Foto: Mateus Vellasco
Panorama O seu canal de comunicação
Aniversário de Mesquita
12 anos de
emancipação
Conheça como tudo começou População ainda luta por melhores dias
Especial Mesquita 12 anos Página 02 -RIO DE JANEIRO, 24 de Setembro à 04 DE Outubro DE 2011
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Fotos: Mateus Vellasco
egistra a história que o município de Mesquita é oriundo de terras pertencentes ao atual município de Nova Iguaçu que, após a sua reestruturação ficou subdividido em 5 distritos, quais sejam: Iguassú, Pilar, Merity, Marapicu e Jacutinga. Num destes distritos, ficava localizado o Engenho da Caxueira, que ficava às margens do rio de mesmo nome, atual canal Dona Eugênia, ao pé do Maciço de Gericinó. Nos arredores deste engenho, cresceu um arraial para fazer frente à demanda de tropeiros e carroceiros que por ali passavam e abasteciam-se na cachoeira que havia nos arredores. Com a expansão do sistema ferroviário, foram implantadas várias estações sendo que uma delas ficou localizada no centro do antigo arraial da Cachoeira, o qual logo mudou de nome para Jerônymo de Mesquita e posteriormente simplificado para Mesquita. A observação dos primeiros habitantes resultou na transformação do barro das regiões alagadas em tijolos e telhas, servindo de base para a instalação da Companhia Material de Construção Ludolf & Ludolf, junto à margem direita da estação de Mesquita.
Origem do nome
O nome do município se deve a Jerônimo José de Mesquita, o Barão de Mesquita.
Quanto à margem esquerda, mais precisamente ao longo da rua da Cachoeira, algumas pessoas se estabeleciam, mas o destaque estava no entroncamento das vias que ligavam Cachoeira com a Freguesia de Santo Antônio de Jacutinga (atual Prata), e com Maxambomba (atual Nova Iguaçu), onde cada vez mais pessoas fixavam residência. A Gleba é uma área de lazer em meio a muito verde que atrai visitantes de vários municípios da baixada. Com 1.100 hectares de natureza, cultura e história. Em junho de 2004 foi oficializado o primeiro geoparque do Brasil. Localizado no Maciço do Gericinó, entre as serras de Madureira e do Mendanha o Parque abriga um vulcão extinto com 72 milhões de anos virando atração para os curiosos O desenvolvimento da região deveu-se à implementação da ferrovia e ao declínio da citricultura, o que permitiu o aparecimento de loteamentos, pondo fim aos grandes vazios resultantes da Fazenda da Caxueira e da Companhia Ludolf & Ludolf. Com a edição da Lei Estadual n.º 3.253, de 25 de setembro de 1999, Mesquita é desmembrado de Nova Iguaçu e instalado em 01 de janeiro de 2001
Há cerca de 500 anos, a região de Mesquita era habitada por jacutingas, apelido dado aos índios locais pelos colonizadores. Acredita-se que o nome possivelmente surgiu porque se enfeitavam com penas de jacu branco, um tipo de ave parecida com a galinha e muito comum na região naquela época. A decadência dos jacutingas começou quando passaram a participar, junto com outras nações indígenas, de um movimento chamado Confederação dos Tamoios. O motivo deste movimento foi a revolta dos silvícolas diante da ação violenta dos portugueses, provocando mortes e escravidão. Na língua do Tupinambás “Tamuya” quer dizer o avô, o mais velho, o mais antigo, por isso essa Confederação de chefes chamou-se Confederação dos Tamuya, que os portugueses transformaram em Confederação dos Tamoios. A guerra entre índios e portugueses, seguida de doenças, contraídas pelo contato com o branco, dizimou centenas de índios, que lutaram para resistir à escravidão.
