Guadalupe viveu em Alepo, uma das principais cidades sírias, entre 2011 e 2014: “Os cristãos eram massacrados das maneiras mais cruéis: cruci cados, deca pitados, enterrados vivos – às vezes, jovens eram sepultados vivos à vista de seus pais. Diante de tudo isso, o testemunho de fé que este povo deu foi tremendo. As pesso
as não tinham medo. Muitas me diziam: ‘não importa que me cortem a cabeça! Sou cristão e não vou deixar de sê-lo’. Aos que pensam que os mártires morrem desespe rados, saibam que não, não e não. Morrem sorrindo, cantando, rezando e perdoando a seus torturadores”, recordou.
Ela própria quase teve a vida ceifada em meio a bombardeios e tiroteios: “Por mais de uma vez, estive, por diferença de segundos ou metros, de ser morta. Com o tempo, fui me dando conta de que não se deve ter medo da morte. Como missioná rios, temos de considerar uma graça que Deus nos dá a de participar de alguma ma neira da graça dos mártires”.
Irmã Guadalupe retornou à Argentina no m de 2014, a pedido de seus superio res para que pudesse cuidar da saúde de seus familiares. Aos poucos, passou a ser chamada para testemunhar em colégios, paróquias e outros locais as experiências que vivenciou. Em 2015, ela e alguns lei gos fundaram o movimento Nazarenos Perseguidos.
“Rezamos pelos cristãos perseguidos e difundimos o movimento pelas redes sociais. Nos últimos três anos, um grupo de nazarenos leigos pediu para fazer algo ainda maior: dedicar sua vida a esta causa. Eles fazem votos de pobreza, castidade e obediência, são votos privados, por ainda ser uma experiência, mas é algo conta giante”, contou.
Alguns dos que se consagram vivem em comunidade, mas boa parte dos inte grantes permanece em suas famílias e há grande adesão de jovens.
“Muitos são os jovens que me dizem: ‘quero abraçar este modo de vida porque desejo viver a radicalidade do Evange lho’. O jovem se sente atraído por uma entrega total, e acredito que os mártires, com sua entrega radical, mostram qual é o verdadeiro amor, e o jovem sempre busca este amor verdadeiro, que signi
ca entrega, pois o próprio Senhor diz: ‘não há maior amor do que dar a própria vida’. E isso é uma prova que o sangue dos mártires nunca se derrama em vão. Os mártires nos dão o testemunho da verdadeira alegria e liberdade dos lhos de Deus, algo que nós também podemos viver”, a rmou.
Embora no Ocidente os cristãos te nham, na maioria dos países, liberdade para manifestar a fé, Irmã Guadalupe aler ta que é preciso que estejam atentos a per seguições que têm ocorrido.
“Temos que ter consciência e abrir os olhos sobre os ataques permanentes aos cristãos em muitos países da América La tina, com governos que vão diretamente contra a fé e contra a Igreja, além das leis, basta ver a lei do aborto aqui na Argentina. Os ataques à vida e à família são ataques contra o próprio Jesus”, enfatizou.
“Temos que nos manifestar como cristãos, carregar a cruz sem medo, demonstrar a nossa fé em nossas falas e comportamentos. O real problema é que aqui no Ocidente fazemos um Cris tianismo dissimulado, acomodado aos critérios do mundo. Há católicos que di zem ser favoráveis ao aborto, à ideologia de gênero. Mas como? Isso é uma crise de identidade! Ouçamos os mártires. Eles nos chamam a viver o Evangelho com radicalidade e não o recortando em partes das quais se gosta mais ou con vém. Aprendamos deles e dos cristãos perseguidos a tudo enfrentar com a ca beça erguida, sem medo!”, concluiu.
