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lutam para se recuperar da destruição quatro meses após terremoto

Quatro meses se passaram desde que a terra tremeu em 6 de fevereiro no Sul da Turquia, causando imensos danos materiais e humanos. Segundo o último comunicado publicado pelo Ministério do Interior do país em 6 de abril, 50.399 pessoas perderam a vida naquele desastre natural.

A cidade de Iskenderun, sede da diocese católica latina de Anatólia, foi severamente afetada, e a Catedral da Anunciação desmoronou (foto). Apenas o campanário e a abadia permanecem de pé entre as ruínas. As pedras do edifício ainda estão espalhadas pelo chão entre os restos de paredes.

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Muitas estradas, assim como as igrejas, ainda estão fechadas. Apenas a Igreja Melquita permanece de pé e pode ser usada. A fachada da Igreja Católica Siríaca ainda se mantém, embora todas as outras igrejas estejam severamente dani cadas ou destruídas.

A vida, no entanto, voltou um pouco ao normal, e a missa é celebrada todos os dias na sala de reuniões da Diocese da Anatólia, que foi poupada pelo terremoto.

A Caritas Anatolia, cuja sede também está localizada dentro do bispado, ainda distribui cerca de 400 cestas básicas todas as semanas para as vítimas que permaneceram no local.

Na cidade de Antioquia, que perdeu 22.979 habitantes, a Igreja Católica latina está fechada.

“Nossa igreja em Antioquia não sofreu grandes danos, mas o prédio não é considerado seguro. Ninguém sabe o que acontecerá com ela no futuro. Os cristãos não têm mais um lugar para celebrar a Eucaristia. Estamos buscando uma forma de resolver esse problema, mas não tenho uma resposta no momento”, disse Dom Paolo Bizzeti, Bispo de Anatólia. As autoridades prometeram reconstruir a cidade em um ano, porém as novas casas estão sendo planejadas no sopé das montanhas, longe do centro histórico, onde estava todo o patrimônio religioso. A grande questão é se a diversidade e a convivência características de Antioquia serão preservadas. (JFF)

Fonte:ACIDigital

Camarões

Estado e Igreja compartilham o combate contra o discurso de ódio

No contexto da crise anglófona na região Sudoeste do território de Camarões, que luta pela independência do restante do país, que é francófono, as autoridades camaronesas pretendem fortalecer sua luta contra os propagadores de discurso de ódio.

“Qualquer pessoa considerada culpada de algum discurso de ódio, que hoje inclui a discriminação étnica e social, a estigmatização, a violência e o tribalismo, que se expressa tanto por meio dos canais de mídia convencional (imprensa, rádio, televisão) quanto na mídia on-line, especialmente nas mídias sociais, assim como qualquer mídia que use sua plataforma para promover a xenofobia, será severamente punida de acordo com as leis da República”, declarou Paul Atangaji, ministro da Administração Territorial há alguns dias.

Na luta contra esse tipo de discurso, as autoridades camaronesas podem contar com o apoio da Igreja Católica.

“Se você ler a Bíblia, São Tiago lhe dirá que você pode controlar a maior máquina, pode controlar o maior navio, pode controlar até a arma mais so sticada, mas há uma coisa que é muito pequena, mas muito difícil de controlar: a língua”, enfatiza o Padre Humphrey Tatah Mbuy, Secretário de Comunicações da Conferência Episcopal de Camarões. “A língua pode causar uma in nidade de problemas, assim como já causou várias guerras.”

O Sacerdote propôs a seguinte solução para combater o discurso de ódio.

“A regra de ouro é: não faça aos outros o que você não gostaria que zessem a você; então, não diga nada a alguém quando você não quer que a mesma coisa seja dita a você”, concluiu. (JFF)

Padre Jo O Bechara Ventura

Fixando o olhar sobre Mateus na coletoria de impostos, Jesus o chamou à conversão e a ser discípulo: ‘Segue-me!’ (Mt 9,9). O publicano não hesitou em aceitar o convite. Provavelmente, já havia presenciado as pregações do Mestre, cujas palavras cheias de verdade e de caridade ecoavam na sua consciência. Bastou apenas um convite explícito para que Mateus nalmente permitisse que Deus conduzisse a sua existência. ‘Segue-me’!… E eis que se iniciou um percurso repleto de felicidade, entrega e, principalmente, da graça de Deus, que faria de Levi um apóstolo, um evangelista, um mártir e um santo.

A simplicidade do relato feito pelo próprio Mateus deve nos interpelar também a nós. Mesmo em um mundo que volta a ser pagão, muitas pessoas estão abertas e, no fundo, desejosas do chamado de Deus! A quantos Jesus tem preparado há anos ou mesmo décadas, dotando-lhes de qualidades naturais, de boa vontade e, acima de tudo, concedendo-lhes graças especiais em vista de sua conversão, de uma vocação e da felicidade eterna! Tantos ainda vivem “sem esperança e sem Deus no mundo” (Ef 2,12) e necessitam somente que alguém lhes olhe nos olhos com sinceridade e bondade de cristão e diga: ‘Siga o Senhor!’, ‘abrace esta vocação’, ‘coragem’!

A que se deve nossa falta de audácia para propor ao próximo a fé em Cristo, uma determinada vocação ou as exigências morais do Evangelho? Talvez tenhamos pouca fé e pouca coerência de vida, o que nos leva a paralisar-nos receosos. Ou quem sabe sejamos retidos pelos respeitos humanos, pela vaidade, pelo medo de ‘levar um fora’ e parecer intrusivo. Mas pode ser, também, que, além das razões (irracionais) acima, falte-nos sobretudo compaixão. A misericórdia foi uma das grandes forças que moveram Nosso Salvador neste mundo. Por ela, Jesus ensinou, fez milagres, sofreu, gastou-se e aceitou a Morte de Cruz, já que sabia das graves consequências do afastamento de Deus nesta vida e na eternidade. Como o Samaritano da parábola que, por compaixão, não desviou os olhos, não temeu sujar as mãos com as feridas alheias e menos ainda se preocupou com o que os demais poderiam pensar por carregar um estrangeiro estropiado em sua montaria, Jesus nunca teme chamar-nos à saúde e à conversão, nem mesmo nos períodos da vida em que estamos mais desorientados. Por isso, diante dos que se escandalizavam do fato que falasse com pecadores e mesmo se sentasse à mesa com eles, Jesus respondeu: ‘Aprendei, pois, o que signi ca: quero misericórdia e não sacrifício’ (Mt 9,13).

A salvação havia entrado na casa de Mateus. Por meio dele, entraria também na vida de muitos outros publicanos, como por exemplo Zaqueu (Lc 19,1ss). O futuro Evangelista convidou seus amigos para conhecer o Mestre, pois teve a mesma misericórdia que o Senhor tivera com Ele. Quis dar-lhes Aquele que descobrira ser o Tesouro. Podemos nos perguntar: tenho essa mesma misericórdia? Quem espera o meu convite em nome de Jesus? Jesus é, de fato, meu tesouro? Quero compartilhá-lo?

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