O bairro de Jacutinga é o unico que preserva a memória dos valorosos indígenas
Especial Mesquita 12 anos
A emancipação um sonho antigo A
luta travada para emancipar a cidade vem de muito longe, tem início na década de 50, tão logo em 1952, a cidade foi elevado a condição de 5ª Distrito de Nova Iguaçu, a partir daí, começou os debates sempre citando como exemplos São João de Meriti e Nilópolis, emancipados em 1947. Apesar de outras narrativas, o depoimento ocular das primeiras reuniões emancipistas de que se tem noticia vem do Sr. Edmundo Nascimento, em 1957, quando assim narra os fatos: [...] Daí eu comecei a andar mais e conhecer mais. Foi exatamente aí quando no dia 05 de maio de 57, aqui na sede de um clube de futebol que nós tínhamos o “Sete de Setembro”, na rua Maria Vecchi, esquina com Mr. Watkins, sobrado, aonde hoje, é, embaixo, é um caldo de cana, uma lanchonete, e ali foi a primeira reunião que nós tivemos para a emancipação de Mesquita, presidida pelo Doutor Jackson Trindade, fundador do primeiro jornal da cidade “O Mesquitense” e irmão capitão Regner Trindade, quando nessa períodos foi constituído um Conselho de Emancipação: E Edmundo continua “Então depois desta reunião, nós tivemos muitas forças a várias reuniões, onde eu tive aí como presidente de um conselho de emancipação, o senhor Hélio Mendes do Amaral,.”Trabalhamos, mas
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n A Fábrica da Brasferro simboliza a história do município , hoje é a prefeitura
n José Montes Paixão, Zedequias e Dr Pedro Gen anunciam a vitória na justiça acontece que em 83 é que acontece o primeiro plebiscito, foi dada a entrada, aliás, em 1962 foi criado o primeiro processo para emancipar Mesquita. Este processo desapareceu daqui até Niterói. Sr. Helio Mendes do Amaral, desde de então, juntamente Jackson Trindade,
Capitão Regner Trindade, Dr. Santana Rita, Zedequias ,pofª Ronaldo Renzetti, Edmundo Nascimento, e uma serie de outras emancipista. Com o falecimento do Hélio Mendes do Amaral, Zedequias, Edmundo Nascimento e por último José Montes Paixão, presidiram o conselho de emancipação
Pessoas que se destacaram no processo Capitão Regner Trindade Irmão de Jackson Trindade e grande militante politico. Dr. Santa Rita Advogado, levou a vida inteira lutando, foi advogado do Conselho durante décadas, e não viu o seu sonho virar realidade. José Montes Paixão Vereador, Deputado estadual por quatro legislaturas, foi presidente do Conselho de Emancipação e o primeiro prefeito 2001 – 2003.
Hélio Mendes do Amaral Funcionário público, foi o primeiro presidente do Conselho de Emancipação, lutou a vida inteira e não viu o seu sonho se realizar.
Profª Zedequias Funcionario do Detran, dedicou a sua vida inteira pela causa, foi presidente do Conselho. Valtinho Paixão Último presidente do conselho e árduo defensor da emancipação
Edmundo do Nascimento Desde 1957 se engajou na luta, hoje é um acervo vivo da luta pela emancipação, publicou livros sobre a historia. Dr. Regina Mendes do Amaral Filha de Hélio Mendes do Amaral, sempre foi do Conselho e levou a luta de seu pai até o fim. Alarico Rodrigues Nogueira Vereador Kinha, que juntamente com o presidente do Conselho Pró-Emancipação, Waltinho Paixão, deu entrada em recursos em Brasília.
n A população participava ativamente das reuniões da emancipação .
“ Seria de vontade do jornal Panorama relacionar a todos que participarão ativamente da emancipação, teriamos que fazer centenas de páginas, tamanha são as pessoas que contribuirão para a liberdade de Mesquita.”
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Especial Mesquita 12 anos
Quando o sonho afinal se torna realidade
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pos diversas tentativas e realizações de plesbicito finalmente a consulta é realizada, mas infelizmente a conquista não foi imediata. Segundo o TRE seriam necessários 48 mil votos para obtenção do quorum mínimo, já que Mesquita deveria ter nessa época aproximadamente 97 mil eleitores. O quorum mínimo não foi alcançado, já que o comparecimento às urnas ficou em torno de 44 mil eleitores, quatro mil a menos do quantitativo necessário. A partir desse momento iniciou-se uma campanha para provar que Mesquita já era emancipada, liderada pelo Comitê Pró-Emancipação. Segundo um noticiário de 1997: “Em algumas semanas, os moradores de Mesquita saberão, finalmente, o destino do distrito, que há quase quatro décadas luta pela emancipação do município de Nova Iguaçu. Sob determinação do Tribunal Superior eleitoral (TSE), o Tribunal Regional eleitoral (TER) fará a depuração, isto é, a reavaliação dos eleitores que votaram no último plebiscito, realizado em 26 de novembro de 1995”. A decisão do TSE foi tomada após as denúncias de irregularidade levantadas pela Comissão Pró-Emancipação de Mesquita. Os integrantes do movimento alegaram que quase 13 mil eleitores não deveriam ter votado, até porque muitos já estariam mortos. Em 1999, após uma batalha judicial que envolveu o Comitê Pró-Emancipação, a Câmara de Vereadores e a Prefeitura de Nova Iguaçu, o Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro e o Supremo Tribunal Federal, este último decidiu pela emancipação de Mesquita do município de Nova Iguaçu. Em 15 de setembro de 1999 é votado o Projeto de Lei da Emancipação e em 25 de setembro de 1999, o então governador Anthony Garotinho, sanciona a lei que cria o município de Mesquita. As primeiras eleições da cidade ocorrem em 2000, saindo-se vitorioso José Montes Paixão, que fazia parte do Comitê pró-Emancipação. A cidade é instalada a 1º de janeiro de 2001.
