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Sínodo 2021-2024: Celam realiza a Assembleia Regional do Cone Sul
Catolicismo é a religião mais confiável na Coreia do Sul
Uma recente pesquisa revelou que a Igreja Católica é o grupo religioso mais con ável na Coreia do Sul.
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Intitulado como “Pesquisa de Con ança Social da Igreja Coreana de 2023”, o censo foi realizado na península asiática em janeiro, tendo entrevistado cerca de mil pessoas, homens e mulheres, com mais de 19 anos de idade.
Entre os entrevistados, 21,4% revelaram ter mais con ança no catolicismo em comparação com outras religiões do país. O protestantismo cou em segundo lugar, com 16,5%, enquanto o budismo ocupou o terceiro lugar, com 15,7%.
REDAÇÃO osaopaulo@uol.com.br
O Conselho Episcopal Latino-Americano e Caribenho (Celam) promove até sexta-feira, 10, em Brasília (DF), a Assembleia Regional do Cone Sul da Etapa Continental do Sínodo 2021-2024, convocado pelo Papa Francisco, com o tema “Por uma Igreja sinodal: comunhão, participação e missão”.
Iniciada na segunda-feira, 6, a Assembleia Regional tem a participação de 186 representantes da Igreja Católica na Argentina, Brasil, Chile, Paraguai e Uruguai, entre os quais bispos, presbíteros, religiosas, religiosos e leigos agentes de pastoral.
A metodologia adotada para a assembleia é a da “Conversa Espiritual”, com a escuta ativa e receptiva de cada participante, divididos em pequenos grupos, nos quais ocorrem partilhas e leituras orantes a partir do material que já foi produzido em etapas anteriores do Sínodo.
SINODALIDADE
O Arcebispo de Brasília, Cardeal Paulo Cezar Costa, lembrou que todos os batizados são a Igreja e, assim, chamados a encontrar novos ministérios em prol da evangelização, que respondam à vida concreta do povo e da própria Igreja.
Dom Miguel Cabrejos, Presidente do Celam, recordando a eclesiologia do Concílio Vaticano II, ressaltou “a igualdade de todos por meio da dignidade batismal como critério estruturante para a con guração da identidade de todos os sujeitos eclesiais”, o que leva à corresponsabilidade dos éis com a Igreja.
Nessa perspectiva, o processo de escuta envolve, também, assumir uma dinâmica comunitária e espiritual, o sensus dei delium, entendendo que “o depósito da fé está con ado à totalidade do povo de Deus, que o conserva, professa e transmite”. Dom Miguel enfatizou que “a sinodalidade é uma dimensão constitutiva da Igreja” e que o conceito de sinodalidade é mais amplo que o de colegialidade, “porque inclui a participação de todos na Igreja e de todas as Igrejas”.
A Fase Continental
A fase continental do Sínodo 2021-2024 começou em 27 de outubro de 2022 com a publicação do
Documento de Trabalho para a Etapa Continental (DEC).
Depois, as conferências episcopais organizaram uma nova síntese de cada país, que foi a base para os diálogos nas assembleias da etapa continental, já realizadas nas regiões Centroamérica-México, Caribe e Bolivariana. Agora acontece a da Região Cone Sul.
De 17 a 20 de março, em Bogotá, na Colômbia, ocorrerá uma reunião da equipe responsável pela fase continental com os delegados para a redação da Síntese Continental. Nos três dias seguintes, os secretários-gerais, de forma presencial, e os presidentes das conferências episcopais, de forma virtual, vão reler colegialmente a experiência sinodal vivida com base no seu carisma e responsabilidade especícos. A síntese nal será enviada em 31 de março para a Secretaria Geral do Sínodo, a m de que seja contemplada no Instrumentum Laboris da XVI Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, que terá a sua primeira sessão em outubro deste ano e a segunda sessão em outubro de 2024.
Fontes: CNBB e Celam
Aumenta o número de católicos no mundo, mas o de padres e bispos diminui
JOSÉ FERREIRA FILHO osaopaulo@uol.com.br
A Santa Sé divulgou os números do Anuário Pontifício 2023 e do Anuário Estatístico da Igreja 2021. Os levantamentos re etem em números a realidade da Igreja Católica no mundo entre 1º de dezembro de 2021 e 30 de novembro de 2022.
Nesse período, constatou-se que o número de católicos batizados em todo o planeta passou de 1,36 bilhão, em 2020, para 1,37 bilhão em 2021 – aumento de
1,3%. Assim, os católicos representavam 17,67% da população mundial em 2021.
Foi na África que se registrou o maior aumento no número de batizados: 3,1%. Na Ásia, o aumento foi de 0,99% e na América a alta foi de 1,01%. O índice permaneceu estável na Europa.
O maior número de éis católicos está no continente americano, que engloba 48% dos católicos do mundo. Cerca de 57% dos católicos do continente estão na América do Sul e 27% deles se concentram no Brasil, que se con rma como o país com mais católicos do mundo. Cerca de 180 milhões de brasileiros se declararam católicos.
O anuário também mostrou que o número de clérigos no mundo diminuiu 0,39% em relação ao levantamento anterior.
O número de padres no planeta diminuiu: de 410.219, em 2020, para 407.872, em 2021 – queda de 0,57%. Já o número de bispos passou de 5.363 no levantamento anterior para 5.340 neste. Ao todo, existem 49.176 diáconos permanentes em todo o mundo.
Também foi avaliada a contribuição geral dos grupos religiosos para a sociedade sul-coreana. Segundo a pesquisa, o catolicismo (26,4%) deu a maior contribuição positiva, seguido pelo protestantismo (15,7%) e pelo budismo (15,1%).
A Igreja Católica contribui para a sociedade coreana com seu sistema de apoio multifacetado e cuida de jovens e idosos por meio de escolas, faculdades, hospitais, assistência a idosos, defesa de migrantes, proteção ambiental, defesa pró-vida, entre outros. (JFF)
Países de língua portuguesa participam de debate na ONU sobre o fim da pena de morte
Em 28 de fevereiro, o Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas realizou um debate sobre violações dos direitos humanos relacionadas ao uso da pena de morte, em particular no que concerne aos crimes mais graves.
Ao apresentar a posição da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), o ministro da Justiça e Direitos Humanos de Angola, Marcy Lopes, enfatizou a defesa da vida.
“É o direito sobre o qual não existem outros direitos. O direito à vida deve ser preservado a todo o custo pelos Estados, acima de todos os outros direitos, porque é pela via do direito à vida que se protege a pessoa humana. É um dos pilares constitutivos da nossa comunidade, e é com orgulho que asseguramos que todos os esforços foram envidados para que ele se tornasse uma realidade. Assim, em nenhum país da nossa comunidade vigora a pena de morte”, concluiu.
Em dezembro passado, 125 nações – número jamais alcançado –, votaram a favor de uma resolução pedindo uma moratória global sobre o uso da pena de morte, a m de se chegar à sua abolição.
O alto comissário para os Direitos Humanos da ONU, o austríaco Volker Turk, ao lembrar os 75 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, pediu aos países que limitem a pena capital com moratórias e atuem para a abolição, pois, sem isso, “o caminho para a defesa da dignidade humana nunca estará totalmente completo”. (JFF)