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Cadeia praticamente pronta em Bangu e que custou R$ 16 milhões está abandonada

A Cadeia Pública de Gericinó começou a ser erguida em setembro de 2014, pelo Governo do Estado. Segundo o MP, obras estão paradas desde 2016 por força de decisão administrativa do governo de suspender os contratos diante da crise financeira da época.

Enquanto as prisões do Rio de Janeiro estão superlotadas, com 14 mil e 500 presos a mais do que o sistema consegue suportar, uma cadeia quase pronta está completamente abandonada no Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, na Zona Oeste do Rio. A construção deveria ter sido concluída em 2015. Já são 8 anos de abandono e prejuízo aos cofres públicos.

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A fortaleza erguida em Bangu tem muros altos, cercas com arame farpado e muitas guaritas. No local, existe até uma passarela por onde a ronda de segurança deveria ser feita. Do lado de fora, o mato alto dá sinais claros de um lugar completamente abandonado.

A Cadeia Pública de Gericinó começou a ser erguida em setembro de 2014, pelo Governo do Estado.

A promessa era que em agosto do ano seguinte o estado ganharia mais uma penitenciária de segurança máxima, mas as obras não terminaram. E, desde 2016, estão paradas, segundo o Ministério Público, por força de decisão admi- nistrativa do governo de suspender os contratos diante da crise financeira da época.

OO que era pra ser investimento, segundo o Portal Transparência, virou um gasto de quase R$ 16 milhões aos cofres públicos.

O caso foi denunciado pela GloboNews, em 2017, depois de uma vistoria do MP. Problemas na execução da obra De acordo com o MP, depois das tentativas de retomada das obras, foram apontados vícios na sua execução e o não cumprimento de obrigações da contratada, o que motivou a abertura de uma de sindicância administrativa.

O Ministério Público informou que cobrou a apresentação de estudos de viabilidade técnica e o projeto de execução do restante das obras, mas nada foi apresentado até agora.

Enquanto o dinheiro público é tratado dessa forma, quase 44 mil presos disputam espaço no sistema prisional fluminense, que tem vaga apenas para pouco mais de 29 mil internos. Segundo o MP, há 14 mil e 500 presos a mais do que as prisões conseguem comportar.

“É o dinheiro público jogado no lixo. Qualquer obra que possa acautelar maior número de presos vai aliviar um pouco a demanda”, diz o coordenador-geral da Associação de Policiais Penais, Paulo Roberto Ferreira. Imagens feitas de dentro da cadeia mostram celas prontas, com grades abertas e enferru- jadas. Dentro delas, está tudo praticamente pronto. Há uma espécie de beliche finalizada e um tipo de vaso sanitário, o chamado boi. Caminhando entre os blocos, o que se vê, são mais indícios de abandono. Viaturas da Secretaria de Administração Penitenciária (Seap), usadas no transporte de presos, estão paradas, enferrujando.

Apesar de ter uma estrutura praticamente pronta para ser usada, o governador Cláudio Castro quer gastar mais. No mês passado, em entrevista à GloboNews, ele anunciou um projeto para a construção de uma nova cadeia de segurança máxima no estado.

“Olha, Bangu, de fato, não é um presídio de segurança máxima. E a gente tem sentido a necessidade de isolar algumas lideranças. Então, a construção é algo real. A ideia é criar mais de 20 mil novas vagas”, disse Castro. “É desconhecer o sistema penal. A base até a cobertura está pronta. É só fazer o piso e botar o pessoal pra trabalhar”, diz Paulo Roberto. A ideia do governo de ter um presídio de segurança máxima no Rio vai contra a realidade da falta de segurança nos próprios presídios. No dia 29 de janeiro, três traficantes fugiram da Penitenciária Lemos Brito com a ajuda de uma corda feita com lençóis. Nada foi captado pelas câmeras do presídio. No momento da fuga, sete inspetores estavam de plantão.

Hoje, o complexo de presídios de Bangu funciona com menos da metade dos agentes penitenciários necessários. Das 90 guaritas, 70 estão sem guardas.

““Os colegas estão fazendo das tripas coração pra manter os presos dentro”, fala Paulo Roberto.

O que dizem os envolvidos

O Ministério Público apontou três fatores determinantes para a demora da retomada das obras da Cadeia Pública de Gericinó: as sucessivas alterações da estrutura do governo do estado, as recorrentes mudanças no comando da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária e as opções equivocadas no direcionamento das políticas públicas.

A Seap informou que a retomada das obras está prevista no plano estratégico da secretaria e que o estudo técnico e termo de referência estão concluídos.

Em relação à segurança do Complexo Penitenciário de Gericinó, a Seap disse que o local conta com um centro de monitoramento 24 horas e patrulhamento constante de todos os seus grupamentos.

Sobre o número de inspetores de Polícia Penal, a Seap esclareceu que trabalha para ampliar o efetivo e vem fazendo a chamada dos aprovados excedentes do concurso de 2012.

AQUELE ABRAÇO !!!

FALA, VINÍCIO GAMA! Um dos melhores do País, o jornalista e radialista Vinicio Gama não deixou o 5 de maio - Dia da Comunicação e do Comunicador - passar batido. Na postagem que fez no Facebook, Vini relatou suas atuações em algumas emissoras de rádio como plantonista esportivo. Radio Carioca - Carioca nos Esportes e Abertura das jornadas do futebol. Band AM - Bandeirantes Rio no Futebol. Radio Manchete - Som da Bola e Encerramento das jornadas. Bradesco Esportes FM - Abertura e encerramento das jornadas. Nova Brasil - Show de Bola. Rádio Tupi - Fala Galera, Tupi na Rede, Giro Esportivo, Super Futebol e Rolando a Bola. “Parabéns a todos os comunicadores!”, disse a Fera da Comunicação. Aquele Abraço, Vinicio!!!

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