n O então governador Anthony Garotinho assina a emancipação em palanque em Mesquita, ao lado de José Montes Paixão.
O Diário Oficial do Rio de Janeiro publica em 25 de setembro de 1999, que Mesquita a partir deste momento era o município mais novo do Brasil, foi um dia de muita festa na cidade.
n Atos do Poder Legislativo, assinados pelo o Governador Garotinho e abaixo a marcação do plebiscito.
A luta travada para emancipar Mesquita vem de muito longe, tem início na década de 50, tão logo em 1952, a cidade foi elevado a condição de 5ª Distrito de Nova Iguaçu, a partir daí, começou os debates .
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Lembranças do líder da emancipação
Um grande homem público e chefe de família A trajetória do emancipador José Montes Paixão é lembrada por amigos e familiares com orgulho e com saudades , a equipe do Jornal Panorama conversou com a filha de Paixão Christina Donni Paixão e com seu fiel escudeiro ,o sobrinho Waltinho Paixão.
Panorama: Fale pouco do Paixão homem público .
pelo o nome, pai, mãe, avó, neto, enfim todos da família.
Christina – Meu pai foi sem dúvida um grande homem público, foi vereador, quatro vezes deputado estadual e o primeiro prefeito desta cidade. Foi cassado e deve seus direitos políticos e de cidadão, pelo AI5.
Panorama: Fale dos sonhos de realização de seu pai.
Panorama : Todos falam que Paixão tinha amor pela a cidade, como era isso? Christina – Papai demonstrou esse amor quando não se dobrou aos que tentaram tirar a emancipação de nós, antes e depois que assumiu a presidência do Conselho PróEmancipação não parava nenhum minuto. Tinha um amor tão grande que acompanhava de perto tudo o que acontecia na cidade, ele não ficava em gabinete, estava sempre na rua e conhecia as pessoas d e nossa cidade
Christina – Meu pai tinha um sonho que era construir a Praça dos Três Poderes, onde prefeitura, câmara e fórum, fossem no mesmo lugar. Hoje, olho com desgosto, o atual prefeito está construindo um ponto de ônibus no calçadão da prefeitura. E o que é pior, escondem a todo o instante quem foi que realmente emancipou Mesquita, não falam das mobilizações, das caminhadas, carreatas e dos núcleos que tinha espalhados por todos os bairros. Quero só que falem a verdade as crianças para que não fiquem sem conhecer a verdadeira história da emancipação. Hoje, só vejo descaso do poder público com a população de Mesquita. Christina Donni Paixão, filha de José Montes Paixão.
