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Dia dos Pais deve injetar R$ 8,4 bilhões na economia do Estado de São Paulo

Comemorado tradicionalmente no segundo domingo do mês, neste caso já no dia 13/8, o Dia dos Pais coloca o mês de agosto como uma espécie de “largada” para as compras do segundo semestre. O período deve levar 21 milhões de paulistas às compras, é o que mostra um levantamento feito pela Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Estado de São Paulo (FCDL-SP) em parceria com a Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL), junto do SPC Brasil e Offerwise.

médio de R$ 244,00 e uma média de 1,7 presentes por papai. A pesquisa apontou um aumento no número de pessoas que pretendem gastar mais neste ano: cerca de 41% desejam comprar presentes melhores, 40% acreditam que os preços dos produtos estão mais altos e 28% querem comprar mais presentes.

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principal forma de pagamento (30%), junto do dinheiro (24%). Por outro lado, 37% dos consumidores têm intenção de pagar parcelado, com destaque para o cartão de crédito com 33% de escolha. Em média, serão feitas 4,2 parcelas das compras a prazo.

Palestras sobre o aleitamento materno mobilizam equipe de saúde de Osasco neste mês de agosto

A movimentação da compra de presentes deve injetar R$ 8,4 bilhões na economia do Estado; tendo a lembrança para os pais um ticket Com início na sextafeira da semana passada, dia 4/8, a Prefeitura de Osasco, por meio de sua Secretaria de Saúde, vem cumprindo programação especial alusiva ao Agosto Dourado - “Mês do Aleitamento Materno” e à 24ª Semana Municipal do Aleitamento Materno, que tem como tema “Apoio à Mãe Trabalhadora”.

A abertura da Semana, no dia 4, aconteceu no auditório do Hospital e Ma-

Ponto De Vista

Marcia Esteves Agostinho

Quando o Dia dos Pais foi instituído no início do século XX nos EUA, ser pai signi cava apenas conseguir gerar muitas crianças, mas a coisa mudou gradualmente e esse papel ganhou novas nuances sociais.

Carmem Miranda cantou no “Dia dos Pais de Família” em Nova Iorque, em 1939.

Como destacava a reportagem da revista O Cruzeiro na época, os estúdios de Hollywood já não consideravam um “segredo horrível” o fato de galãs serem também pais orgulhosos. A gura do pai começava a ganhar charme! Início de um processo de humanização do ternidade Amador Aguiar (HMAA), onde a pediatra/ neonatologista Luciana Ferreira Santos Miguel, coordenadora do Banco de Leite Amador Aguiar, apresentou a palestra “A Importância das ações de promoção do aleitamento materno”.

As ações têm como objetivo conscientizar e esclarecer a população sobre a importância do aleitamento materno e seguem em Osasco até masculino, talvez. Quem se lembra do gesto de Bebeto em homenagem ao lho recém-nascido ao comemorar um gol na Copa de 1994?

De lá para cá, as expectativas em relação à paternidade só cresceram. Não basta mais ser o provedor ausente. Nem mesmo o pai participativo cou livre das críticas. Como Fábio Júnior deixou claro na letra de “Pai”, espera-se que pai e lho sejam “muito mais que dois grandes amigos”.

Um pai precisa demonstrar genuíno envolvimento emocional. A demanda afetiva, porém, compromete a imagem idealizada do “pai herói”. Visto de perto, suas falhas cam todas aparentes o dia 23 de agosto, com palestras apresentadas no auditório do Hospital e Maternidade Amador Aguiar, localizado na avenida Getúlio Vargas, 1.260, Jardim Piratininga. Nos dias 8, 15 e 22/8 a palestra será sobre “Os Direitos do Prematuro no Canguru”, com a coordenadora de Neonatologia HMAA, Ana Cristina Meira de Vasconcellos; e a assistente social Pâmela Maiara Jácome de Oliveira, responsável pelo

Serviço Social do HMAA. Nos dias 9, 16 e 23/8 a palestra será sobre “Apoio à Amamentação”, com a enfermeira Mayla Pereira Donon, diretora de Enfermagem do HMAA. Por fim, nos dias 9 e 23/8, a Feira Livre do Jardim Aliança receberá ação de divulgação do Banco de Leite Humano, com presença da pediatra/neonatologista Luciana Ferreira Santos Miguel e a assistente social Pâmela Maiara.

