Camilo Mota
Divulgação
www.jornalpoiesis.com.br
Arraial do Cabo realiza Moto Fest de 8 a 10/08
Literatura, Pensamento & Arte
Maria Bethânia lança novo CD
Página 4 Página 2 Ano XXI- nº 221 - agosto de 2014 - Saquarema, Araruama, Iguaba Grande, Cabo Frio, Arraial do Cabo, S. Pedro da Aldeia e Petrópolis
Os sabores tomam conta de Saquarema em agosto
Divulgação
Festival Gastronômico O Gosto de Agosto chega a sua 7ª edição com destaque para a diversidade de culinárias de várias partes do mundo. Página 3.
Reiki - Florais de Bach Psicanálise Integrativa
Iguaba Grande é destaque no IDH Saúde humanizada em Araruama Camilo Mota
Camilo Mota
Relatório da ONU aponta o município como o terceiro melhor colocado no Índice de Desenvolvimento Humano na Região dos Lagos. Página 7.
A Prefeitura de Araruama inaugurou o Serviço de Residência Terapêutica que irá receber pacientes psiquiátricos de longa internação. Página 7.
Agosto Cultural tem variada programação em Saquarema
Algumas reflexões sobre poesia e letra de música
Camilo de Lélis M. Mota
Psicanalista Terapeuta Holístico, CRT 42617
• • • •
Terapia individual Terapia floral Técnicas de Relaxamento Mental EFT - Acupuntura Emocional sem Agulhas • Cursos de Reiki do nível 1 ao 3-B
Camilo Mota
Frederico Motta
Atendimento terapêutico com hora marcada no espaço Elaboração - Terapias e Cursos Travessa Sigmund Freud, 1 - Porto da Roça Esquina com R. James Ward de Cavalho (rua em frente ao Mercado Gomes) Saquarema-RJ
( (22) 99770-7322 / 2653-3087 www.reikiadistancia.com.br Aceitamos:
através do PagSeguro UOL
O Círculo Artístico Cultural de Saquarema (CACS) promove durante todo o mês uma série de atividades gratuitas em vários pontos do Centro da cidade. Página 4.
Aproveitando as comemorações pelos 70 anos do cantor e compositor Chico Buarque, Atahualpa A.P. Filho aborda o tema sob novas perspectivas. Página 2.
POIÉSIS FOTOGRAFIA
Casamentos, aniversários, inaugurações, shows, espetáculos, empresas e produtos. ( 99982.4039 / 98818-6164
www.poiesisfotografia.com.br
2
nº 221 - agosto de 2014
Um quintal de fina estampa
MÚSICA
Poetas, letristas e a poesia
Marcio Paschoal Frederico Motta
Ataualpa A.P. Filho Aproveito esse período de comemoração dos 70 anos de idade do compositor popular Francisco Buarque de Holanda para expor uma velha discussão que ganhou mais destaque com as letras dele. Embora muitos críticos literários afirmassem que as letras de suas músicas são belos poemas, ele sempre se colocava como um letrista, não como um poeta com poemas musicados. No livro “Chico Buarque: Para todos” da coleção Perfis do Rio, a autora Regina Zappa, transcreve uma confissão: “Fui desenvolvendo essa história da parceria e hoje quase faço parceria comigo mesmo. Faço uma música, fica pronta e às vezes não aparece nenhuma ideia de letra. Quando comecei, normalmente vinha tudo junto. Nunca aconteceu de eu escrever uma letra para depois musicar. O que pode acontecer é aparecer um tipo de música com um formato que volta, uma célula que se repete várias vezes. Então, posso estar andando na praia e fazer outros versos com aquela endométrica. Ou terminar uma letra andando. Basta estar com a música na cabeça. Nunca escrevi uma letra de música. Nunca escrevi um poema, não sei como se escreve uma letra de música.” Acho que Chico já foi indagado inúmeras vezes sobre esse tema. E muitos críticos já abordaram esse assunto. Hoje eu só o trouxe em virtude da qualidade das letras das músicas que, sem a nossa permissão, invadem os nossos ouvidos de forma agressiva: Quem ainda aguenta ouvir “Lepo, lepo”?... Acho que falta um pouco de sensatez a determinadas pessoas. Não se trata da questão da “lei do silêncio”, mas de bom senso: ninguém pode impor
Chico Buarque de Holanda: ao comemorar 70 anos, continua atual o debate sobre letra de música e poesia em sua obra
aos outros o seu gosto musical. Andar com o carro no mais alto volume é, no mínimo, falta de educação. E a música parece que reflete a compreensão social de quem conduz o veículo. É!... Vamos deixar esse assunto de lado, voltemos ao anterior, é mais salutar. Chico Buarque musicou brilhantemente versos do Auto de Natal “Morte e Vida Severina” de João Cabra de Melo Neto. Fagner musicou o poema “Motivo” de Cecília Meireles e o soneto “Fanatismo” da poeta portuguesa Florbela Espanca. Paulo Diniz cantou os versos do poema de “E agora José?” de Carlos Drummond de Andrade. Joaquim Osório Duque Estrada, ao fazer o Hino Nacional, usou versos da Canção do Exílio de Gonçalves Dias. E os colocou entre aspas: “nossos bosques têm mais vida”/ “Nossa vida” no teu seio “mais amores”. Com essas citações, quero dizer apenas que muitos poemas têm em si um ritmo, uma harmonia métrica que deixa fluir a musicalidade. Para mim, a Poesia não é exclusividade do verso. Temos prosa poética como temos poesia na música. É notória a poesia que há em “As Bachianas Brasileiras n° 5” de Villa Lobos. Há poema que considero sem poesia. Vejo apenas um
aglomerado de palavras sem expressão poética alguma. Existem pinturas inundadas de poesia, por exemplo: “Jardim de Hortas” (1888) de Van Gogh, “Narciso” de Caravaggio. Nessas telas, há um lirismo inquestionável... O poeta não é o proprietário da Poesia. Esta não tem dono. Poetas são todos aqueles que a cultivam assim como um jardineiro cuida da flor. Eu sempre vejo Poesia no trabalho das mulheres rendeiras no Nordeste. Com seus birros, trançam toalhas de mesa, lençóis, colchas e algumas não sabem ler nem escrever. Para mim, o que elas fazem é poesia concreta. E aqui peço desculpa pela minha limitação musical. Confesso que não consegui encontrar nenhuma nota poética na “Dança do créu”. Ainda bem que esta já passou na “velocidade 5”. Algumas letras são tão frágeis que necessitam de coreografias para contextualizar a erotização que tentam expor sem sensualidade alguma. Mas isso é outro papo: erotização e sensualidade. Esta é poética, a outra, apenas som na caixa. Ataualpa A.P. Filho é poeta, professor, membro titular da Academia Brasileira de Poesia - Casa de Raul de Leoni, reside em Petrópolis-RJ.