YouTube – https://cutt.ly/cNyFBtK Facebook – https://cutt.ly/qNyF8zw Instagram – https://cutt.ly/CNyGeIk
‘A ÚLTIMA PEÇA
Todos os anos, por ocasião do Dia Mundial das Missões, em 2022 celebrado no domingo, 23, a Agên cia Fides, vinculada às Pontifícias Obras Missionárias (POM), divul ga um relatório com algumas esta tísticas sobre a presença e atuação eclesial católica no mundo.
As informações são do último Anuário Estatístico da Igreja, cuja compilação inclui o levantamento feito até 31 de dezembro de 2020, e trazem um panorama não somente a respeito dos membros da insti tuição, como também das estrutu ras eclesiais, de saúde, bem-estar e educação.
Ao término de 2020, a popula ção mundial havia ultrapassado a marca de 7,667 bilhões de pessoas, o que representa um aumento de 89,359 milhões em relação ao ano anterior, com crescimento em to das as regiões do globo. Na ocasião, os católicos somavam um contin gente de 1,359 bilhão de éis, com um aumento de 15,209 milhões em relação a 2019 em todos os con tinentes, exceto na Oceania.
O total de bispos é de 5.363, sendo veri cado um aumento do número daqueles que são diocesanos, chegando a 4.156, e, em contrapartida, uma diminui ção dos que são religiosos, os quais somam1.207.
O número de sacerdotes sofreu um decréscimo de 4.117, chegando a 410.219 padres, sendo constatada a diminuição das vocações sacerdotais, sobretudo na Europa, seguida pela América e pela Oceania, ao pas so que houve aumento do número de padres na África e na Ásia.
Os diáconos permanentes continuam aumentan do, com 397 novos membros, chegando a 48.635 no total. O maior crescimento desses ministros ordena dos foi registrado na América e na Oceania; por outro lado, na Europa, Ásia e África, os números caíram.
Os religiosos não sacerdotes cresceram, com 274 novos membros, chegando a um total de 50.569. Na América e na Oceania, houve uma redução de seu nú mero, ao passo que, na Europa, na Ásia e na África, veri cou-se um aumento. Con rmou-se a tendência dos últimos anos de uma diminuição global no nú mero de religiosas, que em 2020 cou em 10.553, somando um total de 619.546 religiosas no mundo. Os avanços foram observados na África e na Ásia, e a queda na Europa, América e Oceania.
Quanto aos seminaristas maiores (os que já estão na última etapa da sua formação para o sacerdócio), tanto diocesanos quanto religiosos, observou-se uma diminuição global de 2.203 candidatos, somando 111.855 ao término de 2020, com aumento registrado somente no continente africano e queda nos demais.
Continente
Também diminuiu o número de seminaristas me nores (aqueles mais novos, sem idade para o ensino superior): um decréscimo de 1.592 candidatos, tota lizando 95.398 seminaristas. A diminuição ocorreu na América, Ásia e Europa, enquanto na África e na Oceania houve crescimento.
No campo educacional, são 72.785 jardins de in fância administrados pela Igreja Católica em todo o mundo, atendendo mais de 7,5 milhões de crianças. As escolas primárias são 99.668, com mais de 34,6 mi lhões de estudantes. Já os institutos secundários so mam 49.437 e acolhem mais de 19,2 milhões de lecio nandos. Os estudantes universitários nas instituições geridas pela Igreja são 3,771 milhões.
A Igreja também tem sob sua administração diver sos institutos de saúde, de bene cência e de assistên cia em todo o mundo. A título de exemplo, são 5.322 hospitais; 14.415 dispensários; 534 asilos para pesso as com hanseníase; 15.204 casas para idosos, doentes crônicos e com de ciência; 9.230 orfanatos; 10.441 creches; 10.362 centros de aconselhamento matrimo nial; e 3.137 centros de reabilitação social; e 34.291 outros tipos de institutos.
As circunscrições eclesiásticas (territórios ou “Igrejas Particulares”) dependentes do Dicastério para a Evangelização somam 1.118. A maior parte das circunscrições con adas ao Dicastério estão na Áfri ca (518) e na Ásia (483), seguidas de América (71) e Oceania (46).
8.505