“O Dia dos Pais é a data mais relevante para o início do segundo semestre do varejo, abrindo a temporada que se encerra com Natal e Ano N ovo. A comemoração aquece as vendas de um mês que é popularmente conhecido como “longo”, tendo neste ano, cinco semanas”, comenta Maurício Stainoff, presidente da FCDL-SP.

Entre os presentes mais buscados para os papais, as roupas correspondem à maior parte das intenções de compra para a data (52%), seguidas de perfumes e cosméticos (34%), calçados (34%) e acessórios (24%), como meias, cinto, óculos, carteira e relógio. Grande parte dos consumidores pretende pagar o presente à vista (76%), sendo o Pix a

Ponto De Vista

A “tradição” permeia o Dia dos Pais, já que lojas físicas representam a opção de local de compra mais escolhida entre os consumidores, 74%; sendo os shoppings centers o principal foco de compra, seguido por shoppings populares e lojas de departamentos. Os canais digitais marcaram 39% da escolha dos entrevistados.

“Os números mais elevados de compras em lojas físicas refletem a forma como o presente do pai é escolhido, geralmente de forma rápida, prática e precisa; pensando também na necessidade de troca do mesmo, fator que dificultaria uma compra on -line. Cerca de 62% dos filhos irão presentear o próprio pai, 9% o esposo, 11% o pai de seus filhos e 9% o sogro”, finaliza Maurício.

e as vulnerabilidades que o tornam mais humano enfraquecem sua autoridade. Daí o dilema do pai contemporâneo.

O papel tradicional do pai é ensinar o caminho entre as coisas do mundo e se assegurar de que o lho cará bem. Contudo, em tempos que mudam muito rapidamente, o pai não tem mais competência para orientar (melhor contar com o ChatGPT para isso). Ele perde assim sua autoridade paterna original. Seu papel passa a ser, então, o de uma mão na hora que o lho tropeçar. Portanto, o dilema apresenta sua própria solução: a nova paternidade se funda sobre vínculos de afeto. A autoridade baseada na competência se trans-

Custos do alcoolismo

Todo o mundo tem uma noção dos danos que o abuso de álcool faz ao indivíduo e à família, mas poucos sabem dos custos ao país. Aliás, muitos que abusam do álcool, fazem-no crendo que “bebem socialmente”.

Isso é o que vem demonstrar o artigo cientí co “Análise da intensidade do consumo de álcool diário e das consequências físicas agudas” (Daily-level analysis of drinking intensity and acute physical consequences) publicado na revista cientí ca “Addictive Behaviors”.

O uso de álcool entre adultos jovens está associado a uma considerável morbidade e mortalidade, e o mau uso do álcool custa aos Estados Unidos da América 249 bilhões de dólares anualmente (Hingson et al., 2009). O consumo de álcool em alta intensidade (há diversas de nições para dose, em torno de 10g de álcool na bebida, que demora cerca de uma hora para o organismo digerir) de 8 ou mais doses para mulheres e 10 ou mais para homens (Patrick e Azar, 2018) é uma forma prejudicial e custosa de consumo de álcool (Sacks et al., 2015, entre outros) e que é comum na idade adulta jovem (Terry-McElrath e Patrick, 2016, Patrick et al., 2016).

Estudos têm constatado que aqueles que consomem álcool em excesso (consumo de 4 ou mais doses para mulheres e 5 ou mais para homens) têm maior probabilidade de experimentar lesões acidentais, desmaios e ressacas (Krieger et al., 2018, Naimi et al., 2003, entre outros). Além disso, aqueles que se envolvem em consumo de alta intensidade têm maior risco de desenvolver sintomas de desordem (LindenCarmichael et al., 2017, Patrick et al., 2021) em comparação com aqueles que consomem álcool em excesso ou em menor quantidade. Portanto, é importante identi car os riscos distintos do consumo de alta intensidade em comparação com o consumo em excesso.