Panorama Como foi a luta de Paixão pela emancipação? Waltinho – Com muito sentimento e a uma vontade feroz ele foi até o fim e conseguiu a emancipação de Mesquita, atingiu seu objetivo. Meu tio Paixão não cansava de dizer em todos os momentos à toda a população o seu muito obrigado, por onde passava era ovacionado por todos. Panorama Paixão era um prefeito diferente? Waltinho – O gabinete do Paixão era a rua, quisesse o achar era só dar uma andada pela a cidade. Paixão conhecia os problemas do povo e de nossa gente. Ele plantou uma ávore ao emancipar Mesquita, agora precisamos de alguém que possa cultivar e colher esses benefícios para a população, trazendo escolas de qualidade, saúde e saneamento. Panorama Como vivia as crianças de nossa cidade no período do Paixão prefeito? Waltinho – Ele tinha um amor especial pelas as crianças, bastava ver uma que se derretia todo. No horário do almoço, ele ia
para as escolas para ver os que as crianças estavam comendo e como era feita as suas merendas. Ele até tinha um projeto de fazer uma cozinha indústrial para que todas as crianças pudessem ter o mesmo cardápio, em cada escola havia uma nutricionista. Ele construiu 13 escolas e 5 creches, o salário dos educadores chegou a ser um dos mais bem pagos do estado do rio. Quando prefeito havia um ônibus que percorria as escolas tratando da saúde bucal das crianças. Panorama Qual a maior obra feita por Paixão? Waltinho – Tenho a certeza que a melhor obra de Mesquita foi acabar de vez com as constantes enchentes do centro de Mesquita até Edson Passos, com a construção de canais que passam até carros por dentro das manilhas. E a parceria com o governador Garotinho foi fundamental para trazer desenvolvimento para a cidade. Comprou para a prefeitura a Fábrica de Bebidas Dinâmicas e o Parque de Eventos. Panorama O que mais lhe chama atenção hoje em
Mesquita? Meu tio era uma pessoa muito especial, pois estava presente em todos os lugares levando toda a sua administração para resolver os problemas do povo, pergunte as pessoas que sempre o encontravam nas ruas. O que chama mais atenção hoje e da inércia do governo, pergunte a uma criança e ela lhe respondera com sabedoria, com certeza falara do descaso da atual administração com o povo. Falta saúde, ensino de qualidade, as obras do PAC são mentirosas e ainda não resolveu os problemas da população. Panorama Quem era José Montes Paixão? Waltinho – Foi o maior guerreiro que conheci, não se abatia por nada, só em Brasília foi 176 para tratar da emancipação eu mesmo chequei a ir 150 vezes tudo custeado pelo meu tio. Tive o prazer de ver o brilho de seus olhos quando o ex-governador Garotinho assinou a emancipação em 1999, pena que ele foi embora muito cedo. Sei que o meu tio José Paixão iria fazer muito mais pela a cidade.
A história de vida do pimeiro prefeito de Mesquita chega a se confundir com a propria história do crescimento da cidade. O número de realizaçções do ex-vereador do 5ª Distrito e subsequentes quatro mandatos de deputados estaduas, o colocam como um dos que mais realizou por essa terra. Mesmo antes de se tornamos independente, ele trouxe para a Mesquita, a caixa d`agua de Juscelino, as escolas estaduais D. Pedro I e Vila Bela, iluminação em praças e ruas, pontes, Usina de Asfalto, sananeamento com então governador Celso Peçanha. Foi o presidente do Conselho de Emancipação que mais viajou a Brasilia, foram 176 viagens, tudo custeadas pelo seu bolso, liderou uma campanha massiva pelo sim, conseguindo pela primeira vez o quorum desejado para se libertar, apesar dos atropelos da justiças e dos poderosos que a todo o momento criavam barreiras, superou tudo tamanha era a sua determinação. Com certeza se não fosse o empenho e dedicação não conseguiriamos se libertar de Nova Iguaçu. E como prefeito eleito, tabalhou dia e noite pela a cidade. Pegou a administação no “zero” faltava tudo, mais com a sua extraodinária habilidade conseguiu superar tudo e todos. Paixão, como prefeito, trouxe para a Mesquita a despropriação da Brasferro feita pelo o governador Garotinho, que foi aliado de primeira hora ao prefeito, e trouxe verba para construir atual prefeitura. Foi Paixaõ que adquiriu duas áreas importantes para cidade o Parque de Eventos em Edson Passos e a Fábrica Dinâmica de Refrigerantes, que logo se tornarão sedes de secretarias. Cosntituiu mais 13 escolas e 5 creches, trouxe o Centro de Infomatica para a Escola Municipal Roberto Silveira, Reformou a Unidade Mista de Saúde Dr. Mario Bento.Paixão morre em 11 de dezembro de 2004, mas sua trajetória, suas obras e realizações estão vivas até no dia-a-dia da cidade de Mesquita.
Waltinho Paixão – sobrinho do emancipador e fiel escudeiro
Companheiro até o último minuto Mario Martins Pontes – o popular Marinho, foi o motorista de Josè Montes Paixão durante 40 anos.