Maria Bethânia tem gravado na memória seu tempo de recordações de árvores e folhas, a infância no espaço mágico dos quintais de nossas melhores vivências. Impregnado com esse espírito, meio nostálgico meio interiorano, a cantora nos presenteia com seu novo Cd “Meus Quintais’ (Biscoito Fino). Ao longo das 13 faixas, podemos admirar a artista em pleno fulgor, intimista e ao mesmo tempo externando a arte mais singela. O álbum começa com um presente ao bom gosto na letra de Paulo César Pinheiro, emoldurada pela melodia de Dori Caymmi. A seguir, composição do paraibano Chico César com belo arranjo e guitarra portuguesa de João Gaspar, tão elegante quanto a lua ensejada na canção xavante. Paulo Dafilim e Roque Ferreira assinam a ótima “Casa de Caboclo”, feita de palha, reboco e fino trato. O violão de Maurício Carrilho e o acordeom de Toninho Ferragutti acompanham Bethânia com delicadeza. (...flor mestiça que não tem receio em ser brasiliana quando aflora/ bendito aquele que semeia / verdes a mão cheia e diz à flor: floreia...). A velha “Lua Bonita”, de Zé Martins e Zé do Norte, traz o realismo mágico caipira na voz cristalina da cantora: (...quem te fala é meu amor/ deixa São Jorge no seu jubaio amuntado/ e vem cá para o meu lado/ pra gente viver sem dor...). Bebendo na fonte de “Estrela Miúda (João do Vale), “alumiando” tudo ao redor, “Candeeiro Velho” espalha luz na melodia de Roque, agora com PC Pinheiro e Luciana Rabelo no cavaquinho. O mesmo Roque Ferreira assina “Imbelezô eu/Vento de lá” (...foi o vento de lá/ foi de lá que chegou/ foi o vento de Iansã/ domina-
Clínica Geral - Homeopatia
ANGIOLOGIA GERIATRIA CLÍNICA MÉDICA
Dra. Eulenir M. A. Magioli Ginecologia - Homeopatia CRM 52-42685-2
Atendimento Médico em hospitais, pousadas e domicílio Saquarema - Rua Beatriz Amaral, 75 Lj. 05 - Bacaxá ( (22) 2031-1010 / (22) 2653-4087 Araruama - Avenida Brasil, 10, sala 501/2 ( (22) 2665-1729 / 2665-2048
ARARUAMA: Av. Brasil, 10 SL 709 - ( 2665-6320 S. VICENTE: R. Farmacêutico Faria, 20 ( 2666-4576
SHOW DAS PLANTAS
A maior variedade com beleza e qualidade você encontra aqui! Av. Saquarema, 5442 - Bacaxá
( (22) 2653-2744
Marcio Paschoal é escritor e autor da biografia de João do Vale “Pisa na fulô mas não maltrata o Carcará”.
Cremej 5222475-0
CRM 52-44061-6
Dê plantas a quem você ama!
o disco segue homogêneo e festejando a natureza, os segredos, o profano e o religioso em cada quintal de todos nós. Paul McCartney havia revisitado seus quintais lá para as bandas de Liverpool, com o caos e a criação nos seus backyards. Life was very short e Lennon fez um pouco de falta. Imagine. Seguimos com nossos quintais tupiniquins. Incenso, ouro e mirra para o Santo filho de Maria na folia de reis, e desembocamos em “Dindi” (Jobim e Aloysio de Oliveira) com Wagner Tiso no arranjo de piano, Jessé Sadoc no flugel horn, Pantico Rocha na percussão e Helder no baixo, fechando com chave máxima. Um disco em que reinam o bonito e o simples de mãos dadas. Pode-se, ao inicial escutar, passar despercebida aos menos atentos, mas é a marca neste trabalho. Convém cautela, a voz de Maria Bethânia, como um arco de velha índia, lança encanto e singeleza, e sorte de quem se deixa envolver. Como uma sereia, iara preconizada por Clarice: à medida que ela canta, mais atraídos ficam os moços...
Dr. Maurício Himelfarb
Dr. Cid José C. Magioli
ASSISTÊNCIA MÉDICA ALBUQUERQUE MAGIOLI
dor que dormia nos braços da manhã/ e despertou...). Clara Nunes cairia bem no dueto, ou Clementina, ou Rita Ribeiro. Embeleza pura. O álbum, primeira gravação de Bethânia após a morte de Dona Canô, no fim de 2012, recebe a canção pungente. “Mãe Maria” (Custódio Mesquita e Davi Nasser) transparecendo uma espécie de homenagem. Uma das melhores faixas, “Uma Iara”, atrelada a texto de Clarice Lispector, editada por Fauzi Arap e Bethânia (última parceria de ambos, antes da morte de Fauzi), tem melodia de Adriana Calcanhoto que surpreende. Outro banho de João Gaspar no dobro (slide), guitarra que mimetiza a ondulação das águas. Arranjo certeiro. Recolhida por Paulo Vanzolini, a moda da Onça, representa o folclore caboclo, enquanto “Povos do Brasil” (Leandro Fregonesi) exalta a raça indígena e sua sina. Sob encomenda da cantora, Chico César compôs “Arco da velha índia” com referências claras à afinação da intérprete (...o arco em forma de boca sustenta a oca e a taba, roça o fim, mas não acaba, e finda sempre afinado...). Com arranjos de Bethânia e Jorge Helder e um time de músicos de qualidade,
Vidraçaria Recanto do Sol Box - Vidro Temperado - Espelho Fechamento - Vidro Importado Vidros coloridos, lisos e canelados BOX PRONTA ENTREGA Aceitamos:
Concorra ao sorteio de uma moto 0 Km na compra de um box blindex!
Av. Saquarema, 5170 Bacaxá - Saquarema ( (22) 2653-4190 / 99262-6507
Explicadora
AGRIJAR BACAXÁ
de 1ª a 8ª série
Rações nacionais e importadas Medicamentos e Sementes
( 2651-9665 98149-4186 (TIM)
R. Beatriz Campos, 14 Porto da Roça Saquarema (próximo ao Bassamar)
agrijar@hotmail.com Av. Saquarema, 5320 Bacaxá - Saquarema
( (22) 2653-3114
EXPEDIENTE O Jornal Poiésis - Literatura, Pensamento & Arte é uma publicação da Mota e Marin Editora e Comunicação Ltda. Editor: Camilo Mota. Diretora Comercial: Regina Mota. Conselho Editorial: Camilo Mota, Regina Mota, Fernando Py, Sylvio Adalberto, Gerson Valle, Marcelo J. Fernandes, Marco Aureh, Francisco Pontes de Miranda Ferreira, Charles O. Soares. Jornalista Responsável: Francisco Pontes de Miranda Ferreira, Reg. Prof. 18.152 MTb.
Diagramação: Camilo Mota. CAIXA POSTAL 110.912 SAQUAREMA - RJ CEP 28990-970 ( (22) 2653-3597 ( (22) 98818-6164 ( (22) 99982-4039 ( (22) 99770-7322 E-mail: jornalpoiesis@gmail.com Site: www.jornalpoiesis.com.br. Distribuição dirigida em: Saquarema, Araruama, São Pedro da Aldeia, Iguaba Grande, Cabo Frio, Arraial do Cabo e Petrópolis. Fotolito e Impressão: Tribuna de Petrópolis.
Colaborações devem ser enviadas preferencialmente digitalizadas, espaço simples, fonte Times New Roman ou Arial, corpo 12, com dados sobre vida e obra do autor. Os originais serão avaliados pelo conselho editorial e não serão devolvidos. Colaborações enviadas por e-mail devem ser anexadas como arquivo .doc ou .docx. Os textos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do Jornal Poiésis.
3
nº 221 - agosto de 2014
GASTRONOMIA
O Gosto de Agosto já está à mesa Festival Gastronômico de Saquarema acontece de 1º de agosto a 7 de setembro
O Festival Gastronômico O Gosto de Agosto – Sabores de Todas as Culturas, que esse ano reúne treze restaurantes, está em sua sétima edição e pretende movimentar Saquarema até o dia 7 de setembro, véspera da comemoração do dia da padroeira da cidade, Nossa Senhora de Nazareth.
Divulgação
A culinária italiana estará em destaque, juntamente com a japonesa, a portuguesa e a brasileira, com cardápios variados e repletos de novidades. Os restaurantes, espalhados pelos quatro cantos da cidade, oferecem jantar às sextas-feiras, sábados e domingos após 19h. Alguns funcionarão com almoço aos sábados
e domingos, após as 13h. O preço fixo de R$ 52 inclui uma entrada, um prato principal onde o cliente terá duas opções de escolha, e uma sobremesa. Na edição deste ano, participam os restaurantes Perfetto e Caldeirão da Vila, no Centro; Saizen, Forno à Lenha, Casa da Praia, Cantina da Praia, Le Bis-
trô, Pousada Azur e Pier, em Itaúna; Caldeirão da Vila, Caldos e Tal e Casa da Moqueca, em Jaconé e Mania Carioca, em Bacaxá. Maiores informações podem ser obtidas através do site www. ogostodeagosto.com, onde há um roteiro detalhado de cada restaurante, com os cardápios e telefones para reserva.