Usando uma amostra universitária, desmaios e ressacas eram mais prováveis em dias de consumo de alta intensidade em comparação com dias de consumo em excesso (Linden-Carmichael et al., 2018). No entanto, poucas pesquisas se concentraram especi camente em diferentes tipos de consequências físicas agudas, e nenhuma examinou essas associações em uma amostra nacional de adultos jovens. Consequências físicas agudas são especialmente importantes de se examinar, pois podem levar a danos graves. Por exemplo, apagões e desmaios aumentam signi cativamente o risco de overdose, lesões e agressão sexual (Carey et al., 2015, Hingson et al., 2016, entre outros), e ocasiões de apagões estão associadas a mais consequências negativas do que ocasiões de consumo sem apagões (Devenney et al., 2019). Outras consequências físicas agudas, como ressacas e náuseas, também podem levar a um prejuízo cognitivo e físico substancial nos dias seguintes (Prat et al., 2008, e outros).

E aí, con rmado o “happy hour” de hoje? Happy? Não! In- forma em autoridade baseada no cuidado. Nesse caminho, talvez o papel do pai tenha cado mais parecido com o da mãe. Assim, o pai se torna merecedor de um dia em sua homenagem não porque sabe de tudo e não deixa faltar nada, mas porque se importa com seu filho e está disponível para acolhê-lo sempre que for preciso. Feliz Dia dos Pais então para aqueles que se importam e acolhem!

Marcia Esteves Agostinho é doutoranda em História das Emoções e autora do livro “Por que Casamos” (Editora Almedina, 2023) feliz quem bebe álcool em quantidade, mesmo que seja apenas um dia na semana. Infelicidade para si mesmo e para sua família. Segundo a Fiocruz, em 2015, o Brasil tinha 2,3 milhões de alcoólatras, ou 1,1% da população. Um problema social que merece ação por políticas públicas.

Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves

A Itália poderá negar o fornecimento das imagens das câmeras de segurança do aeroporto de Roma se as autoridades daquele país considerarem como crime politico ou militar o entrevero lá registrado entre o ministro Alexandre de Moraes e três brasileiros que trafegavam pelo terminal. Antes de decidir sobre o pedido formulado pelo Brasil, a justiça italiana faz a análise técnico-jurídica do material, estando agora no aguardo de parecer do Ministério Público. O desfecho deverá atender ao disposto num acordo Brasil-Itália, do ano de 1993,que regula a troca de provas em supostos crimes que envolvam os territórios e os interesses dos dois países. Se ficar claro o delito político, não haverá porque transferir as imagens.

O encaminhamento da questão em território italiano é o grande demonstrativo da diferença de tratamento e da segurança jurídica lá e cá. Enquanto Roma apura questões técnicas, os acusados de ofender o ministro foram submetidos a buscas policiais assim que desembarcaram no Brasil, ação que juristas consideram imprópria e precipitada. Sem juízo de valores ao incidente no aeroporto italiano e em outros lugares onde ministros do STF e de outras cortes superiores foram abordados, somos obrigados a reconhecer que vivemos no Brasil uma situação atípica. O peso de responsabilidades depositado sobre as costas de Alexandre de Moraes como guardião da democracia – o que não é sua função - é demasiado a um ministro; o emprego massivo das máquinas judicial e policial incomoda e leva a ilações sobre o rompimento do regime democrático. O quadro resulta da polarização política que foi se agravando nas últimas décadas, especialmente depois das manifestações populares eclodidas em 2013, do impeachment de Dilma Rousseff, da prisão de Lula e da facada em Bolsonaro que, mesmo hospitalizado, ganhou a eleição de 2018 e radicalizou durante o mandato. O clima de desobediência civil tornou-se tão acentuado que encorajou baderneiros ao ataque às principais sedes do poder no dia 8 de janeiro. Hoje temos a CPMI (Comissão Mista Parlamentar de Inquérito) formada por senadores e deputados, instalada no Congresso Nacional com a tarefa de apurar e denunciar às devidas instâncias os realizadores dos atos de janeiro. Se não chegarem aos culpados - custeadores, organizadores, facilitadores, depredadores e outros envolvidos - os parlamentares não terão como cumprida a sua missão e o país continuará no impasse. Precisamos encontrar o caminho da descompressão. Não podemos continuar indefinidamente no clima de guerra que é comum no período eleitoral mas costuma baixar depois de abertas as urnas e conhecidos os resultados. Em vez de procurar políticos culpados e considerar todos suspeitos, como tem ocorrido nos últimos anos, precisamos seguir o exemplo da Itália: só dar andamento a questões apuradas. Esse comportamento pode ter muitas denominações. Preferimos chamá-lo de civilização e, se possível, adotá-lo. Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves é dirigente da Associação de Assistência Social dos Policiais Militares de São Paulo (Aspomil)

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