Panorama Como era o seu dia à dia com Paixão? Marinho – Durante muitos anos de minha vida me senti gratificado em conhece-lo e poder ver
de perto e acompanhar a história de minha terra. Recordo da gratidão que Paixão tinha com o povo de Mesquita, tinha um carinho todo especial. Panorama Como foi a luta pela a emancipação? Marinho – Ele lutou contra muita gente podero-
sa que queria só tirar proveito da população de Mesquita, partidos que ficaram contra a emancipação, prefeitos, vereadores e vários interesses para manter Mesquita nas mãos dos poderosos. Panorama – E depois? Marinho – Tenho a certeza em que foi o melhor
prefeito que já tivemos, tudo que está aí de infraestrutura na cidade foi feito no inicio do governo do Paixão. Fez muito, praças, escolas, creches, área de lazer (Parque de eventos), brinquedos nas praças para as crianças, trouxe mais comércio para a cidade. No inicio foi difícil, não havia nada.
Especial Mesquita 12 anos
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Mesquita ainda espera por progresso
Nestes 12 anos de emancipação sentimos que a cidade está estagnada é só propaganda e nada acontece
A emancipação tão sonhada por todos ainda não trouxe melhorias esperadas para os mesquitenses
A
pós 12 anos de emancipação política e 11anos de governo autônomo, o município de Mesquita vive a estagnação econômica e estrutural igualada somente aos tempos em que era apenas um Distrito de Nova Iguaçu. Os argumentos de fatos utilizados na ocasião da emancipação e os discursos dos políticos ao longo destes anos serviram apenas para estabelecer o novo poder, mas os resultados práticos para a população não aconteceram. A situação de infra-estrutura é ainda a mais grave, pois a maioria dos bairros sofre com a falta de saneamento com esgoto correndo a céu aberto,
ruas esburacadas com lama e poeira, proliferando uma série de doenças para as crianças. Bairros como Maria Cristina, Coréia, BNH, Jacutinga e Banco de Areia ainda temem as chuvas de verão em razão das constantes enchentes que invadem residências levando tragédia, doenças e destruição. O sistema de saúde continua precário e deficiente. Recentemente o hospital municipal (Hospital São José) fechou por falta de médicos, e a população ainda precisa recorrer a outros municípios em busca de serviços de saúde. A falta de planejamento na execução de obras também aumenta o drama vivido pelos
moradores do bairro da Coréia, as obras de continuidade do PAC que ficaram paradas por quase três anos, a prefeitura agora esta realizando urbanização na Rua Amazonas e adjacências na parte baixa do bairro. Enquanto isso, na parte alta esgoto correndo a céu aberto, matagal, risco de desabamento e abandono. Os moradores que conversaram com a equipe de jornal PANORAMA em visita ao local disseram que a tendência é piorar com o final das obras, em conseqüência da utilização de manilhas de 1m², o que vai represar as águas vindas do morro e a falta de cosnstrução de encostas para conter os deslizamentos .
Plano Viário e de Transporte
A única via de acesso ao município encontra-se completamente abandonada, esburacada e alguns trechos com a falta de escoamento de água, como na altura de Banco de Areia com constantes alagamentos que chega a impedir a circulação de veículos.
A cidade carece de um plano viário e a construção de uma nova via de entrada e saída. Por falar em acesso, vale lembrar que os portais projetados no governo do primeiro prefeito, não foram concluídos e estão abandonados retratando a sensação que se
encontra o município. Ainda na questão de transporte inexistem linhas municipais de ônibus que interliguem o município, ou seja, até hoje não há ligação, por exemplo, entre o BNH e a Chatuba.
Telma Secretária
Antonio Aposentado
Nailson Presidente do Águia de Mesquita
Panorama: Você acha que Mesquita melhorou?
Panorama: Você acha que Mesquita melhorou?
Panorama: Você acha que Mesquita melhorou?
Telma: Melhorou em nada
Antonio Melhorou em nada. Há vinte anos o comercio era melhor que agora
Nailson O aumento da crença do povo por dias melhores
Panorama: Mesquita é nota 10 em que? Gisele: Não há nada que eu possa dar nota 10
Panorama: Mesquita é nota 10 em que? Antonio A população daqui é 10
Panorama: Mesquita é nota 10 em que? Nailson Nada
Hospital municipal fechado
Hospital da Mulher pronto e fechado, sem previsão de funcionamento.