ECONOMIA
Miguel Jeovani retorna ao cargo e a economia de Araruama é reaquecida O prefeito de Araruama, Miguel Jeovani, retornou ao cargo no dia 3 de julho em sessão ordinária na Câmara dos Vereadores, quando foi lida a mensagem do Supremo Tribunal Federal (STF) na qual o ministro Dias Toffoli deferiu a liminar que concedeu seu imediato retorno. Com isso, é notório o aquecimento da economia local. Empresas já se mobilizam para se instalarem na cidade, como é o caso da RBravo, que, com incentivos da Prefeitura de Araruama, através da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, lançou a pedra fundamental do empreendimento no dia 1º de agosto no Condomínio Industrial, no Bairro Itatiquara. Trata-se de uma montadora de veículos ciclomotores, que deverá gerar cerca de 100 empregos. As atividades da RBravo tiveram início em 2005, com a abertura de sua pri-
FILOSOFIA
meira loja de motos em Araruama. O crescimento contínuo e equilibrado da empresa levou à expansão gradual dos negócios, sendo hoje uma importante referência no ramo de ciclomotores, com filiais em Cabo Frio e Saquarema. A montadora produzirá em Araruama três diferentes modelos de ciclomotores de 50 cilindradas e seis modelos de bicicletas elétricas de última geração. A produção estimada é de 200 veículos por mês, com expansão prevista para 300 a partir de maio de 2015. Eletrodomésticos No dia 17 de julho, representantes da ZEEX Indústria e Comércio estiveram em Araruama acompanhados pela equipe da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, e realizaram uma visita técnica para conhecer algumas áreas como o pólo industrial e o terreno onde será implementado o porto
Camilo Mota
O prefeito de Araruama recebeu o diretor da empresa norueguesa Norsafe que deseja transferir sua fábrica para o município
seco da cidade. De acordo com o sócio-diretor da ZEEX, Hélio Cuna Ligocky, o município de Araruama encontra-se em uma localização estratégica para implantação de uma nova filial da empresa. “Pretendemos investir em Araruama, pois esta cidade possui uma das localizações mais aconselháveis para satisfazer as exigências de logística da empresa. Após a instalação da fábri-
ca produziremos eletrodomésticos como cafeteiras, liquidificadores e ferros de passar”, disse ele. A empresa pretende gerar cerca de 1.300 novos empregos. Da Noruega - No dia 8 de julho, Miguel Jeovani recebeu em seu gabinete o diretor da empresa norueguesa Norsafe, Geir Arne Bjorkelund, que apresentou a intenção do grupo multinacional de instalar sua fábrica no município.
Estiveram presentes ao encontro o consultor comercial José Luiz Mendonça, o representante da BR Logística, Ricardo Dacri, e o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, William Louzada. A Norsafe desenvolve tecnologia de ponta para embarcação de salvatagem, atendendo anualmente a um grande número de navios e plataformas em todo o mundo. No Brasil, a empresa tem base de operação administrativa em Niterói e uma fábrica em Porto Alegre, que está em vias de ser transferida para o Estado do Rio de Janeiro. “Estamos iniciando o diálogo com a Prefeitura de Araruama para trazer a fábrica para cá uma vez que o município tem uma ótima logística, além de haver a possibilidade de maiores incentivos fiscais”, disse Ricardo Dacri, representante da BR Logística, que dá apoio administrati-
vo e empresarial à Norsafe. O diretor Geir Bjorkelund ressaltou como fato positivo o projeto da instalação de um porto seco no município, projeto que já está sendo desenvolvido pela Prefeitura, o que facilitará no processo de importação de materiais. Segundo ele, a fábrica irá gerar inicialmente 50 empregos diretos, podendo alcançar até 100, com a formação de mão de obra local já prevista através de parcerias com o Sebrae e outras instituições. “Araruama está no rumo do crescimento econômico. Além das belezas naturais, o município tem uma logística excelente e isto é um ponto positivo na atração de novos investidores. A Prefeitura está de portas abertas para quem quiser investir na cidade, de maneira a melhorar a qualidade de vida de nossa população”, disse o prefeito Miguel Jeovani.
Evolução ou do Des-envolvimento?
Maurilio Nogueira da Silva Em minhas observações e leituras, venho chegando à conclusão de que quando falamos em evolução, temos uma visão linear e queremos dizer que algo simples se transforma em algo complexo por acréscimo de elementos. Mas será que é assim mesmo? Não será a evolução do simples para o complexo fruto de uma observação superficial, que não reflete a realidade? Não será verdade que todos os seres desenvolvem, cada um, apenas as potencialidades que já trazem em si? É o que pretendo refletir nesse pequeno texto. Quando supomos que algo simples evolui para o complexo, estamos vendo apenas a periferia dos fenômenos. Penso que na verdade o simples não evolui para o complexo a não ser que ele traga em germe ou na origem o complexo, de forma oculta à nossa observação imediata. E nesse caso não se trata de evolução, mas sim
um des-envolvimento ou desabrochamento onde o que parece simples vai deixando que venha à tona o complexo que já estava dentro dele, como potencialidade, como possibilidade, esperando condições favoráveis para ser atualizado, plasmado ou concretizado. Sendo assim, os elementos da natureza não evoluem para além de suas potencialidades, mas se des-envolvem, desabrocham, ou tiram o véu que encobre a complexidade. Pensando assim parece-me lógico substituir o termo evolução por des-envolvimento, à luz do que já afirmara o filósofo Aristóteles, que viveu antes de Cristo, com sua teoria de “potência e ato”. Segundo ele, tudo se desenvolve, atualizando as potências que traz dentro de si. Nesse caso, o animal não evoluiu para um ser humano, como pregam os evolucionistas em suas conclusões apressadas. O homem já estava nele desde o início, em germe ou potencialmente, apresentando, nos seus primórdios, aparência ou carac-
Ortopedia - Traumatologia Fisioterapia Medicina Desportiva Pilates Studio - Psicologia
Dr. Newton Oliveira Valladão R. Com. Bento José Martins, 297 sl. 406 ( (22) 2665-3425 - Araruama
R. Adolfo Bravo, 26 - Bacaxá - Saquarema ( (22) 2653-3324 / 98802-6709
terísticas de um animal antes de chegar à figura humana como se conhece hoje. E que continua passando por mudanças em sua aparência e modos de ser, de pensar, de sentir e de agir, em função das alterações no seu modo de viver. Segundo esse raciocínio, parece-me fazer sentido admitir que Deus criou tudo que existe, em germe ou potencialmente, dando a cada criatura a propriedade de se atualizar ou des-envolver as potencialidades que lhe são próprias. Há assim as potencialidades do reino mineral, as do reino vegetal, as do reino animal e as do homem. Cada criatura está desenvolvida quando chegou a atualizar suas potencialidades. Não é correto, portanto, insistir na idéia de evolução nem estabelecer comparações sobre quem é mais perfeito ou mais belo na obra da criação, embora tenhamos enraizada a idéia de que o homem é o ser mais desenvolvido e mais perfeito. O que se pode admitir que ele é o ser mais complexo da criação. É só olharmos
melhor as criaturas para percebemos o desenvolvimento e a beleza própria de cada uma. Exemplificando os minerais ou os seres inanimados não podem evoluir para serem vegetais por não trazer em si a potencialidade ou possibilidade de serem criaturas animadas ou que têm vida. Assim também os vegetais não podem evoluir para serem animais, por não trazerem a potencialidade de terem um cérebro animal e, finalmente, os animais não podem evoluir para serem humanos por não trazerem em si as potencialidades de desenvolverem a consciência, que é o elemento mais complexo dos seres vivos. A consciência - que é tida como o diferencial básico entre o animal e o homem - segundo grandes estudiosos, não vem da evolução do cérebro dos seres vivos, como advogam os materialistas naturalistas, mas das atividades que os homens desenvolvem na sociedade. Esta afirmação pode ser encontrada nas idéias filosóficas de Karl Marx ( na Tese I de Karl Marx sobre
Feuerbach, onde ele critica o materialismo naturalista ou vulgar), Friederich Engels no livro Dialética da Natureza, onde ele afirma que o pensamento não vem da matéria, mas das atividades do homem ao atuar sobre a matéria) e, mais tarde no psicólogo russo Aléxis Leontiev (no livro “O Desenvolvimento do Psiquismo”, onde ele afirma que a Consciência não vem do cérebro, mas das atividades sócio-históricas do indivíduo ao atuar no mundo). Todos estes estudiosos negam, portanto, a tese dos materialistas vulgares para os quais o pensamento, a consciência, enfim, os fenômenos psíquicos ou espirituais teriam origem na matéria ou no cérebro. Concluindo, defendo a tese que vai na direção contrária à interpretação mecanicista da evolução baseada no materialismo naturalista ou vulgar, mas que também não concorda com a interpretação simplista da teoria criacionista do Homem. A teoria do des-envolvimento admite que o Homem é criado por Deus em espírito ou à sua semelhança,
JCEL EMPRÉSTIMOS
mas percorreu um longo caminho, passando pelas diversas formas da matéria viva em sucessivas metamorfoses até chegar a hominização. Nenhum ser evolui para outro ser se não contiver embutido o germe desse outro ser. REFERÊNCIAS: . ARISTOTELES, Vida e Obra. Coleção os Pensadores, SP Ed. Abril Cultural, l978 . ENGELS, Friederich. Dialética da Natureza, RJ, Paz e Terra, l979 . LEONTIEV, Aléxis. O Desenvolvimento do Psiquismo. Lisboa, Ed. Horizonte Universitário, l978. . MARX, Karl, A Ideologia Alemã e outros Escritos . SILVA, Maurilio N. A Produção Sócio-Histórica da Consciência do Indivíduo ( Tese de Mestrado defendida na UNICAMP, em l986. Maurílio Nogueira da Silva é psicanalista, reside em Juiz de Fora-MG
ENTREGA GRÁTIS EM DOMICÍLIO
Você, aposentado e pensionista, precisa de dinheiro?