Em novembro do ano passado, o Hospital Municipal de Mesquita, conhecido como Hospital São José, foi fechado pela prefeitura. A justificativa dada pelo Secretário de Saúde Alexandre Olivares foi que o hospital não contava com médicos em número suficiente, pois estes profissionais estavam migrando para as ditas “Unidades de Pronto Atendimento” (UPA), com o intuito de ganhar um salário de R$ 12 mil reais mensais (que a prefeitura não poderia pagar Por lei, o maior salário do poder executivo estadual é o do governador. Portanto, ninguém, por mais abnegado que seja, pode receber uma remuneração maior que a de Sergio Cabral (formalmente, cerca de R$ 13 mil reais).
Segundo alguns, os médicos da UPA recebem R$ 12 mil mensais. Segundo profissionais que trabalham nessas unidades, menos de R$ 4 mil reais. Outrora, o Hospital São José foi um hospital universitário, ligado a Universidade de Nova Iguaçu (UNIG). Funcionava razoavelmente, com alguns defeitos... Mas, após a emancipação política de Mesquita, o hospital passou a ser controlado pela prefeitura. Com o tempo, foi-lhe outorgado um papel maior que sua capacidade poderia suportar. Por fim, acabou sendo gerido a toque de caixa, para atender o que fosse possível. No mais, mandava-se o infeliz paciente para um hospital de algum município mais próximo.
Na Coréia, as encostas não serão feitas pelo PAC
Comércio totalmente esvaziado
Na Jacutinga, valas de esgoto continuam correndo a céu aberto
O Crescimento econômico, a expansão do comercio, a chegada de novas empresas e a conseguinte geração de empregos também não aconteceu. Ao contrario percebe-se o esvaziamento econômico, o com-
ercio fraco, lojas fechadas e poucos novos investimentos no município. O Comercio do Centro e pequeno e na praça Elizabeth Paixão e adjacências dezenas de lojas fechadas retratam um quadro de cidade fantasma.
Presid. do Panorama, Rogério Santana, ouve queixas
Especial Mesquita 12 anos
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Um empreededor
Empresário Osmar Gonçalves é exemplo de sucesso e de empreendedorismo
FORNECEDORA DE SONHOS O
empresário que chegou menino a Mesquita com menos de um ano de idade, e hoje se tornou um dos maiores empresários da cidade, do ramo de material de construcao, tem uma história de esforço, trabalho e superação. Osmar Gonçalves, que começou com uma carroça entregando areia, pedra, tijolo e ferros, hoje é dono da Fornecedora Simone, que há 35 anos se perpetua como uma das principais lojas da cidade. Há 24 anos, no entanto o espaço ficou pequeno e Osmar, sempre fiel aos amigos, chamou o amigo Fernando .... para ser sócio de um novo empreendimento, e assim surgiu a Fornecedora Pátria Unida, que também se tornou uma das maiores no ramo de construcao cívil. O ponto alto desta amizade tornou-se uma parceria de décadas. Mesmo conseguindo grandes feitos, Osmar não esquece do incío de tudo, o pai dele foi um grande exemplo de esforco e superacao que lhe
Fotos: Mateus Vellasco
n O trabalhador que conquistou seu sonho e realiza milhares de outros sonhos todos os dias.
deixou heranca toda a sua capacidade e organizacao, e ainda a mula que puxava sua carroça, por exemplo, que hoje tem um pôster com destaque em sua loja. O empresário tem na sua família a base de tudo. O
O bom atendimento é marca registrada do estabelecimento
nome da loja é homenagem a sua filha Simone, fruto de seu casamento de 38 anos com Sra. Ester. Osmar ainda é pai de Osmarzinho e Regina. Os três filhos são formados e trabalham em suas lojas. Isto para Osmar
é a grande vitória. “Tudo o que eu mais sonhava era que meus filhos cursasse uma faculdade e tivesse uma profissão”, conta o emocionado o grande pai. Sempre preocupado com os que estão a sua volta, Osmar trouxe de Curitiba uma idéia que melhorou a vida de vários de cidadãos. “Nunca me conformei em ver as pessoas esperando conducão debaixo de sol ou pegando chuva. Quando fui a Curitiba e vi os pontos de ônibus de lá, resolvi trazer para cá.” E os pontos, que foram construídos sem custo algum para a população, já fazem parte da cidade de Mesquita. Osmar é o exemplo de empreendedor bem-sucedido, e mesmo com tantos afazeres ainda lhe sobra tempo para pedalar em sua atípica bicicleta, que é garantia de diversão e curiosidade das crianças e de quem vê. O segredo do sucesso, segundo o próprio é a doação. “Quem quer se dar bem, se doe. Não espere nada em troca. O segredo está na doação. Quando você não espera nada, as coisas acontecem”. E realmente aconteceu.