Representamos vários bancos: BMG, PINE, BGN, BV... Compramos dívida da Marinha. Atendemos a servidores da Prefeitura de Saquarema e TJ.
Desconto em folha de pagamento sem SPC e sem avalista.
FALE COM LÉA SAQUAREMA
R. Domingos da Fonseca, 5 - Bacaxá - ( 2653-4544 (ao lado do depósito de doces, perto do Itaú)
Aceitamos cartões de crédito
(22) 2655-3115 (22) 2655-3220
Medicamentos, Perfumaria e Variedades
Av. Saquarema, 3663 Loja D - Porto da Roça
Aberta de 2ª a sábado de 8 às 20h e domingo de 8h às 13h
4
nº 221 - agosto de 2014
FAMÍLIA
CULTURA
CACS promove Agosto Cultural em Saquarema O Círculo Artístico Cultural de Saquarema (CACS) realiza este mês o Agosto Cultural, com uma variada programação que inclui exposições, ciclo de palestras, música e literatura. A programação começa no dia 1º com a abertura da exposição do Museu de Conhecimentos Gerais, às 21 horas, na Salarte. A mostra poderá ser visitada até o dia 12. Outro destaque na programação são os bate-papos culturais que acontecerão sempre às quartas-feiras. No dia 6, no Teatro Mario Lago, Carlos Alexandre, diretor do Museu de Conhecimentos Gerais, fala sobre educação patrimonial, às 10h e às 14h, com visita guiada à exposição na Salarte. “Economia solidária” é o tema do encontro com o artesão José Domingos, no dia 20, às 20 horas, na Câmara de Vereadores. No dia 27, o geólogo Felipe de
Camilo Mota
O Sarau Encontros Poéticos fecha a programação, que ainda terá exposição de conhecimentos gerais, música, fotografia e uma feira de trocas solidárias
Lima coordena o bate-papo sobre prospecção mineral, na Câmara, às 20 horas. No dia 9, será realizada a Feira de Economia Solidária, na Praça do Canhão, com venda e troca de produtos, além de recreação, apresentações artísticas e musicais. O evento acontece
a partir das 15 horas e só termina à meia noite. No dia 15, será realiza a abertura da exposição do III Concurso de Fotografia, com o tema “Memória cultural”, às 21 horas, na Salarte. A mostra fica em cartaz até 15 de setembro. No dia 16, acontece a Mostra Jovem Conexão
Cacs com o tema “Quem sabe faz a hora”, às 19 horas, na Praça do Bem Estar, no Centro. A programação do Agosto Cultural se encerra no dia 30, com o Sarau Encontros Poéticos, em homenagem a Dorival Caymmi, às 20 horas, no Teatro Mario Lago.
Dicas de Saúde e Qualidade de Vida. Curta! Compartilhe! Divulgue!
www.facebook.com/reikiepsicanalise
PA L Á C I O T IR A D E N T E S : L U G A R D E M E M Ó R I A D O P A R L A M E N T O BR A S IL E IR O.
“Família Acolhedora” é implantado em São Pedro da Aldeia A Prefeitura de São Pedro da Aldeia, por meio da Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos, implantou em São Pedro da Aldeia o “Família Acolhedora”. Desenvolvido pelo Ministério Público, o programa é um serviço de acompanhamento, organização e acolhimento temporário de crianças afastadas da família, por medidas de proteção. Vale destacar que o programa federal não permite processo de adoção, por isso, famílias que têm intenção de adoção não podem participar. Subsecretária de Assistência Social e Direitos Humanos, Olívia Sá discorre sobre a iniciativa. “Esse programa do Ministério Público propõe que famílias dentro de um perfil específico venham a se tornar família acolhedora e recebam crianças que estão temporariamente apartadas de sua família de origem, em situação de abrigo. Essa iniciativa é doação de amor e as famílias que têm intenção de adoção não podem se tornar família acolhedora. Crianças e adolescentes têm direito ao convívio familiar e comunitário. Direito a vivenciar a estrutura, o convívio e a rotina de uma família no lar, mesmo que esse não seja o lar dele
para sempre”, disse. O programa “Família Acolhedora” envolve acompanhamento socioassistencial às famílias acolhedoras, crianças acolhidas e famílias de origem. O serviço em São Pedro da Aldeia atende crianças de 0 a 5 anos de idade, selecionadas por profissionais da Assistência Social. Os menores permanecerão nos novos lares por até seis meses. As famílias interessadas devem fazer cadastro no Centro de Referência Especializado da Assistência Social (CREAS), localizado na Travessa Getúlio Vargas, nº 300, Centro, portando a devida documentação. São exigidos documentos de RG, CPF, comprovantes de residência e rendimentos, certidão negativa de antecedentes criminais e atestado de saúde física e mental. Para ser um acolhedor, o candidato deve ser casado (a) ou solteiro (a), ter entre 25 e 55 anos, estar em boas condições de saúde física e mental, não possuir antecedentes criminais, ter situação financeira estável, convivência familiar estável e livre de pessoas dependentes de substâncias entorpecentes e ter residência fixa em São Pedro da Aldeia.
5
nº 221 - agosto de 2014
Voz Acadêmica
Coluna da Academia Brasileira de Poesia Casa de Raul de Leoni Praça da Liberdade, 247, Centro, Petrópolis-RJ www.rauldeleoni.org
Novos acadêmicos A Academia Brasileira de Poesia elegeu dois novos acadêmicos titulares, o que muito honra a Casa. Após passarem pelos trâmites naturais, como indicação, análise e votação por assembleia, os dois escritores aguardam somente o momento da posse para considerarem-se acadêmicos. Trata-se de Leandro Garcia e de Messody Benoliel. Pelos currículos dos novos eleitos, com certeza, o time de poetas da Casa de Raul de Leoni se torna ainda mais valioso, para orgulho de todos. Leandro é professor universitário da PUC – Rio, pós-doutor, doutor, mestre em Estudos Literários pela mesma universidade. Vem dedicando sua vida profissional, além do magistério, à crítica literária e à pesquisa. Por conta disso já tinha um grande contato com a cidade, pois Petrópolis guarda um sem fim de arquivos em suas bibliotecas e espaços, mas foi através de uma vaga conquistada em concurso público que aqui estabeleceu moradia e fez con-
Casa & Granito
tato com a Academia. Hoje atua na Rede Estadual de Ensino e no CEFET. Apesar de muitas obras literárias publicadas, seu primeiro livro de poesias — (des)Poético — foi lançado esse ano. Já Messody Benoliel tem uma caminhada longa e com uma coleção de méritos. Advogada, escritora, cantora, compositora, atuou com sucesso em todas as áreas. Pertence a muitas instituições literárias espalhadas no Brasil, algumas em cargos importantes na diretoria, como a vice presidência na Academia Brasileira de Literatura de Cordel, gênero literário que domina. Palestrante, mediadora em vários temas da Literatura, será uma honra para a Academia Brasileira de Poesia recebê-la. Em outros tempos, subiu a Serra muitas vezes para eventos organizados por Catarina Maul, atual presidente da Academia Brasileira de Poesia. Vinha na caravana do projeto APPERJ Sobe a Serra, realizado em diversos pontos turísticos da cidade de Petrópolis.
QUALQUER TAMANHO
Só R$ 44,50
Rod. Amaral Peixoto, km 70 Bacaxá - Saquarema - RJ ( (22) 2653-0845
www.jmtextura.com.br ( (21) 3026-2551 ((21) 98415-1441
Alinhamento Balanceamento Cambagem Pneus novos e remold Mecânica em Geral
Rod. Amaral Peixoto, 1609 (próximo à Gigi) - Araruama ( (22) 2664-1124
Atendimento com Florais e Psicanálise Integrativa em Saquarema Camilo de Lélis M. Mota Psicanalista Integrativo Terapeuta Holístico, CRT 42617
( (22)2653-3087
Melo Imóveis
Dra. Emygdia Melo
Todos se foram. Todos mesmo, com a noite. Cerrados os enigmas entre as dobras, as respirações em meu útero seco de olivas. Enfeito o delírio na rapsódia das têmporas e me acolho neste luto que frutifica o mito Prisca Agustoni é natural da Suíça (1975) e mora atualmente em Juiz de Fora-MG. É autora, dentre outras obras, de “Inventario di voci” (edição bilíngue, Maza Edições, 2001), de onde recolhemos o poema acima.
VIAGEM Luciana Cunha Vozes e vultos no vácuo das horas Sonhos velados ao uivo do vento Volúpias vividas, velhas histórias Voláteis viagens do pensamento Ventos que sopram a todo o momento Trazem de volta vagões da memória Quentes verões ou vulcões de tormento Velho vaivém de uma só trajetória Velas que singram por mares vorazes Vitórias, vanglórias, tempos fugazes Várias vertentes na mesma bagagem Vida que voga pra além da ventura Verte o destino com sorte ou bravura Sem vênia ela passa e segue a viagem Luciana Cunha é membro da Academia Brasileira de Poesia - Casa de Raul de Leoni
CANÇÃO DA ALMA ESTAGNADA Ruy Espinheira Filho
PSICANALISTA
Administração, Venda e Locação de Imóveis Advocacia em Geral
DE ALÁ E JEOVÁ Gerson Valle
Prisca Agustoni
Frete Grátis Cartões em até 12X
Direção: Jaime Vignoli
Proverá
LUTO
TELA MOSQUITEIRA
Tudo em Mármore e Granito
Auto Center
POEMAS
Faz tempo que não escrevo. Mas como escrever, se nada ouço em mim, se nem um sopro se move na alma estagnada? Tudo cessou. Uma ausência é só o que sinto onde havia aquela que refulgia em amplas marés de sonhos e, às vezes, como o luar, derramava-se — infinita de caminhos, como o ar. Aquela que foi assim e agora é só um vazio, pois que em almas estagnadas nada é — como num mundo de onde partiram as fadas. Ruy Espinheira Filho é autor de “Elegia de agosto e outros poemas” (Bertrand Brasil, 2005), de onde extraímos o poema acima.
Os primos de cá não se passam pelos primos de lá. Ali, Alá e Jeová não dão trégua de odiar o sangue gerado lado a lado. Ali, os deuses se fazem guerra dentro de quase a mesma fé, de quase a mesma visão de mercado, da mesma vontade de vencer o deserto e a multiplicidade de apertos por entre inseguras fronteiras de ser estrangeiro no alem, macaqueando línguas no sotaque malcheiroso para os nativos. Seu Jacó não abriga, em seu chapéu preto de abas largas, o primo Nacib, das chuvas de balas feitas para expulsá-lo da mesma terra que comprou em prestações de outros natos nacibs mortos na bomba ajustada no corpo porque Alá também o quer ali, porque Jeová resolveu dar a serva Agar a Abraão da Sara de cara amarrada, velha sem pique para o sarro e a farra, mas que voltou a ser fértil e brava com sua escrava e bastardo, expulsando-os para os campos minados sem casas. O que querem, afinal, os deuses Alá e Jeová? Apenas, e eternamente, brigar? Gerson Valle é poeta, romancista e membro do conselho editorial do Jornal Poiésis
SERENATA À LIBERDADE Márcio Catunda A liberdade é uma perigosa deusa que me altera em labirintos de luz. É uma bem-aventurada quietude de colírio. Exalação de coloridas pétalas. Dádiva de domingo autossuficiente, na noite soluçante. Noite lânguida de sereno encanto, quando procedo contra polícia e manicômio. Beleza que contemplo com olhos espirituais. Suave crepúsculo de Apocalipse. Glórias estóicas que vou conquistando. A liberdade é uma arte proibida pelos sacerdotes dogmáticos. Íntimo desvelo que nasce de severas inquietudes. Elixir dos itinerantes. Descanso de penumbra em âmbitos ensolarados. Solidão de desafiar mistérios. Olvido de prisões anatômicas. O ritmo dos minutos além da sensação física. O ansiado frescor vespertino que rapta os sentidos. Antídoto contra a hipnose repressora. Força centrífuga que me impulsiona à navegação mental. Zéfiro, lira da paixão. Clarividência mágica de migratório sonho. Devaneio que celebro com as andorinhas. Plácida expectativa. Harpa de amor, melodia de ternura para perpetuar o momento. A liberdade é um hino à magnitude das magnólias. Música enfeitiçando o palácio iluminado. Mar fictício que inunda a cidade até os esplendores infinitos dos astros. Márcio Catunda é escritor e diplomata brasileiro, membro da Associação Nacional dos Escritores de Brasília.
TOTAL TRANSPARÊNCIA
CRECI/RJ 30.201 / OAB-RJ 38.046
( (22) 2653-5427 e (22) 2031-0838 R. Prof. Souza, 34 lj 5 - Bacaxá (subida do Brizolão)
Sarita
Tudo para sua casa, do alicerce ao telhado.