Osmar dando seu passeio matinal na sua bicicleta diferente
Interior da loja onde mesquitenses vão äs compras
Prontos para mudar mesquita Q
uando Ednaldo Basílio, ex- executivo de banco e professor universitário, teve a idéia de abrir uma franquia de curso de idiomas em Mesquitra, faltava ainda um sócio para investir na idéia. Foi então que veio Cleyson Oliveira, que além de se tornar sócio investidor ficou responsável por toda a parte comercial e captação de novos alunos. Foi assim então, com o time completo, que entrou em campo a filial do curso de idiomas Wizard em Mesquita. A unidade foi inaugurada em agosto e já conta com mais de 100 alunos e oferece cursos de inglês, espanhol, mandarim, francês, italiano, alemão e português para estrangeiros. “Alguns amigos meus abriram uma franquia em Vilar dos
Teles e eu fiquei interessado, mas não queria sair do banco. Mas quando vi que a franquia estava disponível para a cidade, abracei a idéia. Fiz uma pesquisa de mercado e depois de achar um ponto, me juntei ao Cleyson para abrirmos enfim o curso”. A busca do ponto, segundo Ednaldo, é um dos problemas enfrentados por quem quer investir em Mesquita. Os empresários levaram cerca de 8 meses para achar um local disponível para a instalação da unidade. Para ele o município não sabe atrair empreendedores. A dificuldade para registrar uma empresa na cidade também é criticada pelo excesso de burocracia, para a Wizard de Mesquita o tempo
de legalização chegou a três meses. Mas hoje já instalada na Praça João Luiz do Nascimento, a etapa enfrentada é a de obras, pois salas e uma nova fachada tiveram que ser construídas. Hoje o empreendimento gera 15 empregos diretos, todos moradores de Mesquita, e dezenas de indiretos. O próximo desafio será uma grande campanha para o ano que vem pois em janeiro é o momento sazonal para que as pessoas se matriculem em cursos de idiomas. “O diferencial da Wizard é que não se trata apenas de um curso de idiomas mas ensina sobre liderança e prepara o aluno para o mercado de trabalho”, explica Cleyson.
O curso que fica embaixo de uma escola preparatória, e perto de duas escolas estaduais ajudou a cria um pólo de educação naquela região. E isto revela novas oportu-
nidades de investimentos como relata Ednaldo, “Podemos mudar esta história de município dormitório. O Rio tem sido alvo de diversos investimentos e a Baixada Fluminense não pode ficar de
fora. Aqui circulam milhares de estudantes por dia, então precisamos aproveitar este mercado. Mesquita precisa cortar o cordão umbilical com Nova Iguaçu e precisa e pode crescer”.
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Especial Mesquita 12 anos
PUMAR empresa mais antiga de Mesquita A
necessidade de juntar dinheiro em 1923, para trazer toda a sua família da Espanha para o Brasil, fez com que espanhol Serafim Pumar Gómez, a parti de uma banca de venda e conserto de guarda-chuva no rio de Janeiro, o fez chegar ao sucesso a tal ponto de construir um verdadeiro império que já duram 80 anos e hoje se encontra terceira gerarão de empreendedores. A Pumar nascida em 1927 da persistência do espanhol Serrafim chegou a Mesquita em 1947 adquiriu o primeiro lote de terra e começou a construção do galpão, que hoje é orgulho dos mesquitense a Indústrias Pumar que nos tempos áureos chegou a ter mais de seiscentos funcionários. Dando seqüência a saga da família Pumar, assume Paulino Pumar, filho do fundador, que viu de perto o nascimento do novo município e sofreu muito com a entrada dos guarda-chuvas chineses em 1992 a 1998 a “preço de banana”, isso fez que reformulasse a empresa, era um novo começo. Falecido em 2003, a sua filha Lucia Pumar Cantini assume em 2005 o controle da empresa juntamente com seu marido Emilio Contini, que reestruturam a empresa.
A fábrica já comandada pela a tereceira geração, a filha de Paulino Pumar, Lucia Pumar Contini e seu marido Emílio Contini
n A linha de produção é composta de novos e antigos funcionário como Dona Maria, 56 anos de Pumar.
Parabéns pelos 12 anos de Mesquita