MADEIREIRA E MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO
(22)2031-0788 / 2653-3574 99228-1015 / ID: 83*21016
ENTREGA EM DOMICÍLIO
R. Alcipio Vidal - Bacaxá (asfalto velho) (MATRIZ) Rod. Amaral Peixoto, Km 70, nº 1999 - Bacaxá
Ricardo Alfaya Claro e direto, na cara direi as palavras mais lindas. Terei por fim encontrado minha senda, o sentido da minha vida. E será tudo assim tão simples e direto, o sujeito confundindo-se com o objeto, que bem menos ainda entenderão o significado e o propósito do escrito. Ricardo Alfaya é natural do Rio de Janeiro, formado em Direito e em Comunicação Social, tem três livros de poemas publicados. Participou em 2013 da antologia “Poesia do Brasil”, editada pelo XXI Congresso Brasileiro de Poesia de Bento Gonçalves-RS
6
nº 221 - agosto de 2014
LITERATURA
MARCELO FERNANDES E OS CONTOS SIMBOLISTAS
Gerson Valle Existem, no campo literário brasileiro, assuntos de vasta bibliografia. Já outros, inclusive alguns autores, tem-se tão pouca referência que quem por eles se interesse terá de passar por uma fatigante pesquisa. Normalmente, facilita muito o trabalho de pós-graduação quando se volta para autores ou escolas que tenham uma bibliografia razoável. O primeiro grande mérito da tese de doutorado do professor Marcelo Fernandes, defendida em 9 de junho de 2014 perante banca constituída na Faculdade de Letras da UFRJ, aprovada, e que teve como orientador o professor Sérgio Fuzeira Martagão Gesteira, é o de abrir caminho para outros estudiosos, pois o tema aí tratado possui escassíssima referência bibliográfica: “O conto simbolista no Brasil seguido de antologia comentada”. Esta antologia, então, nem só abre caminho, como traz a possibilidade do encontro, para todo interessado em nossa Literatura, com obras inteiramente fora do mercado, pois é constituída de “notáveis autores que estagnaram suas obras em primeira e única edição e que jamais tiveram seus contos reproduzidos no todo ou em parte, em qualquer seleta de Literatura Brasileira, como Nestor Victor, Lima Campos,
Rocha Pombo e Alberto Rangel, além de Gonzaga Duque, Oscar Rosas, Virgílio Várzea, Medeiros e Albuquerque, Gastão Cruls, Xavier Marques e o quase esquecido Galpi (Galdino Pinheiro)”. Dada a raridade dessas obras, o professor Marcelo foi obrigado a fazer alguns deslocamentos, como à Biblioteca Central da Universidade Federal de Santa Catarina, à Fundação Casa de Rui Barbosa e à Biblioteca Nacional. Foi assim que conseguiu ler e copiar contos que só apareceram em edições de que restaram um exemplar único hoje em dia. Parece que a necessidade de pesquisa mais apurada afasta os professores de procurarem desenvolver trabalhos em campos de escassa bibliografia. No caso dos simbolistas, o professor Marcelo Fernandes louva os “monumentais registros” em “Panorama do Movimento Simbolista Brasileiro”, de Andrade Muricy, e “Decadismo e Simbolismo no Brasil”, de Cassiana Lacerda Carollo, observando, entretanto, que tais obras, dentro da referida estética “predominante e naturalmente, se incline para a poesia”. Este o cerne da questão. Entre nós, o movimento simbolista ficou caracterizado marcadamente como poético, onde se ressaltam os poetas Cruz e Souza e Alphonsus de Guimarães, chegando-se mesmo
Divulgação / Déh Tavares
A tese de doutorado de Marcelo Fernandes na UFRJ enriquece o acervo crítico sobre o movimento simbolista brasileiro
muitas vezes a datá-lo como mais acentuado no final do século XIX. Na verdade, ele se estende um pouco pelo início do século XX, sendo que alguns escritores modernistas, “não necessariamente na balisa de fevereiro de 1922, mas até 1928”, tiveram livros de tendência simbolista, como Manuel Bandeira e Mário de Andrade. De qualquer forma o movimento teve um caráter tão marcadamente poético que mesmo o que foi escrito em prosa, como os contos abordados na tese, se revestem de uma linguagem de poesia: “Era usual que alguns autores carimbassem sua produção como conto, quando
eram, de fato, poemas em prosa, crônicas, reflexões, devaneios ou apenas fragmentos subjetivos com alguma costura narrativa”. E cita Afrânio Coutinho (A Literatura no Brasil, 2a ed.. vol. IV, Rio de Janeiro, Editorial Sul Americana, 1969): “Foi o poema em prosa o gênero que o caráter ornamental da estética decadentista mais atulhou de acessórios medievalistas, litúrgicos, cabalísticos e de joalheria”. E por estas citações já se percebem não só as tendências estéticas como também os temas abordados nos contos simbolistas. Em geral havia um gosto pelo mórbido, pelo mistério e religioso, que se amoldam
COLUNA DA ACADEMIA DE LETRAS E ARTES DA REGIÃO DOS LAGOS ALEART Rua da Independência, 135 - São Cristovão - Cabo Frio CEP 28909-460 Telefone (22)2643 4412 e (22) 92565973 Facebook: /Academia-de-Letras-e-Artes-da-Região-dos-Lagos E-mail: aleartlagos@hotmail.com
Reflexões da 3ª Idade Armando Machuy
Pois, só idoso pode ser um ser total O tempo nos deu experiência, bom Senso, sabedoria Somos passageiros nos mistérios da vida Com somatório do mental, emocional, espiritual Não envelhecemos, apenas passamos. E mais humor, dignidade e alegria. Só é velho aquele que desestabilizar Velhice vem de mente que dá guarida Sentindo insegurança, medo, depressão A rotinas de comportamentos, de sentimentos, [e do que pensamos. Diminuindo autoestima, mal estar Rotina, é fazer coisa sem consciência Com sentimento de abandono e rejeição. Exilar a vida do dia-a-dia Reage idoso, você tem tempo de se cuidar Há que se aproveitar os ganhos nesta nova era. É o que embrutece a mente com frequência Reavaliar a vida, ampliar percepção, filosofar E o cérebro desacelera, hiberna, atrofia. O aqui e o agora é solo fértil e real Fazer o outono da vida ter sabor de primavera. Para uma existência saudável, plena, integrada É a era de pensar e responder várias questões Do tipo: Donde vim? Quem sou eu? Pra onde vou? Viva diuturnamente o amor, amar é fundamental A cada instante, com amor amante, viva a pessoa amada. Ser integral em espírito, mente e emoções Sem apego, sair do mundo do “tenho” para o mundo Seja jovem, viva plenamente cada instante E atrevidamente, ao amor dê guarida [do “sou”. Pois, demora-se para ser jovem pujante Fazer o que der na telha, ter liberdade total Fazer poesia, pintar, libertar-se do preconceito E amar plenamente a vida. Ser jovem é, na arte da vida, ser eterno passageiro Sair em busca do invisível, do desconhecido, da vida Não envelhecer, sempre ser capaz de amar. [plural Número de novos idosos cresce ligeiro Dos grandes mistérios da vida, do divino, do perfeito. E preconceitos da sociedade, você passageiro, deve A era misteriosa é do após idoso ser. [enfrentar. Espero que aquela era não chegue assim tão depressa. A pressa não é a da morte, é a do morrer. Consumistas acham que coisa boa é coisa nova Velho é ultrapassado, fora de uso, fora de linha Que a passagem seja sem sofrer e que ainda possa Coisa inútil, descartável, pé-na-cova [viver bem à BeÇa. É? Uma ova! É a opinião deles, não a minha. Armando Machuy é membro da ALeART, reside em Rio das Ostras-RJ.
à descrição envolta em palavras voltadas à musicalidade maior que a expressividade realística, uso de aliterações e outras combinações vocabulares cheias de preciosismos. Uma interessante reprodução no corpo da tese é da íntegra de uma recensão crítica de Lima Barreto sobre um livro de contos simbolista, “À margem do ‘Coivara’, de Gastão Cruls”, na ocasião de seu lançamento (1920). Por ela se pode visualizar a colocação de um lúcido escritor contemporâneo dos simbolistas, bem afastado em suas tendências, sobre alguns de seus pontos. Elogia os contos do livro, mas põe reparo na admiração do autor por Oscar Wilde, que foi um dos autores mais reverenciados pelos simbolistas. Um dos contos do livro resenhado denomina-se “A noiva de Oscar Wilde”. Lima Barreto comenta: “Esse Wilde que se intitulava a si mesmo ‘King of Life’, ‘Rei da Vida’ - não passou antes de “Reading” (nome da prisão onde esteve preso Oscar Wilde - nota do autor deste artigo) de nada mais que o ‘Rei dos Cabotinos’.” Mais adiante: “Ele é um mascarado que enganou e explorou toda uma sociedade, durante muito tempo, com arremedos, trejeitos e “poses” de artista requintado. Queria distinções sociais e dinheiro”. E, no final: “Toda sua jactância, todo o seu cinismo em mostrarse possuidor de vícios
refinados e repugnantes, toda a sua vaidade - tudo isso que o arrastou à desgraça, - talvez tenha dado um bom resultado. Sabe qual é, meu caro Cruls? É tê-lo feito escrever o De Profundis (Livro escrito por Wilde após dois anos de prisão, bastante amargurado - nota do autor deste artigo). A vida é coisa séria e o sério na vida está na dor, na desgraça, na miséria e na humildade.” De certa forma, estas colocações de Lima Barreto, contrapõem-se, como um escritor realista, às imagens sonhadoras e pouco concretas dos simbolistas. O nosso distanciamento do tempo de ambas as correntes, no entanto, nos pode dar a justa dimensão desses valores contrários. E é um benefício que nos oferece a tese do Professor Marcelo Fernandes em nos trazer de um tempo passado tais textos, tanto os dos contos simbolistas como um artigo significativo de um dos nossos máximos prosadores, Lima Barreto. Como anexo à tese há a antologia com quinze contos simbolistas. Enquanto não é publicada, está disponível no banco de teses da UFRJ, que é o espaço “Sigma” em PDF para consultas e “download”.
Gerson Valle é escritor, membro titular da Academia Brasileira de Poesia – Casa de Raul de Leoni, e do conselho editorial do Jornal Poiésis.
IVAN JUNQUEIRA Fernando Py Em junho de 1960 compareci, pela primeira vez, a uma das reuniões de domingo à noite em casa de Aníbal Machado. Logo simpatizei com um rapaz alto, de poucas palavras, porém bastante acolhedor: chamava-se Ivan Junqueira. Éramos da mesma idade – 25 anos – ambos inéditos em livro. Seu primeiro livro, Os mortos (1964) me surpreendeu pela seriedade da poesia, lastreada por uma forte preocupação filosóficoexistencial que muito me agradou. Suas preocupações se intensificaram no longo poema, Três meditações na corda lírica (1977) – fruto de um sonho do poeta. Considerei-o tão importante que o poema ficou sendo, para mim, o marco inaugural de sua obra poética voltada para as análises existenciais e filosóficas, pois o poeta não só denotava grande obsessão pela pesquisa da palavra, como desenvolvia extrema acuidade em tratar o sentido do tato e da audição, por meio de vocábulos extraídos da música: clave, tocata, canções, etc. Sua poesia adquiriu maior importância literária, a partir de A rainha arcaica (1980), extraordinário conjunto de quatorze sonetos a respeito da tragédia de Inês de Castro. São sonetos especiais, extremamente bem urdidos, onde o poeta está sempre em busca da palavra precisa, exata, mantendo sua já célebre análise filosófico-existencial. Sua obra poética vai culminar em A sagração dos ossos (1994), onde se vê, cada vez mais intensa, a extrema
densidade de seu fazer poético e a constante preocupação com a morte. Ivan foi igualmente excelente tradutor de poesia, sendo de primeira água suas versões da Poesia (1981), de T. S. Eliot, e de As flores do mal (1985), de Baudelaire. Exerceu igualmente a crítica e o ensaio literários, aliás com bastante lucidez e seguros critérios. Publicou diversas coletâneas no gênero, com destaque para O encantador de serpentes (1987), O signo e a sibila (1993) e a derradeira, Cinzas do espólio (2009). Em todas elas, não apenas mostrava a postura de quem conhece o assunto, mas também a confiança – que transmitia ao leitor - de saber apreciar poesia e prosa em profundidade. Cada vez mais, a obra de Ivan Junqueira me seduzia: aquele amigo de tantos anos acabou sendo fundamental para a evolução da minha própria obra, tão mais modesta e inferior que a dele. Fazendo resenhas de livros com certa assiduidade, desde os anos 1970, escrevi sobre praticamente sobre todos os seus, que ele generosamente me enviava com dedicatórias muito amigas. Na vaga de João Cabral de Melo Neto, elegeu-se membro da Academia Brasileira de Letras, da qual chegou a ser presidente. Foi sempre um amigo muito querido e sua morte recente me causa uma forte e irrecorrível sensação de abandono. Deus o tenha. Fernando Py é poeta, tradutor e crítico literário, membro do conselho editorial do Jornal Poiésis
7
nº 221 - agosto de 2014
POLÍTICA
Candidatos iniciam corrida eleitoral em Araruama e Saquarema Camilo Mota
Marcia Jeovani (PR) traz na bagagem uma forte experiência como empresária além do trabalho em favor do social. Ela aposta na mudança política no Estado, aliada a Anthony Garotinho.
A campanha eleitoral começou no mês de julho com os candidatos entusiasmados para conquistar os eleitores. Na Região dos Lagos, particularmente em Saquarema e Araruama, o apelo maior é no corpo a corpo, através de caminhadas e reuniões comunitárias. Grandes comícios também já começam a atrair militantes, como os realizados pelos candidatos a deputado estadual Marcia Jeovani (PR) e Paulo Melo (PMDB).
O advogado Bruno Pinheiro (PRB), que busca uma vaga na Câmara dos Deputados em Brasília, trouxe a Saquarema o candidato ao governo do Estado Marcelo Crivella. Com o slogan “Vamos em Frente”, Marcia Jeovani (PR), realizou no dia 18 o primeiro grande comício político na cidade de Araruama. Aproximadamente, duas mil pessoas ouviram as propostas da candidata a uma das cadeiras na
MÚSICA E MOTO Arraial do Cabo recebe motociclistas de todo o país Camilo Mota
O município de Arraial do Cabo será palco do 7º Praia Moto Fest, de 8 a 10 de agosto, na Orla Flávia Alessandra, na Praia Grande. O evento é realizado pelo Moto Clube Corsários do Cabo, com apoio da Prefeitura Municipal. De acordo com os organizadores, a 7ª edição do evento vai contar com a participação de
200 motoclubes e cerca de 3 mil motos. Confira a programação. Sexta-feira (08/08) 19h: Banda Status 21h: Beth Sem Calcinha 00: Faixa Etária Sábado (09/08) 20h: Vinni Azevedo e Banda 22h: Eternal Flame 00h: Léo Barreto e Esse Tal de Rock’n Roll
POLÍTICA Conselho Tutelar de Saquarema recebe veículo Secom / PMS
Divulgação
Camilo Mota
Paulo Melo (PMDB) contou em seu comício com as presenças da prefeita Franciane Motta, além Sérgio Cabral Filho, Luiz Fernando Pezão e Cesar Maia.
Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro – ALERJ. A reunião contou com a presença das candidatas Clarissa Garotinho (Deputada Federal), Lilian Sá (Senadora) e do prefeito da cidade de Araruama, Miguel Jeovani. De acordo com Marcia Jeovani, os comícios acontecerão com mais intensidade no interior. Além das reuniões, caminhadas serão realizadas para que os eleitores interajam e a
conheçam melhor. “Gosto desse contato direto com as pessoas. Quero saber do que elas precisam, pois levarei para a ALERJ propostas que realmente façam a diferença na vida de cada uma delas”, afirma. Em Saquarema, Paulo Melo (PMDB) também reuniu milhares de pessoas em seu primeiro comício. Atual presidente da Alerj, o candidato é considerado um dos favoritos de voto em todo o Estado
Bruno Pinheiro (PRB), ao centro, é vereador em Saquarema e realizou caminhada pelo centro do distrito de Bacaxá na companhia do candidato ao governo, Marcelo Crivella.
por seu trabalho intenso, disseminado por todo o interior. Na sua cidade natal, as obras são uma das marcas de seus muitos mandatos como deputado estadual, colaborando decisivamente para a melhoria da qualidade de vida através da urbanização, além de conquistas importantes como a Escola Técnica de Bacaxá e o recém inaugurado hospital. Para chegar à Câmara Federal, o vereador de Saqua-
rema Bruno Pinheiro está desenvolvendo uma série de reuniões em diversas cidades do Estado. No final de julho, participou de caminhada pelas principais ruas de Bacaxá, segundo distrito de Saquarema. Bruno aposta na força da renovação, sendo atualmente uma voz firme na oposição ao governo municipal de sua cidade. Entre suas metas está conseguir verbas federais que garantam melhorias para o município.
SAÚDE
Araruama acolhe seus doentes psiquiátricos e promove reinserção social
Após longos anos internados no município de Rio Bonito, dez pacientes psiquiátricos oriundos de Araruama estão voltando para casa. A iniciativa faz parte do Serviço de Residência Terapêutica, implantado pela Prefeitura de Araruama atendendo a Portaria do Ministério da Saúde que estabelece novos parâmetros para o atendimento de pacientes de longa internação psiquiátrica. Segundo a Coordenadora do Programa de Saúde Mental da Secretaria Municipal de Saúde, Renata Antum Gomes, os pacientes terão no local uma moradia assistida, contando com serviços de cuidadores, técnico de enfermagem, assistente social e psicóloga. “Estaremos atendendo diretamente aqueles pacientes que não têm laço familiar ou que ficaram por muito tempo distantes de seus familiares, devido a internações que duraram entre 20 e 30 anos”, infor-
Camilo Mota
O prefeito Miguel Jeovani visitou a casa, conversou com parentes dos futuros moradores, acompanhado pela diretora do Departamento de Saúde Coletiva, Tânia Cardoso, e do corpo técnico do Programa de Saúde Mental da Secretaria de Saúde
mou. A diretora do Departamento de Saúde Coletiva da Secretaria de Saúde, Tania Cardoso, destacou a importância da humanização do tratamento. “A residência, apesar de inserida no sistema de saúde, na verdade deve ser considerada como
um lar, uma oportunidade que os pacientes estão tendo de voltarem a conviver socialmente. Dessa maneira, a casa será decorada por eles e todas as atividades serão realizadas de maneira a atender a suas demandas reais”, explicou. O prefeito Miguel Jeo-
vani visitou as instalações acompanhado pela equipe técnica e conversou com familiares de alguns dos pacientes. “O importante é continuarmos trabalhando na Saúde sempre tendo como principal objetivo a humanização do atendimento”, ressaltou.
CIDADES Ranking do IDH divulgado pela ONU coloca Iguaba Grande em terceiro lugar na Região dos Lagos Camilo Mota
O Conselho Tutelar de Saquarema recebeu no mês de julho um Palio Weekend 0 km para ajudar no desenvolvimento de seus trabalhos. A aquisição do automóvel é o resultado de uma emenda parlamentar do deputado federal Edison Santos (PT/RJ), que foi sensível ao pedido feito pelo Movimento Articulado de Mulheres e Amigas de Saquarema – MAMAS. A ação foi realizada pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República. A doação foi feita na sede da Secretaria
Municipal de Desenvolvimento Social e contou com a presença da conselheira tutelar Regina Vilma, da prefeita Franciane Motta, da secretária Elisia Rangel, de algumas autoridades locais, funcionários da própria secretaria, além de membros da comunidade e de Terezinha Ruade, presidente do MAMAS e Sandra Renault, vice-presidente do movimento de mulheres. A emenda inclui também a aquisição de cinco computadores, um bebedouro e uma geladeira que deverão ser entregues brevemente.
A Organização das Nações Unidas publicou, no mês de julho, o Ranking do Índice de Desenvolvimento Humano – IDH 2013. O estudo revela que a cidade de Iguaba Grande ocupa o 363° lugar no ranking nacional. Na Região dos Lagos a cidade ocupa o terceiro lugar na pontuação geral ficando atrás apenas das cidades de Rio das Ostras e Macaé. Os números referentes aos municípios foram divulgados pelo Programa das Nações Unidas
A tranquilidade e a qualidade de vida atraem cada vez mais pessoas para a cidade
para o Desenvolvimento (PNUD) e apontam Iguaba Grande com IDHM geral de 0,761. O índice local é considerado de desenvolvimento alto pela a entidade. A cidade pontuou 0,744 no quesito renda, 0,841 no quesito longevidade e 0,704 na educação. O Brasil subiu uma colocação no Índice. O País está em 79º lugar entre 187 nações. Com essa classificação, O País continua sendo considerado como país de alto desenvolvimento humano.
8
nº 221 - agosto de 2014
Em Foco
regina@netterra.com.br
com Regina Mota
“O amor é o único meio de assegurar a verdadeira felicidade, tanto neste mundo como no vindouro. O amor é a luz que guia nas trevas, o elo vivo que une Deus ao homem, que torna certo o progresso de cada alma iluminada. O amor é a maior lei que governa este ciclo poderoso e celestial, o poder sem igual que liga os diversos elementos deste mundo material...” Abdu’l-Bahá
Ação de Graças - O prefeito Miguel Jeovani e sua esposa Marcia participaram da Missa de Ação de Graça tão logo o chefe do executivo retornou ao seu cargo. A população os acompanhou, como sempre. A religiosidade os fortalece.
Aniversário da Unimed Araruama - Em noite de gala, a Unimed Araruama apresentou sua nova diretoria. Os vinte anos da entidade foram comemorados no Salão Imperial do Sitio Ilha do Lazer Miguel Jeovani. Sucesso a todos!
Novas cantoras - Letícia Gabrieli, com CD recentemente gravado, participa do Coral Escola Que Canta, juntamente com Cecília. Elas são pequenas no tamanho, mas suas vozes já encantam multidões. Parabéns às duas!
Coral Municipal da Terceira Idade - O coral da Setid esteve presente no Festival de Corais de Saquarema. Mais de 60 vozes entoaram canções que sensibilizaram o público. Rafael e Denise são os maestros que os regem com dedicação.
Poemúsica I - José Damião dos Santos foi um dos destaques do evento realizado em Araruama. Na foto, com Camilo Mota. Ambos são membros da Academia Brasileira de Poesia- Casa de Raul de Leoni.
Poemúsica II- Ronaldo Camarotta, Fernando Almeida e Marcelo Merecci abrilhantaram o evento. Merecci revelou seu lado poeta e escreveu um belo poema dedicado a Camarotta. Parabéns ao Robson Sales, subsecretário de Cultura, que abraçou a ideia do sarau.
Ó Filho do Espírito! Rompe tua gaiola e, assim como a fênix do amor, alça voo para o firmamento da santidade. Renuncia a ti mesmo e, prenhe do espírito da misericórdia, habita no reino da santidade celestial. Bahá’u’lláh (1817-1892)
* Massas Artesanais * Saladas * Pizzas * Petiscos
www.bahai.org.br
Atendimento personalizado Ambiente aconchegante
Reservas: (22) 2031-7077/ 99713-8790/ID 24*59462 Pça Oscar de Macedo Soares, 68 - Centro - Saquarema
www.facebook.com/perfettosaquarema
Venha comemorar seu aniversário conosco e ganhe um brinde!
Daumas Academia Escola de Dança
Curta uma vida, alegre e saudável!!!
A partir dos 2 anos e meio, até onde sua mente comandar seu corpo. Homens e mulheres, sintam-se vivos!
Baby-Class * Pré-Ballet * Ballet Clássico Jazz Dance * Dança do Ventre * Dança Moderna Dança Cigana * Sapateado * Dança de Salão Street Dance * Alongamento * Capoeira * Teatro
Av. Vilamar, 276 B - Itaúna - Saquarema - ( (22) 2655-3654 www.daumasacademia.com
Rua Alcir Amorim, 11 - Bacaxá - Saquarema - RJ ( 3205-3607 / 99221-8873 / 98843-6203 / 98824-8404
Exposição “Raízes Concretas” resgata a história de Araruama e comemora mais de mil visitas Continua em cartaz em Araruama a exposição coletiva “Raízes Concretas - Ontem, hoje e amanhã”, que já recebeu mais de mil visitantes na Casa de Cultura José Geraldo Caú. Realizada pela Secretaria Municipal de Cultural, a mostra tem por objetivo trazer à tona a memória do município, através de documentos, fotos e objetos. Além da urna funerária, um precioso símbolo das raízes culturais da região, a exposição traz ainda dezenas de reproduções de documentos históricos, fotografias de época, mobiliário estilizado, e objetos como uma pá usada em casas de farinha, máquina fotográfica de fole e até um celular dos anos 90, trazendo para bem perto dos visitantes aspectos diversificados, criando um verdadeiro mosaico do tempo. “Na exposição, o visitante encontra fotos antigas e atuais de diversos pontos de Araruama, além de algumas curiosidades sobre a história do município. Para realização do trabalho contamos com cerca de 25 profissionais, entre historiadores, fotógrafos, artistas plásticos, entre vários outros que integram
Camilo Mota
a equipe da Secretaria de Cultura”, disse o subsecretário de Cultura, Robson Sales. O prefeito Miguel Jeovani visitou a exposição e pôde constatar a riqueza da diversidade cultural e histórica do município tão bem representada. “A exposição traz lembranças muito vivas para a memória de nossos munícipes e valoriza nossas raízes. É importante que todo cidadão araruamense e também os turistas venham conhecer um pouco de nossa história que está muito bem representada aqui na Casa de Cultura”, ressaltou. A exposição coletiva pode ser visitada de segunda a sexta-feira, das 9 às 18h; aos sábados das 15 às 21h; domingos e feriados, das 10 às 14h.